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18 de Abril de 2024

SIDERURGIA

O Estado de S.Paulo - SP   18/04/2024

O presidente americano Joe Biden quer triplicar as tarifas sobre o aço e o alumínio chineses importados pelos Estados Unidos, dizendo que há uma “concorrência desleal” que penaliza os trabalhadores americanos, anunciou a Casa Branca nesta quarta-feira, 17, quase seis meses antes da eleição presidencial.

“As políticas e os subsídios da China em favor de seus fabricantes nacionais de aço e alumínio significam que os produtos americanos de alta qualidade estão sendo prejudicados”, disse a Casa Branca em um comunicado.

Biden, que aos 81 anos espera ser reeleito em novembro contra Donald Trump, pede assim ao seu Representante de Comércio (USTR) que considere “triplicar as tarifas atuais”, de 7,5% em média, impostas a parte do aço e alumínio chineses importados pelos Estados Unidos.

Biden está viajando nesta quarta-feira para Pittsburgh, Pensilvânia, uma cidade com um grande passado industrial, no segundo dia de uma turnê por esse Estado-chave para a eleição presidencial. O presidente democrata quer convencer que é o melhor aliado dos trabalhadores e dos sindicatos, e visitará a sede do sindicato dos metalúrgicos, o USW.

Recentemente, ele ganhou o apoio deles para a eleição depois de se opor à aquisição do grupo siderúrgico norte-americano US Steel pela japonesa Nippon Steel. Ao mesmo tempo, Washington anunciou o lançamento de uma investigação sobre “práticas chinesas injustas nos setores de construção naval, transporte marítimo e logística”.

A investigação será realizada pelo Escritório do Representante Comercial e vem em resposta a uma solicitação de vários sindicatos desses setores, que denunciam as políticas chinesas como “mais agressivas e intervencionistas do que as de qualquer outro país”. “O aço é um componente essencial de nossa indústria nacional de construção naval”, disse a Casa Branca.

Os anúncios da Casa Branca ocorrem em um cenário de grande rivalidade com a China, apesar do diálogo renovado entre as duas maiores economias do mundo e das medidas para reduzir a dependência dos EUA das indústrias chinesas. “O aço fabricado nos EUA continua sendo essencial para nossa segurança econômica e doméstica”, embora “os produtos americanos de alta qualidade estejam competindo com alternativas artificialmente baratas produzidas com emissões de carbono mais altas”, enfatizou a Casa Branca.

Efeitos colaterais

Tarifas de importação mais altas podem, porém, acarretar grandes riscos econômicos. O aço e o alumínio podem se tornar mais caros, possivelmente aumentando os custos de carros, materiais de construção e outros bens importantes para os consumidores dos EUA.

A inflação já foi um empecilho para a sorte política de Biden, e sua guinada em direção ao protecionismo ecoa o manual de seu antecessor e oponente nas eleições deste outono, Donald Trump.

O ex-presidente impôs tarifas mais amplas sobre os produtos chineses durante seu governo e ameaçou agora aumentar as taxas sobre os produtos da China, a menos que eles negociem nos termos que ele prefere, enquanto faz campanha para um segundo mandato. Uma análise externa da consultoria Oxford Economics sugeriu que a implementação das tarifas propostas por Trump poderia prejudicar a economia geral dos EUA.

Altos funcionários do governo Biden disseram que, ao contrário do governo Trump, eles estavam buscando uma abordagem “estratégica e equilibrada” para as novas tarifas. A China produz cerca de metade do aço do mundo e já está produzindo muito mais do que seu mercado interno precisa. Ela vende aço no mercado mundial por menos da metade do preço do aço produzido nos EUA, disseram as autoridades.
Guerra comercial

O movimento de Biden chega em um momento de tensão comercial do mundo em relação à China. O país asiático anunciou esta semana que sua economia cresceu mais do que o esperado nos primeiros três meses do ano - 5,3%, na comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento é baseado na estratégia de construção de novas fábricas e aumento das exportações, uma forma de combater uma grave crise imobiliária e os gastos lentos dos chineses.

Para estimular o crescimento, a China, a segunda maior economia do mundo, recorreu a uma tática já conhecida: investir pesadamente em seu setor de manufatura, incluindo uma fartura de fábricas que ajudaram a impulsionar as vendas de painéis solares, carros elétricos e outros produtos em todo o mundo.

Mas a aposta da China nas exportações tem preocupado muitos países e empresas estrangeiras. Eles temem que uma enxurrada de remessas chinesas para mercados distantes possa prejudicar seus setores de manufatura e levar a demissões.

Durante as reuniões de alto nível realizadas este mês com autoridades chinesas, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, alertou que a inundação dos mercados com exportações interromperia as cadeias de suprimentos e ameaçaria os setores e os empregos.

O chanceler Olaf Scholz, da Alemanha, por sua vez, expressou preocupações semelhantes em uma visita à China, embora também tenha alertado contra o crescimento do protecionismo na Europa. / AFP, AP e The New York Times

Valor - SP   18/04/2024

Aumento das tarifas americanas ao aço e alumínio chineses podem levar o Brasil a replicar o movimento, atualizando as tarifas e protegendo a indústria local

A recomendação feita pelo presidente americano, Joe Biden, para que a representante comercial dos Estados Unidos aumente para 25% a tarifa sobre o aço e o alumínio importados da China pode causar — caso seja implementada — um aumento das exportações desses produtos do país asiático para o Brasil.

Especialistas ouvidos pelo Valor, no entanto, acreditam que é possível que o governo brasileiro também acabe elevando as alíquotas para o aço e alumínio chineses, como forma de resguardar a indústria.

Para José Augusto de Castro, presidente da Associação do Comércio Exterior do Brasil (AEB), a medida, caso implementada, vai causar a elevação da importação de aço chinês no Brasil. Ele crê que a saída será o aumento da tarifa brasileira, que hoje, na média, está abaixo de 10%, e vê espaço para que o governo implemente essa correção nas alíquotas.

Entre janeiro e março, o Brasil importou 1,298 milhão de toneladas de aço, o que representou, segundo dados do Instituto Aço Brasil, um aumento de 25,4% frente a igual período do ano passado. A maior parte desse volume vem da China.

“Vai aumentar o volume dentro do que já está crescendo”, diz Castro, sobre o efeito esperado no Brasil caso o aumento de tarifa seja implementado nos EUA.

Triangulação comercial

Livio Ribeiro, sócio da BRCG e pesquisador associado do FGV Ibre, ressalta que, caso se repita o que aconteceu no passado recente quando os EUA subiram as tarifas sobre produtos chineses, pode acontecer uma triangulação comercial. Ele explica que em 2018 e 2019, quando o governo americano elevou tarifas, diminuíram as importações americanas vindas da China, mas subiram na mesma proporção as compras a partir de países como o Vietnã, que até então não tinha tradição em exportar aqueles bens para os EUA.

Segundo ele, essa mudança na origem das exportações foi sendo percebida com o tempo e houve o aumento de tarifas bilaterais para outros países além da China para evitar que os produtos chineses fossem exportados a partir dessas nações.

“Mas, para o Brasil, o efeito é que a China vai tentar colocar aço em todos os lugares”, diz Ribeiro, que acrescenta que, no comércio exterior, “o primeiro tiro é seguido de outros diversos tiros”. “Vários países protegerão suas indústrias”, afirma.

Ele também acredita que o Brasil, caso se confirme o aumento das alíquotas por parte dos EUA, deverá elevar suas tarifas sobre o aço chinês. “Acaba sendo isso. Uma guerra comercial nunca acaba sendo só entre dois países”, pondera.

Grandes Construções - SP   18/04/2024

Para reduzir ruídos do tráfego nas grandes cidades e criar mais uma possibilidade de destino correto para os resíduos gerados pela construção civil, a Belgo Arames apoiou um estudo cuja solução pode diminuir em até 24% a poluição sonora causada pelo trânsito.

O projeto inédito faz parte do mestrado de Cidades Inteligentes e Sustentáveis intitulado “Utilização de resíduos de Construção Civil para preenchimento de gabiões caixa para execução de barreiras sonoras”, desenvolvido pelo professor pesquisador da Universidade Nove de Julho (UNINOVE) e engenheiro de aplicação da Belgo Arames Antonio Celso de Souza Junior.

Para montar a estrutura, o pesquisador optou pelo uso de uma inovação: o gabião da linha easyworks, da Belgo Soluções Geotech, primeiro em malha soldada da América Latina para uma fácil montagem e alta performance.

A avaliação técnica do uso de gabiões caixa eletrosoldados Easy S, material advindo da produção racional e sustentável da indústria 4.0, preenchidos com resíduos de construção civil para atenuar a poluição sonora nos centros urbanos é uma inovação nacional, que além de contribuir para a redução dos resíduos inservíveis dos canteiros de obras, proporciona a possibilidade do uso alternativo desses materiais para a criação de barreiras acústicas em locais estratégicos e próximos às rodovias de alto tráfego.

Barreiras acústicas já são adotadas em diversos países da Europa, em locais de grande incidência de veículos como rodovias e desemboque de túneis, porém a construção de uma barreira de material reciclado é novidade no mercado mundial.

“Para a aplicação, testei um material poroso que pudesse absorver as ondas sonoras com mais eficácia e que apresentasse alta resistência às intempéries da natureza. Por isso, escolhi o rachão da construção civil proveniente de resíduos reciclados da demolição de classe A. Nessa etapa contei com o apoio da Usina de Reciclagem de Entulho RIUMA”, diz Souza.

Os gabiões são gaiolas em aço galvanizado com dimensões pré-estabelecidas, utilizados em obras de infraestrutura, preenchidos por agregados obtidos pela britagem de rochas extraídas em jazidas e incorporados em obras de geotecnia para conter e estabilizar taludes em rochas, solos instáveis e erosões em obras civis, geotécnicas e hidráulicas.

Sustentabilidade – A pesquisa foi desenvolvida durante três anos e cumpriu com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) voltados para as cidades e comunidades sustentáveis, consumo e produção responsáveis e indústria, inovação e infraestrutura.

Durante os testes, Souza coletou ruídos em um corredor de alto tráfego veicular na avenida Paulista, uma das mais movimentadas de São Paulo.

A partir disso, montou barreira em escala real de 1 metro de altura por 4 metros de extensão, em um espaço controlado de laboratório e passou a avaliar a atenuação desse ruído com aparelho decibelímetro.

A medição em decibéis (dB) na avenida variou de 71 dB a 90dB, valores posicionados acima do recomendado pela norma 10151/2019, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para áreas mistas, com vocação comercial e administrativa, onde o limite é 60 dB no período diurno e de 55 dB no período noturno. A constatação foi que gabiões com materiais reciclados da construção civil são capazes de reduzir o ruído do trânsito de 17% a 24%, mesmo a 6 metros de distância da via.

Outros estudos complementares apontam que uma barreira em maior altura pode atenuar o ruído em até 60 decibéis.

O arame de aço é um material 100% reciclável e altamente durável, características que agregam maior custo-benefício ao projeto. Já o rachão de classe A da construção civil pode custar 70% menos se comparado a um material novo. Além do preço altamente competitivo, retira resíduos da natureza.

O estudo pioneiro tem a pretensão de servir como fonte para projetos de intervenção urbana em locais públicos que considerem a viabilidade da transformação das cidades brasileiras em locais inteligentes, sustentáveis e mais saudáveis nos próximos anos.

Globo Online - RJ   18/04/2024

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, quer triplicar as tarifas sobre o aço e o alumínio chineses importados pelo país, por considerar que há “uma concorrência injusta”, que prejudica os trabalhadores americanos. As tarifas chegariam a 25%, segundo a agência Bloomberg. A queixa contra as importações desses produtos não se resumem aos EUA: na próxima quarta-feira, o Brasil vai analisar um pleito do setor siderúrgico para elevar as tarifas sobre esses itens.

O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) deve analisar o pleito do setor siderúrgico para elevar, também a até 25%, as tarifas de importação de aço. Segundo interlocutores do governo, estão incluídos laminados, chapas e tubos.

Hoje, as alíquotas brasileiras estão em torno de 11%. O setor alega que há uma invasão de aço no Brasil, originário, principalmente, da China e da Rússia.

A Camex é formada por dez ministérios. Junto com o argumento de que um setor inteiro pode fechar empresas e demitir, há a preocupação com a inflação, já que um aumento de tarifa acaba tendo impacto nos preços ao consumidor.

Da parte dos grandes compradores de siderúrgicos, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, afirma que uma alta da tarifa para 25% faria com que o preço interno subisse 15%.

— Se o problema é o aço chinês, por que não pedir uma investigação por dumping ou subsídio? Por que não podemos comprar os produtos de outros países? — perguntou Velloso.

Evento de tecnologia acontece entre os dias 15-18 de abril

Já o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Marcelo Leite, disse que o aço representa o maior custo dos produtos. Leite afirmou que o segmento reconhece a importância de as indústrias siderúrgicas brasileiras se fortalecerem para concorrer com os importados e sugeriu que sejam realizados estudos, junto com o governo e todos os integrantes da cadeia.

— Queremos uma cadeia do aço pujante, com bastante vigor. Mas não se trata apenas de uma análise restrita à tarifa, e sim de encontrar formas de aumentar a competitividade — enfatizou Leite.

Em fevereiro deste ano, cinco produtos de aço que tiveram as tarifas de importação reduzidas em 2022 voltarão a pagar as alíquotas originais para entrar no país. O Gecex aprovou a medida, atendendo parcialmente a pedidos dos produtores nacionais, que alegavam concorrência desleal.

Há dois anos, o governo rebaixou unilateralmente em 10% o Imposto de Importação de uma série de insumos industriais. Segundo o Gecex, a decisão representava uma recomposição e o órgão continua a analisar pedidos para restaurar a alíquota de outros produtos abrangidos pela redução das tarifas.

Nos EUA, medida mais política que econômica

Nos Estados Unidos, Joe Biden, que disputa a reeleição, pediu ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR, sigla em inglês) para triplicar as tarifas atuais, de 7,5% em média, impostas a uma parte do aço e do alumínio chineses importados pelos Estados Unidos.

— As siderúrgicas chinesas não precisam se preocupar em lucrar, porque o governo chinês as subsidia. Não competem, trapaceiam — afirmou o presidente americano em Pittsburgh, na sede do sindicato United Steelworkers, que reúne os trabalhadores do setor. — Eu não quero um confronto com a China, mas sim uma concorrência justa.

Analistas, porém, consideram a medida mais política que econômica. Colin Hamilton, diretor-gerente de Commodities da gestora BMO Capital Markets, disse à Bloomberg que apenas 2% do aço e 4% do alumínio usados nos EUA ano passado vieram da China.

Pequim, no entanto, denuncia o que chama de “falsas acusações” de Washington. Em nota, o Ministério do Comércio chinês afirma que a investigação do USTR “interpreta de forma equivocada as atividades normais de comércio e investimentos como prejudiciais para a segurança nacional e os interesses das empresas americanas.” E acrescentou que os EUA “impõem os seus próprios problemas industriais à China.”

Os anúncios da Casa Branca são feitos em um contexto de forte rivalidade com a China, apesar do diálogo renovado entre as duas maiores economias mundiais.

O governo Biden mencionou “a preocupação crescente com o fato de as práticas comerciais desleais da China, como inundar o mercado com aço vendido abaixo do custo de mercado, estejam distorcendo o mercado global da construção naval e corroendo a concorrência.”

UE e América Latina

Além disso, a União Europeia acusa de Pequim de distorcer o mercado local, ao inundá-lo com produtos de baixo preço.

Na América Latina, a indústria siderúrgica, que gera 1,4 milhão de empregos, também pede maiores tarifas de importação. A principal siderúrgica chilena, Huachipato, anunciou recentemente a suspensão paulatina de suas operações se não receber uma proteção tarifária, pressionada pela avalanche de aço chinês comercializado até 40% mais barato do que o produzido no Chile. Cerca de três mil postos de trabalho estão em risco, afirma a empresa.

ECONOMIA

IstoÉ Online - SP   18/04/2024

O cenário de incerteza geopolítica, na esteira de um agravamento das tensões entre Irã e Israel, somado ao movimento recente de desvalorização do real pode até pressionar a inflação doméstica à frente, mas não a ponto de haver uma disparada significativa nos preços. A avaliação é do coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe), Guilherme Moreira.

O economista aponta que um aumento no preço do barril de petróleo tende a trazer pressão para a inflação do curto prazo, sobretudo com possíveis aumentos no preço da gasolina e do diesel, mas que ainda é cedo para fazer qualquer avaliação. “O outro ponto de atenção é o câmbio, que aí poderia ter um impacto mais generalizado em preços de alimentos e itens industrializados”, atenta.

Moreira reforça, porém, que essas pressões, se vierem a se concretizar, seriam de curto prazo e que, por ora, não tendem a trazer mudanças significativas para o cenário de inflação do País em 2024. “Não alteramos nossa projeção para o IPC-Fipe do ano, que segue de 4,2%. Pode ser que chegue a um 4,5%, mas o cenário que vemos hoje é dos principais grupos do indicador com inflação controlada”, afirma.

Abril

O IPC-Fipe desacelerou a 0,23% na segunda quadrissemana de abril, após alta de 0,26% na primeira leitura do mês, conforme divulgou a fundação pela manhã.

O resultado anunciado nesta quarta-feira, avalia Moreira, veio dentro da normalidade, com a continuidade da descompressão sazonal do grupo Alimentação (0,75% para 0,57%); o grupo Transportes (-0,07% para -0,02%) bem controlado, ainda sem pressão dos combustíveis; e a também já esperada aceleração de Saúde (0,46% para 0,66%), como efeito do reajuste de medicamentos do período.

O coordenador projeta que o IPC deve encerrar abril com alta de 0,33%, residualmente acima da variação de 0,26% de março.

Globo Online - RJ   18/04/2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a previsão da dívida pública brasileira, mas piorou a previsão do déficit primário. A dívida bruta vai subir de 84,7% do PIB em 2023 para 86,7% neste ano. E seguirá numa crescente nos próximos cinco anos, mas em ritmo menor do que o previsto anteriormente. Os dados constam do relatório Monitor Fiscal, divulgado nesta quarta-feira pelo Fundo.

Na última edição do relatório, de outubro, a previsão era que a dívida do país encerrasse este ano em 90,3% do PIB, mais de três pontos percentuais acima do número que está na nova versão.

No longo prazo, a estimativa era que a dívida do país alcançasse 96% do PIB em 2028, último ano para o qual havia previsão. No relatório divulgado hoje, esse número caiu para 93,4%. E, no ano seguinte, ela atingirá 93,9%, segundo as projeções.

Já a estimativa de déficit das contas públicas para este ano subiu de 0,2% para 0,6%. A projeção para os dois anos seguintes também piorou. O superávit de 0,2% previsto para 2025 foi revisado para um déficit de 0,3%.

E, agora, o Fundo prevê que o Brasil vai chegar a um déficit zero apenas em 2026. Ou seja, as contas só voltariam ao azul no próximo governo.

Brasil deve fazer esforço fiscal mais ambicioso

As projeções foram feitas antes da mudança anunciada nesta semana pelo governo brasileiro no arcabouço fiscal. Na segunda-feira, o governo disse que havia abandonado a meta de superávit fiscal para 2025 e alterou o ritmo de ajuste para os próximos anos. Para 2024, a meta de déficit zero foi mantida.

Analistas avaliam que essas mudanças podem impactar o comportamento da taxa básica de juros, a Selic, o que tem reflexos sobre o comportamento da dívida.

Indagado na coletiva de apresentação do relatório sobre as mudanças na meta fiscal do Brasil, Vitor Gaspar, diretor do Departamento de Finanças Públicas do FMI, evitou comentar o assunto diretamente, mas disse que a incerteza sobre a consolidação fiscal "permanece alta".

- O endividamento e custos incertos de financiamento pedem, no Brasil e em outros países, uma política fiscal e gerenciamento da dívida prudentes. Colocar o Brasil numa trajetória descendente de dívida requer um esforço fiscal mais ambicioso e contínuo que deve ser ancorado na nova regra fiscal ao mesmo tempo que protege o gasto social e o investimento.

Crescimento do PIB

O FMI não explica por que fez as revisões nos números do Brasil. No entanto, desde outubro de 2023, o Fundo melhorou as projeções de crescimento da economia brasileira, um fator que ajuda a melhorar a expectativa de crescimento da dívida como proporção do PIB.

O FMI esperava em outubro alta de 1,5% do PIB brasileiro em 2024 e de 1,9% em 2025, números que subiram para 2,2% e 2,1% na edição do Panorama Econômico Mundial divulgado na terça-feira.

Apesar da melhora nas projeções da relação dívida/PIB do Brasil, ela ainda está muito acima da dos emergentes e em desenvolvimento, segundo o Fundo. A previsão para esse grupo de países é de uma dívida de 69,4% do PIB neste ano e de 78,1% do PIB em 2029.

Para harmonizar os dados de várias nações, muitas das quais sem estatísticas detalhadas de suas contas públicas, o FMI considera um conceito mais amplo de dívida bruta, que inclui, por exemplo, empréstimos ao governo que tenham garantia (operações compromissadas, no jargão do mercado financeiro). São títulos, que no caso do Brasil, estão na carteira do Banco Central (BC).

Pelas projeções do governo brasileiro, a dívida pública fechou o ano de 2023 em 74,3% do PIB e subirá até 79,7% do PIB em 2027, quando começaria a cair.

Alerta para gastos em ano eleitoral

O Fundo defendeu que os países façam ajustes fiscais não apenas para equilibrar as contas públicas como para contribuir para o processo de desinflação.

"Esforços duradouros de consolidação fiscal são necessários para garantir finanças públicas sustentáveis e reconstruir reservas em um contexto de perspectivas de crescimento de médio prazo em desaceleração e altas taxas de juros reais. O aperto fiscal também apoiaria a última milha da desinflação, especialmente em economias superaquecidas", diz o relatório

A instituição faz ainda um alerta para a tendência de crescimento dos gastos públicos em 2024, quando serão realizadas eleições em vários países ao redor do mundo. E cita o Brasil como exemplo das 88 nações em que os cidadãos vão às urnas.

"Evidências empíricas mostram que a política fiscal tende a afrouxar durante anos eleitorais", diz o Fundo no relatório. No Brasil, haverá eleições municipais.

O Estado de S.Paulo - SP   18/04/2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima o PIB do Brasil para o ano de 2024. A atualização do relatório World Economic Outlook indica crescimento de 2,2% neste ano, ante o 1,7% calculado anteriormente. Caso sejam confirmadas as estimativas do FMI, o país deve subir uma posição no ranking das maiores economias do mundo (veja abaixo), saltando de 9º para 8º lugar.

O relatório classifica o crescimento de 2,2% como moderado e afirma que ele se dá com base na consolidação fiscal e reflete as atuais políticas econômicas em vigor. “Os pressupostos da política monetária são consistentes, tendo como meta a convergência da inflação dentro da faixa de tolerância até o final de 2024", diz o trecho do documento. Para o ano de 2025, a projeção de crescimento da economia brasileira é de 2,1%.

O Brasil voltou a figurar entre as 10 maiores economias do mundo no ano passado, alcançando a 9ª posição com a alta de 2,9% no PIB em 2023. Pelos cálculos do FMI, a soma do PIB brasileiro deve ser de US$ 2,331 trilhões, pouco acima da 9ª colocada, a Itália, com projeção de US$ 2,328 trilhões. O FMI indica que o Brasil continuará em 8º lugar até 2029, último ano para o qual faz projeções.

O fundo analisa que, apesar das muitas previsões sombrias devido aos efeitos da pandemia e à guerra entre Ucrânia e Rússia, o mundo evitou uma recessão, e o sistema bancário revelou-se em grande parte resiliente. Além disso, as economias dos mercados emergentes não sofreram paradas bruscas.

Confira abaixo o ranking das maiores economias do mundo em 2024, segundo as projeções do FMI:

Estados Unidos: US$ 28,78 trilhõesChina: US$ 18,53 trilhõesAlemanha: US$ 4,59 trilhõesJapão: US$ 4,11 trilhõesÍndia: US$ 3,94 trilhõesReino Unido: US$ 3,5 trilhõesFrança: US$ 3,13 trilhõesBrasil: US$ 2,33 trilhõesItália: US$ 2,33 trilhõesCanadá: US$ 2,24 trilhões

IstoÉ Dinheiro - SP   18/04/2024

Após dois meses consecutivos de superávits recordes, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) observou uma desaceleração nos volumes do comércio exterior em março, tanto nas exportações como nas importações. Um possível acirramento dos conflitos no Oriente Médio, porém, pode impulsionar as vendas brasileiras no exterior pelo aumento dos preços e ter efeitos negativos na inflação interna, avalia a entidade.

O saldo da balança comercial de março de 2024 foi de US$ 7,5 bilhões, inferior ao de março de 2023. No entanto, na comparação do primeiro trimestre, o superávit de US$ 19,1 bilhões em 2024 foi o maior da série histórica. No caso das exportações, que cresceram 19,7% (janeiro) e 20,6% (fevereiro) na comparação interanual mensal entre 2023 e 2024, foi registrado recuo de 9,6%, em março. No volume importado, o comportamento foi similar: 11,2% (janeiro), 12,4% (fevereiro) e desaceleração para 1,6%, em março.

“Os preços seguiram a trajetória de queda observada desde o início do ano, e caíram 5,6% para as exportações e 8,5% para as importações”, informou o Indicador do Comércio Exterior (Icomex), divulgado pelo Ibre da FGV nesta quarta-feira, 17.

Para o comércio exterior do Brasil – exceto se houver alastramento dos conflitos envolvendo as grandes potências -, a oferta de commodities, em especial, do petróleo, poderá ser beneficiada com um possível aumento de preços. Os juros altos nos Estados Unidos tendem a desvalorizar a moeda brasileira junto com fatores domésticos como a questão fiscal, entre outros.

Nesse caso, pressões inflacionárias não são bem-vindas, mas para a balança comercial o efeito seria positivo, avalia o Icomex. “Em abril, antes do acirramento do conflito no Oriente Médio entre Irã e Israel, a Organização Mundial do Comércio (OMC) estimou um aumento no volume do comércio mundial de 2,6% em 2024, após recuo de 1,2%, em 2023, influenciado pelo fraco desempenho da Europa, mas chamou a atenção para as incertezas que pairavam no comércio mundial”, ressalta.

A FGV Ibre observa que existe um cenário desfavorável para uma negociação visando o término da guerra na Ucrânia e do conflito entre Israel e o Hamas, que influencia os preços das commodities e afeta a logística do transporte mundial, em especial no Canal do Suez.

A alta probabilidade de manutenção dos juros altos nos Estados Unidos, que poderia levar a um crescimento menor da economia do país, e as dúvidas quanto ao crescimento chinês de 5% anunciado pelo governo, poderão ter um impacto na demanda mundial por importações.

Em 2023, enquanto o volume de comércio mundial recuou, o volume exportado pelo Brasil cresceu 8,6% e o das importações registrou queda de 2,2%. Seca na Argentina, problemas de safra nos Estados Unidos, recuperação da China explicaram o bom desempenho exportador do país. Para 2024, o modelo Ibre estimou em março (Boletim Macro), aumento no volume exportado de 2% e das importações de 1,2%, próximo às projeções da OMC.

“Não há consenso quanto ao desempenho chinês para 2024. No entanto, sinais de melhora da economia chinesa têm levado a que vários especialistas e institutos comecem a acatar a projeção de 5% do governo chinês para 2024 como viável”, informa a instituição.

De acordo com o documento, a pauta brasileira de exportações para a China está concentrada em três produtos. No primeiro trimestre de 2024 esses produtos explicaram 77% das exportações para a China – soja (31%); minério de ferro (23%); e petróleo (23%). Mesmo com crescimento menor, ao redor de 4%, as exportações devem desacelerar em relação ao resultado de 2023, mas as variações serão positivas e o superávit está garantido. “Todas essas considerações supõem que o conflito não irá se alastrar pelo mundo”, alerta.

Os principais mercados de destino das exportações brasileiras no primeiro trimestre de 2024 foram: China (29,4%); Estados Unidos (12,6%); e a Argentina (3,6%). A participação da União Europeia foi de 12,1%. Estados Unidos é destacado pelo aumento no volume exportado, seja na comparação mensal (+21,6%) ou trimestral (+21,0%). As exportações de petróleo bruto explicaram 19% das vendas para esse mercado, com variação em valor entre os dois primeiros trimestres de 2023 e 2024 de 142%. A China registrou variação positiva no trimestre, mas queda na comparação mensal com menores vendas em volume de soja.

Nas importações, o destaque é o aumento de volume para a China e queda para os Estados Unidos. Nesse último caso, chama atenção a queda nas importações de óleo combustível (9,9% das importações) e recuo de -46% na comparação trimestral.

Observa-se que a distância da participação da China e dos Estados Unidos nas importações brasileiras tem aumentado ao longo dos anos. No primeiro trimestre de 2024, a participação da China foi de 23,9%, dos Estados Unidos de 15,2% e da União Europeia de 19%. Há dez anos atrás, no primeiro trimestre de 2014, essas participações eram: China (17,4%); Estados Unidos (15,5%); e União Europeia (19,3%).

Globo Online - RJ   18/04/2024

A declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, foi o detonador do dia confuso da economia ontem. O dólar chegou a bater R$ 5,28 e depois fechou em R$ 5,26. Nesta manhã desta quarta-feira, a moeda norte-americana abriu em leve queda. Como ontem publicamos aqui no blog, havia um exagero no movimento de alta de ontem, e a tendência é ficar estável.

Powell falou, numa palestra no Wilson Center com todas as letras, que diante diante dos dados recentes da inflação e do mercado de trabalho, nos Estados Unidos, levará mais tempo para que o banco central americano comece a derrubar os juros por lá. E isso mexeu com os preços de todas as moedas. Para economistas, o comentário de Powell adicionou pressão ao cenário que vem fortalecendo o dólar.

No começo do ano, a projeção era que haveria cinco quedas ao longo do ano, começando em março. Depois, o mercado adiou para julho. Agora a sinalização é que serão dois cortes. Exceto o euro, todas as moedas perderam valor. O Brasil é a terceira que mais caiu, abaixo apenas do México e da Indonésia.

Mas há outros motivos afetando essa situação. A geopolítica do Oriente Médio, por exemplo, é preocupante, e isto impacta o petróleo. E a situação da Petrobras já não é fácil, com todas estas confusões no controle da companhia.

O Brasil vem piorando a situação fiscal. A decisão de mudar a meta fiscal deste ano e dos próximos, confirmou o alerta geral. Um economista de mercado me disse hoje que a mudança da meta em si não é preocupante, mas sim os sinais de que o governo Lula está menos preocupado agora do que estava antes com o ajuste das contas públicas. Se houver uma tendência de aumentar o gasto, piora a perspectiva em relação aos indicadores brasileiros.

Do ponto de vista estrutural não muda. Ontem mesmo o FMI revisou a projeção de crescimento de 1,7% para 2,2%. Mas o cenário de curto prazo preocupa.

O problema é que o dólar é um preço que afeta todos os outros, alguns mais diretamente como os combustíveis, mas também alimentos. A inflação fica um pouco mais alta, mas nada que preocupe em relação à meta do ano. Mas a alta do dólar ontem levou também a um aumento forte dos juros futuros que chegaram quase a 12%.

Quando se olha as perspectivas da economia brasileira a médio prazo, elas têm melhorado. Ontem mesmo o FMI aumentou de 1,7% para 2,2% a previsão do PIB brasileiro para 2024. E, nesta quarta-feira, o IBC-BR, o índice de atividade do Banco Central de fevereiro veio com 0,4% de alta em relação ao mês anterior, levemente acima do que se esperava 0,3%. Mas nestes dias pode haver muito sobe e desce.

MINERAÇÃO

Valor Investe - SP   18/04/2024

Contratos futuros da commodity fecharam no maior valor em mais de cinco semanas

A ação da CSN Mineração sobe em um dia parado para a bolsa brasileira, na carona da disparada do minério de ferro. O papel da mineradora avançou 5,5% e fechou o pregão em R$ 5,20, na liderança do Ibovespa. Par setorial, a gigante Vale acompanhou o movimento e encerrou com a ação em alta de 1,09%, a R$ 62,11.

Os contratos futuros de minério de ferro atingiram nesta quarta (17) o nível mais alto em mais de cinco semanas, após alta de 4,25%, que levou a tonelada a 870 iuanes (US$ 120,20), na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE).

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de maio subiu 5,63%, para US$ 115,55 a tonelada, na máxima desde 8 de março.

O movimento de hoje foi puxado pela expectativa de reabastecimento das siderúrgicas antes de um feriado na China, maior mercado consumidor do minério.

Infomoney - SP   18/04/2024

Os contratos futuros de minério de ferro se recuperaram nesta quarta-feira, 17, atingindo o nível mais alto em mais de cinco semanas, ajudados pela melhora no mercado de aço e pela expectativa de reabastecimento por parte das siderúrgicas antes de um feriado na China, principal mercado consumidor do minério.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 4,25%, a 870 iuanes (US$ 120,20) a tonelada, o maior valor desde 11 de março. Na terça-feira, o contrato caiu mais de 1%.

O minério de ferro de maio, referência na Bolsa de Cingapura, subiu 5,63%, para US$ 115,55 a tonelada, atingindo uma máxima desde 8 de março.
A demanda de minério no curto prazo permanecerá sólida, uma vez que as usinas demonstram crescente disposição para retomar a produção após uma melhora nas margens e na demanda downstream, disseram analistas.

As usinas siderúrgicas estão desfrutando atualmente do melhor momento deste ano em termos de lucratividade, e aquelas situadas ao longo das regiões costeiras com os melhores controles de custo poderão obter um lucro bruto de 300 iuanes a 400 iuanes por tonelada, disseram analistas do provedor de informações Custeel em nota.

“As siderúrgicas precisarão reabastecer as matérias-primas com a aproximação do feriado do Primeiro de Maio”, disseram os analistas da Galaxy Futures em nota.

Embora a demanda de aço para construção permaneça relativamente fraca em comparação com o ano anterior, o consumo de aço do setor industrial tem sido robusto, disseram os analistas da Huatai Futures.

Enquanto isso, dados do provedor de informações Gangguwang mostraram que o consumo aparente de aço de construção na China aumentou mais de 10% em relação à semana anterior em 17 de abril.

Em comparação, os embarques globais de minério de ferro caíram devido ao clima desfavorável, embora os altos estoques portuários ainda tenham sido considerados um obstáculo.

A Rio Tinto relatou uma queda de 5% nos embarques de minério de ferro no primeiro trimestre, enquanto a Vale registrou um crescimento de 6,1% na produção de minério de ferro no primeiro trimestre.

Money Times - SP   18/04/2024

As ações da Vale (VALE3) figuram na ponta positiva do Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (17), após divulgar números “sólidos” de produção no primeiro trimestre de 2024. Às 10h30, VALE3 saltava 3,16%, a R$ 63,38.

Em minério de ferro, a companhia apresentou um forte desempenho operacional, avaliam a Ágora Investimentos e o Bradesco BBI. A melhoria anual foi explicada por uma boa performance do projeto S11D, iniciativas contínuas de confiabilidade de ativos e maiores compras de terceiros.

Como resultado, a Vale reiterou sua orientação de produção da commodity para 2024 de 310 milhões a 320 milhões de toneladas.

Os analistas dão destaque às vendas de minério e de pelotas, que aumentaram 15%, para 63,8 milhões de toneladas, explicadas por bases de comparações mais fáceis. Os preços realizados foram mais fortes do que o esperado, o que representa um risco positivo para a estimativa de Ebitda de US$ 3,1 bilhões no trimestre.

Já a Ativa Investimentos avalia que o ponto negativo ficou com a qualidade e os prêmios da commodity, que decaíram.

Além disso, na divisão de metais básicos, os números de cobre e níquel seguem aquém do esperado. A produção de níquel diminuiu, devido às paradas em Onça Puma, enquanto a de cobre aumentou em relação ao mesmo período de 2023 em meio ao contínuo avanço da mina de Salobo III.

“Apesar dos menores prêmios em minério de ferro e do menor desempenho em metais para transição energética, as diferenças positivas em vendas e preço médio de minério de ferro somadas à maior contribuição de pelotas devem fazer com que os números deste 1T24 sejam recepcionados de forma positiva pelo mercado”, avalia Ian Arbetman.

Ágora e Bradesco seguem com recomendação de compra para Vale, uma vez que veem um valuation atraente e bons fundamentos do mercado de minério de ferro no curto prazo. Já a Ativa tem indicação neutra, com preço-alvo em R$ 75.

Vale: Analistas estão otimistas com o minério de ferro

Para os analistas, a produção de minério de ferro foi um dos destaques do trimestre. A Vale produziu 70,8 milhões de toneladas da commodity.

“A produção do 1T24 representa o alcance de 22,5% do meio do guidance anual entre 310 e 320 milhões de toneladas. O alcance dessa marca em um trimestre sazonalmente desfavorável confere tranquilidade para a empresa alcançar seus objetivos de produção de finos de minério de ferro neste ano”, avalia o analista da Ativa.

As vendas de minério e os preços também vieram acima do esperado. As vendas subiram 15%, a 52,5 milhões de tonelada, e os preços realizados foram de US$ 100,7 por tonelada, apesar da queda anual média de 7,3% da cotação internacional.

Rafael Barcellos e Renato Chanes, da Ágora e do Bradesco, avaliam que a oferta restrita deve impulsionar o minério no curto prazo. A demanda, por sua vez, tem mostrado alguns sinais encorajadores, como as taxas de utilização de capacidade instalada mais altas na China e a melhoria contínua nas margens das siderúrgicas chinesas.

Valor - SP   18/04/2024

A especialista do banco Itaú BBA avalia que a produção industrial e o investimento em infraestrutura são suficientes para compensar a desaceleração no setor de propriedades

Laura Pitta, economista do Itaú BBA. — Foto: Divulgação

O modelo de crescimento econômico da China baseado em manufatura e infraestrutura, em meio ao ajuste estrutural visto no mercado imobiliário local e ao desempenho “modesto” do consumo, segue dando suporte às cotações das commodities metálicas.

Contudo, não está claro até quando essa estratégia será viável, tendo em vista o rápido avanço da “desglobalização” — com descolamento (“decoupling”) entre Estados Unidos e China — e o excesso de capacidade instalada em diferentes indústrias chinesas, avalia a economista Laura Pitta, do Itaú BBA.

“Quando olhamos os dados recentes, a produção industrial, que cresce entre 4% e 5%, e o investimento em infraestrutura, que sobe entre 7% e 10%, são suficientes para compensar a desaceleração no setor de propriedades. Mas a preocupação é até quando isso vai ser alcançado”, disse Pitta, em entrevista ao Valor.

Em relatório de quinta-feira (11), intitulado “China: uma economia em duas velocidades”, a economista apontou que o impulso vindo de manufatura e infraestrutura reflete as políticas adotadas por Pequim para desenvolver setores voltados à eficiência energética, como o de veículos elétricos e painéis solares, ou expandir a indústria doméstica de semicondutores após sanções impostas pelo Ocidente.

Apesar da fraqueza no setor imobiliário, o Itaú BBA avalia como possível um crescimento próximo a 5% da economia chinesa em 2024 — 4,7% é a projeção do banco —, se a produção industrial mantiver ritmo de crescimento anual acima de 5% e “mesmo com uma queda na construção por volta de 50%, observada no pior momento do setor no início desse ano”.

Do ponto de vista das commodities metálicas, o desempenho positivo em manufatura e infraestrutura, confirmado pelos dados da economia chinesa no primeiro trimestre divulgados nesta terça-feira (16), vem assegurando a demanda e dando suporte aos preços, bem como às moedas de países emergentes. Os preços do minério de ferro, por exemplo, seguem acima de US$ 100 apesar da fraqueza do setor imobiliário, um importante consumidor de aço, observou a especialista.

“Para prazos mais longos, nas commodities, o minério de ferro tem um cenário estrutural mais desafiador, diante do uso intensivo de aço pelo setor imobiliário e em menor escala nos setores automobilístico e de exportação”, pondera a especialista, no relatório.

Por outro lado, o estímulo à manufatura, segue Pitta, não tem se refletido em aumento do consumo e as exportações seguem fortes. “As exportações da China estão crescendo com força e há alguns países preocupados com isto”, ponderou, referindo-se às medidas de proteção comercial que vem sendo adotadas contra o produtos originados no país asiático.

Além disso, o excesso de capacidade ociosa gera pressão baixista para os produtos industriais, o que explica o cenário de deflação de preços ao produtor (PPI) na China. Esse movimento pode ter “repercussões globais”, conforme sustenta o Itaú BBA, dado que a China responde por quase 15% das exportações mundiais e 30% do valor adicionado da manufatura global.

Valor - SP   18/04/2024

O grupo informou a produção de 61,5 milhões de toneladas métricas de minério de ferro nos três meses até março, um aumento de 3% em relação ao mesmo período fiscal do ano anterior

O Grupo BHP produziu 61,5 milhões de toneladas métricas de minério de ferro nos três meses até março, um aumento de 3% em relação ao mesmo período fiscal do ano anterior. Porém, em relação ao trimestre anterior, encerrado em dezembro, houve uma queda de 7% na produção.

Esse resultado foi motivado, segundo a companhia, por fortes chuvas, trabalhos em sua infraestrutura ferroviária e um incêndio florestal como responsáveis pelo declínio na produção em comparação com o segundo trimestre fiscal.

A empresa elevou em 6% a produção de carvão metalúrgico, também utilizado na siderurgia, ante o trimestre encerrado em dezembro. A produção trimestral dessa commodity totalizou 6 milhões de toneladas.

A BHP concluiu este mês a venda para a Whitehaven Coal de duas minas de carvão metalúrgico que possuía em conjunto com a japonesa Mitsubishi.

A empresa também disse que a produção trimestral de cobre aumentou 7%, para 465,9 mil toneladas, sustentada pelo aumento da produção de suas maiores operações. A BHP opera e tem participação majoritária na operação chilena de Escondida, a maior produtora mundial de concentrados e cátodos de cobre.

A BHP, terceira maior produtora mundial de minério de ferro com grandes operações de mineração no remoto noroeste da Austrália, espera que a produção de minério de ferro no ano fiscal de 2024 fique entre 254 milhões e 264,5 milhões de toneladas.

Infomoney - SP   18/04/2024

As ações da Vale (VALE3) foram as mais negociadas da sessão desta quarta-feira (17) e fecharam com alta de 1,09%, cotadas a R$ 62,11. No melhor momento da sessão, os papéis avançaram até os R$ 63,47.

O desempenho das ações da Vale vieram por dois fatores positivos: alta de 4% do minério, que chegou ao seu maior valor em um mês, e o desempenho operacional do 1º trimestre.

De janeiro a março, a Vale produziu 70,8 milhões de toneladas (Mt) métricas de minério de ferro, uma alta anual de 6% – e isso levou a uma revisão, para cima, das estimativas para o Ebitda.
Com resultado acima do esperado em minério de ferro, por exemplo, o Itaú BBA elevou a sua estimativa para o Ebitda do 1T24 para US$ 3,6 bilhões, de US$ 3,2 bilhões anteriormente.

Os analistas do Morgan Stanley, por sua vez, esperam por uma alta das estimativas para o Ebitda, por conta dos maiores preços realizados de minério de ferro, que mais do que compensaram as menores realizações de metais básicos.
Vale (VALE3): preço do minério

Para Lucas Laghi, head de mineração e siderurgia da XP, o comportamento do minério está muito volátil neste começo de 2024. Ele acrescentou ainda que não enxerga aumento significativo de capacidade de produção de minério de ferro, seja da Vale ou de players australianos.

“Novos projetos (de extração de minério de ferro) devem entrar de maneira mais relevante no setor em 2026 em diante. A gente não vê aumento expressivo de oferta em 2024, embora os embarques para a China nesse primeiro trimestre tenham sido muito altos”, afirmou, durante Morning Call da XP.

Demanda

Do lado da demanda, Lucas Laghi espera em algum momento a estabilização do setor imobiliário na China, grande consumidor de aço naquele país e, portanto, de minério de ferro.

“Não foi o caso em março (no setor imobiliário), que continuou apresentando queda em comparação a 2023. Mas com incentivos governamentais que vem sendo anunciados na China, principalmente para casas populares, a gente espera que se tenha uma demanda incremental”, disse.

Apesar disso, ele ainda vê um momento positivo para o minério de ferro no lado da demanda “para uma oferta que parece restritiva”.

“A curto prazo, a gente está positivo para o preço do minério, com patamar de US$ 115 a US$ 120, um bom nível para uma mineradora como a Vale, de baixo custo (de produção)”, comentou.

Laghi vê atualmente assimetria positiva quando se observa a oscilação do preço spot do minério de ferro com o preço da ação da Vale.

Infomoney - SP   18/04/2024

A produção da Vale (VALE3) chegou a 70,8 milhões de toneladas métricas de minério de ferro no 1º trimestre de 2024 (1T24), crescimento de 6% na comparação anual.

Já as vendas do produto alcançaram 63,8 toneladas no período, resultado 15% maior em relação ao 1T23.

Este desempenho, anunciado por meio de relatório pela mineradora nesta terça (16), deve impulsionar as ações, avalia analistas de bancos.
O Itaú BBA considerou positivo os números de produção e vendas do 1T24. Como resultado acima do esperado em minério de ferro, o banco aumentou a estimativa de Ebitda do 1T24 para US$ 3,6 bilhões – de US$ 3,2 bilhões anteriormente -, mas observa que isso ainda representa uma queda de 46% no trimestre (ou 2% no período).

O BBA ressalta, no entanto, que os preços e volumes realizados no trimestre das vendas de níquel e cobre da Vale foram mais fracos do que o esperado, o que provavelmente resultará em um desempenho menor do que o estimado na divisão de Metais Básicos da mineradora.
Fundamentos rígidos do mercado

O Bradesco BBI viu como ligeiramente positivo o resultado operacional da Vale. Para o banco, a prévia representa um risco positivo para a estimativa de Ebitda para do 1T24.

“Continuamos vendo fundamentos rígidos do mercado de minério de ferro no curto prazo, uma vez que a oferta deve permanecer restrita, enquanto a demanda tem mostrado alguns sinais encorajadores”, relata os analistas do Morgan Stanley.

O banco diz que as maiores taxas de utilização de alto-forno pelas siderúrgicas chinesas e melhora contínua nas margens dessas empresas são pontos positivos para o mercado de minério de ferro.
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Ações da Vale (VALE3) podem buscar reação compradora? Suporte segue sem rompimento Influência de Carajás

Os analistas do Morgan Stanley apontaram que deve ter aumento da estimativa atual de Ebitda de US$ 3,2 bilhões para o 1T24, devido aos maiores preços realizados de minério de ferro, que mais do que compensaram as menores realizações de metais básicos.

O banco ratificou que a superação das perspectivas se devem ao melhor desempenho operacional do S11D em Carajás, no Pará, que atingiu a maior produção de um primeiro trimestre desde 2020, além de estabilidade nas plantas de Vargem Grande e Mutuca, e Minas Gerais.
Níquel é o ponto fraco da Vale

A XP também considerou o desempenho operacional melhor do que o esperado no 1T24, com embarques sólidos de minério de ferro (em meio a um trimestre sazonalmente mais fraco), implicando possível aumento do Ebitda em relação às estimativas.

A casa, no entanto, afirmou que as operações de níquel devem mais uma vez ser o ponto fraco em relação aos resultados do 1T24, refletindo a contínua pressão sobre as perspectivas de preços e produção.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   18/04/2024

Espera-se que o crescimento dos lucros em seis importantes fabricantes de automóveis japoneses desacelere no ano fiscal de 2024, uma vez que desfrutam de menos espaço para aumentar a produção, mas enfrentam custos crescentes.

Toyota, Honda, Nissan, Suzuki, Subaru e Mazda projetam aumentos de lucro líquido para o ano encerrado em 31 de março, com Toyota, Honda, Nissan e Subaru prevendo ganhos de cerca de 50% a 80%. Toyota, Suzuki e Mazda esperam lucros recordes para o ano.

Além de uma recuperação na produção devido a problemas na cadeia de abastecimento, os fabricantes de automóveis tiveram aumentos de preços e um iene fraco trabalhando a seu favor. As estimativas médias de mercado compiladas pelo provedor Quick Consensus superaram as previsões próprias das seis empresas.

Mas o mercado registra ganhos menores para o ano fiscal 2024, que termina em 31 de março de 2025, devido ao nível elevado da comparação com o ano anterior e ao aumento dos custos.

Espera-se que os aumentos salariais aumentem os custos trabalhistas nos Estados Unidos, no Japão e em outros lugares. Os custos de desenvolvimento de veículos elétricos e das suas baterias, bem como de materiais como o aço, também pesam.

E com o aumento da produção alimentando a concorrência, os incentivos de vendas que os fabricantes de automóveis pagam aos concessionários poderão aumentar.

As taxas de câmbio são outro fator a ser observado quando as montadoras anunciam suas previsões. A moeda do Japão foi, em média, negociada por pouco menos de 145 ienes por dólar no último ano fiscal, mas desde então enfraqueceu para mais de 150 ienes.

“Muitas empresas poderiam usar uma taxa assumida mais conservadora de 140 ienes e projetar um declínio nos lucros” em suas primeiras previsões para este ano fiscal, disse Koji Endo da SBI Securities.

Ainda assim, os observadores do mercado esperam que os fabricantes de automóveis aumentem os seus lucros, graças ao bom desempenho em veículos híbridos e no mercado norte-americano.

A procura global especificamente por híbridos aumentará 20%, para 6,82 milhões de veículos em 2024, em comparação com o crescimento de apenas 3%, para 89,22 milhões, para veículos de passageiros em geral, de acordo com previsões da GlobalData. Espera-se que a procura seja particularmente forte na América do Norte e na Ásia.

A Toyota detém cerca de 60% do mercado global de híbridos, enquanto a Honda tem mais de 10%. Espera-se que ambas as empresas recebam um impulso com o aumento da produção desse tipo de automóvel.

O mercado norte-americano como um todo deverá crescer 3%, para 19,22 milhões de veículos.

A Subaru depende da América do Norte para pelo menos 70% de suas vendas unitárias e a Mazda para cerca de 40%. Elas estão planejando renovar os modelos mais vendidos e lançar novos no mercado dos Estados Unidos neste ano fiscal.

As vendas da Nissan na América do Norte diminuíram, o que poderia forçar a montadora a gastar mais em incentivos de vendas. Sua capitalização de mercado caiu brevemente abaixo da parceira Renault neste mês. Já a Suzuki é forte na Índia.

Na terça-feira, as ações da Toyota haviam subido 41% este ano, da Subaru 37% e da Honda 24%. Todos os três superaram o ganho de 15% da média de ações do índice Nikkei, referência na Bolsa de Tóquio.

No futuro, “analisaremos os impulsionadores de crescimento” específicos de cada empresa, disse Kota Yuzawa, do Goldman Sachs Japan.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   18/04/2024

Com a ligeira alta, o índice subiu de 195,7 para 202,1 pontos

Os pedidos de hipotecas subiram 3,3% na semana terminada em 12 de abril, segundo dados divulgados na manhã desta quarta-feira (17) pela Mortgage Bankers Association's (MBA). Com a ligeira alta, o índice MBA de pedidos de hipoteca subiu de 195,7 para 202,1 pontos.

O índice de refinanciamento subiu 0,5% a 500,7, de 498,3 pontos anteriormente. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador registrou alta de 11%. O índice de compra subiu 5 para 145,6, de 138,7 pontos no período anterior e recuou 10% no ano.

“As taxas aumentaram pela segunda semana consecutiva, impulsionadas pelos dados disponíveis que indicam que a economia continua forte e que a inflação está mais difícil de derrubar. As taxas hipotecárias aumentaram em todos os níveis, com a taxa fixa de 30 anos avançando para 7,13% – atingindo seu nível mais alto desde dezembro de 2023”, disse Joel Kan, economista do MBA.

Rodoviário

Valor - SP   18/04/2024

Trechos são conhecidos como Rota dos Cristais

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou hoje os planos de outorga de duas rodovias federais, em Minas Gerais e Goiás, que serão concedidas à iniciativa privada. São os trechos da BR-381 (MG), que vai de Belo Horizonte a Governador Valadares, e da BR-040 (MG/GO), a chamada Rota dos Cristais.

“A aprovação desses estudos é uma etapa importante para que a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) possa publicar os editais de concessão. A expectativa é que o edital de concessão seja publicado ainda no início do mês que vem pela agência, cem dias depois haveria o leilão, muito provavelmente no final do mês de agosto”, explicou a secretária Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, Viviane Esse, em nota.

O ministério informou que o trecho da BR-381 vai do entroncamento da rodovia com a BR-262, em Belo Horizonte, até o encontro com a BR-116, em Governador Valadares. A rodovia chegou a ter o edital de licitação publicado no ano passado, mas o leilão não chegou a ser realizado por falta de interessados. Os investidores não quiseram assumir o risco geológico de alguns trechos, o que poderia comprometer o equilíbrio econômico-financeiro da concessão.

Após a decisão de hoje do TCU, o Ministério dos Transportes informou que as obras de ampliação de capacidade e melhorias previstas para os Lotes 8A e 8B, na saída de Belo Horizonte, saíram da concessão. Essas intervenções, previstas no projeto original, serão delegadas ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

“O trecho foi identificado como de maior risco e essa alteração deve deixar o ativo federal mais atraente para investidores em potencial”, destacou a pasta dos Transportes.

De acordo com o ministério, na Rota dos Cristais, será transferido à iniciativa privada o trecho de 594,80 quilômetros de pistas. Trata-se da ligação de Belo Horizonte à cidade goiana de Cristalina. A concessão inclui parte da BR-040, em Goiás, entre o entroncamento com a BR-050 até a divisa dos dois Estados. Também faz parte do projeto a extensão da BR-040/MG, do KM 0 ao 533,2, que vai do limite entre os dois Estados até o entroncamento com a BR-135, no Anel Rodoviário de Belo Horizonte. São estimados R$ 10,65 bilhões de investimentos na rodovia.

No caso da BR-381, dos R$ 10,09 bilhões previstos em 304 quilômetros ao longo de 30 anos de concessão, R$ 6,03 bilhões são para investimentos e R$ 4,06 bilhões para serviços operacionais. A maior parte das melhorias visa ampliar a capacidade e a segurança da via, incluindo 134 Km de duplicações, 138,4 Km de faixas adicionais, 10 Km de marginais e 23 passarelas de pedestres.

Em nota, o Ministério dos Transportes ressaltou que a BR-381 é considerada um dos corredores logísticos mais importantes de Minas Gerais. Para a pasta, a concessão garantirá “melhorias significativas” para a segurança dos usuários, com novos equipamentos de proteção e uma estrutura operacional de atendimento mais eficiente, voltada para a redução do número de ocorrências e de resposta rápida a sinistros.

Em relação à Rota dos Cristais, as intervenções na rodovia abrangem quatro frentes de melhoria: recuperação e manutenção da via; retomada das obras de ampliação de capacidade, melhorias e manutenção do nível de serviço; e frentes de conservação e de serviços operacionais. Além de instalar bases de serviços de atendimento aos usuários, a rodovia deve receber investimentos para mais 10 Km de duplicação, 43 passarelas de pedestres (entre estruturas novas e remodeladas), 343,8 Km de faixas adicionais, 61,6 Km de vias marginais, 18 passagens de fauna e dois pontos de parada e descanso para caminhoneiros.

O ministério esclareceu que o trecho da BR-40, com estudos aprovados pelo TCU, faz parte da concessão da antiga Via 040 (BR-040/DF/GO/MG). A concessão original foi desmembrada em duas novas: a “Rota dos Cristais” e a da “Rota do Pequi”, entre Cristalina (GO) e o Distrito Federal, no trecho entre Goiânia e DF (BR-153/060).

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   18/04/2024

Sobre arrendamento de terminal de apoio offshore.

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) realizará, no próximo dia 24 de abril (quarta-feira), às 14h30, uma audiência pública virtual referente ao arrendamento de terminal portuário destinado à movimentação e armazenagem de carga para apoio logístico offshore no Porto do Rio de Janeiro, administrado pela PortosRio. O objetivo da audiência é obter contribuições, subsídios e sugestões para aprimorar os documentos técnicos e jurídicos relacionados ao certame licitatório do terminal, denominado RDJ-07.

As operações de carga de apoio estão relacionadas ao transporte de alimentos e insumos destinados ao suporte das atividades exploratórias petrolíferas em plataformas offshore e também à recepção de cargas oriundas das unidades marítimas. A área do arrendamento fica localizada nos Cais de São Cristóvão e Gamboa, com área de 46.648 metros quadrados e 700 metros de cais. O contrato de arrendamento será de 25 anos, com o arrendatário responsável pelos investimentos e equipamentos necessários para operação.

A audiência pública será transmitida ao vivo via streaming, gravada e disponibilizada no canal da antaq no youtube. Todos os interessados podem acompanhar sem inscrição prévia. Para contribuir, os participantes devem se inscrever via WhatsApp, no número (61) 2029-6940, no período das 9 às 15 horas do dia 23 de abril de 2024, podendo enviar as contribuições por vídeo, áudio ou texto.

Aqueles que desejarem se manifestar durante a audiência podem participar via aplicativo Teams, indicando seu interesse durante a inscrição e fornecendo o endereço de e-mail associado ao Teams para receber o convite de acesso. Em caso de dificuldades técnicas, uma segunda tentativa de conexão será feita, ou as contribuições podem ser enviadas pelo WhatsApp.

Paralelamente, a consulta pública está aberta até o dia 08 de maio, permitindo contribuições exclusivamente por meio do formulário eletrônico disponível no site da Antaq. As minutas jurídicas e os documentos técnicos estão disponíveis no seguinte endereço eletrônico: https://shre.ink/87QP

Portos e Mercados - SP   18/04/2024

O principal gargalo que gera a atual situação de atraso na liberação de mercadorias dos portos catarinenses é o número limitado de funcionários federais, considerando a demanda crescente do comércio exterior de SC. Esse é o diagnóstico da reunião emergencial organizada pela Federação das Indústrias de SC (FIESC) nesta terça-feira, dia 16.“Essa é uma demanda que a FIESC vem fazendo ao governo federal há mais de uma década. Não se pode pensar em aumentar o volume de cargas movimentadas nos portos de SC sem aumentar consideravelmente o número de fiscais federais do Ministério da Agricultura e do IBAMA. Esses órgãos são indispensáveis aos processos de comércio exterior e seus contingentes estão subdimensionados”, afirma o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.

Renata Schmidt, chefe da unidade do Vigiagro no litoral de SC, explica que hoje são 340 auditores fiscais no Brasil no órgão, dos quais 18 em Santa Catarina. “É um número limitado, considerando a importância do comércio exterior para o Brasil e Santa Catarina”, explica. Ela reforça que existem 60 vagas abertas no concurso unificado para auditores fiscais do Vigiagro, sendo que a necessidade seria de 400. “Em Santa Catarina, a necessidade era de 25, mas conseguimos sete vagas no concurso”, destaca.

Medidas para mitigar

Num esforço para mitigar os impactos da falta de profissionais e agilizar a liberação das cargas, a unidade do Vigiagro no litoral de SC colocou em funcionamento o sistema SHIVA Madeira. Renata explica que inicialmente a implantação começaria por um projeto piloto em Itajaí, mas a necessidade de dar vazão às fiscalizações levou à implantação também em Itapoá, onde já está operando 100% e nos demais recintos fiscalizados. Em Itajaí ainda existem ajustes a fazer para agilizar o processo.

O MAPA também tem cedido colaboradores para forças-tarefas, de modo a contribuir para dar vazão e agilidade às fiscalizações, informa o superintendente substituto do MAPA em SC e chefe da divisão de Defesa Agropecuária, André Rabello Vallim.

Porto de Itajaí

O superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga, afirma que a situação da concessão temporária do terminal para a Mada Araújo pode ser revista pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) caso a empresa não cumpra os requisitos acordados. Ele informa ainda que existe a previsão de investimentos de R$ 25 milhões pelo governo federal para a manutenção do porto, especialmente para o cumprimento de obrigações do contrato de dragagem. O recurso demandaria, de acordo com ele, uma contrapartida semelhante da prefeitura de Itajaí.

Dragagem e navios maiores

Outra situação preocupante e que demanda atenção urgente é a necessidade de dragagens de manutenção frequentes no Complexo Portuário de Itajaí, que abrange os portos de Itajaí e de Navegantes. A avaliação é do presidente da Câmara de Transporte e Logística da FIESC, Egídio Martorano, e corroborada pelos executivos da Portonave e do Porto de Itapoá. “Estamos vivenciando uma situação desafiadora. A dragagem é essencial para que a operação não se precarize”, destaca o gerente comercial da Portonave, Alesandro Zen.
O CEO do Porto de Itapoá, Cássio Schreiner, aponta que o terminal, em conjunto com o Porto de São Francisco do Sul, pleiteia a adequação do canal de acesso para atender a navios maiores. “Seriam necessários R$ 300 milhões para aprofundar o canal de acesso externo, permitindo que os portos possam receber navios de maior calado”, explica Schreiner.

Para Zen, é preciso preparar os portos catarinenses para receber navios maiores, para que o estado não perca sua atratividade e competitividade logística. O CEO do Porto de Itapoá destacou a necessidade de unir esforços para que essas demandas se concretizem. “Se tivermos portos preparados para receber navios maiores, antes de Santos, teremos muito mais competitividade para os nossos importadores e exportadores”, destaca Schreiner.

O secretário de Portos, Aeroportos e Ferrovias do governo do Estado, Beto Martins, destaca que o governo do Estado está atuando para encontrar uma solução para a adequação dos portos de SC a navios de maior dimensão.
Licenças ambientais

As dificuldades com licenciamentos ambientais também estão incluídas no diagnóstico de hoje como entraves à competitividade, tanto no que tange às licenças para dragagens quanto para a operação da expansão da área de armazenagem do terminal portuário de Itapoá, que dependem do Ibama. O órgão está em operação padrão e, reconhecidamente, também necessita de mais profissionais para atender a demanda. São 239 analistas para 3,3 mil processos.

O presidente da FIESC pediu aos parlamentares presentes na reunião, senador Esperidião Amin e deputado federal e coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, Valdir Cobalchini, que atuem no sentido de viabilizar o aumento de contingente necessário do MAPA para que a competitividade dos portos de SC não seja afetada.

Valor - SP   18/04/2024

Katherine Tai, Representante Comercial de Estados Unidos — Foto: Bill O'Leary/AP

Pequim disse que se opõe a uma investigação dos EUA sobre a indústria de construção naval da China, chamando a investigação de um movimento politicamente motivado, cheio de “falsas acusações” e ameaçando tomar novas medidas.

A representante comercial dos EUA (USTR) disse na quarta-feira que abrirá uma investigação sobre as políticas e práticas da China nos setores marítimo, logístico e de construção naval, uma medida que ocorreu depois que cinco sindicatos nacionais apresentaram uma petição ao gabinete de Katherine Tai.

"A petição apresenta alegações sérias e preocupantes dos esforços de longa data [da China] para dominar os setores marítimo, logístico e de construção naval, catalogando o uso [da China] de políticas e práticas injustas e não mercantis para atingir esses objetivos", disse Tai.

O Ministério do Comércio da China rejeitou os comentários de Tai em uma declaração nesta quarta-feira, dizendo que a USTR interpretou mal as práticas normais de comércio e investimento como prejudiciais à segurança nacional e aos interesses corporativos dos EUA e que as suas acusações são "infundadas e contra o bom senso econômico".

O governo dos EUA forneceu centenas de bilhões de dólares em subsídios discriminatórios às suas próprias indústrias, disse o Ministério do Comércio chinês, acrescentando que "as acusações dos EUA são simplesmente insustentáveis".

Separadamente, o presidente Joe Biden pediu na quarta-feira o aumento das tarifas sobre as importações de aço e alumínio chineses, parte dos seus esforços para impulsionar o setor siderúrgico americano, em um ano em que o comércio é um ponto crítico eleitoral.

Biden, que discutiu as medidas na quarta-feira durante uma visita à Pensilvânia, pediu a seus representantes comerciais que mais do que triplicassem a tarifa básica sobre esses produtos de 7,5% para 25%, além de uma tarifa separada de 25% sobre o aço e um imposto de 10% sobre o alumínio imposta pela administração Trump. As tarifas mais altas afetariam apenas 0,6% da demanda norte-americana por aço, segundo uma autoridade dos EUA.

Embora o Ministério do Comércio da China não tenha comentado diretamente as últimas observações de Biden, instou os EUA a não repetirem as ações tomadas pela administração Trump, que lançou uma série de investigações sobre produtos chineses e aumentou as tarifas.

“Pedimos aos EUA que respeitem os fatos e as regras multilaterais, parem imediatamente com as suas práticas erradas e regressem ao sistema comercial multilateral baseado em regras”, disse o Ministério do Comércio.

“A China prestará muita atenção ao progresso da investigação e tomará todas as medidas necessárias para defender resolutamente os seus direitos e interesses”, acrescentou o ministério.

A administração Biden também está estudando aumentar as tarifas sobre uma série de exportações chinesas para os EUA, incluindo veículos elétricos, baterias e produtos solares. Os EUA precisam tomar medidas “decisivas” para proteger o setor de veículos elétricos dos concorrentes chineses subsidiados, disse Katherine Tai em uma audiência do Comitê de Finanças do Senado dos EUA na quarta-feira.

PETROLÍFERO

O Estado de S.Paulo - SP   18/04/2024

O governo de Joe Biden decidiu nesta quarta-feira, 17, reimpor as sanções ao petróleo da Venezuela, em meio ao bloqueio de candidaturas da oposição, uma violação dos acordos de Barbados celebrados no ano passado. A ditadura de Nicolás Maduro inabilitou a líder opositora, María Corina Machado, de concorrer alegando questões jurídicas, bem como sua substituta, Corina Yoris, sem um motivo aparente. Este último bloqueio levou à condenações inéditas de Lula no Brasil e Gustavo Petro na Colômbia.

Segundo informou um alto funcionário dos Estados Unidos a jornalistas, qualquer empresa americana que investisse na Venezuela teria 45 dias para encerrar as operações, a fim de evitar aumentar a incerteza nos mercados globais de energia. O funcionário falou sob condição de anonimato para discutir as deliberações políticas dos EUA.

Em outubro, os EUA concederam à ditadura de Maduro alívio das sanções impostas aos seus setores estatais de petróleo, gás e mineração, depois que o ditador concordou em trabalhar com membros da oposição para realizar eleições presidenciais livres e competitivas este ano.

Embora Maduro tenha agendado eleições para 28 de julho e convidado observadores internacionais para monitorar o processo, seu partido usou seu controle total sobre as instituições da Venezuela para minar o acordo. Além do bloqueio das candidaturas de María Coria e Corina Yoris, vários opositores foram presos nos últimos seis meses, incluindo vários assessores de Machado.

A cláusula do acordo de Barbados rejeitada hoje foi ativada com a condição de que Maduro respeitaria a escolha interna dos partidos, especialmente a Plataforma Unitária Democrática (PUD) - coalizão liderada por Machado - para suas candidaturas. O artigo tinha validade de seis meses e venceria nesta quinta-feira, 18, mas hoje o governo americano anunciou que não o renovaria.

As ações de hoje fazem a política dos EUA retornar ao que era antes do acordo, tornando ilegal que empresas americanas façam negócios com a produtora estatal de petróleo Petróleos de Venezuela SA, mais conhecida como PDVSA, sem um licença específica do Departamento do Tesouro dos EUA.

Não está claro qual o impacto que o revés teria na indústria de petróleo e gás da Venezuela, há muito em dificuldades - ou se pressionará Maduro a oferecer condições eleitorais mais equitativas.

A prorrogação inicial foi concedida por apenas seis meses. Especialistas, porém, dizem que não é tempo suficiente para atrair os grandes investimentos de capital necessários para relançar a produção há muito estagnada na Venezuela, que está no topo das maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo.

No entanto, ao permitir que a Venezuela enviasse petróleo diretamente, em vez de recorrer a intermediários duvidosos que cobram taxas elevadas, o governo de Maduro conseguiu aumentar as receitas do petróleo e angariar um dinheiro extremamente necessário durante os seis meses de alívio das sanções dos EUA.

Além disso, o endurecimento das sanções não afeta diretamente a Chevron, a última grande perfuradora de petróleo dos EUA na Venezuela, que foi autorizada a aumentar os embarques graças a uma licença emitida em 2022, em meio a preocupações de que a invasão da Ucrânia pela Rússia perturbasse o fornecimento global de energia.

“O verdadeiro teste à seriedade da administração em relação à Venezuela é a Chevron”, disse Elliott Abrams, que serviu como enviado especial da administração Trump para a crise na Venezuela. “Deixar essa licença em vigor sugere que a administração se preocupa mais em manter os preços do petróleo baixos até às eleições, e com os lucros da Chevron, do que com os interesses de segurança nacional dos EUA e a liberdade na Venezuela.”

Embora sinalize a sua crescente frustração com Maduro, é pouco provável que a administração Biden regresse à fracassada campanha de “pressão máxima” tentada durante a administração Trump, que apenas fortaleceu o poder do chavista, dizem especialistas.

“Tornou-se impossível para a Casa Branca fingir que o governo Maduro de alguma forma estava cumprindo – ou mesmo pretendia cumprir – o acordo implícito no levantamento parcial das sanções”, disse Christopher Sabatini, pesquisador da Chatham House em Londres. “Ter ignorado isso teria feito os EUA parecerem fracos e minado a sua credibilidade na aplicação de sanções não apenas à Venezuela, mas a outros lugares.

AGRÍCOLA

Notícias Agricolas - SP   18/04/2024

Mesmo com cenário negativo, retomada é possível, afirmam especialista e entidades do setor

Em fevereiro deste ano, o mercado de máquinas agrícolas cresceu quase 44% em relação a janeiro. Pouco mais de três mil equipamentos foram vendidos no segundo mês do ano, o que representa uma receita líquida de R$ 4,29 bilhões. Apesar do resultado positivo, no comparativo com o mesmo mês do ano passado há um recuo de 39%, enquanto que no comparativo anual a queda é de 40,5%. Os dados foram apresentados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e pela CSMIA (Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas) que integra a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos).

As duas instituições compreendem que, apesar do saldo positivo no resultado mensal, a expectativa é que o produtor rural continue retraído na demanda por novos maquinários. "Os associados da câmara de máquinas agrícolas da Abimaq tem uma projeção de queda em 15% este ano", demonstra Pedro Estevão, presidente da CSMIA. Já a Anfavea projeta recuo de 11% para o setor, com fatores como clima e preços das commodities impactando diretamente na tomada de decisão dos produtores rurais.

O setor de grãos, em especial a soja, é o principal vetor de incentivo para a compra de equipamentos. No entanto, a oleaginosa passa por um momento de preços baixos nos mercados interno e internacional. "O produtor sofreu com a queda da rentabilidade na safra atual e isso resultou em margens apertadas, até mesmo negativas. Somado a isso estão os juros do Moderfrota, principal linha de financiamento para maquinários, que está em 12,5% préfixados para sete anos. Essa junção de fundamentos acaba desestimulando novos investimentos”, explica Carlos Cogo, consultor da COGO Inteligência em Agronegócio.

Mesmo assim, o especialista crê que o segundo semestre seja de recuperação gradual para o setor de maquinários. "Vamos entrar em uma nova temporada, com custos de produção estáveis e a rentabilidade do agricultor tende a ser melhor do que na última safra. Além disso teremos a atuação do La Niña, fenômeno climático que, historicamente, resulta em boas produtividades. Dessa forma, devemos ter safra recorde de soja em 2025 e recuperação da produção de milho, o que deve movimentar o mercado de máquinas".

Outro foco de atenção é o anúncio do Plano Safra, que deve ser apresentado em junho. "O governo federal vem trabalhando para anunciar um plano maior que o atual. A Abimaq sugestionou os montantes de R$ 26 bi e R$ 10 bi para Moderfrota/Pronamp e Pronaf, respectivamente", comenta Estevão. Mesmo que esses volumes de recursos sejam confirmados, é necessário que as taxas de juros sejam mais atrativas para que o plano seja competitivo no mercado de financiamentos. "O que vemos atualmente é que os agentes privados, inclusive essa nova linha em dólares, estão absorvendo a carência que há no subsídio público", acrescenta Cogo.

Por fim, as feiras continuam entre os principais catalizadores de negócios e oportunidades para as empresas. A Agrishow, que ocorre de 29 de abril a 3 de maio, é uma das mais representativas para o segmento e atrai produtores das mais variadas culturas. "Temos um cenário interessante para cana-de-açúcar, café, arroz, trigo e citrus, segmentos que demandam por equipamentos. A feira vai ser termômetro para sentir esses outros nichos", complementa o consultor.

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