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23 de Abril de 2024

SIDERURGIA

Petro Notícias - SP   23/04/2024

As reivindicações das siderúrgicas que produzem aço no Brasil podem ser ouvidos pelo governo. Desde o ano passado, elas vêm denunciando a explosão das importações de todo tipo de aço vindos da China com preços que elas não podem concorrer. Por isso, há uma reivindicação feita ao governo de um aumento de 25% nas taxas de importação da China e de outros países, como Vietnã, Malásia e Turquia, que fazem uma espécie de triangulação, comprando da China e vendendo à outros países, como o Brasil e os Estados Unidos. Aliás, os Estados Unidos também perceberam um certo tipo de inundação de acho provenientes da China, que em função de uma crise na construção, faz com que as siderúrgicas não consigam colocar a produção no mercado chinês e, via subsídios, conseguem colocar o excedente em vários países, principalmente nos Estados Unidos, Brasil, Vietnã, Turquia e México.

Agora, as reclamações das siderúrgicas brasileiras, parecem ter sido ouvidas pelo Vice-Presidente Geraldo Alckmin, que também usa o chapéu de Ministro da Indústria e Comércio. Ele já apontou para vários produtos que tiveram importações exageradas com preços subsidiados e bem baratos. E apontou o seu dedo direto para as compras de tubos de aço, mas as medidas que deve anunciar em breve vai apontar outros dedos para mais produtos de aço. O Brasil vende o ferro pra China e compra o aço beneficiado. O pedido das siderúrgicas do Brasil é que se aplique um percentual de mais 25% ao que já existe.

O presidente Joe Biden solicitou à autoridades comerciais dos EUA a imposição de tarifas mais pesadas às importações de aço chinês, na ação mais recente de uma campanha mais ampla contra as exportações baratas chinesas que segundo Washington estão inundando os mercados globais e o americano. As exportações chinesas de aço cresceram 33% no último ano. Nos 12 meses até fevereiro, a China exportou 95 milhões de toneladas de aço, segundo dados da Alfândega chinesa, uma soma que supera as estimativas do consumo total de aço pelos EUA em todo o ano de 2022.

O aumento das exportações chinesas de aço é um exemplo da preocupação com a perspectiva de um “novo choque chinês” que abale o comércio mundial. Os investimentos para fábricas para acelerar o crescimento de uma economia sitiada pela queda dos gastos do consumidor e pela crise imobiliária. O resultado é uma é uma explosão das exportações que está trazendo de volta lembranças do choque chinês original do começo dos anos 2000, quando uma torrente de produtos baratos. Um desafio sem precedentes para setores americanos. O presidente Biden pediu a triplicação de uma tarifa importante sobre o aço chinês para 25%, um imposto que se soma a uma segunda tarifa de 25% aplicada ao aço chinês pelo governo Trump em 2018. E pelo jeito esta briga vai longe. Assim, o aço chinês está sendo despejado em outros países como Brasil, Vietnã, Índia, Reino Unido, Filipinas e Turquia, todos com investigações “antidumping” em andamento. As autoridades chinesas rejeitam as queixas de que o país esteja subsidiando injustamente seus fabricantes e exportando um excesso de produtos para os mercados mundiais. Elas classificam as críticas de uma cortina de fumaça à incapacidade das empresas ocidentais de concorrerem com as chinesas. Por isso, pendem “os países para enfrentar seus próprios problemas.” O forte crescimento das exportações chinesas de aço nos últimos 12 meses lembra uma inundação parecida em 2015. As exportações de aço atingiram o recorde de 112 milhões de toneladas naquele ano, 5,5 vezes as exportações registradas uma década antes.

Infomoney - SP   23/04/2024

A Usiminas (USIM5) é a primeira siderúrgica a divulgar seu resultado do primeiro trimestre de 2024 na manhã desta terça-feira (23). O período deve continuar sendo marcado pela pressão do lado dos preços no Brasil para as companhias do setor, mas com alguma folga nos custos, de forma geral, melhorando os resultados na base sequencial.

A Gerdau (GGBR4) divulga seu balanço no dia 2 de maio e a CSN (CSNA3), no dia 8.

Do lado do faturamento, as companhia devem continuar a ver alguma pressão proveniente da maior importação de aço chinês no Brasil, que vem, há algum tempo, impedindo as empresas de cobrarem mais pelos seus produtos. No entanto, o gigante asiático diminuiu sua produção no primeiro trimestre, por conta, por exemplo, do feriado do ano novo chinês, em fevereiro, e a demanda no Brasil também vem melhorando.
Fora ajudar do lado da oferta, a menor produção de aço na China levou a um recuo do preço do minério, que deve tirar pressão dos resultados do lado dos custos.  Além disso, analistas destacam também algumas mudanças dentro das próprias companhias impulsionando as margens.

“Esperamos um primeiro trimestre misto para as ações de siderurgia. Com a indústria siderúrgica no Brasil ainda enfrentando um ambiente desafiador, esperamos que a exposição da Gerdau na América do Norte e os esforços de eficiência de custos da Usiminas impulsionem uma melhora”, fala a equipe da XP Investimentos, encabeçada por Lucas Laghi.
Gerdau impulsionada por EUA e Usiminas, por ramp up

No caso dos Estados Unidos, da Gerdau, a demanda por aço no país norte-americano vem sendo impulsionada pelos estímulos governamentais ao desenvolvimento de infraestrutura gerando resultados. Fora isso, a economia, por lá, segue aquecida, apesar dos juros em patamares elevados.

“Os resultados na América do Norte devem melhorar devido à combinação de maiores volumes trimestrais e a expansão do spread do metal, com preços em alta e custos por tonelada em queda sequencial”, fala o time do Bank of America, chefiado por Caio Ribeiro, que vê o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) da companhia em R$ 2,5 bilhões.

Na Usiminas, os analistas destacam que a empresa deve se beneficiar do ramp up do seu Alto Forno 3, em Ipatinga, Minas Gerais. Durante boa parte do ano passado, a planta ficou fechada, em reforma, sendo que a empresa investiu cerca de R$ 2,7 bilhões no processo. No entanto, o resultado melhor em siderurgia deve ser parcialmente ofuscado pelo resultado pior em mineração.
Queda do minério

“Prevemos volumes de aço de um milhão de toneladas e um melhor desempenho de custos, impulsionando a melhoria sequencial da divisão de aço, com Ebitda atingindo R$ 308 milhões. Por fim, esperamos resultados um pouco menores das operações de mineração, com Ebitda positivo de R$ 140 milhões”, fala a XP.

No caso da CSN, por fim, o resultado deve ser pior pelo fato de seu braço de mineração ter maior participação no seu balanço. Além do menor preço do minério, a companhia deve ver também seus volumes caindo na base sequencial, por conta do período de chuvas no Brasil.

“Esperamos que a CSN apresente resultados mais fracos. As operações de mineração da CSN impactem negativamente os resultados da CSN, impulsionadas por volumes sazonalmente menores e preços mais baixos, bem como pelo desempenho de rentabilidade estável na divisão de aços, em meio a um ambiente de precificação ainda desafiador”, fala a XP.

Confira as projeções da LSEG para Gerdau, Usiminas e CSN:

CompanhiaReceita líquidaEbitdaLucro líquido
GerdauR$ 16,6 bilhõesR$ 2,5 bilhõesR$ 1,3 bilhão
UsiminasR$ 6,3 bilhõesR$ 386,9 milhõesR$ 127,9 milhões
CSNR$ 10,7 bilhõesR$ 1,7 bilhãoR$ – 137,5 milhões

ECONOMIA

Infomoney - SP   23/04/2024

As taxas de juros de referência da China foram mantidas pelo banco central nesta segunda-feira (22), em linha com as expectativas do mercado. A taxa LPR de um ano permaneceu em 3,45%, enquanto a taxa de cinco anos ficou em 3,95%, disse o PBoC.

A taxa de um ano, referência para empréstimos bancários ligados ao consumo, não é alterada desde agosto do ano passado. Já a taxa de cinco anos havia sido cortada em 25 pontos-base em fevereiro, na maior queda em anos.

Segundo a agência de notícias Xinhua, espera-se que a manutenção da LPR nos atuais patamares fortaleça os mercados de crédito e imobiliário, reduza o custo financeiro de empresas e indivíduos e contribua para uma recuperação econômica estável.

A decisão sobre a taxa LPR ocorre depois que a China divulgou dados econômicos animadores sobre o primeiro trimestre, o que elimina a urgência de Pequim em liberar estímulos monetários para ajudar na recuperação econômica.

Enquanto isso, o enfraquecimento do iuan, a incerteza quanto ao momento do primeiro corte da taxa de juros pelo Federal Reserve e a queda das margens líquidas de juros dos bancos comerciais continuam a restringir os esforços de flexibilização.

Com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre excedendo a meta anual de “cerca de 5%”, analistas de mercado e operadores esperam que a postura de política monetária permaneça inalterada na próxima reunião do Politburo.

IstoÉ Dinheiro - SP   23/04/2024

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 22, que manter a inflação sob controle é uma das melhores políticas sociais que existem. Para o banqueiro central, o mundo emergente corre o risco de entrar em um ciclo vicioso, no qual, para combater a desigualdade gerada pela inflação, acaba gerando mais dívida que resulta em mais inflação.

Ele frisou que não estava falando especificamente do Brasil.

“A inflação tem o elemento de causar desigualdade, que é gigantesco. A melhor coisa que o BC pode fazer é manter a inflação sob controle, porque esse é o crescimento com sustentabilidade; o empresário tem visibilidade de investimento e gera emprego sustentável. Essa é a melhor política social que se pode ter”, salientou Campos Neto, em evento da Legend Capital, em São Paulo.

Mercado de crédito

O presidente do Banco Central afirmou também que o mercado de crédito no Brasil está saudável e salientou que o país espera um crescimento de crédito de 9,5%, um dos maiores do mundo emergente. “Houve um momento com juros mais altos que existia o medo de que poderia ter um estresse maior, nós não víamos esse problema, mas entendíamos que o risco tinha aumentado. A grande probabilidade era passar por esse cenário de forma sustentável e foi isso que aconteceu.”

Campos Neto ponderou que há ainda alguns pontos com inadimplência mais alta, mas que na margem este cenário está melhorando. “Precisamos avançar nas microreformas para termos cada vez mais um aprofundamento de mercado maior.”

O presidente do BC também afirmou que um dos objetivos da autarquia é que os bancos possam cada vez mais extrair liquidez do crédito privado, a fim de terem mais segurança para produzir mais volume e créditos mais longos. “Muitas modificações foram feitas na crise para dar liquidez para o sistema bancário se mostraram programas que queremos manter.”

Ainda em sua fala, o banqueiro central ressaltou que o Brasil tem uma história de sucesso em aprofundamento de mercados financeiros. “O aprofundamento de mercados que o Brasil tem é muito maior que o do México”, disse. “É um instrumento que serve como um colchão nos momentos de crise.”

IstoÉ Dinheiro - SP   23/04/2024

A atividade econômica recuou 1,4% em fevereiro, na margem, após cair 1,5% em janeiro, aponta o Índice de Tendência Econômica (ITE) da Faculdade de Campinas (Facamp). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o ITE, porém, subiu 4,8% em fevereiro, ante 2,1% em janeiro, na mesma base de comparação.

A Facamp, em nota, avalia que o desempenho negativo do indicador em fevereiro é explicado pelo resultado da indústria extrativa no mês, especialmente pela produção de farmoquímicos e produtos farmacêuticos.

A queda do volume de serviços no período, acrescenta, também foi destaque negativo, especialmente o recuo da atividade de transporte em um cenário de desaceleração da atividade agropecuária, emenda. “Os sinais contraditórios da atividade econômica são reflexos do rearranjo setorial e da demanda agregada em 2024”, afirma. “Pelo lado da oferta, a indústria ainda encontra dificuldades para se recuperar e reforçar a trajetória positiva do varejo, num contexto de mercado de trabalho aquecido. Já no campo da demanda, o investimento ainda patina diante de um cenário de crescimento do consumo das famílias, puxado pelo crescimento do rendimento do trabalho.”

A previsão, pondera, é de crescimento para a atividade no primeiro trimestre do ano, pelo mercado de trabalho aquecido e os efeitos positivos defasados da política fiscal expansionista em 2023.

Infomoney - SP   23/04/2024

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 2,940 bilhões na terceira semana de abril (dias 15 a 21). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 22, o valor foi alcançado com exportações de US$ 8,015 bilhões e importações de US$ 5,076 bilhões.

No mês, o superávit acumulado é de US$ 7,659 bilhões e no ano, de US$ 26,737 bilhões.

Até a terceira semana do mês, a média diária das exportações registrou queda de 1% na comparação com a média diária do período em 2023, com recuo de US$ 112,7 milhões (-22,9%) em Agropecuária; crescimento de US$ 100,21 milhões (35,4%) em Indústria Extrativa e alta de US$ 3,19 milhões (0,4%) em produtos da Indústria de Transformação.

As importações também tiveram queda, de 7,9% no período, igualmente na comparação pela média diária, com crescimento de US$ 6,09 milhões (31,6%) em Agropecuária; redução de US$ 26,53 milhões (-29,3%) em Indústria Extrativa e recuo de US$ 61,11 milhões (-6,5%) em produtos da Indústria de Transformação.

Agência Brasil - DF   23/04/2024

Em um novo dia de ajustes, o dólar caiu pela segunda vez consecutiva e fechou no menor valor em dez dias. A bolsa de valores subiu pela terceira vez seguida e voltou a superar os 125 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (22) vendido a R$ 5,169, com recuo de R$ 0,031 (-0,59%). A cotação chegou a abrir em pequena alta, mas recuou após a abertura dos mercados nos Estados Unidos. Ao longo da tarde, operou um pouco acima de R$ 5,17, até fechar na mínima do dia.

A moeda norte-americana está no menor valor desde o último dia 12, quando tinha fechado em R$ 5,12. A divisa acumula alta de 3,07% em abril e sobe 6,51% em 2024.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pelo alívio. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.573 pontos, com alta de 0,36%. O destaque foram as ações da Petrobras, os papéis mais negociados na bolsa, que subiram após o Conselho de Administração da companhia decidir que tem condições de pagar 50% dos dividendos extraordinários sem prejudicar os investimentos da petroleira.

As ações ordinárias da Petrobras, com direito a voto em assembleia de acionistas, subiram 2,43% e fecharam em R$ 43,76. Os papéis preferenciais, com preferência na distribuição de dividendos, valorizaram-se 2,39%, encerrando em R$ 41,50.

O mercado financeiro aguarda a divulgação de dados de inflação nos Estados Unidos e no Brasil. A possibilidade de o Banco Central brasileiro reduzir o ritmo de corte da Selic (juros básicos da economia) e o arrefecimento das tensões entre Irã e Israel abriram espaço para a realização de lucros, com os investidores vendendo dólares para embolsarem ganhos recentes.

Investing - SP   23/04/2024

O banco J.P.Morgan passou a prever que a Selic terminará este ano em 10%, ante projeção anterior de 9,5%, antecipando três cortes consecutivos de 0,25 ponto percentual cada na taxa básica de juros a partir de maio.

Em relatório divulgado nesta segunda-feira, a economista-chefe para Brasil do J.P.Morgan, Cassiana Fernandez, e o economista Vinicius Moreira destacaram que o aperto das condições financeiras globais e a redução da meta fiscal do país para 2025 provavelmente alteram a avaliação do balanço de riscos do BC para a inflação.

"De fato, muitos membros do Copom parecem ter reconhecido essa possibilidade, abrindo a porta para romper o forward guidance dado na última reunião de um corte de 0,50 p.p. na reunião seguinte", disseram.

"Nesse contexto, agora achamos que o Copom fará um corte de 0,25 p.p. na reunião de maio, em duas semanas."

Eles destacaram que o câmbio e as expectativas de inflação são os principais canais pelos quais os eventos recentes afetam os cenários do BC, ponderando que o ciclo de política monetária ainda dependerá fortemente de outras variáveis, como pressões inflacionárias domésticas e o crescimento do PIB.

"No entanto, os tópicos das dinâmicas fiscal e externa devem ser particularmente importantes em ditar a taxa terminal", afirmaram os economistas.

Eles disseram ver chances crescentes de novas decepções no campo fiscal e também de os juros nos EUA permaneceram altos por mais tempo --o que mantém um viés de alta para o risco de a taxa Selic fechar o ciclo de cortes acima de 10%.

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IstoÉ Dinheiro - SP   23/04/2024

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 22, que o problema dos juros altos nos Estados Unidos não está no país, e sim nas implicações para o resto do mundo. O cenário, disse, implica dólar forte e dificuldade para os países endividados rolarem suas dívidas.

“Os Estados Unidos não tem um problema”, frisou Campos Neto, que disse que embora o país esteja com um crescimento forte, há geração de emprego e o crédito voltou a subir, enquanto a inflação está somente desacelerando de forma mais lenta. “Não é um grande problema, é um problema razoável de se ter”, salientou o banqueiro central, que acrescentou que o que não poderia acontecer seria um cenário de crescimento para baixo e inflação para cima.

O presidente do Banco Central repetiu que a dívida global cresceu durante a pandemia. Isso, combinado ao maior custo de rolagem decorrente dos juros altos, deve desencadear um debate sobre o endividamento mundial.

“O que eu vejo é que isso em algum momento vai virar um tema, a sustentabilidade da dívida, e que o fiscal vai ficar no foco”, disse Campos Neto, em um evento da Legend Capital. “Nessa reuniões que tivemos no FMI, pela primeira vez eu vejo as pessoas falando muito mais do fiscal, não teve nenhum grupo de reunião grande em que isso não foi mencionado.”

Ele lembrou que a dívida dos EUA, Japão e Europa – que representa cerca de dois terços do endividamento mundial e cresceu expressivamente durante a pandemia – era antes rolada a juros de 1% e, agora, custa cerca de 3,2%.

O presidente do BC acrescentou que os governos têm interferido muito nos mercados e que, com a dívida alta, o espaço para isso será limitado. “O mercado, hoje, tem uma percepção de que, a qualquer problema, os governos vão vir e resgatar os mercados, mas o problema é que esses resgates são feitos com dívida e estamos cada vez mais, globalmente falando, com menos espaço para isso”, disse, acrescentando que é necessário encontrar soluções privadas para o problema.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   23/04/2024

Os preços futuros do minério de ferro caíram nesta segunda-feira, pressionados pela diminuição das esperanças de mais estímulos na China, principal mercado consumidor do minério, e por altos estoques nos portos e riscos de uma possível intervenção governamental após uma alta de preços na semana passada.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 0,06%, a 866,5 iuanes (119,63 dólares) a tonelada, após um aumento de mais de 5% na semana passada.

O minério de ferro de maio, referência na Bolsa de Cingapura, recuava 0,34%, a 116,05 dólares a tonelada.
Os preços do minério de ferro provavelmente se consolidarão no curto prazo, conforme persiste a incerteza sobre o quanto a produção de metal quente pode aumentar ainda mais, disseram analistas da Everbright Futures em uma nota.

“A principal força motriz por trás da recuperação dos preços na semana passada foram o fator macroeconômico e os fundamentos que tiveram melhora marginal”, disseram eles, referindo-se à melhora das margens do aço e da confiança do mercado e à contínua desestocagem de produtos siderúrgicos.

A China manteve inalteradas as taxas de empréstimo de referência em uma fixação mensal, em linha com as expectativas do mercado, já que os dados econômicos do primeiro trimestre, melhores do que o esperado, eliminaram a urgência de Pequim em revelar novos estímulos monetários para ajudar na recuperação econômica.

Os estoques de minério de ferro nos principais portos pesquisados pela Mysteel subiram 0,5% em relação à semana anterior, para 145,59 milhões de toneladas em 19 de abril, segundo dados da consultoria.

Outros ingredientes de fabricação de aço na bolsa de Dalian também recuaram, com o carvão metalúrgico e o coque caindo 0,86% e 0,73%, respectivamente.

Valor - SP   23/04/2024

Balanço da empresa será divulgado na quarta-feira (24), depois do fechamento do mercado

O sólido desempenho operacional da Vale neste início de ano deve garantir um bom resultado para a empresa no balanço no primeiro trimestre, que será divulgado na quarta-feira (24), depois do fechamento do mercado.

O Valor compilou estimativas de três banco: Citi, Itaú BBA e BTG Pactual. A média para o lucro líquido ficou em US$ 1,67 bilhão, o que, caso se confirme, significará uma queda de 9,09% frente a igual período do ano passado. As projeções variaram dos US$ 1,388 bilhão do BTG aos US$ 1,974 bilhão do Itaú BBA.

Para a receita líquida, a projeção média ficou em US$ 8,28 bilhões, o que seria equivalente a uma queda de 1,82% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado. As estimativas variaram entre os US$ 7,926 bilhões do BTG e os US$ 8,526 bilhões do Itaú BBA.

Para o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, an sigla em inglês), as projeções variaram dos US$ 3,178 bilhões do BTG aos US$ 3,6 bilhões do Itaú. Na média, ficaram em US$ 3,385 bilhões, o que, caso se confirme, será 5,34% menor que o obtido pela mineradora nos três primeiros meses do ano passado.

As quedas do lucro, da receita e do Ebitda foram diretamente influenciadas pelos recuos dos preços. Os valores médios recebidos pela Vale no primeiro trimestre, na comparação com igual trimestre do ano anterior, foram 7,3% menores nos finos de minério de ferro; 18,8% mais baixos no cobre; e 33,3% inferiores no níquel. Nas pelotas, o preço médio realizado foi 5,8% maior que nos três primeiros meses de 2023.

Os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott, do Citi, afirmam que a Vale divulgou, na semana, passada, uma produção “forte” no primeiro trimestre e embarques acima do esperado e lembraram que o crescimento da produção de minério de ferro frente aos três primeiros meses do ano passado foi atribuída, pela mineradora, a maior confiabilidade dos ativos e às maiores compras de minério de terceiros.

Entre janeiro e março, a Vale produziu 79,837 milhões de toneladas de minério de ferro, alta de 6,1% frente ao primeiro trimestre do ano passado, enquanto a produção de pelotas foi de 8,467 milhões de toneladas, crescimento de 1,8% na mesma comparação.

O preço médio realizado dos finos de minério de ferro ficou em US$ 100,7 por tonelada, acima dos US$ 97 por tonelada esperados pelo banco, assim como o preço médio das pelotas, que ficou em US$ 171,9 por tonelada no primeiro trimestre, contra uma expectativa de US$ 157 por tonelada do Citi.

“Esse é o primeiro trimestre que podemos lembrar em vários anos no qual a Vale bate nosso modelo”, dizem os analistas do Citi, acrescentando que “é apenas um trimestre, mas ainda assim um sinal encorajador de que a meta agora pode ser conservadora”. O Citi prevê lucro de US$ 1,649 bilhão, receita de US$ 8,388 bilhões e Ebitda de US$ 3,378 bilhões.

O Itaú BBA, em relatório assinado por Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Barbara Soares, também faz boa avaliação da produção divulgada pela mineradora na semana passada.

Os analistas lembram que a produção de finos e minério e pelotas ficou 2% acima das estimativas do banco, assim como o preço médio realizado nos finos de minério, uma vez que o Itaú BBA previa US$ 94 por tonelada.

Como resultado, a projeção do banco para o Ebitda da Vale nos três primeiros meses de 2024 foi elevada de US$ 3,2 bilhões para US$ 3,6 bilhões — embora ainda se mantenha, mesmo com a alteração, cerca de 2% abaixo o realizado pela companhia entre janeiro e março de 2023.

Nas operações de metais básicos, o Itaú BBA destaca que os preços realizados nas vendas de níquel e cobre foram menores que o previsto, resultado, segundo o banco, de uma performance abaixo do esperado para a divisão de metais básicos da mineradora.

A companhia produziu, entre janeiro e março, 81,9 mil toneladas métricas de cobre, uma alta de 22,2% na comparação anual, e 39,5 mil toneladas métricas de níquel, queda de 3,7% frente ao primeiro trimestre do ano passado. A vendas de cobre somaram 76,8 mil toneladas, alta de 22,5%, enquanto as vendas de níquel recuaram 17,5%, para 33,1 mil toneladas.

Em termos de preços, a tonelada de cobre foi vendida, em média, por US$ 7.687, enquanto a tonelada de níquel comercializada teve preço médio de US$ 16.848 no primeiro trimestre.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   23/04/2024

O executivo irá substituir Gerrit Marx, que assumirá o mesmo cargo na CNH Industrial

Persson faz parte do conselho de administração da Iveco e está bastante envolvido na estratégia do grupo — Foto: Bloomberg

A Iveco anunciou nesta segunda-feira (22) que nomeou Olof Persson como seu novo diretor-presidente. O executivo irá substituir Gerrit Marx, que assumirá o mesmo cargo na CNH Industrial.

As duas companhias são controladas pela holding italiana Exor, pertencente à família Agnelli. A Iveco era subsidiária da CNH Industrial até um processo de cisão que ocorreu em 2022.

Persson faz parte do conselho de administração da Iveco e está bastante envolvido na estratégia do grupo, segundo a companhia. Mark está no comando da fabricante de caminhões desde a cisão da empresa.

Valor - SP   23/04/2024

Recursos serão aplicados na compra de equipamentos para atender a forte demanda das obras de infraestrutura e do agronegócio

Anderson Abreu, da Simak: “O pós-covid mostrou que muitas empresas adotaram a estratégia de ‘asset light’” — Foto: Divulgação

A locação de máquinas da linha amarela (como pás-carregadeira e trator de esteira) tem crescido no Brasil e feito grupos se movimentarem. As principais empresas do setor deverão investir ao menos R$ 1 bilhão neste ano para compra de equipamentos para fazer frente à demanda em obras de infraestrutura e agronegócio no país, apurou o Valor.

Novas empresas como a Simak (cisão da Manserv, de serviços de manutenção), e Addiante (joint venture entre Gerdau e Randon) disputam espaço com grupos de capital aberto já consolidados como a Vamos, da holding Simpar, e Armac, que teve seu IPO em 2021.

A frota de máquinas da linha amarela no Brasil é estimada em 400 mil ativos (considerando as vendas nos últimos 20 anos), sendo 20% delas na mão de locadoras, segundo dados da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema). O percentual tem crescido, uma vez que os equipamentos são caros e o dinheiro no mercado é escasso diante do atual cenário de juro.

A entrante Simak, fundada em 2023 após a cisão de ativos da Manserv, tem planos de investir R$ 560 milhões neste ano para elevar sua frota de 1,6 mil para 2,1 mil equipamentos, disse Anderson Abreu, CEO da empresa. No primeiro ano o faturamento totalizou R$ 240 milhões.

“O pós-covid mostrou que muitas empresas adotaram a estratégia de ‘asset light’. Equipamentos pesados são investimentos volumosos”, disse. O executivo citou estudos do BTG apontando que o segmento de linha amarela, até 2030, deverá atingir 790 mil ativos, sendo 30% com locadoras.

Esse segmento não está apenas na obra, mas no agro, na operação de aterro sanitário, na mineração”

— Gustavo Couto

Hoje o país tem cerca de 45 mil empresas ligadas ao setor de locação voltado para construção. Deste total, 10% estão no setor de linha amarela - e apenas 150 delas faturam acima de R$ 25 milhões por ano, mostrando um mercado bastante pulverizado.

Gustavo Couto, CEO da Vamos, disse que a maior concorrência hoje é visível. Mas a empresa aposta na capilaridade e sinergia dos seus negócios de equipamentos, caminhões e linha amarela para continuar crescendo. “Do lado do caminhão, tem uma empilhadeira, uma máquina agrícola”, disse.

A Vamos tem cerca de 1,2 mil máquinas de linha amarela. No ano passado, investiu R$ 300 milhões no segmento, quantia que deve ser mantida neste ano. “Esse segmento não está apenas na obra, mas no agro, na operação de aterro sanitário, mineração”, afirmou Couto. Considerando todo o portfólio da empresa, eram 45.727 ativos ao fim do quarto trimestre, sendo 35.520 caminhões.

“Temos um ritmo de quase R$ 5 bilhões de investimento ao ano (em máquinas e caminhões) e a gente acredita que vai continuar a crescer. Não tem motivo para a gente diminuir o ritmo”, disse.

Outra empresa a apostar no negócio é a WPX, que pretende investir R$ 100 milhões neste ano na compra de equipamentos. Fundada em 2015, a empresa está de olho no grande volume de obras rodoviárias no horizonte e na tendência de terceirização de frota das grandes construtoras, disse Amadeu Martinelli, diretor de novos negócios da empresa.

“O agro é segmento que a gente quer atuar”, afirmou Martinelli. O agro enfrenta resistência de parte dos produtores mais tradicionais, que veem a propriedade da máquina como sinônimo de progresso. As novas gerações, entretanto, estão mais abertas à mudanças.

Além disso, a rotação de culturas nas propriedades e a menor janela entre as safras - com a safrinha sendo até mais representativa do que a safra em algumas culturas - favorecem a locação. Na grande maioria, os contratos de aluguel são de longo prazo e precisam de um forte giro dos ativos locados para valer a pena.

O vice-presidente da Sobratema, Eurimilson Daniel, explicou que o segmento de máquinas passou por forte transformação após a operação Lava Jato, que minou a força de empresas relevantes na época, como a Odebrecht (hoje Novonor).

“Foi uma mudança na economia que favoreceu as locadoras. Antes você tinha meia dúzia de empresas no Brasil que dominavam as grandes obras. Após a Lava Jato, os agentes construtores não são mais as construtoras, mas fundos de investimento. Eles contratam as construtoras. Então uma rodovia de mil km era asfaltada apenas por uma construtora antes, hoje são 10”, disse Daniel.

Menores, as empresas passaram a focar investimentos no seu negócio principal e a locação tem crescido. “Nos últimos 10 anos, a gente calcula a participação das locadoras em 20% (da indústria, para fim de métricas), mas esse percentual tem subido e está acima dos 25% mais recentemente.”

As vendas de máquinas apresentaram queda de 20% em 2023 contra o ano anterior. Mas o recuo veio diante da forte procura em 2022 na esteira do represamento de demanda na pandemia. Durante o caos sanitário, a falta de componentes provocou o atraso na entrega de máquinas. “Em 2021 e 2022 chegamos a ter espera de seis meses por máquina. Em 2023 vimos um mercado mais normalizado (com 80% da linha em até 30 dias de entrega)”, disse Daniel.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   23/04/2024

Um trator compacto de esteira (850M) ecoeficiente; uma nova versão da W20G – a pá carregadeira que completa 50 anos de fabricação no Brasil –, e uma nova linha com quatro miniescavadeiras, incluindo uma máquina elétrica. Com esse conjunto de novidades, a Case Construction Equipment, marca da CNH, reforça seu compromisso com a inovação e consolidação de mercado, mantendo a tradição no segmento.

Ao todo, a Case vai apresentar 11 produtos na M&T Expo 2024, evento que reúne o segmento de construção em São Paulo (SP), realizado de 23 a 26 de abril.

"Temos acompanhado a evolução do setor e estamos comprometidos em oferecer aos nossos clientes e parceiros as soluções mais avançadas e eficientes do mercado. As novidades do nosso portfólio reafirmam nosso compromisso de tornar os negócios dos nossos clientes ainda mais rentáveis e sustentáveis", diz Carlos França, líder da Case Construction Equipment para a América Latina.

Lançamentos – Um dos lançamentos é o novo trator compacto de esteiras, o 850M. Depois dos investimentos realizados pela CNH, anunciados no ano passado, a produção global dessa linha de tratores compactos de esteiras passou a ser concentrada na fábrica da empresa, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. Com a produção local do modelo, a Case se torna a única marca produtora dessa linha no Brasil. A máquina será comercializada no país e exportada para mercados dos Estados Unidos e Ásia-Pacífico.

Com diferentes tipos de esteiras que permitem a adaptação a uma variedade de terrenos, o trator compacto de esteiras da Case vem com novidades em termos de conforto, segurança e desempenho ambiental. Seu controle de emissão de poluentes vai além das exigências legislativas, garantindo uma operação ecoeficiente. Além disso, a locomoção por meio de esteiras proporciona uma aderência superior ao solo e uma distribuição de peso otimizada, permitindo o uso em terrenos instáveis sem compactar o solo.

“Projetado para ser compacto, forte e ágil, este novo equipamento oferece uma combinação de produtividade e ecoeficiência. A mudança estratégica de nacionalização dessa produção visa atender a um novo nicho de mercado no país, oferecendo aos clientes os benefícios de facilidade no transporte, adaptabilidade a espaços reduzidos, menor custo de operação e alta produtividade”, afirma Lauren Batista, especialista de produto da CASE.

Neste ano de 2024, um dos lançamentos da Case celebra a importante marca de 50 anos de produção dessa linha de pá carregadeira no Brasil. Desde sua chegada no mercado brasileiro, a W20 se consolidou como uma referência de potência e confiabilidade.

“A W20G é conhecida por sua tradição e desempenho. É uma máquina extremamente robusta, de fácil manutenção, tradicional no mercado e que tem aplicação em diversos segmentos como construção, agricultura, infraestrutura, mineração e locação. Com a nova versão, buscamos trazer melhorias nas condições de trabalho para o operador, com mais conforto e facilidade na operação”, afirma o especialista de produto da Case, Marcelo Rohr.

Com um foco renovado para o conforto, a nova versão da máquina promete uma operação mais leve e intuitiva. De acordo com o especialista, a cabine no chassi dianteiro proporciona ao operador uma melhor visibilidade, permitindo trabalhar com precisão e eficiência em uma variedade de ambientes desafiadores. Além disso, a W20G, por ter a cabine no chassi dianteiro, tem um chassi mais curto, aliado a um dos maiores motores da categoria. Ele complementa reforçando que a pá carregadeira conta com a facilidade de peças de reposição e uma ampla rede de serviço em todo o Brasil. É a aposta da marca para fidelização de clientes que buscam durabilidade, desempenho e tradição.

Outro lançamento da Case na M&T Expo 2024 é a primeira linha de miniescavadeiras da marca no Brasil. Composta pelos modelos CX22D, CX35D e CX42D, essa nova linha, produzida na Itália, chega ao Brasil com a credibilidade comprovada no mercado internacional e mais uma opção de negócio para os clientes.

A marca apresenta ainda a CX15EV, máquina conceito 100% elétrica. Dinâmica, ela é fácil de transportar e cabe em quase todas os ambientes de trabalho, sejam eles externos ou internos.

A novidade tem o mesmo desempenho de uma máquina equivalente a diesel, ao mesmo tempo em que oferece os principais benefícios de um equipamento de construção eletrificado. “Elas são compactas, fortes e a elétrica ainda oferece zero emissões e operação silenciosa. Com tecnologia avançada e variedade de implementos que podem ser adicionados, as miniescavadeiras da Case entregam versatilidade e produtividade”, afirma a especialista da marca, Laura Stumpf.

De acordo com ela, são máquinas frequentemente usadas de forma doméstica, com baixo consumo de combustível, elevada força e com movimentos ágeis. A especialista diz ainda que as esteiras de borracha, com sistema abre e fecha e giro zero são diferenciais que permitem uma variedade de aplicações em ambientes com limitação de espaço e variam desde obras, indústrias, manutenção de edifícios, agricultura, pecuária e, no caso da elétrica, até mesmo em hospitais por conta de ser silenciosa.

AUTOMOTIVO

Monitor Digital - RJ   23/04/2024

A empresa automobilística espanhola Ebro-EV Motors e a chinesa Chery Automobile assinaram memorando de compromisso para desenvolver novos veículos elétricos por meio de uma joint venture na cidade de Barcelona, no nordeste da Espanha.

Sob a aliança, a Chery se tornará a primeira montadora chinesa a produzir veículos na Europa, a partir das instalações da Ebro localizadas em uma antiga fábrica da Nissan que fechou em 2021. A joint venture na área portuária da Zona Franca de Barcelona criará 1.250 empregos e está projetada para produzir 50.000 veículos em 2027, que triplicarão para 150.000 em 2029.

“Esse acordo para a produção conjunta de veículos por duas marcas é muito mais do que um grande projeto comercial (…) é também um símbolo do processo de reindustrialização pelo qual a Catalunha e toda a Espanha estão passando”, disse o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez em um evento oficial que marcou a aliança.

“Não é comum testemunhar o renascimento de uma marca icônica e hoje todos nós compartilhamos um sentimento de alegria”, disse Sánchez. “A Ebro faz parte da memória coletiva de toda a sociedade espanhola, que teve os caminhões, vans e tratores da marca com os quais trabalharam por muitos anos.”

Ele enfatizou que o acordo “se traduzirá na produção de riqueza e na geração e manutenção de empregos”.

O setor automotivo, explicou Sánchez, “é uma indústria central para o bom funcionamento da economia espanhola”. Ele observou que o acordo faz parte de “um compromisso nacional genuíno com a mobilidade inteligente e sustentável”, que se espera “transformar a Espanha em um importante centro europeu de eletromobilidade”.
Exportação espanhola

A Espanha, que exportou 87% de sua produção automotiva no ano passado, é o segundo maior país produtor de automóveis da Europa e o oitavo maior exportador do mundo. O país tem 17 fábricas automotivas em dez regiões, 15 centros de tecnologia e dez clusters.

“Temos também um poderoso ecossistema de mais de 1.000 empresas relacionadas ao setor automotivo, pertencentes a 720 grandes grupos empresariais que empregam diretamente mais de 230.000 pessoas no setor de fabricação de automóveis”, acrescentou o ministro.

Acredita-se que a implementação do projeto da Chery na Espanha beneficiará os povos chinês e espanhol. No no quarto trimestre deste ano será iniciada a produção do Omoda 5 da Chery, o primeiro modelo elétrico da marca, bem como de um modelo a combustão. Dois modelos de SUV também são esperados para o final do ano pela Ebro, fabricados com tecnologia compartilhada com a Chery.

Valor - SP   23/04/2024

A fatia de veículos mais velhos, que rodam no país na faixa de 11 a 15 anos, passou de 15% para 31,3% entre 2014 e 2023

Em 2023, a idade média da frota brasileira aumentou dois anos em comparação com uma década atrás. Nesse período, a presença de veículos mais velhos, que rodam no país entre 11 e 15 anos, dobrou, de 15% para 31,3%. Enquanto isso, a fatia da faixa de até cinco anos de uso, que representava a maioria há dez anos, caiu de 41,7% para 22,6%. O resultado reflete um quadro que soma um longo período de restrição ao crédito, com altas taxas de juros, efeitos da pandemia na economia e também o “sumiço” do carro popular, que deu lugar a modelos mais sofisticados.

A análise dos motivos do envelhecimento da frota de veículos brasileira compõe a mais recente edição do “Relatório da frota circulante”, uma das mais respeitadas pesquisas sobre o tema e anualmente elaborada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes (Sindipeças). Prestes a ser divulgado, o trabalho serve à comunidade automotiva, principalmente o segmento de peças de reposição.

O Brasil fechou 2023 com 47 milhões de veículos em circulação. Com motocicletas, o total vai a 60,4 milhões. A maior parte é de automóveis, com 81,5% (38,4 milhões). Os comerciais leves, como picapes, representam 13% (6,2 milhões), os caminhões, 4,6%, (2,2 milhões de unidades), e ônibus (0,8%), com 388,9 mil.

Do total, 82% dos veículos se concentram em dez Estados, com São Paulo na frente, com 28,5% do total.

O estudo do Sindipeças leva em conta os veículos que saem de circulação depois de determinado tempo de uso, seja porque não podem circular mais - “viraram galinheiro de sítio”, como costumam brincar alguns integrantes do setor - ou porque se envolveram em acidentes que resultaram em perda total. O cálculo abrange, ainda, os furtos sem recuperação.

O envelhecimento dos veículos que circulam pelas ruas e estradas do país se fez sentir em todos os segmentos. No caso dos automóveis, no relatório de 2014, a idade média ficou em oito anos e sete meses. Na pesquisa referente a 2023, a média subiu para 11 anos e um mês. Também ficaram mais velhos os caminhões - quase três anos de diferença -, ônibus e motocicletas.

A inspeção veicular obrigatória acaba levando a uma renovação ”

— George Rugitsky

O impacto positivo da atual queda nas taxas de juros na demanda de veículos vai demorar a ter o efeito da reversão da tendência de envelhecimento da frota, segundo os pesquisadores do Sindipeças. A expectativa é que em 2024 o quadro não se altere muito, segundo George Rugitsky, diretor de economia e mercados do Sindipeças e responsável pelo estudo.

Mas, com o tempo, o crescimento de vendas dos modelos zero-quilômetro fará com que a frota brasileira rejuvenesça. “À medida que os juros caem aumenta o poder aquisitivo”, diz.

Segundo ele, o resultado do último estudo reflete um longo período em que a venda à vista avançou como consequência dos juros elevados, tirando, consequentemente, do mercado as faixas de consumidores que dependem de financiamento.

Além disso, afirma Rugitsky, a demanda também se retraiu porque os preços subiram, em parte, pelo acréscimo de itens de segurança, que passaram a atender a novas leis, e também de equipamentos eletrônicos, voltados ao entretenimento e sistemas de navegação, por exemplo.

O estudo do Sindipeças também aponta a longa crise de escassez semicondutores durante o pico da pandemia. Com produção concentrada na Ásia, esses chips eletrônicos passaram a ser disputados por toda a indústria eletrônica, o que levou a sucessivas interrupções de produção de veículos nas fábricas de todo o mundo.

Além dos motivos listados pelo executivo do Sindipeças, existe outro, nitidamente notado pelo consumidor nos últimos anos: o “sumiço” do carro popular, um tipo de veículo que na década passada ajudava a garantir uma frota mais renovada.

Nos últimos anos, ao mesmo tempo em que reduziram a oferta de carros básicos, as montadoras ampliaram a de “SUVs” (utilitários esportivos), com mais itens de sofisticação e conforto. Nenhuma esconde que a mudança de estratégia visa aumento de lucratividade por modelo.

Esse conjunto de fatores se traduziu na lenta evolução da produção e das vendas. Entre 2020 e 2023, a fabricação de veículos novos (média de 2,2 milhões de unidades no período) não conseguiu se aproximar das 2,9 milhões de unidades em 2019. Os resultados estão bem distantes das 3,7 milhões de unidades em 2013.

“Se continuarmos nesse ritmo de produção e venda também o mercado de reposição [de peças] vai encolher”, destaca Rugitsky.

Essa realidade se manteve inalterada em 2023. O total de veículos em circulação registrou aumento de 0,5% em relação ao ano anterior, sendo que em 2022 havia sido de 0,6%. Em 2023, a frota cresceu só 0,5% em relação a um ano atrás. Por isso, na média, envelheceu.

Segundo descrito no trabalho, “desde 2020 tem sido morno o incremento da frota circulante no país, notando-se variações levemente decrescentes no período entre 2021 e 2023”.

Segundo Rugitsky, o Sindipeças defende a adoção da inspeção veicular como um procedimento obrigatório e periódico, fiscalizado pelos órgãos de trânsito.

Comum em países da Europa, a inspeção serve para obrigar o dono de um veículo a mantê-lo em condições seguras e tira das ruas os que oferecem riscos.

“Estamos discutindo isso há 20 anos e vamos continuar insistindo”, destaca Rugitsky. “O governo só tem a ganhar porque uma frota segura reduz acidentes e, consequentemente, gastos com saúde.”

“Uma inspeção veicular obrigatória acaba levando a uma renovação da frota, naturalmente”, afirma o diretor do Sindipeças.

NAVAL

Valor - SP   23/04/2024

Guerra da Ucrânia, seca no Canal do Panamá e ataques de rebeldes houthis no mar Vermelho são alguns dos obstáculos à normalidade do setor

Apontada pelo setor de transporte marítimo de carga como um momento de desarranjo logístico, a pandemia impactou a oferta de contêineres, afetou o preço do frete e bagunçou as cadeias globais de suprimento. Passados os anos mais críticos, o futuro do segmento ainda é incerto, e novas ameaças ao mercado preocupam seus representantes.

Guerra da Ucrânia, seca no Canal do Panamá e ataques de rebeldes houthis no mar Vermelho são alguns dos obstáculos à normalidade do transporte marítimo hoje.

Em um relatório sobre o comércio global publicado em fevereiro deste ano, a sigla em inglês para Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) afirma que o cenário geopolítico atual vem reforçando o aumento nas distâncias percorridas por navios cargueiros.

"Os grãos para o Egito agora são provenientes do Brasil ou dos Estados Unidos em vez da Ucrânia, enquanto os envios de petróleo russo têm como destino a Índia e a China em vez da Europa", exemplifica o órgão.

Trajeto mais longo, o desvio de navios pelo cabo da Boa Esperança, no sul da África, para evitar ataques a embarcações no mar Vermelho, vem pressionando pelo aumento da velocidade, ainda de acordo com a Unctad.

A aceleração, no entanto, emite mais gases causadores do efeito estufa e vai de encontro ao comportamento adotado pelo setor na última década, em que as velocidades de navegação foram reduzidas na tentativa de cortar custos de combustível e poluir menos.

O órgão das Nações Unidas calcula que uma viagem de ida e volta entre Singapura e o norte da Europa, passando pelo cabo da Boa Esperança, aumenta em mais de 70% a emissão de gases do efeito estufa, na comparação com o trajeto mais curto feito pelo canal de Suez.

Outro problema que persiste é o frete caro. Segundo a consultoria em logística e comércio exterior Solve Shipping, o índice que monitora o preço do frete nas rotas que saem de Xangai, na China, para o resto do mundo continua em nível elevado.

Leandro Barreto, sócio-gestor da Solve Shipping, afirma que, em março, houve uma reacomodação do mercado após as altas consecutivas decorrente dos desvios de rota pelo sul da África, e o frete arrefeceu. No entanto, o número permanece elevado e distante do patamar pré-pandemia.

Barreto diz que, durante o isolamento social, consumidores passaram a fazer mais compras em plataformas de ecommerce como Amazon e AliExpress e, com uma demanda forte, armadores marítimos (donos das embarcações) compraram mais navios.

"Só que navio leva dois, três anos para ficar pronto. Eles [armadores] compraram no momento em que a demanda estava bombando e receberam quando a demanda estava patinando. Inflação, alta de juros a demanda caiu", afirma.

A temporada de mercado desaquecido e frete em queda, que perdurou em boa parte do ano passado, sofreu uma reviravolta com os ataques no canal de Suez combinados com a seca no canal do Panamá. Segundo Barreto, eventos extraordinários, como conflitos, estão tornando os fretes cada vez mais voláteis e, por isso, ainda é difícil dizer qual será a tendência para os próximos meses.

Na opinião de Fábio Pina, economista da FecomercioSP, a chance de o setor não se deparar com problemas que afetem a logística é baixa. No entanto, neste momento, há "um pouco de problema demais".

Pina vê surgir no horizonte um cenário de maiores tensões globais sem soluções a curto prazo para conflitos na Ucrânia e no Oriente Médio, o que pode afetar o setor, segundo ele.

Ainda é cedo para saber qual será o impacto dos conflitos ao redor do globo no Brasil, de acordo com a consultoria de comércio exterior marítimo Datamar. Segundo levantamento da empresa, em janeiro deste ano, o país exportou 18,3% mais em contêineres do que no mesmo mês do ano passado, chegando a 228,7 mil TEUs (medida que equivale a um contêiner de 20 pés, ou pouco mais de 6 metros) enviados para fora. As importações, por sua vez, aumentaram 10%, com um volume de 245,3 mil TEUs entrando no país.

"O comércio internacional de contêineres é uma medida importante de crescimento econômico. Se a economia cresce, o comércio em contêineres também deve aumentar", diz Andrew Lorimer, CEO da Datamar.

Lorimer descreve a pandemia como um período de "caos logístico".

"Toda logística, que antes era como um reloginho, parou de acontecer. A quantidade de contêiner que o Brasil conseguia trazer para cá ficou extremamente reduzido. Por isso teve essa queda na importação brasileira [em 2020]", afirma.

Segundo Fernanda Brandão, coordenadora do curso de relações internacionais da Mackenzie Rio, o Brasil está em uma posição privilegiada, longe de conflitos atuais, como os da Ucrânia e do mar Vermelho. O problema, diz ela, é a dependência que a indústria brasileira tem de insumos vindos de outros países.

"O principal problema para o Brasil é a inflação. O frete vai aumentar o preço desses insumos, que, por sua vez, impacta no preço do que é produzido nacionalmente", diz Brandão.

Portos e Navios - SP   23/04/2024

Foram mais de 146 mil toneladas movimentadas no corredor de exportação em navios com destino à China e à Espanha

Em 24 horas, mais de 146 mil toneladas de soja foram movimentadas no Corredor de Exportação Leste do Porto de Paranaguá. O recorde alcançado entre os dias 20 e 21 de abril representa um aumento de 5% em relação ao anterior, registrado entre os dias 29 e 30 de agosto de 2019 (138.988,98 toneladas).

“A movimentação total trouxe resultados importantes para as empresas envolvidas. Oito terminais embarcaram mais de mil toneladas/hora por equipamento. É um número impressionante alcançado devido às manutenções anuais e à inteligência logística portuária”, disse o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Os portos de Paranaguá e Antonina registraram oito recordes seguidos de produtividade mensal desde agosto de 2023. O mais recente foi em março, com 5.968.934 toneladas movimentadas, 11% a mais que em 2023 (5.357.799 toneladas).

Revista Mineração - SP   23/04/2024

Com 246 mil  toneladas de minério de ferro, o navio da classe Wozmax transportou a maior carga do Porto Sudeste. A embarcação Houheng 6 é a segunda do tipo a atracar no porto localizado na Ilha da Madeira, na Baía de Sepetiba.

Com 330 metros de comprimento e 57 metros de boca, o Houheng 6 é a segunda maior embarcação a atracar no Porto Sudeste. O primeiro navio da classe Wozmax deixou o terminal em fevereiro, com 225 mil toneladas de minério de ferro.

O diretor de operações, Guilherme Caiado, destaca que receber navios dessa classe coloca o terminal em destaque no cenário internacional.

“O minério brasileiro tem um teor de ferro e características metalúrgicas muito superiores ao de outros países, o quejá nos confereuma vantagem significativa, e, agora, com o aumento de carga embarcada, estamos mais competitivos, reforçando nossa posição no mercado global”, comentou.

Para garantir níveis elevados de segurança a navegação e receber embarcações maiores no terminal, o Porto Sudeste investiu em uma obra de aumento do calado operacional da região. Agora, com 18,30 metros, navios de maior porte são capazes de transportar quantidades superiores de carga, aumentando a eficiência logística das operações.

“No setor de minério de ferro, assim como em qualquer outro, é fundamental galgar novos patamares de eficiência, inovação e sustentabilidade. Do primeiro para o segundo Wozmax, aumentamos o carregamento em 21 mil toneladas. Além da economia de escala, esse avanço também representa uma contribuição positiva para a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE), o que converge com nossaestratégia climática e compromisso ambiental”, finalizou Caiado.

O Porto Sudeste fechou março com recorde mensal de volume de minério de ferro descarregado, somando 2.579.111 toneladas. A maior marca alcançada anteriormente era de 2.566.700 toneladas, registrada em maio do ano passado.

Com mais de 6 milhões de toneladas, o primeiro trimestre de 2024 já é o melhor período registrado no terminal em volume descarregado, superando em 876 mil toneladas no mesmo período do ano passado.

PETROLÍFERO

Valor - SP   23/04/2024

Operação tem como objetivo atender à demanda emergencial de um cliente do mercado nacional, cujo nome permanece em sigilo

A comercializadora de energia Tradener deu início, neste domingo (21), à importação interruptível de gás natural boliviano para o Brasil através do gasoduto Gasbol, visando atender à demanda emergencial de um cliente do mercado nacional, cujo nome permanece em sigilo.

Leia mais: Veja tudo sobre o balanço da Petrobras e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a companhia no Valor Empresas 360

No total, serão importados cerca de 2,6 milhões de metros cúbicos de gás até terça-feira (23). Ao Valor, o presidente da empresa, Walfrido Ávila, diz que, em 2023, a importação ocorreu por alguns meses, mas esta é a primeira vez, em 2024, que ocorre a importação do insumo.

“O cliente ligou de última hora na sexta pedindo urgência na operação para três dias de importação. Vamos fazer isso também com gasoduto virtual [método alternativo de transporte de gás natural para locais onde não há redes de gasodutos disponíveis] com caminhões. Podemos fornecer gás natural comprimido, liquefeito”, diz o executivo.

Segundo o executivo, o mercado brasileiro de gás ficou por anos reprimido, mas está finalmente crescendo. Mesmo assim, ele vê a necessidade de mais players no setor para trazer confiança aos clientes.

Hoje, a Petrobras lidera o mercado, porém, boa parte do gás é reinjetada nos poços de extração de petróleo. Além disso, a Argentina pode, em breve, se tornar um importante fornecedor do gás por meio de Vaca Muerta, segunda maior reserva do mundo de gás de xisto, já que foi iniciada a construção de um gasoduto até o porto de Bahía Blanca e que, numa segunda fase, poderia levar o gás argentino até o Brasil.

Em 15 de abril, o Ministério de Minas e Energia habilitou a Tradener e Bolt Energy a importar energia da Venezuela. Essas operações têm como objetivo principal a redução dos custos com geração para suprimento de energia ao Estado de Roraima.

Porto Gente - SP   23/04/2024

A esperança não é que as coisas vão dar certo, mas a certeza de que as coisas têm sentido como quer que venham a terminar.

Os conflitos que se observa entre portos e cidades, como consequência das instalações de gás natural liquefeito (GNL) na área portuária, demonstra uma clara falta de autoridade à altura de gerar soluções sustentáveis e põe em evidência a urgência da gestão portuária regional. A exemplo do conflito com o popular navio bomba em Santos, vem ocorrendo com o Terminal de Gás Sul (TGS), no interior da Baía da Babitonga, em Santa Catariana.

Neste caso em SC, o cenário ecológico se traduz em áreas submarinas de procriação e preservação de espécies, licenciadas para a pesca artesanal, como a da tainha. Por isso, é necessário que se desenvolva uma estrutura unificada para solucionar a produção competitiva do GNL distante e sem ameaçar a natureza de grande valor social. Realisticamente, preservar recurso natural que significa a bioesfera, da qual depende esta humanidade.

Pelo risco que esse gás representa, é preciso estabelecer o seu gerenciamento. Digamos assim, a formulação e a implantação de medidas e procedimentos técnicos e administrativos objetivando prevenir, reduzir e controlar os riscos desse produto, em demanda em um crescendo no mercado global. Ao mesmo tempo, a tecnologia e a engenharia possibilitam soluções operacionalmente eficazes e que atendam às exigências com a proteção ambiental, prioritárias e extremamente rígidas.

Na sociedade em rede não é mais possível impedir a ONG colocar luz no entendimento desse conflito, envolvendo símbolos e códigos para a constituição do discurso político. No âmbito da sociedade civil global, há uma rede de estudiosos e renomadas universidades que constituem uma estrutura de valores fundamentais. Como vêm sendo expostos os elementos ecológicos, culturais e sociais da Baía de Babitonga.

Esse contexto vem explicitando uma realidade dos órgãos de licenciamento, antagônica ao seu papel de evitar conflito, como também ocorre no caso do navio-bomba no Porto de Santos e a comunidade local. Por isso, é preciso luz sobre esta situação. Visto que o EIA/RIMA para licenciamento do projeto, constitui-se num documento de consulta pública e análise com elementos robustos para conclusões bem balizadas.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) tem nas suas finalidades promover harmonia na área portuária. Entretanto, o caso do terminal de GNL, no Porto de Santos, expõe a ineficácia dessa agência, com navios de gás que trafegam no canal do porto. Sobre o terminal da Baía da Babitonga, o que essa agência tem a dizer sobre permitir a exploração da infraestrutura aquaviária e portuária conflitar e ameaçar a pesca, que corre perigo e deve ser preservada, à luz das estratégias ambiental, social e governança?

O Estado de S.Paulo - SP   23/04/2024

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta segunda-feira, 22, que a economia de hidrocarbonetos continuará a ser relevante para os próximos 40 a 50 anos. Segundo o executivo, as reservas atuais de petróleo em exploração no Brasil sustentam a autossuficiência em produção de petróleo para os próximos 12 a 13 anos, o que deve levar o País a um grande dilema.

“Ou vamos para a Margem Equatorial ou voltamos a importar combustíveis de outros países”, afirmou Prates, se referindo a movimentos ambientais que têm ganhado força no exterior e pedem a descarbonização.

O executivo defendeu que a exploração na Margem Equatorial deve ser feita, citando como exemplo as operações em Urucu, no coração do Amazonas, que não trouxe acidentes até o momento.

“A licença que está lá em discussão na Margem Equatorial é a de exploração perfuratória, portanto não diz respeito à etapa de produção. Depois de dois anos, vamos descobrir sobre o potencial comercial, depois vamos construir a plataforma. São, pelo menos, seis a oito anos que temos de levar para começar a produção na Margem Equatorial”, afirmou o presidente da Petrobras.

Prates defendeu ainda que a empresa é a única empresa capaz de garantir a responsabilidade para realizar a exploração na Margem Equatorial sem trazer riscos ao meio ambiente na região.
18 anos de autossuficiência

Prates lembrou que no domingo o Brasil completou maioridade na autossuficiência na produção de petróleo, 18 anos.

“Ficamos autossuficientes em petróleo em 2006 e desde então continuamos a manter a autossuficiência”, disse o executivo durante o Seminário “Brasil Hoje”, organizado pelo Grupo Esfera.

Segundo ele, desde Getúlio Vargas que o Brasil tentava a ser autosuficiente em petróleo para não ficar a mercê da volatilidade do “sangue da economia” que é o petróleo e que agora está sob ameaça. “Isso no fundo é ótimo porque nos livramos de uma única commodity. Temos de enfrentar um novo desafio e a Petrobras, como empresa do Estado Brasileiro não deve ter vergonha disso porque o petróleo já fez o papel da segurança energética e 80% da matriz enérgica vem de fontes renováveis”, disse.

Segundo ele, desde as termoelétricas até as eólicas, a Petrobras está disponível para o País. “O Brasil não tem o dever de liderar esse processo. A Margem equatorial é o exemplo mais típico do erro de avaliação de mudar da matriz de petróleo para a matriz completamente renovável. É possível fazer isso com um bancando o outro”, disse.
Dividendos

O presidente da Petrobras confirmou que haverá uma normalização da distribuição de dividendos para os próximos balanços. Segundo o executivo, a decisão de reter os proventos tomada em março foi a primeira de um novo mecanismo que a estatal está implementando com o objetivo de estabilizar a remuneração dos acionistas.

Ele apontou que a retenção dos dividendos realizada em março foi feita na “conta de equalização do capital”. Trata-se de um recurso que, conforme Prates, já existe em outras companhias de capital aberto e deve reduzir a volatilidade no pagamento de dividendos. Uma das vantagens desse instrumento é que a oferta de proventos se manterá estável mesmo em períodos onde o mercado de petróleo enfrentar um momento de dificuldade.

“Isso é importante porque você pode ter uma expectativa de distribuição de dividendos menor, o que impulsiona a queda nas ações. Com esse mecanismo, o acionista se sente confortável sabendo que há recursos que ele deve receber ao longo do ano ou em um período maior”, afirmou Prates.

Valor - SP   23/04/2024

Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o Brasil está “atrasado na exploração da Margem Equatorial”, se comparar com os demais países, como a Guiana

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta segunda-feira (22) que a decisão sobre a exploração de petróleo na região da Margem Equatorial é do Estado brasileiro.

Segundo Prates, ainda que a empresa esteja aguardando a liberação da licença ambiental, o debate não se trata somente disso: “Respeitamos muito a ministra [do Meio Ambiente] Marina Silva, mas não se trata somente disso”.

Para o executivo, que participou de painel “Seminário Brasil Hoje”, em São Paulo, existem dois caminhos para o país:

“Ou furamos as novas fronteiras para encontrar petróleo, como Margem Equatorial e Bacia de Pelotas [na região Sul], ou nos submetemos à situação de voltar a importar petróleo gradualmente, a partir de países que vão continuar ganhando royalties para isso”.

Prates diz que o Brasil está “atrasado na exploração da Margem Equatorial”, se comparar com os demais países, como a Guiana.

Ao lado dos governadores do Pará, Helder Barbalho, e do Amapá, Clécio Luís, além dos executivos Ana Cabral, da Sigma Lithium, e Rafael Tello, da Ambipar, Prates reforçou que a Petrobras nunca teve um acidente ambiental na exploração e produção de petróleo na Amazônia. Segundo o presidente da estatal, é necessário elaborar a governança da receita petrolífera.

“Precisamos de um projeto de lei que destine parte dos royalties, que regularmente vão para a distribuição convencional, para a Margem Equatorial Amazônica. Assim, todos os stakeholders ficam equalizados e o dinheiro do petróleo vai financiar a transição energética.”

Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, “ou furamos as novas fronteiras para encontrar petróleo, como Margem Equatorial e Bacia de Pelotas [na região Sul], ou nos submetemos à situação de voltar a importar petróleo gradualmente” — Foto: Leo Pinheiro/Valor

AGRÍCOLA

Agroplanning - SP   23/04/2024

A Massey Ferguson, referência no mercado agrícola brasileiro, apresenta na Agrishow 2024 (Ribeirão Preto, SP, 29 de abril a 3 de maio) soluções em tecnologia limpa e agricultura de precisão que permitem uma operação agrícola mais eficiente e sustentável. Destaque para o trator MF 8S, com novas potências de 285 cv e 305 cv e transmissão continuamente variável (CVT), que proporciona economia de combustível sem comprometer o desempenho. Os novos modelos ampliam as opções do conjunto de plantio formado pelo trator e a plantadeira dobrável Momentum, disponível em 18 e 24 linhas de plantio.

“Estamos comprometidos em ajudar os agricultores a alimentar o mundo de forma mais sustentável. Por meio de soluções de agricultura de precisão, buscamos oferecer ferramentas para otimizar o uso de recursos, proteger o solo e aumentar a produtividade”, explica Lucas Zanetti, gerente de marketing de produto Massey Ferguson.

Equipada com tecnologia de precisão, a solução de plantio formada pelo trator MF 8S e a plantadeira Momentum permite a aplicação de sementes e adubos na quantidade ideal e no local certo, evitando desperdícios e protegendo o solo, além de reduzir a sobreposição, minimizando a perda de sementes e os custos da operação. O design exclusivo Protect-U do MF 8S, com 24 centímetros de espaço entre a cabine e o motor, isola o ambiente interno de ruídos, calor e vibrações indesejadas, oferecendo conforto ao operador e uma operação silenciosa.

O novo pulverizador MF 8225HD, proporciona maior aderência das rodas e 34% de capacidade de rampa, garantindo maior desempenho operacional, especialmente em áreas com terrenos acidentados. A tecnologia de controle de pulverização evita sobreposições e reduz o desperdício de produto e o impacto ambiental. Com barras de 24m e 30m, projetadas para proporcionar maior cobertura de plantas e aumento do rendimento operacional, o equipamento possui capacidade para 2.500 litros.

Pulverizador MF 8225HD: tecnologia de controle de pulverização evita sobreposições e reduz o impacto ambiental

O pulverizador MF 500R traz o exclusivo sistema LiquidLogic® que contribui para a preservação do meio ambiente ao otimizar a utilização dos insumos agrícolas. O sistema reaproveita o produto que fica na tubulação e evita o descarte na lavoura ou no solo, prevenindo possíveis contaminações do lençol freático e da atmosfera. Além disso, a recirculação do produto também impede o entupimento das tubulações, que poderia resultar em interrupções na operação e na necessidade de descarte do produto.

As colheitadeiras híbridas HD possuem a exclusiva transmissão Heavy Duty, que oferece até 25% a mais de capacidade de rampa. As máquinas facilitam a colheita e o deslocamento em diferentes condições de topografia e culturas, sem a necessidade de trocas marchas durante a operação, reduzindo o consumo de combustível e as emissões de poluentes. A plataforma Draper proporciona um corte mais preciso, minimizando perdas de grãos e a necessidade de aplicação de defensivos na pós-colheita.

Colheitadeiras híbridas HD: plataforma Draper minimiza perdas de grãos e a necessidade de aplicação de defensivos na pós-colheita

O motor AGCO POWER desenvolvido especificamente para operações agrícolas e presente em todas as máquinas da marca, destaca-se por sua eficiência energética. Reduz significativamente o consumo de combustível e as emissões de poluentes ao trabalhar em baixas rotações e alto torque, proporcionando operações mais sustentáveis e econômicas.

Na linha de fenação, a enfardadora MF RB 4160 auxilia no manejo inteligente dos resíduos agrícolas na integração entre lavoura e pecuária, permitindo o reaproveitamento dos restos de cultura para alimentação animal ou como substrato para energia, evitando assim a degradação do solo e o desperdício de recursos.

A telemetria Massey Ferguson Connect, tecnologia de monitoramento em tempo real, auxilia na identificação e correção rápida de problemas, garantindo uma operação mais eficiente e sustentável. Na pulverização, a telemetria auxilia na aplicação precisa, garantindo que as condições climáticas ideais sejam respeitadas, reduzindo assim o risco de contaminação e maximizando a eficácia da operação.

Fazenda Conectada Massey Ferguson – Os visitantes poderão conhecer de perto como essas tecnologias são aplicadas em cada fase do processo agrícola, garantindo uma gestão mais eficiente e sustentável em uma maquete disponibilizada no estande da Massey Ferguson.

A Massey Ferguson, marca global pertencente ao grupo AGCO, é a maior exportadora de máquinas agrícolas da América Latina e é referência no mercado brasileiro há seis décadas. Os tratores, colheitadeiras, plantadeiras, implementos, pulverizadores, enfardadoras e produtos e serviços de agricultura de precisão Massey Ferguson são comercializados para mais de 80 países, principalmente África do Sul, Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Bolívia, Chile e Paraguai. As fábricas na América do Sul ficam localizadas no Brasil – em Canoas/RS (tratores), Santa Rosa/RS (colheitadeiras), Ibirubá/RS (plantadeiras e implementos), Mogi das Cruzes/SP (tratores, motores, pulverizadores, geradores e laboratório de controle de emissões) e também na Argentina, General Rodriguez/BUE (tratores, colheitadeiras e motores).

A AGCO (NYSE:AGCO) é líder mundial em concepção, fabricação e distribuição de máquinas agrícolas e tecnologia para agricultura de precisão. A AGCO entrega valor aos clientes por meio de seu portfólio diferenciado, que inclui marcas como Challenger® , Fendt® , GSI® , Massey Ferguson® , Precision Planting® e Valtra® . Impulsionada por soluções agrícolas inteligentes da Fuse® , a linha completa de equipamentos e serviços da AGCO ajuda os agricultores a alimentar nosso mundo de maneira sustentável. Fundada em 1990 e com sede em Duluth, Geórgia, EUA, a AGCO registrou receita líquida de vendas de aproximadamente US$ 12,7 bilhões em 2022.

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