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27 de Fevereiro de 2024

SIDERURGIA

Construção Latino-americana - SP   27/02/2024

Importação do aço chinês e causa desequilíbrio ao setor siderúrgico brasileiro.

Exemplo disso foi que a Gerdau, empresa brasileira produtora de aço, anunciou que demitiu 100 trabalhadores da fábrica de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo.

Em comunicado oficial, a Gerdau justificou as demissões como uma resposta ao “cenário desafiador enfrentado pelo mercado brasileiro diante das condições predatórias decorrentes das importações de aço chinês”, ocorrendo após o período de layoff promovido pela empresa.

A nota ressalta a urgência na implementação de uma tarifa emergencial de 25% sobre as importações de aço, visando garantir a sustentabilidade das operações da Gerdau, bem como do setor siderúrgico nacional, e preservar os empregos na área.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba sinalizou que a Gerdau havia indicado a não renovação do layoff, sem, no entanto, especificar o volume de demissões, pegando o sindicato de surpresa.

Posteriormente às demissões, o sindicato anunciou um acordo com a empresa, envolvendo o pagamento de cinco meses de salários para os trabalhadores demitidos, além de uma indenização de R$ 3 mil. O acordo também estabelece a garantia de emprego por três meses para os demais funcionários.

Preocupante: 15 meses seguidos de falta de confiança

O Indicador de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) cresceu 3,2 pontos em janeiro de 2024 frente ao mês imediatamente anterior e atingiu 40,9 pontos.

Apesar de registrar a terceira alta seguida, o ICIA ainda se encontra abaixo de 50 pontos, o que mantém o quadro de falta de confiança dos CEOs da indústria do aço. Com esse resultado, o indicador acumula o 15º mês consecutivo abaixo da linha divisória de 50 pontos, entre confiança e falta de confiança. O ICIA de janeiro de 2024 ficou 12,6 pontos abaixo da média histórica, de 53,5 pontos.

Todos os componentes do ICIA continuam abaixo de 50 pontos pelo quinto mês consecutivo, o que indica falta de confiança tanto sobre a situação atual quanto sobre as expectativas para os próximos seis meses.

O índice que mede a percepção sobre a situação atual cresceu 9,5 pontos em janeiro frente ao apurado em dezembro, para 39,6 pontos.

O indicador de situação atual da economia brasileira cresceu 11,8 pontos e atingiu 39,5 pontos. O indicador de situação atual sobre a própria empresa aumentou 8,4 pontos, para 39,7 pontos.

O índice de expectativas para os próximos seis meses ficou estável em 41,6 pontos frente ao apurado no mês anterior. A estabilidade desse indicador se deu pelo contraponto do aumento de 3,5 pontos no indicador de expectativas sobre a economia brasileira (para 40,4 pontos) com a queda de 1,8 ponto no indicador de expectativas sobre a empresa do entrevistado(para 42,1 pontos).

Razões...

Mercado reduz novamente previsão de inflação para 2024

O mercado financeiro reduziu novamente a previsão da inflação para este ano. Segundo projeção do Boletim Focus, em janeiro pelo Banco Central (BC), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerado a inflação oficial do país - deve fechar este ano em 3,86%. Há uma semana, a projeção do mercado era de que a inflação este ano ficasse em 3,87%. Há quatro semanas, a previsão era de 3,91%.

Divulgado semanalmente, o Boletim Focus reúne a projeção de mais de 100 instituições do mercado para os principais indicadores econômicos do país. Para 2025, a projeção da inflação ficará em 3,5%. Para 2026 e 2027, a previsão é que o índice fique nos 3,5% nos dois anos.

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo de meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p) para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

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Para alcançar a meta de inflação, o BC usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, a taxa básica de juros, definida em 11,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Concorrência desleal?

Economia chinesa está em desaceleração, desde 2016, a expansão econômica do país asiático tem se mantido abaixo da marca de 7% e com excesso de produção de aço na China, o país necessita exportar o excedente, comercializando o produto a preços mais baixos.

Fora isso, governo local fornece subsídios às empresas produtoras chinesas. Adiciona-se à isso, o fato de que o mercado imobiliário chinês, um dos maiores compradores de aço do mundo, enfrenta grave crise econômica desde 2020, quando a Evergrande, uma das maiores empresas do setor, precisou renegociar o pagamento de várias dívidas e pediu socorro ao governo de Guandong, onde fica a companhia.

A crise que afeta o setor imobiliário chinês desde 2021 teve início com a gigante imobiliária do país. Na época, a empresa anunciou a incapacidade de quitar suas dívidas, que totalizavam 2,4 trilhões de yuans (aproximadamente R$ 1,7 trilhão), correspondendo a 2% do Produto Interno Bruto (PIB) da China.

País exportou um total de 90 milhões de toneladas, e o Brasil se destacou como o sétimo principal destino desses embarques.

No segmento de aços laminados, mais de 2,5 milhões de toneladas provenientes da China entraram no mercado brasileiro, competindo diretamente com empresas como CSN, Usiminas, Gerdau e outras produtoras locais, que representavam um total de 4,4 milhões de toneladas. Considerando também produtos semiacabados, as usinas chinesas enviaram aproximadamente 3 milhões de toneladas ao Brasil, o que equivale a 60% do volume total importado pelo país.

Como será?

Para o ano de 2024, as projeções do Instituto Aço Brasil indicam uma redução de 3% na produção de aço, atingindo 30,4 milhões de toneladas, e uma queda de 6% nas vendas internas, totalizando 18 milhões de toneladas.

Antecipa-se um aumento significativo nas importações, estimando-se um crescimento de 20%, superando a escalada observada em 2023, para 6 milhões de toneladas. Esse valor representa um aumento de 79% em relação ao realizado apenas dois anos antes, em 2022. Por outro lado, as exportações devem registrar um acréscimo de 1,3%, e o consumo aparente aumentará 1%, impulsionado exclusivamente pelo aumento das importações.

O Instituto Aço Brasil ressalta que esse volume de aço estrangeiro resulta em uma perda de arrecadação estimada em R$ 3,4 bilhões, além do impacto na diminuição de milhares de empregos. A perda potencial de faturamento para o setor é projetada em R$ 36,7 bilhões.

Investing - SP   27/02/2024

A Petrobras (BVMF:PETR4) informou nesta segunda-feira que assinou memorando de entendimento (MoU) com a Arcelor Mittal para estudar potenciais modelos de negócio mutuamente benéficos na economia de baixo carbono.

As companhias buscarão identificar oportunidades comerciais e potenciais parcerias no Brasil que estejam alinhadas às estratégias de diversificação e descarbonização, disse a petrolífera em comunicado ao mercado.

A Petrobras afirmou que a parceria envolve a avaliação de potenciais modelos de negócio para combustíveis de baixo carbono, hidrogênio e seus produtos, além da produção de energias renováveis e captura, transporte e armazenamento de dióxido de carbono.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   27/02/2024

O desempenho da economia brasileira tem surpreendido os analistas há algum tempo, e não foi diferente no ano passado. De acordo com o Monitor do PIB (Produto Interno Bruto), apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), o País encerrou o ano de 2023 com um crescimento de 3%. Ainda que seja um resultado positivo, o indicador não reflete a percepção sobre o real estado da economia, e não é por acaso.

Apurado com base nas mesmas fontes de dados e metodologia utilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo oficial das Contas Nacionais, o Monitor mostra que 30% desse desempenho se deveu à agropecuária, especialmente à soja cultivada na Região Centro-Sul do País. “Esse contexto mostra forte concentração setorial e regional e evidencia que o crescimento econômico não foi sentido de modo uniforme no País”, informou a FGV.

Indústria e serviços até tiveram resultados positivos no ano passado, mas muito mais tímidos. O que preocupa é a baixa velocidade do crescimento da economia na passagem do terceiro para o quarto trimestre, de 0,1%; a certeza de que o agronegócio não repetirá o fantástico desempenho que teve neste ano; e a redução dos investimentos, de 3% em relação a 2022.

Diante desse quadro, a FGV projeta que o País deve crescer apenas 1,4% neste ano, enquanto a previsão do mercado é de 1,6%, segundo a mediana das expectativas do último Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC). Porém, nem mesmo o Ministério da Fazenda arrisca um desempenho muito melhor e estima um avanço de 2,2%.

Independentemente do número que vier a ser alcançado, está claro, pelas projeções, que o País crescerá num ritmo muito aquém de suas necessidades e potencialidades. Ao Estadão, a economista e sócia da consultoria Tendências Alessandra Ribeiro calculou que o PIB deve avançar 2,4%, em média, nos próximos dez anos. Para proporcionar uma redução mais efetiva e expressa das desigualdades, o crescimento médio teria de superar os 3%, segundo ela.

É um desafio e tanto, considerando que isso só ocorreu duas vezes nos últimos dez anos – em 2013 e em 2021. Por outro lado, tampouco é impossível, sobretudo porque há um diagnóstico sobre os problemas que impedem a economia de crescer de maneira vigorosa: baixo nível de investimento, má qualidade da educação e produtividade estagnada. Se não é fácil revertê-los no curto prazo, é fato que o País não tem alternativa, já que não pode mais contar com fatores que nos auxiliaram no passado, como o bônus demográfico e o êxodo rural.

Há uma relação clara entre a produtividade do trabalhador brasileiro e o nível de educação formal. A produtividade é baixa porque o trabalhador não tem qualificação, e a qualificação é ruim porque, antes dela, o ensino deixou a desejar. A poupança para alunos do ensino médio pode ajudar nesse aspecto, uma vez que a evasão escolar nessa etapa do ensino é muito elevada.

Manter as crianças na escola, no entanto, é apenas um primeiro passo. Como pontuou o professor do Insper e coordenador da Cátedra Ruth Cardoso, Naercio Menezes, não será possível sustentar a economia enquanto apenas a elite tem acesso a uma educação de qualidade, acessível somente a quem pode frequentar escolas particulares – com raras e célebres exceções, especialmente no Ceará.

Em relação ao investimento, é preciso apostar em projetos de lei que favoreçam o ambiente de negócios e no fortalecimento das agências reguladoras. Com uma infraestrutura sofrível e investimentos que mal cobrem a depreciação e a manutenção dos ativos, o País não pode se dar ao luxo de flertar com a insegurança jurídica e a revisão intempestiva de contratos.

A promulgação da reforma tributária pode contribuir para estimular investimentos no médio e longo prazos, mas juros mais baixos só serão viáveis se o governo estiver de fato comprometido com as metas fiscais e com a busca do equilíbrio estrutural das contas públicas. Gastar melhor – e naquilo que realmente importa – talvez seja o maior e o mais urgente de nossos desafios.

IstoÉ Dinheiro - SP   27/02/2024

A inflação retorna à meta mais rápido que o esperado pelo mundo, com notícias positivas do lado da oferta e uma política monetária apertada, avalia o staff do Fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório de monitoramento publicado nesta segunda-feira, 26. O documento é divulgado por ocasião da reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, nesta semana em São Paulo.

O staff do FMI diz que, nesse quadro, o índice cheio da inflação desacelerou no segundo semestre de 2023 na maioria dos países do G20.

“Os preços de combustíveis e alimentos também têm abaixado, apesar do conflito em Gaza com Israel e dos ataques no Mar Vermelho – por onde passa mais de 10% do fluxo de comércio global”, destaca o relatório.

Em economias avançadas, a desinflação tem sido apoiada pela perda de fôlego nos mercados de trabalho, mesmo que estes sigam mais apertados que antes da pandemia. Efeitos secundários também parecem contidos, diante de crescimento moderado no salário e de expectativas de longo prazo ainda ancoradas, acrescenta.

Segundo o FMI, as pressões de desinflação sobre os preços de bens devem continuar, conforme as pressões sobre as cadeias de produção diminuem mais. No caso da inflação de serviços, que tem se mostrado mais arraigada, há a expectativa de que o quadro nos mercados de trabalho contribua para a desinflação, acrescenta.

O documento lembra que, em janeiro, o FMI estimou que a inflação no G20 fique em 6,5% em 2024. Mesmo com a desaceleração em muitas economias do grupo, o núcleo da inflação ainda deve seguir acima da meta em boa parte de 2024, acrescenta.

O FMI aponta que as expectativas para as taxas de juros em geral se moveram para baixo, conforme o processo de desinflação prossegue. As menores pressões inflacionárias reforçaram expectativas de cortes nos juros nas maiores economias neste ano e no próximo, acrescenta.

O relatório avalia ainda que a demanda por ativos de mercados emergentes e de economias em desenvolvimento tem crescido, conforme os spreads soberanos se movem mais perto para níveis pré-pandemia e os governos têm retornado aos mercados internacionais de dívida, desde o início deste ano.

O FMI considera, contudo, que pressões fiscais testam as estruturas dos países, em quadro de dívida e custos de financiamento elevados. Houve um relaxamento na política fiscal dos países avançados do G20 em 2023, em resposta a uma crise de custo de vida, afirma.

Entre os emergentes do grupo, o quadro fiscal na média teria seguido neutro em 2023, mesmo com relaxamento em alguns deles, China, Brasil e Rússia. O FMI diz que uma coordenação entre as políticas fiscal e monetária será crucial, mesmo que a inflação perca fôlego.

O documento também alerta que há tendência subjacentes que podem deixar vulnerável a choques “a já contida perspectiva de médio prazo”. Outras, porém, poderiam representar oportunidades.

O FMI avalia que o ritmo da globalização desacelerou, ante o crescente protecionismo. A fragmentação geoeconômica fica cada vez mais evidente nos fluxos de comércio e capital globais, menciona.

A fragmentação continuada ameaça exacerbar mais os desafios existentes, entre eles a luta por capital, com implicações para a convergência no crescimento e na renda no médio prazo, afirma o relatório.

A inteligência artificial, por sua vez, tem o potencial de impulsionar o crescimento, mas pode também exacerbar desigualdades de renda e disparidades na riqueza, diz o FMI. Além de mencionar o tema, o Fundo sugere cooperação no G20 para ajudar a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e facilitar a transição para a energia verde.

O Estado de S.Paulo - SP   27/02/2024

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, recomendou que os bancos centrais mantenham o foco em “terminar o trabalho” de levar a inflação à meta. Durante discurso na reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 em São Paulo, ela diz que será preciso avaliar com cuidado quando e em que nível reduzir juros mais adiante, para se garantir inflação na meta.

Além disso, ela menciona o Brasil como exemplo positivo, por ter elevado juros cedo para controlar o quadro inflacionário. Georgieva ainda destaca a reforma tributária brasileira recente como caso de sucesso.

A executiva diz que os bancos centrais estão corretos em ter como foco garantir que a inflação retorne à meta. “Isso é especialmente importante para famílias pobres e países de baixa renda que têm sido atingidos de modo desproporcional pelos preços elevados”, afirmou. Ela disse que o núcleo dos preços segue elevado em muitos países e acrescentou que continua a haver riscos de alta na inflação. Com isso, as autoridades responsáveis “precisam monitorar com cuidado os acontecimentos na inflação subjacente e evitar relaxar muito cedo ou muito rápido”.

No discurso, Georgieva diz que é crucial que os países elevem a receita e combatam ineficiências. O Brasil “tem mostrado liderança nesta área, com sua reforma tributária histórica”, destacou. “Mas muitos países estão para trás, com espaço para ampliar suas bases tributárias, fechar brechas e melhorar a administração tributária”, afirmou Georgieva.

Ela defendeu que as nações busquem sistemas tributários “mais inclusivos e transparentes”, a fim de garantir que a arquitetura tributária internacional leve em conta os interesses dos países em desenvolvimento.

“Mas onde a inflação está claramente se movendo para a meta, os países devem garantir que as taxas de juros não fiquem elevadas por muito tempo”, acrescentou. “A resposta antecipada e resoluta do Brasil à inflação em alta durante a pandemia é um bom exemplo de como uma formulação de política ágil compensa”, afirmou. “O Banco Central do Brasil esteve entre os primeiros a elevar suas taxas de juros, então relaxou a política conforme a inflação retornava à meta”, elogiou.
G20 precisa de ousadia para impulsionar PIB global no médio prazo

A diretora do FMI pediu aos integrantes do G-20 “ousadia” para melhorar as perspectivas de crescimento no médio prazo, com vistas e um futuro “mais equitativo, próspero, sustentável e cooperativo”.

Georgieva nota que a reunião das autoridades ocorrerá no Pavilhão da Bienal, na cidade brasileira, “desenhado pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer”. As “linhas fluidas e a fachada impressionante” do prédio de Niemeyer são citadas como “um monumento à ousadia do Brasil moderno”. E a diretora-gerente do FMI diz que gostaria que o G-20 “se inspirasse nesse marco e também agisse com ousadia”. Ela recorda que houve melhora recente nas perspectivas de crescimento de curto prazo, o que daria aos líderes do grupo uma oportunidade de retomar impulso político por propostas para o futuro.

O FMI projeta que o mundo crescerá 3,1% neste ano, com inflação em queda e o mercado de trabalho se sustentando. Segundo ela, algumas tendências atuais, como o uso de inteligência artificial (AI), podem impulsionar a produtividade e melhorar as perspectivas de crescimento. “Nós precisamos muito disso - nossas projeções de crescimento de médio prazo têm recuado a mínimas em décadas”, afirmou.

Georgieva diz que o crescimento baixo afeta a todos, “mas têm implicações particularmente perturbadoras para os mercados emergentes e as economias em desenvolvimento”. Ela também menciona a fragmentação geoeconômica, que tem crescido, o que afeta o comércio e os fluxos de capital. Além disso, os riscos climáticos aumentam e já afetam o desempenho econômico, da produtividade agrícola à confiabilidade do transporte e à disponibilidade e ao custo de seguros, lista. “Esses riscos podem frear regiões com o maior potencial demográfico, como a África Subsaariana.”

A diretora-gerente do FMI ainda destaca em sua fala a agenda do Brasil no comando do G-20. Segundo ela, essa agenda traz itens cruciais, como inclusão, sustentabilidade e governança global, “com uma bem-vinda ênfase em erradicar a pobreza e a fome”. Ela disse que o FMI “trabalha para apoiar essa agenda ambiciosa”.

Com a inflação perdendo fôlego e economias mais bem posicionadas para absorver uma postura fiscal mais apertada, “chegou o momento de um foco renovado em reconstruir colchões contra choques futuros”, recomenda Georgieva. Ela pede que se contenha o aumento da dívida pública e se crie espaço para novas prioridades de gastos. “A espera pode forçar um ajuste doloroso mais adiante”, adverte. “Mas, para os benefícios serem duradouros, o aperto deve ocorrer em um ritmo cuidadosamente calibrado”, acrescenta.

Georgieva pede um foco na cooperação, para lidar com a fragmentação geoeconômica e revigorar o comércio, maximizar o potencial da AI sem elevar a desigualdade, evitar gargalos em dívida e responder a mudanças climáticas.

IstoÉ Online - SP   27/02/2024

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,484 bilhão na quarta semana de fevereiro (dias 19 a 25). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 26, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,293 bilhões e importações de US$ 4,808 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 4,571 bilhões e, no ano, de US$ 11,097 bilhões.

Até a quarta semana do mês, a média diária das exportações cresceu 14,2% na comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de US$ 14,14 milhões (5,8%) em agropecuária; alta de US$ 145,55 milhões (74,5%) em indústria extrativa; e avanço de US$ 3,77 milhões (0,6%) em produtos da indústria de transformação

Já as importações caíram 0,2% no período, também na comparação pela média diária, com crescimento de US$ 430 mil (2,0%) em agropecuária; recuo de US$ 5,49 milhões (-7,7%) em indústria extrativa; e alta de US$ 7,73 milhões (0,9%) em produtos da indústria de transformação.

Diário do Comércio - MG   27/02/2024

Com a chegada de 2024, o futuro do setor industrial vem tomando novos rumos. No início deste ano, o governo federal anunciou a mais recente política industrial do País, nomeada como “Nova Indústria Brasil”, com previsão de R$ 300 bilhões em financiamentos para o setor até 2026. O principal objetivo, com a implementação da medida, é impulsionar o desenvolvimento de um dos principais setores responsáveis pela economia nacional e transformar o Estado no grande indutor deste avanço.

Para se ter uma ideia do papel desempenhado pela indústria para a economia brasileira, segundo dados do IBGE, o segmento foi responsável por 26,3% do PIB brasileiro no ano de 2022, o que equivale a um montante de quase R$ 2,7 trilhões.

Diante desse contexto, é imprescindível analisar o impacto das inovações tecnológicas, em especial da manutenção inteligente, na transformação e no crescimento contínuo da indústria brasileira, bem como os desafios e as tendências que devem permear o setor nos próximos meses.

Nos últimos anos, a manutenção inteligente tem evoluído de forma significativa, impulsionada, sobretudo, pela convergência de tecnologias de ponta, incluindo Inteligência Artificial, Internet das Coisas, Realidade Aumentada e análise de dados preditiva, e pela necessidade das empresas de otimizarem seus processos e reduzirem custos operacionais.

Nesse sentido, a implementação da nova política industrial do Brasil cria um ambiente propício para a expansão e consolidação da manutenção inteligente como uma prática essencial para o desenvolvimento sustentável da indústria nacional. Com investimentos em tecnologias emergentes as empresas poderão modernizar seus processos de manutenção, aumentar sua competitividade no mercado global e contribuir para a construção de uma economia mais eficiente e sustentável.

Entretanto, é importante ressaltar que o sucesso da implementação da manutenção inteligente no contexto da nova política industrial do Brasil dependerá não apenas dos recursos financeiros disponibilizados, mas também da resiliência das empresas para driblar os desafios existentes no setor.

Entre os obstáculos que permeiam a indústria atualmente, destaca-se a falta de capacitação de profissionais voltada à manutenção inteligente. A escassez de mão de obra qualificada emerge como um desafio significativo para as empresas que almejam adotar práticas avançadas de gestão de ativos. O déficit de profissionais especializados não apenas compromete a eficiência operacional, mas também expõe as organizações a vulnerabilidades associadas a falhas imprevistas nos processos produtivos.
Além da escassez de mão de obra especializada, o alto custo financeiro associado ao treinamento em tecnologias emergentes adiciona uma camada de complexidade aos desafios enfrentados pela indústria.

A rápida evolução das ferramentas e metodologias utilizadas na manutenção inteligente demanda investimentos substanciais em programas de capacitação. Empresas que buscam implementar este tipo de prática confrontam o dilema entre a necessidade de atualização constante de suas equipes e as realidades financeiras da conjuntura empresarial.

Neste contexto, as empresas enfrentam a necessidade de elaborar estratégias assertivas para atrair e reter talentos qualificados e investir em treinamento sobre tecnologias emergentes, além de metodologias e novas estratégias de manutenção, fomentando uma abordagem proativa no que se refere à capacitação e formação de profissionais aptos a lidar com as exigências deste mercado.

Anteriormente, a manutenção industrial era predominantemente reativa, onde as empresas só intervinham após a ocorrência de falhas nos equipamentos. No entanto, essa abordagem custosa e muitas vezes ineficaz está sendo rapidamente substituída pela manutenção inteligente, que se baseia em dados e análises para prever tendências de desgaste nos equipamentos, permitindo intervenções proativas antes que ocorram falhas.

Diante disso, os benefícios da manutenção inteligente são vastos e tangíveis. De acordo com um estudo da Aberdeen Group, as empresas que utilizam a manutenção preditiva podem reduzir os custos de manutenção em até 30%. O estudo também constatou que as empresas que utilizam este modelo podem melhorar a confiabilidade dos equipamentos em até 20% e aumentar a segurança operacional em até 15%, tornando-o fundamental não só para a otimização dos processos, mas também para a redução do tempo de inatividade e o aumento da eficiência operacional.

Com a implementação da “Nova Indústria Brasil”, a manutenção inteligente se torna ainda mais essencial.

As metas propostas, incluindo o fortalecimento das cadeias agroindustriais, a transformação digital e a descarbonização, alinham-se perfeitamente aos objetivos da manutenção inteligente em modernizar e tornar mais eficiente a infraestrutura industrial do País.

Além disso, a integração da Inteligência Artificial e da Internet das Coisas na manutenção inteligente é uma prova de como a inovação tecnológica está impulsionando o setor. A automação de tarefas, a identificação precoce de problemas e a otimização de recursos são apenas algumas das maneiras pelas quais essas tecnologias estão revolucionando a forma como a manutenção é realizada.

À medida que se olha para o futuro, as expectativas para a evolução da manutenção inteligente são altamente positivas. A adoção crescente de tecnologias emergentes e práticas sustentáveis está pavimentando o caminho para um setor industrial mais resiliente, eficiente e orientado para o futuro.

Dessa forma, a manutenção inteligente não é apenas uma opção, mas sim um pilar fundamental para o desenvolvimento do setor. Com o apoio da nova política industrial e o compromisso das empresas com a inovação e a sustentabilidade, é possível vislumbrar um futuro de excelência para a indústria, impulsionado, principalmente, pelo avanço tecnológico.

Globo Online - RJ   27/02/2024

O IPCA-15 de fevereiro será publicado nesta terça-feira e a estimativa dos economistas é que haja aceleração. A XP projeta que a elevação mensal será acima de 0,80%, refletindo o aumento do ICMS sobre combustíveis e reajustes nas mensalidades escolares. A LCA projeta 0,73% . A Warren Investimentos, 0,85%.

Em janeiro, puxada por alimentos, a inflação avançou 0,42% em janeiro. A queda da gasolina foi o que ajudou a segurar o índice no mês, mas, ainda assim, o resultado superou as previsões dos analistas, que esperavam alta em torno de 0,36%.

Para o Bradesco, a alta deve ser de 0,83%. A leitura será pressionada pelos reajustes escolares e pelos impactos do incremento do ICMS sobre combustíveis. Em seu relatório, o banco salienta para a necessidade de prestar atenção para as medidas subjacentes, que "têm surpreendido para cima nas últimas divulgações, reforçando preocupações com itens mais inerciais da inflação".

O Santander considera que o IPCA-15 de fevereiro deverá continuar indicando sinais piores para a inflação corrente, com a média dos núcleos rodando próxima a 4,0% em termos anuais e alimentação in natura pressionada.

"Ainda assim, as perspectivas à frente são mais favoráveis, uma vez que nossas coletas de preços indicam descompressão dos alimentos no atacado, enquanto os bens industriais devem seguir sem força para elevação de preços, e os serviços tendem a se normalizar com as altas pontuais do início de ano arrefecendo".

Money Times - SP   27/02/2024

O modelo chinês voltado para a demanda parece estar perto do esgotamento, destaca trecho do consenso de fevereiro da gestora Rio Bravo, do ex-BC Gustavo Franco, obtido com exclusividade pelo Money Times.

De acordo com o documento, assinado por Evandro Buccini, sócio e diretor de gestão de crédito e multimercado, e Luca Mercadante, economista da Rio Bravo, o país mostra dificuldade em convencer que é capaz de se voltar para a oferta.

“Sintoma mais evidente desse impasse é a inflação, que, na variação ano contra ano, mostra uma queda de 0,8%”, colocam.

Nesta segunda-feira (26), o minério de ferro, um dos principais termômetros da economia chinesa, voltou a desabar 3,21%, a 875 iuanes (121,57 dólares) por tonelada, o menor valor desde 27 de outubro de 2023, após uma queda de mais de 6% na semana passada.

China: Japonização da economia?

Os economistas sustentam que o risco é de que a China entre em um marasmo econômico como o observado no Japão.

“A economia japonesa perdeu seu forte dinamismo visto na década de 1990 em virtude de uma crise financeira que se arrastou por décadas. O sinal da estagnação é o mesmo: dificuldade em manter uma inflação positiva”, colocam.

Eles lembram ainda que nesta onda de inflação global mais alta, havia expectativa de que o Japão voltasse a um ritmo mais forte de crescimento. Os dados do último trimestre, entretanto, não foram tão animadores.

“Nesse sentido, a atividade econômica mais fraca também afastou as chances de uma normalização da política monetária. O BoJ (Banco Central do Japão) é o último banco central a manter taxas de juros negativas”, discorrem.

O Japão perdeu o título de terceira maior economia do mundo, após uma queda no Produto Interno Bruto (PIB) e entrada de recessão técnica em 2023. O posto agora é ocupado pela Alemanha.

A atividade econômica do país asiático caiu 0,4% em uma taxa anualizada no período de outubro a dezembro, contrariando as previsões do mercado de um aumento de 1,4%. Vale lembrar que no trimestre anterior, o PIB do Japão caiu 3,3% no trimestre anterior, o que já se caracteriza como uma recessão técnica.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   27/02/2024

A Vale (VALE3) informou nesta segunda-feira que a Vale Canada, a estatal de mineração da Indonésia MIND ID e japonesa Sumitomo Metal Mining assinaram um acordo definitivo sobre a venda de uma participação de 14% na mineradora de níquel Vale Indonesia.

A Vale Canada receberá aproximadamente US$ 160 milhões em dinheiro após o fechamento da transação, o que deve acontecer antes do final de 2024, após o cumprimento das condições habituais de fechamento, disse a empresa em comunicado.

O desinvestimento é uma condição fundamental para a extensão da permissão de mineração da Vale Indonesia para além de 2025, já que investidores estrangeiros na Indonésia são obrigados a transferir 51% de suas participações combinadas para compradores locais após um determinado período de operação.
Em novembro, a Vale Canada e a Sumitomo assinaram um acordo inicial para vender as ações à MIND ID. Após a conclusão, a MIND ID se tornará a maior acionista da Vale Indonésia, com sua participação aumentando de 20% para 34%.

A Vale Canada deterá 33,9% e a Sumitomo 11,5%, ante fatias anteriores de 43,79% e 15,03%, respectivamente. Aproximadamente 20,6% continuarão a ser negociados publicamente na Bolsa de Valores da Indonésia.

Globo Online - RJ   27/02/2024

Nos últimos dias têm se intensificado as pressões do governo para impor um executivo para presidir a Vale. Lula passou meses tentando enfiar Guido Mantega goela abaixo do conselho de administração para suceder Eduardo Bartolomeo, cujo mandato expira em 26 de maio. Deu tudo errado, seja por falta de credenciais do ex-ministro para comandar a segunda maior mineradora do mundo, seja porque a maioria do conselho não cedeu à ingerência do governo.

Mas o governo voltou à carga. Está articulando uma segunda tentativa de impor um nome ao conselho: Paulo Cafarelli, ex-presidente da Cielo (parceria do BB com o Bradesco, também acionista da Vale), ex-diretor do BB, da CSN, ex-presidente do BB Banco de Investimentos, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda (aliás, quando o ministro era Guido Mantega)

João Fukunaga, presidente da Previ, tem atuado nesta frente junto a alguns colegas de conselho de administração. Pede por Cafarelli que, assim como ele, é funcionário de carreira do Banco do Brasil.

Eduardo Bartolomeo, para quem faltou um voto para conseguir um novo mandato de presidente, na reunião do conselho de duas semanas atrás, continua trabalhando para ficar.

E há um outro grupo de conselheiros articulando uma terceira via.

Valor - SP   27/02/2024

Preços foram pressionados pela fraca demanda de aço na China e sinais de que as siderúrgicas chinesas voltaram a conter níveis de produção

Os preços do minério de ferro iniciaram a semana em queda acentuada nos mercados à vista e futuro, pressionados pela fraca demanda de aço na China e sinais de que as siderúrgicas chinesas voltaram a conter níveis de produção. Margens pressionadas, ou até negativas, pelos baixos preços dos produtos siderúrgicos explicam esse movimento nas usinas locais.

No norte do país asiático, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com baixa de 4,2%, a US$ 116 a tonelada. Esse é o menor preço para o mercado à vista em quatro meses.

Com esse desempenho, a principal matéria-prima do aço passou a exibir queda acumulada de 12% em fevereiro no mercado transoceânico. No ano, as perdas superam 17%.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em maio, cederam 3,2%, para 875 yuan (cerca de US$ 121,60) por tonelada, nível mais baixo desde o fim de outubro.

Segundo a Mysteel, a produção de gusa líquido, entre as 247 siderúrgicas chinesas monitoradas pela consultoria, recuou 0,5% na última semana, para uma média de 2,24 milhões de toneladas por dia. Essa foi a primeira baixa em seis semanas e, segundo fontes da indústria, essa tendência deve se manter nesta semana.

Money Times - SP   27/02/2024

A Vale (VALE3) afunda na bolsa nesta segunda-feira (26), pressionada por notícias negativas vindas dos mercados da Ásia.

Ação de maior peso do Ibovespa, VALE3 perdia 2,36% por volta das 16h05, negociada a R$ 65,79. Hoje, os contratos futuros do minério de ferro afundaram para o menor patamar em quatro meses em meio a preocupações crescentes envolvendo a demanda da China.

Traders monitoram o aumento de estoques no principal comprador, a China, ao mesmo tempo que procuram sinais de melhora na atividade de construção – ainda lenta devido ao clima desfavorável.

Hoje, em Dalian, o minério de ferro encerrou as negociações do dia com uma queda firme de 3,21%, a 875 iuanes (ou US$ 121,57) a tonelada.

Da mesma forma, a commodity de referência na Bolsa de Cingapura recuou 3,41%, a US$ 115,95 a tonelada, menor valor desde 27 de outubro.

Tese da Vale é atualizada por analistas; minério de ferro pode cair mais, segundo BB

Recentemente, analistas do BB Investimentos cortaram o preço-alvo das ações da Vale após incorporarem na tese da companhia os números do último balanço e projeções atualizadas para os preços do minério de ferro e o câmbio.

O BB destaca que os indicadores da indústria siderúrgica na China continuam em ritmo lento. Ao mesmo tempo, dados mais recentes de produção e consumo no país sinalizam queda na comparação anual e as incertezas sobre o nível de demanda de aço no país em 2024 podem levar a novas correções no preço da commodity.

O BB ainda levanta que os efeitos dos estímulos apresentados pelo governo chinês têm se mostrado limitados, embora a sinalização de que mais incentivos poderão ser anunciados pelo governo tem suportado as apostas na manutenção dos preços da commodity em patamar relativamente elevado.

Além do BB, o time de análise do Itaú BBA reduziu o preço-alvo dos ADRs (American Depositary Receipts) da Vale (VALE), de US$ 18 a US$ 17, após incorporar no modelo os últimos resultados e novas estimativas para a performance operacional da companhia – Ebitda de R$ 19,6 bilhões para 2024, 4% abaixo das estimativas anteriores.

Porém, diferentemente do BB, a equipe do BBA destaca o otimismo da mineradora com a demanda de minério de ferro. A investidores e analistas, a Vale disse em teleconferência que acredita no compromisso do governo chinês de prevenir um processo de hard landing (pouso forçado) na economia.

As expectativas em relação à demanda fora da China também são boas, particularmente na Índia, Oriente Médio, norte da África e Sudeste da Ásia.

“Vale tem aumentado a participação de suas vendas direcionadas a outros países e reforçou a alta demanda para BRBF na Europa”, menciona o BBA, em relatório de atualização divulgado nesta segunda-feira (26).

Ainda, do lado da oferta, a Vale acredita que o mercado de minério de ferro deve permanecer apertado em 2024, sem adições significativas.

O BBA segue projetando um preço médio de US$ 120 a tonelada para o minério de ferro em 2024. A recomendação para a Vale é de compra.
Provisões para Samarco e suspensão de licenças são risco para Vale? Empresa prefere olhar o copo meio cheio

O noticiário da Vale está aquecido. É verdade que a recente correção dos preços de minério de ferro – que, inclusive, atingiram o menor preço em quatro meses – vem pesando sobre a ação. No entanto, outros ruídos adicionam volatilidade maior à companhia na bolsa.

O principal deles é a indecisão sobre o futuro do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, na empresa. A recondução do executivo no cargo segue indefinida após as últimas reuniões do conselho de administração. O colegiado parece dividido quanto à renovação do contrato de Bartolomeo, que termina no fim de maio.

Outro assunto envolvendo a Vale que voltou ao foco do mercado foi a notícia de provisão extra para a Samarco e o caso do rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG). Nos resultados do quarto trimestre de 2023, a Vale informou que realizou um provisionamento extra de US$ 1,2 bilhão para o caso, menos do que o mercado esperava.

Durante a teleconferência, a Vale reforçou que está confortável com o nível de provisões e sinalizou que a diferença entre o montante de provisões em seu balanço patrimonial (US$ 4,2 bilhões) e nos resultados da BHP (US$ 6,5 bilhões) pode estar relacionada por diferentes estimativas quanto à capacidade da Samarco em contribuir com a Fundação Renova.

A Vale disse que está trabalhando junto com representantes do governo para chegar a um acordo sobre o acidente, o que poderia acontecer ao longo dos próximos meses, na primeira metade do ano.

Sobre a suspensão de licenças de minas no Pará, a Vale notou que autoridades bateram na tecla de questões administrativas sobre dados específicos, não se tratando especificamente de irregulares ambientais ou brechas sociais.

“O fato de não parecer um problema significativo deixou a administração da Vale otimista quanto a resolver a situação o mais rápido possível”, destaca o BBA.

Investing - SP   27/02/2024

A exportação de minério de ferro do Brasil está em um ritmo 20% mais forte na comparação com o mesmo mês do ano passado, com os embarques no acumulado até a quarta semana tendo superado o total embarcado pelo país em fevereiro de 2023, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta segunda-feira.

O total exportado pelo país somou 23,33 milhões de toneladas, versus 23,30 milhões em todo fevereiro do ano passado, faltando quatro dias úteis para o final do mês.

Se seguir no ritmo de 1,55 milhão de toneladas de embarques por dia, a exportação em fevereiro pode se equiparar a janeiro, quando fechou em 29,5 milhões de toneladas, embora o mês atual seja mais curto.

A força dos embarques acontece após a Vale (BVMF:VALE3), uma das maiores produtoras globais de minério de ferro, ter registrado um crescimento de 15% na sua produção entre novembro e janeiro, em relação ao mesmo período dos anos anteriores, segundo informou a empresa em uma apresentação nesta segunda-feira.

A Vale também reportou recentemente que em dezembro a produção mensal de minério de ferro foi a maior desde 2018.

Em dezembro, o Brasil registrou um dos maiores volumes mensais exportados de minério de ferro da história, segundo números revisados para 39,3 milhões de toneladas, que agora estão atrás das 39,5 milhões de toneladas de dezembro de 2015.

Os dados da Secex também mostram que os preços do minério de ferro embarcado em fevereiro estão 16,6% maiores em relação ao ano passado, para 98,3 dólares/tonelada.

Isso já resulta em receita com exportações de minério de 2,3 bilhões de dólares para o país, também acima dos 1,96 bilhão de fevereiro completo de 2023.

OUTRAS COMMODITIES EM ALTA

As exportações de outras commodities do Brasil, como açúcar, algodão, café e petróleo, já tinham superado na semana anterior os totais embarcados em fevereiro de 2023.

Com os embarques da última semana, os volumes ficaram ainda maiores, com o algodão marcando quase 200 mil toneladas, o açúcar 2,5 milhões de toneladas, e o café verde marcando quase 175 mil toneladas.

No caso do petróleo, a exportação do Brasil no acumulado do mês mais do que dobrou em relação ao mês completo de 2023, para 5,2 milhão de toneladas, segundo os dados da Secex.

A exportação de soja do Brasil está bem próxima de superar as 5 milhões de toneladas registradas no mesmo mês do ano passado, apontou a secretaria, enquanto no milho, mantido o ritmo mensal, pode se aproximar do que foi fevereiro de 2023.

Já a exportação de carne bovina refrigerada ou congelada somou no acumulado do mês 143,5 mil toneladas, acima das 126,4 mil toneladas de fevereiro de 2023, segundo a Secex.

Investing - SP   27/02/2024

A produção de minério de ferro da Vale (BVMF:VALE3) entre novembro e janeiro cresceu 15% ante o mesmo período um ano antes, em meio a iniciativas que visam reduzir impactos sazonais de fortes chuvas em suas operações nesta época do ano, informou a companhia nesta segunda-feira em uma apresentação em congresso nos Estados Unidos.

O percentual mostra um ritmo de crescimento mais acelerado do que no quarto trimestre de 2023, quando a companhia elevou em 11% a produção de sua principal commodity versus o mesmo trimestre do ano anterior, para 89,4 milhões de toneladas.

Em dezembro, a produção mensal de minério de ferro foi a maior desde 2018, segundo a Vale.

O desempenho do quarto trimestre permitiu que a companhia superasse sua meta de produção programada para 2023, conforme a empresa informou anteriormente.

Como medidas para elevar a produção, a Vale buscou maior disponibilidade de minério no topo da cava, adotou medidas de prevenção de inundações na ferrovia e também trabalhou com estoque de minério de baixa umidade para blendagem durante a estação chuvosa, segundo slide de apresentação publicada ao mercado.

O período entre novembro e março costuma ser impactado por desafios sazonais relacionados a um maior volume de chuvas nas suas principais operações, no Pará e em Minas Gerais.

Uma das maiores produtoras globais de minério de ferro, a Vale afirmou que está "entrando em 2024 com capacidades operacionais mais robustas".

Investing - SP   27/02/2024

A Índia está considerando a possibilidade de aplicar um imposto de exportação sobre o minério de ferro de baixa qualidade, depois que pequenos produtores de aço pediram ao governo que o país reduza suas vendas no exterior, segundo duas fontes diretamente envolvidas no assunto.

A China normalmente recebe mais de 90% dos embarques gerais de minério de ferro da Índia, que é o quarto maior produtor mundial do ingrediente siderúrgico.

A demanda por aço na Índia, a segunda maior produtora de aço bruto do mundo, aumentou o consumo de minério de ferro no país e, no início deste mês, pequenos produtores de aço solicitaram ao Ministério do Aço que tomasse medidas para restringir as exportações, a fim de ajudar a garantir suprimentos locais suficientes a preços acessíveis, disseram as fontes.

A decisão sobre a imposição de um imposto de exportação dependerá das recomendações do Ministério do Aço, que não respondeu a um pedido de comentário da Reuters na segunda-feira.

O governo estava examinando a questão, incluindo os dados de exportação de minério de ferro e as demandas dos pequenos produtores de aço, disseram as fontes, que estão diretamente envolvidas na tomada de decisões, à Reuters. Elas não quiseram ser identificadas, pois as deliberações não são públicas.

Em maio de 2022, a Índia elevou o imposto de exportação de minério de ferro de baixa qualidade em pedaços e finos -- com teor de ferro abaixo de 58% -- de zero para 50%, e aumentou as tarifas sobre pelotas de zero para 45%, como parte dos esforços para atender à crescente demanda local.

Porém, quando as exportações foram interrompidas, o governo eliminou esses impostos em novembro de 2022 e atualmente permite exportações isentas de impostos de minério de ferro de baixa qualidade ou com teor de ferro abaixo de 58%. A Índia exporta principalmente minério de ferro de baixa qualidade.

As exportações de minério de ferro da Índia atingiram 32,2 milhões de toneladas métricas durante os primeiros nove meses do atual ano fiscal, que começou em abril de 2023 -- no valor de 2,7 bilhões de dólares --, ante 9,5 milhões de toneladas há um ano, segundo dados do governo analisados pela Reuters.

É provável que a demanda de aço da Índia continue forte, já que o governo espera que o crescimento econômico supere o da economia global no próximo ano fiscal.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   27/02/2024

De qualquer forma, a perspectiva mais otimista para os híbridos não acaba com os desafios enfrentados pela indústria automotiva, apenas os modifica

Depois de terem passado os últimos dez anos como os maiores defensores dos veículos híbridos na indústria automotiva, os executivos da Toyota poderiam ser perdoados caso agora estejam nutrindo certo sentimento de desforra.

A obstinação da fabricante de automóveis japonesa em investir bilhões em veículos híbridos, que combinam o uso de baterias e do motor tradicional de combustão interna, atraiu críticas tanto de investidores quanto de ambientalistas.

Os consumidores como um todo, a Toyota cansou de alertar, mostrariam hesitação na hora de comprar carros 100% elétricos, mais caros. Os alertas, antes considerados uma heresia da Toyota, agora vem sendo reavaliados, diante do cenário de preços que teimam em não cair e de receios com a falta de infraestrutura de abastecimento, que tem esfriado o entusiasmo pelos veículos elétricos a bateria (VEBs) em mercados pelo mundo, da Europa aos Estados Unidos.

“Devo um pedido de desculpas à Toyota”, admitiu neste mês, Adam Jonas, analista do Morgan Stanley, que chegou a prever com toda a confiança que as normas governamentais rigorosas e a preferência dos consumidores por modelos 100% elétricos extinguiriam o mercado de híbridos rapidamente.

Embora a demanda por VEBs tenha aumentado nos últimos três anos, de acordo com dados compilados pela Jato Dynamics, sua participação no mercado de carros novos diminuiu no Reino Unido e o crescimento das vendas desacelerou nos EUA e na Europa.

A mudança no mercado já beneficiou os resultados da Toyota: as vendas de híbridos da maior fabricante de automóveis do mundo aumentaram em quase 1 milhão, para 3,4 milhões de unidades em 2023, o que contribuiu para a empresa a elevar sua previsão de lucro operacional para um recorde de 4,9 trilhões de ienes (US$ 33 bilhões) no ano fiscal que se encerra em março.

Os híbridos podem ser de vários tipos. Os híbridos plug-in são capazes de rodar dezenas de quilômetros apenas com energia elétrica e ser reabastecidos em casa, embora suas grandes baterias em geral os tornem caros. Já os chamados híbridos completos combinam uma bateria menor e um motor tradicional que funcionam juntos, tornando-os mais baratos tanto na hora da compra quanto para rodar.

Embora a maior parte da indústria automotiva ainda acredite que desenvolver VEBs lucrativos hoje é o objetivo de longo prazo mais importante para as fabricantes de automóveis, a minirrenascença dos híbridos vem forçando alguns a mudar de planos. No mercado de híbridos dos EUA, dominado em grande medida pela Toyota, Honda e pelo duo sul-coreano Kia e Hyundai, as montadoras locais vêm correndo para alcançá-las.

Em janeiro, a General Motors (GM), que em grande parte havia eliminado os híbridos plug-in de sua linha, anunciou a retomada da tecnologia, reconhecendo que os clientes vinham demorando mais do que o esperado para adotar modelos 100% elétricos. A Ford, que apostou em híbridos como tecnologia intermediária, prevê que suas vendas desses modelos aumentarão 40% em 2024, o dobro do que no ano anterior.

Em 2023, a montadora vendeu mais de 52 mil picapes Maverick, o quinto híbrido mais vendido nos EUA, atrás de modelos da Toyota e da Honda.

“Nossos dados mostram que os VEs são um destino claro para muitos clientes [...] [mas] vai levar mais tempo do que prevíamos 18 meses atrás”, disse o executivo-chefe da Ford, Jim Farley, a investidores neste mês.

“Os híbridos desempenharão um papel cada vez mais importante na transição de nossa indústria e estarão aqui para o longo prazo.”

Isso representa uma grande reavaliação em relação aos pontos de vista, antes pessimistas, sobre o veículo híbrido, que, segundo Jessica Caldwell, chefe da área de insights da Edmunds, uma firma de ferramentas on-line para ajudar compradores de carros, foi negligenciado como estratégia de transição por “não parecer sexy e badalado”.

A possibilidade de combinar a tecnologia das baterias com a dos motores tradicionais é o ponto central que atraiu a Toyota. Os híbridos permitem aos fabricantes de automóveis reduzir as emissões enquanto prolongam os últimos anos do motor de combustão, que foi a galinha dos ovos de ouro da indústria nos últimos 100 anos.

Os híbridos completos são altamente lucrativos, muitas vezes com margem de lucro de dois dígitos porcentuais, superiores à dos carros apenas com motor a combustão ou à dos híbridos plug-in e, sem dúvida, à dos VEBs, que muitas vezes dão prejuízo.

O executivo-chefe da Stellantis, Carlos Tavares, disse ao “Financial Times” que, com o aumento das vendas de VEBs para “viciados verdes” e de mais híbridos, você “pode ter um impacto muito bom no planeta”.

Os investidores já recompensaram a Toyota. As ações subiram mais de 80% nos últimos 12 meses. No mesmo período, as da Tesla, cujo foco em um pequeno número de modelos VEBs tem forte contraste com a estratégia da Toyota, de vender carros com várias tecnologias e faixas de preço, caíram mais de 5%.

Carl Vine, gerente de carteiras de investimentos na M&G e acionista da Toyota, acha que a empresa “ganhou uma má fama injusta nos últimos anos”.

“O poderoso lobby pró-eletrificação e alguns críticos da Toyota insinuaram que eles estão retrocedendo na eletrificação”, disse ele. “Desde o início, a Toyota dizia: ‘Tudo isso é muito complicado — precisamos tomar nosso tempo e seguir múltiplos caminhos’”.

Em janeiro, o presidente do conselho de administração da Toyota, Akio Toyoda, previu que a demanda por VEBs atingiria um teto de 30% do mercado mundial, abrindo caminho para mais vendas de híbridos.

A empresa calcula que por volta de 2025 estará vendendo 5 milhões de híbridos ao ano. Em contraste, para os VEBs, a meta da Toyota é vender 3,5 milhões de unidades por ano a partir de 2030. Em 2023, vendeu apenas 104 mil unidades de VEBs e 125 mil híbridos plug-in.

A Jaguar Land Rover, uma retardatária do setor, está entre as fabricantes de automóveis que se beneficiam do aumento da demanda por híbridos. Com seu primeiro Range Rover VEB de destaque previsto para ser lançado apenas no fim do ano, a empresa destaca que as vendas de híbridos a ajudarão a cumprir as normas de emissões do Reino Unido mesmo após ter adiado o lançamento de alguns modelos de VEBs.

De qualquer forma, a perspectiva mais otimista para os híbridos não acaba com os desafios enfrentados pela indústria automotiva, apenas os modifica. As montadoras ainda precisam lidar com a mudanças climáticas e as diversas exigências que os governos pelo mundo fazem ao setor para ajudar a combatê-las.

“As montadoras que agora estão colhendo lucros com seus modelos híbridos existentes fariam bem em usar esse tempo e dinheiro sabiamente, já que os VEBs vão chegar, mais cedo ou mais tarde”, disse James Hong, analista de automóveis do Macquarie. Apesar da desaceleração no ritmo das vendas de VEBs em 2023, eles já ultrapassaram os híbridos na maioria dos grandes mercados, exceto no Japão, que permanece um bastião da tecnologia.

O executivo-chefe da Renault, Luca de Meo, disse que mesmo em meio à desaceleração da demanda por VEBs, a tecnologia precisará dominar o mercado europeu para que a indústria consiga alcançar as metas de emissão da União Europeia. “Você não precisa ter um prêmio Nobel em matemática para entender que os VEs precisam ser uma parte importante disso”, disse.

Como a China tem traçado metas ambiciosas para os veículos 100% elétricos, tudo parece indicar que os EUA serão o campo de batalha que determinará a longevidade dos híbridos - um país cujas distâncias de deslocamento são grandes e o amor pelos motores de alto consumo de combustível é mais arraigado.

O presidente da concessionária Longo Toyota, Doug Eroh, nos subúrbios de Los Angeles, disse que desde 2019 a participação dos híbridos em suas vendas mais do que dobrou, para 42% em 2023. Ele prevê que neste ano chegará a “bem mais de 50%”.

Ainda assim, prever a trajetória de longo prazo dos híbridos nos EUA é complicado, segundo analistas, especialmente com uma eleição presidencial em novembro que poderia remodelar o mercado.

Assessores e integrantes das campanhas dizem que um segundo governo de Donald Trump tentaria voltar atrás na Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), um marco do presidente Joe Biden, que inclui US$ 369 bilhões em subsídios e isenções tributárias para acelerar a transição dos EUA para as fontes de energia renováveis.

“Se tivermos uma mudança de governo, você provavelmente verá as montadoras dos EUA começarem a soar como a Toyota, dizendo ‘30% de eletrificação para sempre’”, disse Tim Bush, analista especializado em cadeias de suprimentos de VEs no UBS.

Ao mesmo tempo, as medidas das montadoras internacionais para trazer mais produção para os EUA e, com isso, desbloquear créditos tributários disponíveis da IRA, também deveriam ajudá-las a reduzir os preços - o que poderia impulsionar as vendas. Além disso, as empresas americanas também lançarão opções para o mercado de massa, para clientes que não têm condições ou não estão dispostos a comprar um Tesla.

“Acho que o argumento de que todos que quiseram comprar um VE já o fizeram não se sustenta”, disse Bush. “O que se está realmente vendo, penso eu, é que as Três Grandes montadoras [dos EUA] estão limitando a produção [de VEBs] para proteger a margem”.

Não importa qual for o resultado da eleição nos EUA, Tavares, da Stellantis, está convencido de que os híbridos serão fundamentais para ajudar a indústria a “gerenciar a transição”, mesmo que os modelos continuem a receber críticas “porque você ainda está promovendo motores de combustão interna e, na cabeça de alguns líderes dogmáticos, isso não é aceitável”.

É um ponto de vista compartilhado por Eroh em sua concessionária em Los Angeles. Ele diz que os compradores muitas vezes estudam comprar um veículo totalmente elétrico, mas acabam optando por um híbrido, porque são mais baratos e permitem aos motoristas contornar o problema de onde abastecer.

Possuir um carro 100% elétrico “será mais fácil com o tempo”, acrescentou Eroh. “Mas esse tempo ainda não chegou.”

CONSTRUÇÃO CIVIL

Infomoney - SP   27/02/2024

O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,8 ponto em fevereiro, para 97,6 pontos, interrompendo a sequência de quatro quedas consecutivas do indicador. O resultado é o maior nível para o ICST desde outubro de 2022, quando atingiu 99,4 pontos. Em médias móveis trimestrais, o ICST teve alta de 0,5 ponto nesta leitura. As informações foram divulgadas há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção do FGV/Ibre disse em nota que a confiança setorial cresceu alavancada pela percepção mais favorável em relação ao ambiente de negócios corrente e dos próximos meses.

Ela destacou que o Índice de Situação Atual (ISA) dos negócios registrou a segunda alta consecutiva na margem, mas ainda permaneceu no campo de “pessimismo moderado”, em função da avaliação negativa das empresas de obras de instalações e obras de acabamento. “Esses segmentos, que ficam na fase final do processo produtivo, refletiram desde os últimos meses de 2023 o fim de muitas obras no mercado imobiliário”, explicou Ana Maria.

Em contrapartida, a coordenadora citou que houve melhora nos indicadores de demanda prevista e de tendência dos negócios de forma disseminada. “Novas obras deverão se iniciar, fortalecendo o ciclo de negócios novamente nos próximos meses,” observou.

Nas aberturas do indicador em fevereiro, o Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,8 ponto, para 95,5 pontos, maior nível desde setembro do ano passado. O movimento foi resultado exclusivamente da melhora do indicador de situação atual dos negócios, que subiu 2,3 pontos, para 96,7 pontos. O indicador de volume da carteira de contratos, por sua vez, cedeu 0,6 ponto, para 94,3 pontos.

Em fevereiro, o Índice de Expectativas (IE-CST) também avançou, crescendo 2,5 pontos, para 99,7 pontos, a maior marca desde outubro de 2022. Houve melhora no indicador de demanda prevista para os próximos três meses (alta de 1,9 ponto, a 99,5 pontos) e no indicador de tendências de negócios para os próximos seis meses (alta de 3,0 pontos, a 99,8 pontos).

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção cresceu 1,4 ponto porcentual nesta leitura, atingindo 78,5%. Os Nucis de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos avançaram 1,3 e 1,7 ponto porcentual, respectivamente, para 79,7% e 74,3%.

Valor - SP   27/02/2024

Os maiores bancos comerciais da China estão preparados para conceder mais de 130 bilhões de yuans (US$ 18 bilhões) em financiamentos para projetos imobiliários, mostram novas divulgações, em resposta ao último apelo do governo por apoio ao problemático setor imobiliário do país.

O Banco Agrícola da China aprovou mais de 40 bilhões de yuans em financiamento, citando a sua “responsabilidade como banco estatal” num comunicado na semana passada.

O credor, um dos quatro grandes bancos estatais da China, disse que demorou apenas um dia para aprovar um empréstimo de 1,2 bilhão de yuans para um projeto imobiliário do setor privado em Hangzhou.

Mais de 130 bilhões de yuans desse tipo de financiamento foram divulgados pelos bancos até sexta-feira, incluindo linhas de crédito.

Em 12 de janeiro, o Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural e a Administração Nacional de Regulação Financeira instruíram os governos locais a elaborar uma "lista de projetos recomendados” para um novo programa de empréstimos. Os bancos estão agora utilizando essa lista para orientar as decisões de empréstimo.

O China Construction Bank disse que já emprestou 3 bilhões de yuans para cinco projetos incluídos na lista, entre mais de 2 mil propostas recebidas. O banco disse que concluiu revisões de quase cem outros projetos, num total de mais de 20 bilhões de yuans em financiamento.

Entre os credores menores, o China Everbright Bank divulgou 15,7 bilhões de yuans em financiamento para 20 projetos.

A líder do setor imobiliário Country Garden Holdings disse que mais de 30 projetos inacabados em seu portfólio estão na lista, nas províncias de Henan e Hubei. A construtora é uma das mais endividadas da China.

O novo programa de empréstimos segue esforços anteriores liderados pelo Estado para mobilizar financiamento para o setor. Em 2022, depois de o governo ter apelado a um apoio financeiro abrangente ao setor imobiliário, os bancos estatais abriram linhas de crédito totalizando mais de 3,19 trilhões de yuans.

Com esse apoio em vigor, as ações do setor imobiliário estão mostrando sinais de que o pior já passou. Mas a expansão dos empréstimos às construtoras expõe os bancos ao risco de dívidas irrecuperáveis.

Os 3,19 trilhões de yuans em linhas de crédito teriam aumentado os empréstimos pendentes para o desenvolvimento imobiliário em 25% se tivessem sido totalmente aproveitados. Mas o aumento chegou a apenas 5%, no máximo.

A limitação do crescimento dos empréstimos resultou numa nova queda nas vendas de habitação, após novos golpes na confiança dos compradores de casas, incluindo a crise da Country Garden.

Comentários recentes de bancos mostram um toque de cautela. O Banco da China, que planeja estender quase 40 bilhões de yuans a 75 projetos, disse que atenderá aqueles que tenham “garantias suficientes”, “ativos e passivos racionais” e “recursos garantidos para reembolso”.

No ano passado, foram vendidos 1,12 bilhões de metros quadrados de imóveis na China, marcando o segundo ano consecutivo de declínio. A maioria das empresas de pesquisa de mercado prevê outro ano negativo em 2024.

À medida que a população da China começa a diminuir, espera-se que a procura por habitação diminua gradualmente. Em janeiro, 56 das 70 grandes cidades viram os preços das habitações recém-construídas caírem em comparação com o mês anterior, de acordo com dados divulgados sexta-feira pelo Departamento Nacional de Estatísticas.

A rentabilidade dos bancos é outra preocupação. As margens de juros auferidas pelos bancos, que fornecem os fundos para a liquidação de empréstimos inadimplentes, estão em mínimas históricas. As margens estão agora abaixo da linha de alerta para um negócio sólido estabelecido por um mecanismo de autorregulação do setor bancário.

FERROVIÁRIO

Portos e Navios - SP   27/02/2024

A Rumo concluiu a construção de aproximadamente três quilômetros de trilhos da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio, em Rondonópolis (MT). Após um ano de terraplanagem e a construção de um viaduto, os trilhos agora formam os primeiros quilômetros da linha tronco e de uma linha auxiliar de descarga de insumos. Esta construção vai viabilizar o início do recebimento de materiais, via modal ferroviário, para a execução da nova ferrovia que conectará o sul de Mato Grosso a Cuiabá e ao Médio-Norte. Serão 743 quilômetros que integrarão o estado à rede ferroviária federal, ao mercado industrial e consumidor de São Paulo e ao principal complexo portuário do hemisfério sul, o Porto de Santos (SP).

Para entregar os três quilômetros de trilhos foram utilizados 3.334 dormentes de concreto, 1.745 dormentes de madeira, dois aparelhos de mudança de via (AMVs) e 20 barras de trilhos (com 312 metros cada). “Esses primeiros trilhos simbolizam um novo capítulo na história da infraestrutura nacional. Mesmo sendo uma autorização estadual, a Ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo nasce com a vocação de impactar a economia nacional, ao construir um dos modais logísticos mais eficientes para o estado, que é símbolo do agronegócio. Mato Grosso tem uma indústria próspera e setores do comércio e serviços que podem se beneficiar muito das possibilidades do transporte ferroviário”, analisa Harley Silva, gerente executivo de Implantação de Obras Ferroviárias da Rumo.

Além dos impactos econômicos positivos, a geração de empregos é outro grande legado da ferrovia. Análises do Observatório da Indústria da FIEMT (Federação das Indústrias de Mato Grosso), por exemplo, apontam “choque” de desenvolvimento na fase de implantação dos trilhos entre o Sul, capital e Médio-Norte do Estado. Somente na fase de construção do empreendimento estima-se a geração de 186 mil empregos em Mato Grosso. Desse total, 105 mil devem ser diretos, 41 mil indiretos e 40 mil induzidos, ou seja, aqueles gerados por conta da melhora da renda das famílias mato-grossenses, que irá aumentar e criará mais empregos.

“Essa transformação está em andamento. Somando os profissionais envolvidos na construção do primeiro viaduto ferroviário de Rondonópolis e mais a quantidade de trabalhadores mobilizados nas etapas atuais, já mobilizamos neste primeiro ano mais de 1,2 mil profissionais”, comenta Tiago Proba, gerente de Cultura, Atração, Diversidade e Marca Empregadora da Rumo.

Rodoviário

Valor - SP   27/02/2024

Consulta pública para Rota Sorocabana e Nova Raposo deverá ser aberta em março

O governo paulista prepara duas licitações para substituir a ViaOeste, uma das maiores concessões da CCR, responsável pelo Sistema Castello-Raposo, que chega ao fim em março de 2025.

O plano é dividir a concessão em duas, agregando outras estradas atualmente operadas pelo Estado. Em março, deverão ser abertas as consultas públicas dos dois lotes: a Rota Sorocabana, que prevê investimentos de R$ 6,7 bilhões, e o lote Nova Raposo, com R$ 10,4 bilhões.

A consulta da Rota Sorocabana deve sair logo no início de março. A concessão inclui 488 quilômetros de estradas. Entre as intervenções previstas estão faixas adicionais na região de Sorocaba para a Raposo e a SP-075, as duplicações da SP-250 entre Vargem Grande Paulista e Piedade e da SP-079 entre Piedade e Votorantim.

O lote da Nova Raposo deverá ter 147 quilômetros, que incluem os trechos da Castello Branco e da Raposo Tavares entre a capital e a região metropolitana à oeste de São Paulo. Será adicionado ao lote a Estrada dos Romeiros (SP-312), que deverá ser duplicada.

No setor rodoviário há grande expectativa em relação aos projetos, dado que a atual concessão da ViaOeste já tem tráfego consolidado e cobrança de pedágio vigente. Em 2023, a ViaOeste teve receita bruta de R$ 1,2 bilhão, o que representou 14,8% do valor total arrecadado pela CCR com pedágios de rodovias e 6,2% do faturamento geral do grupo. Os principais acionistas da CCR são o grupo Soares Penido, Mover (ex-Camargo Corrêa), Itaúsa, holding do Itaú Unibanco, e o Votorantim.

Antes dessas duas licitações, o governo de São Paulo deverá fazer outro leilão, já com data marcada: da PPP do Lote Litoral Paulista, que prevê R$ 4,3 bilhões de investimentos, além de outros R$ 2,7 bilhões de despesas operacionais ao longo do contrato de 30 anos. O Estado deverá entrar com uma parte dos recursos.

Rota Sorocabana prevê R$ 6,7 bilhões de investimentos e o lote Nova Raposo mais R$ 10,4 bilhões

As contraprestações anuais poderão chegar até R$ 180 milhões, mas o valor poderá cair, ou até mesmo zerar, a depender do nível de concorrência, já que o critério de seleção será o maior desconto sobre o valor pago pelo Estado. Caso esse deságio atinja 100%, as ofertas poderão incluir também uma outorga adicional. A concorrência deverá ocorrer no dia 16 de abril.

De acordo com levantamento feito pela Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), divulgado pelo Valor no fim do ano passado, os projetos de concessões e Parceiras Públicos-Privada (PPPs) em estruturação nas regiões Sul e Sudeste do país somam um potencial de R$ 305 bilhões em investimentos.

Ao todo, foram mapeados 138 projetos em curso, considerando as carteiras dos Estados e do governo federal. As iniciativas estão em diferentes estágios de maturidade, desde aqueles em avaliação inicial (por exemplo, a construção da linha 3 do Metrô do Rio de Janeiro, que ainda passará por licitação para contratar os estudos) até os que estão com leilão marcado (como o trem de passageiros entre São Paulo e Campinas, do governo paulista).

A maior parte das obras previstas no levantamento está no setor de rodovias (R$ 152,8 bilhões). O Estado de São Paulo, que tem a maior tradição em concessões e PPPs, ainda reúne boa parte dos grandes projetos. Entre as iniciativas de maior destaque estão as PPPs paulistas para trens de passageiros, como o São Paulo-Campinas, que prevê R$ 13,5 bilhões de investimentos, e o São Paulo-Sorocaba, ainda em estudo de viabilidade e com obra estimada em R$ 10 bilhões.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   27/02/2024

A empresa norte-americana New Fortress Energy (NFE) anunciou que vai inaugurar na próxima quarta-feira (28) o seu terminal de GNL em Barcarena, no estado do Pará. O navio de regaseficação (FSRU) Energos Celsius, que fará parte do empreendimento, chegou à cidade na última semana. O navio, que originalmente era um transportador de GNL, passou por obras de conversão no estaleiro Seatrium em Cingapura, de onde partiu em dezembro do ano passado. A embarcação possui capacidade nominal de regaseificação de 750 mil a 1 milhão de pés cúbicos padrão por dia.

O terminal de importação de GNL de Barcarena é a primeira instalação de importação de GNL do estado do Pará e da região Norte do Brasil. O empreendimento terá capacidade para regaseificar 15 milhões de m³/dia de gás natural. Ele vai atender a refinaria de alumina da Hydro Alunorte, bem como a termelétrica Novo Tempo (de 624 MW de capacidade), que a própria NFE está construindo no local e que deve entrar em operação no terceiro trimestre de 2025.

O projeto inclui ainda a construção de um gasoduto de 3.500 metros e de 7.310 metros quadrados de área do city-gate (estação de entrega e recebimento de gás natural), que vai ligar o navio Energos Celsius até a Estação de Transferência de Custódia, situada na área da termelétrica Novo Tempo.

Valor - SP   27/02/2024

Empresa investirá US$ 200 milhões até 2030 para desenvolver 37 novos campos em terra no RN

Richard Gonzalez: “Nossa tese é entrar em novos campos, investir em geologia e geofísica onde não há produção, o que leva anos” — Foto: Leo Pinheiro/Valor

Com um plano de investimentos de US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão) até 2030 para aumentar a produção de petróleo em campos terrestres, a Petro-Victory vai priorizar a bacia Potiguar (RN). Fundada em 2006 pelo americano Richard Gonzalez, a empresa começou as operações no Paraguai. Em 2014, abriu o capital e listou ações na Bolsa de Toronto, no Canadá. Passou a atuar no Brasil em 2016 na época em que o petróleo situava-se entre US$ 35 e US$ 40 por barril, o que tornava investimentos menos atrativos.

Nos últimos anos, com a recuperação dos preços, a empresa ampliou a atuação no Brasil por meio da compra de novas áreas terrestres na bacia Potiguar, onde adquiriu 40 campos. Desse total, três foram arrematados na sessão da oferta permanente da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em dezembro passado. A companhia também tem investimentos na produção de gás no campo de São João, no Maranhão.

Do total de investimentos previstos, US$ 25 milhões foram aportados na exploração e produção de campos “onshore” e a empresa tem planos de aplicar cerca de US$ 174 milhões, entre 2024 e 2030, na perfuração de pelo menos 100 novos poços e instalações. A estimativa é de uma produção de 6 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) até 2028. A média de produção da empresa no ano passado foi de 63,5 boe/dia.

A decisão de focar na bacia Potiguar foi tomada após estudos de geologia e geofísica. A empresa se desfez de áreas em outras bacias, como no Espírito Santo, e redirecionou os investimentos para o crescimento da produção no Rio Grande do Norte. Em 2023, os trabalhos de análise sísmica, que se assemelham a um ultrassom no subsolo, envolveram 1.500 quilômetros quadrados de áreas e os resultados indicam perspectivas de aumento no valor das suas reservas.

Filho de mãe brasileira e pai paraguaio, Gonzalez, fundador e presidente da Petro-Victory, disse ao Valor que os investimentos permitiram a adição de US$ 256 milhões em reservas. A empresa ainda fará trabalhos de perfuração para abrir novas frentes de produção.

Gonzalez disse que a empresa priorizou novos campos, mas sem entrar em ativos maduros como fizeram outras “junior oils”, as quais apostaram no modelo de revitalizar áreas que eram da Petrobras.

Em meados da década passada, a Petrobras implementou plano de venda de campos em terra, o que levou diversos investidores a entrarem no segmento. Empresas como Seacrest, 3R Petroleum, Eneva, Petroreconcavo e Enauta formaram portfólios e aportaram recursos na operação desses campos.

O mercado de petróleo e gás, porém, exige reposição constante de reservas e com a mudança de rota da Petrobras, que na atual gestão suspendeu o programa de venda de ativos, as empresas passaram a cogitar fusões e aquisições. O cenário para os campos terrestres de petróleo e gás se aqueceu ainda mais este ano com a perspectiva de um processo de consolidação entre empresas do setor. A 3R e a Petroreconcavo deram o primeiro passo em janeiro, quando a Maha Energy se tornou um acionista relevante da 3R e propôs uma troca de ativos entre as duas empresas.

As empresas têm operações em campos de petróleo ao lado das áreas da Petro-Victory, o que, em tese, a colocaria como potencial participante do negócio. Gonzalez disse que está em conversas com as duas empresas, sem descartar eventuais parcerias com elas envolvendo ativos. Mas não vê espaço para atuar como comprador, uma vez que prioriza novas reservas. Gonzalez explica que comprar campos maduros significa comprar fluxo de caixa, o que exige reposição de reservas. A consolidação que pode ser iniciada por 3R e Petroreconcavo, para ele, é “iminente”, e oferece oportunidades.

“A 3R e a Petroreconcavo fizeram um bom trabalho na compra de ativos. Estamos em conversas, vamos ver se elas amadurecem. Mas a tese da Petro-Victory é entrar em todos os novos campos que já possuem sísmica 3D, fazer um trabalho grande, investir em geologia e geofísica onde não há produção, o que leva anos”, explicou.

O empresário prossegue: “Potencialmente, [há espaço para] um bom mix”, referindo-se a campos maduros e novas reservas. Embora a prioridade seja desenvolver a extração de óleo, a empresa pode avaliar a compra de novas áreas, até mesmo em outras bacias, caso seja viável: diferente da maioria das petroleiras independentes que atuam no país, que se basearam na compra de campos maduros, a companhia sediada no Texas se estruturou para atuar por meio de novas concessões.

“Somos compradores [de novos campos de petróleo]”, afirmou Gonzalez. Além da bacia Potiguar, a Petro-Victory também aposta no campo de São João, na Bacia de Barreirinhas (MA), onde também pode desenvolver a produção de gás natural, não associado a petróleo. O campo tem reservas de 1,9 milhão de barris e ainda em março a empresa pretende iniciar a produção de 200 barris por dia.

A petroleira investiu também em uma fazenda solar de 40 megawatts (MW), composta por mais de 100 paineis solares. Segundo Gonzalez, 70% da energia será destinada às operações da Petro-Victory e o excedente, usado na ampliação das atividades da companhia.

Investing - SP   27/02/2024

A Dinamarca encerrou sua investigação sobre as explosões ocorridas em 2022 nos gasodutos Nord Stream, informou a polícia nesta segunda-feira, tornando-se o segundo país a fazê-lo depois que a Suécia encerrou seu próprio inquérito.

Os gasodutos Nord Stream 1 e 2, que transportam gás russo sob o Mar Báltico, foram rompidos por uma série de explosões nas zonas econômicas da Suécia e da Dinamarca em setembro de 2022, liberando grandes quantidades de metano no ar.

As explosões ocorreram sete meses depois que a Rússia lançou uma invasão em grande escala na Ucrânia, o que desencadeou uma ampla gama de sanções econômicas e financeiras ocidentais contra Moscou.

"A investigação levou as autoridades a concluir que houve sabotagem deliberada dos gasodutos. No entanto, a avaliação é de que não há motivos suficientes para levar adiante um processo criminal na Dinamarca", disse um comunicado da polícia de Copenhague.

Neste mês, a Suécia abandonou sua investigação sobre as explosões, dizendo que não tinha jurisdição sobre o caso, mas entregou as evidências descobertas aos investigadores alemães, que ainda não publicaram nenhuma conclusão.

O governo alemão ainda está "muito interessado" em chegar ao fundo do caso, disse um porta-voz em Berlim nesta segunda-feira.

No ano passado, a Alemanha informou ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que havia encontrado vestígios de explosivos submarinos em um iate à vela que pode ter sido usado para transportar os explosivos e que mergulhadores treinados poderiam ter anexado os explosivos aos dutos.

A Rússia e o Ocidente, em conflito por causa da invasão da Ucrânia por Moscou em fevereiro de 2022, têm acusado um ao outro pelas explosões. Ambos negaram qualquer envolvimento e ninguém assumiu a responsabilidade.

O Kremlin disse nesta segunda-feira que a situação em relação às investigações estava "próxima do absurdo".

"Por um lado, há o reconhecimento de sabotagem deliberada, por outro, não há mais progresso", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando que a Dinamarca havia recusado pedidos para fornecer informações sobre sua investigação.

A polícia dinamarquesa disse que estava cooperando com parceiros estrangeiros relevantes e que a investigação conduzida havia sido "complexa e abrangente".

Um porta-voz da polícia se recusou a comentar quando solicitado pela Reuters a explicar por que não havia motivos suficientes para continuar a investigação e com quais autoridades eles haviam compartilhado suas descobertas.

Valor - SP   27/02/2024

O barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril avançou 1,43%, cotado a US$ 77,58, e o do Brent para o mesmo mês subiu 1,11%, a US$ 82,53

O petróleo inverteu o movimento visto no começo da sessão desta segunda-feira (26) e fechou em alta de mais de 1% no mercado futuro, impulsionado por problemas que podem levar a uma oferta insuficiente da commodity, mesmo em um cenário de provável redução da demanda global neste ano.

O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para abril avançou 1,43%, a US$ 77,58. Já o petróleo Brent, a referência global, para o mesmo mês subiu 1,11%, a US$ 82,53 o barril.

Phil Flynn, analista-sênior de mercados da The Price Futures Group, cita como fatores que podem reduzir a oferta global de petróleo os ataques dos rebeldes houthis a um navio-cargueiro britânico; um navio-tanque do Belize que criou uma mancha de óleo em alto-mar e pode afundar junto de sua carga de fertilizantes e protestos em um campo de petróleo na Líbia, que suspenderam as exportações no local e o fluxo de gás natural à Itália.

Crise energética

Flynn também lembra que a produção de petróleo nos Estados Unidos está próxima de seu pico, o que, junto do baixo investimento em combustíveis fósseis, está aumentando as preocupações por uma crise energética. “Isso vem num momento em que os investidores avaliam o impacto de novas sanções dos Estados Unidos à Rússia e como elas vão afetar a oferta global, já que ficará mais difícil para a Índia importar óleo russo”, acrescenta.

Apesar de todos esses fatores e o conflito no Oriente Médio, analistas do Goldman Sachs esperam que o petróleo fique na casa de US$ 70 a US$ 80 durante a maior parte do ano, com uma das menores volatilidades nos preços desta geração. Três pontos sustentam a previsão do banco: o prêmio de risco geopolítico segue modesto; a capacidade elevada da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) limita os preços e uma oferta robusta de países que não fazem parte da Opep.

Na avaliação dos analistas do Goldman, choques geopolíticos que afetem a capacidade de produção da Opep oferecem a maior oportunidade de alta para os preços do petróleo, enquanto cortes mais extensos da Opep+ (sigla que também inclui os países aliados do grupo) representam um risco de alta moderado.

Petro Notícias - SP   27/02/2024

O Grupo Energisa, através da ES-Gás, vai investir R$ 100 milhões no Espírito Santo em 2024, como parte do Plano de Aceleração da Companhia. O investimento, montante 95% superior ao ano anterior, serão aplicados na ampliação na distribuição de gás natural para áreas residenciais, estabelecimentos comerciais, indústrias e postos de combustíveis. O governador do Estado, Renato Casagrande (ao centro na foto principal), declarou: “Foi fundamental privatizar a ES-Gás para termos essa ampliação no desenvolvimento e termos o gás como vetor para a transição energética rumo a descarbonização é um de nossos desejos. Queremos que todos os instrumentos para nosso desenvolvimento sejam potencializados nessa década, pois começamos a ter redução dos nossos incentivos. Ter uma rede que usa o gás natural, e em breve o GNV e o biometano, é uma infraestrutura que nos agrada e vai ser fundamental para nosso desenvolvimento. A ES Gás tem atualmente 82 mil clientes, sendo 100 industriais e o restante clientes residenciais.”

A expansão ocorrerá em diversos municípios, com destaque pra Guarapari, que será o 14º município a receber gás natural no Espírito Santo. Outras cidades contempladas serão Linhares, São Mateus e a região metropolitana da Grande Vitória. No total, serão construídos 58 km de rede, o que representa 12.741 novos clientes beneficiados, um acréscimo de 83% ante o registrado no ano anterior. Em média, a ES Gás ligará mais de 1.000 novos clientes por mês. “Quando o Grupo Energisa chegou ao Espírito Santo, nos comprometemos a trabalhar com planejamento detalhado e a propor planos de aceleração de investimentos ao órgão regulador e ao governo do estado. Com o atual Plano de Aceleração, estamos materializando esse compromisso, com vistas a tonar o estado um hub competitivo para o consumo de gás”, disse Fábio Bertollo (foto à direita), diretor-presidente da ES-Gás.

Outra frente de investimento prevista no Plano de Aceleração é a ampliação do consumo de GNV (gás natural veicular) em veículos leves e pesados. Além do benefício ao motorista, que conta com um combustível competitivo, a ampliação do GNV contribui, decisivamente, para a descarbonização, uma vez que diminui em 20% a emissão de CO² e 90% de materiais particulados. “O compromisso da ES Gás é contribuir para acelerar o desenvolvimento socioeconômico do Espírito Santo através da ampliação da distribuição de gás natural gerando alternativa e maior competitividade para todos os consumidores: para os clientes residenciais, oferecendo melhor qualidade de vida, segurança e comodidade; para os clientes comerciais e industriais, gerando mais rentabilidade e um serviço de maior qualidade; além do reforço do sistema para sustentar o crescimento do consumo de gás natural e de biometano, viabilizando a transição energética das indústrias“, explicou Bertollo.

A ES Gás atuará, ainda, na melhoria da qualidade do serviço prestado, com a revitalização dos ativos, a reestruturação da infraestrutura de apoio operacional, a digitalização e segurança da informação. Veja o perfil desse investimento da ES Gás:
R$ 100 milhões em investimentos em 2024 Mais 58 km de rede de distribuição Mais 12.700 clientes ligados, totalizando 95 mil clientes atendidos Entrada em Guarapari, que será o 14º município atendido pela ES Gás Geração de 100 empregos diretos e mais de 300 indiretos

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