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20 de Março de 2024

SIDERURGIA

Valor - SP   20/03/2024

Executivo substituirá Stefen Buys, que ocupava o cargo de diretor executivo do segmento desde outubro de 2021

A ArcelorMittal anunciou nesta terça-feira (19) que o brasileiro Kleber Silva foi nomeado diretor executivo de mineração e vice-presidente executivo da companhia. Ele assumirá as posições em 8 de abril.

Silva substituirá Stefen Buys, que ocupava o cargo de diretor executivo do segmento desde outubro de 2021 e que, segundo a fabricante de aço e minério, “deixará a empresa para buscar outras oportunidades”.

Kleber Silva retorna à companhia após deixar o grupo em 2017, quando assumiu na Eramet o cargo de vice-presidente executivo e diretor de operações de mineração e metais. Nestas funções, era responsável pelas atividades globais de mineração e metalurgia para manganês, níquel, zircônio, titânio, areias minerais, ligas de manganês e lítio.

Silva destaca como objetivos o crescimento da mineração da empresa com a implementação de tendências da indústria, como segurança, ESG, descarbonização e digitalização.

Portal Fator Brasil - RJ   20/03/2024

Maior empresa brasileira produtora de aço é a principal patrocinadora de um dos maiores eventos de empreendedorismo e inovação do mundo, que ocorre entre os dias 20 e 22 de março (terça a sexta-feira), em Porto Alegre (RS).

A Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, estará presente no South Summit 2024, um dos principais pontos de encontro globais de empresas, empreendedores e startups, que acontece entre os dias 20 e 22 de março no Cais Mauá, em Porto Alegre (RS). A Companhia, que é a principal patrocinadora do evento pelo terceiro ano consecutivo, levará seu mindset inovador e digital para os visitantes, proporcionando discussões sobre transformação digital, inovação aberta, sustentabilidade, pessoas no centro das decisões e o futuro da indústria do aço.

Para Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, a presença da Empresa no South Summit Brasil 2024 reflete a crescente importância do Rio Grande do Sul como polo de inovação e é uma oportunidade de aproximação entre os agentes desse ecossistema local. —Somos, por mais um ano, parceiros de um dos principais eventos de inovação do mundo, fortalecendo a jornada de transformação cultural e digital da Gerdau. Aos 123 anos de uma história iniciada em terras gaúchas, reafirmamos o nosso compromisso com o desenvolvimento socioeconômico do estado, com o engajamento das cadeias de valor em que estamos presentes e com a construção de um futuro ainda mais tecnológico, digital e inovador, compartilhando valor com todos os nossos stakeholders— afirma Werneck.

Werneck falará no dia 20 de março (quarta-feira), às 11h35, sobre “Gestão da Mudança e Pessoas como Centro da Transformação e Inovação Empresarial”. Além do CEO, outros executivos da Gerdau participarão de painéis ao longo do evento para falar sobre transformação digital, estratégia de comunicação, inovação aberta, novos negócios, entre outros temas. Durante o encontro, serão inúmeros palcos simultâneos e mais de 600 palestrantes reunidos em um ambiente voltado para gerar novos negócios, networking e novas tecnologias.

Além disso, destaca-se o estande da Companhia no South Summit Brasil 2024. Totalmente reciclável, seguindo as diretrizes de sustentabilidade do evento, o espaço terá uma ativação especial com uma máquina de reciclagem semelhante àquelas famosas de “pegar brinquedos”, mas com materiais alusivos à sucata metálica. Essa será uma experiência imersiva, já que a captura pela grua se remete ao processo oficial da separação de sucata semelhante ao que ocorre em uma unidade da Gerdau, que tem 71% de sua produção de aço feita a partir desse material. Ao agarrar um ícone, o visitante ganha um brinde único e sustentável.

O South Summit Brasil é uma plataforma global que conecta empresas, startups e fundos de investimentos com foco em inovação e empreendedorismo para gerar novas oportunidades de negócios. O objetivo da plataforma é acelerar a inovação e o empreendedorismo, dando ampla visibilidade às soluções brasileiras e permitindo a colaboração entre projetos do Brasil e da Europa.

A expectativa é que o público presente nos três dias de evento seja de 24 mil pessoas, 2 mil a mais do que em 2023. Também são aguardadas as presenças de 1.000 investidores e 140 fundos de investimento entre CVCs (Corporate Venture Capital), VCs (Venture Capital), e PE (Private Equity). Estes dados são superiores aos registrados na edição de 2023.

South Summit Brasil, de 20 a 22 de março (terça a sexta-feira), no Cais Mauá – Av. Pres. João Goulart, 97 – Centro Histórico. Informações e ingressos: www.southsummit.io/pt/brazil Estande: 01 | Marketplace – Armazém A4.

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   20/03/2024

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,1% em janeiro de 2024 ante dezembro de 2023, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). No mês de janeiro de 2024 ante janeiro de 2023, o PIB avançou 4,1%.

“O crescimento de 0,1% do PIB em janeiro, na comparação com dezembro, deve-se ao desempenho positivo da agropecuária e do setor de serviços, pela ótica da produção, e do consumo das famílias e da exportação, pela ótica da demanda. Em contrapartida, a indústria e a formação bruta de capital fixo (investimentos) retraíram no mês. Esse padrão é bastante semelhante ao observado no ano passado, com crescimento sustentado pela agropecuária, serviços, consumo das famílias e exportações”, afirmou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV, em nota oficial.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

“Para 2024, há expectativa de melhora para os investimentos e a indústria, embora isto ainda não tenha sido observado no primeiro mês do ano. Isto se justifica pela expectativa da continuidade na redução da taxa de juros ao longo de 2024. Embora o ciclo de afrouxamento monetário tenha se iniciado em meados de 2023, há certa defasagem no alcance dos seus efeitos na atividade econômica, o que explica a persistência de resultados negativos em segmentos mais suscetíveis aos efeitos da política monetária no início do ano”, completou Trece.

No trimestre móvel terminado em janeiro, houve crescimento de 3,0% no PIB em relação ao mesmo período do ano anterior. Nessa comparação, sob a ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 3,6%, com resultados positivos em todos os componentes.

“No caso dos serviços, destacam-se a importação de serviços financeiros e do segmento relacionado a telecomunicações. O consumo de produtos não duráveis apresentou crescimentos mais disseminados, sendo o de maior destaque o relativo a produtos alimentícios”, apontou a FGV.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no PIB) teve uma retração de 0,6% no trimestre terminado em janeiro ante o mesmo período do ano anterior.

“Embora ainda em terreno negativo, este resultado mostra tendência de melhora da FBCF, que chegou a retrair 6,8% no terceiro trimestre de 2023”, informou a nota do Monitor do PIB.

A exportação de bens e serviços registrou crescimento de 8,7% no trimestre encerrado em janeiro ante o mesmo período do ano anterior, impulsionada pelos produtos agropecuários. Já a importação de bens e serviços aumentou 2,5% no período, sob a influência positiva de serviços e de bens de consumo.

“Destaca-se negativamente a retração das importações de extrativa mineral”, ponderou a FGV.

Em termos monetários, o PIB alcançou R$ 997 bilhões no mês de janeiro, em valores correntes.

A taxa de investimento da economia foi de 14,7% em janeiro.

O Estado de S.Paulo - SP   20/03/2024

O mercado financeiro não tem dúvidas sobre mais um corte de 0,50 ponto porcentual na taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que começa nesta terça-feira, 19, e termina na quarta. Mas as atenções do mercado estão focadas em descobrir por quantas reuniões o colegiado pretende manter no “piloto automático” a dose atual de corte de juros.

Uma parte dos analistas acredita que o Copom provavelmente vai alterar, nesta reunião, o seu “forward guidance” (ferramenta usada pelos BCs para sinalizar os próximos passos da política monetária). Segundo os economistas que creem nessa mudança, a tendência é que o colegiado busque mais graus de liberdade no ciclo de redução de juros, em meio à incerteza com o cenário externo, às repetidas surpresas na inflação de serviços e a dados que mostraram a economia mais forte em janeiro.

O BC tem trabalhado com um “forward guidance” desde que começou a cortar juros, em agosto do ano passado. Em linhas gerais, além de reduzir a Selic em 0,5 ponto porcentual, a autoridade monetária tem optado por sinalizar “novos cortes de mesma magnitude nas próximas reuniões”, no plural — sinalizando para as duas próximas reuniões —, caso tudo ocorra como esperado.

No último encontro, de 31 de janeiro, o Copom diminuiu os juros de 11,75% para 11,25% e manteve o forward guidance — o que significa que se comprometeu com mais dois cortes de 0,5 ponto, nas reuniões de março e maio. E, se mantiver a sinalização também no encontro desta semana, vai ter se comprometido a reduzir a taxa nessa magnitude até junho, quando a Selic chegaria a 9,75%.

O economista-chefe da G5 Partners, Luís Otávio de Souza Leal, lembra que, na última reunião, o Copom tinha à mão apenas dados de atividade relativos a dezembro, quando a economia brasileira dava sinais de estagnação. Agora, vai ter de avaliar o forte crescimento das vendas do varejo ampliado e dos serviços em janeiro, ambos acima do esperado, assim como a criação de 180 mil empregos formais, também mais do que o previsto.

“Ele entra o ano de 2024 com uma economia, pelo lado da demanda, muito mais forte do que se esperava”, explica. “Isso só reforça o cenário de que ele vai tirar o plural do forward guidance. É importante, num momento em que há várias dúvidas com relação à inflação e à atividade mais forte, você ter graus de liberdade.”

Ele diz que as surpresas de janeiro só vão indicar um cenário de atividade mais forte se forem seguidas por resultados melhores também em fevereiro. Mas pondera que o aumento da incerteza sobre o timing de redução dos juros nos Estados Unidos também recomenda mais cautela na condução da política monetária doméstica, especialmente em um momento no qual a taxa Selic já caiu mais de dois pontos porcentuais.

“O ‘forward guidance’ é uma forma de diminuir a volatilidade, para os juros não variarem muito de acordo com cada dado que muda a percepção sobre se o próximo passo é de 0,5 ou 0,25 ponto. Mas, com uma taxa de 13,75%, você tem muito mais espaço para surpresas que não vão afetar a trajetória de queda. Com 10,25%, que vai ser o juro depois de um corte de 0,5 ponto em maio, a taxa já não aguenta mais tanto desaforo”, afirma.

Para o economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, os últimos dados econômicos corroboram um cenário de economia mais forte, que vai dificultar a convergência da inflação para o centro da meta, de 3%. Ele diz que o IPCA resiliente, combinado à preocupação fiscal, à expectativa de turbulências no cenário de crescimento externo e à desancoragem das expectativas, deve exigir que o BC diminua o ritmo de cortes a 0,25 ponto porcentual já em junho.

“Esses fatores não vão acelerar a inflação, mas vão tornar mais difícil para o BC jogá-la para a meta”, diz Padovani. “Isso significa diminuir o ritmo para 0,25 ponto em junho, derrubar os juros nominais de maneira mais lenta, porque, como a inflação cai de maneira mais lenta, você precisa de um juro real ainda elevado por um tempo.”

Tudo isso, segundo o analista, joga a favor da perspectiva de mudança do “forward guidance” nesta reunião. “Se ele tirar a sinalização agora, todo mundo vai entender que o risco é de mais inflação, e não de menos. Os dados econômicos já estão ajudando o BC a coordenar as expectativas, a realinhar os preços e, portanto, a poder tirar o ‘guidance’”, afirma.

O economista-chefe da Ágora Investimentos, Dalton Gardimam, por sua vez, considera que cortes de 0,5 ponto porcentual da taxa Selic esta semana e em maio são certos, e que uma nova redução desta magnitude em junho também é bastante provável. Mesmo assim, ele diz que o BC ganharia espaço na condução da política monetária se alterasse a sinalização agora, já que o custo de fazer esse movimento em outro momento do ciclo seria maior.

“O BC pode preferir, especialmente se a economia estiver mais forte, optar por cortes de 0,25 ponto, com o mérito de continuar sinalizando uma postura monetária mais forte e sem tomar muito risco, porque lá na frente, a cada 45 dias, vai ter mais informações”, diz o analista, que espera redução da Selic a 9,5% no fim do ciclo.

Manutenção da comunicação

A economista-chefe e fundadora da Buysidebrazil, Andrea Damico, está no grupo que acredita que, neste momento, o BC tem incentivo para manter a comunicação atual, até porque uma mudança poderia causar um movimento do mercado indesejado. “Não vemos razão para o BC mudar o ritmo nem o guidance neste momento. Tem tempo (para mudar). Fazer isso agora pode gerar um ruído e comprometer o fim do ciclo. O mercado poderia começar a precificar queda de 0,25 ponto na próxima reunião. O BC poderia perder graus de liberdade.”

O entendimento de Damico foi fortalecido após o IPCA - índice de inflação oficial - de fevereiro. O indicador trouxe uma leitura mais positiva dos preços de serviços subjacentes (que exclui os itens mais voláteis), cujo comportamento vem sendo alvo de alertas do mercado e do próprio BC, conforme informado na ata do Copom de janeiro. “O último IPCA, com serviços subjacentes, deu mais confiança em um cenário mais construtivo para a inflação.”

Nesta segunda-feira, 18, uma nova informação sobre a atividade colocou mais lenha na fogueira do debate do Copom: o avanço de 0,60% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em janeiro. O economista-chefe da Azimut Brasil Wealth Management, Gino Olivares, reforça, porém, que o melhor desempenho do crescimento econômico não está gerando aumento das projeções de inflação. “Ao contrário, as revisões de inflação têm sido para baixo. A atividade será um problema para o BC quando colocar empecilhos para alcançar a meta. Desde a última reunião, não parece ser o caso.”

Olivares também acredita que o BC deve continuar a sinalizar queda de 0,50 ponto da Selic nos próximos encontros. Em sua avaliação, há um mal entendido em ler o forward guidance como um compromisso do BC, especialmente porque o comitê afirma que a prescrição é válida caso o cenário esperado se confirme. “Se já existe a condicionalidade, não vejo porque mudar a não ser que o BC esteja vendo um cenário diferente. A avaliação que eu faço é que as coisas têm acontecido conforme o Copom está sinalizando.”

Sobre a preocupação com os serviços, Olivares também acredita que as melhores notícias do último IPCA, junto com a indicação do colegiado de que a Selic deve continuar contracionista no fim do ciclo, fazem com que o argumento não seja suficiente para uma mudança de guidance agora.

Por fim, o economista argumenta que o debate sobre um possível adiamento no início da queda de juros nos Estados Unidos tampouco é motivo suficiente para que o Copom altere a sinalização de mais cortes de 0,50 ponto em pelo menos mais duas reuniões, já que, antes, seria necessário verificar efeitos no câmbio - o principal canal de transmissão nesse caso.

Olivares não descarta, contudo, que a autoridade monetária comece a discutir neste encontro o momento em que a prescrição futura deveria ser alterada. Ele lembra que o comitê tem mantido o hábito saudável de debater as decisões por várias reuniões, como fizeram antes de definir a elevação da estimativa de juro neutro de 4% para 4,5%.

Ciclo de cortes

Pesquisa feita pelo Estadão/Broadcast aponta uma unanimidade - todas as 55 instituições consultadas esperam o quinto corte seguido de 0,50 ponto porcentual da Selic no Copom desta semana, de 11,25% para 10,75% ao ano. Além disso, 80% das casas (44) ainda aguardam mais duas quedas do mesmo tamanho nos encontros de maio e junho. Outras 11 preveem alteração no ritmo de cortes na reunião de junho: dez (18%) para 0,25 ponto e uma para 0,75 ponto.

Com a baixa esperada da Selic nesta quarta-feira, o afrouxamento monetário chegaria a 3 pontos porcentuais - de 13,75% -, mais da metade do caminho previsto pelo Boletim Focus, que projeta juro de 8,5% no fim do ciclo.

CNN Brasil - SP   20/03/2024

Analistas consultados pelo Banco Central elevaram suas projeções para a inflação e o crescimento econômico neste ano, de acordo com o boletim Focus divulgado nesta terça-feira (19).

O levantamento, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2024 subiu em 0,02 ponto percentual, para 3,79%. Para 2025 a projeção foi elevada em 0,01 ponto, a 3,52%; enquanto para os dois anos seguintes seguiu em 3,5%.

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 p.p. para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento este ano melhorou a 1,8%, de 1,78% na semana anterior, enquanto para 2025 seguiu em 2%.

Esta é a quinta vez seguida que os economistas consultados pelo BC elevam a expectativa para o PIB.

A pesquisa semanal mostrou ainda que o mercado manteve a expectativa de novo corte de 0,5 p.p. na taxa básica de juros quando o Comitê de Política Monetária anunciar sua decisão na quarta-feira (20), com a Selic encerrando 2024 a 9% e 2025 a 8,5%, cenário que também não sofreu alterações.

IstoÉ Dinheiro - SP   20/03/2024

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia ser fundamental “acelerar o ritmo de queda da taxa básica de juros, a Selic, para no mínimo 0,75 ponto porcentual”. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começou nesta terça a reunião que se encerra amanhã, para decidir sobre a taxa de juros, atualmente em 11,25% ao ano.

Segundo o presidente da CNI, Ricardo Alban, ampliar o tamanho da redução da Selic é compatível com o atual cenário de inflação sob controle e é essencial para reduzir os custos de financiamento para empresas, além de incentivar novos investimentos.

“Depois de o governo federal e a sociedade brasileira empreenderem esforços para acelerar o crescimento econômico com o retorno da política industrial, com base no programa Nova Indústria Brasil, o Banco Central precisa juntar esforços dando sua contribuição. A situação da inflação no Brasil já permite, há algum tempo, a redução mais relevante dos juros reais”, defende Alban.

Na avaliação da entidade, a inflação de fevereiro superou as expectativas por motivações pontuais, refletindo a atividade escolar. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro teve alta de 0,83%, o resultado mais elevado desde fevereiro de 2023.

“Adiar a aceleração no ritmo de queda da Selic certamente penalizaria ainda mais a atividade econômica no Brasil”, afirma o presidente da CNI. Na avaliação da entidade, as taxas de juros elevadas provocam danos à economia brasileira, principalmente para o setor industrial, que possui cadeias longas, gerando grande cumulatividade de juros na composição do preço final do produto.

Globo Online - RJ   20/03/2024

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve anunciar, nesta quarta-feira, uma redução de 0,5 ponto percentual (pp) na taxa básica de juros, a Selic.

É consenso no mercado que o BC deve anunciar uma redução de 11,25% para 10,75% ao ano. Também é consenso que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) mantenha os juros dos EUA no patamar entre 5,25% e 5,5% ao ano.

O que os analistas olharão com lupa são os comunicados. No Brasil, há dúvidas sobre se o Copom manterá a projeção de novos cortes de mesma magnitude na Selic. Nos últimos encontros, o Copom sinalizou novos cortes de 0,5 ponto percentual “nas próximas reuniões”.

A dúvida é se esse indicativo será mantido. Essa é a principal preocupação da Fazenda neste momento: se esse indicativo de corte de juros permanecerá.

Desde agosto do ano passado, foram cinco cortes consecutivos de 0,5 ponto. Em todas as ocasiões, o comunicado indicou que o Copom repetiria a dose “nas próximas reuniões”, ou seja, que o ritmo de redução se manteria ao menos nos dois encontros seguintes. Se não houver alteração, o BC sinaliza que deve, ao menos até junho, manter o ritmo de cortes adotado até agora.

‘Seria bom mudar’

Luís Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners. avalia que há incertezas nos cenários doméstico e externo. Ele lembra que houve dados positivos em janeiro, como a criação de 180 mil empregos com carteira assinada e a expansão das vendas no varejo, na indústria automobilística e em serviços — resultados que podem alimentar a inflação.

Comitê de Política Monetária (Copom) é formado pelo presidente do BC e mais oito diretores

— Seria bom para o Banco Central se o Copom retirasse o plural dos comunicados das próximas reuniões, para ganhar grau de liberdade. E até junho, se a situação estiver melhor para uma nova queda de 0,5 ou até 1 ponto, tudo bem — afirmou Leal.

A questão é que, este ano, o cenário mudou. De acordo com a pesquisa semanal Focus feita junto ao mercado, divulgada ontem pelo BC, a projeção para a inflação subiu de 3,77% para 3,79% em 2024 e de 3,41% para 3,52% em 2025. Para o PIB, a previsão de crescimento este ano subiu de 1,78% para 1,79%.

Marcelo Fonseca, economista-chefe da REAG Investimentos, avalia que o Copom deve sinalizar um corte de 0,5 ponto “apenas na reunião seguinte”:

— Acredito que o BC deverá desacelerar o ritmo de cortes na reunião de julho.

Já Paula Magalhães, economista-chefe da AC Pastore Consultores, avalia que será mantida a linguagem de quedas da mesma magnitude (0,5 ponto) nas próximas reuniões, mesmo com os dados econômicos surpreendendo para cima. Mas isso, para ela, não seria o ideal:

— Na nossa visão, o crescimento deve vir acima do PIB potencial neste ano, e seria bom o Copom mudar a linguagem para sinalizar só mais uma queda de 0,5 ponto depois de quarta-feira, para observar os dados, pois acreditamos que essa atividade aquecida pode pressionar a inflação de serviços — afirmou Paula.

Economista sênior e sócio da Tendências, Silvio Campos Neto faz coro com os demais e espera uma queda de 0,5 pp. Ele acredita que o Banco Central tem espaço para manter a continuidade desse ritmo por pelo menos mais duas reuniões.

— Nosso cenário é de mais duas quedas de meio ponto percentual e uma 0,25 pp, levando a Selic para 9,5% — afirmou.

Campos ressaltou que o avanço dos salários acima da meta de inflação é uma fonte de preocupação já demonstrada pelo Copom. Por outro lado, ele acredita que os juros continuam elevados.

— O Banco Central tem espaço para manter a queda de 0,5 pp, mas prepara terreno para uma mudança mais consistente em maio — disse.

O Estado de S.Paulo - SP   20/03/2024

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve reforçar a visão de cautela quanto à redução das taxas de juros nos Estados Unidos, mas manter três cortes no horizonte para 2024 na reunião que começa nesta terça-feira, 19, e termina na quarta. A resistência da inflação no país, contudo, levanta a dúvida em Wall Street quanto à possibilidade de mudanças em seu cenário futuro e o risco de novo adiamento nas expectativas para o início da flexibilização monetária para o segundo semestre deste ano.

Antes visto como possível mês de virada, março deve manter tudo como antes. Assim, o Fed deve deixar inalterados os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano, maior patamar desde 2001. Confirmada, será a quinta manutenção consecutiva das taxas no país.

O ponto de atenção de Wall Street está nas projeções futuras do Fed, em especial, para o crescimento da maior economia do mundo e a inflação. Mas o chamado gráfico de pontos, que detalha o cenário de expectativas da autoridade monetária, deve manter a previsão de três cortes de 0,25 ponto porcentual neste ano, como sinalizado em dezembro do ano passado, de acordo com economistas. Além disso, eles também esperam que junho permaneça na mesa como o ponto de virada na política monetária dos EUA.

“Embora os EUA estejam acelerando o crescimento e tenhamos a inflação de serviços um pouco resistente no país, achamos que o Fed ainda pode cortar os juros este ano”, disse o economista-chefe do Bank of America para os EUA, Michael Gapen, ao avaliar o ambiente macroeconômico dos EUA, em conversa com jornalistas. Para ele, o Fed deve começar a reduzir as taxas em junho, totalizando 0,75 ponto porcentual este ano e 1 ponto porcentual em 2025.

Os mercados em geral avançaram nesta direção, depois de sinais de maior rigidez dos preços nos EUA conterem a onda de otimismo motivada pelo processo de desinflação. Como pano de fundo, serviços atrasando a melhora capitaneada pelo setor de bens e um mercado de trabalho ainda bastante aquecido na maior economia do mundo.

O Goldman Sachs, por exemplo, anunciou nesta semana ajustes em seu cenário base e passou a prever três cortes em 2024, em vez de quatro. O responsável? A trajetória da inflação mais elevada que o previsto, justifica o gigante de Wall Street.

O núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, que exclui preços voláteis como de alimentos e energia, avançou 0,4% na leitura de fevereiro ante janeiro, acima das projeções do mercado. Além disso, a aceleração dos preços ao produtor americano servem de mau presságio para índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), a medida preferida de inflação do Fed.

“A inflação nos EUA tem estado mais firme nos últimos meses, mas pensamos que ainda está no bom caminho para cair o suficiente até a reunião de junho para um primeiro corte”, diz o time do Goldman Sachs, liderado pelo economista Jan Hatzius.

Crescimento e inflação

Ainda que o Fed possa manter intactas as expectativas para os juros, operadores já se preparam para possíveis mudanças nas projeções para o crescimento e a inflação dos EUA. O foco de atenção — ou de tensão — é, sobretudo, as expectativas para o comportamento dos preços americanos.

Para o Bank of America, o Fed deve elevar as expectativas para o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e também para a inflação. Mas, assim como o Citi, vê o gráfico de pontos como o risco “hawkish”, ou seja, de os juros americanos permanecerem alto por mais tempo na maior economia do mundo.

Ao menos até aqui, o gráfico de pontos do Fed tem sido usado como um teto nas projeções do mercado para a queda dos juros nos EUA. Apesar disso, começa a ganhar mais força uma corrente que aponta chances de o Fed esperar junho e iniciar os cortes somente na segunda metade do ano.

Além do gráfico de pontos, a conferência de imprensa que acontece na esteira da decisão de juros deve, como de costume, ser acompanhada por lupa por Wall Street. O holandês ING espera que o presidente do Fed, Jerome Powell, reforce o recado já dado em depoimento ao Congresso americano.

“Esperamos que o presidente Powell repita a frase do depoimento no Congresso de que ‘provavelmente’ será apropriado começar a reduzir os juros em algum momento deste ano. Mas as perspectivas econômicas são incertas e o progresso contínuo em direção à nossa meta de inflação de 2% não está garantido”, diz o economista-chefe internacional do ING, James Knightley.

O rumo dos juros americanos será conhecido nesta quarta, às 15h de Brasília. Na sequência, Powell comenta sobre a decisão e é sabatinado por jornalistas, em coletiva de imprensa, que acontece 30 minutos depois.

Parte do mercado também espera novidades quanto à estratégia do Fed para colocar um ponto final no processo de redução do seu balanço de ativos, aperto quantitativo (QT, da sigla em inglês) na reunião. Para o dinamarquês Danske Bank, o BC dos EUA deve cortar o ritmo de redução pela metade apenas em setembro. O Barclays, porém, não espera um anúncio imediato sobre o caminho que o Fed deve seguir. No início do mês, o diretor do Fed Christopher Waller afirmou que o timing do processo de normalização do balanço da instituição independe das decisões de juros.

O Estado de S.Paulo - SP   20/03/2024

As fábricas chinesas estão inundando os mercados globais com carros, eletrodomésticos, chips de computador e eletrônicos, preparando o terreno para uma nova rodada de tensões comerciais com os Estados Unidos e a Europa, segundo economistas.

A produção da China é menor do que suas necessidades domésticas - especialmente com uma bolha imobiliária pesando sobre a economia - portanto, os preços de seus produtos estão caindo. Em fevereiro, as importações dos EUA provenientes da China custaram 3,1% menos do que há um ano, informou o Bureau of Labor Statistics na sexta-feira, 15.

Isso ajuda o Federal Reserve a combater a inflação. Mas esses produtos chineses de baixo preço podem custar as vendas dos fabricantes americanos, ameaçando as esperanças do governo Biden no ano eleitoral de aumentar o número de empregos nas fábricas. A produção industrial da China nos dois primeiros meses do ano aumentou 7% em relação ao mesmo período de 2023, informou o governo na segunda-feira, 18.

“A capacidade chinesa está se expandindo em vários setores, alguns estratégicos, outros prioritários para os EUA e a Europa. E isso está gerando tensão”, disse o economista Brad Setser, funcionário do Departamento do Tesouro do governo Obama. “O resto do mundo também quer produzir bens manufaturados.”

Pequim, nos últimos anos, investiu em novas fábricas para atender à demanda dos consumidores americanos que esbanjaram em produtos importados durante a pandemia e para desenvolver setores de alta tecnologia, como veículos elétricos e baterias, que o governo chinês considera essenciais.

Desde o final de 2019, a produção manufatureira da China, que já era a número 1 do mundo, aumentou em cerca de um quarto, de acordo com a Capital Economics em Londres. A produção fabril dos EUA no mesmo período ficou estável e continua 7% abaixo do pico de 2007.

O resultado, de acordo com várias medidas do desempenho comercial da China, tem sido um desequilíbrio crescente no comércio global. O superávit da conta corrente da China como porcentagem da produção global, um indicador amplo, é maior agora do que durante o período que antecedeu a imposição de tarifas pelo presidente Donald Trump sobre a maioria das importações chinesas e está perto de um recorde histórico, de acordo com Neil Shearing, economista-chefe da Capital Economics.

“Há uma necessidade de equilibrar melhor o comércio global”, disse ele.

O superávit da China no comércio de produtos manufaturados como parcela da economia global, uma segunda medida, é quase duas vezes maior do que o do Japão no final da década de 1980, quando muitos americanos temiam que a economia japonesa estivesse destinada a se tornar a maior do mundo, de acordo com os cálculos de Setser.

À medida que o domínio da manufatura global da China aumenta, os riscos são altos para os fabricantes de automóveis, especialmente na Europa. Nos últimos anos, a China saiu da obscuridade do setor automotivo para ultrapassar a Alemanha em exportações de automóveis.

As fábricas chinesas podem produzir 40 milhões de carros por ano, 15 milhões a mais do que o necessário para atender à demanda interna. Os 5 milhões de carros que a China exportou no ano passado foram cerca de cinco vezes o total de 2020, de acordo com Michael Dunne, consultor do setor baseado em San Diego, que disse que esse número pode dobrar nos próximos anos.

As montadoras chinesas já são o principal fornecedor do México. A BYD da China, apoiada por Warren Buffett, vende um modelo elétrico por cerca de US$ 15 mil, o que a ajudou a ultrapassar a Tesla no final do ano passado como a maior produtora de veículos elétricos do mundo.

O CEO da Tesla, Elon Musk, disse no início deste ano que as empresas chinesas “praticamente destruiriam a maioria das outras empresas automobilísticas do mundo”, a menos que enfrentassem novas barreiras comerciais.

A batalha pela supremacia do setor automotivo é apenas um elemento de um clima comercial cada vez pior entre a China e seus principais clientes na Europa e nos Estados Unidos.

Autoridades europeias disseram este mês que uma investigação comercial em andamento encontrou “evidências suficientes” de que a China estava subsidiando a produção de veículos elétricos de uma forma que poderia prejudicar as montadoras europeias. Uma decisão sobre as tarifas iniciais poderia ser tomada até julho.

O mercado automotivo dos EUA já está protegido por tarifas. De acordo com o acordo comercial USMCA, os veículos também devem atender às regras regionais de origem, o que impediria as empresas chinesas de exportar para os Estados Unidos carros fabricados no México.

No entanto, os veículos chineses podem acabar chegando aqui por meio da Coreia do Sul ou de outros países que têm acordos de livre comércio com os Estados Unidos, segundo analistas.

Um porta-voz da Embaixada da China em Washington descartou as preocupações com o aumento do setor manufatureiro do país.

“A capacidade excessiva de produção é um conceito relativo. Não se pode limitar a demanda a um país ou região, mas é preciso ver as coisas no contexto da globalização econômica”, disse Liu Pengyu, chefe da seção de informações e assuntos públicos da embaixada.

As preocupações com o domínio da manufatura chinesa aumentaram na semana passada, quando o sindicato United Steelworkers apresentou uma petição ao escritório da Representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, solicitando uma investigação do setor de construção naval da China.

Os siderúrgicos, apoiados por quatro outros sindicatos, disseram que a China havia empregado “políticas não mercadológicas” em uma estratégia deliberada de 20 anos para dominar a construção naval global. Tai tem 45 dias para decidir se dará prosseguimento à investigação, o que poderia autorizar o presidente a cobrar tarifas sobre as embarcações chinesas.

Os planejadores econômicos chineses há muito tempo favorecem as empresas estatais em vários setores, com financiamentos a taxas reduzidas, terrenos baratos ou até mesmo gratuitos, contas de luz reduzidas e outras ajudas. No total, a generosa ajuda - equivalente a mais de 1,7% da economia da China - é mais de duas vezes maior do que em outros países, inclusive nos Estados Unidos, de acordo com um estudo do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais.

Em 2019, a China gastou mais em subsídios industriais do que em defesa nacional, segundo o relatório.

O Fundo Monetário Internacional alertou no mês passado que os subsídios à produção industrial da China estavam desviando fundos estatais para empreendimentos que ofereciam retornos abaixo da média e estavam criando “desafios domésticos significativos”. Essas medidas poderiam criar “excesso de capacidade” e inclinar o campo de jogo econômico em favor das empresas estatais em vez das empresas privadas, disse o fundo em sua última análise da economia chinesa.

Em dezembro, os líderes chineses, reunidos em sua conferência anual de trabalho econômico central, reconheceram problemas como a falta de demanda interna e o “excesso de capacidade em alguns setores”.

A economia da China normalmente enfatiza o investimento em instalações industriais e empreendimentos imobiliários. Os gastos do consumidor são responsáveis por apenas 40% do produto interno bruto (PIB), em comparação com cerca de 70% nos Estados Unidos.

A combinação da fraca demanda do consumidor com a produção robusta das fábricas deixa a China com um excedente de mercadorias que precisa ser descarregado nos mercados globais.

A solução para o perfil comercial desequilibrado do país está em aumentar o poder de compra dos consumidores chineses, permitindo que eles comprem mais do que as fábricas chinesas produzem. Para fazer isso, o governo de Pequim precisaria redirecionar o apoio financeiro das empresas estatais politicamente poderosas para as famílias chinesas. E o governo não mostra sinais de estar fazendo isso.

Em vez disso, em meio a um colapso do mercado imobiliário e à desaceleração do crescimento interno, os líderes chineses estão apostando na exportação para sair dos problemas econômicos.

A inundação dos mercados estrangeiros com produtos excedentes deve ajudar a aliviar a inflação global. Os produtos chineses de custo mais baixo provavelmente reduziram 0,15 ponto percentual da taxa de inflação dos EUA no ano passado e continuarão sendo uma pechincha relativa para os compradores americanos até o primeiro semestre deste ano, de acordo com o Goldman Sachs.

Mas o excesso de produção ameaça alguns setores que são fundamentais para as esperanças do governo de estimular a retomada da produção industrial, disse o economista Eswar Prasad, da Universidade de Cornell, ex-chefe da divisão do Fundo Monetário Internacional na China.

O surgimento da China como fabricante global no início do século 21 envolveu uma série de produtos de vários setores: vestuário e têxteis, eletrônicos, móveis e equipamentos industriais. Mais de duas décadas depois, a China é a principal nação manufatureira do mundo, respondendo por 31% do valor agregado da manufatura global, de acordo com as Nações Unidas.

Os Estados Unidos estão em um distante segundo lugar, com 17%.

“A economia da China é muito maior do que era há duas décadas. Portanto, esse choque pode ser ainda maior do que o anterior”, disse Prasad.

A ironia é que o atual boom de exportação da China ocorre no momento em que tanto Pequim quanto Washington estão promovendo uma maior autossuficiência. O governo Biden, reagindo à escassez de equipamentos médicos e chips de computador durante a pandemia, está usando créditos fiscais e subsídios governamentais para estimular a produção doméstica. E o presidente chinês, Xi Jinping, quer reduzir a dependência de sua economia da demanda externa, ao mesmo tempo em que torna os estrangeiros mais dependentes da China.

Porém, após mais de quatro décadas de laços crescentes, está sendo difícil afinar a relação comercial.

O impacto da colossal produção industrial da China está sendo sentido de algumas formas inesperadas.

No ano passado, a China abriu 17 novas fábricas que convertem petróleo ou gás em resina, a matéria-prima usada para fabricar garrafas plásticas de água. A expansão da produção reduziu os preços globais, tornando o plástico reciclado menos atraente para os fabricantes de garrafas, disse Steve Alexander, diretor da Association of Plastic Recyclers.

“Isso é um grande negócio. Isso muda a economia, e estamos apenas começando a ver o impacto disso no mercado”, disse ele.

Uma companhia recicladora do Meio-Oeste está pensando em fechar as portas, depois de perder dois contratos recentes para uma empresa que usa o material de custo mais baixo. Isso pode ser um sinal do que está por vir.

MINERAÇÃO

Exame - SP   20/03/2024

A “polêmica” mais recente envolvendo a Vale (VALE3) já está tendo efeito no preço das ações da companhia.

A empresa do ramo da mineração anunciou no último dia 8 que decidiu manter o CEO Eduardo Bartolomeo no cargo até o fim do ano. Desde então, os papéis da Vale já desvalorizaram mais de 9%.

O mandato de Bartolomeo terminaria no fim de maio, e desde o começo do ano se discute a respeito de sua sucessão.

Em janeiro, o governo chegou a tentar emplacar Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff, como sucessor de Bartolomeo. Na ocasião, as ações VALE3 também despencaram.

Para Henrique Cavalcante, analista de ações da Empiricus Research (empresa do Grupo BTG), o adiamento da escolha do novo CEO aparenta ser uma manobra para ganhar tempo de modo a conduzir o processo de sucessão com mais calma.

O analista comentou o caso da Vale em entrevista ao programa Giro do Mercado.

Segundo Henrique, o atraso também serve como “medida de boa vizinhança” para o governo. A Vale é uma empresa privatizada, mas opera suas minas por esquema de concessões da Agência Nacional de Mineração (ANM) — de modo que um bom relacionamento com o governo é bem quisto pela companhia.

Vale lembrar que no fim do mês passado, o presidente chegou a dizer que “a Vale não pode pensar que é dona do Brasil”, e que “as empresas brasileiras precisam estar de acordo com o entendimento de desenvolvimento do governo brasileiro.”

Na visão de Henrique, embora Bartolomeo tenha se mostrado um CEO competente, o atraso do conselho de administração da Vale em decidir sua sucessão não muda o cenário de incerteza pelo qual a companhia passa.

A situação coloca em questão a estratégia da companhia para o médio prazo, diz Henrique Cavalcante.

O risco político preocupa o analista, pela possibilidade que um aliado do governo acabe se tornando CEO – e o lucro da empresa fique em segundo plano.

Além disso, os resultados da Vale sofreram com o impacto da desaceleração da demanda global por minério de ferro, muito por consequência da dificuldade de crescimento da economia chinesa.

Por conta desses fatores, atualmente a Empiricus Research não tem recomendação de compra para a Vale. Diz o analista:

“A gente tem uma posição neutra hoje na casa porque a gente não consegue ver ventos positivos mais claros para manter uma posição comprada. (...) O horizonte ficou ainda mais difícil para a Vale.”

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Empresa do ramo da Vale pode entregar ‘yields próximos a 10%’; confira

Embora os analistas da Empiricus Research considerem que agora não é o momento propício para investir em VALE3, a casa de análise tem recomendação de compra de uma outra empresa do setor da mineração e siderurgia.

A ação faz parte do portfólio composto por boas pagadoras de dividendos, selecionadas pela equipe de analistas da casa. Segundo as projeções, os yields da ação ficam próximos a 10%, incluindo recompras nos próximos anos.

Além disso, os analistas salientam que a companhia tem margens resilientes e baixo endividamento, além de seguir gerando caixa e distribuindo bons proventos a seus acionistas mesmo em meio às dificuldades do setor.

E, é claro, é importante ressaltar que a escolha da Empiricus Research não corre risco político, como é o caso da Vale.

As ações recomendadas pela equipe de análise da Empiricus Research também estão negociando a múltiplos atrativos, então a recomendação é comprar agora para poder surfar o upside e os futuros dividendos.

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Para você ter uma ideia, a carteira já entregou um retorno de 20,2% desde a sua criação, em 1° de novembro de 2023, até 29 fevereiro de 2024 – isso corresponde a 144% do rendimento do Ibovespa no mesmo período.

Normalmente, as recomendações desse tipo são exclusivas para os assinantes das séries da Empiricus Research. Mas clicando em qualquer link desta reportagem, você pode acessar a carteira completa gratuitamente.

Além da ação recomendada no setor siderúrgico, a carteira também conta com papéis no setor bancário, elétrico, e da construção civil.

Ou seja, trata-se de um portfólio diversificado capaz de capturar valor em diversas frentes – e garantir um fluxo de dividendos recorrentes para a sua conta bancária.

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Infomoney - SP   20/03/2024

Os futuros do minério de ferro ampliaram os ganhos em uma segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, atingindo seus níveis mais altos em quase uma semana, em meio ao crescente interesse de estocagem na China, principal mercado consumidor do minério, em parte estimulado pela última série de dados otimistas divulgados.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 5,35%, a 827 iuanes (114,87 dólares) a tonelada, o maior valor desde 13 de março.

O minério de ferro de referência para abril na Bolsa de Cingapura subiu 2,91%, para 106,9 dólares a tonelada, também o valor mais alto desde 13 de março.
“O aumento no investimento em ativos fixos deve ajudar a sustentar a demanda por aço”, disseram analistas do ANZ em uma nota.

O investimento em ativos fixos cresceu 4,2% no período de janeiro a fevereiro em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados oficiais divulgados na segunda-feira, em comparação com as expectativas de um aumento de 3,2%.

Além disso, os sinais de estabilização dos preços futuros no dia anterior encorajaram algumas usinas a entrar novamente no mercado para adquirir cargas portuárias, com o aumento da liquidez no mercado à vista, por sua vez, impulsionando o sentimento, disseram os analistas.

Os volumes de transações de minério de ferro nos principais portos chineses aumentaram 66% em relação à sessão anterior, para 1,06 milhão de toneladas, segundo dados da consultoria Mysteel.

“Esperamos que a produção de metais quentes chegue às mínimas esta semana”, disseram os analistas da Galaxy Futures em uma nota.

“A demanda de aço do setor de infraestrutura provavelmente verá um aumento óbvio no final de março ou no início de abril, portanto, não achamos que devemos ser tão pessimistas em relação ao mercado de aço para construção”, acrescentaram.

BOL - SP   20/03/2024

As vítimas do rompimento da barragem de Mariana (MG), em 2015, estão buscando cerca de 3 bilhões de libras esterlinas (3,8 bilhões de dólares) em compensação das empresas de mineração Vale e Samarco, em uma nova ação judicial lançada na Holanda, disseram seus advogados na terça-feira.

A indenização é solicitada em nome de quase 1.000 empresas e mais de 77.000 indivíduos atingidos pelo desastre, em uma ação holandesa movida pela Stichting Ações do Rio Doce, uma fundação holandesa sem fins lucrativos.

O processo foi apresentado na Holanda pela empresa holandesa Lemstra Van der Korst e pela empresa britânica Pogust Goodhead, que anteriormente apresentou um processo semelhante na Grã-Bretanha contra a empresa de mineração australiana BHP.

A Vale, que é proprietária da Samarco em conjunto com a BHP, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O rompimento da barragem na cidade de Mariana causou um gigantesco deslizamento de lama que matou 19 pessoas e poluiu o Rio Doce, comprometendo o curso d'água até sua foz no Oceano Atlântico.

Um juiz federal brasileiro de primeira instância determinou este ano que a Vale, a BHP e sua joint venture Samarco devem pagar 47,6 bilhões de reais em indenizações pelo rompimento da barragem.

Essa decisão não se aplica a vítimas individuais, disse Pogust Goodhead em janeiro.

O processo foi aberto na Holanda contra a Vale e a Samarco Iron Ore Europe BV, subsidiária holandesa da Samarco.

Valor Investe - SP   20/03/2024

Montante se refere aos resultados apurados em 2023 e corresponde a R$ 2,7385483741 por ação

A mineradora Vale (VALE3) vai distribuir, hoje, R$ 11,7 bilhões em dividendos, referente aos resultados do exercício de 2023.

O montante corresponde ao valor bruto de R$ 2,7385483741 por ação (VALE3), já corrigidos pela companhia, conforme a quantidade de ações em circulação.

Terão direito ao provento o detentor de papéis da companhia ao final do pregão na B3 do dia 11 de março. Para os de ADRs (recibos de ações negociados na bolsa de Nova York), a base considerada é 13 de março.

As ações da mineradora brasileira têm sofrido com as incertezas em relação à economia chinesa impactando negativamente nas exportações de commodities metálicas. A cereja do bolo tem sido a discussão em torno de um novo presidente da companhia, no lugar de Eduardo Bartolomeo. E, mais recentemente, a renúncia do conselheiro independente José Luciano Duarte Penido, com a publicação de uma carta em que Penido faz duras críticas à falta de governança na companhia. Como não poderia ser diferente, até sexta-feira (15), o papel da Vale registrava queda acumulada no ano de quase 20%.

No pregão de ontem (18), o papel reagiu com resultados positivos da indústria siderúrgica chinesa e compensou parte das perdas no ano, avançando 1,90%, cotado a R$ 60,90.

Brasil Mineral - SP   20/03/2024

Ainda há muito a se fazer para atrair o interesse dos investidores, particularmente na fase de pesquisa mineral, sem geração de caixa.

Apesar dos avanços recentes, ainda há muito a se fazer para atrair o interesse dos investidores do mercado de capitais no Brasil para o setor de mineração, particularmente aqueles projetos que ainda estão e fase de pesquisa mineral, sem geração de caixa. Esta foi uma das conclusões do painel “Por que investir no setor mineral no Brasil?” durante o Brazilian Mining Day, evento organizado pela Adimb durante o PDAC 2024, realizado em Toronto, de 3 a 6 de março. O painel foi coordenado pelo Head-South America da Toronto Stock Exchange, Guillaume Lègaré, e contou com a participação de Ricardo Fonseca, da Genial Investimentos, Leonardo Barbosa Resende, executivo da B3, João Paulo Braga Santos, diretor-presidente da Invest Minas e Pedro Paulo Mesquita, gerente de Mineração e Transformação Mineral do BNDES.

Iniciando as discussões, Ricardo Fonseca disse que o cenário atual de investimentos em mineração passa por três pilares. Primeiramente está o fator geopolítico, em que se vê o mundo dividido em duas superpotências, cada uma buscando seus minerais ao redor do mundo. “Vemos as restrições da China sendo levantadas, muito recentemente, em terras raras e em grafite, no final do ano. Do outro lado, vemos a Rússia em guerra com a Ucrânia, atrapalhando o cenário mundial dos fertilizantes. Portanto, o fator geopolítico é muito importante, atualmente”. O segundo fator, em sua opinião, é o da eletrificação, que já é uma realidade. “Gostemos ou não, o mundo vai estar eletrificado. Acho que não é mais uma questão de saber se o mundo vai ser ou não vai ser eletrificado, mas de quando essa eletrificação vai acontecer. Então, acho que este é um papel do setor privado. O terceiro pilar para mim seria saber onde os direitos minerais estão sendo alocados no mundo”. Neste caso, divide-se o mundo geograficamente em três: a Australásia, com predominância da China, a América do Sul, mais alinhada com Estados Unidos e Europa, e a África, onde é um desafio operar. “Quem já opera, operou, ou viveu na África, sabe que, se alguém tem um cliente preocupado com o ESG, não consegue comprar cobalto no Congo”.

Para ele, quando se compara com outros países produtores, como África e Indonésia, o Brasil está mais bem estruturado, tem uma economia e uma democracia estáveis e uma cultura mineral, já que todas as grandes empresas mineradoras operam no Brasil há décadas, o que é muito importante. Para Fonseca, a pergunta a se fazer não é “por que investir no Brasil?”, mas como investir no Brasil. Como a Faria Lima (centro financeiro) se aproxima da mineração, como já aconteceu com o campo (agronegócio).

Ele diz que há um gap enorme de conhecimento em relação à mineração, tanto de um lado quanto do outro, para se poder trazer o dinheiro da Faria Lima, dos investidores, para a pesquisa mineral. “Por que hoje o empreendedor mineral, além de descobrir o direito mineral, tirar a licença, colocar o projeto de pé, fazer EIA-Rima, ainda tem que pegar um avião, colocar terno e gravata e ir para Toronto, levantar dinheiro?”.

O executivo menciona que recentemente mais de 20 companhias australianas vieram investir no Brasil, o que ele considera ao mesmo tempo positivo e negativo. Positivo, porque há empresas motivadas a investir no Brasil. E negativo, porque não se pode ficar 100% dependente de empresas estrangeiras. É preciso haver maior participação do investidor local. “Como comunidade financeira, temos que trazer para o empreendedor mineral toda a facilidade para ele poder fazer o que sabe melhor, que é sondar, encontrar, desenvolver ativos minerais. E temos que facilitar que esse dinheiro saia da Faria Lima e chegue no campo, na atividade de sondagem, nos estudos”.

Respondendo a questionamento de Guillaume Lègaré sobre o potencial da B3 ter mais empresas de mineração listadas, o executivo da bolsa brasileira, Leonardo Resende, disse que a B3 tenta construir um ambiente que permita o financiamento do setor de mineração na fase de junior mining companies de forma complementar, até acessória, à bolsa de Toronto. “Afinal de contas, de 2020 até 2023, as companhias listadas na B3, de todos os setores, levantaram mais de R$ 1,5 trilhão e há 200 novos investidores institucionais na bolsa, com mais de 2 trilhões de ativos sob sua gestão.

Então a B3 tem diversificação e apetite para receber essas companhias. A grande pergunta que fazemos é porque as junior companies, que no mercado de capitais brasileiro se encaixam na categoria de pré-operacionais, não conseguem se financiar na bolsa do Brasil”. Ele afirmou que existe apetite por parte do investidor brasileiro pelo setor de mineração e um exemplo são os BDRs da Sigma Lithium, que tem negociado quase R$ 1 milhão/dia. “Então existe apetite do investidor brasileiro pelo setor de mineração. Mas precisamos traduzir para ele, para o investidor, o risco geológico e o risco do investimento”.

Pedro Paulo Mesquita, do BNDES, disse que há muita oportunidade no Brasil, como a Província Mineral de Carajás, “que é reconhecida como uma das mais abençoadas do mundo em termos de riqueza geológica e onde ainda há muito por se descobrir”. Ele acrescentou que a mineração subterrânea no Brasil ainda está começando. “O Brasil tem uma combinação única de características transversais que favorecem a mineração. Eu queria fazer destaque específico para o nosso sistema energético interligado. Nós temos um sistema interligado nacional com 92% de energia renovável. Além disso, o Brasil tem uma estabilidade política combinada a sistema de licenciamento ambiental validado. Isso também nos coloca numa posição de fato bastante diferenciada. E por terceiro ponto, temos o mercado de capitais, que já está avançando”.

Ele acrescentou que, pelo lado do BNDES, têm sido feitas discussões com os investidores, que hoje estão em nível mais avançado. “Já vemos amadurecimento no mercado de capitais brasileiro para isso. Quando nós também trouxemos a iniciativa da Rede Invest Mining, foi pensando justamente em como agregar esforços. Então, acredito que estamos no momento excelente para avançar para um mercado de capitais muito mais participativo na viabilização de projetos de mineração do País”.

João Paulo Braga, diretor-presidente da Invest Minas, disse que o estado de Minas Gerais tem sido muito proativo na promoção dos investimentos em mineração, talvez como reação ao momento muito difícil pelo qual passou a mineração em Minas Gerais alguns anos após Mariana, especialmente após Brumadinho, referindo-se aos dois acidentes mais recentes com barragens de rejeito. E num contexto em que havia grandes dificuldades para licenciar empreendimentos minerais, especialmente porque o técnico do órgão licenciado tinha receio de ter o seu CPF comprometido, o que gerou um contexto de quase paralisia no licenciamento ambiental. Isto é grave, em sua opinião, porque se trata de uma indústria cuja cadeia responde por cerca de 20% do PIB do estado de Minas Gerais. “Esse movimento de reação vem num contexto em que o mundo está buscando exatamente o que nós, em Minas Gerais, temos para oferecer. Minas é uma tabela periódica em forma de estado. Isso nos permitiu superar as adversidades e colocar o estado no Spot Light de investimentos, a começar pelo lítio”, disse ele.

O executivo acrescenta que, em 2023, o Vale de Jequtinhonha, que sempre foi uma das regiões menos desenvolvidas do Brasil, conhecida como Vale da Fome, despontou como uma das principais províncias de lítio do mundo. Apesar do potencial, nunca se tinha olhado para aquela região no sentido de alavancar o seu desenvolvimento a partir da riqueza mineral. “E nós fizemos isso, há pouco mais de ano, quando lançamos o nome Lithium Valley Brasil. E de lá para cá, os resultados têm sido muito significativos. Já captamos mais de R$ 5 bilhões em investimentos para projetos de lítio na região do Vale de Jequitinhonha. E a projeção que fazemos, com base nos processos que temos acompanhado, é que isso chegue em R$ 30 bilhões até 2030, provavelmente. E quando nós olhamos o número de processos minerários na Agência Nacional de Mineração, de um ano para cá o número de processos de lítio no Jequitinhonha mais do que triplicou. A região, que sempre foi uma das menos dinâmicas do Brasil, terminou o ano de 2023 como a região de Minas Gerais (são dados da junta comercial), que mais teve abertura de empresas. Como reflexo desses investimentos na cadeia da mineração, há uma dinamização dos pequenos negócios, como hotéis, restaurantes etc. Agora estamos ampliando um pouco o discurso para captar mais oportunidades, porque Minas Gerais é lítio, mas também silício. Temos, a partir da produção do quartzo, a extração do silício. 5% do market-share de silício metálico do mundo sai de Minas Gerais a partir de três ou quatro empresas que produzem ali. O silício está na rota do painel solar, que a China domina 90%. Mas se um produtor de placas solares nos Estados Unidos comprar matéria-prima da China, não consegue fazer uso dos incentivos proporcionados pelo Reduction Inflation Act. E num cenário em que os Estados Unidos têm que multiplicar em cinco vezes, até 2028, a capacidade de geração de energia solar para atingir o que está estabelecido dentro do plano”.

João Paulo aponta também o potencial das terras raras na Caldeira de Poços de Caldas, com custos de extração bem menores do que em outras regiões do mundo.

Respondendo à pergunta de Guillaume Lègaré sobre como realmente aproveitar o mercado local nos próximos anos, com a questão da transição energética, Ricardo Fonseca opinou que se deve fazer, no Brasil, algo similar ao que foi feito no Canadá, embora considere que montar um ecossistema desses não é fácil. Ele salientou que, para as junior mining companies, o setor bancário vai exigir garantia corporativa, de balanço. Além disso, o setor financeiro no Brasil hoje não está preparado para atender a esse tipo de empresa. Não há analistas que cubram o setor de junior mining companies, embora haja aqueles que cobrem empresas como Vale, CSN, Votorantim. “É preciso ter analistas que saibam analisar o resultado de um furo de sondagem e qual o impacto desse furo sobre a ação de uma companhia”.

Ele acrescenta que o fundo anunciado pelo BNDES é de suma importância, porque traz atenção e dinheiro para esse mercado, o que hoje não existe. E elenca outros pontos que podem ajudar o mercado citando como exemplo dívida incentivada para a mineração, como forma de atrair o dinheiro que hoje está aplicado em renda fixa para a mineração, ressalvando que, neste caso, só vale para projetos operacionais.

Para Leonardo Rezende, da B3, não há uma solução única para o mercado brasileiro e para que as instituições financeiras invistam em junior mining companies. Ele salienta que talvez se consiga captar reduzindo o tamanho das captações, mas que provavelmente a B3 terá que atuar de forma complementar, ou seja, primeiro as empresas captam na bolsa de Toronto ou em outras que se especializaram em mineração e depois complementem o financiamento através da bolsa brasileira. Ou seja, talvez o caminho seja mesmo o da dupla listagem.

Ele acrescenta que atualmente, pela regulamentação, não há nenhum entrave para o ingresso de uma empresa de mineração na B3. A questão, portanto, está na visão do investidor, como ele consegue informação suficiente para avaliar o risco. No Canadá, essa resposta é dada pela NI-43.101 e pelos geólogos que fazem análise na bolsa. É este ecossistema que ainda falta desenvolver no Brasil. “Quando perguntamos ao investidor sobre o seu apetite pelas junior mining companies, eles perguntam: mas quem vai me dar a informação técnica? Porque eu não entendo muito bem. Então, falta esse suporte para dar o conforto ao investidor no sentido de que ele está colocando o seu dinheiro em algo que é idôneo, embora com risco, que é mensurável. Acho que a resposta é trazer informação para o investidor de uma forma padronizada, para que ele consiga mensurar”.

João Paulo, do Invest Minas, afirmou que há carência de maturidade não apenas no desenvolvimento do mercado de capitais, mas também na parte técnica do desenvolvimento dos projetos, mencionando que há detentores de projetos que não estão estruturados adequadamente para levar adiante seus empreendimentos e sequer dão ao mercado de capitais a oportunidade de fazer as perguntas que precisam ser feitas. Para ele, deve haver um ecossistema, uma cadeia de serviços especializados, com capacidade técnica para levar os projetos adiante.

Perguntado sobre os próximos passos a serem dados para concretização do Fundo proposto pelo BNDES, Pedro Paulo Mesquita disse que o fundo tem o papel também de aglutinador para impulsionar, de fato, o ecossistema de investimento para trazer novos investidores que atuam no Brasil. mas que ainda não analisaram uma tese de investimento na mineração. Ele também acredita que, de fato, o Fundo vai gerar uma atenção e mobilização de novos atores para a mineração no País. “E o momento não poderia ser melhor. Quando estivemos no PDAC, em 2020, havia um projeto de lítio que ainda não estava em operação no Vale do Jequitinhonha. E hoje, nós temos uma operação comprovada. Temos outros projetos lá no entorno avançando bem. Nós tínhamos perspectivas de um grande projeto de terras raras, com recursos de argila iônica. Hoje, nós temos projeto em produção e recentemente foram anunciados outros projetos, reconhecidos por muitos como dos melhores projetos em nível mundial. Então, o momento, de fato, não poderia ser melhor para tomarmos essa decisão, dentro da estratégia do BNDES, muito vinculada à transição energética e ao Plano Nacional de Fertilizantes, para apoiar o desenvolvimento desses empreendimentos no Brasil”, conclui.

Máquinas e Equipamentos

O Estado de S.Paulo - SP   20/03/2024

A Câmara aprovou nesta terça-feira, 19, um projeto que autoriza o uso da chamada “depreciação acelerada”, com incentivo fiscal para estimular a indústria a investir em novas máquinas e equipamentos.

A renúncia de receitas do governo com a medida estará limitada a R$ 1,7 bilhão em 2024. Foram 314 votos a favor e 96 contra. O texto vai agora para análise do Senado. A proposta faz parte da Nova Indústria Brasil (NIB), programa lançado em janeiro pelo governo para alavancar o setor.

A “depreciação acelerada” funciona como uma antecipação de receita para as empresas em um período de dois anos. Toda vez que adquire um bem de capital, a indústria pode abater seu valor nas declarações futuras de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Em condições normais, esse abatimento é gradual, feito em até 25 anos, à medida que o bem vai se depreciando.

Uma mudança feita pelos deputados em relação ao texto enviado pelo governo foi a de estabelecer que o prazo para abatimento do imposto das máquinas adquiridas no prazo de dois anos comece a valer a partir da promulgação ou da regulamentação da lei, e não no dia 1º de janeiro de 2024. O relatório final também incluiu a permissão para que equipamentos importados possam também ser incluídos na lei.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, titular da pasta da Indústria, Comércio e Serviços no governo Lula, elogiou nesta terça-feira a rapidez que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deu para a tramitação do projeto.

“Nós precisamos renovar o parque industrial que está envelhecido, trocar as máquinas e equipamentos para ganhar competitividade. Eu compro uma máquina e levo 10, 15 anos para depreciar. Por esse projeto, vai ser depreciada em dois anos”, disse, em sessão solene de lançamento da Agenda Legislativa da Indústria, no plenário da Câmara.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   20/03/2024

Elon Musk parecia estar em um estado de espírito desafiador na quarta-feira, quando se apresentou aos funcionários da fábrica da Tesla perto de Berlim, uma semana depois que um incendiário ateou fogo em um poste de alta tensão e paralisou a produção.

“Eles não podem nos deter”, disse Musk, o presidente executivo da empresa, aos trabalhadores em uma tenda gigante ao lado da fábrica.

No entanto, há muitos sinais de que a Tesla pode não ser tão imparável quanto parecia. As vendas de carros da empresa não estão mais crescendo em ritmo acelerado. As montadoras chinesas e marcas estabelecidas, como BMW e Volkswagen, estão inundando o mercado com carros elétricos. E a Tesla tem sido lenta em responder com novos modelos.

Os muitos empreendimentos externos de Musk e sua propensão a fazer declarações políticas polarizadoras e atacar pessoas das quais discorda levantaram dúvidas sobre o quanto ele continua concentrado na administração da Tesla. Wall Street está cada vez mais preocupada com a empresa: o preço das ações da Tesla perdeu um terço de seu valor este ano, mesmo quando os principais índices de ações atingiram recordes de alta.

“Uma aposta na Tesla sempre foi uma aposta em Musk”, disse Eric Talley, professor da Columbia Law School, que se concentra em direito corporativo, governança e finanças.

Em uma entrevista com o ex-âncora de televisão Don Lemon, que foi transmitida online na segunda-feira, Musk ignorou a queda no preço das ações da empresa como parte do ciclo.

“As ações sobem e descem, mas o que realmente importa é que estamos fabricando e entregando ótimos produtos”, disse Musk.

Parada na produção

A parada de produção de uma semana na fábrica da Tesla em Grünheide, a segunda neste ano, foi apenas um contratempo temporário. Mas a queda no preço das ações indica que os investidores estão reavaliando as perspectivas de longo prazo da Tesla e não têm mais certeza de que a empresa (que ainda vale mais do que qualquer outra montadora) um dia dominará o setor.

Musk pode receber grande parte do crédito por ter incentivado outras montadoras a se concentrarem nos carros elétricos, provando que eles podem ser práticos, lucrativos e divertidos. O veículo utilitário esportivo Modelo Y, da Tesla, foi o carro mais vendido de qualquer tipo no mundo no ano passado.

Mas a Tesla não adicionou um veículo para o mercado de massa à sua linha desde que o Modelo Y foi colocado à venda em 2020. Montadoras chinesas como BYD, SAIC e Geely Auto estão lançando dezenas de novos modelos.

Analistas disseram que a Cybertruck, da Tesla, uma picape futurista que foi colocada à venda em números limitados no ano passado, provavelmente atrairia um grupo relativamente restrito de compradores devido ao seu alto preço e design não convencional. E, embora a Tesla esteja trabalhando em um carro elétrico que custaria cerca de US$ 25 mil, não se espera que ele seja colocado à venda em grande número até 2026.

“Estou um pouco surpreso que, a essa altura, ainda não tenha surgido a próxima novidade”, disse Michael Lenox, professor de administração de empresas da Universidade da Virgínia, que estuda setores que estão passando por mudanças tecnológicas.

A Tesla tem ajustado repetidamente os preços em resposta à demanda, reduzindo-os para aumentar as vendas e, às vezes, aumentando-os novamente. Embora os cortes tenham ajudado a tornar os carros elétricos mais acessíveis, os analistas dizem que a estratégia corroeu os lucros da empresa sem fazer muito para aumentar a receita. Os cortes também reduziram drasticamente o valor de revenda dos carros da Tesla, pois ninguém paga mais por um carro usado do que por um novo.

A estratégia treina os possíveis compradores a “esperar por um negócio”, disse Gary Black, sócio-gerente do Future Fund, no X. Black, que tem mais de 400 mil seguidores no X, do qual Musk é proprietário, há muito tempo é um otimista da Tesla, mas o fundo recentemente vendeu algumas de suas ações da empresa.

Concorrência no setor de carros elétricos

A Tesla enfrenta uma concorrência particularmente intensa na China, o maior mercado de automóveis do mundo, onde mais de um terço das vendas de carros novos são elétricos. A BYD ultrapassou a Tesla nas vendas globais de veículos elétricos nos últimos três meses de 2023 com uma ampla gama de sedãs, veículos utilitários esportivos e subcompactos baratos. Seu modelo Seagull é vendido por menos de US$ 12 mil na China.

Mesmo após os cortes de preços da Tesla, os sedãs Modelo 3 e os SUVs Modelo Y produzidos em uma fábrica em Xangai são muito mais caros do que muitos modelos chineses. As montadoras europeias e chinesas também estão lançando novos veículos elétricos em um ritmo vertiginoso. Mais de 150 serão colocados à venda até o final do ano, de acordo com o HSBC.

Ao mesmo tempo, a Tesla não está bem posicionada para competir no mercado de luxo porque seus carros não oferecem tantas comodidades quanto os carros fabricados por empresas como BMW ou Mercedes-Benz, disse John Helveston, professor assistente de gerenciamento de engenharia da Universidade George Washington, que estudou os hábitos de compra de carros dos chineses.

“Na China, há tantas opções excelentes que a Tesla fica no meio do caminho”, disse Helveston. “É um carro muito caro para o luxo que se obtém com ele”.

A Tesla não informou aos investidores como recuperará terreno na China, que gera a maior parte de suas vendas. A empresa não respondeu a um pedido de comentário feito pelo The New York Times.

“O que eles tirarão de sua caixa de ferramentas além de cortes de preços para mantê-los no mix em 2024?”, perguntou Tu Le, diretor administrativo da Sino Auto Insights, uma empresa de pesquisa. “A ferramenta de corte de preços perdeu sua eficácia.”

O desdém de Musk pela maneira estabelecida de fazer as coisas, bem como sua paixão por grandes desafios de engenharia, dificultou o lançamento rápido de novos produtos pela Tesla, disse Helveston.

O Cybertruck é um exemplo. Ele é feito de aço inoxidável, que resiste melhor à ferrugem do que o aço convencional, mas é notoriamente difícil de trabalhar. O caminhão chegou com dois anos de atraso e consumiu recursos que poderiam ter sido usados em produtos com apelo mais amplo.

“A Tesla poderia estar se saindo muito melhor do que está se tivesse sido menos agressiva na tentativa de fazer tudo novo e usado metade do conhecimento que existe e que funciona”, disse Helveston.

Mas fazer coisas novas entusiasma Musk, que riu com alegria ao contar a Lemon sobre a versão renovada do carro esportivo Roadster da empresa, que ele disse que a Tesla planejava lançar no final do ano. O veículo combinará a tecnologia da Tesla e de sua empresa de foguetes, a SpaceX, “para criar algo que não é realmente um carro”, disse ele.

Na Europa, o Modelo Y foi o carro elétrico mais vendido no ano passado. Mas a Volkswagen e suas marcas Audi, Skoda e SEAT juntas venderam mais veículos elétricos do que a Tesla no continente, de acordo com a Schmidt Automotive Research. As vendas do Modelo Y caíram no final do ano depois que a Alemanha e outros países cortaram os subsídios.

A Tesla também pode sofrer com as restrições que a União Europeia está considerando impor às importações chinesas. Todos os sedãs do Modelo 3 vendidos na Europa e o Modelo Y com volante à direita para a Grã-Bretanha são importados de Xangai. A Tesla é responsável por um de cada quatro carros fabricados na China importados pela Europa, de acordo com Schmidt.

“Isso reduziria as margens de lucro, que têm sido impressionantes, mas ainda assim reduzidas, e criaria um campo de jogo mais equilibrado para as montadoras europeias que têm fabricado localmente”, disse Matthias Schmidt, fundador da empresa de pesquisa. Ele observou que a França levou as políticas protecionistas um passo adiante ao restringir os subsídios governamentais para a compra de veículos elétricos àqueles produzidos na União Europeia. A Itália indicou que pode fazer o mesmo.

Musk também é uma fonte de incerteza. Em janeiro, um juiz de Delaware rejeitou seu pacote salarial, no valor de mais de US$ 50 bilhões, dizendo que o conselho de administração da Tesla usou um processo falho na negociação de sua remuneração. Em resposta, Musk ameaçou transferir o registro corporativo da Tesla de Delaware para o Texas.

A diretoria da Tesla não revelou um novo pacote de remuneração para ele. Musk, que supervisiona a SpaceX e vários outros negócios além da Tesla e da X, ameaçou buscar novos empreendimentos não especificados fora da Tesla, a menos que lhe seja dado o controle de 25% da empresa. Atualmente, ele tem cerca de 13%.

“Agora você tem um CEO mal-humorado”, disse Talley, da Columbia Law School. “O que isso pressagia para a capacidade da Tesla de chamar a atenção de Musk? É possível que ele simplesmente se desligue da empresa?”.

A visita do Musk a Grünheide parece ter sido programada para mostrar aos funcionários na Alemanha, alguns dos quais manifestaram preocupação com sua segurança após o incêndio criminoso, que ele continua comprometido com a empresa e a fábrica. A fábrica está produzindo cerca de 300 mil carros por ano, mas pretende expandir esse número para até um milhão.

Quando os repórteres perguntaram se ele pretendia seguir esse plano, Musk respondeu: “Sim, com certeza”.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Monitor Digital - RJ   20/03/2024

Até o final de fevereiro, mais de 200 bilhões de yuans (cerca de US$ 28 bilhões) em empréstimos foram aprovados no âmbito do mecanismo da “lista branca” para apoiar cerca de 6 mil projetos imobiliários em 276 cidades em todo a China, informou o Ministério da Habitação e Desenvolvimento Urbano-Rural.

O mecanismo da “lista branca” foi lançado no final de janeiro de 2024. Através desse sistema, as autoridades locais recomendam às instituições financeiras projetos imobiliários elegíveis para apoio financeiro. Os governantes também estão em coordenação com os bancos para cumprir os requisitos desses projetos.

A China está impulsionando o mecanismo de financiamento da “lista branca” em um esforço para estabilizar o mercado imobiliário, afetado por problemas de dívida. O objetivo é aumentar a confiança numa indústria que representa quase 6% do PIB do país, de acordo com o Gabinete Nacional de Estatísticas.

A “lista branca” ajuda a garantir a conclusão de projetos imobiliários de qualidade desenvolvidos por empresas que enfrentam problemas de dívida, disse Zhang Dawei, analista-chefe da agência imobiliária Centaline Property.

Liu Shui, pesquisador da instituição de pesquisa imobiliária China Index Academy, disse que a medida ajudará a aliviar as dificuldades financeiras dos promotores imobiliários e a estabilizar as expectativas do mercado.

Espera-se que o mecanismo da “lista branca”, juntamente com os esforços do país para avançar na construção de habitação acessível, na construção de infraestruturas públicas para uso normal e de emergência e na renovação de aldeias nas cidades, estabilize o mercado imobiliário, disse Liu.
Multa milionária para Evergrande

Os reguladores chineses planejam proibir Xu Jiayin, presidente da incorporadora imobiliária Evergrande Group, de atuar no mercado de valores mobiliários para o resto da vida, anunciou a empresa nesta segunda-feira. O grupo Evergrande é uma das faces mais visíveis da crise imobiliária.

A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC) acusou Xu de “tomar decisões e organizar fraudes financeiras”, disse o Evergrande Real Estate Group em documentos apresentados às Bolsas de Valores de Xangai e Shenzhen.

O Evergrande Real Estate Group receberá uma advertência e uma multa de 4,18 bilhões de yuans (cerca de US$ 580 milhões) pela emissão de informações falsas em seus relatórios anuais de 2019 e 2020, por suspeita de fraude na emissão de títulos corporativos e por não divulgar as informações exigidas de maneira oportuna. A CSRC emitirá uma advertência a Xu e uma multa de 47 milhões de yuans (quase US$ 6,63 milhões).

FERROVIÁRIO

Valor - SP   20/03/2024

O "people mover" aeromóvel, como é chamado o trem que irá circular em uma estrutura elevada, foi colocado no trilho com um guindaste

O primeiro dos três trens que ligarão a estação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) aos terminais de embarque e desembarque do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, chegou ao local na última sexta-feira (15).

O "people mover" aeromóvel, como é chamado o trem que irá circular em uma estrutura elevada, foi colocado no trilho com um guindaste.

Ainda não há previsão para a chegada das outras duas composições. A ligação terá uma extensão de 2,7 km.

O sistema que ligará a estação aos terminais foi inicialmente prometido para o primeiro trimestre deste ano. Depois, o prazo passou para até o segundo semestre. Agora, a Gru Airport, concessionária que administra o aeroporto internacional, afirma que a entrega do projeto está prevista para 2024.

O aeromóvel terá capacidade para transportar 2.000 usuários por hora em cada direção. O trem é composto por dois carros articulados que pesam 16 toneladas e deverá levar até 200 passageiros por viagem. Mas é possível fazer outras configurações. Cada partida é estimada em quatro minutos.

A obra está sendo executada pelo consórcio AeroGRU e contempla a construção de uma estação em cada um dos três terminais de passageiros do aeroporto e uma estação junto à da CPTM.

Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, agora será feito o processo de comissionamento, testes e certificação de segurança.

Como chegar no Aeroporto de Guarulhos

Atualmente, há duas opções para se chegar pelo sistema ferroviário ao aeroporto de Cumbica. Uma delas é a linha 13-jade, com saída da estação Engenheiro Goulart, na zona leste de São Paulo, com primeira partida às 4h, em dias úteis, aos domingos e feriados, e às 4h40, aos sábados, sempre com embarques até meia-noite. Nos dias úteis os intervalos entre os trens variam de 15 a 20 minutos.

A outra alternativa é o Expresso Aeroporto, que também circula na linha 13, a partir da estação Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, com embarque de hora em hora a partir das 5h até a meia-noite. Nos dois casos, a tarifa custa R$ 5.

O problema é que os terminais do aeroporto ficam a cerca de 2,5 km da estação da CPTM, o que obriga os usuários a pegarem um dos ônibus gratuitos cedidos pela GRU Airport para completar o deslocamento.

A instalação de vigas, cuja altura varia de 4 metros a 11 metros, começou em 2022, após autorização do TCU (Tribunal de Contas da União). Cada uma pesa 136 toneladas e tem 30 metros de comprimento.

O custo total foi estimado, no ano passado, em R$ 301 milhões. No anúncio do início das obras pelo então governador João Doria (hoje sem partido, na época no PSDB), em fevereiro de 2022, o investimento estava orçado em R$ 272 milhões — os valores não foram corrigidos pela inflação. O pagamento será custeado com recursos da outorga da concessionária.

Na época do anúncio do início das obras, Doria disse ser "bizarra" a desconexão entre a linha 13-jade com o aeroporto de Cumbica.

"Não faz sentido transporte público que não leva até o aeroporto. É tão bizarro que é difícil acreditar que isso tenha sido feito no Estado de São Paulo", disse Doria, em entrevista no início do ano passado.

A estação de trem nas imediações do aeroporto foi inaugurada pelo então governador e atual vice-presidente Geraldo Alckmin (na época no PSDB e hoje no PSB) dias antes de ele deixar o Palácio dos Bandeirantes para disputar a Presidência da República, em 2018, mas sem chegar a Cumbica.

A estação Aeroporto-Guarulhos chegou a ser prometida para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil, e foi entregue a 75 dias da competição, só que a realizada na Rússia, em 2018.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   20/03/2024

O diretor de Exploração e Produção da Petrobrás, Joelson Mendes, disse hoje (19) que a resiliência e a competitividade do portfólio de áreas de E&P da companhia, em função do perfil da produção, tem maior eficiência pelas soluções tecnológicas desenvolvidas para reduzir as emissões. Joelson participou do painel “Global Competitiveness of Latin American Upstream” na CERAWeek, que está sendo realizada em Houston, nos Estados Unidos, até a próxima sexta-feira (22). O painel reuniu representantes da indústria de energia na América Latina, que reconhecem o Brasil como a área mais promissora para investimentos na região.

O executivo ressaltou que a companhia voltou a investir na exploração de novas áreas e que as novas tecnologias adotadas permitiram reduzir substancialmente o custo com poços em comparação ao início da exploração do pré-sal, há cerca de 15 anos. “A história da Petrobrás vem da exploração. Não temos histórico de aquisição de áreas. Nós temos programas internos que permitiram aumentar nossas possibilidades de descoberta e reduzir custos em poços.“

A previsão da companhia é investir US$ 7,5 bilhões nos próximos cinco anos na prospecção e exploração de petróleo e gás em áreas, por exemplo, na Bacia de Santos, Bacia de Pelotas e Margem Equatorial. O diretor também anunciou que a Petrobrás pretende perfurar dois poços exploratórios na Colômbia (Tayrona) e destacou o desenvolvimento da área em águas profundas do Sergipe, no Nordeste do Brasil. A companhia também vem investindo em tecnologias digitais para caraterização de reservatórios. Neste sentido, estima investir cerca de US$ 4 bilhões para aquisição de sísmica de alta resolução até 2028.

O Estado de S.Paulo - SP   20/03/2024

A Petrobras e o Ministério de Minas e Energia travaram um duelo na semana passada, quando ainda não havia assentado a poeira da divergência sobre o pagamento de dividendos extraordinários da petroleira. Com o apoio maciço do agronegócio, a Câmara aprovou, na noite da última quarta-feira, 13, um projeto que impõe a adição de biometano ao gás natural a partir de 2026, o que desagradou à Petrobras e levou a indústria a fazer contas. O Ministério de Minas e Energia, por sua vez, ficou do lado oposto.

Pelos cálculos da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a adição de 10% de biometano ao gás natural, limite máximo previsto na lei, implicará gastos extras de R$ 1,712 bilhão à indústria, que é a maior consumidora de gás natural (usa tanto como combustível como matéria-prima).

A associação afirma que a iniciativa pode levar a “aumento significativo dos custos operacionais das empresas, levando até mesmo à paralisação de unidades produtivas”, uma vez que o biometano é mais caro do que o gás natural. Produtores de vidros e de energia elétrica, por meio de termelétricas, também estão insatisfeitos – o que, de maneira inusitada, colocou vendedores (no caso, a Petrobras) e consumidores de gás natural do mesmo lado.

“É uma venda casada, as empresas não podem ser obrigadas a comprar biometano junto com o gás”, afirma o presidente da Abiquim, André Passos Cordeiro. “O gás já é mais caro no Brasil, o que faz com que muitos dos meus associados prefiram queimar biomassa, como cavacos de madeira, apesar da menor eficiência energética. O aumento do custo do gás só fará com que a nossa indústria perca capacidade de competir com os importados”.

A lei aprovada na Câmara fixa como obrigatória a adição de 1% de biometano ao gás natural a partir de janeiro de 2026. O porcentual poderá ser alterado pelo Comitê Nacional de Política Energética (CNPE) até o teto de 10%. O texto agora tramita no Senado, onde será relatado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

Representantes do setor de biometano afirmam que a obrigação poderá ser cumprida por meio da compra de certificados pelos consumidores de gás natural – ou seja, não necessariamente será feita a mistura do combustível ao gás derivado do petróleo. E argumentam que, assim como o etanol e o biodiesel, o biometano também merece receber estímulos para se desenvolver, por ser uma fonte renovável.

O projeto de lei que tratou do tema, batizado de PL do “combustível do futuro”, começou a ser debatido em 2021, sob a ótica de inserir combustíveis mais limpos nos transportes de mobilidade urbana. Tanto que há um capítulo dedicado ao aumento da mistura de etanol à gasolina e outro sobre o biodiesel no diesel.

Em novembro do ano passado, o biometano entrou nas discussões como ingrediente do gás natural. A iniciativa partiu do relator, o deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), em diálogos com a Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), e recebeu a bênção de políticos ligados ao agronegócio. Em 28 de fevereiro, a exigência se materializou no relatório do parlamentar, duas semanas antes da votação.

A principal fonte potencial de biometano no Brasil são as usinas de cana-de-açúcar, que fazem o gás com o bagaço que sobra da produção. Atrás, estão grandes produtores de proteína animal e, em seguida, os produtores agrícolas. Dos seis empreendimentos que hoje atuam na oferta de biometano no País, há dois aterros sanitários – um no Rio e outro no Ceará – que vendem o gás embarcando em caminhões que alimentam siderúrgicas e veículos pesados.

Não há uma rede de escoamento desse gás, tampouco ele está conectado à rede nacional do gás natural. A indústria consumidora afirma, por essas razões, que o biometano é mais caro.

A Petrobras chegou a apresentar uma nota técnica indicando o efeito adverso da exigência sobre o preço do gás ao relator, mas não o convenceu. “Tem muitos setores entusiasmados com o biometano e a cadeia que ele vai propiciar é extraordinária”, afirma Arnaldo Jardim. “Um por cento de adicional no gás natural em 2027, mesmo se o biometano for o dobro do gás natural, significa um acréscimo de 1% no custo. Não há impacto estruturante, e o custo não é tão diferenciado assim.”

A adição do biometano também foi ideia acolhida pelo secretário de óleo e gás do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes, que vetou os argumentos da Petrobras em reunião reservada na Casa Civil, segundo relatos obtidos pelo Estadão.

Na quarta-feira, ele postou uma foto tirada com Arnaldo Jardim no plenário da Câmara em suas redes sociais. Na legenda, o seguinte comentário: “Texto construído no Executivo sob liderança do ministro Alexandre Silveira no Ministério de Minas e Energia e aperfeiçoado pelo deputado federal Arnaldo Jardim”.

Mendes é o principal nome de Silveira no conselho de administração da Petrobras, onde o ministro vem travando disputas nem sempre reservadas contra o presidente da petroleira, Jean Paul Prates. Dessa vez, assim como no embate sobre os dividendos, a Casa Civil pendeu para o lado de Silveira, e o texto foi aprovado com o apoio das lideranças do governo e do PT na Câmara.

“O governo apoiou o projeto. Casa Civil, Secretaria de Relações Institucionais, Minas e Energia, MDIC, todos com quem me relacionei apoiaram o projeto”, afirma Jardim. “Os setores que estão reclamando ficaram isolados até na indústria, os produtores de equipamentos ficaram entusiasmados, por exemplo”.

O principal argumento da Abiogás em favor do biometano é que os preços tendem a cair à medida que mais investimentos forem feitos no setor – o que no jargão técnico se chama de ganhos de eficiência.

Renata Isfer, que é presidente da entidade, afirma que há 28 projetos de produção de biometano em análise na ANP (Agência Nacional do Petróleo), o que poderia fazer com que a capacidade produtiva atual, avaliada em 1,4 milhão de metros cúbicos (inclusive para auto-consumo), seja elevada para 6,8 milhões em 2029.

“Vai ter volume suficiente. Mas o fato de haver um incentivo na lei vai fazer o pessoal se chacoalhar para fazer mais”, afirma Isfer. “Uma planta de biogás sai do papel em um a dois anos”.

A queixa de consumidores é que não se pode prever quanto tempo vai levar até que esse ganho seja obtido, menos ainda se na escala necessária para atender ao mercado brasileiro a fim de se alcançar a marca aspiracional de 10%.

As empresas do setor de petróleo, representadas pelo Instituto Brasileiro do Petróleo e Gás Natural (IBP), são críticas da exigência e alegam que se trata de uma reserva de mercado, uma saída antiquada para um combustível que se vende como do futuro. O custo de se dar garantia de demanda aos fabricantes de biometano ao final recairá sobre os consumidores de todos os produtos, indiretamente.

“Já existem muitas indústrias que querem o biometano, por uma estratégia de descarbonização. Há mais demanda do que oferta hoje. Mas há outros consumidores que não têm essa necessidade ou não têm como absorver o preço a mais. Então, deixe o mercado se ajustar”, afirma Sylvie D’Apote, diretora executiva de Gás do IBP. “Não há porque o biometano custar o mesmo que o gás natural, uma vez que traz como atributo ser um combustível renovável.”

No meio da discussão, não faltou quem não propusesse como alternativa que os custos extras fossem bancados pelo Tesouro, ou que o BNDES subvencionasse por meio de linhas de crédito mais baratas o aumento da produção de biometano.

As iniciativas foram apresentadas como emendas ao texto de Jardim, que vedou a alteração no seu texto durante a tramitação na Câmara. Isso não impede, contudo, que novas tentativas sejam feitas no Senado, o que pode empurrar para os cofres públicos a solução do impasse entre os consumidores de gás e os fabricantes do biometano.

Arnaldo Jardim afirma que ele conteve esse movimento durante a tramitação na Câmara, como parte do acordo que firmou com o governo de que a conta não pesaria sobre a meta fiscal. Não se sabe, porém, como será terminará a tramitação do projeto no Congresso, nem quem serão os financiadores das redes que deverão ser construídas para escoar o novo combustível.

Procurados, a Petrobras e o Ministério de Minas e Energia não se pronunciaram.

Infomoney - SP   20/03/2024

O petróleo fechou em alta nesta terça-feira, 19, em meio a expectativas por aumento na demanda global, diante de tensões geopolíticas, resiliência da economia dos EUA e recuperação do crescimento na China. Contudo, analistas alertam que o “otimismo” pode ter fôlego curto, revertendo os ganhos recentes do óleo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para maio fechou em alta de 0,69% (US$ 0,57), a US$ 82,73 o barril, enquanto o Brent para maio subiu 0,56% (US$ 0,49), a US$ 87,38 o barril, na ICE.

Com o rali desta terça, os petróleos WTI e Brent renovaram o maior nível desde novembro de 2023 nas máximas intraday, a US$ 83,12 e US$ 87,70, respectivamente. Em nota, o UBS observou que o movimento ocorre em resposta aos sinais de um mercado de energia mais apertado, apesar do fortalecimento do dólar, que tende a encarecer a commodity para detentores de outras moedas. O banco suíço destacou que os dados de demanda têm sido positivos até o momento.
Em geral, analistas apontam que esta perspectiva de aperto na oferta do óleo resulta de um conjunto de fatores: a extensão nos cortes voluntários de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), os ataques da Ucrânia em refinarias da Rússia e sinais de demanda e crescimento econômico dos EUA e da China.

Contudo, o TD Securities alerta que isso deixa os mercados de energia “vulneráveis ao declínio no sentimento de demanda”. “Os algoritmos estão menos dispostos a prover apoio para o petróleo bruto, onde o prêmio de risco de oferta está baixo e reduz o piso para os preços, deixando os mercados vulneráveis a uma decepção no lado da demanda”, afirmou o banco de investimentos.

Defasagem dos combustíveis praticados pela estatal em relação aos valores internacionais já chama a atenção e tema ganha força após falas recentes de Lula

O Julius Baer também vê fôlego limitado para o rali, considerando que o mercado de energia saiu de um estado de “escassez” para um de “abundância”. “Temos dificuldade em compartilhar o otimismo sobre aumento da demanda e preços. A força recente do petróleo e do ouro é guiada em maior parte por sentimento, ao invés de fundamentos, e reverterá a tendência ao longo do ano”, projetou o banco. No cenário do Julius Baer, os preços do petróleo devem cair a aproximadamente US$ 70 o barril em 2024.

O Estado de S.Paulo - SP   20/03/2024

A Petrobras vai perfurar dois poços no bloco de Tayrona, na Colômbia, informou nesta terça-feira, 19, o diretor de Exploração e Produção da petroleira, Joelson Mendes, em apresentação na CeraWeek, em Houston, Estados Unidos, maior evento global da indústria de petróleo e gás natural.

Tayrona chegou a ser posto à venda em setembro de 2020 pelo governo Bolsonaro, mas a venda foi suspensa pela nova gestão em maio do ano passado. O ativo é operado pela Petrobras, que tem 44,44% de participação, em parceria com a Ecopetrol.

A expectativa é que se descubra gás natural na região. Em 2022, a Petrobras descobriu gás em águas profundas do poço exploratório Uchuva-1. Ele está a 32 km da costa e a 76 km da cidade de Santa Marta, em uma lâmina d’água de aproximadamente 830 metros.

Tecnologia

O diretor participou do painel “Global Competitiveness of Latin American Upstream”, que reuniu representantes da indústria de energia na América Latina. Mendes ressaltou que a companhia voltou a investir na exploração de novas áreas e que as novas tecnologias adotadas permitiram reduzir substancialmente o custo com poços em comparação ao início da exploração do pré-sal, há cerca de 15 anos.

“A história da Petrobras vem da exploração. Não temos histórico de aquisição de áreas. Nós temos programas internos que permitiram aumentar nossas possibilidades de descoberta e reduzir custos em poços”, disse o executivo durante a apresentação.

Segundo o Plano Estratégico da companhia para o período 2024-28, a Petrobras prevê investir US$ 7,5 bilhões na prospecção e exploração de petróleo e gás em áreas como as bacias de Santos, Pelotas e na Margem Equatorial brasileira, entre outras.

TN Petróleo - RJ   20/03/2024

De 2 a 4 de abril, o Espírito Santo será palco do Vitória PetroShow 2024, evento que promete movimentar o setor de óleo e gás no estado. Com uma programação estratégica voltada para networking e negócios, espera-se uma circulação estimada de mais de 4.500 profissionais nos três dias de evento.

Com uma rodada de negócios estimada em R$ 150 milhões a curto prazo, o Vitória PetroShow 2024 apresenta um novo conceito, focado na geração de oportunidades e parcerias estratégicas. "O evento introduz um novo conceito com formatos mais voltados para a geração de negócios", destaca Nicolás Honorato, diretor da Austral Energy Consulting, uma das empresas realizadoras do evento.

"Nossa expectativa é que mais de 4.500 pessoas circulem nos três dias de evento. Vamos fortalecer a indústria local, atrair investimentos e promover o desenvolvimento da cadeia produtiva", afirma José Maria Cola, presidente da Sociedade Espírito-Santense de Engenheiros (SEE), uma das instituições realizadoras do evento.

Entre as atrações, destacam-se a Exposição FECAPGE, a Conferência PetroSul, as Arenas ESG e Inovação, além do PetroSupply Meeting e Visitas Técnicas. A programação visa promover o intercâmbio de ideias, apresentar novas tecnologias e fortalecer o networking entre os participantes. Além disso, o evento conta com a participação de renomados palestrantes do setor, tais como:

Márcio Félix, Presidente da ABPIP - Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás; Heloísa Borges, Diretora de Estudos do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis na EPE; Guilherme Papaterra, Board Technical Advisor da ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; Lucas Lima, Head de Regulação e Relações Institucionais da EnP - Energy Platform; Juan Alves, VP de produção na Seacrest; Fabíola Forza, Gerente de transformação digital na Seacrest; Fátima Ribeiro, Gerente de ESG na Seacrest; Mauro Destri, Diretor na Destri Energy; Carlos Henrique Pereira, Sales Engineer na SLB, entre outros.

Vitória PetroShow 2024

Quando? 2 a 4 de abril de 2024

Onde? Centro de Convenções de Vitória - Rua Constante Sodré, 157, Santa Lúcia, Vitória - ES, 29055-420

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do site oficial do evento em www.vitoriapetroshow.com.br

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