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26 de Janeiro de 2024

INDA

Diário do Comercio – MG 26/01/2024

Para presidente do instituto, é “improvável” que as importações deste ano sejam maiores que as do ano passado

São Paulo – Os produtores de aço no Brasil terão dificuldade para implementar aumentos de preços neste início de ano em meio a importações ainda elevadas de aço no País, afirmou ontem o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aços Planos (Inda), Carlos Loureiro. Segundo o dirigente, “há rumores no mercado” sobre aumentos nos preços de aços planos das usinas nacionais da ordem de 5% a 7%, mas referem-se à implementação em fevereiro.

“Com esse nível de preço (internacional) que está hoje, não dá para as usinas”, disse Loureiro. “Vejo dificuldade em implantação de aumentos”, afirmou em entrevista a jornalistas, citando o contexto em que as siderúrgicas tentam convencer o governo a aumentar imposto de importação de aço para 25%.

O presidente do Inda comentou ainda que a alta no volume de importações de aço no Brasil em dezembro ante novembro “foi surpreendente” depois de sinalizarem desaceleração em outubro e novembro.

Segundo dados do Inda, as importações de aço plano pelo Brasil em dezembro somaram 276,9 mil toneladas, aproximando-se do pico do ano passado registrado em setembro. Ante novembro, as importações de aços planos cresceram 30,6% e na comparação com dezembro de 2022 avançaram 67%.

Para Loureiro, porém, é “improvável” que as importações deste ano sejam maiores que as do ano passado, quando o mercado nacional registrou um incremento de 48% na internalização de aço produzido no exterior.

Questionado sobre as negociações de contratos de fornecimento de aços planos entre montadoras de veículos e siderúrgicas que vencem em janeiro, Loureiro afirmou que “houve pequenos ajustes negativos”.

A expectativa do Inda para as vendas dos distribuidores de aços planos este ano é de crescimento de 3% ante o volume comercializado em 2023 de 3,8 milhões de toneladas, que por sua vez marcou alta de 1,9% ante 2022.

Parte da expectativa é explicada por previsões do setor automotivo, que espera incremento de vendas, e com recuperação no setor de máquinas e equipamentos, que responde por cerca de um terço da venda de aço no Brasil, disse Loureiro.

Em dezembro, a venda de aços planos por dia útil pelos distribuidores foi de 13,2 mil toneladas, maior nível para o mês desde as 13,3 mil toneladas de 2019. No mês passado, as vendas dos distribuidores somaram 263,6 mil toneladas, alta de 2,6% ante dezembro de 2022, mas queda de 19,7% ante novembro.

SIDERURGIA

Jornal de Brasília - DF   26/01/2024

A produção mundial de aço bruto dos 71 países que reportam dados da indústria siderúrgica foi de 135,7 milhões de toneladas em dezembro de 2023. O resultado representa uma redução de 5,3% na comparação com o mesmo mês de 2022, de acordo com o boletim mensal divulgado pela Worldsteel Association.

Segundo a entidade, a produção na China – maior produtora global – totalizou 67,4 milhões de toneladas em dezembro, uma queda de 14,9% ante o mesmo período de 2022.

Considerando o mesmo intervalo de comparação, a Índia, segunda maior fabricante de produtos siderúrgicos, registrou um volume de 12,1 milhões de toneladas, alta de 9,5%.

Nos países que integram o bloco da União Europeia, a produção de aço bruto somou 9,1 milhões de toneladas em dezembro, o que representa um aumento de 2,7% na comparação anual.

Já os Estados Unidos registraram um crescimento de 7,6% no mesmo período de comparação, alcançando 6,8 milhões de toneladas em volume produzido.

No Brasil, os dados do órgão apontam produção estimada de 2,5 milhões de toneladas em dezembro, uma alta de 0,9% ante um ano.

A América do Sul, por sua vez, produziu 3,2 milhões de toneladas no mesmo mês, queda de 3,2% na relação anual.

Money Times - SP   26/01/2024

O setor de siderurgia brasileiro tem uma ação vencedora, de acordo com o Banco Safra. Em relatório de retomada de cobertura, a instituição declara Usiminas (USIM5) como o nome preferido.

A recomendação dos analistas é de compra, com preço-alvo de R$ 11, devido a uma combinação de:

De acordo com o Safra, o setor de minério de ferro continua sendo favorecido em comparação com a indústria do aço. Porém, a casa acredita que a melhor perspectiva para o preço do minério de ferro já está incorporada nas projeções do mercado.

“Acreditamos que as ações possam começar a ser negociadas com base nas mudanças dos resultados do setor siderúrgico, que devem ocorrer via custos, favorecendo Usiminas ante Gerdau (GGBR4) e CSN (CSNA3)”, diz.

Usiminas deve sair na frente em recuperação de margens

Na avaliação do Safra, os resultados da divisão de aço da Usiminas vão melhorar mais, com taxa de crescimento anual composta do Ebitda esperada de 160% em 2023–27.

Para base de comparação, a taxa de crescimento anual composta prevista para CSN e Gerdau Brasil é de 10% e 7%, respectivamente (para o Ebitda total da Gerdau, a taxa é negativa em 9%).

Segundo o Safra, a tendência é atribuível à normalização da capacidade de produção de coque da Usiminas e da CSN nos próximos anos.

“Essas companhias adquiriram de terceiros uma grande parcela de suas necessidades de coque desde que problemas com as baterias do coque começaram em 2019–21, o que resultou em pressão severa sobre os custos. No caso da Usiminas, acreditamos que haja particularmente mais espaço para cortar custos em comparação com seus pares devido ao retorno da operação do Alto-Forno 3 de Ipatinga, o que reduzira a taxa geral de consumo de coque, a intensidade de combustível e energia enquanto melhora a diluição de custos fixos”, explica a instituição.
CSN e Gerdau com recomendação neutra

Para as ações da CSN e da Gerdau, o Safra tem recomendação neutra, com preços-alvo de, respectivamente, R$ 18,30 e R$ 23.

No caso da CSN, o Safra acredita que investidores poderão penalizar a companhia por movimentos negativos no preço do minério de ferro, dada sua exposição ao segmento, que deve responder por mais da metade do Ebitda de 2024-32.

No entanto, a tendência de baixa das ações poderia ser amortecida por resultados “resilientes”.

“Temos visão positiva para retornos no longo prazo após o término do extenso plano de investimento, após o qual o fluxo de caixa livre passará para uma média de 14% em 2028–32, contra uma média de -16% em 2024–27”, diz o Safra.

Em relação à Gerdau, além de um potencial de valorização limitado no horizonte, o banco vê uma trajetória de lucro negativa não totalmente refletida no consenso dos analistas de mercado.

“Melhora da dinâmica do aço nos EUA no curto prazo poderia significar melhora em nossas estimativas, mas acreditamos que as ações da Gerdau não devem reagir devido à tendência decrescente de lucros e menos iniciativas de corte de custos vs. seus pares”, completa o Safra.

ECONOMIA

IstoÉ Online - SP   26/01/2024

A economia dos Estados Unidos cresceu mais do que o esperado nos últimos meses de 2023, ano que fechou com uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%, acima dos 2,1% de 2022, informou o Departamento do Comércio nesta quinta-feira (25).

Com a campanha eleitoral em curso e o presidente Joe Biden em busca da reeleição, a maior economia do mundo teve um crescimento no último trimestre de 3,3% na projeção anual (a expansão do PIB em 12 meses se forem mantidas as condições no momento da medição).

O último trimestre apresentou moderação da atividade econômica, com a expansão caindo de 4,9% na projeção anual no terceiro trimestre do ano. Mas os dados ainda superam os 2% esperados pelo mercado, segundo consenso da consultoria Market Watch.

Este desempenho do PIB foi apoiado por um forte mercado de trabalho e pelos gastos dos consumidores.

Os salários subiram e, desde meados de 2023, os aumentos foram superiores aos aumentos de preços. Sendo assim, o consumo, principal motor do crescimento dos EUA, manteve-se sólido apesar do impacto da inflação no poder de compra.

A expansão do quarto trimestre “reflete aumentos nos gastos do consumidor, nas exportações e nos gastos dos governos estaduais e locais”, disse o Departamento do Comércio.

Dessa forma, os Estados Unidos escaparam de uma recessão em 2023, cenário frequentemente apontado como uma possibilidade pelos economistas, em um contexto de altas taxas de juros para conter a inflação.

“O crescimento econômico foi mais resiliente do que prevemos em 2023”, admitiu a economista-chefe da Nationwide, Kathy Bostjancic, em entrevista à AFP.

– Biden, economia e campanha –

O governo, aproveitando este “pouso suave” da economia, como é chamada a expansão do PIB apesar das altas taxas de juros, tenta capitalizar os números da política econômica atribuída ao presidente democrata Joe Biden, a qual chama de “Bidenomics”.

“Os salários, a riqueza e o emprego estão mais altos agora do que antes da pandemia”, disse o presidente em nota. “São três anos consecutivos de crescimento”, acrescentou.

Biden provavelmente enfrentará um duelo com o ex-presidente republicano Donald Trump (2017-2021), que tem entre seus argumentos de campanha a boa saúde da economia americana quando comandou a Casa Branca, mas também as finanças das famílias, antes da disparada dos preços.

Os republicanos culpam Biden pela inflação. Contudo, as pesquisas que medem a confiança das famílias começam a melhorar. Essa questão é primordial para as eleições presidenciais de novembro.

Para conter a inflação, que atingiu 9,1% em junho de 2022, pico desde a década de 1980, o Federal Reserve (Fed, banco central) aumentou as suas taxas de juros 11 vezes entre março desse ano e julho de 2023.

As taxas elevadas tornam o crédito mais caro e, portanto, desencorajam o consumo e o investimento, eliminando assim as pressões sobre os preços.

Desde então, a inflação caiu para 3,4% em 12 meses, segundo a medição de dezembro.

A meta do Fed é alcançar 2%. Mas o banco central já sinalizou que o seu objetivo é reduzir as taxas de juros este ano, facilitando o acesso ao crédito para os americanos.

Na sua reunião de política monetária, na terça e quarta-feira da próxima semana, o Fed irá certamente manter as suas taxas em um intervalo entre 5,25% e 5,50%, por enquanto.

Infomoney - SP   26/01/2024

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a cair em janeiro, após ligeira recuperação em dezembro. O indicador calculado pelo FGV/Ibre recuou 2,4 pontos no mês, para 90,8 pontos, atingindo o menor nível desde maio de 2023. Em médias móveis trimestrais, o índice recuou pelo quarto mês consecutivo, em 0,6 ponto, para 92,1 pontos.

Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, o ICC deu continuidade à tendência de desaceleração iniciada em setembro do ano passado. Ela atribuiu o resultado à piora das perspectivas sobre a situação atual e das expectativas para os próximos meses, um movimento disseminada em quase todas as faixas de renda, com exceção das pessoas de renda mais alta.

“ Apesar do controle da inflação e da resiliência do mercado de trabalho, os juros e o endividamento elevados continuam a exercer pressão sobre a situação financeira e o consumo das famílias, contribuindo para a manutenção do indicador em patamar pessimista-moderado”, explicou em nota.
Em janeiro, a queda da confiança ocorreu tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) caiu pelo segundo mês consecutivo, agora em 2,7 pontos, para 77,6 pontos, menor nível desde julho de 2023 (77,0 pontos). No mesmo sentido, o Índice de Expectativas (IE) recuou 2,3 pontos, para 100,2 pontos.

A queda da confiança ocorre em todas as faixas de renda, exceto para consumidores de maior poder aquisitivo (com renda acima de R$ 9,6 mil) influenciados por perspectivas positivas para os próximos meses.

As demais faixas se mostram pessimistas em relação às expectativas, com a confiança das famílias de menor poder aquisitivo – com renda até R$ 2,1 mil – atingindo o menor nível desde abril de 2023.

Diário do Comércio - MG   26/01/2024

No final de 2023, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados relativos ao Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios brasileiros para o ano de 2021. De acordo com o órgão, a economia do País continuou a se desconcentrar, com redução na participação das capitais e aumento da relevância de municípios periféricos. Em Minas Gerais, a Fundação João Pinheiro (FJP) observou que esse fenômeno foi mais evidente ao longo da última década, de 2010 a 2021, embora sua magnitude tenha sido menos expressiva em termos anuais.

Segundo relatório da FJP, apenas 21 municípios responderam por 50,7% do PIB estadual, sendo Belo Horizonte o líder, contribuindo com 12,3% do total. Além disso, cerca de dois terços da riqueza foram gerados em 50 dos 853 municípios. Uma análise por setor revela que as localidades que mais ampliaram sua participação no PIB de Minas, em 2021, foram aquelas que se beneficiaram da indústria extrativa mineral, especialmente do minério de ferro, cuja produção e preços no período aumentaram substancialmente. Nesse conjunto, destacam-se Itabira, Nova Lima, Ouro Preto, Itabirito, Itatiaiuçu, São Gonçalo do Rio Abaixo, Conceição do Mato Dentro, Catas Altas e Mariana.

Por outro lado, os municípios que enfrentaram uma redução em sua contribuição para o PIB mineiro na transição de 2020 para 2021, foram aqueles mais dependentes do setor de serviços, cuja perda de representatividade na economia estadual originou-se da alteração nos preços relativos entre os setores. Belo Horizonte e Uberlândia foram as localidades mais impactadas por esse efeito.

Ao ampliarmos o horizonte de análise para o período de 2010 a 2021, identificamos uma tendência de desconcentração do PIB em relação à Capital e suas áreas circunvizinhas, com perdas de participação de Belo Horizonte, Betim e Contagem. Por outro lado, o município de Extrema destacou-se como o que mais ganhou participação no período, consolidando-se como um importante polo de comércio atacadista.

Sob uma perspectiva setorial, em 2021, 404 municípios mineiros (47,4% do total) apresentaram a “administração pública” como sendo a principal atividade econômica. Já em 223 municípios, o agrupamento “demais serviços” foi a atividade predominante. Em termos gerais, indústria e serviços privados foram os setores mais concentrados no estado, com poucas localidades respondendo por parcela significativa do valor adicionado bruto (VAB) setorial. A agropecuária, por sua vez, foi o setor mais disperso, com muitos municípios participando do VAB.

Avaliar sistematicamente a concentração de atividades econômicas nos territórios é de extrema relevância. Quando há concentração em poucos municípios, uma série de desafios para as regiões e suas populações pode ser desencadeada. Um dos problemas mais evidentes é a criação de desigualdades regionais, onde algumas áreas prosperam enquanto outras enfrentam dificuldades, resultando em disparidades no acesso a empregos, serviços públicos e qualidade de vida. Essa concentração torna a economia mais vulnerável a choques externos. Flutuações nos mercados globais, mudanças nos preços das commodities ou eventos específicos de uma indústria podem ter repercussões significativas na economia local, aumentando os riscos para a estabilidade econômica.

A pressão sobre os recursos locais também é um desafio, com infraestrutura e habitação sendo sobrecarregados devido à alta concentração de atividades em determinadas áreas. Isso pode resultar em problemas como congestionamento e aumento nos preços imobiliários. Há também questões sociais associadas, como migração populacional em busca de empregos, sobrecarga dos serviços públicos, especialmente dos sistemas educacionais e de saúde locais e desafios relacionados ao custo de vida.

Esses problemas podem gerar tensões e impactar negativamente o tecido social da região.

Para enfrentar tais desafios, é preciso buscar estratégias de desenvolvimento regional. Diversificar a base econômica, promover investimentos em diferentes setores e reduzir as disparidades entre os municípios tornam-se prioridades para criar uma economia mais resiliente e equitativa.

Globo Online - RJ   26/01/2024

O IBGE divulga a prévia da inflação de janeiro nesta sexta-feira, que deve trazer sinais importantes sobre a economia e será o dado que o Banco Central terá nas mãos antes da primeira reunião do ano do Copom, que começa na próxima terça, dia 30.

O IPCA fechado de dezembro veio levemente acima da expectativa do mercado e  apresentou alguns pontos de preocupação, salienta Lucas Constantino,  diretor da GCB Investimentos. Ele cita a  aceleração dos preços de serviços e alta do índice de difusão, o que evidencia uma piora de sua composição e uma maior disseminação da inflação sobre a economia.

- No entanto, o dado não trouxe mudanças significativas ao quadro inflacionário de modo geral, que segue relativamente benigno. Apesar dos ruídos, o IPCA fechou 2023 em 4,62%, abaixo do teto da meta do Banco Central (4,75%).

Em relação ao IPCA-15 de janeiro, a GCB Investimentos prevê que fique em 0,50%. A LCA projeta 0,48%, chegando a 4,64% no acumulado de 12 meses, mesma projeção da Kínitro Capital. Para Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital, será uma aceleração de 0,47%, com destaque para aceleração dos alimentos, especialmente in natura.

- É possível que ocorra alguma desaceleração da inflação de serviços, mas por conta da deflação de passagem aérea, serviço subjacente deve ficar de lado. Mas devemos ver que média dos núcleos também estabilizados em relação ao mês passado.

Diário do Comércio - MG   26/01/2024

O dólar emplacou nesta quinta-feira a terceira sessão consecutiva de baixa ante o real, em sintonia com a queda dos rendimentos dos Treasuries no exterior, com investidores avaliando positivamente os indicadores de inflação divulgados juntamente com o relatório do PIB dos EUA no quarto trimestre de 2023.

O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9228 na venda, em baixa de 0,19%. Em três dias, a moeda acumulou queda de 1,30%. Em janeiro, porém, o dólar acumula elevação de 1,47%. Na B3, às 17:26 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,16%, a R$ 4,9290.

Pela manhã, o Departamento do Comércio dos EUA informou que o Produto Interno Bruto no último trimestre do ano passado aumentou a uma taxa anualizada de 3,3%, bem acima da mediana das expectativas dos economistas consultados pela Reuters, de alta de 2,0%.

Ainda que o PIB tenha crescido acima do esperado, dados de inflação vinculados a ele sugeriram um cenário positivo para os índices de preços nos EUA.

O índice PCE aumentou apenas 1,7% no quarto trimestre, ante 2,6% no terceiro trimestre. Já o deflator do PIB teve alta de 1,5%, abaixo dos 2,3% esperados pelo mercado conforme pesquisa da Reuters.

“Impressionante como a economia americana está robusta, crescendo mais do que se imagina”, avaliou Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, em comentário enviado a clientes.

“Por outro lado, veio uma boa notícia na parte de preços, (com) o deflator implícito do PIB mostrando uma inflação mais baixa do que se imaginava, com uma alta de 1,5%. O esperado era 2,2% anualizado. No núcleo, o esperado era 2% e veio 2%”, acrescentou Gala.

Em relatório separado nesta quinta-feira, o Departamento do Trabalho informou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 25 mil, para um ajuste sazonal de 214 mil, na semana encerrada em 20 de janeiro. Os economistas previam 200 mil pedidos na última semana.

Neste cenário, os rendimentos dos Treasuries se mantiveram em baixa, o que também pesou na relação do dólar ante outras divisas, como o real.

“Os dados do quarto trimestre dos EUA trouxeram algum conforto para o mercado. A percepção de ‘soft landing’ (pouso suave) da economia norte-americana está ganhando força”, afirmou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo. “(Rendimento dos) Treasuries caindo, dólar em linha no Brasil”, acrescentou.

Neste cenário, o dólar à vista variou da máxima de R$ 4,9426 (+0,21%) às 10h31 – numa primeira reação dos investidores aos dados robustos do PIB dos EUA – para a mínima de R$ 4,9072 (-0,50%) às 12h22 –quando os números de inflação ligados ao PIB já haviam sido digeridos.

A queda das cotações ocorria no Brasil a despeito de, durante a tarde, o dólar ter recuperado a força ante as divisas fortes e em relação a boa parte das moedas de exportadores de commodities e emergentes.

Às 17:26 (de Brasília), o índice do dólar – que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas – subia 0,28%, a 103,580.

Pela manhã, o Banco Central vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de março.

À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial total positivo de 4,846 bilhões de dólares em janeiro até o dia 19, com entradas líquidas de US$ 2,402 bilhões pelo canal financeiro e entradas de US$ 2,444 bilhões pela via comercial.

Apesar do feriado municipal em São Paulo nesta quinta-feira, a liquidez no mercado de câmbio brasileiro pouco destoou do verificado em dias normais. No caso do dólar futuro para fevereiro, por exemplo, o mais líquido do mercado, foram negociados mais de 230 mil contratos até as 17h.

MINERAÇÃO

Money Times - SP   26/01/2024

A Vale (VALE3) esclareceu nesta quinta-feira (25), em comunicado ao mercado, que não foi notificada da decisão judicial que teria condenado a companhia e as empresas Samarco e BHP a um pagamento bilionário pelo episódio do rompimento de uma barragem em Mariana (MG) em 2015.

Mais cedo, a Reuters informou que a Justiça Federal condenou as mineradoras ao pagamento de R$ 47,6 bilhões a título de danos morais coletivos em decorrência do rompimento da barragem de Fundão, de propriedade da Samarco.

Segundo documento da 4ª Vara Federal Cível e Agrária da SSJ de Belo Horizonte, o valor de R$ 47,6 bilhões “foi fixado tomando como parâmetro o valor dos gastos já admitidos pelas sociedades em ações de reparação e compensação”.

A decisão judicial ocorre após tentativas frustradas de negociação para uma repactuação de um termo inicial para reparação dos danos. As negociações foram paralisadas em dezembro.

A Vale disse que se manifestará oportunamente no processo sobre a decisão, contra a qual cabe recurso, destacou.

A companhia reforçou o compromisso em apoiar a “reparação integral dos danos causados pelo rompimento” e lembrou que mantém os aportes feitos à Fundação Renova, entidade criada para gerenciar e implementar as medidas de reparação e compensação ambiental e socioeconômica.

“Até dezembro de 2023, foram destinados R$ 34,7 bilhões às ações de reparação e compensação a cargo da Renova. Desse valor, R$ 14,4 bilhões foram para o pagamento de indenizações individuais e R$ 2,7 bilhões em Auxílios Financeiros Emergenciais, totalizando R$ 17,1 bilhões que beneficiaram pelo menos 438 mil pessoas”, afirmou.

O rompimento da barragem de Fundão ocorreu em novembro de 2015. A liberação de rejeitos de mineração matou 19 pessoas e deixou centenas de desabrigados. O episódio também marcou um forte impacto ambiental na região, chegando a atingir o rio Doce em toda a sua extensão até o mar no Espírito Santo.

5 anos de Brumadinho

Há exatos cinco anos, a Barragem I da Vale, na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), se rompeu, resultando em 270 vítimas fatais, três delas ainda não encontradas.

A barragem tinha como finalidade a disposição de rejeitos provenientes da produção. A barragem estava inativa (ou seja, não recebia mais rejeitos) e não existia nenhum outro tipo de atividade operacional em andamento. Naquele momento, encontrava-se em desenvolvimento o projeto de descaracterização da estrutura.

Os rejeitos dispostos ocupavam uma área de 249,5 mil metros quadrados e o volume disposto era de 12,37 milhões de metros cúbicos.

Em 2021, a Vale fechou um acordo com autoridades de Minas Gerais e com o Ministério Público Federal (MPF) no montante de R$ 37,7 bilhões como reparação socieconômica e ambiental após a tragédia.

Uma pesquisa da revista científica Science of the Total Environment aponta que quatro barragens na cidade de Brumadinho ainda se encontram em áreas de alto risco.

Globo Online - RJ   26/01/2024

Em um dia que o minério de ferro terminou com ganho de 1,6% na Bolsa de Dalian, na China, a US$ 137,80 dólares por tonelada, as ações da Vale fecharam em queda de 2,2% devido ao cenário doméstico, a R$ 68,36.

Pesam para isso as tentativas do governo de emplacar o ex-ministro Guido Mantega na presidência da empresa, como adiantado pelo colunista Lauro Jardim nessa quarta. Fontes à par da situação contaram ao GLOBO que dois ministros de Lula foram convocados pelo presidente para convencer acionistas da indicação do aliado e iniciaram a articulação nos bastidores. O clima na empresa, porém, não é favorável à sugestão.

Uma fonte do mercado disse que a postagem da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, só contribuiu para aumentar o mau-humor de analistas e investidores. Em rede social, ela pediu respeito ao ex-ministro e defendeu que “Guido não está sendo atacado por defeitos ou erros que tenha cometido. É atacado (e até odiado) por causa da inestimável contribuição que deu à estabilidade, qualidade e crescimento da economia em nosso país”.

A avaliação dos acionistas é que, desde os acidentes com as barragens, a Vale não consegue escalar a sua produção para os 400 milhões de toneladas por ano — uma meta antiga da companhia — por ter adotado procedimentos de maior cautela, não aproveitando do alto patamar do minério de ferro atual que poderia elevar os dividendos de acionistas. Atualmente, a produção gira em torno de 300 milhões de toneladas. A solução para isso seria a troca no comando.

O mercado enxerga o ex-CEO da Cosan, Luiz Henrique Guimarães, seria um bom nome para assumir a presidência da Vale, mas não há força política para colocá-lo no posto. A manutenção do atual presidente Eduardo Bartolomeo por um mandato curto de um ano não seria ideal porque não contribuiria para mudanças na empresa, mas é vista como “aceitável”. A pressão política para que Guido Mantega assuma o cargo, por sua vez, não é bem recebida por acreditarem que ele seria contra cortes de custos, como a diminuição de pessoal, para ganho de eficiência e que não se empenharia em aumentar as licenças de exploração.

Embora os acionistas não acreditem que o indicado de Lula conseguirá aprovação do Conselho da Vale para assumir o posto, o mero ruído político já é capaz de impactar os preços na Bolsa. Além disso, a repercussão dos acidentes em Brumadinho e Mariana também afetaram as ações.

Pelas redes sociais, Lula disse que, cinco anos depois da tragédia de Brumadinho, a companhia "nada fez para reparar a destruição causada", cobrando amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e fiscalização e prevenção em projetos de mineração. Logo depois, foi publicada uma decisão da Justiça condenando Vale, Samarco e BHP a pagar R$47,6 bilhões pelo rompimento da barragem de Mariana (MG), no Rio Doce. A indenização relativa a danos morais não se soma aos valores já pagos anteriormente pela companhia.

Estima-se que o valor, que ainda precisa ser corrigido com juros de mora, considerando a data do rompimento, ou seja, 5 de novembro de 2015, possa representar uma despesa de cerca de R$ 100 bilhões para as empresas.

Money Times - SP   26/01/2024

O conselho de administração da Vale (VALE3) deve se reunir entre amanhã (26) e terça-feira (29) para discutir o futuro de Eduardo Bartolomeo, CEO da empresa desde 2019, segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.

O atual mandato de Bartolomeo vence em maio e, segundo O Globo, tudo está na mesa: desde sua recondução ao cargo, até o fim de seu ciclo e o convite para que participe do processo de seleção de seu sucessor.

Vale (VALE3): Reunião do conselho ocorre em meio à forte queda das ações na Bolsa

O encontro do conselho ocorre num momento em que as ações da Vale acumulam uma forte queda. Somente em janeiro, os papéis já caíram cerca de 10%, puxados pelo recuo do minério de ferro nos mercados internacionais.

O mau desempenho é puxado pela decepção do mercado com a economia da China, a principal cliente da Vale. Na semana passada, por exemplo, os contratos futuros do minério de ferro reagiram a dados fracos da economia chinesa, que cresceu 5,2% no quarto trimestre, abaixo das projeções de +5,3%, de acordo com pesquisa da Reuters.

Com isso, o contrato de maio do ingrediente siderúrgico mais negociado na Bolsa de Dalian, na China, encerrou as negociações do dia abaixo dos US$ 130 a tonelada.

Nos últimos dias, investidores também se decepcionaram com a decisão do Banco do Povo da China de manter inalterada a taxa de juros de médio prazo, visto que o mercado tinha grandes expectativas de estímulos adicionais por parte do governo chinês para acelerar o ritmo de recuperação da segunda maior economia do mundo.

Lula insiste em emplacar Mantega na Vale

Outro complicador é a nova tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de emplacar seu ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, na mineradora – seja como conselheiro, seja como o novo CEO.

Segundo a Reuters, o plano ganhou a adesão do ministro da Minas e Energia, Alexandre Silveira, que sustenta que Mantega possui as qualificações profissionais necessárias para a tarefa. As movimentações do governo para que Mantega se torne CEO ou conselheiro da Vale, que foi privatizada no governo FHC e que desde então sempre foi alvo de críticas sobre a falta de ascendência estatal, têm causado forte reação negativa do mercado.

De qualquer modo, analistas e investidores ainda trabalham com a tese de que Bartolomeo será reconduzido ao cargo. Segundo uma pesquisa do BTG Pactual (que controla o Money Times) com 98 investidores buy-side, 63% dos entrevistados apostam em um novo mandato de Bartolomeo.

Valor - SP   26/01/2024

A crítica é feita no momento em que o presidente estaria tentando emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como presidente da mineradora

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou em seu perfil no X (antigo Twitter) a demora na reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho (MG). A crítica é feita no momento em que o presidente estaria tentando emplacar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como presidente da mineradora.

O rompimento da barragem há exatos cinco anos causou a morte de 270 pessoas, sendo duas gestantes, e o despejo de rejeitos que afetaram 26 municípios da região do Rio Paraopeba.

Na rede social, Lula afirmou: “5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada. É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana”.

A Vale assinou em fevereiro de 2021, juntamente com o governo de Minas Gerais, Defensoria Pública, Ministério Público do Estado e Ministério Público Federal no Tribunal de Justiça de Minas Gerais um acordo de reparação no valor de R$ 37,68 bilhões, que inclui o pagamento de indenizações e ações de reparação aos atingidos e ao meio ambiente. As ações têm previsão de conclusão até 2030. Recentemente, a Vale informou que já realizou 68% do acordo. Procurada, a Vale não quis comentar a fala do presidente.

Pressão pró-Mantega

Há uma expectativa que até o fim do mês o conselho de administração da Vale se reúna para decidir se reelege Eduardo Bartolomeo para o cargo de CEO. Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, Lula está determinado a colocar o ex-ministro à frente da companhia. E, conforme noticiou o colunista Lauro Jardim, de "O Globo", o ministro de Minas e Energia tem telefonado para acionistas para pressionar pela indicação.

Por trás desse movimento, dizem fontes, estaria o desejo do presidente de ter mais controle sobre o plano de investimentos da empresa e outras decisões cruciais da Vale. Além disso, a nomeação seria uma forma de compensar Mantega pelo que o presidente, o PT e aliados classificam como perseguição sofrida pelo ex-ministro durante a Operação Lava-Jato.

Mantega foi acusado de receber propinas para a aprovação de medidas provisórias em 2008 e 2009, quando era ministro da Fazenda. Ele chegou a ser preso em 2016 quando acompanhava a esposa em uma cirurgia para tratamento de um câncer em um hospital em São Paulo. Posteriormente, em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) anulou todas as decisões contra o ex-ministro no âmbito da Lava-Jato, em um procedimento semelhante ao que beneficiou Lula e permitiu que ele concorresse à Presidência em 2022.

Mais críticas

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG) também se solidarizou às vitimas de Brumadinho na rede social e disse que o governo não descansará até os envolvidos serem responsabilizados. "Iniciei meu trabalho à frente do MME pautando minhas ações por uma mineração séria, segura, que reduz os impactos nas comunidades. E tivemos importantes conquistas, como a instituição da PNAB (Política Nacional dos atingidos por Barragens), que garantirá os direitos dos atingidos. Não descansaremos até a responsabilização dos envolvidos", afirmou o ministro.

A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) também criticou a falta de julgamento do caso na justiça. “5 anos do maior crime socioambiental e trabalhista da história do país! Foram 272 pessoas mortas e um rio afetado. Depois desses 5 anos, ninguém foi preso, a legislação ambiental foi desmontada e o poder político das mineradoras só aumenta”, disse em postagem.

Mais cedo, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), citou a tragédia na rede social. “Não há reparação para a dor dos familiares das 272 joias perdidas em Brumadinho. Seguimos junto às famílias na luta por justiça para que tragédias como essa não aconteçam mais. A busca pelas 3 joias ainda desaparecidas continua”, afirmou Zema.

Lula — Foto: Ricardo Stuckert/PR

Agência Brasil - DF   26/01/2024

Contrariando a defesa de Fábio Schvartsman no habeas corpus em que busca o trancamento da ação penal sobre a tragédia de Brumadinho (MG), o delegado da Polícia Federal (PF), Cristiano Campidelli, afirma que há provas de que o então presidente da Vale sabia dos riscos de rompimento da barragem e nada fez. Segundo ele, é possível afirmar com segurança que Schvartsman estava presente em um painel onde houve uma discussão sobre a estrutura que colapsou.

"Conseguimos demonstrar na investigação que ele sabia que aquela barragem estava em risco. Essa informação também chegou para o número 2 da companhia que trabalhava na mesma sala que ele. Eles conversavam entre si e temos uma prova que demonstra que houve uma apresentação para ele e para os diretores. Ele estava presente na apresentação mostrando que aquela estrutura estava em risco."

Nesta quinta-feira (25), a tragédia completa exatos cinco anos. No episódio, milhões de metros cúbicos de rejeitos foram liberados no ambiente, gerando devastação ambiental e poluição na bacia do Rio Paraopeba, e 270 pessoas foram soterradas. As famílias das vítimas contabilizam 272 mortes, levando em conta que duas mulheres estavam grávidas.
Caso federalizado

Schvartsman é um dos réus no processo criminal, juntamente com outros 10 nomes também ligados à Vale e mais cinco vinculados à empresa alemã Tüv Süd que assinou o laudo de estabilidade da barragem. Eles respondem por homicídio doloso qualificado e por diferentes crimes ambientais.

No fim de 2022, atendendo a pedido da defesa do ex-presidente da Vale, o caso, que até então corria na Justiça mineira, foi federalizado. O Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou longa controvérsia, fixando a competência do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6).

No pedido de habeas corpus, a defesa de Schvartsman sustenta que não havia justa causa para o recebimento da denúncia e que não é possível imputar nenhum ato ou omissão do ex-presidente da Vale que tenha levado ao rompimento da barragem. Eles também observaram que um laudo produzido na investigação realizada pela PF indicou que a perfuração com uma sonda foi o gatilho para a tragédia. A defesa do ex-presidente da mineradora sustenta que ele não teve conhecimento sobre a realização desse procedimento.

O laudo da PF, no entanto, sinaliza que a estrutura já se encontrava em condição precária, do contrário a perfuração não teria desfecho trágico. A Tüv Süd, pressionada pela Vale, assinou a declaração de estabilidade mesmo após análises indicarem que a barragem registrava fator de segurança 1,09, abaixo do mínimo geralmente aceito de 1,3.

O documento, que precisa ser entregue à Agência Nacional de Mineração (ANM) duas vezes ao ano, é obrigatório para dar continuidade às operações na estrutura. Os resultados obtidos para o fator de segurança foram objeto de discussão no painel que contou com a presença de Schvartsman.

Não por acaso, o ex-presidente da Vale foi indiciado na investigação conduzida pela PF e concluída em novembro de 2021. Antes, ele também já havia sido indiciado pela Polícia Civil, no inquérito que serviu de base para a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que deu início ao processo criminal.
Troca de email

De acordo com as investigações, Schvartsman também chegou a receber um e-mail anônimo de algum funcionário da Vale alertando para a precariedade de algumas barragens. Em resposta, ao invés de mandar apurar a situação, ele determinou que fossem usados todos os recursos de tecnologia da informação para identificar o denunciante, o qual chamou de "cancro" que seria capaz de "fazer mal a toda a organização".

Essa troca de e-mails já havia sido anexada ao inquérito da Polícia Civil e também foi analisada pela PF. "Ele sabia da péssima qualidade da estrutura e não tomou nenhuma atitude a não ser tentar perseguir quem estava denunciando para a própria Vale os riscos", afirma Campidelli.

O delegado faz menção ainda ao trâmite da ação penal da tragédia ocorrida em Mariana (MG) no ano de 2015, na qual o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco causou 19 mortes e devastou a bacia do Rio Doce. Houve um trancamento do processo para o crime de homicídio e restam apenas alguns réus respondendo por crimes ambientais. Passados mais de oito anos, ninguém foi preso.

"Eu espero que isso não se repita. Que não aconteça da mesma forma. Que o TRF-6 não tire o direito de julgar do julgador constitucional, que nesse caso é a sociedade através do seu Tribunal do Júri", disse.

Procurado, o advogado Pier Paolo Bottini, que representa o ex-presidente da Vale, não comentou o caso. "A defesa de Fábio Schvartsman informou que prefere não se manifestar, em respeito à Justiça, considerando que o julgamento do pedido de habeas corpus foi iniciado", justificou.

Investing - SP   26/01/2024

Os futuros de minério de ferro mostraram comportamento misto nesta quinta-feira, com o contrato de referência em Dalian engatando uma terceira alta seguida, apoiado em expectativas de um impulso à economia chinesa após medidas anunciadas pelo banco central daquele país, enquanto as cotação em Cingapura recuaram.

O contrato de minério de ferro mais negociado na chinesa Dalian Commodity Exchange (DCE), para maio, encerrou as negociações diurnas com alta de 1,6%, a 987 iuanes (137,80 dólares) por tonelada. O preço atingiu brevemente seu nível mais alto desde 9 de janeiro, de 997 iuanes.

O presidente do BC chinês, Pan Gongsheng, disse na quarta-feira que o banco reduziria o percentual de reservas obrigatórias para todos os bancos em 50 pontos base (bps), acrescentando que a medida liberaria 1 trilhão de iuanes (139,45 bilhões de dólares) para o mercado.

“O mercado de minério de ferro também foi dominado pelo otimismo após o corte na taxa de compulsório da China”, disse a ANZ Research em nota.

"Os futuros subiram mais de 2% na esperança de que isso impulsionaria a atividade no setor de construção do país. Isto ocorre num momento em que os dados de estoques sugerem que a procura continua fraca."

Separadamente, o Fortescue Metals (ASX:FMG) Group da Austrália disse nesta quinta-feira que trabalhará com as autoridades chinesas para resolver um problema que atrasou o desembaraço aduaneiro de algumas cargas de minério de ferro em um porto no norte do país.

O contrato de referência do minério de ferro na Bolsa de Cingapura, para fevereiro, caía 0,07%, para 135,10 dólares a tonelada, às 04h47 (horário de Brasília).

Máquinas e Equipamentos

Construção Latino-americana - SP   26/01/2024

A Caterpillar anunciou um ambicioso programa de três anos com o objetivo de criar uma solução de energia híbrida de hidrogênio para aplicações fora de estrada, que será construída na nova plataforma de motores Cat C13D, marcando um marco no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para veículos fora de estrada.

O principal objetivo do projeto é demonstrar como os sistemas de controle de última geração e os componentes híbridos-elétricos podem alimentar motores movidos a hidrogênio, superando a densidade de potência e o desempenho transitório dos motores a diesel tradicionais.

Como uma das principais participantes do projeto, a Caterpillar será responsável pela pesquisa e desenvolvimento de motores, bem como pela integração de sistemas. À medida que o projeto avança, outros parceiros acadêmicos e do setor serão incluídos no programa para fornecer conhecimento especializado adicional. A iniciativa será realizada nas instalações da Caterpillar em Chillicothe, Illinois, e em San Antonio, Texas.

O projeto é apoiado e parcialmente financiado pelo Escritório de Tecnologias Veiculares (VTO) do Departamento de Energia dos EUA (DOE) por meio do Escritório de Eficiência Energética e Energia Renovável (EERE).

“Cada aplicação fora de estrada tem seus próprios ciclos de trabalho, demandas de ciclo de vida e expectativas de desempenho, e essa complexidade está impulsionando o desenvolvimento de uma ampla gama de soluções de energia para a transição energética”, disse Steve Ferguson, vice-presidente sênior da Caterpillar Industrial Power Systems. “Não existe um modelo único para todos, por isso projetamos flexibilidade no motor C13D para ser como nossa plataforma do futuro.”

Para Jean-Paul Claisse, diretor de Energia e Motores da Finning South America, essa novidade se destaca por sua visão de vanguarda ao focar no desenvolvimento de tecnologia, e o que é realmente revolucionário é que ela redireciona seus esforços para o aproveitamento de um recurso energético renovável e amplamente disponível, como o hidrogênio.

“Isso permitirá que nossos clientes mantenham a potência e o desempenho dos motores convencionais em suas máquinas e, o que é muito notável, avancem em direção a um horizonte mais sustentável e ecologicamente correto. Aguardamos ansiosamente os resultados e os próximos passos dentro da estrutura da transição energética da CAT”, disse Claisse.

O projeto é o mais recente de uma série de iniciativas que se baseiam nos 35 anos de experiência comercial da Caterpillar em combustíveis de hidrogênio.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   26/01/2024

Pesquisa indica ainda que o tipo de imóvel mais buscado por quem quer comprar um imóvel em São Paulo é de dois quartos

A Vila Mariana, na Zona Sul de São Paulo, é o bairro mais desejado tanto para comprar quanto para alugar na cidade, mostra o levantamento Radar Imobiliário, feito pelo DataZAP, braço de inteligência de dados imobiliários do grupo OLX. Os dados são baseados na procura dos usuários nas plataformas do grupo.

O bairro foi buscado por 3,9% de quem queria comprar um imóvel e 3,47% dos que desejavam alugar.

Itaim Bibi, na Zona Oeste, e Tatuapé, na Zona Leste, são os outros bairros muito procurados por quem quer comprar ou alugar na capital paulista. Eles revezam de posição a depender da intenção do usuário. O Itaim tem 3,17% do interesse dos usuários que querem comprar e 3,16% de quem quer alugar, enquanto o Tatuapé é buscado por 3,19% dos compradores e 2,69% dos locatários.

Larissa Gonçalves, economista do DataZAP, explica que esses bairros são tão desejados porque oferecem “opções de lazer, serviços e até áreas verdes”, caso da Vila Mariana e do Itaim, que ficam ao lado do Parque do Ibirapuera. “A Vila Mariana ainda está próxima a outro ponto turístico e comercial da capital, a av. Paulista, e o Itaim tem conexão com outras avenidas importantes, como a Brigadeiro Faria Lima e a Juscelino Kubitschek”, afirma.

Sobre o Tatuapé, Gonçalves diz que o bairro tem “uma vasta infraestrutura de serviços, com opções de bares e restaurantes, bem como dois shoppings, além de saída para a Marginal Tietê e fácil acesso a linhas de metrô e trem”.

Entre quem quer comprar, as vizinhanças de Saúde e Vila Andrade completam a lista dos cinco bairros mais buscados.

A Saúde também aparece entre os cinco bairros mais atraentes para quem quer alugar, seguida por Jabaquara, também na Zona Sul (veja as listas completas abaixo).

O levantamento aponta quais bairros estão crescendo em interesse para os paulistanos ou para quem deseja se mudar para a cidade, que completa 470 anos nesta quinta-feira (25). Entre os dez bairros mais buscados por quem quer comprar estão Santana e Penha, que há cinco anos ocupavam a 15ª e a 26ª posição no ranking de interesse. “Esse crescimento se deve aos investimentos em infraestrutura que tornaram as duas regiões mais atrativas na 

relação custo benefício”, afirma a economista.

Mudança ainda maior aconteceu com Pirituba, hoje o sétimo bairro mais buscado para locação, mas que há cinco anos estava na 34ª colocação. Gonçalves pontua que a ascensão de atratividade do bairro é “nítida”, pelo aumento de lançamentos imobiliários e melhorias na linha Rubi da CPTM. “O bairro ainda tem uma localização estratégica na Zona Norte, com acesso às rodovias Anhanguera e Bandeirantes, além da Marginal Tietê”, afirma. Pirituba é onde a MRV está construindo seu maior projeto, o Cidade Sete Sóis, que prevê 30 mil moradias.

Dois quartos para comprar, um para alugar

O tipo de imóvel mais buscado por quem quer comprar um imóvel em São Paulo é de dois quartos, preferência que subiu de 46% para 50% das buscas de 2021 para 2023. Já a procura por apartamentos com um quarto caiu de 36% para 30% no mesmo intervalo.

Ficou estável a demanda por imóveis que tenham uma vaga de garagem, algo procurado por 59% dos usuários. Só 12% desejam um imóvel sem vaga.

A tendência é diferente entre quem vai alugar. A procura por imóveis sem vaga subiu de 29% para 39% em dois anos, enquanto a busca por imóveis com uma vaga caiu de 57% para 51%.

Quem aluga também busca mais imóveis com apenas um quarto, preferência de 54%, ante 56% em 2021. Imóveis com dois quartos são preferidos por 40% dos usuários, ante 36% em 2021.

Quanto custa morar em São Paulo

O período da pandemia coincide com uma mudança no comportamento do preço dos imóveis para compra e venda na capital. Os índices de preço costumavam ter variação maior em São Paulo do que na média do país, mas isso se inverteu desde 2020, para a locação, e desde 2021 para a compra. Não significa, porém, que a cidade deixou de ser mais cara do que a média brasileira.

Em 2023, o preço dos imóveis à venda na cidade subiu 4,69%, segundo o índice FipeZap, abaixo da média nacional de 5,13%. O preço médio pedido em São Paulo, por metro quadrado, foi de R$ 10.676, enquanto a média do Brasil foi de R$ 8.720.

Para alugar, houve variação de 13,28% na cidade em 2023, ante 16,16% da média nacional. O preço médio de locação em São Paulo, por metro quadrado, ficou em R$ 51,62. A média nacional foi de R$ 42,53.

Bairros mais buscados para compra

  • Vila Mariana (3,9%)
  • Tatuapé (3,19%)
  • Itaim Bibi (3,17%)
  • Saúde (3,11%)
  • Vila Andrade (2,88%)
  • Santo Amaro (2,75%)
  • Perdizes (2,6%)
  • Lapa (2,4%)
  • Santana (2,29%)
  • Penha (2,09%)

Bairros mais buscados para locação

  • Vila Mariana (3,47%)
  • Itaim Bibi (3,16%)
  • Tatuapé (2,69%)
  • Saúde (2,67%)
  • Jabaquara (2,57%)
  • Perdizes (2,28%)
  • Pirituba (2,12%)
  • Vila Andrade (2,11%)
  • Sacomã (2,08%)
  • Moema (1,99%)

Infomoney - SP   26/01/2024

O Citi atualizou a sua cobertura para as empresas de construção civil da B3, reforçando Cyrela (CYRE3) e Cury (CURY3) como as suas principais escolhas em meio aos ventos favoráveis regulatórios que têm ocorrido nos últimos dias.

Os analistas do banco citam a sanção da lei de revisão do zoneamento de São Paulo pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), que havia sido aprovada em dezembro na Câmara municipal. Mesmo com 58 vetos ao projeto levando a maiores restrições (entre os trechos vetados estão aqueles que permitiriam edifícios mais altos em zonas mistas e centrais), o Citi destaca que o projeto é muito favorável aos negócios, introduzindo grandes oportunidades de aquisição de terrenos, especialmente para empresas do segmento médio/alto padrão.

“Prevemos que isso também deverá trazer um alívio temporário das pressões competitivas para a Cyrela, com os seus pares adiando os lançamentos para solicitar aprovações de novos projetos sob as novas regras”, avalia.
Além disso, o banco vê grandes melhorias na HIS (Habitação de Interesse Social), uma política municipal que concede incentivos fiscais a empreendimentos acessíveis, beneficiando cerca de 80% do landbank (banco de terrenos) da Cury em SP.

“O novo cenário regulatório da cidade deverá elevar as projeções de consenso para receitas e margens neste próximo ciclo, bem como diminuir o risco das perspectivas de crescimento existentes para nossas ações preferidas”. Além disso, os analistas veem um ambiente amplamente benigno à frente, com a inflação dos custos de construção ainda moderada e o Minha Casa Minha Vida (MCMV) na sua melhor forma.

Sinalizando as melhorias nos fundamentos no setor em São Paulo, o banco elevou o preço-alvo para as ações da Cyrela de R$ 26 para R$ 29 e de Cury de R$ 21 para R$ 23, mantendo recomendação de compra para os dois papéis.

Com relação às outras companhias do setor, o banco subiu a recomendação para as ações da Tenda (TEND3) de neutra para compra, com o preço-alvo também sendo elevado de R$ 12 para R$ 14, vendo uma história de recuperação e amadurecimento em um ano promissor para o MCMV. Para o banco, após a queda de 32% nos últimos trinta dias, as ações estão baratas demais.

Já a MRV (MRVE3), segundo o banco, foi “deixada de fora da festa”, com a recomendação cortada de compra para neutra e o preço-alvo passando de R$ 11 para R$ 9. O banco cortou as estimativas para as ações da empresa dadas as revisões para cima nas despesas financeiras e exposição a riscos de inadimplência.

O começo de ano tem sido difícil para as ações da Tenda, com queda de 33,36% no acumulado de 2024 após um salto de mais de 200% em 2023, enquanto MRV cai 28,49% com as recentes revisões para baixo de seus números feitas pelo mercado.

Em relatório com foco no segmento de baixa renda, o Itaú BBA reiterou a sua recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para Direcional (DIRR3), Cury e Plano & Plano (PLPL3), mantendo recomendação marketperform (desempenho em linha com a média, equivalente à compra) para Tenda.

A preferência é por Direcional, com o preço-alvo se mantendo em R$ 31, enquanto manteve target de CURY3 em R$ 22 e elevou para PLPL3 de R$ 12 para R$ 16. Já o preço-alvo para TEND3 foi cortado de R$ 17 para R$ 12.

“Mantemos nossa ordem de preferência: Direcional, Cury, Plano & Plano, MRV e Tenda (única com classificação equivalente à neutra)”, afirmam os analistas do BBA. O banco tem DIRR3 como preferida por uma combinação de valuation atrativo, projeção de forte crescimento de lucros, bom pagamento de dividendos e presença geográfica diversificada.

NAVAL

IstoÉ Online - SP   26/01/2024

A empresa chileno-canadense dona da Montecon, uma das principais operadoras do porto de Montevidéu, anunciou nesta quinta-feira (25) que pedirá ao Estado uruguaio 600 milhões de dólares (R$ 2,95 bilhões) em uma disputa internacional, por considerar que não foi respeitada a livre concorrência acordada.

A Neltume Ports, cujos acionistas são a chilena Ultramar e a canadense ATCO, argumenta que “o Uruguai violou o acordo de investimentos com o Chile ao privilegiar a operação do Terminal Cuenca de Plata (TCP) com a extensão da concessão à companhia belga Katoen Natie até o ano de 2081, eliminando o regime de livre concorrência portuária”, segundo comunicado enviado à AFP.

A Montecon é a principal operadora das docas públicas, enquanto a Katoen Natie venceu em 2001 a licitação para construir e administrar por 30 anos uma plataforma especializada de contêineres no porto de Montevidéu. O TCP ficou com a seguinte composição: 80% da empresa belga e 20% da Administração Nacional de Portos (ANP), uma entidade estatal.

Em fevereiro de 2021, após a Katoen Natie ameaçar processar em 1,5 bilhão de dólares o Estado uruguaio com o amparo do tratado de proteção de investimentos com a Bélgica, alegando concorrência desleal, o governo do presidente Luis Lacalle Pou assinou uma prorrogação da concessão por 50 anos.

Agora, por “perdas e danos” que estimou em 600 milhões de dólares como resultado da disposição derivada do acordo com a Katoen Natie, a Neltume Ports notificou em 18 de janeiro a Direção Geral de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério de Relações Exteriores sobre o início de um processo de arbitragem internacional, que começará nos próximos 90 dias.

Afirmou que o caso será submetido ao Centro Internacional de Resolução de Disputas sobre Investimentos do Banco Mundial, ou de acordo com as Regras de Arbitragem da Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional (Cnudmi).

Segundo a notificação, a Neltume Ports e seu investimento na Montecon receberam um “tratamento menos favorável” do que ao TCP e à Katoen Natie.

“A perda de receita da Montecon resultou, durante o ano de 2022, em uma diminuição de sua margem bruta em 40%, e seu resultado operacional diminuiu 69%”, indica o comunicado, divulgado após informações sobre o processo publicadas pelo semanário “Búsqueda”.

Além disso, a Montecon “teve que arcar com os custos e despesas de indenizações e compensações decorrentes da demissão ou mudança das condições de trabalho de mais de 120 trabalhadores”, acrescenta o texto. O governo uruguaio não respondeu a um pedido de comentários feito pela AFP.

O porto de Montevidéu, o mais importante do Uruguai, fica na capital do país, às margens do Rio da Prata, uma localização estratégica para o tráfego marítimo.

O Estado de S.Paulo - SP   26/01/2024

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, disse nesta quarta-feira, 24, que o financiamento do banco à construção naval será de ao menos R$ 2 bilhões em 2024. A cifra exata, porém, vai depender de “bons projetos”, disse Mercadante.

Ele fez o anúncio em evento do BNDES no Rio de Janeiro, em que foram anunciados R$ 19 milhões não reembolsáveis para pesquisas de planejamento espacial da Marinha, no âmbito do programa BNDES Azul.

Os recursos se repartem entre as regiões Sul (R$ 7 milhões) e Sudeste (R$ 12 milhões). Nesta quarta, foi assinado especificamente o contrato de Planejamento Espacial Marinho (PEM) para o Sul do País. Desembolsos para as regiões Nordeste e Norte ainda são discutidos.

“Em 2024, garanto que não serão menos de R$ 2 bilhões para financiar construção naval. Mas o BNDES reage a bons projetos, projetos estruturantes. Precisamos de bons projetos, olhando para o futuro”, afirmou Aloizio Mercadante.

Ele lembrou que o financiamento da construção naval pelo BNDES somou R$ 600 milhões em 2022 e R$ 1 bilhão em 2023, destacando a aposta crescente do banco na atividade.

Mercadante argumenta que, do total de exportações brasileiras, que no ano passado somaram US$ 340 bilhões, 95% deixam o País por mar, e por isso o Brasil precisa construir navios com o mesmo grau de especialização com que produz, por exemplo, aviões via Embraer.

“Tivemos uma indústria pujante de construção naval nos anos 1970. Nós precisamos fazer navios, já fizemos, temos tecnologia e acúmulo para isso”, afirmou o presidente do BNDES.

Segundo Mercadante, a conjuntura global oferece uma janela para a construção naval brasileira, devido às exigências da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) relativa à redução de emissões relacionadas à navegação.

“A IMO tem poder decisório e, até 2030, a meta é reduzir em 40% as emissões com uso de combustíveis renováveis. Isso é uma janela que está se abrindo. Podemos usar amônia verde, hidrogênio verde, metanol verde e etanol para entrar nesse disputa fabricando navio a combustível renovável para sair na frente”, continuou.

Segundo Mercadante, executivos otimistas esperam multas de US$ 40 a US$ 100 por tonelada para quem não cumprir as exigências, enquanto os pessimistas estimam penalidade de US$ 500 por tonelada, o que será um diferencial para quem tiver uma “frota verde”.

Ele destacou, ainda, o tamanho da carteira “azul” do BNDES, que já perfaz R$ 22 bilhões em financiamentos, sendo mais da metade, R$ 13,6 bilhões voltados a embarcações e navios, sobretudo suporte ao pré-sal e estaleiros. Outra frente, a de portos e terminais, já soma R$ 6,5 bilhões em financiamentos. E o BNDES também administra o Fundo de Marinha Mercante, com créditos de R$ 1,2 bilhão.

Infomoney - SP   26/01/2024

Três entidades do setor portuário acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) contra trecho da Lei dos Portos que estabelece parâmetros para a contratação de trabalhadores portuários avulsos (que prestam serviços eventualmente, sem carteira assinada). O ministro Edson Fachin será o relator da ação.

A ação foi ajuizada pela Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), pela Associação Brasileira dos Terminais de Contêineres (Abratec) e pela Federação Nacional das Operações Portuárias (Fenop). Elas dizem que a lei cria uma “reserva de mercado” e dificulta a criação de empregos.

A Lei dos Portos determina que a contratação deve ser feita “exclusivamente” entre os trabalhadores avulsos registrados no Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO), mas o setor privado pede uma outra interpretação ao texto: que o termo “exclusivamente” seja interpretado como “prioritariamente”.

Portos e Navios - SP   26/01/2024

Dados de dezembro confirmam recorde do ano, com 173,3 milhões de toneladas

O mês de dezembro de 2023, no Porto de Santos, registrou a movimentação, recorde para o mês, de 15,6 milhões de toneladas de cargas, crescimento de 29,1% em relação a dezembro de 2022. Com o resultado, o total desde janeiro foi de 173,3 milhões, confirmando o recorde anual.

“O resultado de dezembro demonstra que há espaço para crescimento da operação no Porto de Santos que, com planejamento e organização, se mantém como principal porto do país”, declara o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini. Os dados registrados pela APS apontam que a safra recorde grãos e cana-de-açúcar, juntamente com a recuperação da movimentação de contêineres no Porto de Santos foram decisivos para o crescimento.

Em dezembro, os granéis sólidos movimentaram 2,4 milhões de toneladas a mais do que em dezembro de 2022. Boa parte devido ao aumento na movimentação de soja (+584 mil t, +428%) e açúcar (+998 mil t, +70,5%).

Na movimentação de contêineres, o crescimento no mês também é expressivo. Em toneladas, foram 23,7% de aumento (total de 4,74 milhões de toneladas) e 15,5% de aumento em TEU (medida padrão equivalente a um contêiner de 20 pés). A carga conteinerizada registrou queda no total do ano, mas vem se recuperando e em dezembro igualou ao movimento máximo dos últimos 3 anos.

Movimento acumulado

No ano, conforme projetado, o Porto de Santos marcou seu recorde histórico, com a movimentação de 173,3 milhões de toneladas, número 6,7% maior que o de 2022 (quando foram 162,4 milhões). Os embarques cresceram 9,6%, com o total de 130 milhões, e os desembarques registraram queda de 1,2% (43,3 milhões).

PETROLÍFERO

BOL - SP   26/01/2024

Os preços do petróleo atingiram nesta quinta-feira (25) seu nível mais alto em sete semanas, após a divulgação de dados econômicos sólidos nos Estados Unidos e pelos esforços de recuperação da China.

O preço do barril Brent do Mar do Norte, negociado na Europa para entrega em março, subiu 2,98%, para 82,43 dólares, um máximo desde o fim de novembro de 2023.

Já o West Texas Intermediate (WTI), referência no mercado americano e para entrega no mesmo mês, subiu 3,02%, para 77,36 dólares, o que também é seu nível mais alto em quase sete semanas.

A diminuição dos estoques de petróleo nos Estados Unidos na semana passada e os riscos geopolíticos persistentes também deram impulso aos preços.

Vários indicadores nos Estados Unidos mostraram uma economia mais robusta que o esperado, a começar pela expansão do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre de 2023, que cresceu 3,3% em estimativa anual frente aos 2% esperados.

"O crescimento do PIB americano certamente influi no aumento de preços, bem como nos pedidos de bens duráveis, que foram muito bons", indicou Bill O'Grady da Confluence Investment.

Na quarta-feira, o banco central chinês anunciou que haverá redução do coeficiente de reservas obrigatórias dos bancos, uma medida destinada a evitar a desaceleração do crescimento da segunda maior economia do mundo.

Apesar de as tensões no Oriente Médio não terem provocado perturbações no abastecimento até agora, elas "deram força ao sentimento de alta" no mercado do petróleo, opinam os analistas da Energi Danmark.

Investing - SP   26/01/2024

Os preços do petróleo subiram cerca de 3% nesta quinta-feira, fixando-se no seu nível mais alto desde dezembro, depois de os dados econômicos dos EUA terem mostrado um crescimento mais rápido do que o esperado no último trimestre e à medida que as tensões no Mar Vermelho continuavam a perturbar o comércio global.

Os futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 2,39 dólares, ou 2,99%, a 82,43 dólares o barril. O petróleo West Texas Intermediate dos Estados Unidos ganhou 2,27 dólares, ou 3,02%, a 77,36 dólares.

As tensões geopolíticas no Oriente Médio e a perturbação do transporte marítimo no corredor do Mar Vermelho permaneceram em foco.

A Maersk disse que as explosões forçaram dois navios operados por sua subsidiária nos EUA, que transportavam suprimentos militares dos EUA, a recuar quando transitavam pelo estreito de Bab al-Mandab, ao largo do Iêmen, acompanhados pela Marinha dos EUA.

"Estamos finalmente a ver os mercados de energia acordarem para a possibilidade distinta de que estas perturbações na cadeia de abastecimento ainda durarão meses", disse Joshua Mahony, analista-chefe de mercado da Scope Markets.

"A perspectiva de uma solução militar para garantir uma passagem segura parece improvável", acrescentou.

Investing - SP   26/01/2024

Ambientalistas e grupos indígenas do Equador disseram nesta quinta-feira que o presidente Daniel Noboa corre o risco de ser destituído do cargo se não cumprir um referendo que exigiu o fechamento de um bloco de petróleo na região amazônica do país.

No ano passado, a maioria dos equatorianos votou pelo fechamento do bloco 43-ITT para proteger a reserva Yasuni na Amazônia, e o tribunal superior do país concedeu um ano para a remoção da infraestrutura de petróleo na região.

Recentemente, Noboa ventilou a ideia de adiar o fechamento do bloco, citando como motivo os recursos necessários para financiar a ofensiva militar declarada por ele para combater as gangues criminosas que ele designou como terroristas em meio à violência crescente.

A estatal Petroecuador já havia dito anteriormente que o fechamento do bloco -- que produz cerca de 55.000 barris de petróleo por dia -- poderia ser iniciado em agosto.

"Se o presidente assinar um documento declarando que não cumprirá a vontade do povo..., o Tribunal Constitucional terá que remover o presidente, nós nos encarregaremos de apresentar acusações criminais", disse a jornalistas Pedro Bermeo, do grupo de defesa ambiental Yasunidos, que trabalhou pelo referendo.

Durante a mesma entrevista coletiva, Leonidas Iza, presidente do maior grupo indígena do Equador, a Conaie, ameaçou levar o caso ao tribunal superior do Equador e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), se necessário.

"Os democratas respeitam a vontade do povo", disse Iza. "Os oportunistas se aproveitam da vontade do povo para seus próprios fins. O presidente Noboa está no ponto de revelar se é um oportunista ou um democrata."

O governo não respondeu a pedidos de comentários.

O fechamento do bloco pode custar ao Equador cerca de 13,8 bilhões de dólares nas próximas duas décadas e resultará na perda de 12% da produção de petróleo do país, de cerca de 492.000 bpd, de acordo com a Petroecuador.

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