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20 de Junho de 2024

SIDERURGIA

Money Times - SP   20/06/2024

A Usiminas (USIM5) esclareceu o movimento atípico de negociações da companhia na bolsa de valores entre os dias 15 e 18 de junho, após questionamentos da CVM. A companhia afirma não ter conhecimento de informação relevante relacionada aos negócios e atividades que possa justificar eventuais oscilações.

No entanto, entende que podem estar relacionadas à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de acatar o recurso que reconhece direito da CSN a uma indenização no valor de R$ 5 bilhões, a ser paga pela Ternium.

Em reação, ontem (18), a CSNA3 liderou as altas no Ibovespa (IBOV) e atingiu máxima de 12,85%, a R$ 13,44. Já USIM5 chegou a registrar alta de 5,%, cotada a R$ 7.

“A Usiminas esclarece ainda que não é parte no referido processo judicial e entende que a decisão acima mencionada não gera efeitos para a companhia ou para os seus demais acionistas que também não sejam partes no processo judicial em tela”, diz.

Apesar de a Usiminas não estar diretamente envolvida no processo na Justiça, a compra de fatia pela Ternium, em 2012, é o estopim da briga.

Entenda a disputa que envolve a Usiminas

Na terça-feira (18), a maioria dos ministros da Terceira Turma do STJ decidiu acatar o recurso que reconhece direito da CSN a uma indenização no valor de R$ 5 bilhões, a ser paga pela Ternium.

O entendimento da maioria foi que houve mudança no controle da Usiminas após venda de fatia para a Ternium, o que deveria resultar no direito de “tag along” (sistema que protege os acionistas minoritários quando o controle de uma empresa é vendido) — e isso não ocorreu.

O caso começou há mais de uma década, quando a Votorantim e Camargo Côrrea venderam fatia da Usiminas para a Ternium, sob o entendimento de que a operação não mudava o bloco de controle da companhia, situação que obrigaria a compradora a fazer uma oferta pública de ações (OPA) aos acionistas minoritários.

No entanto, a CSN, que detém parcela da siderúrgica, passou a questionar a transação na Justiça, afirmando que se tratava de uma compra de controle disfarçada e que a OPA deveria ser feita. Desde 2011, a CSN foi à CVM diversas vezes, sendo que a autarquia defendia que houve apenas modificação da composição do grupo de controle, dessa maneira, sem obrigação de realização da oferta.

A CSN, então, entrou na Justiça e foi também ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), onde o pleito emperrou, e o pedido na Justiça foi rejeitado em primeira instância e também em segunda.

Neste cenário, a empresa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, onde teve o pedido rejeitado por três votos a dois em março de 2023. A CSN tentou novo recurso.

O falecimento do ministro Paulo de Tarso Vieira Sanseverino e a declaração de impedimento de Marco Aurélio Bellizze mudaram o cenário, sendo que os dois tinham voto a favor da Ternium. Os magistrados foram substituídos por Humberto Martins e Antonio Carlos Ferreira, que votaram a favor da CSN.

Por outro lado, os ministros Nancy Adrighi e Ricardo Villas Bôas Cueva votaram pelo retorno do processo à primeira instância para a produção de provas, o que levou ao empate resolvido nesta terça, com o voto de minerva do ministro Antonio Carlos Ferreira favorável à CSN.
Ternium afirma que vai recorrer

Em nota, a Ternium disse que irá recorrer da decisão tomada pelo TSJ e reafirmou que não houve alteração do controle no momento de sua entrada no capital da Usiminas e não havia obrigação legal de realização de OPA.

A companhia reitera ainda que abaseia em reiteradas decisões da CVM e de todas as instâncias do Judiciário, incluindo a própria Terceira Turma do STJ.

“Ao ir contra jurisprudência firmada e consolidada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e por várias instâncias judiciais ao longo de 12 anos, a decisão traz insegurança jurídica para o mercado de capitais brasileiro e coloca em risco operações de fusão e aquisição nas quais haja alienação de partes de blocos de controle”.

Migalhas - SP   20/06/2024

Nesta terça-feira, 18, a CSN obteve vitória bilionária contra o grupo ítalo-argentino Ternium na 3ª turma do STJ. Com voto de desempate anunciado ontem, o colegiado decidiu que a CSN receberá uma indenização de cerca de R$ 5 bilhões, a ser paga pela Ternium.

Após a decisão, a Ternium recorreu aos jornais para expressar sua insatisfação com o veredito. Em resposta, a CSN divulgou uma nota refutando as alegações, afirmando que o grupo disseminou informações falsas e ofensivas ao Judiciário brasileiro.

Veja a íntegra da nota:

A Ternium Techint, controladora da Usiminas, publicou informações falsas e ofensivas ao Judiciário brasileiro, tornando necessários esclarecimentos pela CSN.

1. Há mais de uma década, a Ternium Techint nega ter assumido o controle da Usiminas para evitar cumprir a obrigação legal de pagar os acionistas minoritários.

2. No julgamento do Recurso Especial n. 1.837.538-SP, três dos cinco ministros da 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça reconheceram que a Ternium Techint assumiu de fato o controle da Usiminas e buscou disfarçar essa situação para burlar a lei e, assim, evitar pagar os direitos dos acionistas minoritários. Em razão disso, a Ternium foi condenada a indenizar a CSN a pagar o que deveria ter pagado há mais de 10 anos. Os outros dois ministros que participaram do julgamento também entenderam que a CSN tinha razão no seu recurso, mas que outras provas deveriam ser produzidas.

3. A Ternium Techint utilizou recursos da própria Usiminas em contratos paralelos com a acionista japonesa para obter sua concordância e silêncio, desviando bilhões de reais da Companhia.

4. Compete ao STJ interpretar a Lei Federal, e a legislação prevê dispositivos para proteção dos acionistas minoritários. Não é verdade que houve desrespeito à jurisprudência da Comissão de Valores Mobiliários, embora esta deva respeitar a jurisprudência dos Tribunais brasileiros, e não o inverso. O que se deu foi a proteção dos direitos dos acionistas minoritários ao obrigar a observância da Lei das Sociedades Anônimas no que diz respeito à oferta pública de tag along.

5. Há mais de uma década, a CSN busca o reconhecimento do seu direito, defendendo-se com firmeza e reagindo com altivez em relação a entendimentos divergentes, mas sempre respeitando as instituições brasileiras, seus órgãos e representantes.

6. A Ternium usa subterfúgios políticos e midiáticos para constranger juízes e o sistema judiciário brasileiro, esquecendo-se de que o direito é o único elemento que realmente influencia e convence. A CSN espera que a Ternium reveja sua disposição de descumprir a lei e de desrespeitar publicamente as autoridades brasileiras.

Aciaria da CSN, onde é feita a transformação de ferro líquido em aço líquido, em Volta Redonda/RJ.

Entenda o caso

Nesta terça-feira, dia 18, a 3ª turma do STJ analisou um importante caso envolvendo o grupo ítalo-argentino Ternium e a brasileira CSN. Com o voto de desempate do ministro Antônio Carlos Ferreira, o colegiado decidiu que a CSN receberá uma indenização de aproximadamente R$ 5 bilhões, a ser paga pela Ternium.

No litígio, a CSN alega que houve uma mudança no controle da siderúrgica mineira Usiminas em 2011, quando a Ternium adquiriu as participações dos grupos Votorantim e Camargo Corrêa, representando uma fatia de 27,7%. Segundo a CSN, essa alteração no bloco de controle obrigaria a Ternium a realizar uma oferta pública de ações (OPA) aos acionistas minoritários. Por outro lado, a Ternium sustenta que não houve troca de controle, argumento confirmado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em decisões anteriores.

Com os pedidos julgados improcedentes, a CSN recorreu ao STJ com embargos de declaração. Até então, o julgamento estava empatado: dois ministros (o relator Ricardo Villas Bôas Cueva e Nancy Andrighi) votaram para que o caso retornasse à origem para produção de provas, enquanto outros dois (Moura Ribeiro e Humberto Martins) votaram pelo reconhecimento do direito de indenização em favor da CSN.

Integrante da 4ª turma, Antônio Carlos Ferreira foi convocado para proferir o voto de desempate, já que o ministro Marco Aurélio Bellizze se declarou impedido de analisar o caso.

Na sessão de ontem, Ferreira votou a favor da indenização a ser paga pela Ternium. "O ingresso do grupo Ternium no bloco controlador e as modificações implementadas com o novo pacto de acionistas implicaram transferência do controle acionário da Usiminas, atraindo a aplicação do comando previsto no art. 254-A da lei de regência", afirmou.
Processo: REsp 1.837.538.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   20/06/2024

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central não apenas interrompeu o ciclo de corte de juros nesta quarta-feira, como enviou alguns recados no comunicado sobre a decisão. Entre eles, sinalizou que a taxa básica de juros, a Selic, deve permanecer em 10,5% ao ano por um longo período.

Veja a seguir os cinco principais pontos do comunicado divulgado pelo BC no início da noite de hoje com a decisão de manutenção da Selic no atual patamar.

1 - União dos diretores

Após o estrago provocado pelo “racha” na decisão na decisão anterior, em maio, o colegiado se uniu nesta quarta-feira a favor da manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano. Mesmo os diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vem pedindo juros mais baixos, votaram pela interrupção do ciclo de cortes, fortalecendo a credibilidade do BC.

Em maio, o placar de 5 a 4 que definiu uma redução de 0,25 ponto percentual da Selic em vez de 0,5 e que opôs os nomes indicados de Lula aos diretores que já estavam no colegiado no governo de Jair Bolsonaro, trouxe temores do compromisso dos indicados pelo petista com o controle da inflação.

Esse receio causou grande estresse no mercado financeiro e nas expectativas de inflação futura, fatores que contribuíram para reduzir o espaço para novos cortes de juros. “O Comitê, unanimemente, optou por interromper o ciclo de queda de juros, destacando que o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela”, disse o Copom no comunicado.

2 - Sem novos cortes à vista

No comunicado sobre a decisão, o colegiado introduziu um cenário alternativo para a inflação que considera a Selic estável até o fim de 2025. Nesse caso, a projeção de inflação do BC para o ano que vem fica em 3,1%, próximo do centro da meta de 3,0%.

Já no cenário de referência, que considera a estimativa de Selic do Boletim Focus, que volta a cair no ano que vem até 9,50%, a projeção de inflação fica em 3,4%. Atualmente, o BC foca integralmente no ano de 2025 no trabalho de convergência inflacionária.

“A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. O Comitê se manterá vigilante e relembra, como usual, que eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, disse o colegiado no comunicado.

3 - De olho no fiscal

O BC repetiu no comunicado que “monitora com atenção” os desenvolvimentos recentes da política fiscal que impactam a política monetária e os ativos financeiros. A condução das contas públicas pelo governo Lula está sob intenso escrutínio desde a mudança das metas fiscais dos próximos anos, em meados de abril. Mais recentemente, cresceram os receios sobre a sustentabilidade do arcabouço fiscal diante da dificuldade do governo de cortar gastos.

“O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.”

4 - Atividade econômica forte

A autoridade monetária continuou avaliando que a atividade econômica no Brasil segue mais forte do que o esperado, assim como o mercado de trabalho. O BC teme efeitos dessa conjuntura sobre a dinâmica de inflação, especialmente sobre preços de serviços.

Em relação aos últimos dados de inflação, o Copom considerou que a trajetória de alívio continuou, mas que medidas que ajudam a traçar a tendência inflacionária se situaram acima da meta recentemente.

5 - Ajustes futuros

O BC indicou que a taxa de juros deve se manter em patamar contracionista, que restringe o crescimento econômico, por tempo suficiente para consolidar a convergência da inflação para a meta. E foi enfático em dizer que ajustes futuros “serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

CNN Brasil - SP   20/06/2024

Avaliar a decisão do Banco Central (BC) de manter a Selic em 10,5% “tem sua complexidade”, segundo o economista-chefe da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), Igor Rocha.

De um lado da balança, ele coloca as incertezas que levaram o Comitê de Política Monetária (Copom) a optar por interromper o ciclo de cortes. Mas do outro, pesa o impacto dos juros altos no setor.

“A indústria não tem algumas ferramentas de captação com o mercado que facilitam em momentos como os de aperto monetário”, afirmou Rocha à CNN após a decisão do Copom desta quarta-feira (19).

“O aperto monetário na indústria de transformação é muito forte”, enfatiza o economista ao indicar que o peso dos juros altos é 60% maior para indústria, em comparação com outros setores.
Complexidade

Por unanimidade, o Copom votou por interromper o ciclo de corte de juros que vinha sendo praticado desde agosto de 2023.

O economista-chefe da Fiesp reforça que a decisão foi tomada tendo em vista o “momento de complexidade” que o país enfrenta, que é mais incerto do que o cenário quando a queda da Selic começou, em agosto do ano passado.

Ele chama atenção para fatores como o aumento expressivo do dólar e das expectativas sobre as taxas longas de juros, aquelas usadas em financiamentos e concessões de crédito para empresas.

Além disso, Rocha também aponta para as sobre as contas públicas. “O ambiente político não está fácil, a questão fiscal não está simples”, indaga o economista.

Nos últimos meses, vem crescendo o temor sobre a responsabilidade fiscal do governo, desde que foi alterada a meta de 2025, que foi realocada de um superávit primário para déficit zero.

O governo também busca equilibrar as contas neste ano, mas a expectativa é que a meta não seja atingida, uma vez que os gastos públicos seguem elevados. Igor Rocha aponta para “manifestações indevidas” do governo.

A crítica do economista se direciona principalmente a medida provisória que visava compensar a desoneração da folha de pagamentos com a limitação de créditos tributários PIS/Cofins.

Porém, ele também aponta para uma postura indevida do BC. “Acredito que o Banco Central extrapola suas competências ao fazer muitos comentários sobre a questão fiscal”, afirma Rocha.

IstoÉ Dinheiro - SP   20/06/2024

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de interromper o ciclo de cortes da taxa Selic, juros básicos da economia, recebeu críticas de políticos e do setor produtivo. Na avaliação deles, a manutenção dos juros em 10,5% ao ano prejudica a recuperação da economia.

Em postagem na rede social X (antigo Twitter), a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffman (PR), classificou de injustificada a decisão do Copom. “Não há justificativa técnica, econômica e muito menos moral para manter a taxa básica de juros em 10,5% [ao ano], quando nem as mais exageradas especulações colocam em risco a banda da meta de inflação. E não será fazendo o jogo do mercado e dos especuladores que a direção do BC vai conquistar credibilidade, nem hoje, nem nunca”, criticou a parlamentar.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a decisão do Copom foi inadequada e excessivamente conservadora. Na terça-feira (18), a CNI tinha pedido que o BC continuasse a cortar os juros básicos da economia. Segundo a entidade, a decisão só vai impor restrições adicionais à atividade econômica, com reflexos negativos sobre o emprego e a renda, sem que o quadro inflacionário exija tamanho sacrifício.

“A manutenção do ritmo de corte na Selic seria o correto, pois contribuiria para mitigar o custo financeiro suportado pelas empresas e pelos consumidores, sem prejudicar o controle da inflação”, defendeu, em comunicado, o presidente da CNI, Ricardo Alban.

Em nota, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) diz que a manutenção da taxa básica de juros pelo Copom em patamares elevados reflete uma postura cautelosa diante da inflação, que está em patamar baixo para o padrão brasileiro.

Segundo a Abimaq, o atual nível de juros gera preocupações significativas sobre os efeitos adversos no crescimento econômico. Com a Selic permanecendo alta, o custo do crédito continua a pressionar negativamente o setor produtivo, desestimulando investimentos essenciais para o desenvolvimento sustentável do país. Essa política, acaba por restringir a capacidade de recuperação econômica, prejudicando a criação de empregos e a competitividade das empresas brasileiras”, acrescenta a associação.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informou que parte do mercado aguardava a manutenção da taxa, mas advertiu para os efeitos dos juros altos sobre o nível de atividade doméstica.

“Já era uma decisão aguardada pelo mercado, porém, o que estamos observando é que ela pode produzir um efeito negativo, especialmente sobre o consumo das famílias, tendo em vista que nós atualmente temos uma das maiores taxas reais de juros do mundo. Nossa preocupação é que a manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano, interrompendo o ciclo de queda, possa prejudicar tanto o investimento, quanto o consumo das famílias”, advertiu o economista-chefe da Apas, Felipe Queiroz.

A decisão do Copom preocupa a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em linha com os demais setores produtivos do país, a instituição diz que que “este é um movimento equivocado, já que ainda haveria espaço para uma redução de 0,25 pontos nesta reunião”.

A estabilização da Selic gera um cenário de menor atratividade para o crédito e, consequentemente, para o setor de comércio e serviços, pois a tendência é que as famílias diminuam seu ritmo de consumo. Além disso, “o freio na queda da Selic ocasiona prejuízos no setor do comércio com o encarecimento do financiamento para as empresas, o que dificulta o desenvolvimento do país como um todo”, avalia a CNC.
Centrais sindicais

A manutenção dos juros básicos também recebeu críticas das centrais sindicais. Para a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a medida boicota a economia e aprofunda a carga pesada de juros sobre o governo e a população.

“Usar o argumento de se preparar para expectativas futuras de inflação maior é uma falácia. A manutenção da Selic alta é proibitiva ao crescimento econômico e apenas reafirma que o órgão é suscetível às pressões do mercado financeiro e, assim, desvia das responsabilidades para com o país”, destacou a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidente da CUT, Juvandia Moreira. Ela ressaltou que a inflação está sob controle, e as justificativas do Copom são falhas e prejudicam diretamente o aumento do nível de empregos, uma das obrigações do BC.

A Força Sindical classificou a decisão de “desastrosa”. Em nota, o presidente da entidade, Miguel Torres, disse que o Banco Central frustra os trabalhadores e se curva aos especuladores, beneficiando os rentistas.

“Juros altos sangram o país e inviabilizam o desenvolvimento, restringindo o enorme potencial de crescimento do Brasil, bem como os investimentos em educação, saúde e infraestrutura, entre outros. Enquanto isso, os banqueiros lucraram R$ 26 bilhões só no último trimestre. Baixar os juros é fundamental para a retomada do crescimento sustentável, com a inclusão do povo trabalhador na economia para além da mera subsistência”, destacou Torres.

CNN Brasil - SP   20/06/2024

As projeções oficiais do Banco Central para a inflação voltaram a subir, conforme o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu manter a taxa básica de juros em 10,5% ao ano, divulgado há pouco.

No cenário de referência, que utiliza câmbio conforme a Paridade do Poder de Compra (PPC) e juros do Relatório de Mercado Focus, o BC alterou a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 de 3,8% para 4%.

Para 2025, a atualização foi de 3,3% para 3,4%.

Também considerando o cenário de referência, a autarquia atualizou no Copom as projeções para os preços administrados. Em 2024, a estimativa passou de 4,8% para 4,4%. Já em 2025, manteve-se em 4%.

Nesse cenário, o BC considera ainda que o preço do petróleo deve seguir aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passar a aumentar 2% ao ano na sequência. Também adota a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2024 e 2025.

No mercado, a expectativa de inflação do Boletim Focus deste ano disparou entre os dois encontros do Comitê (de 3,72% para 3,96%) e a para 2025, foco principal da política monetária, também aumentou significativamente – de 3,64% para 3,80%.

Tanto as projeções do Copom quanto as do mercado seguem bem acima da meta contínua, de 3% que deve ser oficializada pelo governo na semana que vem. Para horizontes mais longos, o Focus também mostra desancoragem.
Juro real

O país segue em segundo lugar no ranking mundial dos juros reais (descontada a inflação à frente). Segundo levantamento do site MoneyYou com 40 economias, o Brasil passa a ter uma taxa de juros real de 6,79%, apenas atrás da Rússia (8,91%). Em terceiro, aparece o México (6,52%).

A média das 40 economias pesquisadas é de 0,36%. Até a informação mais recente divulgada pelo BC, o juro neutro brasileiro, que não estimula nem contrai a economia e, consequentemente, não acelera nem alivia a inflação brasileira, era estimado pela instituição em 4,5%.

Em reunião do mercado com o BC no início deste mês, economistas cogitaram a possibilidade de o juro real neutro já estar próximo da casa de 6%.

Infomoney - SP   20/06/2024

A indústria brasileira, que vinha ensaiando uma recuperação nos últimos meses, sofreu o impacto da calamidade climática no Rio Grande do Sul e teve piora em seus principais indicadores setoriais no mês, segundo a Sondagem Industrial divulgada nesta quarta-feira (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em maio de 2024, o índice de evolução  da produção industrial atingiu 47,4 pontos, caindo abaixo da linha média de 50, após dois meses de avanço  da produção. Esse indicador tinha sido de 51,0 em março e de 51,2 em abril.

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A CNI disse em nota que o movimento de recuo da produção é comum para os meses de maio, mas que ele se mostrou mais intenso e disseminado neste ano e que ele foi influenciado, principalmente, pela queda da produção na região Sul. Com as fortes chuvas e enchentes no índice para a região atingiu 39,6 pontos em maio.

Também houve recuo na produção do  Sudeste, embora em menor magnitude.  Nas outras regiões, o índice de evolução  a produção manteve-se acima de 50  pontos, mostrando alta da produção.
Emprego e capacidade instalada

O índice de evolução do número de empregados também sofreu e atingiu 49 pontos em maio, o que mostra que que houve recuo no emprego industrial em relação a abril.

Esse foi o primeiro recuo em quatro meses e também foi influenciado pela queda no índice de emprego industrial da região Sul, que atingiu 47,6 pontos no mês, o menor valor entre os índices por região.

Os indicadores também revelam redução do emprego, ainda que mais branda, nas regiões Sudeste e Nordeste – embora próximos, os indicadores se encontram abaixo da linha dos 50 pontos.

Em linha com o recuo na produção, houve queda de 1 ponto percentual na Utilização da Capacidade Instalada, que atingiu 69% no período. Esse recuo também foi altamente influenciado pelo resultado do Sul. A região teve queda de 9 p.p., para 63% no uso da capacidade.

A CNI destaca que a Utilização da Capacidade Instalada se encontrava em patamar elevado nos últimos meses. Assim, mesmo com os recuos observados em maio, o índice permanece relativamente elevado.

Na passagem de abril para maio também houve recuo no nível de estoques.

Mesmo com os dados piores no mês, o indicador de expectativa de demanda de junho subiu 0,3 ponto, chegando a 56,4 pontos, enquanto o índice de expectativa de compras avançou 0,6 p.p., para 54,7 pontos.

Em junho de 2024, o indicador de expectativa de quantidade exportada atingiu 52,8 pontos, enquanto o indicador de expectativa de número de empregados atingiu 51,8 pontos. Na passagem de maio para junho, ambos os indicadores avançaram 0,2 ponto percentual para cima.

O indicador de intenção de investimento atingiu 57,4 pontos, após avançar 0,5 ponto a mais que o de maio. Com o avanço, o índice se encontra 5,5 pontos acima da média histórica da série, de 51,9 pontos

Globo Online - RJ   20/06/2024

Foi mais importante ter sido unânime a decisão de ontem do Copom do que os juros terem ficado em 10,5%. A unanimidade afastou temores de uma diretoria dividida e de que a próxima administração do Banco Central será leniente com a inflação. Quem acompanha o dia a dia da política monetária sabe que ninguém seria irresponsável com a questão inflacionária, mas em economia a percepção afeta os indicadores, mesmo que seja errada a visão dos agentes econômicos.

No seu comunicado o Banco Central repete o alerta de sempre sobre política fiscal e diz que monitora como afeta o desenvolvimento da política monetária e os ativos. Disse que o ambiente externo está incerto e acompanha o cenário doméstico em que a economia cresce, as projeções de inflação aumentam e as expectativas estão desancoradas. Não deu muito ideia do que virá pela frente, a não ser as palavras de praxe. O comunicado é encerrado com a afirmação que “eventuais ajustes futuros na taxa de juros serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”.

Os juros na verdade permanecem altos demais para a conjuntura brasileira. A inflação rodando entre 3,5% e 4% e os juros ficarão mais 45 dias em 10,5%. Juros reais altos para um país que não tem expectativa de inflação acelerada saindo do espaço de flutuação. Mas é o preço a pagar quando agentes públicos agem de forma desencontrada.

Uma crise desnecessária e sem conexão com a realidade cercou essa reunião. Quem olha os indicadores da economia real, de inflação, atividade, emprego e renda vê um país sem maiores sustos, crescendo um pouco mais do que o inicialmente previsto, com inflação baixa, apesar das oscilações normais que responde a imprevistos como a enchente do Rio Grande do Sul, o mercado de trabalho com um desempenho melhor do que o esperado. Nas contas públicas não há também nenhum estouro à vista, ainda que este seja sempre um ponto sensível no Brasil, país de dívida alta, curta e cara, de despesas elevadas e Orçamento inflexível.

Ontem o dólar subiu forte, cedendo depois de notícias sopradas do Planalto. Mas a diferença de percepção da economia foi muito grande entre uma reunião e outra. O câmbio saiu de R$ 5,15 para R$ 5,44, a maior cotação desde o início do governo Lula. Subiram as projeções de inflação e o que mais subiu nos últimos dois meses foi a projeção da Selic do fim do ano. Primeiro foi abandonada a ideia de que ela terminaria em um dígito, nos últimos dias vieram as apostas de que nada mais aconteceria na Selic. Os juros futuros subiram.

O que de fato piorou no Brasil? Houve ruídos em relação às contas públicas, piorou a avaliação sobre que autonomia tem o ministro da Fazenda para conduzir a política fiscal, aumentou a preocupação em relação ao poder do veto de bloquear a agenda econômica. E nos dois dias finais as declarações do presidente Lula emitiram vários sinais negativos.

A declaração de Lula contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, não teve qualquer ganho para o governo. O vencedor absoluto de tudo foi a oposição. Só ela tem a ganhar. Quando o ambiente fica assim deteriorado, isso se reflete em preços de ativos, principalmente do dólar o que acaba afetando a inflação. A leitura feita sobre a fala do presidente é de que só será bom o Banco Central que seguir o que o governo achar conveniente. Isso piora a tarefa do próximo presidente do BC.

Roberto Campos Neto como principal zelador da autonomia, por ser o primeiro presidente a exercer o cargo após a aprovação do novo status da autoridade monetária, não poderia deixar pairar qualquer dúvida sobre suas decisões. Ele incomodou seriamente o governo Bolsonaro quando começou a elevar taxas de juros em período pré-eleitoral e resistiu às críticas. Quando ficou claro que a equipe econômica de Bolsonaro era parte ativa da campanha, ele permaneceu com a política monetária apertada. Portanto, ele pode se equivocar, mas não misturou suas decisões no BC com a política. Contudo, não deveria ter vestido a camisa de nenhum time político num país polarizado.

Por isso essa crise é tão gratuita. Atos errados e palavras fora do tom. A decisão de ontem, principalmente pelo fato de ser unânime ajuda a distensionar. Mas o país precisa parar de criar problemas para si. Bastam os desafios que nós já temos que enfrentar e superar.

MINERAÇÃO

Investing - SP   20/06/2024

Os contratos futuros do minério de ferroreduziram os ganhos iniciais da sessão desta quarta-feira e tiveram dificuldades para encontrar uma direção clara, já que as conversas no mercado sobre possíveis cortes na produção siderúrgica na China, maior mercado consumidor do minério, pesaram sobre os preços do principal ingrediente da fabricação de aço.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 0,36%, a 824 iuanes (113,55 dólares) a tonelada, depois de atingir uma alta intradiária de 835,5 iuanes a tonelada no início da sessão.

Da mesma forma, o minério de ferro referência para julho na Bolsa de Cingapura reduziu os ganhos, sendo negociado em alta de 0,5%, a 107 dólares por tonelada, depois de subir mais de 1%.

Rumores de mercado sobre cortes na produção em mais regiões pesaram sobre os preços no pregão da tarde, disseram analistas.

As informações surgiram após uma reunião entre autoridades relevantes da província de Fujian, no sul do país, e as siderúrgicas locais na segunda-feira para discutir as restrições de produção para o ano.

O Departamento Provincial de Indústria e Tecnologia da Informação não respondeu a um fax da Reuters pedindo comentários.

"Exceto Fujian, não vemos nenhum motivo para outras negociações, mas elas impactaram o movimento dos preços em algum grau", disse um analista de Pequim que pediu anonimato por não estar autorizado a falar com a imprensa.

Ambos os índices de referência do minério foram sustentados mais cedo por um dólarnorte-americano mais suave e pela esperança de demanda sustentada de curto prazo.

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"O mercado não tem confiança no controle do aço bruto este ano, mas tem fortes expectativas de melhora da economia na segunda metade do ano, o que explica em parte por que o minério de ferro pode ser tão resistente", disseram os analistas da Jinrui em uma nota.

Máquinas e Equipamentos

Terra - SP   20/06/2024

Segundo estudo divulgado pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o setor de máquinas e equipamentos registrou uma queda na receita líquida de vendas em março de 2024, em comparação ao mês anterior. Ajustando para os fatores sazonais, a retração ocorreu tanto no mercado interno quanto no externo, marcando uma diminuição de 21,3% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo apontamento do relatório.

Conforme informado na publicação, os segmentos de máquinas agrícolas, para a indústria de transformação e para infraestrutura e indústria de base foram os mais impactados. No mercado doméstico, houve uma queda acumulada de 21,9%, embora a receita de vendas de componentes para bens de capital tenha se mantido estável e tenha havido um crescimento nas vendas de máquinas para logística e construção civil.

O relatório aponta dados indicando que fatores como as eleições municipais, obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e novas políticas públicas podem direcionar o país para um novo ciclo de investimentos. O estudo aponta que esse otimismo é fundamentado nas expectativas de um ambiente macroeconômico mais favorável, capaz de sustentar um aumento nos investimentos no setor de máquinas e equipamentos.

No comércio exterior, março de 2024 encerrou com exportações totais de US$ 1.018,36 milhões, um aumento de 24,6% em relação a fevereiro. Apesar dessa recuperação mensal, o setor acumulou uma queda nas exportações no primeiro trimestre do ano em comparação com 2023. O relatório ainda informa que, em termos de quantidade física, as exportações cresceram 24,7% em março, mas caíram 13,1% no trimestre, refletindo a valorização do real e uma base de comparação alta do ano anterior.

O estudo informou ainda que o desempenho das exportações variou entre os segmentos monitorados, com crescimento em quase todos, exceto para máquinas de infraestrutura e indústria de base. O relatório mostrou que houve uma queda observada nas exportações de máquinas para agricultura e para logística e construção civil, que juntas representam mais de 40% do total exportado pelo setor. A diminuição das exportações para a América do Sul, especialmente Argentina e Chile, também contribuiu para o resultado negativo.

Por outro lado, é possível observar no relatório que as importações de máquinas e equipamentos aumentaram em março, tanto em relação ao mês anterior (13,9%) quanto ao mesmo mês de 2023 (0,1%), totalizando US$ 2,4 bilhões. O documento informa ainda que em termos físicos, as importações cresceram 16,9% em comparação com fevereiro. No primeiro trimestre, as importações somaram US$ 6,9 bilhões, um aumento de 6,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para máquinas destinadas à fabricação de bens de consumo não duráveis e semiduráveis.

José Antônio Valente, diretor da empresa locadora de equipamentos Trans Obra, afirmou que o aumento de 13,9% nas importações de máquinas e equipamentos em março de 2024, comparado ao mês anterior, e de 6,1% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, destaca a dinâmica do mercado interno. "Para o setor de locação de equipamentos, isso pode significar uma maior disponibilidade de máquinas modernas e tecnologicamente avançadas para aluguel, permitindo que as empresas atendam a projetos complexos e de grande escala com eficiência".

Ainda de acordo com o relatório, a China, os EUA, a Alemanha e a Itália lideraram as importações para o Brasil, com a China sendo a principal origem. A China respondeu por 29,8% das máquinas importadas no primeiro trimestre, principalmente componentes para reposição ou fabricação de outras máquinas, e máquinas para logística e construção civil.

Em março de 2024, a publicação afirmou que o consumo aparente nacional de máquinas e equipamentos caiu 20,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior, resultando em uma contração de 14,5% nos investimentos nacionais no primeiro trimestre. A desaceleração na agricultura e o baixo nível de utilização da capacidade instalada nos setores de bens de consumo duráveis e de bens de capital foram fatores determinantes para essa retração. Enquanto o consumo de máquinas agrícolas caiu 35%, o setor de transformação registrou uma queda de 6%.

Perguntado sobre o assunto, José Antônio afirmou que enquanto o setor de máquinas e equipamentos enfrenta desafios, o mercado de locação de equipamentos para construção civil tem a oportunidade de se destacar como uma solução viável e econômica, como tem sido na nossa unidade da empresa de locação de equipamentos em Barra Velha, Santa Catarina. "Com a perspectiva de novos investimentos e um ambiente macroeconômico favorável, o futuro do setor de locação parece promissor, oferecendo flexibilidade e inovação para superar os desafios atuais".

AUTOMOTIVO

Automotive Business - SP   20/06/2024

Os funcionários da fábrica da Renaultem São José dos Pinhais (PR) aprovaram o acordo negociado entre a montadora e o sindicato local dos metalúrgicos a respeito do pagamento de PLR, a participação nos lucros, e reajuste salarial.

Com o acordo, encerra-se, portanto, um longo período marcado por greve e entraves judiciais entre as partes. Foram quase 30 dias de paralisação das linhas de montagem, uma medida que produziu reflexos nos números do setor em maio.

Em assembleia realizada pelos trabalhadores na terça-feira, 18, ficou estabelecido que a montadora pagará, em duas parcelas, um total de R$ 25 mil de PLR. O reajuste salarial será feito com base na inflação mais 0,5%.

Além do acordo financeiro, também serão contratados mais 70 trabalhadores para atender a demanda da linha de produção, que está com ritmo intenso de trabalho. Também será implantado um cronograma para revisão da ergonomia nos postos de trabalho da fábrica.

A fábrica da Renault tem cerca de 5 mil trabalhadores, os quais operam em jornada de dois turnos. Ali são produzidos os modelos Oroch, Master, Duster, Kardian e Kwid.

Já a fábrica da Horse, que produz os motores da Renault, reúne cerca de 600 trabalhadores. A produção está em 900 unidades/dia.

Automotive Business - SP   20/06/2024

A Nissan começou a arrumar a casa para iniciar a produção em sua fábrica de Resende (RJ) dos dois novos SUVs que prometeu para o mercado brasileiro – sendo um deles a nova geração do Kicks. A empresa interrompeu as atividades da unidade por um mês para começar o processo de modernização da planta que recebe parte do investimento de R$ 2,8 bilhões que a companhia fará no país até 2025.

“Vamos elevar a fábrica para outro patamar”, garantiu Gonzalo Ibarzábal, presidente da companhia para o Brasil. O executivo participou de evento com a imprensa automotiva feminina na terça-feira, 18.

Ibarzábal não esclareceu, no entanto, como se dará essa evolução. Atualmente a unidade tem capacidade para produzir 120 mil carros em dois turnos, e o dirigente evita detalhar se esse potencial vai crescer ou se a mudança ficará condicionada a uma atualização da fábrica.
Nissan quer exportar mais e ampliar vendas em 15%

Ainda que a produção nacional tenha sido interrompida por um mês, Ibarzábal afirma que a expectativa é de crescimento no mercado brasileiro este ano. O plano é elevar os volumes licenciados em 15% – passando de 83 mil carros e chegando a 3,9% de market share.

Caso se concretize, a expansão será bastante superior à prevista para o mercado como um todo, que deve avançar apenas 7% em 2024, de acordo com projeção da Anfavea.

Mesmo enquanto os dois novos SUVs não chegam, a Nissan vai apoiar essa expansão em estratégias para facilitar a decisão dos clientes de fazer a escolha por um modelo da marca. Entre elas está a simplificação das vendas para pessoas com deficiência por meio de estrutura nas lojas para aprovar a documentação com mais agilidade.

Outra frente são as negociações com empresas, que respondem por 50% dos emplacamentos da montadora, aponta Ibarzábal.
Chinesas não assustam a Nissan, que titubeia sobre híbridos

Enquanto todas as marcas reforçam a promessa de que farão no Brasil veículos híbridos, a Nissan titubeia. Ainda que a marca tenha apontado no passado que sua tecnologia e-power seria oferecida por aqui, Ibarzábal desconversa sobre o tema. “Está tudo em estudo, sem definição”, diz.

Segundo o executivo, a companhia quer dar o passo mais consistente rumo à eletrificação de forma segura. “Queremos dar o passo certo. Ter tecnologia e produtos corretos, rede preparada e tecnologia de ponta”, diz.

Até lá, Ibarzábal garante que a crescente rivalidade com montadoras chinesas, focadas em carros elétricos e híbridos, não assusta. “Conhecemos bem essas marcas porque concorremos com elas em todo o mundo. Estamos bem preparados”, diz.

O Estado de S.Paulo - SP   20/06/2024

Cidades como São Paulo e outras capitais brasileiras poderão dispor, futuramente, de ônibus elétricos com baterias de carregamento ultrarrápido (até 10 minutos), permitindo seguidas viagens de ida e volta aos pontos de partidas. Três companhias de atuação internacional envolvidas em projetos de eletromobilidade - a brasileira CBMM, maior produtora mundial de nióbio, a alemã Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) e a japonesa Toshiba - apresentam ao mercado nesta quarta-feira (19) o protótipo de um ônibus elétrico com a bateria à base de lítio mais óxidos de nióbio e de titânio.

A tecnologia da liga de nióbio e titânio, que leva a sigla NTO, é obtida em uma unidade industrial da CBMM recentemente construída em Araxá (MG), com investimentos de US$ 80 milhões, ao lado de sua mina de nióbio e das unidades de metalurgia. A tecnologia da bateria elétrica vem do Japão e tem a marca da Toshiba. O desenvolvimento e montagem do ônibus ocorreu na fábrica da VWCO em Resende, interior do Estado do Rio de Janeiro, em um centro de Pesquisa & Desenvolvimento que conta com 600 engenheiros.

CBMM e a Toshiba têm uma parceria tecnológica para baterias de carros elétricos, envolvendo nióbio, desde 2018. As conversas com a VWCO começaram em 2021 para desenvolver o ônibus-protótipo. Durante dois anos o projeto amadureceu e milhares de testes foram realizados no centro de desenvolvimento da montadora. A partir de agora começam testes reais com transporte de funcionários da CBMM entre suas instalações e a mina. Se tudo correr dentro do previsto, em um ou dois anos, o ônibus já passa a ter fabricação comercial.

Nesse período, diz Ricardo Lima, presidente da CBMM, tudo será monitorado virtualmente - em tempo real - por técnicos da Toshiba a partir do Japão. A grande vantagem da bateria, com a tecnologia NTO na fabricação do anodo, é o carregamento rápido, de dez minutos, e sem riscos de aquecimento, informa o executivo.

“Em dez minutos, o ônibus já estará pronto para rodar de novo, assim podendo operar até 24 horas por dia”. A autonomia, um item crucial em baterias para veículos elétricos, é de 60 km a 120 km, permitindo traçar rotas de transporte contínuo de passageiros nos grandes centros urbanos, como São Paulo e Rio de Janeiro.

Roberto Cortes, presidente e CEO da VWCO, também destaca esse diferencial do novo ônibus elétrico da companhia em relação a outros também elétricos que a empresa já produz há vários anos. Ele cita ainda a maior durabilidade da bateria. “Esse projeto é estratégico para começarmos a desenvolver as próximas gerações de eletromobilidade”, diz o executivo, destacando que a empresa é pioneira ao adotar a tecnologia dos elétricos. “Há sete anos surpreendemos o mercado com o primeiro protótipo de caminhão elétrico feito na América Latina”.

Rogério Marques Ribas, Head do programa de baterias da CBMM, informa que a bateria à base de íons de lítio com nióbio que vai equipar e fazer mover o ônibus é inédita na indústria automotiva mundial. Além da carga rápida, a vida útil da bateria pode ser até três vezes superior à de baterias convencionais. A liga NTO, que comporá o anodo da bateria, contém 76% de óxido de nióbio e substitui outro mineral crítico: o grafite. A recarga é feita num pantógrafo de 300 quilowatts (kW) no início e no ponto final da rota.

O protótipo do ônibus, configurado sobre um chassi que pesa 18 toneladas, é equipado com quatro packs de baterias de lítio com anodo contendo nióbio, informam as empresas. Cada pack tem capacidade útil de até 30 kWhora. Nas baterias elétricas existentes, que levam até 3 horas para serem recarregadas, são 12 packs, de acordo com a VWCO.

Segundo Ribas, da CBMM, o anodo à base de NTO permite operar o ônibus em temperaturas mais amenas, elevando vida útil e segurança da bateria. Ele aponta também menor consumo de energia em razão de demanda menor para arrefecimento do sistema. A bateria é instalada onde seria o tanque de combustível do ônibus.
Diversificação dos negócios a partir de nióbio

A CBMM, empresa controlada pela família Moreira Salles desde sua fundação em 1955, afirma seu CEO, busca crescimento sustentável do mercado de nióbio com novas aplicações e tecnologias para diversas indústrias, indo além das inovações em seu principal mercado, o da siderurgia. “Esperamos um crescimento acelerado no setor de baterias de agora em diante, o que vai sustentar nosso plano de diversificação”, afirma Lima.

O executivo está na companhia desde 2018, quando passou a comandar a divisão de Tecnologia e Novos Negócios. Em julho de 2022, assumiu a presidência da CBMM, que é a maior fornecedora mundial de produtos de nióbio. O carro-chefe é a liga ferro-nióbio, que na siderurgia tem a função de temperar o aço já refinado, dando maior resistência ao material em diversas aplicações críticas, como dutos de óleo e gás.

Segundo o CEO, a mineradora investe cifra elevada por ano em pesquisa e desenvolvimento. Em 2023, foram alocados R$ 230 milhões, sendo quase um terço do valor - R$ 80 milhões - para o programa de baterias da empresa. Esse programa, hoje, já conta com 28 pessoas altamente especializadas. “Inclusive as pessoas do nosso departamento de vendas têm grande conhecimento das tecnologias”, afirma Lima. Em 2018, era apenas uma pessoa nessa divisão.

A CBMM tem a meta de em 2030 ter de 25% a 30% de sua receita proveniente dessa nova área, que já será superavitária em 2025, com as vendas que já faz para outros segmentos de eletromobilidade urbana na fabricação de catodos de baterias elétricas. Por exemplo, bicicletas elétricas, triciclos e scooters. No ano passado, foram 650 toneladas e para este estão previstas 1,2 mil toneladas. “Vamos mais que dobrar o volume em 2025, para 2,5 mil toneladas”, informa Lima. A tecnologia tem lítio como base mais manganês e óxidos (LMO), que leva quase 90% de nióbio na composição dos óxidos.

A matéria-prima dos óxidos de nióbio é a liga ferro-nióbio, que teve vendas de 92 mil toneladas no ano passado. Desse volume, 96% foi exportado para diversos mercados, tendo a Ásia (China e Índia, principalmente) como principal importador. A CBMM alcançou receita líquida de US$ 2,5 bilhões (o correspondente da R$ 11,4 bilhões). O resultado operacional (Ebitda) foi de R$ 7,9 bilhões. A empresa fechou o ano com lucro líquido de R$ 4,9 bilhões, pagando uma significativa quantia para o governo de Minas Gerais na forma de royalty por extrair parte do mineral em reservas de nióbio contíguas da Codemig.

“O grande segredo da CBMM é crescer com tecnologia. Alcançamos, em dez anos, uma tecnologia inovadora (a de baterias para carros e veículos elétricos)”, afirma Lima. Ele diz que a empresa investe para estar sempre à frente da demanda do mercado. O último plano de expansão elevou a capacidade de produção de ferro-nióbio a 150 mil toneladas por ano, cerca de 35% sobre o volume de produção atual. A empresa atua em mais de 50 países, com subsidiárias nos EUA, Europa e Ásia e parcerias com universidades e instituições de pesquisa em diversos países.

Segundo Lima, daqui um ano, os acionistas, conselho e alto comando da companhia terão de decidir o próximo passo de investimento em nova planta de óxidos de nióbio em Araxá. Possivelmente, será uma unidade com capacidade de fazer 20 mil toneladas, em dois módulos de 10 mil cada uma. “Será um investimento robusto, que estamos dimensionado. Na planta piloto, de 3 mil toneladas, foram aportados, no total, US$ 80 milhões (R$ 430 milhões ao câmbio atual)”, informou.
Pionerismo em baterias elétricas para caminhões e ônibus

A montadora de caminhões e ônibus Volkswagen, que faz parte do grupo multinacional Traton de veículos comerciais, incluindo as marcas MAN, Scania e Navistar, é pioneira na América Latina na fabricação de veículos elétricos, exportando para sete países da região, entre eles México, Argentina e Chile. “Temos um investimento de R$ 2 bilhões, de cinco anos, que vai até 2025, com foco na descarbonização. Em 2022 lançamos a linha Euro 6, que emite menos e nos colocou em igualdade com as emissões da Europa”, destaca Roberto Cortes, presidente e CEO da companhia.

Além do ônibus-protótipo com CBMM e Toshiba, Cortes informa que a montadora, dentro de seu programa da eletromobilidade, vai lançar no segundo semestre um novo ônibus elétrico, com bateria a base de lítio (mais ferro e fosfato). Será um veículo para 80 passageiros, com autonomia de 250 km. A bateria, no entanto, demandará três horas para carregamento.

O executivo destaca que serão duas tecnologias para ônibus elétricos, com diferentes características. A do novo ônibus, com bateria importada da China, que roda durante o dia e faz a recarga da bateria à noite. A outra, do protótipo lançado hoje, que pode ser utilizada durante 24 horas, na parceria com CBMM, produtora da liga NTO, e Toshiba, que fornecerá a bateria. Esse ônibus foi, incialmente, desenhado para transportar 38 passageiros.

“Estamos, com isso, nos preparando para a nova geração de baterias de veículos elétricos”, afirma Cortes. Ele diz que a VWCO também quer ser pioneira na aplicação dos carregadores de energia das baterias (os pantógrafos). “Está no DNA da Volkswagen ser pioneira”. Ele lembra que a empresa foi a primeira a lançar um protótipo com esse tipo de bateria no mundo. E destaca o caminhão E-delivery, que foi desenvolvido com e para a Ambev. “Somos líderes de mercado com esse veículo, com quase 60%, à frente de concorrentes chineses”.

O caminho é o mesmo no projeto com a CBMM e a Toshiba, diz o executivo da VWCO. O objetivo é atender o cliente com um produto sob medida. Os grandes clientes para esse E-bus seriam, a princípio, os governos municipais, que faria, por meio de licitações, delegação do transporte de passageiros as empresas credenciadas.

”Hoje, a grande vantagem do veículo a combustão é o preço, bem inferior com a alta escala de produção. O elétrico, por sua vez, é vantajoso no custo de manutenção e no consumo de energia elétrica, que chega a ser 50% inferior. Em três a quatro anos já pode se pagar”, destaca o executivo da VWCO. “A eletromobilidade, dentre todas as alternativas, se mostra a rota mais competitiva”, afirma.

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Online - SP   20/06/2024

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) acelerou a 1,05% na segunda prévia de junho após alta de 0,52% na mesma leitura de maio, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre as aberturas, houve aceleração de Materiais e Equipamentos (0,23% para 0,41%) e Mão de Obra (0,89% para 1,98%). Houve, por outro lado, arrefecimento de Serviços (0,56% para 0,45%).

Influências

As maiores pressões para cima sobre o INCC-M na segunda prévia de junho partiram de pedreiro (1,30% para 1,49%), armador ou ferreiro (0,57% para 2,60%), carpinteiro (0,95% para 2,18%), encarregado (0,46% para 2,49%) e engenheiro (0,46% para 2,00%).

Em contrapartida, as principais pressões para baixo vieram dos itens vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,52% para -0,87%), tela de proteção para fachada (0,29% para -0,62%), formas de madeira (-0,14% para -0,60%), material para paisagismo (0,44% para -0,78%) e eletrodutos de PVC (0,65% para -0,38%).

Infomoney - SP   20/06/2024

O índice de confiança das construtoras nos Estados Unidos caiu de 45 em maio para 43 em junho, na mínima desde dezembro de 2023, informou nesta quarta-feira (19) a Associação Nacional de Construtoras (NAHB, na sigla em inglês). Analistas ouvidos pela FactSet previam estabilidade no indicador.

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A pesquisa de junho também revelou que 29% das construtoras reduziram os preços das casas para impulsionar as vendas em junho, a maior participação desde janeiro de 2024 (31%) e bem acima da taxa de maio, de 25%.

No entanto, a redução média de preços em junho se manteve estável em 6% pelo 12º mês consecutivo.

Enquanto isso, o uso de incentivos de vendas subiu para 61% em junho, de uma leitura de 59% em maio. Essa métrica está em sua maior participação desde janeiro de 2024 (62%).

FERROVIÁRIO

CNN Brasil - SP   20/06/2024

O secretário-executivo do Ministério dos Transportes, George Santoro, afirmou que a pasta deve anunciar um pacote de investimento em ferrovias e rodovias de R$ 400 bilhões.

A declaração foi durante o evento de celebração dos 70 anos da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que aconteceu em Brasília nesta quarta-feira (19).

“Em breve o ministério estará lançando um pacote de projetos de concessões ferroviárias para carga de passageiros”, adiantou o secretário.

“É um pacote bastante robusto, somado às ferrovias, rodovias, mais o que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) está aplicando, vai ter a contratação de investimentos superiores a R$ 400 bilhões nos próximos anos”, afirmou.

Em entrevista à CNN, Santoro havia classificado os projetos como “ambiciosos”. A expectativa é que o ministro do Transportes, Renan Filho, apresente no início de julho, em solenidade na sede da B3, em São Paulo, a carteira de projetos em ferrovias.

A pasta pretende repetir estratégia utilizada para concessões de rodovias e divulgar uma estimativa de cronograma de leilões ao mercado.

Sobre as concessões de rodovias, Santoro mencionou os leilões da BR-381 e da BR-040, do trecho que liga Belo Horizonte (MG) a Cristalina (GO).

No mês passado, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou o edital da concessão da BR-040 com previsão de leilão para 26 de setembro.

Estão previstos R$ 12 bilhões de investimentos ao longo dos 30 anos de concessão para o trecho de 594,8 Km.

A agência também aprovou a concessão de 303,4 km da BR-381/MG entre Belo Horizonte e Governador Valadares. Com mais de R$ 9 bilhões de investimentos, o projeto está previsto para ser leiloado em 29 de agosto.

NAVAL

Portos e Navios - SP   20/06/2024

A PortosRio, a Autoridade Portuária de Santos e a Companhia Docas do Estado da Bahia (Codeba) assinaram, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), um Termo de Cooperação Técnica com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI).

Em maio, a PortosRio havia celebrado pioneiramente um termo de intenções cooperação técnica com o PTI.

O acordo visa a modernização dos portos públicos por meio do desenvolvimento de soluções tecnológicas. A parceria tem como objetivo promover mais eficiência e segurança das atividades portuárias, impulsionando a competitividade dos portos brasileiros no mercado global. A implementação de projetos de pesquisa, desenvolvimento, infraestrutura e descarbonização são pontos-chave deste acordo, que simboliza o comprometimento de todas as entidades envolvidas com o progresso e a sustentabilidade do setor portuário.

Para o diretor-presidente da PortosRio, Francisco Martins, a assinatura deste Termo de Cooperação Técnica representa um marco significativo para os portos públicos do estado do Rio de Janeiro: "Estamos diante de um momento histórico porque a modernização portuária é fundamental para garantir um futuro mais seguro, eficiente e sustentável para os nossos portos. Esta parceria com o PTI nos permitirá implementar soluções tecnológicas de ponta, promovendo um salto de qualidade em nossa infraestrutura e consolidando nossa posição no cenário internacional”, disse Martins.

A Ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, destacou a importância estratégica desta cooperação para o Brasil, dada sua intensa relação comercial global: "Precisamos de competitividade, e quem pode contribuir é a ciência, a tecnologia e a inovação. Essa inteligência prestará um serviço inestimável, melhorando esta atividade econômica e firmando nosso caminho de desenvolvimento", disse. O Ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, ressaltou a relevância dos termos de cooperação para o setor portuário brasileiro: "O setor gera emprego, renda e movimenta a economia. É fundamental levar tecnologia e inovação para nossos portos, fortalecendo ainda mais este segmento crucial", disse por sua vez Costa Filho.

IstoÉ Dinheiro - SP   20/06/2024

A movimentação de cargas no Porto de Santos (SP) alcançou 15,8 milhões de toneladas, a melhor marca para o mês, e 4,9% acima do apurado em maio de 2023 (15,1 milhões de toneladas). Esse desempenho elevou em 11,5% o movimento acumulado do ano, totalizando 72,8 milhões de t, também recorde para o período de janeiro a maio.

Os dados são da Autoridade Portuária de Santos (APS), que é uma empresa pública vinculada ao Ministério dos Portos e Aeroportos.

Segundo a APS, mais uma vez as cargas do agronegócio lideram o crescimento, destacando-se o açúcar, com 2,2 milhões de toneladas no mês (+18,7%) e 9,5 milhões de toneladas nos 5 primeiros meses do ano (+65,6%). Sobressaíram-se, também, os embarques de café em grãos, com 204,7 mil toneladas (+89,1%) no mês e 1,0 milhão de toneladas (+65,3%) no acumulado do ano; carnes, com 225,0 mil toneladas (+32,2%) no mês e 994,9 mil toneladas (+28,0%); celulose, com 631,7 mil toneladas (+14,3%) no mês e 3,2 milhões de toneladas no acumulado (+2,7%) e as descargas de fertilizantes, com 662,9 mil toneladas (+40,4%) no mês e 2,8 milhões de toneladas (-6,1%).

O presidente da APS, Anderson Pomini, disse na nota que “a infraestrutura para atendimento às safras agrícolas está em expansão no complexo portuário de Santos e é um dos fortes indutores desse desempenho”.

A movimentação de cargas conteinerizadas também apresentou um ótimo desempenho, somando 443,6 mil TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), ficando 10,1% acima do mesmo mês do ano passado (403,0 mil TEU). O acumulado do ano se mantém 17,0% acima do mesmo período anterior, totalizando 2,2 milhões de TEU. Os dois resultados se caracterizam como as melhores marcas registradas no mês de maio e no acumulado do ano.

No geral, os embarques atingiram no mês, 12,0 milhões de toneladas, um crescimento de 4,1% e no acumulado do ano, 54,3 milhões de toneladas, 13% acima do mesmo período de 2023. Já as descargas somaram 3,9 milhões de toneladas, ficando 7,5% acima do apurado em maio do ano anterior e o acumulado do ano chegou a 18,5 milhões de toneladas, também apresentando alta de 7,3%.

Os granéis sólidos somaram nos 5 primeiros meses do ano 37,0 milhões de toneladas, um aumento de 4,9% sobre igual período em 2023, melhor marca acumulada no período.

Os granéis líquidos totalizaram no período 8,0 milhões de toneladas, crescimento de 8,2% e também a melhor marca para o período. Destacaram-se nesse segmento a gasolina, com 166,7 mil toneladas (+293,9%) no mês e 489,7 mil toneladas (+79,7%) no acumulado do ano; e óleo diesel e gasóleo, com 211,1 mil toneladas (+102,9%) no mês e 790,9 mil toneladas (+23,7%) no acumulado do ano.

Em maio, ocorreram 472 atracações de navios (+0,2%) e nos 5 primeiros meses do ano 2.305 (+5,1%).

A participação acumulada do Porto de Santos na corrente comercial brasileira apresentou crescimento, atingindo 29,0%. Cerca de 29,0% das transações comerciais nacionais com o exterior tiveram a China como país parceiro. São Paulo, com 52,7%, permanece como o Estado com maior participação nas transações comerciais com o exterior, por Santos.

Portos e Navios - SP   20/06/2024

O complexo portuário do Rio Itajaí-Açu movimentou em maio 1.128.865 toneladas, das quais 584.710 toneladas foram destinadas à exportação e 544.155 toneladas, à importação. No acumulado do ano, de janeiro a maio, o complexo portuário movimentou um total de 5.481.637 toneladas.

Foram movimentados 509.203 TEUs nos cinco primeiros meses do ano e 100.072 TEUs em maio.

Foram realizadas 67 atracações: 39 na Portonave, oito no Porto de Itajaí, quatro no Teporti, 12 no Barra do Rio, duas no Braskarne e duas no Poly Terminais.

A Portonave (Porto de Navegantes) movimentou em maio 1.059.115 toneladas e 100.064 TEUs. De janeiro a maio, o porto movimentou 5.268.240 toneladas e 509.103 TEUs. No Porto de Itajaí, a movimentação total de cargas alcançou 27.961 toneladas em maio, acumulando 102.654 toneladas no ano.

Em maio, o Porto de Itajaí recebeu a Draga "Ultrech" para dar continuidade aos trabalhos de dragagem de manutenção. O porto também recebeu o navio roll-on/roll-off "Eurasian Highway", vindo do Panamá, que desembarcou 776 veículos da montadora alemã BMW.

PETROLÍFERO

CNN Brasil - SP   20/06/2024

A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou nesta quarta-feira (19) que os recursos do petróleo irão custear o processo de transição energética. Em sessão de posse no Rio de Janeiro, a executiva ainda classificou como “fundamental” o desenvolvimento da margem equatorial.

“Não existe transição energética sem falar em quem vai pagar essa conta. E é o petróleo que vai pagar essa conta”, disse.

Sobre o processo de transição energética, uma das principais pautas globais na atualidade, a presidente da Petrobras destacou que a segurança energética do Brasil passa “obrigatoriamente” pela reposição das matrizes.

Neste ponto, Magda destacou a importância da exploração da margem equatorial, área a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas e que atualmente enfrenta resistência do Ibama.

“É fundamental desenvolver as margens exploratórias”, citou.

A posse de Magda à frente da maior estatal do Brasil ocorre quase um mês após a aprovação de seu nome pelo conselho de administração da empresa, em 24 de maio.

A executiva foi indicada ao cargo após a demissão do ex-CEO, Jean Paul Prates, que aconteceu no último dia 14. O petista estava à frente da estatal desde janeiro de 2023, no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

No evento de posse, que ainda conta com a presença de Lula, sua esposa Janja e diversos ministros de Estado, Magda disse que recebeu a encomenda do chefe do Executivo de “movimentar a Petrobras, porque ela impulsiona o PIB do Brasil”, e destacou que a empresa “está totalmente alinhada com a visão do governo”.

Magda ainda reiterou seu compromisso com os planos atuais da companhia, mas com celeridade.

“O que nós vamos fazer está registrado no nosso planejamento estratégico”, afirmou, em auditório do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), destacando que o documento prevê forte potencial para gerar empregos.

“Vamos tornar realidade o que foi planejado, com celeridade”, frisou, destacando também compromisso com rentabilidade e eficiência.

No início de seu discurso, Chambriard agradeceu a confiança dada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira: “meu ministro de contato, obrigado”.

Valor - SP   20/06/2024

Embarcação partiu da China em maio, e o início das operações do módulo está programado para o quarto trimestre

A Petrobras informou, nesta quarta-feira (19), que o navio-plataforma (FPSO) Maria Quitéria está em navegação rumo ao Brasil, e que a sua chegada à locação deve acontecer no terceiro trimestre. A embarcação partiu da China em maio.

O início das operações do FPSO Maria Quitéria está programado para o quarto trimestre, antes da projeção inicial, que estava prevista para 2025.

O FPSO vai operar no campo de Jubarte, localizado no pré-sal da Bacia de Campos, litoral do Espírito Santo. A unidade tem capacidade de produzir 100 mil barris de óleo e de processar 5 milhões de metros cúbicos de gás.

Investing - SP   20/06/2024

As últimas revisões feitas pelas principais agências de energia indicam um possível aperto nas condições de oferta do mercado petrolífero no segundo semestre de 2024, de acordo com um relatório do UBS.

As revisões apresentam perspectivas variadas: a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê uma demanda mais fraca, enquanto a Administração de Informações Energéticas dos EUA (EIA) indica um aumento na demanda, e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve suas estimativas estáveis.

De acordo com analistas do banco, o prolongamento dos cortes voluntários da Opep+ pode manter o mercado tenso pelo restante do ano, caso a produção da organização aumente apenas marginalmente.

As agências ajustaram suas previsões de crescimento da demanda neste mês: a AIE reduziu suas estimativas, a EIA as elevou, e a Opep as manteve. A AIE justificou a revisão para baixo pelos impactos mais fracos em países da OCDE, enquanto a EIA, embora também note uma demanda fraca da OCDE, aumentou suas previsões devido ao aumento na demanda por combustível de bunker após interrupções no Mar Vermelho.

"Reduzimos ligeiramente as previsões de crescimento da demanda para 1,1 milhões de barris por dia (Mb/d) em 2024 e 1,0 Mb/d em 2025", informou o UBS. Em relação à oferta, as previsões de produção não-Opep+ permaneceram praticamente inalteradas, com exceção de um leve aumento para 2024 da EIA, impulsionado por uma produção maior que a esperada nos EUA no primeiro semestre.

Apesar do plano da Opep+ de eliminar gradualmente seus cortes voluntários, possivelmente já em outubro de 2024, o UBS prevê que o retorno dos barris da Opep+ ao mercado ocorrerá apenas no segundo trimestre de 2025, quando as condições de mercado devem permitir um aumento gradual.

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No curto prazo, o UBS espera que o Brentse recupere para a faixa de US$ 80,00 ou mais, impulsionado pelos cortes prolongados da Opep+ e pela recuperação sazonal da demanda. Espera-se que o Brent alcance US$ 80 por barril no próximo ano, à medida que a Opep+ comece a retomar a produção gradualmente.

"Antecipamos um impacto negativo sobre a demanda de petróleo devido ao crescimento mais lento do PIB e aos preços mais altos, mas ainda esperamos um crescimento da demanda até o final da década de 2020", declarou o UBS.

Entretanto, o aumento na eficiência e o impacto crescente dos veículos elétricos deverão reduzir significativamente o crescimento da demanda, estimado em cerca de 0,5 Mb/d em 3 a 4 anos, com um pico de consumo de petróleo previsto para 2029. Apesar dessa desaceleração, espera-se que a capacidade ociosa global se mantenha estável, segundo padrões históricos, enquanto o crescimento da oferta também diminui.

No curto prazo, os principais riscos de alta provêm de uma oferta mais restrita. "Em nossa visão, a extensão dos cortes da Opep+ e, possivelmente, uma redução maior na produção russa, combinada com uma demanda robusta, poderiam elevar o Brent acima de US$ 90/bbl no curto prazo. Um aumento nas tensões no Oriente Médio e interrupções no fornecimento poderiam aproximar o Brent de US$ 100/bbl", adicionou o UBS.

O cenário mais pessimista do banco considera um impacto ainda maior sobre a demanda de petróleo devido a uma desaceleração econômica global, estimada em 1,0 Mb/d em relação às suas previsões. "Combinado com um prêmio de risco geopolítico reduzido, isso poderia fazer com que os preços do Brent caíssem abaixo do nosso preço de longo prazo de US$ 75/bbl."

Globo Online - RJ   20/06/2024

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu nesta quarta-feira a exploração de petróleo na bacia da Foz do Amazonas e afirmou que esta é a posição “majoritária” entre os membros do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A Petrobras aguarda a concessão do licenciamento ambiental do Ibama para iniciar as operações na chamada Margem Equatorial.

A declaração de Silveira foi dada na Comissão de Minas e Energia na Câmara dos Deputados.

— Nós temos que avançar e ter o diagnóstico e soberanamente decidirmos sobre a exploração ou não, com o avanço da transição energética, dessas potencialidades. Essa é a minha visão como ministro de Minas e Energia e posso afirmar que é a visão majoritária no governo do presidente Lula. — disse o ministro à deputados

Na avaliação do ministro, apesar do governo pregar uma transição para energias limpas, o Brasil ainda não pode abrir mão do faturamento obtido a partir do petróleo

— Quando eu faço a defesa por exemplo da Margem Equatorial é porque o mundo ainda não consegue precisar em quanto tempo a gente vai efetivamente abrir mão dos combustíveis fósseis e eles são uma fonte energética ainda fundamental para todos os países, especialmente os em desenvolvimento, no Brasil em especial para combater miséria, fome, investir em educação, saúde. Então é fundamental que a gente continue tendo o direito de conhecer as nossas potencialidades.

Em entrevista ao GLOBO, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou que a decisão sobre a exploração de petróleo na região pela Petrobras, será da equipe técnica, mesmo com pressões políticas, e ressaltou que o licenciamento ambiental é obrigatório para este tipo de projeto.

— A opinião pública não sabe que existe um mundo além da Foz do Amazonas, eu tenho uma lista de coisas aqui que são tão relevantes para a produção de petróleo quanto essa. O brasileiro não vai ficar sem gasolina por causa disso — disse Agostinho.

O Ibama, assim como o Ministério do Meio Ambiente, chefiado por Marina Silva, estão em meio a pressões do Ministério de Minas e Energia, de Alexandre Silveira, de um lado e, do outro, da Petrobras. Magda Chambriard, fez uma forte defesa de ampliação da produção de petróleo, logo que assumiu a empresa e defendeu o aumento da atividade de exploração para ampliar reservas.

Em entrevista à rádio CBN nesta terça-feira, o presidente Lula voltou a defender a exploração da região, e disse que "em algum momento" irá se reunir com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e com os presidentes do Ibama e da Petrobras para tomar uma decisão sobre a questão.

Aliar interesse público ao privado

Na Câmara, o ministro de Minas e Energia também defendeu que a gestão da Petrobras alie os interesses econômicas da empresa aos políticos do governo, que segundo ele, não é intervencionista.

— Eu espero que, a minha expectativa, inclusive vou para lá agora a tarde, com muita expectativa de que a gente possa fazer esse equilíbrio entre o interesse do privado nós, o governo do presidente Lula não é intervencionista, não tem ninguém que não respeita a democracia que não entende que a gente não deve respeitar contrato, que devemos ter uma regulação forte, que devemos avançar na estabilidade jurídica e econômica.

A declaração aconteceu horas antes da posse da nova presidente da estatal, Magda Chambriard , que acontece nesta quarta-feira no Rio de Janeiro, com a presença do presidente Lula e ministros como Silveira (Minas e Energia), Haddad (Fazenda), e Rui Costa (Casa Civil), que participaram da queda de braço entre membros do governo pela decisão em torno do pagamento de dividendos extras aos acionistas da empresa.

A crise levou à troca no comando da Petrobras meses depois, quando o ex-presidente da estatal, Jean Paul Prates foi demitido para dar lugar à Magda Chambriard.

Infomoney - SP   20/06/2024

O contrato futuro do Brent recuou nesta quarta-feira, 19, após oscilar entre ganhos e perdas durante a sessão. O feriado nos Estados Unidos reduziu os negócios também nesse mercado, com sinais de estoques no país e conflitos com potenciais implicações para o setor no radar.

O Brent para agosto fechou em queda de 0,30% (US$ 0,26), a US$ 85,07 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O WTI para o mesmo mês caía 0,07%, a US$ 80,65 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).

Os contratos caíam na madrugada, diante de levantamento do American Petroleum Institute (API) que apontou para alta nos estoques dos EUA na última semana, o que contrariaria expectativas de queda. Com o feriado desta quarta, o dado oficial do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) sairá apenas nesta quinta-feira.

Mais adiante, a commodity ganhou algum fôlego, mas ainda oscilando perto da estabilidade.

A Hargreaves Lansdown afirma que era monitorada a tensão entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah e também entre Ucrânia e Rússia, neste caso após um ataque de um drone ucraniano contra a cidade portuária russa de Azov, com disparo contra um terminal de petróleo. O sinal, porém, foi novamente invertido, para baixa modesta.

De qualquer modo, na avaliação do TD Securities, o petróleo continua a se mostrar apoiado, com potenciais ganhos.

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Valor - SP   20/06/2024

Para o ministro, os combustíveis fósseis são, especialmente para os países em desenvolvimento, uma fonte energética fundamental

O ministro de Minas Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou nesta quarta-feira que mantém sua posição de defender a exploração de óleo e gás na Margem Equatorial, região com grande potencial de reservas que vai do litoral do Amapá até a costa do Rio Grande do Norte, porque não há uma definição de até quando o mundo continuará consumindo derivados de petróleo.

Segundo o ministro, existe um aspecto de mudança de comportamento, que ele compara ao que foi de consumo disseminado de cigarro no passado, que precisa ser superado em relação às fontes energéticas poluentes.

“Quando faço defesa da Margem Equatorial é porque o mundo ainda não consegue precisar em quanto tempo nós vamos efetivamente poder abrir mão dos combustíveis fósseis”, disse Silveira, que participa de audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

Em maio, completou um ano da recusa da emissão de licença ambiental, por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), para que a Petrobras realizasse estudos sobre a exploração na costa do Amapá. Integrantes do órgão ambiental têm alegado que existe risco de impacto na biodiversidade da foz do rio Amazonas.

Para o ministro, os combustíveis fósseis são, especialmente para os países em desenvolvimento, uma fonte energética fundamental. Ele defendeu que, no Brasil, a exploração de petróleo “é importante para combater a miséria e a fome, e investir em educação e saúde”. Por isso, disse, é preciso dar o “direito de conhecer nossas potencialidades”.

Aos deputados, o ministro reforçou que a Petrobras deve se manter “sempre atrativa” aos investidores nacionais e estrangeiros e ter uma governança “transparente e fortalecida”. Por outro lado, ele considera que a petroleira, por ter o governo como controlador, tem também que cumprir “função social”, citando o exemplo de ampliar a produção e oferta de gás natural em favor da competitividade da indústria nacional.

Distribuidoras

Durante a audiência, Silveira reiterou que os contratos de concessão das distribuidoras “se tornaram obsoletos”. Atualmente, o governo discute a renovação do contrato de 20 concessionárias desse serviço. Ele defende que as empresas precisam ser adequadas à nova realidade climática e de crescimento urbano das cidades.

Alexandre Silveira — Foto: Bloomberg

AGRÍCOLA

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   20/06/2024

Passado pouco mais de um mês das piores enchentes da história no Rio Grande do Sul, empresas de máquinas e implementos agrícolas gaúchas que paralisaram operações já voltaram à ativa. E, embora assustadas com a tragédia, esperam uma recuperação das vendas após promessa do governo federal de garantir recursos extras e mais baratos aos produtores do Estado.

“Os pequenos produtores foram os que mais perderam equipamentos, mas o governo prometeu agora dinheiro a juros baixos e prazo de pagamento longo. A depender do que for oferecido, pode impulsionar o segmento”, disse Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers).

No fim de maio, o governo anunciou R$ 600 milhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para apoiar as operações de crédito rural aos pequenos e aos médios agricultores gaúchos. Na ocasião, também anunciou uma linha para financiar a compra de máquinas, equipamentos e serviços, com taxa base para o tomador de 1% e mais um spread bancário, que depende da situação de cada empresa. Mas não foram dados mais detalhes.

Em 2023, as vendas do setor no Estado caíram 15%, enquanto no país, recuaram 13,2%, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para este ano, antes da tragédia climática, a expectativa da Anfavea e da Simers era de um recuo de 11%.

Além da queda dos preços dos grãos, colaboraram para o encolhimento das vendas de máquinas no ano passado os problemas climáticos provocados pelo fenômeno La Niña na região Sul na safra 2022/23 e também a expectativa de redução da taxa básica de juros, que levou produtores a adiarem aquisições, disse presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

Pesquisa da Anfavea apontou que 60% da decisão de compra dos produtores é norteada por questões ligadas ao crédito, como taxa de juros e prazo.

“Os recursos extras para os gaúchos são um componente novo. As condições do Plano Safra também ajudarão ou não o setor”, disse Bier. Apesar da esperança, ele afirmou que é cedo para fazer qualquer estimativa de crescimento.

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