Preço do carvão mineral dispara e pressiona siderurgia no País

14/04/2022 – Diário do Comércio

Mais de 45 dias do início do conflito no Leste europeu e os impactos mundo afora vão tomando proporções escaláveis em diversos segmentos. Para além da questão humanitária que paira sobre os olhos e ouvidos de quem acompanha os noticiários da guerra diariamente, a inflação global é o que preocupa no campo econômico. Os preços das commodities vêm batendo recordes atrás de recordes, onerando o custo de setores da indústria nacional que dependem de insumos importados, como a siderurgia.

O carvão mineral – especialmente a hulha betuminosa – usado pelas siderúrgicas brasileiras e 100% importado, por exemplo, tem a Rússia como segundo maior produtor mundial. A Austrália aparece em primeiro e os Estados Unidos em terceiro em termos de produção. Como consequência da guerra e as restrições mercadológicas, o preço do insumo saiu de cerca de US$ 100 a tonelada para mais de US$ 700 a tonelada. E, embora o preço já tenha baixado um pouco, a situação ainda preocupa.