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26 de Junho de 2024

SIDERURGIA

Infomoney - SP   26/06/2024

O cenário de juros elevados – que seguirão em 10,50% ao ano, após a última decisão do Copom – vem obrigando empresas a reduzirem seus níveis de alavancagem (relação entre a dívida líquida e o Ebitda). Esse movimento vem acompanhando de medidas para gerar mais caixa, por parte das empresas, mas que, por outro lado, pode travar planos de investimentos, especialmente no Brasil, diante de um cenário de incertezas.

Esse foi um dos temas de um debate organizado pelo IBEF, Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças, ao qual o InfoMoney participou, em São Paulo, no final da semana passada, que reuniu CFOs de várias grandes companhias brasileiras. Em comum, entre eles, ficou a visão de que a maior preocupação do momento é a forma como as empresas passarão a alocar seu capital no futuro próximo.

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Os juros altos dos últimos anos levaram as empresas a trabalhar para diminuir as suas alavancagens. Com a dívida custando mais, executivos correram para “arrumar” seus balanços, amortizando papéis ou reestruturando os perfis das suas dívidas.

Agora, com o endividamento caindo, os gastos financeiros devem diminuir e o provável é que as empresas passem a anotar gerações de caixa maiores colhendo frutos dessas medidas. Mas as incertezas tornam difícil apontar como o “dinheiro extra” será gasto.
Desalavancagem gera oportunidades, mas também “dor de cabeça”

“A gente tá com um processo de desalavancagem muito rápido. E aí mudam as prioridades. Começamos a pensar já em alocação de Capital: o que que a gente vai fazer com excesso de caixa?”, disse Guilherme Cavalcanti, CFO da JBS (JBSS3).

No último ano, a alavancagem do frigorífico, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), espécie de “lucro operacional”, saiu de um múltiplo de 3,7 vezes para 3,13 vezes.

A JBS, no entanto, pontua enxergar a possibilidade de um período positivo para M&As (fusões e aquisições, na sigla em inglês), no futuro próximo.

“Anos atrás a gente queria vários artigos de M&A, mas não aceitamos pagar determinados valores exercendo uma disciplina de Capital. Os privates equities estavam pagando múltiplos absurdos, já que, por conta dos juros baixos, eles captavam de forma muito barata”, contextualiza Cavalcanti. “Agora estamos vendo um movimento inverso, com os investidores pressionando os privates equities para venderem ativos e levarem investimento para a renda fixa”.

Rafael Japur, CFO da Gerdau (GGBR4), foi em uma linha parecida, falando sobre questões como os juros altos nos Estados Unidos e a insegurança jurídica vista no Brasil. O último ano da Gerdau também foi marcado por uma redução da dívida, com o número líquido saindo de R$ 6,4 bilhões em março de 2023 para R$ 5,1 bilhões no mesmo mês deste ano.

“A mudança tributária é um aspecto muito relevante da tomada de decisão quando a gente pensa em alocação de capital”, comentou. “A reforma [tributária] é bem-vinda, mas teremos um longo período de transição. Fora isso, queremos saber se quando ela sair, a gente vai seguir tendo novidades todas as semanas ou a gente não vai ter mais nenhuma novidade até 2032? Infelizmente, acho que este não será o caso”.

Insegurança pode levar investimentos para fora do país

Recentemente, alguns setores tiveram surpresas de um dia para o outro. A MP das compensações, instalada pelo governo na tentativa de aumentar sua arrecadação, por exemplo, foi criticada por tentar cortar benefícios que as companhias tinham, com impacto direto sobre os balanços financeiros. A Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) já havia sinalizado que a mudança poderia gerar uma fuga de investimentos do Brasil.

A própria Gerdau, apesar de continuar “otimista e construtiva com o Brasil”, de acordo com o executivo, não descarta olhar mais para fora quando o assunto for novos investimentos — principalmente para os Estados Unidos, onde já tem plantas. “Os EUA tinham alíquotas maiores que o Brasil, mas hoje em dia a situação é absolutamente a contrária”, pondera.

Por fim, o CFO da Cosan, Rodrigo Araújo, também defendeu que a empresa, agora, sofre pelo momento de volatilidade, principalmente no que tange as taxas de juros.

“Sete meses atrás, a gente estava discutindo uma taxa terminal para a Selic de 8% ou 8,5%. Estávamos discutindo se o câmbio cairia além dos R$ 4,80. Passado sete meses, a discussão sobre o câmbio é se atingirá R$ 5,50 ou se chegará a R$ 6. Se a Selic terminal vai ser de 10,5% ou se ainda sobe para 10,75%”, expôs.

“No caso da Cosan, com um grupo bastante diversificado, estamos falando de uma agenda de capex de mais de R$ 20 bilhões. Nessa patamar, qualquer 10 ou 20 pontos-base (de juros), para um lado ou para o outro impacta muito”, explicou Araujo.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   26/06/2024

O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira, 25, que a autoridade monetária não tem de discutir a meta de inflação, atualmente fixada em 3% ao ano, e que precisa ter segurança de que os juros estão em patamar restritivo o suficiente para a convergência da inflação.

“A função do BC não é ser tomador de risco, é ser mais cauteloso e ter alguma segurança de que a taxa de juros está no patamar restritivo o suficiente para colocar a inflação na meta”, disse durante evento promovido pela Warren Investimentos sobre a condução da política monetária em ambiente mais adverso.

Galípolo reiterou que, na política monetária, nada será usado como pretexto para se esquivar de perseguir a meta. “De maneira alguma vai se usar o fiscal como muleta ou desculpa para que não se persiga a meta de inflação”, disse.

Ele pontuou que há fatores que o BC não pode controlar e que impactam a inflação e as expectativas. “Você pode atingir a meta com mais custo ou menos custo, a depender desses fatores. O fato é que o Banco Central tem ferramentas para perseguir e atingir a meta e ele vai utilizá-las”, disse.

Ele afirmou que a condução da política fiscal já surgia no debate da autoridade monetária quanto se discutiam os cortes de 0,5 ponto porcentual na taxa Selic. “O que a gente vem assistindo é que temos uma dissonância entre como vem se apresentando a inflação corrente e como vem se apresentando as expectativas”, disse.

Galípolo comentou que a vivência que teve nos seis meses em que foi secretário-executivo do Ministério da Fazenda foi ver como a realidade política se impõe. “Na posição em que estou, de diretor de política monetária, tento evitar comentar a política fiscal”, disse. Uma das razões é institucional, de respeitar os limites de cada órgão, segundo ele.

O diretor entende que cabe ao BC, e que a autoridade monetária vem fazendo isso, reafirmar o que é o arcabouço legal e institucional da política monetária no País. “Cabe ao poder democraticamente eleito estabelecer meta de inflação para a autoridade monetária, que é o Banco Central. Cabe ao BC colocar a taxa de juros num patamar restritivo pelo tempo suficiente para atingir meta. É disso que se trata”, disse.

“A pergunta para mim é: se as coisas piorarem, o Banco Central vai agir? Sim, com certeza. E se as coisas melhorarem, o Banco Central vai reagir? Sim, também. Deixar as coisas em aberto já é uma linha que determina isso”, pontuou. Ele reiterou que, se o ambiente demandar a manutenção dos juros, eles serão mantidos. Caso a exigência seja por elevação dos juros, eles serão elevados. Por fim, se houver necessidade de corte de juros, eles serão reduzidos.

Segundo Galípolo, com o mercado de trabalho mais apertado, o processo de desinflação pode ser mais lento. Além disso, discussões que entraram na ata do Comitê de Política Monetária (Copom), como o patamar do juro neutro e hiato do produto, são discussões globais, não restritas ao Brasil.

Ele avaliou que o relatório Focus é uma ferramenta “ultra-relevante” para guiar a política monetária, e que o BC, em sua institucionalidade, sabe consumir a pesquisa e avaliar eventuais dissonâncias.
Ata do Copom

O diretor do BC afirmou que o Copom usou a palavra interrupção para posicionar o colegiado em relação ao ciclo de juros para deixar o cenário aberto, sem fixar uma guidance (orientação).

Ele afirmou que se ateria o máximo possível à comunicação oficial, com o que saiu no comunicado ou ata, porque qualquer fala dissonante seria interpretada como um deslize e tanto ata quanto comunicado representavam plenamente o que estava em sua cabeça.

“A palavra que usamos é interrupção, mas claramente não queremos fazer nenhum guidance a frente. Usamos a palavra interrupção, mas vamos deixar aberto para ver como as coisas vão se desdobrar”, disse ao ser questionado se o ciclo de corte de juros havia sido interrompido ou encerrado.

Galípolo disse que, desde o Copom de maio, em que houve a divisão do colegiado, ele vinha afirmando que o tempo jogaria a favor do BC e que não havia divergências sobre o diagnóstico de cenário. “A ata é uma reafirmação e corroboração nesse sentido da coesão que temos aqui dentro, do que está acontecendo no BC”, disse.

Segundo ele, o BC tenta ser transparente com o mercado em relação ao que está se observando, e o foco em expectativas é um dos elementos que mais incomoda. Ele ponderou que não pode falar em nome dos demais diretores, mas que sente que esse incômodo sobre a desancoragem afeta a todos.

“Passamos, no último ciclo, a dar mais ênfase à desancoragem das expectativas”, disse. Ele explicou que a desancoragem das expectativas não é o único elemento que fundamenta a interrupção do ciclo de corte de juros. “Tivemos uma mudança bastante acentuada no cenário de câmbio, do ponto de vista de inflação implícita, de taxa de juros longa, de demonstração de economia com dinamismo mais resiliente. Todos esses elementos juntos fundamentaram isso”, disse.

Em sua avaliação, a partir da reprecificação da política monetária dos Estados Unidos, foi observado em vários pares a elevação dos prêmios de risco. O que colocava o Brasil em situação delicada era a continuidade da desancoragem das expectativas mesmo com elevação da taxa de juros terminal.
Coesão entre os diretores

O diretor do BC afirmou ainda que existe “coesão” entre os membros do Copom. Na avaliação dele, a unidade nas avaliações vai ficar mais clara à medida que o tempo passar. “Com o tempo, vai ficar cada vez mais claro que existe essa coesão, que é própria de quem está submetido aos mesmos dados o tempo todo, debatendo e em um ambiente de muita honestidade intelectual”, disse.

Galípolo defendeu que o consenso é importante porque a chance de os nove membros do Copom errarem é menor do que de um diretor errar sozinho. Mesmo assim, disse considerar importante que cada um dos membros vote de forma coerente com o que acredita, e que o consenso “não vire um escudo” para evitar críticas.

“Quando eu entrar numa reunião do Copom pensando que vou fazer isso ou aquilo com receio de tomar críticas de A ou de B, eu vou começar a empilhar decisões equivocadas e vou ter muita dificuldade”, disse. “Ser criticado ou não ser criticado não é uma opção, a gente não controla isso. A única coisa que a gente controla é ter a coerência para poder ter paz de espírito e fazer aquilo que a gente realmente acredita.”

O diretor acrescentou que as reuniões do Copom se dão em ambiente tranquilo e que isso foi verdade mesmo no encontro de maio, quando houve uma divisão dos membros. Ele lembrou que a divergência entre um corte de 0,5 ou 0,25 ponto porcentual ocorreu no intervalo de confiança dos modelos.

Galípolo ainda acrescentou que, embora tivesse votado por um corte de 0,5 ponto porcentual na Selic em maio, defendeu os méritos dos diretores que votaram por um corte menor, de 0,25 ponto. Também fez um elogio à equipe técnica do BC e ao diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, dizendo que os dados compilados por eles dão “muita segurança” na hora de definir os juros.

IstoÉ Dinheiro - SP   26/06/2024

A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira (25) pelo Banco Central (BC), reforça a interrupção, não o fim definitivo dos cortes de juros, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o ministro, o documento não apresenta divergências com o comunicado divulgado após a decisão da semana passada, quando o BC manteve a taxa Selic, juros básicos da economia, em 10,5% ao ano.

“Dei uma passada de olho agora pela manhã e penso que a ata está muito aderente ao comunicado, não tem nada de muito diferente do comunicado, o que é bom”, declarou Haddad ao chegar ao Ministério da Fazenda. “A ata transmite uma ideia de que está havendo uma interrupção [no ciclo de cortes da Selic] para avaliar os cenários externo e interno”, acrescentou.

Em tom cauteloso, o documento informou que a “a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente, em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”. Embora não tenha mencionado diretamente a possibilidade de aumento de juros, a ata ressaltou que eventuais ajustes futuros na Selic serão ditados pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

Apesar de parte do mercado financeiro ter interpretado que a ata abre a possibilidade para eventuais elevações dos juros, Haddad disse que o documento enfatiza a pausa nos cortes, para uma tomada de decisões com base em novos dados da economia. “Eventuais ajustes se forem necessários sempre vão acontecer, né? O que é importante frisar é que a diretoria fala em interrupção do ciclo, me parece que essa é uma diferença importante a ser salientada”, destacou.

Nesta quarta-feira (26), o Conselho Monetário Nacional (CMN) decide a meta de inflação de 2027, com a possibilidade de revisar as metas de 2025 e 2026. Perguntado se a subida da inflação atual poderá se refletir em alguma mudança nas metas já estabelecidas, Haddad disse que, no momento, há uma pequena pressão inflacionária de curto prazo provocada pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

“O horizonte do Banco Central é de médio e longo prazo. Não faz muito sentido levar em consideração o que está acontecendo em função do Rio Grande do Sul para fins de política monetária porque o juro de hoje está afetando de 12 a 18 meses para a frente”, declarou.

Globo Online - RJ   26/06/2024

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil a ser formado por uma maioria de diretores indicados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a partir de 2025 — o que inclui o sucessor do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — deve manter os juros inalterados pelos primeiros seis meses, de acordo com analistas do Bradesco.

O atual diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, é visto como o provável indicado pelo presidente Lula para assumir a presidência do BC a partir de 2025. Ex-braço-direito do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ele deixa dúvidas no mercado sobre sua capacidade de resistir às pressões do presidente da República por uma redução mais rápida nos juros para favorecer o crescimento da economia.

Mas, para os analistas do Bradesco, o BC não poderá cortar juros até o fim do primeiro semestre do ano que vem. O banco vê os juros parados no atual nível de 10,5% até a segunda metade do ano que vem, quando devem voltar a cair até 9,5%.

Para Myriã Bast, superintendente de Pesquisas Econômicas da instituição, a nova composição do comitê deve segurar a taxa Selic no primeiro semestre, o que ajudará a inflação a convergir para o objetivo do BC e dará “novos sinais claros de comprometimento com o regime de metas”.

A redução dos ruídos com a volta do consenso ao Copom deve ajudar a ancorar as expectativas e abrir espaço para o Banco Central cortar os juros em meados de 2025. Com essa combinação de juro restritivo por mais tempo e ganho de credibilidade, “vemos espaço para corte”, disse à agência Bloomberg.

Sem bala de prata

O banco espera que a inflação atinja 3,8% no final de 2024 e 3,1% no fim de 2025. A economista afirma que os cortes devem acontecer mesmo em um cenário-base de piora gradual da dívida pública — e diz que não há mais “bala de prata” para resolver a situação fiscal.

Sem uma grande reforma, como a da Previdência, que promova um impacto significativo e rápido nas contas, a alternativa para o fiscal passará por soluções de difícil aprovação e aceitação, como corte de gastos e aumento de receita, disse ela.

Para Myriã, a decisão unânime do BC, assim como o cenário alternativo do Copom que indicou inflação na meta com juro inalterado, foi uma forma de acalmar as expectativas e colocar “panos quentes” na discussão de alta de juros — já embutidos nos contratos futuros para este ano.

Após a decisão do Copom, a curva de juros reduziu as apostas em um ciclo de aperto neste ano. A precificação extraída das taxas do contrato de juros futuros negociados na B3 aponta para uma elevação de 0,50 ponto percentual da Selic até o fim do ano. Antes da reunião do comitê, os operadores se posicionavam para uma alta de 0,75 ponto percentual do juro básico.

O caminho para uma melhora mais consistente das expectativas de inflação, contudo, passa por uma série de fatores além da diminuição do ruído sobre a política monetária, disse Myriã.

Segundo ela, também é necessário uma melhora do ambiente externo, com o corte nos juros americanos, a publicação do decreto da meta contínua, a divulgação do novo comando do BC e o detalhamento de medidas de corte de despesas pelo governo.

Infomoney - SP   26/06/2024

O dólar continua sendo a principal moeda de reserva do mundo, e nem o euro nem os países do Brics conseguiram reduzir a dependência global da divisa norte-americana, segundo um novo estudo do Centro Geoeconômico do Atlantic Council.

Segundo o estudo intitulado “Dollar Dominance Monitor” (“Monitor do Domínio do Dólar), o dólar continua a dominar as reservas estrangeiras, o faturamento comercial e as transações monetárias em todo o mundo, e seu papel como a principal moeda de reserva global está garantido a curto e médio prazo.

A dominância do dólar — o papel desproporcional do dólar norte-americano na economia mundial — foi fortalecida recentemente devido à economia robusta dos Estados Unidos, à política monetária mais rígida e ao aumento dos riscos geopolíticos, mesmo que a fragmentação econômica tenha fortalecido a pressão dos países do Brics para que adotem outras moedas internacionais e de reserva.

O relatório do Atlantic Council diz que as sanções ocidentais contra a Rússia, impostas pelo G7 – os sete países de economia mais avançada – após a invasão da Ucrânia por Moscou, aceleraram os esforços dos países do Brics para desenvolver uma união monetária, mas o grupo não conseguiu progredir em seus esforços de desdolarização.

O Brics é uma organização intergovernamental composta por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Egito, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.

O conselho informou que o Sistema de Pagamento Interbancário Transfronteiriço (CIPS) da China adicionou 62 participantes diretos nos 12 meses até maio de 2024, um aumento de 78%, elevando o total para 142 participantes diretos e 1.394 participantes indiretos.

As negociações em torno de um sistema de pagamento intra-Brics ainda estavam nos estágios iniciais, mas acordos bilaterais e multilaterais dentro do grupo poderiam formar a base para uma plataforma de câmbio ao longo do tempo. Entretanto, esses acordos não eram facilmente escalonáveis, pois eram negociados individualmente, segundo o relatório.

O estudo observa que a China tem apoiado ativamente a liquidez do yuan por meio de linhas de swap com seus parceiros comerciais, mas a participação da moeda chinesa nas reservas globais de moeda estrangeira caiu para 2,3% em relação ao pico de 2,8% em 2022.

“Isso possivelmente se deve à preocupação dos gerentes de reservas com a economia da China, à posição de Pequim na guerra Rússia-Ucrânia e a uma possível invasão chinesa de Taiwan, contribuindo para a percepção do renminbi (como o yuan é oficialmente chamado na China) como uma moeda de reserva geopoliticamente arriscada”, disse o relatório.

O Estado de S.Paulo - SP   26/06/2024

A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 202,979 bilhões em maio de 2024, uma alta real (descontada a inflação) de 10,46% na comparação com o resultado de maio de 2023, quando o recolhimento de tributos somou R$ 176,812 bilhões, a preços correntes.

Em relação a abril, quando o montante foi de R$ 228,873 bilhões, a arrecadação caiu 11,72%, em termos reais. Segundo a Receita, o resultado de maio, em termos reais, é o melhor da série histórica, iniciada em 1995.

O resultado das receitas veio em linha com a mediana de R$ 202,3 bilhões das expectativas das instituições ouvidas pelo Estadão/Broadcast. O dado ficou no intervalo de projeções, que ia de R$ 190,30 bilhões a R$ 214,21 bilhões.

O Fisco destacou que houve uma melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins em razão, entre outros aspectos, do retorno da tributação incidente sobre os combustíveis, além do crescimento da arrecadação da Contribuição Previdenciária e do IRRF-Trabalho em função do crescimento da massa salarial.

Outro destaque positivo foram os recolhimentos, em maio, de aproximadamente R$ 7,2 bilhões a título de atualização de bens e direitos no exterior, resultado da aprovação da lei que introduziu novas regras para a tributação de fundos fechados e offshore.

A Receita também pontuou em sua apresentação os efeitos do diferimento de tributos federais em razão de decretação de calamidade pública no Rio Grande do Sul. Segundo o órgão, a calamidade no Estado teve um efeito negativo de R$ 4,4 bilhões na arrecadação.

Nos cinco primeiros meses de 2024, a arrecadação federal somou R$ 1,090 trilhão. Segundo a Receita, esse também é o melhor resultado para o período na série histórica iniciada em 1995. O montante representa um aumento real de 8,72% na comparação com os cinco primeiros meses de 2023.

Para os cinco primeiros meses do ano, o Fisco ressaltou que houve um crescimento da arrecadação do IRRF Capital também em decorrência da nova lei sobre os fundos de investimentos, além de uma melhora no desempenho da arrecadação do PIS/Cofins em razão da tributação dos combustíveis. O aumento das alíquotas médias do Imposto de Importação e do IPI vinculado à Importação foi igualmente destacado pela Receita nos efeitos da arrecadação de janeiro a maio.

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, avaliou que o crescimento da arrecadação registrada em maio e no ano é explicada por indicadores econômicos positivos, que têm resultado num desempenho melhor dos tributos recolhidos pelas empresas.

Em apresentação sobre os dados da arrecadação do mês passado, Malaquias destacou, por exemplo, dados de avanço da produção industrial, da venda de bens, de serviços e da massa salarial. Este último avançou 16,02% em abril, em relação ao mesmo mês do ano passado.

“Indicadores positivos já sinalizam, dão uma explicação para o crescimento da arrecadação ante o ano passado, com uma trajetória também crescente de redução do número de desemprego”, apontou o auditor fiscal em entrevista à imprensa.

Malaquias também avaliou que, mesmo expurgando fatores não recorrentes, a alta da arrecadação em maio ainda seria relevante, de 7,14% ante o mesmo mês do ano passado.
Impacto negativo do RS

Malaquias disse ainda que o impacto negativo de R$ 4,4 bilhões na arrecadação federal de maio em razão da calamidade no Rio Grande do Sul é uma estimativa que considera uma série de fatores. Entre eles, está o diferimento de tributos, pelo prazo de dois meses, e de um mês para quem está no Simples. Além desse benefício, a arrecadação também pode registrar perdas na entrada de receitas, pelo prejuízo à economia gerado pelas enchentes.

“Não conseguimos isolar os efeitos. É um concurso de efeitos”, disse Malaquias. Ele destacou que parte desse impacto negativo ainda pode ser recuperado após o prazo de diferimento dos tributos, mas que parte será de fato perdido pelo efeito das chuvas na atividade econômica do Estado e do País.

IstoÉ Dinheiro - SP   26/06/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva validou, nesta terça-feira, 25, o decreto que altera o regime de meta de inflação anual para o modelo de meta contínua a partir de 2025, com alvo em 3%, segundo o Estadão/Broadcast. A decisão deve ser publicada nesta quarta-feira, 26, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

A validação do chefe do Executivo ocorreu na tarde desta terça, durante reunião com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e a ministra interina da Casa Civil, Miriam Belchior, no Palácio do Planalto. O encontro também contou com a presença do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que não constava na agenda de Lula.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, a previsão é que o decreto seja publicado antes da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), para que o colegiado possa fixar a meta de inflação em 3%. O encontro do CMN está marcado para esta quarta-feira, 26, das 15h às 17h. O colegiado é um órgão formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do Banco Central. Tradicionalmente as decisões são divulgados após as 18h.

Em junho do ano passado, Haddad anunciou que publicaria o decreto, mas isso não foi feito até o momento. Se a nova regulamentação da meta contínua não for publicada até a reunião do CMN, o conselho precisará definir a meta de inflação anual para 2027.

No começo de junho, o ministro da Fazenda confirmou que o decreto da meta contínua seria conhecido até o fim deste mês. A informação havia sido adiantada ao Estadão/Broadcast pelo secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.
O que muda na meta de inflação

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Em junho do ano passado, Haddad anunciou em reunião do CMN a alteração do regime de metas de inflação do país do sistema de ano-calendário (de janeiro a dezembro), que vigora desde 1999, para contínua. O órgão também fixou o alvo a ser perseguido a partir de 2025 em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto porcentual.

O CMN, que reúne os ministros da Fazenda e do Planejamento e também o presidente do Banco Central, define, periodicamente, uma meta para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o ano. Cabe ao Banco Central perseguir essa meta, usando os instrumentos de política monetária ao seu alcance – sendo a taxa de juros (Selic) o principal deles.

Quando a meta não é cumprida, o presidente do BC precisa enviar uma carta ao ministro da Fazenda se justificando pelo descumprimento.

Até agora, a meta de inflação era válida para o ano-calendário. Ou seja, o que importava era que estivesse dentro da meta em 31 de dezembro, mesmo que ficasse fora durante todo o ano.

A partir de 2025, quando o Banco Central terá um novo presidente, essa meta passará a ser contínua, como já ocorre na maioria dos países que adotam o sistema de metas de inflação. Isso significa que o BC terá de olhar permanentemente para a meta, e não apenas para o resultado no fim do ano.

Para os especialistas, a mudança para a meta contínua pode ajudar o Banco Central a administrar choques inflacionários. Entre março de 2021 e agosto de 2022, por exemplo, o Copom elevou os juros de 2% ao ano para o atual patamar de 13,75% ao ano para tentar combater o aumento da inflação em função dos choques provocados pela pandemia. “Essa mudança ajuda a ter uma volatilidade menor na taxa de juros, porque o BC passa a olhar sempre para um horizonte constante. Não precisa fazer movimentos fortes”, afirma Rafaela Vitória, economista-chefe do banco do Inter.

Outro ponto destacado é o de que o novo regime reduz o risco de populismo econômico. Para deixar a inflação nos limites estabelecidos pela meta no fim do ano, muitos governantes optavam por segurar tarifas de transporte público, preços de combustíveis e de energia elétrica.

IstoÉ Dinheiro - SP   26/06/2024

A reancoragem das expectativas de inflação é vista pela diretoria do Banco Central como elemento essencial para assegurar a convergência da inflação para a meta, mostrou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em que foi tomada a decisão de interromper a sequência de cortes na taxa básica de juros.

No documento divulgado nesta terça-feira, 25, o BC também informou que elevou marginalmente a hipótese de taxa de juros real neutra em seus modelos, de 4,5% para 4,75%.

“O Comitê unanimemente avalia que se deve perseguir a reancoragem das expectativas de inflação independentemente de quais sejam as fontes por trás da desancoragem”, disse o BC no documento.

O Copom ainda reiterou que o ambiente global incerto e cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação de projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela.

Na última quarta-feira, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, em decisão unânime de sua diretoria para interromper o ciclo de afrouxamento monetário iniciado em agosto do ano passado.

“O comitê avaliou que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, diz a ata.
Copom debate juros neutros mais altos

O BC reforçou, por meio da ata, que eventuais ajustes futuros na Selic serão ditados pelo “firme compromisso de convergência da inflação à meta.”

“O comitê avaliou que a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, diz a ata.

Segundo o Copom, o comportamento do mercado de trabalho e da atividade doméstica têm surpreendido e divergido da desaceleração esperada. Isso é verdade especialmente para consumo das famílias, disse o comitê. Além disso, o aumento das expectativas de inflação também é um fator de preocupação.

Além de elevar a hipótese dos juros neutros a 4,75%, o Copom também debateu cenários com taxa neutra entre 4,5% e 5%, “uma vez que muitos modelos apresentados indicam valores nesse intervalo”.

“Em função da incerteza intrínseca e da própria natureza da variável, o Comitê reforçou que a taxa neutra não é uma variável que deve ser atualizada em frequência alta e que tampouco deveria ter movimentos abruptos, salvo em casos excepcionais”, afirmou.

MINERAÇÃO

IstoÉ Online - SP   26/06/2024

A S&P Global Ratings atribuiu rating “BBB-” para a proposta de emissão de bonds sênior da Vale Overseas com vencimento em 2054. Os bonds são garantidos pela Vale e emitidos pelo braço financeiro da empresa brasileira de mineração.

A S&P afirma que a transação deve ter peso neutro na alavancagem da companhia.

Os recursos serão utilizados para financiar a recompra dos bonds com vencimento em 2036, 2039 e 2034 até um valor máximo total de principal de US$ 500 milhões. Parte dos recursos levantados também será direcionado para propósitos corporativos.

Segundo a agência de classificação de risco, a Vale segue reportando métricas financeiras sólidas, como a relação entre a dívida e o Ebitda inferior a 2 vezes, apesar da volatilidade nos preços do minério de ferro e os investimentos que continuam sendo feitos para elevar volumes.

Globo Online - RJ   26/06/2024

O Banco Central divulgou nesta terça-feira a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) da semana passada, que manteve a taxa Selic em 10,50% ao ano. Na ocasião, todos os nove membros do colegiado votaram pela interrupção do ciclo de corte da taxa Selic, após sete quedas consecutivas dos juros, afastando temores sobre o compromisso do BC com o controle da inflação.

O consenso colocou lado a lado o presidente do BC, Roberto Campos Neto, considerado um “adversário” pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e Gabriel Galípolo, visto como favorito do petista para o cargo em 2025. Na reunião anterior, em maio, o racha entre os quatro diretores indicados por Lula e os cinco que já estavam no comitê na gestão Jair Bolsonaro teve impacto negativo nos ativos brasileiros, como o dólar.

A decisão de interromper o ciclo foi justificada pela incerteza em relação ao cenário global, principalmente sobre os juros dos Estados Unidos, e doméstico, em que a atividade econômica se mostra mais forte do que o esperado e as expectativas de inflação estão acima da meta de 3,0%.

“O Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela”, justificou o Copom no comunicado.

Com a unanimidade, o Copom resgatou parte de sua credibilidade, especialmente após declarações de Lula de que a única coisa “desajustada” no país era o BC e de que não havia razão para a taxa de juros estar no patamar atual. A dúvida maior era sobre alguma influência de Lula nos votos dos quatro diretores escolhidos por ele, especialmente de Galípolo, que está em situação delicada entre o petista e o mercado até ser confirmado na presidência do BC. Após o encontro do Copom, Lula disse que a decisão foi “sem critério”.

Além da unanimidade, contou para acalmar os ânimos uma indicação indireta do Copom de que os juros devem ficar estáveis por um período longo de tempo. No comunicado sobre a decisão, o colegiado introduziu um cenário alternativo para a inflação que considera que a Selic fique estável até o fim de 2025. Nesse caso, a projeção de inflação do BC para o ano que vem fica em 3,1%, próximo do centro da meta de 3,0%.

Já no cenário de referência, que considera a estimativa de Selic do Boletim Focus, que volta a cair no ano que vem até 9,50%, a projeção de inflação fica em 3,4%. Atualmente, o BC foca integralmente no ano de 2025 no trabalho de convergência inflacionária.

Em relação às contas públicas, o BC disse no comunicado da semana passada que “monitora com atenção” os desenvolvimentos recentes da política fiscal que impactam a política monetária e os ativos financeiros. A condução das contas públicas pelo governo Lula está sob intenso escrutínio desde a mudança das metas fiscais dos próximos anos, em meados de abril. Mais recentemente, cresceram os receios sobre a sustentabilidade do arcabouço fiscal diante da dificuldade do governo de cortar gastos.

“O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, disse no comunicado.

Máquinas e Equipamentos

Auto Data - SP   26/06/2024

A indústria de máquinas autopropulsadas encara momentos diferentes em 2024: enquanto o segmento de equipamentos para construção está desfrutando de uma alta demanda, com previsão de vendas de 31 mil a 34 mil máquinas no ano, a expectativa do segmento agrícola é de retração nas vendas em torno de 18% na comparação com 2023, quando foram vendidas 61 mil unidades. A situação do setor foi debatida por Carlo Martorano, vice-presidente de compras da AGCO, e Carlos França, responsável pela Case Construction na América Latina, durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2024.

França disse que para a linha amarela um mercado acima de 30 mil unidades no ano deve ser sempre celebrado, pois é um resultado muito bom: “O mercado ficará estável, com uma pequena variação de 1% para cima ou para baixo”.

O executivo acredita que o mercado brasileiro vive um bom momento e tem perspectivas positivas para os próximos anos, arriscando uma projeção de crescimento de 5% para 2025 sobre 2024. A expansão se mostra cada vez mais sustentável, segundo França, que ressaltou que no Brasil ainda existe muito trabalho de infraestrutura que demandarão máquinas de construção.

Martorano afirmou que em máquinas agrícolas empresa trabalha com base na projeção da Abimaq, que é de recuo de 18% nas vendas na comparação com 2023, sendo que a projeção inicial era de 11%. O que pode ajudar o setor no segundo semestre é o anúncio do novo Plano Safra, que deverá acontecer nos próximos dias, com valor de cerca de R$ 500 bilhões:

“É um ponto muito importante que precisa sair, pois já está atrasado há quase um mês, e isso retarda a decisão de investimento dos agricultores, que aguardam para saber as condições e os valores que serão liberados”.

São Paulo – A indústria de máquinas autopropulsadas encara momentos diferentes em 2024: enquanto o segmento de equipamentos para construção está desfrutando de uma alta demanda, com previsão de vendas de 31 mil a 34 mil máquinas no ano, a expectativa do segmento agrícola é de retração nas vendas em torno de 18% na comparação com 2023, quando foram vendidas 61 mil unidades. A situação do setor foi debatida por Carlo Martorano, vice-presidente de compras da AGCO, e Carlos França, responsável pela Case Construction na América Latina, durante o Seminário AutoData Revisão das Perspectivas 2024.

França disse que para a linha amarela um mercado acima de 30 mil unidades no ano deve ser sempre celebrado, pois é um resultado muito bom: “O mercado ficará estável, com uma pequena variação de 1% para cima ou para baixo”.

O executivo acredita que o mercado brasileiro vive um bom momento e tem perspectivas positivas para os próximos anos, arriscando uma projeção de crescimento de 5% para 2025 sobre 2024. A expansão se mostra cada vez mais sustentável, segundo França, que ressaltou que no Brasil ainda existe muito trabalho de infraestrutura que demandarão máquinas de construção.

Martorano afirmou que em máquinas agrícolas empresa trabalha com base na projeção da Abimaq, que é de recuo de 18% nas vendas na comparação com 2023, sendo que a projeção inicial era de 11%. O que pode ajudar o setor no segundo semestre é o anúncio do novo Plano Safra, que deverá acontecer nos próximos dias, com valor de cerca de R$ 500 bilhões:

“É um ponto muito importante que precisa sair, pois já está atrasado há quase um mês, e isso retarda a decisão de investimento dos agricultores, que aguardam para saber as condições e os valores que serão liberados”.

AUTOMOTIVO

Investing - SP   26/06/2024

A montadora alemã Volkswagen (ETR:VOWG) investirá até 5 bilhões de dólares na fabricante norte-americana de veículos elétricos Rivian (NASDAQ:RIVN) como parte de uma nova joint venture igualmente controlada para compartilhar arquitetura e software de veículos elétricos, anunciaram as empresas nesta terça-feira.

As ações da Rivian saltavam 22% nas negociações pós-mercado.

A parceria ajudará a Volkswagen a acelerar seus planos de desenvolver veículos definidos por software (SDV), com a Rivian licenciando seus direitos de propriedade intelectual existentes para a joint venture.

Enquanto as startups de veículos elétricos têm enfrentado uma desaceleração na demanda em meio às altas taxas de juros e a menos capital, as montadoras tradicionais têm tido dificuldades para construir veículos movidos a bateria e software avançado.

O Estado de S.Paulo - SP   26/06/2024

Ainda pouco conhecidas do público brasileiro, montadoras chinesas que chegaram ao País com a promessa de carros menos poluentes estão indo aos shopping centers para tornarem suas marcas populares por aqui. Em uma estratégia diferente das montadoras ocidentais – que, em centros de compra, costumam ter no máximo estandes nos corredores –, elas estão apostando no formato tradicional de lojas.

“A ideia é estar onde o cliente está. Somos uma marca totalmente nova, com tecnologia nova. Não adiantava a gente chegar aqui, montar uma concessionária e correr o risco de não ter fluxo de cliente porque ninguém conhece a marca”, diz o diretor de vendas e desenvolvimento de rede da GWM, Alexandre Oliveira.

Hoje focada em carros híbridos plug-in (com dois motores, um a combustão e outro elétrico, que pode receber carga pela tomada), a GWM abriu sua primeira unidade em shopping há pouco mais de um ano. Hoje, tem 23 lojas desse modelo e 47 concessionárias de rua no País, além de três estandes em corredores de centros comerciais. Sua concorrente, a BYD, que tem no veículo 100% elétrico seu principal produto, tem hoje seis unidades permanentes em shoppings e 19 temporárias, além de 78 pontos de rua.

Na GWM, a ideia inicial era usar os pontos em shoppings – sejam lojas ou estandes em corredores – como ferramenta de marketing. Os estandes, porém, não se mostraram tão eficientes. A empresa chegou a ter dez unidades do tipo; agora são três, mas elas também devem ser fechadas.

“O carro em exposição no corredor invade o fluxo do shopping. Ali, tem gente interessada em carro e gente não interessada. Já quem entra na loja está predisposto a saber do produto. É um público mais qualitativo para o negócio”, acrescenta Oliveira. O executivo afirma também que, nos estandes, os consumidores não tinham tempo para conhecer os detalhes dos veículos, diferentemente do que acontece nas lojas.

Apesar de estarem em shoppings, as lojas permitem que as marcas ofereçam test drive (o veículo fica no estacionamento) e serviço de avaliação do valor do carro usado, se ele for entrar no negócio. Segundo Oliveira, a GWM aguarda a liberação de espaço em shoppings considerados estratégicos para abrir novas unidades.

Se os resultados dos estandes como instrumento de marketing foram decepcionantes, os das lojas de shoppings como ponto de venda têm sido positivos, na avaliação de Oliveira. Em média, elas comercializam 30 veículos por mês. Nas concessionárias de rua, esse número é 30% maior, mas esse modelo de loja é também mais caro.

De acordo com a GWM, uma concessionária padrão tem um custo 70% mais alto que a loja de shopping e leva 120 dias para ficar pronta. Nos centros de compras, são 60 dias de obra. “Essas lojas de shoppings tiveram um efeito surpreendente tanto na questão de fluxo de cliente como de comercialização”, diz o executivo.

Sócio da consultoria especializada em mercado automotivo Bright, Cássio Pagliarini, porém, não vê nas lojas de shopping um grande potencial como canal de vendas. “É um investimento publicitário. Se tivessem resultado positivo de vendas, todas as montadoras teriam esse tipo de loja. Mas é uma estratégia certíssima para o momento que essas empresas (BYD e GWM) estão passando. É uma iniciativa inteligente para um momento de lançamento (de marca).”

Pagliarini pondera que as lojas de shoppings não têm espaço para as montadoras mostrarem todos os seus modelos. Mas lembra que muitas vezes elas contornam isso com o uso de ferramentas digitais. Afirma também que os pontos nos centros de compra podem ter um fluxo contínuo de clientes, mas inferior ao das concessionárias nos sábados, dias em que as vendas de carros costumam se concentrar.

A GWM e BYD são hoje a 13ª e a 10ª marca com maior volume de vendas no País. No acumulado do ano até maio, 9.989 carros da GWM foram emplacados no Brasil, o que corresponde a 1,5% do total. Da BYD, foram 27.132, ou 4%. No mesmo período do ano passado, os números de vendas da GWM eram 1.193 (0,20%) e da BYD, 1.228 (0,21%).

Auto Industria - SP   26/06/2024

A Anfavea não está satisfeita com o nível de proteção da produção nacional propiciada pelo aumento escalonado do imposto de importação sobre veículos elétricos e híbridos.

Nesta terça-feira, 25,  Márcio de Lima Leite, presidente da entidade que representa as montadoras instaladas no Brasil, revelou, em seminário promovido pela publicação especializada AutoData, em São Paulo, que o setor está solicitando ao governo federal a antecipação da aliquota máxima de 35% prevista para ser adotada somente em 2026.

Desde o começo deste ano, o governo começou a cobrar imposto de importação sobre veículos eletrificados em índices que crescerão gradualmente ao longo de dois anos. Os elétricos, até então isentos, passaram a recolher 10% em janeiro, chegarão a 18% no mês que vem, 25% em julho de 2025 e finalmente 35% em julho de 2026.

Valor - SP   26/06/2024

Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços antecipou o debate em torno do Imposto Seletivo em audiência pública na segunda-feira

Comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) antecipou o debate em torno do Imposto Seletivo em audiência pública na segunda-feira e propôs que o tributo incida não apenas sobre veículos a combustão, mas também sobre carros, motos e caminhões elétricos.

O Imposto Seletivo, ou “Imposto do Pecado”, foi criado pela emenda constitucional da reforma tributária com o objetivo de desestimular o consumo de bens e serviços que prejudicam o ambiente e a saúde, como cigarros, bebidas alcoólicas e refrigerantes.

O projeto de lei complementar enviado pelo governo (PLP 68/2024) para regulamentar a reforma define sobre quais produtos incidirá o Imposto Seletivo e traça apenas as linhas gerais sobre como será seu funcionamento: incidência única, base de cálculo e isenções.

No caso dos veículos automotores, o projeto estabelece que as alíquotas serão definidas numa futura lei ordinária e progressivas conforme a potência do veículo, eficiência energética, desempenho, reciclabilidade de materiais, pegada de carbono e densidade tecnológica.

A proposta do governo é que o Imposto Seletivo funcione da mesma forma que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) hoje, com taxação maior sobre os carros, motos e caminhões com maior emissão de gases de efeito estufa. O IPI teve seu caráter modificado pela reforma.

Pelo projeto, os veículos que atenderem aos critérios específicos sobre emissão de dióxido de carbono terão alíquota zero do imposto seletivo, mas esses critérios só serão estabelecidos na futura lei ordinária. Ou seja, a discussão só ocorrerá mais para frente no Congresso Nacional.

As normas para emissão de gases com efeito estufa levarão em conta o ciclo “do poço à roda”, ou também conhecido como do “berço ao túmulo”, e a “reciclabilidade veicular”.

Foi o motivo que levou representante do MDIC a defender a taxação sobre os veículos elétricos e não apenas sobre aqueles movidos a combustão. Segundo a diretora do departamento de Desenvolvimento da Indústria de Média-Alta Complexidade do MDIC, Margarete Gandini, os carros elétricos são movidos a baterias fabricadas com fontes poluentes de energia, o que aumentaria suas emissões pelas regras adotadas pelo governo.

“O objetivo (da taxação) é influenciar os consumidores a comprarem veículos mais seguros e ambientalmente mais amigáveis e estimular inovação dos fabricantes”, disse Gandini.

Resistência

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) atua no Congresso para evitar a incidência do Imposto Seletivo sobre qualquer veículo, não apenas sobre os elétricos.

Na mesma audiência pública em que a representante do MDIC defendeu a taxação, o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, afirmou que a associação é “veementemente contrária” à proposta do governo e que desestimular o consumo de veículos com o Imposto Seletivo causará mais prejuízos à saúde e ao ambiente por retardar a renovação da frota.

“Só para exemplificar, um carro dos anos 2000 polui 20 vezes mais do que um veículo novo. O resultado será o oposto da intenção: mais poluição nas nossas cidades, mais CO2 na atmosfera e mais acidentes de trânsito”, disse Moraes. Segundo ele, isso aumentará os gastos do governo com o sistema público de saúde.

Valor - SP   26/06/2024

Analistas disseram que a empresa precisará mostrar aos investidores que pode obter lucro em meio à concorrência crescente

A Ola Electric deverá se tornar o primeiro fabricante de veículos elétricos (VEs) a listar suas ações na Índia depois de obter aprovação regulatória para uma oferta pública inicial (IPO), mas analistas disseram que a empresa precisará mostrar aos investidores que pode obter lucro em meio à concorrência crescente.

A startup apoiada pelo SoftBank recebeu luz verde no início deste mês para levantar 55 bilhões de rúpias (US$ 658 milhões) em uma IPO, enquanto busca impulsionar pesquisa e desenvolvimento, cobrir despesas operacionais e pagar parcialmente dívidas, disse em seu prospecto de IPO.

Desde que lançou a sua primeira scooter no mercado, no final de 2021, a Ola expandiu os seus negócios para se tornar líder de mercado. Vendeu 37.225 scooters em maio, o dobro do número alcançado por seu concorrente mais próximo, a TVS Motors, três vezes o da Bajaj Auto e seis vezes o da Ather Energy, segundo órgãos do setor.

Mas analistas dizem que a Ola ainda precisa obter lucro para atrair investidores que se tornaram cautelosos em relação a empreendimentos deficitários, ao contrário dos dias de alta de 2021, quando as startups realizaram IPOs massivos, embora ainda estivessem no vermelho.

A Ola Electric registrou um prejuízo líquido de 2,67 bilhões de rúpias no trimestre abril-junho de 2023, com receitas de 12,78 bilhões de rúpias, os dados mais recentes disponíveis. A Ola não respondeu a um e-mail do "Nikkei Asia" solicitando comentários sobre lucratividade e cronograma de IPO.

“Pode haver algumas perguntas desconfortáveis, porque a Ola está queimando dinheiro e ganhando participação de mercado”, disse V. G. Ramakrishnan, diretor-gerente da consultoria automotiva Avanteum Advisors. "Portanto, para a Ola, a conversa passará de ganhar participação de mercado para obter lucros ou pelo menos mostrar um caminho para a lucratividade."

A Ola, que arrecadou cerca de US$ 1,4 bilhões em capital e dívida, tem ambições maiores do que os seus pares, uma vez que também quer fabricar automóveis e células de baterias de íons de lítio.

A empresa está construindo uma fábrica no Estado de Tamil Nadu, no sul, que pode produzir 10 milhões de scooters todos os anos. Espera-se que sua fábrica de células esteja operacional no ano fiscal que termina em março de 2025, com capacidade de 1 gigawatt-hora (GWH), que pode ser expandida para 20 GWH.

Esses planos ambiciosos fazem do fundador e CEO da Ola Electric, Bhavish Aggarwal, um "empreendedor clássico que joga todas as convenções ao vento e derruba a configuração tradicional", disse Ramakrishnan da Avanteum. Mas ele alertou que uma abordagem “arrogante” pode afastar os investidores, o que explica por que outras empresas cotadas estão expandindo os seus negócios de veículos elétricos com cautela. Aggarwal também é fundador e CEO da ANI Technologies, que administra a Ola, uma empresa de táxis, e a Krutrim, uma empresa de IA.

Por exemplo, a scooter mais barata da Ola custa cerca de US$ 900, o que é cerca de 20% a 30% menor que os modelos oferecidos por seus rivais. Esse é um caminho que a maioria das montadoras não está disposta a seguir simplesmente para expandir sua participação no mercado, disseram analistas.

“As empresas herdadas enfrentam os acionistas há décadas”, disse Ramakrishnan, referindo-se à Bajaj Auto e à TVS Motors. "Uma das razões pelas quais eles estão se movendo de forma lenta e constante é porque respondem perante seus acionistas."

Apesar do crescimento das vendas, os analistas moderaram as expectativas quanto à avaliação da Ola, sinalizando que a euforia em torno da sua liderança em um setor em ascensão diminuiu.

A empresa obteve uma avaliação de US$ 826 milhões em julho de 2019, logo após seu lançamento, de acordo com dados da empresa de pesquisa Tracxn, que analisa registros regulatórios, incluindo atividades de arrecadação de fundos. A avaliação saltou para US$ 2,41 bilhões em outubro de 2021, poucos meses depois de a Ola anunciar sua primeira scooter, e US$ 4,57 bilhões em fevereiro de 2022.

Em setembro de 2023, quando a Ola garantiu a maior participação de mercado para scooters, ela estava avaliada em US$ 5,47 bilhões, mostraram os números da Tracxn.

Com os concorrentes aumentando seus negócios de veículos elétricos, a Ola pode estar começando a sentir a pressão. A Ola disse em seu prospecto de IPO que "não pode garantir a vocês (investidores) que seremos capazes de gerenciar custos de forma eficaz para vender nossos produtos com margens [favoráveis]. A falta de lucratividade afetaria material e adversamente o valor de seu investimento em nossa empresa."

Também sinalizou a rotatividade de funcionários – o desgaste atingiu 47% no ano encerrado em março de 2023 – e a disponibilidade de Aggarwal para dirigir o negócio como um dos riscos que poderiam afetar o crescimento. O envolvimento de Aggarwal na empresa de táxis Ola e Krutrim “pode prejudicar o tempo que ele é capaz de dedicar à nossa empresa”, disse a empresa em seus documentos de IPO.

“A Ola é uma empresa da nova era com um modelo de negócios futurista e a maioria deles está focada na participação de mercado”, disse Kranthi Bathini, diretor da empresa de consultoria de investimentos WealthMills Securities. “Tem a vantagem de ser pioneiro, mas, dito isso, precisa levar a sério o crescimento sustentável. A Ola fez muitas promessas interessantes e, se elas derem certo, se tornará uma ação interessante.”

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Dinheiro - SP   26/06/2024

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou de 0,59% para 0,93% na passagem de maio para junho, informou nesta terça-feira, 25, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,77% em 12 meses.

Entre maio e junho, houve aceleração de Materiais, Equipamentos e Serviços (0,27% para 0,46%) e de Mão de Obra (1,05% para 1,61%).

Influências

As principais influências para cima no INCC-M de junho partiram de pedreiro (1,16% para 1,45%), armador ou ferreiro (0,88% para 2,14%) e eletricista (1,04% para 1,61%), junto com condutores elétricos (5,88% para 3,58%) e operador de máquina (0,62% para 2,25%).

Na outra ponta, puxaram o índice para baixo os itens vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,37% para -0,69%), tela alambrado/gradil metálico (-0,53% para -1,32%) e tela de proteção para fachada (0,79% para -0,45%), seguidos por formas de madeira (-0,14% para -0,46%) e eletrodutos de PVC (-0,34% para -0,26%).

Capitais

Quatro das sete capitais pesquisadas pela FGV registraram aceleração no INCC-M entre maio e junho: Brasília (0,76% para 0,97%), Recife (0,10% para 1,73%), Porto Alegre (0,0% para 0,18%) e São Paulo (0,44% para 1,68%).

Houve, por outro lado, desaceleração em Salvador (0,73% para 0,14%), Belo Horizonte (1,44% para 0,18%) e Rio de Janeiro (0,53% para 0,22%).

IstoÉ Dinheiro - SP   26/06/2024

O Índice de Confiança da Construção (ICST) ficou estável em 96,4 pontos em junho, informou nesta terça-feira, 25, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, porém, houve recuo de 0,1 ponto.

A estabilidade nesta leitura refletiu o comportamento antagônico dos componentes do ICST: o Índice de Situação Atual (ISA-CST) variou 0,2 ponto, atingindo 95,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 0,3 ponto, para 97,5 pontos.

“As empresas da construção chegaram ao final do primeiro semestre um pouco mais confiantes do que estavam em dezembro. Houve melhora, especialmente, na percepção referente à situação atual dos negócios”, resumiu, em nota, a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo.

Ela avalia que o maior aquecimento da atividade se traduziu também em dificuldades com a mão de obra qualificada, o que já está pressionando os custos de obras. “No entanto, o semestre terminou também com o fim do ciclo de queda da Selic, que mesmo sem ter efeito imediato sobre a atividade, deve arrefecer o ânimo com os negócios à frente”, acrescenta.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção, por sua vez, variou 0,2 ponto nesta leitura, atingindo 80,1%. O Nuci de mão de obra subiu 0,3 ponto, a 81,5%, enquanto o Nuci de Máquinas e equipamentos contraiu 0,9 ponto, a 74,4%.

FERROVIÁRIO

O Petróleo - SP   26/06/2024

A TotalEnergies, gigante francesa do setor energético, planeja expandir consideravelmente suas operações no Brasil nos próximos anos, buscando aumentar sua presença nos mercados de petróleo, gás e energia renovável.
Aumento da Produção de Petróleo e Gás

Atualmente, a TotalEnergies produz cerca de 150 mil boe/d (barris de óleo equivalente por dia) no Brasil. A empresa projeta elevar essa produção para aproximadamente 200 mil boe/d até 2026. A expansão incluirá tanto ativos operados quanto não operados pela empresa no país.

A TotalEnergies é operadora do campo de Lapa, no pré-sal da bacia de Santos, onde atualmente produz cerca de 43 mil barris/dia de petróleo. Com a entrada em operação da Lapa Sudoeste em 2025, a produção do campo deve atingir 60 mil barris/dia. Esse desenvolvimento, que requer um investimento de cerca de US$ 1 bilhão, será realizado através de três poços conectados ao FPSO Lapa (Caraguatatuba).

Além de Lapa, a TotalEnergies detém participações em vários outros campos significativos na bacia de Santos, incluindo Atapu, Berbigão, Mero, Oeste de Atapu, Sépia e Sururu. No campo de Mero, a empresa possui 20% de participação e prevê a instalação de dois novos FPSOs: Marechal Duque de Caxias em 2024 e Alexandre de Gusmão em 2025.
Investimentos em Energia Renovável

Em outubro de 2022, a TotalEnergies formou uma joint venture com a Casa dos Ventos, focada em investimentos em energia renovável no Brasil. Essa parceria tem como objetivo alcançar uma capacidade instalada de geração de 12 GW. Atualmente, a joint venture possui 7,5 GW em energia eólica e solar onshore, dos quais 1,7 GW já estão em operação, 1,4 GW em construção e 4,4 GW em desenvolvimento avançado.

A TotalEnergies também está avaliando projetos de energia eólica offshore totalizando 21,2 GW, sob análise do Ibama. De acordo com a Abeeólica, a geração eólica offshore no Brasil deverá começar entre 8 a 10 anos.

O Petróleo - SP   26/06/2024

A recuperação da produção de petróleo no Brasil está desafiando as estratégias de gestão de mercado da OPEP+. Depois de uma queda significativa no início de 2024, causada por manutenções planejadas, o país sul-americano está rapidamente recuperando sua capacidade de produção.
Manutenção e Retomada

No começo de 2024, a produção de petróleo do Brasil caiu drasticamente devido a manutenções em várias plataformas offshore. Essa redução chegou a 25%, levando a produção para 3,73 milhões de barris por dia (bpd). Contudo, com a conclusão das manutenções, a produção começou a se recuperar. Analistas da Wood Mackenzie estimam que a produção brasileira pode exceder em 200.000 bpd os níveis anteriores à queda.

Impacto nos Planos da OPEP+

A recuperação rápida e inesperada da produção de petróleo no Brasil pode frustrar os planos da OPEP+ de aliviar os cortes na produção no final de 2024. O Brasil, que deverá ser o terceiro maior contribuinte para o crescimento da oferta não-OPEP+ em 2024, está programado para adicionar novas plataformas de produção, o que pode aumentar significativamente a oferta global de petróleo.

Projetos Futuros

A Petrobras, principal produtora de petróleo do Brasil, está antecipando alguns de seus projetos, como o FPSO Maria Quitéria, que deve iniciar operações no último trimestre de 2024. Além disso, grandes projetos como o FPSO Búzios 7 Almirante Tamandaré, o FPSO MERO 4 Alexandre de Gusmão e o Búzios 6 P-78 estão previstos para começar a operar em 2025, aumentando ainda mais a capacidade de produção do país.
Desafios e Previsões

Apesar dos avanços, a produção de petróleo do Brasil enfrentou desafios, incluindo uma greve na agência ambiental Ibama, que pode atrasar licenças para novos projetos. No entanto, a previsão é de que a produção de líquidos do Brasil cresça 110.000 bpd este ano e 180.000 bpd no próximo, com novos projetos nos campos de Búzios, Mero, Tupi, Marlim e Atlanta.
Conclusão

A recuperação da produção de petróleo no Brasil e os novos projetos em andamento prometem aumentar a oferta global de petróleo, complicando os planos da OPEP+ de controlar a produção e estabilizar o mercado. A capacidade do Brasil de recuperar rapidamente sua produção coloca-o como um player importante no cenário global de energia.

Rodoviário

Valor - SP   26/06/2024

Segundo a empresa, a Eco101 permanecerá operando o trecho concedido e, caso não seja viabilizada uma solução com o TCU, será dado seguimento ao processo de relicitação

A Ecorodovias assinou o quinto aditivo ao contrato de concessão da Eco101 firmado com a União, prorrogando em mais 180 dias a suspensão das condições e responsabilidades de serviços durante o período de relicitação, devido a negociações em andamento com o Tribunal de Contas da União (TCU).

Segundo a empresa, a Eco101 permanecerá operando o trecho concedido e, caso não seja viabilizada uma solução com o TCU, será dado seguimento ao processo de relicitação. A Ecorodovias está em negociação para a repactuação da concessão da Eco101, responsável por administrar a BR-101 no Espírito Santo, entre a fronteira com o Rio de Janeiro e com a Bahia.

A empresa chegou perto de um acordo com o governo federal e o TCU em abril deste ano, que previa uma reorganização do plano de investimentos da concessionária — um dos principais motivos da crise da concessão — e mudança no prazo do contrato, bem como na tarifa cobrada dos usuários.

As concessões que demandam solução foram licitadas sob premissas excessivamente otimistas, mas com a crise econômica e a dificuldade das empresas em entregar as obrigações pesadas previstas nos contratos, diversas concessionárias entraram em colapso. A saída encontrada havia sido a relicitação, ou seja, a devolução dos contratos ao governo para que um novo leilão fosse realizado.

Em agosto do ano passado, o TCU autorizou uma nova solução à concessões problemáticas, permitindo a desistência dos processos de devolução dos contratos, o que significa que o governo federal pode repactuar concessões de rodovias e aeroportos, para que os atuais operadores possam permanecer à frente dos negócios.

Grandes Construções - SP   26/06/2024

A recuperação da infraestrutura rodoviária do Rio Grande do Sul, depois das enchentes que atingiram o estado, demandarão até R$ 27,28 bilhões em investimentos, dependendo dos tipos de intervenção realizados.

O cálculo foi feito pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e faz parte do informe técnico Transporte em Foco – Enchentes no Rio Grande do Sul: Quanto será necessário para reconstruir a infraestrutura de transporte rodoviário no estado?.

No documento, lançado no dia 24 de junho, a Confederação também apresenta medidas para elevar a resiliência do modo rodoviário diante das mudanças climáticas e recomendações para as atualizações dos contratos de concessões.

A CNT consolidou os principais elementos danificados na infraestrutura rodoviária federal e estadual e em vias municipais, além de estimar o investimento necessário para a recuperação desses ativos à condição anterior ao desastre, propondo intervenções de engenharia padronizadas pelas entidades nacionais competentes.

“Como entidade máxima de representação das empresas de transporte de cargas e de passageiros, a CNT defende que a execução das obras no perímetro delimitado por este estudo é urgente e imprescindível para a recuperação do RS, assim como para a competitividade das empresas de todos os setores no estado e para a segurança dos usuários das vias”, ressalta o presidente do Sistema Transporte, Vander Costa.

O Rio Grande do Sul tem importância econômica expressiva. Em 2021, o PIB (Produto Interno Bruto) do estado foi de R$ 581,28 bilhões. A parcela representa aproximadamente 6,5% do PIB do país, proveniente do setor de serviços (4,0%), indústria (1,5%) e agropecuária (1,0%).

A CNT aponta ainda para a importância de esforços conjuntos dos poderes público e privado para a adoção de medidas de adaptação às mudanças climáticas e reforça a necessidade de implantação de Salas de Situação para o acompanhamento de cenários de risco à operação e às infraestruturas de transporte no país (ferrovias, rodovias, hidrovias e terminais).

Segundo a CNT, essas ferramentas permitem a identificação das causas de problemas que levam ao comprometimento das infraestruturas e à detecção de possíveis soluções – e o mais importante: têm o potencial de antecipar ocorrências que podem prevenir acidentes com perda de vidas, assim como soluções de tráfego com indicação de alternativas de rota.

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