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30 de Julho de 2024

SIDERURGIA

Infomoney - SP   30/07/2024

A Usiminas (USIM5) afirmou nesta segunda-feira que a CSN (CSNA3) não cumpriu decisão judicial de vender a participação que detém na rival, conforme determinado em acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“A companhia confirma que houve o decurso do prazo estipulado pelo juízo para a alienação das ações, sem que a CSN tenha cumprido tal decisão judicial”, afirmou a Usiminas em fato relevante sem dar detalhes sobre o prazo.

Segundo a Usiminas, termo de ajustamento de “compromisso de desempenho” assinado pela CSN com o Cade em 2014 determinava a redução da participação da rival na empresa de 12,9% “para menos de 5% do capital social”.

Procurada, a CSN não pôde comentar o assunto de imediato.

Infomoney - SP   30/07/2024

Após uma grande queda na lucratividade no segundo trimestre (2T24), que levou a uma derrocada de 23% última sexta-feira, o Bank of America (BofA) cortou a recomendação para ação da Usiminas (USIM5) de neutro para venda. O banco também reduziu o preço-alvo de R$ 9 para R$ 6.

As ações da Usiminas operavam com baixa de 5,21%, cotadas a R$ 6,00, por volta de 12h45 (horário de Brasília) desta segunda-feira (29).

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado atingiu R$ 295 milhões, queda de 29% na base trimestral e 34% abaixo das estimativas do banco.

Com isso, o BofA reduziu sua previsão de Ebitda para 2024 e 2025 em 18% e 17%, respectivamente, e seus números agora estão 21% e 17% abaixo do consenso.

Analistas ressaltam que não apenas a marcação a mercado dos resultados do 2T é preocupante. Eles também estavam incorporando anteriormente uma redução de 6% do custo do produto vendido (CPV)/tonelada na divisão de aço no 3T24, dados os ganhos de eficiência da reforma do alto-forno 3 e a queda de 9,5% nos preços no 2T. No entanto, agora eles estão menos convencidos de que isso se materializará, dado que a Usiminas inferiu em seu relatório de resultados e teleconferência que o impacto negativo da depreciação do real no CPV poderia compensar os efeitos positivos das placas e da reforma do alto-forno.

Como consequência, agora o banco está modelando o CPV/tonelada estável no 3º trimestre. Embora os preços do aço tenham subido, isso ainda não é suficiente para compensar o corte de lucros impulsionado por custos.

O banco vê a Usiminas sendo negociada a 6,4 vezes Valor da Firma (EV)/EBbitda para 2024 e gerando um rendimentos de fluxo de caixa de 7,1%. Para 2025, a estimativa é de 4,1 vezes EV/Ebitda e gerando 6,1% de rendimento FCF, o que, embora uma melhora ainda esteja distante e as incertezas permaneçam sobre a execução.

Além disso, o capex adicional relacionado a uma extensão da vida útil da mina na divisão de mineração também pode ser anunciado em 2025, pressionando o FCF para território negativo.

O Citi, por sua vez, cortou o preço-alvo das ações de R$ 8,75 para R$ 7 e manteve a recomendação “neutra” para os papéis. Ainda assim os analistas afirmaram esperar melhora no resultado do segundo semestre com base em preços mais elevados de aço.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   30/07/2024

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta terça e quarta-feira para decidir qual será a taxa de juros básica da economia brasileira . A maior parte do mercado aposta que a Selic será mantida em 10,5%. Mantida a taxa, o Brasil se consolida como o segundo colocado num ranking de países com o maior juro real do mundo, só perde para a Rússia, o que tem levado a ataques frequentes do governo à condução da política monetária pelo Banco Central do Brasil. Juros altos têm um efeito perverso sobre a economia, aumenta os custos da dívida pública e fragiliza a situação fiscal do país, além de desincentivar investimentos produtivos, é um fato. O economista Rafael Santos, professor da FGV EPGE, pondera, no entanto, desde 1999, quando se estabeleceram as metas de inflação, não se pode dizer que o BC tenha exagerado na dose dos juros para cumprir a sua principal missão: manter a taxa no alvo.

- Nunca teve um episódio onde a inflação ficou muito abaixo do limite inferior da meta. Então, historicamente, quando o Banco Central erra na mão, o que temos é uma inflação mais alta do que era mirado pela meta. O nosso histórico mostra que o BC não tem colocado um juros mais alto que a economia necessita para chegar na meta. Olhando para a Selic hoje eu não vejo que ela esteja muito alta e possa levar a inflação para rodar abaixo do alvo. Pelo contrário, a expectativa está acima da meta e o câmbio está depreciando. Não vejo espaço técnico criticar a taxa de juros hoje no Brasil dizer que ela é muito elevada - diz Santos, co-autor do Samba, modelo econômico de equilíbrio geral adotado pelo Comitê de olítica Monetária do Banco Central do Brasil, do qual foi funcionário entre 2002 e 2018.

Na avaliação de Santos a discussão politizada da taxa de juros gera muito ruído e deveria ser evitada:

- O que vai definir o gabarito final se a taxa estava certa ou não é a inflação ir para a meta ou não. Quando se politiza o Banco Central pode ser perigoso, pois perde o foco. Banco Central deve ser avaliado se ele entregou ou não entregou a meta. Historicamente, nos últimos 25 anos, a gente perdeu a meta três vezes pra cima. Então o Banco Central errou, porque deixou a inflação subir demais, vamos dizer assim, em 2002 quando teve a troca e o câmbio depreciou muito por um medo de uma ruptura macroeconômica que não teve. Emm 2015, com uma ruptura institucional causada pelo impeachment e com pós-Covid, quando o sucesso da vacinação levou a retomada da demanda em velocidade maior do que a oferta. O Banco Central é uma instituição que persegue a meta de inflação e o instrumento para ele atingir a meta é a Selic que é a taxa nominal de curto prazo - diz o o professor da FGV EPGE, que acaba de obter primeira colocação no ranking do Conceito Preliminar de Curso, do Ministério da Educação.

Santos lembra que a meta de inflação é definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2024, a meta para o IPCA é de 3% , com a tolerância entre 1,5% e 4,5%.

- A inflação está rodando em 4,2%, portanto acima da meta e o horizonte de política monetária é para um dois anos à frente. Se a gente olha hoje a taxa Selic, em 10,5%, e a inflação rodando acima da meta, não me parece que o Banco Central está sendo duro demais. Os números não mostram isso. O que você tem que medir o Banco Central é pelo mandato dele que é entregar a meta. Então se chegar no ano que vem a inflação estiver rodando muito abaixo da meta aí você pode voltar no tempo e falar poxa o juros estava muito alto. Agora se no ano que vem entregar a meta um pouco acima da meta é que o Banco Central acertou. Tem um custo para desinflacionar a economia, tem um custo fiscal - reforça.

Na avaliação do economista, o principal driver do mercado hoje é a expectativa com relação à capacidade do Estado brasileiro equilibrar as finanças públicas.

- Esse é o fiel da balança. Pois não há uma situação crítica dos indicadores, mas a desconfiança do mercado de que o governo não será capaz de cortar gastos e cumprir o arcabouço fiscal.O Brasil tem fundamento macroeconômico de fragilidade fiscal. A dívida bruta do governo saiu de patamar de 50% do PIB no início de 2012 para 77% e numa tendência de crescimento. Então os preços do mercado estão a toda hora refletindo essas expectativas e claro que se o governo fizer algo bem elaborado e sinalize com atitudes que a responsabilidade fiscal é importante, de forma concreta, o mercado vai entender e os preços vão melhorar. Isso sim pode dar uma melhor perspectiva para a Selic - explica.

CNN Brasil - SP   30/07/2024

O conjunto de incertezas que fez o Banco Central interromper o ciclo de afrouxamento monetário ainda existe, impedindo um corte de juros nesta semana, avaliou o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello.

Em entrevista à Reuters na sexta-feira, às margens das reuniões de líderes financeiros do G20, no Rio de Janeiro, Mello disse que as taxas de juros no país estão muito acima do nível considerado neutro para a economia.

No entanto, ele afirmou que o ambiente não melhorou significativamente desde junho, quando o Banco Central manteve a taxa básica de juros da economia em 10,50%.

As observações de Mello se alinham com a avaliação unânime do BC de um ambiente doméstico e externo desafiador, contrastando com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que critica o nível das taxas de juros e a condução da política monetária.

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pausar seu ciclo de corte da Selic após sete reduções consecutivas que reduziram a taxa básica em 3,25 pontos percentuais desde agosto de 2023. O grupo se reunirá novamente nos dias 30 e 31 de julho.

“O que o Copom decidiu na última reunião era que diante dessas incertezas crescentes — que evidentemente geram também desancoragem das expectativas domésticas e que têm afetado o preço de alguns ativos, como por exemplo a taxa de câmbio — ele preferiu interromper e aguardar, manter essa taxa de juros”, disse Mello.

“O que eu observo é que esse conjunto de incertezas ainda existe”, acrescentou.

Desde a última reunião do Copom, o dólar subiu quase 7% em relação à cotação de 5,30 que havia sido considerada pelo Banco Central nas suas projeções, fator que exerce pressão de alta sobre a inflação.
Fiscal

Em outra incerteza acompanhada pelo BC, o impasse em torno da desoneração da folha salarial de empresas e municípios tem impacto relevante o suficiente para comprometer a busca do governo pelo déficit primário zero neste ano, disse Mello. Ele ponderou que a pasta segue apoiando o Congresso na avaliação de medidas de compensação para o benefício.

“É óbvio que nós seguiremos o diálogo tentando construir uma saída, mas conscientes de que esses gastos tributários tiveram e terão um impacto importante neste ano, o que dificulta a execução orçamentária de um ano que nós planejamos chegar próximo ao equilíbrio fiscal”, afirmou.

O Supremo Tribunal Federal deu prazo até 11 de setembro para que governo e Congresso aprovem as medidas de compensação. Caso contrário, o benefício poderá perder a eficácia.

Para o secretário, a decisão da corte precisará ser cumprida mesmo que haja uma compensação parcial do custo das medidas.

“Gostaríamos de equilibrar o Orçamento já este ano, estamos tendo essas dificuldades, um volume expressivo de receitas que nós contávamos, ainda não resolvemos, pretendemos resolver isso em breve”, disse.

“Então a gente vai fazendo entrega por entrega para debelar essas incertezas e criar um ambiente que futuramente consolide a possibilidade de você retomar o ciclo de queda de juros”, afirmou.
Imposto dos super-ricos

Um dos responsáveis no ministério pelas discussões relacionadas à taxação de super-ricos, Mello celebrou o resultado da reunião de lideranças financeiras do G20, que terminou com a edição de um comunicado conjunto e uma declaração de consenso sobre tributação, mencionando a proposta brasileira de buscar caminhos para taxar efetivamente ultra-ricos.

Ele reconheceu que há um “longo caminho” para implementação do plano, que é visto com resistência por parte dos países mais ricos, apesar do endosso à ideia geral nos documentos do G20.

“A pauta da tributação dos super-ricos é uma dessas pautas que veio para ficar”, disse, ao argumentar que as eleições nos Estados Unidos não devem gerar risco de que o tema seja totalmente barrado.

“Mudança de governo pode comprometer o ritmo de avanço dessas pautas, mas dificilmente vai impedir que sejam profundamente discutidas e que as formulações passem a ocorrer nos âmbitos adequados.”

CNN Brasil - SP   30/07/2024

O Federal Reserve deve manter a taxa de juros na reunião de política monetária desta semana mas abrir a porta para um corte já em setembro, reconhecendo que a inflação se aproximou da meta de 2% do banco central dos Estados Unidos.

Antes da reunião de 30 e 31 de julho, as autoridades do Fed relutaram em se comprometer com o momento de um primeiro corte nos juros, mas aplaudiram os dados recentes que mostraram que as pressões dos preços estavam diminuindo de forma geral, com a inflação se aproximando da meta do banco central e as evidências dos mercados de trabalho, imobiliário e outros sugerindo que essa tendência continuará.

Dados de sexta-feira (26) mostraram que o índice de preços PCE –medida de inflação preferida do Fed que estava em 7,1% em uma base anual em 2022 — subiu 2,5% em junho, após um ganho de 2,6% em maio. Desde março, de fato, as variações anualizadas do PCE mostram uma alta de apenas 1,5% – meio ponto percentual abaixo da meta do Fed. Uma medida complementar, excluindo os preços voláteis de alimentos e energia, está tendendo a 2,3% no mesmo período.

Combinados com uma sensação mais ampla de que as pressões dos preços estão diminuindo, esses dados podem ser suficientes para que as autoridades do Fed mudem sua descrição da inflação como “elevada” no comunicado e observem o aumento da confiança de que o ritmo de aumento dos preços voltará a 2%.

As autoridades têm dito que devem começar a cortar os juros antes que a inflação retorne totalmente à meta e, se os próximos dados se mantiverem em linha com os dos últimos meses, eles podem estar ficando sem tempo.

O Fed “está a apenas 50 pontos-base da meta… portanto, parece que não está muito longe”, disse Jim Bullard, ex-presidente do Fed de St. Louis e atual reitor da Mitchell E. Daniels Jr. School of Business da Universidade de Purdue.

“Ainda está elevado? Claro, mas não tão elevado quanto antes”, disse Bullard. Uma pequena mudança no comunicado, talvez descrevendo a inflação como “moderadamente elevada”, “enviará um sinal importante aos mercados de que está levando em conta toda a desinflação ocorrida no último ano e que acha que ela é real e que não acredita que vá mudar”.

O Fed elevou sua taxa de juros de referência para desacelerar a economia após o aumento da inflação e a mantém na faixa atual de 5,25% a 5,50% desde julho do ano passado, tornando a atual política monetária restritiva uma das mais longas das últimas décadas.

Apesar dos alertas no ano passado de que essas condições financeiras apertadas poderiam desencadear uma recessão, o Fed, pelo menos por enquanto, parece ter atingido um ponto ideal. A inflação caiu e, embora a taxa de desemprego tenha aumentado gradualmente, ela permanece em 4,1%, em torno do que muitas autoridades do Fed consideram representar o pleno emprego.

Alguns dados, incluindo as recentes vendas decepcionantes de moradias e o aumento da inadimplência de empréstimos, podem indicar fraqueza. No entanto, o relatório mais recente sobre a produção econômica geral foi surpreendentemente forte, com um crescimento de 2,8% em taxa anualizada no segundo trimestre. O Fed considera que o crescimento potencial subjacente da economia, consistente com uma inflação estável, é de em torno de 1,8%.

“Os dados de inflação foram encorajadores… É evidente que a economia está desacelerando. O balanço de riscos é diferente do que era há quatro meses. Ponto final”, disse Nathan Sheets, economista-chefe global do Citi. “Parece que eles querem ter um pouco mais de certeza, então sinalizam em julho e cortam em setembro.”

O banco central dos EUA divulgará seu comunicado de política monetária na quarta-feira (31), às 15h (horário de Brasília), e o chair do Fed, Jerome Powell, dará coletiva à imprensa meia hora depois.

Reconhecer que as reduções dos juros são iminentes colocaria o Fed em sintonia com os investidores que consideram quase certo que ele fará um corte de pelo menos 0,25 ponto percentual na reunião de 17 e 18 de setembro, o primeiro passo para reverter a série mais rápida de aumentos de juros em quatro décadas.

Veja - SP   30/07/2024

O Itaú Unibanco avalia que, para levar a inflação à meta, seria necessário que a Selic estivesse no patamar de pelo menos 11% ao ano. Em relatório divulgado nesta segunda-feira, 29, a equipe econômica do banco afirma que o cenário brasileiro se tornou mais complexo desde a reunião anterior do Copom, e que a política monetária se encontra em um ponto de inflexão. Ainda assim, a instituição projeta a manutenção dos juros no patamar de 10,50% no encontro desta semana.

O documento destacou a alta do dólar como fator complicador da conjuntura. A taxa de câmbio avançou de R$ 5,30 na reunião anterior para cerca de R$ 5,55 agora – o cálculo é uma média dos 10 dias úteis encerrados nesta segunda, mesmo valor utilizado pelo BC para rodar seu modelo econômico. Na reunião de maio, a taxa era de R$ 5,15.

Outro ponto de atenção é a atividade econômica, com dados divulgados desde a última decisão desenhando um quadro de resiliência e de aquecimento do mercado de trabalho. Em especial, a alta dos salários pode indicar um aumento da
inflação de serviços à frente. “Após uma sequência de divulgações benignas, o IPCA-15 de julho trouxe uma surpresa para cima relevante e preocupante neste componente, marcando, ao nosso ver, uma inflexão na direção de alta do indicador de serviços subjacentes”, diz o relatório, assinado pela equipe de pesquisa macroeconômica, liderada pelo economista-chefe Mário Mesquita.

A percepção de risco local também se manteve elevada, com incertezas em relação aos rumos das contas públicas. Com a contenção de gastos de R$ 15 bilhões para 2024, anunciada por Haddad na últimas semanas, o foco do mercado passa a ser em 31 de agosto, data limite para envio do projeto de orçamento para 2025.

O relatório também pontua que, desde a última reunião do Copom, a expectativa de inflação para 2025 aumentou 0,16 ponto percentual, para 3,96%, segundo a o Boletim Focus divulgado semanalmente pelo BC.

Como fator de alívio, o Itaú destaca o cenário internacional, com dados de inflação e atividade econômica nos EUA que aumentaram a perspectiva de que o Fed irá iniciar seu ciclo de afrouxamento monetário em breve. A equipe do banco espera um primeiro corte de juros em setembro, seguidos de outros quatro ao longo do ano.

Para a próxima reunião do Copom, que começa amanhã e se encerra na quarta-feira, o Itaú prevê que o comunicado do comitê renovará a promessa de vigilância. O grupo deve dizer que avaliará se a estratégia de manutenção dos juros no patamar atual será capaz de garantir o processo de desinflação e reancoragem das expectativas, e que o comitê não hesitará em retomar o ciclo de alta se necessário.

Money Times - SP   30/07/2024

Os economistas ouvidos pelo Banco Central elevaram a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho de 0,28% para 0,32%, mostra o Relatório Focus desta segunda-feira (29).

O ajuste das expectativas vem após a prévia da inflação, o IPCA-15, subir 0,30% este mês. O número indicou uma desaceleração em relação à alta de 0,39% apurada em junho, mas veio acima das expectativas.

A leitura preliminar acumulou alta de 2,82% até o sétimo mês do ano e de 4,45% em 12 meses, encostando no teto da meta — de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual.

O Relatório Focus divulgado no 1º dia deste mês apontava para uma alta de 0,18% do IPCA de julho.

Inflação vai voltar a acelerar?

A inflação fechada de junho subiu 0,21%, desacelerando em relação ao avanço de 0,46% de maio.

Se confirmada a aposta do Focus para este mês, o IPCA deve voltar a acelerar, além de seguir em movimento de alta.

Para os próximos meses, os economistas esperam números menores para a inflação, mas ainda sem desinflação no radar. As projeções são de altas de 0,12% em agosto e de 0,20% em setembro.

No ano, as expectativas para o índice passaram de 4,05% para 4,10%. Já para 2025, o mercado espera que o IPCA feche em 3,96%.

Investing - SP   30/07/2024

A confiança da indústria no Brasil avançou pelo quarto mês consecutivo em julho, devido principalmente a uma forte melhora na avaliação da situação atual, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 3,3 pontos em julho na comparação com o mês anterior e foi a 101,7 pontos, de acordo com os dados da FGV.

"Pela quarta vez consecutiva, a confiança da indústria registra resultado positivo influenciado por uma forte melhora da situação atual. A percepção sobre a demanda segue avançando enquanto o nível de estoques melhora gradualmente", explicou o economista do FGV IBRE Stéfano Pacini em nota.

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, teve alta de 4,4 pontos em julho, a 103,7 pontos, chegando ao maior nível desde novembro de 2021 segundo a FGV.

Entre os componentes do ISA, destacou-se o número sobre o nível de demanda, com alta de 6,3 pontos, a 105,5 pontos; e o dado de situação atual dos negócios, que subiu 4,2 pontos, a 101,6 pontos.

Diferente do mês anterior, ainda houve melhora no Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, que subiu 2,1 pontos, para 99,7 pontos, após recuar em junho.

Em julho, houve alta da confiança em 13 dos 19 segmentos industriais pesquisados.

"No cenário macroeconômico, apesar da interrupção do ciclo de quedas na taxa de juros, os indicadores de trabalho e renda continuam positivos e contribuem com o otimismo disseminado entre os segmentos da indústria", acrescentou Pacini.

IstoÉ Dinheiro - SP   30/07/2024

A dívida bruta do Brasil registrou alta em junho, quando o setor público consolidado brasileiro apresentou déficit primário acima do esperado, de acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 29, pelo Banco Central.

A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou junho em 77,8%, contra 76,7% no mês anterior.

Esse aumento decorreu principalmente dos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), das emissões líquidas (+0,6 p.p.), do efeito da desvalorização cambial (+0,3 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.).

Já a dívida líquida foi a 62,2%, de 62,1%, abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de 62,5%.

Em junho, o setor público consolidado registrou um déficit primário de 40,873 bilhões de reais, pior do que a expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de 37,9 bilhões de reais.

O desempenho mostra que o governo central teve déficit de 40,188 bilhões de reais, enquanto Estados e municípios registraram superávit primário de 1,057 bilhão de reais e as estatais tiveram rombo de 1,742 bilhão de reais, mostraram os dados do Banco Central.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   30/07/2024

Os preços futuros do minério de ferro em Dalian reduziram as perdas anteriores e fecharam em leve alta nesta segunda-feira, impulsionados por dados industriais melhores do que o esperado e pela esperança de medidas de estímulo por parte da China, maior consumidor, nesta semana, embora as condições climáticas adversas tenham limitado os ganhos.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado bolsa de Dalian encerrou as negociações diurnas com ganho de 0,06%, a 780,5 iuanes (107,59 dólares) a tonelada métrica.

Os lucros industriais da China cresceram em um ritmo mais rápido em junho, segundo dados oficiais divulgados no sábado, mesmo com as empresas lutando contra uma fraqueza no sentimento do consumidor em meio a uma recuperação econômica instável.

Os dados robustos contrastam com uma economia em desaceleração, que não bateu as previsões no segundo trimestre, uma vez que o setor de consumo estava desanimado em meio a problemas no mercado de trabalho e a uma prolongada queda no setor imobiliário.

Os analistas esperam que o governo implemente outra rodada de medidas políticas de apoio ao setor imobiliário após uma reunião do Politburo, o principal órgão de tomada de decisões do Partido Comunista, que deverá ocorrer nesta semana.

Investing - SP   30/07/2024

Em uma recente teleconferência de resultados, o CEO da Anglo American, Duncan Graham Wanblad, e o CFO, John Heasley, relataram o desempenho da empresa em meio a um cenário de queda de 10% nos preços das commodities. Apesar da queda nos preços e da produção estável, a gigante da mineração manteve seu EBITDA em US$ 5 bilhões, sustentado por fortes resultados nos segmentos de cobre, minério de ferro e níquel.

A empresa recomendou um dividendo intermediário de US$ 0,42 por ação. Wanblad enfatizou o compromisso com a excelência operacional, simplificação do portfólio e crescimento, juntamente com o foco em melhorias de segurança, apesar de duas fatalidades em junho. O plano para reformular o negócio inclui desinvestimentos significativos, como a mina de carvão Grosvenor e o negócio Amplats, com uma meta de economia de US$ 800 milhões para o próximo ano.

Principais takeaways

A Anglo American reporta um forte resultado financeiro com um EBITDA mantido de US$ 5 bilhões, apesar de uma queda de 10% nos preços das commodities.A empresa recomendou um dividendo intermediário de US$ 0,42 por ação.O desempenho de segurança melhorou com uma redução de 23% nas taxas de lesões desde 2022, embora duas mortes tenham ocorrido em junho.Os segmentos de cobre, minério de ferro e níquel tiveram um bom desempenho, enquanto o mercado de diamantes enfraqueceu, levando a uma redução de 3 milhões de quilates na produção.O incêndio na mina de carvão Grosvenor foi extinto, com toda a extensão dos danos ainda sendo avaliada.A Anglo American está avançando em sua estratégia de desinvestimento, incluindo a potencial venda ou IPO da Amplats até 2025.A empresa visa uma economia de US$ 800 milhões no próximo ano e já alcançou uma taxa de execução de US$ 500 milhões em reduções de custos.

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Perspectivas da empresa

A empresa está focada em se tornar uma entidade mais simples e resiliente com produtos que possibilitam o futuro.A Wanblad espera concluir em grande parte o programa de desinvestimento até o final do próximo ano.A Anglo American está visando medidas de corte de custos e otimizando a alocação de capital.

Destaques de baixa

As receitas diminuíram 8% devido aos preços mais baixos das commodities e aos volumes de diamantes.O mercado de diamantes brutos se deteriorou, levando à redução da produção.O impacto total do incêndio na mina de carvão Grosvenor ainda é incerto.

Destaques de alta

A empresa vê potencial de crescimento nos projetos de cobre, minério de ferro e Woodsmith.Há confiança em obter economias de custos adicionais e melhorar as margens.A empresa tem um relacionamento positivo com o governo de Botswana, auxiliando nos processos regulatórios.Perde
A produção permaneceu estável e a decisão de reduzir a produção da De Beers afetou as receitas.A empresa enfrentou desafios operacionais no negócio de carvão metalúrgico, incluindo problemas com níveis e estratos de gás.

Destaques de perguntas e respostas

A empresa está considerando diferentes acordos comerciais para a venda do negócio de carvão metalúrgico.Há planos para aumentar a produção de cobre para 1 milhão de toneladas, com otimização da capacidade de produção em Quellaveco.A Anglo American está navegando em um longo processo de licenciamento para a expansão de Collahuasi, enfatizando o envolvimento e a consulta da comunidade.Wanblad destacou os desafios na obtenção de licenças para projetos de cobre no Chile, incluindo a necessidade de coordenação administrativa e coleta de dados.

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A Anglo American (ticker: AAL) continua comprometida com suas prioridades estratégicas de excelência operacional, transformação de portfólio e otimização de alocação de capital. Com foco em iniciativas de redução de custos e gerenciamento eficiente de grandes projetos, a empresa está preparada para enfrentar os desafios do mercado global e dos ambientes regulatórios, ao mesmo tempo em que visa agregar valor aos acionistas e partes interessadas.

Infomoney - SP   30/07/2024

A Vale (VALE3), em resposta à questionamentos, esclarece que qualquer possível participação em aquisições, desinvestimentos, joint ventures ou outras oportunidades de negócios está sendo cuidadosamente avaliada conforme suas prioridades estratégicas.

O comunicado foi divulgado por conta de um possível interesse na mineradora canadense Teck, conforme foi divulgado pela agência de notícias Bloomberg.

A mineradora reafirma que, até o momento, não há informações relevantes ou decisões específicas a serem divulgadas ao mercado.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   30/07/2024

Apesar da retração nas vendas, fabricantes apostam em novas versões de soluções, como “combos” de tratores e plantadeiras

Os fabricantes de máquinas e equipamentos estão atravessando a primeira metade do ano com um cenário de perdas de receita, mas não sinalizam que vão tirar o pé do acelerador quando o assunto é o lançamento de soluções. Para as propriedades em busca de inovação, com aplicações de precisão e automação de plantio e colheita, a lista inclui pulverizadores gigantes, destinados a cobrir extensas áreas de cultivo, como de soja e milho, além de “combos” de tratores e plantadeiras que garantem a distribuição inteligente de sementes em terrenos irregulares.

Do lado das finanças, na comparação anual até o fim de abril, os fornecedores de maquinário acumulam uma queda de 21,2% na receita líquida total em 2024. No primeiro quadrimestre, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o faturamento líquido do setor cravou R$ 74,9 bilhões.

Somente em abril, a diminuição na receita foi de 20,1% sobre o mesmo mês de 2023, com R$ 18,5 bilhões faturados. Parte do derretimento dos números seria resultado da redução das exportações em 2,6% – a previsão anterior era de alta de 0,6% – e de decréscimo de 8,3% nas vendas internas, quando o esperado era um avanço de 5,5%. As inundações no Rio Grande do Sul também pressionam a fatura para baixo: o Estado responde por cerca de 10% das vendas internas do segmento.

Na avaliação de Marina Pereira, gerente de pesquisa e desenvolvimento da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, o mercado de equipamentos tem tudo para dar a volta por cima ainda em 2024. “Quarenta e três por cento das fazendas demonstram interesse de investir em tecnologia para otimizar processos”, diz. “A maior intenção de investimentos está na agricultura, com equipamentos de controle de plantações, pulverizadores e irrigação sustentável.”

A análise da executiva é baseada na pesquisa Índice Agrotech GS1 Brasil, finalizada no início do ano. O estudo, obtido com exclusividade pelo Valor, ouviu 449 profissionais da alta gestão de fazendas em todo o país, sobre os equipamentos mais utilizados e as previsões de compras nos próximos meses. “A maior proporção de aportes está concentrada nas operações de grande porte. Mais de 30% delas pretendem aplicar de 3% a 5% do faturamento bruto em novas máquinas e soluções”, afirma Pereira.

São essas cifras que animam o planejamento de Eduardo Kerbauy, vice-presidente da fabricante New Holland Agriculture para a América Latina. “Os dois últimos anos têm sido desafiadores, mas repletos de novas tecnologias para o produtor, independentemente do tamanho da operação”, diz.

Recentemente, a marca, conhecida no Brasil desde os anos 1970 pelas linhas de colheitadeiras, ampliou o portfólio com o pulverizador Guardian SP310F, destinado ao cultivo de soja, milho e algodão. “Com uma barra de pulverização frontal de 36,6 metros ou 40,2 metros, faz com que o produto aplicado atinja imediatamente o alvo”, explica. Munida de um tanque de 4.500 litros em aço inox e um sistema que monitora as aplicações, a máquina promete vida mansa para o operador.

“Ao fim da pulverização, somente com um toque na tela, o Guardian recolhe para o tanque o produto que restou na tubulação, faz o enxágue com água limpa e injeta ar no sistema para deixá-lo livre de resíduos”, detalha Kerbauy, acrescentando que o equipamento foi uma das atrações da Bahia Farm Show, feira de tecnologia agrícola realizada em junho, em Luís Eduardo Magalhães (BA). “Os Estados que mais demandam esse tipo de solução têm terrenos menos acidentados, como Mato Grosso, Bahia e Tocantins.”

Fábio Dotto, diretor de marketing de produtos Valtra e Fendt, marcas que pertencem à gigante americana AGCO, aposta nos novos tratores Valtra da Série Q5, veículos sem troca de marcha, com velocidade de até 40 km/h. Indicados para lavouras de grãos e de cana-de-açúcar e atividades florestais, custam a partir de R$ 1,5 milhão e saem da loja com um pacote de tecnologia embarcada. “Incluem recursos de piloto automático, que otimiza as manobras, sem a ação do condutor”, explica.

Sobre a demanda de encomendas, Dotto diz que a cultura da cana está “bastante aquecida”, com produtores em busca de máquinas. “Além do segmento de grãos, em especial soja e milho, que sempre busca inovação para produzir mais com menos [esforço]”, diz.

Na opinião de Marcelo Traldi, vice-presidente da Fendt e Valtra na América do Sul, a agricultura vem buscando mais precisão nas ferramentas de olho na sustentabilidade das operações. O intuito é aplicar o insumo certo no local certo, reduzir a demanda por mão de obra e ampliar a conectividade das máquinas para uma melhor gestão, analisa. “Todas as inovações de hoje e as que serão incorporadas nos próximos anos seguem o caminho da precisão”, resume.

Na Fendt, um dos destaques é o Combo Suplantar, que reúne a nova série de tratores Fendt 700 Vario e a plantadeira Momentum (de 18 a 24 linhas de plantio). Os equipamentos executam o plantio em zonas planas ou irregulares, com o depósito de sementes sempre na mesma profundidade, garante. “É feito na medida para lavouras de média escala.”

Apesar do movimento de baixa nas vendas indicado pela Abimaq, Traldi diz que a Fendt, marca alemã centenária que chegou ao Brasil apenas em 2019, segue expandindo negócios com a abertura de lojas. “A recente expansão para o Paraguai e a nomeação de concessionários para atender os Estados do Sul do Brasil, onde ainda não estávamos presentes, são importantes para a nossa estratégia”, conta. A fornecedora lançou ainda um programa de pós-vendas com garantia de três anos para algumas linhas de tratores e pulverizadores, fabricados a partir de 2024.

Para Rodrigo Junqueira, gerente-geral da AGCO e vice-presidente da Massey Ferguson América do Sul, há 30 anos trabalhando no agronegócio, alguns aspectos que influenciam o mercado, como o clima e o preço das commodities, podem não estar favoráveis para o setor de grãos. Mas outros cultivos, como o da cana-de-açúcar, cítricos e café, mostram margens positivas, com atração de investimentos. “Outro segmento que vem crescendo é o de feno e forragem, que atende pecuaristas e criadores de cavalos”, acrescenta.

Um dos carros-chefes da Massey Ferguson neste ano oferece também uma solução combinada, formada pelo trator MF 8S e plantadeira, indicada para produtores de grãos do Sul e Sudeste, e plantações de média dimensão de algodão no Cerrado e no Norte. “O trator vem com uma cabine que isola a vibração do motor, permitindo mais conforto para o operador, enquanto a plantadeira é dobrável, o que facilita o deslocamento entre as lavouras”, detalha.

O conjunto, de acordo com as configurações escolhidas, custa cerca de R$ 3 milhões. “Mas o retorno do investimento é alto”, ressalta Junqueira. “Temos um cliente que reduziu o número de linhas de plantio em 42% com a solução, com um incremento de produtividade na soja de 1,56 saca por hectare.”

O ganho de produtividade, principal motivo que faz um fazendeiro investir em aparatos de maior porte, também é o atrativo da nova colheitadeira de grãos X9, da John Deere. É capaz de colher mais de 100 toneladas por hora, com menos de 1% de perdas e um consumo de combustível 30% menor do que unidades similares, relata Marcelo Lopes, diretor de vendas da John Deere Brasil. “O novo motor permite o trabalho por até 14 horas, sem reabastecimento.”

Lopes, há 35 anos no setor, não abre os números de entrega da colheitadeira lançada em abril, mas afirma que a novidade já pode ser vista nas plantações. “Foram vendidas desde a fase de pré-venda na Agrishow 2024 [feira internacional de tecnologia agrícola em Ribeirão Preto (SP), finalizada no início de maio].”

Segundo o executivo, a indústria de maquinário caminha para uma nova etapa de adoção de tecnologias, que ele chama de “sensoriar e agir”. “O que inclui soluções autônomas, aplicações de precisão e de automação de plantio e colheita”, explica. “E não é somente nas grandes propriedades que vemos demanda por inovação. Quem investe hoje em tecnologia, independentemente do porte da produção, sabe o retorno que terá.”

Em novembro de 2023, a John Deere anunciou a construção do Centro Brasileiro de Desenvolvimento de Tecnologia, em Indaiatuba (SP), com previsão de inauguração no fim de 2024. A ideia é que o complexo, com investimentos de R$ 180 milhões, seja voltado para a agricultura tropical.

O objetivo é promover sinergia entre os times de pesquisa dedicados à concepção de tecnologias para sistemas de produção, como grãos e cana-de-açúcar, diz Lopes. “Serão testadas em território brasileiro, considerando variáveis locais como solo e clima.”

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   30/07/2024

No dia 25 de julho, o 100.000º Fendt 700 Vario foi produzido em Marktoberdorf, na Alemanha, e a Fendt comemorou o feito durante a celebração dos 25 anos da série 700.

Segundo Christoph Gröblinghoff, Presidente do Conselho de Administração da Fendt, os tratores desta série são utilizados em todos os continentes por produtores agrícolas e no setor não agrícola.

“Um pequeno raio de viragem e alto desempenho com baixo consumo de combustível sempre caracterizaram esta série que chegou a sua sétima geração evoluindo cada vez mais com novas tecnologias’, diz.

Nenhum outro trator, afirma o executivo, foi registado com tanta frequência na Alemanha como o modelo principal da linha de longa data, como o Fendt 724 Vario.

Um total de 33 prêmios em nove categorias entre nove países reconhece o desenvolvimento da série 700 desde 1999 até os dias atuais.

“O Fendt 700 Vario evoluiu com cada geração de produtor para atender às demandas cada vez maiores: mais potência, menos consumo de combustível, mais manobrabilidade e ainda mais conforto. Tornar um trator excepcional ainda melhor, essa foi e é a aspiração dos nossos desenvolvedores”, afirma o Presidente do Conselho de Administração da Fendt.

Brasil – Desde a sua introdução no mercado brasileiro, o Fendt 700 Vario se destaca por sua capacidade de manobra, baixo consumo de combustível e alto desempenho, características que o tornam indicado para as diversas aplicações da agricultura brasileira.

"O sucesso do 700 Vario no Brasil é resultado de um compromisso constante com a inovação e a qualidade. Ouvimos atentamente as necessidades dos nossos clientes e desenvolvemos soluções que atendem às suas demandas específicas, passando pela tropicalização para atender perfeitamente a realidade dos produtores brasileiros. O 100.000º trator produzido da série é um marco importante que nos motiva a continuar aprimorando nossos produtos e serviços para oferecer a melhor experiência possível aos nossos clientes", destaca Rafael Antonio Costa, Diretor comercial da Fendt no Brasil.

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Dinheiro - SP   30/07/2024

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) aumentou nesta segunda-feira, 29, pela segunda vez, a sua projeção de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) da Construção em 2024. A nova expectativa é de alta de 3%.

A revisão vem após um desempenho melhor que o esperado até aqui tanto no setor quanto na economia nacional como um todo. No começo do ano, a CBIC havia anunciado previsão de aumento de 1,3%. Em abril, a projeção foi elevada para uma expansão de 2,3%.

“Vejo uma perspectiva melhor no segundo semestre em função de um conjunto de variáveis”, afirmou nesta segunda o presidente da CBIC, Renato Correa, em apresentação à imprensa. “A nossa perspectiva está bastante positiva”, disse a economista da instituição, Ieda Vasconcelos.

Alguns fatores ajudam a justificar essa alteração. Um deles foi o incremento das expectativas para o crescimento da economia brasileira, que passou de 1,85% no fim de março para 2,15% atualmente. Isso veio acompanhado de uma resiliência do mercado de trabalho nacional, com mais de 1 milhão de novas vagas com carteira assinada criadas em todo o País, redução do desemprego e aumento da renda da população. Isso favorece a compra de imóveis, as reformas domésticas e a construção de moradias.

A CBIC apontou ainda que as expectativas dos empresários estão mais positivas para os lançamentos imobiliários. O destaque aí se deu pelos novos incentivos implantados no Minha Casa Minha Vida (MCMV) desde o ano passado, aumentando o poder de compra da população.

A economista da CBIC notou ainda que a concessão de financiamento imobiliário tem se mostrado forte. “Apesar do patamar ainda elevado, os juros caíram e ajudaram setor”, disse Vasconcelos.

A liberação de crédito do recursos do FGTS teve um crescimento forte no ano e deve seguir assim, previu. Por sua vez, os financiamentos com recursos da poupança tiveram um crescimento mais discreto até aqui e devem fechar o ano perto da estabilidade, na sua visão. Ainda assim, isso pode ser encarado como um desempenho resiliente visto que os juros seguem altos.

Outros pontos que contribuíram para uma perspectiva mais favorável foi o retorno do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) e os investimentos em obras de infraestrutura.

Por fim, é esperado que o investimento na reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes contribuam para aumentar o nível de atividade no setor. No momento, porém, ainda não está claro qual será o tamanho desse efeito.

“Temos certeza do efeito positivo que a reconstrução vai gerar, mas não temos ainda um número definitivo sobre o valor dos investimentos, nem em qual período”, ponderou Vasconcelos. “O que sabemos é que será um efeito disseminado nos próximos meses e nos próximos anos”.

Rodoviário

InfraRoi - SP   30/07/2024

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 100 milhões, na modalidade direta, à concessionária Caminhos da Serra Gaúcha S/A para apoiar a necessidade de liquidez da empresa, afetada pelo evento climático extremo que atingiu o Rio Grande do Sul. Os recursos, vindos do programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, serão destinados a capital de giro para suporte às necessidades de liquidez mais imediatas da concessionária.

De acordo com a concessionária, em sua malha viária foram registrados pontos de bloqueio total de tráfego, bem como diversos tipos de danos à estrutura rodoviária, tais como como deslizamentos de terra, afundamentos, fissuras e trincas no pavimento, queda de árvore, acúmulo de água na pista, erosão e obstrução de drenagem.

Os 271 quilômetros concedidos à empresa atravessam três serras (Serra de Farroupilha, Serra de Antônio Prado e Serra de Carlos Barbosa) e um grande vale (Vale do Caí). A malha atende 18 municípios que tiveram o estado de calamidade pública decretado: Antônio Prado, Bento Gonçalves, Bom Princípio, Campestre da Serra, Capela de Santana, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Ipê, Montenegro, Portão, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, São Vendelino, Triunfo e Vacaria.

A Caminhos da Serra Gaúcha empregou seus esforços inicias para a liberação emergencial do fluxo de veículos em sua malha rodoviária. Esta atuação se concentrou nas barreiras que caíram sobre as rodovias, nas cabeceiras de pontes que tiveram danos e nos sistemas de drenagem que não suportaram o volume das chuvas ou foram danificados, com a mobilização de todo seu efetivo operacional, bem como o reforço de pessoal terceirizado, máquinas e equipamentos contratados para estas tarefas.

Além disso, ainda durante o mês de maio desse ano, tendo em vista a impossibilidade de tráfego e a calamidade social na região, a concessionária suspendeu a cobrança de pedágio em toda sua malha viária, com a geração de queda de receita e prejuízo à liquidez da empresa.

A operação da concessionária Caminhos da Serra Gaúcha é a primeira aprovada no âmbito do programa BNDES Emergencial para o Rio Grande do Sul, que apoia ações de enfrentamento de consequências socioeconômicas decorrentes de eventos climáticos extremos em municípios do Estado em estado de calamidade pública. O instrumento tem prazo de vigência até 31 de dezembro de 2025 ou até a utilização total dos R$ 8 bilhões em recursos.

NAVAL

Portos e Navios - SP   30/07/2024

A Braskem recebeu autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para abrir uma empresa brasileira de navegação (EBN). A petroquímica pretende reduzir os custos do frete, ampliar a disponibilidade de embarcações modernas na cabotagem brasileira, aumentar o nível de segurança nas operações marítimas e reduzir a emissão de CO2 das operações.

O início das operações está previsto para os próximos meses, com a primeira operação da companhia na cabotagem sendo realizada entre a Bahia e o Rio de Janeiro com um navio gaseiro, transportando propeno, um suprimento adicional da matéria-prima para a fabricação de resina. A previsão é de realizar três cargas por mês. Com a licença, a empresa pretende alugar ou adquirir navios e tripulações próprias para realizar o transporte marítimo dos produtos.

“É um momento muito importante, pois estamos abrindo novas frentes de trabalho. Essa evolução contribuirá inclusive para aumentar a competitividade de toda a cadeia da indústria petroquímica brasileira, já que poderemos avaliar a oferta deste serviço para outras empresas parceiras no mercado nacional,” esclareceu Silvia Pires Migueles, diretora de Logística de Olefinas e Poliolefinas da Braskem.

No setor, a empresa se destaca como a primeira a operar com embarcações próprias na cabotagem. De acordo com Luis Fernando Resano, diretor executivo da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem (Abac), este movimento não é isolado, já que outras empresas de diversos setores também pediram autorização para se tornarem EBN.

“São vários movimentos mostrando que há espaço para crescimento da cabotagem. Saímos daqueles 11% da matriz logística brasileira e aumentaremos esse espaço com mais empresas operando na cabotagem. Isso aumenta a concorrência, o que é muito positivo para os usuários. Mas também há um limite; vamos crescer, vamos ter inúmeras empresas de cabotagem, uma vez que não há mercado para todas. É um mercado de poucos ofertantes do serviço porque não há tanto espaço para tantas empresas,” disse o diretor executivo da Abac.

O objetivo inicial é transportar produtos líquidos e gases diversos produzidos nas centrais petroquímicas situadas no Nordeste, Sudeste e Sul, além das resinas PVC (policloreto de vinila) e soda cáustica da fábrica de Alagoas. Neste primeiro momento, as operações marítimas da Braskem no país não incluem o transporte de resinas plásticas, que continua a ser feito, em sua maior parte, por caminhões de várias transportadoras.

O transporte de resinas via cabotagem ainda é pequeno, totalizando 42 mil toneladas por mês, de um total de mais de 300 mil toneladas movimentadas mensalmente.

PETROLÍFERO

O Estado de S.Paulo - SP   30/07/2024

A Petrobras fechou o segundo trimestre do ano com produção média de 2,69 milhões de barris diários (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), alta de 2,4% na comparação com o mesmo período de 2023. As informações constam no relatório de produção da companhia, divulgado nesta segunda-feira, 29.

Em relação ao primeiro trimestre de 2024, período de janeiro a março, houve queda de 2,8% no segundo trimestre. Este é o primeiro resultado operacional da nova gestão da estatal, de Magda Chambriard, que assumiu a posição em 24 de maio.

No primeiro semestre do ano, a produção foi de 2,73 milhões de boed, 3% acima do mesmo período do ano passado.

Segundo a Petrobras, os principais fatores para essa alta na comparação interanual foram o ramp-up (crescimento da produção) dos navios-plataforma (FPSOs) Almirante Barroso, P-71, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba, além da entrada em produção de 12 novos poços de projetos complementares, sendo oito na Bacia de Campos e quatro na Bacia de Santos.

Já a queda na margem se deveu ao maior volume de perdas por paradas para manutenções, que a Petrobras definiu no relatório como “dentro do previsto no Plano Estratégico 2024-2028+”, além do declínio natural de campos maduros.
Produção comercial e produtos

A produção comercial de óleo e gás foi de 2,35 milhões de boed no segundo trimestre de 2024, alta de 1,9% ante o segundo trimestre de 2023, e queda de 3% contra a média dos três meses imediatamente anteriores.

Especificamente, a produção de petróleo foi de 2,15 milhões de barris por dia (bpd) no segundo trimestre deste ano, 2,6% maior do que a registrada no segundo trimestre de 2023. Já em relação ao trimestre até março, houve queda de 3,6%.

A produção de gás natural totalizou 508 mil boed, alta de 1,4% na comparação com um ano antes, e mais 0,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

No pré-sal, foram extraídos, em média, 1,81 milhão de boed de abril a junho, alta de 6,3% ante o segundo trimestre de 2023 e menos 2,3% na comparação com o primeiro trimestre do ano. Com isso, o pré-sal representou 69% da produção da Petrobras no segundo trimestre do ano, ante 67% três meses antes e no mesmo período de 2023.
Venda de derivados

O volume total de vendas de derivados da Petrobras no mercado interno caiu 1,3% no segundo trimestre de 2024 ante o mesmo período do ano passado, para 1,7 milhão de barris por dia (bpd). Com relação aos três meses imediatamente anteriores, houve alta de 3,2% nessas vendas.

No primeiro semestre, as vendas registraram média de 1,67 milhões de barris por dia, 2% abaixo na comparação com o primeiro semestre de 2023.

Em relatório, a Petrobras informou que o aumento das vendas na margem se deveu, principalmente, ao maior volume de vendas de diesel e GLP. A queda na comparação interanual não foi justificada no relatório.

No diesel, as vendas caíram 0,6% em um ano e subiram 3,8% na comparação com os três meses anteriores, para 717 mil bpd.

No caso do diesel, para a mesma comparação, a Petrobras salientou o aumento do consumo, “tipicamente mais alto no segundo trimestre de cada ano em relação ao primeiro, reflexo de uma maior atividade econômica”.

Com relação à gasolina, a retração ante o segundo trimestre de 2023 foi de 9,7%, para 392 mil bpd. Na comparação com os três meses anteriores, houve avanço de 1,6% no volume vendido deste combustível.

Essa alta nas vendas de gasolina com relação aos três primeiros meses do ano foi atribuída à maior competitividade da gasolina ante o etanol hidratado no abastecimento de veículos flex. Não houve comentários sobre a queda na comparação com o mesmo período de 2023.

A venda interna de gás natural, por sua vez, caiu 12% no segundo trimestre deste ano com relação ao do ano passado, para 44 milhões de metros cúbicos por dia. Com relação aos três primeiros meses do ano, também houve queda, de 6,4%.

Essa baixa na margem foi atribuída ao aumento da participação de outros agentes no mercado, fenômeno ligado ao processo de abertura de mercado em curso. “Pelo lado da oferta, houve redução de 2 milhões de m³/dia de importação de gás natural da Bolívia pela Petrobras, em linha com as flexibilidades contratuais negociadas”, também destacou a Petrobras.

A produção total de derivados da estatal caiu 3,5% na comparação com o mesmo período de 2023, para 1,744 milhão de barris por dia (bpd).

O fator de utilização total (FUT) do parque de refino ficou em 91% de abril a junho, uma queda ante a média de 93% registrada no mesmo período de 2023. No semestre, o FUT do parque de refino da Petrobras também ficou, na média, em 91%, dois pontos porcentuais acima da média do primeiro semestre de 2023.

Exportações sobem 35,9%

As exportações líquidas no segundo trimestre de 2024 chegaram a 851 mil barris por dia (Mbpd), alta de 35,9% na comparação com o mesmo período de 2023, e mais 0,4% do que o verificado nos primeiros três meses deste ano.

A maior parte dessas exportações são de petróleo cru, que totalizou 651 Mbpd, alta de 58,4% na comparação anual e 0,2% ante os três meses imediatamente anteriores.

A segunda exportação mais relevante foi a de óleo combustível, com 63 mil bpd, queda de 22,6% em um ano e de 17% na margem. A exportação de todos os outros derivados, juntos, totalizaram 63 mil bpd de abril a junho.

Segundo a Petrobras, as exportações de óleo combustível foram menores em função da menor produção do derivado, ligada à “elevada disponibilidade e eficiência das unidades de conversão e tratamento das refinarias no trimestre” (outros produtos de maior valor agregado), além da destinação de correntes de óleo combustível para produção de Cimento Asfáltico de Petróleo (CAP).

Sem abrir os números, a Petrobras informou, também, que houve aumento das exportações de gasolina relacionado a maior produção do combustível.

As importações da Petrobras, por sua vez, recuaram 15,1% no segundo trimestre do ano ante o mesmo período de 2023, para 304 mil bpd. Na comparação com o período de janeiro a março, houve queda menor, de 11,6% nas importações.

Essas importações são dominadas por petróleo (outros tipos usados em refinarias), que foi de 168 mil bpd na média do segundo trimestre, e também de gás liquefeito de petróleo, com média de 70 mil bpd em igual período.

A Petrobras destacou que houve redução nas importações, principalmente de diesel, devido às maiores importações realizadas no trimestre anterior para recomposição de estoques, na esteira de paradas de manutenção. De fato, as importações de diesel caíram 60,2% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2023, e 57,5% na comparação com os três meses anteriores.

Valor - SP   30/07/2024

Segundo a PPSA, serão negociados quatro lotes de petróleo do pré-sal, no âmbito dos contratos de partilha: três lotes do campo de Mero e um do campo de Búzios

A Pré-Sal Petróleo (PPSA) definiu o limite mínimo de preço para cada lote que será negociado na primeira etapa do leilão de petróleo da União, que será realizado na quarta-feira (31), às 12h, na sede da B3, em São Paulo.

Segundo a PPSA, serão negociados quatro lotes de petróleo do pré-sal, no âmbito dos contratos de partilha: três lotes do campo de Mero e um do campo de Búzios.

No lote 1, cuja produção é oriunda do navio-plataforma (FPSO, na sigla em inglês) Guanabara, serão negociados 12 milhões de barris. A quantidade é a mesma do lote 2, cuja produção é do FPSO Sepetiba. O lote 3 vem dos FPSOs Duque de Caxias e Pioneiro de Libra e tem quantidade estimada em 11 milhões de barris.

Preços mínimos

Para os três lotes, o preço mínimo de venda para a primeira etapa é igual à cotação do barril do tipo Brent datado menos US$ 4,40 por barril.

O lote 4, que ofertará produção de cinco FPSOs do campo de Búzios, terá negociação de 2,5 milhões de barris, com preço mínimo de venda à cotação do barril do tipo Brent datado menos US$ 4,25 por barril.

De acordo com a PPSA, estão habilitadas para participar do leilão Petrobras, Refinaria de Mataripe, CNOOC, ExxonMobil, Equinor, Galp, PetroChina, Prio, Shell e TotalEnergies. As empresas poderão fazer ofertas para apenas um lote ou para todos os lotes.

No contrato de partilha de produção, o Estado brasileiro é proprietário do petróleo e gás natural produzidos em áreas do pré-sal, de modo que as petroleiras atuam como operadoras. A PPSA é a responsável pela gestão de 17 contratos no regime de partilha.

Nos leilões passados e na chamada oferta permanente de partilha (OPP), as petroleiras disputam áreas no pré-sal e o critério para vitória é da oferta à União do excedente em óleo.

Excedente em óleo é a parcela da produção de petróleo e/ou gás natural a ser repartida entre a União e a empresa vencedora, segundo critérios definidos no contrato e o percentual ofertado na rodada.

Infomoney - SP   30/07/2024

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) iniciam a semana em forte queda, com uma série de fatores sendo monitoradas de perto pelos investidores. Às 13h40 (horário de Brasília) desta segunda-feira (29), PETR3 caía 3,50% (R$ 39,42), enquanto PETR4 tinha baixa de 2,92% (R$ 36,54).

No noticiário macroeconômico, os preços do petróleo caíam mais de US$ 1 o barril, depois que autoridades israelenses disseram que queriam evitar arrastar o Oriente Médio para uma guerra total enquanto respondiam a um ataque mortal de foguetes nas Colinas de Golã, que são ocupadas por Israel, no fim de semana.

Os futuros do Brent para entrega em setembro caíam US$ 1,39, para US$ 79,74 o barril, uma perda de 1,7%; já o WTI, dos EUA, tinha baixa de US$ 1,40 para US$ 75,76 o barril, uma queda de 1,8%.

Descubra o passo a passo para viver de dividendos e ter uma renda mensal previsível, começando já nas próximas semanas

Já no noticiário da companhia, a Petrobras divulga nesta segunda, após o fechamento do mercado, os seus dados de produção do segundo trimestre, antes da divulgação dos resultados na próxima semana, o que pode dar sinalização sobre os números da estatal.

Mas, além disso, as notícias sobre alocação de capital da companhia (em investimentos ou em dividendos) roubam a cena na sessão, com duas aquisições no radar.

Os agentes financeiros repercutem entrevista com a diretora de Exploração e Produção da estatal, Sylvia dos Anjos, publicada pela Reuters perto do fechamento da sexta-feira, informando que a companhia fez uma oferta não vinculante para comprar a operação e uma fatia do bloco exploratório de petróleo e gás de Mopane, na Namíbia.

A XP Investimentos avalia a notícia como neutra, devido a incerteza se a oferta da Petrobras prevalecerá, uma vez que várias outras empresas fizeram ofertas pelo ativo. Por outro lado, disse receber com satisfação a alocação de capital da petrolífera para o upstream (exploração e produção) e reconhece que a companhia é uma das melhores operadoras de águas profundas do mundo e que a Namíbia offshore é uma nova e prolífica fronteira exploratória. No entanto, analistas disseram ser menos construtivos em relação à diversificação da Petrobras para fora de seus principais ativos no Brasil. A Galp possui uma participação de 80% no campo e, segundo informações, está procurando vender uma participação de 40% no ativo.

A Genial, por sua vez, comenta que a operação pode pressionar o pagamento de dividendos da estatal, o que preocupa os investidores.

Ainda no radar do mercado, o jornal Valor Econômico divulgou no fim da semana passada que a Petrobras pode recomprar a participação total na refinaria de Mataripe (BA), mas o desfecho da operação ainda depende de decisões como o modelo da operação e, principalmente, o valor da transação. Essas definições ainda estão em aberto, sem um prazo decidido.

A estatal tem planos de se tornar a controladora da refinaria e, embora as discussões iniciais apontassem para uma aquisição de 80%, há espaço para adquirir a totalidade da companhia.

“Acreditamos que o mercado esperava que a Petrobras adquirisse uma participação menor; portanto, esta notícia é marginalmente negativa. Se a Petrobras comprasse a refinaria pelo mesmo preço que a vendeu (US$ 1,8 bilhão) por meio de um desembolso no 3T24, nossa estimativa de dividend yield (dividendo sobre o valor da ação) para o resto de 2024 seria reduzida de 7,7% para 7,3%”, avalia o banco.

AGRÍCOLA

Valor - SP   30/07/2024

Bom desempenho fora da porteira aponta para a continuidade de superávits, apesar da queda de preços agrícolas no mercado internacional

Superavitária desde 1997, a balança comercial do agronegócio deve repetir o feito neste ano, com produtos como algodão, açúcar e carnes seguindo em grandes quantidades, sobretudo para a Ásia. No ano passado, o valor da exportação dos produtos agropecuários atingiu o pico de US$ 166 bilhões, o que representou um recorde de 49% de participação do agro na balança comercial brasileira. O superávit crescente a cada safra ajuda a equilibrar o déficit estrutural na conta de serviços, que impacta as transações correntes entre o Brasil e o exterior, e favorece o mercado cambial com a entrada de dólares.

Para o pesquisador Felippe Serigati, da FGV Agro, o saldo de 2024 ainda é questão em aberto, mas os volumes devem surpreender mais uma vez. “Temos que olhar também para a agroindústria, que tem registrado números muito interessantes. No acumulado do ano, com exceção dos insumos agropecuários, o crescimento das exportações foi generalizado entre vários segmentos, como alimentos e bebidas”, observa. “O bom desempenho fora da porteira acontece porque a agroindústria conseguiu se inserir nas cadeias globais de valor”, emenda. Sobre a queda nos preços globais agrícolas, Serigati acredita que representa uma volta aos valores habituais da pré-pandemia.

Líder da pauta, o complexo soja é exemplo de produto que sofre queda de preço, com reflexos nos valores da exportação e no ânimo dos produtores em plantar. O consultor Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio, diz que a produção da oleaginosa foi prejudicada na safra atual e os números mais fracos irão aparecer somente no segundo semestre. “O El Niño quebrou a safra em vários Estados, o preço em dólar caiu e, então, o produto sofreu um baque duplo: em volume e no valor da tonelada”, comenta. A consultoria estima recuo de 26 milhões de toneladas em soja e milho para este ano. O cereal, cuja área plantada foi menor, está em queda após um momento de bonança: no ano passado, o volume recorde colhido alçou o país à liderança entre seus exportadores. Assim como no caso da soja, a China encabeçou as compras, na ocasião.

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que reúne 53 filiadas entre grandes tradings, supervisoras e fumigadoras, confirma a previsão de redução nos volumes embarcados de soja e milho. Na conta da entidade, o setor deve fechar o ano com produção de 138 milhões de toneladas desses grãos. “Acho que não vamos repetir o bom resultado do passado tão cedo. Sem nova quebra na Argentina, tem mais soja disponível na praça pressionando os preços”, explica Jean Carlo Budziak, responsável pela área de estatísticas da entidade. Para ele, a exportação de milho também será reduzida no segundo semestre. “A exportação será menor por conta do consumo doméstico mais forte, sem contar que a maior parte do cereal costuma ficar no mercado interno. Além disso, com três plantas de etanol de milho entrando em operação no Mato Grosso e em Goiás, o produto está cobiçado”, pondera. De acordo com dados da Anec, dez novas usinas do combustível devem ser inauguradas até 2027.

Enquanto as perspectivas para soja e milho desanimam os analistas, outras commodities beneficiam-se da conjuntura favorável. Com 218% de aumento na exportação de algodão, em valor comercializado, no primeiro trimestre, o país acaba de ultrapassar os Estados Unidos como maior exportador mundial da pluma. A migração para a cultura por parte dos sojicultores do Centro-Leste, que vinham amargando prejuízos recorrentes, está por trás do feito. O aquecimento da demanda mundial, com a China recompondo estoques, também ajudou, entre outros fatores. “O momento impressionante do algodão deve amortizar essas quedas da soja e do milho. O desempenho da pluma foi estratosférico. Dá para manter essa pujança em 2025”, entusiasma-se Cogo, que acredita que o café verde também irá contribuir para o saldo positivo da balança comercial neste ano, que é de bienalidade positiva. O cafeicultor vem beneficiando-se de preços altos em função da quebra da safra no Vietnã.

Terceiro produto mais exportado no primeiro trimestre, o açúcar bruto cresceu 117% em valor no período, apesar dos preços um pouco mais baixos, inclusive por conta da queda das cotações de petróleo bruto. Ainda no primeiro trimestre, o volume embarcado cresceu 78% ante o resultado do mesmo período de 2023. Na última safra, as usinas comemoraram a maior moagem da história do Centro-Sul, com produção recorde. A maior parte do volume seguiu para a China. O segmento sucroalcooleiro está otimista quanto à demanda mundial futura e acredita que o Brasil seguirá na liderança mundial da produção, conquistada em 1996. África e Sudeste Asiático são o foco das exportações.

“Entre os concorrentes, o país se sobressai como produtor com maior potencial de atender à demanda global crescente, com custo competitivo”, diz Luciano Rodrigues, diretor de inteligência setorial da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica). O prognóstico da entidade, no entanto, é de uma safra 2023-2024 menor por conta do clima seco, em especial no Estado de São Paulo, onde estão 180 das 300 usinas do país. “Teremos remuneração e produção um pouco menores”, afirma. Mesmo com avanços recentes no monitoramento dos canaviais por satélite e parcerias com o Corpo de Bombeiros, há preocupação com incêndios.

Serigati, da FGV: inserção do agro nas cadeias globais de valor — Foto: Marcio Schimming/Divulgação

No âmbito do complexo carnes, o país também vem quebrando recordes em volume embarcado. As exportações de carne bovina in natura foram as mais altas na série histórica para o mês de maio, alcançando 211 mil toneladas, conforme informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) – carnes suína e de frango bateram recordes em quantidade, igualmente. Além da China, os Emirados Árabes Unidos, o Chile e os Estados Unidos foram os principais compradores. Porém, com a demanda internacional retraída, o preço da carne bovina desvalorizou-se. De acordo com Roberto Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do ministério, o efeito preço define os resultados em valor.

“É interessante observar o caso das exportações desse produto para a China, a maior importadora. Na fase dos surtos de peste suína africana, o preço médio de exportação da carne chegou ao maior valor da série, de US$ 6.400 por tonelada. Assim, o valor exportado para o país asiático foi recorde. Já em 2023, com praticamente o mesmo volume embarcado e o cenário da doença mais equilibrado, o preço médio recuou para US$ 4.800 por tonelada”, lembra Perosa. Ele diz que Japão e Coreia do Sul poderiam ser importadores relevantes da carne brasileira, mas não há acordo sanitário entre os países.

Já no lado das importações na balança comercial, o trigo é líder, visto que o país não planta o suficiente para abastecer seus moinhos. No momento, a ampla oferta do grão argentino com preço atrativo está desvalorizando o preço da saca na principal praça produtora, o Paraná. A indústria de pães, massas e biscoitos também se beneficia da oferta de trigo russo a preço convidativo.

Em relação aos pescados, notadamente o salmão, item de peso nas importações, a tendência é de demanda crescente, superior à oferta. O setor acredita que a procura pelos peixes do exterior deverá continuar aquecida no país. Neste ano, o Brasil já importou R$ 734 milhões, em valor, do produto – os números crescem desde 2020, de acordo com dados da plataforma Agrostat, do Mapa.

“Peixe é a proteína que mais cresce em consumo no mundo inteiro. Visualizo um crescimento muito rico da nossa área”, prevê Júlio César Antônio, CEO da Mar & Rio Pescados, de São José do Rio Preto (SP). A importadora compra de sardinha a bacalhau da Noruega, com fornecedores em 17 países, e abastece praticamente o país inteiro com frota própria e por meio de distribuidoras. No ano passado, importou 12,8 mil toneladas e faturou R$ 780 milhões. No planejamento de 2024, a previsão da Mar & Rio é crescer 15%.

Confiante, o executivo argumenta que o Brasil tem capacidade para ser o celeiro do mundo também em pescados. “Podemos ser os produtores do futuro exportando muita tilápia e tambaqui e, quem sabe, até mesmo carnes exóticas, como rã e jacaré”, vislumbra.

Presidente da Associação Brasileira de Fomento ao Pescado (Abraspes), César Antônio considera que aprimoramentos na governança podem ajudar a posicionar o país como produtor mundial relevante. As associadas, que comercializam apenas o produto drenado, livre de água congelada, estão trabalhando para que demais empresas do segmento, inclusive aquelas de menor porte, garantam o mesmo. Outra meta do grupo é buscar o compromisso geral com a identificação correta para que o peixe embalado corresponda à espécie indicada na embalagem, evitando fraudes.

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