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17 de Abril de 2024

ECONOMIA

Globo Online - RJ   17/04/2024

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou a perspectiva para o crescimento do Brasil em 2024 para 2,2%. O dado foi divulgado nesta terça-feira, 16, em uma nova edição do Panorama Econômico Mundial de 2023.

O documento anterior, divulgado no fim de janeiro, previa crescimento de 1,7% para a economia brasileira este ano. A nova expectativa, portanto, eleva em 0,5 ponto percentual esta previsão.

O Fundo também melhorou suas projeções para a economia brasileira no ano que vem e, agora, prevê uma expansão de 2,1% no PIB brasileiro em 2025, contra projeção anterior de 1,9%.

A revisão para cima do Brasil vem da expectativa “da consolidação da política fiscal, efeitos da política monetária restritiva [controle da inflação], apesar de uma menor contribuição da agricultura”, diz o documento.

O relatório ainda cita que, depois da inflação caminhar em direção à meta, o Banco Central iniciou seu ciclo de corte nos juros, que começou em 2023.

A previsão do FMI é que a inflação brasileira feche o ano em 4,1%, acima do centro da meta de 3% definido pelo Banco Central, mas ainda dentro do intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. O Fundo também prevê um percentual de desemprego em 8% no fim do ano.

Forte revisão para cima na projeção para os EUA

A perspectiva para o crescimento mundial também registrou ligeiro aumento, de 0,1 ponto percentual, saindo de 3,1% para 3,2%. O resultado foi puxado pelos Estados Unidos, que também tiveram revisão da expectativa de crescimento, saltando de 2,1% para 2,7%.

O Fundo melhorou também suas projeções para os EUA em 2025, vendo o PIB americano avançando 1,9% no ano que vem, contra uma previsão anterior de alta de 1,7%. Mas, para a economia global, a estimativa de expansão de 3,2% no ano que vem foi mantida.

- A economia global continua mostrando uma resiliência considerável, com um crescimento que se mantém estável e a inflação diminuindo, mas muitos desafios permanecem - disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, à imprensa.

- O caminho tem sido acidentado - resumiu Gourinchas, citando problemas na cadeia de abastecimento e a guerra na Ucrânia, que desencadeou uma forte alta nos preços de energia e de alimentos, o que levou a uma elevação na taxa de juros em vários países.

- Apesar de muitas previsões sombrias, o mundo evitou a recessão - acrescentou.

O documento reforça a recuperação da economia mundial após anos de desequilíbrios provocados pela pandemia de Covid-19.

Para 2025, a previsão é que o aperto fiscal gradual e a desaceleração no mercado de trabalho reduzam a demanda agregada e façam o PIB americano crescer 1,9%.

China com previsão estável, Europa crescendo menos

Segunda maior economia do mundo, o crescimento da China se manteve estável no novo relatório. Depois de registrar um produto interno de 5,2% no ano passado, a perspectiva é que o país asiático cresça 4,6%, “por conta da redução dos efeitos do impulso via estímulos fiscais ao consumo pós-pandemia e a persistente fraqueza no setor imobiliário”.

O FMI também revisou para cima, em 0,6 ponto percentual, a previsão para o crescimento do PIB russo. Segundo o relatório, o país deve colher os resultados “do alto investimento e de um robusto consumo privado, apoiados pelo crescimento dos salários em um forte mercado de trabalho”.

O crescimento da economia da zona do euro foi revisado negativamente em 0,1 ponto percentual, para 0,8%. A redução da previsão de avanço vem, em grande parte, da Alemanha, que teve sua perspectiva de PIB diminuída de 0,5% para 0,2% por conta de “uma persistente fraca confiança do consumidor”, diz o documento.

Economias menores, como Bélgica e Portugal, devem garantir o ainda avanço no total da zona do euro

Já o México, par emergente da América Latina, teve sua revisão de PIB caindo de 2,7% para 2,4%, explicada por resultados mais fracos do que o esperado entre o final do ano passado e início de 2024, com uma contração na indústria.

Crescimento global ainda aquém ao pré-pandemia

A previsão de crescimento global, que está abaixo da média anual histórica de 3,8%, obtida entre 2000 e 2019, reflete o momento em que taxas de juros ainda altas e de um freio nos estímulos fiscais dos governos.

Mas o resultado da política de bancos centrais de todo o mundo de manter as taxas básicas de juros em patamar alto fizeram as perspectivas de inflação das economias avançadas caírem. Nos países emergentes, porém, a alta de preços deve acelerar.

O Estado de S.Paulo - SP   17/04/2024

A economia chinesa cresceu mais do que o esperado nos primeiros três meses do ano, segundo novos dados divulgados pelo governo do país. O crescimento é baseado na estratégia de construção de novas fábricas e aumento das exportações, uma forma de combater uma grave crise imobiliária e os gastos lentos dos chineses.

Para estimular o crescimento, a China, a segunda maior economia do mundo, recorreu a uma tática já conhecida: investir pesadamente em seu setor de manufatura, incluindo uma fartura de fábricas que ajudaram a impulsionar as vendas de painéis solares, carros elétricos e outros produtos em todo o mundo.

Mas a aposta da China nas exportações tem preocupado muitos países e empresas estrangeiras. Eles temem que uma enxurrada de remessas chinesas para mercados distantes possa prejudicar seus setores de manufatura e levar a demissões.

Nesta terça-feira, 16, o Escritório Nacional de Estatísticas da China informou que a economia cresceu 1,6% no primeiro trimestre em relação aos três meses anteriores. Em relação ao primeiro trimestre de 2023, a alta foi de 5,3%.Quando projetados para o ano inteiro, os dados indicam que a economia da China estava crescendo a uma taxa anual de cerca de 6,6%.

“A economia nacional teve um bom começo”, disse Sheng Laiyun, vice-diretor do departamento de estatísticas, ao mesmo tempo em que advertiu que “a base para um crescimento econômico estável e sustentável ainda não é sólida”.

As vendas no varejo aumentaram a um ritmo modesto de 4,7% em comparação com os três primeiros meses do ano passado, e foram particularmente fracas em março.

A China precisa de gastos robustos dos consumidores para reduzir o desemprego entre os jovens, persistentemente alto, e para ajudar as empresas e as famílias a lidar com níveis muito altos de endividamento.

Economistas do Federal Reserve Bank de Nova York alertaram no mês passado que a China está experimentando uma “overdose” na construção de fábricas, alimentada por empréstimos bancários pesados.

Para este ano, a China estabeleceu uma meta de crescimento de cerca de 5%, uma meta que muitos economistas consideravam ambiciosa, embora alguns tenham atualizado recentemente suas previsões. No ano passado, a economia da China cresceu 5,2%.

A produção foi 5,3% maior nos primeiros três meses deste ano do que no mesmo período do ano passado, anunciou o departamento de estatísticas, superando as previsões dos economistas.

Um ritmo vertiginoso de investimentos em fábricas, com aumento de 9,9% em relação ao ano anterior, foi fundamental para o crescimento da China. As fortes exportações no início deste ano também ajudaram.

O valor das exportações aumentou 7% em dólares em janeiro e fevereiro em relação ao ano anterior, e 10% quando medido na moeda chinesa, o renminbi. Mas a contribuição real das exportações para a economia do país foi consideravelmente maior, já que a queda dos preços obscureceu a extensão total dos ganhos de exportação da China.

Guo Tingting, vice-ministro do comércio, disse em uma coletiva de imprensa no mês passado que o volume físico das exportações havia aumentado 20% em janeiro e fevereiro em relação ao ano passado. Entretanto, as exportações sofreram uma pequena queda em março.

Com os festivais de rua e outras atividades, o governo incentivou as famílias a gastarem mais, mesmo que muitos chineses tenham aumentado suas economias para compensar a recente queda brusca no valor de seus apartamentos.

Os gastos com turismo doméstico e as vendas de ingressos nas bilheterias aumentaram durante o Ano Novo Lunar, em fevereiro, superando facilmente os níveis anteriores à pandemia da covid-19. As vendas de smartphones também aumentaram, embora não para a Apple, já que os compradores chineses estão optando cada vez mais por marcas locais.

A queda geral dos preços, um fenômeno que pode se consolidar numa deflação, continua a ser um problema, principalmente para as exportações e no atacado. As empresas chinesas têm se esforçado para reduzir os preços de exportação e conquistar uma fatia maior dos mercados globais, mesmo que isso signifique incorrer em grandes perdas.
Inundação de produtos chineses

Durante as reuniões de alto nível realizadas este mês com autoridades chinesas, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, alertou que a inundação dos mercados com exportações interromperia as cadeias de suprimentos e ameaçaria os setores e os empregos. O chanceler Olaf Scholz, da Alemanha, expressou preocupações semelhantes em uma visita à China, embora também tenha alertado contra o protecionismo na Europa.

Enquanto isso, a China está passando por uma profunda queda na construção de moradias e nos preços dos apartamentos. A construção de casas - e a produção de aço, vidro e outros materiais para elas - foi o maior impulsionador do crescimento na China por muitos anos.

Mas as vendas de novos apartamentos têm caído de forma constante desde o início de 2022. Poucos projetos de construção estão sendo iniciados agora, pois dezenas de incorporadoras insolventes ou quase insolventes lutam para terminar as moradias que prometeram aos compradores. O investimento em projetos imobiliários caiu 9,5% no primeiro trimestre em relação ao ano anterior.

As autoridades chinesas atribuem a fraqueza do mercado, em parte, às altas taxas de juros no exterior, criadas pelo Federal Reserve (o banco central americano) para combater a inflação nos Estados Unidos. Essas taxas tornaram mais atraente para as famílias e empresas chinesas a transferência de dinheiro da China, onde as taxas de juros são baixas, para países estrangeiros onde as taxas são mais altas.

“O impacto negativo do ambiente de altas taxas de juros sobre a economia continua”, disse Liu Haoling, presidente da China Investment Corp, o fundo soberano da China. Ele falou no final de março no Fórum de Desenvolvimento da China, uma reunião em Pequim de formuladores de políticas e executivos.

O rolo compressor da manufatura da China, sustentado por anos de diretrizes políticas e apoio financeiro de Pequim aos governos e empresas locais, fez com que os produtos do país estivessem entre os mais baratos do mundo. O governo dos EUA divulgou na semana passada que os preços médios das importações da China caíram 2,6% em março em relação ao ano anterior.

Muitas famílias chinesas fizeram grandes empréstimos para investir em apartamentos e estão reagindo à queda dos preços das casas cortando seus gastos. Isso torna a China mais dependente das exportações para vender sua produção industrial em rápido crescimento.

“As empresas chinesas, em uma ampla gama de setores, agora produzem muito mais do que o consumo doméstico pode absorver”, disse a consultoria Rhodium Group em um relatório no final de março.
Cautela nos gastos

A cautela das pessoas com relação aos gastos é algo que Li Zhenya vê diariamente. Ele gerencia o Izakaya Jiuben, um restaurante japonês no bairro de Wangjing, em Pequim, que já foi sede de algumas das maiores empresas de tecnologia da China.

Há alguns anos, os trabalhadores faziam fila do lado de fora do restaurante, saindo dos escritórios próximos para gastar seu dinheiro suado nos curtos intervalos entre os longos turnos de trabalho. Hoje em dia, muitos dos assentos do restaurante estão vazios no almoço e no jantar.

“O desejo das pessoas de consumir não é tão grande agora”, disse Li. O restaurante, segundo ele, gera uma receita de aproximadamente US$ 2.156 por dia, cerca de metade das vendas de alguns anos atrás. “Estou perdendo dinheiro administrando o restaurante”, disse.

As restrições impostas pela covid-19, que congelaram o bairro por semanas seguidas, dificultaram a recuperação das pequenas empresas em Wangjing.

“A epidemia levou a uma cautela no consumo”, disse Kou Yueyuan, proprietário da padaria Smoon Bakery, na mesma rua da Pano City. “Obviamente, os clientes estão bastante sensíveis ao preço.” Kou começou seu negócio há mais de oito anos, oferecendo produtos de panificação com sabores diferentes. Agora, se concentra em manter os custos baixos para que a padaria possa oferecer produtos mais baratos.

Agência Brasil - DF   17/04/2024

Expectativas de queda da inflação e otimismo com a economia do país. Este é o cenário projetado pelo mercado financeiro, segundo o boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (14), em Brasília, pelo Banco Central.

Com relação ao PIB – Produto Interno Bruto, a soma de todas riquezas produzidas no país –, é a nona semana seguida de alta nas estimativas, com o mercado esperando crescimento de 1,95% em 2024.

Na semana passada, espera-se que a economia cresceria 1,9% no ano, e, há quatro semanas, a expansão estava em 1,8%. Para os anos subsequentes, a estimativa se mantém estável há diversas semanas em 2% para 2025, 2026 e 2027.

O mercado financeiro projeta uma inflação de 3,71% ao final de 2024, percentual abaixo do projetado há uma semana (3,76%). Há quatro semanas, esperava-se que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – fecharia 2024 em 3,79%.

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo Banco Central. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com a mesma tolerância.

Selic e dólar

Câmbio e taxa básica de juros (Selic) romperam a expectativa de estabilidade, apresentando uma tendência de alta. No caso da Selic, cujas previsões anteriores estavam em 9% ao final de 2024, o mercado aumentou as estimativas para uma taxa de 9,13% este ano. As projeções se mantêm estáveis em 2025 (8,5%), 2026 e 2027 (8,5%).

Com relação ao dólar, o mercado aumentou de R$ 4,95 para R$ 4,97 a cotação esperada para o fim deste ano. Há quatro semanas, a cotação projetada estava em R$ 4,95. Para o ano que vem, as projeções da cotação da moeda norte-americana se mantêm estáveis há 14 semanas - em R$ 5. O mercado prevê uma cotação de R$ 5,03 para 2026; e de R$ 5,07 para 2027.

IstoÉ Dinheiro - SP   17/04/2024

O vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Philip Jefferson, alertou que poderá ser apropriado manter juros no nível atual “por mais tempo” nos Estados Unidos, caso dados sugiram uma inflação mais persistente do que ele atualmente estima. “Embora tenhamos visto progresso considerável em diminuir a inflação, a tarefa de levá-la de forma sustentável a 2% ainda não acabou”, declarou nesta terça-feira, reafirmando que está “inteiramente comprometido” com essa meta.

O seu cenário base, porém, é de que o nível de preços vai arrefecer, com as taxas de política monetária mantidas no nível atual, e que o mercado de trabalho permanecerá forte, com oferta e demanda continuando a entrar em equilíbrio.

Ele frisou, de qualquer modo, que as perspectivas para a economia seguem bastante incertas.

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), sua projeção é de que o crescimento vai desacelerar neste primeiro trimestre ante o último de 2023, mas seguir sólido, “como indicou o avanço robusto nas vendas do varejo em fevereiro e março”.

Os comentários de Jefferson foram feitos durante discurso no Fórum Internacional de Pesquisa em Política Monetária, em Washington, no período da manhã desta terça-feira.

Infomoney - SP   17/04/2024

A economia global deve ter mais um ano de crescimento lento mas constante, disse o Fundo Monetário Internacional nesta terça-feira (16), com a força dos Estados Unidos impulsionando a produção mundial em meio à inflação elevada, demanda fraca na China e na Europa e repercussões de duas guerras regionais.

O FMI prevê um crescimento real do PIB global de 3,2% para 2024 e 2025 – a mesma taxa de 2023. A previsão para 2024 foi revisada para cima em 0,1 ponto percentual em relação à estimativa anterior de seu relatório Perspectiva Econômica Global de janeiro, em grande parte devido a uma melhora significativa na projeção dos EUA.

“Constatamos que a economia global continua bastante resiliente”, disse Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, acrescentando que muitos países desafiaram as previsões sombrias de recessão à medida que os bancos centrais aumentavam as taxas de juro para combater a inflação.

Muitos países também mostram menos “cicatrizes” da pandemia de Covid-19 e das crises do custo de vida, regressando aos níveis de produção anteriores à pandemia mais rapidamente do que o previsto antes, afirmou o FMI no seu relatório.

A inflação está caindo, mas o progresso no sentido de a levar de volta às metas dos bancos centrais desacelerou nos últimos meses, disse Gourinchas, observando que dados recentes dos EUA mostram uma demanda robusta.

“A trajetória geral ainda continua sendo de que esperamos que a inflação caia ao longo do ano e coloque o Federal Reserve em uma posição em que será capaz de começar a afrouxar a taxa de juros”, disse ele à Reuters. “Talvez não tão rapidamente quanto os mercados esperavam.”

O FMI prevê um crescimento dos EUA de 2,7% em 2024, em comparação com os 2,1% projetados em janeiro, diante de um mercado de trabalho e gastos dos consumidores mais fortes do que o esperado no final de 2023 e em 2024. O Fundo espera que o efeito defasado das políticas monetária e fiscal mais restritivas enfraqueça o crescimento dos EUA para 1,9% em 2025, embora isso também tenha sido uma revisão para cima em relação à estimativa de 1,7% em janeiro.

Mas as últimas previsões do FMI mostraram divergências acentuadas com outros países, incluindo na zona euro, onde a previsão de crescimento para 2024 foi revisada para baixo a 0,8%, contra 0,9% em janeiro, principalmente devido à fraqueza do sentimento dos consumidores na Alemanha e na França.
China

O FMI manteve a sua previsão de que o crescimento da China em 2024 cairá para 4,6%, de 5,2% em 2023, com uma queda adicional para 4,1% em 2025. Mas alertou que a falta de um pacote de reestruturação abrangente para o conturbado setor imobiliário do país pode prolongar uma retração na demanda doméstica e piorar as perspectivas da China.

Essa situação também pode intensificar as pressões deflacionárias na economia da China, levando a um aumento nas exportações baratas de bens manufaturados que pode alimentar uma retaliação comercial por parte de outros países – um cenário sobre o qual a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, alertou durante uma viagem à China neste mês.

O FMI recomendou que a China acelere o fim de incorporadoras inviáveis e promove a conclusão de projetos habitacionais inacabados, apoiando simultaneamente as famílias vulneráveis para ajudar a restaurar a demanda do consumidor.

Mas o credor global notou pontos positivos em alguns outros grandes países de mercados emergentes, aumentando a sua previsão de crescimento para a economia do Brasil em 2024 em 0,5 ponto percentual, para 2,2%, e para a Índia em 0,3 ponto, para 6,8%.

O Fundo observou que o grupo de 20 grandes países de mercados emergentes desempenha agora um papel mais importante no sistema comercial global e tem capacidade para suportar uma maior parte do crescimento no futuro.

Mas o FMI afirmou que os países em desenvolvimento de baixa renda continuam a enfrentar dificuldades com ajustes pós-pandemia e maiores níveis de “cicatrizes” econômicas do que os mercados emergentes de renda média. No seu conjunto, estes países em desenvolvimento de baixo rendimento viram a sua previsão de crescimento para 2024 ser reduzida para 4,7%, de 4,9% em janeiro.

Infomoney - SP   17/04/2024

A economia global deve ter mais um ano de crescimento lento mas constante, disse o Fundo Monetário Internacional nesta terça-feira (16), com a força dos Estados Unidos impulsionando a produção mundial em meio à inflação elevada, demanda fraca na China e na Europa e repercussões de duas guerras regionais.

O FMI prevê um crescimento real do PIB global de 3,2% para 2024 e 2025 – a mesma taxa de 2023. A previsão para 2024 foi revisada para cima em 0,1 ponto percentual em relação à estimativa anterior de seu relatório Perspectiva Econômica Global de janeiro, em grande parte devido a uma melhora significativa na projeção dos EUA.

“Constatamos que a economia global continua bastante resiliente”, disse Pierre-Olivier Gourinchas, economista-chefe do FMI, acrescentando que muitos países desafiaram as previsões sombrias de recessão à medida que os bancos centrais aumentavam as taxas de juro para combater a inflação.

Muitos países também mostram menos “cicatrizes” da pandemia de Covid-19 e das crises do custo de vida, regressando aos níveis de produção anteriores à pandemia mais rapidamente do que o previsto antes, afirmou o FMI no seu relatório.

A inflação está caindo, mas o progresso no sentido de a levar de volta às metas dos bancos centrais desacelerou nos últimos meses, disse Gourinchas, observando que dados recentes dos EUA mostram uma demanda robusta.

“A trajetória geral ainda continua sendo de que esperamos que a inflação caia ao longo do ano e coloque o Federal Reserve em uma posição em que será capaz de começar a afrouxar a taxa de juros”, disse ele à Reuters. “Talvez não tão rapidamente quanto os mercados esperavam.”

O FMI prevê um crescimento dos EUA de 2,7% em 2024, em comparação com os 2,1% projetados em janeiro, diante de um mercado de trabalho e gastos dos consumidores mais fortes do que o esperado no final de 2023 e em 2024. O Fundo espera que o efeito defasado das políticas monetária e fiscal mais restritivas enfraqueça o crescimento dos EUA para 1,9% em 2025, embora isso também tenha sido uma revisão para cima em relação à estimativa de 1,7% em janeiro.

Mas as últimas previsões do FMI mostraram divergências acentuadas com outros países, incluindo na zona euro, onde a previsão de crescimento para 2024 foi revisada para baixo a 0,8%, contra 0,9% em janeiro, principalmente devido à fraqueza do sentimento dos consumidores na Alemanha e na França.
China

O FMI manteve a sua previsão de que o crescimento da China em 2024 cairá para 4,6%, de 5,2% em 2023, com uma queda adicional para 4,1% em 2025. Mas alertou que a falta de um pacote de reestruturação abrangente para o conturbado setor imobiliário do país pode prolongar uma retração na demanda doméstica e piorar as perspectivas da China.

Essa situação também pode intensificar as pressões deflacionárias na economia da China, levando a um aumento nas exportações baratas de bens manufaturados que pode alimentar uma retaliação comercial por parte de outros países – um cenário sobre o qual a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, alertou durante uma viagem à China neste mês.

O FMI recomendou que a China acelere o fim de incorporadoras inviáveis e promove a conclusão de projetos habitacionais inacabados, apoiando simultaneamente as famílias vulneráveis para ajudar a restaurar a demanda do consumidor.

Mas o credor global notou pontos positivos em alguns outros grandes países de mercados emergentes, aumentando a sua previsão de crescimento para a economia do Brasil em 2024 em 0,5 ponto percentual, para 2,2%, e para a Índia em 0,3 ponto, para 6,8%.

O Fundo observou que o grupo de 20 grandes países de mercados emergentes desempenha agora um papel mais importante no sistema comercial global e tem capacidade para suportar uma maior parte do crescimento no futuro.

Mas o FMI afirmou que os países em desenvolvimento de baixa renda continuam a enfrentar dificuldades com ajustes pós-pandemia e maiores níveis de “cicatrizes” econômicas do que os mercados emergentes de renda média. No seu conjunto, estes países em desenvolvimento de baixo rendimento viram a sua previsão de crescimento para 2024 ser reduzida para 4,7%, de 4,9% em janeiro.

Agência Brasil - DF   17/04/2024

Em mais um dia de nervosismo no mercado financeiro, o dólar fechou no maior valor em 13 meses, chegando a aproximar-se de R$ 5,30 nos piores momentos. A bolsa de valores caiu pela quinta vez seguida e atingiu o menor nível desde novembro do ano passado.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (16) vendido a R$ 5,27, com alta de R$ 0,08 (+1,64%). A cotação abriu em R$ 5,21 e subiu ao longo de toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 12h, chegou a R$ 5,28.

Esta foi a quinta alta consecutiva da moeda norte-americana, que fechou no valor mais alto desde 23 de março do ano passado. Apenas nos últimos cinco dias, a divisa subiu 5,23%, sem que o Banco Central tenha intervindo no câmbio por meio de operações de swap (venda de dólares no mercado futuro).

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.389 pontos, com queda de 0,75%. O indicador está no patamar mais baixo desde 13 de novembro. Em 2024, o índice recua 7,3%.

Tanto fatores domésticos como internacionais afetaram o mercado financeiro nesta terça-feira. No cenário interno, a mudança da meta fiscal para 2025, com a manutenção do déficit primário zero em vez de superávit primário de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano, foi mal recebida pelos investidores.

Os principais fatores que provocaram turbulências, no entanto, são externos. O agravamento das tensões entre Irã e Israel e o aquecimento da economia norte-americana fizeram o dólar subir em todo o planeta. Embora a construção de moradias nos Estados Unidos tenha desacelerado, novas falas do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), Jerome Powell, criaram tumulto. Nesta terça, ele disse que os dados recentes de inflação diminuem a confiança de o Fed começar o corte de juros.

Taxas altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. Em relação ao petróleo, a cotação do barril do tipo Brent, usado nas negociações internacionais, caiu 0,43% para US$ 89,99, apesar do bombardeio iraniano a Israel.

Money Times - SP   17/04/2024

Nesta terça-feira (16), Jerome Powell, atual presidente do Federal Reserve (Fed), discursou no “The Washington Forum on the Canadian Economy”, abordando as relações entre o Canadá e os Estados Unidos (EUA) e a economia americana.

Ao abordar a economia dos EUA, Jerome Powell afirmou que o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) precisará ter mais confiança nos dados econômicos do país para começar as reduções.

O presidente afirmou que os dados atuais não trazem a confiança necessária e que poderá ser necessário demorar mais antes de reduzir as taxas de juros dos Estados Unidos, atualmente entre 5,25% e 5,50%.

“Os dados recentes claramente não nos deram maior confiança e, ao invés disso, indicam que é provável que demore mais tempo do que o esperado para alcançar essa segurança”, complementou Powell.

O dado que colocou os cortes de juros americanos na corda bamba

Um dos dados analisados pelo Fed é o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), divulgado na semana passada, que mostrou alta de 0,4% em março, na base mensal.

A taxa anual também aumentou, passando para 3,5%, acima dos 3,2% observados em fevereiro.

O dado foi citado por Powell durante o evento, que afirmou que caso a inflação continue nos atuais patamares, ainda distante da meta do banco central norte-americano de 2%, as taxas de juros serão mantidas.

“Dados mais recentes mostram um crescimento sólido e uma força contínua no mercado de trabalho, mas também uma falta de novos progressos em direção ao nosso objetivo de inflação a 2%”, afirmou.

O CME FedWatch Tool, ferramenta que mostra a probabilidade nos cortes das taxas de juros dos EUA, apresenta uma chance de 64,2% para reduções em setembro, evidenciando que essa é a data preferida no momento.

Entretanto, as previsões já foram mais otimistas. Antes da divulgação do CPI, junho era o mês mais aguardado, com 57,6% do mercado acreditando que as reduções seriam feitas durante esse momento.

Infomoney - SP   17/04/2024

A produção industrial dos Estados Unidos aumentou pelo segundo mês seguido em março, impulsionada por uma elevação maior que o esperado na manufatura. O aumento de 0,4% na produção em fábricas, minas e serviços públicos correspondeu ao ganho revisado do mês anterior, mostraram dados do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nesta terça-feira (16).

A produção manufatureira aumentou 0,5% em março, impulsionada em parte por um ganho de 3,1% em veículos automotores e peças. O índice de mineração caiu 1,4% e o de serviços públicos teve ganho de 2%

Excluindo o setor automobilístico, no entanto, a produção industrial registou um ganho mais modesto, de 0,3% em março.

A indústria de transformação, que representa três quartos da produção industrial total, continua a dar sinais de que vai virar o sinal depois de mais de um ano de atividade lenta, ajudada pela resiliente procura dos consumidores.

No início deste mês, a medida da atividade industrial do Institute for Supply Management (ISM) nos EUA passou para território de expansão devido à procura mais forte e à recuperação da produção.

Ao mesmo tempo, o progresso tem sido gradual, à medida que os produtores norte-americanos enfrentam mercados de exportação fracos e os custos mais elevados dos empréstimos limitam as despesas de capital. Os custos de produção de produtos essenciais como o petróleo também têm aumentado.

Além de automóveis e aeronaves, o indicador de março foi impulsionado por produtos de madeira e bens não duráveis, como papel e produtos químicos.

O uso da capacidade instalada nas fábricas, uma medida da produção potencial, aumentou para 77,4%. A taxa geral de utilização industrial também aumentou.

O Estado de S.Paulo - SP   17/04/2024

O movimento de alta do dólar observado desde o início do ano - que atingiu o pico nesta terça-feira, 16, quando a moeda americana chegou a R$ 5,268 - pode gerar uma pressão inflacionária no Brasil e consequentemente provocar a desaceleração do ciclo de corte de juros que vem sendo feito pelo Banco Central. O cenário atual traçado por economistas ouvidos pelo Estadão, de aversão do investidor ao risco internacional, tende a gerar impacto na economia brasileira e aumentar o desafio do governo Lula para entregar bons resultados econômicos.

O dólar vinha abaixo do patamar de R$ 4,90 na primeira semana de 2024. Os dados fortes da economia americana que vieram a partir de então, no entanto, levaram a uma mudança nas expectativas para o cenário de juros dos Estados Unidos. A crescente percepção de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) não deve cortar os juros tão cedo, somada à recente escalada de tensão no Oriente Médio e à alteração na trajetória fiscal promovida pelo governo brasileiro, levou a moeda americana a atingir o maior patamar do ano nesta terça, 16.

A valorização da moeda americana deve pressionar preços de alimentos e também de combustível, o que pode ser repassado ao consumidor. Em relatório enviado a clientes nesta terça-feira, 16, o banco BNP Paribas alterou a projeção do IPCA, PIB e Selic para 2024. No caso do índice de preços ao consumidor, a instituição prevê alta de 4,0% (antes, a previsão era de 3,5%). A expectativa do banco é que o PIB cresça 2,2% (previsão anterior era de 1,8%).

Laiz Carvalho, economista para o Brasil do BNP Paribas, afirma que pode haver pressão sobre os preços com impacto no IPCA e também aumento do custo para investir no País. Por outro lado, diz ela, o setor agropecuário exportador tende a se beneficiar. “Para a atividade econômica há sinais mistos. O lucro do setor agro e extrativo fica maior”, afirma a economista.

O impacto mais rápido a ser sentido pela população, na leitura da economista, é o repasse de preços e, posteriormente, uma possível taxa de juros mais alta. A projeção para a Selic do BNP Paribas também foi revisada no relatório de hoje, para 9,5% no final do ano. Antes era de 9,0%. “Vamos supor que tenhamos um cenário de taxa de câmbio mais alta fazendo com que alguns setores da economia tivessem situação melhor e decidissem contratar, isso demora um pouco. Demora para ter reflexo positivo na vida das pessoas”, afirma.

Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos, também avalia que pode haver uma desaceleração no ritmo de cortes dos juros. “Como o Banco Central brasileiro também olha para tudo isso (EUA e Oriente Médio), porque economia é um sistema de vasos comunicantes, não dá para dizer que tudo está, hoje, como estava ontem. Mudou”, afirma.

“Se isso durar muito tempo e os juros acabarem mais altos que o esperado inicialmente, o crescimento econômico será menor e a inflação ficará mais alta. Péssimo para a renda e para o emprego. Espero que não façamos a bobagem de errar de novo no fiscal”, diz Salto. Segundo ele, no entanto, não há motivo para “alarde” sobre a pressão do câmbio na inflação.

“O risco está posto. Fiscal é sempre muito delicado, você não pode descuidar. E o PLDO, desse jeito, foi um grande descuido. Agora tem de reverter. Mas a boa notícia é que há tempo. Se entregarem um bom número em 2024, aproveitando que as medidas do ano passado estão surtindo bom efeito, pode ter salvação”, afirma Salto.

O cenário local sozinho, na visão dos economistas, não teria sido suficiente para o movimento observado de valorização da moeda americana. Mas o contexto interno da alteração na trajetória fiscal também não é desprezado. A equipe econômica do governo Lula mudou, ontem, 17, a meta fiscal dos próximos dois anos, ao apresentar o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025.

Na visão de Armando Castelar, pesquisador do Ibre/FGV, a maior aversão ao risco gerada pelo contexto internacional jogou mais luz aos fundamentos macroeconômicos domésticos. “Havia uma visão de que, sim, havia um problema fiscal preocupante, um resultado que não permitia estabilizar a dívida, mas que era um problema que iria explodir mais lá na frente. Isso mudou. Com uma combinação da maior aversão ao risco, o que acontece passa a ser mais preocupante. Houve certa surpresa também com a velocidade nas mudanças nas metas, com a perspectiva de que as novas metas também podem mudar daqui a pouco”, afirma.

“Obviamente que tudo o que estamos falando é ruim do ponto de vista dos agentes econômicos de forma geral. Pressiona preços de alimentos, também coloca pressão grande na questão dos combustíveis, que é um item bastante sensível no debate político. Mas também gera impacto do ponto de vista dos investidores, de quem vai fazer investimentos físicos, porque o custo de capital fica mais alto”, afirma Castelar. “Tudo isso, seja a questão fiscal seja o cenário externo, reduz espaço para o Banco Central cortar juros, significa maior pressão no gasto público com juros sobre a dívida pública”, diz o pesquisador.

Em Washington para participar das reuniões de Primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, culpou o contexto internacional que, segundo ele, explica dois terços do que está acontecendo com a valorização do dólar frente ao real. “Eu diria que isso não explica tudo o que está acontecendo no Brasil, mas explica dois terços do que está acontecendo”, disse Haddad a jornalistas na capital americana.

“O governo tem reagido a essa questão da popularidade com aumento do gasto. E aumento do gasto significa piora no fiscal e mais dificuldade de reduzir juros. Seguir com a mesma resposta pode complicar o cenário”, afirma Castelar. “A tendência é para que aumente a pressão para que se tenha uma resposta que vá além de rever metas fiscais. Tem que haver discussão sobre gastos, sobre ambiente de negócios”, diz o economista.

IstoÉ Dinheiro - SP   17/04/2024

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê uma alta de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e uma expansão do PIB industrial de 2,1%. A projeção consta do Informe Conjuntural do primeiro trimestre, divulgado pela entidade nesta terça-feira, 16. “A atividade econômica iniciou 2024 mais aquecida do que apontavam as expectativas no fim de 2023. Após o PIB ter registrado crescimento nulo no terceiro e no quarto trimestres de 2023, os dados mais recentes indicam que a atividade econômica voltou a se expandir. Diversos fatores explicam os resultados recentes e darão impulso para a atividade econômica até o fim de 2024”, diz o Informe.

A expectativa da indústria é que o crescimento seja mais equilibrado entre os setores, com aumento de 2,0% da indústria da construção e 1,7% da transformação. A previsão é que a indústria extrativa também mantenha crescimento elevado, de 3,1%.

A previsão da CNI é que a indústria da construção reagirá positivamente neste ano, depois de recuar 0,5% no ano passado. “Além da queda de juros, a regulamentação do programa Minha Casa, Minha Vida e o avanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são estímulos para o setor”, diz a entidade.

Já a alta do PIB da indústria de transformação é esperado pelo aumento da demanda por produtos industriais, em decorrência do aumento da massa de rendimentos e da expansão do crédito.

“As quedas da inflação e dos juros, o aquecimento do mercado de trabalho e a possibilidade de mais acesso ao crédito são os principais fatores que vêm dando mais estímulos à economia desde o final de 2023. Apesar da projeção para o PIB ser menor que o ano passado, a composição do crescimento esperado para 2024 é positiva e mais equilibrada”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.

De acordo com o Informe Conjuntural, a inflação deve seguir em desaceleração e terminará 2024 em 3,6%. Além disso, a CNI projeta que o Banco Central reduzirá a taxa de juros Selic para 9,0% até o final deste ano. “É relevante destacar que, mesmo que a Selic atinja esse nível, a política monetária seguirá contracionista em todo o ano de 2024, ainda que com menor intensidade que em 2023”, destaca.

Com relação aos rendimentos do setor, a expectativa é que a massa de rendimento real da indústria tenha crescimento de 4,0%. “O aquecimento do mercado de trabalho, verificado ao longo de 2023, manteve-se no início de 2024 e deve contribuir com resultados positivos no primeiro trimestre do ano. É esperada uma contribuição maior do mercado de trabalho na atividade econômica em relação à prevista no final de 2023.”

As expectativas também são positivas com relação às concessões de crédito. A previsão do Informe Conjuntural é que elas cresçam 6,3% neste ano em razão das reduções da Selic e do aumento da massa de rendimentos reais, que contribuem para reduzir a inadimplência e o comprometimento da renda das famílias.

Agropecuária em queda

A CNI prevê que o PIB da Agropecuária vai recuar 4,0% neste ano, depois do crescimento excepcional de 2023, de 15,1%. “O setor vem sendo impactado pela redução nas safras de culturas relevantes, como soja e milho, que apresentam projeções revistas para baixo por conta dos impactos climáticos negativos provocados pelo fenômeno El Niño.”

Consumo e investimentos

A CNI destaca que os fatores de crescimento em 2024 – inflação e juros em queda, aumento da massa de rendimentos e aumento do crédito, principalmente – estimulam, sobretudo, o consumo das famílias. A previsão é que o consumo das famílias cresça 2,5% neste ano.

E diferente do ano passado, a expectativa é de alta do investimento. Segundo o Informe Conjuntural, a formação bruta de capital fixo deverá aumentar 2,8% em 2024, após um 2023 com queda de 3,0%.

“Além do cenário de crédito mais favorável, programas como o de Depreciação Acelerada, o novo Marco Legal das Garantias e a Nova Indústria Brasil, além da perspectiva de melhor desempenho da Indústria de Construção, deverão gerar impactos positivos sobre os investimentos em 2024.”

MINERAÇÃO

Investing - SP   17/04/2024

Os contratos futuros do minério de ferro caíram nesta terça-feira, com a referência na bolsa de Dalian recuando pela primeira sessão após sete em alta, à medida que os investidores reconsideraram as perspectivas de estímulo da China, principal mercado consumidor do minério, depois que o crescimento econômico do primeiro trimestre superou as previsões.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 1,49%, a 826 iuanes (114,10 dólares) a tonelada.

O minério de ferro de maio, referência na Bolsa de Cingapura, caiu 2,73%, para 109,15 dólares a tonelada, após três sessões consecutivas de ganhos.

O produto interno bruto (PIB) da China cresceu 5,3% em relação ao ano anterior em janeiro-março, confortavelmente acima das expectativas dos analistas de um aumento de 4,6% em uma pesquisa da Reuters e ligeiramente mais rápido do que o aumento de 5,2% do trimestre anterior.

O mercado esperava que a China divulgasse mais estímulos no segundo trimestre, após uma série de dados decepcionantes da segunda maior economia do mundo.

Mas essa esperança diminuiu depois que os dados do PIB foram melhores do que o esperado, apesar do setor imobiliário ainda estar em queda, disseram os analistas.

Os preços das casas novas na China caíram no ritmo mais rápido em mais de oito anos em março, uma vez que os problemas de endividamento das principais incorporadoras continuaram a prejudicar a demanda.

A cautela também aumentou, já que alguns traders estavam cautelosos com possíveis riscos de queda após um aumento contínuo e rápido nos preços do minério de ferro.

Na segunda-feira, os preços do principal ingrediente da fabricação de aço haviam subido cerca de 8% em relação à semana passada.

A expectativa é de que a demanda de minério seja apoiada pelas perspectivas de aumento na produção de aço bruto em abril. Em março, a produção de aço bruto da China caiu 7,8% em relação ao ano anterior, já que as siderúrgicas cortaram a produção devido à demanda mais fraca do que o esperado e ao aumento dos estoques, mas o declínio foi um pouco menor do que o previsto.

IstoÉ Dinheiro - SP   17/04/2024

A produção de minério de ferro da Vale no primeiro trimestre deste ano aumentou 6,1% em relação a igual período de 2023, alcançando 70,837 milhões de toneladas. Na comparação com o trimestre anterior, a produção de minério retraiu 20,8%, informou a mineradora em seu relatório de produção e vendas divulgado nesta terça-feira, 16.

A Vale destacou um aumento considerável nas vendas durante o primeiro trimestre de 2024. No período, a empresa comercializou 63,826 milhões de toneladas da commodity, alta de 14,7% na comparação anual e queda de 29,3% no intervalo trimestral.

Segundo a Vale, o trimestre foi marcado por “vendas robustas de minério de ferro”, impulsionado pela melhoria consistente nas operações da commodity.

As vendas de finos atingiram 52,546 milhões de toneladas, aumento de 14,6% ante igual período do ano passado e retração de 32,5% na comparação sequencial.

Já as vendas de pelotas aumentaram 13,4% na comparação anual e diminuíram 10,3% no intervalo trimestral, para 9,225 milhões de toneladas, enquanto a produção de pelotas foi de 8,467 milhões de toneladas, aumento de 1,8%.

Monitor Digital - RJ   17/04/2024

O Tribunal de Justiça do Pará suspendeu a liminar que autorizava o funcionamento da Mina de Sossego, localizada no município de Canaã dos Carajás no sudeste do Pará, da mineradora Vale. Há dois meses, a Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Pará (Semas) havia suspendido a licença de operação (LO) da mina, alegando descumprimento de condicionantes ambientais.

“Após a decisão da Semas, a Vale ajuizou Tutela Provisória de Urgência, tendo o juízo de primeira instância de Canaã dos Carajás, em 24 de fevereiro de 2024, restabelecido a vigência e validade da LO”, disse em nota o Vice-Presidente Executivo de Finanças e Relações com Investidores da Vale, Gustavo Duarte Pimenta.

Em 1º de março, o Estado interpôs recurso de agravo de instrumento para o Tribunal de Justiça do Estado do Pará, obtendo decisão que restabelece a suspensão da LO da mina do Sossego.

“A empresa ainda não foi notificada formalmente da decisão, mas disse que adotará as medidas judiciais cabíveis visando reverter esta decisão e restabelecer o pleno funcionamento de suas operações, confiando na justiça brasileira e no cumprimento de suas obrigações”, destacou a nota emitida pela mineradora.

O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) relata que apesar do nome Sossego, a barragem da Vale vem tirando a tranquilidade de quem mora na região. Segundo moradores, após a implantação do projeto minerário as casas da região vêm apresentando rachaduras em sua estrutura. Outro impacto é causado por explosões realizadas pela Vale para retirada do minério de cobre: as detonações provocam uma densa camada de poeira, que fica sobre as plantações o que dificulta a vida dos agricultores da região.

A comunidade relata que com as explosões um mau cheiro toma conta da região e afeta a qualidade da água. Já os pescadores comentam que vem sofrendo constante humilhações por funcionários da mineradora Vale e que por vezes são impedidos por seguranças fortemente armados de pescar próximos ao rio.

Descoberta

Pouco tempo depois de sua emancipação, em 1994, prospecções no subsolo de Canaã provaram que o município possuía grandes reservas de minerais como cobre, níquel, minério de ferro, ouro. Descoberta em 1997, a Mina do Sossego teve a sua construção iniciada em 2002. O empreendimento é formado por dois corpos minerais, denominados Sossego e Sequeirinho. O processo de extração de cobre da Mina do Sossego é realizado a céu aberto.

A mina produziu 66.800 toneladas de cobre em 2023, sendo a segunda maior mina produtora de cobre da companhia. A maior produtora de cobre da Vale é a mina Salobo, também localizada no Pará.

Por causa da mineração, o local apresentou grande crescimento nos últimos anos. De acordo com o Censo Demográfico de 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região foi a que teve maior crescimento populacional nos últimos 12 anos. Sua população é de 77,079 habitantes, a grande maioria vinda de outras regiões do país.

IstoÉ Dinheiro - SP   17/04/2024

O preço realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 100,7 por tonelada no primeiro trimestre de 2024, queda de 7,3% ante igual período do ano passado. No intervalo sequencial, o recuo foi de 14,9%, informou a Vale em seu relatório de produção e vendas nesta terça-feira, 16.

Segundo a mineradora, a redução no preço realizado de finos de minério foi atribuída, em grande parte, aos ajustes provisórios de preços devido a preços futuros menores no último dia do trimestre do que a média para o período.

O preço realizado das pelotas, por sua vez, foi de US$ 171,9 a tonelada, aumento de 5,8% ante igual período do ano passado e avanço de 5,2% na comparação sequencial. De acordo com a Vale, os prêmios contratuais trimestrais de pelotas aumentaram, enquanto as vendas de pelotas geralmente não são impactadas por ajustes provisórios de preços.

O prêmio all-in totalizou US$ 2,2 por tonelada, ligeiramente maior na comparação trimestre contra trimestre. A Vale explicou que, dadas as atuais condições de mercado, com um spread de preço menor para materiais de menor qualidade, a empresa continuou a priorizar a venda de produtos blendados e de alta sílica no primeiro trimestre, a fim de maximizar o valor de seu portfólio de produtos.

Valor - SP   17/04/2024

Segundo a companhia a produção de minério de ferro chegou a 77,9 milhões de toneladas, uma queda de 2% na comparação com o mesmo período de 2023

A produção de minério de ferro da Rio Tinto chegou a 77,9 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2024, uma queda de 2% na comparação anual.

Os embarques de minério de ferro também caíram 5% na mesma base de comparação, para 78 milhões de toneladas.

Já a produção de alumínio chegou a 826 mil toneladas, um avanço anual de 5%, enquanto a produção de cobre alcançou as 156 mil toneladas e a de bauxita chegou a 13,4 milhões de tonelada, incremento de 7% e 11%, respectivamente, ante o primeiro trimestre de 2023.

O diretor-presidente da Rio Tinto, Jakob Stausholm, afirmou, em comunicado divulgado à imprensa, que os resultados operacionais da companhia foram estáveis no primeiro trimestre, e que houve melhoras nos negócios de bauxita e alumínio, diante dos desafios sazonais nas operações globais da mineradora.

“Permanecemos focados no crescimento em materiais de transição energética, com o ‘ramp-up’ [aumento na produção] no subsolo de Oyu Tolgoi, o primeiro trimestre completo de produção de alumínio reciclado da Matalco e novos progressos em Simandou, nosso projeto de minério de ferro de alto teor na Guiné”, disse o executivo.

AUTOMOTIVO

Portal Fator Brasil - RJ   17/04/2024

A megaoperação acontece no Terminal de Contêineres e fortalece o hub de veículos do atracadouro pernambucano. As unidades serão distribuídas em concessionárias do Nordeste.

Uma megaoperação de automóveis no Cais 3 do Terminal de Contêineres (Tecon) do Porto de Suape ficou movimentado, no dia 15 de abril (segunda-feira ) 1.972 veículos elétricos, de modelos diversos, da Build Your Dreams, conhecida em todo o mundo como BYD. A empresa chinesa, que tem sede na cidade de Xiam, no país asiático, é líder global na fabricação de automóveis, caminhões e ônibus movidos a baterias elétricas. A embarcação partiu do Porto de Nansha e levou 34 dias para chegar à costa pernambucana.

A operação, que mobiliza dezenas de profissionais, deverá ser concluída no dia 16 (terça-feira). Após os trâmites alfandegários, os carros deixarão o porto com destino a concessionárias espalhadas pela região Nordeste. A importação das unidades chinesas reforça a importância do HUB de Veículos de Suape, que registrou crescimento de 42% em 2023 em relação ao ano anterior.

O navio Zhong Yuan, de bandeira chinesa, transportou os veículos até Suape em contêineres adaptados para que os automóveis chegassem ao porto em perfeito estado. Após o descarregamento, os veículos foram levados para o Pátio Público de Veículos de Suape (PPV). A operação é viabilizada pela Nexus, empresa nacional do grupo K-Line que atua no ramo logístico automotivo e de cargas de projeto, sendo responsável por boa parte da movimentação no hub de veículos do atracadouro pernambucano.

Em fevereiro deste ano, representantes da BYD visitaram o Porto de Suape para conhecer a infraestrutura e os projetos que estão sendo desenvolvidos para a expansão das operações. — desembarque de quase duas mil unidades da BYD, para posterior distribuição nos Estados da região, é mais um case de sucesso do nosso hub de veículos, que expande, gradativamente, seu raio de alcance. É uma notícia muito positiva para Suape, para Pernambuco e para o Nordeste— pontua o diretor-presidente da estatal portuária, Marcio Guiot.

A BYD é pioneira de soluções em energia limpa. Com foco na transição energética sem emissão de poluentes, a empresa já dispõe de fábricas de montagem de chassis de ônibus 100% elétricos e de produção de módulos fotovoltaicos, ambas localizadas em Campinas (SP), além de uma terceira unidade fabril instalada na Zona Franca de Manaus (AM), onde produz baterias de fosfato de ferro-lítio.

Jota - DF   17/04/2024

Recentemente, temos acompanhado uma onda de investimentos de grandes montadoras no Brasil, investimentos estes que são testemunho da vitalidade e importância do setor automotivo para a economia nacional. A Stellantis, uma líder de mercado, planeja investimento recorde para a América do Sul, totalizando € 5,6 bilhões, equivalente a R$ 30 bilhões, aproximadamente, entre 2025 e 2030. O valor seria destinado a impulsionar o lançamento de mais de 40 produtos e desenvolver tecnologias inovadoras de descarbonização em toda a cadeia de suprimentos automotiva.

Outras montadoras anunciaram investimentos igualmente impressionantes. É o caso da Volkswagen, com mais de R$ 9 bilhões até 2028 para lançar 16 novos veículos, incluindo modelos híbridos, 100% elétricos e full flex, e da Toyota, com mais de R$ 11 bilhões em investimentos até 2030. Já BYD e GWM, entrantes no mercado nacional, somam aportes que ultrapassam os R$ 3 bilhões para a produção de veículos elétricos e híbridos no Brasil.

O movimento sinaliza o fortalecimento no desenvolvimento da indústria local e uma aceleração rumo aos objetivos de carbono líquido zero, alinhados ao programa de mobilidade verde Mover, do governo federal, que prevê incentivos fiscais para fabricantes de automóveis que investem em sustentabilidade.

Há, entretanto, um ponto polêmico que merece reflexão. Os principais benefícios fiscais se referem à isenção ou redução de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e, a princípio, diferentemente de programas anteriores, como Inovar Auto e Rota 2030, seriam aplicados apenas a veículos híbridos e elétricos. Ao mesmo tempo, a PEC da reforma tributária, aprovada pelo Congresso Nacional em dezembro de 2023, estendeu tais benefícios a carros flex, ou seja, a combustão.

Se os legisladores brasileiros fossem seguir tendências mundiais de sustentabilidade e energia limpa, é certo que esses benefícios seriam mantidos apenas para carros híbridos e elétricos. A União Europeia, por exemplo, determinou que a partir de 2035 todos os automóveis produzidos no bloco devem ser livres de emissão de CO2.

Estaria o Brasil, assim, incentivando a produção de veículos poluentes? Não necessariamente. Temos uma relação bastante estreita com a indústria automotiva, porque ela representa fatia considerável da economia. Em 2022, o setor faturou US$ 39 bilhões, respondendo por 5,26% do Produto Interno Bruto (PIB) e 22% do PIB industrial. Além disso, ainda que já tenha gerado mais, essa indústria é responsável por uma quantidade significativa de empregos, na casa dos 100 mil postos de trabalho. Por mais que as fábricas se modernizem, invistam em tecnologia e automação, ainda há uma concentração grande de mão de obra humana.

O tema, contudo, é delicado. A reforma legislativa certamente traz uma revisão significativa do sistema tributário e provavelmente se traduzirá em ganhos de produtividade no longo prazo. De um lado, tem-se a urgência das mudanças de hábitos rumo a um futuro mais sustentável. De outro, há um setor crucial para a economia.

Apesar da polêmica, penso que podemos concordar que, na prática, tanto os investimentos quanto os incentivos fiscais trazem vários pontos positivos para o Brasil e para o setor automotivo. Ambos têm como objetivo a diversidade de produtos, um maior volume de produção, mais receita e, consequentemente, a manutenção de milhares de empregos. Passemos a outro ponto: os atuais empecilhos para o avanço dos veículos elétricos no Brasil.

Necessário deixar claro que a população brasileira não é avessa à sustentabilidade. Levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que o número de brasileiros que se preocupam com hábitos sustentáveis, sempre ou na maioria das vezes, passou de 74% em 2022 para 81% em 2023. Ainda, apesar de sabermos que o principal motivador da adoção do etanol costuma ser o preço na bomba de combustível, o carro flex tem boa aceitação também por ser mais sustentável.

Desta forma, não são esses pontos que afastam o motorista brasileiro dos carros elétricos e híbridos. Além do preço ainda superior em comparação com o veículo a combustão, há o carregamento. Mesmo que alguns dos novos carros elétricos levem cerca de meia hora para chegar a 80% da bateria carregada em pontos de recarga rápida, a primeira geração de eletrificados demora mais de duas horas para atingir esse patamar, podendo levar mais de uma noite inteira em um ponto doméstico com 220 volts de 20 amperes. Então, mesmo que o motorista deixe o veículo carregando numa vaga especial do shopping enquanto vai ao cinema, por exemplo, o tempo pode não ser suficiente.

A eficiência quanto à quilometragem que poderá ser percorrida é outra questão. Isso sem falar nos postos de abastecimento. Alguns condomínios e estabelecimentos comerciais, como os já citados shoppings, têm disponibilizado pontos de carregamento, mas eles são suficientes? E qual é o custo quando o carregamento não é ofertado como cortesia e o motorista precisa desembolsar para recarregar o carro?

É claro que esse cenário deve mudar. Lembro-me de quando os veículos a álcool começaram a se popularizar, na década de 1980, e havia filas enormes em postos porque apenas uma bomba fornecia o combustível. Hoje, porém, o etanol é um combustível bastante aceito e difundido no país. Vislumbro o mesmo para os carros elétricos no futuro, mas até lá ainda temos um longo caminho – literalmente – a percorrer.

FERROVIÁRIO

Construção Latino-americana - SP   17/04/2024

Os vagões foram adquiridos no último ano junto à fabricante Greenbrier Maxion, de Hortolândia (SP), em um negócio com investimento total de R$ 200 milhões, que envolve também três locomotivas para operação na região – em mais um estímulo da VLI à indústria ferroviária nacional. O Corredor Norte percorre os estados do Tocantins e do Maranhão pelo tramo norte da Ferrovia Norte-Sul, controlado pela VLI, e pela Estrada de Ferro Carajás, onde a companhia opera por direito de passagem para chegar ao sistema portuário de São Luís. O corredor conta, ainda, com três terminais integradores, instalados em Palmeirante e Porto Nacional, no Tocantins, e em Porto Franco, no Maranhão.

“A nova frota de vagões proporcionará o aumento da nossa capacidade de transporte e de atendimento aos produtores da região, ao mesmo passo em que seguimos com o foco constante em planejamento e excelência operacional, com o objetivo de somar ainda mais eficiência ao negócio dos nossos clientes”, afirma Alisson Ruas, gerente geral de Operações do Corredor Norte da VLI.

O aumento da capacidade de transporte também acompanha o crescimento dos volumes movimentados pela VLI ano a ano no Corredor Norte. Em 2023, a companhia movimentou o volume recorde de 14,5 bilhões de TKU (toneladas por quilômetro útil) no trecho, contra 14,1 bilhões em 2022, recorde anterior. No último ano, a companhia também registrou seu melhor resultado no Terminal Portuário de São Luís, com 5,6 milhões de toneladas elevadas, contra 5,4 milhões em 2022.

Investimentos e novos negócios

Além dos grãos, a VLI transporta combustíveis, insumos minerais e fertilizantes no Corredor Norte. Neste último segmento, a companhia teve uma importante inauguração em 2023, com o início da operação de transporte de fertilizantes, em uma parceria com a Companhia Operadora Portuária do Itaqui (Copi). O projeto é resultado de investimentos conjuntos que somaram de mais de R$ 400 milhões e nasce com capacidade para movimentar 1,5 milhão de toneladas por ano.

A inauguração do corredor é o primeiro passo para uma grande transformação regional, possibilitando a criação de um grande polo industrial no Terminal Integrador de Palmeirante e áreas adjacentes, com possibilidade de arrendamento de terreno para players de fertilizantes, tradings de agronegócio e outros setores. A principal vantagem é o ganho em eficiência, pela proximidade com a operação ferroviária e capacidade de armazenagem oferecida no local. No último ano, Mosaic e Ultracargo anunciaram investimentos para instalação no local.

Sobre os vagões

Os vagões Hopper HTT, fabricados pela Greenbrier Maxion apresentam três diferenciais importantes: redução do comprimento sem perda de volume, diminuição da tara (peso) e aumento da vida útil. Com todas essas otimizações, há um incremento na capacidade de carga por trem. Outro destaque é o sistema descarga rápida e o revestimento interno com pintura especial, que não retém a carga no interior do vagão. Além disso, as unidades novas possuem o sistema do truque Motion Control, de alto desempenho e com redução do desgaste de componentes, gerando menor consumo de combustível e mais segurança.

Rodoviário

Globo Online - RJ   17/04/2024

O Consórcio Novo Litoral venceu o leilão do lote Litoral Paulista, com 213,5 quilômetros de extensão que compreende as rodovias Padre Manoel da Nóbrega (SP-055), Mogi-Dutra (SP-088) e Mogi-Bertioga (SP-098), ligando as regiões do Alto Tietê, Baixada Santista e Vale do Ribeira. O leilão foi realizado pelo governo do estado de São Paulo nesta terça-feira, na B3 , em São Paulo.

O vencedor ofereceu o maior desconto no valor da contraprestação – fixada pelo governo em, no máximo, R$ 199 milhões ao ano. O desconto oferecido foi de 10,17% e o pagamento do governo será de R$ 179,1 bilhões. A empresa de origem espanhola Acciona também participou, mas ofereceu desconto de apenas 1%. O leilão foi para o viva-voz, mas a Acciona não elevou sua proposta de desconto.

O Consórcio Novo Litoral é formado pela Companhia Brasileira de Infraestrutura (CBI), que tem quatro acionistas do ramo de construção que buscam concessões e PPPs, além da construtora Laços Detetores e Eletrônica (CLD), antiga Consladel.

Nas rodovias paulistas concedidas, os investimentos estimados são de R$ 4,3 bilhões em obras, como 90 km de duplicações, 10 km de faixas de ultrapassagem e 47 km de acostamentos, construção de 73 km de ciclovias e de 27 novas passarelas para passagens de pedestres.

Nei Moreira, CEO da CBI, disse que as empresas que integram o consórcio já operam em São Paulo com operações de PPP e concessões. Através de uma das sócias, tem três contratos de concessão no Mato Grosso, e no passado uma das sócias foi acionista da SP Vias.

— Operamos saneamento, iluminação pública. Estudamos o projeto, em nível de detalhe seguro, com atenção ao meio ambiente porque trata—se de uma região litorânea. Haverá transtornos no início, porque cada rodovia é quase uma avenida em algumas situações. Mas vamos buscar uma solução que impacte o mínimo a população — afirmou Moreira, que disse que o grupo faturou R$ 4,5 bilhões no ano passado e está olhando linhas de crédito do BNDEs e debêntures incentivadas para custear o investimento. Ele disse que as empresas têm porte adequado para o projeto.

Sobre um dos sócios, a CD, ter sido alvo de investigações por suposto pagamento de propina no caso da PP de iluminação em São Paulo, Moreira disse que não há condenação e"muita gente foi alvo de investigação". Além de São Paulo, a Consladel foi investigada por suposto desvio de verba e favorecimento em licitações em Manaus. Nos dois casos, não houve condenação.

Tecnologia nas rodovias

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comemorouu a concessão via PPP e afirmou que embora o ambiente seja de desafios, o estado continua tendo capacidade de atrair investimentos.

— Nosso programa (de concessões) está se tornando realidade. Fizemos o leilão do Rodoanel, do trem intercidades , hoje o lote litoral e na sexta vamos privatizar a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), a primeira privatização do nosso governo. Estamos trilhando uma jornada que vai trazer R$ 220 bilhões em investimentos ao estado. Muita gente quer judicializar esse processo sem entender que vamos melhorar a mobilidade, a segurança das pessoas — declarou o governador, afirmando que o fabricante do martelo batido para concretizar a concessão, "Seu Osni", estará presente no leilão da Emae, na próxima sexta-feira. Mais uma vez, o governador bateu o martelo com força para comemorar a concessão.

Ele observou que a concessão trará tecnologia às rodovias, com o pedágio free flow, além de oferecer desconto nos pedágios aos usuários frequentes.

O governador afirmou que o desconto de 10% ficou dentro da faixa esperada e o fato da CDL ter sido investigada não é uma preocupção. Ele disse que o grupo tem contratos no litoral paulista, tem ativos, usina de asfalto, mas a regulação vai atuar para ter um empreedimento bem sucedido.

De acordo com o edital, estão previstos 15 pórticos para a cobrança de pedágio, no sistema free flow, em que os motoristas pagam apenas pelos trechos utilizados. Os pórticos vão substituir os tradicionais pedágios e serão instaladas nos seguintes pontos: 12, na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-055); 1, na Rodovia Mogi-Bertioga (SP-098), e 2, na Mogi-Dutra (SP-088).

A concessão prevê também a oferta de serviços como atendimento por equipes de socorro mecânico, guincho, primeiros socorros e monitoramento das rodovias por sistemas de câmeras. Mais de 24 mil empregos diretos e indiretos deverão ser criados.

Valor do pedágio

O valor das tarifas de pedágio no Lote Litoral Paulista deve ficar entre R$ 1 e R$ 6, segundo o edital e a concessão tem duração de trinta anos. O preço fixado pelo governo foi de R$ 0,20 por quilômetro em pista dupla e R$ 0,14 em pista simples. É o mesmo valor adotado no Rodoanel.

As estradas que fazem parte da concessão cortam os seguintes municípios: Arujá, Bertioga, Itanhaém, Itaquaquecetuba, Itariri, Miracatu, Mogi das Cruzes, Mongaguá, Pedro de Toledo, Peruíbe e Praia Grande.

O secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, disse que entre os desafios de revitalizar essas rodovias estão a questão ambiental, bem como áreas de indígenas e quilombolas. Mas ele explicou que esse edital já conseguiu um relatório preliminar da Cetesb, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambinetal de São Paulo, com todas as exigências que seriam feitas para o andamento das obras.

— É a primeira vez que a gente faz isso, o que diminuiu o risco ambiental porque a Cetesb apontou o que é necessário apresentar para mitigar os riscos — afirmou.

A concessão do Lote Litoral Paulista foi feita no modelo de Parceria Público-Privada. A PPP foi adotada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) depois do projeto de concessão do lote Litoral Paulista ter ficado paralisado nas gestões anteriores.

Havia resistência de moradores das cidades e de lideranças municipais contra a instalação das praças de pedágio. A primeira audiência pública sobre o projeto foi realizada em 2016. Com a adoção dessa nova modelagem, a tarifa de pedágio foi reduzida por quilômetro percorrido.

O governo de São Paulo tem a meta de realizar 13 leilões na B3 até o final de 2024. O primeiro deles foi o Trem Intercidades (TIC), em fevereiro, que vai ligar a cidade de São Paulo a Campinas. A carteira de projetos de concessões, desestatizações e parcerias é estimada em mais de R$ 220 bilhões em investimentos privados, com 20 projetos qualificados e a previsão de 44 leilões até 2026.

Acesso ao Porto

Um das principais obras do lote concedido é a duplicação da SP-055 entre os municípios de Peruíbe e Miracatu. Ela vai possibilitar o acesso alternativo ao Porto de Santos por meio da rodovia Régis Bittencourt antes da chegada ao Rodoanel. O motorista terá acesso ao porto de Santos sem precisar passar por São Paulo com descida pelo sistema Anchieta-Imigrantes, beneficiando caminhões com cargas provenientes do Vale do Ribeira e das regiões do sul e sudoeste do estado.

O trecho Mogi-Dutra deverá ganhar faixa adicional na SP-088 até o acesso à rodovia Ayrton Senna, a SP-070. No trecho da rodovia entre Bertioga e Santos, há a previsão de obras na ponte de ligação com o Guarujá, beneficiando os moradores da Baixada Santista e os turistas que visitam as praias da região. O trecho Mogi-Bertioga na SP-098 ganhará faixas adicionais, rampas de escape e acostamentos.

Rodrigo Petrasso, especialista na área de projetos privados e sócio do escritório Toledo Marchetti Advogados afirma que a modelagem buscou a parceria público-privada (PPP), de maneira a assegurar a economicidade das tarifas, que foi o entrave das modelagens anteriormente tentadas.

— Uma das principais exigências do leilão é a obrigação de implantação de sistema "free flow", que racionalizará a cobrança e tornará o trânsito mais fluido.

Os trechos concedidos são considerados atrativos, diz o advogado, tanto em razão tanto do desenvolvimento socioeconômico dos municípios cortados pelas estradas, quanto da previsibilidade da demanda tanto para o transporte de passageiros quanto para o de cargas.

— A demora para a concessão se deveu às disputas travadas entre Estado e municípios, por conta da localização dos pontos de pedágio.

PETROLÍFERO

Investing - SP   17/04/2024

O petróleo ficou próximo da estabilidade nesta terça-feira, 16, em meio ao fortalecimento do dólar e enquanto investidores ponderam sobre os riscos de uma escalada nos conflitos no Oriente Médio. Hoje também, um Produto Interno Bruto (PIB) chinês mais aquecido do que o esperado no primeiro trimestre aumentou expectativas por demanda forte do país.

O WTI para maio fechou em queda de 0,06% (US$ 0,05), a US$ 85,36 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para junho recuou 0,02% (US$ 0,08), a US$ 90,02 o barril, na Intercontinental Exchange.

Hoje, o presidente do Irã disse que o país reagirá a ataques israelenses, caso venham. Enquanto isso, Vladimir Putin e outros líderes globais pedem cautela na região. Segundo fontes do governo americano, a reação de Israel deve ser "limitada". Em meio a tudo isso, analistas continuam indicando que a chance de uma escalada na região é pequena.

A Eurasia aponta que o preço do barril de Brent deve ultrapassar os US$ 90 no seundo trimestre, ficando até mesmo acima de US$ 100, caso os conflitos no Oriente Médio se agravem. Segundo a instituição, caso isso aconteça, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) seria pressionada a aumentar sua produção caso haja uma interrupção na oferta, para manter a estabilidade do setor.

Pela manhã, os preços do petróleo chegaram a subir, enquanto investidores acompanhavam dados do PIB da China acima da expectativa no primeiro trimestre deste ano, crescendo a uma taxa anualizada de 5,3%. Contudo, outros indicadores chineses, como o investimento imobiliário, a produção industrial e as vendas no varejo de março suscitaram preocupações sobre a demanda interna no final do trimestre.

Segundo o Commerzbank, os dados de hoje indicam que a China importou mais petróleo e também exportou mais produtos petrolíferos em março. "A comparação dos valores mais recentes revela uma tendência ascendente, uma vez que as importações já eram mais elevadas em fevereiro", afirma.

Também hoje, o Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou, em seu relatório Perspectivas da Economia Mundial (WEO, na sigla em inglês), que as perspectivas para o preço do petróleo e para o aumento da demanda são "altamente incertas", mas destaca que há riscos de alta dos preços caso haja uma escalada nos conflitos no Oriente Médio ou caso novos ataques a infraestruturas de energia russas sejam realizados pela Ucrânia.

Segundo a Capital Economics, as tensões no Oriente Médio ainda podem apoiar o setor petrolífero da Venezuela, visto que o impacto na cadeia de abastecimento global pode forçar os Estados Unidos a renovarem sua isenção de sanções à Venezuela, que expiraria na quinta-feira e retiraria parte do abastecimento de petróleo na região.

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