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21 de Fevereiro de 2024

SIDERURGIA

Infomoney - SP   21/02/2024

A Gerdau (GGBR4) reportou nesta terça-feira (20) lucro líquido ajustado de R$ 732 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), montante 45,1% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2022 e abaixo do consenso LSEG, que previa lucro de R$ 815,2 milhões.

Segundo a Gerdau, o lucro se deve ao reflexo dos menores volumes das vendas nas Operações de Negócios e, principalmente, pela forte base de comparação do ano 2022, quando a companhia registrou o segundo maior Lucro Líquido Ajustado de sua história.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 2,039 bilhões no 4T23, uma redução de 43,8% em relação ao 4T22.
A margem Ebitda ajustada atingiu 13,9% entre outubro e dezembro do ano passado, baixa de 6,3 ponto percentual (p.p.) frente a margem registrada em 4T22.

A receita líquida somou R$ 14,716 bilhões no quarto trimestre do ano passado, um recuo de 18,1% na comparação com igual etapa de 2022, influenciada pelos menores volumes vendidos no período e pelos impactos da operação na Argentina (ON América do Sul) em função da desvalorização cambial ocorrida em dezembro.

No 4T23, a produção de aço bruto foi de 2,7 milhões de toneladas (-4,0% vs. 3T23 e -6,2% vs. 4T22). O nível de utilização da capacidade de produção de aço bruto ficou em 64%, inferior 3 p.p. em relação ao trimestre anterior, reflexo da sazonalidade esperada para o trimestre, além das paradas programadas de manutenção em algumas unidades da companhia.

As vendas de aço no 4T23 totalizaram 2,7 milhões de toneladas (-3,6% vs. 3T23 e -0,6% vs. 4T22) e refletem o cenário global da indústria do aço, com a continuidade da alta penetração de produtos importados, resultando na deterioração do mercado e em um ambiente de preços internacionais desafiador.
A Metalúrgica Gerdau aprovou R$ 51,6 milhões em dividendos (R$ 0,05 por ação); Gerdau pagará R$ 175 milhões (R$ 0,10 por papel)

As Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (DVGA) totalizaram R$ 568
milhões no 4T23, 5,4% superior ao 3T23 e 8,7% inferior em relação ao 4T22.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 156 milhões no quarto trimestre de 2023, uma redução de 68,7% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

Os investimentos somaram R$ 2,015 bilhões no 4T23, alta de 19,7% na base anual.

Em 31 de dezembro de 2023, a dívida bruta da companhia era de R$ 10,893 bilhões, uma diminuição de 13,6% na comparação com a mesma etapa de 2022.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,40 vez em dezembro/23, alta de 0,07 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.

O Fluxo de Caixa Livre do 4T23 foi de R$ 1,3 bilhão, 14,3% superior ao 4T22, influenciado pela liberação de capital de giro, possibilitando que 63% do Ebitda ajustado fosse
convertido em fluxo de caixa livre, 32p.p acima quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Money Times - SP   21/02/2024

Na contramão de Vale (VALE3) e outras ações do setor de mineração e siderurgia, a Usiminas (USIM5) engatava pregão de alta nesta terça-feira (20) fraca para o minério de ferro.

Enquanto os preços do minério de ferro caíram para o nível mais baixo em mais de três meses por preocupações persistentes com a demanda na China, as ações da Usiminas mostravam alta firme, beneficiadas por boas notícias do lado do mercado doméstico.

Por volta das 16h30, USIM5 subia 1,38%, a R$ 10,30.

O desempenho positivo vem após a elevação de recomendação pelo Goldman Sachs para compra, além do aumento de preço-alvo do Banco Safra.

Além da nova recomendação de compra, o Goldman Sachs aumentou o preço-alvo da ação, de R$ 8 a R$ 14. O time de análise do banco enxerga diversos gatilhos que devem permitir que a companhia feche o gap com os pares, incluindo:

Além disso, completa o Goldman Sachs, a queda nos custos das matérias-primas dos picos atuais deve ajudar.

“Vemos um potencial de alta para o consenso do mercado sobre os resultados (Ebitda esperado pelo Goldman Sachs +33/34% acima do consenso da Bloomberg em 2024/25) e esperamos um re-rating das ações”, comentam os analistas.

Mercado deve se surpreender com Usiminas

Segundo o Goldman Sachs, a melhora de custos após a reforma de seu alto-forno é um fator positivo dentro da tese.

Com o fim da renovação de um dos maiores alto-fornos da Usiminas, a companhia deve fechar o custo de produção de aço em relação aos pares, com os resultados do quarto trimestre de 2023 mostrando uma melhora no custo de produção de placas, destaca o banco.

Se a Usiminas fechar totalmente o gap com a CSN (CSNA3), o Ebitda consolidado de 2024 seria de R$ 7,7 bilhões, 108% acima do cenário-base projerado pela instituição, completa.

O Goldman Sachs diz ainda que, como consequência da renovação do alto-forno e da melhora de custos, os investidores começaram a ganhar confiança em relação à Usiminas. Ainda assim, eles acreditam que boa parte dessa melhora é incerta.

“Nossa análise de custos detalhada com base na comparação com pares e resultados do quarto trimestre de 2023 sugere que o mercado deve se surpreender positivamente.”

O Goldman Sachs afirma que o custo para transformação de placas da Usiminas tem atualmente um gap de 60-440% para os pares brasileiros, e a tendência é de que isso melhore significativamente daqui para frente.

A instituição lembra ainda que, no quarto trimestre do ano passado, a Usiminas mostrou uma queda sequencial nos custos de produção de placas de 29%, e isso antes de o alto-forno atingir capacidade total. Dessa forma, melhorias significativas são esperadas a partir do primeiro trimestre de 2024.

O Safra, além do novo preço-alvo em 12 meses de R$ 12,50, tem classificação de “outperform” (desempenho esperado acima da média do mercado, equivalente a compra) para a Usiminas. O banco está positivo com os preços de aço domésticos e projeta um Ebitda de R$ 2,9 bilhões em 2024, alta de 40% em relação às estimativas anteriores, e R$ 3,3 bilhões em 2025 (+8%).

Money Times - SP   21/02/2024

Os conselhos de administração da Gerdau (GGBR3;GGBR4) e de sua holding controladora Metalúrgica Gerdau (GOAU3;GOAU4) aprovaram a distribuição de dividendos aos acionistas. Juntas, as empresas totalizam uma distribuição de R$ 226,5 milhões.

No caso da Gerdau, foi aprovado o montante de R$ 174,9 milhões. O pagamento constitui antecipação do dividendo mínimo obrigatório, referente ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2023.

Receberão os acionistas inscritos nos registros da companhia em 1º de março de 2024, sendo que a data do pagamento ocorrerá a partir de 12 de março de 2024. A distribuição é de R$ 0,10 por ação ordinária ou preferencial.

Já a Metalúrgica Gerdau aprovou R$ 51,6 milhões em dividendos, também aos acionistas com posição na empresa em 1º de março de 2024. O pagamento ocorrerá a partir de 13 de março de 2024, considerando R$ 0,05 por ação ordinária ou preferencial.

Os valores dos dividendos de ambas as empresas serão recalculados com base nas ações em circulação na data do crédito.

Money Times - SP   21/02/2024

O conselho de administração da Gerdau (GGBR4) aprovou nesta terça-feira (20) o plano de investimentos da companhia referente a 2024.

A empresa siderúrgica tem projeção de desembolsos de R$ 6 bilhões em investimentos (capex) voltados à manutenção e à competitividade para este ano, de acordo com documento divulgado ao mercado.

Os projetos de manutenção estão associados ao prolongamento de vida útil e às melhorias operacionais dos equipamentos.

Já os projetos de competitividade estão relacionados ao crescimento de produção, aumento de rentabilidade e modernização das plantas, tendo como premissas o aprimoramento das práticas ESG e o desenvolvimento sustentável e econômico do negócio.

Segundo a Gerdau, do total previsto para o ano de 2024, aproximadamente R$ 1,3 bilhão se refere a investimentos com retornos ambientais (expansão de ativos florestais, atualização e aprimoramento de controles ambientais, redução de emissões de gases do efeito estufa e incrementos tecnológicos) e projetos voltados para a “segurança de nossas Pessoas”.

Os desembolsos estarão diretamente relacionados às condições do mercado e do cenário econômico dos países em que as companhias operam e dos setores em que atuam.

A Gerdau reforça que as informações representam mera estimativa, dados hipotéticos que de forma alguma constituem promessa de desempenho.

Investing - SP   21/02/2024

Analistas da XP (BVMF:XPBR31) elevaram a recomendação das ações da Vale (BVMF:VALE3) para "compra", enquanto cortaram a classificação dos papéis da CSN (BVMF:CSNA3) para "neutra", conforme relatório enviado a clientes nesta terça-feira.

"Com expectativas de oferta versus demanda por minério de ferro apertada este ano, acreditamos que os preços das commodities devem permanecer em níveis elevados no curto prazo, com o alto desconto da Vale versus preços do minério de ferro implicando um ponto de entrada positivo para as ações."

Lucas Laghi e equipe também acrescentaram que, dado o desempenho inferior da Gerdau (BVMF:GGBR4) em relação aos pares nos últimos meses, veem as ações com descontos excessivos nos níveis atuais, justificando também a visão otimista da casa em relação ao nome, com recomendação de "compra".

Para Usiminas (BVMF:USIM5) e CSN Mineração (BVMF:CMIN3), citaram que, após o recente desempenho relativo mais forte, veem espaço mais limitado para maiores "upsides", reiterando recomendação "neutra".

A XP estabeleceu preço-alvo de 82 reais para a Vale no final de 2024, enquanto CSN tem 20 reais, Gerdau tem 27 reais, Usiminas tem 10 reais, e CSN Mineração tem 6 reais.

Portal Fator Brasil - RJ   21/02/2024

Iniciativa realizada em parceria com Programa de Logística Verde Brasil (PLVB) envolveu percurso de 488 KM e evitou emissão de 1,5 tonelada de CO2.

A ArcelorMittal foi a primeira produtora de aço brasileira a testar um caminhão 100% elétrico no transporte de bobinas em rotas de curta e média distância. O teste, realizado pela unidade Vega da ArcelorMittal, em São Francisco do Sul (SC), em um percurso de 488 quilômetros e com trechos de serra, foi dividido em três rotas de entrega: duas em Santa Catarina, para Araquari (Sampaio Distribuidora) e São Bento do Sul (Tuper) e uma para o Paraná, em Araucária, na ArcelorMittal Gonvarri. Com a utilização do caminhão elétrico, a empresa evitou a emissão de 1,5 tonelada de CO2.

O teste foi viabilizado com apoio do Programa Logística Verde Brasil (PLVB), do Instituto Brasileiro de Transporte Sustentável (IBTS). Em 2023, a ArcelorMittal foi a primeira produtora de aço a se tornar membro do PLVB, tendo recebido o certificado como empresa que possui a sustentabilidade como valor em suas operações. O programa integra empresas transportadoras, embarcadores e provedores de soluções juntamente com instituições de apoio para tornar a logística brasileira mais sustentável.

—O teste é um desdobramento da estratégia de descarbonização da empresa, que já conta com práticas sustentáveis de transporte como a otimização dos caminhões nas rotas e o uso de meios de transporte alternativos, como a cabotagem break bulk, container e ferrovia para atendimento a alguns destinos. Esta é mais uma iniciativa que integra as diversas ações mapeadas pela empresa para tornar os processos cada vez mais sustentáveis e promover diferenciais no atendimento aos clientes, alinhados ao nosso propósito de produzir aços inteligentes para as pessoas e o planeta— comenta Eduardo Raya, diretor de Planejamento e Logística da ArcelorMittal, no segmento de aços planos.

—No teste identificamos que o caminhão elétrico apresenta a mesma condição de dirigibilidade, segurança e facilidade de operação. Estamos trabalhando para mudar a matriz energética das nossas operações e tornar o transporte de cargas mais viável, sustentável e limpo com o uso da energia elétrica. O próximo passo para evoluir na descarbonização é avaliar alternativas e rotas, junto com as transportadoras parceiras, para iniciar a substituição dos veículos a diesel por elétricos— afirma Marcelo Campos, gerente de Logística da ArcelorMittal em São Francisco do Sul.

O veículo utilizado, com seguro homologado pelo Inmetro e dentro dos padrões de rodagem do Denatran, foi um caminhão a diesel convertido para elétrico, com autonomia adaptada para as necessidades da operação. A opção foi escolhida porque o Brasil ainda não conta com o desenvolvimento de veículos pesados movidos a eletricidade para a dimensão de peso de carga operada pela siderurgia (Capacidade Máxima de Tração de 80 toneladas). Diversos procedimentos de segurança foram realizados pelas equipes internas da empresa para garantir a realização do teste dentro dos padrões de segurança.

ECONOMIA

Infomoney - SP   21/02/2024

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,49% na segunda prévia de fevereiro, após subir 0,33% na mesma leitura de janeiro, informou nesta terça-feira (20) a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Houve recuo de 0,84% no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que havia subido 0,30% na segunda prévia de janeiro. Por outro lado, houve aceleração no Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M), para 0,48% nesta leitura, após alta de 0,43% em janeiro.

O Índice Nacional da Construção Civil (INCC-M), por sua vez, arrefeceu a 0,14% na segunda prévia de fevereiro, ante alta de 0,31% em janeiro.

Investing - SP   21/02/2024

A inflação nos EUA surpreendeu em janeiro, ficando acima do esperado pelo mercado. Com isso, diminuíram as chances de que o banco central dos EUA (Fed) reduza os juros no primeiro trimestre e poucos ainda apostam em um corte em maio.

O banco britânico Barclays (LON:BARC) revisou sua projeção e agora espera que o Fed inicie o ciclo de afrouxamento monetário apenas em junho. Antes, o banco via possibilidade de um corte no primeiro trimestre, mas seu cenário base era de maio.

O Barclays também prevê que os cortes de juros não serão seguidos este ano. Segundo os estrategistas do banco, o Fed deve reduzir os juros a cada duas reuniões, levando a taxa básica para 4,50-4,75% até o fim de 2024 e 3,50-3,75% até o fim de 2025.

A projeção do Barclays está alinhada com as apostas do mercado. Segundo o Barômetro de Taxas do Fed do Investing.com, que reflete os preços dos contratos futuros de juros, há uma probabilidade de mais de 65% de que o Fed mantenha os juros entre 5,25-5,50% em maio.

Assim, a maioria dos investidores espera que o Fed corte os juros em 25 pontos-base (pb) na reunião de junho.

Segundo o Barclays, a alta da inflação em janeiro praticamente elimina a possibilidade de um corte em maio, que era o cenário base anterior do banco. Isso implica em três cortes em vez de quatro este ano, em linha com as comunicações recentes do Fed, que indicam um ciclo de cortes metódico e cauteloso.

Os estrategistas do banco também alertam que o aumento dos preços dos serviços básicos em janeiro aumenta os riscos de que o Fed faça menos cortes este ano do que o esperado.

Com isso em mente, os investidores estarão atentos às atas da primeira reunião de política monetária de 2024 do Fed, que ocorreu no final de janeiro. As atas poderão confirmar a postura paciente e cautelosa do Fed, e reduzir as expectativas de um corte em março. Os investidores também buscarão pistas sobre as mudanças na política de balanço do Fed, que devem ser discutidas em março.

"A atenção estará nas atas da última reunião do Fed, onde esperamos que seja reforçada a mensagem clara que Jerome Powell e outros membros do Fed têm transmitido em suas recentes declarações: é preciso ser paciente e cauteloso. O ciclo de cortes não deve começar antes de terem confiança de que a inflação está em uma trajetória sustentável em direção à meta de 2%", disseram Katia Goya Ostos e Luis López Salinas, analistas do Grupo Financeiro Banorte (BMV:GFNORTEO).

Na mesma linha, os estrategistas do Barclays esperam que as atas reiterem que os cortes dependerão do Fed ganhar confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção ao objetivo de 2%.

"Isso provavelmente virá acompanhado de sinais de que um corte em março é improvável, como a preocupação da maioria dos membros do Fed sobre o preço antecipado dos cortes de juros. As atas também devem confirmar que em janeiro houve uma discussão sobre mudanças na política de balanço e que uma discussão mais detalhada está planejada para março", acrescentaram.

Monitor Digital - RJ   21/02/2024

Em janeiro de 2024, as exportações do Estado de São Paulo somaram US$ 5,24 bilhões (19,4% do total nacional) e as importações US$ 6,04 bilhões (29,5% do total nacional), registrando déficit comercial de US$ 0,80 bilhão. Em relação ao mesmo período de 2023, houve aumento nas exportações (+2,1%) e queda nas importações (-1,5%); essa conjunção de desempenhos resultou na redução do déficit (-20%) no saldo da balança comercial paulista.

Já o saldo da balança comercial do agronegócio paulista manteve o bom desempenho registrado durante todo o ano passado. Em janeiro de 2024, as exportações de produtos agrícolas do Estado de São Paulo somaram US$ 2,22 bilhões, mais de 18% do que o registrado no mesmo mês do ano passado. As importações totalizaram US$ 0,49 bilhão (+11,4%).

Com esses resultados, a balança comercial do agro paulista obteve um superavit de US$ 1,73 bilhão, 20,1% superior em relação a janeiro de 2023. Os dados foram divulgados pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

A participação das exportações do agronegócio paulista no total do estado em janeiro de 2024 foi de 42,4%, enquanto a participação das importações setoriais foi de 8,1%.

Vale destacar que as exportações paulistas nos demais setores da economia – exclusive o agronegócio – somaram US$ 3,02 bilhões, e as importações, US$ 5,55 bilhões, gerando um déficit de US$ 2,53 bilhões em janeiro de 2024. Dessa forma, conclui-se que o resultado negativo da balança comércio exterior paulista só não foi maior devido ao bom desempenho do agronegócio estadual.

Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista em janeiro de 2024 foram: complexo sucroalcooleiro (US$ 935,49 milhões, sendo que desse total o açúcar representou 92,8% e o álcool etílico – etanol, 7,2%), setor de carnes (US$ 249,72 milhões, em que a carne bovina respondeu por 84,4%), o grupo de sucos (US$ 241,55 milhões, dos quais 98,9% referentes a suco de laranja), produtos florestais (US$ 222,12 milhões, com participações de 49,1% de celulose e 43,5% de papel), o grupo dos demais produtos de origem vegetal (US$ 95,55 milhões, 60% de participação de óleos essências, principalmente de laranja). Esses cinco agregados representaram 78,7% das vendas externas setoriais paulistas. Já o grupo de café, tradicional nas exportações paulistas, aparece na sexta posição, com vendas de US$ 91,09 milhões (71,8% referentes ao café verde e 27,3% de café solúvel).

Ainda de acordo com o IEA, em janeiro de 2024 foram registrados importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta paulista, quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, com aumentos para os grupos: complexo sucroalcooleiro (+50,4%), sucos (+22,5%) e café (+8,1%).

Desses grupos relevantes, o sucroalcooleiro é o que apresenta a maior participação (42,2%) nas exportações paulistas. No total, o grupo subiu 50,4% em valores e 36,1% em volumes, acompanhando o bom desempenho das vendas externas do açúcar (+76,3% em valores e +44,6% em volume), principal produto do grupo, com valorizações nos preços médios dessas commodities de 22,1% para açúcar em bruto e 16,3% para o refinado. Os principais destinos desse grupo são: Índia (11,4%), China (11%), Marrocos (8,3%), Indonésia (7,1%), Iraque (6,9%), Emirados Árabes Unidos (6,8%), Nigéria (6,4%), Argélia (5,9%) e Arábia Saudita (5,5%).

Brasil

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 6,53 bilhões em janeiro de 2024, com exportações de US$ 27,02 bilhões e importações de US$ 20,49 bilhões. Esse resultado apresenta aumento de 185,2% no superávit em relação ao mês de janeiro de 2023, quando alcançou US$ 2,29 bilhões.

Na análise setorial, as exportações do agronegócio brasileiro em janeiro de 2024 apresentaram aumentos de 14,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando o valor de US$ 11,72 bilhões (43,4% do total nacional). As importações subiram 9,1% no período, registrando US$ 1,68 bilhão (8,2% do total nacional).

O saldo da balança comercial dos agronegócios registrou superávit de US$ 10,04 bilhões em janeiro de 2024, sendo 15,8% superior na comparação com janeiro de 2023. Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores da economia, com exportações de US$ 15,30 bilhões e importações de US$ 18,81 bilhões, produziram um déficit de US$ 3,51 bilhões no primeiro mês de 2024.

Globo Online - RJ   21/02/2024

O ano passado não foi fácil para o mercado de crédito; um ano marcado por estresse financeiro de consumidores e empresas. E agora, quais as perspectivas para 2024?

Apesar de os indivíduos ainda estarem em difícil situação financeira, o pior já passou. Assim, argumentei em artigo recente que há espaço para surpresas positivas no crescimento do PIB este ano, com a sustentação do consumo das famílias.

O foco de hoje é a pessoa jurídica, sendo que a tendência de melhora no segmento de pessoa física é boa notícia para a saúde financeira das empresas, pelo aumento da demanda de seus produtos e seu impacto benigno na avaliação de risco de crédito feita por instituições financeiras.

Em 2020, na pandemia, houve expressivo aumento do endividamento das empresas (14% real), na esteira de juros muito baixos e políticas governamentais de socorro. No entanto, o endividamento corporativo em 52,3% do PIB no fechamento de 2022 não parecia exagerado (o pico foi 56,4% do PIB em outubro de 2020), pois estava relativamente alinhado ao seu padrão histórico de crescimento. Assim, 2023 não começou com excessos nos mercados de crédito.

Ocorre que, a (necessária) alta de juros promovida pelo Banco Central (BC) foi expressiva e inesperada — a Taxa Selic saiu de 2% ao ano em janeiro de 2021 e atingiu 13,75% em agosto de 2022 —, pressionando os juros de mercado. Nos 12 meses entre julho de 2020 e junho de 2021, a taxa média de juros bancários para empresas de menor risco (Taxa Preferencial Brasileira, TPB) estava em 6,7% ao ano, saltando para uma média de 17,6% em 2023.

Como boa parte dos contratos têm juros flutuantes, o movimento pesou nos encargos das dívidas das empresas.

Além disso, um grave choque abalou os mercados de crédito e de dívida corporativa: o calote da Americanas. A oferta de crédito ficou mais seletiva, segundo pesquisa do BC, e o seu custo subiu bastante, com os spreads (diferencial entre os juros cobrados e o custo de captação dos credores) mudando de patamar.

A TPB saltou de 16,9% em outubro de 2022 para 18,3% em março de 2023, apesar da estabilidade da Selic e da queda dos juros de mercado no exterior.

Nessa equação é ainda necessário acrescentar o ambiente macroeconômico, que afetou particularmente o varejo. Mais importante do que o fraco volume de vendas, em parte decorrente do esforço dos indivíduos para reduzir seu endividamento, foi a compressão das margens de lucro das empresas do setor.

Isso por conta da rápida queda da inflação ao consumidor (em alguns casos, com queda de preços), o que prejudicou o repasse pleno ao varejo do custo relativo à aquisição de estoques no atacado.

Com a inflação ao consumidor de produtos industrializados praticamente estável em 2023 (foi de 11% em 2022), a receita nominal do varejo (excluindo veículos) cresceu apenas 3,5% no ano passado (ante 10,8% em 2022), cifra muito aquém da variação de importantes itens de custo das empresas, como serviços e salários.

Vale mencionar que esse ciclo de forte desinflação se completou, trazendo melhores perspectivas para as margens das empresas em 2024.

Esse quadro geral levou ao aumento da inadimplência bancária da PJ (3,5% em dezembro de 2023, com alta de 1,5 ponto percentual no ano) e dos pedidos de recuperação judicial (+69% em 2023).

A foto do ponto de partida para 2024 não é bonita, mas há atenuantes. O pano de fundo é que, a despeito das dificuldades, os mercados mantiveram uma dinâmica benigna, o que limitou a queda do crédito (caiu 1pp do PIB, para 51,3% do PIB) — o destaque foi a emissão de dívidas corporativas no mercado de capitais — e impediu números ainda piores de inadimplência, que se manteve distante de picos anteriores.

Já os pedidos de recuperação judicial tiveram desempenho dentro do esperado, com patamar similar aos de 2018 e 2019 — na pandemia houve grande queda desses pedidos por conta das políticas governamentais.

Passado o susto inicial do final de 2022 e início de 2023, os spreads engataram uma tendência de queda, voltando, via de regra, aos níveis pré-Americanas. A inadimplência das empresas está mais atrasada, mas sua reação é geralmente defasada, e já há sinais de estabilização.

O ano de 2023 fechou melhor do que o esperado. A tendência é de melhora paulatina ao longo de 2024. Há luz no fim do túnel nos mercados de crédito.

O Estado de S.Paulo - SP   21/02/2024

Em meio à crise econômica na Argentina, o volume exportado pelo Brasil para o país vizinho recuou 31,5% em janeiro de 2024 ante janeiro de 2023. O resultado fez com que a participação da Argentina nas exportações brasileiras descesse a uma fatia de apenas 2,8% em janeiro, a menor para esse período do ano da série histórica iniciada em 1998, apontou o Indicador de Comércio Exterior (Icomex) divulgado nesta terça-feira, 20, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

“O segundo menor foi na crise do início dos anos 2000, 3,5% em janeiro de 2002. Um reflexo da atual crise foi a queda nas vendas de automóveis de passageiros, que registraram retração em valor de 38,2%”, apontou o relatório do Icomex.

Quanto aos demais principais parceiros comerciais do Brasil, as exportações para a China cresceram 56,2% em janeiro, em volume, e avançaram 31,6% para os Estados Unidos. Já para a União Europeia, as vendas brasileiras recuaram 18%.

A balança comercial brasileira registrou um superávit de US$ 6,5 bilhões em janeiro, o mais elevado para o mês na série histórica iniciada em 1997.

A FGV lembra que a China contribuiu com US$ 2,7 bilhões para o superávit brasileiro visto em janeiro, mas houve também saldos positivos relevantes nas trocas comerciais com África, Oriente Médio e América do Sul (excluída a Argentina), que somaram US$ 2,4 bilhões, e com a Ásia (excluída a China), mais US$ 1,2 bilhão. Os Estados Unidos contribuíram com US$ 244 milhões para o superávit da balança comercial de janeiro.

“A China lidera o saldo comercial, mas os dados mostram a importância do Brasil se manter um ‘global trader’”, afirmou a FGV.

O relatório do Icomex aponta que o superávit recorde de janeiro confirma a expectativa de um cenário favorável para o desempenho da balança comercial brasileira em 2024.

No mês de janeiro de 2024 ante janeiro de 2023, em valores, as exportações cresceram 18,5%, enquanto as importações recuaram 0,1%. Os volumes aumentaram, mas os preços diminuíram.

Em volume, as exportações cresceram 21,1%, e as importações subiram 9,7%. Quanto aos preços, houve recuo de 2,0% para as exportações e redução de 8,8% para as importações.

“A China lidera o saldo comercial, mas os dados mostram a importância dos mercados da África, Oriente Médio e demais mercados na Ásia e na América do Sul para o resultado recorde da balança comercial”, frisou o Icomex.

MINERAÇÃO

Globo Online - RJ   21/02/2024

A gigante mineradora anglo-australiana BHP reconheceu nesta terça-feira uma queda de 86% em seu lucro semestral, afetada por uma sentença de um milhão de dólares ligada à catástrofe socioambiental causada pelo rompimento de uma barragem da empresa em Brumadinho, em Minas Gerais, e pela desvalorização de seus ativos de níquel.

A empresa indicou que as suas vendas aumentaram 6% no segundo semestre de 2023, para 27,2 bilhões de dólares (cerca de R$ 134,8 bilhões), mas o lucro líquido contraiu para 927 milhões de dólares (cerca de R$ 4,59 bilhões), 86% menos que no mesmo período do ano anterior. O resultado é afetado pela sentença multimilionária recebida em janeiro pelo desastre ambiental no Brasil, ocorrido em 2015, que matou 19 pessoas e devastou a região.

Mar de lama destruiu casas e contaminou o principal rio da região

As mineradoras BHP, a brasileira Vale e a sua empresa parceira Samarco foram condenadas a pagar 9,56 bilhões de dólares (cerca de R$ 47,4 bilhões) pelo desastre ocorrido próximo das cidades de Mariana e Bento Rodrigues, que provocou o despejo de quase 40 milhões de metros cúbicos de resíduos minerais altamente poluentes. O grupo australiano reconhece perdas nos seus resultados de 3,17 bilhões de dólares (cerca de R$ 15,7 bilhões) ligadas a esta catástrofe.

A BHP explicou na última terça-feira que seus parceiros comerciais apresentaram “pedido de esclarecimento” sobre a condenação devido a “certas imprecisões factuais na decisão, inclusive no cálculo dos danos”. Indicou ainda que sua subsidiária no Brasil quer recorrer da decisão por discrepâncias no mérito e no valor dos danos que lhe são atribuídos.

Além do caso de Brumadinho, os resultados da BHP também foram prejudicados pela depreciação dos seus ativos de níquel na Austrália Ocidental em 2,47 bilhões de dólares (cerca de R$ 12,25 bilhões), que perderam valor devido ao aumento das exportações da Indonésia.

Infomoney - SP   21/02/2024

O Goldman Sachs elevou a recomendação para Usiminas (USIM5), cuja ação subiu 11% no acumulado do ano, de neutra para compra, à medida que investidores ganham convicção no aumento da produção do alto-forno recentemente reformado e na consequente melhoria nos custos. O banco também elevou o preço-alvo de R$ 8 para R$ 14, um potencial de alta de 38% em relação ao último fechamento.

Por outro lado, segundo o banco, conversas com investidores indicam que a magnitude dessa melhoria é incerta e difícil de modelar, resultando em baixa convicção do consenso no momento.

Nos últimos anos, os custos de transformação de aço da Usiminas aumentaram significativamente e superaram os dos pares (aumento de US$ 150/tonelada [t] na diferença de custo em relação à média dos pares entre 2017-22 e aumento de US$ 500/t em relação à CSN nos últimos 12 meses até o 3T23), de acordo com cálculos do Goldman. A instituição financeira atribuiu essa diferença ao alto-forno envelhecido da Usiminas, que já estava operando abaixo de sua capacidade e tinha um consumo de matéria-prima mais elevado (muito ineficiente).
Com a recente conclusão da renovação de seu maior alto-forno, analistas esperam que a lacuna de custos na produção de aço diminua em relação aos pares, e os resultados do 4T23 mostraram uma melhoria nos custos de produção de lingotes (29% na base trimestral, a ser refletida no 1T24 em diante). Se a empresa fechar a lacuna em relação à CSN, a melhoria de custo seria de US$ 830/t em relação ao 3T23, mantendo tudo o mais constante. Como upside, se a Usiminas fechar totalmente a lacuna com a CSN, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado de 2024 seria de R$ 7,7 bilhões, 108% acima do cenário base do banco.

Além disso, o Goldman lembra que Ternium já mencionou que planeja ter os ativos da Usiminas operando com eficiência operacional semelhante à sua, o que implicaria em uma redução de custo de U$ 750/t para fechar a lacuna da Usiminas aos níveis históricos da CSA (fábrica de lingotes da Ternium no Brasil). Nesse sentido, o banco americano espera que o custo de produção de aço por tonelada diminua em cerca de 20% em 2024 em relação ao pico de 2023, com suporte da melhoria na eficiência com o aumento do alto-forno e alguma redução nos custos de matérias-primas.

Quanto aos preços, o Goldman espera que alguns aumentos sejam implementados no Brasil, com risco limitado de queda, uma vez que a lucratividade do aço na China está próxima das mínimas históricas (os preços no Brasil são negociados a prêmio em relação à importação da China).

O banco ainda pontua que não incluiu em seu cenário base um possível aumento nas tarifas de importação no Brasil, o que poderia sustentar ainda mais os preços e volumes domésticos. No entanto, a recente decisão do governo brasileiro de adotar ações especiais nas tarifas dentro do Mercosul, devido a desequilíbrios comerciais decorrentes da conjuntura econômica internacional, poderia abrir espaço para incluir o aço em uma lista de produtos com tarifas de importação ajustadas.

Já os principais riscos para a visão otimista dos analistas estão relacionados ao risco de execução à medida que o alto-forno é ativado (baixo risco, com base nos comentários da administração); potencial deterioração adicional na lucratividade global do aço e necessidade de capex mais alta do que o esperado.

Em termos de avaliação, a Usiminas está sendo negociada a 3,9-2,5 vezes Ebitda estimado para 2024 e 2025 ou um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) de 12-16%. Em uma base normalizada, o banco vê a Usiminas sendo negociada a um rendimento de FCF de 17%, o que considera atraente.

Investing - SP   21/02/2024

Os contratos futuros do minério de ferro caíram para seu nível mais baixo em mais de três meses nesta terça-feira, pressionados por preocupações crescentes sobre as perspectivas de demanda na China, principal mercado consumidor do minério, apesar de sua mais recente medida para reanimar seu mercado imobiliário.

A China reduziu a taxa básica de juros dos empréstimos (LPR) de cinco anos em 25 pontos-base (bps), para 3,95%, em comparação com a previsão de um corte de cinco a 15 bps.

Entretanto, isso não foi suficiente para compensar a persistente fraqueza do mercado de ferrosos.

O minério de ferro de maio mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian na China encerrou as negociações do dia com queda de 5,41%, a 909,5 iuanes (126,35 dólares) por tonelada, o menor valor desde 1º de novembro.

O minério de ferro de referência de março na Bolsa de Cingapura caiu 4,39%, para 121,8 dólares a tonelada, o menor valor desde 8 de novembro.

No domingo, a China deixou inalterada uma importante taxa de juros, ao rolar os empréstimos de médio prazo que estavam vencendo, com incertezas sobre o momento de uma flexibilização pelo Federal Reserve limitando a margem de manobra de Pequim em relação à política monetária.

"O Banco do Povo da China optou por manter inalteradas as taxas de juros de seus empréstimos de um ano, levantando preocupações sobre a demanda no curto prazo... as novas construções parecem fracas, com as vendas de novas casas caindo 34% no ano a ano em janeiro", disseram analistas do ANZ Bank.

Os ventos contrários do setor imobiliário da China, responsável por 30% a 35% de sua demanda de aço, provavelmente persistirão, embora em ritmo mais moderado do que no ano passado, disseram os analistas do Commonwealth Bank of Australia.

"A queda acentuada no preço deve-se, em parte, ao fato de a recuperação da demanda de minério, refletida pela produção de metal quente, ter sido mais lenta do que o esperado após o feriado", disse um trader chinês, que pediu anonimato por não estar autorizado a falar com a imprensa.

Outros ingredientes de fabricação de aço na Bolsa de Dalian também caíram ainda mais, com o carvão metalúrgico e o coque recuando 1,82% e 2,25%, respectivamente.

Money Times - SP   21/02/2024

A Vale (VALE3) volta a assustar o seu investidor nesta sessão em meio aos receios com a economia chinesa. O minério de ferro derreteu e levou consigo os papéis da mineradora, que caem quase 3%. No ano, o tombo chega a 15%.

Quis o destino, porém, que o recuo ocorresse justamente quando a XP Investimentos elevou a recomendação para a mineradora para compra, com preço-alvo de R$ 82, o que abre potencial de alta de 21% ante o último fechamento.

Por outro lado, outro papel que cai nesta terça, a CSN (CSNA3), teve a recomendação rebaixada para neutra, com preço-alvo de R$ 20.

Segundo os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano, que assinam o documento publicado nesta terça-feira (20), espera-se que o minério de ferro permaneça em níveis elevados ao longo de 2024.

O trio diz que o setor imobiliário da China foi uma decepção em 2023, com o início de novas construções mostrando mais uma vez um declínio significativo.

Apesar disso, a XP lembra que a capacidade de produção de minério de ferro deverá se manter estável, enquanto os estímulos para economia chinesa aumentarão a demanda pala commoditie.

“Acreditamos que um a estabilidade ou mesmo um ligeiro aumento na demanda chinesa por aço poderia sustentar os preços do minério de ferro em níveis elevados este ano”, discorre.

Os analistas veem o minério de ferro a US$ 120 a tonelada para 2024.

Por que a Vale?

Para a XP, a Vale negocia significativamente abaixo do que os preços do minério de ferro sugeririam (-23%), com o minério de ferro implícito bem abaixo dos preços spot (US$ 96/t vs. US$ 128/t).

“Como acreditamos que o minério de ferro deve permanecer em patamares elevados ao longo de 2024, vemos uma assimetria positiva para as ações da Vale e consideramos os níveis atuais um bom ponto de entrada para as ações”, argumenta.

Além disso, a corretora destaca que a Vale está atrativa em termos de EV/Ebitda (valor patrimonial sobre resultado operacional), a 4,2x para 2024 contra 5x da média histórica.

“Embora observemos que a Vale normalmente negociou com desconto em relação aos pares (Rio Tinto, FMG e BHP) após Brumadinho (janeiro de 2019), acreditamos que essa diferença tenha se acentuado nos últimos meses (-22% vs. ~6-10% de desconto no início do ano)”, discorre.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   21/02/2024

O apetite por híbridos é uma boa notícia para as montadoras japonesas que estão na frente no setor

Os automóveis híbridos obtiveram ganhos de vendas mais fortes do que os veículos elétricos nos principais mercados em 2023. As vendas de híbridos aumentaram 30% no período em 14 países – incluindo China, Japão e Estados Unidos –, para 4,21 milhões de unidades, relata o provedor de dados MarkLines. Os veículos elétricos e híbridos plug-in ficaram com um crescimento de 28%, para 11,96 milhões de unidades.

Os híbridos representaram 7% das vendas totais em 2023, um aumento de 2 pontos percentuais em relação a 2021.

A dúvida quanto à confiabilidade dos veículos elétricos é uma explicação para esses dados, disse Tomoyuki Suzuki, sócio e diretor administrativo da AlixPartners em Tóquio.

“Os problemas enfrentados pelos veículos elétricos no frio – como demonstrado durante uma semana de fortes nevascas na América do Norte, por exemplo – e a falta de progresso na introdução de veículos elétricos de baixo preço no mercado estão por trás da relutância do consumidor”, disse Suzuki.

O custo dos carros elétricos da Tesla, que tem apenas quatro modelos principais, foi em média de US$ 44,5 mil dólares no último trimestre – uma queda de 15% em relação ao ano anterior, devido a cortes de preços. A Toyota, por sua vez, oferece híbridos com preços que variam US$ 6,7 mil a US$ 134 mil), com o novo Prius lançado em 2023 a partir de US$ 18 mil. A Honda e a Nissan também têm uma gama de opções híbridas.

A conveniência também é uma preocupação. Um veículo elétrico com autonomia de 150 quilômetros leva pelo menos 30 minutos para carregar – dez vezes mais tempo que um veículo com motor de combustão interna ou híbrido precisa para reabastecer. Isto fez com que os condutores de veículos elétricos enfrentassem congestionamentos nas estações de carregamento ou deixassem os seus carros por longos períodos para recarregar.

“Mais consumidores estão comprando híbridos ou híbridos plug-in como uma opção mais realista, em vez de ir direto para os veículos elétricos”, disse Suzuki.

O efeito dos subsídios para impulsionar as vendas de veículos elétricos também está diminuindo. A Alemanha encerrou o seu programa de subsídios antes do previsto em dezembro, e o governo central da China encerrou o seu subsídio no fim de 2022. Os fabricantes de automóveis que se voltaram para a eletricidade em resposta aos incentivos à produção de veículos elétricos na América do Norte, pela Lei de Redução da Inflação dos Estados Unidos, estão mudando de rumo.

A Ford está reformulando drasticamente os seus planos de investimentos, retendo cerca de US$ 12 bilhões previstos para os veículos elétricos. Suas vendas de elétricos caíram 11% em relação ao ano passado, enquanto as vendas de híbridos aumentaram 43%.

O apetite por híbridos é uma boa notícia para as montadoras japonesas que estão na frente no setor. As vendas da Toyota na categoria cresceram 32% no ano passado, para um recorde de 3,44 milhões de unidades. Eles estão a caminho de atingir 5 milhões anualmente já em 2025, ano em que a Toyota disse que pretende lançar versões híbridas ou outras versões eletrificadas de todos os modelos que vende em todo o mundo.

“Dada a situação da eletricidade e da infraestrutura de carregamento, os híbridos continuarão a desempenhar papel de liderança”, disse o vice-presidente Hiroki Nakajima, que prevê um crescimento da procura até cerca de 2035.

A Honda, que lança uma versão híbrida do seu principal sedã Civic na América do Norte neste verão, viu a participação dos híbridos em suas vendas globais aumentar para cerca de 20% em 2023. A Nissan está considerando lançar um modelo com sua tecnologia híbrida e-Power nos Estados Unidos já no fim de 2026.

Ainda assim, espera-se que a procura por veículos elétricos cresça a médio e longo prazo.

Os elétricos e híbridos plug-in, juntos, representam agora cerca de 20% do mercado total nos 14 países examinados. A GlobalData, sediada no Reino Unido, espera que a procura global de veículos elétricos duplique entre 2023 e 2026, para mais de 20 milhões de veículos, e atinja 50 milhões de unidades em 2035, representando a maior parte da procura de veículos de passageiros.

“Os fabricantes lançarão modelos que superarão as fraquezas dos veículos elétricos”, disse Suzuki da AlixPartners. “Eles estão realizando pesquisa e desenvolvimento em diversos campos, como redução de peso, com o objetivo de promover a adoção de veículos elétricos. A tendência de crescimento do híbrido não durará para sempre.”

Auto Data - SP   21/02/2024

Fabricante chinesa entregou dez veículos para a Reiter Log, a maior entrega para uma só empresa

Pouso Alegre, MG – Desde o fim de 2022 a XCMG comercializou 120 caminhões elétricos, hoje 100% importados da China, na América do Sul. A metade do volume foi para o Brasil e a outra metade para os demais países da região, segundo o vice-presidente Tian Dong, que projeta triplicar ou quadruplicar as vendas, chegando a cerca de quatrocentos caminhões pesados até o fim do ano, dos quais até 70% no mercado brasileiro.

Na terça-feira, dia 20, a companhia celebrou a entrega de dez unidades para a Reiter Log, que possui em torno de 30% de sua frota veículos movidos a energias alternativas, segundo Vanessa Reiter Pilz, diretora de ESG da empresa de logística do Rio Grande do Sul. Foi a maior venda da XCMG para uma só empresa – até então as aquisições eram unitárias ou de duas unidades comercializadas a clientes como Vale, CSN e Jundu.

Pilz contou que há dez anos a companhia é adepta a veículos que poluam menos, o que começou dez anos atrás com um caminhão a gás da Iveco. “Até 2035 queremos ter 100% da nossa frota movida a energia alternativa.”

Ao todo a Reiter Log possui 250 veículos a gás e 55 elétricos, sendo cinco Volvo alugados, dez XCMG e quarenta VUCs da JAC Motors. Sobre o fato de adquirir dez caminhões elétricos da XCMG de uma vez, a executiva atribuiu a relação de confiança com o gerente de veículos elétricos Ricardo Senda, que está há cerca de um ano na XCMG, mas, anteriormente, trabalhava na JAC Motors.

“A Reiter Log possui a premissa de testar tudo o que é novo no mercado. Temos apetite por novas tecnologias”.

Baterias dos caminhões elétricos podem ser trocadas em seis minutos

Com autonomia de 150 quilômetros – que ao percorrer essa distância deixa de emitir 162 kg de CO2 – o caminhão elétrico E7-49T 6×4 poderá ter seu pack de baterias substituído em até seis minutos em uma estação de troca, pelo método swap, afirmou Rodrigo Setrak Giglio, responsável pela área dos produtos eletrificados da XCMG.

Giglio contou, no entanto, que ainda não há por aqui uma estação do tipo, devido ao alto custo, de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões: “O objetivo da XCMG é formar parcerias para desenvolver um modelo que custe R$ 1 milhão e torne-se atrativo a empresas que apostem em frotas de elétricos”.

O veículo, ressaltou, também pode ser recarregado da forma tradicional e que com um carregador rápido de 360 kW em apenas uma hora está pronto para rodar novamente. Quanto ao tempo de vida útil, hoje as baterias usadas nesses veículos duram até 4,5 mil ciclos de carga, o equivalente a dez anos, se for feita uma recarga por dia. A promessa é a de que o custo de manutenção fique em torno de 70% abaixo de similar a combustão.

Há 80 anos no mercado a empresa chinesa é a segunda maior fabricante de veículos elétricos na China, a nona maior montadora de caminhões no país, cujo mercado é de 2 milhões de unidades anuais, e a terceira maior do mundo no mercado de linha amarela.

Pouso Alegre, MG – Desde o fim de 2022 a XCMG comercializou 120 caminhões elétricos, hoje 100% importados da China, na América do Sul. A metade do volume foi para o Brasil e a outra metade para os demais países da região, segundo o vice-presidente Tian Dong, que projeta triplicar ou quadruplicar as vendas, chegando a cerca de quatrocentos caminhões pesados até o fim do ano, dos quais até 70% no mercado brasileiro.

Na terça-feira, dia 20, a companhia celebrou a entrega de dez unidades para a Reiter Log, que possui em torno de 30% de sua frota veículos movidos a energias alternativas, segundo Vanessa Reiter Pilz, diretora de ESG da empresa de logística do Rio Grande do Sul. Foi a maior venda da XCMG para uma só empresa – até então as aquisições eram unitárias ou de duas unidades comercializadas a clientes como Vale, CSN e Jundu.

Pilz contou que há dez anos a companhia é adepta a veículos que poluam menos, o que começou dez anos atrás com um caminhão a gás da Iveco. “Até 2035 queremos ter 100% da nossa frota movida a energia alternativa.”

Ao todo a Reiter Log possui 250 veículos a gás e 55 elétricos, sendo cinco Volvo alugados, dez XCMG e quarenta VUCs da JAC Motors. Sobre o fato de adquirir dez caminhões elétricos da XCMG de uma vez, a executiva atribuiu a relação de confiança com o gerente de veículos elétricos Ricardo Senda, que está há cerca de um ano na XCMG, mas, anteriormente, trabalhava na JAC Motors.

“A Reiter Log possui a premissa de testar tudo o que é novo no mercado. Temos apetite por novas tecnologias”.

Baterias dos caminhões elétricos podem ser trocadas em seis minutos

Com autonomia de 150 quilômetros – que ao percorrer essa distância deixa de emitir 162 kg de CO2 – o caminhão elétrico E7-49T 6×4 poderá ter seu pack de baterias substituído em até seis minutos em uma estação de troca, pelo método swap, afirmou Rodrigo Setrak Giglio, responsável pela área dos produtos eletrificados da XCMG.

Giglio contou, no entanto, que ainda não há por aqui uma estação do tipo, devido ao alto custo, de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões: “O objetivo da XCMG é formar parcerias para desenvolver um modelo que custe R$ 1 milhão e torne-se atrativo a empresas que apostem em frotas de elétricos”.

O veículo, ressaltou, também pode ser recarregado da forma tradicional e que com um carregador rápido de 360 kW em apenas uma hora está pronto para rodar novamente. Quanto ao tempo de vida útil, hoje as baterias usadas nesses veículos duram até 4,5 mil ciclos de carga, o equivalente a dez anos, se for feita uma recarga por dia. A promessa é a de que o custo de manutenção fique em torno de 70% abaixo de similar a combustão.

Há 80 anos no mercado a empresa chinesa é a segunda maior fabricante de veículos elétricos na China, a nona maior montadora de caminhões no país, cujo mercado é de 2 milhões de unidades anuais, e a terceira maior do mundo no mercado de linha amarela.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Globo Online - RJ   21/02/2024

O preço médio dos alugueis residenciais em 25 cidades brasileiras iniciou o ano com aceleração de 1,26%, bem acima da inflação oficial (IPCA) no período, que fechou janeiro em 0,42%, e do mês anterior (1%), segundo dados do Índice FipeZap divulgados nesta terça-feira. Nos últimos 12 meses, o avanço dos preços foi de 16,22%.

Das 25 cidades monitoradas, 21 registraram variação positiva. Entre as 11 capitais monitoradas, as maiores altas ocorreram em Brasília (+ 3,26%), Salvador (2,32%), Curitiba (1,65%), Recife (1,57%) e Rio de Janeiro (1,31%), todas com avanço acima da média nacional.

Belo Horizonte e Florianópolis registraram avanço de preços de 1,09% em janeiro, seguidas por Porto Alegre (0,97%), São Paulo (0,89%) e Goiânia (0,86%). Fortaleza, por outro lado, foi a única capital monitorada em que os preços recuaram 0,49%.

Resultado em 12 meses

O preço médio dos alugueis nos últimos 12 meses (16,22%) também ficou acima do acumulado da inflação no período (4,51%). Nessa comparação, todas as 25 cidades que integram o índice registraram alta.

Entre as 11 capitais, seis acumularam valorização acima da média, com a cidade de Goiânia no topo (34,05%), seguida por Florianópolis (26,54%), Curitiba (20,57%), Rio (19,27%), Fortaleza (19,04%), Belo Horizonte (17,08%).

As altas de Salvador (14,17%), Porto Alegre (14,09%), Brasília (13,60), São Paulo (13,47%) e Recife (13,20%) ficaram abaixo da média nacional.

NAVAL

Consultor Jurídico - SP   21/02/2024

Não cabe ao poder público determinar a forma de execução de negócios particulares, que já cumpriram os requisitos estabelecidos pela legislação, “sob pena de caos administrativo, insegurança jurídica e prejuízos inestimáveis tanto ao empreendedor quanto à sociedade, em face dos impactos econômicos e sociais ao empreendimento”.

O juiz André Luís Maciel Carneiro, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Santos, adotou esse entendimento ao julgar improcedente ação civil pública na qual o Ministério Público pede a decretação da nulidade dos licenciamentos e autorizações dados a um terminal de regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) no porto santista. O MP recorreu.

“O Estado não é o empreendedor, não lhe sendo dado o papel de substituir o agente privado na definição de suas estratégias de negócio, tampouco tomar para si a prerrogativa de decidir sobre o emprego de recursos, destacando que os riscos econômicos do empreendimento não são compartilhados”, destacou o magistrado.

Conforme a sentença, é “incontroverso” que o projeto cumpriu as exigências legais administrativas à sua implantação, de acordo com os termos preconizados pela Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 237/1997 e demais normas aplicáveis à espécie, obtendo as autorizações dos órgãos responsáveis.

O empreendimento objeto da demanda contempla um terminal marítimo para o recebimento, estocagem e regaseificação (vaporização) de GNL na região do estuário de Santos e gasoduto marítimo e terrestre destinado ao transporte do gás natural gaseificado ao City Gate, localizado em Cubatão, para a sua distribuição.

Na ação ajuizada contra o Terminal de Regaseificação de GNL de São Paulo (TRSP), o município de Santos e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), o MP pediu tutela de urgência em face do Poder Público municipal pela imediata suspensão da autorização ao empreendimento.

Em relação à Cetesb, o autor requereu a suspensão do licenciamento do terminal e das autorizações de desmatamento e licenças ambientais, bem como abstenção de emissão de novas licenças ou autorizações. Contra o TRSP foi pedida a proibição ao início das obras ou a sua paralisação, caso já iniciadas.

Por meio do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), o MP pediu no mérito a confirmação das tutelas de urgência e a condenação dos réus por danos materiais e morais coletivos. À causa foi dado o valor de R$ 1 bilhão (sendo R$ 350 milhões o custo aproximado da obra e R$ 700 milhões o pedido do dano moral coletivo).

Segundo a inicial, os prejuízos ambientais decorrem das intervenções realizadas, enquanto os danos morais coletivos derivam da perda de qualidade de vida da população vizinha ao empreendimento e da tensão gerada à população da Baixada Santista em geral pelos riscos da plena operação, rotulada pelo MP de “navio-bomba”.

Estudos em xeque
O MP apontou supostas irregularidades nos atos administrativos de aprovação do EIA/Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), dentre as quais a falta de estudo adequado das alternativas locacionais de instalação do terminal, que está projetado para funcionar na região do estuário de Santos.

O autor acrescentou que foram ignorados vários riscos ambientais e sociais com os gasodutos passando por ecossistemas vitais para a região.

A inicial também alertou sobre o risco de mortes em larga escala na hipótese de eventual acidente ou falha operacional no terminal ou em alguma atividade relacionada, como colisão entre embarcações.

O TRSP alegou, preliminarmente, a impossibilidade de revisão dos atos administrativos pelo Poder Judiciário. No mérito, defendeu as análises que embasaram a aprovação do EIA/Rima, porque elas contemplaram várias outras alternativas locacionais para instalação do terminal e gasoduto.

Segundo a empresa, a escolha de instalação do terminal nas águas abrigadas do Porto de Santos decorreu da avaliação de diversos critérios.

O TRSP informou que os estudos concluíram pela inviabilidade de o empreendido operar em alto-mar, afastado da área urbana, por causa das condições adversas no oceano, como grandes e contínuas ondas.

Em recurso de agravo de instrumento interposto pelo MP, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu os efeitos das licenças prévia e de instalação concedidas pela Cetesb ao empreendimento, com a consequente suspensão do início das obras. No entanto, essa decisão foi cassada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Para o ministro Humberto Martins, houve indevida interferência da corte paulista na seara administrativa, ao desconsiderar a presunção de legitimidade do ato administrativo referente à política pública de produção energética mais limpa e sustentável por meio da disponibilização de gás natural pelo empreendimento privado.

Obra continua
A decisão de Martins garante a instalação e operação do projeto até o trânsito em julgado da sentença de mérito da ação principal. Ao julgar improcedente a demanda, o juiz André Carneiro destacou que o laudo do perito nomeado pelo juízo ratificou a regularidade formal e material do empreendimento.

Sobre a suposta inobservância do dever de apresentação de alternativas locacionais citada pelo MP, o magistrado ponderou que isso não procede, cabendo ainda a escolha ao próprio empreendedor, desde que seja acompanhada da fiscalização e constatação de viabilidade técnica pelos órgãos competentes.

“A alternativa eleita pelo empreendedor recebeu a análise técnica exigida por lei e restou aprovada, com destaque à rejeição motivada da solução almejada pelo Ministério Público, na esteira da recomendação de seu setor técnico, o CAEx (Centro de Apoio à Execução)”, observou Carneiro.

A sentença foi prolatada no dia 22 de janeiro. Em 68 laudas, o MP apresentou as suas razões recursais em 1º de fevereiro. De acordo com a promotora Almachia Zwarg Acerbi e o promotor Carlos Cabral Cabrera, as licenças ambientais não são intocáveis e nem se sobrepõem à realidade fática.

Conforme os representantes do MP, no caso dos autos, “descuidou-se dos pilares fundamentais do Direito Ambiental Constitucional — os princípios da prevenção e precaução — e, por consequência, das regras infraconstitucionais que neles buscam seus fundamentos de validade, cuja violação macula o processo de licenciamento”.

PETROLÍFERO

Infomoney - SP   21/02/2024

Os contratos futuros de petróleo fecharam em baixa, na volta das operações nos mercados dos Estados Unidos após o fim de semana prolongado. Investidores seguem calibrando as preocupações com a demanda, principalmente, em relação à economia da China, onde o anúncio de corte em taxas de juros nesta madrugada evidenciou as dificuldades para revigorar a atividade.

O receio com a demanda se sobrepôs nesta terça-feira ao potencial impacto para o abastecimento dos ataques dos rebeldes houthi no Mar Vermelho.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para abril cedeu 1,28% (-US$ 1,01), a US$ 78,18. Na International Commodity Exchange (ICE), o Brent para o mesmo vencimento foi cotado em queda de 1,46% (-US$ 1,22), a US$ 82,34 por barril no fechamento.
Após o Ano Novo Lunar, o Banco do Povo da China (PBoC) cortou suas taxas básicas de juros a nível recorde. A decisão da China para estimular a economia em dificuldades está pesando sobre o petróleo, disse o economista-chefe de mercado da Spartan Capital, Peter Cardillo, em nota.

A China é vista como uma das principais fontes de crescimento da demanda em 2024, de acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Agência Internacional de Energia (AIE). E as dificuldades em revigorar a atividade econômica do país asiático seguem gerando ventos contrários para as perspectivas de demanda de commodities como o petróleo.

O mercado de NY teve hoje a primeira oportunidade para reagir ao ultimato que Israel deu ao Hamas sobre os reféns mantidos em Gaza. O governo israelense disse que o Hamas tem de realizar as libertações até o Ramadã ou enfrentarão uma ofensiva terrestre em Rafah.

Do lado da oferta, o mercado também assimila a notícia de que a Rússia reduziu suas exportações de petróleo em cerca de 307.000 barris por dia em janeiro.

O governo dos Estados Unidos vai aprovar um pedido de um grupo de governadores do Centro-Oeste do país para permitir a venda de E15, ou gasolina com 15% de etanol, durante todo o ano, mas adiará a data de início para o próximo ano, afirmam duas fontes.

Segundo elas, o adiamento em um ano pode evitar possíveis aumentos de preços locais e problemas de abastecimento que a indústria do petróleo argumenta que poderiam surgir da decisão até após as eleições nos EUA.

Petro Notícias - SP   21/02/2024

A Petrobrás anunciou hoje (20) o início do contrato de desenvolvimento e implantação do HISEP, uma tecnologia inédita patenteada pela companhia que será instalada no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos. O HISEP veio para trazer um novo conceito para a produção de óleo e gás, ao viabilizar a separação submarina entre o petróleo extraído e o gás associado produzido, rico em COâ‚‚. Por sua vez, esse gás será reinjetado diretamente no reservatório a partir do leito marinho. A tecnologia foi apresentada durante evento nesta terça-feira no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro. O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, e os diretores de Exploração & Produção, Joelson Mendes, e de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, participaram do encontro.

Com o HISEP, grande parte do processo de separação deixará de ser feito na planta de processamento do navio-plataforma (FPSO) e passa a ser realizado no fundo do mar, oferecendo maior eficiência energética, reduzindo o impacto ambiental e a intensidade de emissões. “O HISEP é uma inovação da Petrobrás, tem DNA brasileiro e, em breve, irá contribuir para um desenvolvimento sustentável da indústria de óleo de gás. Além dos ganhos para o negócio, trata-se de uma tecnologia dos tempos atuais: uma das suas vantagens é atuar também como uma tecnologia de captura de carbono e, por isso, configura mais uma ferramenta que auxiliará a Petrobras a atingir suas metas de redução da intensidade de emissões”, declarou Jean Paul Prates.

Como noticiamos, a empresa escolhida pela Petrobrás para essa fase de implantação do HISEP foi a FMC Technologies do Brasil, subsidiária da empresa TechnipFMC. O contrato abrange o projeto, construção e instalação da unidade piloto do HISEP e sua infraestrutura, incluindo a interligação com os poços produtores, injetores e a planta de processamento do FPSO Marechal Duque de Caxias (Mero 3). Além disso, será realizado um programa de testes com o objetivo de alcançar a maturidade comercial e tecnológica do HISEP.

“O HISEP tem potencial de agregar valor aos campos com alta RGO (Razão Óleo e Gás) e teor de COâ‚‚, dando uma nova perspectiva de produção para eles. A escolha do Campo de Mero para a aplicação piloto do HISEP é estratégica, uma vez que o pré-sal da Bacia de Santos é uma das áreas mais promissoras e desafiadoras do setor. Com essa tecnologia revolucionária, esperamos otimizar a produção, reduzir custos e promover a eficiência operacional”, destacou o diretor de Exploração e Produção, Joelson Mendes.

Já o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, disse que a implantação do HISEP representa um reflexo significativo da busca contínua por soluções tecnológicas inovadoras. “Este processo é resultado de anos de pesquisa e desenvolvimento no Cenpes. Estamos confiantes de que o HISEP se tornará uma referência de inovação com ganho de eficiência e geração de valor na indústria de petróleo e gás, contribuindo para consolidar a posição de liderança da Petrobrás no mercado mundial”, concluiu.

A unidade piloto de separação submarina HISEP será interligada ao FPSO Marechal Duque de Caxias, pertencente ao projeto Mero 3, na área do pré-sal. Esse será o quarto FPSO instalado no campo de Mero e terá capacidade de processamento de 180 mil barris de óleo e 12 milhões de m³ de gás por dia. Os contratos de afretamento e de serviços terão duração de 22 anos e meio, contados a partir da aceitação final da unidade, prevista para o segundo semestre de 2024.

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