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23 de Julho de 2024

SIDERURGIA

Valor - SP   23/07/2024

As exportações de aço da China estão em alta à medida que os produtores de aço chineses descarregam produto excedente no mercado internacional num contexto de fraca procura interna, o que levou alguns países a considerarem investigações antidumping.

A China exportou 53 milhões de toneladas de aço nos primeiros seis meses deste ano, um aumento de 24% em relação ao ano anterior, com o total do ano civil provavelmente a aproximar-se do recorde de 110 milhões de toneladas estabelecido em 2015.

O aumento de estoques foi mais significativo nas siderúrgicas do que nas distribuidoras. Eles estavam aproximadamente no mesmo nível até cerca de 2020, mas os fabricantes agora têm cerca de 4 milhões de toneladas a mais em estoque. As empresas estão recorrendo às exportações devido à fraca procura interna.

De acordo com as principais empresas siderúrgicas, os preços das bobinas de aço laminadas a quente no mercado do Sudeste Asiático despencaram de cerca de US$ 700 a US$ 900 por tonelada, incluindo frete, de 2021 a meados de 2022, para uma faixa de cerca de US$ 510 a US$ 520 devido ao aumento das exportações da China.

Os preços de liquidação de curto prazo para futuros de bobinas de aço laminadas a quente na Bolsa Mercantil de Chicago também caíram acentuadamente, de mais de US$ 1.000 no fim do ano passado para cerca de US$ 660.

As exportações das principais siderúrgicas japonesas também estão sendo afetadas pela tendência de baixa. A Nippon Steel disse em uma entrevista coletiva de resultados em maio que as quedas de preços nos mercados externos, devido principalmente ao influxo de produtos chineses, reduzirão o lucro dos negócios no ano fiscal de 2024 em 90 bilhões de ienes (US$ 573 milhões) em comparação com o ano fiscal de 2023.

“Devemos prosseguir com a nossa estratégia partindo do pressuposto de que a produção da China continuará em um nível elevado e nos forçará a um ambiente de negócios difícil”, disse o presidente da Nippon Steel, Tadashi Imai.

O volume de exportações da China é pequeno em comparação com a sua produção global de aço bruto no ano passado, de pouco mais de um bilhão de toneladas. Mas sendo o maior produtor mundial – responsável por mais de metade do 1,89 bilhão de toneladas mundiais em 2023 – se a procura interna diminuir, o seu excesso de capacidade poderá perturbar o mercado global.

A última vez que as exportações de aço da China aumentaram, os líderes discutiram a eliminação do excesso de capacidade nas cúpulas do Grupo dos Sete (G7) e do Grupo dos 20 (G20) em 2016, levando à criação do Fórum Global sobre o Excesso de Capacidade Siderúrgica (GFSEC).

A China retirou-se do GFSEC em 2019, afirmando ter completado a sua missão. A capacidade de produção do país, que caiu de 2016 a 2018, voltou a subir a partir de 2019.

A rentabilidade das siderúrgicas chinesas também está se deteriorando. De acordo com a Sumitomo Corp. Global Research, as autoridades chinesas realizaram uma pesquisa com fabricantes de aço nacionais e empresas comerciais em abril e anunciaram uma campanha nacional para reduzir a produção de aço bruto.

Mas, como demonstrado pelo aumento de 2,7% na produção de aço bruto em maio, "na realidade, os cortes na produção não estão progredindo”, disse uma fonte de um grande fabricante de aço japonês. Alguns acreditam que os governos locais, que querem evitar o agravamento do desemprego e dos rombos nas finanças, estão encorajando a manutenção da produção.

De particular preocupação para as empresas siderúrgicas nos países desenvolvidos é o aumento das chapas de aço de alta qualidade nas exportações chinesas. As exportações de barras de aço para fins de construção, que ultrapassaram os 30 milhões de toneladas em 2015, caíram para menos de 6 milhões de toneladas em 2023.

Em seu lugar, as exportações chinesas de chapas de aço laminadas a quente, que são amplamente utilizadas na indústria transformadora, aumentaram mais de 40%, para pouco mais de 20 milhões de toneladas em 2023, e atingiram quase 12 milhões de toneladas apenas nos primeiros cinco meses deste ano.

As importações de aço do Japão aumentaram durante o ano durante 15 meses consecutivos até abril, com as importações da China aumentando 86% durante esse período. As exportações indiretas que passam por um país terceiro ou são processadas de outra forma para evitar medidas antidumping estão suscitando preocupações em muitos países.

O número de investigações antidumping em todo o mundo aumentou de cinco no ano passado - três das quais envolveram produtos chineses - para 14 lançadas este ano no início de julho, com 10 envolvendo a China.

O número de investigações ainda é baixo em comparação com os 39 casos em 2015 e 2016. Alguns observadores dizem que os países em desenvolvimento que dependem da China não querem irritar Pequim lançando tais investigações.

“A China está transferindo as suas bases de produção de veículos elétricos e outros produtos para o exterior, e as exportações de aço e peças para esses locais tendem a aumentar”, disse Toru Nishihama, economista-chefe do Dai-ichi Life Research Institute.

O presidente chinês, Xi Jinping, está promovendo uma estratégia chamada “novas forças produtivas de qualidade” para expandir o investimento na produção avançada, como veículos elétricos e inteligência artificial, e as principais empresas siderúrgicas estão aumentando rapidamente a sua capacidade de produção de chapas de aço elétricas utilizadas em motores de veículos elétricos.

Se a superprodução interna se tornar evidente, a China poderá desvalorizar o yuan para impulsionar as exportações, a fim de estimular a economia.

“É inevitável que a fricção comercial entre os Estados Unidos e a China se intensifique, especialmente dada a proximidade da eleição presidencial dos Estados Unidos", disse Nishihama.

Infomoney - SP   23/07/2024

Para o setor de Mineração e Siderurgia, o cenário desafiador ainda pressionará os resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24). Ainda assim, para a XP, os dados de mineradoras de ferro devem vir relativamente melhores. Os resultados devem ser impulsionados por volumes sazonalmente mais altos e preços mais resilientes.

O minério de ferro apresenta preços mais resilientes, de acordo com a análise da corretora. Assim, a expectativa é que sejam menos afetados por mecanismos de precificação na comparação com o observado no primeiro trimestre de 2024.

Para as siderúrgicas, a XP tem expectativas de sólida rentabilidade compensando perdas para Gerdau na América do Norte O Itaú BBA considera que o segmento pode ser destaque negativo no trimestre, em especial Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5).
Usiminas

A Usiminas apresenta seus resultados no dia 26 de julho, antes da abertura do mercado. Para a siderúrgica, a expectativa da XP é por resultados considerados decentes. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) é projetado em R$ 478 milhões, com aumento de 15% na comparação trimestral. A análise destaca que as atenções se voltarão para indicações sobre redução de custos a partir do terceiro trimestre.

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O BBA projeta Ebitda em R$ 410 milhões, com queda de 1% no trimestre. Na visão da equipe de análise do banco, os resultados mais fracos na divisão do aço devem impactar os números. Já na divisão de mineração, a expectativa é de subida sequencial dos dados, em especial considerando os maiores preços realizados no segundo trimestre.
Gerdau

De acordo com analistas tanto da XP quanto do BBA, a expectativa é que a Gerdau apresente resultados mais fracos no 2T24. Para o Research da corretora, a receita da companhia ficará 8% mais alta na comparação trimestral, em R$ 17,5 bilhões. O Ebitda, por sua vez, é projetado em cerca de R$ 2,7 bilhões, com queda de 3% na comparação com o 2T23 (-28% na comparação anual).
“Esperamos: (i) volumes de vendas e preços estáveis no BD Brasil, apesar dos custos ligeiramente mais altos (afetados pelos preços mais altos do carvão); (ii) um trimestre resiliente na divisão da América do Norte em termos de volumes e rentabilidade; e (iii) um trimestre melhor para o BD da Aços Especiais (volumes mais altos e custos mais baixos, implicando em melhores margens)”, considera a XP.
O BBA, por sua vez, estima que a queda do Ebitda será de 7% trimestralmente. A queda se dará especialmente pelas margens mais fracas na América do Norte. As operações na região foram prejudicadas por menores preços e custos mais altos, na análise do BBA. Mesmo no Brasil, os dados deve apresentar retração pelo aumento de custos, em especial na comparação trimestral.
CBA

Para a Companhia Brasileira de Alumínio (CBA [CBAV3]), o BBA projeta alta de R$ 174 milhões na comparação trimestral, com Ebitda em R$ 320 milhões. O avanço seria justificado pela alta dos preços realizados de alumínio, pelo real mais depreciado, somados aos maiores volumes e menores custos. Na divisão de energia, a expectativa é de Ebitda positivo em R$ 25 milhões.

A XP considera que os resultados da companhia devem vir melhores no 2T24, com Ebitda em R$ 339 milhões. A alta seria de 132% na comparação trimestral e 358% em relação ao ano passado. No negócio de alumínio, a corretora projeta maiores volumes de vendas, com alta trimestral de 3%. A projeção da XP indica cerca de R$ 39 milhões de Ebitda para a divisão de energia e R$ 10 milhões negativo para a frente de níquel.

CSN

A CSN (CSNA3) deve apresentar resultados sólidos, na análise da XP, com receita de R$ 10,8 bilhões e Ebitda de R$ 2,4 bilhões. “Esperamos: (i) que as operações de mineração da CSN impactem positivamente os resultados da CSN, impulsionadas por volumes sazonalmente maiores; e (ii) desempenho de rentabilidade estável na divisão siderúrgica da CSN em meio a um ambiente de preços ainda desafiador (margem EBITDA de 4,4% no 2T24 vs. 4,3% no 1T24)”, considera o Research da corretora. As demais divisões da CSN devem apresentar resultados mistos, em especial com estabilidade na divisão de cimento e desempenho positivo em Logística.
CSN Mineração

Na projeção da XP, a CSN Mineração (CMIN3) trará resultados sazonalmente superiores. Segundo a corretora, o EBITDA da empresa deve alcançar R$ 1,5 bilhão, com aumento de 35% em relação ao trimestre anterior e de 38% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento é atribuído a um melhor desempenho nos volumes de vendas próprias, que devem subir 16% anualmente, impulsionados por uma sazonalidade mais seca este ano e por uma redução de 50% nas compras de terceiros. O Research da corretora projeta que os preços realizados atinjam US$ 62 por tonelada, um incremento de 1% no trimestre, menos impactados pelos mecanismos de precificação em comparação ao primeiro trimestre de 2024.

Além disso, há expectativa uma diminuição de 6% no custo do produto vendido (CPV) unitário, devido ao aumento da produção, o que permite a diluição dos custos fixos. Este cenário deve resultar em uma melhoria na margem EBITDA para 44,3%, um acréscimo de 4 pontos percentuais em comparação ao primeiro trimestre de 2024.

A visão do BBA também é otimista e projeta que a CSN Mineração deve registrar um aumento de 34% no EBITDA em relação ao trimestre anterior, impulsionado por maiores volumes e custos levemente menores. A realização de preços deve permanecer estável no trimestre.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   23/07/2024

Para o pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV e professor de economia do Ibmec, Ricardo Barboza, a incômoda liderança do Brasil nos rankings que medem os níveis de juros reais nos países é uma “pedra no sapato” da indústria nacional e atrapalha o seu crescimento. “Nós somos sistematicamente o líder de juro real no mundo, isso não é bom para a indústria”, avalia o economista. “E, quando vemos o custo do capital na ponta, eles não estão pagando 10,5% (o nível atual da Selic), os empresários estão pagando muito mais, porque ainda existe todo o spread bancário.”

Para o economista, qualquer país que praticasse as mesmas taxas de juros altíssimas do Brasil teria recessões gigantescas, ou “bíblicas”, mas nós acabamos nos adaptando a isso, por uma série de fatores. Barboza acredita que o juro pode voltar a cair no Brasil apenas em 2025, mas mesmo assim isso ainda depende de muitos fatores. “Se o cenário internacional der uma aliviada, se a questão fiscal começar a se resolver, como parece que vai, se as surpresas de alta do IPCA deixarem de acontecer e se a atividade econômica deixar de surpreender, eu acredito que esse processo (de cortes na Selic) possa voltar a ser retomado”, afirma Barboza.

Ricardo Barboza será um dos participantes do evento “A indústria no Brasil hoje e amanhã - a importância do ambiente econômico para o futuro do setor industrial”, uma realização do Estadão, com apoio institucional da Fiesp, Ciesp, Firjan e CNI. O evento ocorre nesta terça-feira, 23, no salão nobre da Fiesp. As inscrições podem ser feitas aqui. As vagas são limitadas.

Como o sr. avalia o cenário da política monetária no Brasil este ano?

O cenário que temos hoje, de uma taxa de juros de 10,5% e que provavelmente vai se manter assim “nos próximos capítulos”, se deve a alguns fatores. O primeiro deles, como o próprio Banco Central justifica, é o cenário internacional mais conturbado, onde até mesmo a inflação nos Estados Unidos foi muito resistente à queda. O mercado americano chegou a precificar de sete a oito cortes de juros no país em algum momento, mas este ano só teremos um corte. Quando o juro fica mais alto lá, é ruim para o mundo inteiro, porque afeta a nossa taxa de câmbio. Além disso, a atividade econômica no Brasil tem sido mais forte do que todo mundo pensava que ela seria. Ano passado a expectativa de crescimento do PIB era de 0,8% ou 0,9%, mas o resultado foi quase três vezes maior. Fora as questões domésticas relacionadas à política fiscal (receitas e despesas do governo), que também se traduzem em aumentos na taxa de câmbio. Diante disso tudo, nos últimos meses, o Banco Central foi surpreendido em cinco oportunidades das últimas sete divulgações. É um cenário que demanda mais cautela.
O que pode mudar esse cenário de surpresa do BC para retomar os cortes na Selic?

O Banco Central não interrompeu o ciclo de queda da Selic, mas ele fez uma pausa para ver o que vai acontecer. Se o cenário internacional der uma aliviada, se a questão fiscal começar a se resolver, como parece que vai, se as surpresas de alta do IPCA deixarem de acontecer, e se a atividade econômica deixar de surpreender, eu acredito que esse processo possa voltar a ser retomado.
Como o cenário internacional tem influenciado a nossa política de juros?

Todo economista tem o sonho de saber fazer previsões perfeitamente, mas temos de reconhecer nossas limitações. É difícil dizer que o cenário internacional já parou de piorar, ou não pode piorar adicionalmente. Nós teremos uma eleição muito particular nos Estados Unidos, no momento em que nós nem ao menos temos certeza de quem serão os dois candidatos, ou o quão disputada as eleições vão ser. Com isso, a incerteza pode subir. Não sabemos que cenários possíveis virão dessa disputa. Nós estamos longe do pico dos indicadores de incerteza global, que estavam muito atrelados a eventos como a covid-19, mas esses indicadores podem voltar a subir, porque está tudo em aberto. Mais um motivo para ter cautela na economia doméstica.

Para além da pressão de fatores globais, o que justifica, historicamente, uma taxa de juros tão alta no Brasil?

Eu gosto muito desse debate da alta taxa de juros no Brasil, porque eu pesquiso isso há algum tempo. O que é interessante é que, do Plano Real para cá, sistematicamente, nós figuramos como líderes nos rankings internacionais de juro real. Neste momento, nós somos o segundo país do ranking, mas já fomos o primeiro. Nós somos sistematicamente os líderes de juro real mais alto no mundo, e isso não é bom para a indústria e não traz consequências agradáveis para a nossa economia. Primeiro, porque passamos a ter investimentos mais baixos do que se o juro fosse menor. Com investimento baixo, o País cresce pouco. Com crescimento menor, nós geramos menos emprego.

É ruim para as contas públicas, porque a dinâmica da dívida acaba ficando em uma trajetória complicada, por causa de uma taxa de juros muito alta, fazendo com que tenhamos de crescer muito para não ter uma dívida explosiva. Enfim, a taxa de juros está conectada a todas as variáveis da nossa economia. Mas a taxa de juros alta não tem só lados negativos, porque se fosse assim, nós não a praticaríamos. Porque a gente a tolera assim? Porque é o nosso instrumento para manter a taxa de inflação baixa. E inflação é uma prioridade do brasileiro. Mas é um preço alto que se paga. Se qualquer país praticasse as mesmas taxas de juros altíssimas que temos aqui, eles teriam recessões bíblicas. Mas aqui não, nós nos adaptamos e conseguimos conviver com alguma expansão da demanda agregada (a soma do consumo, investimentos, gastos do governo e saldo da balança comercial). Mas por quê? O que eu acho que explica nosso juro muito alto é uma multiplicidade de causas, a exemplo da política fiscal, que sempre cresceu acima do PIB, e a produtividade do nosso País, que é muito baixa. Assim, é um somatório de fatores que explica essa nossa particularidade.
Na sua avaliação, qual o impacto dos ruídos entre governo e o Banco Central para política monetária?

Ruídos nunca são bons, eles sempre poluem a forma como vemos os fundamentos. Mas eu tenho uma certa convicção de que política monetária deveria ser feita com base nos sinais concretos e os fundamentos que a economia tem. Política monetária não é uma ciência exata, é sempre uma mistura de ciência e arte. Acho que ruídos podem, de alguma forma, deixar o cenário mais anuviado no curto prazo. Mas não é isso que muda a realidade da taxa de juros, a realidade da atividade econômica, a realidade da inflação. Não de forma permanente. Eu custo a crer que essas coisas expliquem permanentemente as nossas grandes variáveis econômicas.
Uma retomada da trajetória de queda na Selic não deve acontecer, segundo as projeções, neste ano. Como isso afeta a indústria?

Quando você mexe com a Selic hoje - e isso é uma coisa que grande parte das pessoas fica chocada quando descobre -, ela só afeta a inflação de uma forma mais intensa daqui a 24 meses. Ela tem uma defasagem de dois anos no seu efeito máximo no IPCA. Nós estamos falando sempre de efeitos que são muito defasados e também cumulativos, porque toda a trajetória passada de mudanças da Selic ainda está sendo sentida hoje, tanto na atividade industrial quanto na inflação.

Em relação à indústria, é claramente o setor que fica mais prejudicado com esse nível de taxa de juro mais alto no Brasil. Quando vemos o custo do capital na ponta, eles não estão pagando 10,5%, os empresários estão pagando muito mais, porque ainda existe todo o spread bancário. O que eu acho que pode acontecer é que o cenário internacional melhore, a taxa de juros nos EUA comece a cair a partir de setembro, e aqui no Brasil, de acordo com as sinalizações do Ministério da Fazendo de que o arcabouço fiscal será seguido à risca, aí poderemos voltar a discutir novos cortes na Selic.

Infomoney - SP   23/07/2024

As projeções dos analistas para a inflação, para a evolução do PIB e para a taxa de câmbio em 2024 voltaram a subir nesta semana, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (22) pelo Relatório Focus do Banco Central.

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Inflação

A estimativa do IPCA para este ano avançou de 4,0% para 4,05%, após ter interrompido a sequência de nove semanas de alta na semana passada. No entanto, a previsão para a inflação de 2025 se manteve nos mesmos 3,90%. A projeção para 2026 está mantida em 3,60% há sete semanas. Para 2027, a projeção continua em 3,50% há 55 semanas.

PIB

Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2024 passou de 2,11% para 2,15%. A previsão para 2025 caiu de 1,97% para 1,93%, enquanto a estimativa para 2026 continua nos mesmos 2,0% há 50 semanas. A projeção também está em 2,0% para 2027, há 52 semanas.
Selic

A projeção para a taxa básica de juros (Selic) se manteve em 10,50% em 2024, enquanto a estimativa para 2025 continuou em 9,50%. Para 2026, está mantida nos mesmos 9,0%, enquanto a taxa esperada para 2027 também permaneceu em 9,0%.
Câmbio

A mediana das projeções para o dólar avançou de R$ 5,22 para R$ 5,30 em 2024, enquanto a de 2025 avançou de R$ 5,20 para R$ 5,23, o mesmo acontecendo com as projeção de 2026, que passou de R$ 5,20 para R$ 5,23. A estimativa para 2027 se manteve em R$ 5,21.

Resultado primário

A projeção para o resultado primário em 2024 se manteve em -0,70% do PIB pela quarta semana seguida. A estimativa para 2025, no entanto, piorou, passando de -0,66% do PIB para -0,67% do PIB. Para 2026, a estimativa teve melhora e passou de -0,60% do PIB para um déficit de -0,55% do PIB. Já para 2027, déficit estimado passou de -0,50% do PIB para 0,41% do PIB.
Dívida pública

Para a dívida líquida do setor público, a projeção para 2024 foi mantida em 63,70% do PIB. Para 2025, continuou em 66,0% do PIB, enquanto para 2026 ficou nos mesmos 68,38% do PIB. A dívida prevista para 2027,no entanto, subiu de 69,90% do PIB para 70,20% do PIB.

O Estado de S.Paulo - SP   23/07/2024

A China viveu um mês de expectativa de que uma reunião de líderes do Partido Comunista mostraria o caminho para uma nova era de crescimento para a economia em desaceleração. O resultado foi um plano divulgado neste domingo, 21, que oferece mais de 300 medidas sobre tudo, desde impostos até religião.

O plano repetiu muitos temas conhecidos, incluindo uma ênfase nos investimentos do governo em fábricas de alta tecnologia e inovação científica. Houve pouca menção a algo que tratasse diretamente da queda dos preços dos imóveis na China ou dos milhões de apartamentos inacabados deixados para trás por incorporadoras falidas.

Muitos economistas pediram um esforço abrangente para reequilibrar a economia chinesa, afastando-a dos investimentos e aproximando-a dos gastos do consumidor. Mas o documento - com cerca de 15 mil palavras na tradução para o inglês - fez um apelo breve e cauteloso para “refinar os mecanismos de longo prazo para expandir o consumo”.

O Comitê Central do Partido Comunista dobrou a aposta na política industrial. O partido prometeu “promover o desenvolvimento de indústrias estratégicas” em oito setores, desde energia renovável até a indústria aeroespacial. Essencialmente, esses eram os mesmos setores do plano “Made in China 2025", que já tem uma década, para substituir as importações de produtos de alta tecnologia por produtos produzidos localmente, como parte de um impulso nacional para a autossuficiência.

O plano semelhante, de 2013, tinha muitas disposições que nunca foram colocadas em prática, como um projeto para implantar um imposto sobre a propriedade em todo o país para arrecadar dinheiro para os governos locais.

Muitos desses governos locais ficaram muito endividados desde então. O plano de domingo propôs uma solução diferente: O governo central deve se tornar responsável por mais gastos do país. O plano anterior também pedia a expansão das receitas tributárias locais, mas fazia apenas uma menção superficial a um imposto sobre imóveis.

O documento também refletia a preocupação do presidente chinês Xi Jinping com a segurança nacional. Em uma declaração no domingo, Xi alertou sobre “conflitos e tumultos locais frequentes, problemas globais intensificados e aumento da repressão e contenção externas”.

Ceticismo

Nos dias que se passaram desde que o Comitê Central concluiu sua reunião na quinta-feira e divulgou uma declaração inicial, houve um ceticismo considerável sobre se as ações do comitê significarão uma mudança na direção das políticas sobre a economia chinesa, que enfrenta desaceleração do crescimento e dívidas pesadas.

“Parece não haver desvio de sua prioridade imediata, que é equilibrar sua recuperação econômica com as preocupações de segurança nacional, mantendo a estabilidade social”, disse a Câmara de Comércio da União Europeia na China, em um comunicado na sexta-feira.

Nesta segunda-feira, 22, o Banco do Povo da China (PBoC, o banco central do país) reduziu sua taxa de juros de referência para empréstimos (LPR, na sigla em inglês) de 5 anos de 3,95% para 3,85% ao ano. Já a taxa de referência de 1 ano foi reduzida de 3,45% para 3,35% ao ano. Reduziu também uma taxa de sete dias que afeta indiretamente as negociações mais amplas nos mercados de títulos e ações. A redução foi pequena - de 1,8% para 1,7%.

O corte na taxa poderia facilitar um pouco os empréstimos e os gastos das empresas e das famílias. Na manhã seguinte à decisão do Partido Comunista sobre a estratégia econômica, a ação do banco central também pode atenuar o desapontamento dos investidores com o fato de a liderança da China ter anunciado pouco no fim de semana para lidar com a crise do mercado imobiliário do país ou com a persistente fraqueza dos gastos dos consumidores.

Os preços das ações das empresas da China continental já haviam caído nas negociações de Hong Kong na sexta-feira, depois que a declaração inicial, após a reunião da semana passada dos líderes, deixou claro que o partido estava cauteloso em fazer grandes mudanças na política econômica.

O documento de domingo também sinalizou a preocupação da liderança com a queda da taxa de natalidade e o envelhecimento da população. O Comitê Central pediu esforços para melhorar as políticas de licença-maternidade e estabelecer um sistema de subsídios para o parto. Também disse que as autoridades “aumentariam gradualmente a idade legal de aposentadoria de forma prudente e ordenada”, sugerindo que as mudanças poderiam ser voluntárias. A China tem uma idade média de aposentadoria de 54 anos, uma das mais baixas do mundo.

Embora a linguagem da aposentadoria tenha sido mais cautelosa do que os esforços controversos de países como a França para aumentar a idade em que os benefícios para idosos se tornam disponíveis, ela foi suficiente para desencadear críticas imediatas nas mídias sociais chinesas. Muitas dessas publicações desapareceram rapidamente, um sinal de que os censores do governo estavam ativos.

O documento divulgado no domingo também sinalizou que Xi tinha pouca intenção de acabar com seus amplos controles sobre as minorias muçulmanas do país. O documento pedia que o governo “promovesse sistematicamente a sinicização da religião na China e fortalecesse o estado de direito na governança dos assuntos religiosos”.

O Estado de S.Paulo - SP   23/07/2024

Os brasileiros já destinaram R$ 2 trilhões em tributos aos governos federal, estadual e municipal desde o início deste ano, de acordo com o Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro histórico da capital paulista. A marca de R$ 2 trilhões foi atingida na manhã de domingo, 21. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo multas, juros e correção monetária.

Segundo a ACSP, em igual período do ano passado, o Impostômetro havia alcançado o nível de R$ 1,7 trilhão, o que indica um crescimento de 17,6% nesta métrica.

Para o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, esse avanço foi registrado 40 dias mais cedo neste ano, sob influência do aumento da atividade econômica, renda e emprego, além do impacto da inflação e da reintegração do PIS/Cofins nos combustíveis.

“Nós temos um sistema tributário que taxa excessivamente o consumo, assim, na medida em que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. Além disso, a elevação da atividade econômica tem um impacto positivo na arrecadação. Se esses dois fatores continuarem ocorrendo, que é o mais provável, a gente vai continuar tendo antecipação desse resultado de R$ 2 trilhões”, diz o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, em nota.

Carga britânica

De acordo com dados da ACSP, o Impostômetro atingiu, pela primeira vez, a marca de R$ 2 trilhões em impostos em 9 de dezembro de 2015. Em julho daquele ano, a ferramenta registrava R$ 1,1 trilhão em tributos pagos pelos brasileiros, o que representa um crescimento acumulado de 82%, na comparação com igual período de nove anos atrás. Para Ruiz de Gamboa, esse aumento está atrelado ao crescimento da atividade econômica e ao aumento dos preços.

“Nossa carga tributária é comparável à da Grã-Bretanha, embora nossa renda por habitante seja significativamente inferior. Portanto, pagamos uma carga tributária desproporcional ao nosso nível de desenvolvimento econômico, o que acaba por sufocar o potencial de expansão da economia”, avalia.

O Estado de S.Paulo - SP   23/07/2024

Depois de anunciar um congelamento de despesas de R$ 15 bilhões, na última semana, o governo federal piorou nesta segunda-feira, 22, a projeção de déficit para 2024. Agora, a estimativa é de que as contas públicas vão fechar no vermelho em R$ 28,8 bilhões – no piso da banda (intervalo de tolerância), já que o centro da meta é déficit zero.

Isso porque a meta tem uma margem de tolerância de 0,25% do PIB, para cima e para baixo. O déficit de R$ 28,8 bilhões, portanto, é o limite inferior para o cumprimento da meta. No segundo bimestre, a previsão era de um bloqueio menor, de R$ 14,5 bilhões.

As despesas primárias foram revistas para cima em R$ 20,7 bilhões, enquanto as receitas foram cortadas em R$ 6,4 bilhões. Sem o contingenciamento da última semana, de R$ 3,8 bilhões (também houve bloqueios de R$ 11,2 bilhões), o déficit estimado seria de R$ 32,6 bilhões – o que levaria a um descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Com o corte, contudo, a equipe econômica mirou o piso da banda permitido pela legislação.

Pelo lado das despesas, os gastos obrigatórios foram revistos para cima em R$ 29 bilhões, enquanto as discricionárias (não obrigatórias, como custeio e investimentos) foram revistas para baixo em R$ 8,3 bilhões. A principal mudança aconteceu com o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que saltou 6,4 bilhões. Logo em seguida, vieram as despesas com a Previdência, com mais R$ 5,3 bilhões.

“O bloqueio realizado nas despesas discricionárias, de R$ 8,3 bilhões, ocorre em função do aumento dos gastos obrigatórios”, afirmou o secretário-adjunto da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Clayton Luiz Montes.

Também houve aumento na projeção de despesas de R$ 1 bilhão com pessoal e encargos sociais, R$ 800 milhões em complementação do Fundeb e R$ 100 milhões com o programa Proagro. Em créditos extraordinários, houve aumento de R$ 14,2 bilhões, em virtude das medidas de socorro ao Rio Grande do Sul. Essa despesa, contudo, não é contabilizada no cumprimento da meta.

Na visão da equipe econômica, contudo, os gastos continuam controlados, em 19,4% do PIB – pouco acima da média de 19,2% do PIB, entre 2015 e 2023, excluindo o ano de 2020, da pandemia.

“Quando a gente olha a evolução das despesas primárias, no valor total, ao longo dos anos, na série histórica, vemos que ela se mantém sob controle, no patamar de 19,4% do PIB. A média é de 19,2% do PIB”, disse Montes.

Desoneração da folha

O governo também ampliou as renúncias previstas com na arrecadação da Previdência Social, em razão da desoneração das folhas de pagamentos dos municípios – houve uma redução de R$ 5,2 bilhões.

Após um embate com o Legislativo contra a medida, o governo recorreu ao STF e obteve uma liminar suspendendo os efeitos da desoneração. Paralelamente, porém, a equipe econômica abriu uma negociação com senadores para a votação de um projeto de lei que contemple uma fonte de financiamento para a política pública, que atende também setores econômicos intensivos em mão de obra. Juntos, eles incluem milhares de empresas que empregam 9 milhões de pessoas.

O projeto de lei tinha previsão para ir à votação antes do recesso parlamentar, mas não houve acordo entre os senadores e a equipe econômica sobre as medidas de compensação. Pouco antes do recesso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), pediu para estender o prazo para se chegar a um acordo. A nova data é dia 11 de setembro.

Entre as medidas apresentadas pelo Senado estão a repatriação de valores investidos por brasileiros no exterior e uma espécie de refis para dívidas de empresas com agências reguladoras. O Ministério da Fazenda tem sustentado que as ações são insuficientes para cobrir toda a despesa com a desoneração, inicialmente estimada em pouco mais de R$ 26 bilhões neste ano. O Senado tem uma projeção menor de renúncias, ao redor de R$ 17 bilhões.
Receitas

Entre as receitas, houve redução no previsto com julgamentos de grandes causas no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), estimado em R$ 55,6 bilhões neste ano, mas que caíram para R$ 37,7 bilhões, entre julho a dezembro deste ano. Nos meses anteriores, não houve entrada de recursos, segundo o Secretário de Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

“A previsão inicial era ter entrada de recursos a partir de maio, porque os julgamentos estavam paralisados. Mas não houve entrada em maio e junho. Fomos aprofundar as razões, e houve um descolamento (no tempo) da previsão”, disse Barreirinhas.

Nas concessões, o governo reduziu em apenas R$ 900 milhões a estimativa de receitas neste ano, mantendo a projeção para o ano em R$ 24,3 bilhões. Analistas têm apontado que esse número é de difícil realização, uma vez que arrecadação prevista com concessões no setor ferroviário, por exemplo, ainda não saíram do papel.

Barreirinhas tentou dissipar as incertezas com o desempenho das receitas do governo, ainda que tenha havido a frustração com a arrecadação esperada nos julgamentos do Carf.

Segundo ele, dados da Receita que serão divulgados nesta quarta-feira, 24, mostram que a arrecadação em junho aumentou 11,02% ante junho de 2023, já descontada a inflação. No ano, o crescimento real das receitas é de 9,08%.

“A arrecadação vai muito bem, mas um pouco inferior ao que é necessário para cobrir as despesas por conta de desonerações e frustrações. Nessa revisão bimestral, pesa bastante a desoneração dos municípios que lançamos”, disse Barreirinhas.

Segundo ele, também houve frustração de receitas com a arrecadação do PIS/Cofins provavelmente em razão do uso de créditos tributários pelas empresas para abater Imposto de Renda. Segundo ele, quando isso acontece, a arrecadação de IR cresce e a de PIS/Cofins cai em termos contábeis.
Manutenção da meta

Ainda que a projeção anunciada tenha levado o déficit ao limite da meta estabelecida para este ano, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que não há no radar da equipe econômica mudar o objetivo.

“Nesse (relatório) bimestral, sinalizamos que estamos muito próximos e temos condições de atingir a meta, não há necessidade de alteração (da meta)”, afirmou Ceron.

Segundo ele, as discussões sobre a fonte de recursos para compensar a política de desoneração da folha podem melhorar o cenário. “É crível o cumprimento da meta neste exercício, o que era impensável pelos agentes do mercado no início do ano”, disse o secretário. Neste momento, diz ele, a discussão é sobre quanto falta para o governo cumprir a meta.

Diante das revisões para baixo do resultado fiscal, já se consolidou a percepção de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está perseguindo o que se convencionou chamar de “centro” da meta fiscal, que prevê déficit zero neste ano.

No final de maio, a Consultoria de Orçamento, Fiscalização e Controle (Conorf) do Senado Federal apontou que, na prática, o limite inferior da meta passou a ser o alvo efetivo, o que seria “preocupante” e uma “interpretação menos cautelosa da lei”.

Nesta segunda-feira, porém, o secretário de Orçamento Federal substituto, Clayton Montes, afirmou que “o centro da meta está sendo buscado, continua sendo buscado e vai ser buscado, sim”.
Emendas parlamentares

O governo ainda não fechou quais as áreas serão afetadas pelo contingenciamento e pelo bloqueio de despesas. Montes afirmou que as emendas parlamentares, tanto as individuais e coletivas de execução obrigatória, quanto as de comissão, de execução voluntária, podem ser alvo da contenção de despesas.

No relatório anterior, o governo estabeleceu que nem as emendas nem as áreas de educação e saúde seriam afetadas pelo bloqueio na ocasião. Agora, não foi feita nenhuma restrição – o que pode indicar que essas áreas poderão ser atingidas.

Montes sublinhou que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano determina que as emendas só podem ser contingenciadas até o limite do contingenciamento das demais despesas do Executivo.

O secretário afirmou que o bloqueio de despesas não pode alcançar emendas parlamentares, uma vez que seria necessário cancelar despesas para cobrir gastos obrigatórios. Segundo ele, para fazer isso, seria necessário haver uma autorização expressa na lei de diretrizes orçamentárias e não há essa previsão neste momento.
Novo congelamento à vista

Economistas ouvidos pelo Estadão avaliaram como positivo o anúncio feito por Haddad de um congelamento de R$ 15 bilhões em recursos do Orçamento deste ano, mas ponderam que será necessário uma nova contenção de despesas, de modo a cumprir ao menos o piso da meta fiscal zero deste ano.

Segundo os analistas, para o cumprimento do piso da meta, a contenção deveria ser da ordem de R$ 26,4 bilhões – embora haja divergências nas previsões. Assim, analistas já preveem que o restante da contenção seja anunciada no relatório de setembro.
Qual a diferença entre bloqueio e contingenciamento?

No contingenciamento, o governo congela despesas quando há frustração de receitas, a fim de cumprir a meta fiscal (saldo entre receitas e despesas, sem contar os juros da dívida). Para este ano e para 2025, a meta é de zerar o déficit das contas públicas.

Como a meta tem uma banda (intervalo de tolerância) de 0,25 ponto porcentual do PIB para cima e para baixo, o governo cumpre a meta desde que não extrapole o piso da banda – ou seja, um déficit de R$ 28,8 bilhões.

Já o bloqueio é realizado para cumprir o limite de despesas do arcabouço fiscal. Assim, quando há aumento de gastos obrigatórios (como aposentarias, por exemplo), o governo bloqueia despesas não obrigatórias (como custeio e investimentos) para compensar.

CNN Brasil - SP   23/07/2024

Em setembro de 2021, depois de absorver três meses de aumentos de preços que foram mais do que o dobro da meta de 2% do Federal Reserve, a equipe e autoridades do banco central dos Estados Unidos mudaram seu tom mais passivo sobre a inflação e começaram a descrevê-la como “elevada”.

Desencadeada depois que o índice de preços PCE usado pelo Fed para definir sua meta de inflação ultrapassou 4% em maio, junho e julho daquele ano, a descrição de inflação elevada permanece no comunicado de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto até hoje, mesmo com o PCE agora abaixo de 2,6% e, ao que parece, ainda em queda.

A reunião de política monetária do Fed na semana que vem pode finalmente fazer com que a palavra seja retirada.

Se isso acontecer, será o sinal mais forte de que o banco central planeja cortar a taxa de juros já em setembro e iniciar o afrouxamento de seu ciclo de política monetária, algo que os investidores agora veem como quase certo.

A mudança na descrição da inflação para algo mais brando do que elevado também pode levar o Fed a editar a outra frase importante em seu comunicado atual:

que os juros não serão cortados até que as autoridades “ganhem mais confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%”.

A equipe do Fed parou de descrever a inflação como elevada em janeiro, depois que o PCE foi abaixo de 3%, e as autoridades notaram antes da reunião de 30 e 31 de julho que a inflação estava desacelerando de forma mais ampla em toda a economia e aumentando sua confiança de que a desaceleração continuaria.

Eles começaram a usar frases como “se aproximando” para descrever a distância restante para uma mudança na política monetária e sugeriram possíveis limites que poderiam justificar mudanças na forma como o Fed descreve a economia e sua reação a ela.

Em comentários a repórteres no final de junho, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que ficaria “surpreso se (…) qualquer coisa acima de meio ponto percentual fosse visto como não elevado”, apontando indiretamente para uma inflação de 2,5% ou menos como referência para, pelo menos, considerar a mudança na descrição da inflação.

Muitos economistas acreditam que esse limite será atingido ou ultrapassado quando os dados de PCE de junho forem divulgados em 26 de julho.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   23/07/2024

Os preços dos contratos futuros de minério de ferro caíram nesta segunda-feira, com os investidores e traders avaliando os sinais mistos do mercado da China, maior consumidor mundial de minério, após o final de sua reunião plenária.

O contrato mais negociado de setembro do minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 0,31%, a 798,5 iuanes (109,79 dólares) a tonelada.

O contrato de referência de agosto do minério de ferro, na Bolsa de Cingapura, caiu 0,83%, para 103,65 dólares a tonelada.

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A China cortou sua principal taxa de juros de curto prazo e suas taxas de empréstimo de referência, em uma tentativa de impulsionar o crescimento econômico, já que o país está à beira da deflação e enfrenta uma prolongada crise imobiliária, aumento do endividamento e fraco sentimento dos consumidores e das empresas.

Os cortes foram feitos depois que a China divulgou, na semana passada, dados econômicos do segundo trimestre mais fracos do que o esperado e que seus principais líderes se reuniram para seu plenário.

O impulso, entretanto, não conseguiu eliminar totalmente as preocupações depois que a tão esperada atualização da política chinesa não apresentou nenhuma mudança importante.

“O Plenário reuniu os líderes da China para traçar a direção geral das políticas sociais e econômicas de longo prazo do país. Mas pouco foi feito para retificar o fraco crescimento econômico”, disseram os analistas do ANZ em uma nota.

Também pesou sobre os preços do principal ingrediente da siderurgia o fato de que os principais “produtores estão superando os recentes problemas do lado da oferta para aumentar as exportações”, disseram os analistas do ANZ.

A demanda deprimida dos usuários finais e o sentimento negativo permearam o mercado doméstico de aço de 15 a 19 de julho, disse a consultoria chinesa Mysteel.

Além disso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu encerrar sua campanha de reeleição no domingo, o que, segundo os investidores, cria incertezas e pode abalar os mercados globais.

Valor - SP   23/07/2024

Analistas projetam resultado positivo de US$ 1,8 bi para o segundo trimestre da empresa.

Um maior volume de vendas de minério de ferro e alta do preço do cobre devem dobrar o lucro na Vale no segundo trimestre. De acordo com cálculos do Valor baseados em estimativas de cinco instituições financeiras, a mineradora brasileira deve atingir resultado positivo, na última linha do balanço contábil, de US$ 1,8 bilhão, na média das projeções, entre abril e junho deste ano, aumento de 98% ante os US$ 892 milhões do mesmo período do ano passado.

No segundo trimestre, o valor recebido pelo cobre (preço realizado pela Vale) ficou, em média, US$ 9,2 mil por tonelada, alta de 31% sobre igual período de 2023.

Analistas consultados pelo Valor lembraram ainda que o forte crescimento projetado para o lucro se explica também pelo fato de a base de comparação ser baixa em relação ao mesmo trimestre de 2023, quando o ganho da mineradora foi inferior a US$ 900 milhões (US$ 892 milhões).

“A diferença grande se justifica pelo volume de vendas no minério”

— Ilan Arbetman

As expectativas de lucro só não serão confirmadas, contudo, na eventualidade de a empresa fazer alguma provisão no balanço do trimestre. Em condições normais, a Vale costuma fazer esse tipo de reserva no quarto trimestre do ano.

O Valor compilou estimativas dos bancos Itaú BBA, Bradesco BBI, BTG Pactual, Citi e Ativa Investimentos

A receita líquida da companhia deve atingir US$ 10,1 bilhões, o que representaria aumento de 4,9% em relação a igual período do ano anterior, de acordo com os analistas consultados.

A projeção para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em US$ 4,06 bilhões, aumento de 5% ante o segundo trimestre de 2023.

A mineradora, que tem um processo de sucessão da presidência em andamento, divulga o balanço contábil do segundo trimestre na quinta-feira (25) depois do fechamento dos mercados. No dia seguinte, a Vale realiza teleconferência de resultados para analistas e investidores.

Na visão do BTG Pactual, a Vale deve entregar resultados abaixo da média, o que leva o banco a esperar para ter uma visão melhor sobre os números da companhia. “As negociações da Samarco parecem estar progredindo bem e prevemos um desfecho melhor do que o esperado pelo mercado, enquanto o conselho parece estar abrindo caminho para uma sucessão tranquila de CEO.

O desempenho operacional continua a ser uma questão fundamental para os investidores, mas esperamos que a administração continue a reduzir os riscos”, disse o banco em relatório.

A Vale tinha a expectativa de anunciar um acordo definitivo para a tragédia de Mariana (MG), ocorrida em 2015, ainda no primeiro semestre deste ano, o que não ocorreu.

Conforme o relatório de produção e vendas divulgado em 16 de julho, a Vale fechou o segundo trimestre com produção de 80,59 milhões de toneladas de minério de ferro, aumento de 2,4% em relação a igual período do ano passado.

As vendas da commodity de abril a junho somaram 79,79 milhões de toneladas, aumento de 7,3% sobre igual período do ano passado.

A Vale informou na ocasião que o resultado operacional de abril a junho foi assegurado por “performance robusta” do empreendimento S11D, em Carajás, no Pará, e pela operação de Vargem Grande, em Minas Gerais. O S11D alcançou, segundo a Vale, recorde para um segundo trimestre, com a produção de 19,5 milhões de toneladas, alta de 1,9% sobre igual período de 2023. O sistema Vargem Grande, por sua vez, produziu 11,8 milhões de toneladas de abril a junho, aumento de 27,5% em relação ao mesmo trimestre de 2023.

Os números operacionais reforçam a previsão da própria companhia de chegar em dezembro no teto da banda fixada para 2024, que é de 320 milhões de toneladas da commodity.

Para a Ativa Investimentos, o volume de embarques de minério de ferro da Vale no segundo trimestre foi uma surpresa e traz a perspectiva positiva aos resultados financeiros. Segundo o analista da corretora, Ilan Arbetman, esse é o principal ponto que gera o aumento significativo na comparação anual: “Temos uma diferença grande que se justifica pelo volume de vendas no minério, que gerou aumento de 9% na receita desse produto.” Arbetman pondera que a diferença poderia ser maior, mas é reduzida pelo aumento no custo do minério de ferro em relação ao segundo trimestre do ano passado.

O Itaú BBA espera que os resultados mais fortes nas divisões de ferrosos e metais básicos reforcem o balanço da mineradora: “Para a divisão ferrosos, os números provavelmente serão ajudados por maiores volumes e por preços levemente melhores na comparação trimestral.” Segundo o banco, em relatório, o preço realizado do minério de ferro mais baixo que o esperado será compensado pelo maior volume de embarque e os preços realizados no cobre.

O Citi pondera que os preços realizados de minério de ferro abaixo do esperado levaram o banco a fazer uma revisão da estimativa de Ebitda após o relatório de produção, de US$ 4,1 bilhões para US$ 4,04 bilhões.

Valor - SP   23/07/2024

Empresa se compromete a não continuar apoiando nem financiando uma ação no Supremo Tribunal Federal.

A Justiça do Reino Unido homologou ontem um acordo entre o escritório que defende as vítimas do acidente de Mariana, em Minas Gerais, e a mineradora BHP, em que a empresa se compromete a não apoiar nem financiar mais uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que questiona a possibilidade de municípios ingressarem com ações judiciais no exterior. O movimento é o mais recente de uma discussão inédita na Justiça brasileira promovida a partir de uma ação proposta pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) na Corte brasileira.

O acordo britânico é uma resposta à ata de uma reunião apresentada nos autos e endossada por depoimentos de executivos que afirmam que o Ibram teria ingressado com a ação no Brasil a pedido da BHP, que é ré no processo no Reino Unido em virtude do acidente de Mariana. No processo europeu, os 46 municípios atingidos e as 700 mil vítimas são representados pelo escritório Pogust Goodhead e solicitam indenização de R$ 230 bilhões pelo rompimento da barragem de Fundão, com resíduos minerais, que ocorreu em 2015. O mesmo documento também está no processo brasileiro.

Na Justiça brasileira, tenta-se um acordo entre as empresas e a Advocacia-Geral da União e outros entes federados atingidos, como Minas Gerais e Espírito Santo. A União pede R$ 109 bilhões em indenização e as empresas já ofertaram R$ 103 bilhões, sem contar R$ 37 bilhões já usados em outras ações de compensação.

“Essa ação é centrada na atuação dos municípios”

— Rafael Koatz

Dessa forma, a discussão no Supremo vai além de um conflito federativo e de soberania da jurisdição constitucional do Brasil. Por ser uma discussão inédita, do que for decidido no STF, podem surgir “teses-filhotes” e mudar a relação do Brasil com ações no exterior e a atividade de companhias estrangeiras no país.

A ação foi proposta no STF em junho pelo Ibram e foi distribuída ao ministro Cristiano Zanin, que declinou da posição de relator alegando que atuou como advogado em temas relacionados. O novo relator sorteado é Flávio Dino que já se posicionou contra a liminar ao adotar o rito abreviado. Dino também pediu informações aos municípios para entender como têm sido firmados os acordos entre as prefeituras e os escritórios estrangeiros.

Por enquanto, o processo está em estágio inicial. Ainda não se sabe se Dino aceitará o Ibram como parte legítima do processo, por se tratar de uma ação de controle concentrado de constitucionalidade. No entanto, conforme explica Daniel Capecchi, professor de direito constitucional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o STF pode discutir o tema por se tratar de normas municipais e há jurisprudência neste sentido.

Enquanto o processo é instruído, trava-se uma “guerra” de pareceres nos autos com nomes de peso como a ex-ministra do STF Ellen Gracie, especialistas em direito internacional como Nádia Araújo, e nomes conhecidos da advocacia brasileira como José Cardozo, ex-ministro e AGU na gestão de Dilma Rousseff.

De um lado, o Ibram defende que os municípios não podem ingressar com processos no exterior por ofensa à soberania nacional, ao pacto federativo, à organização do Judiciário brasileiro e aos princípios da Administração Pública, como a transparência dos atos. O instituto pede também que as ações já ajuizadas sejam interrompidas.

De acordo com a petição inicial do Ibram, são pelo menos 23 municípios com atos municipais permitindo a escritórios estrangeiros ajuizarem ações a seu favor com porcentagem sobre o valor recebido a título de indenização. No entanto, de acordo com o Ibram, o número pode chegar a 60.

Rafael Koatz, um dos advogados do Ibram, explica que a ação não questiona a possibilidade de municípios litigarem no Brasil e terem a reparação dos danos causados. E também não limita a possibilidade de que pessoas físicas e jurídicas entrem com ações fora do Brasil. “Essa ação é centrada na atuação dos municípios. Pessoas naturais, ou pessoas privadas, podem litigar no exterior. O que a gente está falando é a defesa da soberania brasileira e da atuação de um ente federativo no exterior e como isso deve se dar e se pode se dar”, diz.

Quanto ao pedido da BHP para ingressar com a ação, Koatz explica que o Ibram é uma associação e que decisão de ingressar com a ação no STF foi do conselho, já que outras mineradoras são impactadas.

Do outro lado, organizações como o Consórcio Público para Defesa e Revitalização do Rio Doce (Coridoce), Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Associação Nacional dos Atingidos por Barragens (Anab) tentam ingressar no processo como “amicus curiae”, ou seja, terceiros que ingressam no processo com a função de fornecer subsídios ao órgão julgador. Eles defendem que a ação atende a interesses privados e pretende blindar empresas transnacionais.

Para esse grupo, não se pode proibir os municípios de ingressarem com ações fora do país e que o ajuizamento de demandas perante jurisdições estrangeiras têm a finalidade de ampliar o acesso à Justiça uma vez que são empresas transnacionais que causaram danos.

“Essa ação é proposta por uma parte ilegítima, com clara instrumentalização de interesse privado para discutir a soberania nacional, uma coisa escandalosa”, afirmou Cardozo, advogado do Coridoce.

Já Felipe Vasconcelos, advogado da CUT, avalia que a classe trabalhadora é a maior prejudicada por limitações desse tipo.

Procurada na tarde de ontem (noite em Londres), a BHP não se manifestou.

Revista Mineração - SP   23/07/2024

A produção de minério de ferro da Anglo American na operação Minas-Rio bateu recorde no segundo trimestre de 2024 (2T24), somando 6,4 milhões de toneladas. A marca alcançada representa um crescimento de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior e alta de 9% na comparação com o primeiro trimestre deste ano. As vendas da commodity em Minas-Rio chegaram a 6,8 milhões de toneladas, uma alta de 8% sobre 2T23.

A produção total da Anglo American no 2T24 somou 15,580 milhões de toneladas, permanecendo estável se comparada com o 2T23. A produção no Minas-Rio foi compensada por uma redução planejada em Kumba.

“Obtivemos um forte desempenho geral no segundo trimestre à medida que continuamos a incorporar a excelência operacional em toda a base de ativos. Estamos focados em continuar a cumprir a nossa prioridade estratégica de excelência operacional – melhorar a estabilidade do desempenho está a gerar maior confiança nos planos operacionais, incluindo volumes de produção e custos unitários”, afirmou o CEO da Anglo American, Duncan Wanblad.

A mina de Kumba produziu 9,2 milhões de toneladas de minério de ferro, o que representou uma queda de 1%, impulsionada por uma redução de 12% em Kolomela para 2,5 milhões de toneladas devido à reconfiguração da mina para alinhar a produção à menor capacidade ferroviária de terceiros e aliviar as restrições de estoque da mina.

Já a produção de Sishen aumentou 3% para 6,6 milhões de toneladas, refletindo melhorias operacionais planejadas.

As vendas totais de minério de ferro aumentaram 3% para 9,7 milhões de toneladas, com melhor desempenho do equipamento após os reparos realizados no porto da Baía de Saldanha no segundo trimestre de 2024.

O CEO da Anglo American ressaltou que, em maio, foi anunciado o plano para acelerar a estratégia da companhia, simplificando o portfólio e focando nos ativos de classe mundial em cobre, minério de ferro premium e nutrientes agrícolas.

“Estamos trabalhando em ritmo acelerado para executar os desinvestimentos de ativos, incluindo carvão siderúrgico – com a intenção de otimizar o valor para nossos acionistas, ao mesmo tempo em que minimizamos os custos friccionais, mitigamos os riscos de execução e possibilitamos a entrega de economias de custos sustentáveis significativas”, explicou Wanblad.

Permanecendo dentro do previsto, a produção de cobre caiu 6% no 2T24 para 195.700 toneladas, impactada por uma redução de 8% da produção no Chile e uma queda de 4% em relação a Quellaveco, no Peru.

A produção total de PGM da Anglo American diminuiu 2% no segundo trimestre, por causa dos volumes menores esperados de Kroondal (que é relatado como compra de concentrado de terceiros a partir de novembro de 2023) e menor produção em Mototolo, Mogalakwena e Unki. Isso foi parcialmente compensado pela maior produção de Amandelbult.

A produção própria minada caiu 11%, para 547.200 onças, principalmente devido à alienação de Kroondal no quarto trimestre de 2023. Excluindo Kroondal, a produção diminuiu 3% devido à menor produção de Mototolo, Mogalakwena e Unki, parcialmente compensada pela maior produção de Amandelbult.

A produção de diamantes brutos somou 6,4 milhões de quilates, uma retração de 15% devido à menor previsão de produção anunciada no relatório de produção do primeiro trimestre em resposta aos níveis de estoque mais altos do que o normal no midstream e a expectativa de uma recuperação prolongada na demanda.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   23/07/2024

Nesta quinta-feira, dia 25 de julho, a partir das 15h, será transmitido o Webinar Sobratema Atualização das Tendências no Mercado da Construção, que trará uma avaliação sobre o desempenho do mercado de máquinas no primeiro semestre de 2024 e as expectativas para os próximos meses do ano para o setor. Para acompanhar a transmissão ao vivo, acesse o Canal da Sobratema no Youtube.

O consultor Mario Miranda, coordenador do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, fará uma apresentação sobre o cenário, os desafios e as oportunidades do setor de máquinas no país, atualizando as informações do relatório da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), divulgado em novembro do ano passado.

O Estudo projetou uma estimativa de crescimento de cerca de 7% das vendas de equipamentos da Linha Amarela (movimentação de terra) em 2024, enquanto o cálculo estimado para as vendas totais de máquinas para construção foi de alta de 6% neste ano.

Nos primeiros seis meses de 2024, a Sobratema analisa que a demanda por equipamentos continua expressiva, mas a oferta de máquinas se encontra um pouco maior do que a demanda. Com isso, o cenário é de estabilidade no período.

Para apresentar uma visão ainda maior sobre o setor de máquinas, o evento online contará ainda com um debate, que terá a participação de Miranda, de Andrea Zámolyi Park, presidente da Câmara Setorial de Máquinas Rodoviárias (CSMR) da Associação Brasileira da Indústria de Maquinas e Equipamentos (Abimaq), de Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema, e de Luciano Rocha, diretor comercial da Armac.

Os especialistas tecerão seus comentários sobre informações proferidas por Miranda, com uma abordagem que engloba o cenário macroeconômico, a perspectiva dos usuários de equipamentos e a análise do ponto de vista institucional do mercado.

O Webinar Sobratema Atualização das Tendências no Mercado da Construção é direcionado para todos os profissionais das áreas da construção, do rental, de equipamentos, fornecedores e prestadores de serviço, agentes públicos, investidores e representantes de entidades setoriais.

AUTOMOTIVO

Automotive Business - SP   23/07/2024

A Librelato estuda abrir uma nova fábrica para aumentar a sua capacidade de produção instalada. Segundo o presidente da companhia, José Carlos Sprícigo, a empresa já está analisando os locais onde poderá ser construída a unidade.

“Estamos iniciando um processo de abrir nova fábrica que deverá ser instalada em um lugar estratégico, onde há uma operação logística forte. Nosso projeto é aumentar a nossa capacidade de produção para atender o mercado brasileiro”, disse o executivo.

Atualmente, a Librelato pode produzir até 70 unidades por dia. Até 2028, o plano da companhia é deter uma capacidade diária de 80 implementos para em 2028 atingir 20% de participação no mercado brasileiro.

Hoje, a Librelato opera cinco fábricas no Brasil: são três em Santa Catarina, nas quais são produzidos os implementos rodoviários. Há outras duas que produzem componentes, uma em São Paulo e outra na região catarinense.

Sprícigo informou que a nova fábrica faz parte do investimento de R$ 405 milhões que a companhia anunciou no mês passado. Os recursos serão aplicados de 2024 a 2028 em aquisição de máquinas e equipamentos, infraestrutura e tecnologia, incluindo processos de transformação digital e automação, além do desenvolvimento de novos produtos.
Maior parte dos investimentos na produção

Segundo o executivo, a maior parte dos recursos será aplicada na operação. “Cerca de 67% dos aportes serão usados para melhoria e na capacidade de produção. O restante em produto e em pesquisa e desenvolvimento”, disse Sprícigo.

O histórico de investimentos nas fábricas, de R$ 169 milhões ao longo dos últimos cinco anos, aumentou a capacidade de produção de 27 unidades de implementos/dia, em 2018, para 70 implementos/dia em 2023.

Dentre os investimentos estão novos processos de digitalização e automação, como a célula robotizada de chassi, novos gabaritos de produção, um armazém vertical e uma nova unidade industrial totalmente sustentável para finalização e acabamento dos implementos.

Outro investimento realizado pela empresa foi de R$ 150 milhões entre 2020 e 2023. Com esses recursos a companhia fez a recompra do Fundo CRP – Companhia de participações, e desenvolveu uma vertical de serviços financeiros com a criação do Librelato Financial.

Dessa forma, foi criada a Holding Librepar, onde a Librelato figura como fabricante e montadora de implementos rodoviários. Na área de autopeças, a Libreparts, Ibero Group e Sthall Master, além da Sigaway na área de tecnologia embarcada.

FERROVIÁRIO

Grandes Construções - SP   23/07/2024

A Alstom atingiu um marco com a produção de cinco mil caixas – o exterior metálico de trens e VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos) – em suas instalações no Brasil. A empresa fabrica trens e outros componentes para a indústria ferroviária há quase 70 anos no Brasil.

O marco foi alcançado esta semana na fábrica da companhia em Taubaté (São Paulo) e faz parte do legado da Alstom em projetos de mobilidade no Brasil e no mundo.

"Esse desempenho incrível de nossa operação é um reflexo do compromisso da Alstom com o Brasil e com a mobilidade do país e do mundo ao longo desses quase 70 anos de atuação na indústria ferroviária, produzindo localmente soluções de mobilidade sustentáveis e de qualidade”, afirma Michel Boccaccio, Presidente da Alstom no Brasil e Diretor Geral para América Latina.

As produções iniciais foram realizadas na antiga fábrica da Alstom no bairro da Lapa, em São Paulo – aquela foi a primeira fábrica de trens da América Latina. As operações da empresa foram posteriormente transferidas para a fábrica de Taubaté, inaugurada em 2015 e expandida em 2022. A instalação é centro de excelência na produção de vagões de trem de aço inoxidável.

Parte das cinco mil unidades produzidas fazem parte de projetos nacionais, como:
- Linhas 1 e 3 do Metrô de São Paulo, produzidas entre 1972 e 1989;
- RFFSA (Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima), produzidas entre 1976 e 1982;
- Metrô do Rio de Janeiro, produzidas entre 1978 e 1984; e
- VLT do Rio de Janeiro, com produção entre 2015 e 2016.

Além disso, afirma a empresa, a Alstom Brasil também produziu para projetos internacionais, como: Metrô de Nova York (New York City Transit) e California Amtrak Surfliner (EUA); Metrô de Santiago (Chile); SBASE (Argentina); Metrô de Chennai (Índia) e PRASA (África do Sul).

Atualmente, a empresa está avançando na entrega total de 36 trens (288 carros) para as linhas 8 e 9 da ViaMobilidade em São Paulo, além de já ter iniciado a produção da Linha 6 para o Metrô de São Paulo.

IstoÉ Online - SP   23/07/2024

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator da ação que trata da construção da Ferrogrão, afirmou que o grande desafio do tema é “conciliar desenvolvimento econômico com a progressão aos direitos fundamentais previstos na Constituição”. O tema foi abordado durante seminário promovido pelo Lide, em São Paulo, após o ministro ser questionado sobre como dar mais celeridade às decisões do processo.

De acordo com o jurista, apesar da atenção às garantias constitucionais, “há necessidade daqueles que fizeram o projeto cederem”. Na defesa da criação de um complexo ferroviário e rodoviário, Moraes pontuou que a infraestrutura, além de propiciar maior “riqueza, celeridade e competitividade” do produto nacional, também ajudaria na preservação do meio ambiente ao diminuir a frota de caminhões na região.

“Nós não podemos suprimir a proteção ao meio ambiente. E por outro lado não podemos suprimir o desenvolvimento econômico que a população teria”, disse.

O ministro também disse ser necessário não “cair na hipocrisia internacional”. “A Noruega recentemente autorizou vinte licenças para a exploração de petróleo no seu mar, indo contra o tratado de Paris, e ao mesmo tempo é o país que exige de todos os outros países, para repassar o fundo ambiental, o cumprimento de certas metas”, exemplificou Moraes.

Em junho do ano passado, Moraes enviou a ação que questiona o projeto da Ferrogrão para a conciliação entre as partes. Em agosto, vai vencer o último prazo de 90 dias fixado pelo ministro para solucionar o impasse para a construção da ferrovia.

A ação foi protocolada pelo PSOL, que questiona uma Medida Provisória (MP) de 2017 que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA) para comportar os trilhos da obra. A meta é escoar grãos do Centro-Oeste brasileiro ao porto de Miritituba, no Pará. O projeto está paralisado desde 2021 por decisão liminar do relator.

Rodoviário

Canal Rural - SP   23/07/2024

Na última sexta-feira (19), nossa equipe esteve em um trecho da BA-462, no distrito de Novo Paraná em Luís Eduardo Magalhães (BA), através do projeto da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Rota da Fibra.

A estrada que corta fazendas e serve como rota para transporte de insumos agrícolas e da produção de commodities como soja, milho, sorgo, algodão entre outras culturas.

O trecho de 58,4 Km da BA-462 será asfaltado e faz ligação entre a BR-020, que liga Luis Eduardo Magalhães a Brasília, e a BR-242, próximo a Taguatinga no Tocantins.

De acordo com a Abapa, a recuperação da rodovia acontece em tempo recorde e vai praticamente diminuir pela metade o tempo de percurso dos motoristas.

O início foi abril de 2024, com previsão de termino para outubro deste ano. A entidade disse ainda que há uma fila de espera de 800 km de estradas vicinais em diferentes municípios do Oeste baiano.

Segundo o presidente da Abapa, Luiz Carlos Bergamaschi, a melhoria da BA-462 é essencial para o escoamento da produção de algodão, grãos e outros produtos agrícolas.

“Além de beneficiar diretamente o Oeste, esta estrada será utilizada para o transporte de calcário do Tocantins para a Bahia. A união dos produtores, dos fundos de apoio, do governo da Bahia, através das secretarias de Agricultura e Infraestrutura, e das prefeituras tem promovido a conectividade regional, facilitando o transporte da produção e melhorando a vida das pessoas”, explica Bergamaschi.

Patrulha Mecanizada

As obras fazem parte do projeto Patrulha Mecanizada que até o momento asfaltou mais de 230 km de rodovias e 6 mil km de estradas receberam manutenção.

A iniciativa é financiada pelo Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e executada pela Abapa, com a parceria dos produtores rurais do Oeste, da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), do Programa para o Desenvolvimento da Agropecuária (Prodeagro), do Fundo para o Desenvolvimento do Agronegócio do Algodão (Fundeagro) e das prefeituras municipais.

NAVAL

O Estado de S.Paulo - SP   23/07/2024

A petroquímica Braskem, maior fabricante de resinas termoplásticas das Américas, está montando um braço no ramo de navegação. A companhia se prepara para iniciar operações de cabotagem de produtos que fabrica em suas unidades no País. Em junho, a empresa obteve a aprovação para se tornar uma EBN (Empresa Brasileira de Navegação) do órgão regulador brasileiro, a Antaq.

O objetivo inicial é transportar produtos líquidos e gases diversos produzidos nas centrais petroquímicas situadas no Nordeste, Sudeste e Sul e também as resinas PVC (policloreto de vinila) e soda cáustica da fábrica de Alagoas. A empresa estima uma economia anual de custos, neste primeiro momento, de ao menos R$ 10 milhões na operação de cabotagem, além de assegurar maior agilidade e controle nas operações, explica Silvia Pires Migueles, diretora de Logística de Olefinas, em entrevista ao Estadão.

No futuro, o plano prevê a oferta de serviços para movimentar produtos de terceiros, principalmente para clientes da companhia. O início das operações marítimas da Braskem no País não inclui, neste momento, o transporte de resinas plásticas, que continua a ser feito, na maior parte, por caminhões de várias transportadoras. Migueles informa que o transporte de resinas via cabotagem é ainda pequeno - 42 mil toneladas por mês, de um total de mais de 300 mil toneladas movimentadas mensalmente.

Atualmente, informa Eduardo Ivo Cavalcanti, gerente de logística, o desembolso anual com cabotagem de produtos líquidos e gases entre os terminais da companhia é da ordem de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões. A Braskem opera as centrais petroquímicas de Camaçari (Bahia), de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Triunfo (Rio Grande do Sul), além da fábrica de Alagoas. O transporte é realizado por oito embarcações, incluindo três barcaças na Lagoa dos Patos, no Sul, em contratos de prestação dedicada de serviços.

Com a licença, explicam os executivos, a Braskem poderá alugar ou ter navios com tripulação contratada para realizar o transporte marítimo. A atividade vai começar, em alguns meses, com o transporte de propeno da central de Camaçari para a unidade do Rio de Janeiro (antiga Riopol). É um suprimento adicional da matéria-prima para a fabricação de resina nessa unidade. A previsão é fazer três cargas por mês.

Cavalcanti informa que, até agora, a Braskem utilizava navio com tripulação estrangeira, o que obriga a embarcação, a cada três meses, sair do País para fazer a renovação do visto obrigatório de navios internacionais. “Isso leva a aumento de custos na cabotagem”, diz. “A criação da EBN altera esse fluxo e facilita nossa programação.”

A diretora de logística informa que toda a operação marítima da Braskem é coordenada pela Braskem Trading & Shipping (BTS), sediada na Holanda, que vai avaliar a estratégia da companhia para movimentação de produtos e matérias-primas por cabotagem. No México, por exemplo, foram encomendados dois navios para fazer o transporte de etano dos EUA para a planta petroquímica da Braskem Idesa, que fica em Nanchital, no estado de Veracruz.

Devido à insuficiência de suprimento da estatal petroquímica mexicana Pemex, a Braskem Idesa está construindo um terminal com investimento de US$ 500 milhões para receber navios com etano americano. A previsão é que seja concluído até fevereiro de 2025.

A ideia é que a operação brasileira tenha também sua própria frota de navios no futuro, mas isso passará por avaliação da BTS e será feito de forma gradual. Segundo Cavalcanti, a Braskem tem contratos com operadores de cabotagem que vão até 2032. Além disso, da encomenda à construção, um navio novo demanda prazo de cinco a dez anos, informa.

O valor de uma embarcação com capacidade de transportar 36 mil metros cúbicos de gás varia de US$ 70 milhões a US$ 80 milhões. “Nosso objetivo, com a EBN, é operar com embarcações modernas, mais eficientes e movidas por combustíveis limpos”, afirma o gerente de logística.

Migueles destaca que a Braskem - controlada pela Novonor (ex-grupo Odebrecht) - está entre as três maiores companhias do País com movimentação de carga geral na cabotagem. “Em 2017 não fazia nem 10 mil toneladas por mês”, diz, lembrando que a greve dos caminhoneiros naquele ano levou a empresa a pensar seriamente sobre a diversificação de modal de transporte.

“Somente de resinas, movimentamos quase 8 milhões de toneladas por ano”, informa. Mas ainda não conseguiu avançar no modal ferroviário. Segundo ele, companhias especializadas em cabotagem como Aliança, Log-in, Mercosul e Norcoast, oferecem soluções porta-a-porta.

Portos e Navios - SP   23/07/2024

A movimentação de cargas no mês de junho atingiu 16,3 milhões de toneladas no Porto de Santos, crescimento de 4,6%, elevando o acumulado no semestre para 89,1 milhões de toneladas, um aumento de 10,2% sobre o mesmo período do ano passado. Tanto o resultado mensal quanto o semestral foram as maiores marcas para os períodos já registradas no porto.

O resultado do primeiro semestre ultrapassa toda a movimentação de 2009 (83,2 milhões de toneladas), o que aponta que o Porto de Santos, em 15 anos, duplicou sua movimentação anual.

As cargas do agronegócio continuam à frente. Os embarques de açúcar, com 12,0 milhões de toneladas (+48,6%); celulose, com 3,8 milhões de toneladas (+4,3%); carnes, com 1,2 milhão de toneladas (+27,5%); e café em grãos, com 1,2 milhão de toneladas (62,0%) foram os destaques no semestre. Sobressaíram, também, os embarques de óleo combustível, com 1,9 milhão de toneladas (+6,4%), e gasolina, com 645,1 mil toneladas (+71,3%).

A carga conteinerizada apresentou 2,6 milhões de TEUs operados nos dois fluxos (embarque e desembarque), crescimento de 16,5% no semestre. Em junho foram operados 439.614 TEUs, aumento de 13,8%.

Nas descargas, o óleo diesel e gasóleo apresentou o melhor desempenho, com 1,3 milhão de toneladas (+66,9%).

Os embarques somaram nos primeiros seis meses do ano 66,6 milhões de toneladas (+10,7%) e as descargas 22,5 milhões de toneladas (+8,5%).

Os destaques no mês de junho foram para o açúcar, com 2,6 milhões de toneladas (+8,4%); celulose, com 601,6 mil toneladas (+14,4%); carnes, com 201,0 mil toneladas (+24,6%); e café em grãos, com 176,8 mil toneladas (+45,1%).

Em junho, os embarques atingiram 12,2 milhões de toneladas (+1,8%) e as descargas 4,0 milhões de toneladas (+14,3%).

O fluxo de navios atingiu no semestre 2.777 embarcações atracadas, crescimento de 4,3%.

Granéis sólidos - apresentaram alta de 4,0% no acumulado do semestre (46,3 milhões t) em comparação com 2023, caracterizando-se como a melhor marca para o período. Destaque para as exportações de açúcar e farelo de soja. A participação da soja em grãos nesse volume foi de 51,1%; do açúcar 22,5%; da soja peletizada (farelo) 10,7%, do milho 2,6% e do fertilizante 7,2%.

Granéis líquidos - resultado 6,7% superior ao primeiro semestre do ano passado, atingindo 9,6 milhões de toneladas, melhor marca para o período. A participação das cargas no volume global de granéis líquidos foi de 4,9% para o óleo diesel e gasóleo; 3,7% para o óleo combustível; 2,4% para os sucos cítricos; 1,4% para a gasolina; 1,1% para a soda cáustica e para o álcool.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   23/07/2024

O início da semana ainda reserva mais novidades vindas do projeto de gás natural Raia, operado pela Equinor no pré-sal da Bacia de Campos. Além de ter anunciado a contratação do navio-sonda Valaris DS-15 para a perfuração no ativo, a Equinor também revelou hoje (22) que contratou as empresas Baker Hughes e Halliburton para serviços de perfuração e poços para o projeto Raia, no valor total de cerca de US$ 109 milhões.

Segundo a petroleira norueguesa, as três companhias contratadas serão essenciais para garantir operações de perfuração e poços seguros e eficientes. A SLB será o principal fornecedor de serviços, com atividades complementares fornecidas pela Baker Hughes e Halliburton.

“Raia faz parte da próxima geração de projetos do portfólio da Equinor e vai gerar valor para os acionistas ao mesmo tempo em que contribuirá localmente de forma significativa, por meio dos efeitos cascata. Nosso propósito é seguir gerando energia para as pessoas e progresso para a sociedade, sempre buscando as melhores tecnologias, parcerias e soluções”, afirmou a presidente da Equinor no Brasil, Veronica Coelho.

O consórcio que irá produzir em Raia é formado por Equinor (35%, operadora), Repsol Sinopec Brasil (35%) e Petrobrás (30%). As descobertas iniciais na área foram feitas pela Repsol Sinopec em 2010, com a Equinor assumindo como operadora em 2016. O bloco está situado a aproximadamente 200 km da costa, em profundidades que alcançam até 2.900 metros.

A concessão contém gás natural recuperável e condensado acima de 1 bilhão de barris de óleo equivalente (boe). A exportação de gás será feita por um gasoduto com capacidade de 16 milhões de metros cúbicos por dia, potencialmente suprindo 15% da demanda brasileira de gás. Além disso, o FPSO do projeto terá uma capacidade de produção de aproximadamente 126.000 barris por dia. O início de produção de Raia está previsto para 2028.

Money Times - SP   23/07/2024

O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira (22) com o anúncio de corte de juros ‘inesperado’ na China e a despeito da valorização do dólar no mercado internacional em reação à desistência do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na corrida presidencial.

Os contratos mais líquidos do petróleo Brent, referência para o mercado internacional, com vencimento em setembro, terminaram o dia com queda de 0,28%, a US$ 82,50 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Durante o pregão, os preços atingiram o menor nível em mais de um mês.

Já os contratos do petróleo West Texas Intermediate (WTI), para setembro, caíram 0,31%, a US$ 78,40 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), nos Estados Unidos.

O que mexeu com petróleo hoje

Em primeiro lugar, a China cortou sua principal taxa de juros de curto prazo e suas taxas de empréstimo de referência, em uma tentativa de impulsionar o crescimento econômico, já que o país está à beira da deflação e enfrenta uma prolongada crise imobiliária, aumento do endividamento e fraco sentimento dos consumidores e das empresas.

O impulso, entretanto, não conseguiu eliminar totalmente as preocupações depois que a tão esperada atualização da política chinesa não apresentou nenhuma mudança importante.

Além disso, os traders pouco reagiram à decisão de Biden, segundo a mesa de operações da distribuidora de combustíveis TACenergy. A escalada de tensões no Oriente Médio também ficou fora dos holofotes, com agentes do mercado estavam se concentrando em uma perspectiva técnica fraca, amplos estoques e demanda fraca.

Embora o mercado de petróleo esteja visivelmente apertado, a expectativa do Morgan Stanley é de que a commodity atinja um equilíbrio até o quarto trimestre — o que pode derrubar o barril do Brent para a faixa de US$ 70 em 2025.

Por fim, a política energética provavelmente será um ponto central de debate entre Kamala Harris — cotada para substituir Joe Biden na corrida presidencial e se tornar a candidata pelo Partido Democrata — e Donald Trump. Contudo, os analistas do Citi acreditam que nenhum dos dois promoverá políticas que tenham efeito extremo sobre as operações de petróleo e gás.

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