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27 de Março de 2024

SIDERURGIA

Valor - SP   27/03/2024

Classificação é a primeira na escala da agência de classificação de riscos considerada como grau de investimento

A Moody’s reiterou a nota de crédito da Gerdau em “Baa3” com perspectiva estável. A classificação é a primeira na escala da agência de classificação de riscos considerada como grau de investimento.

Os analistas Carolina Chimenti e Marcos Schmidt escrevem que a nota da Gerdau é apoiada pela sua geração de caixa historicamente alta, refletindo posição de mercado robusta e boa diversificação operacional e geográfica.

“Mesmo com o ambiente operacional volátil, a Gerdau vem gerando caixa desde 2013, reduzindo significativamente dívida e fortalecendo suas métricas de crédito”, comentam.

A performance operacional da companhia teve deterioração em 2023 e a nota de crédito é limitada pela exposição ao aspecto cíclico do mercado de aço, em especial no Brasil e nos Estados Unidos, afirma a Moody’s.

A perspectiva estável deriva da projeção dos analistas de que a companhia vai gerenciar sua liquidez e despesas de maneira a preservar métricas e qualidade de crédito, em meio à volatilidade nos seus principais mercados.

Valor - SP   27/03/2024

Empresa fechou 2023 com quedas de 9% na receita líquida, para R$ 1,7 bilhão, e de 35% no lucro líquido, que ficou em R$ 350 milhões

Silvia Nascimento, presidente da AVB: “Quem oferecer só preço vai ter de dar desconto para vender (em 2024)” — Foto: Silvia Zamboni/Valor

Mais jovem siderúrgica brasileira, a Aço Verde Brasil (AVB) contratou o UBS BB no ano passado para avaliar alternativas de captação de recursos para financiar seus planos de dobrar de tamanho. A meta de atrair um sócio, financeiro ou estratégico, ou partir para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) segue no radar, mas 2024 não vai se apresentando como bom momento para iniciar um grande investimento em siderurgia, na avaliação da presidente da companhia, Silvia Nascimento.

“Gostamos de ter tempo para tomar decisões. Então, começamos a estudar [alternativas de captação de recursos] entre o fim de 2022 e início de 2023. Agora, já sabemos que 2024 não é o momento de partir com grandes projetos”, disse ao Valor a executiva e acionista da companhia, que tem controle familiar.

“Continuamos estudando todas as alternativas. O que é certo é que o processo de expansão não está no pipeline deste ano ou de 2025”, acrescentou.

Além das condições pouco atrativas para uma oferta de ações neste momento, a siderurgia brasileira assiste, desde meados do ano passado, ao acirramento da concorrência com o aço importado, em particular o chinês. Em 2023, segundo o Instituto Aço Brasil, a importação de produtos siderúrgicos cresceu 50%, para 5 milhões de toneladas, representando 18,6% do mercado nacional.

Essa tendência se mantém no início de 2024 e vem pressionando as taxas de operação em toda a indústria. Com capacidade instalada de cerca de 850 mil toneladas por ano de laminados, a AVB produziu 410 mil toneladas no ano passado e projeta algo entre 510 mil e 530 mil toneladas para 2024. Há espaço, portanto, para elevar a taxa de utilização, que ficou em aproximadamente 50% em 2023, antes de pensar em novos investimentos em expansão.

A maior competição com o aço chinês também se refletiu via preços nos resultados da AVB. A receita líquida de 2023 caiu 9%, para R$ 1,7 bilhão, e o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) recuou 33,1% ante 2022, para R$ 537,9 milhões, com margem de 31,2%. O lucro líquido somou R$ 350,3 milhões, baixa de 35,4%.

Já as vendas em volume cresceram 15,1%, para 405 mil toneladas de laminados, o maior da história da companhia, diante da maior oferta de aços especiais e do crescimento nas regiões Norte e Nordeste. A usina “verde” de aços longos da AVB fica em Açailândia, no Maranhão, o que faz das regiões mais ao norte do país mercados estratégicos em termos de competitividade - os custos de logística em relação às concorrentes, instaladas mais ao sul, são menores.

Sabemos que 2024 não é o momento de partir com grandes projetos”

— Silvia Nascimento

O maior número de clientes e o lançamento de novos produtos ajudam a explicar o desempenho das vendas em volume melhor do que a média de mercado. Em aços longos, segundo estatística do Aço Brasil, o consumo aparecente nacional caiu 2,1% em 2023, enquanto as importações cresceram 15%.

A AVB produz fio-máquina, tarugos e vergalhões e tem na construção civil e na infraestrutura seu principal mercado. “Mesmo com a queda de preços, tivemos um bom ano”, defendeu Silvia. Na avaliação da executiva, 2023 consolidou o modelo de negócios da companhia, baseado em sinergia de custos e neutralidade em carbono, com resultado financeiro também melhores do que o de suas pares.

Enquanto a construção civil segue aquecida no país, os investimentos em infraestrutura ainda não ganharam tração, observou a presidente. Diante disso, 2024 tende a ser muito parecido com 2023, mas de crescimento entre 25% e 20% em volume de vendas da AVB. O uso da rota verde para obtenção do aço, que entre outras tecnologias passa pela substituição de combustíveis fósseis por carvão vegetal nos altos-fornos, também contribuirá para ritmo de vendas maior do que o do mercado, conforme Silvia.

“Vai ser um ano brigado no preço e de desafio com o aço importado. Quem oferecer só preço vai ter de dar desconto para vender”, afirmou. Um dos principais investimentos da siderúrgica em 2024, da ordem de R$ 100 milhões a R$ 120 milhões, será na área de reflorestamento, hoje de 105 mil hectares no total, dos quais 59 mil hectares para plantio de eucalipto.

Portos e Navios - SP   27/03/2024

O Estado do Rio produziu 800 mil toneladas de aço em fevereiro, o que significa um crescimento de 12,2% em relação a fevereiro do ano passado, e a 28,8% da produção total do país. Os dados são do Instituto Aço Brasil, entidade representativa das empresas brasileiras produtoras de aço. Nos dois primeiros meses do ano, a produção de aço bruto no Rio de Janeiro acumula 1,5 milhões de toneladas, um aumento de 16,5% na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o Instituto Aço Brasil, em fevereiro de 2024 a produção brasileira de aço bruto foi de 2,7 milhões de toneladas, um aumento de 13,1% frente ao apurado no mesmo mês de 2023. No acumulado do ano, a produção brasileira de aço bruto foi de 5,5 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 6,4% frente ao mesmo período do ano anterior.

– No mês de fevereiro o estado registrou o mesmo volume de produção de Minas Gerais, consolidando o Rio de Janeiro na segunda posição no ranking nacional, por conta do importante parque siderúrgico instalado no território fluminense, formado por grandes empresas como ArcelorMittal, Ternium, CSN e Gerdau – destacou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, Vinicius Farah.

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   27/03/2024

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou, em apresentação a estudantes da Stanford Graduate School of Business, pontos de atenção para a condução do corte de juros já destacados no comunicado e na ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada nesta terça-feira, 26. O encontro com os alunos foi fechado à imprensa e ocorreu na manhã desta terça-feira no edifício do BC em São Paulo.

Em um dos trechos da apresentação, disponibilizada pela autarquia, Campos Neto destaca que o indicador cheio de inflação no Brasil continua em desaceleração, mas que várias medidas de inflação subjacente estão acima da meta nas divulgações mais recentes.

Nesta terça, na ata, o BC detalhou estar mais preocupado com o efeito dos ganhos reais de salário sobre a inflação de serviços. Pela primeira vez, o Copom concluiu que parte dos ganhos reais está relacionado à dinâmica mais apertada do mercado de trabalho.

Em relação à atividade econômica, a apresentação do presidente do BC aos estudantes afirma que o Produto Interno Bruto (PIB) está em desaceleração, mas pondera que alguns indicadores recentes mostraram alguma melhora, “o que se reflete no aumento recente das expectativas para 2024”.

Na ata, o BC disse que não houve “alteração substancial sobre o cenário de crescimento”, embora os dados de atividade recente reforcem a percepção de um cenário marcado por “resiliência”.

Além disso, o comitê ressaltou as surpresas recentes em dados de serviços e comércio, com implicações para projeções de crescimento no primeiro trimestre. Atualmente, a estimativa do BC para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 é de alta de 1,7%, que pode vir a ser alterada no Relatório Trimestral de Inflação deste mês.

No cenário externo, outro ponto que o BC também considera mais incerto, Campos Neto apresentou aos alunos que há volatilidade, com debates sobre o início da flexibilização monetária nas maiores economias. “A inflação voltou a ser a maior fonte de risco para a economia global. O setor imobiliário comercial dos Estados Unidos é a mais provável fonte para um evento de risco sistêmico”, disse, na apresentação, citando uma pesquisa do Bank of America.

Globo Online - RJ   27/03/2024

O Banco Central confirmou, nesta terça-feira, que uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros só deve ocorrer na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em maio. A partir de junho, a expectativa do mercado financeiro é que o ritmo de cortes e o tamanho dos cortes devem ser menor.

A sinalização está prevista na ata da última reunião do Copom, divulgada, nesta terça-feira, pela autoridade monetária. Na semana passada o colegiado fez a sexta redução consecutiva na Selic. Com isso, a taxa básica de juros chegou a 10,75% ao ano.

Desde agosto do ano passado, o ciclo de cortes é marcado por uma queda de 0,5 ponto percentual a cada reunião do Copom A expectativa do mercado financeiro é que a taxa de juros continue caindo, mas a um ritmo menor.

No comunicado da última reunião do Copom, o Banco Central previu mais um corte de 0,5 ponto em maio. Porém, a grande mudança é que a autoridade monetária deixou de usar o plural e passou para o singular, indicando apenas mais uma redução.

O BC indicou que a continuidade de cortes em 0,5 ponto percentual pode ser interrompida diante do cenário de retomada da inflação no país, trazida, principalmente, pelo reaquecimento do mercado e elevação do Produto Interno Bruto (PIB). A sinalização de queda no ritmo de cortes ocorreu, quando o comunicado descreveu que uma nova redução nessa magnitude vai ocorrer "na próxima reunião", no singular.

Nos últimos comunicados, o BC falava em "próximas reuniões", indicando pelo menos mais duas reduções de 0,5 pp. Agora, só há clareza para mais um corte de 0,5 pp, na reunião de maio. A decisão foi unanime entre os diretores do BC.

"O Comitê avalia que o cenário-base não se alterou substancialmente. Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião. O Comitê avalia que essa é a condução apropriada para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", destaca a ata do BC..

A decisão do Copom sobre a taxa básica de juros acontece em um cenário com a economia ainda aquecida — o que pode pressionar a inflação. Dados recentes divulgados sobre o PIB do ano passado, mostram criação de empregos e elevação da atividade econômica no começo de 2024, colocando em dúvida o impacto disso na inflação e no ritmo de queda da Selic. O IPCA de fevereiro mostrou relativa alta, com a inflação em 12 meses alcançando o teto da meta do BC: 4,5%.

Jornal de Brasília - DF   27/03/2024

A expectativa para a inflação deste ano caiu no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta terça-feira, 26. A projeção de 2024 passou de 3,79% para 3,75%. Um mês antes, a mediana era de 3,80%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção oscilou de 3,52% para 3,51%.

Considerando as 94 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 se manteve em 3,71%. Para 2025, a projeção passou de 3,50% para 3,53%, considerando 92 atualizações no período.

Para 2026, a projeção continuou em 3,50% pela 38ª semana consecutiva – seguindo a reancoragem apenas parcial destacada pelo BC após a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa seguiu em 3,50%, como também está há 38 semanas.

As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,00%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou na semana passada projeção de 3,5% para o IPCA de 2024, igual à das reuniões anteriores, de dezembro e janeiro. Para 2025, também seguiu em 3,2%.
Projeção suavizada

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a expectativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses no Relatório de Mercado Focus desta semana em 3,45%, mesmo nível da semana anterior. Há um mês, a previsão era de 3,66%.

Em junho do ano passado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ao Conselho Monetário Nacional (CMN) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria editar decreto estabelecendo uma meta contínua de inflação a partir de 2025, em substituição à atual meta-calendário.

No dia 20 de outubro, porém, Haddad confirmou que não havia previsão para publicar o decreto que regulamenta a meta de inflação contínua. Mas, como mostrou o Estadão/Broadcast, com a chegada de mais diretores do Banco Central indicados por Lula em janeiro, o decreto da meta de inflação poderia ser finalmente publicado, mas isso não ocorreu até o momento.
Curto prazo

Os economistas revisaram as expectativas de inflação de curto prazo. A mediana para março de 2024 passou de 0,22% para 0,21%. Há um mês, a expectativa era de 0,24%. Para o IPCA de abril, a estimativa passou de 0,31% para 0,30%, de 0,36% um mês antes. Já para maio, a previsão para o indicador passou de 0,21% para 0,22%, voltando ao mesmo patamar de um mês antes.

Infomoney - SP   27/03/2024

O índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos recuou de 104,8 em fevereiro (dado revisado nesta terça-feira, dos 106,7 antes calculados) para 104,7, informou o Conference Board. Analistas ouvidos pela FactSet previam um indicador de 107,0.

Já o índice para a situação atual da pesquisa subiu de 147,6 em fevereiro a 151,0 em março. O índice de expectativas passou de 76,3 em fevereiro a 73,8 em março.

Segundo o Conference Board, em sua pesquisa um índice de expectativas abaixo de 80 “em geral sinaliza uma recessão por vir”.

Jornal de Brasília - DF   27/03/2024

Entender a alteração na comunicação sobre os passos futuros como uma indicação de mudança no ciclo da política de juros é um equívoco, diz o Copom (Comitê de Política Monetária)do Banco Central em ata nesta terça-feira (26).

Embora o cenário-base não tenha sido alterado significativamente entre os encontros de janeiro e março, o comitê considerou apropriado ganhar mais flexibilidade diante das incertezas no cenário internacional e no ambiente doméstico.

Para alguns membros do Copom, se essa incerteza permanecer elevada à frente, uma redução no ritmo de cortes de juros pode ser apropriada, ainda que a taxa ao término do ciclo não sofra alterações.

“O cenário-base não se alterou substancialmente, mas, com as incertezas do cenário, julgou-se apropriado ter maior flexibilidade de política monetária. Ainda que a comunicação já contivesse uma condicionalidade embutida, avaliou-se que não trazia a flexibilidade requerida”, disse.

“Tal alteração reflete tão somente uma análise de custo-benefício da utilização desse instrumento adicional de política monetária. Por fim, reforçou-se que seria um equívoco interpretar a mudança na sinalização futura como uma indicação de alteração do ciclo de política monetária compatível com o cenário-base”, acrescentou.

De acordo com o colegiado do BC, uma retirada tardia do “forward guidance” (prescrição futura) poderia ser vista como uma promessa não cumprida e deveria ser evitada, pois poderia ter impacto sobre a credibilidade da comunicação e provocar volatilidade excessiva.

“Alguns membros argumentaram ainda que, se a incerteza prospectiva permanecer elevada no futuro, um ritmo mais lento de distensão monetária pode revelar-se apropriado, para qualquer taxa terminal que se deseje atingir”, afirmou.

Na última quarta-feira (20), o Copom reduziu a taxa básica de juros (Selic) pela sexta vez seguida em 0,5 ponto percentual, de 11,25% para 10,75% ao ano.

Com esse novo corte, o colegiado do BC manteve a intensidade aplicada desde o início da flexibilização de juros, em agosto do ano passado.

Monitor Digital - RJ   27/03/2024

A incerteza sobre a inflação nos serviços, a resistência da atividade econômica e um mercado de trabalho com aumentos salariais foram as alegações do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central para ameaçar reduzir o ritmo da queda dos juros, o que afetaria a recuperação da economia.

A avaliação consta da ata da reunião realizada na semana passada, quando a taxa básica de juros Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual (pp) para 10,75% ao ano. Com base nessas preocupações, os membros do Copom discutiram a possibilidade de desacelerar o ritmo dos cortes, passando de 0,5pp para 0,25pp.

A ata do Copom antecipa uma redução de meio ponto percentual apenas para a próxima reunião, diferentemente da ata anterior que indicava um processo mais longo de flexibilização da taxa de juros.
Sergio Goldenstein (foto Warren)

Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren Investimentos, confirma que o principal destaque da ata do Copom de março é a explicitação de que o cenário de maior incerteza quanto ao processo desinflacionário local e global requer maior flexibilidade para a condução da política monetária.

“Cabe ressaltar que fica claro que isso não representa uma indicação de desaceleração do ritmo de ajuste, apesar de alguns membros terem argumentado que, caso a incerteza prospectiva permaneça elevada, pode ser apropriado um ritmo mais lento”, salienta Goldenstein.

A avaliação da Área de Estratégia da Warren é de que a ata foi mais dura, apontando diversos sinais amarelos, em particular o comportamento da inflação nos EUA e, internamente, a dinâmica da inflação de serviços, a permanência da desancoragem das expectativas e a evolução da atividade, do mercado de trabalho e do hiato do produto.

Apesar da ata, a Warren segue “com o call de Selic de 9% ao fim do ciclo. A taxa básica de juros ainda está em patamar bem contracionista, e a projeção de inflação do BC para o ano de 2025 (foco da política monetária e que já incorpora uma Selic de 9% em 2024 e de 8,5% em 2025) está apenas ligeiramente acima da meta. Acreditamos que ocorrerão mais 2 cortes de 0,5pp (…), com o ritmo caindo para 0,25pp (mais 3 cortes) após a Selic chegar ao patamar de 1 dígito em 9,75%. O nosso cenário alternativo é de uma Selic terminal de 9,50%, caso a inflação de serviços continue apresentando surpresas altistas.”
André Meirelles (foto InvestSmart XP)

André Meirelles, diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP, lembrou que, logo após a divulgação da ata, tivemos o IPCA-15 (prévia da inflação oficial), que avançou 0,36% em março, acima dos 0,30% esperados pelo mercado. “A média do núcleo da inflação avançou 0,21%, em linha com as estimativas. Porém, os serviços subjacentes avançaram 0,4% no mês, levemente acima da projeção, e a média móvel de 3 meses avançou para 5,9% em março, frente a 5,6% em fevereiro”, destacou Meirelles.

“A dinâmica da inflação de serviços, favorece um tom mais cauteloso para política monetária, o que contribuiu para o avanço dos juros em todos os vértices, com destaque para o DIF27”, enfatizou o diretor da InvestSmart XP.

O Banco Central projetou nesta terça-feira uma inflação de 3,75% no final de 2024 e de 3,51% para 2025, em ambos os casos dentro da meta oficial (3%, com margem de tolerância de 1,5pp para cima ou para baixo).

Infomoney - SP   27/03/2024

O IPCA-15 de 0,36% em março, divulgado hoje, pode ser considerado neutro quando avaliada sua capacidade de alterar a política monetária do Banco Central. O comportamento dos preços no mês deu argumentos tanto para quem ainda vê riscos na desaceleração da inflação como para quem observa melhoras, ao menos na comparação mensal.

Os preços dos serviços, por exemplo, trouxeram boas notícias no curto prazo, mas os alertas em medidas de mais longo prazo continuam acesos, dizem economistas.

Gustavo Sung, economista chefe da Suno Research, por exemplo, cita que houve desaceleração dos núcleos de inflação, tanto na comparação mensal quanto nos últimos 12 meses. E sustenta que o índice de difusão caiu pelo segundo mês consecutivo.
Mas ele também lembra que alguns sinais de alertas estão sobre os preços de serviços, que seguem pressionados. “Apesar da desaceleração na variação mensal, os preços de serviços subjacentes e intensivos em mão de obra aceleraram nos últimos 12 meses e na média móvel de três meses anualizada e ajustada sazonalmente”, destaca.

Além disso, houve a alta de 0,91% no grupo Alimentação e Bebidas, que trouxe  contribuição sobre de 0,19 ponto percentual sobre o índice cheio. “Como temos observado desde o início de ano, o clima mais adverso com altas temperaturas e excesso de chuvas vem impactando negativamente a produção e colheita de alimentos, pressionando os preços dos alimentos”, explica.

Ele lembra que, na Ata do Copom divulgada esta manhã, a autoridade monetária mostrou preocupação com a evolução dos preços de serviços diante de um mercado de trabalho apertado, com reajustes salariais acima da meta inflação.

Por outro lado, a ata ressaltou que a perspectiva no curto prazo é de arrefecimento das projeções para os preços dos alimentos e bens industriais deve seguir em uma trajetória benigna.

Para Luca Mercadante, economista da Rio Bravo, o IPCA-15 veio ligeiramente acima das expectativas e reforçou a mensagem da ata da reunião divulgada mais cedo. “A inflação segue desacelerando em diversas métricas, mas ainda tem alguns componentes que requerem mais cuidado, sobretudo aqueles que são persistentes”, explica.

Segundo sua análise, a inflação de serviços ainda não opera em valores condizentes com os objetivos do BC e os núcleos caminham no sentido da meta de forma bastante lenta. “Até que esse processo se consolide, os dados justificam a necessidade do BC ser cauteloso, que lida também com uma economia ainda aquecida, com dados de atividade resilientes e um forte mercado de trabalho”, avalia.
Sinal de alerta

Claudia Moreno, economista do C6 Bank, também acredita que a inflação de serviços subjacentes, categoria que exclui os itens mais voláteis e é a mais olhada pelo Banco Central, segue sendo um obstáculo para a convergência da inflação para a meta.

Ela destaca que o dado da inflação de serviços subjacentes mostrou alta de 0,40% no mês, com 5,2% em 12 meses, enquanto o mercado esperava um aumento de 0,33% em março.

“O número acima das expectativas acende um sinal de alerta para a tendência da inflação. Enquanto os preços dos bens industriais já apresentam até queda, a inflação de serviços segue resiliente, rodando em patamar elevado, pressionada pelo mercado de trabalho aquecido, que faz os salários crescerem acima da produtividade”, explica.

Nicolas Borsoi, economista chefe da Nova Futura Investimentos, também alerta que, na média de três meses anualizada, os serviços subjacentes aceleraram para 5,8% em março, enquanto a variação dos industriais praticamente zerou e, nos alimentos, o indicador acelerou para 5,4%.

“Apesar da melhora da média dos núcleos na margem, a média de três meses também piorou, atingindo 3,6%, máxima em cinco meses”, detalha.

Já Leonardo Costa, economista da ASA Investments, observa que os serviços subjacentes vieram um pouco mais elevados, por conta de alimentação fora do domicílio. Por outro lado, ele também analisa que o núcleo de bens veio bastante abaixo das projeções, com destaque para artigos de vestuário e de residência.

“Serviços seguem registrando taxas mensais elevadas. Contudo, março ficou abaixo de janeiro e fevereiro. parcialmente explicado pelas promoções de cinema na segunda metade de fevereiro”, afirma, lembrando que segue a preocupação com os itens sensíveis à mão de obra.
Passagem aérea decepciona

Rafael Costa, do time de estratégia macro da BGC Liquidez,  vê alguns detalhes “não muito bons” no IPCA-15 de março. “A deflação de passagens aéreas foi de 9% no mês e nossa projeção era de deflação de 20%”, compara.

Sobre os detalhes “mais favoráveis”, ele destaca que os preços industriais registraram deflação e as inflações de serviços subjacentes e da média dos núcleos não vieram muito acima das projeções.

“Ficamos desapontados com o recuo da inflação de alimentação, gostaríamos de ter observado uma diminuição mais expressiva nesse conjunto de preços. Além disso, tivemos surpresas altistas difundidas em quase todos os principais grupos do IPCA. Nesse primeiro olhar do número como um todo, não achamos que foi um resultado tão favorável”, afirma Costa.

Ao analisar o comportamento dos grandes grupos e de alguns itens específicos, Carla Argenta, economista chefe da CM Capital, afirma que, em termos de política monetária, o resultado de hoje pode ser considerado positivo se analisado sob a perspectiva da busca pela retomada da estabilidade de preços.

“Os preços administrados registraram inflação de 0,70% no mês e de 7,29% anuais. A maior parte da inflação se deve exclusivamente aos combustíveis automotivos, especialmente à gasolina. Os demais itens, por motivos sazonais ou por conta da inércia inflacionária menor, contribuem com inflação baixa para o período”, compara.

Já os preços livres, lembra, apresentaram inflação de 0,24% (no mês) e de 3,11% (ano contra ano), desacelerando fortemente frente o resultado anterior, que havia sido de 0,88% mensais. “Esse grupo é o grande destaque no campo da política monetária, uma vez que abarca o conjunto de bens e serviços que sofre efeito acentuados da taxa de juros”, explica.

Sobre os serviços, Carla comenta que a queda nos preços de passagens aéreas e a normalização dos preços de serviços pautados parcialmente pela ociosidade e pela inércia inflacionária, como é o caso de serviços médicos e dentários e de reparos, contribuíram para o forte arrefecimento do grupo.

André Cordeiro, economista sênior do Banco Inter, destaca que a média dos núcleos recuou pela primeira vez em quatro meses, saindo de 0,57% em fevereiro para 0,23% em março. “A inflação de serviços, que se mostra um ponto de atenção do Copom, veio bastante comportada, variando apenas 0,07%, sofrendo grande influência da queda nas passagens áreas”, afirma.

CNN Brasil - SP   27/03/2024

O Governo Central registrou déficit primário de R$ 58,445 bilhões em fevereiro, o que configura a maior discrepância entre as despesas totais e a receita líquida para o mês em toda a série histórica, iniciada em 1997. O resultado foi divulgado pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (26).

A receita líquida, que já considera transferências, foi de R$ 132,494 bilhões, enquanto as despesas totalizaram R$ 190,938 bilhões. O resultado primário do acumulado em 12 meses mostra déficit de R$ 252,9 bilhões — equivalente a 2,26% do Produto Interno Bruto (PIB).

A gestão federal prevê déficit primário de R$ 9,3 bilhões para este ano. A meta fiscal do governo é de que o prejuízo não ultrapasse R$ 28,8 bilhões — o que representaria um déficit de 0,25%.

Entre os vilões para a piora de R$ 34,5 bi nas contas entre fevereiro de 2023 e fevereiro de 2024, está o aumento do déficit do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). Isso decorre de aumento de R$ 67 bilhões em benefícios previdenciários — explicado pelo pagamento de R$ 28,2 bilhões referentes ao estoque de precatórios.

Em fevereiro de 2023, o Governo Central — composto por Previdência Social, Banco Central e Tesouro Nacional — havia computado déficit primário de R$ 40,614 bilhões.

Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a receita total apresentou elevação de R$ 28,9 bilhões (18%), enquanto a receita líquida apresentou elevação de R$ 25,1 bilhões (23,4%) em termos reais. O Tesouro destaca algumas das causas:
Imposto sobre a Renda – aumento de R$ 8,7 bilhõesCOFINS – aumento de R$ 5,8 bilhõesPIS/PASEP – aumento de R$ 2 bilhõesDividendos e Participações – aumento de R$ 3,7 bilhõesDemais Receitas – aumento de R$ 4,3 bilhões

Já as despesas, na comparação com fevereiro de 2023, apresentaram aumento de R$ 41,1 bilhões (27,4%) em termos reais. As principais variações foram:
Benefícios Previdenciários – aumento de R$ 3,7 bilhõesSentenças Judiciais e Precatórios (Custeio e Capital) – aumento de R$ 29,4 bilhõesObrigatórias com Controle de Fluxo – aumento de R$ 2,1 bilhõesDiscricionárias – aumento de R$ 3,7 bilhões

MINERAÇÃO

Monitor Digital - RJ   27/03/2024

A Vale S.A. informou que o Departamento de Energia do Governo dos Estados Unidos anunciou que a Vale USA (subsidiária da mineradora) foi selecionada para iniciar as negociações de concessão de financiamento no âmbito da Bipartisan Infrastructure Law (Lei Bipartidária de Infraestrutura) e da Inflation Reduction Act (Lei de Redução da Inflação), como parte do Industrial Demonstrations Program (Programa de Demonstrações Industriais).

O projeto da Vale prevê o desenvolvimento de uma unidade industrial de briquetes de minério de ferro nos EUA, a primeira no mundo a aplicar o processo patenteado de aglomeração a frio de briquetes para a rota de redução direta.

Segundo a mineradora, o projeto foi selecionado por meio de um mecanismo focado no estímulo a tecnologias inovadoras que possam entregar soluções em escala comercial para proporcionar reduções significativas de emissões nos setores de difícil abatimento.

Anunciado pela Vale em 2021, após quase 20 anos de desenvolvimento no Centro Tecnológico da Vale em Minas Gerais, o briquete é produzido a partir da aglomeração em baixa temperatura de minério de ferro de alta qualidade, utilizando uma solução tecnológica de aglomerantes que conferem ao produto final alta resistência mecânica.

A primeira planta do mundo foi inaugurada pela Vale em 2023, em Vitória (ES). A seleção pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos representa um passo crítico para a validação da tecnologia proprietária de aglomeração a frio da Vale e seu potencial para entregar uma solução transformadora para descarbonizar o setor siderúrgico, e destaca a liderança da Vale e do Brasil no desenvolvimento de soluções de descarbonização para a indústria siderúrgica global.

A Vale negociará um financiamento de até US$ 282,9 milhões para o projeto nos EUA e busca desenvolver unidades adicionais e customizadas no Brasil e no mundo, para atingir cerca de 100 Mtpa de produção de aglomerados em 2030+, incluindo briquetes e pelotas de minério de ferro.

O briquete de minério de ferro contribui para o cumprimento do compromisso da Vale de reduzir 15% de suas emissões líquidas de escopo 3 até 2035. A empresa também busca reduzir suas emissões absolutas de escopo 1 e 2 em 33% até 2030 e alcançar a neutralidade até 2050, em linha com a ambição do Acordo de Paris. Gustavo Duarte Pimenta vice-presidente executivo de Finanças e Relações com Investidores.

Money Times - SP   27/03/2024

As ações da Vale (VALE3) seguem distantes de virar o movimento de baixa. Em um início de ano marcado por riscos do lado micro e um cenário fraco pela parte macro, a mineradora já acumula uma queda de 22,2% na bolsa.

Nesta terça-feira (26), o papel da companhia marcou seu quinto pregão seguido no vermelho, tendo perdido hoje 1,27%, ao patamar dos R$ 60. O movimento segue mais um dia de baixa para os preços do minério de ferro.

O contrato de referência na Dalian Commodity Exchange, na China, encerrou as negociações diurnas com uma queda de mais de 3%, a 814,5 iuanes (US$ 112,85) a tonelada. Traders seguem alimentando preocupações quanto aos fundamentos do mercado, uma vez que a demanda por aço no mercado chinês continua fraca.

Minério de ferro: até onde vai a queda?

Agentes da indústria entraram em consenso sobre a demanda por aço na China este ano. Segundo o Bank of America, as previsões vão de patamar estável a uma ligeira queda, com a demanda industrial, automobilística, de eletrodomésticos e em infraestrutura compensando o desempenho ruim do setor imobiliário.

As expectativas em relação à produção de aço bruto também ficam entre o estável e uma ligeira queda, dado o suporte das exportações, acrescenta o banco.

O BofA levanta que, embora o cenário pareça pouco inspirador, as margens de produtoras de aço se recuperaram ultimamente devido à queda brusca do minério de ferro e do carvão.

A instituição afirma que a maioria das produtoras de aço espera ver uma aceleração da demanda em infraestrutura no segundo semestre do ano. Ainda, espera-se que a política de renovação de equipamentos seja um gatilho para a melhora na demanda mais à frente.

A expectativa para o minério de ferro considera uma faixa de US$ 100-120 a tonelada ao fim de 2024. Porém, se os preços despencarem a US$ 80-90/tonelada, cortes de capacidade devem começar a acontecer, o que apoia a ideia de que o movimento de downside (queda) para a commodity parece “relativamente limitada”.

A Fitch Ratings atualizou duas semanas atrás suas estimativas para o minério de ferro nos próximos anos. As projeções foram atualizadas para cima. Neste ano, a commodity deve chegar aos US$ 105/tonelada (contra US$ 95 anteriormente), projeta a agência de classificação de risco.

Para 2025 e 2026, os preços esperados subiram a US$ 90 e US$ 85 a tonelada, respectivamente. Para 2027, as projeções foram mantidas em US$ 70/tonelada.

A revisão altista das estimativas reflete questões operacionais envolvendo vários produtores grandes devido a investimentos mais fracos desde 2020, restringindo a habilidade de ramp up de produção deles em direção aos targets, o que acaba limitando a oferta.

O Fitch avalia que o mercado permanecerá mais apertado por mais tempo.

Em relatório recente, o BB Investimentos reiterou a recomendação de compra para as ações da Vale. A mineradora também é sugestão de compra pelo time de análise da Genial Investimentos, que projeta um potencial de valorização de aproximadamente 37% para a companhia na bolsa, considerando o preço-alvo de R$ 82,50 e a cotação atual.

Máquinas e Equipamentos

Brasil Mineral - SP   27/03/2024

Inovação, qualidade e performance dos caminhões XDE130, XDR100 e escavadeira XE1350, proporciona segurança incomparável, potência impressionante e desempenho excepcional.

Líder no mercado chinês e uma das lideranças globais no setor de máquinas pesadas, a XCMG anuncia uma nova fase para seu portifólio de mineração. Trazendo para o mercado nacional, três novas máquinas projetadas especificamente às mineradoras brasileiras.

Os caminhões XDE130 Diesel Elétrico, XDR100 e a nova escavadeira XE1350 foram desenvolvidos com o compromisso da XCMG de oferecer qualidade, confiabilidade e o melhor TCO (Custo Total de Propriedade) do mercado. Esses equipamentos preenchem uma lacuna de mercado de grande porte no setor de mineração, proporcionando soluções eficientes para as operações mais exigentes e robustas.

Ao escolher as máquinas XCMG você faz a diferença em sua operação, conheça nossos modelos com os nossos especialistas.

Caminhão Mineração XDE130 modelo Diesel Elétrico tem capacidade de 120 toneladas e peso total carregado de 205 toneladas, com as caçambas de capacidade cúbica de 60m3 a 73 m3. O motor é Cummins QST30 ou MTU 16V2000C66.

Itens de segurança: controle de peso, cabine ROPS e FOPS, “Eyes Bird – Visão total 360 graus”, sensor de fadiga do operador e sistema de condições da via. Destaque para a tecnologia, como o ESC (Electronic Stability Control), controle de estabilidade eletrônica, capaz de controlar e distribuir a pressão nas diferentes rodas do veículo.

Caminhão de Mineração XDR100 modelo tem capacidade de 91 toneladas e peso total carregado de 158 toneladas, com capacidade cúbica de 42m3 a 60 m3. O powertrain traz componentes tradicionais no mercado. Motor Cummins QST30 C1050 com 783 kW de potência e transmissão Alisson H8610 ORS. Prioridade para a XCMG são os itens de segurança, tais como: cabine ROPS e FOPS, freio de retarde, extintores de incêndio, além de fácil acesso aos itens de manutenção. O sistema de indicação de carga é externo, através de luzes para evitar sobrecarregamento. Design projetado para melhor visibilidade do operador. Itens opcionais: freio úmido, sistema de lubrificação automático e sistema de abastecimento rápido, entre outros.

A Escavadeira XE1350 é uma máquina da classe de 121 toneladas. Projetada para trabalhos pesados, ela é equipada com o motor Cummins QSK23, que oferece uma potência de 567 kW, além da bomba Kawasaki que proporciona um eficiente desempenho hidráulico. Sua estrutura tem design focado no operador, apresentando chassis em formato de "X", braço e lança heavy duty com reforços internos para garantir durabilidade e resistência em condições desafiadoras.

A cabine da XE1350 é projetada visando o conforto do operador. Possui um assento "Antifadiga" para reduzir o cansaço durante longas horas de operação, além de um painel touchscreen para controle intuitivo das funções da máquina. A caçamba é reforçada e pode ser customizada, oferecendo capacidades que variam de 5.2 m³ até 10 m³, permitindo uma adaptação às necessidades específicas do trabalho

Um dos destaques da Escavadeira XE1350 é seu baixo consumo de combustível, garantindo eficiência operacional e economia, combinando robustez, eficiência e conforto. A XE1350 é uma escolha excepcional para projetos que demandam alto desempenho e confiabilidade em ambientes extremos.

A XCMG realiza pós-venda, oferece assistência técnica com uma equipe de profissionais dedicados ao setor de mineração, para oferecer a melhor aplicabilidade do nossos caminhões XDE130/ XDR100 e Escavadeira XE1350 na operação dos nossos clientes.

Nossa fábrica em Pouso Alegre-MG, com mais de 1 milhão m2, a maior fora da China, conta com mais de 1000 colaboradores brasileiros, dedicados a produção e ao desenvolvimento de novas tecnologias para os segmentos de construção, mineração, elevação e içamento, pavimentação e veículos elétricos. Além de poder financiar sua máquina pelo Banco XCMG.

E contamos com duas unidades exclusivas para mineração em Betim/ MG e Paraupebas/ PA.

O que proporciona segurança e aumenta a produtividade destes equipamentos gigantes em operação. Por isso a chegada desta nova categoria de caminhões e escavadeira para mineração, consolida a XCMG como um dos grandes players do mercado brasileiro.

Este conteúdo é de responsabilidade da XCMG.
A seção "Direto da Fonte" reproduz conteúdos diretamente de seus idealizadores.

Fundada em março de 1943, a XCMG (Xuzhou Construction Machinery Group Co. Ltd.) está no Brasil desde 2004, econta com revendedores e pontos de assistência técnica distribuídos por todo o País.

Em 2014, iniciou a sua linha de produção na cidade de Pouso Alegre (MG). A localização estratégica da unidade fabril, estreitou os laços da marca com um mercado cada vez mais exigente em qualidade, tecnologia e inovação.

Construção Latino-americana - SP   27/03/2024

A ABIMAQ, uma organização sem fins lucrativos, atua como representante de aproximadamente 7.500 empresas no setor de máquinas e equipamentos no Brasil.

Estabelecida em 1937, a associação tem como missão primordial impulsionar o progresso tecnológico e econômico do país, ao mesmo tempo em que advoga pelos interesses das empresas afiliadas.

Em entrevista exclusiva, a diretora do departamento de economia e estatística da ABIMAQ, Cristina Zanella, fala sobre as perspectivas da organização.

A indústria de máquinas e equipamentos desempenha um papel fundamental no avanço econômico de qualquer nação. No contexto brasileiro, a ABIMAQ, que significa Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Brazilian Machinery Manufacturers Association), é a representante desse setor significativo, englobando desde máquinas agrícolas até equipamentos destinados à indústria petrolífera.

1 – Como começou o ano para a instituição e o que se pode esperar esse ano, visando os números registrados em 2023?

O início de 2024 foi marcado por uma queda no setor, conforme dados divulgados, esse movimento já era esperado decorrente da desaceleração observada no final de 2023. Esta tendência foi impulsionada pela redução dos investimentos ao longo do ano anterior, principalmente devido às elevadas taxas de juros, que, embora em trajetória descendente, permanecem em níveis substanciais.

Para o decorrer de 2024, prevemos uma recuperação gradual à medida que as taxas de juros continuam a declinar, embora os impactos mais significativos sejam esperados no segundo semestre.

Além disso, observamos anúncios de potenciais investimentos que, se concretizados, podem impulsionar positivamente o setor.

2 -Como incentivar maior participação no mercado internacional das empresas brasileiras?

O setor brasileiro de máquinas e equipamentos testemunhou um momento de resiliência e recuperação, no que tange às vendas externas. Depois de um cenário crítico iniciado no final de 2019 e início de 2020, marcado pelo acirramento da guerra comercial e impactado pela Covid-19, contudo esse período adverso foi seguido por um crescimento notável nas exportações do setor, chegando a bater recorde histórico neste indicador, impulsionado por diversos fatores, entre eles a desvalorização cambial e iniciativas como as promovidas pela Apex-Brasil.

Porém, para incentivar de forma estrutural uma maior participação no mercado internacional, algumas medidas podem ser adotadas, como maior investimento em inovação e qualidade, estimulo a formação de parcerias e acordos comerciais, capacitação e qualificação da mão de obra, além da eliminação do chamado “Custo Brasil”, que são problemas estruturais que dificultam a produção local. Todas essas ações trariam maior competitividade para as empresas do país.

3 – Como a ABIMAQ faz para identificar os setores em crescimento e impulsionar esse quadro?

A ABIMAQ utiliza uma abordagem multidisciplinar para identificar os setores em crescimento e desenvolver estratégias para impulsionar esse quadro.

Primeiramente, conduzimos pesquisas econômicas, que envolvem coleta e análise de dados de diversos indicadores macroeconômicos e setoriais, que permitem identificar tendências e padrões de crescimento. Além disso, mantemos contato constante com órgãos oficiais.

Desta forma, com base nessas análises e informações, podemos sugerir políticas e medidas que visam impulsionar o crescimento. Atuamos, também, junto a outros organismos na promoção de exportação, além de outras iniciativas como feiras de negócios, visando o desenvolvimento sustentável do setor.

4 - Para 2024, a perspectiva é de que o PIB nominal atinja R$ 11,505 trilhões, contra uma projeção anterior de R$ 11,475 trilhões. Em 2025, de acordo com as previsões, o montante chegará a R$ 12,137 trilhões, frente a uma projeção anterior de R$ 12,112 trilhões. Perspectivas possíveis?

É positivo observar que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 2,9% em 2023, indicando uma trajetória de expansão econômica, que no momento é estendida para os próximos anos, mas com desempenho diferente. No entanto, é importante ressaltar que além do simples crescimento do PIB, outros fatores devem ser considerados para avaliar a qualidade desse crescimento.

Um desses fatores é a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que representa basicamente os investimentos em bens de capital e infraestrutura. Apesar do crescimento do PIB, observamos uma retração nos indicadores de FBCF, o que levanta preocupações sobre a sustentabilidade desse crescimento. Para um país alcançar um desenvolvimento econômico sustentável, é crucial que o crescimento do PIB seja acompanhado por um aumento nos investimentos em capital fixo.

Além disso, é importante reconhecer que o Brasil ainda enfrenta um atraso em relação a países desenvolvidos, especialmente quando consideramos o PIB per capita. Para reduzir essa disparidade é importante crescer a um ritmo mais acelerado que os países já desenvolvidos.

Desta forma, além do crescimento do PIB, é vital que o país direcione esforços em ações para aumentar os investimentos em infraestrutura, educação, tecnologia e inovação, com especial atenção para o fortalecimento do setor industrial.

5 – Acredita que os investimentos industriais devem registrar melhora em 2024, assim como as obras de infraestrutura?

Para o ano de 2024, espera-se alguma melhora nos investimentos industriais, impulsionada por diversos fatores favoráveis que estão no cenário econômico. Uma das principais influências será a flexibilização da política monetária, que tem o potencial de reduzir as taxas de juros e estimular o investimento produtivo por parte das empresas.

Além disso, prevê-se uma expansão da renda das famílias, o que terá um impacto positivo em setores ligados ao consumo, como o varejo e a indústria de bens de consumo duráveis. Outro fator que contribuirá para o crescimento dos investimentos industriais é o programa de depreciação acelerada, que oferece incentivos fiscais para empresas que investem em modernização e expansão de suas instalações produtivas. Essa medida visa estimular os investimentos em capital fixo e promover a atualização tecnológica do parque industrial brasileiro.

Já foram anunciados alguns investimentos significativos em infraestrutura. Esses investimentos não apenas impulsionam diretamente o setor da construção civil, mas também têm efeitos multiplicadores na cadeia produtiva, beneficiando diversos segmentos da indústria que fornecem insumos e serviços para esses projetos.

6 – Como a instituição vê o anúncio da Nova Indústria Brasil?

A iniciativa “Nova Indústria Brasil” é uma política industrial voltada para impulsionar o crescimento e a competitividade do setor industrial brasileiro. Esta política visa abordar os desafios enfrentados pela indústria nacional e promover sua revitalização, reconhecendo sua importância fundamental para o desenvolvimento econômico do país.

É importante ressaltar que, apesar de nosso entusiasmo com esta iniciativa, temos algumas ressalvas, pois a implementação bem-sucedida exigirá um esforço conjunto do governo e do setor privado para superar desafios. Desta forma atuaremos para que a proposta seja exitosa.

No entanto, é crucial que a indústria esteja de volta ao centro do debate nacional, pois ela desempenha um papel vital na geração de empregos, na arrecadação de impostos, no desenvolvimento tecnológico e na promoção da inovação. Além disso, a indústria tem um impacto significativo na cadeia produtiva como um todo, impulsionando outros setores da economia e contribuindo para o crescimento sustentável a longo prazo.

7 – Ano de eleições municipais. Isso influenciaria inversões em obras públicas?

É observado historicamente que o ano de eleições municipais no Brasil tende a influenciar positivamente os investimentos em obras públicas, uma vez que os governantes locais buscam realizar obras e projetos que possam gerar impacto positivo na comunidade, visando fortalecer suas bases eleitorais e garantir apoio político.

Esses investimentos, muitas vezes concentrados em infraestrutura urbana, como construção de estradas, pontes, escolas e hospitais, podem impulsionar temporariamente a atividade econômica local, gerando empregos e estimulando o consumo.

No entanto, é importante ressaltar que, embora esses investimentos possam trazer benefícios imediatos, eles não substituem a necessidade de mudanças estruturais mais profundas para alcançar um crescimento econômico sustentável. Essas mudanças incluem reformas institucionais, investimentos em educação, inovação e infraestrutura de longo prazo, além de políticas que promovam um ambiente de negócios favorável ao investimento privado.

Enquanto reconhecemos o potencial positivo dos investimentos em obras públicas durante o período eleitoral, é fundamental que o debate político e econômico se concentre também em medidas que possam promover um crescimento sustentável e duradouro, capaz de garantir o desenvolvimento econômico e social do país a longo prazo

8 – Recentemente vocês se juntaram à Plataforma Brasil Exportação para impulsionar as exportações no setor de máquinas e equipamentos. Como será essa extensão?

A Plataforma Brasil Exportação é uma iniciativa desenvolvida para facilitar e promover as exportações brasileiras, proporcionando um ambiente digital integrado que reúne informações, serviços e ferramentas essenciais para empresas interessadas em expandir seus negócios para o mercado internacional.

Estar junto à “Plataforma Brasil Exportação” é de suma importância, pois representa uma oportunidade única de estar conectada a uma rede de apoio e recursos que podem impulsionar as exportações das empresas associadas. Ao integrar-se a essa iniciativa, a entidade pode oferecer aos seus membros acesso a informações atualizadas e relevantes sobre o comércio exterior, além de facilitar o acesso a serviços e apoio técnico especializado.

Além disso, ao fazer parte da “Plataforma Brasil Exportação”, a entidade demonstra seu compromisso com o desenvolvimento econômico do país e com o fortalecimento do setor exportador, contribuindo para a expansão dos negócios de suas empresas associadas e para o crescimento sustentável da economia brasileira como um todo.

9 – Fale um pouco sobre Depreciação acelerada para máquinas e equipamentos no cálculo de IRPJ e CSLL...

Essa medida é uma forma de incentivar os investimentos em modernização e expansão do parque industrial, uma vez que proporciona benefícios fiscais imediatos às empresas que adquirem e utilizam esses equipamentos em suas atividades produtivas.

A depreciação acelerada permite que as empresas deduzam uma parcela maior do valor desses ativos em um período mais curto de tempo, o que resulta em uma redução dos lucros tributáveis.

Essa medida é especialmente vantajosa em momentos de investimento intensivo em ativos fixos, pois permite que as empresas recuperem mais rapidamente o capital investido e tenham maior disponibilidade de recursos para novos investimentos.

Em resumo, a depreciação acelerada para máquinas e equipamentos é uma ferramenta importante para estimular o investimento empresarial e promover o crescimento econômico, ao mesmo tempo em que proporciona alívio fiscal às empresas, aumentando sua competitividade e contribuindo para o desenvolvimento do país.

10 - Depois de mais de 30 anos de discussões, a Reforma Tributária dos tributos sobre consumo foi definitivamente aprovada. Como, efetivamente, a indústria será afetada?

A implementação de um Imposto sobre Valor Agregado (IVA), foi discutida por anos no Brasil. Trata-se de uma medida importante que trará benefícios significativos para a economia, mas para garantir a menor incidência de impactos sobre empresas e entes federativos, foi feita uma transição suave. Desta forma os impactos positivos mais significativos serão sentidos mais adiante.

Os benefícios do IVA já são conhecidos, como a simplificação tributária, à medida que unifica vários tributos, a eliminação da cumulatividade de tributos, a promoção de competitividade, estímulo ao investimento, entre outros aspectos.

Desta forma, não só as empresas industriais serão beneficiadas, pois essa mudança impactará positivamente toda a economia, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento como um todo.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   27/03/2024

Programa prevê a oferta de crédito para a descarbonização de veículos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira (26) portaria com os requisitos obrigatórios para a habilitação de empresas do setor automotivo e a concessão de crédito financeiros relacionados ao Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover).

No mesmo ato, Lula firma decreto que regulamenta a emissão de debêntures de infraestrutura. Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o vice-presidente Geraldo Alckmin também participou da cerimônia, no Palácio do Planalto.

Dentre as medidas previstas pelo Mover estão créditos financeiros para quem investir em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica que contribuam para a descarbonização da frota de carros, ônibus e caminhões.

“O Mover é o maior programa de estímulo à mobilidade e à descarbonização de toda a história da indústria automotiva”, disse Alckmin ao abrir a solenidade. “Serão R$ 19,5 bilhões [em créditos] até 2028 estimulando a descarbonização.”

Segundo ele, o programa beneficia a indústria de autopeças e a exportação. O governo atribui à expectativa com o Mover o anúncio de mais de R$ 100 bilhões em investimentos pelo setor.

Leia também: Atrair capital externo é desafio para descarbonização, diz Ana Toni

Essa primeira portaria de regulamentação do programa também prevê gastos mínimos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e um sistema de acompanhamento dos investimentos e penalidades em caso de descumprimento das medidas.

Segundo o governo, nas próximas semanas serão publicados decretos e portarias relacionados ao programa. Dentre elas, serão definidas as alíquotas do IPI Verde e os parâmetros obrigatórios para comercialização de carros novos produzidos no país ou importados, relacionados à eficiência energética, à reciclagem e à segurança.

O Estado de S.Paulo - SP   27/03/2024

A organização da mesa de convidados para a apresentação das primeiras regras de adesão das empresas ao Mover, o novo programa do governo de estímulo ao setor automotivo, já era um sinal da divisão que existe hoje na indústria. De um lado da mesa, montada em um dos salões do Palácio do Planalto, estava a Associação Nacional das Fabricantes de Veículos (Anfavea), que reúne as maiores montadoras de carros a combustão do País. Do lado oposto, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Os discursos que se seguiram, de representantes da indústria e do governo, refletiram o racha, que mobiliza os representantes de fabricantes das duas tecnologias que disputam a atenção – e os incentivos tributários – oferecidos pelo governo.

O presidente da ABVE, Ricardo Bastos, foi o primeiro a falar e logo lembrou que a China, hoje o maior produtor e consumidor de carros elétricos do mundo, deu um salto ao apostar na tecnologia.

“Acredito que o Brasil tem condições de tirar proveito dessas lições com a energia renovável que nós temos – e, quem sabe, buscarmos dar um salto na nossa indústria”, disse Bastos. “O objetivo é Brasil, mas é também exportar. O Brasil precisa renovar um modelo que já foi e é, mas precisamos entrar nessa rota tecnológica nova, nessa transformação da indústria automotiva.”

Ele foi seguido por Márcio Lima, presidente da Anfavea: “O Brasil é um país eclético. Vai ter a rota da descarbonização através dos biocombustíveis, com o etanol, com elétrico puro. Vamos ter todas as rotas para a descarbonização”.

A indústria automotiva vive hoje o desafio de apostar ou em carros elétricos ou na produção de híbridos que mantenham um motor a combustão. Montadoras nos Estados Unidos e Europa já definiram como rota de crescimento a produção de elétricos, em razão da menor emissão de gases de efeito estufa no consumo do automóvel. No Brasil, a discussão ganhou outros contornos em razão do poder político e econômico do etanol.

Nos bastidores e em público, autoridades do governo Lula já demonstraram preferência para que o Brasil desenvolva carros elétricos, porém dê prioridade aos híbridos (que combinam eletricidade e combustão) com motores flex. Só a Toyota fabrica veículos com essa característica atualmente, e o desafio é apostar numa tecnologia que dificilmente terá mercado fora do País, reduzindo potenciais ganhos de escala dos fabricantes.

“No ano que vem, são 50 anos que estamos no etanol; somos o segundo País que mais produz. E esse é um carro que vai ter muito mais autonomia, o carro híbrido, que vai trazer o etanol, vai ser mais eficiente, especialmente do tanque à roda”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante o evento.

Na plateia estavam executivos de alto escalão de todas as montadoras instaladas no País, das tradicionais Stellantis (Fiat, Jeep), GM e Volkswagen às que se notabilizaram pelo ganho de mercado com a venda de elétricos puros, como as chinesas GWM e a BYD. Também foi registrada a presença do presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi. Na mesa, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estavam o vice Geraldo Alckmin, e os ministros Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Renan Filho (Transportes).

Mas foi a fala do sindicalista Moisés Selerges Júnior, do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, berço político do presidente Lula, que chamou a atenção dos executivos. Não apenas pela influência do movimento sindical no governo do PT, mas também pela ligação que ele traçou com a geração de empregos no setor.

“Muito se fala de carro elétrico e de outras matrizes energéticas. Nós defendemos que a cara do Brasil seja o híbrido a etanol. Apostamos muito nessa tecnologia porque acreditamos que é a melhor para o Brasil”, disse Moisés. “A China apostou na eletrificação dos veículos, como dito aqui, e nós achamos que (o híbrido flex) seja o melhor caminho (para o Brasil). Será que as empresas têm metas de empregos? Nós sabemos que se fizermos uma comparação de um motor a combustão com um motor elétrico, é 60% menor o número de peças (no elétrico).”

A preocupação do metalúrgico é que a menor sofisticação de um motor elétrico gere desemprego extra num setor que tem evoluindo a passos largos na introdução de robôs nas linhas de montagem. O efeito adverso da fabricação de elétricos nos empregos do setor já fez parar fábricas nos Estados Unidos.

Ao Estadão, Ricardo Bastos, da ABVE, respondeu ao argumento de Moisés: “É um equívoco tão grande quanto dizer que produzir celular é ruim porque manter um orelhão em cada esquina usa mais plástico”, afirma. “O carro elétrico tem menos peças, mas o custo de produção dele está baixando e o acesso vai aumentar. Já o carro a combustão é o contrário: o custo de se produzir está crescendo”.

“Se o Brasil não participar dessa tecnologia”, diz o executivo, “para quem o Brasil vai exportar?”

A indústria, no entanto, já entendeu os apelos do governo e tem se movimentado para colocar de pé linhas de produção para modelos híbridos com motor flex. Até as chinesas GWM e BYD se mobilizaram, ainda que a segunda seja hoje apenas uma importadora.

A previsão é que a BYD, que escolheu se instalar na Bahia, só alcance o patamar de fabricante, com o mesmo patamar de conteúdo fabricado no País que as concorrentes, ao fim da vigência do atual programa automotivo, em 2028.

Márcio Lima, da Anfavea, prevê que em dois anos haja mais unidades de produção de híbridos flex no País. “Algumas montadoras estão antecipando, quem faz a escolha é o consumidor. Ele tem chamado o mercado e as montadoras estão respondendo”, afirmou.

Decisão do consumidor

Lima afirma que o Brasil, diferentemente de Estados Unidos e Europa, decidiu deixar a escolha pela rota tecnológica vencedora para o consumidor. Isso deverá fazer com que as empresas tentem se equilibrar entre os dois caminhos, oferecendo tanto híbridos flex quanto elétricos puros.

“Teremos à disposição todas as tecnologias”, disse o presidente da Anfavea. “O elétrico não é vilão de nada, ele só tem que se ajustar à realidade brasileira. O Brasil ainda tem problemas de infraestrutura, o preço ainda é muito superior ao do carro a combustão. O consumidor que tem mais recursos e faz uso limitado e quer tecnologia nova está indo para o carro elétrico. Aquele consumidor que precisa trocar de carro e nem tem infraestrutura está indo para o híbrido ou combustão flex.”

Segundo ele, ainda que pareça um investimento que ficará restrito ao mercado brasileiro, o híbrido flex poderá ter adesão no exterior, ainda que isso não tenha acontecido com os veículos flex atuais.

“Quem vai abastecer a Índia? Estados Unidos, Europa são 60 milhões de consumidores que estão indo na rota do elétrico. E os outros 20 milhões? Quem vai abastecer esse mercado pelos próximos 20 anos? O Brasil tem grande capacidade.”

O Estado de S.Paulo - SP   27/03/2024

O governo federal apresentou nesta terça-feira, 26, as primeiras regras do Programa de Mobilidade Verde (Mover), lançado em dezembro pela gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em substituição ao Rota 2030. Poderão se habilitar ao programa empresas que fabricam no País produtos automotivos e que desenvolvam no Brasil serviços de pesquisa.

O Mover prevê, entre outras medidas, créditos financeiros para quem investir em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica que contribuam para a descarbonização da frota de carros, ônibus e caminhões.

Entre outros aspectos, essa primeira portaria de regulamentação do programa prevê gastos mínimos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), sistema de acompanhamento dos investimentos e penalidades em caso de descumprimento das obrigações.

O programa exige que as montadoras façam um investimento mínimo em P&D em relação à receita bruta total de venda de bens e serviços relacionados aos produtos automotivos. As porcentagens variam de acordo com o tipo de veículo.

Para automóveis comerciais leves, por exemplo, o porcentual mínimo da receita bruta para dar direito a créditos tributários começa em 1% neste ano e vai aumentando gradativamente, até chegar a 1,8% em 2028.

Na largada, porém, a exigência será inferior ao mínimo exigido pelo último programa automotivo, que vigorou até o final do ano passado (Rota 2030). O porcentual mínimo de investimento exigido em 2023 era de 1,2% da receita bruta.

O governo reconhece que o novo programa parte de um patamar inferior ao que existe hoje e alega que isso é necessário para não prejudicar a entrada de novos investimentos no futuro. Mesmo mais baixo, para o governo, o patamar é superior ao exigido no início do Rota 2030 em 2018, de 0,5%.

O Mover também prevê a criação do Fundo Nacional para Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), cujos recursos devem ser aplicados em programas prioritários para o setor de autopeças e demais elos da cadeia automotiva.

Este ano, o governo reservou R$ 3,5 bilhões do Orçamento para oferecer renúncias tributárias à indústria automotiva, valor que até 2028 chegará a R$ 19,3 bilhões. Na semana passada, a gestão federal enviou ao Congresso o projeto de lei que cria o Mover. O PL substitui a Medida Provisória 1.205. A MP do Mover foi editada no fim de dezembro, mas a comissão mista para avaliar a medida ainda não foi instalada no Congresso.

Na parte de acompanhamento de habilitação, o governo estabelece que a empresa habilitada deverá apresentar, anualmente, até o dia 31 de julho do ano-calendário subsequente, relatório de acompanhamento. A habilitação vale até 31 de janeiro de 2029.

O descumprimento de requisitos, compromissos, condições e obrigações acessórias poderá acarretar no cancelamento da habilitação com efeitos retroativos ou na suspensão da habilitação.

De acordo com o governo, nas próximas semanas serão publicados decretos e portarias que definem as alíquotas do IPI Verde e que estabelecem parâmetros obrigatórios para comercialização de carros novos produzidos no país ou importados, relativamente à eficiência energética, à rotulagem veicular, à reciclabilidade e à segurança.

Debêntures

Também na cerimônia desta terça-feira foi assinado decreto que regulamenta a emissão das “debêntures de infraestrutura” e das “debêntures incentivadas”.

O decreto estabelece critérios para o enquadramento e acompanhamento dos projetos de investimento considerados prioritários na área de infraestrutura ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Dessa forma, são definidas as iniciativas que poderão ter financiamento impulsionado pelas novas debêntures, que contarão com incentivo fiscal.

As debêntures de infraestrutura chegam ao mercado de forma complementar às já conhecidas “debêntures incentivadas”, que também são regulamentadas pelo novo decreto. O governo federal diz que o texto mantém o compromisso com o equilíbrio fiscal, “de modo que as mudanças promovidas pelo novo decreto, além de conferirem um caráter ambientalmente sustentável para a proposta, focalizam melhor a política pública e preservam a sustentabilidade fiscal do Estado”.

Uma das mudanças estabelecidas pelo novo decreto é a desburocratização no acesso ao mecanismo de financiamento, mantendo a capacidade do governo federal de gestão sobre o andamento da política pública. Nesse sentido, deixa de ser necessária a publicação de portaria ministerial prévia de aprovação dos projetos, cabendo ao titular do projeto assegurar seu enquadramento nos requisitos estabelecidos pelo decreto.

Para compradores, os títulos das debêntures de infraestrutura se revertem em juros e correção monetária. Para emissores, a fonte de financiamento com custos mais baixos permite ainda a dedução de juros pagos na base do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

O dinheiro captado com a emissão de debêntures deve ser aplicado em projetos de investimento em infraestrutura ou em produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Rodoviário

O Estado de S.Paulo - SP   27/03/2024

O governo do Estado de São Paulo prevê a construção de um complexo viário em Suzano e Poá que deve atender outros municípios da região. Denominado de Complexo Viário para Acesso do Rodoanel a Região do Alto Tietê, o projeto inclui a implantação de alças de saída do Trecho Leste do Rodoanel Mário Covas (SP-21) em Suzano, a adequação das vias no entorno, a construção de uma passarela acessível para pedestres e outras alterações na malha viária da região.

A implantação de uma alça de acesso ao Rodoanel já é uma reivindicação antiga dos municípios que têm reforçado a importância da obra para melhorar a infraestrutura viária e o desenvolvimento da região. Anteriormente, na gestão Doria, em 2020, já havia a promessa de estudos para viabilizar a obra.

As discussões voltaram a ser retomadas no atual governo. No lugar da implantação da alça, porém, antes da assinatura da proposta, a gestão Tarcísio de Freitas definiu que a iniciativa envolverá a execução de um complexo viário.

No último dia 14, a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) disse que autorizou a concessionária SPMar a elaborar o projeto executivo do empreendimento. O prazo para a produção do projeto é de 12 meses para a conclusão e deve custar cerca de R$ 30 milhões.

A responsabilidade da construção será da SPMar, mas terá aporte do governo estadual. Já o prazo e o custo para execução das obras serão detalhados com o desenvolvimento da proposta. “Estima-se que a construção será de 24 meses, com início previsto em 2025, e os investimentos devem ficar na ordem de R$ 1 bilhão”, acrescenta a concessionária.

Trata-se de um acesso que visa a comportar um fluxo de veículos vindos dos onze municípios do Alto Tietê. Ou seja, segundo a SPMar, apesar de sua localidade estar em Suzano e também Poá, é uma obra que beneficiará usuários com destino final para todas as cidades da região, onde vivem 1,6 milhão de pessoas.

Conforme a concessionária, o novo complexo será composto por um viaduto de acesso sobre o Rodoanel, permitindo a ligação direta entre a rodovia e a região do Alto Tietê. Além da construção de uma via marginal, ao lado da pista externa do Rodoanel, com 1,5 mil metros de extensão.

“Toda ligação ocorrerá a partir da Rodovia Henrique Eroles e estradas adjacentes, como a antiga Estrada Velha São Paulo-Rio, que ainda hoje é a principal via de acesso entre as cidades da região. Novas alças serão implantadas nos dois sentidos da Rodovia Henrique Eroles ao Rodoanel para proporcionar maior segurança e conforto aos usuários”, afirma a SPMar.

O acesso a Suzano se dará por uma alça na Avenida Brasil, uma das principais vias de ligação entre Suzano, Poá e Itaquaquecetuba, que passará sobre a linha férrea, que atende a Linha 11–Coral da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), criando um corredor com a Avenida Senador Roberto Simonsen, que ajudará a ligar o anel viário a bairros do centro expandido da cidade, como Jardim Casa Branca, Jardim Márcia e Jardim Imperador.

A proposta também inclui a adequação da rotatória próxima ao limite entre Suzano e Poá, na Avenida Major Pinheiro Fróes, para melhorar o fluxo de veículos após a criação do complexo.

“A rotatória de acesso ao município de Poá também será remodelada, incluindo a construção de um novo viaduto e adequação das vias de acesso à rotatória”, conforfme a SPMar.

“O projeto também contempla a adequação das vias locais para recebimento do tráfego proveniente do Rodoanel, incluindo a implantação de uma nova passarela de pedestres, que permitirá uma travessia segura e com total acessibilidade a todos”, afirma a SPMar.

De acordo com a concessionária, a melhoria da logística com a modernização da infraestrutura das vias do entorno tornará a região um polo de atração para novas indústrias e empresas, com previsão de circulação de 10 mil veículos por dia, trazendo ainda mais desenvolvimento e emprego para as cidades.

“Além de reduzir em uma hora o tempo atual gasto para fazer o percurso entre as cidades do Alto Tietê e a Rodovia Ayrton Senna. O acesso ao Rodoanel, a partir do Alto Tietê, também beneficiará o fluxo nas vias locais, retirando a maior parte do tráfego de veículos pesados que hoje circulam na região”, pontua a SPMar.

PETROLÍFERO

Com R$301,9 milhões, Gasmig tem maior investimento dos últimos 10 anos

TN Petróleo - RJ   27/03/2024

A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) divulgou os números de 2023. Segundo o Relatório Anual da Administração, o total de recursos disponibilizados para investimento foi de R$301,9 milhões do ano.

De acordo com Gilberto Valle (foto), presidente da Companhia, “até 2027, serão investidos aproximadamente R$2,3 bilhões. E, se somarmos, até 2032, vamos investir R$ 5,2 bilhões”, destaca.

O Relatório afirma que, em 2023, a Gasmig alcançou importantes marcos financeiros, como faturamento bruto de R$4,155 bilhões, patrimônio líquido de R$1,305 bilhão e lucro líquido de R$596,1 milhões.

“Somos uma Companhia pautada no profissionalismo, trabalho em equipe, integridade e ética. A Gasmig reflete a sustentabilidade na sua gestão, alinhamento ao Plano de Negócios da Companhia, divulgação e transparência das ações, tomada de decisão responsiva, inclusiva, participativa e representativa em todos os níveis e, até mesmo, a influência para parceiros eliminarem os riscos de violação de valores de Ética e Compliance. Os nossos números refletem os nossos valores e o nosso trabalho”, explica o presidente.

2023 em números

Somente em 2023, a Gasmig comercializou um total aproximado de 1 bilhão de metros cúbicos de gás natural. O volume equivale a, aproximadamente, 2,8 milhões de metros cúbicos por dia, para o mercado não-térmico, considerando também o volume que foi distribuído ao mercado livre.

Só para exemplificar, a carteira de clientes atendidos pela Companhia teve crescimento de 16,11% em relação ao ano anterior, superando à marca de 95 mil consumidores. Foram construídos cerca de 70 km de extensão de gasodutos na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), Vale do Aço, Mantiqueira e Sul de Minas.

Também houve realização das etapas de projetos, licenciamento e aquisição de materiais para o Projeto Centro-Oeste, o maior projeto de expansão da Gasmig dos últimos 10 anos.

Com relação à busca de opções de oferta de gás natural, no final de 2023, a Gasmig assumiu compromisso com dois novos supridores, Equinor e Shell, com precificação melhor que os contratos vigentes, gerando modicidade tarifária para todo o mercado de gás de Minas Gerais.

Projeto Centro-Oeste

Um dos importantes marcos da Gasmig é a realização do "Projeto Centro-Oeste", que vai expandir a malha de gasodutos para a região do Centro-Oeste de Minas, onde serão investidos aproximadamente R$800 milhões, agregando a rede de distribuição existente cerca de 300 km adicionais de gasodutos.

O processo de licenciamento ambiental foi concluído no final de 2023 e as obras começaram em março deste ano, com duração estimada de 24 meses.

“Desde a concessão da licença do COPAM, nós já comemorávamos, pois este projeto é um marco significativo para a Companhia. Aquele momento foi o resultado de um processo meticuloso, no qual a Gasmig demonstrou seu comprometimento em minimizar impactos ambientais e adotar medidas de mitigação eficazes”, explica o presidente da Gasmig.

Assim sendo, a rede chegará aos municípios de Betim, Sarzedo, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Juatuba, Mateus Leme, Itaúna e Divinópolis. Além de impactar aproximadamente 1 milhão de habitantes, a região beneficiada representa 10% do PIB Industrial do Estado e 7% do PIB total de Minas Gerais. Só para ilustrar, a expectativa de volume total distribuído é de 238 mil m3/dia, com início de atendimento previsto para o 1º semestre de 2025.

“A região Centro-Oeste de Minas é um importante polo industrial do Estado que ainda não contava com infraestrutura de gás natural. Esta é uma região que conta com a presença de municípios com grande concentração demográfica e de PIB industrial atrativo. E, sempre pensando no futuro, este gasoduto foi dimensionado possibilitando uma expansão futura do sistema de distribuição de gás para o triângulo mineiro”, lembra Gilberto Valle.

Transição energética

De olho na transição energética, em 2023, a Gasmig participou do grupo de trabalho formado entre vários entes públicos e coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE) para o fomento da utilização do biometano em Minas, que originou a Resolução SEDE N.º 34/2023, de 05/09/2023.

Dessa maneira, a Companhia abriu, em novembro de 2023, a primeira chamada pública para aquisição de biometano. Este tipo de gás é um produto derivado da purificação do biogás que, por sua vez, é o gás retirado do processo de decomposição anaeróbica (na ausência de oxigênio) de resíduos orgânicos.

O biometano é uma das soluções mais promissoras na substituição de um combustível fóssil e altamente poluente, para uma alternativa de combustível renovável, com menos emissão de gases de efeito estufa e mais autonomia dos países produtores. Assim, a Companhia reforça seu compromisso em atuar ativamente na transição energética, buscando alternativas mais limpas e sustentáveis, como é o caso do biometano.

Sustentabilidade

Uma ação significativa na busca da sustentabilidade, foi a definição interna das diretrizes sustentáveis para as licitações de aquisições de serviços e bens da Companhia. Desse modo, as licitações utilizarão de critérios ambientais para contratações, minimizando possíveis impactos ambientais.

“Estamos investindo muito neste tema. Buscamos garantir que os nossos eventos tenham certificação Carbon Neutral, com emissões de gases de efeito estufa contabilizadas e neutralizadas, por meio da alocação definitiva de créditos de carbono. Também implementamos um plano estratégico de ESG, que é uma jornada contínua de desenvolvimento ambiental, social e de governança, por essência colaborativa e plural”, esclarece Gilberto Valle.

Ainda em 2023, a Gasmig se tornou um membro da Carbon Disclosure Project (CDP), que é uma instituição sem fins lucrativos, que administra o sistema de divulgação global para investidores e sociedade das ações de gerenciamento dos impactos ambientais das empresas participantes.

Além disso, a Companhia também realizou uma série de iniciativas significativas em prol da sustentabilidade e responsabilidade social, abordando os pilares ambiental, social e de governança (ESG). Como resultado, a Gasmig demonstra a responsabilidade e comprometimento com a comunidade em que atua, seus clientes, fornecedores, colaboradores, investidores e sociedade em geral.

Incentivos

Contribuir para o desenvolvimento da sociedade mineira. Este é, sobretudo, um dos principais objetivos da Gasmig.

Dessa forma, por meio de leis de incentivos federais e estaduais, a Companhia destinou, aproximadamente, R$10 milhões para projetos culturais, esportivos, gastronômicos, de assistência ao idoso, à saúde, à infância e à adolescência.

“Além de distribuidora de gás, somos uma empresa que investe no desenvolvimento da sociedade, que busca o aumento gradual e contínuo da diversidade da força de trabalho, priorização de programas de Saúde, Segurança e Bem-estar para todos. Incentivamos e apoiamos ações educativas voltadas à disseminação da cultura inclusiva e atuamos, firmemente, contra o preconceito estrutural e institucional”, salienta o presidente da Companhia.

A Companhia

Como concessionária de distribuição de gás natural canalizado, a Gasmig proporciona aos mineiros uma fonte de energia importante para o desenvolvimento e crescimento do Estado.

"O gás natural é uma solução competitiva e que favorece a transição energética, já que é mais seguro, pois, por ser mais leve que o ar, se dissipa rapidamente em caso de vazamento. É mais prático, já que permite diversas aplicações, tem fornecimento contínuo e não exige estocagem. E é mais sustentável, pois emite menos poluentes para o meio ambiente e auxilia na redução de impactos ambientais", ilustra o presidente.

Além disso, melhora a competitividade das indústrias mineiras e criação de novos empregos.

Atualmente, a Gasmig atende a 47 municípios de 7 mesorregiões do Estado (Metropolitana de BH, Sul e Sudoeste de Minas, Zona da Mata, Campo das Vertentes, Vale do Rio Doce, Oeste de Minas e Vale do Mucuri).

Os clientes da Companhia estão distribuídos entre indústrias, estabelecimentos comerciais e de serviços, postos de revenda de Gás Natural Veicular (GNV), empresas de distribuição de Gás Natural Comprimido Industrial (GNCI) e de Gás Natural Comprimido Veicular (GNCV). Além disso, também atende a empresas do segmento de cogeração, geração e climatização, bem como a unidades residenciais e usinas termelétricas.

“No Brasil, apenas 13% da população utiliza o gás natural como matriz energética. Temos grandes oportunidades no segmento”, finaliza Gilberto Valle.

AGRÍCOLA

Diário do Comércio - MG   27/03/2024

O Produto Interno Bruto (PIB) do Agronegócio fechou 2023 com queda de 2,99% em relação a 2022, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

Com este resultado, o setor reduziu sua participação no PIB total do País no período, de 25,2% em 2022 para 23,8% no ano passado. O comportamento do PIB do Agronegócio em 2023 foi puxado pela queda de preços em todos os segmentos da cadeia produtiva.

O resultado do PIB divulgado pela CNA e pelo Cepea apresenta os dados de toda a cadeia produtiva, ou seja, “antes, dentro e depois da porteira” (insumos, produção agropecuária, agroindústria e agrosserviços). A metodologia adotada tem como base a ótica do produto, a preços de mercado. É uma avaliação diferente em relação ao PIB divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é focado no resultado dentro da porteira (produção agropecuária).

Segundo CNA e Cepea, o segmento de insumos foi o mais impactado, com queda de 23,57% em 2023 na comparação com o ano anterior, afetado pela queda de preços de fertilizantes, insumos, rações e a menor produção de máquinas agrícolas.

O setor primário teve retração de 1%, enquanto agroindústria e agrosserviços tiveram quedas de 2,05% e 1,31%, respectivamente. Neste contexto, observou-se redução nos preços de vários produtos agropecuários e agroindustriais, afirmam CNA e Cepea.

No entanto, o resultado não foi mais desfavorável em razão das safras agrícolas recordes e da maior produção nos segmentos primário e agroindustrial na pecuária, que puxaram a demanda por agrosserviços.
Agricultura e pecuária

Na avaliação separada por atividade, o PIB agrícola teve queda de 3,26% em 2023 em relação a 2022. Apenas o setor primário (da porteira para dentro) teve resultado positivo, com expansão de 5,11%, beneficiado pela produção recorde e queda dos custos com insumos.

O segmento de insumos, novamente, foi o mais afetado, com queda de 27,92%, puxado pela baixa nos preços de fertilizantes e insumos e menor produção de máquinas agrícolas. Também houve recuo na indústria (3,43%) e serviços (3,24%).

Na pecuária, o PIB caiu 2,3% no ano passado. A produção primária foi a mais afetada, com queda de 10,61%. Mesmo com a redução dos custos e o aumento da produção, a atividade sofreu com a queda dos preços, principalmente de bovinos, aves de corte e leite. (CNA)

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