FORGOT YOUR DETAILS?

Seja bem-vindo ao INDA!

Olá, seja bem-vindo
ao INDA!

23 de Fevereiro de 2024

INDA

Investing - SP   23/02/2024

As vendas de aços planos por distribuidores em janeiro subiram 6% sobre um ano antes para 330 mil toneladas, em um mês marcado por forte queda nas importações, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela entidade que representa o setor, Inda.

Na comparação com dezembro, as vendas dos distribuidores subiram 25,1%, acima do esperado pela entidade, disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro, em apresentação a jornalistas.

Por dia útil, as vendas dos distribuidores corresponderam a 15 mil toneladas, valor mais alto desde as 16,2 mil toneladas de janeiro de 2021.

O setor terminou janeiro com estoque de 894,2 mil toneladas, avanço de 1,7% sobre dezembro e alta de 8,3% sobre o mesmo mês de 2023. O volume é suficiente para 2,7 meses de vendas.

A expectativa da entidade para fevereiro é de queda de 3% nas vendas ante janeiro.

"Estamos tendo um começo de ano melhor do que imaginávamos", disse Loureiro, citando uma expectativa de crescimento de vendas no primeiro bimestre de 7,5% sobre o mesmo período do ano passado.

"Quando se tem uma sensação de que os preços não vão mais cair, isso faz com que haja retomada dos estoques tanto da gente (distribuidores) quanto em nossos clientes", afirmou, citando que as siderúrgicas elevara seus preços entre 5% e 6% em fevereiro ante janeiro.

IMPORTAÇÕES DESPENCAM

As importações de aços planos em janeiro também surpreenderam, mostrando queda de 25,6% ante um ano antes, para 131,82 mil toneladas.

Loureiro afirmou que como a diferença de preço entre o aço nacional e o importado, chamada pelo setor de prêmio, está em cerca de 15%, algo que considera como "não muito alto", isso não contribui para incentivar compras de material produzido fora do país.

"O consumo interno está bom, mas não está brilhante, somando-se a isso outros dados como volatilidade do dólar e o prazo de recebimento de cinco a seis meses, isso faz com que se tenha um certo cuidado sobre a importação", afirmou o presidente do Inda.

O executivo comentou que há pouca clareza atualmente sobre como virão as importações de fevereiro e que é preciso verificar os números ao final deste mês para se determinar que a queda nas importações de janeiro possa configurar uma tendência para este ano.

Siderúrgicas nacionais como Gerdau (BVMF:GGBR4), que na véspera afirmou que vai acelerar ajustes em sua capacidade no Brasil diante da demora do governo em impor medidas de defesa comercial, estão há meses cobrando a imposição de tarifa de importação de 25% sobre aço da China.

A queda na importação em janeiro "atrapalha a postura das usinas... quando isso cai, se perde um pouco o discurso", disse Loureiro.

Diário do Comércio - MG   23/02/2024

Em janeiro, as compras e vendas dos distribuidores de aços planos surpreenderam e cresceram cerca de 25% sobre dezembro. O desempenho acima do esperado foi resultado do reajuste previsto para fevereiro por parte das usinas, o que fez com que o setor antecipasse as compras. Além disso, as importações recuaram 52,4% em relação ao mês anterior e a demanda aumentou, principalmente, nos setores automotivos e de máquinas e equipamentos.

Conforme o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aços Planos (Inda), Carlos Loureiro, tanto o desempenho das vendas como das compras ficaram acima do esperado. A estimativa era uma alta de 20% sobre o último mês de 2023.

“O desempenho do mês foi acima do que imaginamos. A expectativa era crescer 20% nas vendas e nas compras. A movimentação é muito fruto dos preços, que foram reajustados, pelas usinas, em cerca de 5% a 5,5% em fevereiro. Assim, o setor começou janeiro reforçando as compras. Nas vendas, ocorreu o mesmo fenômeno, com os clientes comprando mais pelo aumento de preços de fevereiro”.

Conforme os dados do Inda, em janeiro, as compras dos distribuidores de aços planos alcançaram uma alta de 25,9% frente a dezembro. Na comparação com janeiro de 2023, a alta ficou em 7,8%. Dessa forma, as compras somaram 344,8 mil toneladas de aços planos. Nos últimos 12 meses, as compras ficaram 3,7% maiores.

No período, o setor distribuidor, diante de um reajuste previsto em fevereiro nas usinas, de 5% a 5,5%, aproveitou o momento para ir às compras. Fatores como a queda nas importações, de 52,4% em relação ao mês anterior, e de um mercado mais aquecido também justificam a maior demanda por parte do setor distribuidor.
Vendas

No primeiro mês do ano, as vendas de aços planos pelos distribuidores também se destacam. Foi observada uma alta de 25,1% quando comparada a dezembro, atingindo, assim, o montante de 329,9 mil toneladas, contra 263,6 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 311,2 mil toneladas, a alta ficou em 6%.

Com o resultado do primeiro mês do ano, nos últimos 12 meses houve um incremento de 2% nas vendas do setor distribuidor, somando, assim, 3,8 milhões de toneladas. A expectativa da entidade para fevereiro é de queda de 3% nas vendas ante janeiro.

Por dia útil, as vendas dos distribuidores chegaram a uma média de 15 mil toneladas, valor mais alto desde as 16,2 mil toneladas alcançadas em janeiro de 2021.
Estoques de aços planos também cresceram

Com o aumento de preços nas usinas e um mercado demandando mais, os empresários do setor ampliaram os estoques em janeiro. Em número absoluto, o volume de janeiro obteve alta de 1,7% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 894,2 mil toneladas contra 879,3 mil. Frente a janeiro de 2023, a alta foi de 8,3%.

O giro de estoque fechou em 2,7 meses. Conforme Loureiro, o volume está dentro do histórico do setor.

“A alta nos estoques ocorre pelo setor não enxergar no mercado uma possibilidade de queda dos preços do aço. O cenário é de estabilidade dos valores, diferente do que estava ocorrendo nos últimos meses do ano passado, quando poderia haver uma queda dos preços. Naquele período, o setor manteve somente as compras necessárias para atender os clientes”, explicou.
Importações de aços planos despencam

Ao longo de janeiro, as importações encerraram com queda de 52,4% em relação ao mês anterior, com volume total de 131,8 mil toneladas, contra 276,9 mil toneladas. Frente ao mesmo mês de 2023, as importações registraram queda de 25,6%.

Conforme Loureiro, a queda ocorre pelas incertezas de mercado e pelo prêmio – diferença entre o preço do aço importado e do nacional -, estar baixo atualmente.

IstoÉ Dinheiro - SP   23/02/2024

O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) informou que as vendas de aços planos somaram 329,9 mil toneladas em janeiro de 2024, o que representa uma alta de 6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O volume é 25,1% superior ante dezembro na comparação mensal. A entidade projeta o indicador alcançando 320 mil toneladas em fevereiro.

Segundo o Inda, o volume de aço importado em janeiro foi de 131,8 mil toneladas, valor 25,6% menor ante um ano. Na comparação com dezembro, o indicador também mostra recuo de 52,4%.

A redução mais significativa nas importações foi de chapas grossas, com queda de 87,8% no indicador de janeiro na comparação com o mesmo mês de 2022.

As importações de laminados a quente, por sua vez, aumentaram 98% em janeiro ante o mesmo mês do ano anterior, para 17,1 mil toneladas. Na comparação mensal, contudo, há queda de 75,1%.

Já as compras externas de laminados a frio avançaram 28,4% no mesmo intervalo, para 27 mil toneladas. No intervalo mensal há recuo de 51,5%. A principal origem das importações permanece sendo a China, com 70,9% de participação no total do indicador.

Com relação às compras realizadas pelo setor de distribuição, em janeiro foram adquiridas 344,8 mil toneladas de aço, o valor é 7,8% maior na comparação com o mesmo período do ano anterior, além de um avanço de 25,9% ante dezembro. O avanço mensal nas compras superou a previsão feita pelo Inda na divulgação anterior, em 20%.

As compras de laminados a quente por parte dos distribuidores somaram 192,8 mil toneladas em janeiro, o que representa um aumento de 8,2% na comparação anual e um avanço de 11,2% no intervalo mensal. As comercializações de laminados a frio, por sua vez, totalizaram 43,6 mil toneladas, aumento de 6,5% ante um ano e 16,2% ante dezembro.

“Provavelmente os associados compraram mais por conta dos anúncios de aumento de preços para fevereiro por parte das siderúrgicas, como uma forma de se antecipar aos valores mais caros”, afirmou o presidente do Inda, Carlos Jorge Loureiro.

SIDERURGIA

Globo Online - RJ   23/02/2024

Não tem sido fácil a vida dos industriais brasileiros que vendem para a Argentina. Só nas exportações a partir de Minas Gerais, o tombo em janeiro foi de 22,3% em janeiro, na comparação com o primeiro mês do ano anterior, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

Alguns setores concentram o estrago. Nas exportações de ferro e aço, um dos fortes de Minas, o recuo foi de 62% no mês passado. Já as vendas de veículos automotores e peças caíram 11,2% em janeiro.

Para o consultor de Negócios Internacionais da federação, Alexandre de Brito, o quadro exige atenção das autoridades na busca de soluções para o comércio bilateral.

— Uma sugestão seria a criação de um sistema de garantia de pagamentos lastreados em ativos (swaps) com cobertura e proteção contra desvalorizações e garantias para exportações direcionadas ao mercado argentino — opina Brito.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   23/02/2024

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu, passando de 1,6% para 1,68%. A estimativa está no boletim Focus desta quinta-feira (22), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) - é de crescimento de 2%, a mesma projeção para 2026 e 2027.

Superando as projeções, no terceiro trimestre do ano passado a economia brasileira cresceu 0,1%, na comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o IBGE. Entre janeiro e setembro, a alta acumulada foi 3,2%.

Com o resultado, o PIB está novamente no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível de antes da pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019. Os dados do quarto trimestre de 2023, com o consolidado do ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 4,93 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5.

Inflação

Nesta edição do Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerada a inflação oficial do país – para 2024 passou de 3,82% para 3,81%. Para 2025, a projeção da inflação subiu de 3,51% para 3,52%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.

Em janeiro, pressionada pela alta dos alimentos, a inflação do país foi 0,42%, abaixo do apurado em dezembro, de 0,56%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 12 meses, o IPCA soma 4,51%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela quinta vez consecutiva, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. A segunda reunião do ano do Copom está marcada para 19 e 20 de março.

Em comunicado, o Copom indicou que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista “necessária para o processo desinflacionário”. O órgão informou que a interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico “de maior prazo”.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

IstoÉ Dinheiro - SP   23/02/2024

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira, 22, que a cautela da autarquia na condução dos juros se deve a motivos positivos, ao apontar mais uma vez ao paradoxo, pouco usual, entre o desempenho resiliente da atividade econômica e o comportamento da inflação, em queda.

Usando a linguagem empregada nos documentos do BC, Galípolo ressaltou que a autoridade monetária tem defendido serenidade e parcimônia justamente por os indicadores econômicos estarem vindo melhores do que o esperado.

A correlação incomum entre variáveis econômicas leva a uma cautela em relação ao futuro pelos bancos centrais não só do Brasil mas também do resto do mundo. As autoridades monetárias se tornaram mais “data dependent” – ou seja, preferem aguardar a divulgação dos dados e reação do mercado para tomar decisões.

Durante participação em evento na capital paulista da Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil, Galípolo comentou que há um consenso de que essa posição cuidadosa dos bancos centrais é menos nociva.

Ele pontuou que, apesar dos juros elevados, a economia segue apresentando resiliência, citando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado duas vezes superior ao potencial. “Mesmo assim, a trajetória de inflação foi comportada.”

Galípolo assinalou que o mercado pode fazer apostas, porém o BC, diante das incertezas sobre como as variáveis vão se comportar, joga “na defesa” para causar o “mínimo de dano ao paciente”. Ponderando as dificuldades em acertar previsões, o BC, pontuou, tem preferido reagir à medida que os indicadores são revelados. Nesse sentido, ele voltou a destacar que, até a próxima reunião, entre 19 e 20 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) contará com mais três medições do IPCA.

Ao citar possíveis explicações de o Brasil conseguir crescer mesmo com os juros em terreno contracionista, Galípolo disse que, além da contribuição da safra agrícola recorde, as reformas estruturais podem ter gerado ganhos de produtividade e elevado o PIB potencial.

Efeito da queda dos juros nas economias desenvolvidas nos investimentos a emergentes

O diretor de Política Monetária do Banco Central afirmou ainda que a queda dos juros nas economias desenvolvidas, aguardada para este ano, deve ajudar a atrair investimentos para mercados emergentes, que foram impactados pelos maiores retornos pagos pelos títulos emitidos nos países ricos.

Galípolo observou que cerca de US$ 6 trilhões do chamado money market – ou seja, o mercado monetário – aguardam a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de iniciar o corte de juros para serem direcionados a novos mercados.

O diretor do BC lembrou que os países desenvolvidos, após os estímulos fiscais da pandemia, saíram da crise sanitária mais endividados, o que, junto com a elevação de juros que se deu na sequência, resultou em um maior esforço na rolagem da dívida. A situação puxou junto o custo de financiamento dos emergentes, que agora podem ter um alívio com a redução dos juros nos Estados Unidos e na Europa. “Os países centrais se endividaram mais, mas os emergentes pagam a maior parte da conta”, comentou.

Galípolo ressaltou, no entanto, que, mesmo diante dos momentos de estresse dos Treasuries, a taxa de câmbio mostrou bom comportamento no Brasil, em razão de um diferencial de juros ainda atrativo e dos resultados robustos da balança comercial, que contribuíram a uma posição relativamente privilegiada das contas externas.

CNN Brasil - SP   23/02/2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (21) que a continuidade da redução da taxa de juros vai depender também de fatores externos, para além das medidas de política fiscal.

“Não é que haja uma dependência, mas negar a importância da taxa de juros dos Estados Unidos seria leviano da minha parte”, disse o ministro, em entrevista à GloboNews.

Haddad avalia que o Brasil poderá se beneficiar de um ciclo de crescimento sustentável mais longo, a depender do ritmo de queda de juros nos países desenvolvidos.

O ministro acredita que as taxas começarão a cair nas maiores economias ainda no primeiro semestre.
Crescimento

Na mesma entrevista, Haddad defendeu que as perspectivas para o crescimento do Brasil serão melhores a partir do segundo semestre do ano, porque os primeiros seis meses ainda estão sob efeito de uma taxa de juros real mais elevada.

Haddad disse acreditar que o país terminará o ano crescendo mais de 2%, mesmo que tenha um primeiro semestre não tão forte.

O crédito será uma alavanca importante para o crescimento, segundo o ministro, que reiterou que se preocupa com a safra de soja e a situação do agronegócio, principalmente por causa de efeitos climáticos.
Arrecadação

O ministro da Fazenda afirmou que a arrecadação de tributos em janeiro veio em linha com o projetado no Orçamento, já descontado o efeito extraordinário de medidas aprovadas no fim do ano passado, como a taxação de fundos exclusivos e off-shore.

Os números serão divulgados nesta quinta-feira (22) pela Receita Federal.

Haddad destacou que o governo segue em busca de equilibrar as contas públicas e que, além do incremento de receitas, também vai atuar para a contenção de despesas.

Um exemplo é o pente-fino do Bolsa Família e o pacote de revisão de gastos que o Ministério do Planejamento apresentará em breve ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Reoneração

Haddad voltou a afirmar que a conversa que teve com o presidente Lula na manhã de quarta-feira serviu para revisar medidas que serão encaminhadas ao Congresso para dar continuidade às reformas iniciadas em 2023.

Entre os temas discutidos estava a medida provisória que promove a reoneração da folha de pagamento, para atender ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que pediu o desdobramento do texto.

Haddad lembrou que a desoneração será suprimida da MP para ser tratada por meio de um projeto de lei com urgência constitucional. Já o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e a limitação da compensação tributária seguirão na MP.

O ministro explicou que o PL com a proposta da reoneração será encaminhado com o mesmo texto já enviado na medida provisória e lembrou que o Congresso tem autonomia para promover mudanças que julgar necessárias.

“Quando o governo mandou [os projetos para o Congresso] sabíamos que abriria uma mesa de negociação. Não foi o suficiente para botar ordem nas contas”, disse Haddad.

O ministro voltou a afirmar que entende a controvérsia sobre os números do Perse, mas levará ao Congresso Nacional os números oficiais do programa, obtidos junto à Receita Federal.

Haddad reafirmou que o programa, nos moldes atuais, é inviável, já que a projeção da Fazenda aponta renúncia de R$ 20 bilhões anuais.

“Temos muita segurança do que estamos falando porque lidamos com um órgão de Estado”, disse.

Haddad também destacou a agenda de revisão de gastos públicos, capitaneada pelo Ministério do Planejamento.
Busca por resultado

Haddad reforçou que seu papel é buscar os resultados definidos pelo governo, inclusive a meta de déficit zero, assim como o Banco Central busca cumprir a meta de inflação.

Por causa disso, segundo o ministro, é preciso perseverar para a obtenção dos resultados e trabalhar para sensibilizar o Congresso sobre a importância das medidas que estão sendo propostas pela Fazenda, como a correção das distorções tributárias.

Haddad disse que conversou com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), antes da edição da medida provisória que propôs a reoneração gradual da folha de pagamento, por causa do descompasso entre a meta fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e o que constava no Orçamento.

O Estado de S.Paulo - SP   23/02/2024

A arrecadação do governo federal bateu recorde em janeiro e cresceu 6,67% (já descontada a inflação). É a primeira divulgação após o início da vigência das medidas arrecadatórias enviadas pela equipe econômica e aprovadas no ano passado pelo Congresso.

Foram R$ 280,6 bilhões recolhidos em impostos no primeiro mês do ano. A alta representa uma reversão na tendência de moderação da arrecadação registrada no segundo semestre do ano passado.

Só com o recolhimento de impostos sobre os fundos de investimentos dos super-ricos, os chamados fundos exclusivos, a arrecadação foi de R$ 4,1 bilhões em janeiro, referente à segunda parcela do pagamento de regularização dos ativos. Trata-se, porém, de um efeito não-recorrente, em razão do incentivo inicial para essa regularização.

Além da taxação dos fundos de investimentos exclusivos e no exterior (offshore), o governo aprovou a tributação dos sites de apostas online e a taxação de empresas que usufruem de benefícios tributários nos Estados por meio de subvenções. As duas medidas, no entanto, ainda não começaram a vigorar, à espera da regulamentação da Receita Federal.

O Fisco também registrou incremento de arrecadação com a redução da renúncia do PIS/Cofins sobre os combustíveis e gás de cozinha. Além disso, o pagamento de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e CSLL registrou um incremento atípico de R$ 4 bilhões em janeiro.

Em sua análise, a Receita Federal afirmou que o aumento de arrecadação se deve, ainda, ao comportamento benigno de indicadores macroeconômicos, notadamente a ampliação do emprego com carteira assinada, o que melhora a arrecadação dos impostos sobre a folha e que financiam a Previdência Social.
Compensações

A Receita Federal voltou a registrar em janeiro um volume elevado de compensações tributárias - mecanismo por meio do qual as empresas abatem do valor devido ao Fisco quantias a receber obtidos por vitórias na Justiça.

Em janeiro, as compensações tributárias somaram R$ 27,049 bilhões. Em janeiro do ano passado, o valor havia sido de R$ 27,468 bilhões. Trata-se de um padrão na arrecadação federal, com valores altos de compensações no início de cada semestre, quando as empresas recolhem o Imposto de Renda.

Infomoney - SP   23/02/2024

A Instituição Fiscal Independente (IFI) elevou sua projeção para o crescimento econômico do Brasil em 2024 e reduziu ligeiramente a previsão para a inflação medida pelo IPCA.

Segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal (RAF) referente ao mês de fevereiro divulgado nesta quinta-feira (22), ainda há incertezas relativas às fragilidades fiscais, ao excessivo endividamento das famílias, às eleições americanas e aos conflitos armados no exterior.

Mas o relatório também observa a possibilidade de ampliação dos investimentos no país a partir da queda da taxa básica de juros, do aumento da confiança nos resultados da política econômica e da expansão do crédito via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Para o PIB, a estimativa cresceu de 1,2% para 1,6%, levando em consideração o efeito positivo sobre o consumo provocado pela injeção de renda introduzida pelo pagamento dos precatórios em dezembro de 2023 e também pela melhoria do cenário externo.

A estimativa da IFI ainda está num patamar ligeiramente inferior às previsões do Banco Central e do Fundo Monetário Internacional (FMI), ambas de 1,7%, e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 1,8%.

Quanto à inflação, a projeção foi ajustada para baixo, de 4,0% para 3,9%, dentro da margem de tolerância da meta de inflação traçada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A IFI atribuiu a mudança à queda do preço das commodities em reais.

Déficit primário

Para o resultado primário, a projeção inicial da IFI é de um déficit primário de 0,9% do PIB neste ano, portanto, descumprindo a meta fixada pelo novo arcabouço fiscal (LDO/2024) de um déficit zero, mesmo com a margem de tolerância admitida de um saldo negativo de R$ 28,8 bilhões, ou 0,25% do PIB.

A Instituição Fiscal Independente projeta uma receita de R$ 130,4 bilhões pelas novas fontes previstas em leis aprovadas e Medidas Provisórias, ou seja, bem abaixo dos R$ 274,7 bilhões esperados pelo governo federal.

Segundo o relatório, embora a arrecadação com a tributação de fundos de investimentos exclusivos tenha surpreendido positivamente em dezembro de 2023 e em janeiro de 2024, a IFI é mais conservadora na estimativa de arrecadação sobre subvenções econômicas e nos resultados das ações no âmbito do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF).

Em relação às despesas, há divergências entre os números da IFI e do governo no tocante a despesas previdenciárias, despesas discricionárias e pequenas diferenças em relação ao gasto com pessoal e despesas obrigatórias.

“Em função da revisão feita nos parâmetros macroeconômicos e fiscais, onde se destacam a ocorrência de déficits primários nos próximos anos, uma taxa mais modesta de crescimento do PIB e juros reais ainda elevados, a IFI estima que a Dívida Bruta do Governo Geral chegará a 77,7% do PIB ao final do presente exercício, e a 80,2% do PIB em 2025.”

O Estado de S.Paulo - SP   23/02/2024

O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, avaliou nesta quinta-feira, 22, que efeitos defasados dos juros, junto com a redução da safra agrícola, apontam para uma desaceleração da atividade econômica neste ano. Porém, ele considera que a perda de tração econômica representa uma situação mais conjuntural, já que forças estruturais seguem sustentando a demanda.

Entre as forças que geram resiliência do consumo, Galípolo citou a nova política de reajustes do salário mínimo e o reforço do Bolsa Família, além da contribuição positiva à renda vinda da queda da inflação e dos juros. “Pode ter redução (de crescimento) conjuntural, mas com forças que apresentam resiliência do ponto de vista estrutural”, declarou o diretor do BC durante evento na capital paulista da Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil.

Na avaliação de Galípolo, o setor externo pode contribuir menos ao crescimento, porém o saldo comercial, em especial a posição do Brasil de exportador líquido de petróleo, segue favorecendo uma situação privilegiada das contas externas no enfrentamento de choques internacionais, se comparada ao quadro de três ou quatro décadas atrás.

O ponto de maior atenção, pontuou o diretor do BC, está no baixo nível, já há anos, dos investimentos, que refletem as incertezas do cenário internacional e também os efeitos do ciclo anterior de aperto monetário. A preocupação é como dinamizar investimentos privados para ganhar produtividade para o País. “Esse é um ponto de preocupação e atenção”, frisou o diretor do BC.

Apesar disso, Galípolo considerou que, em meio à reorganização das cadeias de produção, o Brasil, por suas vantagens comparativas na transição energética, está em situação privilegiada para atrair investimento, aumentar seu estoque de capital fixo e ganhar produtividade.

Em paralelo, Galípolo voltou a dizer que o diferencial da Selic frente aos juros dos Estados Unidos, ainda que em patamar historicamente baixo, segue atrativo na comparação com outras alternativas de investimento em mercados emergentes, permitindo uma menor volatilidade do câmbio.

O diretor do BC observou que US$ 6 trilhões tendem a sair dos Estados Unidos quando o país começar a cortar seus juros. “Cabe ao Brasil se apresentar como uma oportunidade atrativa”, salientou Galípolo.

“Mesmo se o cenário internacional ficar mais adverso, o Brasil fica mais interessante frente a seus pares. Se não temos muita coragem de dizer que o pior já passou, estamos mais confiantes em dizer que estamos em situação melhor do que estávamos e se imaginava no passado”, concluiu.
Parcimônia nos juros

Galípolo destacou também que a cautela da autarquia na condução dos juros se deve a motivos positivos, ao apontar mais uma vez ao paradoxo, pouco usual, entre o desempenho resiliente da atividade econômica e o comportamento da inflação, em queda.

Usando a linguagem empregada nos documentos do BC, Galípolo ressaltou que a autoridade monetária tem defendido serenidade e parcimônia justamente por os indicadores econômicos estarem vindo melhores do que o esperado.

A correlação incomum entre variáveis econômicas leva a uma cautela em relação ao futuro pelos bancos centrais não só do Brasil mas também do resto do mundo. As autoridades monetárias se tornaram mais “data dependent” - ou seja, preferem aguardar a divulgação dos dados e reação do mercado para tomar decisões.

Durante o evento, ele comentou que há um consenso de que essa posição cuidadosa dos bancos centrais é menos nociva.

Galípolo assinalou que o mercado pode fazer apostas, porém o BC, diante das incertezas sobre como as variáveis vão se comportar, joga “na defesa” para causar o “mínimo de dano ao paciente”. Ponderando as dificuldades em acertar previsões, o BC tem preferido reagir à medida que os indicadores são revelados. Nesse sentido, ele voltou a destacar que, até a próxima reunião, entre 19 e 20 de março, o Comitê de Política Monetária (Copom) contará com mais três medições do IPCA.

IstoÉ Dinheiro - SP   23/02/2024

O crescimento da economia no ano passado e os indicadores correntes de atividade apontam para um crescimento forte do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre de 2024, reiterou nesta quinta-feira, 22, a economista-chefe e sócia do Banco Santander, Ana Paula Vescovi, ao participar como palestrante do evento “Projeções Econômicas 2024: Desafios e Oportunidades no Cenário Brasileiro e Internacional”, promovido pela Câmara Oficial Espanhola de Comércio no Brasil.

Para o ano de 2024, segundo Vescovi, o Departamento Econômico do banco trabalha com uma projeção de 1,5% de crescimento do PIB, ante uma previsão de 3% de expansão da economia no ano passado. O PIB agregado de 2023 está previsto para ser divulgado em 1º de março pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O principal fator de desaceleração do PIB este ano comparativamente a 2023, de acordo com a economista-chefe do Santander, será a menor contribuição dos segmentos relacionados às commodities. Vescovi também citou a continuidade em um patamar baixo da taxa de investimentos no Brasil, em 17% do PIB, como fator de desaceleração.

“As taxas de investimentos seguem baixas com incertezas sobre seu patamar futuro. A retomada dos investimentos será um fator importante para o crescimento nos próximos anos”, disse a economista, reforçando que há também um delta negativo do agro, que no ano passado cresceu 15%. “Teremos ainda a segunda maior safra da história, mas haverá uma perda sim na produção”, fez questão de frisar a economista, que durante o evento dividiu a mesa com o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo.

Vescovi também discorreu um pouco sobre o PIB potencial do Brasil. Segundo ela, o País tem crescido em resposta aos estímulos dados pelos governos no Brasil e no mundo como um todo. “Investimentos de 17% do PIB não justificam o crescimento do PIB potencial. Ele se deve a estímulos que não só a economia brasileira tem recebido, mas como no mundo todo”, disse Vescovi.

Inflação

A economista-chefe e sócia do Santander Brasil afirmou ainda que a inflação brasileira ao consumidor deverá fechar o ano em 3,4%, portanto abaixo do teto da meta, de 4,5%. “Chegaremos ao fim do ano com inflação em 3,4%, abaixo da meta”, disse a economista para quem a inflação de serviços, por exemplo, deve desacelerar. “Vemos espaço para desinflação sim”, disse.

E num cenário de inflação mais baixa e considerando suas novas previsões de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) deve iniciar um ciclo de flexibilização da sua taxa de juros mais à frente, Vescovi prevê que a taxa básica de juro, a Selic, deva encerrar 2024 em 8,50%.

“Alteramos nossa previsão de Selic de 9,50% para 8,50% em 2024 dada a nossa visão de um ciclo de flexibilização do Fed nas nossas novas previsões”, explicou a economista.

Política fiscal

Ao falar sobre a política fiscal, apesar de o governo ter fixado alguma metas no ano passado, Vescovi disse que o mercado não vê como possível a entrega de um déficit zero neste ano. “O mercado não vê esta execução”, observou.

Contudo, ela diz ver um desempenho melhor das receitas federais no curto prazo, com um primeiro trimestre mais positivo, o que, na sua avaliação deixa os riscos fiscais mais distantes após o segundo trimestre.

“Possíveis notícias mais adversas incluiriam um desempenho mais fraco das receitas, fricções com o Congresso e pressão por mais gastos. Devemos estar atentos à pressão para aumentos salariais”, disse a economista.

MINERAÇÃO

IstoÉ Dinheiro - SP   23/02/2024

A Vale assinou um acordo com Anglo American para adquirir 15% de participação acionária e estabelecer uma parceria abrangendo a Anglo American Minério de Ferro Brasil, empresa que atualmente detêm o complexo Minas-Rio, e os recursos da Vale da Serra da Serpentina, no Brasil. A Anglo American continuará a controlar, gerenciar e operar Minas-Rio, incluindo qualquer futura expansão.

Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Vale detalha que contribuirá com recursos de minério de ferro de alto teor de Serpentina, e desembolso complementar de caixa de US$ 157,5 milhões, sujeito à ajustes da dívida líquida e à variação do capital de giro, na data de fechamento.

Segundo a empresa, se a média do preço de referência do minério de ferro permanecer acima de US$ 100/t ou abaixo de US$ 80/t por quatro anos, um ajuste no valor de pagamento será realizado para a Anglo American ou Vale, respectivamente, em linha com uma fórmula acordada e dentro de certos limites.

A conclusão da transação está sujeita às aprovações corporativas e regulatórias usuais. A previsão Espera-se que a transação seja concluída no quarto trimestre de 2024.

Após a conclusão da transação, a Vale receberá sua parcela proporcional da produção do Minas-Rio. Adicionalmente, a Vale também deterá uma opção de compra de uma participação adicional de 15% na operação ampliada de Minas-Rio, mediante desembolso de caixa, se e quando ocorrerem certos eventos relativos a uma futura expansão do Minas-Rio, incluindo a recebimento da licença ambiental2 necessária para a expansão seguindo a conclusão de estudo de pré-viabilidade e de estudo de viabilidade3, a valor justo calculado no momento do exercício da opção.

“Temos o prazer de formar uma parceria com a Anglo American para apoiar a demanda crescente por minério de ferro de alta qualidade à medida que nossos clientes aceleram suas transições para uma siderurgia com baixa emissão de carbono”, destaca o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo.

O executivo avalia que Minas-Rio é um ativo Tier-1 que se beneficiará de grandes sinergias com o depósito de Serpentina e a logística da Vale. “Nós planejamos destinar nossa parcela do pellet feed de alta qualidade para nossas plantas de pelotas no Brasil e, no futuro, para os Mega Hubs, produzindo briquetes de minério de ferro”, afirma.

Para o presidente Global da Anglo American, Duncan Wanblad, a oportunidade de formar uma parceria com a Vale para garantir um recurso de minério de ferro de alto teor desta escala e qualidade, próximo ao Minas-Rio, é atrativa – especialmente com todas as sinergias físicas.

“A escala e a qualidade do corpo mineral de Serpentina oferecem valor significativo, incluindo a possibilidade de expandir a produção de produtos de pellet feed de qualidade superior que vendemos aos clientes da siderurgia, uma vez que estes focam na descarbonização de seus próprios processos nas próximas décadas. O produto de teor de redução direta da Minas-Rio se posiciona em um dos segmentos de crescimento mais atrativos disponíveis atualmente em nosso setor”, afirma.

Ativos

Minas-Rio é uma operação integrada de minério de ferro com capacidade nominal de produção de pellet feed de alta qualidade de 26,5 milhões de toneladas por ano (Mtpa) e com potencial de expansão para até 31 Mtpa na sua configuração atual. A operação conta com estruturas de mina, usina, geotécnica e de suporte em Minas Gerais e mineroduto de 529 km conectando a usina às plantas de filtragem no Porto do Açu no Rio de Janeiro. Minas-Rio produziu 24 milhões de toneladas de minério de ferro em 2023, com Ebitda total de US$ 1,4 bilhão.

O depósito da Serra da Serpentina é contínuo ao complexo Minas-Rio e possui recursos estimados em 4,3 bilhões de toneladas. A combinação dos dois recursos oferece consideráveis oportunidades de expansão, incluindo o potencial para duplicar a produção, que Anglo American e Vale avaliarão nos termos da transação.

A operação de Minas-Rio ampliada terá a opção de utilizar a linha férrea próxima da Vale e o porto de Tubarão para transportar a produção expandida como uma alternativa a construção de um segundo mineroduto para a atual instalação portuária da Anglo American no Açu. Todas as soluções logísticas viáveis serão consideradas e avaliadas durante a pré-viabilidade.

O mineroduto Minas-Rio existente cruza a rede ferroviária da Vale a jusante do Minas-Rio, permitindo que um segundo mineroduto muito mais curto se conecte com a ferrovia Vitória-Minas até o porto de Tubarão. A transação não inclui ou afeta a participação de 50% da Anglo American na unidade de exportação do minério de ferro no Porto do Açu.

Valor - SP   23/02/2024

Mineradora teve lucro de US$ 283 milhões no ano passado, uma queda de 94% na comparação com 2022

A Anglo American reduziu dividendos após seu lucro cair mais que o esperado em 2023 por conta de uma baixa contábil de US$ 2,1 bilhões e baixos preços de commodities.

A mineradora teve lucro de US$ 283 milhões no ano passado, uma queda de 94% na comparação com 2022. Foram realizados “impairments” nos negócios de níquel e diamantes. Além disso, a companhia viu preços baixos em platina e diamantes.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em US$ 9,96 bilhões de euros, ante US$ 14,4 bilhões de euros no ano anterior, com as maiores contribuições vindo dos negócios de minério de ferro e cobre.

As receitas da Anglo American, por sua vez, caíram de US$ 35,1 bilhões de euros para US$ 30,6 bilhões de euros, sentindo os preços mais baixos das commodities em que atua durante 2023.

Dois dos três indicadores financeiros ficaram abaixo do que esperavam analistas ouvidos pela FactSet. O consenso do mercado para Anglo American era lucro de US$ 2,44 bilhões, Ebitda ajustado de US$ 9,83 bilhões e receitas de US$ 30,8 bilhões.

Por conta do cenário, a Anglo American reduziu seus dividendos de US$ 0,74 para US$ 0,41 por ação no quarto trimestre. O pagamento total no ano caiu de US$ 1,98 para US$ 0,96 por ação.

Analistas dizem que os números já eram esperados após o relatório operacional e elogiaram o acordo que a companhia assinou com a Vale para vender participação no Complexo Minas-Rio.

Investing - SP   23/02/2024

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian caíram pela quarta sessão consecutiva nesta quinta-feira, em meio a preocupações com a demanda de aço na China, principal mercado consumidor do minério, enquanto os preços em Cingapura subiram devido à queda do dólar.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 1,49%, a 893,5 iuanes (124,28 dólares) a tonelada.

Apesar de Pequim ter tomado novas medidas para resolver os problemas no setor imobiliário, o mercado não espera que a demanda por moradias se recupere tão cedo, disseram analistas do banco ANZ em uma nota.

A incerteza no setor de infraestrutura, depois que Pequim ordenou que alguns governos locais endividados interrompessem alguns projetos, também está lançando sombra sobre as perspectivas da demanda de aço, disseram os analistas.

"O aumento na demanda de minério será relativamente lento no curto prazo, já que a demanda downstream ainda não se recuperou e é difícil ver qualquer melhoria óbvia nas margens do aço", disseram analistas da Sinosteel Futures em uma nota.

Enquanto isso, o minério de ferro de referência para março na Bolsa de Cingapura subiu 0,15%, para 119,25 dólares a tonelada.

O índice do dólar caiu, tornando as cargas precificadas em dólar mais baratas para os detentores de outras moedas. [USD/]

O ex-ciclone tropical Lincoln deve voltar a ganhar força de ciclone na noite de quinta-feira, atingindo o noroeste da Austrália, informou o departamento de meteorologia do país, conforme os portos da região começaram a retirar os navios do local.

"Vale a pena monitorar o impacto do clima sobre os embarques; além disso, ainda há uma forte expectativa de aumento da produção depois que a demanda de aço downstream possa mostrar sinais de melhora até o final de fevereiro", disseram analistas da First Futures em uma nota.

Globo Online - RJ   23/02/2024

A Vale registrou lucro líquido de US$ 7,983 bilhões ano passado, uma queda de 52% ante os US$ 16,728 bilhões de 2022, informou a mineradora nesta quinta-feira, em meio à incerteza sobre quem ficará no seu comando.

Diante do lucro, a Vale anunciou também que pagará R$ 11,7 bilhões em dividendos, como é chamada a parcela do lucro de uma companhia aberta que é distribuída aos acionistas. Conforme a política de dividendos da mineradora, esse valor se soma a um parcial pago em setembro.

A reunião do Conselho de Administração da companhia que aprovou o balanço financeiro do quarto trimestre e de 2023 como um todo ocorreu uma semana após um encontro extraordinário para tratar a sucessão do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, terminar sem uma definição. A sucessão não voltou a ser deliberada nesta quinta-feira, segundo ata divulgada pela companhia.

O mandato de Bartolomeo termina em maio e os membros do Conselho da mineradora estão divididos entre renovar automaticamente o contrato do executivo ou iniciar um processo seletivo – no processo, o atual CEO poderia participar, mas concorreria com outros executivos.

Na reunião extraordinária, uma votação entre essas duas opções terminou empatada na última quinta-feira, dia 15. Segundo uma fonte ouvida pelo GLOBO na semana passada, sob a condição do anonimato, os conselheiros tentariam manter conversas para chegar a algum consenso sobre o futuro de Bartolomeo antes de voltar a deliberar sobre o tema em nova votação.

Disputas acirradas entre acionistas

A sucessão da Vale vem inflamando as disputas entre os acionistas da mineradora desde o fim do ano passado. As disputas se acirraram desde que, em 2020, a mineradora se tornou uma companhia sem controle definido, com o capital pulverizado, a maior nesse modelo no Brasil.

Mais recentemente, a entrada da Cosan, gigante do açúcar e etanol, no rol de acionistas, desde outubro de 2022, e a volta do PT ao governo federal agitaram ainda mais o cenário.

Em janeiro, prazo final para um processo sucessório ser dado por iniciado, conforme as regras internas da Vale, o governo federal elevou a pressão sobre a companhia.

Desde 2023, as informações de bastidores davam conta de que o Palácio do Planalto queria fazer do ex-ministro Guido Mantega presidente da empresa – embora, após a reestruturação de 2020 e a venda total da participação acionária do BNDES, a influência direta do governo na gestão da empresa tenha diminuído.

Críticas aos resultados operacionais

Embora a falta de habilidade política no trato com governos – tanto o federal quanto estaduais – seja frequentemente citada como ponto fraco da gestão de Bartolomeo por observadores da gestão da Vale, também há críticas aos resultados operacionais.

Em que pese o reconhecimento de que a gestão do atual CEO conseguiu melhorar a segurança operacional, após a tragédia que matou 270 pessoas em Brumadinho (MG), cinco anos atrás, a mineradora ficou aquém de metas de produção reiteradamente nos últimos anos. Os custos também subiram.

Nos últimos meses, analistas de mercado deram votos de confiança à diretoria da Vale, após a divulgação de metas de crescimento para 2026. Mesmo assim, parte dos acionistas critica os resultados apresentados por Bartolomeo.

Em 2018, a Vale bateu recorde de produção com 385 milhões de toneladas de minério de ferro. Em 2019, após Brumadinho, a produção tombou para 302 milhões. A empresa perdeu a liderança para a Rio Tinto, da Austrália. Em 2022, foram 308 milhões de toneladas.

Em 2023, o total ficou em 321 milhões de toneladas, 4,3% acima do registrado em 2022. No início de dezembro, a mineradora anunciou a meta entre 340 milhões e 360 milhões de toneladas de minério de ferro para 2026.

Parceria com a Anglo American

Os resultados foram divulgados horas após a Vale anunciar, ainda pela manhã de quinta-feira, que firmou um acordo com a mineradora Anglo American para adquirir uma participação no Complexo Minas-Rio.

O empreendimento, idealizado pelo empresário Eike Batista, inclui uma mina de minério de ferro, em Minas, um minerioduto de pouco mais de 500 quilômetros até o litoral e um terminal portuário no Porto do Açu, na costa norte do Rio, por onde a produção é exportada.

Pelo acordo, a Vale terá 15% do Minas-Rio. Em troca, pagará US$ 157,5 milhões e incluirá no projeto as reservas de uma mina sua, chamada Serpentina, que é vizinha à unidade produtora da Anglo.

Atualmente, a capacidade do Minas-Rio é de 26,5 milhões de toneladas de minério por ano. Na configuração atual, é possível elevar a produção para 31 milhões de toneladas por ano, mas a inclusão das reservas da mina da Vale eleva o potencial.

"O depósito da Serra da Serpentina é contínuo ao complexo Minas-Rio e possui recursos estimados em 4,3 bilhões de toneladas. A combinação dos dois recursos oferece consideráveis oportunidades de expansão, incluindo o potencial para duplicar a produção, que Anglo American e Vale avaliarão", diz o comunicado divulgado pela Vale.

Segundo as empresas, com a parceria, serão estudadas possibilidades de expansão na logística para permitir o crescimento da produção. Uma ferrovia operada pela Vale poderá ser usada, escoando as exportações pelo Porto de Tubarão, no Espírito Santo. Até a construção de um minerioduto mais curto está entre as possibilidades.

IstoÉ Dinheiro - SP   23/02/2024

A mineradora Vale realizou, no quarto trimestre do ano passado, investimentos de US$ 2,118 bilhões, avanço de 18,5% ante igual período de 2022. Ao longo de 2023, os investimentos somaram US$ 5,920 bilhões, volume 8,7% a mais que no ano anterior, informou a mineradora em sua divulgação de resultados nesta quinta-feira, 22.

De acordo com a Vale, o avanço de 18,5% na comparação anual para os investimentos aconteceram em função, principalmente, de maiores investimentos nos projetos de Soluções de minério de ferro, especialmente Capanema e Estrada de Ferro
Carajás, e aos maiores investimentos para melhorar as operações de mina de Metais para Transição Energética.

A dívida líquida terminou o quarto trimestre de 2023 em US$ 9,56 bilhões, aumento de 20% ante o mesmo intervalo de 2022.

Já os custos e despesas totais – excluindo Brumadinho e descaracterização de barragens – foram de US$ 7,278 bilhões no quarto trimestre, retração de 7,8% em relação a igual período de 2022.

De outubro a dezembro do ano passado, as despesas relacionadas a Brumadinho e à descaracterização de barragens somaram US$ 396 milhões, valor 5,6% maior que o registrado no último trimestre de 2022.

As provisões relativas a Brumadinho e à descaracterização de barragens atingiram US$ 3,060 bilhões, cifra 7,6% menor que no quarto trimestre de 2022.

A dívida líquida expandida, que inclui provisões relativas a Brumadinho e Samarco/Fundação Renova, atingiu US$ 16,164 bilhões, crescimento de 14,3% na comparação com o último trimestre de 2022. A cifra foi influenciada por um incremento na provisão de US$ 1,2 bilhão realizado no quarto trimestre de 2023, relacionada ao rompimento da barragem da Samarco e a um potencial acordo global com as autoridades brasileiras.

IstoÉ Online - SP   23/02/2024

O preço de referência do minério (62%) foi de US$ 128,3 por tonelada, incremento de 29,6% na comparação com o quarto trimestre de 2022

No quarto trimestre, o preço realizado pela Vale em finos de minério de ferro foi de US$ 118,3 por tonelada, alta de 23,7% ante igual período de 2022. O preço realizado das pelotas, por sua vez, foi de US$ 163,4 a tonelada, queda de 1,3% ante igual período de 2022 e suave avanço de 1,4% na comparação sequencial.

Em seu relatório de produção, divulgado no fim de janeiro, a Vale explicou que, dados os menores descontos para produtos com alta sílica e menores prêmios para produtos de alto teor, decidiu aumentar a participação dos produtos de menor pureza e valor no mix de vendas, enquanto reequilibra os estoques de minério de ferro premium (IOCJ e BRBF). Em relação ao quarto trimestre de 2022, o recuo no prêmio all-in foi de 70%. Ante o terceiro trimestre de 2023, a queda foi de 58%.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   23/02/2024

Montadora aumenta dividendos após resultados acima do esperado, mas vê incertezas em 2024

A Mercedes-Benz aumentou seus dividendos mesmo com queda no lucro e receitas do quarto trimestre e vendo um cenário operacional mais desafiador para 2024 por conta das incertezas macroeconômicas.

A montadora alemã disse nesta quinta-feira (22) que seu lucro caiu 21,5% nos três meses finais de 2023, a 3,16 bilhões de euros, sentindo efeitos de inflação e custos na cadeia de produção. Analistas esperavam lucro de 2,8 bilhões de euros.

As receitas do grupo caíram 1,8% no mesmo período, a 40,2 bilhões de euros, com menor volume de carros vendidos no quarto trimestre. Analistas esperavam faturamento de 39,1 bilhões de euros.

“A situação econômica e o setor automotivo continuam marcados por um grau excepcional de incertezas”, diz a companhia. “Situações inesperadas podem surgir por conta de eventos geopolíticos e econômicos.”

A companhia acredita que o lucro antes de juros e impostos (Ebit) em 2024 ficará um pouco abaixo dos 20,4 bilhões de euros do ano passado, que já era uma queda de 3,9% sobre 2022, por conta de uma perspectiva de estabilidade nas receitas.

Mesmo assim, a Mercedes-Benz aumentou seus dividendos de 5,20 para 5,30 euros por ação. Na quarta-feira (21), a companhia também havia anunciado um novo programa de recompra de ações no valor de até 3 bilhões de euros.

O Estado de S.Paulo - SP   23/02/2024

O presidente-executivo global do grupo Hyundai, Euisun Chung, anunciou que planeja investir mais de US$ 1,1 bilhão no Brasil até 2032, focados em tecnologia, principalmente em carros híbridos, elétricos e movidos a hidrogênio verde. O anúncio ocorreu em reunião de Chung com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta-feira, 22.

A reunião no Palácio do Planalto contou com a presença do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Geraldo Alckmin, e da Casa Civil, Rui Costa, o secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, presidente e COO Global da Hyundai Motor Company e presidente e CEO da Hyundai e Genesis Motor América do Norte, José Muñoz, presidente e CEO da Hyundai Motor Américas Central e do Sul, Airton Cousseau.

Segundo o Palácio do Planalto, o vice-presidente iniciou o encontro apresentando aos executivos da Hyundai os desenvolvimentos recentes das políticas industrial e energética brasileiras e a prioridade conferida à reindustrialização e à descarbonização.

“O CEO da Hyundai falou sobre a política de investimentos da empresa e destacou que planeja investir mais de US$ 1,1 bilhão no Brasil até 2032, concentrados em tecnologia, em particular a de carros híbridos, elétricos e movidos a hidrogênio verde, em convergência com o programa de Mobilidade Verde Mover, do governo brasileiro”, diz a nota.

De acordo com a publicação, Chung destacou a convergência de prioridades da Hyundai com as do governo brasileiro, em particular nas áreas da transição energética e da educação.

“Destacou, nesse sentido, investimentos da empresa em programas de responsabilidade social voltados ao tratamento odontológico e ao reflorestamento nas áreas onde está instalada, além da formação básica e técnica de pessoal e do compartilhamento de tecnologias”, acrescenta a nota.

No encontro, Lula manifestou interesse na realização de uma reunião bilateral entre Brasil e Coreia do Sul. “(Lula) Destacou que interessa ao País o debate multilateral sobre o impacto de novas tecnologias, como a inteligência artificial”, declarou.

Em publicação nas redes sociais, o chefe do Executivo brasileiro postou uma foto da agenda. “O país estável e com futuro recebe mais investimentos. Recebi o presidente executivo da Hyundai Motor, Eui-Sun Chung, que anunciou que o grupo planeja investir mais de 1,1 bilhões de dólares até 2032 em tecnologia e em hidrogênio verde. Mais uma grande empresa crescendo em nosso País”, escreveu.

Valor - SP   23/02/2024

Enquanto os hatches médios acessíveis vão acabando, os esportivos parecem viver grande fase no Brasil. Depois da chegada do Toyota GR Corolla e do Honda Civic Type R, a Volkswagen começa a cogitar trazer o Golf R para o país.

“O que posso dizer é que estamos estudando fortemente para trazer esse veículo para cá. Estamos estudando realmente forte, mas precisa estar tudo certinho. Queremos que o cliente seja super bem atendido”, disse Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil, ao podcast A Roda.

A fala do chefão da Volkswagen no país pode ser interpretada como uma necessidade de preparação para a assistência ao cliente de um esportivo.

“Com a performance, com toda a tecnologia que tem embarcada nesse carro, o cliente que está no Nordeste, no Norte ou no Sul do Brasil, se ele não tiver uma assistência adequada, não funciona”, afirmou o executivo.

Possobom também se diz preocupado com a gasolina brasileira e com as calibrações que precisariam ser feitas. “[O motor pode ser o mesmo de outros modelos] Mas não é igual [em calibração]. Precisa passar por homologações.”

O motor 2.0 turbo TSI acoplado a um câmbio de dupla embreagem e sete marchas pode parecer familiar, mas no R a preparação vai mais longe. São 320 cv de potência e 42,8 kgfm de torque despejados nas quatro rodas através do sistema de tração integral 4Motion, que distribui a força entre os eixos conforme a demanda.

Vai de 0 a 100 km/h em 4,7 segundos e chega aos 250 km/h de velocidade máxima. A suspensão foi ajustada para ficar dois centímetros mais próxima do chão e as molas estão 10% mais rígidas que no modelo anterior. O chassi dessa oitava geração do Golf foi acertado no icônico autódromo Nürburgring Nordschleife e a VW diz que o Golf R foi até 17 s mais rápido que o antecessor em seus testes.

O visual é tão invocado quanto o acerto mecânico. Há rodas de 19 polegadas, saias, aletas aerodinâmicas, spoiler integrado ao teto, difusor e quatro saídas de escapamento. Por dentro, o Golf R aposta na cor azul nas costuras, logotipo nos bancos e no volante. O painel de instrumentos é digital, com novos grafismos, a central multimídia tem 10,2 polegadas e a “alavanca do câmbio” é no melhor estilo Porsche 911 (ou Renault Kardian): é só um pequeno joystick.

Vale lembrar que o Golf R com o visual atualizado ainda não foi totalmente revelado pela Volkswagen. Sua primeira aparição - a da foto - foi em janeiro, com pintura camuflada, na tradicional Ice Race, em Zell am See, na Áustria. Por enquanto, apenas as versões "civis" e as variantes esportivas mais leves, GTI e GTE foram apresentadas com facelift.

Assim, caso a VW decida mesmo trazer a versão mais extrema de seu hatch médio, deve fazer quando a versão atualizada for lançada, daqui alguns meses.

Entre os hatches esportivos que desembarcaram no Brasil, o primeiro a chegar foi o Honda Civic Type R, que custa R$ 429.900. Ele vem com um motor 2.0 turbo de 297 cv com o câmbio manual de seis marchas. Esse conjunto fez o Civic chegar aos 100 km/h em 6,9 segundos no nosso teste.

Depois veio o Toyota GR Corolla, disponível a partir de R$ 416.990. O motor é um 1.6 turbo de três cilindros com câmbio manual de seis marchas, mas com tração integral. A do Civic é só dianteira. Antes de duvidar do pequeno 1.6, saiba que ele rende 304 cv de potência e faz o Corolla hatch chegar aos 100 km/h em 6,7 segundos, dois décimos mais rápido que o rival 2.0. Mas os dois ficam bem atrás do Golf. Se ele vier mesmo.

NAVAL

Valor - SP   23/02/2024

Ataques cibernéticos aos portos podem perturbar mais do que as operações militares dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou uma ordem executiva na quarta-feira para reforçar defesas contra os ataques cibernéticos aos portos do país, num momento em que as autoridades americanas alertam sobre a ameaça representada pelos hackers chineses.

Os Estados Unidos enfrentam o perigo de “campanhas cibernéticas maliciosas persistentes e cada vez mais sofisticadas”, de acordo com a ordem, que altera os regulamentos sobre a salvaguarda de navios, portos e instalações marítimas.

Anne Neuberger, vice-assessora de segurança nacional para tecnologias cibernéticas e emergentes, informou os repórteres na terça-feira que a ordem instrui os operadores de instalações portuárias a atualizarem as defesas cibernéticas.

“Um ataque cibernético pode causar tantos danos, se não mais, do que uma tempestade ou outra ameaça física”, disse.

Os portos dos Estados Unidos estão envolvidos em atividades econômicas no valor de US$ 5,4 trilhões por ano, tornando fundamental melhorar as defesas cibernéticas, disse Neuberger. A ordem executiva exige que os operadores portuários relatem qualquer incidente cibernético.

"Evidências de sabotagem, atividade subversiva ou um incidente cibernético real, ou ameaça, envolvendo ou colocando em perigo qualquer embarcação, porto ou instalação à beira-mar, incluindo quaisquer dados, informações, redes, programas, sistemas ou outras infraestruturas digitais nele ou dentro dele, deverão ser relatados imediatamente" às autoridades, incluindo a Agência de Segurança Cibernética e de Infraestrutura, diz a ordem.

Quase 80% dos guindastes usados nos portos americanos são fabricados na China, disse o contra-almirante John Vann, do comando cibernético da Guarda Costeira dos Estados Unidos. Vann disse que existe o risco de os atores chineses controlarem ou programarem os guindastes a partir de locais remotos.

A diretiva de Biden impõe “uma série de requisitos de segurança cibernética” aos proprietários e operadores de guindastes provenientes da China, disse Vann. Mas o almirante recusou-se a dar mais detalhes, citando a natureza sensível da segurança da informação.

Os ataques cibernéticos aos portos podem perturbar mais do que as operações militares dos Estados Unidos. Além do seu papel na logística militar, os portos são essenciais para o transporte de alimentos, combustível e outras necessidades diárias para os americanos comuns.

O comitê selecionado da Câmara dos Representantes sobre a China divulgou um relatório em maio passado recomendando que os Estados Unidos atualizassem as capacidades de defesa cibernética em portos marítimos e aeroportos em preparação para uma crise envolvendo Taiwan.

Hackers do Exército de Libertação Popular da China “poderiam ter como alvo portos de embarque navais e aéreos para reduzir a nossa capacidade de enviar forças americanas para o teatro de operações, bem como encerrar grande parte da atividade econômica da nossa nação”, diz o relatório.

Portal Fator Brasil - RJ   23/02/2024

Essa semana, a PortosRio recebeu a visita técnica e institucional de Alex Sandro de Ávila, titular da Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério de Portos e Aeroportos (SNPTA/MPor). Acompanhada por diretores e gestores da Autoridade Portuária, a comitiva da SNPTA esteve nos Portos do Rio de Janeiro e de Itaguaí, nos dias 19 e 20, respectivamente, para conhecer as operações, os terminais arrendados e a infraestrutura portuária, além das áreas disponíveis para novos arrendamentos.

A visita ao Porto do Rio de Janeiro, no dia 19 de fevereiro (segunda-feira), teve início no Terminal de Cruzeiros Pier Mauá, onde foram discutidos com os diretores da arrendatária os investimentos planejados para aprimorar a logística dos cruzeiros. Em seguida, a comitiva dirigiu-se ao Terminal de Trigo do Rio de Janeiro (TTRJ), onde a possibilidade de expansão da operação para novas cargas de origem vegetal foi tema de discussão com a diretoria da TTRJ. Já a Triunfo Logística apresentou aos representantes da SNPTA a operação e a infraestrutura de logística portuária integrada do terminal.

No Cais do Caju, o grupo visitou o Rio Brasil Terminal, que movimenta contêineres e está investindo em instalações mais eficientes e sustentáveis. A empresa arrendatária compartilhou o andamento das obras de ampliação do cais e do pátio para aumentar a capacidade e receber navios maiores. A visita também incluiu os terminais de contêineres MultiRio e de veículos Multi-Car, ambos do Grupo Multiterminais, que apresentou os investimentos para aumentar a capacidade do edifício-garagem e receber quatro navios de 400 metros.

No dia 20 (terça-feira ), na visita ao Porto de Itaguaí, o secretário de Portos se inteirou sobre a infraestrutura do complexo portuário e obteve informações técnicas e operacionais sobre os terminais arrendados da CSN, Sepetiba Tecon e CPBS (Vale). Alex Sandro de Ávila e sua equipe realizaram ainda reuniões na sede da PortosRio sobre diversos assuntos, tais como: Investimentos, com destaque para as obras incluídas no novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), totalizando R$ 447 milhões, o maior montante entre os portos federais; Planejamento Estratégico e Perspectivas de Resultados para o ano de 2024; Projetos Estruturantes e Medidas Saneadoras.

Para o secretário de Portos, Alex Sandro, “a visita foi uma excelente oportunidade de visitar as obras que estão sendo executadas nos portos, acompanhar o que os arrendatários estão fazendo e discutir com a Diretoria e o Conselho de Administração da PortosRio uma agenda propositiva conjunta com a Autoridade Portuária, relativa à carteira de oportunidades e novos investimentos que os portos apresentarão para o mercado em março.”

O diretor-presidente da PortosRio, Francisco Martins, ressaltou que —foi um prazer receber o Secretário de Portos, com quem nós temos um canal permanentemente aberto. Temos uma expectativa muito positiva em relação a 2024 e ao pacote de investimentos e arrendamentos que será lançado. Vamos continuar empenhando todos os esforços para aumentar a movimentação de cargas, dar uma melhor robustez financeira para a PortosRio e contribuir para o desenvolvimento econômico da região e do Estado—.

PortosRio — A PortosRio é a Autoridade Portuária responsável pela gestão dos Portos do Rio de Janeiro, Niterói, Itaguaí e Angra dos Reis. Sob a liderança do diretor-presidente, Francisco Martins, a PortosRio tem o compromisso contínuo com a infraestrutura, a segurança e a sustentabilidade dos portos e desempenha um papel fundamental no cenário portuário nacional, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico da região e do país.

Portos e Navios - SP   23/02/2024

Os portos públicos do Rio Grande do Sul movimentaram em janeiro deste ano 3.312.520 toneladas. Os números levam em consideração os portos de Rio Grande, Pelotas e Porto Alegre, além dos terminais privados e arrendados que compõem o complexo portuário regional.

Principal elo entre a produção gaúcha e o mundo, o Porto do Rio Grande movimentou 3.153.062 toneladas, número 4.56% maior que o observado no mesmo período do ano passado. A unidade de Pelotas da Portos RS foi responsável pela movimentação de 91.595 toneladas, enquanto o Porto de Porto Alegre concluiu o primeiro mês de 2024 com 67.863 toneladas.

Os graneis sólidos foram a carga mais movimentada e alcançaram 2.103.863 toneladas. Na segunda posição, a carga geral movimentou 1.010.161 toneladas. Os graneis líquidos foram responsáveis pela movimentação de 198.496 toneladas.

Em comparação com o mesmo período do ano passado, os portos públicos gaúchos registraram uma variação positiva de 4.88%. Além da unidade de Rio Grande, o Porto de Porto Alegre também contabilizou aumento em relação ao ano de 2023, passando de 39.838 toneladas para 67.683 toneladas.

Nos primeiros 30 dias do novo ano, as unidades da Portos RS receberam 310 embarcações, sendo 252 delas destinadas ao Porto do Rio Grande, 38 para o Porto de Pelotas e outras 20 para o cais público de Porto Alegre. Em janeiro do ano passado o total foi de 259 navios.

O gerente de planejamento e desenvolvimento, Fernando Estima, celebrou os resultados e demonstrou otimismo em relação ao ano que está começando. “Iniciamos 2024 de forma bastante positiva, com destaque para as movimentações de Rio Grande e Porto Alegre. A tendência de uma boa safra nos faz acreditar que teremos um ótimo ano novamente”, afirmou.

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   23/02/2024

Em encontro na cidade de Florianópolis (SC), a Abegás definiu a agenda estratégica para sua atuação ao longo do ano de 2024 em tema de interesse das três associadas da região Sul – Compagas, SCGÁS e Sulgás. A reunião contou com a participação da Diretoria Executiva da Abegás e de executivos das distribuidoras.

Entre os temas debatidos estão demandas prioritárias das distribuidoras em temas como competitividade tarifária, ampliação da oferta e expansão da infraestrutura de transporte de gás natural.

De acordo com o presidente executivo da Abegás, Augusto Salomon (foto), a abertura deste canal de diálogo vem para somar os esforços já existentes em fóruns onde a associação atua e é uma oportunidade para orientar e fundamentar a atuação da Abegás diante das complexas transformações atravessadas pelo mercado de gás brasileiro e das particularidades regionais. “A Abegás tem atuado de maneira proativa na cobrança de transparência dos diversos elos da cadeia da indústria do gás natural, buscando a harmonização entre as esferas estaduais e federal, mas, acima de tudo, defendendo os as distribuidoras à luz das garantias asseguradas na Constituição Federal. Para grande parte dos itens propostos pela região Sul, já existem ações encaminhadas ou em discussão. Com essa reunião dedicada à região, conseguimos ganhar em assertividade, sempre de forma alinhada com a agenda nacional da Abegás, mas também de forma integrada com as prioridades conjuntas das associadas da Região Sul”, afirma Salomon.

Para Rafael Lamastra Jr, conselheiro da Abegás da Região Sul e CEO da Compagas, o encontro representou uma chance para as distribuidoras de gás natural da região Sul conhecerem os principais desafios e demandas, em especial aquelas comuns das empresas em seus negócios e mercados de atuação. “O nosso objetivo maior é o de colaborar com a construção de um mercado de gás natural integrado, indicando a necessidade de ampliação da infraestrutura, com segurança de suprimento e, acima de tudo, com uma competitividade que permita a expansão industrial e um maior desenvolvimento econômico para nossa região”, destaca Lamastra Jr.

Segundo o CEO da SCGÁS, Otmar Müller, a reunião foi um momento privilegiado para que as três companhias de estados vizinhos pudessem compartilhar experiências sobre pautas em comum como tarifas e suprimento, entre outras, visando o encaminhamento às autoridades regulatórias federais, especialmente a ANP. “Além disso, sobre os temas mais críticos, levar conjuntamente as demandas aos governadores para que os levem ao Ministério de Minas e Energia e autoridades do Governo Federal”, explica Müller.

Na avaliação do CEO da Sulgás. Marcelo Leite, o encontro propiciou um espaço rico para um debate qualificado entre a Abegás e as associadas. “Pudemos conversar com profundidade sobre oportunidades e desafios, bem como elaborar um plano concreto de ação. Nosso objetivo é a união das distribuidoras de gás natural do Sul, favorecendo o desenvolvimento da Região, que tem um mercado de gás com imenso potencial de crescimento”.

Infomoney - SP   23/02/2024

A CNOOC, empresa chinesa que produz no pré-sal, foi a vencedora do processo de venda direta realizado na quarta-feira, 21, pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) para comercializar a terceira carga de petróleo da União, de 500 mil barris, referente ao contrato de partilha de produção do campo de Sépia, na bacia de Santos. A carga estará disponível para carregamento em abril, informou a PPSA.

Pela primeira vez, a PPSA vendeu cargas baseada no preço do Brent. Até então, as vendas eram realizadas com base no preço de referência estabelecido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

“Foi a venda mais competitiva realizada pela União, com o maior número de participantes”, afirmou a PPSA.
Todas as empresas que já atuam no pré-sal foram convidadas a participar da concorrência, além da Prio e da Refinaria de Mataripe. Cinco delas enviaram propostas: CNOOC, Galp, Petrobras (PETR4),, Refinaria de Mataripe e Equinor.

As ofertas de preço foram abertas em tempo real em reunião realizada pela plataforma Teams entre a PPSA e representantes das empresas participantes. Esta foi a primeira vez que a CNOOC adquiriu uma carga da União. A empresa participa dos contratos de Partilha de Búzios, Pau-Brasil, Libra e Alto de Cabo Frio Oeste.

A Galp Energia Brasil e a Petrobras foram as vencedoras das duas cargas de Sépia comercializadas, respectivamente, em agosto de 2022 e em julho de 2023, informou a estatal.

Infomoney - SP   23/02/2024

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 3,514 milhões de barris, para a 442,964 milhões de barris, na semana encerrada em 16 de fevereiro, informou nesta quinta-feira (22) o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país. O consenso LSEG de analistas previa uma alta ainda maior, para 4,298 milhões de barris.

Os estoques de gasolina caíram 293 mil barris, a 247,037 milhões de barris. Já os de destilados recuaram 4,008 milhões, a 121,651 milhões de barris.

A taxa de utilização da capacidade das refinarias permaneceu estável em 80,6%.
Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram alta de 741 mil barris, a 29,512 milhões de barris. Já a produção média diária dos EUA também se manteve inalterada em 13,3 milhões de barris no período.

Associe-se!

Junte-se a nós e faça parte dos executivos que ajudam a traçar os rumos da distribuição de aço no Brasil.

INDA

O INDA, Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, é uma Instituição Não Governamental, legalmente constituída, sem fins lucrativos e fundada em julho de 1970. Seu principal objetivo é promover o uso consciente do Aço, tanto no mercado interno quanto externo, aumentando com isso a competitividade do setor de distribuição e do sistema Siderúrgico Brasileiro como um todo.

Rua Silvia Bueno, 1660, 1º Andar, Cj 107, Ipiranga - São Paulo/SP

+55 11 2272-2121

contato@inda.org.br

© 2019 INDA | Todos os direitos reservados. desenvolvido por agência the bag.

TOP