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27 de Junho de 2024

INDA

Portal Fator Brasil - RJ   27/06/2024

Total de 243,6 mil toneladas, ante 190,4 mil toneladas no mesmo período do ano passado. Comparando mês a mês deste ano, a alta foi de 0,6%.

As compras de aço do mês de maio registraram queda de 9,1% perante a abril, com volume total de 314,2 mil toneladas contra 345,7 mil. Frente a maio do ano passado (354,5 mil toneladas), apresentou queda de 11,4%, segundo dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), divulgados no dia 25 de junho (terça-feira).

Vendas — As vendas de aços planos em maio contabilizaram queda de 5,0% quando comparada a abril, atingindo o montante de 315,6 mil toneladas contra 332,1 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 331,0 mil toneladas, registrou queda de 4,7%.

Estoques — Em número absoluto, o estoque de maio obteve queda de 0,1% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 915,4 mil toneladas contra 916,7 mil. O giro de estoque fechou em 2,9 meses.

Importações: Chapas Grossas, Laminados a Quente, Laminados a Frio, Chapas Zincadas a Quente, Chapas Eletro-Galvanizadas, Chapas Pré-Pintadas e Galvalume. As importações encerraram o mês de maio com alta de 0,6% em relação ao mês anterior, com volume total de 243,6 mil toneladas contra 242,3 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (190,4 mil toneladas), as importações registraram alta de 28,0%.

Projeções — O presidente Executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro, apresentou os números de fechamento do mês de maio de 2024 e as previsões para este mês. Para junho de 2024, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma alta de 1,0% em relação a maio.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   27/06/2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não vê sinais de apreensão sobre o compromisso do Banco Central e do governo sobre o atingimento da meta de inflação. Nesta quarta-feira, 26, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva publicou o decreto que altera o regime de metas de inflação de apuração de ano-calendário (janeiro a dezembro) para o regime contínuo (acumulado em 12 meses).

No relatório Focus desta semana, do Banco Central, a mediana das projeções dos analistas para 2024 passou de 3,96% para 3,98%. A meta de inflação ratificada nesta quarta pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

“Meta foi ratificada hoje em 3%, passa a ser contínua, desobrigando o CMN a todo ano fixar meta de inflação”, afirmou Haddad em conversa com a imprensa após a reunião do colegiado, que contou com a participação dos diretores e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Haddad afirmou que as projeções de inflação para 2025 continuam caindo, e que as divulgações do IPCA mostram os preços se comportando “cada vez melhor”.

“Desde a posse de Lula, há notícias de que a inflação é declinante no Brasil, não estou vendo sinal de apreensão sobre compromisso do BC e do governo com atingimento das metas. Melhor a inflação, melhor poder de compra, melhora a vida do trabalhador”, disse Haddad, que espera que a inflação neste ano fique abaixo de 4,5%. “No ano passado, ficou abaixo de 4,75%, e neste ano abaixo de 4,5%, declinando”, continuou.

O ministro afirmou também que os indicadores econômicos parciais apontam que o Brasil está crescendo, gerando emprego, conciliando esse quadro com uma inflação controlada. “Desde o ano passado, emprego está surpreendendo positivamente, inflação em queda com crescimento da economia, o objetivo de todo país é crescer com baixa inflação”, disse.

Haddad ainda afirmou que o patamar da meta de inflação, em 3%, sequer foi alvo de discussões. “Desde o ano passado foi estabelecido (que seria 3%). Não foi debatida a questão. E fizemos resolução (para ratificar meta) junto com decreto para evitar especulação”, disse o ministro, para quem “tem havido muita especulação no mercado”, o que prejudica o Brasil.

“Não se debateu intervalo de tolerância da meta, não se debateu IPCA, não se debateu os 3%. O que se debateu foi o prazo de seis meses (para estabelecer descumprimento), porque o presidente queria saber qual era o critério”, afirmou.
Decreto

Haddad disse que uma vantagem do decreto sobre a meta de inflação contínua é permitir que o Banco Central ofereça um plano de trabalho para trazer o indicador para dentro das bandas (limites de tolerância), a depender do cenário econômico do País. O decreto, publicado mais cedo, não estabelece prazo para que a autoridade volte a cumprir a meta de inflação, caso o número fique fora do intervalo de tolerância.

“Essa é a grande vantagem de meta contínua. A depender do choque que a economia sofrer, sobretudo se for externo como a pandemia ou crise financeira de 2028, cabe ao Banco Central oferecer um plano de trabalho para trazer para a banda e centro da meta”, disse Haddad.

O decreto publicado mais cedo estabelece que o novo sistema de meta de inflação entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025, com centro do alvo e o intervalo de tolerância definidos justamente pelo CMN – composto por Haddad, Simone Tebet (Planejamento) e Roberto Campos Neto (BC) mediante proposta do ministro da Fazenda.

Na avaliação do ministro, o novo arcabouço fiscal e a publicação do decreto estabelecem, do ponto de vista de políticas fiscal e monetária, um novo horizonte macroeconômico para o Brasil. “Fizemos definição da meta junto da publicação do decreto para evitar especulação. Tem havido muita especulação no mercado e isso tem prejudicado as pessoas”, afirmou Haddad.
‘Especulação’ sobre Galípolo

Haddad tentou afastar as especulações que surgiram pelo fato de o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, ter participado ontem de reunião com o presidente Lula sobre o decreto da meta contínua. Segundo o ministro, a presença de Galípolo se deveu ao fato de ele ter sido o diretor na autoridade monetária que encabeçou o debate sobre o novo regime de meta de inflação, enquanto, na Fazenda, o tema foi tocado pelo secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.

Segundo o ministro, o diretor do BC foi chamado para o encontro para esclarecer o motivo de o decreto estabelecer que a meta será considerada descumprida quando a taxa desviar-se por seis meses consecutivos do intervalo de tolerância. De acordo com Haddad, a escolha desse prazo foi alvo de dúvidas da Casa Civil.

O ministro afirmou também que “especulações” sobre o motivo de Galípolo, e não Roberto Campos Neto, ter ido à reunião não “fazem o menor sentido”. Como já vem mostrando o Estadão, Galípolo é tido como um dos principais cotados para a indicação à presidência do BC.

“Reunião foi absolutamente trivial, com diretor que cuidou disso pelo BC. Especulações sobre por que um estava e outro não estava não fazem menor sentido, porque eram os dois dirigentes que estavam tratando sobre o assunto para esclarecer esse um ponto do decreto”, declarou Haddad, segundo quem Galípolo informou a Campos Neto que iria ao Planalto para tratar desse assunto.

Haddad também afirmou que o decreto publicado hoje foi negociado com toda a área econômica, incluindo o Banco Central, chamando atenção ainda para o fato de a experiência internacional sobre o funcionamento da meta contínua ser pouco sólida, especialmente para o tratamento dado no momento em que o resultado da inflação ultrapassa a meta.

“A meta contínua desobriga o CMN a todo ano fixar meta de inflação. Lembrando que o próprio decreto diz que qualquer mudança tem que ser feita com antecedência mínima de 36 meses”, observou o ministro, que classificou a reunião do CMN como “amistosa”. Segundo ele, foram oito votos dos mais “variados temas” no encontro. “O ponto da meta contínua está mais que consolidado, presidente da República validou entendimento da área econômica como um todo, assim como o arcabouço fiscal”, disse.

Sobre o fato de o governo ter demorado um ano para publicar o decreto, após o anúncio da mudança de regime, Haddad argumentou que a formalização tinha que acontecer agora, justificando ainda que o novo regime funcionará após o fim do mandato da presidência de Campos Neto. “Isso foi decidido no ano passado, foi pactuado com o BC, respeitar o mandato do Campos Neto”, respondeu.

O Estado de S.Paulo - SP   27/06/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, é “um companheiro altamente preparado”, mas que ainda não está pensando em quem vai escolher para ocupar o cargo de presidente do Banco Central, no lugar de Roberto Campos Neto.

Em entrevista ao portal UOL, nesta quarta-feira, 26, Lula mencionou a reunião que teve ontem com Galípolo, no Palácio do Planalto, na qual acordaram por um novo sistema de metas da inflação.

“O Galípolo veio aqui numa reunião em que a gente estava discutindo a meta inflacionária. A novidade foi estabelecer a meta contínua”, disse.

Na sequência, Lula citou Galípolo como “companheiro preparado”. “O Galípolo é um companheiro altamente preparado, conhece muito o sistema financeiro, mas eu ainda não estou pensando na questão do Banco Central. Chegará o momento que vou pensar e vou indicar um nome para presidente do Banco Central.”

Na ocasião, Lula voltou a criticar a autonomia do Banco Central, status concedido por uma lei aprovada no Congresso em 2021 e que pode ser ampliado por uma nova proposta sob análise dos parlamentares.

“Não preciso de uma lei para dizer que tem autonomia, eu preciso respeitar a função do Banco Central”, disse. “A pergunta que faço é a seguinte: o Banco Central tem necessidade de manter a taxa de juros a 10,5% quando a inflação está a 4%?”, indagou.

Lula prosseguiu: “O Banco Central leva em conta que pessoas estão tendo dificuldade em fazer financiamento? Porque é o seguinte, cara, não é culpa sequer do Banco Central, é culpa da estrutura que foi criada”, questionou, em referência aos objetivos traçados para o Banco Central perseguir.

O presidente também afirmou que entidades como a Confederação Nacional da Indústria e a Fiesp “deveriam fazer passeata” contra a manutenção da taxa Selic no atual patamar.

Lula disse ainda que “a inflação é uma opção divina” e que quer cuidar de “controlar a inflação”. Além disso, afirmou que não deve indicar o presidente do Banco Central “ao mercado, mas para o Brasil”.

Sob mandato a ser encerrado neste ano, Campos Neto foi criticado por Lula na semana passada por manter a taxa de juros no atual nível.

Depois de sete quedas seguidas, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central interrompeu, em decisão unânime, o ciclo de cortes da taxa básica de juros, iniciado em agosto do ano passado, e manteve a Selic em 10,50% ao ano. O resultado, divulgado em 19 de junho, era amplamente esperado pelo mercado, em meio ao impasse do governo na condução da política fiscal e ao aumento das expectativas de inflação.

Mais do que o resultado, a grande expectativa dos agentes econômicos era sobre o placar da decisão, sobretudo após Lula ter retomado a ofensiva contra o BC e Campos Neto. A votação unânime agrada o mercado, depois da forte divisão da reunião de maio.

IstoÉ Online - SP   27/06/2024

O real recuou, nesta quarta-feira (26), ao seu nível mais baixo em 19 meses frente ao dólar nos mercados internacionais. A moeda americana se fortalece em relação às emergentes, mas também em relação ao euro e à libra.

A moeda brasileira caiu para 5,5261 reais por dólar, pela primeira vez desde meados de novembro de 2022.

A queda do real ocorreu após a publicação do índice de preços IPCA, que antecipa o dado de inflação, e ficou em 0,39% no mês de junho, abaixo do esperado pelos economistas (0,45%).

Este dado pode influenciar o Banco Central do Brasil (BCB), que na semana passada manteve suas taxas diante de um aumento da inflação.

Em maio, a inflação no país foi de 3,93% em 12 meses, a primeira alta após sete quedas consecutivas.

A decisão de manter a taxa Selic em 10,5% rendeu ao BCB novas críticas públicas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defende veementemente um corte de taxas para facilitar o crédito e, com isso, o consumo e o investimento.

As críticas de Lula “lançam uma sombra sobre a credibilidade do BCB”, considerou em uma nota Andrés Abadía, da Pantheon Macroeconomics. Isso enfraquece o discurso de firmeza que a instituição procura e tira respaldo do real.

Para Adam Button, analista da ForexLive, o Brasil é prejudicado por uma desaceleração que se desenha na economia mundial, e que afeta os grandes países exportadores de commodities.

Exame - SP   27/06/2024

Para o yuan ser usada de forma mais global, a moeda precisa de mais “aplicações”, como ações e títulos, disse Bonnie Chan, CEO da Bolsa de Hong Kong, na reunião “Summer Davos” do Fórum Económico Mundial em Dalian, na China. O encontro foi divulgado pela CNBC.

Pequim vem há tempos tentando tornar o yuan — também conhecido como “renminbi” ou “RMB — mais global, num mercado onde o dólar ainda predomina. Esse movimento ganhou força principalmente depois das sanções de Washington contra a Rússia em razão da guerra contra a Ucrânia. Muitos países entenderam que precisavam de uma alternativa à moeda americana.

No ano passado, a Bolsa de Hong Kong anunciou um programa que permite a investidores negociar títulos listados ali em dólares de Hong Kong ou em yuan.

O yuan foi a quarta moeda mais utilizada para pagamentos globais em maio, respondendo por quase 4,5% dessas transações, de acordo com a rede interbancária SWIFT. O dólar teve uma participação de quase 48%.

No financiamento comercial, o yuan ficou em terceiro lugar, com cerca de 5,1% em maio, segundo a SWIFT. O euro foi ligeiramente superior, 5,6%, enquanto o dólar dominou o levantamento com quase 85%.

As empresas chinesas há muito que procuram explorar os mercados financeiros dos EUA em busca do prestígio e da maior liquidez de mercado, mas o aumento do escrutínio regulamentar por parte de Pequim e de Washington diminuiu bastante essas movimentações nos últimos anos

As autoridades chinesas anunciaram na semana passada um novo esforço para apoiar IPOs, especialmente em Hong Kong.

Bonnie Chan disse que até agora a Bolsa de Hong Kong recebeu 73 novos pedidos de listagem – um aumento de 50% em relação ao segundo semestre do ano passado, disse ela. “O pipeline está crescendo bem”, afirmou, observando que cerca de 110 IPOs estão alinhados. “Tudo o que precisamos é de um conjunto de boas condições de mercado para que essas coisas sejam lançadas e tenham um bom preço”, acrescentou.

O início desse processo de internacionalização do yuan começou em 2015, quando o Fundo Monetário Internacional anunciou que iria incluir no ano seguinte a moeda chinesa em sua cesta de moedas de reservas.

Investing - SP   27/06/2024

A oscilação recente do câmbio prejudica a previsibilidade do comércio exterior brasileiro, disse nesta quarta-feira a secretária de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Tatiana Prazeres, evitando comentar se o saldo da balança de 2024 poderá ficar abaixo do previsto diante da alta do dólar.

“A gente precisa aguardar para ver onde vai estabilizar, a oscilação prejudica a previsibilidade dos negócios", disse ela a jornalistas em evento do Cebri (Centro Brasileiro de Relações Internacionais).

Em abril, o Mdic reduziu sua projeção para o saldo comercial em 2024 para 73,5 bilhões de dólares, de 94,9 bilhões de dólares previstos antes.

A moeda norte-americana tem se valorizado frente ao real, acompanhando movimento global diante dos juros elevados nos Estados Unidos e reagindo também a questões internas ligadas principalmente a incertezas fiscais.

O dólar à vista encerrou esta quarta-feira cotado a 5,5191 reais na venda, maior valor de fechamento desde janeiro de 2022. Em junho, a divisa acumula elevação de 5,11% e, em 2024, alta de 13,76%.

Prazeres afirmou, ainda, que o acordo comercial do Mercosul com a União Europeia ainda é viável embora haja pendências a serem resolvidas.

“Há uma meia dúzia de temas importantes que ainda estão sendo discutidos. Há grande interesse político em viabilizar esse acordo e essa é a orientação do vice-presidente (Geraldo Alckmin) e do presidente (Luiz Inácio Lula da Silva)", afirmou.

Prazeres avaliou que um pacto com a União Europeia é viável desde que seja equilibrado. "O pacote que herdamos precisava de ajustes importantes, como na área de compras governamentais, uma vez que entendemos que as compras são um instrumento importante para política industrial."

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O Estado de S.Paulo - SP   27/06/2024

As contas do Governo Central registraram déficit primário em maio. No mês passado, a diferença entre as receitas e as despesas ficou negativa em R$ 60,983 bilhões. O resultado sucedeu o superávit de R$ 11,082 bilhões em abril.

O saldo, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, foi o pior desempenho em termos reais para o mês desde 2020, durante a pandemia, também figurando como o segundo pior resultado na série histórica do Tesouro, que foi iniciada em 1997. Em maio de 2023, o resultado havia sido negativo em R$ 45,014 bilhões, em valores nominais.

O resultado do mês passado ficou quase em linha com a expectativa do mercado financeiro, cuja mediana apontava um déficit de R$ 58,10 bilhões, de acordo com levantamento do Projeções Broadcast. O dado de abril ficou no intervalo das estimativas, todas de déficit, que variavam de R$ 70,0 bilhões a R$ 25,5 bilhões.

No acumulado do ano até maio, o Governo Central registrou déficit de R$ 29,998 bilhões, o pior resultado desde 2020. Em igual período do ano passado, esse mesmo resultado era positivo em R$ 1,834 bilhão, em termos nominais.

Em maio, as receitas tiveram alta real de 8,3% em relação a igual mês do ano passado. No acumulado dos cinco primeiros meses do ano, houve avanço real de 8,5%. Já as despesas subiram 14% em maio, já descontada a inflação. No acumulado destes cinco meses, a variação foi positiva em 13%.

Em 12 meses até maio, o Governo Central apresenta déficit de R$ 268,4 bilhões, equivalente a 2,36% do PIB. Desde janeiro de 2024, o Tesouro passou a informar a relação entre o volume de despesas sobre o PIB, uma vez que o arcabouço fiscal busca a estabilização dos gastos públicos. No acumulado dos últimos 12 meses até maio, as despesas obrigatórias somaram 18,6% em relação ao PIB, enquanto as discricionárias do Executivo alcançaram 1,8% em relação ao PIB no mesmo período.

Para 2024, o governo persegue duas metas. Uma é a de resultado primário, que deve ser neutro (0% do PIB), permitindo uma variação de 0,25 ponto porcentual para mais ou menos, conforme estabelecido no arcabouço. O limite seria um déficit de até R$ 28,8 bilhões. A outra é de limite de despesas, que é fixo em R$ 2,089 trilhões neste ano.

No último Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, publicado em maio, o Ministério do Planejamento e Orçamento estimou um resultado deficitário de R$ 14,5 bilhões nas contas deste ano, equivalentes a 0,1% do PIB.

O Estado de S.Paulo - SP   27/06/2024

O Banco Central teria perdido a meta de inflação ao menos cinco vezes se o novo sistema de alvo contínuo estivesse em vigor desde 1999, quando o regime de metas foi adotado. No sistema de ano-calendário, vigente até 2024, a autoridade monetária não conseguiu colocar a inflação na meta sete vezes.

Pela nova sistemática, considera-se que a inflação ficou acima da meta quando a taxa acumulada em 12 meses permanecer acima do teto do alvo por seis meses consecutivos. Efetivamente, o IPCA acumulado superou o limite superior por ao menos seis meses seguidos cinco vezes desde 1999. O levantamento já considera as metas ajustadas.

Pelo decreto publicado nesta quarta-feira, 26, não fica claro se o BC tem ou não um prazo estabelecido para fazer a inflação retornar à meta. O IPCA acumulado em 12 meses ficou acima do teto do alvo pelo período máximo de 25 meses, entre fevereiro de 2001 e dezembro de 2003, mas isso foi contado como apenas um estouro no levantamento do Estadão/Broadcast.

Outros estouros longos incluem 24 meses entre março de 2021 e fevereiro de 2023 e 23 meses entre janeiro de 2015 e novembro de 2016.

O decreto publicado pelo governo estabelece apenas que o BC tem de divulgar as razões de descumprimento do alvo, as medidas necessárias para assegurar a convergência e um prazo para que elas surtam efeito.

CNN Brasil - SP   27/06/2024

A confiança da indústria no Brasil apresentou ganho em junho pelo terceiro mês seguido diante da melhora na avaliação da situação atual, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (26).

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 0,4 ponto na comparação com o mês anterior e foi a 98,4 pontos, de acordo com os dados da FGV.

“A percepção sobre a demanda segue melhorando enquanto o nível de estoques se mantém próximo da normalidade.

Apesar da queda pontual nas expectativas, há uma perspectiva positiva relacionada ao ambiente de negócios no decorrer do segundo semestre”, explicou o economista do FGV IBRE Stéfano Pacini em nota.

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, teve alta de 1,1 ponto, a 99,3 pontos, maior patamar desde setembro de 2022, segundo a FGV.

Por outro lado o Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, caiu 0,4 ponto, para 97,6 pontos, interrompendo sequência de três altas consecutivas.

Em junho, houve alta da confiança em 12 dos 19 segmentos industriais pesquisados.

“Na ótica dos segmentos, é possível perceber que influência do desastre ambiental no Rio Grande do Sul foi mais severa no mês de maio.

Porém a recuperação ainda não está clara no resultado geral da indústria”, completou Pacini, ressaltando ainda que os indicadores de trabalho e renda continuam positivos.

Globo Online - RJ   27/06/2024

A deterioração das expectativas de inflação e a iminente substituição do presidente do Banco Central deixam as apostas para a Selic longe de um consenso, com grandes bancos divididos sobre se há espaço para corte em 2025, enquanto agentes de mercado embutem na curva dos juros futuros um aumento neste ano.

As perspectivas também são impactadas pela incerteza sobre quando o Federal Reserve começará a cortar juros e pelas preocupações sobre as perspectivas fiscais brasileiras.

Economistas do Itaú, JPMorgan e XP preveem que a Selic permanecerá em 10,5% até o fim de 2025. Já Bradesco e Bank of America projetam novos cortes nas taxas no próximo ano. Operadores, no entanto, apostam que os riscos de inflação levarão o BC a inverter o rumo e subir juros neste ano.

Na reunião de junho, o BC interrompeu quase um ano de flexibilização monetária, citando fatores como uma inflação persistente e atividade resiliente. Ajustado pela inflação, o Brasil ainda tem um dos custos de financiamento mais elevados do mundo. Mesmo assim, o BC sinalizou que manterá os juros estáveis durante algum tempo para combater a piora das expectativas de inflação.

Cenário “parece consistente com nossa previsão de uma taxa Selic estável em 10,50% no futuro próximo, embora reafirmemos a falta de visibilidade, especialmente além das próximas reuniões”, escreveu Cassiana Fernandez, chefe de pesquisa econômica para a América Latina no JPMorgan, em relatório.

Comitê de Política Monetária (Copom) é formado pelo presidente do BC e mais oito diretores

Já o Itaú projeta que o BC terá que manter os juros altos até o fim do ano que vem para resolver o problema de desancoragem das expectativas.“Há uma desancoragem num horizonte grande, em 2026. Esse desvio sugere que tem dúvidas sobre o compromisso do BC com a meta num horizonte distante”, diz Fernando Gonçalves, superintendente de pesquisa macroeconômica do banco.

Analistas da XP apontam que qualquer previsão para 2025 tem “um nível de incerteza particularmente alto”, especialmente porque o mandato do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, termina no final do ano, quando terá um substituto escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ontem, perguntado se deve indicar o atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, para o lugar de Campos Neto, Lula elogiou o economista, mas desconversou dizendo que ainda está “pensando”. E voltou a atacar a política monetária do BC liderado por Campos Neto. No mercado, há dúvidas se Galípolo à frente do BC resistiria à pressão do presidente para cortar juros para estimular a economia.

A curva de juros precifica um aumento de 0,5 ponto percentual na Selic até dezembro, num contexto de ceticismo sobre se a administração Lula cumprirá as metas fiscais e de preocupações sobre a tolerância do governo à inflação.

Sinal verde do Fed

O Bradesco vê espaço para um corte no segundo semestre do próximo ano, levando a Selic para 9,5% até o final de 2025. O Bank of America argumenta que a flexibilização monetária pode ser retomada já em janeiro, embora isso dependa em grande parte das ações do Fed (banco central americano)

“A retomada de cortes depende muito do Fed, e o nosso cenário é que o Fed vai começar a cortar juros em dezembro. E aí isso daria luz verde para o Copom reiniciar o ciclo de cortes”, disse David Beker, chefe de economia do Brasil, no BofA, em entrevista.

O BC se mantém atento ao Fed, uma vez que um diferencial cada vez menor entre as taxas dos EUA e do Brasil pode desencadear um fluxo de saída de investidores. Um espaço para cortes dependerá também das expectativas de inflação, das mudanças nas perspectivas fiscais do Brasil e da reação do mercado, acrescentou Beker.

O Bradesco espera que o novo presidente do banco mantenha as taxas de juros inalteradas durante os primeiros seis meses de 2025 para estabelecer credibilidade no combate à inflação, disse Myriã Bast, superintendente de Pesquisa Econômica do banco, em entrevista. A combinação de taxas elevadas por um período mais longo e a credibilidade que a nova equipe iria construir criaria então espaço para cortes, segundo ela.

Infomoney - SP   27/06/2024

Os ajustes no regime de metas de inflação, implementados no novo sistema de meta contínua, devem reduzir incertezas e permitir uma ancoragem das expectativas de inflação em horizontes mais longos, afirmou nesta quarta-feira (26) o Ministério da Fazenda, em nota.

A pasta disse que a decisão de manter a meta de 3,0%, similar ao patamar praticado em outros países emergentes, fortalece a percepção de compromisso do Brasil com inflação baixa e estável. Também foi mantida a banda de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

De acordo com o ministério, a fixação da meta não será mais feita a cada ano, com o alvo passando a ser definido para o longo prazo. A pasta ressaltou que eventual mudança na meta seguirá passando pelo crivo do Conselho Monetário Nacional e deverá respeitar uma antecedência mínima de três anos para início de sua aplicação.

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O ministério também argumentou que a mudança de horizonte para cumprimento da meta ainda permite retirar a sazonalidade das decisões de política monetária e afastar medidas que busquem forçar mudanças artificiais de preços.

“Com a mudança, deixam de existir estímulos para implementar políticas que levem à desaceleração “artificial” da inflação à medida que o fim do ano se aproxime, apenas para garantir cumprimento da meta”, afirmou.

Em meio a uma persistente piora das expectativas do mercado para os preços nos próximos anos, mesmo diante de dados benignos da inflação corrente, a Fazenda afirmou que a credibilidade do regime de metas é essencial para que haja convergência da inflação e para a ancoragem das estimativas de analistas para a evolução dos preços.

“A verificação contínua da meta e a necessidade de prestação de contas pela autoridade monetária agregam credibilidade à nova sistemática de meta para a inflação”, disse.

Globo Online - RJ   27/06/2024

O dólar voltou a disparar no Brasil nesta semana, tendo fechado ontem pela primeira vez acima de R$ 5,50 no ano. A cotação da moeda americana terminou a quarta-feira em em R$ 5,51, maior valor em dois anos e meio.

A nova alta foi agravada por declarações do presidente Lula sugerindo um freio no ajuste fiscal pretendido pela equipe econômica do governo, mas o dólar está em alta em todo o mundo. O contexto interno só faz do real uma das moedas no mundo que mais se desvaloriza perante a divisa americana.

No mundo, o dólar alcançou ontem uma nova máxima para 2024 frente às principais moedas globais, em meio a expectativas de que a primeira redução de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) ainda está distante.

O Bloomberg Dollar Spot Index atingiu 1.271,93 nesta quarta-feira, o nível mais elevado desde o início de novembro, com alta acumulada no ano de mais de 7%.

A cautela do Fed aumenta o diferencial de juros em relação a outros grandes bancos centrais, e o iene, a moeda com maior peso no índice da Bloomberg depois do euro, atingiu o nível mais fraco desde 1986 diante de juros extremamente baixos no país mais desenvolvido da Ásia.

Enquanto o Banco Central Europeu e Banco do Canadá já iniciaram seus ciclos de flexibilização monetária no início de junho, o Fed manteve sua taxa básica no nível mais elevado em mais de duas décadas.

Para os analistas da JPMorgan Asset Management, o dólar deve continuar a se beneficiar dos juros elevados nos EUA em relação a pares. Em algum momento, porém, eles alertaram que o suporte pode diminuir.

“Mais para frente, a estabilização dos diferenciais de juros e a redução dos diferenciais de crescimento poderão colocar um freio no dólar, mantendo-o forte (mas não mais forte)”, escreveram os analistas em relatório. “Podemos ter ultrapassado o pico do otimismo em relação à economia americana e o pico do pessimismo em relação ao resto do mundo.”

Os operadores de câmbio têm acumulado posições compradas em dólar contra os principais pares, segundo os dados mais recentes da Commodity Futures Trading Commission, que regula o mercado de derivativos nos EUA.

Nas duas semanas até 18 de junho, os especuladores acrescentaram mais de US$ 12 bilhões em apostas no fortalecimento do dólar.

MINERAÇÃO

Investing - SP   27/06/2024

Os preços futuros do minério de ferro subiram pela segunda sessão consecutiva nesta quarta-feira, auxiliados por uma onda de compras no mercado à vista da China e por apostas de que a segunda maior economia do mundo revelará mais estímulos para sustentar seu mercado imobiliário em dificuldades.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China ampliou os ganhos, encerrando as negociações do dia com alta de 3,4%, a 826 iuanes (113,67 dólares) a tonelada, seu nível mais alto desde 21 de junho.

O minério de ferro de referência para julho na Bolsa de Cingapura subiu 3,8%, para 107 dólares a tonelada.

A demanda de curto prazo pelo principal ingrediente da fabricação de aço permanece sólida, em parte porque o minério de ferro é mais competitivo em termos de custo do que a sucata de aço, outro insumo da fabricação de aço.

Os volumes de transações de minério de ferro nos principais portos aumentaram 9,3% em relação à segunda-feira, para cerca de 1,09 milhão de toneladas na terça-feira, segundo dados da consultoria Mysteel.

Na quarta-feira, Pequim, capital da China, reduziu a taxa mínima de entrada para compradores da primeira casa própria para não menos que 20%, de acordo com um comunicado do governo local.

"Alguns investidores estão negociando com base nas expectativas de possíveis estímulos em julho", disse Cheng Peng, analista da Sinosteel Futures, com sede em Pequim.

Os investidores e traders estão aguardando uma reunião importante, conhecida como terceiro plenário, a ser realizada em julho, que se concentrará no aprofundamento das reformas e na promoção da modernização da China.

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Alguns traders fecharam recentemente posições vendidas para realizar lucros, um sinal de que não acreditam que haja muita margem para novas quedas de preços, disse um analista de Xangai.

A produção diária de aço bruto entre as siderúrgicas caiu 2,8%, para cerca de 2,19 milhões de toneladas, entre 11 e 20 de junho, em comparação com o período de 10 dias anterior, segundo dados da Associação de Ferro e Aço da China.

Algumas siderúrgicas que utilizam fornos elétricos a arco reduziram a produção depois que as perdas aumentaram, contribuindo em parte para a redução da produção de aço bruto, disseram os analistas.

Valor Investe - SP   27/06/2024

Sobre o minério de ferro, o banco estima que os preços devem ficar entre US$ 100 e US$ 110 a tonelada até o segundo semestre

O Bank of America (BofA) atualizou as suas recomendações para as mineradoras brasileiras, considerando as novas projeções para os preços de commodities. Embora o banco se mantenha otimista em relação à recuperação dos metais básicos no segundo semestre e em 2025, a demanda comercial permanece fraca, o que limita o crescimento no curto prazo.

Com indicações neutras, o BofA elevou o preço-alvo da Vale, de R$ 62 para R$ 65, e da CBA, de R$ 6 para R$ 7, enquanto manteve o preço-alvo da Usiminas em R$ 9. Já com recomendações de venda, o banco reduziu o preço-alvo da CSN, de R$ 14 para R$ 13,50, e da CSN Mineração, de R$ 5,50 para R$ 5.

O banco acredita que um cenário com a retomada da demanda, a reposição dos estoques, cortes nos juros nos Estados Unidos e o dólar mais fraco, deve impulsionar o cobre e o alumínio para cima no fim do ano. Ao mesmo tempo, o aço permanece num cenário mais limitado, enquanto o lítio ainda requer mais cortes de produção para uma recuperação sustentada, comenta o BofA.

Sobre o minério de ferro, o banco estima que os preços devem ficar entre US$ 100 e US$ 110 a tonelada até o segundo semestre, com o consumo na China mais fraco e uma melhora na oferta do Brasil e da Austrália.

Essa visão faz com que o BofA se mantenha mais cauteloso em relação a Vale, CSN, CSN Mineração e Usiminas.

Para a Vale, o banco afirma que ainda há um risco adicional de novas provisões da Samarco e da renegociação de contratos de concessão ferroviária. Ainda assim, o banco também incorporou a revisão de ativos de metais de transição energética da mineradora. Esses ativos mostraram potencial para liberar até US$ 1,3 bilhão por ano de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) adicional após 2028.

Veja tudo sobre os balanços e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a empresa, no Valor Empresas 360.

Portal Fator Brasil - RJ   27/06/2024

Transação ajuda companhia a reduzir os custos de juros. A operação foi realizada pela Vale Overseas Ltd, subsidiária da empresa sediada no Rio de Janeiro.

A Vale, segunda maior produtora mundial de minério de ferro, acessou o mercado internacional de dívida pela primeira vez em um ano. A companhia captou US$ 1 bilhão por meio da emissão de títulos com vencimento em 30 anos.

A operação foi realizada pela Vale Overseas Ltd, subsidiária da empresa sediada no Rio de Janeiro. O juro pago pelos títulos ficou 210 pontos base acima do título do Tesouro dos EUA — spread over Treasury, no jargão do mercado – de prazo equivalente, segundo pessoas a par do assunto. A taxa ficou abaixo do que vinha sendo negociado inicialmente, que era um spread de 250 pontos base.

Ao mesmo tempo, a empresa quer recomprar até US$ 500 milhões em títulos com vencimento em 2034, 2036 e 2039, de acordo com um comunicado divulgado na terça-feira. A transação está sujeita à conclusão de uma oferta de notas da Vale Overseas, disse a empresa.

A transação “ajuda a reduzir os custos de juros e a distribuir os vencimentos”, aumentando também a liquidez na curva, disse Peter Varga, gestor sênior de portfólio da Erste Asset Management GmbH.

A Vale acessou o mercados global pela última vez em junho de 2023, quando vendeu US$ 1,5 bilhão em títulos com vencimento em 2033. Essas notas proporcionaram aos investidores uma perda de 1% desde o início do ano, em comparação com um ganho de 2,7% para títulos de mercados emergentes. de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

Os títulos da mineradora brasileira pouco mudaram ao longo da curva na terça-feira, com alguns vencimentos subindo. As notas com vencimento em 2039 subiram até 2,9 centavos, para 109,7 centavos por dólar, de acordo com dados do Trace.

AUTOMOTIVO

Petro Notícias - SP   27/06/2024

Depois de um assunto bilionário nos próprios anos no Brasil, a Scania apresenta o primeiro ônibus elétrico 100% da marca no país. O modelo entra para a história e inicia a jornada de eletrificação da fabricante sueca no Brasil. O veículo tem autonomia entre 250 a 300km, tração 4x2, vocação urbana, opções de quatro ou cinco pacotes de baterias, e as vendas terão início anda este ano na Feira Latino-Americana do Transporte, que será realizada de 6 a 8 de agosto no Expo Imigrantes, em São Paulo. Alex Nucci, diretor de Vendas de Soluções da Scania Operações Comerciais Brasil, disse que “É com muito orgulho que lançamos o primeiro ônibus elétrico 100% Scania do Brasil. Estamos vivendo um ano muito especial para a história da marca no país. Nas vésperas de comemorar nossos 67 anos de Brasil, iniciamos mais uma jornada de transformação. A modernidade da eletrificação estará materializada em nossa fábrica. A partir do início da produção do ônibus elétrico, em março de 2025, a Scania não será mais a mesma.”

O diretor disse ainda que “Nossos clientes serão convidados a embarcar conosco nesta nova viagem no principal Salão de Ônibus da América Latina, a Lat.Bus, em agosto. Aliás, aproveitando, vamos oferecer uma condição especial de preço de lançamento na Lat.Bus. Além disso, o Scania Banco vai oferecer um financiamento via funding verde, o mesmo usado para o modelo a gás, com taxa de juros referencial de 0,79%, muito competitiva. Mas, é necessário reforçar que nossa linha a diesel continuará disponível e entregando o menor custo total de operação, além da gama a gás. Vamos complementar nosso já eficiente leque de soluções para a mobilidade. O produto elétrico reforça o portfólio e não substitui outra matriz energética atualmente comercializada.“

O K 230E B4x2LB tem autonomia de 250 a 300km (já dimensionado numa condição severa-extrema com ar-condicionado ligado e topografia irregular), e opções de quatro ou cinco pacotes de baterias. Sua vocação principal é a aplicação urbana, tem tração 4x2 e comporta carrocerias de 12 a 14 metros – capacidade média para 80 passageiros –, na configuração de piso baixo ou normal. “Vamos começar pela tração urbana 4x2 e potência de 230kW. Será um ciclo normal de aprendizagem de mercado, analisando as demandas dos clientes, como se desenvolverá a infraestrutura para atender aos veículos elétricos no Brasil. Ou seja, é uma jornada que não depende apenas da Scania“, revela Marcelo Gallao, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Scania Operações Comerciais Brasil. “O K 230E B4x2LB tem motor elétrico Scania, câmbio Scania e bateria Scania-Northvolt, importados.”

Na interface de carregamento, ele transforma a energia que recebe de um carregador externo, que neste primeiro momento será importado. “Nós já estamos avaliando os carregadores de mercado, que giram em torno de 150 a 180kW. Teremos a liberdade para desenvolver uma solução localmente“, explica Gallao. O carregador proporciona maior segurança na recarga reduzindo o risco de acidentes. O sistema de manutenção é simples para diminuir o custo com trocas por danos na interface de carregamento.

Auto Industria - SP   27/06/2024

O problema é universal e não tem sido valorizado como deveria não só no Brasil como nos países de maior grau de desenvolvimento econômico, onde há maior poder aquisitivo e, portanto, a maior frota de veículos elétricos. Um alerta neste sentido acaba de ganhar força por meio de uma informação da Acea (Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis, em francês).

“A União Europeia precisa instalar quase oito vezes mais pontos de recarga de veículos elétricos por ano do que em 2023 para atender à demanda prevista. Estamos muito preocupados com o fato de que a implantação da infraestrutura não acompanhou o ritmo das vendas de carros elétricos a bateria nos últimos anos. Essa ‘lacuna de infraestrutura’ corre o risco de aumentar em um grau muito maior do que as estimativas da Comissão Europeia.”

Outro problema é que apenas um em cada oito carregadores na Europa são de carga rápida, o que atrapalha viagens por estradas.

Nos EUA o cenário se repete. A proporção ideal, segundo o Ministério de Energia do país, é uma porta de carregamento para cada 25 veículos elétricos. Mas isso depende da composição da malha rodoviária de cada país. Alguns estudos apontam que deve haver um carregador para cada 10 veículos. O governo americano pretende ver instalados 500.000 carregadores até 2030, ou seja, cerca de 200 por dia. Mas até agora o ritmo está muito abaixo do esperado.

No Brasil, os números são pouco precisos porque há conflito de informações. Como nos EUA, a concentração de carregadores está nas cidades, quando já deveria ter avançado nas estradas.

Outro percalço começa a atingir veículos elétricos. Começou na Nova Zelândia e agora em um estado no Canadá. Ambos passaram a taxar carros elétricos pelo uso de estrada e ruas, pois não utilizam combustíveis e, portanto, não pagam impostos que os governos precisam para manutenção. Há tempos antecipei nessa coluna que isso iria acontecer, pois os governos dependem dessas e outras receitas.

Aqui no Brasil o preço do kW.h nos postos de carregamento começou a subir, antes mesmo de o governo aumentar os impostos. E agora há uma proposta do Governo Federal para elétricos também pagarem o “imposto do pecado” sobre automóveis por sua pegada de carbono. Neste caso pela mineração dos metais e produção das baterias. Esse imposto tornaria todos os carros mais caros, mas ainda não foi aprovado.

Globo Online - RJ   27/06/2024

Nas contas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as montadoras vão desembolsar no país, no novo ciclo de investimentos até 2030, R$ 130 bilhões para desenvolver tecnologias limpas, incluindo a eletrificação dos veículos. É o maior valor da história desembolsado pelo setor automotivo no Brasil para a grande virada de chave na transição energética. A aprovação pelo Congresso do programa Mover, que prevê R$ 19,3 bilhões em incentivos para novas tecnologias ajudar a acelerar esse movimento.

Se as previsões dos especialistas se concretizarem, serão vendidos no Brasil este ano 150 mil veículos eletrificados, 60% a mais do que em 2023. É um salto impressionante para um segmento que engatinhava há alguns anos.

Ainda assim, o número brasileiro é muito baixo se comparado à venda anual de carros a combustão — cerca de 2 milhões — e uma gota dágua na frota nacional de quase 120 milhões de veículos. Os elétricos hoje somam cerca de 300 mil unidades.

No exterior, o ritmo de vendas de eletrificados — incluindo elétricos puros, híbridos (que também são abastecidos com combustíveis tradicionais como o etanol) e híbridos plug-in (que podem ser conectados a tomadas) — está acelerado. Só no ano passado, foram emplacadas 14 milhões de unidades , sendo 95% deles na China, Europa e nos EUA, regiões onde a frota de elétricos já fica entre 30% e 40% do total.

Apesar dos investimentos das montadoras brasileiras, estudo inédito da consultoria alemã Roland Berger mostra que ainda há gargalos que precisam ser superados no Brasil. Os principais são a infraestrutura de carregamento para os elétricos plug-in, o preço elevado dos carros e o acesso a peças e componentes.

Aposta nos híbridos-flex

O estudo indica que são os carros híbridos leves (não plug-in) que devem despontar como tendência. Como têm motor e bateria de tamanho e potência limitados, são menos caros. De olho nessa vantagem competitiva do país, as montadoras já oferecem os híbridos-flex, movidos também a etanol.

— Apesar de todo mundo falar em elétrico movido a bateria de lítio, no Brasil temos também o etanol, com um mercado de carros flex consolidado, o que sinaliza que os carros a combustão ainda vão continuar por aqui por um longo tempo — explica Cristiano Doria, sócio-diretor da Roland Berger Brasil, autor do estudo, lembrando que o etanol também já resolve uma parte do problema das emissões de CO2 porque é menos poluente.

Estações para abastecer

A possibilidade de uso de combustíveis tradicionais também ajuda a contornar os problemas de infraestrutura. Dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) revelam que o país tem atualmente 8 mil pontos públicos de carregamento, com expectativa de chegar 10 mil em 2025.

Na China, segundo a Administração Nacional de Energia (NEA), o número de pontos públicos chega a quase 2 milhões. É um reflexo de políticas de infraestrutura que vêm sendo implementadas há anos pelo governo chinês.

No Brasil, as empresas privadas estão na dianteira do processo de instalar pontos de recarga. Em fevereiro, a Raízen Power, empresa que busca soluções de energia elétrica renovável da Raízen, e a montadora chinesa BYD, anunciaram uma parceria para a construção de 600 estações de recarga no Brasil em postos Shell.

A Raízen Power já tinha comprado, em 2023, a rede de recarga de veículos elétricos da startup brasileira Tupinambá com 204 carregadores.

A Vibra, líder no setor de distribuição de combustíveis e energia, chegou ao fim do ano passado com 15 eletropostos nas rodovias, entre Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais. Clarissa Sadock, vice-presidente de Energia Renovável e ESG da Vibra, diz que a meta é ampliar a rede de recarga para o resto do Brasil por meio de seus postos convencionais:

— Nossa meta no curto prazo é conectar a região Sul e Sudeste do país, além de estados no Nordeste e Distrito Federal. A meta da companhia é disponibilizar ainda o serviço de recarga de veículos elétricos em 25% da nossa rede de postos até 2030.

Alexandre Baldy, conselheiro especial da BYD, diz que o Brasil é a maior aposta da companhia depois da China. A BYD se prepara para iniciar a produção de elétricos puros na Bahia, em 2025, onde está investindo R$ 5 bilhões.

— O brasileiro é muito aberto a inovação. As políticas públicas são essenciais em todas as esferas para reduzir as emissões, elevar os investimentos e aumentar a competitividade — afirma Baldy.

A montadora chinesa iniciou uma guerra de preços no país ao trazer o modelo Dolphin por R$ 149 mil, no ano passado, levando a concorrência também a baixar preços.

Já Stellantis, donas das marcas Fiat, Peugeot, Citröen, avalia que o Brasil tem a oportunidade de fazer uma transição mais planejada e menos onerosa para a eletrificação pura por causa de sua matriz energética. A montadora, que vai investir R$ 30 bilhões no país até 2030, busca eletrificação mais acessível ao consumidor com carros híbridos.

— O uso do etanol combinado com eletrificação é o caminho mais rápido e viável do ponto de vista social, econômico e ambiental para uma crescente eletrificação da frota brasileira — diz Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis para América do Sul.

A Stellantis criou o departamento de e-Mobility, que reúne soluções voltadas para a mobilidade elétrica. Por meio de parcerias, busca o desenvolvimento de infraestrutura para utilização dos elétricos. A empresa tem um acordo com a Tupinambá para o mapeamento de mais de 2000 carregadores em todo o Brasil através de um aplicativo desenvolvido pela própria montadora.

Também tem uma parceria com a Estapar, de estacionamentos, e a Zletric (rede de recargas para veículos elétricos) para instalação de 740 estações de recarga sem custo para os clientes de suas marcas.

Toyota foi pioneira

Ricardo Bastos, diretor de Assuntos Institucionais da GWM Brasil, que vai montar carros em Iracemápolis, interior de São Paulo, diz que o programa Mover acelera a estratégia de produção da montadora — que deve iniciar no primeiro semestre de 2025 com o híbrido Haval.

A chinesa GWM começou a vender seus veículos em abril do ano passado e já foram emplacadas 20 mil unidades entre híbridos, híbridos plug-ins e elétricos puros. A expectativa é comercializar 31 mil unidades neste ano.

— Com o Mover, vamos acelerar os nossos planos no país. A visão da GWM para o Brasil é de longo prazo, uma visão estratégica que envolve a participação forte da produção nacional — diz Bastos.

Outras montadoras também miram os carros híbridos como um estágio anterior à eletrificação total no Brasil. A japonesa Toyota foi a pioneira no desenvolvimento e produção de híbridos movidos a etanol no país — em 2019, com o Corolla. Na última década, a empresa sempre defendeu a tecnologia híbrida como forma de driblar o alto custo dos carros elétricos puros. No Brasil, todos os seus veículos agora terão uma versão híbrida.

A americana General Motors, que vinha apostando nos carros elétricos puros nos EUA não descartou que os híbridos possam ser fabricados no Brasil, dependendo da demanda dos consumidores, ao anunciar investimentos de R$ 7 bilhões no país até 2028.

Automotive Business - SP   27/06/2024

As montadoras voltaram atrás e, enfim, vão pleitear que o governo antecipe em dois anos o aumento do imposto de importação para veículos elétricos.

Antes, um contexto: com o aumento das importações, o governo federal acabou cedendo às pressões das montadoras e, assim, retomou o imposto de importação para o segmento, criando uma barreira tributária.

A medida passou a valer em janeiro deste ano, com um aumento escalonado que chegaria a uma alíquota de 35% até 2026.

Acontece que volumes expressivos de veículos elétricos importados seguiram desembracando no país apesar das travas, o que parece ter incomodado as montadoras com produção instalada no país.

Questionado pela reportagem de AB em junho, durante a coletiva de resultados da Anfavea, o presidente da entidade, Marcio de Lima Leite, havia informado que ainda não era o momento de revisão dos termos.

Os ventos da indústria, no entanto, começaram a soprar para outro lado, e parece que as montadoras decidiram que, sim, era a hora de pedir a tal revisão.

O próprio presidente da Anfavea, na quarta-feira, 25, durante o evento Seminário AutoData Revisões das Perspectivas 2024, afirmou que a associação já negocia mudanças nos prazos da retomada do imposto.

As restrições a carros chineses têm gerado efeitos diretos no Brasil. Enquanto Estados Unidos e União Europeia impõem barreiras aos veículos eletrificados do país asiático, o mercado aqui recebe mais e mais automóveis e marcas de lá.

Isso mesmo com as barreiras criadas aqui também, como o aumento gradual do imposto de importação para eletrificados, que afeta em especial o preço dos carros chineses. Porém, que ainda não foi capaz de arrefecer as vendas - vide o aumento das importações neste ano de 2024.

O Estado de S.Paulo - SP   27/06/2024

Maior fabricante de carros elétricos do mundo, com previsão de iniciar a produção no Brasil em 2025, a BYD criticou a iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) de recomendar a tributação dos carros 100% elétricos com o Imposto Seletivo no âmbito da reforma tributária. Pela proposta original do Ministério da Fazenda, só os veículos movidos a combustão e os híbridos serão passíveis de taxação – os elétricos ficaram de fora.

O Imposto Seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, vai sobretaxar bens e serviços que causam danos à saúde ou ao meio ambiente, como as bebidas alcoólicas e açucaradas, cigarros, jatinhos e lanchas, além da extração de petróleo e minério de ferro.

Como mostrou o Estadão, o MDIC, chefiado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, recomendou a inclusão dos elétricos na lista com o argumento de que o governo não escolhe a rota tecnológica para o desenvolvimento de futuros automóveis e que, no caso dos elétricos, é preciso levar em conta o fator poluente da fabricação das baterias e de como é gerada a energia que vai abastecê-las.

O conselheiro especial da BYD, Alexandre Baldy, contestou o MDIC: “Os governos são distintos, existem vários governos dentro do mesmo governo”, disse. “Na avaliação de quem está tomando à frente da reforma tributária e que enviou os projetos de lei complementares para concluir a reforma tributária, a visão dela (a Fazenda) é muito clara e inclusive foi cética sobre essa recomendação do MDIC”.

Baldy afirma que os carros 100% elétricos não emitem gases de efeito estufa e, por isso, não foram previstos no Seletivo pela Fazenda. Além disso, ele diz que esses veículos vêm recebendo incentivos em diferentes países, na contramão do que faz o Brasil. Procurado, o Ministério da Fazenda não se manifestou.

Secretário-executivo do Ministério da Indústria, Márcio Elias Rosa, afirma que os elétricos não são o único caminho para a descarbonização, nem o mais eficiente, e que haverá uma diferenciação de alíquotas no Imposto Seletivo que premiará as rotas mais bem-sucedidas de acordo com a sua capacidade concreta de entrega no campo ambiental .

Sobre o efeito poluente herdado da fabricação de baterias na China, com fontes de energia poluentes, Baldy diz que a BYD chinesa já se abastece de eletricidade produzida por painéis solares.

“São muitas as movimentações baseadas em informações que não têm fundamento, porque as empresas que produzem baterias nunca foram chamadas a comprovar quais são as suas matrizes do ponto de vista da eletricidade. Então, as argumentações que são colocadas são frágeis“, afirma. “A BYD está investindo para produzir baterias no Brasil, com matriz elétrica renovável e não poluente, e será aproveitado o mineral que é extraído no Brasil.”

A previsão, segundo Baldy, é que a BYD comece a montar baterias para carros elétricos no Brasil em 2026. Se o investimento vingar, será a primeira unidade de produção de baterias para carros fora da Ásia.

“É surpreendente que o Ministério da Fazenda esteja sendo desenvolvimentista, no aspecto da transição energética para uma neoindústria, e o MDIC, o qual deveria ser desenvolvimentista, está sendo retrógrado”, afirma.

Ex-ministro das Cidades no governo Temer e membro do PP, partido de Arthur Lira (PP-AL), o executivo afirma que já iniciou as tratativas para congelar a iniciativa do MDIC no Congresso.

A recomendação foi feita pelo ministério aos deputados que compõem o grupo de trabalho da regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, 24. A previsão é de que o relatório seja apresentado na próxima semana e votado, em plenário, antes do recesso parlamentar, em 17 de julho.

Baldy afirma que, ao sobretaxar os carros elétricos, o Brasil está criando uma desvantagem que pode afetar a competitividade desses veículos também na exportação, uma vez que a ideia é que o País seja plataforma para a BYD vender para os países da América Latina.

A desvantagem, segundo ele, não se expressa apenas na potência da sobretaxa pelo Seletivo, mas também com a mudança na avaliação dos automóveis contida no programa de incentivo à indústria automotiva, o Mover, que a partir de 2027 não levará em conta apenas o nível de emissão de gás carbônico, mas também a reciclabilidade do automóvel e as fontes de energia dos fabricantes de autopeças – no conceito chamado “do berço ao túmulo”. As baterias perdem pontos no quesito reciclabilidade.

Elétricos não são único caminho para descarbonização, diz MDIC

O secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, afirma que o objetivo do governo é induzir a fabricação de automóveis menos poluentes, tendo como efeito colateral positivo a atração de indústrias para o Brasil.

Isso porque a alíquota do Imposto Seletivo sobre os automóveis criará um sistema de pontos em que será levado em conta não apenas a emissão de carbono, mas também a reciclabilidade, a realização de etapas fabris no País e a categoria do veículo. O detalhamento da pontuação será feito em um outro projeto de lei.

“Por ser elétrico, esse carro em si não é o instrumento único para a descarbonização. Temos que levar em conta as etapas fabris, a fabricação da bateria, o descarte da bateria etc. E aí vamos dosando na gradação dos bônus e malus (que levarão à pontuação para a formação da alíquota do Seletivo)”, afirma Rosa.

A diferenciação das alíquotas do Seletivo, diz ele, vai levar em conta a capacidade concreta de uma determinada tecnologia promover a descarbonização, e as mais bem-sucedidas serão premiadas com um Imposto Seletivo menor.

O ponto de partida ideal, segundo o secretário, talvez seja o hidrogênio verde. E, a partir daí, haverá um escalonamento crescente de alíquotas. “O quesito da produção nacional não será problema para eles (BYD). Quando fizermos as medições dos ciclos produtivos, o elétrico também tem vantagens e isso dá a ele condições tributárias mais favoráveis, mas não o exclui do Imposto Seletivo”, afirma Rosa.

O secretário-executivo diz acreditar que a ausência dos elétricos no texto original da Fazenda tenha sido um equívoco. “Essa (veículos elétricos) não é a solução tecnológica que garante a descarbonização. Ela é sabidamente muito mais competitiva do ponto de vista ambiental do que o motor a combustão a diesel, mas ela não é a que garante a maior sustentabilidade”, diz Rosa, mencionando a produção de híbridos com motor a combustão com etanol, por exemplo, e o hidrogênio.

O secretário defende ainda que haja uma exigência para a instalação de fábricas no Brasil, como um dos quesitos da pontuação para se reduzir a tributação.

“A arrecadação deve ser neutra, não estimular ou prejudicar o consumo, mas isso é o que o mundo está fazendo. Se não associa a isso a preocupação com a produção nacional, o Estado abre mão de um instrumento de política pública”, afirma.

FERROVIÁRIO

Grandes Construções - SP   27/06/2024

A Alstom e a Linha Universidade (Linha Uni), revelaram hoje (26 de junho) o design dos trens que prestarão serviço na Linha 6 do Metrô de São Paulo (SP). Destacados pela cor Laranja, que reforça o nome e a identidade da linha, as novas composições são mais leves, com menor consumo de energia elétrica e layout desenvolvido para oferecer uma melhor experiência aos passageiros.

O espaçamento das portas e corredores foi projetado para proporcionar um melhor fluxo de passageiros e liberdade de movimento, além de espaços reservados para pessoas com mobilidade reduzida.

As grandes janelas e portas proporcionarão uma visão clara do exterior, garantindo ao passageiro uma viagem tranquila, segura e confortável. Os trens também contarão com tecnologias modernas: contagem de passageiros, mapas dinâmicos de linhas, monitores e vigilância por vídeo, além de sistema óptico de detecção de fumaça e sistema de extinção de incêndio.

Fabricados em aço inoxidável, outra característica dos trens é a resistência: as estruturas das composições têm durabilidade de mais de 40 anos, além de apresentarem menor peso se comparados com os modelos fabricados em aço carbono.

Cada trem terá capacidade para transportar até 2.044 passageiros. A expectativa é de que a linha transporte cerca de 633 mil passageiros por dia. Contando com a tecnologia Unattended Train Operation (UTO), que permite o funcionamento sem um operador a bordo, o trem da Linha-6 Laranja poderá alcançar 90 quilômetros/hora.

Ao todo, 22 trens de seis carros cada serão fabricados na unidade industrial da Alstom na cidade de Taubaté, interior de São Paulo. Eles fazem parte do pacote de obrigações assumido pela concessionária Linha Universidade (LinhaUni), responsável pela operação e manutenção por 19 anos da linha de metrô. As primeiras caixas dos trens já estão em produção.

Os trens foram apresentados no Lab 4.0 da Alstom, um laboratório de realidade virtual que usa tecnologia avançada para dar uma experiência realista ao usuário no espaço virtual. O processo possibilita um olhar detalhado sobre todos os aspectos, desde o formato dos assentos e elementos de conforto e segurança até elementos técnicos como motor.

"Este empreendimento, que é um marco na mobilidade urbana da América Latina tanto pelo tamanho como pelo financiamento inovador, é um testemunho do nosso compromisso contínuo com o Estado de São Paulo e com o Brasil. Há quase 70 anos presente no Brasil, estamos dedicados a fornecer soluções de transporte público que sejam eficientes, seguras e de alta qualidade”, afirma Michel Boccaccio, Presidente da Alstom no Brasil e Diretor Geral para América Latina.

A Linha 6-Laranja de metrô de São Paulo é uma concessão do Estado de São Paulo que inclui a construção e operação de uma linha de metrô que ligará os bairros de Brasilândia e Freguesia de Ó ao centro da cidade. Quando concluído, o projeto terá 15,3 quilômetros de extensão e contará com 15 estações subterrâneas, incluindo três grandes trevos.

O projeto também prevê ampliação de 7 quilômetros da Linha 6-Laranja, acrescentando outras seis estações: Morro Grande, Velha Campinas; Aclimação, Cambuci; Vila Monumento e São Carlos. O trecho terá integração com as linhas 1-Azul e 4-Amarela de metrô e 7-Rubi e 8-Diamante de trens metropolitanos.

Valor - SP   27/06/2024

O governo de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (26) a expansão da linha 13-jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) até o centro de Guarulhos.

Hoje, o ramal opera entre o Aeroporto Internacional de Guarulhos, a cerca de 18 km do centro da cidade, e a estação Engenheiro Goulart, na zona leste da capital paulista.

De acordo com o governo, seis estações serão criadas por meio uma PPP (parceria público-privada). Quatro estarão entre o aeroporto de Guarulhos e o centro da cidade (Jardim dos Eucaliptos, São João, Jardim Presidente Dutra e Bonsucesso), e duas entre São Paulo e o aeroporto (Cangaíba e Gabriela Mistral).

O investimento previsto é de R$ 2,5 bilhões.

Atualmente, a linha 13-jade da CPTM funciona com cerca de 20 minutos de intervalo entre os trens na região de Guarulhos. Após as obras, promete o governo, esse intervalo será reduzido para 15 minutos. Já o serviço Expresso Aeroporto, que hoje funciona de hora em hora, vai operar a cada 30 minutos.

O estado planeja outros investimentos no transporte sobre trilhos na região de Guarulhos.

A previsão é que o "people mover" aeromóvel, como foi batizado o trem que levará passageiros da estação Aeroporto-Guarulhos da CPTM ao aeroporto internacional, comece a operar em agosto deste ano.

Os terminais do aeroporto ficam a cerca de 2,5 km da estação, obrigando os usuários a pegarem um dos ônibus gratuitos cedidos pela GRU Airport para completar o deslocamento.

A novidade está orçada em R$ 301 milhões. O valor será custeado com recursos da outorga do consórcio AeroGRU.

Com partidas a cada quatro minutos, a estimativa é que transporte até 2.000 pessoas por hora em cada sentido. Não haverá custo extra para o usuário, que pagará apenas a passagem do trem que o levará até Guarulhos.

NAVAL

Valor - SP   27/06/2024

Entre os objetivos do Navegue Simples são melhorar a eficiência das políticas públicas de outorgas portuárias por meio da promoção, ações de desburocratização, inovação e simplificação dos processos

O governo criou o programa “Navegue Simples” que tem como objetivo tornar mais ágil e eficiente o processo de autorização de terminais de uso privado (TUPs). A medida que já havia sido divulgada pela secretária-executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, foi oficializada nesta quarta-feira (26) com a publicação decreto no Diário Oficial da União (DOU)

Pescatori explicou havia explicado também que a próxima fase da iniciativa beneficiará os projetos de arrendamento dos terminais portuários instalados nos portos públicos. Para isso, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) abrirá, nos próximos dias, uma tomada de subsídios para receber contribuições do setor.

Os objetivo do Programa Navegue Simples são melhorar a eficiência das políticas públicas de outorgas portuárias por meio da promoção, do desenvolvimento, da implementação e da avaliação de medidas e ações de desburocratização, inovação e simplificação dos respectivos processos, modelos, instrumentos, legislações, regulamentos, atos normativos e procedimentos administrativos; e inovar e melhorar a eficiência da gestão de contratos de outorgas portuárias.

Além disso, visa promover a redução das cargas regulatória e administrativa, com critérios de revisão, unificação, harmonização, consolidação, transparência, previsibilidade e segurança jurídica; reduzir prazos e custos para obtenção de novas outorgas portuárias e alterações de contratos vigentes; atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no setor portuário; atividades de absorção e transferência de tecnologias aplicáveis às outorgas portuárias, em especial aquelas dedicadas à melhoria da governança portuária, da relação porto-cidade e dos efeitos da mudança do clima; entre outros.

PETROLÍFERO

O Petróleo - SP   27/06/2024

A Petrobras anunciou o início da produção de petróleo e gás no poço Atapu, localizado na bacia de Santos, marcando um avanço significativo na exploração do pré-sal brasileiro. Esta iniciativa, operada pela Petrobras com uma plataforma capaz de produzir 150 mil barris de petróleo por dia e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural diariamente, destaca-se como um marco importante para a indústria energética nacional e global.

Descoberta no Pré-sal Brasileiro

A descoberta de petróleo e gás no poço Atapu representa um passo crucial para o setor de energia do Brasil. Com uma participação majoritária de 98%, a Petrobras lidera as operações, enquanto unidades da Royal Dutch Shell Plc, Total SA, Petrogal (Portugal) e a estatal brasileira PPSA detêm participações minoritárias. Essa colaboração estratégica não só fortalece a capacidade de produção da Petrobras, mas também reforça a posição do Brasil como um player significativo no mercado global de energia.

Impacto Econômico e Ambiental

Além do impacto econômico positivo, a produção no poço Atapu promete implicações ambientais e regulatórias que precisam ser monitoradas de perto. A expansão das operações no pré-sal demandará não apenas investimentos contínuos em tecnologia e infraestrutura, mas também um compromisso renovado com práticas sustentáveis e seguras.
Perspectivas Futuras

À medida que a produção no poço Atapu se expande, espera-se que contribua significativamente para a economia brasileira, gerando empregos e aumentando a receita do país com exportações de energia. Essa iniciativa não apenas diversifica a matriz energética do Brasil, mas também posiciona o país como um protagonista chave no desenvolvimento sustentável global.

A produção de petróleo e gás no poço Atapu representa um marco transformador para a Petrobras e para o Brasil, sublinhando o potencial expansivo do pré-sal e o compromisso do país com o crescimento econômico sustentável. Este avanço não só fortalece a segurança energética nacional, mas também abre novas oportunidades para o setor de energia brasileiro no cenário global.

O Petróleo - SP   27/06/2024

O Grupo Potencial, empresa brasileira de propriedade privada, está planejando um investimento substancial de 200 milhões de reais na construção de dois oleodutos de biocombustíveis no sul do Brasil. Segundo Carlos Hammerschmidt, vice-presidente da empresa, os gasodutos terão 55 quilômetros de extensão cada e representarão um avanço significativo na infraestrutura energética da região.

Benefícios Ambientais e Operacionais

Um dos gasodutos transportará biodiesel, enquanto o outro será dedicado a biocombustíveis como etanol, conectando a usina de biodiesel da Potencial na Lapa a um cluster de distribuidoras. Esta iniciativa reduzirá substancialmente a necessidade de caminhões-tanque, aliviando o impacto ambiental e permitindo à Potencial expandir seu portfólio de combustíveis sustentáveis.

Impacto Regional e Desenvolvimento Infraestrutural

Além de fortalecer sua capacidade de produção na Lapa, maior fábrica de biodiesel do Brasil com capacidade para 900 milhões de litros, o projeto terá um impacto transformador no estado do Paraná. Esta região agrícola chave verá melhorias na sua infraestrutura energética, contribuindo para o desenvolvimento econômico local.

Expansão e Futuro Sustentável

A Potencial não só visa aumentar a produção de biodiesel na Lapa, mas também planeja comercializar etanol de milho e biocombustível de aviação sustentável à base de soja. Este movimento está alinhado com as metas ambientais do Brasil, que estão aumentando gradualmente a mistura obrigatória de biodiesel no diesel para 15% até março próximo.
Investimento Adicional em Glicerina e Perspectivas Internacionais

Além dos gasodutos, a Potencial também anunciou um investimento adicional de 100 milhões de reais para expandir a produção de glicerina na Lapa. Este subproduto do biodiesel é exportado para a China, destacando o potencial da empresa no mercado global de biocombustíveis.

O projeto dos gasodutos de biocombustíveis da Potencial não só promove a sustentabilidade e eficiência operacional, mas também fortalece a posição do Brasil na produção de energia limpa. Com este investimento estratégico, a empresa está liderando iniciativas que não só beneficiam o meio ambiente, mas também impulsionam o desenvolvimento econômico regional.

Infomoney - SP   27/06/2024

Os preços do petróleo fecharam com uma leve alta nesta quarta-feira, 26, apesar de um salto surpreendente nos estoques de gasolina nos Estados Unidos, enquanto investidores temiam que uma potencial expansão da guerra em Gaza pudesse impactar a oferta de petróleo do Oriente Médio.

Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 0,24, ou 0,3%, a US$ 85,25 por barril. Os futuros do petróleo West Texas Intermediate dos EUA fecharam em alta de US$ 0,07, a US$ 80,90 por barril.

As tensões transfronteiriças entre Israel e o Hezbollah do Líbano têm aumentado nas últimas semanas, alimentando receios de uma guerra generalizada entre Israel e o Hezbollah que poderá atrair outras potências regionais, incluindo o grande produtor de petróleo, o Irã.

“O prêmio de risco geopolítico está voltando ao mercado, já que uma guerra entre Israel e o Líbano provavelmente teria o envolvimento direto do Irã, o que seria uma preocupação”, disse Andrew Lipow, da Lipow Oil Associates, com sede em Houston.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, disse que o seu país é solidário com o Líbano e apelou ao apoio dos países regionais.

No início da sessão, os preços do petróleo caíram depois de a Administração de Informação sobre Energia dos EUA (AIE) ter relatado um salto de 3,6 milhões de barris nos estoques de petróleo do país na semana passada, surpreendendo os analistas consultados pela Reuters que esperavam uma redução. [EIA/S]

Os comerciantes de petróleo estão preocupados com o fraco consumo de gasolina nos EUA durante o pico da temporada de verão do país.

O uso de gasolina nos EUA representa cerca de 10% do consumo mundial total de petróleo, e a demanda de gasolina no país na semana passada caiu 3,6% em relação ao ano anterior, para cerca de 8,9 milhões de barris por dia. Os estoques do combustível aumentaram inesperadamente, mesmo com as refinarias reduzindo a produção.

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Valor - SP   27/06/2024

Os estoques americanos da commodity subiram 3,591 milhões de barris, na semana encerrada na última sexta-feira (21), conforme divulgou o Departamento de Energia (DoE)

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos subiram 3,591 milhões de barris, a 460,696 milhões, na semana encerrada na última sexta-feira (21), conforme divulgou nesta quarta-feira (26) o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). O resultado contrariou a expectativa de analistas consultados pelo "Wall Street Journal", que esperavam queda de 2,3 milhões de barris.

Da mesma forma, os estoques americanos de gasolina subiram 2,654 milhões de barris, a 233,866 milhões, ante expectativa de baixa de 1,2 milhão de barris. Os estoques de produtos destilados, por sua vez, recuaram 377 mil barris, a 121,263 milhões, resultado que ficou próximo do recuo esperado de 300 mil barris.

Segundo o DoE, os estoques de petróleo em Cushing, centro de distribuição no Estado do Oklahoma, recuaram 226 mil barris, a 33,896 milhões. Já os estoques da reserva estratégica dos Estados Unidos avançaram 1,285 milhão, a 372,197 milhões de barris.

Por fim, a taxa de utilização das refinarias americanas recuou de 93,5% a 92,2% na semana passada ante a anterior. Nesse caso, o mercado projetava estabilidade do indicador.

A decepção com os resultados dos estoques de petróleo e gasolina empurrou os contratos futuros da commodity para o território negativo. Por volta de 11h40 (de Brasília), o WTI para agosto cedia 0,40%, a US$ 80,51 por barril, e contrato do Brent com igual vencimento recuava 0,24%, a US$ 84,81 por barril.

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