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23 de Maio de 2024

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   23/05/2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o primeiro quadrimestre de 2024 foi “excepcional” para as contas públicas, mas ponderou que ainda não há dimensão do desafio econômico que será gerado pelas tragédias no Rio Grande do Sul.

“O Rio Grande do Sul, para nós, é uma questão que temos que enfrentar, questão humanitária, econômica, social … Não vamos nos furtar a atender o Rio Grande do Sul”, disse Haddad, durante audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados para discutir a política econômica do País.

O ministro questionou se é razoável sair de um déficit contratado de mais de R$ 200 bilhões para um equilíbrio fiscal no período de um ano. “É isso que pode acontecer”, comentou, em referência à meta primária de déficit zero.

Ele também voltou a defender a harmonização política e fiscal. “Sempre defendi a tese de que a política fiscal e monetária têm que se harmonizar. São braços do mesmo organismo, não são organismos diferentes. Ou seja, elas têm que andar firmemente juntas”, disse.

Segundo o ministro, com políticas fiscal e monetárias mais saudáveis, é possível garantir um ciclo virtuoso à economia brasileira.

Ele reforçou o desejo de que a economia gaúcha se recupere o mais rápido possível e destacou que haverá reforço nacional em prol da reconstrução do Estado, com parceria entre Executivo e Legislativo.

Haddad disse ainda que o cenário externo gera desafios para a economia brasileira, como o próprio nível dos juros internacionais, especialmente dos Estados Unidos. Também citou que deve haver atenção à guerra comercial, em um cenário em que a China “despeja” mercadorias muito baratas em outros países, e à inflação na economia norte-americana e na Europa.

“Não tem céu de brigadeiro, tem que tomar cuidado com muita coisa”, reforçou o ministro. Apesar das adversidades externas, ele citou que o Brasil pode fazer um ajuste fiscal com baixo custo social já que “não deve nada a ninguém”, não depende do Fundo Monetário Internacional (FMI) e tem uma reserva de dólares robusta.

Durante a audiência, ele citou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em impulsionar investimentos, como medidas referentes ao setor de aço e cerca de R$ 100 bilhões que poderão vir com o setor de celulose.

Infomoney - SP   23/05/2024

Alguns dos aumentos acentuados de tarifas dos Estados Unidos sobre uma série de importações chinesas, incluindo veículos elétricos e suas baterias, chips de computador e produtos médicos, entrarão em vigor em 1º de agosto, disse o gabinete do Representante de Comércio dos EUA nesta quarta-feira (22).

O presidente norte-americano, Joe Biden, manterá as tarifas estabelecidas por seu antecessor republicano Donald Trump enquanto aumenta outras, incluindo a quadruplicação das taxas de importação de veículos elétricos chineses para mais de 100% e a duplicação das taxas de semicondutores para 50%.
Estudo sobre impactos

O gabinete informou que um período de 30 dias para comentários públicos será encerrado em 28 de junho. A agência de comércio está buscando comentários sobre os efeitos do aumento tarifário proposto sobre a economia dos EUA, incluindo os consumidores, e sobre a possibilidade de aumentar a tarifa de 25% sobre máscaras faciais, luvas e seringas.

Também foram fornecidos códigos tarifários específicos para cerca de 387 categorias de produtos afetados, juntamente com as novas alíquotas e datas de implementação. As tarifas previstas para 2025 e 2026 terão início em 1º de janeiro para esses anos, informou o gabinete.

Os aumentos propostos nas tarifas chinesas incluem “produtos que a China pretende dominar ou produtos em setores nos quais os Estados Unidos fizeram investimentos significativos recentemente”.

Washington está investindo centenas de bilhões de dólares em subsídios fiscais para energia limpa a fim de desenvolver os setores de veículos elétricos, energia solar e outras novas indústrias nos EUA, e afirmou que o excesso de capacidade de produção estatal da China nesses setores ameaça a viabilidade das empresas norte-americanas. As tarifas têm o objetivo de proteger os empregos dos EUA de uma temida inundação de importações chinesas baratas.

As novas medidas afetam US$ 18 bilhões em produtos chineses importados atualmente, incluindo aço e alumínio, semicondutores, veículos elétricos, minerais essenciais, células solares e guindastes, informou a Casa Branca.

O número de veículos elétricos pode ter um impacto mais político do que prático nos EUA, que importam poucos desses produtos chineses devido a tarifas anteriores sobre veículos.

IstoÉ Dinheiro - SP   23/05/2024

Vários dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mencionaram na última reunião da autoridade dos Estados Unidos a disposição de apertar ainda mais a política monetária caso os riscos para a inflação se materializem de uma forma que tal ação se torne apropriada. Segundo a ata do encontro, divulgada nesta quarta-feira, 22, os membros do conselho concordaram que não que seria apropriado reduzir a meta do Fed Funds até que ganhem maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta 2%.

Os dirigentes discutiram a manutenção da atual orientação política restritiva durante mais tempo, caso a inflação não dê sinais de avançar de forma sustentável para 2%, ou de reduzir a contenção política no caso de um enfraquecimento inesperado das condições do mercado de trabalho.

Embora a política monetária tenha sido considerada restritiva, muitos participantes do encontro comentaram a sua incerteza quanto ao grau de restrição. Estes dirigentes consideraram que esta incerteza advinha da possibilidade de que as taxas de juro elevadas possam ter efeitos menores do que no passado, de que as taxas de juro de equilíbrio a longo prazo possam ser mais elevadas do que se pensava anteriormente, ou de que o nível do produto potencial possa ser inferior ao estimado.

Os participantes da reunião avaliaram, no entanto, que a política monetária permaneceu bem posicionada para responder à evolução das condições econômicas e aos riscos para as perspectivas, segundo documento.

O Estado de S.Paulo - SP   23/05/2024

A equipe econômica do governo Lula anunciou nesta quarta-feira, 22, que abriu um crédito extra no valor de R$ 15,8 bilhões, o que deu uma folga no limite das despesas e permitiu o desbloqueio de R$ 2,9 bilhões que haviam sido congelados em março, com o objetivo de respeitar as travas do arcabouço. Como consequência desse novo crédito, porém, houve uma piora na projeção de rombo nas contas públicas deste ano.

A estimativa de déficit primário (saldo entre receitas e despesas, sem considerar os juros da dívida) passou para R$ 14,5 bilhões (-0,1% do PIB) em 2024 — isso sem considerar os gastos extraordinários com a tragédia do Rio Grande do Sul, que não estão sendo contabilizados nas metas fiscais. Caso esses desembolsos fossem computados, a projeção de rombo chegaria a R$ 27,5 bilhões.

A nova cifra, que consta do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias referente ao 2º bimestre, representa uma piora em relação ao documento do primeiro bimestre, quando o governo estimou um saldo negativo de R$ 9,3 bilhões.

Apesar da piora, o resultado projetado para 2024 ainda segue no intervalo da meta de déficit zero. Isso porque há uma margem de tolerância de 0,25 ponto porcentual do PIB para mais ou para menos, em relação a esse alvo, o que permite um déficit de até R$ 28,8 bilhões sem que isso seja considerado um desrespeito ao cumprimento da meta.

Questionado sobre o aumento na estimativa de déficit, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que ele é “integralmente” explicado pela abertura do crédito suplementar de R$ 15,8 bilhões. Sem esse efeito, afirma Ceron, o rombo teria sido reduzido para cerca de R$ 1 bilhão. “Se tirasse os R$ 15 bilhões, o resultado seria perto de zero, muito próximo do centro da meta fiscal”, afirmou o secretário.

O destino desses R$ 15,8 bilhões ainda será definido dentro do governo, afirmaram os técnicos dos ministérios da Fazenda e do Planejamento. Eles destacaram, porém, que a prioridade será recompor gastos obrigatórios, que vêm crescendo de forma acelerada. Economistas projetam que haja uma subestimação dessas despesas de até R$ 20 bilhões no Orçamento deste ano, e avaliam que o governo fará um ajuste a conta gotas, para evitar a realização de novos bloqueios.

Além disso, o governo terá de destinar R$ 4,3 bilhões, desse novo espaço, às emendas de comissão, após a derrubada, pelo Congresso, de um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

E há, ainda, outras pressões dentro do governo. Uma delas vinda do Ministério da Gestão e Inovação, que pleiteia parte desse crédito para um reajuste salarial aos servidores públicos. Ceron afirmou, no entanto, ser difícil imaginar que haja espaço para novos gastos, diante da pressão das despesas obrigatórias e da recomposição de outras verbas discricionárias (não obrigatórias) de ministérios.
Reversão do bloqueio de R$ 2,9 bilhões

A reversão total do bloqueio orçamentário só foi possível graças à antecipação desse crédito suplementar no valor de R$ 15,8 bilhões, que ampliará o patamar de despesas do governo federal — antes bastante comprimido.

A abertura desse novo espaço havia sido autorizada pela lei do arcabouço fiscal, com a condição de que a estimativa de arrecadação para 2024 fosse maior do que a inicialmente prevista.

Cumprido esse pré-requisito, o Executivo teria autorização para essa abertura apenas após a divulgação do segundo relatório bimestral. As lideranças do governo no Congresso, com o apoio da Casa Civil, no entanto, patrocinaram uma manobra para antecipar esse espaço extra.

Para isso, houve a inclusão de um “jabuti” (matéria estranha ao texto principal) no projeto de lei que cria um seguro nos moldes do antigo DPVAT, para vítimas de acidentes de trânsito. O texto foi aprovado na Câmara e no Senado e rapidamente sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Caso esse crédito não tivesse sido antecipado, a equipe econômica, em vez de desbloquear os R$ 2,9 bilhões, teria de elevar o bloqueio para R$ 13,3 bilhões — o que afetaria as verbas discricionárias (não obrigatórias) dos ministérios.

Apesar disso, o o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, foi enfático ao afirmar que o novo arcabouço fiscal está sendo cumprido conforme aprovado e que a mudança foi apenas referente ao timming de abertura desse crédito. “O gatilho (a abertura desse crédito extra) não impacta a persecução da meta zero, que vamos seguir buscando”, afirmou.

Segundo Durigan, a equipe econômica está muito satisfeita com esse relatório do segundo bimestre, que se deve, de acordo com ele, a um trabalho conjunto das instituições. “A base fiscal está sendo recomposta. Nos quatro primeiros meses do ano, vimos se realizar exatamente o que tínhamos projetado”, disse.

Ao citar as instituições, o secretário destacou que todos os acordos que estão sendo fechados no âmbito da desoneração da folha terão compensação, cumprindo a decisão do Supremo Tribunal Federal. “Não vamos abrir mão disso”, afirmou. Cálculos da Receita Federal apontam que serão necessários R$ 25,8 bilhões para compensar a prorrogação do benefício a empresas intensivas em mão de obra e a municípios, apenas em 2024.

IstoÉ Dinheiro - SP   23/05/2024

O quadro cauteloso no exterior, antes da divulgação da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) às 15 horas e do balanço da Nvidia, do setor de tecnologia dos EUA, contaminam o Ibovespa. A maioria das bolsas norte-americanas cai e o petróleo recua acima de 1,00%, enquanto os rendimentos dos Treasuries sobem.

Os movimentos refletem as incertezas em relação ao início do processo de flexibilização monetária nos Estados Unidos, dada a inflação resiliente.

Nem mesmo anima o Ibovespa a alta de 2,73% do minério de ferro em Dalian, na China, – a quinta seguida. Só as ações da Vale reagem moderadamente: subiam 0,47% perto das 11 horas.

A queda do Índice Bovespa reflete um pouco o recuo do petroleo, descreve Mônica Araujo, estrategista de renda variável da InvestSmart XP, a despeito da elevação do minério. “Não sabemos se essa elevação do minério é estrutural ou pontual. Assim, o investidor prefere não tomar tanta posição, enquanto espera o balanço da Nnvidia após o fechamento dos mercados. Ficará de olho ainda mais nas provisões da companhia do que no resultado em si. O mercado vai olhar o que a empresa vai indicar de crescimento à frente”, diz.

Na terça, o principal indicador da B3 fechou em baixa de 0,27%, aos 127.411,55 pontos, sendo o terceiro encerramento negativo.

No Brasil também persistem dúvidas quanto à política monetária, além das questões fiscais e inflacionárias, o que tem levado à percepção de que o juro básico encerrará este ano em dois dígitos e não mais na faixa dos 9,00% como se estimativa antes no mercado.

“Avaliamos que a Selic será reduzida a 10,25% ao ano em meados de junho; e será mantida nesse patamar por um período prolongado, ao menos até meados de 2025”, avalia em relatório a LCA Consultores. “Mas essa perspectiva de um corte adicional da Selic em junho está condicionada a uma acomodação de riscos”, completa.

Para Pedro Salles, cofundador e CEO da Legend Investimentos, um cenário de juro alto acaba por influenciar o sentimento de alocação do investidor estrangeiro com o Brasil, o que pode direcioná-lo para outros mercados da América Latina. “Juro alto desestimula um pouco o crédito e as empresas tendem a crescer menos”, avalia.

Em dia de agenda esvaziada de indicadores, os investidores monitoram a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em audiência pública da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara sobre a política econômica do País.

Aliás, Haddad disse ontem que as medidas elaboradas pela equipe econômica para compensar a perda arrecadatória com a prorrogação da desoneração da folha dos 17 setores e dos municípios em 2024 devem ser divulgadas ainda nesta semana.

Às 11h20, o Ibovespa caía 0,80%, aos 126.396,61 pontos, ante recuo de 0,81%, na mínima aos 126.377,43 pontos, depois de abrir aos 127.411,55 pontos, também a máxima, com variação zero. Petrobras cedia perto de 0,05%.

O Estado de S.Paulo - SP   23/05/2024

Dentro do Comitê de Política Monetária (Copom) sempre houve e sempre haverá divergências, e é bom que existam visões diferentes entre os membros do colegiado. A avaliação é do ex-diretor de Política Monetária do Banco Central (BC) Aldo Mendes.

Alinhado com o discurso do atual titular da diretoria de política monetária, Gabriel Galípolo, Mendes reforça que o mais importante na última reunião do Copom foi a convergência em torno da visão futura, a de que a Selic precisará ser mantida no campo restritivo para levar a inflação ao centro da meta.

Ele diz entender também que o cenário mudou após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sinalizar que não cortará juro agora e com a alteração da meta fiscal no Brasil, mas que caberia mais um corte de 0,50 ponto na Selic porque assim não se teria perdido o “forward guidance” e a transição teria sido mais suave.

Sobre o fim do mandato de Roberto Campos Neto, Mendes afirma que substituições no comando de qualquer autoridade monetária sempre causam volatilidade, mas que vê a nova diretoria do BC se pautando por critérios técnicos, sem cavalo de pau na política monetária.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.
No último Copom a diretoria votou dividida num placar apertado e deixou de lado a orientação para corte de 0,50 ponto porcentual. O que o sr. achou?

Acho que caberia ainda um corte de meio ponto, tanto que tiveram quatro diretores votando nesta magnitude. Mas é verdade que o cenário mudou nos Estados Unidos com o Fed indicando que não cortará juro agora e, internamente, com a mudança das metas fiscais. Isso fez com que as expectativas mudassem em direção a uma inflação maior no fim do ano.

Alguns participantes do mercado ficaram apreensivos com a divisão dos votos. Há motivo para essa apreensão?

Acho que divisão no Copom é sempre uma coisa boa. Sempre houve, continuará havendo e é bom que haja visões diferentes entre seus membros. Sempre há divisões especialmente em momentos de transição como o de agora. Só acho que talvez fosse melhor se a divisão no último Copom tivesse terminado com o corte de 0,50 ponto porcentual saindo vencedor.

Por quê?

Porque apesar de o cenário ter mudado - o que sem dúvida justifica uma mudança no ritmo do afrouxamento que vinha sendo feito na Selic -, se fosse cortado 0,50 ponto não se teria aberto mão do forward guidance e indicaria uma transição mais suave.
O atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, entende que, a despeito da divisão, o mais importante foi o consenso em torno da visão de futuro.

Concordo com Galípolo, porque ficou claro que todos os diretores têm a compreensão de que a taxa de juro precisa se manter no campo restritivo para trazer a inflação para o centro da meta.

Ficou no ar a impressão de que o racha se deu em função da fala do presidente Campos Neto na reunião do FMI em Washington e que o discurso não teria sido alinhado com os diretores.

Quando um presidente de BC fala alguma coisa em público é possível que ele tenha conversado com pelo menos alguns de seus diretores. Há uma coordenação para se evitar comunicações erráticas. Antes das reuniões o presidente vai tomando pulso do comitê para que a comunicação seja consensual ou a menos errática possível.

Alguns participantes do mercado financeiro acharam que os comunicados do BC foram duros e que não dialogam com a votação. Concorda com isso?

Independentemente de como foi a votação, se dividida ou não, comunicados e atas passam pelas mãos de todos os membros do comitê, é aprovado em colegiado. Neste Copom, os diretores dividiram-se, o que é normal em momentos de transição de um cenário para outro, mas comunicado e ata deixam claro o entendimento deles de que a inflação tem de caminhar para o centro da meta.
Há também no mercado quem ache que uma diretoria composta por indicados por Lula será leniente com a inflação. O sr. acredita nisso?

Não, porque as decisões dentro do BC são sempre técnicas. É claro que substituição de comando no BC sempre causa alguma volatilidade, mas não creio que a próxima diretoria vá dar um cavalo de pau na política monetária. Não acredito em leniência com inflação pelo fato de os diretores terem sido indicados por Lula. Claro que haverá divergências, porque até entre os técnicos há visões diferentes sobre um mesmo tema, mas não tenho dúvida de que o BC continuará se pautando por critérios técnicos e não políticos.

De fora, qual é o maior risco para a nossa política monetária?

Os Estados Unidos, mais que qualquer outra coisa. Apesar de alguns dados recentes estarem apontando para um esfriamento, a inflação acumulada permanece acima de 2%. O Fed está comprando tempo, está esperando para ver se este esfriamento dos indicadores agora vai se manter lá na frente e levar a economia americana a um pouso suave.

O que o sr. espera para as próximas reuniões do Copom?

Acho que devem vir mais uns dois cortes de 0,25 ponto da Selic.
Os recursos que o governo está enviando para ajudar o Rio Grande do Sul podem levar a algum impacto na inflação?

O impacto que poderá acontecer será mais pelo choque de oferta do que por uma expansão fiscal. Haverá um choque de oferta por conta de produtos que o Rio Grande do Sul deixará de produzir. Mas não será significativo a ponto de mudar o plano de voo do BC. Mesmo porque as importações que estão sendo anunciadas poderão minimizar o impacto na inflação.

O Estado de S.Paulo - SP   23/05/2024

Vários dirigentes do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, mencionaram na última reunião da autoridade a disposição de apertar ainda mais a política monetária caso os riscos para a inflação se materializem de uma forma que tal ação se torne apropriada.

Segundo a ata do encontro, divulgada nesta quarta-feira, 22, os membros do conselho concordaram que não que seria apropriado reduzir a meta do Fed Funds até que ganhem maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção à meta 2%.

A última reunião de polícia monetária do Fed aconteceu em 30 de abril e 1º de maio e manteve os juros inalterados no país.

Os dirigentes discutiram a manutenção da atual orientação política restritiva durante mais tempo, caso a inflação não dê sinais de avançar de forma sustentável para 2%, ou de reduzir a contenção política no caso de um enfraquecimento inesperado das condições do mercado de trabalho.

Embora a política monetária tenha sido considerada restritiva, muitos participantes do encontro comentaram a sua incerteza quanto ao grau de restrição. Esses dirigentes consideraram que a incerteza advinha da possibilidade de que as taxas de juro elevadas possam ter efeitos menores do que no passado, de que as taxas de juro de equilíbrio a longo prazo possam ser mais elevadas do que se pensava anteriormente, ou de que o nível do produto potencial possa ser inferior ao estimado.

Os participantes da reunião avaliaram, no entanto, que a política monetária permaneceu bem posicionada para responder à evolução das condições econômicas e aos riscos para as perspectivas, segundo documento.
Inflação elevada por mais tempo

Os dirigentes do Fed esperam que a inflação fique elevada por mais tempo nos Estados Unidos do que era previsto na reunião de março. Mesmo assim, a desaceleração à meta de 2% ainda é o cenário mais provável no médio prazo, segundo consta na ata.

O documento diz que os dirigentes reconhecem a ausência de progresso na desinflação no primeiro trimestre deste ano, e estão alertas para o avanço nos preços, que segue excessivamente incerto. Eles identificaram avanço no núcleo de serviços, com exceção de moradias, e isto deve mantê-los “muito atentos aos riscos de inflação”.

Mesmo assim, eles afirmaram ver maior equilíbrio nos riscos entre metas de emprego e de inflação, e vários dirigentes esperam que a inflação de serviços não habitacionais volte a cair à medida que o crescimento dos salários abranda no país.

No documento, alguns participantes apontaram preocupações com eventos geopolíticos, que podem provocar interrupções na oferta de algumas commodities e acelerar a inflação em determinados setores e pesar sobre o crescimento econômico, que no momento segue avançando a ritmo forte.
Ritmo mais lento

A equipe técnica do Fed prevê que a inflação total e subjacente diminua este ano em relação ao ano passado, embora o ritmo esperado de desinflação seja mais lento do que na projeção de março, uma vez que os dados disponíveis apontaram para uma maior persistência da inflação nos próximos meses.

Se espera que a inflação diminua ainda mais para além deste ano, à medida que a procura e a oferta nos mercados de produtos e de trabalho continuavam a atingir um melhor equilíbrio. Em 2026, a expectativa da equipe é de que a inflação total e básica dos preços do PCE se aproxime dos 2%, segundo o documento.

Os riscos para as previsões de inflação foram considerados ascendentes, refletindo a possibilidade de materialização de perturbações do lado da oferta ou de dinâmicas de inflação inesperadamente persistentes, segundo a publicação.

Os riscos em torno da previsão para a atividade econômica foram vistos como distorcidos no sentido descendente, com o fundamento de que uma inflação mais persistente poderia resultar em condições financeiras mais restritivas do que na projeção de referência.

Além disso, a deterioração da situação financeira das famílias, especialmente daquelas com rendimentos mais baixos, poderá revelar-se um obstáculo maior à atividade do que o previsto pelo corpo técnico, afirma a publicação.

A equipe espera que a taxa de desemprego diminua ligeiramente ao longo de 2024, à medida que o funcionamento do mercado de trabalho melhore, e permaneça praticamente estável a partir de então./Matheus Andrade, Gabriel Tassi, Gabriel Bueno e Laís Adriana.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   23/05/2024

Os contratos futuros de minério de ferro atingiram a maior alta em três meses nesta quarta-feira, com os investidores apostando em uma demanda melhor após o apoio do governo da China ao setor imobiliário local, apesar dos amplos estoques no maior mercado consumidor de minério do mundo.
O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 2,7%, a 921 iuanes (127,22 dólares) a tonelada, atingindo seu nível mais alto desde 19 de fevereiro.

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O contrato subiu pela quinta sessão consecutiva e, ao longo desse período, teve um salto de 7,2%.
O minério de ferro de referência para junho na Bolsa de Cingapura subiu 1,5%, atingindo uma máxima de três meses de 122,55 dólares a tonelada.
A China anunciou na última sexta-feira medidas “históricas” para estabilizar o setor imobiliário local atingido pela crise, com o banco central facilitando 1 trilhão de iuanes (138 bilhões de dólares) em financiamento extra e flexibilizando as regras de hipoteca, entre outros.
A medida melhorou as perspectivas dos investidores em relação aos ingredientes siderúrgicos, já que o setor imobiliário é um grande consumidor de aço.
A alta dos contratos futuros foi impulsionada principalmente pelo sentimento macroeconômico positivo, já que os fundamentos do mercado ainda apontam abundância de oferta disponível no mercado spot, disse um trader de minério de ferro.
Em meio ao crescimento das importações e da produção doméstica, os estoques de minério de ferro nos principais portos chineses, avaliados pelo provedor de informações Mysteel, ficaram em 147,4 milhões de toneladas, 6% acima do início de março.

Valor - SP   23/05/2024

Movimento mantém de pé a perspectiva para a maior transação de todos os tempos no setor de mineração

A Anglo American estendeu as negociações com a BHP a respeito de sua oferta de aquisição, o que mantém de pé a perspectiva para a maior transação de todos os tempos no setor de mineração, mesmo depois de o grupo, cujas ações são negociadas no Reino Unido, ter rejeitado uma terceira proposta de 38,6 bilhões de libras.

Com isso, agora a BHP tem até as 17h (horário do Reino Unido) do dia 29 de maio para fazer uma oferta formal por sua rival menor. Na sua terceira e “última” proposta, a empresa aumentara o número de ações oferecidas aos investidores da Anglo.

A Anglo continuará a conversar com a BHP por mais uma semana, apesar de ter deixado claro que continua a ter “preocupações sérias” sobre a estrutura complexa da transação, que exige que ela desmembre duas unidades sul-africanas.

Descarbonização

A prorrogação mantém vivas as esperanças da BHP de que ainda conseguirá garantir uma transação capaz de transformar o setor mundial de mineração e que daria à empresa australiana acesso a mais minas de cobre, um metal crucial para a descarbonização.

Na quarta-feira, a BHP informou, em comunicado, que sua terceira oferta, toda em ações, avaliava a Anglo em 31,11 libras por ação, com base no preço de fechamento de 22 de maio, e isso representava sua “oferta final em termos de proporção”.

“Não atende às expectativas"

O comunicado acrescentou que as regras de aquisição do Reino Unido preveem que a oferta pode ser aumentada sob certas condições, como uma decisão do conselho da Anglo de recomendar oferta mais elevada, ou oferta de uma empresa rival. Mas, segundo fontes familiarizadas com seus planos, a BHP não pretende melhorar a oferta de ações ou alterar a estrutura da transação.

O conselho da Anglo rejeitou a terceira proposta por unanimidade. O presidente, Stuart Chambers, disse que a oferta “não atende às expectativas de valor a ser entregue aos acionistas da Anglo American”, mas ressalvou que o conselho está “disposto a continuar a se empenhar com a BHP e seus consultores nesse tópico”.

“Ofertas finais nunca são finais"

Ben Davis, analista do setor de mineração da Liberum, afirmou que esta última reviravolta significa que a transação ainda é possível, mas a resistência da Anglo em desmembrar antecipadamente suas operações na África do Sul continua a ser um problema. “Ofertas finais nunca são finais e a porta foi deixada aberta, mas é difícil ver como ‘tornar segura’ a estrutura proposta pela BHP”, acrescentou.

Segundo a Anglo, a última proposta avaliou suas ações em 29,34 libras cada, com base no preço de fechamento de 23 de abril, antes que a notícia sobre as negociações para uma fusão se tornassem públicas. A oferta anterior da BHP avaliava a Anglo em 27,53 libras por ação, ou 34 bilhões de libras. Inicialmente, a empresa tinha oferecido 25 libras por ação, ou 31 bilhões de libras.

A transação daria aos acionistas da Anglo 17,8% das ações da BHP e um ágio de 47% sobre o preço da ação da Anglo, antes que a notícia das negociações da fusão se tornasse pública, de acordo com a BHP.

O executivo-chefe da BHP, Mike Henry, disse que a empresa “está desejosa de se engajar com o conselho da Anglo American para explorar esta oportunidade única e atraente de reunir duas empresas de classe mundial e extremamente complementares”.

“Revisão significativa”

A notícia da melhora da oferta da BHP se tornou pública horas depois de o investidor estatal sul-africano Public Investment Corporation, que é o segundo maior acionista da Anglo, ter declarado que a BHP precisava fazer uma “revisão significativa” na sua oferta.

“O conselho continua a acreditar que há preocupações sérias com a estrutura, dado que é provável que ela resulte em risco material para a conclusão e um impacto em termos de valor que recairá de maneira desproporcional sobre os acionistas da Anglo American”, declarou a Anglo, em comunicado.

Mudança de rumo drástica

Na semana passada, a Anglo revelou seus planos para uma mudança de rumo drástica, em que prevê se desmembrar com a separação de suas divisões de carvão metalúrgico, diamantes e platina, em uma tentativa de rechaçar a BHP.

A proposta da BHP de desmembrar as duas unidades provocou controvérsias na África do Sul em um ano eleitoral, pois, para muitos, ela soou como um sinal de falta de confiança no país por parte da empresa. O preço das ações da Anglo teve uma leve queda de 0,2% e fechou em 26,81 libras cada nas negociações da tarde, em Londres.

Brasil Mineral - SP   23/05/2024

Por meio da subsidiária Aura Matupá, a Aura Minerals adquiriu os direitos para explorar os projetos Pé Quente e Pezão, no Estado de Mato Grosso. São seis direitos minerários, localizados no contexto geológico da Província Aurífera de Alta Floresta, com potencial para ampliar no futuro os Recursos Minerais e as Reservas Minerais do projeto Matupá, além de estarem dentro de um raio de 50 km do Depósito X1, com um estudo de viabilidade publicado em 18 de novembro de 2022.

Os projetos têm o mesmo tipo de mineralização e caracterizam um potencial importante para aumentar a vida útil da mina do Projeto Matupá. A Aura fez pagamento inicial de US$ 500 mil e, caso os resultados atendam às expectativas da empresa, a Aura tem o direito, mas não a obrigação, de decidir concluir a aquisição em até 12 meses, por US$ 9,5 milhões. “O projeto Matupá está localizado em uma região altamente produtiva, conhecida por possuir diversas minas de menor escala. Esse projeto representa a primeira operação em escala industrial na área e desde o início nosso objetivo foi consolidar vários depósitos próximos ao projeto Matupá. Com a nossa escala, altas taxas de recuperação e compromisso com os padrões ambientais e sociais, acreditamos que a incorporação dos projetos Pezão e Pé Quente no Matupá resultará em um aumento significativo de recursos e reservas com um modelo de negócio que gera valor a todas as partes envolvidas”, comentou Rodrigo Barbosa, Presidente e CEO da Aura Minerals.

A Aura pretende investir aproximadamente US$ 1,6 milhão em 13 mil metros de perfuração ao longo dos próximos 12 meses, sendo que o programa será concentrado na perfuração de delineamento e possíveis extensões dos alvos, com o objetivo de confirmar e validar a continuidade da mineralização e teores. O Projeto Pé Quente está localizado a aproximadamente 34 km do depósito X1 e é composto por quatro Direitos Minerais, que totalizam 19.592,78 hectares e incluem alvos de mineralização de ouro. Foram realizados trabalhos históricos de amostragem de superfície, geofísica e sondagem, com 97 furos realizados, totalizando 11.781,60 metros. Um recurso mineral histórico foi calculado para o Pé Quente em 2011 pela Graben Mineração SA (atual detentora da licença de mineração da propriedade). O recurso mineral consistia em quatro zonas mineralizadas separadas, indicando um potencial de recurso in situ potencial de 257k Oz @ 1.28g/t Au, apontados em relatório final de pesquisa apresentado à Agência Nacional de Mineração (ANM) em 2018. Os recursos minerais históricos não possuem critérios de classificação, não são estimados seguindo as diretrizes da NI43-101 e, portanto, não possuem viabilidade econômica para suposições econômicas adicionais.

Já o Projeto Pezão está localizado a aproximadamente 50 km do depósito X1 e é composto por dois Direitos Minerais, totalizando 9.131,62 hectares, que incluem alvos de mineralização de ouro. Assim como o Projeto Pé Quente, trabalhos históricos de amostragem de superfície, geofísica e sondagem foram realizados pela Graben Mineração SA. A empresa também perfurou oito furos, totalizando 1.100 metros na propriedade. O projeto afirmou conter 370 Koz como potencial de recursos minerais in situ no relatório final apresentado à Agência Nacional de Mineração (ANM) em 2018. Os recursos minerais históricos não possuem critérios de classificação, não são estimados seguindo as diretrizes da NI43-101 e, portanto, não possuem viabilidade econômica para suposições econômicas adicionais.

Os recursos minerais potenciais in situ apresentados nos relatórios técnicos são elaborados internamente e não são compatíveis com as diretrizes da NI-43-101. O Profissional Qualificado (QP) não realizou nenhum trabalho para validar os dados e as estimativas históricas e não revisou nem emitiu qualquer opinião sobre a precisão dos dados subjacentes ou dos parâmetros utilizados para estimar ou calcular as estimativas históricas.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   23/05/2024

O ano começou de forma positiva para o setor de máquinas rodoviárias. O primeiro quadrimestre fechou com volume de 10.834 unidades vendidas no atacado, uma elevação de 12,8% sobre os negócios fechados no primeiro terço do ano passado.

As vendas no atacado refletem as primeiras duas fases do PAC e algumas licitações públicas realizadas no início do ano, além dos reflexos iniciais dos negócios fechados na feira M&T Expo, realizada em São Paulo, em abril.

O balanço do quadrimestre da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também apurou as exportações de máquinas rodoviárias, que incluem tratores de esteira, retroescavadeiras, pás carregadeiras, escavadeiras hidráulicas, motoniveladoras, rolos compactadores, minicarregadeiras e manipuladores telescópicos. O volume de 4.359 unidades exportadas no quadrimestre foi 13,6% inferior ao do mesmo período do ano passado.

Já para máquinas agrícolas, os primeiros quatro meses do ano foram marcados por retração nas vendas internas e externas. As vendas no varejo foram de 14.615 unidades, e as exportações de 2.077 unidades, queda de 11,6% e 34,9%, respectivamente. Fatores com os preços das commodities, falta de financiamento e até questões climáticas têm contribuído para esse encolhimento pontual do mercado, sobretudo para as colheitadeiras, que têm valor agregado maior que os tratores de rodas.

Além dos números do quadrimestre, o Presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, falou da importância de impulsionar as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias no Brasil. “Os produtos apresentados nas recentes feiras Agrishow e M&T Expo possuem alto nível de tecnologia embarcada, que se revertem em aumento de produtividade para todos os tipos de clientes, dos mais familiares aos grandes grupos agrícolas e de construção. Daí a necessidade de mais recursos para as linhas já existentes de financiamento do BNDES”, declarou.

Outro ponto tratado como urgente é recuperar os volumes das exportações, por meio de uma política consistente de incentivo, com maior inserção na cadeia global, mais acordos comerciais e redução de entraves, tornando nossos produtos mais competitivos.

“Se de um lado as autoridades devem estar atentas a promover nossos produtos de alta tecnologia no exterior, por outro devem estar alertas a empresas que chegam ao país apenas para disputar licitações públicas, com baixo conteúdo nacional, sem garantias e sem rede assistencial estabelecida”, concluiu Leite.

CNN Brasil - SP   23/05/2024

A Câmara aprovou, nesta quarta-feira (22), um projeto de lei que prevê a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) — um tributo federal — sobre produtos da chamada “linha branca” a pessoas atingidas por desastres naturais ou eventos climáticos extremos. O texto agora vai ao Senado.

A medida vale para o Rio Grande do Sul, que tem sofrido as consequências decorrentes de chuvas e enchentes no estado.

A linha branca é composta por eletrodomésticos que formam uma categoria de itens que são essenciais para o funcionamento de uma casa e para a realização de tarefas diárias, como cozinhar e lavar roupa.

Segundo o projeto, entre os eletrodomésticos de linha branca que ficarão isentos de IPI, estão:
fogões de cozinha;refrigeradores;máquinas de lavar roupa.

Além disso, também ficarão isentos de tributação:
tanquinhos;cadeiras e sofás;mesas e armários.

A isenção será aplicada a produtos eletrodomésticos fabricados em território nacional, a residentes nos municípios com estado de calamidade pública ou situação de emergência reconhecida pelo governo federal.

De acordo com o texto, a isenção de IPI também será estendida aos microempreendedores individuais atingidos.

Para ter acesso à isenção, será necessária comprovação de residência na localidade atingida.

O benefício poderá ser usado uma única vez para cada um dos produtos e por um membro de cada família atingida, salvo se uma região for novamente atingida por um desastre natural.

InfraRoi - SP   23/05/2024

Em março, divulgamos que a Paving Expo 2024 será a maior edição que já realizamos, com mais de 250 marcas expositoras. Isso me deixou inquieto para entender o porquê desse avanço. Sabemos que “andorinha sozinha não faz verão”, como rege o ditado e, com a experiência de alguns anos produzindo Feiras e Eventos, entendo que a promoção de um evento animado e bem-sucedido depende de um mercado igualmente com bom ânimo. E é este momento que vivemos hoje.

As análises positivas estão em diferentes cenários, com diferentes linhas de governos e diferentes demandas. Isto nos permite dizer que há diversidade de oportunidades no mercado brasileiro de infraestrutura e será a base para uma Paving Expo de sucesso em 2024.

Desde 2021, as vendas de máquinas e equipamentos de construção estão em bom nível, chegando ao recorde de quase 40 mil unidades comercializadas em 2022. Além de movimentar fábricas, dealers e todo o aftermarket envolvido nessas vendas, o volume de equipamentos inserido no mercado funciona como um termômetro, que mede a temperatura do volume de obras. Em outras palavras: se estão comprando máquinas é porque faltam máquinas para as obras em andamento.

É por isso que o Brasil voltou a ser apontado como o “motor econômico” da América do Sul pela consultoria Off-Highway Research recentemente. A empresa costuma analisar anualmente as expectativas de vendas de equipamentos pesados de construção no mundo e prevê que o nosso mercado deve impulsionar o crescimento de 3% para toda a região neste ano.

O Chile e o Peru também devem contribuir fortemente para isso, e praticamente toda a região sulamericana deve comprar mais equipamentos do que no ano passado, exceto a Argentina, cuja queda é prevista em 40%.

Voltando ao Brasil, os exemplos de cidades com grandes volumes de obras começam a se destacar, principalmente em São Paulo.

Em uma entrevista para a Revista da Apelmat, o prefeito Ricardo Nunes contabilizou, por exemplo, que há mais de 1,3 mil obras em andamento na cidade. Isto demanda investimentos de R$ 3,9 bilhões.

Pertinho da capital, a cidade de Guarulhos também virou destaque após o IBGE validar que, entre 2016 e 2021, o PIB per capita da cidade cresceu 16,27%, chegando a R$ 55.084,00. Ainda é pouco, sabemos, mas isso coloca Guarulhos entre as dez cidades com melhor PIB per capita do Brasil.

E parte disso está relacionado com a infraestrutura. Afinal, é em Guarulhos que ocorrem as obras de modernização da Rodovia Presidente Dutra – estimadas pela CCR RioSP em R$ 2 bilhões a serem aplicados até 2025.

Campinas, Osasco, Ribeirão Preto e outras cidades com mais de 500 mil habitantes surgem diariamente nos noticiários setoriais com projetos de infraestrutura também, confirmando que o movimento positivo é amplo, apartidário e virtuoso para um ciclo que é revigorado em grandes eventos, como a Paving Expo, marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro no Expo Center Norte.

AUTOMOTIVO

Infomoney - SP   23/05/2024

O volume de vendas da Tesla na Europa cresceu 3% em abril de 2024 em relação ao mesmo mês de 2023. A fabricante de veículos elétricos vendeu 11.254 carros na União Europeia no mês passado, de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis.

A Tesla não informa o volume regional ou mensal, deixando os investidores à procura de dados do setor. Em março, a Tesla viu uma queda de cerca de 5% no ano com a entrega de 66 mil veículos.

No primeiro trimestre, a empresa entregou cerca de 387 mil carros no primeiro trimestre, um tombo de quase 9% frente ao ano anterior.

As coisas parecem um pouco melhores para a Tesla, mas Wall Street continua cautelosa. Os analistas projetam 452 mil entregas globais no segundo trimestre, abaixo das 466 mil em 2023.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O Estado de S.Paulo - SP   23/05/2024

Após mais um trimestre de crescimento forte da carteira de crédito imobiliário, que chegou a R$ 754 bilhões, a Caixa Econômica Federal fez um alerta para a necessidade de conquistar mais fontes de recursos para a linha, que enfrenta um dilema com o encolhimento da poupança e a maior participação de captações de mercado, mais caras.

“Os recursos estão no limite da capacidade de financiamento da habitação”, disse o presidente da Caixa, Carlos Vieira, em coletiva de imprensa para comentar os resultados do banco, na semana passada. O executivo disse que é preciso criar mecanismos que reduzam o custo de capital para a linha, que tem forte efeito multiplicador na economia. “Em 2024, a questão da habitação está resolvida. Em 2025, não sabemos”, disse ele.

Para impedir que o “copo fique vazio”, Vieira cobrou medidas do governo, em três frentes: desenvolver o mercado secundário de crédito imobiliário; estimular a participação de fundos de pensão no segmento; e destinar recursos dos depósitos compulsórios dos bancos à linha. Dessas três, só a primeira está sendo resolvida, após o Ministério da Fazenda editar meditas para fomentar, por exemplo, a negociação de carteiras de imóveis pelos bancos.

A Caixa tem despontado no financiamento habitacional desde o ano passado, porque, com os juros a dois dígitos, os bancos privados, que têm um saldo menor de captações via poupança, reduziram as concessões. A Caixa as manteve, mas também foi afetada pelos saques na caderneta de poupança e teve de reforçar as captações através de letras de crédito, que são remuneradas a um porcentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário, a taxa cobrada pelos bancos nas transações feitas entre eles).

No primeiro trimestre deste ano, a Caixa conseguiu reverter a queda dos depósitos de poupança, que subiram 2,7% em um ano, para R$ 358,684 bilhões. Também aumentou o saldo de Letras de Crédito Imobiliário em 69,2%, para R$ 158,225 bilhões, abocanhando 43% do estoque desse tipo de título no mercado brasileiro.

A questão é que a Caixa está ‘sobreaplicada’ em crédito imobiliário. A carteira imobiliária do banco que é financiada por recursos da poupança equivale a 88% dos depósitos, bem acima dos 65% que o Conselho Monetário Nacional (CMN) determina que devem ser destinados ao produto. A diferença é complementada pelos instrumentos de mercado, que são mais caros.

E as concessões de crédito imobiliário continuam fortes no banco público, apesar da limitação do funding, comentou a vice-presidente de Habitação da Caixa, Inês Magalhães. Segundo ela, são 2,8 mil novos financiamentos liberados por dia, em média.

Em uma possível fonte, a Caixa prepara uma emissão no exterior de títulos verdes, que seguem critérios sociais, ambientais e de governança (ESG, na sigla em inglês). O valor vai depender do interesse dos investidores, disse o vice-presidente de Sustentabilidade e Cidadania Digital, Paulo Rodrigo. O banco público fez reuniões recentes nos Estados Unidos para avaliar esse interesse, o chamado non-deal roadshow. No ano passado, fez sondagens na Europa e teve sinalização positiva por gestoras de recursos.

Resultado

No primeiro trimestre, a Caixa teve lucro líquido recorrente de R$ 2,883 bilhões, crescimento de 49% em um ano. O crescimento da carteira de crédito foi o motor da alta, ao gerar mais receitas tanto com os juros das operações quanto com os serviços a elas associados. Entretanto, o crédito imobiliário concentrou boa parte do crescimento - o banco público responde por quase 70% dos financiamentos imobiliários do País.

A segunda maior carteira do banco, de crédito comercial para pessoas físicas, caiu 2,7% em um ano, para R$ 133,955 bilhões. A carteira para infraestrutura teve avanço de 2,9%, para R$ 100,264 bilhões. O portfólio total da Caixa subiu 10,4%, para R$ 1,144 trilhão, no maior saldo de crédito em território nacional. A carteira total do Itaú é maior, mas parte dela vem da América Latina.

O banco público espera ganhar tração em outras linhas ao longo dos próximos meses. O vice-presidente de Finanças e Controladoria, Marcos Brasiliano, disse que após definir os limites de atuação, a Caixa deve ampliar os desembolsos para infraestrutura no segundo semestre.

“A carteira de infra chegou a R$ 100 bilhões, mas ainda está bem aquém do que o País precisa”, afirmou Brasiliano. A expectativa da Caixa é alavancar os desembolsos a partir do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deve ter no banco um importante agente financeiro.

Para este ano, a Caixa projeta um crescimento de 7% a 11% na carteira de crédito. Para habitação, total e com recursos da poupança, a alta deve ser entre 8% e 12%, a despeito dos desafios de captação que persistem.

Investing - SP   23/05/2024

Tom positivo com demanda saudável no segundo trimestre. É desta forma que o JP Morgan enxergou as perspectivas para o setor de construção brasileiro, tanto para players voltados à baixa renda quanto companhias direcionadas para média e alta, conforme apontou em relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta quarta-feira, 22, após evento realizado com a administração de diversas companhias.

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“Os desembolsos de hipotecas permanecem em vigor, apesar dos contínuos saques de contas de poupança (SBPE) e potenciais carências de curto prazo envolvendo o orçamento anual do FGTS para o programa Minha Casa, Minha Vida”, destacam os analistas do JP Morgan.

A inflação da construção segue controlada no segmento de baixa renda, que deve ainda ser movimentado pelos benefícios do programa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) Futuro.

“Quanto ao segmento de renda média e alta, os estoques na cidade de São Paulo estão em níveis saudáveis e não há pressão para baixar os preços para aumentar as vendas. Quanto à proposta de reforma fiscal do IVA, poderá ter efeitos negativos para as unidades de rendimento médio e alto assumindo a sua forma atual e positivos para unidades de baixa renda, mas é muito cedo para tirar quaisquer conclusões”, completa o banco.

O banco enxerga as construtoras negociando a um índice de preço por lucro esperado para este ano de 9,9x, com baixa renda em 11,7x e médio e alto em 7,0x.

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O JP Morgan possui recomendação overweight, ou acima da média, equivalente à compra, para as ações da Cyrela (BVMF:CYRE3), Cury Construtora e Incorporadora (BVMF:CURY3), Tenda (BVMF:TEND3) e Direcional (BVMF:DIRR3). Para MRV (BVMF:MRVE3) e Eztec (BVMF:EZTC3), a indicação é neutra.

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FERROVIÁRIO

Revista Ferroviaria - RJ   23/05/2024

A Trensurb projeta para até a próxima segunda-feira (27) a retomada pelo menos parcial das operações. Segundo o presidente da empresa, Fernando Marroni, os trens devem funcionar em via única entre as estações Novo Hamburgo e Unisinos e em via dupla entre Unisinos e Mathias Velho.

A retomada das operações depende de reparos elétricos na linha do trem e outros consertos em estações. A empresa registra atos de vandalismo e até mesmo um abrigo improvisado de animais em uma das estações no Vale do Sinos.

A circulação de trens entre Canoas e Porto Alegre ainda não tem previsão de retomada. Isso porque o pátio de manutenção na estação Aeroporto ainda registra inundação.

Dos 40 trens que a empresa possui, três composições da série 200 — os mais novos — estão sem bateria e um trem está ilhado na Estação Mercado. A Trensurb não registra perdas de trens.

— Qualquer trem que tenha sofrido alagamento precisa ser todo desmontado, pois os motores são na parte de baixo. Mas isso nós fazemos regularmente no nosso sistema de manutenção ordinária — explica o presidente da Trensurb.

Enquanto segue parada pela enchente, a Trensurb deixa de atender 110 mil passageiros em Porto Alegre, Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, São Leopoldo e Novo Hamburgo.

Rodoviário

Valor - SP   23/05/2024

Diagnóstico de danos do desastre deve ficar pronto em 30 dias; fonte vê prazo de 24 meses para reparar danos físicos

Pedro Capeluppi, secretário de Reconstrução Gaúcha, diz que equipe vai buscar diferentes fontes de recursos — Foto: Maurício Tonetto/Palácio Piratini

O governo do Rio Grande do Sul planeja usar concessões e Parcerias Público-Privadas (PPPs) como parte da reconstrução de escolas, hospitais e rodovias, segundo Pedro Capeluppi, que assumiu a secretaria de Reconstrução Gaúcha.

A equipe ainda está em fase de diagnóstico do estrago provocado pelas enchentes, e não tem previsão nem do valor nem do prazo necessários à reconstrução - esse balanço deverá ficar pronto em cerca de um mês.

Para especialistas, as estimativas variam. Uma fonte que acompanha o processo de perto avalia que em 24 meses será possível recuperar os danos físicos provocados pelas enchentes, cuja projeção inicial fica entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões. Já outros analistas veem perspectiva de décadas, com base na experiência do furacão Katrina, em Nova Orleans, nos EUA.

Na avaliação da fonte, as prioridades de reconstrução, dos primeiros seis meses, terão de ser escolas, hospitais, unidades de habitação e edifícios públicos necessários para o funcionamento urbano. A partir daí, deverá começar a recomposição de outros edifícios, ruas danificadas, e depois rodovias, pontes e obras mais amplas de infraestrutura.

Capeluppi destaca que a priorização deverá ficar mais clara apenas com o diagnóstico da crise, e diz que os projetos de concessões de escolas, hospitais e de rodovias, que vinham sendo estudados, ganharam ainda mais importância diante do desastre.

“Os projetos continuam. É claro que vamos ter que avaliar o impacto. Por exemplo, entre os blocos de rodovias, temos um que passa pelo Vale do Taquari [região impactada pelas enchentes]. Na PPP de escolas, estamos terminando o mapeamento dos danos para ver se alguma teve danos graves. Estávamos com a PPP pronta para lançar consulta pública. Vamos avaliar.”

A equipe não cancelou nem o leilão de dois aeroportos regionais, de Passo Fundo e Santo Ângelo, marcado para 20 de junho, com recebimento de propostas no dia 13 do próximo mês. “Espero não ter que rever [o projeto]. Hoje ficou até mais clara a importância desses aeroportos regionais. A malha aérea emergencial hoje conta com a capacidade desses outros aeroportos para receber voos.”

Os projetos já eram importantes, agora se tornaram ainda mais”

— Pedro Capeluppi

Ao ser questionado se haveria interesse do setor privado nas concessões, dada a crise que vive o Estado, o secretário reconheceu que o cenário traz um desafio. “É claro que existe uma percepção de risco maior, mas temos que trabalhar os projetos para que estejam adequados ao risco.”

Na avaliação de Eric Brasil, diretor da LCA Consultoria, é viável fazer novas concessões no Estado, mas a dificuldade é grande, principalmente no caso de PPPs, que demandam desembolsos do Estado, e de projetos em setores menos tradicionais. “Projetos de infraestrutura social, como escolas, hospitais, parques, devem ter dificuldade. É algo que estamos amadurecendo no Brasil. E há o desafio fiscal, dado que PPPs dependem de participação do setor público”, disse. Em relação aos aeroportos, ele também avalia que os interessados terão que rever seus modelos, considerando a crise econômica que o Estado deve enfrentar.

O investimento privado, porém, será apenas uma parcela do esforço de reconstrução, que demandará recursos do Estado, da União, de emendas parlamentares, de bancos multilaterais, e eventualmente de fundos internacionais, entre outros, afirma Capeluppi. “Nós vamos fazer um mapeamento de todas as fontes de recurso disponíveis.”

O plano anunciado pelo Estado divide a reconstrução em três fases: ações imediatas, já em curso; atividades de médio prazo, para recomposição das atividades econômicas, da infraestrutura e da habitação; e plano de longo prazo, que terá grandes projetos - o que pode incluir, por exemplo, a construção de novos bairros, deslocamento de cidades, obras de contenção de cheias, diz ele. O plano é elaborado em parceria com a consultoria A&M (Alvarez & Marsal), que ofereceu o serviço de forma gratuita neste momento.

Diário do Comércio - MG   23/05/2024

As obras do Rodoanel Metropolitano devem ser iniciadas em junho de 2025, afirmou o secretário de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra), Pedro Bruno Barros de Souza, durante evento na Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas) nesta quarta-feira (22). A previsão inicial era que a implantação começasse no segundo semestre deste ano. Por outro lado, governo trabalha para antecipar a conclusão do projeto em um ano.

O projeto, que terá investimento da ordem de R$ 5 bilhões, encontra-se na fase de elaboração do Projeto Executivo, análise da Licença Prévia pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e processo de desapropriação. A nova via passará por Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, São José da Lapa, Pedro Leopoldo, Ribeirão das Neves, Contagem e Betim.

Do total que será investido no Rodoanel, R$ 3,072 bilhões são recursos provenientes do acordo de reparação pelo rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho.

Souza esteve reunido com o Conselho Empresarial de Infraestrutura e Logística da ACMinas para apresentar o projeto do Rodoanel, além de investimentos em infraestrutura no Estado.

De acordo com o secretário, na última década foram investidos apenas R$ 300 milhões por ano em infraestrutura. “No ano passado começamos com a retomada dos investimentos e foram cerca de R$ 1,5 bilhão aportados em infraestrutura. Para este ano já são R$ 2 bilhões de dinheiro público e mais R$ 2 bilhões de capital privado, através de concessões”, comparou.

De acordo com Souza, atualmente, Minas Gerais tem seis concessões em funcionamento e a previsão é que sejam feitas mais cinco até o próximo ano. “Somente a Provias, completou dois anos e está com 64 obras concluídas. Com o Rodoanel, que será a principal obra da RMBH da história, esperamos que venha a impactar não apenas na mobilidade, mas ofereça mais segurança, desenvolvimento e oportunidades, além de menor tempo de deslocamento”, enumerou.

Além disso, com impacto direto na região, o Rodoanel visa criar um corredor logístico eficiente de forma a fornecer segurança e fluidez ao tráfego comercial, disse o secretário na ACMinas. “Com isso, o Produto Interno Bruto (PIB) da RMBH deverá crescer entre 7% e 13%, a produção entre 0,8% e 1,3%, o que irá gerar mais de R$ 500 milhões em Imposto Sobre Serviços (ISS) para os municípios interceptados e mais de 10 mil empregos gerados durante a sua implantação”, salientou.

A implantação do Rodoanel Metropolitano prevê aproximadamente 70 quilômetros de rodovia em pista dupla classe 0, cerca de 49 obras de artes especiais como viadutos e túneis, 100% free flow – com sistema de pagamento automático de pedágio, serviço de atendimento ao usuário, controle total de acessos /alta mobilidade e 8 interseções e 2 acessos simples. “O Rodoanel Metropolitano vai tirar cerca de 5 mil caminhões por dia do Anel Rodoviário, levando consigo o fluxo pesado e com toda tecnologia de ponta”, afirmou.
Governo quer adiantar cronograma do Rodoanel em um ano

Para o secretário, será um projeto que trará muitos impactos positivos e tem uma força-tarefa atuando para que, inclusive, ela saia antes do papel e possa virar realidade. “Esperamos que, ao invés de 2029, quando é o prazo de conclusão, o Rodoanel Metropolitano seja concluído em 2028. Nossa meta é ver essa rodovia, que vai começar do zero, em pleno funcionamento”, projetou.

Para o presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura e Logística da ACMinas, Luiz Antônio Athayde, o Rodoanel certamente é um tema que voltará à pauta do Conselho. “Queremos acompanhar de perto o início dessa obra que trará benefícios para toda a população da RMBH e de Belo Horizonte. Por isso, queremos estar pari passu com o governo do Estado para melhor reverberar o projeto e fazer com que o contorno metropolitano ganhe os corações e as mentes das pessoas”, destacou.

NAVAL

Valor - SP   23/05/2024

Agência autorizou que o conglomerado do setor frigorífico assuma a fatia de 70% do capital social da Mada Araújo Asset & Port Management

A diretoria da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) deu aval, nessa quarta-feira (22), para que a Seara, do grupo JBS, assuma o controle societário da empresa responsável pela operação, em contrato de arrendamento transitório, no Porto de Itajaí (SC).

Veja tudo sobre o balanço da JBS e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a companhia no Valor Empresas

Por meio de decisão “ad referendum”, que não demanda reunião deliberativa, o comando do órgão autorizou que o conglomerado do setor frigorífico assuma a fatia de 70% do capital social da Mada Araújo Asset & Port Management. A empresa venceu a licitação no ano passado para operar o terminal de contêineres e carga geral pelo prazo de 24 meses, contados a partir de dezembro de 2023.

De acordo com a Antaq, o pedido de análise da transação societária foi encaminhado pelo Ministério de Portos e Aeroportos no dia 14 de maio. Com a decisão da diretoria, a transferência do controle societário deverá ser concluída em até 180 dias.

O Porto de Itajaí estava na lista de portos organizados, de controle da União, com previsão de ser privatizado. Ocorre que o contrato temporário de arrendamento, vencido em leilão pela Mada Araújo Asset, está relacionado apenas ao arrendamento da área que corresponde a toda a operação logística do porto.

A autoridade portuária — geralmente comparada a um “condomínio” que administra de diferentes terminais — cuida, no caso de Itajaí, apenas da área arrendada à empresa que passará a ser controlada pela JBS.

Atualmente, a Antaq prepara um novo leilão dedicado à concessão da mesma área do Porto de Itajaí, mas, agora, em caráter permanente — não mais um arrendamento transitório. De acordo com as regras propostas, o novo operador deverá investir R$ 2,8 bilhões, ao longo de nove anos, na expansão do pátio e entre outras ações para aumentar a capacidade do porto.

Portos e Navios - SP   23/05/2024

Os embarques de açúcar são o grande destaque no quadrimestre, com crescimento de 88,3%

O Porto de Santos apresenta em 2024 um crescimento de 13,5% na movimentação de cargas em relação aos quatro primeiros meses do ano passado, somando 57 milhões de toneladas, recorde para o período. O movimento mensal de cargas em abril também foi a maior marca para aquele mês, atingindo 14,7 milhões de toneladas, 7,0% acima do verificado em abril de 2024.

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, comemora o resultado: "Teremos investimentos públicos da ordem de R$ 10 bilhões para fazer frente à expansão do Porto de Santos diante da demanda cada vez mais forte da movimentação de cargas", disse.

Os embarques cresceram 15,8% no primeiro quadrimestre (42,3 milhões de toneladas) e as descargas 7,3% (14,6 milhões de toneladas). No mês de abril os embarques somaram 11,2 milhões de toneladas (+11,1%) e as descargas apresentaram redução de 4,4%, atingindo 3,4 milhões de toneladas.

O expressivo crescimento nos embarques de açúcar é o grande destaque na pauta de exportações. A commodity soma 7,2 milhões de toneladas no acumulado do ano, crescimento de 88,3% e 1,0 milhão de toneladas no mês (+ 48,8%). O café em grãos também se sobressaiu, atingindo 818,4 mil toneladas embarcadas no quadrimestre (+60,3%) e 226,8 mil toneladas no mês de abril (+97,0%). A celulose apresentou boa performance no mês, atingindo 841,3 mil toneladas (+26,7%) e mantendo o volume anual em 2,6 milhões de toneladas (+0,2%). O farelo de soja cresceu 21,5% no acumulado do ano (3,1 milhões de toneladas) e 31,5% no mês (1,0 milhão de toneladas).

O desempenho da carga conteinerizada também foi um dos principais destaques, com aumento de 14,6% no mês (450.509 TEU – unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), elevando o movimento acumulado no quadrimestre em 19% (1,72 milhões de TEU), ambos a maior marca para os períodos, movimentando 19,1 milhões de toneladas até abril de 2024, 30,8% acima do mesmo período de 2023.

Os granéis sólidos somaram 28,5 milhões de toneladas no acumulado do ano, um crescimento de 7% em comparação ao mesmo período do ano anterior, caracterizando-se como a maior marca acumulado nesse quadrimestre, tendo como carro chefe o açúcar e a soja peletizada.

Os granéis líquidos atingiram 6,4 milhões de toneladas, aumento de 9,2% e melhor marca acumulado no período, puxados, principalmente, pela gasolina (+40,3%), óleo combustível (+23,9%) e álcool (+22,4%), frente ao mesmo período do ano passado.

O fluxo de navios nos quatro primeiros meses do ano subiu 6,4%, totalizando 1.833 atracações.

PETROLÍFERO

Valor - SP   23/05/2024

O contrato do petróleo WTI para julho recuou 1,39%, a US$ 77,57 por barril, e o do Brent para o mesmo mês cedeu 1,18%, a US$ 81,90 por barril

O petróleo fechou em queda forte nesta quarta-feira (22), pressionado pela ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), que mostrou uma postura mais conservadora do banco central dos Estados Unidos, após a reaceleração da inflação americana no primeiro trimestre. Além disso, dados de estoques americanos da commodity não apoiaram os contratos no mercado futuro.

O contrato do petróleo WTI, a referência americana, para julho recuou 1,39%, a US$ 77,57 por barril. Já o contrato do Brent, a referência global, para o mesmo mês cedeu 1,18%, a US$ 81,90 por barril.

A ata da reunião de 1° de maio do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mostrou que os dirigentes do Fed enfatizaram os riscos à inflação na ocasião, e não descartaram a possibilidade de voltar a subir os juros no futuro próximo.

A perspectiva de que o Fed siga rígido na condução da política monetária tende a ser ruim para o petróleo, uma vez que aponta para um fortalecimento do dólar e uma menor capacidade de expansão da economia global.

Entre os fatores específicos do mercado da commodity, os estoques americanos de petróleo cru contrariaram a previsão do mercado ao subirem 1,825 milhão de barris na semana passada. O aumento indica menor demanda pelo óleo. Por outro lado, os estoques de gasolina caíram quase 1 milhão de barris, próximo do esperado.

Globo Online - RJ   23/05/2024

Após o Cade desobrigar a venda de suas refinarias, a Petrobras informou que também houve a aprovação da renegociação do Termo de Compromisso de Cessação (TCC) em relação ao mercado de gás. A decisão de não mais vender negócios nessa área também foi aprovada pelo Conselho de Administração da estatal, que se reuniu hoje.

Assim como no caso das refinarias, a Petrobras havia se comprometido a vender ativos na área de gás, como as redes de gasoduto NTS, TAG e Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), além de sua fatia na Gaspetro, que tem participação em dezenas de distribuidoras estaduais de gás. Desses ativos, apenas a TBG ainda não havia sido vendida.

O objetivo desse plano, traçado no governo de Jair Bolsonaro, seria aumentar a concorrência em um setor no qual a estatal é praticamente monopolista e viabilizar queda dos preços. A nova administração da estatal, indicada pelo presidente Lula, paralisou esse processo.

A participação da Petrobras na TBG é de 51%, seguido da BBPP Holdings (com 29%), YPFB Transporte do Brasil Holding (19,88%) e Corumbá Holding (0,12%).

Alteração no acordo

A estatal explicou que, após amplo debate com o Cade, foi feito um aditivo que resultou no encerramento da obrigação da venda da TBG. Porém, foram estabelecidos alguns compromissos como a eleição de membros independentes ao Conselho de Administração da TBG através de headhunter independente, com a formação de lista tríplice.

Além disso, a diretoria comercial da TBG deverá ser independente da Petrobras; e a estatal não poderá ceder funcionários para atuar na área da TBG.

"O prazo de vigência das obrigações pactuadas no aditivo ao TCC Gás é coincidente com a emissão de certificado de independência à TBG ou até 4 de março de 2039, prazo previsto na Nova Lei do Gás, que estabeleceu este prazo como limite da desverticalização das transportadoras", explicou a estatal em nota.

AGRÍCOLA

Automotive Business - SP   23/05/2024

As vendas de máquinas agrícolas ainda estão em declínio. No primeiro quadrimestre deste ano foram comercializados 14,61 mil equipamentos, uma queda de 11,6% no comparativo com 2023 e de 9,3% em relação a 2022.

Em abril, chegaram ao mercado 4,21 mil unidades ante 4,28 mil no mesmo período do ano passado, recuo de 1,7%. Os dados foram divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

De acordo com a Anfavea, nos primeiros quatro meses deste ano foram exportadas 2,07 mil máquinas agrícolas, queda de 34,9%. E em abril, os embarques somaram 515 unidades, um recuo de 37%.

Para a Anfavea, fatores como os preços das commodities, falta de financiamento e até questões climáticas têm contribuído para esse encolhimento pontual do mercado, sobretudo para as colheitadeiras, que têm valor agregado maior que os tratores de rodas.

Em máquinas rodoviárias, o primeiro quadrimestre fechou com volume de 10,83 mil unidades vendidas, uma elevação de 12,8% sobre os negócios fechados no mesmo período do ano passado. Em abril, foram comercializados 2,99 mil equipamentos, alta de 30,8% no comparativo com o mesmo mês de 2023.
Feiras e PAC puxam vendas

Segundo a Anfavea, as vendas no atacado refletem as primeiras duas fases do PAC e algumas licitações públicas realizadas no início do ano, além dos reflexos iniciais dos negócios fechados na feira M&T Expo, realizada em São Paulo, em abril.

De janeiro a abril, as exportações de máquinas rodoviárias totalizaram 4,35 mil unidades embarcadas, 13,6% inferior ao do mesmo período do ano passado.

“Os produtos apresentados nas recentes feiras Agrishow e M&T Expo possuem alto nível de tecnologia embarcada, que se revertem em aumento de produtividade para todos os tipos de clientes, dos mais familiares aos grandes grupos agrícolas e de construção. Daí a necessidade de mais recursos para as linhas já existentes de financiamento do BNDES”, disse Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.

Além disso, segundo ele, é urgente recuperar os volumes das exportações, por meio de uma política consistente de incentivo, com maior inserção na cadeia global, mais acordos comerciais e redução de entraves, tornando nossos produtos mais competitivos.

“Se de um lado as autoridades devem estar atentas a promover nossos produtos de alta tecnologia no exterior, por outro devem estar alertas a empresas que chegam ao país apenas para disputar licitações públicas, com baixo conteúdo nacional, sem garantias e sem rede estabelecida”, afirmou ele.

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