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24 de Julho de 2024

SIDERURGIA

Infomoney - SP   24/07/2024

As ações de mineradoras e siderúrgicas registraram queda forte na sessão desta terça-feira (23), muito pressionadas pela baixa do minério.

Os destaques de queda ficaram para as siderúrgicas CSN (CSNA3, R$ 12,04, -5,05%), Gerdau (GGBR4, R$ 18,04, -4,50%) e Usiminas (USIM5, R$ 8,29, -3,15%), assim como as mineradoras CSN Mineração (CMIN3, R$ 4,95, -4,99%) e Vale (VALE3, R$ 60,23,-1,34%).

Os contratos futuros de minério de ferro caíram para o nível mais baixo em mais de três meses nesta terça-feira, à medida que a falta de estímulo do terceiro plenário do maior consumidor da China alimentou as perspectivas de uma demanda fraca.

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O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 3,43%, a 774,5 iuanes (106,47 dólares) a tonelada, seu valor mais baixo desde 8 de abril.

O minério de ferro de referência para agosto na Bolsa de Cingapura caiu 3,36%, para 100,0 dólares a tonelada, também seu nível mais baixo desde 8 de abril.

As perdas persistentes do minério de ferro ocorrem em meio a uma “perspectiva sombria” para a demanda na China, disseram os analistas do ANZ em uma nota.

A recuperação econômica instável da China continua a ser prejudicada pela fraca demanda doméstica, pelas persistentes pressões deflacionárias e por um setor imobiliário anêmico.

Brasil Mineral - SP   24/07/2024

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 161,4 milhões de toneladas em junho de 2024, um ligeiro aumento de 0,5% em relação ao mesmo mês do último ano. A Ásia e a Oceania produziram 120,6 milhões de toneladas em junho, um aumento de 0,3% sobre junho de 2023. Apenas a China produziu 91,6 milhões de toneladas, 0,2% a mais que em junho do ano passado, enquanto a Índia produziu 12,3 milhões de toneladas no mês, um incremento de 6%. Japão e Coreia do Sul produziram 7 milhões e 5,1 milhões de toneladas de aço bruto em junho, respectivamente, com decréscimo de 4,2% e 7,2%.

Os países do Bloco Europeu produziram 11,1 milhões de toneladas de aço em junho de 2024, ou 5,1% a mais que no mesmo mês de 2023, sendo que a Alemanha produziu 3,2 milhões de toneladas, um aumento de 8,9% sobre junho de 2023. Países europeus, como Bósnia-Herzegovina, Macedônia, Noruega, Sérvia, Turquia e Reino Unido, produziram 3,8 milhões de toneladas, um avanço de 2,1% sobre junho do último ano. A Turquia produziu 3,1 milhões de toneladas, 4,3% superior a junho do ano passado.

A África -- Egito, Líbia e África do Sul – produziu 1,6 milhão de toneladas de aço bruto em junho e caiu 9,6%, na comparação com junho do último ano. Já os países da CIS produziram 7,4 milhões de toneladas, um aumento de 1,4%, com destaque para a Rússia, que teve um volume de produção estimado de 6 milhões de toneladas, mas caiu 4,1% no mês.

Os países do Oriente Médio - Irã, Catar, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos – registraram produção de 4,6 milhões de toneladas de aço bruto, 2,7% inferior na comparação com junho de 2023. O Irã produziu 2,6 milhões de toneladas, o que representa um decréscimo de 8,5% sobre o mesmo mês de 2023.

A produção na América do Norte caiu 1,9% em junho de 2023, somando 8,9 milhões de toneladas. Apenas os Estados Unidos produziram 6,7 milhões de toneladas, 1,5% a menos que em junho de 2023, enquanto a produção na América do Sul alcançou 3,5 milhões de toneladas, aumento de 4,1% sobre junho de 2023. A produção brasileira somou 2,9 milhões de toneladas e cresceu 11,8% em junho de 2024 na comparação com o mesmo mês do ano passado. No primeiro semestre de 2024, a produção global de aço bruto atingiu 954,6 milhões de toneladas, mantendo-se estável em relação aos seis primeiros meses de 2023.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   24/07/2024

A grande expectativa do mercado é de que o Federal Reserve (Fed), ao final da sua próxima reunião de política monetária, no dia 31 deste mês, sinalize finalmente que irá começar a cortar os juros no encontro seguinte, em setembro. O debate, no entanto, não é mais apenas quando terá início o ciclo de redução da taxa básica nos Estados Unidos, mas qual o ritmo desse afrouxamento até o fim deste ano, assim como em 2025 e 2026.

Ao final da reunião da próxima semana, uma eventual sinalização mais clara de que o primeiro corte de juros ocorrerá mesmo em setembro - no comunicado que acompanhará a decisão ou nas declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista à imprensa - poderá ser um poderoso catalisador de preços para os ativos de risco, especialmente os de mercados emergentes.

E se o mercado passar a apostar que o ritmo de corte de juros nos EUA será mais acelerado do que o Fed está projetando para até o fim do ano e também para 2025, os países emergentes terão uma importante janela de oportunidade para entrar num círculo virtuoso. Mas a questão é se os fundamentos da economia - sobretudo, os das políticas fiscal e monetária - vão permitir o Brasil aproveitar esses ventos favoráveis.

Atualmente, o mercado está precificando mais de dois cortes de 0,25 ponto porcentual dos juros americanos até o fim deste ano. A taxa está atualmente na faixa entre 5,25% e 5,50%. Na sua última atualização de projeções de variáveis macroeconômicas, o Fed indicou só uma redução de juros neste ano. Já para 2025 e 2026, o Fed prevê cortar 0,25 ponto por trimestre, ou seja, quatro reduções em 2025 e outras quatro em 2026, com a taxa caindo para 3,1%.

Diante das surpresas para baixo nas últimas duas leituras da inflação ao consumidor e de alguns dados mostrando uma perda de fôlego do mercado de trabalho, é provável que, até o fim deste ano, o número de cortes de juros acabe se alinhado com o que o mercado espera, de pelo menos dois. Até a sua reunião de setembro, o Fed terá em mãos outras duas leituras de inflação e dois relatórios do mercado de trabalho, referentes a julho e agosto.

Caso a inflação siga rodando aquém do previsto e o nível de emprego e de salários desacelere mais rapidamente, o mercado poderá apostar que, em 2025, o Fed possa cortar juros mais de uma vez por trimestre. Seria uma festa para ativos de risco. O problema é que, se Donald Trump vencer a eleição presidencial americana, a sua política econômica mais inflacionária jogará um balde de água fria nessa precificação do mercado.

O Estado de S.Paulo - SP   24/07/2024

O presidente Lula afirmou que o governo elabora “uma proposta para aderir” à Iniciativa do Cinturão e Rota, o principal projeto de infraestrutura e investimento da China, também conhecido como a “nova rota da seda”. A declaração marca a primeira vez que o governo fala abertamente sobre a adesão, debatida internamente desde a viagem do presidente a China em abril do ano passado.

Lula falou sobre o assunto no evento que anunciou investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em rodovias federais, na sexta-feira, 19, em São José dos Campos (SP). “Como a China quer discutir essa Rota da Seda, teremos que preparar uma proposta para avaliar ‘O que ganhamos? O que o Brasil ganha se participar disso?’”, declarou.

O plano é debatido internamente há mais de um ano, mas o governo nunca havia admitido publicamente. Os integrantes discutem os prós e contras de aderir ou não a iniciativa o megaprojeto de infraestrutura lançado há 11 anos pelo governo Xi Jinping. A ofensiva já reúne cerca de 150 países e sofre oposição dos Estados Unidos e da Europa, que também reagiu com projeto de parceria global.

A China persegue a adesão do Brasil e sugeriu unir a nova Rota da Seda ao novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas há resistências por parte de integrantes da diplomacia, embora o projeto, oficialmente conhecido como Cinturão e Rota (Belt and Road), tenha simpatia de membros do Palácio do Planalto.

Em junho, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, liderou uma missão a Pequim com ministros e representantes de 21 ministérios e agências governamentais, além de delegação empresarial. E em novembro, Xi Jinping virá ao Brasil para participar da Cúpula de Líderes do G-20 e se reunir com Lula e autoridades brasileiras, em uma visita de Estado, que deve ocorrer em Brasília.

De acordo com o presidente, o Brasil também deve ir a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), no Peru, para discutir a adesão do Brasil a proposta da China.

Embora a China seja o maior parceiro comercial do Brasil e historicamente invista no País, os governos têm relutado em assinar a Iniciativa Cinturão e Rota. Na América do Sul, o Brasil é um dos únicos três a não aderir a iniciativa, ao lado da Colômbia e do Paraguai.

Uma avaliação comum é que há uma parceria contínua com Pequim que independe da adesão, enquanto a adesão sinalizaria alinhamento com Pequim que poderia afetar a relação do Brasil com parceiros ocidentais.

Em junho, no entanto, Lula externou que deseja construir uma “parceria estratégica de muitos anos” com Xi Jinping, sem dar mais detalhes. Os dois países celebram 50 anos de relações diplomáticas este ano e devem celebrar a data com alguma marca. “Queremos construir uma parceria estratégica com os chineses, uma coisa de muitos anos”, disse Lula em entrevista à Rádio Meio, do Piauí, na ocasião.

Brasília e Pequim compartilham de uma extensa pauta e interesses, que vão além do agronegócio e passam por itens de Defesa, aviação, exploração espacial e investimentos em energia e indústria automobilística. O Brasil quer exportar à China ao menos 20 jatos modelo E195-E2 da Embraer, de médio porte e uso comercial, já certificado para rotas internas operadas por companhias chinesas. Os países pretendem lançar um novo satélite geoestacionário conjunto, o CBERS-5, com maior capacidade de captação de imagens para produção de dados meteorológicos.

A China também manifestou interesse formal em comprar 49% da estatal Avibrás - a empresa passa por recuperação judicial e é a fabricante dos sistemas de mísseis e foguetes Astros, um projeto estratégico do Exército Brasileiro. A parceria seria por meio da estatal chinesa Norinco e vem sendo discutida com Lula e o Ministério da Defesa.

Investing - SP   24/07/2024

O Wells Fargo (NYSE:WFC) manteve sua projeção de crescimento do PIB global para 2024 em 2,9%, consistente com sua estimativa do mês anterior.

No entanto, a instituição financeira relatou ajustes dentro da previsão, incluindo uma diminuição na previsão de crescimento para a China e um aumento para a Índia. A previsão revisada para o PIB da China está agora fixada em 4,8%, uma redução em relação às expectativas anteriores.

Por outro lado, as perspectivas de crescimento para a Índia melhoraram, com o banco agora antecipando um aumento de 7,3% no PIB do país. Além disso, o Wells Fargo elevou ligeiramente sua projeção de crescimento para o Reino Unido em 2024 para 1,0%.

As expectativas do banco para a política monetária global permanecem praticamente inalteradas desde o mês passado. O Wells Fargo prevê que a maioria dos bancos centrais das economias avançadas reduzirá as taxas de juros gradualmente, devido a preocupações persistentes com a inflação.

O relatório indica uma flexibilização monetária mais imediata no Canadá, com expectativas de um corte na taxa de juros já em julho, influenciado por um sentimento e atividade econômica mais fracos, juntamente com a inflação contida.

O Estado de S.Paulo - SP   24/07/2024

Realizado na manhã desta terça-feira, 23, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Fórum Estadão Think - A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã reuniu uma série de caminhos para reverter mais de 30 anos de declínio do setor no País. Os palestrantes destacaram os avanços trazidos pela reforma tributária, ainda dependente de regulamentação no Senado. Porém, também convergiram na opinião de que, além de um sistema mais eficiente de cobrança de impostos, é urgente ter uma política voltada ao setor, com crédito diferenciado, planejamento e estímulo à inovação — entre os painéis, a comparação com o investimento no agronegócio nas últimas décadas, com ações como o Plano Safra, foi frequente.

Na abertura do evento, o presidente da Fiesp, Josué Gomes, questionou como um setor altamente intensivo em capital geraria recursos necessários para manter a sua produtividade e investir no mesmo nível de seus competidores se não pode tomar recursos de terceiros por serem proibitivos e carrega uma carga tributária pesada.

“Como que se quer que mantenha competitividade em um contexto de competitividade como este?”, questionou Josué, emendando que tem de se aplaudir o desempenho do agro brasileiro, mas lembrar que desde 2003 conta com o Plano Safra.

No evento, realizado pelo Estadão na sede da Fiesp, na Avenida Paulista, que teve também apoio institucional do Centro das Indústrias do Estados de São Paulo (Ciesp), da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI), os palestrantes expuseram causas da redução da participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro nos últimos anos. Essa fatia era de quase 25% em meados da década de 1980 e recuou, no ano passado, para algo em torno de 10%. Uma indústria fraca costuma resultar em produtividade baixa, o que se reflete na própria atividade econômica brasileira — que vem patinando nos últimos anos, alternando quedas e crescimentos medíocres.

Confira a seguir uma síntese do que palestrantes do evento disseram sobre temas centrais para a reindustrialização do Brasil.

Política industrial

“Precisamos fazer mais do que discutir a questão fiscal. Temos de ter estratégia, uma missão. A reindustrialização precisa vir de uma política de Estado”, resumiu Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, durante a abertura do evento.

O Brasil é o país que mais retrocedeu em termos de competitividade, afirmou, por causa de uma ausência de políticas industriais ativas, diferentemente do que ocorre com os países mais ricos, que despejam atualmente quase US$ 13 trilhões nesse tipo de política. “O rentismo sem produção também vai condenar o futuro no Brasil”, segundo Lucchesi.

O País não tem plano nenhum. É muito confortável para o governo federal: se você não sabe para onde vai, não consegue ser cobrado. São muitas incongruências.

Paulo Rabello, presidente do BNDES no governo Michel Temer (2016-2019)

“O Brasil tem pressa. Instituições como o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) precisam vigiar os interesses nacionais, o que passa por elencar áreas prioritárias para a inovação, disse o economista Paulo Rabello, presidente do BNDES no governo Michel Temer (2016-2019). Na visão do economista, o próprio BNDES, hoje, teria condições de dobrar o crédito concedido, mantendo a segurança. “O Brasil não tem paralelo em nenhum lugar do mundo, em termos do que é feito errado em termos de concessão de crédito para o setor produtivo.”

Até por isso, o economista avalia como positiva a chegada do Plano Mais Produção, deflagrado no início do ano. “É o BNDES começando, novamente, a vislumbrar o seu papel.” O objetivo estratégico do Plano Mais Produção é mobilizar aproximadamente R$ 250 bilhões do BNDES para o apoio a projetos de neo-industrialização até 2026. Apesar de este apontar para a direção correta, porém, ainda falta para o Brasil um plano mais robusto, voltado para a inovação industrial. “Não há integração”, disse. “O País não tem plano nenhum. É muito confortável para o governo federal, se você não sabe para onde vai, não consegue ser cobrado. São muitas incongruências.” Critérios objetivos, como, por exemplo, se determinada ação vai ou não aumentar o coeficiente de inovação de um determinado setor sempre devem estar presentes, afirmou.
Crédito

“A indústria é o setor que impulsiona a produtividade da economia como um todo”, disse o economista Bráulio Borges, da LCA Consultores e pesquisador associado do Ibre/FGV. “Diferentemente do setor de serviços e do agronegócio, a indústria é extremamente intensiva em capital físico. Para obter esse capital físico, muitas vezes é necessário recorrer a empréstimos ou capital de terceiros, como sócios. Em um país com juros altos, tanto a taxa básica quanto o spread bancário (a diferença entre os juros que os bancos pagam e cobram), o setor mais prejudicado é naturalmente aquele mais intensivo em capital, ou seja, a indústria. Se a indústria não consegue investir, ela não consegue viabilizar inovação nem ganhos de produtividade. Como diz Paul Krugman, ‘produtividade não é tudo, mas no longo prazo é quase tudo’. Na prática, restringir o crédito e o acesso ao capital para a indústria prejudica o desenvolvimento econômico do País.”

“A comparação com o Plano Safra é pertinente, pois o agronegócio, que teve um desempenho pujante nos últimos 20 a 25 anos, recebe financiamento anual cinco vezes maior do que o proposto para a nova indústria brasileira. Há um claro diagnóstico de deficiência de financiamento na indústria”, afirmou Bráulio Borges. “Existem algumas iniciativas para melhorar essa situação, como a duplicata eletrônica e a melhoria da lei de falências, que buscam facilitar o acesso ao crédito e reduzir seu custo. No entanto, essas medidas ainda são insuficientes. Algumas reformas estão na lei, mas não funcionam na prática. O cadastro positivo de crédito, por exemplo, aprovado inicialmente em 2011 e reformulado em 2019, ainda não funciona bem para pessoas jurídicas. Assim, muitas reformas necessárias para melhorar o acesso ao crédito e reduzir seu custo ainda não estão efetivas na prática. É crucial continuar trabalhando nessas áreas para garantir que a indústria possa obter o financiamento necessário para impulsionar a produtividade e o desenvolvimento econômico do Brasil.”

“O setor não consegue se financiar com esse custo”, afirmou o economista Paulo Gala, do Banco Master. “Com uma taxa de juros muito alta, não se consegue comprar as máquinas e os equipamentos necessários. Entramos em uma situação em que apenas a parte tradicional dos serviços simples da economia se expande e esses serviços são mais inflacionários do que o setor industrial.”

Não temos financiamento. E não temos financiamento porque o brasileiro não gosta de pegar dinheiro emprestado? Não, ele pega dinheiro emprestado todos os dias. O problema é que, se a gente fizer a conta, estes 20% do PIB que a indústria pega, comparado com o faturamento, vão a 33%.

Mário Bernardini, conselheiro do Cosec, da Fiesp

Existe crédito para financiar a indústria, observou Mário Bernardini, conselheiro do Conselho Superior de Economia (Cosec), da Fiesp. O problema, de acordo com executivo, é que esse financiamento é insuficiente e caro. De acordo com Bernardini, o sistema financeiro nacional empresta para a indústria no Brasil algo em torno de 20% do PIB. O endividamento das empresas lá fora, a média da União Europeia é de 75% do PIB, Estados Unidos e Japão é de quase 100% do PIB, e a China, não à toa, 150% do PIB.

“Comparado com isso não temos financiamento. E não temos financiamento porque o brasileiro não gosta de pegar dinheiro emprestado? Não, ele pega dinheiro emprestado todos os dias. O problema é que, se a gente fizer a conta, estes 20% do PIB que a indústria pega, comparado com o faturamento, vão a 33%”, contabiliza Bernardini.

A conta dele considera o faturamento da indústria de R$ 6,8 trilhões em 2022, com PIB de R$ 10 trilhões. “Fazendo a relação, os 20% do PIB dá 33%. A gente não toma mais recursos porque porque, a custos correntes no Brasil, o capital de giro no é acima de 20%. Tomando financiamento de 33%, tenho um custo final sobre o meu faturamento de 6%. Como a margem da indústria é de 8%, se eu tomar mais de 33% de financiamento no Brasil, eu quebro”, disse Bernardini, acrescentando que o custo do financiamento passa a ser maior que o lucro da indústria.

“Se o financiamento é a seiva que alimenta a indústria, são os vampiros que estão se alimentando, a indústria não. Então, se você me pergunta se temos financiamento, a resposta é essa: pouco e caro”, disse Bernardini.
Juro

“Ao longo dos últimos 30 anos, se nós tivéssemos aplicado R$ 100 em CDI, títulos públicos sem qualquer spread bancário, teríamos hoje R$ 8.043. enquanto um bem ou serviço que custava R$ 100 há 30 anos, hoje, se corrigido pelo IPCA, custaria R$ 808. Ou seja, a taxa de juro real nestes 30 anos é dez vezes maior que a taxa de inflação”, disse Josué Gomes, acrescentando que no Brasil, viver de renda se tornou um bom negócio e produzir um péssimo negócio.

“Mesmo se levarmos em consideração os últimos 25 anos desde a criação do tripé macroeconômico colocado em prática pelo Armínio Fraga nós vamos ver que a taxa de juro, em média, foi de 12,4% contra uma taxa de inflação de -6,5%. Taxa de juros real de 6% ao longo de 30 anos sendo que dos últimos 30 anos sendo que por 20, 15 anos vivemos com taxas de juros negativas no mundo desde 2008", criticou o presidente da Fiesp.

Para Winston Fritsch, empresário, professor, consultor e conselheiro emérito do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), o Brasil tem condições de reduzir juros no curto e médio prazo, voltando a fomentar o desenvolvimento da indústria.

“Eu sou um otimista e estou bastante positivo em relação ao período pós-2025. É necessário acreditar que o ministro (da Fazenda, Fernando) Haddad continuará realizando o trabalho sério que está fazendo e manterá o arcabouço fiscal (mecanismo de controle do endividamento do governo, que impacta no dólar e no juro) em funcionamento. Com isso, a restrição doméstica poderá desaparecer e a restrição externa será completamente transformada”, afirmou.

Reforma tributária

De acordo com Cornelius Fleischhaker, economista sênior do Banco Mundial baseado no Brasil, a reforma tributária brasileira, mesmo não colocando o sistema tributário nacional entre os melhores do mundo, colocará o País acima da média, o que não deixa de ser positivo. “Não vai mudar bruscamente o sistema e tributação do dia para a noite. E não é coincidência ela chegar apenas agora depois de muita resistência. O fato de termos agora uma transição paulatina ajudou a quebrar as contrariedades”, explica o economista, para quem, um dos níveis importantes que vai ser alterado a partir da regulamentação da lei é o da tributação indireta. “Outra coisa importante é que o investimento a ser feito no Brasil, a partir desse novo cenário, vai ser feito sobre outras premissas, o que deverá melhorar o ambiente de negócios, de forma contínua, durante essa próxima década (tempo necessário para toda a reforma entrar em vigor)”.

“A reforma tributária, depois de muito tempo, fará com que o Brasil deixe de ser um manicômio e se torne apenas um pandemônio”, disse o economista Paulo Rabello, presidente do BNDES no governo Michel Temer (2016-2019).

“A indústria é a maior beneficiária da reforma”, afirmou Melina Rocha, consultora especialista em temas tributários. “A carga e a cumulatividade sobre o setor é muito alta, e agora isso vai mudar”, afirmou a especialista, que prestou assessoria técnica para o governo brasileiro, diretamente do Canadá, em meio a estudos de modelos do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) adotados no exterior. “O aumento de produtividade no setor industrial deve crescer 8%. Enquanto a atividade do setor em si, pode crescer até 25%. Além disso, outra vitória da indústria é que muitos itens terão alíquotas reduzidas ou até zeradas. Assim como o reembolso do chamado resíduo tributário (imposto pago em excesso ao longo da cadeia), em um cenário conservador, poderá ser feito pelo governo em até 180 dias”, explicou a consultora.

Um dos pontos que o texto da reforma promulgado em dezembro passado vai atacar, segundo Melina, é o do resíduo tributário. A partir da entrada em vigor da reforma, o que vai ocorrer de forma escalonada durante anos, o empresário brasileiro terá como recuperar todo o tributo residual pago por ele ao longo da cadeia. “A indústria exporta hoje 10% do resíduo tributário. Como a indústria nacional vai conseguir competir internacionalmente dessa forma?”, questionou Melina, afirmando que esse é um quadro que tende a mudar no médio prazo.
Segurança pública

Atividades ilegais cibernéticas como roubo de propriedade intelectual têm um impacto devastador para toda a sociedade. Toda a insegurança na indústria precisa ser tratada como uma abordagem integrada.

Carlos Erane de Aguiar, presidente da Firjan

Além das questões fiscal e tributária, segundo Carlos Erane de Aguiar, presidente da Firjan. a falta de segurança pública é outro gargalo que gera bilhões de reais em prejuízos. Desde a questão da ida e vinda ao trabalho por parte do trabalhador, passando pela perda de patrimônio em si até questões envolvendo roubo de energia, de água e de crimes eletrônicos, como fraudes, precisam ser atacadas.

“Atividades ilegais cibernéticas como roubo de propriedade intelectual têm um impacto devastador para toda a sociedade”, disse. “Toda a insegurança na indústria precisa ser tratada como uma abordagem integrada.”

Globo Online - RJ   24/07/2024

No Brasil e no mundo, a tendência é que a política monetária passe para o assento de passageiro e a política tradicional tome o volante e guie a economia. Essa é a avaliação que Adriano Cantreva, sócio da Portofino Multi Family Office, faz de Nova York, onde há mais de 30 anos acompanha os movimentos do mercado global, a uma semana do início da reunião do Comitê Política Monetária (Copom) em Brasília quando se decidirá os rumos do juros brasileiros.

Com o movimento de queda da inflação mundo afora e com a expectativa de um pouso suave na economia, ele avalia que a tendência global é de queda nos juros, mas em ritmo que vai acompanhar as particularidades de cada país e que não deve promover nenhuma grande mudança a curto prazo. Por aqui, a expectativa de Cantreva é que seja mantida em 10,5% a Selic na próxima semana. Nos EUA, apesar das últimas sinalizações do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, de que finalmente um corte de juros está a caminho, a magnitude, avalia, deve ser modesta, às vésperas das eleições presidenciais.

- O movimento global é de queda de inflação. E a política monetária que vai ficar meio de lado. A questão política mesmo é que vai predominar, principalmente nos Estados Unidos e, obviamente, no Brasil com toda essa discussão em virtude do Orçamento, como vai se dar o corte de gastos, a questão dos impostos, toda a discussão que a gente tem visto aí nos últimos meses. Vai continuar preponderante essa questão fiscal. As políticas monetárias, vão tomar o assento de passageiro e o piloto vão ser políticas econômicas e sociais. As políticas dos presidentes ou dos candidatos. Estamos num momento de transição, com novos governo na Inglaterra, França, México...Os banco centrais, de forma geral, deverão ser cautelosos, para não aumentar muito a volatilidade e daqui a pouco criar um problema onde não precisaria ter - avalia Cantreva.

Nas últimas semanas, o mercado americano já vinha precificando a vitória de Donald Trump, diante da frágil candidatura de Biden. A proposta de desregulametação do candidato Republicano, que tende também a um maior fechamento da economia americana levou a altas consistentes no Bolsa e ao fortalecimento do dólar de forma global. A perspectiva para inflação daqui a dois anos caíram para 1,8%. Tudo isso diz, pode mudar, com Kamala Harris. Menos de 72 horas depois da renúncia à candidatura por Joe Biden, pesquisa da Reuters aponta a Democrata à frente Trump.

No Brasil, o real sobre pela pressão do dólar no mercado internacional e também pelas questões fiscais locais. O relatório divulgado nesta segunda-feira, diz Cantreva, dá uma sinalização positiva em direção ao comprometimento do governo com o arcabouço fiscal, mas estão longe de recuperar de resolver o problema de credibilidade instaurado, principalmente, em sua avaliação, por uma comunicação pouco uniforme.

- Acho que o mercado estressou um pouco, é fato. Então essa sinalização e compromisso com o cumprimento da meta fiscal, pode melhorar um pouco o mercado brasileiro, o dólar pode cair um pouco, estava virando a quase R$ 5,60, pode ser que volte para R$ 5,20. Mas não acredito esse assunto (fiscal) já esteja resolvido O governo vai ter que mostrar um esforço mais permanente para que essa profecia se realize. Se parecer que está tudo bom demais, muito calmaria em torno do cumprimento da meta, para mim essa é uma indicação de que não vai se concretizar - diz o economista.

Cantreva pondera, no entanto, que apesar do estresse que causa a discussão em torno do cumprimento do arcabouço fiscal, o resultado pode ser muito positivo.

- Enquanto a gente está no meio do debate, às vezes é desconfortável, mas, de qualquer forma, você está exigindo um pouco mais de transparência nas contas, realismo nas receitas e nas despesas. E se a gente conseguir realizar tudo isso, o resultado é bom, apesar do estresse da discussão

O Estado de S.Paulo - SP   24/07/2024

O presidente da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, disse, nesta manhã de terça-feira, 23, durante a abertura do Fórum Estadão Think - A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã, que no Brasil viver de renda se tornou um grande negócio e produzir, um péssimo negócio. Isso porque, diz, o Plano Real, que pôs fim ao flagelo da hiperinflação, propôs uma taxa de juro real alta que era para ser transitória, mas se tornou permanente.

“Ao longo dos últimos 30 anos, se nós tivéssemos aplicado R$ 100 em CDI, títulos públicos sem qualquer spread bancário (a diferença entre os juros que os bancos pagam e cobram), teríamos hoje R$ 8.043. enquanto um bem ou serviço que custava R$ 100 há 30 anos, hoje, se corrigido pelo IPCA, custaria R$ 808. Ou seja, a taxa de juro real nestes 30 anos é dez vezes maior do que a taxa de inflação”, disse Josué, acrescentando que no Brasil, viver de renda se tornou um bom negócio e produzir um péssimo negócio.

“Mesmo se levarmos em consideração os últimos 25 anos desde a criação do tripé macroeconômico colocado em prática pelo Armínio Fraga, nós vamos ver que a taxa de juro, em média, foi de 12,4% contra uma taxa de inflação de -6,5%. Taxa de juros real de 6% ao longo de 30 anos sendo que dos últimos 30 anos sendo que por 20, 15 anos vivemos com taxas de juros negativas no mundo desde 2008", criticou o presidente da Fiesp.

Ele questiona o como um setor altamente intensivo em capital geraria recursos necessários para manter a sua produtividade e investir e meios de capitais modernos pari passu com seus competidores se por um lado não pode tomar recursos de terceiros por serem proibitivos e tem uma carga tributária pesada que faz com a que a geração própria de caixa, que também é outra fonte de investimento, seja diminuída.

“Como que se quer que mantenha competitividade em um contexto de competitividade como este?”, questionou Josué, emendando que tem de se aplaudir o desempenho do agro brasileiro, mas lembrar que desde 2003 conta com o Plano Safra.

A redescoberta da indústria

É a indústria, segundo Josué, que produz aumento de produtividade e inovação de tecnologia na economia. Por isso, segundo ele, os polos de tecnologia e inovação têm de estar próximos dos centros de produção, da indústria. Ele cita como exemplo os Estados Unidos e o Partido Republicano, conservador, que voltou atrás na sua ideologia e passa a defender a exportação de sua indústria.

“Os Estados Unidos estão se dando conta de que exportar sua indústria dentro deste extremo liberalismo era preciso ser eficiente e buscar eficiência nos países de menor custo de produção, de custo de trabalho mais baixo e de simples regulações ambientais e se deram conta de que perderam sua classe média. Agora o próprio partido conservador volta atrás nos seus conceitos e a defender a indústria americana com vigor”, disse o presidente da Fiesp, acrescentando esperar que o Brasil se dê conta da importância da indústria da transformação e passe a defendê-la com vigor.

O Estado de S.Paulo - SP   24/07/2024

A reforma tributária, a ser regulamentada pelo Senado a partir de agosto, merece ser comemorada pela indústria, conforme a consultora Melina Rocha, especialista em temas tributários. “A indústria é a maior beneficiária da reforma. A carga com a cumulatividade sobre o setor é muito alta, e agora isso vai mudar”, disse a especialista no Fórum Estadão Think — A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã, realizado nesta terça-feira (23) na sede da Fiesp, na Avenida Paulista.

“O aumento de produtividade no setor industrial deve crescer 8%, enquanto a atividade do setor em si pode crescer até 25%. Além disso, outra vitória da indústria é que muitos itens terão alíquotas reduzidas ou até zeradas. Assim como o reembolso do chamado resíduo tributário (imposto pago em excesso ao longo da cadeia), em um cenário conservador, poderá ser feito pelo governo em até 180 dias”, explica a consultora, que prestou assessoria técnica para o governo brasileiro, diretamente do Canadá, em meio a estudos de modelos do Imposto sobre Valor Agregado (IVA) adotados no exterior.

Um dos pontos que o texto da reforma promulgado em dezembro passado vai atacar, afirma Melina, é a do resíduo tributário. A partir da entrada em vigor da reforma, de forma escalonada até 2033, o empresário brasileiro terá como recuperar todo o tributo residual pago por ele ao longo da cadeia. “A indústria exporta hoje 10% do resíduo tributário. Como a indústria nacional vai conseguir competir internacionalmente dessa forma?”, questionou Melina.

Acima da média

De acordo com Cornelius Fleischhaker, economista sênior do Banco Mundial baseado no Brasil, a reforma tributária brasileira, mesmo não colocando o sistema tributário nacional entre os melhores do mundo, colocará o País acima da média, o que não deixa de ser positivo. “Não vai mudar bruscamente o sistema e tributação do dia para a noite. E não é coincidência ela chegar apenas agora depois de muita resistência. O fato de termos agora uma transição paulatina ajudou a quebrar as contrariedades”, explicou o economista. “O investimento a ser feito no Brasil, a partir desse novo cenário, vai ser feito sobre outras premissas, o que deverá melhorar o ambiente de negócios, de forma contínua, durante essa próxima década (período de implementação da reforma)”.

Exame - SP   24/07/2024

O governo reduziu a projeção de arrecadação extraordinária com os julgamentos do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) este ano de R$ 55,6 bilhões para R$ 37,7 bilhões.

Até maio, a Receita Federal já havia admitido que não tinha entrado nenhum valor referente à mudança do voto de minerva em casos de empate na corte tributária. Nesta segunda-feira, o secretário do Fisco, Robinson Barreirinhas, confirmou que o governo agora considera algo “em torno” de R$ 37 bilhões para o ano.

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O Carf é o tribunal administrativo da Receita e uma mudança aprovada pelo Congresso no ano passado devolve ao governo a vantagem nos casos em que os processos terminam empatados.

Os recursos previstos com os julgamentos do Carf era uma das receitas extraordinárias consideradas duvidosas pelo mercado devido ao alto montante considerado. Há também incertezas sobre a entrada de recursos com as transações tributárias e com a repactuação de contratos de ferrovias.

No caso das transações tributárias, a equipe econômica não disse quanto já arrecadou este ano, mas prevê quase R$ 23 bilhões no segundo semestre. Até maio, a expectativa era de R$ 42,1 bilhões no ano todo. Em relação às ferrovias, foi mantida a expectativa de entrada de R$ 10 bilhões em recursos, embora ainda haja vários passos para os trâmites de Vale e MRS.

Devido à frustração de receitas, o governo já teve de contingenciar R$ 3,8 bilhões no orçamento deste ano de modo a manter a expectativa de déficit primário dentro dos limites de tolerância da meta, que prevê resultado zero.

A projeção atual é de R$ 28,8 bilhões, exatamente no piso da meta, contra R$ 14,5 bilhões em maio. Houve também um bloqueio de R$ 11,2 bilhões em despesas por causa do aumento acima do previsto de despesas previdenciárias e com o BPC. No total, houve um congelamento de R$ 15 bilhões.

Sobre o Carf, Barreirinhas explicou que, na prática, a entrada de recursos relativos aos julgamentos favoráveis à União podem demorar 180 dias, caso o contribuinte opte pelo acordo de pagamento direto, sem multa ou juros. Considerando os julgamentos iniciados em fevereiro, o prazo seria até agosto. Por isso, o secretário explicou que houve um deslocamento da expectativa para o segundo semestre.

Abaixo do esperado

"De fato, não houve entrada de recursos em maio e junho nos valores esperados. Aguardamos o próximo bimestre para avaliarmos a arrecadação", disse Barreirinhas. (No relatório atual, a projeção para o ano) vai ser em torno de R$ 37 bilhões, porque deslocamos dois meses para frente — completou, lembrando que esse deslocamento pode ajudar o aumento da previsão de receitas em 2025.

Barreirinhas acrescentou, contudo, que a diferença de R$ 17,9 bilhões que deveria ter entrado no bimestre de maio e junho foi compensada por outras receitas extraordinárias.

O secretário não detalhou, contudo, qual foi o encontro de contas exato.

Mas disse que houve surpresas na autorregularização de subvenções, com entrada de R$ 5 bilhões nos cofres públicos, e na arrecadação offshore, em que as receitas de R$ 7,4 bilhões ficaram acima do esperado.

Aumento da arrecadação recorrente

Em relação à arrecadação recorrente, o chefe do Fisco afirmou que as metas foram batidas no primeiro semestre. A arrecadação de junho será divulgada nesta quarta-feira, mas o secretário antecipou que houve crescimento real de 11% ante o mesmo período de 2023. No ano, o ganho, já descontado a inflação, é de 9%. O relatório, porém, mostrou redução nas despesas administradas pela Receita Federal, de R$ 1,719 trilhão para R$ 1,717 trilhão.

— A arrecadação vai muito bem, mas um pouco inferior à necessidade para cobrir as despesas por causa de algumas desonerações. Já tínhamos considerado a desoneração da folha salarial dos 17 setores da economia e agora retiramos mais R$ 5,2 bilhões referentes aos municípios.

No total, o governo considera que é necessário R$ 26,2 bilhões em receitas para compensar as desonerações em receitas previdenciárias de empresas e municípios. Segundo Barreirinhas, a determinação do governo de cadastramento por parte das empresas dos benefícios fiscais reforçam essa estimativa. O Congresso projeta um valor menor, de R$ 17 bilhões. A expectativa é de que o assunto volte a ser discutido na volta do recesso parlamentar no Senado.

— Tem um custo no contingenciamento e nessa margem que nós temos (da meta).

Outro fator negativo para a receita, segundo Barreirinhas, é o aumento das compensações tributárias, que é o procedimento realizado por empresas de usar o crédito obtido com o pagamento de PIS/Cofins para pagar Imposto de Renda, por exemplo. Isso provocou a redução de R$ 10,6 bilhões na arrecadação do PIS/Cofins este ano.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   24/07/2024

Os contratos futuros de minério de ferro caíram para o nível mais baixo em mais de três meses nesta terça-feira, à medida que a falta de estímulo do terceiro plenário do maior consumidor da China alimentou as perspectivas de uma demanda fraca.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 3,43%, a 774,5 iuanes (106,47 dólares) a tonelada, seu valor mais baixo desde 8 de abril.

O minério de ferro de referência para agosto na Bolsa de Cingapura caiu 3,36%, para 100,0 dólares a tonelada, também seu nível mais baixo desde 8 de abril.

As perdas persistentes do minério de ferro ocorrem em meio a uma “perspectiva sombria” para a demanda na China, disseram os analistas do ANZ em uma nota.

A recuperação econômica instável da China continua a ser prejudicada pela fraca demanda doméstica, pelas persistentes pressões deflacionárias e por um setor imobiliário anêmico.

Sem novas medidas de estímulo, há pouca esperança de uma recuperação de curto prazo para o setor imobiliário e de construção, disseram os analistas do ING em uma nota.

Enquanto os estoques de imóveis não vendidos permanecerem elevados, os novos investimentos e a atividade de construção continuarão deprimidos, e o entrave ao crescimento do mercado imobiliário da China persistirá, acrescentaram.

A China surpreendeu os mercados ao cortar as principais taxas de juros de curto e longo prazo na segunda-feira, sinalizando a intenção de impulsionar o crescimento da segunda maior economia do mundo, poucos dias após uma reunião de liderança do Partido Comunista.

Embora seja um passo na direção certa, os cortes nas taxas de juros parecem não ter impressionado os mercados, já que os preços das commodities continuam a mostrar fraqueza, disseram os analistas do Westpac.

A perspectiva mais branda para a China e para a economia global de modo geral estava pesando sobre os preços, acrescentou o Westpac.

O Estado de S.Paulo - SP   24/07/2024

A mineradora Vale espera avançar nos próximos seis meses ou um ano com novos projetos do que vem chamando de “Mega Hubs”, complexos industriais voltados à fabricação de produtos siderúrgicos de baixo carbono. Segundo a diretora de Energia e Descarbonização da companhia, Ludmilla Nascimento, são analisadas áreas no Brasil, Estados Unidos e Oriente Médio — que já conta com três projetos do tipo, anunciados para Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes.

“A gente tem mais de 50 MOUs (memorandos de entendimento) assinados com clientes. Então, a gente imagina que esses projetos vão avançar nos próximos seis meses a um ano”, disse. Segundo a executiva, alguns desses clientes já estão nas três regiões analisadas, o que facilitaria a escolha. Ela falou a jornalistas no Fórum Brasil-União Europeia, que aconteceu nesta segunda e terça-feira no Rio.

Os “Mega Hubs” reúnem oferta de energia barata para que siderúrgicas clientes da mineradora fabriquem HBI (ferro-esponja) e outros insumos metálicos que, misturados à sucata em fornos elétricos, originam aço com menor emissão de carbono. No mesmo espaço, diz a executiva, a Vale estuda instalar uma unidade de transformação de minério em briquete, insumo à fabricação do HBI.

Nascimento diz que, enquanto no Oriente Médio as operações anunciadas serão inicialmente movidas a gás natural, o diferencial do Brasil para a realização do investimento, além do minério “na porta”, é a possibilidade de utilização de hidrogênio verde, ligada à oferta de energia renovável a preços competitivos.

“O Brasil não vai começar com gás natural. Aqui a gente vai começar com hidrogênio. Temos essa possibilidade pela competitividade da energia no País. A ideia é justamente criar esses hubs para produzir esse produto de baixo ou quase zero carbono e exportar como um adensamento. Vamos exportar, entre aspas, energia via produto”, disse a diretora da Vale.

No Oriente Médio, diz, há a facilidade de momento da abundância de gás natural, mas também um bom potencial de geração eólica e fotovoltaica à frente. Já nos EUA, além do bom potencial em geração renovável, há o atrativo dos incentivos dados pelo governo.

Emissões a zero

A executiva explica que a siderurgia tradicional usa minério de ferro e coque (carvão), com alto grau de emissão de carbono, um processo em que, para cada tonelada de aço produzida, são emitidas duas toneladas de CO2 na atmosfera.

“Quando você vai para a rota elétrica, isso cai para uma proporção de uma tonelada de aço para 1 tonelada de CO2 se é usado gás natural, e para zero se é utilizado hidrogênio”, diz. “Isso ajuda, de fato, a descarbonizar a indústria siderúrgica”.
Oriente Médio

Sobre os três projetos localizados no Oriente Médio, Nascimento disse que há clientes interessados e terreno alocado para a Vale.

“Estamos na fase de fazer as engenharias para aprovar e implementar. Estudando, finalizando os cases de investimento com clientes para que façam as aprovações e, depois, investimentos para começar a construção nos próximos anos”, afirma a executiva.

Máquinas e Equipamentos

IstoÉ Dinheiro - SP   24/07/2024

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, avaliou que o setor de agronegócios é o que mais cresce dentro da Abimaq, citando dados de que a agropecuária representa hoje cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País. A afirmação foi feita em evento da entidade em São Paulo, realizado de maneira híbrida, com a presença de representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB), Bradesco, Sicoob, Sicredi e Santander.

Velloso considerou uma “boa notícia” os R$ 400,59 bilhões para médios e grandes produtores anunciado no Plano Safra 2024/25, montante 10% maior em comparação com a oferta de crédito na temporada 2023/24, de R$ 364,2 bilhões. Para a agricultura familiar, serão R$ 76 bilhões, volume 6,2% superior aos R$ 71,6 bilhões de 2022/23. “Principalmente na área de armazenagem, o Brasil precisa de muito mais, mas devemos reconhecer que é um Plano Safra maior do que os anteriores”, afirmou.

Durante a abertura do evento, o presidente da Abimaq destacou, ainda, os esforços da entidade para conseguir a inclusão de um fundo garantidor no plano safra. “Fizemos muitas reuniões com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Agrário (MDA) e com o próprio ministro da Pasta, Paulo Teixeira, levando a necessidade de haver um fundo garantidor em virtude do problema de acesso a crédito do pequeno produtor”, disse, acrescentando também a importância da linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mais Alimentos para máquinas e equipamentos de até R$ 50 mil para agricultores com renda bruta anual de até R$ 100 mil e taxas de juros de 2,5% ao ano, consideradas atrativas.

Velloso elogiou também a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em exposição de máquinas realizada pela Abimaq, em Brasília (DF), no dia da divulgação do Plano Safra 2024/25.

IstoÉ Dinheiro - SP   24/07/2024

O diretor de competitividade da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mário Bernardini, disse hoje durante o Fórum Estadão Think – A Indústria no Brasil Hoje e Amanhã, evento realizado pelo Estadão em parceria com a Fiesp, que existe crédito para financiar a indústria. O problema, de acordo com executivo, é que esse financiamento é insuficiente e caro.

De acordo com Bernardini, o sistema financeiro nacional empresta para a indústria no Brasil algo em torno de 20% do Produto Interno Bruto (PIB). O endividamento das empresas lá fora, a média da União Europeia é de 75% do PIB, Estados Unidos e Japão é de quase 100% do PIB, e a China, não à toa, 150% do PIB.

“Comparado com isso não temos financiamento. E não temos financiamento porque o brasileiro não gosta de pegar dinheiro emprestado? Não, ele pega dinheiro emprestado todos os dias. O problema é que se a gente fizer a conta, estes 20% do

PIB que a indústria pega, comparado com o faturamento vai a 33%”, contabiliza Bernardini.

A conta dele considera o faturamento da indústria de R$ 6,8 trilhões em 2022, com PIB de R$ 10 trilhões. “Fazendo a relação, os 20% do PIB dá 33%. A gente não toma mais recursos porque a custos correntes no Brasil, o capital de giro no é acima de 20%. Tomando financiamento de 33%, tenho um custo final sobre o meu faturamento de 6%. Como a margem da indústria é de 8%, se eu tomar mais de 33% de financiamento no Brasil, eu quebro”, disse o diretor da Abimaq, acrescentando que o custo do financiamento passa a ser maior que o lucro da indústria.

“Se o financiamento é a seiva que alimenta a indústria, são os vampiros que estão se alimentando, a indústria não. Então, se você me pergunta se temos financiamento, a resposta é essa: pouco e caro”, disse Bernardini.

AUTOMOTIVO

Automotive Business - SP   24/07/2024

A Bahia venceu uma disputa com Minas Gerais e deve levar para lá um investimento de R$ 1,27 bilhão em uma fábrica de baterias para veículos elétricos da Bravo Motors Company Energy Brasil.

O complexo foi anunciado, em 2021, para Nova Lima (MG), mas após uma cruzada do governador mineiro Romeu Zema contra a indústria de carros elétricos e a falta de incentivos fiscais, a companhia decidiu pelo município baiano, São Sebastião do Passé.

A Bravo se enquadrou no programa Desenvolve que concede benefícios fiscais para setores industriais e agroindustriais que operam ou irão operar no estado. Esses benefícios, que consistem em desoneração do Imposto de Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS), serão estabelecidos a partir da apresentação do projeto de investimento, de acordo com o governo da Bahia.

A companhia assinou um protocolo de intenções com os governos estadual e municipal e além dos benefícios fiscais no âmbito do programa Desenvolve, o documento inclui a doação de um terreno de 400 mil m2 para a construção da primeira “gigafábrica” de baterias de lítio da América Latina.

A estimativa é de que a fábrica poderá produzir baterias e células de íon de lítio, acumuladores elétricos e cabinets, que fazem conversão de corrente contínua. A empresa calculou uma capacidade de produção instalada de 2 Gigawatts hora/ano. A intenção é promover a geração de 3,5 mil empregos diretos e 10 mil empregos indiretos.
Projeto não prevê exploração do lítio

Segundo o governo, o protocolo de intenções firmado não contempla a exploração mineral, entretanto, é um compromisso da empresa priorizar a contratação de empresas estabelecidas no estado da Bahia para a realização das obras civis, contratação dos serviços e aquisição dos insumos necessários à implantação e operação do empreendimento.

Em nota, o diretor da Bravo, Eduardo Muñoz, disse que a escolha da Bahia tem a ver com o posicionamento do governo do Estado a respeito da economia verde.

“A nossa escolha é devido a um posicionamento geopolítico estratégico, de termos uma unidade industrial que gere uma cadeia de valor desde a mineração à transformação desses minérios em materiais e consequentemente em baterias. Então a escolha, naturalmente para nós, era no Brasil pelo peso da sua economia e do setor automotivo e de energia renovável”, afirmou o executivo.
Busca por um estado comprometido com a eletrificação

Segundo ele, após a definição pelo Brasil a companhia foi em busca de um local para instalar a fábrica e a Bahia surgiu após o anúncio dos investimentos da montadora chinesa BYD no estado. “O funil dependia de um estado que realmente estivesse comprometido com essa economia, por isso, a Bahia.”

Um estado comprometido com a eletrificação não era o que o governador de Minas Gerais pregava. No ano passado, Romeu Zema deu declarações afirmando que as montadoras de veículos elétricos eram uma ameaça aos empregos no Brasil.
Segundo ele, a transição para o carro elétrico passa necessariamente pela extinção de “milhões de empregos de uma cadeia produtiva que não vai ter mais sentido: peças de motor a combustão, escapamentos, uma série de itens não são utilizados no carro elétrico”.

Diante disso e com o protocolo de intenções já assinado com Minas Gerais em 2021, a Bravo foi em busca de novos locais para instalar a fábrica de baterias no país. “Estamos formando no estado um HUB de economia verde na América Latina.”

Valor - SP   24/07/2024

As vendas do segmento automotivo caíram 7%, para US$ 19,88 bilhões.

O lucro da Tesla caiu 45% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período de 2023, atingindo US$ 1,48 bilhão. Diluído por ação, o lucro encolheu de US$ 0,78 para US$ 0,42.

Na mesma base de comparação, porém, a receita total da companhia avançou 2%, para US$ 25,5 bilhões, um patamar recorde para o trimestre.

Em carta aos acionistas, a Tesla afirmou que o negócio de armazenamento de energia continua a crescer rapidamente, estabelecendo um recorde no segundo trimestre, com 9,4 GWh de implantações, e resultando em receitas e lucros brutos recordes para o segmento geral. O faturamento de geração e armazenamento de energia chegou a US$ 3,01 bilhões, o dobro do US$ 1,51 bilhão reportado um ano antes.

As vendas do segmento automotivo caíram 7%, para US$ 19,88 bilhões.

Já a receita da divisão de outros serviços avançou 21%, para US$ 2,61 bilhões.

No geral, as receitas superaram as expectativas do mercado, que estimavam um faturamento de US$ 24,5 bilhões, segundo analistas ouvidos pela consultoria FactSet. Porém, o lucro por ação ficou abaixo dos US$ 0,61 esperados.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou US$ 3,67 bilhões no segundo trimestre, queda de 21% no ano, enquanto a margem Ebitda ajustada ficou em 14,4%, ante os 18,7% apresentados um ano antes.

A produção total da Tesla recuou 14% entre abril e junho, na comparação anual, para 410,8 mil veículos, enquanto as entregas caíram 5%, para 443,9 mil unidades.

Ainda assim, a Tesla destacou que houve uma melhora nas entregas em comparação com o primeiro trimestre, quando foram entregues 386,8 mil veículos, devido à recuperação da confiança do consumidor, assim como o lançamento de opções de financiamento mais atrativas para compensar os juros altos nos Estados Unidos.

As despesas operacionais avançaram 39%, para US$ 2,97 bilhões, impulsionadas por maiores gastos em projetos de inteligência artificial, informou a companhia.

Há pouco, as ações da Tesla caíam 3,3%, a US$ 238,35, no pós-mercado em Nova York. No pregão regular, os papéis tiveram queda de 2%, a US$ 246,38.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Monitor Digital - RJ   24/07/2024

No primeiro semestre de 2024, o setor de construção civil registrou alta em diversas vertentes, como no volume de vendas de imóveis, valorização imobiliária e geração de empregos. É o que aponta o Senior Index, relatório que monitora indicadores de mercado, publicado pela Senior Sistemas. O índice considera as operações de contratos de vendas de imóveis novos gerenciados através das soluções da Senior, que, de acordo com o Ranking Intec, engloba mais de 45 das 100 maiores construtoras do país.

Segundo o relatório, o setor teve alta de 4,5% no volume de vendas de imóveis no primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023.

“Em contrapartida, o número de distratos comerciais aumentou 11,4% com relação ao primeiro semestre do ano passado, o que levanta um ponto de atenção para o segmento”, sinaliza Marcelo Xavier, diretor do Segmento de Construção na Senior Sistemas.

Quando avaliado o Valor Geral de Vendas (VGV) dos empreendimentos analisados, o desempenho das vendas representa um aumento de 9,1% na movimentação financeira na economia do segmento.

O Senior Index também traçou pela primeira vez um panorama do valor do metro quadrado dos imóveis negociados no Brasil no período. De acordo com o levantamento, os imóveis estão valendo mais. É o caso de Brasília, no qual o preço do metro quadrado chega a R$ 10.857,82, e Goiânia, negociado por R$ 10.699,78, dependendo da região.

Na sequência aparecem São Paulo, Curitiba e Uberlândia (MG), com o valor do metro quadrado custando R$ 9.997,69, R$ 9.498,06 e R$ 5.232,88, respectivamente.

Ainda segundo o estudo, houve aumento de 7,32% no saldo de vagas de emprego na construção. Dentre as regiões com melhor performance, o relatório destaca o Distrito Federal, com alta de 22,9%, e os estados do Paraná e São Paulo, com crescimento de 18,6% e 7,8% no volume de empregos, respectivamente.

A proposta de reforma tributária, focada na unificação de tributos, promete simplificação, mas levanta sérias preocupações para setores como serviços e construção civil. A criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), impõe novos desafios.

Atualmente, o setor de serviços paga cerca de 4,65% sobre o faturamento. Com a reforma pode chegar a 26,5%, um aumento exorbitante de mais de 470%. Essa mudança drástica ameaça a viabilidade de muitas empresas, especialmente pequenas e médias, que não podem repassar custos aos consumidores da mesma forma que a indústria e o varejo.

“A maior dependência de mão de obra, que não gera créditos de IBS e CBS, coloca o setor em uma posição de desvantagem significativa”, diz Eduardo Natal, sócio do escritório Natal & Manssur Advogados, mestre em Direito Tributário pela PUC/SP.

Para a construção civil, a alíquota proposta também é alarmante, saltando de 8,65% para 26,5%. Esse aumento potencializa os custos de construção e, consequentemente, o preço final dos imóveis, prejudicando o mercado imobiliário e o acesso à moradia. O setor, que já enfrenta desafios, agora busca uma redução de 40% na alíquota modal.

Para o tributarista, a reforma atende melhor aos anseios do varejo e da indústria, tendo em vista que esses setores sentirão amplos efeitos da neutralidade do IBS e da CBS, repassando praticamente todos os seus custos para o consumidor final. “Mas o setor do serviço deverá ser onerado, pois o maior insumo é a mão de obra própria, que não gera créditos”, entende Natal.

Embora a transparência e a isonomia na tributação sejam objetivos louváveis, a reforma proposta impõe sacrifícios desiguais. Setores de serviços e construção civil enfrentam aumentos de tributos que podem inviabilizar suas operações.

Rodoviário

Globo Online - RJ   24/07/2024

O governo pretende colocar em prática este ano um mercado de compra e venda de concessões rodoviárias como parte da solução em contratos por todo o país, muitos dos quais com problemas herdados da crise econômica de 2015-2016 e de um modelo de leilão que privilegiou tarifas mais baixas em detrimento da capacidade de investimento das empresas e da sustentabilidade do negócio.

Com isso, metade das concessões será relicitada: 14 concessionárias, entre 27 trechos concedidos, solicitaram adesão ao processo de revisão dos contratos criado no ano passado, de acordo com o Ministério dos Transportes.

Diferentemente de outras alternativas já tentadas, a ideia agora é resolver os problemas com as concessionárias atuais antes de oferecer os contratos a outros investidores. O processo começa com a demonstração de interesse da concessionária.

É preciso que o ministério aceite essa negociação. Os termos são discutidos e, na sequência, o caso vai para a área de conciliação do Tribunal de Contas da União (TCU). Em um desses casos, o da Concer (a Rio-Juiz de Fora), a pasta já decidiu fazer uma nova licitação, como mostrou O GLOBO. A revisão dos contratos mexe em termos como investimentos previstos.

Três negociações estão mais adiantadas, com os acordos esperando validação pelo plenário do TCU: a BR-101, com trechos no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, e a BR-163, em Mato Grosso do Sul.

Tarifa conforme melhorias

Terminada essa fase, o governo vai oferecer o ativo “arrumado” em leilão para ver se outros investidores têm interesse em assumir a concessão nos mesmos moldes acordados no TCU. O objetivo é afastar quaisquer questionamentos sobre favorecimento da atual operadora.

No ritmo atual, diz Viviane Esse, secretária de Transporte Rodoviário, será possível lançar ao menos um leilão até o fim do ano e iniciar esse mercado secundário. Caso outro investidor se interesse pelo projeto e se comprometa com uma tarifa de pedágio menor, ficará com a concessão e terá de indenizar a anterior.

— Vamos levar para a B3 o projeto firmado com a concessionária atual e perguntar se alguém topa nas mesmas condições (acordadas no TCU). Dá transparência e cria algo que no Brasil não tem hoje, que é o mercado secundário de concessões. Oferecemos o projeto remodelado sem litígio, porque todo o passado é resolvido — explica ela. — Mas, sendo a concessionária atual ou uma outra, o importante é que a gente já tem obra no fim deste ano.

Os planos de colocar ordem nesses contratos não são de hoje. Desde a gestão Michel Temer, tenta-se “salvar”, sem sucesso, as concessões antigas, a maioria realizada no período de forte crescimento econômico dos governos do PT e que naufragaram quando o país entrou em recessão.

Esses projetos exigiam, por exemplo, quilômetros de duplicação. Em 2017, foi aprovada a lei de relicitação, que permitia a devolução amigável do ativo e a realização de novo leilão. Mas não vingou.

Nas negociações, o concessionário deve propor uma tarifa de pedágio menor em relação a outros leilões em andamento. Haverá um degrau tarifário, que possibilita que o valor cobrado dos motoristas aumente à medida que as melhorias forem entregues.

As operadoras vão cumprir o prazo original da concessão, ou seja, o tempo que falta para ela terminar. Além disso, elas terão de iniciar as obras assim que o acordo estiver assinado, porque o projeto e os licenciamentos já estarão prontos. Em troca, terão a extensão do contrato por mais 15 anos.

Sócia de Infraestrutura e Regulação do BMA Advogados, a advogada Ana Cândida afirma que a expectativa agora é mais otimista do que em relação ao processo de relicitação:

— O outro caminho seria esperar as concessões terminarem, mas são contratos que já estão em um nível de estresse e judicialização grande, com uma relação muito deteriorada. Isso prejudica a qualidade do serviço público para o usuário, que é o principal afetado. Por isso, chegamos a essa nova alternativa de negociação.

R$ 110 bi em investimentos

André Dabus, diretor de infraestrutura da Marsh, corretora de seguros corporativos, afirma que, quando as rodovias forem levadas ao mercado novamente, os novos investidores ficarão atentos aos motivos pelos quais os contratos falharam e se estes foram realmente sanados:

— Quando a concessão é do zero, é sempre um planejamento futuro. Nesse caso, já tem um histórico do passado. A análise de risco é mais simples, mas não deixa de ser feita.

Já André Paiva, economista e analista da área de Projetos da Tendências Consultoria, acrescenta que a iniciativa do governo é importante para dar segurança jurídica à compra e venda de concessões, como ocorre hoje em negociações privadas.

Se bem-sucedido, o plano do Ministério dos Transportes pode significar R$ 110 bilhões em investimentos nos próximos anos, só nesses contratos. Segundo o governo, isso vai beneficiar a população e impulsionar a economia.

A otimização de contratos, como a iniciativa é chamada na pasta, também é considerada importante para “arrumar a casa” e convencer novos investidores da qualidade da atual carteira de concessões. Afinal, há mais de 20 novos trechos com licitação em andamento.

Na segunda-feira, o assessor especial na Secretaria Especial para o Programa de Parcerias de Investimentos da Casa Civil, Alexandre Carneiro, disse que o Brasil tem mais de 40 projetos a serem leiloados até o fim do ano, com R$ 80 bilhões de investimentos a serem contratados.

Infomoney - SP   24/07/2024

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estabeleceu uma meta ousada de realizar 35 leilões de concessões de rodovias ao longo dos 4 anos de mandato, mas até o momento apenas 3 foram arrematados − os lotes 1 e 2 no Paraná em 2023 e a BR-040/MG neste ano.

Além dos certames arrematados, houve outra tentativa de conceder o trecho da BR-381 entre Belo Horizonte (MG) e Governador Valadares (MG), que, pela terceira vez, não gerou interessados. Neste caso, um novo leilão está previsto para 29 de agosto, com ajustes no edital, como a mitigação de riscos ao concessionário.

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Desde junho também está aberto edital de concessão da BR-040/GO/MG entre Belo Horizonte e Cristalina (GO) para leilão marcado para 26 de setembro. Além dele, estão previstos 3 leilões em outubro − mesmo número de novembro e dezembro.

“É muito importante ter uma meta arrojada. Ela não é uma vontade minha, mas uma constatação de que o Brasil historicamente fez muito pouca concessão de infraestrutura, apesar haver um alarde maior em um governo ou outro”, disse o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), em entrevista concedida ao InfoMoney.

“Em cerca de 25 anos de concessões no Brasil, só fizemos 24 leilões. Isso significa menos de um leilão por ano na média histórica. No governo passado, por mais alarde que tenham tentado fazer, fizeram 6 leilões − 1,5 por ano. Por que eu quero elevar isso para 12 ou 13 neste ano e 35? Acredito que esse número dialoga com a necessidade da nossa infraestrutura. Se eu tiver uma meta arrojada e cumprir parte dela − 70%, 80%, 90% −, significará que teremos feito 26, 28, 30 leilões, contra 6”, pontuou.

Renan Filho: Se freada for muito brusca, é o pobre que voa pelo para-brisa

O otimismo do ministro contrasta com um momento ainda desafiador para o mercado, sobretudo no financiamento de obras de infraestrutura, em meio à persistência de taxas de juros em patamares elevados.

Hoje, a Selic está em 10,50% ao ano. As taxas de títulos públicos longos atrelados à inflação, como a NTN-B com vencimento em 2045, por exemplo, foram de IPCA +5,53% em 2 de janeiro para IPCA +6,53% em 2 de julho e atualmente mantêm ganho real acima dos 6,20%. Isso também significa um custo mais elevado para a captação de recursos para obras em rodovias e ferrovias.

Na avaliação de Renan Filho, o investidor doméstico é mais sensível ao quadro posto do que o estrangeiro − que tem sido cada vez mais buscado para investir em projetos de infraestrutura no Brasil. “Os investimentos de longo prazo têm vivido no mundo uma situação boa. Há liquidez no mercado internacional para investimentos em infraestrutura, haja vista os leilões que fizemos”, disse.

“O Brasil é hoje um país muito forte em características capazes de atrair o investimento internacional para infraestrutura”, prosseguiu.

Para ele, há três fatores que tornam o país um destino de interesse para investidores externos: 1) projetos mais rentáveis do que em economias mais desenvolvidas; 2) conexão do Brasil com a agenda da preservação da biodiversidade e da transição ecológica; e 3) o país é garantidor de segurança alimentar.

“Esses pontos facilitam a atração do investimento internacional no Brasil. E [essa] tem sido a tônica dos últimos leilões. Por isso que a entrada de fundos de investimentos, substituindo apenas construtoras e empresas concessionárias ou disputando com elas, amplia o leque de concorrentes”, sustentou.

“Dito isso, vale ressalvar que, quanto mais a política econômica brasileira permitir a queda da taxa de juros, com inflação controlada, mais ainda nós teremos estímulo para os investimentos em infraestrutura de longo prazo”, complementou.

Um teste importante para o governo será a terceira tentativa de leilão do trecho da BR-381 entre Belo Horizonte (MG) e Governador Valadares (MG). O governo federal, desta vez, fez mudanças no edital como estratégia de superar o desinteresse de investidores observados nos últimos certames envolvendo o trecho.

Neste caso, uma das adequações foi a retirada de dois trechos da saída de Belo Horizonte do contrato. Eles agora serão feitos como obra pública, em razão de a insegurança da iniciativa privada em lidar com a necessidade de grande realocação da população que mora nos locais do projeto.

Outra mudança foi o aumento da taxa de retorno do projeto. “Ela precisa ser proporcional ao desafio de execução: projeto muito fácil, menor retorno; projeto mais complexo, com área acidentada, de chuva forte, com carregamento de muita carga, risco mais alto, rentabilidade também maior”, justificou o ministro. Por fim, o governo decidiu aumentar o compartilhamento do risco geológico da região.
Novos instrumentos

Para além de adequações em editais e modelos de contrato, o Ministério dos Transportes também espera contar com novas modalidades de financiamento para atores privados como forma de facilitar a formatação de projetos e aumentar o interesse em leilões futuros − o que ajuda também na competitividade, e, portanto, em ganhos de eficiência.

Uma das apostas que podem estimular atores nacionais é o aprofundamento do uso de debêntures nos projetos. Nesse sentido, o novo instrumento das debêntures de infraestrutura, criada por lei sancionada em janeiro e regulamentada em decreto de maio, traz uma nova alternativa de acesso a financiamento com menos burocracia.

A ideia é que sejam impulsionados investimentos comprometidos com a neutralidade climática, o desenvolvimento sustentável e a inclusão social. Na área de transportes, serão considerados prioritários somente os projetos cujas ações sejam objeto de instrumento de concessão, permissão, autorização ou arrendamento. Tal requisito se mostra importante para que os benefícios fiscais sejam focalizados em projetos vinculados ao interesse público.

Diferentemente das debêntures incentivadas, as debêntures de infraestrutura oferecem benefícios fiscais diretamente às empresas emissoras, o que visa possibilitar a oferta de melhores remunerações nas emissões dos títulos e, consequentemente, o alcance de investidores institucionais que já possuem benefícios de imposto de renda, como é o caso dos fundos de pensão.

Pela nova modalidade, a empresa emissora pode deduzir os juros pagos na apuração de seu lucro líquido e na sua base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Além disso, há previsão de exclusão adicional de 30% dos juros pagos no exercício na apuração do lucro real e na base de cálculo da CSLL, e ampliação do prazo de 24 para até 60 meses para retroagir na quitação dos gastos, despesas ou dívidas possíveis de reembolso com os recursos captados. Desta forma, as empresas poderão emitir as debêntures em um momento de menor risco do projeto, o que reduz o custo de captação dos recursos.

Outra aposta para destravar projetos de infraestrutura é uma participação mais efetiva do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Na semana passada, ganhou destaque a notícia de que a instituição irá ancorar R$ 9,4 bilhões de debêntures incentivadas que serão emitidas pela CCR Rodovias (CCRO3) para financiar obras relacionadas à Dutra e à Rio-Santos. Também haverá crédito direto de R$ 1,34 bilhão.

O projeto também traz a inovação do chamado “project finance non recourse”, que permite que o risco envolvido seja coberto pelos próprios ativos do projeto. Desta forma, a companhia não precisa fornecer garantias adicionais − o que alivia o balanço e facilita um novo endividamento para participação de projetos futuros.

Grandes Construções - SP   24/07/2024

Está marcado para 31 de outubro o leilão da BR-262/MG entre Betim e Uberaba. O edital de concessão do trecho foi aprovado pela diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no dia 22 de julho.

A concessão, com duração de 30 anos, prevê mais de R$ 8,5 bilhões em investimentos na rodovia. A portaria com as regras está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (23/7) e o edital está disponível no site da Agência.

O edital é o início da solução para um trecho atualmente em processo de devolução. Os 438,9 km da BR-262/MG, agora batizada como Rota do Zebu, a serem leiloados integram atualmente o trecho sob concessão da Triunfo Concebra, que abrange as BR-060/153/262/DF/GO/MG.

“A nova concessão retomará investimentos neste importante corredor logístico de Minas Gerais, que envolve o transporte do agronegócio, mineração e o comércio em geral. Com o projeto, estamos buscando prover infraestrutura terrestre de qualidade”, destaca o relator do projeto, o diretor da ANTT Guilherme Theo Sampaio.

A nova concessão inclui a BR-262/MG com início no entroncamento com a BR-381/MG (Betim/MG) até o entroncamento com a BR-050/MG (Uberaba/MG). Entre as melhorias previstas estão 44,3 km de duplicação, 168,8 km de faixas adicionais, 3,63 km de vias marginais, duas correções de traçado, 10 viadutos, uma passagem subterrânea, 17 passarelas, uma rampa de escape, 100 pontos de ônibus, 17 barreiras antirruído, 9 caixas de produtos perigosos, 3 passagens de fauna e um ponto de parada e descanso.

Será o quarto leilão do ano e vamos avançando na proposta de ativos para a iniciativa privada. Este é um novo capítulo na história da BR-262/MG", disse o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale

Tecnologia – Além das melhorias na estrutura da rodovia, a concessão contará com maior emprego de tecnologia. No contrato estão previstas a instalação de um sistema de Detecção Automática de Incidentes, Sistema de Apoio à Gestão do Tráfego e duas unidades meteorológicas. Em termos de monitoramento, a rodovia também contará com um amplo circuito fechado de TV, com 221 câmeras distribuídas pelo trecho, além de 50 em passarelas e 28 em edificações.

Modalidade – O critério do leilão será o maior desconto tarifário, exigindo aportes de recursos para descontos superiores a 18% da tarifa. O depósito deve ser realizado pela concessionária para garantir a sustentabilidade econômico-financeira do projeto durante os 30 anos de concessão. Esta abordagem visa reinvestir os recursos no projeto através de vários mecanismos contratuais.

Considerando que se trata de um trecho em fase de devolução, a proposta inclui a transição operacional entre a operadora atual, Triunfo Concebra, e a futura concessionária. Para isso, a nova administradora deverá elaborar um plano de transição para assegurar a continuidade dos serviços. A expectativa é que o contrato seja firmado no primeiro trimestre de 2025.

"Este é um projeto importante que coloca fim a um trecho em devolução, que abre a esperança da população que vive nessa região para novos investimentos como duplicações, terceiras faixas e ainda questões de segurança. Será o quarto leilão do ano e vamos avançando na proposta de ativos para a iniciativa privada. Este é um novo capítulo na história da BR-262/MG", afirma Rafael Vitale, diretor-geral da ANTT.

NAVAL

A Tribuna - SP   24/07/2024

A movimentação de cargas no mês de junho atingiu 16,3 milhões de toneladas, crescimento de 4,6%, elevando o acumulado no semestre para 89,1 milhões de toneladas, um aumento de 10,2% sobre o mesmo período do ano passado. Tanto o resultado mensal, quanto o semestral, foram as maiores marcas para os períodos já registradas no Porto de Santos.

“Os recordes batidos pela movimentação de carga reforçam a importância do Porto de Santos para o Brasil e para o mundo e comprovam o acerto das medidas tomadas pelo Ministério de Portos e Aeroportos, em perfeita sintonia com as prioridades da gestão da Autoridade Portuária de Santos, que promove investimentos inéditos em infraestrutura e também na expansão da capacidade do maior Porto do Hemisfério Sul”, afirmou o presidente da APS, Anderson Pomini.

O resultado do 1º semestre de 2024 ultrapassa toda a movimentação de 2009 (83,2 milhões de toneladas), o que aponta que o Porto de Santos, em 15 anos, duplicou sua movimentação anual.

As cargas do agronegócio continuam à frente desse desempenho. Os embarques de açúcar, com 12,0 milhões de toneladas (+48,6%); celulose, com 3,8 milhões de toneladas (+4,3%); carnes, com 1,2 milhão de toneladas (+27,5%); e café em grãos, com 1,2 milhão de toneladas (62,0%) foram os destaques no semestre. Sobressaíram, também, os embarques de óleo combustível, com 1,9 milhão de toneladas (+6,4%), e gasolina, com 645,1 mil toneladas (+71,3%).

A carga conteinerizada apresentou um excelente desempenho no semestre, com 2,6 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) operados nos dois fluxos (embarque e desembarque), crescimento de 16,5% no semestre. Em junho foram operados 439.614 TEU, aumento de 13,8%.

Nas descargas, o óleo diesel e gasóleo apresentou o melhor desempenho, com 1,3 milhão de toneladas (+66,9%).

Os embarques somaram nos primeiros seis meses do ano 66,6 milhões de toneladas (+10,7%) e as descargas 22,5 milhões de toneladas (+8,5%).

Os destaques no mês de junho foram para o açúcar, com 2,6 milhões de toneladas (+8,4%); celulose, com 601,6 mil toneladas (+14,4%); carnes, com 201,0 mil toneladas (+24,6%); e café em grãos, com 176,8 mil toneladas (+45,1%).

Em junho, os embarques atingiram 12,2 milhões de toneladas (+1,8%) e as descargas 4,0 milhões de toneladas (+14,3%).

O fluxo de navios atingiu no semestre 2.777 embarcações atracadas, crescimento de 4,3%.

Granéis sólidos – apresentaram alta de 4,0% no acumulado do semestre (46,3 milhões t) em comparação com 2023, caracterizando-se como a melhor marca para o período. Destaque para as exportações de açúcar e farelo de soja. A participação da soja em grãos nesse volume foi de 51,1%; do açúcar 22,5%; da soja peletizada (farelo) 10,7%, do milho 2,6% e do fertilizante 7,2%.

Granéis líquidos – resultado 6,7% superior ao primeiro semestre do ano passado, atingindo 9,6 milhões de toneladas, melhor marca para o período. A participação das cargas no volume global de granéis líquidos foi de 4,9% para o óleo diesel e gasóleo; 3,7% para o óleo combustível; 2,4% para os sucos cítricos; 1,4% para a gasolina; 1,1% para a soda cáustica e para o álcool.

Corrente Comercial – A participação acumulada de Santos na corrente comercial brasileira foi de 28,9%. Cerca de 24,0% dessas transações comerciais com o exterior que passaram pelo Porto de Santos tiveram a China como país parceiro. São Paulo permanece como o estado com maior participação nas transações comerciais com o exterior pelo Porto de Santos (43,8%).

Valor - SP   24/07/2024

O aprofundamento do acesso da Baía da Babitonga (SC) pode sair de acordo inédito.

Uma parceria entre setor público e privado está sendo negociada para bancar o aprofundamento do canal de acesso da Baía da Babitonga, no litoral de Santa Catarina. Na região, estão os portos de São Francisco do Sul, administrado pelo governo catarinense, e o de Itapoá, de gestão privada, que discutem um modelo de custeio da obra, orçada em R$ 300 milhões.

Os responsáveis afirmam que o arranjo financeiro previsto para o projeto é inédito no país. Prevê que a Porto Itapoá financie a obra com recursos do seu próprio caixa. A execução ficará sob responsabilidade da SCPar Porto de São Francisco do Sul, autoridade portuária local. E o pagamento ao parceiro privado será feito com os recursos das tarifas de uso do canal de acesso, mais uma taxa de juros.

A proposta já foi apresentada ao governo federal, a quem cabe autorizar os trâmites. No dia 10 de junho, o governador Jorginho Mello se reuniu com o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para discutir o modelo. Na segunda-feira (22), representantes do governo catarinense e da Secretaria de Portos voltaram a discutir o assunto, mas ainda não houve uma definição, informou ao Valor a Secretaria de Ferrovias, Portos e Aeroportos de Santa Catarina. A gestão portuária é de responsabilidade da União, mas, em São Francisco do Sul, a autoridade pública é delegada ao Estado de Santa Catarina.

O secretário estadual de Ferrovias, Portos e Aeroportos, Beto Martins, explica que todos os navios que adentram ao canal de acesso da Baía da Babitonga, independentemente do destino, pagam uma taxa de utilização, que vai para um caixa único da autoridade portuária. No caso, a SCPar Porto de São Francisco do Sul. Desse caixa sairá a quitação do financiamento com a Porto Itapoá, em condições que avalia serem mais vantajosas.

“O aval do Estado é de que será devolvido para eles esse adiantamento com as próprias taxas, em um prazo que nos permita fazer isso sem comprometer a manutenção do porto público. E com uma taxa bem abaixo do mercado”, afirma o secretário, mencionando que os custos desse capital para o governo serão próximos do mercado internacional e inferiores aos praticados hoje no sistema financeiro brasileiro.

O diretor-presidente da SCPar Porto de São Francisco do Sul, Cleverton Vieira, acrescenta que, nas condições atuais, a autoridade portuária não tem como bancar a obra sozinha, nem conseguir financiá-la com alguma instituição de fomento, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por exemplo. Daí a importância desse modelo que une público e privado.

“Conseguimos construir esse modelo, que vai dar celeridade e segurança jurídica para fazer essa obra. O porto Itapoá vai adiantar o recurso e o de São Francisco do Sul vai executar. E a partir da receita dos navios que entram hoje e passarão a entrar no canal de acesso, vamos reservar o recurso e pagar de uma forma mais competitiva”, detalha o executivo.

O Porto de São Francisco do Sul é o maior de Santa Catarina e o sétimo do Brasil em movimentação de carga. Neste ano, vem registrando recordes. De janeiro a maio, foram 7,3 milhões de toneladas, 16% a mais que no mesmo período em 2023. Em maio, foram 1,4 milhão de toneladas, 22% acima de um ano atrás. Foi o quinto mês seguido de aumento, com liderança da soja em grão - 790 mil toneladas.

Esse modelo vai dar celeridade e segurança jurídica para fazer a obra”

— Cleverton Vieira

A Porto Itapoá, que administra o terminal no município, tem entre seus acionistas dois grandes operadores logísticos internacionais: a Maersk e a Hamburg Süd. Especializado em contêineres, registrou neste ano o melhor primeiro semestre de sua história, conforme os números publicados em seu site oficial.

De janeiro a junho, foram 597,338 TEUs (unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés), 12% a mais do que no mesmo período em 2023. Nas exportações, as cargas refrigeradas se destacaram, com um crescimento de 43% nos primeiros seis meses do ano. Em junho, foram 109,889 mil TEU’s no total, o melhor resultado mensal do ano, superando o registrado em abril.

Na visão da Porto Itapoá, as melhorias do canal de acesso da Baía da Babitonga vão ao encontro da estratégia de aumentar a capacidade nos próximos anos. Atualmente, a companhia recebe navios de contêiner com até 336 metros de comprimento. O plano é passar a operar com embarcações com pelo menos 366 metros, com uma quantidade mínima de restrições de maré nem de profundidade do canal de atracação.

“Para o porto ter capacidade de crescer em área e cais, precisa estar com o acesso adequado. É notório que os portos brasileiros têm ficado para trás em relação à demanda global no que se refere à navegação de contêiner”, analisa o diretor de desenvolvimento de negócios e de experiência do cliente da Porto Itapoá, Felipe Fioravanti Kaufmann.

Ele explica que a fase atual é de um memorando de entendimento, “caminhando para uma assinatura de contrato” entre Itapoá e São Francisco do Sul. A expectativa, de acordo com Kaufmann, é a de que o edital seja lançado ainda este ano, para que se avance nos trâmites de execução ainda no primeiro trimestre de 2025. Considerando o tempo estimado de execução de uma obra como esta, de seis a oito meses, a avaliação é de que será possível operar com as novas condições do canal de acesso da Baía da Babitonga no quarto trimestre do ano que vem.

O executivo não tem uma previsão de quanto tempo a Porto Itapoá levará para ter o retorno do investimento. Indica apenas que será um “prazo razoavelmente extenso”. Ele pontua, no entanto, que a necessidade de melhorar as condições de acesso ao porto foi um importante motivador da parceria com a autoridade pública.

“Podia-se aguardar recurso público. Mas como o Estado foi receptivo para novas modelagens e como temos uma demanda represada, entendemos que seria mais célere caminharmos para uma parceria público-privada”, comenta Kaufmann.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   24/07/2024

Uma cerimônia nesta terça-feira (23), em Sergipe, marcou simbolicamente a inauguração do gasoduto que interligará o Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) e Complexo Termelétrico da Eneva à rede da Transportadora de Associada de Gás (TAG). Para a construção do projeto de interligação, foram fabricados aproximadamente 2.400 tubos, com 12 metros de extensão e 24 polegadas de diâmetro cada. A empresa que conduziu as obras foi a Spiecapag Intech Engenharia. A ação faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O navio de regaseificação Nanook tem capacidade de processar 21 milhões de m³ por dia e a Usina Termelétrica Porto de Sergipe I (UTE), quando despachada, consome 6 milhões de m³ por dia. A capacidade de transporte do gasoduto será uma importante porta de entrada do GNL importado para atender à região Nordeste.

O CEO da TAG, Gustavo Labanca, explicou que a conexão de terminal de GNL da Eneva à malha da transportadora faz com que o gás disponibilizado pela Eneva seja ofertado para o sistema nacional. “Esse gás não fica aqui em Sergipe, o estado passa a ser um polo de comercialização de gás para todo o Brasil”, disse, acrescentando que foram R$ 350 milhões investidos em Sergipe.

Além disso, Gustavo fez questão de enfatizar o apoio do Estado, que, segundo ele, foi um facilitador desse investimento. “Durante o pico de obra, conseguimos gerar entre 600 e 700 empregos aqui na localidade, sendo que 70% dos empregos foram da Eneva. Dissolvido pela mão de obra local. Então, a gente tem orgulho de dizer que contribuímos com mão de obra sergipana para fazer esse investimento relevante para o Sergipe, para o Nordeste e para o país”, completou.

O CEO da Eneva, Lino Cançado, acredita que este seja um marco para o Brasil, porque é o primeiro terminal de gás importado privado a ser conectado à rede de gasoduto nacional. “É mais um ofertante de gás na rede, aumentando a competitividade do gás natural no Brasil. E além da importância desse gás, a gente tem um leilão de termelétricas, que provavelmente deve acontecer até o final deste ano, abrindo a possibilidade de expandirmos o nosso parque termelétrico aqui no estado de Sergipe, que hoje já conta com as usinas da Celse, mas tem projetos de expansão”, destacou.

O governo de Sergipe apoiou a construção do gasoduto através da concessão de incentivo fiscal, aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial de Sergipe (CDI), para aquisição dos tubos fabricados. O incentivo está enquadrado no Programa Sergipano de Desenvolvimento Industrial (PSDI). O benefício reduziu os custos na aquisição do material e, consequentemente, o valor do investimento para a obra, resultando em uma tarifa de transporte mais competitiva, favorecendo a atração de operações para o terminal de GNL da Eneva.

Para o governador Fábio Mitidieri, este é um momento ímpar para o estado, pois recebe o primeiro terminal privado conectado à rede de Transportadora Associada de Gás (TAG), reforçando o compromisso do Estado com o processo de renovação energética. “É o primeiro do Brasil e é aqui em Sergipe. Isso vai gerar mais oportunidades e vai fazer com que a gente possa aumentar a geração de emprego tornando um grande passo para o início da exploração do gás pela Petrobras e o aumento da produção da própria Eneva, que tem inclusive projetos de ampliação da sua produção”, afirmou.

Valor - SP   24/07/2024

Pedidos foram apresentados 36 meses antes do fim do contrato de 30 anos, previsto para 21 de julho de 2027.

As distribuidoras de gás natural canalizado Ceg e Ceg Rio, da Naturgy, apresentaram, na quinta-feira (18), pedidos de prorrogação dos contratos de concessão, informou a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro (Agenersa), nesta terça-feira (23). Os pedidos foram apresentados 36 meses antes do fim do contrato de 30 anos, previsto para 21 de julho de 2027.

Agora, a Agenersa vai analisar documentos obrigatórios para apresentação junto com o pedido de prorrogação. A lista inclui relatório de desempenho operacional, plano de expansão de redes e plano de investimentos. A agência afirmou que lhe caberá analisar todos os documentos, inclusive através de audiências ou consultas públicas, até 21 de fevereiro de 2026.

“Os contratos preveem que, mediante requerimento das concessionárias, o Estado poderá prorrogar as concessões por igual período, com a justificativa de assegurar a continuidade e qualidade do serviço público, desde que respaldado pelos relatórios técnicos da Agenersa sobre a regularidade e qualidade dos serviços das reguladas. Além disso, as concessionárias precisam também apresentar os comprovantes de regularidade fiscal, previdenciárias e outros encargos previstos nas normas legais e regulamentares vigentes”, disse a agência reguladora estadual, em comunicado.

Valor - SP   24/07/2024

A Arábia Saudita, maior exportador mundial de petróleo bruto, planeja investir mais de US$ 100 bilhões para se tornar o terceiro maior produtor mundial de gás de xisto, depois dos Estados Unidos e da Rússia, à medida que a sua economia se prepara para uma sociedade descarbonizada.

Crucial para os planos de Riad é o campo de gás de Jafurah, no leste do país. É o maior campo de gás de xisto no Médio Oriente, com reservas confirmadas de 229 trilhões de pés cúbicos, equivalentes a cerca de 70 anos de importações de gás natural liquefeito (GNL) do Japão. O gás de xisto é o gás natural extraído de formações rochosas de xisto.

A estatal Saudi Aramco indicou que espera investir pelo menos US$ 100 bilhões em Jafurah. Em 30 de junho, fez um pedido de cerca de US$ 25 bilhões para construção de usinas e outros trabalhos. A produção de gás está prevista para começar em 2025.

Espera-se que o projeto seja o maior desenvolvimento de gás de xisto fora dos Estados Unidos, que se tornou o maior produtor mundial de gás natural depois que o que é conhecido como a "revolução do xisto", que aumentou enormemente a produção do país na década de 2000.

Tecnologias como perfuração horizontal e fraturamento hidráulico desenvolvidas nesse período tornaram possível extrair gás de xisto preso em formações rochosas a um custo relativamente baixo.

A Arábia Saudita introduzirá estas tecnologias através de empresas de serviços petrolíferos. “Uma nova revolução do xisto está ocorrendo”, declarou no passado o executivo-chefe (CEO) da Saudi Aramco, Amin Nasser.

O país também olha para além de Jafurah. A produção total de gás natural saudita aumentará 60% em relação aos níveis de 2021, para 21,3 bilhões de pés cúbicos por dia – equivalente a cerca de 150 milhões de toneladas de GNL por ano – em 2030, segundo a imprensa local. Se este objetivo for concretizado, espera-se que o país se torne o terceiro maior produtor mundial de gás natural.

O gás produzido será utilizado para geração doméstica de energia e outros fins. O mix energético da Arábia Saudita é 60% alimentado a gás natural e 40% a petróleo. Os planos preveem a eliminação do petróleo com emissões pesadas da mistura até 2030, substituindo-o por gás e fontes renováveis. A Arábia Saudita também considerará exportar GNL no futuro.

Em linha com a mudança para o gás de xisto, a Arábia Saudita anunciou em janeiro que iria suspender os planos de expansão da capacidade de produção de petróleo bruto. Tinha planejado aumentar a produção em 1 milhão de barris por dia, para 13 milhões de barris por dia até 2027.

O cancelamento desses planos irá liberar US$ 40 bilhões em investimentos entre 2024 e 2028, que serão utilizados para o desenvolvimento de gás natural e outros fins.

A Arábia Saudita também está envolvida na produção e comercialização de GNL nos Estados Unidos e na Austrália. Em março, concluiu um investimento de US$ 500 milhões na MidOcean Energy, uma empresa norte-americana que detém participações em GNL na Austrália.

Em junho, assinou contratos de longo prazo para adquirir um total de 6,5 milhões de toneladas por ano de dois projetos de GNL nos Estados Unidos, adquirindo uma participação de 25% num deles. Agora planeja vender o gás à Europa e à Ásia.

A Arábia Saudita não é o único país produtor de petróleo do Oriente Médio a migrar para o gás.

Em junho, a Abu Dhabi National Oil Company, estatal dos Emirados Árabes Unidos, decidiu investir numa nova fábrica de GNL naquele país. Com um custo de construção de US$ 5,5 bilhões, mais do que duplicaria a capacidade de produção de GNL do país, para cerca de 15 milhões de toneladas por ano.

Em maio, decidiu adquirir uma participação de 10% nos interesses de GNL em Moçambique. O projeto terá uma capacidade de produção anual de cerca de 25 milhões de toneladas quando todas as fábricas estiverem concluídas.

Também em maio, os Emirados Árabes Unidos adquiriram cerca de 12% de participação num projeto de GNL dos Estados Unidos com uma capacidade de produção anual de cerca de 17,6 milhões de toneladas.

A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos estão se concentrando no desenvolvimento do gás, em parte porque pretendem promover a diplomacia energética. A procura de gás natural está em alta devido ao esforço de descarbonização, e os principais produtores, Estados Unidos, Rússia e Qatar, estão reforçando sua influência na comunidade internacional.

Se o mundo atingir zero emissões líquidas, a procura de petróleo em 2050 cairia 70% em comparação com 2022, enquanto a procura de gás natural cairia 50%, de acordo com uma previsão da empresa petrolífera britânica BP. Se a atual regulamentação ambiental e outras tendências continuarem, a procura de petróleo cairá 20%, enquanto a procura de gás natural aumentará 20%.

"O fornecimento interno de gás natural é uma estratégia de longevidade para as empresas estatais de energia investirem na produção local e em áreas de produção no exterior", disse Karen Young, pesquisadora sênior da Universidade de Columbia.

Ela acrescentou que “faz sentido que estas empresas nacionais diversifiquem os seus portfólios, como também as vemos fazer nas energias renováveis e nas tecnologias de captura de carbono, bem como nas capacidades energéticas de fluxo total na petroquímica e no refino”.

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