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17 de Janeiro de 2024

SIDERURGIA

Diário do Aço - MG   17/01/2024

As empresas podem aumentar a produção de matéria-primas para a produção de tubos soldados de aço não-ligado

A Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos (USITC, na sigla em inglês) revogou o direito antidumping aplicado às importações brasileiras de tubos soldados de aço não-ligado de seção circular, que estava em vigor desde 1992 e atingia vários outros países. Após processo de revisão periódica, o Brasil foi o único país a ser retirado da medida.

O anúncio foi realizado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDCI), Geraldo Alckmin, durante coletiva de imprensa no último dia 5.

Assim, os EUA deixarão de cobrar taxas adicionais de 103,4%, na forma de alíquota ad valorem, na importação de tubos soldados de aço não-ligado originários do Brasil.

Apesar do material não ser fabricado diretamente pelas siderúrgicas do Vale do Aço, como Usiminas e Aperam, essa medida pode trazer impactos positivos às empresas, mesmo que de forma indireta.

As plantas fornecem o insumo siderúrgico necessário para a fabricação dos tubos soldados de aço não-ligado, como explica Flaviano Gaggiato, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Regional Vale do Aço.

“Todas as grandes siderúrgicas que trabalham com esses produtos, Mannesmann, que faz muito tubo, por exemplo, vão ser grandes beneficiadas nesse sentido. E aqui da região, as empresas nossas também fornecem para Mannesmann, então até indiretamente a gente acaba sendo beneficiado no médio e longo prazo”, afirma.

Para Gaggiato, o possível crescimento de exportação deste tipo produto, combinada com uma alta demanda por parte de insumos fabricados pelas siderúrgicas regionais, pode favorecer até mesmo outras prestadoras de serviços do Vale do Aço, principalmente no que tange a manutenção de equipamentos.

“Se você começa a aumentar a exportação, de maneira direta, você aumenta a sua produção e de maneira indireta você aumenta a necessidade também de manutenção, ou de ampliação de plantas, tudo isso ajuda. Mas principalmente na área de manutenção, de recuperação de equipamentos, indiretamente, exige uma manutenção maior, e com isso integra até as indústrias locais aqui que fornecem, para Usiminas, para Aperam, para CSN, porque aí essa medida beneficia o Brasil como um todo”.

Geraldo Alckmin compartilha de uma visão semelhante à de Gaggiato. No momento do anúncio da retirada do antidumping, o ministro comemorou a possibilidade de expansão de vendas para os EUA.

“É uma conquista importante que vai expandir mais ainda a exportação siderúrgica de tubos de aço para os Estados Unidos. Aliás, é o quarto direito antidumping retirado de 2022 para cá”, comemorou o ministro. Os demais foram os de laminados a frio, laminados a quente e chapas de aço carbono.

Minas Gerais pode expandir o mercado
Gaggiato disse ao Diário do Aço que, em 2023, a exportação foi de em torno de R$ 1,8 bilhão de estruturas de aço de ferro fundido, em anexo, e do total, aproximadamente 18% foi para os Estados Unidos, em torno de R$ 332 milhões.

“Com essa diminuição, ou a eliminação dessa tarifa, com certeza a possibilidade de a gente no mínimo dobrar a exportação é muito grande”, comemora o especialista.

Quanto ao tubo de aço, normalmente exportado para empresas do setor de petróleo e gás, o diretor da Fiemg afirma que foram R$ 22 milhões gerados no total, e há a expectativa que o item chegue a R$ 1 milhão neste ano.

“Em Minas, nós exportamos R$ 251 milhões de soldados de aço, porém não houve embarque com os Estados Unidos nesse produto no ano passado. Então a gente passa a ser competitivo agora nos Estados Unidos com esse produto também. Que é a exploração de tubos soldados e aços não ligados”, estipula.

Importação do aço chinês
No ano passado, as siderúrgicas da região sentiram o efeito da grande importação do aço chinês. A Usiminas chegou a fechar o alto-forno 1, enquanto a Aperam anunciou o adiamento dos investimentos na planta de Timóteo.

O aço chinês chega ao Brasil subsidiado pelo governo do país asiático, com preços baixos e que prejudica a competitividade da indústria siderúrgica nacional.

Os executivos brasileiros do ramo siderúrgico pedem que o governo federal taxe o produto chinês.
Gaggiato afirma que está articulando junto com as indústrias da região e também com setores do governo federal para o retorno da taxa de importação nos parâmetros anteriores.

“Estamos brigando com o governo para voltar pelo menos aos 25%, no mínimo isso, e para que as indústrias que passam a competir com pelo menos um pouco mais de igualdade de condição”, finaliza.

O Estado de S.Paulo - SP   17/01/2024

Estreante no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, não esconde a sua preocupação com a economia brasileira, em especial com a indústria.

Enquanto países como México, que surfa na onda do nearshoring (realocação da produção em países próximos ao mercado de interesse), além dos Estados Unidos e a Turquia atuaram em prol de suas indústrias locais, o Brasil, na avaliação do executivo, não tem se mexido na mesma direção. Isso faz com que a companhia cogite rever investimentos à frente, segundo ele.

“Começamos o ano bastante preocupados com o Brasil. Nenhum setor nos quais atuamos está absolutamente pujante neste momento”, diz o presidente da Gerdau, durante o Fórum de Davos, em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast.

Ainda que os juros já tenham começado a cair no Brasil, o ambiente de taxas elevadas, com a Selic em 11,75% ao ano, deve inibir o consumo, afetando segmentos essenciais para o negócio da maior produtora de aço do Brasil. A construção vai ter um ano difícil para lançamentos, enquanto o segmento industrial sofre com a competição de máquinas importadas. Por sua vez, a indústria automotiva, depois de um 2023 ruim em produção, pode se recuperar neste ano, mas não há um “otimismo exagerado”, pondera Werneck.

“No curtíssimo prazo, a dificuldade de crédito e na renda familiar vão impedir de termos a demanda de aço que gostaríamos”, afirma o presidente da Gerdau.

Nesse sentido, ele reforça a crítica à concorrência chinesa. Conforme Werneck, o aço importado da China além de não seguir os princípios da Organização Mundial do Comércio (OMC), vem com uma emissão de CO2 mais intensa, uma vez que o país é um grande produtor via minério de ferro. “Vai tudo contra o que a gente está falando”, afirma.

Para o executivo, dado que 2024 é um ano de eleições municipais, que dificulta a aprovação de reformas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria dar celeridade a ações que melhorem o ambiente de negócios no País. Fora a reforma tributária, Werneck pontua que não há nenhuma iniciativa do vice-presidente, Geraldo Alckmin, nem do governo federal que busque melhorar a competitividade da indústria e das empresas nacionais.

“Não queremos nenhum tipo de proteção, de benesse. Só queremos competição justa, igualitária”, cobra o CEO da Gerdau. “Se medidas urgentes não forem tomadas, isso é mais uma pá de cal no setor industrial, que é muito relevante. Um país em desenvolvimento como o Brasil não pode prescindir da indústria”.

Investimentos

O difícil ambiente de competição no Brasil pode levar a maior produtora de aço do País a rever os seus investimentos à frente, após reafirmá-los no fim do ano passado. De acordo com o previsto atualmente, somente o Estado de Minas Gerais deve receber uma injeção de R$ 5 bilhões até 2026. No total, a Gerdau prevê investir R$ 12 bilhões entre 2021 e 2026.

“Se, ao longo de 2024, não sentirmos que o governo federal e os estaduais estão, de fato, olhando a indústria de uma forma a criar condições de competitividade, podemos rever esses números”, admite o presidente da Gerdau. “Temos pensado nisso, mas ainda temos a expectativa de que alguma coisa seja feita”, acrescenta.

Um dos questionamentos que a Gerdau tem feito nos últimos tempos é se não deveria direcionar os investimentos que destina ao Brasil para os Estados Unidos. Em 2023, pelo segundo ano consecutivo, a operação americana da companhia superou a brasileira. E, pelo andar da carruagem, 2024 será novamente assim, com os negócios nos EUA sendo mais relevantes do que os no Brasil para o conglomerado de 123 anos, celebrados nesta terça-feira, conforme Werneck.

O ano também será de consolidação dos negócios lançados pela Gerdau, de olho em novos mercados e avenidas de crescimento. Um dos mais recentes foi a joint venture (união entre empresas) com a Randon e que deu origem à Addiante, focada na locação de máquinas e veículos pesados no Brasil. As projeções de crescimento são otimistas.

“Daqui a uns cinco anos, a Addiante vai trazer um nível de receita e de resultado financeiro que vai nos ajudar a passar um pouco melhor por situações como essa que estamos atravessando”, diz o executivo.

Ainda assim, em meio a um cenário de dificuldades, outros negócios podem ser revistos, afirma Werneck. Um deles é o fundo de venture capital (capital de risco) que apoia negócios em estágio inicial. “Nosso investimento em venture vai cair este ano por conta do cenário de dificuldades que estamos enfrentando na indústria. Vamos ser um pouco mais seletivos”, adianta o presidente da Gerdau. Sobre o montante a ser reduzido, ele afirma que está em debate.

Fusão

A Gerdau segue buscando melhorar a sua eficiência com apoio da tecnologia e do uso da inteligência artificial (IA), um dos temas de destaque no Fórum Econômico Mundial deste ano. Como exemplos práticos, cita o uso de representações virtuais, conhecido como ‘digital twin’, através de modelos preditivos para identificar problemas futuros nos equipamentos. Outro uso está relacionado à segurança do trabalho, evitando a ocorrência de acidentes.

“Se a gente não for ao limite de buscar a nossa eficiência, vai ser ainda mais difícil competir neste ambiente de dificuldades”, reforça Werneck.

Sobre uma possível fusão entre a Gerdau e a Metalúrgica Gerdau, o executivo afirma que esse é um tema que está amadurecendo na companhia. Mas, novamente, o martelo depende das medidas em estudo pela equipe econômica, chefiada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na conta, a empresa vai considerar impactos com a reforma tributária, a discussão dos juros sobre capital próprio e da tributação de lucros no exterior.

“Sem entender todo esse arcabouço de transformações, para nós, não tem sentido debater isso. Talvez, no futuro, olhando todas essas mudanças que estão em debate e que acabam impactando essa decisão”, afirma Werneck. O debate está prematuro e o martelo ainda não foi batido, conclui.

Brasil Mineral - SP   17/01/2024

As importações alcançaram 5 milhões de toneladas e cresceram 50% em 2023

O Instituto Aço Brasil (IABr) divulgou que o Brasil produziu 31,9 milhões de toneladas de aço bruto, uma redução de 6,5% na comparação com 2022. As vendas internas somaram 19,4 milhões de toneladas e registraram queda de 4,4% em 2023 em relação ao ano anterior. As importações alcançaram 5 milhões de toneladas e cresceram 50% em 2023.

Já as exportações atingiram 11,7 milhões de toneladas, redução de 1,8% na comparação com o mesmo período de 2022, enquanto o consumo aparente de produtos siderúrgicos foi de 23,9 milhões de toneladas, aumento de 1,5% que se deve exclusivamente à disparada das importações. Na comparação entre os meses de novembro e dezembro de 2023, a produção de aço bruto foi de 2,5 milhões de toneladas, recuo de 7,8%. As vendas internas ficaram em 1,4 milhão de toneladas, 10,8% abaixo do apurado em novembro. As exportações foram de 842 mil toneladas e caíram 12,3%, enquanto o consumo aparente de produtos siderúrgicos chegou a 1,9 milhão de toneladas, diminuição de 2,4% na mesma base de comparação. As importações cresceram 43,5% entre novembro e dezembro de 2023, tendo atingido 511 mil toneladas.

O Índice de Confiança da Indústria do Aço (ICIA) cresceu 3,2 pontos frente ao mês imediatamente anterior e atingiu 40,9 pontos. Apesar da alta, o indicador segue abaixo de 50 pontos por 15 meses seguidos, reflexo da falta de confiança dos CEOs da indústria do aço.

ECONOMIA

Infomoney - SP   17/01/2024

Se 2023 foi um de combate à inflação, 2024 será marcado pelo debate sobre quando e quanto os Bancos Centrais vão poder caminhar na rota da flexibilização, cortando os juros. O diagnóstico é de Caio Megale, economista chefe da XP, que participou do painel sobre macroeconomia no Onde Investir 2024, evento gratuito e online organizado pelo InfoMoney, que reúne nesta semana importantes nomes do mercado financeiro do Brasil e do mundo.

Megale destacou que, para considerar que a inflação está realmente dominada, são necessários alguns fatores. O primeiro é que a certeza de que custos de produção maiores tenham de fato ficado para trás, algo que enfrenta hoje incertezas devido ao cenário geopolítico.

Ele citou como pontos de atenção a realização de eleições importantes, em especial a dos Estados Unidos no final do ano, e a continuidade das tensões iniciadas no ano passado, como a série de eventos no Mar Vermelho – esse último tema já tendo impacto nos preços dos fretes marítimos.

“Acho que os Bancos Centrais, para começar a cortar juros, ou, no caso do Brasil, ir além dos 9%, 9,5% ou 10%, tem que ter confiança de que realmente a inflação voltou para níveis normais”, afirmou, prevendo que esse processo deve durar todo o primeiro semestre do ano.

O economista, reforçou o BC precisa tomar cuidado com o diagnóstico que o risco inflacionário ficou para trás. Ele voltou a citar que questão do fretes marítimos aumento o curo de produção para o mundo. “Outro problema pelo lado da oferta nos custos é o El Niño mais severo. Isso significa chuvas mais severas no Brasil e problemas com algumas culturas importante para o dia a dia brasileiro, como o arroz e o feijão”, citou, lembrando que esses itens batem direto na cesta do IPCA.

Um terceiro fator, dessa vez do lado da demanda, é que para uma inflação domada, é preciso um mercado de trabalho mais equilibrado. Ele lembrou que nos indicadores de setembro para cá, há uma certa aceleração da inflação ligada a salários. “Aumentar salário é bom, aumentar poder de compra e bom, mas é preciso ter produtividade para aumentar a oferta na mesma proporção. Quando isso desequilibra, às vezes há inflação no curto prazo”, explicou.
“Cabo de guerra”

Megale definiu a situação como um “cabo de guerra”, com fatores pressionando a inflação para cima e para baixo, mas que há uma projeção de que a meta ficará apertada. Nas suas contas , colocando os fatores citados o economistas alertou  que o primeiro trimestre de 2024 deve fechar com uma inflação de 1,5%, ou seja, a metade da meta que o BC persegue para o ano.

“O BC vai continuar cortando os juros, mas vai manter a cautela. Não tem nada pior do que sair cortando muito rápido e depois ter de voltar atrás

Ele também alertou sobre a política expansionista no campo fiscal, que vem crescendo desde 2022 e com previsão de alta de algo perto de 10% sobre a inflação neste ano. “Tem um pedaço de inflação ainda de demanda que é muito reflexo da política fiscal estimulando a economia a continuar crescendo.”

A XP está com um previsão de inflação de 3,7% em 2023 e de 4,0% em 2024, ambas dentro do intervalo de tolerância da meta de inflação.

Para os juros, Megale disse não ver o BC acelerando o ritmo de cortes, que deve ficar nos atuis 0,50 p.p. até que a Selic atinja 9% e permaneça nesse patarma por um bom tempo.

Para o câmbio, a previsão é de um fluxo positivo para o Brasil, com a manutenção de bons número para a balança comercial e da continuidade da atração de investimentos internacionais pelo bom posicionamento do Brasil em temas voltados à energia limpa. Com isso, a taxa de câmbio deve ficar em R$ 4,70 neste ano, até com possibilidade de ficar baixo disso se o cenário geopolítico ajudar.
Investimentos

Esse cenário traçado por Megale tende a manter a renda variável como uma boa opção de investimentos em 2024, especialmente os papéis de empresas maiores, que tendem a se beneficiar desse ciclo mais longo. Para o Ibovespa, a projeção da XP é de chegar aso 145 mil pontos neste ano.

Megale sugeriu um pouco de cuidado com as commodities e com a eleição americana, uma vez que o ano promete muita volatilidade, “uma montanha russa”, especialmente o segundo semestre.

Para a renda fixa, ele prevê que os título pós-fixados tendem a perder atratividade ao longo do tempo, uma vez que que eles dependem de quanto o mercado está acreditando que vai a queda na taxa de juros, hoje entre 9% e 10%. Tudo isso vai depender dos sinais sobre o equilíbrio fiscal no ano.

Megale também disse gostar de títulos atrelado à inflação, não por acreditar que ela vá acelerar muito, mas porque se configuram numa boa proteção ao longo do tempo. Há também boas possibilidade para os papéis de dívida privada, mas com o cuidado de realizar uma análise critérios sobre fatores como o setor de atuação da empresa, detalhes da emissão e do emissor.

IstoÉ Online - SP   17/01/2024

A primeira vice-diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, afirmou nesta terça-feira, 16, que é muito cedo para ter uma posição conclusiva sobre o nível de cortes de juros por bancos centrais neste ano, considerando que o combate a inflação ainda não terminou. A autoridade destaca, por exemplo, os mercados de trabalho relativamente apertados nos EUA e na zona do euro.

“Os mercados estão esperando que os bancos centrais reduzam as taxas de forma bastante agressiva – acho que é um pouco prematuro chegar a essa conclusão”, disse ela, em um painel de discussão no Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça.

Na visão dela, é mais provável que os cortes nas taxas de juros ocorram no segundo semestre de 2024.

Gopinath também aponta que os juros serão, na média, mais elevados do que no período de taxas baixas após a crise financeira de 2008.

A autoridade, inclusive, critica este período pós-crise como “provavelmente um pouco liberal demais” e argumenta que o relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) também deveria ser tratado de forma mais cética desta vez, afirmando que os dirigentes de BCs precisam ser mais cautelosos sobre os riscos da política de compra de títulos em massa.

“É um instrumento a ser usado se você estiver em uma recessão profunda ou se houver disfunção do mercado, portanto, deve ser usado com menor frequência do que antes”, defendeu Gopinath.

Uma mudança de parâmetro para um ambiente de juros elevados e política mais restritiva no futuro deve impactar os custos de financiamento ao redor do mundo, alerta Gopinath, em comparação à década anterior de liquidez abundante. Fonte: Dow Jones Newswires.

Globo Online - RJ   17/01/2024

A economia da China cresceu cerca de 5,2% em 2023, superando a meta oficial de crescimento do governo para o ano sem depender de "estímulos maciços", disse o primeiro-ministro chinês, Li Qiang, em Davos.

- No ano passado, em 2023, a economia chinesa se recuperou e subiu com um crescimento estimado em cerca de 5,2%, maior do que a meta de cerca de 5% estabelecida no início do ano passado", disse Li nesta terça-feira, em sua primeira aparição como a autoridade número 2 da China no Fórum Econômico Mundial.

- Ao promover o desenvolvimento econômico, não recorremos a estímulos maciços. Não buscamos crescimento de curto prazo enquanto acumulamos riscos de longo prazo - ressaltou Li.

O primeiro-ministro - que foi a autoridade de mais alto nível enviado a Davos desde que o presidente Xi Jinping compareceu em 2017 - ressaltou os esforços que a China tem feito para inspirar confiança em sua economia e governo. Seus comentários foram feitos um dia antes de o país divulgar uma série de dados econômicos para dezembro e 2023, incluindo os últimos números de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

Os comentários do primeiro-ministro confirmaram o que era amplamente esperado pelos economistas: que a China superaria sua meta oficial de crescimento para o ano passado, definida em março passado durante uma importante reunião política anual.

Mesmo se for confirmado o resultado positivo do PIB em 2023, a China está considerando a possibilidade de emitir 1 trilhão de iuanes (US$ 139 bilhões) em novas dívidas sob o chamado plano especial de títulos soberanos, a quarta venda desse tipo nos últimos 26 anos, à medida que as autoridades buscam mais dinheiro para financiar a intensificação dos esforços para sustentar a segunda maior economia do mundo.

IstoÉ Online - SP   17/01/2024

A inflação nos Estados Unidos parece estar retornando à meta de 2%, com reequilibrio no mercado de trabalho e com dados recentes positivos, e isso deve permitir que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) corte juros em 75 pontos-base em 2024 – três reduções de 25 pontos-base -, disse o diretor do Fed Christopher Waller. Segundo o dirigente, o progresso atual da economia é compatível com a visão do Fed de três cortes até o fim do ano. Porém, o momento e intensidade dos cortes vão depender dos dados futuros.

“Ainda preciso de mais dados para ter certeza sobre uma queda sustentada da inflação, que não tenha repiques ou resistência excessiva”, disse Waller, em evento da Brookings Institution.

Ele destacou que, assim que o conselho do Fed estiver convencido da queda consistente, os cortes poderão começar, porque há uma preocupação no conselho para não manter os juros apertados demais e suprimir a atividade além do necessário.

Segundo ele, porém, os cortes ao longo deste ano devem ser consequência de decisões muito bem planejadas. Waller destacou que, no passado, o Fed teve a preocupação de reduzir os juros o mais rápido possível, mas ele pontua que este não é o caso agora. “Não há motivo para sermos apressados”, afirmou.

O Estado de S.Paulo - SP   17/01/2024

Pesquisa com CEOs divulgada em Davos mostra que o País já não está entre os primeiros mercados considerados cruciais para as grandes empresas globais, mas há espaço para recuperação

Pela primeira vez em dez anos, o Brasil ficou fora da lista de países considerados estratégicos pelos principais executivos do mundo. A 27.ª edição da CEO Survey, realizada anualmente pela consultoria internacional PwC e divulgada na abertura do Fórum Econômico Mundial em Davos, revelou que o País ficou com a 14.ª posição entre os mercados avaliados como cruciais para o crescimento dos negócios de suas empresas, atrás de Estados Unidos, China, Alemanha, Reino Unido, Índia, França, Canadá, Japão, Austrália e México.

Na pesquisa, realizada entre os meses de outubro e novembro, mais de 4,7 mil executivos em 105 países foram instados a citar três nações e territórios que eram os mais importantes na estratégia de crescimento de suas respectivas organizações, com exceção daquele em que o participante reside.

É inegável que a pandemia de covid-19 mudou a dinâmica do ambiente geopolítico e econômico e, consequentemente, a visão que os CEOs têm sobre o Brasil. Mesmo os Estados Unidos, que lideraram o ranking deste ano, registraram queda nas menções por executivos. Foram citados por 40% deles no ano passado e por 29% neste ano. Segunda da lista, a China também teve queda nas menções, de 23% em 2023 para 21% em 2024. E nada menos que 30% dos executivos não indicaram nenhum país como relevante para o crescimento de suas empresas nos próximos anos, ante 19% no ano anterior.

O claudicante desempenho da economia na última década também explica parte da perda da relevância que o Brasil já teve no passado em termos globais. Há, no entanto, muito espaço para o País recuperar posições, tanto que os CEOs das companhias brasileiras demonstraram mais otimismo que o restante dos líderes empresariais.

Segundo a pesquisa, 55% dos presidentes das grandes empresas nacionais apostam na aceleração do crescimento econômico brasileiro, 15% apostam em estabilidade e 29% trabalham com a hipótese de uma recessão. Somente os chineses e os indianos demonstraram maior otimismo em relação às suas economias.

Isso tem tudo a ver com o controle da inflação, segundo o sócio-presidente da PwC Brasil, Marco Castro.

“É um traço cultural do brasileiro ser mais otimista do que a média global. E, talvez, ela se justifique neste momento por causa de alguns elementos. O assombro que a inflação representa para o brasileiro é muito maior do que para qualquer outra pessoa lá fora no passado recente”, disse Castro. “O fato de a inflação estar controlada, numa fase descendente, dá um sinal positivo para as reações do mercado. A taxa de juros está sendo reduzida, o que também dá um alívio para as empresas”, afirmou.

A trajetória mais recente do País mostra que há espaço para recuperar sua relevância no exterior. Desde 2016, por exemplo, o Congresso aprovou as reformas trabalhista e previdenciária, além de leis importantes como o marco do saneamento e a autonomia do Banco Central.

No ano passado, o País venceu um gargalo histórico ao aprovar a reforma tributária sobre bens e serviços, tema a ser regulamentado nos próximos meses. A força do agronegócio impulsionou as exportações e o crescimento econômico, o desemprego continua baixo e a renda se recuperou parcialmente depois de anos de estagnação.

Ainda há um enorme problema estrutural a ser enfrentado na área fiscal. O vigor do arcabouço ainda precisa ser testado, as receitas não se recuperaram da forma como a equipe econômica previa e o governo é avesso a qualquer debate sobre corte de despesas. Há muitas oportunidades de desenvolvimento na economia verde e na transição energética, mas aproveitá-las demandará investimentos pesados em educação e qualificação profissional.

Os desafios são grandes, mas o caminho para enfrentá-los já é mais do que conhecido. Basta não se desviar dele e seguir na trajetória de reformas que ampliem a segurança jurídica, fortaleçam o ambiente de negócios e atraiam mais investimentos. Só isso será capaz de proporcionar um crescimento econômico sustentável que devolverá ao País a relevância internacional que já teve no passado.

CNN Brasil - SP   17/01/2024

Os Estados Unidos estão próximos da meta de inflação de 2% do Federal Reserve (Fed), mas o banco central norte-americano não deve se apressar em cortar sua taxa básica de juros até que esteja claro que a baixa da inflação será sustentada, disse o diretor do Fed Christopher Waller nesta terça-feira (16).

Independentemente de quando os cortes nos juros começarem, Waller afirmou que eles devem ser feitos de forma “metódica e cuidadosa”, e não por meio de reduções grandes e rápidas, como as usadas quando o Fed está tentando salvar a economia norte-americana de um choque ou de uma recessão iminente.

“O principal é que a economia está indo bem. Ela está nos dando a flexibilidade para agir de forma cuidadosa e metódica. Podemos ver como os dados estão chegando, ver se o progresso está sendo sustentado”, disse Waller em comentários em uma discussão online organizada pela Brookings Institution.

“A pior coisa que poderíamos fazer é reverter tudo depois de já termos começado a cortar. Nós realmente queremos ver evidências de que esse progresso (…) nos dados reais e nos dados de inflação. Acredito que isso acontecerá”.

Os comentários de Waller contrariaram as expectativas do mercado de que o Fed começará a cortar os juros em sua reunião de março e reduzirá talvez 1,5 ponto percentual (p.p.) da taxa básica até o final do ano. Depois das falas, operadores reduziram as apostas de que o banco central reduziria em março os custos de empréstimos, que são mantidos na faixa atual de 5,25% a 5,5% desde julho.

A próxima reunião do Fed será nos dias 30 e 31 de janeiro.

“Com a atividade econômica e os mercados de trabalho em boa forma e a inflação gradualmente em queda para 2%, não vejo razão para agir tão rapidamente ou cortar tão rapidamente como no passado”, disse Waller, contrariando as expectativas do mercado de que o Fed começará a reduzir os custos de empréstimos na reunião de março e poderá reduzir 1,5 ponto percentual dos juros até o fim do ano.

Desde de julho o Fed trabalha com uma taxa básica na faixa de 5,25% a 5,5%.

Os dados recentes “são quase tão bons quanto podem ser” para o banco central, com o crescimento econômico desacelerando gradualmente, a taxa de desemprego permanecendo baixa e indicadores importantes de inflação atingindo a meta de 2% do Fed nos últimos seis meses, disse Waller.

O diretor é um dos principais arquitetos do aperto monetário agressivo do Fed, mas agora concorda que o momento para cortes provavelmente está se aproximando.

“Os dados que recebemos nos últimos meses estão permitindo que o Comitê (Federal de Mercado Aberto) considere a possibilidade de cortar a taxa básica de juros em 2024”, disse Waller, em evento da Brookings Institution.

Entretanto, ele advertiu que, até que passe qualquer risco de que a inflação ressurja ou que as tendências recentes se revertam, as mudanças na política monetária devem “ser cuidadosamente calibradas e não apressadas”.

“Estou cada vez mais confiante de que estamos a uma distância próxima de atingir um nível sustentável de 2% de inflação do índice PCE. Acho que estamos perto”, disse Waller, referindo-se ao índice que o Fed usa para definir sua meta de inflação.

Infomoney - SP   17/01/2024

O índice Empire State de atividade industrial, elaborado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York, recuou de -14,5 em dezembro a -43,7 em janeiro, seu menor nível desde maio de 2020, informou nesta terça-feira (16) a instituição. Analistas ouvidos pela FactSet previam um indicador de -6,5.

O subíndice de novas encomendas recuou de -11,3 em dezembro a -49,4 em janeiro, enquanto o de emprego subiu de -8,4 a -6,9 no período, segundo o Fed de Nova York.

O índice de preços recebidos caiu de 11,5 em dezembro a 9,5 em janeiro. Já os preços pagos subiram de 16,7 a 23,2 no período.
O componente de estoques recuou de -5,2 a -7,4, na mesma comparação mensal, enquanto o de embarques caiu de -6,4 a -31,3.

MINERAÇÃO

Valor - SP   17/01/2024

Os próximos dias serão importantes para fazer a costura entre acionistas e governo para que se defina quem vai comandar a gigante brasileira do minério de ferro

A sucessão na presidência da mineradora Vale deverá ter desdobramentos nos próximos dias, apurou o Valor com fontes a par do assunto. Entre as alternativas estudadas, está a possiblidade de o atual CEO, Eduardo Bartolomeo, ser reconduzido para um mandato mais curto. Ainda não há, porém, martelo batido sobre o assunto.

O atual mandato do CEO da Vale é de três anos e haveria possibilidade de uma renovação por período menor, segundo uma das pessoas familiarizadas com o tema.

Uma reunião do conselho de administração da Vale está marcada para quarta-feira, 31 de janeiro, mas o tema sucessório não está na pauta do encontro, mas poderá ser incluído a tempo. Outra possibilidade é de o colegiado chamar uma reunião extraordinária antes dessa data para tratar especificamente da sucessão.
O tema do mandato mais curto para o CEO não está oficialmente em pauta no conselho, mas poderá vir a ser considerado.

Pelas regras de governança da Vale, Bartolomeo precisa ser informado se permanece no cargo quatro meses antes do término do contrato, que vence no fim de maio.

Significa que até o fim de janeiro o conselho precisa fazer a comunicação. Nos bastidores, comenta-se que o tema poderia estar encaminhado até o dia 25 de janeiro, data que se completa o quinto aniversário da tragédia de Brumadinho, que matou 270 pessoas em 2019.

Bartolomeo está em processo de avaliação pelos conselheiros, que precisam preencher formulários fazendo um relato da gestão do executivo. O executivo tem batalhado para permanecer no cargo, mas outros nomes têm sido apontados como potenciais candidatos a substitui-lo.

O nome do executivo Luis Henrique Guimarães, do grupo Cosan, está entre os cotados para assumir o comando da mineradora. Guimaraes é o nome de confiança do empresário Rubens Ometto Silveira Mello, dono da Cosan, que comprou uma participação de cerca de 5% da companhia no fim de 2021.

Uma fonte ligada ao governo disse ao Valor que o nome de Guido Mantega ainda circula nos bastidores de Brasília como potencial substituto de Bartolomeo. Segundo essa fonte, é preciso haver uma convergência entre os acionistas e governo para definir o que é importante para a gigante brasileira, explicando que tem o que é ideal e também o que é possível.

Mas o assunto é sensível, explica outra fonte. Em 2023, quando o nome de Guido Mantega circulou como uma indicação do governo para CEO e depois para compor o conselho de administração da Vale, as ações da companhia sofreram queda. No mercado, há um temor de que o ex-ministro da ex-presidente Dilma Rousseff seja o braço do governo na mineradora.

Cargos e influências

O governo Lula busca uma composição, embora a Vale seja hoje uma empresa de capital pulverizado, sem controle definido. Além da Cosan, a Vale tem outros acionistas relevantes, caso das gestoras americanas Black Rock e Capital, e da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. A japonesa Mitsui e a Bradespar, braço de participações do Bradesco, também são acionistas tradicionais da mineradora.

O que está claro é que o governo Lula busca se aproximar de empresas grandes, com cargos e influência, e que tenham uma agenda de descarbonização, incluindo iniciativas vinculadas ao desenvolvimento de hidrogênio verde no país. É o caso da Vale.

Bartolomeo tem dado respostas às demandas do governo, o que é lido no mercado como uma tentativa do executivo de se aproximar mais dos interesses do Planalto. A Vale tem discutido possíveis projetos com a Petrobras na área de hidrogênio verde e também avança com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a criação de um fundo de investimentos para financiar projetos de minerais críticos, como publicou hoje o Valor.

A novela na qual se transformou a sucessão na Vale se explica por vários fatores. Um ponto central é a governança da empresa, que estabelece um rito longo para a sucessão. Há ainda o interesse de vários grupos, incluindo o governo, em fazer o CEO.

A decisão final cabe ao conselho de administração, formado por 13 conselheiros dos quais oito são considerados independentes e cinco vinculados a acionistas de referência (Previ, Mitsui, Bradespar e o representante dos empregados).

Embora a escolha não vá se dar necessariamente por consenso, palavra difícil de ser aplicada em um colegiado em que deve prevalecer a pluralidade de ideias, o que se busca é algum tipo de conciliação de interesses. “Tem que haver razoabilidade”, disse uma fonte.

O que se pretende é chegar a algum alinhamento em busca do melhor interesse para a empresa e que não demonstre um conselho partido. Nesse trabalho, será preciso que os diferentes grupos abram mão de alguns interesses. “A maioria dos conselheiros tem que estar confortável com o nome do CEO”, disse uma fonte.

Os próximos dias serão importantes para fazer a costura entre acionistas e governo para que se defina quem vai comandar a gigante brasileira do minério de ferro e dos metais de transição energética.

Money Times - SP   17/01/2024

Sem alívio, as ações da Vale (VALE3) voltaram a cair nesta terça-feira (16), e forte. Os papéis da mineradora recuaram 1,30%, negociados a R$ 70,62 cada, seguindo o movimento do minério de ferro nos mercados asiáticos.

Na Bolsa de Dalian, na China, o contrato de maio do minério de ferro encerrou as negociações diurnas em queda de 0,6%, a 938,50 iuanes (US$ 130,65) a tonelada, marcando a oitava sessão consecutiva negativa.

Em meio a grandes expectativas de estímulos adicionais por parte do governo chinês para acelerar o ritmo de recuperação da segunda maior economia do mundo, investidores se decepcionaram com a decisão do Banco do Povo da China de manter inalterada a taxa de juros de médio prazo.

Anúncios de novos estímulos na China são amplamente aguardados pelo mercado, visto que os últimos dados econômicos do país têm decepcionado as estimativas.

Qual será o próximo movimento do minério de ferro?

Após conversas com agentes do mercado no Brasil, o Bank of America conclui que a incerteza predomina no setor de metais e recursos naturais, com a maioria dos investidores avaliando que a tendência de reabastecimento antes do Ano Novo Lunar já queimou boa parte da pólvora.

De acordo com a instituição, os investidores estão cautelosos quanto à tendência dos preços nas próximas semanas, se seguirá fraca em meio ao aumento dos estoques de minério de ferro (ainda que estejam abaixo dos níveis históricos) e à retração das margens de siderúrgicas chinesas.

Por outro lado, os investidores concordaram que fatores relacionados ao clima podem apertar a oferta, enquanto uma recuperação sazonal na demanda por aço chinesa pode elevar as taxas operacionais das siderúrgicas após o Ano Novo Lunar, dando certo suporte ao minério de ferro no curto prazo, acrescenta o BofA.

O BofA afirma que os investidores estão de olho no próximo movimento dos preços do minério de ferro, com estimativas para a commodity de US$ 110-120 a tonelada em 2024, abaixo da projeção do banco, de US$ 125/tonelada.

O Goldman Sachs diz que, projetando o caminho imediato do minério de ferro, os riscos ainda pendem para downside (baixa), embora restrições de disponibilidade da commodity e a expectativa de certo reabastecimento à frente devem limitar um pouco o tamanho do sell-off.

O banco tem como alvo para o contrato futuro de minério de ferro 62% o preço de US$ 115/tonelada em uma base de três meses, abaixo da precificação atual da curva, de US$ 122/tonelada.
‘Risco Mantega’ volta a pesar?

Notícias relacionando o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e a Vale voltam a circular nesta terça. Informações do Estadão sugerem que o governo atual está trabalhando para colocar Mantega no conselho de administração da mineradora.

A cartada do governo de Luiz Inácio Lula da Silva está na recondução de Eduardo Bartolomeo por mais um ano – até abril de 2025 – como CEO da empresa.

Em troca, Mantega seria acomodado em um dos assentos da Previ no conselho de administração, disse o jornal.

Vale lembrar que, no ano passado, o governo tentou indicar Mantega para a cadeira da presidência da Vale.

Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos, diz que, com Mantega como conselheiro, o papel dele na companhia ficaria mais diluído.

Pensando na governança, seria preciso ver qual vaga Mantega levaria, acrescenta. Arbetman lembra que, com a Previ, que é o nome ventilado nas notícias, não haveria obstáculo, visto que “ela tem uma gama de ações grandes para fazer esse tipo de indicação”.

O analista afirma que o mercado precisa esperar para ver alguns pontos importantes. O primeiro é se a recondução de Bartolomeo será confirmado mesmo.

“É sem dúvida uma cadeira bem mais estratégica do que ser um dos conselheiros”, comenta.

No caso do Mantega, que “é um nome que traz certas dúvidas” pelo histórico, além da indicação, é preciso avaliar para qual posição ele será indicado, se realmente para um assento da Previ, e ver como ficará a composição do conselho.

“São vários nomes. A gente tem que ver como é que vai ficar para termos mais noção de qual poderia ser o grau de influência dele nessa nova composição”, diz Arbetman.

Procurada pelo Money Times, a Vale não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para seu posicionamento.

Infomoney - SP   17/01/2024

Os preços futuros do minério de ferro na China registraram sua oitava queda consecutiva nesta terça-feira, com os investidores desanimados depois da decisão do banco central chinês de pular um corte esperado nas taxas de juros.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China fechou em queda de 0,6%, a 938,50 iuanes (130,65 dólares) a tonelada. No início da sessão, o contrato atingiu 924,50 iuanes, o valor mais fraco desde 20 de dezembro.

“Os preços do minério de ferro estavam relativamente superinflacionados, já que muitos fundos apostaram alto em uma recuperação impulsionada por estímulos que ocorreria mais cedo ou mais tarde”, disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities, em Cingapura.
O contrato de minério de ferro de Dalian atingiu uma máxima em 3 de janeiro, a 1.025,50 iuanes.

“As divulgações de dados econômicos continuaram a ser decepcionantes, enquanto os mercados financeiros estão exigindo irracionalmente mais estímulos – mais recentemente, ficaram decepcionados com a decisão do banco central da China de manter inalterada a taxa de empréstimo de médio prazo de 1 ano”, disse Widnell.

O banco central da China deixou a taxa de juros de médio prazo inalterada na segunda-feira, desafiando as expectativas do mercado de um corte.

Os preços do minério também foram pressionados por sinais de maior oferta.

As chegadas de minério de ferro nos 47 principais portos da China aumentaram 8,1% em relação à semana anterior, atingindo 30,91 milhões de toneladas no período de 8 a 14 de janeiro, 19% acima do nível registrado quase no mesmo período do ano anterior, mostraram dados da consultoria Mysteel na segunda-feira.

O minério de ferro de referência para fevereiro na Bolsa de Cingapura, no entanto, subia 0,3%, a 127,80 dólares por tonelada. O contrato se recuperou de uma baixa desde 6 de dezembro, de 125,45 dólares, atingida no início da sessão.

O Estado de S.Paulo - SP   17/01/2024

A notícia de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para indicar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para ocupar uma cadeira no Conselho de Administração da Vale revela de forma emblemática a visão petista sobre a condução da economia do País e a administração de empresas que foram privatizadas, mas nas quais o governo ainda tem alguma influência, como é o caso da mineradora, desestatizada em 1997.

Inconformado até hoje com o fato de a Vale ter passado para o controle privado, o governo quer mais uma vez dar um jeito de interferir na sua gestão – assim como na Eletrobrás, privatizada em junho de 2022 – e colocá-la a serviço de sua política econômica, como já aconteceu no passado, com resultados desastrosos para as companhias e seus acionistas.

Sob a gestão privada, a Vale se tornou uma das maiores e mais respeitadas empresas de mineração do mundo, cujo valor de mercado alcança hoje R$ 307 bilhões, o segundo maior da B3, a Bolsa brasileira, atrás apenas da Petrobras, de acordo com dados da Elos Ayta Consultoria.

Lula, porém, cultiva a pretensão de interferir nos rumos da mineradora, considerada por ele como “estratégica”, acomodando seus apaniguados no conselho de administração, depois de tentar emplacar – sem sucesso – o próprio Mantega no comando da companhia no ano passado. Tudo indica que a possível ida de Mantega para o conselho foi a forma que o petista encontrou para tentar alcançar seu objetivo mais à frente, influenciando por dentro os conselheiros a colocar na presidência um nome alinhado com a cartilha do governo e do PT.

“Eu não acho adequada (a participação do ex-ministro no conselho da Vale). Entendo como uma interferência política do setor público em uma empresa privada”, diz o economista Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central e presidente do conselho de administração da Jive Investments, uma empresa de gestão de recursos. “Se ele tivesse o que é necessário, já poderia estar lá.”

O economista-chefe da Genial Investimentos, José Márcio Camargo, colunista do Estadão, tem uma percepção semelhante sobre a questão. “O presidente Lula sente que precisa fazer algum tipo de carinho para o ex-ministro da Fazenda, mas eu acho que essa interferência é muito ruim para a Vale e muito ruim para o Brasil”, afirma. “Em 2023, houve uma queda de cerca de 40% no investimento direto estrangeiro no País em relação a 2022, e acredito que uma parte disso tem a ver com essa tentativa do governo de interferir na Vale, na Eletrobrás, no marco temporal (das terras indígenas), no marco do saneamento, na autonomia do Banco Central. Isso tudo traz muita incerteza para os investidores.”

Embora possa parecer estranho que Lula consiga emplacar a participação de Mantega no conselho de uma companhia privada como a Vale, ele nem precisará fazer muito esforço para isso. Basta que um dos principais acionistas da empresa substitua um dos atuais conselheiros pelo ex-ministro – e tal possibilidade está ao alcance de suas mãos.

Ainda que a Vale não tenha um bloco controlador desde 2019 e seja hoje uma corporation, com ações pulverizadas no mercado e grandes acionistas globais, como a japonesa Mitsui e a empresa de investimentos americana BlackRock, que detêm 6,31% e 5,83% do capital, respectivamente, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil – hoje dirigida pelo ex-sindicalista João Luiz Fukunaga, um quadro do PT que tem boa relação com Lula – ainda possui uma fatia de 8,71% na companhia, a maior entre todos os sócios.

A Previ pode, portanto, indicar Mantega a qualquer momento, dentro das regras do jogo, para substituir um dos dois representantes que tem no conselho – o presidente do órgão, Daniel Stieler, ex-comandante do fundo do BB, indicado para a instituição no governo Bolsonaro, e o próprio Fukunaga. Mas, ao que se sabe, se isso realmente se concretizar, só deverá ocorrer depois de o conselho, composto por 13 integrantes, oito dos quais considerados “independentes”, decidir se vai renovar ou não por mais um ano, até abril de 2025, o mandato do atual presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo – um processo que já está em andamento e deve ser concluído até o fim do mês.

A questão, mais do que a indicação de Mantega para o conselho, é até que ponto sua eventual participação no órgão pode influir nos rumos da Vale e na escolha do nome que assumirá o comando a partir do ano que vem, independentemente de Bartolomeo continuar ou não agora. Se a eventual participação de Mantega levar a um “cavalo de pau” na gestão, o cenário será parecido com o que se desenhou em 2011, no governo Dilma.

‘Dobradinha’

Na época, o então presidente da empresa, Roger Agnelli (1959-2016), que estava no cargo desde 2001 e fora indicado pela Bradespar, empresa de participações do Grupo Bradesco, que ainda detém uma participação importante na Vale, acabou deixando o comando depois de uma longa campanha desferida contra ele desde o segundo mandato de Lula, sendo substituído pelo executivo Murilo Ferreira, que já trabalhava no grupo.

A realidade hoje na Vale, no entanto, é bem diferente. A BNDESPar, empresa de participações do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que detinha uma participação significativa na companhia e fazia parte do bloco de controle junto com a Previ e outros acionistas relevantes, vendeu todas as suas ações no governo passado, arrecadando um total estimado em R$ 11,2 bilhões. Desta vez, então, a “dobradinha” Previ/BNDES não tem como se repetir, para atuar em favor das pretensões de Lula.

Ao mesmo tempo, como o fundo de pensão do BB é minoritário e a Vale não tem mais um bloco de controle, tendo melhorado muito sua governança desde que Dilma foi defenestrada em 2016, inclusive para a escolha de seus executivos, ficou bem mais difícil para o governo conseguir colocar um nome de seu interesse na presidência.

Cercadinho de Brasília

É certo que o setor de mineração depende muito do governo de plantão, para obter licenças ambientais e concessões de portos e ferrovias, e é complicado bater de frente com os governantes. Mas o exemplo da Eletrobrás, que acabou de incorporar Furnas à revelia de Lula, do PT e de seus aliados, está aí para mostrar que o governo pode muito, mas não pode tudo.

Diante disso, só o tempo vai dizer se a Vale deixará sua independência de lado e voltará a atuar como um cercadinho de Brasília, como ocorreu no governo Dilma. O que se pode dizer desde já, sem medo de errar, é que, se puderem, Lula e seus “companheiros” vão tomar conta da Vale, da Eletrobrás e de tudo o mais que possa contribuir para implementar sua política intervencionista na economia e para seu projeto hegemônico de poder.

Máquinas e Equipamentos

Construção Latino-americana - SP   17/01/2024

Stefano Pampalone, presidente de Construção da CNH, e Young-Cheul Cho, presidente e CEO da HD Hyundai XiteSolution (HDX), assinaram um Memorando de Entendimento na feira CES, em Las Vegas, que permitirá que as duas empresas estabeleçam um novo centro de pesquisa nos Estados Unidos.

A CNH e a HDX afirmam que o objetivo do CE Innovation Lab é acelerar o desenvolvimento de tecnologias de ponta para os clientes do setor de construção.

Especialistas em tecnologia da CNH e da HDX trabalharão no laboratório para explorar as tendências tecnológicas emergentes, incluindo automação e Inteligência Artificial, bem como para avaliar a evolução das necessidades dos clientes e identificar oportunidades de aprimoramento e crescimento do portfólio.

O acordo prevê a cooperação entre duas das maiores empresas de equipamentos de construção do mundo. A CNH detém as marcas Case e New Holland Construction, e a HDX é uma subsidiária da HD Hyundai, que detém a HD Hyundai Construction Equipment (HCE) e a HD Hyundai Infracore (HDI), que usam as marcas Hyundai e Develon, respectivamente. A HDX foi formada em 2021 para criar sinergias entre a HCE e a HDI.

Compartilhamento de conhecimento e tecnologia

Como parte da colaboração, a HDX fornecerá à CNH seu sistema patenteado de radar e câmera de 360 graus AAVM+ (Advanced Around View Monitoring Plus). A CNH fornecerá à HDX as tecnologias do Sistema Global de Navegação por Satélite por meio de sua marca Hemisphere.

No futuro, as duas empresas esperam expandir sua colaboração dentro do centro de pesquisa para incluir o co-desenvolvimento de novas tecnologias e o co-investimento em start-ups inovadoras por meio de suas respectivas divisões de risco.

Stefano Pampalone, presidente de construção da CNH, disse: “Estamos entusiasmados em expandir nossa colaboração com a HDX. Esse esforço conjunto fortalecerá nosso compromisso com o crescimento dos negócios de construção da CNH e posicionará nossas duas empresas como autoridades tecnológicas no setor.”

Young-Cheul Cho, presidente e CEO da HDX e da Hyundai Infracore, disse: “É altamente encorajador que nossa parceria tenha se estendido além da colaboração de produtos para incluir tecnologias futuras, um fator crucial para permanecer na vanguarda do mercado de equipamentos de construção. Esperamos trabalhar juntos ainda mais estreitamente para liderar o mercado.”

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   17/01/2024

Uma experiência sobre o que pode acontecer quando empreendedores privados recebem carta branca

Os imóveis mais caros do Brasil ficam em Balneário Camboriú, apelidada de “Dubai do Brasil”, e deixaram a orla do Rio de Janeiro ou os condomínios de luxo de São Paulo para trás.

Ao longo dos últimos 50 anos, uma pequena vila de pescadores se transformou na cidade litorânea catarinense de 150 mil habitantes. Uma experiência sobre o que pode acontecer quando empreendedores privados recebem carta branca.

Lá estão sete dos dez edifícios mais altos do Brasil, incluindo a torre residencial mais alta da América Latina. Os preços dos apartamentos de luxo não param de aumentar. Os compradores incluem o jogador de futebol Neymar e famílias bilionárias da indústria e do agronegócio.

O resultado é uma cidade que se tornou destino de férias favorito de muitos, atraídos por vistas panorâmicas, ruas seguras e relativa prosperidade em um país que enfrenta problemas de criminalidade e pobreza. Mas a falta de preparo para o crescimento desenfreado levou à contaminação da água do mar, saturação da infraestrutura e uma classe média que já não dá conta dos preços dos imóveis.

Para muitos moradores que estão colhendo os benefícios do boom, slogans como “o Brasil que deu certo” são comuns, junto com “o céu é o limite”.

Para outros, as comparações com Dubai, Cingapura ou Miami são ridículas. Não existe hotel cinco estrelas. Há uma escassez de moradia acessível e transporte público adequado. Além disso, muitos dos apartamentos de luxo estão desocupados – muitos deles usados como propriedades de investimento ou de veraneio.

Verônica Alves Teixeira, de 57 anos, vendedora de roupas de praia, mora em Balneário Camboriú há 40 anos e vende mercadorias na praia há 26. Ela nunca se mudou de seu primeiro imóvel porque não consegue comprar mais nada.

“Balneário, é lindo, mas não é essa vida linda e maravilhosa que você está vendo. Quem vive aqui tem que trabalhar”, disse ela. “Balneário não é Brasil.”

Nenhuma empresa é mais responsável pelo crescimento vertical da cidade do que a FG Empreendimentos. A incorporadora imobiliária familiar é onipresente, desde publicidade no aeroporto até outdoors em terrenos baldios e escritórios de vendas espalhados pela cidade. E há, é claro, as cerca de 60 torres que a FG construiu, nas quais as iniciais da empresa brilham em verde à noite.

A FG detém quase 50% do mercado e constrói em Balneário Camboriú desde a década de 90. Fundada por Francisco Graciola, empresário de origem humilde do município catarinense de Gaspar, agora é administrada por seu filho Jean Graciola, de 44 anos.

Ele e seu pai viajaram pelo mundo, de Dubai a Cingapura, Hong Kong, Cidade do Panamá e Nova York para aprender sobre arranha-céus. Eles construíram a One Tower, a mais alta do Brasil, e agora planejam uma torre de 110 andares, seguida em breve por um edifício de 150 andares que pode ser o projeto residencial mais alto do mundo.

“A gente cresceu três vezes, de 2019 pra cá”, disse Jean em entrevista em seu escritório. Antes, “um executivo com 60, 70 anos” comprava um apartamento, mas agora “compra quatro apartamentos, para o pai e para os três filhos.”

O bilionário Luciano Hang, dono da varejista Havan e apoiador de Bolsonaro, possui várias propriedades em Balneário. Ele também desenvolve novos projetos com a FG após coinvestir em vários lotes no passado.

Famílias industriais ricas de Santa Catarina, muitas vezes de origem alemã e italiana, foram os primeiros grandes impulsionadores dos empreendimentos na cidade, juntamente com compradores do Rio Grande do Sul e do Paraná. Nos últimos anos, empresários do agronegócio começaram a comprar propriedades em Balneário Camboriú, e as incorporadoras até criaram planos de pagamento que coincidem com o cronograma da safra.

A R$ 12.624 (US$ 2.600), Balneário Camboriú tem o metro quadrado médio mais caro do Brasil, segundo a FipeZAP. A pandemia acelerou a valorização e os preços subiram 11% em 2023.

Os preços de alguns imóveis à beira-mar subiram mais de 30% após a ampliação da orla marítima. Foi o setor privado, e não o governo local, que financiou o projeto – uma mostra da influência das incorporadoras na cidade.

Todos no mercado imobiliário pareciam genuinamente surpresos quando perguntados se uma possível bolha imobiliária poderia estourar e causar problemas generalizados à economia local.

Agora, a febre se espalha para além de Balneário Camboriú. As vizinhas Itapema e Itajaí viram os preços dos imóveis subirem 20% e 13%, respectivamente, nos últimos 12 meses, segundo a FipeZAP. Isso torna as três cidades os lugares mais caros para comprar imóveis fora das capitais brasileiras.

O corretor de imóveis Custódio Ribeiro Júnior passou mais da metade de seus 36 anos de mercado tanto como comprador quanto como vendedor. Ele diz que não faz sentido investir no mercado de ações ou em títulos do governo quando os preços dos imóveis continuam subindo. Em apenas seis meses, ele viu pessoas comprarem e venderem propriedades com lucro, muitas vezes com financiamento das incorporadoras, não de bancos.

Mais de 60% da atividade da sua empresa, a CRI, é para fins de investimento. Um conhecido seu investiu em mais de 20 propriedades.

“Esse tipo de público privado, esse pilar, é muito forte e também cria um caixa infinito”, disse ele. “O céu é o limite e o Plano Diretor não limita a altura. Você pode fazer o prédio mais alto do planeta se tiver terreno hábil e capacidade de engenharia na cidade.”

No extremo sul da praia principal, empreendedores locais se uniram à Pininfarina para construir o Yachthouse, com duas torres de 80 andares. Lá, o astro do futebol Neymar é dono de uma cobertura de quatro andares avaliada em mais de R$ 80 milhões. Graças ao heliporto da propriedade, os moradores podem entrar no prédio e embarcar em um iate na marina adjacente sem andar pela rua.

Cerca de 10 quilômetros ao norte, na praia Brava, a construção continua ininterrupta, à medida que condomínios privados e algumas dos primeiros edifícios da região são erguidos.

Foi lá que Carlos Trossini desenvolveu o Bravíssima, que conta com apartamentos de alto padrão de até 800 metros quadrados e lotes para mansões. Mas é muito diferente do resto porque envolve a preservação da maior parte da mata nativa nas terras que ele comprou há 30 anos.

Os compradores incluem membros das famílias bilionárias por trás da gigante industrial Weg e a família Logemann, que controla a SLC Agrícola, segundo Trossini.

Durante uma visita, Trossini mostrou as fotos no Instagram da supermodelo Gisele Bundchen, tiradas na cobertura. Os potenciais compradores precisam ser selecionados 48 horas antes da visita.

Eduardo Zanatta é um dos 19 vereadores de Balneário Camboriú e é o único do Partido dos Trabalhadores. Não é fácil ser de esquerda em uma cidade que votou quase 90% a favor de Jair Bolsonaro nas últimas eleições. O filho mais novo de Bolsonaro, Jair Renan, agora mora lá e planeja concorrer nas eleições deste ano a uma vaga na câmara municipal.

“Eu converso com muitos jovens aqui da cidade cujos pais há 20, 30 anos financiaram uma casa, compraram um terreno ou um apartamento, e hoje os filhos dessa geração já não veem perspectiva de residir em Balneário Camboriú”, disse Zanatta, de 38 anos.

Mariana Schlickmann é uma delas. A professora universitária escreveu um livro sobre a história da cidade, onde cresceu e viveu grande parte de sua vida. Agora, tomando um café em Itajaí, ela diz que sua renda de classe média torna impossível comprar uma casa lá.

“Tem muita ignorância de querer ganhar dinheiro agora e não pensar no futuro da cidade”, disse ela. “É inviável.”

Para os trabalhadores da construção e do setor de serviços, é quase impossível viver perto do trabalho. A cidade de Camboriú fica em frente à congestionada rodovia BR-101, onde é muito mais pobre e parte da contaminação que vai parar na praia decorre da falta de água tratada ali.

Assim como a maioria dos vereadores da cidade, o prefeito de Balneário Camboriú, Fabricio Oliveira, em seu segundo mandato, é de direita.

Durante uma breve entrevista em seu escritório, o homem de 48 anos apontou para programas sociais e ganhos ambientais. Sobre a água contaminada? Um problema a ser resolvido pela cidade vizinha, já que Balneário tem 98% da rede de esgoto conectada.

Ele elogiou as ruas seguras no pequeno enclave patrulhado pela polícia municipal e explicou uma nova campanha que pede às pessoas que não deem dinheiro aos mendigos nos semáforos. A cidade tem uma política de recolher moradores de rua, alimentá-los e dar-lhes banho e oferecer-lhes passagem para fora da cidade.

“Em vez de dar dinheiro, ligue para a prefeitura, que a prefeitura cuida”, disse ele.

A população da cidade salta para 1 milhão na época do Ano Novo. Este ano, Abu Dhabi doou drones para um show de fogos de artifício.

A maior parte dos turistas se enquadra em um perfil mais de classe média, contrastando com os altos preços dos imóveis em Balneário Camboriú.

Um enorme navio de cruzeiro ancorado no mar desembarca passageiros, um pequeno grupo de cada vez, devido à falta de um porto. Os turistas lotam bares e restaurantes enquanto idosos jogam dominó ou bocha. Quiosques que vendem caipirinhas, cerveja, água de coco, milho e churros ocupam o calçadão.

Graciola, da FG, afirma que a empresa tem 3,2 milhões de metros quadrados de terrenos que ainda pode desenvolver. Sem limites de altura para as torres, a FG não tem planos de expansão fora do seu mercado, mas negocia com cadeias hoteleiras globais para estabelecer opções de hospedagem de maior qualidade.

Além de um escritório em Miami, a FG está tentando ativamente vender mais para clientes ricos nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. O mais recente embaixador da marca é o astro do futebol português Cristiano Ronaldo, cuja imagem pode ajudar a vender unidades a compradores europeus, disse ele.

“Com esses lançamentos que vão levar Balneário Camboriú para o mundo, que nem esse prédio, 150 pavimentos, a gente vai poder trazer mais clientes de fora também”, disse Graciola. Os “estão começando a enxergar o Brasil de uma forma diferente,” acrescentou.

CNN Brasil - SP   17/01/2024

Os preços dos aluguéis fecharam 2023 em alta pelo 6º ano consecutivo, a 16,16%, segundo o Índice FipeZAP de Locação Residencial. Em dezembro, os preços subiram 1%.

A pesquisa acompanha o preço médio de locação em 25 cidades com base em anúncios na internet. No ano anterior, o índice havia fechado em alta de 16,55%.

A alta foi puxada principalmente pelos preços de imóveis com um dormitório. Com preço médio de R$ 54,74/m2, o valor de locação subiu 19,23% no ano passado.

Em 2023, o preço médio do aluguel residencial foi de R$ 42,53/m2.

No ano, todas as 25 cidades que integram a cesta da pesquisa registraram alta nos preços do aluguel, incluindo 11 capitais. Seis delas fecharam o ano acima da média geral.

Puxando a aceleração, está Goiânia, onde o aluguel ficou 37,28% mais caro em 2023. As outras cidades que encareceram acima da média foram Florianópolis (27,68%), Fortaleza (21,95%), Curitiba (20,7%), Rio de Janeiro (19,79%) e Belo Horizonte (17,11%).

A alta apresentada pelo Índice FipeZAP é bem mais expressiva do que a variação de indicadores de inflação como o IPCA e o IGP-M, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e conhecido como a “inflação do aluguel”.

O IPCA fechou 2023 com alta acumulada de 4,62%, sendo que o grupo Habitação subiu 5,06% no ano, ficando atrás de Educação (8,24%), Transportes (7,14%), Saúde e cuidados pessoais (6,58%) e Despesas pessoais (5,42%).

Já o índice calculado pela FGV mostra que os aluguéis ficaram 3,18% mais baratos em 2023.

FERROVIÁRIO

Valor - SP   17/01/2024

Prorrogação antecipada tende a não sair caso não haja acordo até março; governo tem exigido valor maior e obrigações mais detalhadas

A renovação antecipada da FCA (Ferrovia Centro Atlântica), concessão operada pela VLI, vive um momento decisivo. Caso não haja acordo entre governo federal e empresa até março, a prorrogação contratual tende a ficar no papel, e a ferrovia deverá seguir para nova licitação, dizem fontes que acompanham a discussão.

O contrato da VLI chega ao fim em agosto de 2026. Portanto, à medida que o tempo passa, a tese da vantajosidade da prorrogação antecipada perde força, já que o principal argumento da extensão é antecipar os investimentos, em relação à nova licitação.

Uma fonte estima que, mesmo que haja acordo hoje, o tempo mínimo até a assinatura é de nove meses a um ano. Será necessário fazer novas audiências públicas, consolidar as contribuições, enviar a proposta ao Tribunal de Contas da União (TCU), que por sua vez demandará alguns meses para a análise, e só então o contrato poderá ser finalizado. Por isso, se esse rito não for iniciado logo, a assinatura ficaria muito próxima da data de um novo leilão.

No governo passado - que assinou a renovação antecipada das concessões ferroviárias da Rumo, Vale e MRS -, a prorrogação da FCA empacou pela dificuldade de articulação junto aos Estados atravessados pela malha, em especial Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo, que travaram uma disputa pelos investimentos previstos na renovação.

Hoje, porém, o problema é outro. A percepção dos envolvidos é que a negociação com os Estados está equacionada. Agora, a principal resistência vem do Ministério dos Transportes, que assumiu uma postura mais dura em relação à gestão anterior e tem exigido valores maiores e obrigações mais detalhadas no contrato.

A VLI conta com portfólio amplo para crescer independentemente das negociações”

— VLI

Em 2020, o projeto da renovação da FCA previa R$ 14 bilhões em novos investimentos, além do pagamento de outorga de cerca de R$ 3 bilhões. Hoje, porém, os valores terão que aumentar “em alguns bilhões” para que o aditivo seja aceito, mas não há número fechado, diz uma fonte.

Um dos fatores que deverá elevar significativamente o valor devido pela concessionária é a forma de contabilizar a indenização pelos trechos da ferrovia que serão devolvidos (excluídos da concessão). O ressarcimento inicialmente incluído nos estudos estava muito abaixo do padrão previsto em normativos do governo, diz uma fonte. O valor também era inferior àquele usado na renegociação com a Rumo sobre a devolução de trechos da Malha Paulista, recentemente homologada pelo TCU. Agora, a ideia é adotar a mesma referência do caso da Rumo, o que já elevaria consideravelmente a indenização da FCA.

Outra demanda do ministério é um maior detalhamento do caderno de obrigações, principalmente em relação à compra de material rodante (locomotivas, trilhos etc). Uma fonte diz que o projeto não trazia uma especificação dos equipamentos adquiridos e o prazo para as entregas.

Em paralelo, o governo pediu a modelagem da nova licitação da FCA. Os estudos não ficam prontos até a conclusão das negociações, mas o ministério espera ter ao menos uma confirmação de atratividade do leilão em breve.

Diante da postura dura adotada pelo ministério, a VLI tem destacado que a concessão atualmente é deficitária, então não interessa à empresa manter a operação a qualquer custo. Em nota, a companhia afirmou que “segue comprometida com seu objetivo de prorrogar a concessão da FCA em termos que sejam atraentes para todas as partes envolvidas” e diz estar confiante na continuidade do processo, mas “esclarece que conta com um portfólio amplo para seguir sua trajetória de crescimento (...) independentemente do resultado final das negociações relacionadas à FCA.”

Apesar das negociações difíceis, fontes avaliam que tem havido avanços importantes e que há chances concretas de se chegar a um consenso neste trimestre.

Outro fator que gera ruído na negociação, na visão de uma pessoa a par do tema, é o fato de que o governo também negocia com a Vale, maior acionista da VLI, a repactuação das renovações antecipadas firmadas no governo passado, da Estrada de Ferro Carajás e da Estrada de Ferro Vitória Minas. A conversa com a Vale tem sido muito mais dura e não têm perspectiva de resolução. Porém, outra fonte próxima ao governo nega que haja interferência desse processo no caso da FCA. Questionada sobre as conversas, a Vale diz que segue “cumprindo com as obrigações decorrentes da renovação antecipada das ferrovias”.

A indefinição sobre o futuro da FCA também se tornou um entrave para as negociações de venda da fatia de 25,5% da Brookfield na VLI, noticiada pelo Valor em outubro. Para uma fonte, apenas com a conclusão das negociações a canadense poderá tomar uma decisão sobre ficar ou vender as ações, e definir a precificação.

A avaliação é que, sem a FCA, a VLI pode até ficar mais “redonda”, dado que a concessão tem provocado prejuízo, mas a operadora ficaria apenas com a o trecho norte da Ferrovia Norte-Sul e terminais portuários, e se tornaria um ator consideravelmente menor.

Procurada, a Brookfield diz que a FCA “vem gerando prejuízo para a VLI ao longo de vários anos”, mas afirma que “apoia a VLI na busca da renovação da FCA com base em termos que sejam atraentes” e que “a companhia continuará crescendo de forma intensa e sustentável independentemente do resultado.”

O Ministério dos Transportes destacou a importância da renovação antecipada e disse que está aperfeiçoando o processo.

Rodoviário

Construção Latino-americana - SP   17/01/2024

O setor da construção de estradas parece ser um dos mais ativos da indústria, com governos em todo o mundo a investir centenas de milhares de milhões em novas estradas e na sua manutenção.

O CEO de um dos maiores OEM do sector vê esta forte procura continuar no futuro, embora algumas regiões registem um crescimento maior do que outras.

“A perspectiva da indústria para o setor de construção de estradas atualmente prevê que permanecerá estável, mas também notamos uma forte demanda no segmento de estradas nos EUA, graças ao programa de investimento do governo em infraestrutura”, comenta o Dr. Volker Knickel , CEO do Wirtgen Group.

“Há sinais de recuperação no horizonte na China desde que o governo começou a lançar pacotes de estímulo. O mercado indiano saiu forte este ano e espera-se que esta tendência continue em 2024.”
Condições de mercado variadas

O CEO do Grupo Wirtgen afirma que há um bom desenvolvimento no mercado latino-americano, em particular no Brasil. Contudo, na Europa, as empresas de construção de estradas ainda estão “um pouco relutantes” em investir por razões como o aumento dos custos de construção de estradas e a hesitação devido a questões geopolíticas.

“Estamos convencidos de que os projetos de construção de estradas podem ser realizados de forma rápida, econômica e sustentável com as tecnologias inovadoras, econômicas e sustentáveis do Wirtgen Group. Nossos clientes podem trabalhar com rentabilidade e, no final, isso também estimula o investimento em novos equipamentos”, afirma.

A Cemex trabalha com autoridades locais e governos em todo o mundo na construção de estradas e por isso está bem posicionada para comentar sobre o setor.

Marcelo Catala, vice-presidente de soluções de urbanização da Cemex EMEA, afirma: “Na nossa região EMEA, executamos operações de pavimentação no Reino Unido, Espanha, Polónia, Croácia, Egito e Emirados Árabes Unidos. Uma parte particularmente importante da nossa operação é o Reino Unido, onde fornecemos uma variedade de soluções de asfalto.

programa de recapeamento de estradas para redução de carbono , fornecendo nosso produto de asfalto neutro em carbono, Vialow Zero.”

Vertua da Cemex foi fornecido para o último troço da autoestrada A33. Um troço de 16 quilómetros, parte da autoestrada A33 que liga os municípios de Blanca, em Múrcia, e Fuente la Higuera, em Valência, pretende ser “a autoestrada mais inovadora e sustentável” de Espanha.

Catala afirma: “A solução foi um pavimento contínuo de concreto armado construído em duas camadas, escolhido pelo Ministério Nacional dos Transportes – proprietário da estrada – por ser o mais econômico em todo o ciclo de vida do pavimento; uma vida útil de 30 anos, embora esses pavimentos geralmente tenham vida útil de 50 anos ou mais.”

Klara Entlerova , especialista da MarCom para compactação pesada, compactadores de valas e compactadores tandem leves da Ammann, diz que a demanda tem sido consistentemente alta, globalmente, desde o fim das restrições associadas à Covid.

“Este aumento da procura pode ser atribuído a vários factores, incluindo investimentos governamentais em novos projectos rodoviários e na manutenção da infra-estrutura existente”, afirma Entlerova . “A pandemia afetou significativamente várias indústrias, mas observámos uma recuperação notável no setor da construção rodoviária durante este período, o que contribuiu para a elevada procura sustentada dos nossos serviços.”

Scott Pedersen, vice-presidente de engenharia, pesquisa e desenvolvimento da empresa norte-americana de tecnologia de pavimentação de concreto GOMACO, diz que tem havido um aumento na demanda por pavimentadoras, placers e máquinas de texturização e cura nos últimos anos, e sinaliza para o próximo ano são positivos.
Abaixando emissões

“A GOMACO acredita que a redução das emissões continuará a ser um factor importante no futuro. Lançamos a CC-1200e como a primeira máquina de meio-fio totalmente elétrica do mundo”, afirma Pederson. “Ele é alimentado por uma bateria de íons de lítio de 48 volts DC, que permite zero emissões de escapamento, vibrações reduzidas e zero ruído do motor.”

Catala, da Cemex, concorda que a sustentabilidade e as emissões aumentaram em importância. “Nos últimos anos, temos visto mais atenção dada à sustentabilidade do que nunca, como uma empresa global de materiais de construção que trabalha em muitas áreas de produtos”, afirma.

“Acreditamos que a ação climática é o maior desafio do nosso tempo e a indústria da construção tem um papel claro a desempenhar neste esforço.”

A Cemex tem um programa “Futuro em Acção” que inclui uma estratégia de acção climática, definindo uma meta global para alcançar uma redução de 47% de CO2 por tonelada de material cimentício até 2030, em comparação com os níveis de 1990.

“As ações já resultaram na redução das emissões de CO2 em todo o nosso portfólio global em 30% desde 1990, e na Europa em cerca de 41%”, afirma Catala.

“Globalmente, atingimos uma taxa de substituição de combustíveis alternativos de 35%, com investimentos em toda a empresa para melhorar isso. Em dois anos, reduzimos as emissões específicas em 9%, uma redução que no passado demorou mais de uma década a ser alcançada.”
Motores eficientes e novas tecnologias

A redução de emissões também é cada vez mais importante para a Ammann, explica Entlerova . “Abordamos isso em diversas frentes. Primeiro, garantimos a utilização de motores e tecnologias eficientes; segundo, várias soluções que melhoram a produtividade.”

Ecodrop é uma iniciativa que abrange toda a linha de produtos Ammann, incluindo eficiência de combustível. A empresa também projetou máquinas que exigem níveis mais baixos de fluidos, economizando recursos naturais e “reduzindo drasticamente” os resíduos resultantes.

Entlerova afirma: “O sistema proprietário Ammann Compaction Expert (ACE) está disponível como opção. O sistema permite fácil monitoramento do progresso da compactação para os operadores e os ajuda a controlar o processo de compactação; cumprir as metas de compactação em menos passagens, o que queima menos combustível e emissões.”

Fontes alternativas de energia, como eletricidade, podem ser esperadas na Ammann, bem como o uso de Óleo Vegetal Hidrotratado (HVO), um biocombustível feito a partir de resíduos. “O HVO foi aprovado para máquinas Ammann”, diz Entlerova . “É um passo rápido e fácil em direção às metas líquidas zero e reduz as emissões de gás CO2 em até 90%, sem custo adicional. O HVO é classificado como um diesel renovável.”

Este biocombustível também pode ser utilizado na maioria das máquinas Liebherr. A Liebherr-Werk Ehingen abastece seus guindastes móveis e sobre esteiras exclusivamente com combustível HVO desde setembro de 2021. A gigante industrial afirma que a fabricação de HVO é neutra para o clima se a eletricidade for gerada exclusivamente a partir de fontes de energia renováveis . Além disso, gera menos emissões do que uma máquina operada com combustível diesel fóssil.

O HVO é algo que a Wirtgen vê como uma ferramenta fundamental na luta do setor para reduzir as emissões. “Os combustíveis de transição como o HVO desempenharão um papel importante a curto e médio prazo na descarbonização dos locais de trabalho. Os motores diesel permanecerão no mercado durante anos, mas poderão funcionar com combustíveis alternativos sem combustíveis fósseis, quando disponíveis”, afirma o Dr.

Ele acrescenta: “Implementamos processos de produção econômicos, ecologicamente corretos e orientados para o futuro que garantem operações eficientes e econômicas em termos de recursos em todas as sedes da marca alemã e locais de produção internacionais”.
Sustentabilidade focada na tecnologia

Os veículos autónomos são uma realidade generalizada na agricultura – poderão ser tecnicamente possíveis na construção de estradas?

“Dois exemplos em que isso foi realizado são o AutoPilot 2.0 da Wirtgen, que já há algum tempo permite a pavimentação automática de perfis monolíticos, como barreiras de segurança de concreto ou meios-fios em torno de ilhas de tráfego”, diz o Dr. “Em segundo lugar, o novo sistema de direção automática Wirtgen AutoTrac , que permite dirigir recicladores ou estabilizadores de solo com base em uma faixa de referência previamente determinada.”

No entanto, o CEO é rápido em salientar que esta tecnologia “não serve para substituir o operador, mas para permitir-lhe fazer o seu trabalho ainda melhor”.

A Trimble anunciou recentemente que concluiu seu primeiro teste de um compactador de solo totalmente autônomo em um local de trabalho ativo.

A Plataforma de Controle de Nivelamento da Trimble Earthworks para Compactadores Autônomos foi testada em um compactador de solo Dynapac CA 5000 no Projeto de Energia Limpa Local C, no Rio Peace, no nordeste da Colúmbia Britânica, Canadá.

Este é considerado um dos primeiros testes públicos da indústria de um compactador totalmente autônomo em um canteiro de obras ativo.

A Trimble afirma que a máquina totalmente autônoma completou 37 horas de trabalho real de compactação, operando ao lado de uma frota mista de compactadores, o restante dos quais operava o Sistema de Controle de Compactação Trimble CCS900.

Os dados de todas as máquinas – com e sem operador – foram entregues usando o software Trimble WorksOS , que está sendo usado como sistema de registro.

“O projeto do Local C foi o lugar perfeito para começar os testes reais do compactador de solo totalmente autônomo devido aos benefícios de custo e segurança que a autonomia trará para grandes projetos de infraestrutura como este no futuro”, disse Cameron Clark, diretor da indústria de terraplenagem do setor civil da Trimble. soluções de infraestrutura.

Para a Ammann, a eletrificação é a chave para novas tecnologias nos seus equipamentos de construção rodoviária. A sua eMission é descrita pelo fabricante como uma solução amiga do ambiente integrada nos seus equipamentos. Diz-se que os benefícios incluem zero emissões, maiores lucros através da redução dos custos de manutenção e “alto desempenho” devido à capacidade expansiva da bateria e à sua solução vibratória.

“Oferecemos vários produtos de compactação e-drive, incluindo compactadores, placas e um rolo tandem”, diz Entlerova .
Urbanização moderna

urbanização da Cemex está inovando para ajudar a enfrentar os desafios da urbanização moderna . “Temos investido fortemente no desenvolvimento de novas soluções utilizadas nas nossas operações de pavimentação de estradas em toda a Europa”, afirma Catala.

Os produtos que levam a marca Ventura da empresa devem atender a critérios rigorosos de sustentabilidade, como a “inovação” do asfalto com baixo teor de carbono com um novo aglutinante de biocomponentes que retém o carbono no asfalto.

“Isto reduz a pegada de carbono do betume em até 250 quilogramas de CO2e quando comparado com o betume convencional, o que por sua vez reduz o CO2e no asfalto em até um terço”, explica Catala.

“A solução envolve a adição de componentes biogênicos projetados para garantir a compatibilidade do betume sem comprometer as características de desempenho do asfalto. O resultado final é um asfalto que pode ser reciclado, ao mesmo tempo que retém o biocarbono capturado.”

A empresa também procura formas de apoiar a economia circular através da utilização de materiais reciclados em soluções asfálticas, como uma solução que incorpora pneus usados em misturas asfálticas.

A GOMACO desenvolveu uma comunicação máquina-máquina que permite ao operador da pavimentadora ajustar a altura da pavimentadora e garantir que a pavimentadora tenha sempre a quantidade correta de material à frente da máquina.

“O projeto do Local C foi o lugar perfeito para começar os testes reais do compactador de solo totalmente autônomo devido aos benefícios de custo e segurança que a autonomia trará para grandes projetos de infraestrutura como este no futuro”, disse Cameron Clark, diretor da indústria de terraplenagem do setor civil da Trimble. soluções de infraestrutura.

Para a Ammann, a eletrificação é a chave para novas tecnologias nos seus equipamentos de construção rodoviária. A sua eMission é descrita pelo fabricante como uma solução amiga do ambiente integrada nos seus equipamentos. Diz-se que os benefícios incluem zero emissões, maiores lucros através da redução dos custos de manutenção e “alto desempenho” devido à capacidade expansiva da bateria e à sua solução vibratória.

“Oferecemos vários produtos de compactação e-drive, incluindo compactadores, placas e um rolo tandem”, diz Entlerova .
Urbanização moderna

urbanização da Cemex está inovando para ajudar a enfrentar os desafios da urbanização moderna . “Temos investido fortemente no desenvolvimento de novas soluções utilizadas nas nossas operações de pavimentação de estradas em toda a Europa”, afirma Catala.

Os produtos que levam a marca Ventura da empresa devem atender a critérios rigorosos de sustentabilidade, como a “inovação” do asfalto com baixo teor de carbono com um novo aglutinante de biocomponentes que retém o carbono no asfalto.

“Isto reduz a pegada de carbono do betume em até 250 quilogramas de CO2e quando comparado com o betume convencional, o que por sua vez reduz o CO2e no asfalto em até um terço”, explica Catala.

“A solução envolve a adição de componentes biogênicos projetados para garantir a compatibilidade do betume sem comprometer as características de desempenho do asfalto. O resultado final é um asfalto que pode ser reciclado, ao mesmo tempo que retém o biocarbono capturado.”

A empresa também procura formas de apoiar a economia circular através da utilização de materiais reciclados em soluções asfálticas, como uma solução que incorpora pneus usados em misturas asfálticas.

A GOMACO desenvolveu uma comunicação máquina a máquina que permite ao operador da pavimentadora ajustar a altura da pavimentadora e garantir que a pavimentadora tenha sempre a quantidade correta de material à frente da máquina.

PETROLÍFERO

Valor - SP   17/01/2024

Ataques no Mar Vermelho mantêm preocupação com logística e abastecimento

Os contratos futuros do petróleo avançam nesta terça-feira, em mais um dia de preocupações no mercado por conta do conflito no Oriente Médio.

Por volta das 11h20, o vencimento do WTI para fevereiro subia 0,08%, saindo a US$ 72,74. O contrato do Brent para março ganhava 0,61%, a US$ 78,63.

Os recentes ataques no Mar Vermelho estão alimentando os receios de um conflito regional mais amplo no Oriente Médio, mas a produção de petróleo não foi diretamente afetada até agora, limitando ganhos mais amplos nos preços, segundo analistas.

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