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21 de Junho de 2024

INDA

Investing - SP   21/06/2024

As importações de aço plano no Brasil devem começar a ser impactadas pela medida de proteção comercial adotada pelo governo federal entre o final do terceiro trimestre e o último trimestre deste ano, afirmou nesta quinta-feira o presidente da associação de distribuidores Inda, Carlos Loureiro.

Segundo ele, não devem ser vistas grandes modificações nas importações do setor até agosto, já que a restrição, que eleva o imposto de importação para 25% a alguns produtos de aço e fixa cotas de volume de importação, diz respeito à emissão de licenças de importação.

"Todo o material que já tinha licença de importação e está a caminho, ele vai entrar independentemente de qualquer cota", afirmou. "Os números de maio foram altos, os de junho, ao nosso ver, continuarão altos... Até agosto eu não acredito que você verá nenhuma grande modificação no mercado."

De acordo com dados do Inda divulgados nesta quinta-feira, as importações de aço plano pelo Brasil no mês passado subiram 28% ano a ano, para 243,6 mil toneladas. No acumulado de janeiro a maio, o avanço foi de 26% sobre o mesmo período em 2023.

"Vamos ver o mercado um pouco diferente, basicamente, no final do terceiro e o quarto trimestres", acrescentou Loureiro.

O Aço Brasil também informou nesta semana que espera que o novo sistema estabelecido pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior do Brasil (Gecex) reflita sobre as importações do setor a partir do segundo semestre.

O Inda prevê que as vendas de distribuidores de aços planos no Brasil cresça 1% em junho ante maio, para 318,7 mil toneladas. Segundo a associação, as vendas de aço plano no país recuaram 5% no mês passado na comparação com abril, e caíram 4,7% sobre o mesmo período um ano antes.

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O presidente do Inda também disse que o setor não deve observar grandes aumentos de preços pelas usinas, já que há um grande volume de material na mão de importadores que ainda não foi colocado no mercado.

"Qualquer movimento de preço fora do que vem acontecendo, vai acontecer muito para frente", afirmou. "A curto prazo não vai haver nenhum grande movimento de preço."

Safra News - SP   21/06/2024

As vendas de aços planos recuaram 4,7% em maio em relação ao mesmo mês de 2023, ficando em 315,6 mil toneladas, segundo dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Na comparação mensal, houve queda de 5% em comparação as 332,1 mil toneladas vendidas em abril deste ano.

Em maio, as compras de aços planos recuaram 11,4%, em base de comparação anual, para 314,2 mil toneladas. Com relação a abril de 2024, em que foram compradas 345,7 mil toneladas, as aquisições recuaram 9,1%.

Em número absoluto, o estoque de março obteve queda de 0,1% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 915,4 mil toneladas contra 916,7 mil. O giro de estoque fechou em 2,9 meses.

As importações totais de aços planos avançaram 28% em maio em relação ao mesmo período do ano anterior, com volume de 243,6 mil toneladas. Ante o mês anterior, houve alta de 0,6% nos embarques. As importações vêm principalmente da China (56,1%) e da Rússia (34,4%), e tem como destino principal (37,3%) o porto de São Francisco do Sul (SC).

Para junho de 2024, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma alta de 1% em relação a maio.

COTAS

O presidente executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro, disse que a queda nas importações só deve aparecer no balanço do mês de setembro, pois o material que já tinha sido importado não foi afetado. “As cotas de importação é em relação a emissão de licença de importação, ou seja, além das 300 mil toneladas que estão em portos brasileiros, ainda há compras realizadas anteriormente que não foram afetadas pelas cotas”, explicou Loureiro.

O governo federal adotou um imposto de importação de até 25% sobre as compras além do limite. No fim de abril, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu que 11 produtos de aço importados passarão a ser submetidos a cotas de importações. Caso o volume máximo seja superado, eles pagarão 25% de Imposto de Importação para entrarem no país. O imposto atualmente é de 10,8%.

Válida por 12 meses a partir da publicação, a medida tem como objetivo evitar a concorrência desleal com o aço nacional. Em 2023, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o volume de importações dos 11 produtos de aço superou em 30% a média das importações entre 2020 e 2022. Nos últimos meses, as siderúrgicas brasileiras têm afirmado haver uma invasão do aço chinês, que chega ao Brasil mais barato que os produtos nacionais.

SIDERURGIA

Valor Investe - SP   21/06/2024

Pacote de resgate imobiliário de Pequim foi apresentado no mês passado, enquanto Xangai, Shenzhen e Guangzhou implementaram medidas de flexibilização para compradores de casas

As ações das empresas siderúrgicas subiram em bloco dentro do Ibovespa hoje (20). O cenário corporativo e a esperança de recuperação da demanda por aço na China deram sustentação aos papéis.

As ações da CSN (CSNA3) avançaram 1,96%, cotadas a R$ 13, e Usiminas (USIM5) 3,68%, a R$ 7,61, entre as ações com maiores altas do principal índice acionário. A decisão judicial envolvendo a companhia e a CSN segue no radar.

Já com um ritmo um pouco menor de ganhos, os papéis da Gerdau (GGBR4) avançaram 1%, a R$ 17,40 e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) 1,09%, cotadas a R$ 10,25.

As empresas atuam, principalmente, na fabricação do aço, insumo tem como destino diferentes setores da indústria, como a construção de empreendimentos imobiliários. E a recuperação na demanda de aço chinesa está no radar, escreve a equipe da ANZ Research em uma nota.

Em meio aos contínuos eventos econômicos adversos nos setores imobiliário e de infraestruturas da China, um pacote de resgate imobiliário de Pequim foi apresentado no mês passado, enquanto Xangai, Shenzhen e Guangzhou implementaram medidas de flexibilização para compradores de casas, diz a equipe.

A medida é uma resposta ao excesso de oferta no setor imobiliário e o fraco sentimento dos compradores desde 2021, quando um boom imobiliário de vários anos teve fim. Nas grandes cidades, os preços das novas moradias caíram 4,3% em maio, comparado ao mesmo período do ano passado, número pior que o de abril, quando houve uma queda de 3,5%, segundo dados divulgados na segunda-feira pela Agência Nacional de Estatísticas da China. Os preços no mercado chinês de segunda mão caíram 7,5% comparado à queda de 6,8% em abril.

Veja - SP   21/06/2024

Acionistas minoritários da Usiminas estão atentos ao imbróglio envolvendo a empresa após uma decisão favorável do Superior Tribunal de Justiça: a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Benjamin Steinbruch, receberá 5 bilhões de reais a título de indenização da Ternium. Os minoritários entendem que também devem receber algum valor.

De um lado, a CSN pede indenização no valor de 5 bilhões de reais alegando que houve mudança no bloco de controle quando a Ternium adquiriu a fatia de 27,7% que pertencia aos grupos Votorantim e Camargo Côrrea. Para a CSN, essa mudança obrigaria a Ternium a fazer uma oferta pública de ações aos acionistas minoritários.

Ainda não está claro, entretanto, a via que eles irão pleitear isso, se pela Justiça comum ou pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). “A questão é que o direito reconhecido pelo STJ se estende aos demais minoritários da Usiminas à época da operação que gerou a obrigação da Ternium fazer a oferta prevista pelo artigo 254-A da Lei das S/A, não sendo um direito exclusivo da CSN, apesar de ter partido dela a iniciativa de judicializar a discussão”, diz Lucas Akel Filgueiras, advogado dos minoritários. “Assim, os demais acionistas podem (e devem) buscar o reconhecimento desse direito também a eles”.

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   21/06/2024

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou nesta quinta-feira, 20, que a trajetória de juros dependerá de dados, durante painel de perguntas e respostas na convenção da Associação de Banqueiros de Michigan. Kashkari prevê que a inflação demorará mais tempo para retornar à 2%, estimando um período entre um a dois anos.

“Mas estou confiante”, pontuou o dirigente. “Fundamentos agora são muito bons, melhores do que em outras economias do mundo.”

Na visão dele, a atividade econômica dos EUA tem sido “notavelmente resiliente”, ao mesmo tempo em que ocorre o processo de desinflação.

Kashkari aponta que outras economias desenvolvidas também passam por um processo de desinflação, contudo, esta redução nos preços é acompanhada por crescimento fraco, como Europa e Canadá.

“Não apenas a recessão não veio, mas tivemos crescimento forte no fim de 2023 e acredito que isso deve continuar”, projeta o membro do Fed.

Efeitos na demanda e nas pressões inflacionárias

Neel Kashkari defendeu que o nível elevado dos juros norte-americanos ajudaram a reduzir a demanda e boa parte das pressões inflacionárias. No entanto, ele demonstrou cautela ao reiterar dependência de dados para definir a trajetória e ao apontar alguns riscos.

Entre eles, Kashkari destacou que o desempenho da economia continua surpreendendo e traz desafios para ajustes da política monetária.

O dirigente apontou que a resiliência do mercado de trabalho, com taxa de desemprego ainda baixa e avanço salarial robusto.

Outro problema está na inflação de habitação, segundo ele. Kashkari comentou que a política monetária restritiva está ajudando a reduzir a demanda, mas que a normalização da oferta só deve ser alcançada no médio prazo e que isso é “essencial” para ajudar a baixar preços de modo geral.

O presidente da distrital de Minneapolis reforçou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) está focado nos dois lados do mandato e busca alcançar a inflação em 2% sem prejudicar o desempenho econômico. Kashkari não vota nas decisões monetárias do FOMC em 2024.

Globo Online - RJ   21/06/2024

Em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) interrompeu o ciclo de queda da taxa básica de juros. Depois de sete cortes seguidos, a Selic ficou imóvel em 10,5% ao ano. A decisão de manter os juros em patamar alto é sempre custosa, mas a autoridade responsável por combater a inflação não tinha opção melhor. Diante da alta do dólar e das incertezas internas, era a hora de uma política mais restritiva. Senão, seria muito mais difícil depois.

A unanimidade fortaleceu a credibilidade do BC, que, na véspera da reunião do Copom, voltara a ser alvo de ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À investida de Lula contra a autoridade monetária — uma tentativa indevida de interferir na definição dos juros —, somava-se o resultado da reunião de maio, quando os quatro integrantes do comitê indicados no atual governo votaram por um corte de 0,5 ponto percentual, mas acabaram vencidos pelos demais cinco votos a favor de um corte de 0,25.

Com a decisão unânime, dissipa-se aos poucos o temor de interferência do Executivo no Copom a partir de dezembro, quando acaba o mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, e Lula indicará mais um diretor. O cenário de um comitê dominado por economistas não apenas indicados, mas influenciados por Lula seria letal para a autonomia da autoridade monetária e para sua capacidade de conduzir consumidores e empresas rumo ao controle inflacionário.

Felizmente, o comunicado do Copom enfraquece as dúvidas: “O Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela”. Em uma só voz, os integrantes do Copom ressaltaram que os juros deverão se manter em patamar alto por tempo suficiente para conter a inflação e alinhar os prognósticos do mercado às metas do BC. O recado não poderia ter sido mais cristalino.

Em seguida, o mercado financeiro abriu com os juros futuros em queda, a Bolsa em alta e o real subindo. A reação foi reflexo do alívio momentâneo quanto aos riscos que pairavam sobre a política monetária, mas o dólar voltou a subir depois das críticas de Lula à decisão do Copom. O mais preocupante, contudo, continua a ser a política fiscal do governo. Como em reuniões anteriores, os integrantes do comitê afirmaram monitorar a situação. “O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros”, diz o comunicado.

Eventuais desdobramentos no mercado externo podem piorar o quadro econômico por aqui e estão fora do controle do governo. O que Lula pode fazer é cuidar do cenário interno. Ele já recebeu alternativas da equipe econômica para ajustar as contas públicas de modo a conter o endividamento. Sem controle de gastos do governo, eles continuarão a alimentar a demanda por produtos e serviços, pressionando a inflação, além de contribuírem para a alta na dívida pública, com consequências deletérias nos juros e no mercado de câmbio. Esse é o problema que o governo tem o dever de atacar sem subterfúgios nem atrasos.

O Estado de S.Paulo - SP   21/06/2024

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manter por decisão unânime a Selic em 10,5% ao ano, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira, 20, acreditar que na próxima reunião os diretores da autoridade monetária possam reduzir o patamar de juros.

Essa queda foi classificada como “necessária” por ele. O vice-presidente, por sua vez, apontou que o cenário doméstico depende também dos juros americanos e do contexto fiscal brasileiro.

Segundo ele, caindo os juros nos Estados Unidos e ficando mais claro o compromisso com a questão fiscal do Brasil, há uma tendência de o ciclo de queda de juros ser retomado.

“Mas vamos ter confiança. Acredito que na próxima reunião do Copom possa reduzir, porque depende dos juros americanos. Acho que tem uma tendência lá fora de os juros americanos caírem. Então caindo os juros nos EUA e ficando mais claro, como tenho convicção, o compromisso com a questão fiscal no Brasil, achamos que a tendência vai ser retomar a queda de juros, que é necessária”, disse Alckmin a jornalistas após participar de evento em Joinville (SC).

Ao ser questionado sobre a decisão de ontem, o ministro disse entender que a Selic deveria ter caído, tendo em vista o dado atual da inflação. “Eu entendo que deveria ser reduzido, porque nós temos inflação menor de 4%, 3,5%. Arredondando, se você tem 10,5% de Selic, nós estamos falando de 7% de juros real, o segundo maior do mundo”, respondeu.

Alckmin também foi perguntado sobre o patamar do real frente ao dólar,e avaliou que a tendência é de a moeda brasileira voltar a se valorizar, tendo em conta ainda que, para ele, o câmbio em torno de R$ 5 estará num patamar competitivo.

“Câmbio é livre, mas temos certeza que ele vai cair. Há oscilações de mercado, o câmbio é flutuante, mas acho que são momentos. A tendência que eu vejo é ter redução da questão cambial. Câmbio em torno de R$ 5 é competitivo, também não pode ter moeda sobrevalorizada, que facilita importação e dificulta exportação”, respondeu Alckmin, repetindo que o cenário fiscal brasileiro vai mostrar “claramente” o compromisso do governo com o arcabouço.

Globo Online - RJ   21/06/2024

Nas últimas semanas, o debate acerca da sustentabilidade das contas públicas nacionais apresentou um novo capítulo. Marcado pela desconfiança dos agentes privados em relação à capacidade do governo federal de entregar resultados fiscais condizentes com a estabilização da dívida pública, o período recente registrou uma desvalorização significativa da moeda nacional acompanhada por perspectivas mais altas para os juros futuros. Consequentemente, as expectativas de inflação e a taxa de juros são afetadas por essa conjuntura, levando a um fim do ciclo de cortes da taxa Selic pelo Banco Central em nível superior ao que antes se havia previsto.

A deterioração recente do quadro macroeconômico tem como pano de fundo um desafio antigo e que, apesar de conhecido, vem se mostrando de difícil superação: o ajuste fiscal. A aprovação da Emenda Constitucional nº 95 de 2016, que instituiu o teto de gastos, buscou promover um ajuste rígido pelo lado das despesas, corrigindo as mesmas a um crescimento não superior ao observado pela inflação medida pelo IPCA. Num momento inicial, a estratégia funcionou. Contudo, com o avançar de despesas obrigatórias numa velocidade exacerbada, as despesas discricionárias (investimento e custeio geral da máquina pública) se reduziram até atingir níveis insustentáveis. Pouco a pouco, o teto de gastos foi deixando de existir, perdendo a sua credibilidade a cada nova medida que driblava as condições previamente impostas.

O novo governo eleito em 2022 adotou, então, uma estratégia mais pragmática e lançou o Novo Arcabouço Fiscal, aprovado por meio da Lei Complementar nº 200 de 2023. Em linhas gerais, a nova abordagem adotou mais flexibilidade para o crescimento das despesas, atrelando-o também ao desempenho da receita, e protegeu os investimentos. A nova regra, mais complexa, também acrescentou à Lei de Responsabilidade Fiscal importantes conceitos de visão de médio prazo para o orçamento público. O marco fiscal de médio prazo, se bem implementado e institucionalizado na política fiscal, seria de grande valia para as contas públicas, ainda mais caso evoluísse para o marco orçamentário e o marco de gastos de médio prazo, previstos na literatura especializada como importantes instrumentos para um orçamento plurianual eficaz.

Embora revestido de ideias inicialmente positivas, o Novo Arcabouço Fiscal precisaria mostrar resultados robustos para dirimir as desconfianças numa regra fiscal mais branda do que a anterior. Seu insucesso resultaria num desenrolar de acontecimentos que nos acostumamos a ver nos últimos anos: crescimento da dívida pública, aumento do seu custo de rolagem, impacto no preço de ativos financeiros e nas expectativas de inflação. Tudo isso gera um ciclo negativo para os investimentos e para a própria capacidade de crescimento do país.

Acontece que a estratégia adotada pelo atual governo para promover a estabilização da dívida pública, com foco em medidas pelo lado das receitas, parece ter chegado a um inequívoco limite. Após a mudança das metas fiscais para os próximos anos e uma série de reveses no Congresso Nacional, sua credibilidade está em xeque.

Dessa forma, uma agenda de revisão de gastos, politicamente mais sensível de adotar, se fará necessária. Junto com ela, dada a rigidez do orçamento público, uma nova rodada de reformas estruturais, como a da Previdência, a administrativa e a revisão dos gastos tributários. Sem essas medidas, infelizmente, é difícil vislumbrar uma retomada da confiança e da necessária estabilidade para o crescimento econômico.

Globo Online - RJ   21/06/2024

O principal ponto da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, de quarta-feira foi a unanimidade em torno da manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano. Com um “racha” polêmico na reunião anterior, em maio, havia dúvidas se seria possível haver um consenso desta vez.

Especialistas avaliam que isso deve dar alívio ao dólar, que acumula valorização de mais de 12% no ano, mas ressaltam que uma melhora permanente dependerá do cenário fiscal. Nesta quinta-feira, a moeda americana abriu em queda, abaixo dos R$ 5,40, após decisão do Copom.

A incerteza maior era sobre a posição dos diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que frequentemente criticam o BC pelos juros elevados, especialmente sobre o voto de Gabriel Galípolo, o mais cotado para assumir o comando do órgão em 2025. O atual presidente, Roberto Campos Neto, deixa o cargo em 31 de dezembro.

Na terça-feira, Lula disse que a única coisa “desajustada” no país era o BC e que não tinha explicação "a taxa de juros do jeito que está”.

— Essa é uma dúvida que a gente tinha no mercado, ainda mais depois da entrevista do presidente Lula, pressionando o Banco Central. Houve um alinhamento porque todos os diretores viram que é um momento bastante delicado — afirmou Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating.

Segundo o economista-chefe da G5 Partners, Luis Otávio Leal, poucas vezes o placar de uma reunião foi tão importante:

— Desta vez, ao contrário da reunião de maio e o seu “Fla-Flu”, a unanimidade vai agradar ao mercado. Principalmente porque o principal candidato a ser o próximo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, votou de forma conservadora.

Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, concorda que o mais importante da reunião do Copom foi a unanimidade. A manutenção do cenário como foi decidida dissipou dúvidas no mercado financeiro.

— Essa é uma dúvida que a gente tinha no mercado, ainda mais depois da entrevista do presidente Lula, pressionando o Banco Central, e houve um alinhamento, porque todos os diretores viram que é um momento bastante delicado — afirmou Agostini.

O economista também destacou que o BC sinalizou que não haverá novas reduções e que a política monetária continuará restritiva o tempo que for necessário para a ancoragem das expectativas. Acrescentou que a autarquia reforçou a importância de uma política fiscal consistente.

Para Leal, o alinhamento de Galípolo pode ajudar a estancar a piora das projeções de inflação registradas no Boletim Focus. Ele ponderou, no entanto, que as chances de Galípolo assumir o BC diminuíram, dependendo de qual será a reação do governo.

Política restritiva à frente

Além da unanimidade, chamou a atenção dos economistas ouvidos pelo GLOBO a indicação indireta de que a Taxa Selic deve se manter em 10,50% por um bom tempo. Ainda que o Copom não tenha dito que o ciclo de queda de juros está encerrado, introduziu um cenário alternativo que mostra que a inflação chega mais perto da meta de 3% em 2025 se os juros ficarem estáveis até o fim do ano que vem.

No cenário de referência, que considera queda da Selic em 2025 para 9,50%, a projeção do BC fica em 3,4%. Esses dois fatores devem trazer alívio para os ativos brasileiros, como o dólar, e estancar a piora das expectativas de inflação, mas uma melhora permanente depende da evolução fiscal, algo em que o BC também está de olho.

“O Comitê, unanimemente, avalia que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade e expectativas desancoradas demandam maior cautela. Ressalta, ademais, que a política monetária deve se manter contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, disse reforçando o “firme compromisso com as metas”.

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, disse considerar relevante a indicação do BC de que a política monetária continuará restritiva, para estancar a crise de confiança.

— A decisão contribuiu para o mercado arrefecer um pouco o risco — disse Camila. — É importante para que o mercado recupere a confiança de que não haverá leniência com a inflação.

Ainda assim, ela avalia que a política fiscal ainda dará bastante dor de cabeça ao Copom.

Em seu comunicado, o Copom reiterou que “monitora com atenção” os desenvolvimentos recentes da política fiscal que impactam a política monetária e os ativos financeiros. A condução das contas públicas pelo governo Lula está sob intenso escrutínio desde abril, quando houve mudança nas metas fiscais.

Mais recentemente, cresceram os receios sobre a sustentabilidade do arcabouço fiscal diante da dificuldade do governo de cortar gastos, o que tem afetado o dólar e as expectativas de inflação.

O jogo não está ganho

A economista-chefe da gestora UBS Wealth Management, Solange Srour, considerou o comunicado neutro, ou seja, que não sinaliza nem uma intenção de voltar a cortar a Selic à frente, nem de aumentar os juros. Ela pondera, no entanto, que o próximo passo do Copom dependerá da política fiscal do governo:

— O cenário básico do Copom é de manutenção da Selic até o fim de 2025. Mas, se vai se realizar ou não, vai depender muito das medidas fiscais. A decisão de hoje faz o mercado ter paciência por mais tempo. O governo ganhou um tempo para desenhar e anunciar as medidas, mas esse tempo não é infinito. O jogo não está ganho.

Comitê de Política Monetária (Copom) é formado pelo presidente do BC e mais oito diretores

Em nota, Alberto Ramos, diretor do Goldman Sachs, afirmou que “desenvolvimentos positivos na frente fiscal, combinados com uma tendência monetária global mais favorável, poderiam potencialmente abrir mais espaço para retomar a normalização da política monetária.”

Fernando Gonçalves, superintendente de pesquisa econômica do Itaú, avalia que a decisão de manter a Selic em 10,50% foi positiva e deve acalmar o desconforto no mercado, mas não será suficiente para acabar com a pressão sobre os ativos:

— Ainda prevalece uma incerteza sobre o futuro do Banco Central. O comunicado deve acalmar os mercados e estancar o processo de desancoragem das expectativas de inflação, mas ainda há dúvidas no radar, como sobre a política fiscal, que está ajudando o câmbio a ficar em um patamar mais desvalorizado, pressionando a inflação, o que não é de hoje.

Dúvidas sobre a futura composição do Copom

Gonçalves também avalia que o comunicado aponta um cenário de juros altos por mais tempo. Mas não considera que o tom do BC foi hawkish (jargão do mercado para elevação de taxas), por não haver uma sinalização de possibilidade de alta de juros.

Apesar de concordar que a decisão deve acalmar o mercado, o economista do Banco BV, Carlos Lopes, avalia que a “nova” diretoria do BC em 2025 deve optar por continuar o corte de juros. O BV espera que os juros terminem este ano em 10,50% e 2025, em 9,0%.

— A indicação é que a atual composição do BC pretende manter a Selic parada até o fim do ano que vem. Mas não sabemos como a nova composição vai se comportar. Achamos que deve optar pela continuidade de cortes — disse Lopes, citando a vontade do governo de indicar membros alinhados com a intenção de reduzir os juros.

O Estado de S.Paulo - SP   21/06/2024

A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros do País em 10,50% não deve ter efeito substancial sobre a sucessão do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na avaliação de ministros do governo ouvidos pela Coluna do Estadão, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, segue firme nesse páreo — embora uma ala do PT tenha passado a defender que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva indique André Lara Resende para assumir a autoridade monetária.

É certo que Lula não gostou do fim do ciclo de cortes da Selic, opinião também vocalizada em público por lideranças do governo. Ainda assim, nos bastidores, a análise é de que é preciso separar retórica política de estratégia econômica. Para auxiliares do presidente, Galípolo não tinha saída a não ser votar para manter a taxa de juros, porque uma nova divisão do Copom iria desvalorizar ainda mais o real em relação ao dólar.

Justamente por isso, o raciocínio é que o voto de Galípolo para manter a Selic foi estratégico, inclusive para mostrar sua independência em relação ao governo, e não o inviabiliza para suceder Campos Neto. Se indicado, ele terá de passar por nova sabatina no Senado.

Ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, o diretor tem boa relação não apenas com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mas também com o chefe da Casa Civil, Rui Costa. Considerado um antípoda do chefe da equipe econômica no Palácio do Planalto, o ex-governador da Bahia, vale destacar, não seguiu a toada petista e evitou comentar a decisão de política monetária em suas redes sociais.

Ainda assim, a ala mais à esquerda do PT viu no voto de Galípolo um espaço para fazer disputa política, e passou a ventilar o nome de André Lara Resende, que ajudou a formular o Plano Real, para comandar o BC. O economista, na avaliação desse grupo, teria o perfil descrito por Lula em uma recente entrevista: é “maduro” e iria “resistir às pressões do mercado”. Nesta semana, Lara Resende afirmou que a PEC de autonomia financeira do BC é um retrocesso.

Segundo apurou a Coluna do Estadão, na noite de segunda-feira, Lula conversou sobre o impasse do Copom com Guido Mantega. De acordo com relatos, o ex-ministro da Fazenda compartilha da leitura de que há espaço para novos cortes na Selic. No dia seguinte, o presidente disparou críticas a Campos Neto em entrevista à CBN. Procurado, Mantega não comentou.

Lula deve indicar o próximo presidente do BC antes do fim do mandato de Campos Neto, avalia-se dentro do Palácio do Planalto. Se a escolha de Galípolo for confirmada, o presidente ainda deverá indicar um novo diretor de Política Monetária.

MINERAÇÃO

Valor - SP   21/06/2024

Consultoria Russell Reynolds está conduzindo o processo e vários executivos já foram sondados; Vale reafirma que processo segue rito

O processo de sucessão a Vale continua movimentando os bastidores da mineradora. De um lado, parte dos acionistas ainda defende antecipar a transição da presidência, que ainda está em processo de escolha do futuro executivo. Também haveria uma pressão do atual presidente, Eduardo Bartolomeo, que tenta esticar ao máximo a data de sua saída da companhia, apurou o Valor com fontes a par do assunto.

Uma parte dos acionistas já vinha defendendo que o processo de troca de executivo fosse antecipado para o início do segundo semestre para virar a página diante das polêmicas com o racha do conselho de administração do grupo no início do ano. A percepção, segundo fontes, é de que quanto antes encerrar o assunto, mais cedo cessarão os ruídos de mercado sobre o tema. A Vale divulgou um comunicado ao mercado informando que o nome do sucessor será divulgado em dezembro e que o atual presidente seguirá como consultor em 2025.

A dificuldade, neste momento, é selecionar executivos com disponibilidade para início imediato — vários já foram sondados. A probabilidade é de que o sucessor seja um CEO empregado e que, por isso, demandará mais tempo para assumir o novo posto. Os nomes serão selecionados para compor uma lista tríplice, antes da decisão final.

Fontes afirmam que Bartolomeo, por outro lado, tenta fazer seu sucessor na companhia. Gustavo Pimenta, vice-presidente executivo de finanças e relações com os investidores da Vale, ganhou força nos últimos meses, mas os nomes de Carlos Medeiros, vice-presidente executivo de operações, e Marcello Spinelli, vice-presidente executivo de soluções de minério de ferro, também começaram a ser defendidos para a sucessão.

Bartolomeo tem falado dentro e fora dos corredores da Vale que precisaria de mais tempo para fazer um sucessor da empresa, segundo duas fontes ouvidas pelo Valor. Com isso, tem criado um desconforto porque teria dito que Pimenta, por exemplo, não estaria ainda totalmente preparado para assumir a cadeira — em caso de uma escolha de um nome dentro da casa.

O processo de troca do principal cargo executivo da Vale ganhou os holofotes ainda no primeiro semestre do ano passado, quando o nome do ex-ministro petista Guido Mantega foi aventado para ir para o conselho e até mesmo ocupar a presidência da mineradora, como nome indicado pelo governo federal.

Na posição de acionista, Rubens Ometto estava defendendo o nome do executivo Luis Henrique Guimarães, da Cosan, e conselheiro da mineradora, para substituir Bartalomeo. As chances de Guimarães foram minadas com o racha do conselho administrativo da companhia. Uma parte defendia que o nome para ficar à frente da gestão não deveria ser ligado a acionistas. O discurso verborrágico de Ometto em um evento criticando o governo também dão menos chances para um indicado por ele na mineradora.

A consultoria Russell Reynolds está entrevistando os conselheiros neste momento, em uma das etapas do processo de escolha do futuro CEO.

Marcos Lutz, do Ultra, e Walter Schalka, da Suzano, chegaram a ser sondados, disseram pessoas a par do assunto. Marcelo Castelli, ex-Fibria e atual conselheiro da Votorantim, também chegou a ser cogitado, mas o executivo está se recuperando de problemas de saúde. No início do ano, os nomes de Guimarães e Bartolomeo foram cogitados para entrar na lista tríplice. Mas as apostas são de que não há a menor chance disso avançar. Os dois circularam juntos no Fórum Econômico Mundial, na Suíça, em janeiro, e pareciam alinhado. No entanto, cada um estava defendendo a sua candidatura ao posto.

Bartolomeo assumiu interinamente a presidência da Vale no início de 2019, após a saída de Fabio Schvartsman, afastado de suas funções após a tragédia ambiental em Brumadinho (MG). O executivo foi confirmado depois no cargo e seu mandato venceria em maio deste ano.

Com o racha no conselho no início do ano, ficou decidido que ele cumpriria a função até dezembro — com o novo nome divulgado durante o Vale Day, para os investidores. O nome presidente assume em 2025 — e o atual executivo fica por mais um ano.

Em paralelo, o governo defende um nome que possa fazer com que a Vale coloque em pé projetos de investimentos, sobretudo na exploração de minérios críticos. Para uma fonte do governo, independentemente de quem assumir a cadeira, é preciso colocar a mineradora na rota de crescimento.

Procurada, a Vale “reafirma o teor dos comunicados ao me mercado divulgados em 1/5/24 e 17/6/24 com cronograma do processo de sucessão de seu Presidente”.

Revista Mineração - SP   21/06/2024

A indústria da mineração investiu mais de R$ 10 bilhões em medidas de segurança e prevê ainda mais de R$ 30 bilhões em investimentos para descaracterizar todas as barragens construídas pelo método conhecido como ‘a montante’.

Os dados são do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e foram divulgados durante entrevista coletiva que reuniu, nesta quinta-feira (20), a imprensa nacional e internacional.

O evento online marca o início do protagonismo do Ibram na divulgação com objetividade e clareza da situação das barragens de rejeitos das mineradoras associadas.

Segundo o levantamento apresentado, com base em dados oficiais, de fevereiro de 2019, mês seguinte ao rompimento da barragem em Brumadinho (MG), até abril de 2024 o número de barragens em descaracterização diminuiu de 74 para 52. A expectativa é que mais de 90% sejam descaracterizadas até 2027.

O diretor-presidente Ibram, Raul Jungmann, informou que a partir de agora a divulgação dos avanços na gestão de segurança de estruturas e do cronograma de descomissionamento e descaracterização das barragens a montante será constante.

“O valor investido não é o mais importante, mas, sim, o fato de que estamos efetivamente conquistando avanços em termos de segurança, de responsabilidade social e ambiental. Transparência é obrigatória para que todos acompanhem e compreendam os esforços do setor mineral para contar com operações mais seguras. Não significa que devemos relaxar e celebrar. Devemos é redobrar nossas atenções e fazer ainda mais”, afirmou o dirigente.

Clique para acessar os dados do IBRAM sobre barragens.

Ainda segundo os dados divilgados, das 52 barragens a montante, 5 estão no Nível de Emergência 2 e outras 3 no Nível de Emergência 3, e as pessoas que se situavam nas áreas próximas a estas estruturas foram evacuadas temporariamente.

Jungmann ressaltou também que a descaracterização das barragens exige cuidado redobrado das equipes técnicas. “É uma tarefa complexa, sem precedentes na engenharia. Para realizar as obras com plena segurança é preciso compreender que esta preocupação vem antes de cumprimento de qualquer prazo que se estabeleça no momento”, disse.

O diretor-presidente pontuou ainda que o Ibram e as mineradoras associadas assumiram compromissos públicos de agir para tornar o setor ainda mais seguro, responsável e sustentável e tornar a relação dessa indústria com o público mais próxima, aberta ao diálogo e transparente.

“Com respeito à legislação, que se tornou mais rigorosa no aspecto da segurança, e pela aplicação de medidas complementares, a indústria da mineração tem conseguido registrar avanços que são compartilhados com inteira transparência”, afirmou.

Ele lembrou que após o segundo rompimento, em 2019, o cenário que se apresentava era catastrófico para as expectativas da indústria da mineração. Com a liderança do Ibram, o setor buscou diálogo franco e aberto com todos os atores envolvidos.

No entanto, o executivo fez questão de observar que nenhuma atitude do setor será capaz de repor as vidas perdidas por causa dos rompimentos, eventos que custaram as vidas, inclusive, de pessoas que atuavam na mineração.

“Os rompimentos nos ensinaram lições, de uma forma mais amarga possível. Em respeito às vítimas e aos demais atingidos, o Ibram tem procurado liderar um esforço setorial totalmente voltado a demonstrar que aprendemos as lições e apresentamos os caminhos e os avanços que contribuem para uma mineração totalmente reformulada, digna de reconquistar a confiança do público”, disse.

AUTOMOTIVO

IstoÉ Online - SP   21/06/2024

O Ministério do Comércio da China acusou nesta quinta-feira, 20, a União Europeia (UE) de fazer exigências irrazoáveis em sua investigação sobre as importações de veículos elétricos (EVs, na sigla em inglês) chineses, antes de anunciar que estava aumentando as tarifas em até 38%. Segundo o porta-voz He Yadong, o lado europeu exigiu quantidades excessivas de informações das montadoras chinesas e depois acusou injustamente as empresas chinesas de não cooperarem.

“Os tipos, o escopo e a quantidade de informações coletadas pelo lado europeu não têm precedentes, excedendo em muito as exigências das investigações anti-subsídios”, disse He, em coletiva de imprensa. Ele revelou que isso inclui a exigência de detalhes sobre fabricação e desenvolvimento, tecnologia e fórmulas de produtos, entre outros aspectos, das empresas chinesas de veículos elétricos e baterias.

As críticas ocorrem um dia depois de o Ministério do Comércio se reunir com representantes de empresas chinesas e europeias para discutir efeitos das tarifas, conforme noticiado pela CCTV. No encontro, os representantes chineses teriam pedido para que as autoridades apliquem retaliação direta contra as medidas da UE ao elevar até 25% as tarifas sobre veículos a gasolina europeus.

Na coletiva, o porta-voz chinês não anunciou nenhuma nova medida em retaliação ao aumento provisório das tarifas, que, de acordo ele, não tem “base factual e legal”. Mas He reiterou a advertência de Pequim de que defenderá os direitos e interesses das empresas chinesas.

Questionado sobre a investigação antidumping sobre as exportações de carne suína da Europa, He Yadong disse que a China pode cobrar tarifas provisórias sobre produtos e subprodutos, caso a prática seja confirmada após levantamento preliminar, segundo a Xinhua. As tarifas serão determinadas “de acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e regulamentações antidumping da China”.

Anunciada na segunda-feira, a investigação de Pequim sobre a carne suína europeia é vista como uma resposta às medidas da Europa sobre veículos elétricos, mesmo sem correlação anunciada oficialmente pelo Ministério do Comércio chinês. A investigação deve terminar 17 de junho de 2025, mas pode ser prorrogada por seis meses.

Automotive Business - SP   21/06/2024

Com a aquisição de máquinas e melhorias estruturais na fábrica, a Thyssenkrupp promete aumentar o conteúdo local em sua unidade de São José dos Pinhais, no Paraná. A divisão Steering da fabricante recebeu equipamentos de olho nos contratos firmados com montadoras.

A aquisição de novas máquinas faz parte do ciclo de investimento de R$ 120 milhões da Thyssenkrupp em suas operações automotivas no Brasil, que vai até 2027. A companhia, contudo, não especificou em quanto este conteúdo local foi aumentado.

A unidade Steering da Thyssenkrupp no Paraná é responsável pela produção de sistemas de direção para veículos. A unidade, inclusive, fornece a coluna de direção elétrica para o recém-lançado SUV compacto Renault Kardian.

“A parceria com a Renault representa um avanço significativo para o setor, uma vez que impulsiona o desenvolvimento de tecnologias. Não se trata mais de uma tecnologia restrita aos veículos premium, porque até mesmo modelos mais populares já a trazem embarcada”, afirma o diretor geral da Thyssenkrupp Steering para o Brasil, Conrado Gomes.

Recentemente, a empresa fez aporte em outra fábrica de componentes automotivos no Brasil: a unidade de Poços de Caldas (MG), da divisão Dynamic Components, está aumentando a sua capacidade produtiva.

CNN Brasil - SP   21/06/2024

A fabricante de caminhões e ônibus Scania informou nesta quinta-feira que vai investir 2 bilhões de reais no Brasil nos próximos quatro anos, dando continuidade a um aporte anterior de 1,4 bilhão de reais iniciado em 2021 e encerrado este ano.

Segundo a empresa, os recursos da nova fase de investimentos para o período de 2025 a 2028 — quase 43% acima do ciclo anterior — visam fortalecer os esforços da companhia na redução das emissões de carbono nos sistemas de transporte e logística.

Com o anúncio, a companhia engrossa a lista de montadoras que divulgaram investimentos no país nos últimos meses, os quais, em conjunto, já somam mais de 100 bilhões de reais. As empresas incluem fabricantes como BYD, Stellantis, General Motors e Hyundai.

A Scania, com sede na Suécia, entregou no mês passado seus primeiros caminhões movidos a biodiesel puro (B100) ao conglomerado Amaggi, como parte de um acordo firmado no ano passado para a venda de cerca de 100 veículos Euro 6 movidos a B100.

Até maio de 2024, o número de licenciamento de caminhões da Scania saltou 85% sobre o mesmo período do ano anterior, para 7,7 mil unidades, segundo a associação de montadoras Anfavea. No segmento de ônibus, a Scania elevou os licenciamentos para 237 no mesmo período, contra 100 um ano antes.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Money Times - SP   21/06/2024

O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa Selic no patamar de 10,50% ao ano. E os juros são um dos maiores dilemas de quem atua no mercado imobiliário.

Quando estão baixos, as construtoras tendem a acelerar seus projetos e os clientes passam a ter maior capacidade de compra. Todavia, quando estão altos, as obras andam mais devagar e o potencial de compra diminui.

Nesse vaivém, as empresas do setor precisam criar estratégias para lidar com o movimento dessas taxas, que podem impactar a economia do setor tanto de forma positiva, quanto negativa.

Para o desenvolvimento de obras que unem o lucro, as boas margens das construtoras e a melhor oferta final ao cliente, temos como melhor alternativa estar com a taxa de juros definida na medida certa para o momento econômico.

Dessa forma, gosto de trazer a fala recente do presidente do Conselho de Administração da MRV, Rubens Menin, que conclui que “os juros são necessários para o setor assim como a quimioterapia é para os pacientes que necessitam dela. Ou seja, quando se erra para menos, não atua na correção ideal e, quando se erra para mais, acaba promovendo mais prejuízos do que benefícios”.

Pensando nisso e olhando para um 2024 com um índice de dois dígitos na taxa de juros do Brasil, é importante trabalhar para um mercado e cenário econômico que fomente a queda dessa porcentagem.

Selic a 10,50%: Impacto para as empresas e para os clientes

Diminuir é preciso. Isso quer dizer que a redução da taxa de juros é peça-chave para o desenvolvimento saudável de todos os CNPJs brasileiros, não somente para aqueles ligados ao setor imobiliário. Afinal, quando a taxa é menor, as construtoras conseguem maior acesso ao mercado de capitais e não dependem apenas do financiamento do FGTS, um ponto limitante para os negócios.

De olho no panorama atual, podemos dizer que o mercado está aquecido devido às iniciativas governamentais que alteraram os programas habitacionais, como o aumento do teto do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), o FGTS Futuro e a expansão do prazo de pagamentos.

Do ponto de vista do cliente, a redução da taxa de juros torna a compra do imóvel mais acessível. Aqui, a explicação está na redução do comprometimento de renda dos compradores e a melhora das condições de empréstimos vindos dos bancos e instituições financeiras. Hoje, em aquisições do MCMV ou FGTS, a taxa é fixa e varia entre 4,25% e 8,16%. Porém, apesar da taxa fixa, sabemos que o poder de compra dos clientes é primordial para o pagamento do valor com recursos próprios, por exemplo.
Foco nos juros desde o planejamento estratégico

A montanha-russa da taxa de juros já é um assunto com cadeira cativa nos planejamentos estratégicos. Assim, como as construtoras não têm o poder de ditar as regras do índice, a melhor alternativa é construir métodos para lidar com ele.

Entre as medidas cabíveis, estão a avaliação da rentabilidade de novos projetos, a fim de estabelecer uma margem segura nas obras, o monitoramento de tendências macroeconômicas, para ter na mão as oportunidades e riscos que valem o investimento, e a visão de longo prazo, para considerar os ciclos econômicos que podem impactar o preço das construções.

As políticas de preço e venda também entram no planejamento. Até porque, em momentos de juros baixos, é importante oferecer condições de financiamento mais atraentes para os clientes, o que aumenta a demanda dos imóveis.

Em tempos de juros baixos, é a hora de investir com mais força nos projetos. Porém, também é o período de pensar no que pode ser feito para a empresa estar pronta quando a taxa subir.

É essencial focar na liquidez, ou seja, fortalecer as reservas de caixa para permitir a flexibilidade financeira e diversificar as fontes de financiamento com o intuito de reduzir a dependência de empréstimos bancários

Junto dessa estratégia, entra a fidelização do cliente — visto que nessa época é mais fácil criar condições que favoreçam o bolso de quem compra. As construtoras devem se atentar para oferecer condições atraentes de financiamento, a exemplo de taxas fixas em hipotecas ou opções de financiamento flexíveis.

Juros baixos são sinônimo de progresso imobiliário. Então, o mais confiável é usar esses momentos para acelerar o crescimento empresarial e garantir a proteção para períodos de crise.

Infomoney - SP   21/06/2024

A construção de novas moradias unifamiliares nos Estados Unidos caiu em maio em meio às taxas de hipoteca ainda elevadas. O início de construção de casas para uma única família, que representa a maior parte da construção de residências, caiu 5,2%, atingindo uma taxa anual ajustada sazonalmente de 982.000 unidades no mês passado, informou o Departamento de Comércio nesta quinta-feira (20).

Os dados de abril foram revisados para cima, mostrando uma taxa de 1,036 milhão de unidades, em vez de 1,031 milhão conforme informado anteriormente.

A taxa média da popular hipoteca fixa de 30 anos continua a recuar depois de reacelerar para mais de 7% em abril e maio. Ela diminuiu para 6,95% na semana passada, segundo dados da agência de financiamento hipotecário Freddie Mac, uma vez que o afrouxamento das condições do mercado de trabalho colocou de volta na mesa dois cortes de juros pelo Federal Reserve este ano.

As licenças para futuras construções de casas unifamiliares caíram 2,9%, para uma taxa de 949.000 unidades em maio.

Exame - SP   21/06/2024

Em meio à sangria da bolsa brasileira e os ruídos políticos trazendo preocupação para o cenário macro, o Itaú BBA soltou um relatório com cinco motivos pelos quais vale apostar nas incorporadoras voltadas para baixa renda.

O time de analistas do banco atualizou estimativas e suas teses de investimento para o setor, apontando a Direcional e a Cury como suas preferidas. Com recomendação de compra, as duas tiveram seus preços-alvo elevados de R$ 31 para R$ 35 e de R$ 22 para R$ 25, respectivamente.

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“Poucos setores podem combinar condições microeconômicas favoráveis, alto crescimento e atratividade de retorno”, escreveu o time liderada por Daniel Gasparete.

Plano & Plano e MRV também têm recomendação de compra, mas tiveram corte de preço-alvo. A primeira passou de R$ 16 para R$14, enquanto a segunda foi de R$ 12 para R$ 10. A Tenda, com recomendação neutro, teve seu preço-alvo elevado, de R$ 12 para R$ 13.

Minha Casa Minha Vida

A primeira razão para a confiança do banco no setor tem nome e sobrenome: Minha Casa Minha Vida.

Com os estímulos do programa, o time prevê mais lançamentos em 2024 e 2025, com margens mais altas, beneficiadas pelo banco de terrenos próprio e aumento dos preços das unidades.

As incorporadoras também devem ter uma geração de caixa sólida, com maior velocidade de vendas e margens melhoradas.

“Esperamos que as prévias operacionais continuem sendo pontos de dados positivos, provavelmente alinhando as estimativas de consenso com nossas previsões para o setor – nossa estimativa de lucro para 2025 está atualmente 10% acima do consenso”, dizem os analistas do BBA.

Crescimento de lucros bem acima da Bolsa

O cenário benigno já está resultando em um crescimento substancial do lucro – a segunda razão do otimismo.

A equipe prevê um crescimento composto anualizado de 35% a 45% para Direcional e Cury entre 2023 e 2025, em contraste com uma média de 20% em outros setores do mercado de ações.

Dividendos

O terceiro motivo são dividend yields atraentes – o que pode não parecer tão óbvio. Na avaliação do banco, os números robustos de vendas, combinados com margens altas, devem suportar uma geração significativa de caixa para o setor em 2025, que deve retornar aos acionistas.

“Estamos confortáveis em assumir um índice de pagamento de 75%, resultando em um dividend yield atrativo de 10% a 12%.” Isso posiciona o setor como um dos principais pagadores de dividendos no mercado.

No bad news

O fluxo de notícias negativas diminuiu também, outro destaque do relatório. A recente conclusão do debate sobre o FGTS no Supremo Tribunal teve um resultado positivo.

Além disso, as preocupações sobre a escassez de financiamento diminuíram após a reafirmação do governo de suplementar o orçamento. E a inflação na construção, que já foi um problema significativo para o setor, foi controlada no último ano, com o INCC permanecendo abaixo da marca de 4% desde junho de 2023.

À prova de risco macro

A quinta e última razão é a perspectiva de riscos macroeconômicos limitados. “Contrariamente às preocupações macroeconômicas que afetam outros setores, vemos o segmento de baixa renda bem-posicionado nesse aspecto”

Uma das bandeiras do governo atual, o MCMV deve sustentar a abordagem favorável no futuro.

Além disso, observam os analistas, as condições subsidiadas do programa reduzem a exposição do setor às taxas de juros do mercado, minimizando o impacto das flutuações nas taxas sobre os retornos esperados.

NAVAL

Porto Gente - SP   21/06/2024

Sistema de agendamento de caminhões e investimentos na infraestrutura para atendimento às safras agrícolas são fatores que garantem ganhos de produtividade na operação portuária

A movimentação de cargas no Porto de Santos continua em sua trajetória de crescimento contínuo, atingindo, em maio, 15,8 milhões de toneladas, a melhor marca para esse período, e ficando 4,9% acima do apurado no ano passado (15,1 milhões de toneladas). Esse desempenho elevou em 11,5% o movimento acumulado do ano que soma 72,8 milhões de toneladas, também recorde para o período.

Mais uma vez as cargas do agronegócio lideram o crescimento, destacando-se o açúcar, com 2,2 milhões de toneladas no mês (+18,7%) e 9,4 5 milhões de toneladas nos 5 primeiros meses do ano (+65,6%). Sobressaíram-se, também, os embarques de café em grãos, com 204,7 mil toneladas (+89,1%) no mês e 1,0 milhão de toneladas (+65,3%) no acumulado do ano; carnes, com 225,0 mil toneladas (+32,2%) no mês e 994,9 mil toneladas (+28,0%); celulose, com 631,6 7 mil toneladas (+14,3%) no mês e 3,2 milhões de toneladas no acumulado (+2,7%) e as descargas de fertilizantes, com 662,9 mil toneladas (+40,4%) no mês e 2,7 8 milhões de toneladas (-6,1%).

O presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, afirma que “a infraestrutura para atendimento às safras agrícolas está em expansão no complexo portuário de Santos e é um dos fortes indutores desse desempenho”.

A movimentação de cargas conteinerizadas também apresentou um ótimo desempenho, somando 443,6 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), ficando 10,1% acima do mesmo mês do ano passado (403,3 0 mil TEU). O acumulado do ano se mantém 17,0% acima do mesmo período anterior, totalizando 2,1 2 milhões de TEU. Os dois resultados se caracterizam como as melhores marcas registradas no mês de maio e no acumulado do ano.

No geral, os embarques atingiram no mês, 11,912,0 milhões de toneladas, um crescimento de 4,1% e no acumulado do ano, 54,3 milhões de toneladas, 13% acima do mesmo período de 2023. Já as descargas somaram 3,8 9 milhões de toneladas, ficando 7,5% acima do apurado em maio do ano anterior e o acumulado do ano chegou a 18,5 milhões de toneladas, também apresentando redução alta de 7,3%.

Os granéis sólidos somaram nos 5 primeiros meses do ano 37,0 milhões de toneladas, um aumento de 4,9% sobre igual período em 2023, melhor marca acumulada no período. Os granéis líquidos somaram nesse período 8,0 milhões de toneladas, crescimento de 8,2% e também a melhor marca para o período. Destacaram-se nesse segmento a gasolina, com 166,7 mil toneladas (+293,9%) no mês e 489,7 mil toneladas (+79,7%) no acumulado do ano; e óleo diesel e gasóleo, com 211,0 1 mil toneladas (+102,9%) no mês e 790,0 9 mil toneladas (+23,7%) no acumulado do ano.

Em maio, ocorreram 472 atracações de navios (+0,2%) e nos 5 primeiros meses do ano 2.305 (+5,1%).

Corrente Comercial

A participação acumulada do Porto de Santos na corrente comercial brasileira apresentou crescimento, atingindo 29,0%. Cerca de 29,0% das transações comerciais nacionais com o exterior tiveram a China como país parceiro. São Paulo, com 52,7%, permanece como o Estado com maior participação nas transações comerciais com o exterior, por Santos.

Monitor Digital - RJ   21/06/2024

A Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (SEST/MGI) divulgou o Relatório de Execução Orçamentária das Empresas Estatais até o segundo bimestre de 2024, revelando que a PortosRio alcançou um desempenho excepcional no período.

Com uma taxa de execução de 16,5% de suas dotações orçamentárias, a Autoridade Portuária superou a média geral de 14,2%, atingindo o melhor resultado de execução orçamentária entre os portos públicos do Brasil. Além disso, o relatório posiciona a PortosRio na 5ª colocação entre as empresas estatais federais.

Francisco Martins, presidente da PortosRio, celebrou este resultado: “Este desempenho reflete o compromisso da companhia e seu corpo funcional com a gestão eficiente e transparente dos recursos públicos destinados ao desenvolvimento de suas atividades, entretanto, nossas metas são muito ambiciosas e o monitoramento dos investimentos é permanente.”

O orçamento de investimentos para 2024, aprovado pela Lei Orçamentária Anual, totaliza R$ 151 bilhões e abrange dotações destinadas a projetos de 39 empresas estatais federais, em diversos setores: 7 no setor financeiro; 2 em armazenamento e abastecimento de produtos agrícolas; 10 em comércio e serviços; 2 em energia elétrica; 3 em indústria de transformação; 8 em petróleo, etanol, biodiesel, gás natural e derivados; 6 em administração portuária; e 1 em desenvolvimento e administração da infraestrutura aeroportuária.

Portal Fator Brasil - RJ   21/06/2024

Proposta foi elaborada pela Petrobras em conjunto com Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e Marinha do Brasil e prevê limitação de tráfego de navios mercantes na região.

Neste mês de junho, em Londres, a International Maritime Organization (IMO), ligada à ONU, através do seu Subcomitê de Navegação, Comunicações, Busca e Salvamento (NCSR, da sigla em inglês) recomendou aprovação da proposta do Brasil para a criação das Áreas a Serem Evitadas (ATBA), com o objetivo de minimizar o risco de colisões entre os navios mercantes e plataformas de petróleo e barcos de apoio das empresas de energia que operam na Bacia de Santos. A recomendação do subcomitê deverá ser adotada no Comitê de Segurança Marítima (MSC) em dezembro deste ano, entrando em vigor em julho de 2025.

Os navios mercantes que hoje navegam na região deverão adotar outras rotas, para se afastar das ATBAs, onde a navegação é sensível, como na Bacia de Santos, devido à grande quantidade de plataformas e tráfego offshore.

A proposta para a criação das ATBAs foi elaborada pela Petrobras, em 2018, e aperfeiçoada em conjunto com a Marinha do Brasil e Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) e, em seguida, teve a sua submissão à IMO autorizada pelo Governo Brasileiro em 2023. A proposta brasileira prevê a criação de duas áreas poligonais, em um total de 7.636,64 km2, onde a navegação de navios mercantes, não relacionados com a atividade offshore, deverá ser evitada.

A Bacia de Santos está situada na ZEE (Zona Econômica Exclusiva), que se estende de 12 milhas náuticas até 200 milhas náuticas da costa, o equivalente a 321,8 km. Nesta região, somente a IMO tem competência para estabelecer medidas que interfiram na livre navegação. Já foram adotadas pela IMO ATBAs nas bacias de Campos desde 2007 e do Espírito Santo desde 2012.

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   21/06/2024

A Gasmig vai investir R$5,8 bilhões na ampliação do seu sistema de distribuição de gás natural (gasodutos) em todo o Estado, até 2034. Além do Projeto Centro-Oeste, que liga Betim à Divinópolis, outros estudos estão em andamento.

“O gás natural canalizado representa mais um esforço para oferecer uma estrutura mais qualificada e que possa atender uma gama maior da indústria e da população no geral”, diz Gilberto Valle, presidente da Gasmig.

De acordo com o Relatório Anual da Administração, a Gasmig alcançou, em 2023, importantes marcos financeiros, como faturamento bruto de R$4,155 bilhões, patrimônio líquido de R$1,305 bilhão e lucro líquido de R$596,1 milhões.

“Nunca tivemos um investimento tão grande na Gasmig como estamos fazendo agora. Desde 2013, quando fizemos os gasodutos do Sul de Minas e Vale do Aço, a média anual de investimentos era de R$ 50 milhões, e ano passado chegamos a R$ 300 milhões para viabilizar o crescimento dessa rede”, exalta o presidente.

Projeto Centro-Oeste

Um dos importantes marcos da Gasmig é a realização do “Projeto Centro-Oeste”, que vai expandir a malha de gasodutos para a região do Centro-Oeste de Minas, onde serão investidos gasoduto da Gasmig aproximadamente R$800 milhões, agregando a rede de distribuição existente cerca de 300 km adicionais de gasodutos.

O processo de licenciamento ambiental foi concluído no final de 2023 e as obras começaram em março deste ano, com duração estimada de 24 meses. A nova rede vai passar por Sarzedo, São Joaquim de Bicas, Igarapé, Juatuba, Mateus Leme e Itaúna até chegar a Divinópolis.

“Desde a concessão da licença do COPAM, nós já comemorávamos, pois este projeto é um marco significativo para a Companhia. Aquele momento foi o resultado de um processo meticuloso, no qual a Gasmig demonstrou seu comprometimento em minimizar impactos ambientais e adotar medidas de mitigação eficazes”, explica Gilberto Valle.

O Gás Natural

Como concessionária de distribuição de gás natural canalizado, a Gasmig proporciona aos mineiros uma fonte de energia importante para o desenvolvimento e crescimento do Estado.

“O gás natural é uma solução competitiva e que favorece a transição energética, já que é mais seguro, pois, por ser mais leve que o ar, se dissipa rapidamente em caso de vazamento. É mais prático, já que permite diversas aplicações, tem fornecimento contínuo e não exige estocagem. E é mais sustentável, pois emite menos poluentes para o meio ambiente e auxilia na redução de impactos ambientais”, ilustra o presidente.

Além disso, melhora a competitividade das indústrias mineiras e criação de novos empregos.

Atualmente, a Gasmig atende a 47 municípios de 7 mesorregiões do Estado (Metropolitana de BH, Sul e Sudoeste de Minas, Zona da Mata, Campo das Vertentes, Vale do Rio Doce, Oeste de Minas e Vale do Mucuri).

Investing - SP   21/06/2024

Os preços futuros do petróleo subiram nesta quinta-feira, depois que a Administração de Informações sobre Energia dos Estados Unidos (EIA) divulgou uma queda no petróleo bruto e dados mostrando um esfriamento do mercado de trabalho, o que alimentou as esperanças de que o Federal Reserve possa cortar as taxas de juros em breve.

Os preços futuros do petróleo bruto Brent ficaram em 85,71 dólares por barril, alta de 0,64 dólar, ou 0,75%. A máxima da sessão, de 85,89 dólares, foi a maior desde 1º de maio.

Os contratos futuros do West Texas Intermediate (WTI) para julho, que vencem na quinta-feira, terminaram em 82,17 dólares por barril, com alta de 0,60 dólar, ou 0,74%.

"O mercado está definitivamente se recuperando", disse Phil Flynn, analista do Price Futures Group.

Os estoques de petróleo bruto caíram 2,5 milhões de barris na semana encerrada em 14 de junho, para 457,1 milhões de barris, disse a EIA, em comparação com as expectativas dos analistas em uma pesquisa da Reuters de uma queda de 2,2 milhões de barris.

Os estoques em Cushing, Oklahoma, centro de entrega dos futuros do petróleo dos EUA,, aumentaram em 307.000 barris, disse a EIA.

Não houve liquidação do WTI na quarta-feira devido a um feriado nos EUA, o que manteve as negociações em grande parte moderadas. O contrato mais ativo de agosto subiu 0,60 dólar, a 81,31 dólares.

O número de norte-americanos que apresentaram novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada.

O ímpeto do mercado de trabalho diminuiu juntamente com a economia em geral, conforme o Fed tem apertado a política para combater a inflação. Com a diminuição dessa pressão, um corte nas taxas este ano continua sendo cogitado.

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Taxas mais baixas poderiam dar suporte aos preços do petróleo, que foram arrastados este ano pela fraca demanda global. Um corte nas taxas dos EUA tornaria os empréstimos mais baratos na maior economia do mundo, estimulando o apetite por petróleo à medida que a produção aumenta.

Os preços do petróleo também devem permanecer apoiados por um crescente prêmio de risco geopolítico impulsionado pelo conflito no Oriente Médio, disse o analista da ActivTrades, Ricardo Evangelista.

As forças israelenses bombardearam áreas no centro da Faixa de Gaza durante a noite, enquanto os tanques aprofundaram seu avanço em Rafah, no sul.

No entanto, as expectativas de um aumento nos estoques parecem estar ofuscando os temores de uma escalada do estresse geopolítico por enquanto, disse Priyanka Sachdeva, analista sênior de mercado da Phillip Nova.

Valor - SP   21/06/2024

Caso se confirme, será o primeiro ano desde 2017 em que a agência reguladora deixará de realizar um certame

Cristiano Pinto da Costa, presidente da Shell no Brasil: “Só conseguimos repor reservas se houver leilões” — Foto: Leo Pinheiro/Valor

A falta de previsão de leilão de área de exploração de petróleo pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) neste ano preocupa a Shell Brasil, segundo o presidente da companhia, Cristiano Pinto da Costa. Caso se confirme, será o primeiro ano desde 2017 em que não haverá um certame.

“A Shell é a única companhia privada que entrou em todos os leilões da ANP desde a abertura do mercado”, disse o executivo após participar do evento Shell Cenários, no Rio. “Continuamos demonstrando interesse em permanecer aumentando a produção no Brasil. Acreditamos que uma sequência anual de leilões é importante para a indústria.”

A expectativa mais conservadora da ANP é de que a publicação de novos editais de leilões ocorra no início de 2025. Isso acontece porque o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleceu, em dezembro, novas diretrizes para definição de regras de conteúdo local nos próximos ciclos de licitações sob os regimes de concessão e de partilha dentro da oferta permanente. Nessa modalidade, as empresas não precisam esperar a rodada “tradicional” de leilões, ficando permanentemente aptas para arrematar blocos de petróleo.

Procurada, a ANP diz que aproveitou a mudança do CNPE para revisar instrumentos licitatórios: “Trata-se de uma oportunidade de implementar melhorias no edital.”

Segundo Costa, a constância dos leilões é importante por conta do tempo de oito a dez anos que uma petroleira leva entre a fase de oferta e a produção do campo: “O Brasil tem 12 anos de reservas provadas de óleo e gás. Isso significa que, se continuarmos produzindo, a projeção é que em 12 anos se esgota a reserva. Só conseguimos repor reservas se houver leilões e ocorrerem novas descobertas. Por isso a importância de certames anuais. Infelizmente, os sinais que vemos neste ano é que talvez o Brasil não tenha nenhum.”

Outra preocupação citada por Costa foi a paralisação de servidores ambientais, que tem afetado especialmente as operações de óleo e gás. Desde janeiro, atividades do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) estão parcialmente suspensas e na quarta-feira (19) foi aprovada greve em 17 Estados e no Distrito Federal.

Segundo cálculos do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás Natural (IBP), a chamada operação padrão do Ibama levou o país a deixar de produzir cerca de 80 mil barris de petróleo por dia, com prejuízo mensal à economia de US$ 200 milhões, por conta dos atrasos em licenças de perfuração e de operações em unidades produtoras. O governo deixa de arrecadar US$ 106 milhões em tributos mensalmente, segundo o IBP, e a greve, que começa dia 24, “aumenta exponencialmente esse valor”.

O executivo afirmou que a petroleira ainda não mensurou o impacto que a greve do Ibama terá sobre suas operações, mas existe a preocupação sobre a aprovação de uma anuência do instituto para entrada de novos poços em produção no Campo de Mero, na Bacia de Santos, onde a Shell opera junto com a Petrobras. Costa não precisou o tempo específico do atraso por conta da paralisação. Procurada, a Petrobras não comentou.

“Entendemos os pleitos dos funcionários do Ibama e a importância do trabalho técnico do órgão. Mas deixar de produzir 80 mil barris é deixar de dar receita para o governo em um momento em que a União precisa da receita para balancear o orçamento”, disse Costa a jornalistas após o evento.

A Shell lançou um caderno de cenários da companhia para o mercado de energia brasileiro em que destaca a importância das parcerias e aponta vantagens do país na transição energética. Conforme o estudo, o uso do solo é o principal vilão do Brasil para cumprir metas de desmatamento, mas a matriz energética mais limpa que a de outros países traz vantagem competitiva. A captura e o armazenamento de carbono foi apontado como um mercado importante para o país, mas com a ressalva de que é necessário avançar na regulação.

AGRÍCOLA

CIMM - SP   21/06/2024

A cidade de Itumbiara, na região Sul de Goiás, está prestes a vivenciar um impulso significativo em sua economia com o investimento de aproximadamente R$ 100 milhões da multinacional chinesa Weichai. Líder mundial na fabricação de motores e máquinas agrícolas, a Weichai está implantando sua primeira unidade na América Latina.

A nova unidade da Weichai será estabelecida em parceria com a Stemac Grupos Geradores, que cederá uma área dentro do seu parque industrial para a construção de um centro de montagem e um espaço para distribuição de motores, de acordo com a Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) de Goiás. Essa colaboração promete acelerar o progresso e o desenvolvimento da região, gerando inúmeras oportunidades para os moradores de Itumbiara e municípios vizinhos.

A gigante chinesa já havia oficializado o montante em evento realizado na cidade, em fevereiro deste ano. Mas como ainda há trâmites burocráticos a serem superados pela empresa ao longo dos próximos três meses, Hui Liu disse ter “feito questão” de aproveitar a vinda ao Brasil para encontro com representantes do governo estadual a fim de reforçar a responsabilidade da empresa com Goiás.

A expectativa do governo estadual é alta, com o vice-governador destacando a determinação do governador Ronaldo Caiado em garantir que todas as secretarias envolvidas trabalhem com celeridade para facilitar a instalação da fábrica. O compromisso é trazer o maior número possível de benefícios para os goianos, fortalecendo a economia local e regional.

A empresa tem mais de 100 mil funcionários somente na China, com faturamento superior a R$ 70 bilhões/ano.

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