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21 de Dezembro de 2023

SIDERURGIA

Portal Fator Brasil - RJ   21/12/2023

Queda de 7,1% frente ao mesmo período do ano anterior. No período as exportações somaram 10,9 milhões de toneladas, em valor US$ 9,2 bilhões., redução de 0,9% e de 8,6% respectivamente, ante o mesmo período em 2022.

O Instituto Aço Brasil (IABr), divulgou no dia 19 de dezembro (terça-feira), as estatísticas referente ao mês de novembro de 2023, o qual mostra que a produção brasileira de aço bruto foi de 2,7 milhões de toneladas, um aumento de 2,8% frente ao apurado no mesmo mês de 2022. Já a produção de laminados foi de 1,8 milhão de toneladas, 5,7% inferior à registrada em novembro de 2022. A produção de semiacabados para vendas foi de 799 mil toneladas, um aumento de 32,1% em relação ao ocorrido no mesmo mês de 2022.

Consumo e Vendas — Segundo o IABr, as vendas internas recuaram 2,1% frente ao apurado em novembro de 2022 e atingiram 1,6 milhão de toneladas. O consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 2,0 milhões de toneladas, 2,5% superior ao apurado no mesmo período de 2022.

Exportações — As exportações de novembro de 2023 foram de 971 mil toneladas, ou US$ 723 milhões, o que resultou em

aumento de 19,9% e de 5,7%, respectivamente, na comparação com o ocorrido no mesmo mês de 2022.

Importações — As importações de novembro de 2023 foram de 356 mil toneladas e de US$ 402 milhões, um aumento de 9,2% em quantum e queda de 7,0% em valor na comparação com o registrado em novembro de 2022.

Produção do acumulado de janeiro a novembro de 2023 — A produção brasileira de aço bruto foi de 29,3 milhões de

toneladas no período, o que representa uma queda de 7,1% frente ao mesmo período do ano anterior. A produção de laminados no mesmo período foi de 20,1 milhões de toneladas, redução de 8,5% em relação ao registrado no mesmo acumulado de 2022. A produção de semiacabados para vendas totalizou 8,8 milhões de

toneladas de janeiro a novembro de 2023, um aumento de 20,4% na mesma base de comparação.

Vendas — As vendas internas foram de 18,0 milhões de toneladas de janeiro a novembro de 2023, o que representa uma

redução de 5,0% quando comparadas com igual período do ano anterior.

Consumo — O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos foi de 22,0 milhões de toneladas no acumulado até

novembro de 2023. Este resultado representa um aumento de 0,5% frente ao registrado no mesmo período de 2022.

Exportações — As exportações de janeiro a novembro de 2023 atingiram 10,9 milhões de toneladas, em valor US$ 9,2 bilhões. Esses valores representam, respectivamente, redução de 0,9% e de 8,6% na comparação com o mesmo período de 2022.

Importações — As importações alcançaram 4,5 milhões toneladas no acumulado até novembro de 2023, um aumento de 49,9% frente ao mesmo período do ano anterior. Em valor, as importações atingiram US$ 5,4 bilhões e avançaram 20,7% no mesmo período de comparação.

ICIA — O Instituto Aço Brasil(IABr) também divulgou o Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) de dezembro de 2023, o indicador cresceu 1,8 ponto frente ao registrado em novembro, somando 37,7 pontos, e pelo 14º mês está abaixo da linha divisória de 50 pontos, — o que denota falta de confiança dos CEOs da indústria brasileira do aço.

Construção Latino-americana - SP   21/12/2023

Após uma queda acentuada de 30,4% no consumo aparente de aço no Chile durante 2022, entre janeiro e setembro de 2023 foi registrada uma queda de 0,3%, totalizando 1.821.000 toneladas em comparação com as 1.826.000 toneladas registradas nos três primeiros trimestres de 2022.

“A análise quinquenal do último Steel Report mostra que a curva de tendência do consumo aparente de aço muda a inclinação descendente a partir de janeiro de 2022 e começa a se estabilizar a partir de junho de 2023, com ligeiros aumentos”, comentou Juan Carlos Gutiérrez, diretor executivo do Grupo. Instituto Siderúrgico Chileno (ICHA).

Segundo o executivo, a atividade nos setores da construção, mineração e indústria seriam os principais gatilhos “e consequentemente os sinais de reativação dos investimentos geram as condições para conter e modificar o declínio”, disse Gutiérrez.

Por famílias de produtos, os aços longos que incluem perfis e barras registraram queda de 10,6% nos primeiros nove meses do ano em relação ao mesmo período de 2022, atingindo um total de 770 mil toneladas.

Já a família de aços planos registrou aumento de 9,3% nos períodos comparados, atingindo 1.022 mil toneladas. Nesta família destaca-se o aumento de 29,8% no consumo aparente de chapas grossas, totalizando 207 mil toneladas de consumo aparente.
Projeções 2023 e 2024

Apesar das quedas registradas nos primeiros nove meses do ano, Gutiérrez destacou que conforme indicado no último Relatório do Aço, até 2023 o consumo aparente de aço deverá atingir 2.379 mil toneladas, o que representaria um crescimento de 3,9% em relação a 2022. “Embora esse aumento não é dinâmico, a boa notícia é que não se vê uma queda contínua para este ano”, disse o executivo.

Ainda assim, segundo as projeções da ICHA, em 2024 voltaria a registar-se uma diminuição de 0,6% no consumo aparente de aço, face a 2023.

Investing - SP   21/12/2023

A Usiminas (BVMF:USIM5) informou nesta quarta-feira (20) que a Kapitalo Investimentos aumentou sua participação acionária na companhia para 5,01%.

O aumento ocorreu em 14 de dezembro, quando a Kapitalo passou a deter 26.585.676 ações preferenciais da Usiminas. Dessas, 16.702.397 estavam doadas em operações de BTC e 847.100 estavam objeto de contrato de opção.

As ações em custódia, portanto, representam aproximadamente 5,01% do total de ações preferenciais emitidas e representativas do capital social da Usiminas.

A Kapitalo Investimentos informou que sua participação acionária na Usiminas é estritamente de investimento, não objetivando a alteração do controle societário nem da estrutura administrativa da companhia.

A gestora também informou que não celebrou nenhum acordo de acionista ou outro contrato a qualquer título cujo objeto seja a regulação do exercício do direito de voto e/ou a compra ou venda de valores mobiliários de emissão da Usiminas.

Às 11h50 (de Brasília), as ações da Light (BVMF:LIGT3) despencavam 0,59%, cotadas a R$8,39. De acordo com os analistas considerados pelo InvestingPro, as ações da companhia têm um preço-justo de R$7,69 com desvalorização de 13%.

Exame - SP   21/12/2023

O mau humor do mercado parece ter pegado uma ação “pra Cristo” nos últimos meses. Pelo menos, essa é a razão pela qual o analista Ruy Hungria, da Empiricus Research, acredita que Gerdau (GGBR4) vem apresentando um desempenho tão ruim na Bolsa.

Em entrevista concedida ao programa Giro do Mercado na última segunda-feira (4), o especialista em ações afirmou que Gerdau vem sofrendo com um “pessimismo exagerado” do mercado a respeito de seu desempenho.

A ação GGBR4 amarga uma queda de -21%, em 2023, e -5% só no último mês. A cotação do papel está atualmente em R$ 22,06.

Mas, mesmo após as quedas sequenciais do papel na Bolsa, Ruy Hungria acredita que GGBR4 está entre as melhores ações da Bolsa para investir no momento em busca de dividendos.

Em um movimento que o mercado pode considerar “não muito óbvio”, nas palavras dele, o analista adicionou GGBR4 à sua carteira com as cinco melhores ações para buscar dividendos “gordos” a partir de dezembro.

Entenda o porquê dessa tacada na sequência – e saiba como você pode conhecer o restante das recomendações do analista.

O que explica a baixa de Gerdau na Bolsa?

Quem acompanha de perto o mercado brasileiro deve ter percebido a fase ruim que vive Gerdau na Bolsa – mesmo enquanto o Ibovespa, no geral, vive “dias de glória” e uma alta de 12,54% só no mês de novembro.

Segundo Ruy Hungria, alguns motivos explicam essas quedas que o papel vem sofrendo, e o primeiro deles é uma desaceleração sofrida no consumo de aço.

O mercado de construção civil, no geral, viveu uma grande demanda durante a pandemia. Em seguida, a guerra da Ucrânia fez diminuir a oferta de diversos materiais no mercado, incluindo o aço, o que ajudou na valorização desse produto no mercado e em uma consequente alta de Gerdau e outras empresas do setor.

Por isso, o que estamos vendo, agora, é uma normalização entre oferta e demanda do produto, aliada a uma maior oferta de importação do aço pela China – o que também atrapalha bastante as companhias daqui, segundo o analista, incluindo a Gerdau.

“Só que, nesse momento, a gente tem um preço de ação que embute um nível de pessimismo bastante elevado, na minha visão”, diz o analista.

Ou seja: para Ruy Hungria, o mercado está jogando “para baixo” o valor da ação mais do que seria considerado justo. Atualmente, o papel GGBR4 negocia a apenas 4x Ebitda, um valuation bastante interessante na visão do analista.

“Além disso, o nível de alavancagem da Gerdau está muito baixo, o que permite que ela continue pagando bons dividendos mesmo que o setor não melhore e o cenário continue desfavorável para as siderúrgicas”, explica.

GGBR4 pode pagar bons dividendos?

Com o preço baixo da ação e a previsão de continuar pagando dividendos “gordos” nos próximos meses, é natural que haja o aumento no dividend yield do papel – ou seja, o retorno em dividendos sobre o valor do papel.

O raciocínio aqui é bem simples: imagine uma ação que paga R$ 1 em dividendos e custa R$ 20. Seu dividend yield seria, no caso de 1/20, ou 5%. Se essa ação seguir pagando R$ 1, mas seu preço cair para R$ 10, o yield passa a ser de 1/10, ou 10%.

E isso, é claro, significa também um maior retorno em dinheiro no bolso do investidor que tiver GGBR4 na carteira.

A previsão de Ruy é de que os dividendos da Gerdau cheguem à casa dos dois dígitos nos próximos meses – ou seja, um dividend yield próximo dos 10%, índice bastante interessante para o investidor.

É por isso que, ainda que pareça “nadando contra a maré” em um momento de baixa dos papéis, Ruy decidiu acrescentar GGBR4 à sua carteira de ações voltadas para dividendos.

Investing - SP   21/12/2023

A JFE Steel, a segunda maior empresa siderúrgica do Japão, está interessada em expandir suas operações nos Estados Unidos, disse seu presidente nesta quarta-feira, observando que os laços entre as indústrias siderúrgicas dos dois países se aprofundarão após a aquisição da U.S. Steel pela Nippon Steel.

A Nippon Steel, a maior empresa siderúrgica do Japão, fechou um acordo na segunda-feira para comprar a U.S. Steel, sediada em Pittsburgh, por 14,9 bilhões de dólares, prevalecendo em um leilão para a icônica siderúrgica de 122 anos sobre rivais como Cleveland-Cliffs, ArcelorMittal e Nucor.

Para a JFE, a principal unidade da JFE Holding Inc, o mercado siderúrgico dos EUA também parece atraente, uma vez que se espera que a demanda cresça de forma constante, disse o presidente da JFE Steel, Yoshihisa Kitano, em uma coletiva de imprensa.

"Espera-se que o negócio de aço dos EUA cresça... com o sólido crescimento da demanda previsto pelo setor automotivo", disse Kitano.

Ele também disse que há várias partes do mercado norte-americano onde as siderúrgicas podem gerar ganhos sólidos do ponto de vista da segurança econômica.

"Se houver uma oportunidade, gostaríamos de considerar (expandir) enquanto avaliamos que tipo de áreas de negócios apresentam oportunidades", disse Kitano.

Mas ele acrescentou que não havia nenhum plano concreto para aumentar o investimento nos EUA no momento.

Kitano, que também é presidente da Japan Iron and Steel Federation, recusou-se a comentar sobre o acordo da Nippon Steal em sua capacidade como chefe do grupo do setor.

Mas ele disse, como opinião pessoal, que a aquisição bem-sucedida pela Nippon Steel deve aprofundar os esforços de colaboração entre os setores siderúrgicos dos EUA e do Japão, incluindo iniciativas para a neutralidade de carbono.

Diário do Aço - MG   21/12/2023

A partir desta quinta-feira (21), a Usiminas iniciará em todas suas plantas, inclusive na de Ipatinga, o período educativo do programa de testagem de álcool. A iniciativa já é adotada por outras empresas da região do Vale do Aço.

Procurada pela reportagem do Diário do Aço, a Usiminas afirmou, por meio de nota que "reforça que a decisão de adotar a testagem de álcool visa a segurança dos colaboradores e colaboradoras. A prática já é amplamente dotada em diversas empresas brasileiras, inclusive em toda a indústria do aço, como forma de prevenir acidentes e zelar pela integridade física das equipes".

Os testes serão realizados durante um mês e, a partir do dia 22 de janeiro do ano que vem, a norma passará a vigorar efetivamente.
Conforme apurado pelo Diário do Aço, as abordagens serão realizadas de forma aleatória aos trabalhadores que passarem pelas portarias das plantas industriais para que realizem o teste do bafômetro.

Os testes serão feitos em locais reservados e após consentimento do empregado abordado. Os resultados serão considerados positivos quando forem identificados indicadores de concentração de álcool acima de 0,00 mg/l. Além disso, é orientado que o intervalo entre a ingestão de álcool e o início do trabalho deve ser de, no mínimo, 12 horas.

Teste positivo

Ainda conforme verificado pelo Diário do Aço, se um empregado apresentar resultado positivo, será imediatamente impedido de entrar na empresa, sendo reorientado sobre o procedimento do Programa de Testagem de Álcool.

Sindipa contesta

O Sindicato dos Metalúrgicos de Ipatinga e Região (Sindipa) classifica o programa que será iniciado pela siderúrgica como “irregular” e “arbitrário”. O sindicato, com o Sindicato de Metalúrgicos da Baixada Santista, protocolou ofício junto à empresa.

Além disso, o Sindipa afirma que irá acionar judicialmente a Usiminas junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT). A medida também será feita contra as contratadas que prestam serviço nas plantas.

Conforme documento obtido pela reportagem do Diário do Aço, o Sindipa defende que o “objetivo da empresa com tal medida em nada tem relação com a proteção e segurança da coletividade no interior das empresas, mas sim de perseguição e desrespeito aos direitos individuais e coletivos dos trabalhadores”.

O sindicato ainda pontua que o programa irá expor os funcionários “a situações vexatórias e humilhantes e o mais grave, a empresa pretende com esse mecanismo irregular impor penalidades aos trabalhadores”.

A entidade também argumenta que “a medida não tem base legal” e se configura como uma “prática de assédio moral coletivo”.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   21/12/2023

Pelo terceiro mês seguido, a atividade econômica brasileira teve queda em outubro deste ano, de acordo com informações divulgadas, em Brasília, nesta quarta-feira (20) pelo Banco Central (BC) (foto). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou redução de 0,06% em outubro em relação ao mês anterior, de acordo com dados dessazonalizados (ajustados para o período).

Em outubro, o IBC-Br atingiu 145,65 pontos. Na comparação com o mesmo mês de 2022, houve crescimento de 1,54% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais). No acumulado em 12 meses, o indicador também ficou positivo em 2,19%.

Em junho e julho, o indicador apresentou alta, seguida de retração em agosto e setembro.

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 11,75% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – indústria, comércio e serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela quarta vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

Na ata da última reunião, o Copom não adiantou quando vai parar de reduzir a Selic e informou que o momento dependerá do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Produto Interno Bruto

Divulgado mensalmente, o IBC-Br emprega uma metodologia diferente da utilizada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. Segundo o próprio BC, o índice “contribui para a elaboração de estratégia da política monetária” do país, mas “não é exatamente uma prévia do PIB.”

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país. Com resultado trimestral, superando as projeções, no terceiro trimestre do ano a economia brasileira cresceu 0,1%  na comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre janeiro e setembro, a alta acumulada foi de 3,2%. Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.

Infomoney - SP   21/12/2023

Em relatório com projeções para 2024, o Itaú revisou a sua projeção para a taxa de câmbio de R$ 5,25 por dólar para R$ 4,90 por dólar em 2024, vendo espaço para um desempenho melhor da moeda.

Mario Mesquita, economista-chefe do banco, considera a melhora no ambiente internacional, com o Fed começando a cortar juros mais cedo no ano, o que ajuda a aliviar em parte a esperada redução do diferencial de juros e deve também trazer enfraquecimento do dólar a nível global.

“Ainda assim, continuamos esperando que a economia americana performe melhor do que as demais, o que limita o espaço para uma expectativa de dólar global muito mais fraco, limitando também, na nossa visão, o espaço para um real mais apreciado no próximo ano”, aponta.
Dólar deve fechar 2023 em queda com juros nos EUA e balança favorável: o que esperar para 2024?

Além disso, o prêmio de risco doméstico em nível baixo, para o período pós-pandemia e o bom desempenho da balança comercial devem continuar nos próximos anos, oferecem suporte para a moeda. O banco projeta câmbio em R$ 5,10 por dólar em 2025.

Fiscal e política monetária

A meta de resultado primário de 2024 seguirá em zero, ao menos no curto prazo, avalia Mesquita.

Ainda assim, os riscos fiscais continuam elevados, considerando a incerteza sobre a disposição do governo em contingenciar despesas e o efetivo impacto arrecadatório das medidas que estão sendo aprovadas este ano. “Revisamos nossas expectativas de déficit primário de 2023 de 1,0% para 2,3% do PIB e de 2024 de 1,2% para 0,8% do PIB, refletindo principalmente o deslocamento no tempo e a classificação integral como gasto primário do pagamento de precatórios e de receitas extraordinárias esperadas nesses anos. Para 2025, esperamos déficit primário de 1,0% do PIB”, avalia.

O banco mantém a projeção de crescimento do PIB em 2,9% e 1,8% em 2023 e 2024, respectivamente. A desaceleração do PIB em 2024 será resultado da menor contribuição do PIB Agro e do menor impulso fiscal. Para 2025, também projeta avanço de 1,8%.

Com relação ao mercado de trabalho, projeta taxa de desemprego de 8% em 2023, 2024 e 2025.

Enquanto isso, reduziu a projeção de IPCA para 2024 de 4% para 3,6%, incorporando impacto do câmbio mais apreciado sobre bens comercializáveis. Além disso, estoques ainda elevados sugerem dinâmica mais benigna do núcleo de industriais subjacentes. Com essa revisão, o balanço de riscos para 2024 fica simétrico, avalia.

“Para 2025, tendo em vista a desancoragem de expectativas longas e um mercado de trabalho ainda apertado, projetamos inflação acima da meta, em 3,5%”, aponta.

Já sobre a Selic, que encerra 2023 a 11,75%, Mesquita passou a esperar que a taxa básica de juros vá para 9% ao final do ciclo de cortes (em 2024), ante projeção anterior de 9,50%, com base na perspectiva de inflação menor no próximo ano do que o anteriormente esperado e no alívio do cenário externo.

IstoÉ Dinheiro - SP   21/12/2023

O Banco Central divulgou nesta quarta-feira, 20, os resultados do Questionário Pré-Copom (QPC) para a reunião da semana passada, na qual o Comitê de Política Monetária cortou a Selic pela quarta vez consecutiva em 0,50 ponto porcentual, para 11,75% ao ano. Mais uma vez, o colegiado sinalizou que irá manter o ritmo de flexibilização nas próximas reuniões.

Enquanto o Copom mantém uma estimativa de taxa de juros neutra em 4,5%, os economistas avaliam que essa taxa já é de 5,00%. Na pergunta sobre o hiato do produto, a mediana dos analistas ficou em 0,1% no fim de 2023 e 0,3% no fim de 2024.

Das 134 instituições que responderam ao questionário, apenas uma apostou em um corte de 0,75 pp já na reunião de dezembro. Por outro lado, sete delas acreditavam que esse seria o movimento correto por parte do BC.

Para a reunião de janeiro, seis apostavam na aceleração do corte para 0,75 pp, sendo que 14 disseram que fariam isso se estivessem no lugar do Copom. Para março, as respostas são mais variadas. O número dos que acham que haverá um corte de 0,75 pp aumenta para 11, e duas casas apostaram um corte menor, de 0,25 pp. Já para a pergunta sobre o que fariam se estivessem na pele do BC, as respostas vão desde manutenção da Selic (1), corte de 0,25 pp (6), corte de 0,50 pp (105) a corte de 0,75 pp (21).

No QPC, a mediana das expectativas para a inflação ficou em 4,50% em 2023, 4,00% em 2024 e 3,50% em 2025, próximas do verificado no último Boletim Focus. Para 30% das instituições, há riscos de alta para a inflação de 2024, 54% enxergam riscos equilibrados e apenas 16% consideram riscos de baixa. Para 2025, há risco de alta também para 30% das casas, com riscos equilibrados para 64% e risco de baixa para somente 6%.

Para 2024, a mediana do impacto do El Niño incorporado pelos analistas em suas projeções é de 0,20 pp, com potencial de 0,60 pp. Na ata divulgada na terça-feira, o Copom afirmou que enxerga um efeito maior do fenômeno climático nos preços de alimentos.

Já sobre a elevação das alíquotas de ICMS em curso por diversos governos estaduais, os economistas disseram já ter incorporado um impacto de 0,05 pp nas projeções para 2024, com potencial de até 0,25 pp.

Assim como o próprio BC, 80% dos analistas enxergaram um ambiente externo mais favorável desde a reunião anterior do Copom, no começo de novembro. A mediana das projeções para a taxa de juros de curto prazo dos Estados Unidos ficou em 4,32% no fim de 2024 e 3,50% em 2025. No longo prazo, a estimativa é de que a taxa americana fique em 2,90%. Para títulos de 10 anos, a projeção é de 4,00% no fim de 2024 e 3,50% em 2025 e no longo prazo.

O QPC mostra ainda um déficit primário de R$ 92 bilhões nas contas do governo central no próximo ano, bem distante da meta de resultado fiscal zero. As instituições estimam que as medidas de recuperação de receitas por parte da equipe econômica terão um efeito de apenas R$ 80 bilhões em 2024, cerca da metade do pretendido pelo governo.

IstoÉ Dinheiro - SP   21/12/2023

Segue, nesta quarta-feira, 20, para promulgação o texto da PEC 45/2019, que define novas regras sobre tributo via Reforma Tributária. A medida, que fará parte da Constituição, simplifica impostos sobre o consumo, prevê fundos para o desenvolvimento regional e para bancar créditos do ICMS até 2032, e unifica a legislação dos novos tributos. A discussão sobre tributos no país acontece há mais de 30 anos, e deve demorar para que contribuintes vejam as diferenças, já que a transição criada é de 49 anos (2029-2077).

Conforme explica a Agência Câmara, estados e municípios não poderão fixar alíquotas próprias do novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) inferiores às necessárias para garantir as retenções determinadas durante este período.

A reforma unifica cinco tributos para dois: Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) serão unificados em uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), do Governo Federal. Já o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e Imposto sobre Serviços (ISS) serão unificados no Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a cargo de estados e municípios.

O texto aprovado é uma mistura entre a versão da Câmara, do relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e a versão do Senado, do senador Eduardo Braga (MDB-AM). Dessa forma, será possível promulgar a proposta sem outra votação.

Cesta básica

Uma das maiores polêmicas, com idas e vindas entre as Casas Legislativas, foi a criação da cesta básica nacional, com tributo zero. Aguarda-se ainda uma lei complementar para definir a lista de ‘itens essenciais para alimentação’, como carne, frango, café, leite, ovos, entre outros.  A cesta deverá considerar a diversidade regional e garantir alimentação saudável e nutricionalmente adequada.

O gás de cozinha e a conta de luz também devem ter diferencial. Segundo a proposta, haverá devolução do tributo pago por estes itens para famílias de baixa renda via cashback, tipo de recompensa pós compras. A porcentagem e como a devolução vai acontecer deve ser definida via lei complementar.
Zona Franca de Manaus

Outro ponto importante foi manter o IPI para os produtos da Zona Franca de Manaus, sendo uma exceção em relação aos produtos das demais regiões, garantindo assim incentivos fiscais.

O texto estabelece ainda outras formas de compensar perdas de arrecadação com a transição para o novo formato, uma dentro do mecanismo de arrecadação do IBS e outra específica para a repartição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que continuará a incidir apenas sobre produtos fora da ZFM e que sejam produzidos dentro dela também. O objetivo é manter a competitividade dessa área especial de produção.
Alíquota reduzida

Além da cesta básica, outros itens e setores terão alíquota zero ou com tributo em 60% reduzido, além de criação de créditos, tudo a ser definido via lei complementar.

Alíquotas reduzidas em 60% vão incidir sobre serviços de educação, saúde, medicamentos, itens de saúde menstrual, produtos relacionados a higiene e limpeza; setor cultural, esportes, transporte coletivo, entre outros.

Já o tributo zero vai incidir sobre algumas modalidades específicas de transporte, medicamentos e saúde menstrual, podendo se estender para produtos agrícolas e compra de automóveis para passageiros com deficiência.
Micro e pequenas empresas

A PEC 45/19 mantém o Simples Nacional como um regime simplificado e especial de tributação, retirando os tributos que serão extintos e incluindo os novos.

O optante pelo Simples Nacional não poderá aproveitar créditos gerados pelo pagamento unificado previsto no Simples, mas os adquirentes de bens e serviços fornecidos por micro ou pequena empresa poderão fazê-lo, exceto se o optante recolher em separado o IBS e a CBS. O aproveitamento somente poderá ocorrer se o comprador não for optante do Simples.
Imposto do Pecado

A aprovação também prevê criar o Imposto Seletivo, apelidado de “Imposto do pecado”. Será uma cobrança extra sobre bens e serviços que prejudiquem a saúde e o meio ambiente, como cigarros e bebidas alcóolicas, visando desestimular o consumo desses produtos; a cobrança de impostos para quem possui jatinhos e iates e lanches, por meio de IPVA, além de tributar heranças.

A arrecadação será dividida entre estados, municípios e União, e deve compensar o tributo zero da cesta básica nacional.

Diário do Comércio - MG   21/12/2023

Nem mesmo a continuidade do crescimento real do setor de serviços e da agropecuária foi suficiente para compensar o desempenho ruim da indústria mineira, principal responsável pela redução do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais no terceiro trimestre de 2023. Dados da Fundação João Pinheiro (FJP) apontam que a economia do Estado, ao somar R$ 257,8 bilhões entre julho e setembro, recuou 1,4% na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

Enquanto as atividades de serviços e agropecuária cresceram 0,6% e 0,3%, respectivamente, a indústria mineira, que representa mais de um quarto da economia estadual, registrou um decréscimo de 1,7%, impactando fortemente o PIB do Estado. O resultado negativo do setor foi devido, sobretudo, a uma queda no segmento extrativo, de 6,4%. As indústrias da construção (-1,7%), de transformação (-1,2%) e de utilidade pública (-1%) também recuaram no período.

Com um avanço significativo da agropecuária, de 22,6%, e de uma alta no setor de serviços de 1,7%, o PIB mineiro cresceu 2,6% frente ao terceiro trimestre de 2022. Mas o acréscimo poderia ser maior se a indústria não registrasse estabilidade nessa base comparativa. Neste caso, as indústrias de utilidades públicas (3,7%) e de transformação (2%) cresceram, mas a da construção (-3,4%) e, novamente, a extrativa (-1,7%) apresentaram baixas, influenciando o resultado.

Queda na indústria extrativa pode ser explicada pelo recuo produtivo das mineradoras

O pesquisador da Coordenação de Contas Regionais da FJP, Thiago Almeida, avalia os índices negativos da indústria extrativa a partir de dados divulgados pelas principais mineradoras que atuam em Minas Gerais. Ele destaca, por exemplo, que a Vale reportou, entre julho e setembro deste ano, ante o mesmo período de 2022, quedas na produção de vários complexos minerários espalhados pelo Estado, em cidades como Ouro Preto, São Gonçalo do Rio Abaixo e Nova Lima.

Almeida explica que no complexo de Minas Centrais, a companhia aferiu uma diminuição na produção de 10,2%. No de Mariana, apresentou um recuo de 4,5%. Já no complexo de Paraopeba, a redução chegou a 22,9%. Enquanto no de Vargem Grande, o decréscimo foi de 1,8%. Ele enfatiza que, ao consolidar os dados da mineradora no Estado, a queda total alcançou 5%.

“Temos também uma queda na produção da Anglo American, que atua no município de Conceição do Mato Dentro, de 7%, e também na Mineração Usiminas, que atua em Itatiaiuçu e Mateus Leme, de 4,1%. Dentro das principais empresas, a exceção foi a CSN Mineração, que atua no município de Congonhas e teve um expressivo crescimento (de 20,5%)”, ressaltou.
PIB de Minas Gerais cresceu 3,2% no acumulado e deve atingir mais de R$ 1 trilhão em 2023

No acumulado dos três primeiros trimestres de 2023, frente a igual intervalo de 2022, o PIB do Estado expandiu 3,2%. Nessa base de comparação, a agropecuária se destacou com uma alta de 11,6%, no entanto, as atividades da indústria (3,3%) e de serviços (2,1%) também cresceram.

Em valores correntes, a economia mineira somou R$ 767,6 bilhões no período e a perspectiva é que esse montante ultrapasse a casa de R$ 1 trilhão com o último trimestre. De acordo com o coordenador de Contas Regionais da FJP, Raimundo Leal, a expectativa é que a atividade econômica de Minas Gerais atinja entre R$ 240 e R$ 250 bilhões nesse intervalo de tempo.

Para a instituição, os próximos trimestres devem ser de continuidade na desaceleração do ritmo de crescimento econômico até que se complete o processo de ancoragem das expectativas inflacionárias e que as taxas de juros reais deixem de atuar num período contracionista. Eles ressaltam, no entanto, que eventuais surpresas positivas podem ocorrer a depender da demanda do setor externo por exportações de commodities agrícolas ou minerais.

O Estado de S.Paulo - SP   21/12/2023

Prossigo na minha pregação habitual de que a economia brasileira está estagnada desde a década de 1980. Estagnada no sentido de crescer abaixo do seu potencial, conforme meu dicionário. Infelizmente, não se percebe, da parte da sociedade em geral e da classe política – nesta com raríssimas exceções –, uma preocupação com esse baixo crescimento. E não há tampouco a percepção de que, na ausência de um crescimento econômico bem maior, será muito mais difícil de aliviar ou solucionar os múltiplos e graves problemas econômicos e sociais com que o País se defronta.

O desempenho do PIB no ano que se encerra evidencia uma vez mais essa estagnação, pois suas taxas trimestrais caíram ao longo do ano: 1,4%, 1,0% e 0,1% no primeiro, segundo e terceiro trimestres. As taxas do primeiro e do segundo trimestres foram boas e respondem pela estimativa de um crescimento perto de 3% do PIB de 2023, mas principalmente em razão de um excepcional crescimento do setor agropecuário no início do ano, que não deve se repetir em 2024. E houve em 2023, já a partir do início do ano, também o estímulo da chamada PEC da Transição, que permitiu a Lula manter e expandir programas sociais. Quanto à variação do PIB no quarto trimestre, as estimativas apontam para um valor também próximo de 0,1% pelo lado positivo ou pelo negativo, e este último predomina nas previsões. Assim, a partir do segundo semestre de 2023 a economia voltou mais claramente a um período de estagnação.

Passando a 2024, as estimativas dos analistas consultados pelo boletim semanal Focus, do Banco Central, são de um crescimento do PIB de 1,5% no ano, ou seja, cerca de metade do resultado previsto para 2023. A economia não poderá contar em 2024 com um crescimento excepcional da agropecuária. De acordo com o jornal Valor do dia 8 de dezembro, estimativas da safra de grãos do próximo ano foram recentemente reduzidas em 4 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por causa do excesso de chuvas na Região Sul do País e do forte calor no Centro-Oeste.

2024 será ano de eleições municipais, nas quais o governo petista federal quer se sair bem. Assim, não será surpresa se neste ano ele enveredar pelo caminho do “gasto é vida”, conforme disposição anunciada pelo presidente Lula. Aliás, nesta linha ele já procurou um estímulo dado pelo pagamento dos precatórios, adiado faz muito tempo. Segundo o jornal Valor de ontem, o Tesouro planeja pagar nesta semana em torno de R$ 95 bilhões em precatórios, fora do teto de gastos e sem afetar a meta do resultado primário, conforme autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).

Para crescer mais, a questão fundamental é o aumento da taxa de investimento da economia, a formação de capital como proporção do PIB, como o investimento em novas fábricas e fazendas, ou em sua ampliação. Ela é que aumenta a capacidade produtiva de um país e, assim, quanto maior for, tanto maior será o crescimento do PIB.

Mas essa taxa também está muito baixa. No terceiro trimestre deste ano ela foi de apenas 16,6% do PIB e inferior à do mesmo período de 2022, quando foi de 18,3%. Aí volto a repetir que se trata de uma fragilidade crônica, com forte impacto na referida estagnação, pois idealmente essa taxa deveria estar em 25% ou mais. No seu período de mais forte crescimento, a China chegou a investir cerca de 40% do PIB. E mais: os juros para financiar investimentos privados são muito elevados no Brasil, desencorajando os empresários a realizá-los.

Outra razão dessa baixa taxa de investimentos é que o Brasil, nesse período de estagnação, reduziu fortemente a taxa do setor público, que na década de 1970 chegou a 10,58% do PIB e hoje está perto de apenas 2,5% (!). O investimento cedeu espaço a outras despesas, como de previdência e assistência social.

Neste contexto, é desanimadora a contínua disposição do presidente Lula em ampliar gastos com mais tributos e endividamento. A dívida pública já é alta e gera incertezas quanto ao futuro que também afetam negativamente a disposição de investir dos empresários. E, ao aumentar tributos, o governo toma mais recursos da sociedade, que investe mais do que ele. O que ele precisaria fazer é examinar os gastos públicos e buscar espaço para ampliar investimentos governamentais, além de fazer mais concessões de estradas e outras obras de infraestrutura ao setor privado. Privatizações, que seriam bem-vindas, isso ele não vai fazer mesmo.

O leitor talvez perguntasse por que insisto em pregações desse tipo a um governo avesso a elas. Mas acredito no que prego e vejo que não estou sozinho. Também no Valor de ontem li uma entrevista do economista Claudio Considera, coordenador de Contas Nacionais do FGV-Ibre, que divulga o Monitor do PIB. Ele disse: “A economia está estagnada e parece que não tem dinamismo para voltar a crescer”. Ele atribuiu isso principalmente à queda do investimento. E concluo: sem crescer bem mais, este país não tem solução.

Diário do Comércio - MG   21/12/2023

Apesar da melhora dos indicadores econômicos, como inflação sob controle e redução do desemprego, da taxa básica de juros (Selic) e do risco fiscal, a confiança da indústria não decolou em 2023, ficando próximo dos 50 pontos durante boa parte do ano, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Em dezembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) chegou a 51,3 pontos, o que representou queda de 0,7 ponto em relação a novembro (52 pontos).

“O otimismo foi menos intenso e disseminado em dezembro, tendo em vista as incertezas com relação à continuidade da melhora das variáveis macroeconômicas”, observa a economista da entidade, Daniela Muniz.

Ela explica que o cálculo do Icei resulta da ponderação dos índices de condições atuais e de expectativas, que variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam percepção de situação atual mais favorável em relação aos seis meses anteriores e expectativa positiva para os próximos seis meses, respectivamente.

A economista observa que, apesar da Selic estar mais baixa este ano, o reflexo na economia leva tempo para ser sentido. Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, fez um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa, que passou a 11,75% ao ano. “Além do mais, apesar das reduções, os juros ainda continuam elevados”, frisa.

Ela acrescenta que, embora a performance de diversas variáveis macroeconômicas esteja melhor que o esperado, ainda há desafios, em especial, para os setores cuja demanda depende financiamento. Além disso, a economista observa que há pontos de atenção que devem ser considerados, como o ambiente internacional. Ela lembra que a economia chinesa está desacelerando e isso tem reflexos para a indústria, com destaque para a extrativa mineral.
2022

De acordo com a Fiemg, frente ao mês de dezembro de 2022, o indicador avançou 1,6 ponto. Naquele mês, o Icei-MG registrou 49,7 pontos. Daniela Muniz observa que o dado do último mês do exercício passado tem influência do período pós-eleição, marcado pelas incertezas de um novo governo. Antes das eleições, o índice chegou a 62,9 pontos, resultado verificado em setembro de 2022.

A especialista ressalta que, mesmo com a retração verificada no último mês de 2023, os industriais mineiros mantiveram sua confiança pelo 11º mês consecutivo, tendo em vista que o índice de confiança da indústria calculado pela Fiemg permaneceu acima dos 50 pontos – limite entre falta de confiança e confiança.

No País, o Icei nacional cresceu 0,6 ponto na comparação com novembro (50,4 pontos) e atingiu 51 pontos em dezembro, sinalizando que os empresários brasileiros seguem confiantes.

Em 2023, o ano começou com o indicador de Minas em 50 pontos, sendo julho o mês com o resultado mais alto: 53,4 pontos.
Perspectiva para os próximos seis meses segue positiva de acordo com levantamento da Fiemg

O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG), calculado pela Fiemg, é formado por dois componentes: condições atuais e expectativas. O primeiro aumentou 0,8 ponto em dezembro frente a novembro (46,1 pontos), registrando 46,9 pontos no último mês de 2023.

Apesar da elevação, o índice seguiu mostrando percepção de piora nas condições econômicas do País, do Estado e dos negócios pelo 13º mês consecutivo, de acordo com os empresários mineiros.

Na comparação com dezembro de 2022 (48,4 pontos), o indicador diminuiu 1,5 ponto, alcançando seu menor valor para o mês em sete anos.

Com relação ao componente de expectativas, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), verificou recuo de 1,4 ponto frente a novembro (54,9 pontos), atingindo 53,5 pontos em dezembro.

O índice permaneceu acima dos 50 pontos pelo 42º mês seguido, refletindo as perspectivas positivas dos empresários para os próximos seis meses. Esse otimismo, contudo, foi menos intenso que o verificado em novembro. Em relação a dezembro de 2022 (50,4 pontos), o indicador aumentou 3,1 pontos.

O Estado de S.Paulo - SP   21/12/2023

Apesar de a S&P Global ter melhorado o rating do Brasil, o País destoa das grandes economias. Entre as dez maiores, a brasileira só tem a companhia de Índia e Itália por não ter o grau de investimento.

Na terça-feira, 19, a S&P Global elevou o rating de escala de longo prazo do Brasil de BB- para BB e manteve a perspectiva estável. Com a decisão, a S&P se igualou às demais agências de risco e colocou o País dois degraus abaixo do grau de investimento.

A classificação de risco (rating) soberano, também chamada de nota de crédito, é a nota dada por instituições especializadas em análise de crédito, chamadas agências classificadoras de risco, a um país emissor de dívida. Essas agências avaliam a capacidade e a disposição de um país em honrar, pontual e integralmente, os pagamentos de sua dívida — ou seja, se há chance de dar um calote. O grau de investimento é uma espécie de selo de bom pagador, que dá maior segurança para os investidores aplicarem recursos no País. O Brasil perdeu o grau de investimento em 2015, no governo Dilma Rousseff.

A S&P já havia melhorado a perspectiva da nota brasileira em junho. A elevação do rating, agora, foi motivada pela aprovação da reforma tributária.

“(A decisão da S&P) É condizente com o outlook (perspectiva) positivo dado algum tempo atrás. Foi provocada pela reforma tributária”, afirmou Ana Paula Vescovi, economista-chefe do Santander e ex-secretária do Tesouro.

“A sinalização foi que reformas têm sido um caminho para upgrade, não só dessa agência. É uma sinalização superimportante, muito positiva. Se nos tornarmos um país que entendeu a importância de fazer reformas, na medida em que a sociedade é dinâmica e elas se tornam necessárias, é um reforço para essa estratégia”, disse.

Entre as principais agências, o movimento da S&P se soma ao da Fitch. Em julho, a agência elevou o rating do Brasil de BB- a BB, com perspectiva estável.

“Eventualmente, o Brasil vai voltar ao grau de investimento. Para o próximo ano, é mais difícil, mas até 2025 é bem possível que o Brasil vire grau de investimento. O risco fiscal pode acelerar ou retardar isso”, afirma Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.

Como retomar o grau de investimento?

Publicado pelo Estadão em setembro, um estudo do banco Santander mostrou qual é o caminho que o Brasil precisa adotar para retomar o grau de investimento. O País precisa resolver a questão fiscal, reduzir o seu endividamento e acelerar o crescimento econômico.

Na área fiscal, por exemplo, o levantamento constatou que a dívida brasileira é 20 pontos maior na comparação com os países com grau de investimento.

Em 2008, quando a economia brasileira alcançou o grau de investimento, a dívida equivalia a 62,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2023, deve encerrar em 76,5% do PIB, segundo a projeção do banco. Hoje, o Brasil é considerado um país de elevado endividamento para uma economia emergente.

Na média, os países que perderam o grau de investimento levaram de seis a sete anos para conseguir retomar o selo, segundo o mapeamento do Santander. A Indonésia, por exemplo, demorou 14 anos; o Uruguai esperou nove anos, enquanto a Coreia do Sul e a Malásia precisaram de menos de um ano para recuperar a nota.

MINERAÇÃO

Money Times - SP   21/12/2023

Os contratos futuros do minério de ferro se recuperaram nesta quarta-feira, apoiados pelos baixos estoques remanescentes e pelas expectativas de uma enxurrada de compras para o reabastecimento de inverno, embora a queda na demanda devido à crescente manutenção de equipamentos nas usinas tenha limitado os ganhos.

O contrato de minério de ferro para maio mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 1,46%, a 939 iuanes (131,58 dólares) a tonelada.

O minério de ferro de referência de janeiro na Bolsa de Cingapura subiu 1,27%, a 134 dólares por tonelada.

“As usinas começaram a comprar sucessivamente para consumo durante o feriado do Ano Novo Chinês em fevereiro”, disse uma siderúrgica do norte da China.

Os preços dos contratos do mês anterior ganharam apoio à medida que se aproximavam da liquidação das cargas de entrega de janeiro, enquanto traders enfrentavam limites nos volumes de negociação, disseram analistas da Sinosteel em uma nota.

A bolsa apoiada pelo governo chinês estabeleceu um limite para os volumes diários de negociação de futuros de minério de ferro em não mais do que 500 lotes em contratos para entrega de janeiro a maio de 2024.

O sentimento geral ganhou impulso adicional com a notícia de que a incorporadora imobiliária chinesa Longfor Group pagou antecipadamente um empréstimo a um credor na quarta-feira, de acordo com um relatório.

No entanto, espera-se que a queda contínua da demanda atue como um obstáculo para os preços do principal ingrediente da fabricação de aço, disseram os analistas.

“Esperamos que a produção de metal quente caia ainda mais na próxima semana, já que mais usinas começaram a manutenção dos fornos em meio à redução das margens”, disseram analistas da Galaxy Futures em uma nota.

Os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai subiram em meio ao aumento dos preços das matérias-primas, enquanto o fraco interesse de compra dos traders limitou os ganhos.

“Algumas usinas siderúrgicas revelaram políticas e preços para o reabastecimento de inverno, com os preços mais altos do que o esperado reduzindo o apetite de compra dos traders”, acrescentaram os analistas da Galaxy.

Revista Mineração - SP   21/12/2023

Durante a participação nos painéis da COP28, o Ibram debateu a importância da mineração na busca por um legado sustentável para as próximas gerações.

Reforçando o papel da mineração como protagonista nos esforços para combater as mudanças climáticas, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) fez um balanço positivo dos resultados de sua participação na 28ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP28).

O Ibram participou de oito painéis durante a conferência, nos quais demonstrou que a mineração brasileira é uma agente que exporta soluções para os parceiros comerciais do país e que é possível deixar um legado sustentável para as futuras gerações.

“Foi uma oportunidade ímpar para ressaltar, perante representantes de quase todo o planeta, o papel fundamental da indústria da mineração na descarbonização da economia e na construção de uma economia verde no Brasil e no mundo”, resume Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram.

Para Jungmann, essa missão da mineração ainda está sendo disseminada globalmente e deverá ganhar robustez nas próximas COPs, inclusive na COP30, que será realizada em Belém, no Pará.

“Nas próximas COPs, em especial na COP30, no Brasil, certamente o setor mineral ganhará ainda mais relevância na sua associação com o delineamento de soluções efetivas para favorecer a transição energética de forma acelerada e crescente”, avalia.

Além do diretor-presidente, fizeram parte da comitiva do Instituto para Dubai os diretores Alexandre Mello e Paulo Henrique Soares, acompanhados por dirigentes das mineradoras associadas.

Transição energética global

Dentro das negociações internacionais do high level, os países presentes na COP28 aprovaram no acordo final a transição do consumo de combustíveis fósseis para o de energias renováveis. Ao contrário do que os cientistas do clima e especialistas desejavam, que seria a eliminação dos combustíveis fósseis.

Neste contexto, os minérios desempenham um papel crucial e estratégico no desenvolvimento das tecnologias necessárias para fornecer fontes limpas e contínuas de energia ao planeta. Em destaque, estão os chamados “minerais críticos”, como lítio, nióbio, terras-raras, cobre, bauxita, tântalo, ferro, entre outros, que são insumos essenciais para o desenvolvimento de tecnologias e equipamentos voltados para a transição energética.

Em suas operações, as mineradoras que participaram da COP28, como Vale, Gerdau e Hydro, relataram que fazem testes e já recorrem a fontes de energia renováveis e ainda apoiam clientes e fornecedores a fazer o mesmo, como forma de todos, em conjunto, reduzirem sua pegada de carbono, além de mapearem os riscos advindos dos eventos climáticos extremos e colocarem na estratégia dos seus negócios a adaptação climática.

Na avaliação de Jungmann durante a conferência, o Brasil possui uma janela de oportunidades na transição energética global, com um potencial de investimentos de US$ 1,2 trilhão até 2030, de acordo com a Agência Internacional de Energia. Isso representa não apenas uma oportunidade para a transição energética, mas também para o país em termos de empregos e tecnologias. “O Brasil não pode perder essa oportunidade”, afirmou.

Também durante a programação da COP28, o Ibram, a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), o Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (ÚNICA), firmaram um compromisso para promover a transição energética e a descarbonização.

Essas organizações assinaram um termo com 17 compromissos em Dubai, que incluem iniciativas como a melhoria do desempenho energético e das emissões em toda a cadeia de valor, investimentos em tecnologias de descarbonização, defesa da criação do Mercado Brasileiro Regulado de Créditos de Carbono e muito mais.

Agenda conjunta pela sustentabilidade do setor mineral

Empenhada em se tornar ainda mais segura, responsável e sustentável, a indústria da mineração brasileira está unificando estratégias e ações por meio da Agenda ESG da Mineração do Brasil, que prevê iniciativas em vários campos relacionados ao setor.

Atualmente, o Ibram contabiliza o terceiro inventário de emissões da indústria mineral, e acaba de anunciar o projeto de descarbonização da indústria da mineração brasileira. Ambos os trabalhos serão base para a definição do Roadmap do carbono da mineração e para a definição de metas de redução das emissões no setor.

Principais desafios para o futuro

Os desafios para a expansão sustentável da mineração foram também abordados pelo diretor-presidente do Ibram na COP28. Apenas 4% do território brasileiro possui mapeamento adequado para atividades minerárias. Além disso, é necessário o estabelecimento de linhas de financiamento alinhadas às características do setor mineral brasileiro.

Segundo Jungmann, o país precisa desenvolver uma política nacional de estímulo à produção de minerais críticos para a transição energética, fortalecer e estruturar uma Agência Nacional de Mineração e estabelecer uma legislação que reconheça a mineração como estratégica para o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do país, ao mesmo tempo em que reduz as barreiras impostas por entes federativos que impactam negativamente a atividade minerária com a criação de tributos e encargos sucessivamente.

“O Ibram está comprometido em enfrentar esses desafios e trabalhar em estreita colaboraçãocom o governo, parceiros e demais stakeholders para impulsionar a mineração sustentável no Brasil”, destacou o dirigente.

Brasil Mineral - SP   21/12/2023

Em novembro de 1983, quando lançamos a primeira edição da Brasil Mineral, o mundo estava às voltas com o enfrentamento da segunda crise do petróleo, detonada em 1979, por conta da revolução iraniana, quando os aiatolás derrubaram do poder o Xá Reza Pahlevi e implantaram a república dos Aiatolás, que se mantém no poder até hoje. Na época, o preço do barril do “ouro negro” chegou a 39 dólares (ao dólar da época).

O Brasil, então, continuava altamente dependente das importações de petróleo para suprir as suas necessidades de energia. Para o abastecimento da frota veicular, buscou -se a alternativa do etanol, dando origem ao Pró-álcool. E para a suprir a indústria, recorreu-se ao carvão energético, criando- -se o Pró-Carvão, que visava intensificar a exploração das reservas de carvão energético de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e, em muito menor escala, Paraná. Também se começou a pensar na exploração de turfa e na produção de óleo a partir do xisto, do qual o estado do Paraná tem importantes reservas.

Inicialmente, o Pro-Carvão, visava elevar a produção nacional para 27 milhões de toneladas/ano a partir de 1985, o que exigia grandes investimentos. Ao mesmo tempo, procurou-se ampliar o uso do carvão em substituição ao óleo combustível em algumas indústrias, principalmente a cimenteira. Mas o uso do carvão energético nacional pela indústria esbarrava numa dificuldade: o seu elevado teor de cinzas, que chegava a 35%. As metas de produção do Pró-Carvão, então, foram reduzidas para 17 milhões t/ano, depois para 13 milhões t/ ano e, finalmente, para 9 milhões t/ano. E o boom que era esperado para a indústria nacional do carvão mineral não aconteceu.

A mineração brasileira, vivia basicamente do minério de ferro, do ouro (o Brasil chegou a ser o maior produtor do metal na América Latina) do alumínio e do carvão. O minério de ferro, cuja produção era liderada pela então CVRD (Companhia Vale do Rio Doce), além de suprir as siderúrgicas nacionais, todas controladas pelo Estado, sob o guarda-chuva da Siderbrás, era também exportado, principalmente para o Japão, Europa e em menor escala para os EUA. Além da Vale, atuavam na produção a Caemi, capitaneada pelo grupo Azevedo Antunes, a alemã Ferteco, a belga Samitri (grupo Arbed), a norte-americana Samarco (grupo Utah), além de grupos menores nacionais.

A produção de ouro era concentrada na Mineração Morro Velho, do grupo Anglo American e nos garimpos espalhados pela Amazônia. Nessa década entraram outros produtores do metal, como a então Rio Paracatu Mineração (RPM), que era controlada pela Rio Tinto e que atualmente se denomina Kinross. No final da década, entrou em produção a Mineração Serra Grande, em Crixás, que era controlada pela Mineração Morro Velho, em parceria com a Inco.No carvão havia, além da CSN, vários grupos privados locais de Santa Catarina e a estatal CRM – Cia. Riograndense de Mineração no Rio Grande do Sul, que dividia poderio com a Copelmi, de capital privado.

A entrada de Carajás

Com a descoberta das imensas reservas de minério de ferro na Amazônia, no final da década de 1960 e a intenção do governo militar de tentar desenvolver a região, inclusive por razões de “Segurança Nacional”, a então estatal Companhia Vale do Rio Doce foi incentivada a se associar com a U. S. Steel para explorar as reservas de Carajás, através da Amazônia Mineração, uma joint-venture entre as duas companhias. Porém, tendo em vista que o maior investimento a ser feito no projeto Carajás era a implantação da infraestrutura (uma ferrovia ligando Carajás ao litoral maranhense), com cerca de 900km, a U. S. Steel se retirou do projeto, sendo reembolsada pelo valor de US$ 50 milhões, que havia investido nos trabalhos de pesquisa. O governo criou o projeto denominado Grande Carajás, que visava a implantação de siderúrgicas e outros empreendimentos ao longo da ferrovia. Mas o projeto Grande Carajás não saiu do papel. Foram implantadas apenas algumas usinas de ferro-gusa à base de carvão vegetal, que geraram muita polêmica, por serem consideradas poluidoras e fatores de destruição da Amazônia, já que usavam carvão vegetal obtido das florestas.

Já o projeto de minério de ferro vingou, tendo sido implantado com recursos obtidos junto ao Banco Mundial. Projetado inicialmente para uma capacidade de 15 milhões de toneladas/ano de minério de ferro, o projeto entrou em operação em 1985 e impulsionou o volume de exportações de minério da CVRD. Atualmente, a capacidade de produção de minério de ferro em Carajás supera 200 milhões de toneladas/ano e deve chegar a 260 milhões t/ano a partir de 2025.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   21/12/2023

Governo encontra dificuldades por recursos para mecanismo de depreciação superacelerada.

Mencionado pelo governo federal pela primeira vez em maio e aguardado com ansiedade pela indústria, o mecanismo de depreciação superacelerada dificilmente será anunciado de maneira oficial neste ano. Os ministérios do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e da Fazenda vêm enfrentando grandes dificuldades para encontrar nesta reta final de 2023 os recursos necessários para o programa, apurou o Valor. Com isso, uma possível implantação do instrumento em 2024 também deverá atrasar.

A depreciação acelerada é um mecanismo que permite que indústrias deduzam, por um período de até 25 anos, investimentos realizados em máquinas e equipamentos do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). O objetivo é modernizar o próprio parque fabril. Conforme divulgado ontem pela Receita, as renúncias do atual modelo de depreciação acelerada de bens de capital somam R$ 2,06 bilhões até novembro deste ano.

Mas Mdic e Ministério da Fazenda querem dar um passo adiante e implantar a depreciação superacelerada, em que a dedução seria realizada em um período mais curto, de até dois anos. A medida foi anunciada em maio pelos titulares de ambas as pastas, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.

A depreciação tem impacto apenas no fluxo das contas das empresas e do governo federal, sem alteração no estoque de impostos a ser recolhido, já que toda a quantia é em algum momento recuperada pela União. Em meados de novembro, Alckmin afirmou que o governo federal estava “trabalhando 24 horas para” implantar o novo modelo.

No início de dezembro, por sua vez, o Valor informou que o governo trabalhava com cenário em que o impacto fiscal da depreciação seria de R$ 7 bilhões. Mas já na ocasião as pastas envolvidas vinham enfrentando grandes dificuldades para encontrar os recursos.

Para que o mecanismo entre em vigor a partir de janeiro, é preciso encontrar tanto uma fonte de compensação de receitas, a fim de que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) seja cumprida, quanto espaço na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. Apresentado ontem pelo deputado federal Luiz Carlos Motta (PL-SP), o relatório da LOA não trazia menção ao programa. O texto será votado hoje pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso.

No setor privado, a percepção é que o projeto realmente chegou a um impasse, o que causa grande preocupação. Em carta aberta assinada com 26 federações estaduais e divulgada no fim de novembro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmava que “é urgente que o governo implemente o programa prometido, para evitar riscos maiores em relação à dinâmica do investimento produtivo e ao crescimento econômico”.

A entidade citava levantamento próprio que mostrava que “máquinas e equipamentos industriais têm, em média, 14 anos, e 38% deles estão próximos ou já ultrapassaram a idade sinalizada pelo fabricante como ciclo de vida ideal”.

Segundo a CNI, a depreciação superacelerada traz impactos positivos crescente sobre Produto Interno Bruto (PIB), investimentos, exportações e arrecadação do governo federal ao longo de pelo menos uma década depois de implantada. A entidade calculava por exemplo expansão potencial de R$ 12,9 bilhões “da receita tributária” em “horizonte de dez anos”.

Na carta, a CNI ainda lembrava o anúncio feito por Alckmin e Haddad ao reconhecer “os esforços já empreendidos pelo governo”.

“Mas reforçamos a importância da renovação do parque industrial, que contribuirá para o avanço do desenvolvimento tecnológico e proporcionará um ambiente mais propício para o crescimento sustentável”, dizia. Procurado, o Mdic afirmou apenas que “o programa está sendo analisado pelo Ministério da Fazenda para ser implantado a partir de 2024”. Já o Ministério da Fazenda não se pronunciou até a conclusão desta edição.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Infomoney - SP   21/12/2023

Os pedidos de hipotecas nos Estados Unidos caíram 1,5% na semana encerrada em 15 de dezembro em relação à semana anterior, de acordo com a pesquisa semanal da Mortgage Bankers Association (MBA). A taxa de juros fixa para hipotecas de 30 anos atingiu seu nível mais baixo desde junho de 2023, recuando de 7,07% caindo para 6,83% em uma semana.

O índice de refinanciamento de hipotecas recuou 2% em relação à semana anterior e ficou 18% superior ao da mesma semana do ano anterior. O índice de compras ajustado sazonalmente caiu 1% e o índice não ajustado diminuiu 4% em comparação com a semana anterior, permanecendo 18% abaixo do observado na mesma semana do ano anterior.

Para Mike Fratantoni, vice-presidente sênior da MBA, as taxa caíram com as notícias positivas sobre a queda da inflação e as projeções do Fomc prenunciando cortes nas taxas. No entanto, ele ponderou em nota que, pelo menos na semana passada”, a resposta dos mutuários a esta mudança foi bastante morna. “Os pedidos de refinanciamento aumentaram durante a semana, mas tanto os pedidos de refinanciamento quanto os de compra mostraram pequenas quedas.”

FERROVIÁRIO

Revista Ferroviaria - RJ   21/12/2023

A Conferência das Partes (COP) é um evento global que desempenha um papel fundamental na discussão e implementação de medidas para combater as mudanças climáticas. A COP28, que acontece enquanto escrevo este artigo, será um marco crucial para o Brasil, não apenas em termos de compromissos ambientais, mas também em relação aos investimentos necessários para atingir metas sustentáveis. Uma área particularmente relevante é o setor de transportes sobre trilhos, cujo desenvolvimento pode desempenhar um papel significativo na redução das emissões de gases de efeito estufa no país. Nos últimos quatro anos, o Brasil se posicionou como pária do palco da mobilização global em torno da descarbonização e dos investimentos para a sustentabilidade. Basta lembrar que o Fundo Amazônia foi desprezado e imobilizado.

A COP28 oferece uma plataforma para o Brasil reafirmar seu compromisso com a redução das emissões de gases de efeito estufa e a transição para uma economia de baixo carbono. O país enfrenta desafios significativos relacionados ao desmatamento, queimadas e emissões provenientes do setor de transportes. Nesse contexto, a conferência representa uma oportunidade crucial para o Brasil apresentar políticas e projetos inovadores que abordem essas urgentes ações em favor da sustentabilidade.

Os transportes sobre trilhos têm sido reconhecidos como uma alternativa sustentável e eficiente em comparação com os modos de transporte tradicionais, especialmente no que diz respeito à redução de emissões de carbono. O Brasil, um país vasto e diversificado, pode se beneficiar significativamente ao investir em sistemas ferroviários modernos e ambientalmente amigáveis.

Sistemas ferroviários são conhecidos por serem mais eficientes energeticamente e produzirem menos emissões por passageiro transportado em comparação com veículos movidos a combustíveis fósseis. O Metrô de São Paulo, sozinho, economiza por ano 618 mil toneladas de CO2 na atmosfera. Cada passageiro contribui com uma redução de 3g de CO2 por quilômetro percorrido.

Investir em sistemas ferroviários urbanos pode contribuir para a redução do congestionamento nas grandes cidades, melhorando a mobilidade e diminuindo o número de veículos individuais nas estradas. A operação das linhas do Metrô de São Paulo economiza 136 milhões de reais por ano em sinistros de trânsito.

O transporte de carga por ferrovias é uma opção mais sustentável em comparação com o transporte rodoviário, reduzindo a pegada de carbono associada à logística de mercadorias. Apesar das vantagens evidentes, a expansão dos transportes sobre trilhos no Brasil enfrenta desafios, como a necessidade de investimentos significativos em infraestrutura, a superação de obstáculos regulatórios e a integração eficiente com outros modos de transporte.

Ainda não temos um Plano Diretor das Ferrovias, onde deveríamos planejar a expansão e modernização de nossa malha ferroviária, tanto de passageiros como de cargas, de longa distância e urbana, para os próximos 30 anos, por exemplo. Que sonho seria, nos próximos meses, o governo federal, os estados e grandes cidades, aliados ao setor produtivo, à sociedade civil e à academia, reunidos em um Grupo de Trabalho, elaborarem o Plano Diretor das Ferrovias do Brasil, definindo os investimentos que serão realizados nos próximos anos, reservando uma parcela dos orçamentos públicos, assim como desenhando a participação privada. Todos saberíamos os próximos passos nos 30 anos seguintes, permitindo planejamento, engajamento e execução eficientes. Que impacto soberbo isso teria na indústria, no meio ambiente, na logística e na eficiência do nosso país.

Os poucos investimentos são feitos como solavancos de carro quase sem bateria. Vamos resolvendo o que parecer ser mais urgente conforme demandas e necessidades regionais. É preciso organizar o investimento assegurando sua perenidade e enxergando as prioridades como partes de um grande plano nacional de desenvolvimento da logística de carga e do transporte de passageiros. Pode ser até que os valores a serem aplicados não sejam exatamente aqueles dos nossos sonhos. Mas ao sabermos de antemão quais os investimentos prioritários para os próximos 30 anos, de que forma os recursos serão assegurados, podermos planejar o tamanho da indústria, os ganhos de eficiência e, com resultados positivos, alavancarmos ainda mais recursos e esforços.

Precisamos olhar o problema como fez Juscelino Kubitschek ao criar o seu programa de metas. O projeto definia os objetivos (eram 30), organizados em cinco setores: energia, transporte, indústria, educação e alimentação.

O envolvimento do setor privado, por meio de parcerias público-privadas, pode desempenhar um papel vital na superação desses desafios. A atração de investimentos privados não apenas alivia a pressão sobre os recursos públicos, mas também traz expertise e eficiência na implementação de projetos de transporte sobre trilhos.

A COP28 oferece ao Brasil uma oportunidade única para consolidar seu compromisso com a sustentabilidade ambiental e promover investimentos estratégicos em setores- chave, como os transportes sobre trilhos. Ao abordar desafios específicos e aproveitar as vantagens dos sistemas ferroviários, o Brasil pode não apenas cumprir suas metas climáticas, mas também impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável e melhorar a qualidade de vida de sua população.

Para que a COP28 não seja mais uma grande frustração, como bem disse o Presidente da República em relação às conferências anteriores, poderia ele mesmo, por decreto, criar o Grupo de Trabalho que, com senso de urgência e prioridades, em seis meses poderia nos brindar com o Plano Diretor das Ferrovias 2024-2054. Por que não fazer?

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   21/12/2023

Ainda durante a reunião do CNPE realizada Brasília com a presença do Presidente Lula, o grupo aprovou os parâmetros técnicos e econômicos de 11 blocos para a licitação em regime de partilha de produção, no sistema de Oferta Permanente. Os parâmetros para a licitação dos blocos Itaimbezinho, Ametista, Ágata, Mogno, Jaspe, Amazonita, Safira Leste, Safira Oeste, Citrino, Larimar e Ônix, preveem um bônus de assinatura total de R$ 400,6 milhões, e uma alíquota mínima de partilha média de 10,92%. Esses 11 blocos estão localizados no Polígono do Pré-sal, nas Bacias de Campos e Santos, localizadas nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Outra medida aprovada pelo CNPE vai mexer com toda estrutura da Petrobrás e de seus fornecedores. A decisão garante mais investimentos e empregos no Brasil ao incentivar o Conteúdo Local. O grupo decidiu que, para as próximas rodadas de licitações nos regimes de Concessão ou Partilha de Produção, os percentuais mínimos serão ampliados para os blocos localizados em mar. Os percentuais passam de 18% para 30% na fase de exploração e de 25% para 30% na perfuração de poços, na etapa de desenvolvimento da produção. Escoamento e Unidades Estacionárias de Produção (UEP) permanecem com percentuais mínimos de CL de 40% e 25%, respectivamente. Para os blocos localizados em terra, os percentuais mínimos de CL permanecem 50% na fase de exploração e 50% na etapa de desenvolvimento da produção.

O CNPE, adicionalmente, solicitou à ANP que regulamente as cláusulas contratuais de preferência à contratação de Fornecedores Brasileiros, de forma a privilegiar a previsibilidade para os fornecedores de bens e serviços nacionais, por meio da divulgação clara, transparente e acessível dos cronogramas e especificações detalhadas dos bens e serviços a serem contratados pelas empresas que executam atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil.

Pareceu um movimento coordenado, porque o presidente Lula e o ministro Alexandre Silveira anunciavam no CNPE as mudanças na política de conteúdo local, Representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) reuniam-se com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, para discutir a criação de um Pacto por um Conteúdo Nacional Justo, voltado para a revitalização da indústria naval brasileira e seus estaleiros, envolvendo ministérios, governadores de estados que têm estaleiros ativos (PE, BA, ES, RJ, SC e RS) e trabalhadores. Além do MTE, participam do processo os ministérios de Indústria e Comércio, Minas e Energia e Casa Civil. Entre os trabalhadores estão ainda representantes da Central Única de Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional de Municípios (CNM) e Confederação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção e da Madeira (Conticom).

Eles lembraram que a Petrobrás, a maior empresa brasileira demandadora de navios e plataformas do país, também participará das tratativas. Com o anúncio feito, este movimento perde a força, a não ser que não tenha, ficado satisfeitos com os novos índices estabelecidos. A FUP quer que esses novos índices sejam estabelecidos para Planejamento Estratégico da estatal para o período 2024-2028. O coordenador- geral da FUP, Deyvid Bacelar(foto a esquerda) disse que “O objetivo é ter uma ação coordenada dentro do governo visando a rápida geração de emprego e renda por meio das atividades de construção de blocos de navios, de módulos de plataformas, e descomissionamentos de embarcações. Estão previstos 53 descomissionamentos até 2030.” Ficou consensuado que o processo de descomissionamento implicará a organização de uma rede de catadores de resíduos sólidos e a necessidade de qualificação profissional para trabalhadores da indústria naval.

Valor - SP   21/12/2023

Os números da Agência de Informações de Energia dos EUA (EIA) indicaram um forte aumento dos estoques de petróleo bruto e gasolina dos EUA na semana passada.

Os contratos de petróleo futuro fecharam a sessão em alta com os dados de estoques de petróleo nos EUA compensando os temores sobre ameaças de ataques a petroleiros no Mar Vermelho.

O WTI para fevereiro de 2024 subiu 0,38%, para US$ 74,22 o barril. O Brent para o mesmo mês subiu 0,67%, para US$ 79,70 o barril.

Os números da Agência de Informações de Energia dos EUA (EIA) indicaram um forte aumento dos estoques de petróleo bruto e gasolina dos EUA na semana passada, conforme as refinarias elevaram o uso de capacidade e houve crescimento da produção de petróleo.

Os estoques comerciais de petróleo bruto, excluindo a reserva estratégica, aumentaram 2,9 milhões de barris, para 443,7 milhões de barris, na semana encerrada em 15 de dezembro, e ficaram cerca de 1% abaixo da média de cinco anos para a época do ano, informou a EIA. Analistas consultados pelo “The Wall Street Journal” previam que os estoques de petróleo diminuiriam em 2,5 milhões de barris.

O armazenamento na reserva estratégica, por sua vez, aumentou 629 mil barris, para 352,5 milhões de barris. O petróleo armazenado em Cushing, Oklahoma, o centro de entrega da Nymex, aumentou 1,7 milhão de barris, para 32,5 milhões de barris.

A produção de petróleo bruto dos EUA alcançou um recorde de 13,3 milhões de barris por dia, 200 mil barris por dia a mais que na semana anterior e 1,2 milhão de barris por dia a mais que no ano anterior, disse a EIA.

O aumento na produção dos EUA “foi um grande desenvolvimento num momento chave para o mercado de petróleo”, disse Robert Yawger, diretor executivo de futuros de energia da Mizuho Securities USA, em relatório.

"Com a produção saudita e russa limitada pelos cortes de produção da OPEP+, os EUA são agora indiscutivelmente o grande produtor global e têm capacidade para atender a qualquer pedido", disse Yawger.

O diretor da Mizuho acrescentou que os clientes globais de petróleo preocupados com as ameaças ao transporte marítimo no Mar Vermelho poderiam recorrer aos barris dos EUA no caso de um problema na região.

Os futuros do petróleo chegaram a atingir o nível mais alto desde o início de dezembro diante das preocupações com potenciais ataques dos rebeldes Houthi aos navios no Mar Vermelho. As ameaças têm levantado preocupações sobre atrasos nos transportes e custos mais elevados para a commodity.

As exportações de petróleo bruto dos EUA aumentaram 350 mil barris por dia na semana passada, para 4,1 milhões de barris por dia. As importações aumentaram 233 mil barris por dia, para 6,8 milhões de barris por dia, informou a EIA.

Os estoques de gasolina aumentaram 2,7 milhões de barris, para 226,7 milhões de barris, contra as expectativas de um aumento de 700 mil barris na pesquisa do Journal. Os estoques de gasolina estão cerca de 2% abaixo da média de cinco anos, disse a EIA.

Embora a produção de gasolina tenha aumentado para 10 milhões de barris por dia, face aos 9,5 milhões da semana anterior, a procura medida pelo produto caiu 105 mil barris por dia, para 8,8 milhões de barris por dia, segundo a EIA.

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