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15 de Dezembro de 2023

SIDERURGIA

Valor - SP   15/12/2023

O aporte será usado na modernização do parque industrial com potencial de gerar até R$ 2,8 bilhões de resultado operacional incremental em 2028

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e sua controlada CSN Mineração alteraram suas projeções financeiras e operacionais para os próximos anos.

A projeção de investimentos da companhia no setor de siderurgia foi atualizada para R$ 7,9 bilhões no período de 2023 a 2028, relativos à modernização do parque industrial com potencial de gerar até R$ 2,8 bilhões de resultado operacional incremental em 2028.

“Projeção de investir até R$ 5 bilhões em crescimento orgânico na operação de cimentos, adicionando um total de 8 milhões de toneladas por ano, e a projeção de volume de vendas de cimentos de 13,07 milhões de toneladas em 2023, com um Ebitda de R$ 1,2 bilhão no mesmo período”, diz trecho do documento.

Sobre a ferrovia Transnordestina, a companhia espera gerar lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de até R$ 3,5 bilhões após o início estimado das operações, em 2027.

A companhia ajustou a projeção de investimento consolidado, passando de R$ 5,5 bilhões a R$ 6,5 bilhões por ano no período de 2024 a 2027 para um total de R$ 4,4 bilhões em 2023, R$ 6 bilhões em 2024 e um intervalo entre R$ 6 bilhões e R$ 7 bilhões no período de 2025 a 2028.

A CSN também atualizou a sensibilidade do Ebitda consolidado em 2028 variando de R$ 19,6 bilhões até R$ 37,6 bilhões, dependendo de premissas como a média anual de preço do minério de ferro variando de US$ 90/t a US$ 150/t e também da média anual de preço da bobina de aço laminadas a quente, variando de US$ 550/t a US$ 650/t.

Por fim, a companhia também estima faturar R$ 900 milhões com a subsidiária CBSI em 2023 e R$ 1,2 bilhão em 2024.

Já para a CSN Mineração, a companhia projeta volumes de produção e compras de minério de ferro de terceiros, entre 42 milhões e 43,5 milhões de toneladas em 2024, 42 milhões de toneladas em 2025, 44 milhões de toneladas em 2026, 53 milhões de toneladas em 2027 e 68 milhões de toneladas em 2028

Outro ponto levantado foi a projeção do custo C1 da mineração (custos da mina até o porto) para um patamar entre US$ 21,5 a US$ 23 por tonelada em 2024.

A companhia publicou também a substituição da projeção de investimentos de expansão na mineração de um patamar de R$ 13,8 bilhões no período de 2023-2027 para um patamar de R$ 15,3 bilhões no período de 2023-2028, relativos à fase 1 do projeto de adição de capacidade.

A controlada espera atingir um Ebitda potencial de R$ 4 bilhões com o projeto da Planta de Itabirito P15 após a maturação das operações prevista para ocorrer em 2028.

O Estado de S.Paulo - SP   15/12/2023

Com o cenário de forte entrada do aço chinês no mercado brasileiro, o diretor-presidente da Aperam na América do Sul, Frederico Ayres Lima, afirma que a companhia acendeu a luz amarela em relação às perspectivas de crescimento da produção siderúrgica no País. O executivo prevê uma gradual perda de competitividade da indústria nacional, paralisação de usinas e até demissões se o governo não adotar ações de defesa comercial.

A Aperam América do Sul, antiga Acesita e ArcelorMittal, é a maior siderúrgica global no segmento de aços inoxidáveis, elétricos e especiais, atendendo aos setores automotivo, de construção civil, eletrodomésticos e energia em mais de 40 países. A empresa tem forte exposição ao mercado europeu, mas tinha o Brasil como uma das suas principais apostas de crescimento.

Durante conferência realizada para investidores internacionais em setembro de 2022, o presidente global da companhia, Tim Di Maulo, chegou a destacar as qualidades da matriz energética brasileira, em maior parte de origem renovável, como um dos fundamentos para justificar as apostas da companhia no País.

Na última semana, entretanto, a Aperam anunciou a interrupção da sua terceira fase de investimentos no Brasil, que contemplava uma série de modernizações previstas na unidade em Timóteo, no Vale do Aço (MG). O motivo, segundo a empresa, seria o “momento de adversidade enfrentado pela indústria siderúrgica brasileira, com o excesso de aço importado e queda nas vendas”.

“Felizmente não temos nenhuma previsão de demissões, mas já não conseguimos mais ter uma perspectiva de crescimento no Brasil. (Por isso) nós estamos acendendo uma enorme luz amarela que significa, basicamente, dizer que já não estamos mais conseguindo investir no País. Esperamos que esse cenário venha a se reverter”, afirmou Lima.

Segundo o executivo, a decisão poderá ser revista caso ocorra uma mudança do cenário na siderurgia brasileira. O porta-voz da Aperam na América do Sul acrescentou que toda a indústria nacional está sofrendo por causa da forte entrada de aço importado no Brasil. O produto vem principalmente de usinas chinesas, que tem fortalecido a presença no mercado doméstico por meio da prática de preços desleais, devido a fortes subsídios que o governo da China oferece para as companhias locais não reduzirem a sua produção.

Lima endossa o coro defendido por diversos empresários do setor e levantado pelo Instituto Aço Brasil, que defende a aplicação de uma alíquota de importação de 25% para garantir que os preços do aço importado sejam negociados em patamares iguais aos dos produtos domésticos.

Dados do Instituto Aço Brasil mostram que até o terceiro trimestre, a produção de aço no Brasil havia caído 8,1% no ano comparado a igual período de 2022. O pior desempenho foi verificado em lingotes, blocos e tarugos, com queda de 25,5%. Enquanto isso, a produção da China no mesmo período avançou 1,8%. O país asiático representa 56,6% do mercado.

As importações brasileira cresceram 26,4%, sendo que 56% vem da China e 20%, da Europa. “A China é alvo da maior parte das ações de defesa comercial no mundo dentro do nosso setor, porque oferece subsídios aos produtores locais e pratica dumping, causando danos aos mercados de diferentes regiões. Isso já acontecia, mas agora que o estímulo à produção permaneceu, ao mesmo tempo em que o consumo local diminuiu, a conta não fecha mais”, afirmou o executivo.

Ele destacou que o governo tem estado sensível aos pleitos do setor siderúrgico, mas avalia que é difícil prever se haverá a tomada de alguma medida para proteger o setor. Questionado sobre o nível de ociosidade das atividades da Aperam no Brasil, o presidente regional da companhia afirmou que para o quarto trimestre a empresa ainda tem um volume consistente de vendas.

“Os mercados em que nós atuamos têm uma dinâmica mais diversificada. Além disso, estamos com maior exposição a megatendências. Produzimos o aço inoxidável que é mais durável e reciclável, além de produtos ligados à transição energética, então isso nos dá um fôlego”, afirmou Lima, acrescentando que apesar das unidades no Brasil não estarem rodando com 100% da capacidade, a empresa por outro lado também não apresenta nível de ociosidade parecido com a média do setor.

O Estado de S.Paulo - SP   15/12/2023

O presidente da CSN e do Conselho de Administração da CSN Mineração, Benjamin Steinbruch, afirmou que o grupo pode dobrar de tamanho nos próximos quatro anos, considerando o potencial dos investimentos que estão sendo realizados na companhia. O comentário foi feito durante a realização do CSN e CSN Mineração Day.

Para ele, a perspectiva é que o grupo deve realizar cinco IPOs (Oferta Pública Inicial, em português) no médio e longo prazos, considerando o crescimento das companhias.

“A ideia é ter cinco negócios listados em Bolsa, e a CSN ficaria em cima, esvaziada. A ideia é que cada uma fique independente, dando a opção para os investidores que querem se expor apenas no mercado de cimentos, ou em mineração, energia ou logística. E quem quiser acompanhar todos os empreendimentos, também terá essa alternativa”, afirmou.

O executivo reforçou ainda que manterá o compromisso com a desalavancagem ao mesmo passo em que a empresa avança em seu crescimento. “A nossa ideia é que nossas subsidiárias sejam companhias abertas, desde que mantenhamos o controle das atividades”, concluiu.

Ele afirmou que avalia a possibilidade de vender 30% da participação da mineradora para atrair recursos com foco no desenvolvimento de investimentos para a empresa. Por outro lado, ressaltou que, a princípio, não tem esse desejo. “Não quero vender 30% da CSN Mineração, mas existe essa possibilidade. Temos um acúmulo de ativos que podem ser monetizados se nos permitir maior velocidade nos investimentos”, afirmou.

Steinbruch afirmou que tem perspectivas melhores para a siderurgia em 2024. Segundo ele, haverá uma recuperação da atividade doméstica aliada à retomada de preços internacionais, fatores que devem impulsionar o desempenho no setor.

“Esperamos boas notícias na siderurgia em 2024. O ano de 2023 foi um ano difícil, dentro do que esperávamos. Acreditamos em uma normalização das nossas operações a partir de janeiro, com a produção voltando ao normal e temos a certeza que haverá redução de custos, aumento na quantidade e melhoria na qualidade dos nossos produtos”, afirmou.

Segundo o empresário, o grupo CSN vai continuar investindo na diversificação da sua atuação e as empresas da holding vão buscar uma internacionalização dos negócios. “Temos um plano muito agressivo e diversificado de investimentos.”

Quanto aos negócios da mineração, Steinbruch reconheceu os resultados da CSN Mineração como fortes em 2023 e afirmou que a empresa continuará a reportar bons níveis de desempenho em 2024. Para ele, os negócios em mineração estão em um caminho “muito mais positivo” na comparação com a siderurgia, embora a perspectiva para o próximo ano seja de melhora para o setor siderúrgico.

No setor de cimentos, o executivo mencionou que a empresa aumentou a participação no mercado e registrou boa margem de rentabilidade. Ele acrescentou que haverá investimentos para setores correlatos, com futuras apostas no concreto, calcário, logística e mercados agregados à indústria de cimentos.

O empresário também manteve o compromisso com a continuidade de pagamento de dividendos, ao mesmo tempo em que cumprirá a promessa de manter a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda em duas vezes. Contudo, Steinbruch afirmou que vê uma distribuição de proventos menores por um curto espaço de tempo para que a empresa consiga avançar em seus investimentos.

Importações de aço

O presidente da CSN afirmou que o governo brasileiro está muito atrasado em adotar políticas de defesa comercial para garantir a proteção da indústria nacional contra a forte entrada de aço importado no País.

Segundo ele, o Brasil tem medo de sentar para negociar com a China. Ele pondera, porém, que o governo brasileiro não deveria ter receio, pois a quantidade de aço chinês que chega ao País não é significativa na comparação com o total produzido pelo gigante asiático.

De acordo com Steinbruch, o volume de aço importado pelo Brasil é de 5 milhões de toneladas, em que 68% são provenientes da China. Por outro lado, a produção total chinesa é de 1,15 bilhão de toneladas, o que significa que o impacto de uma alíquota de importação a ser adotada no Brasil seria pequeno no mercado chinês.

Por outro lado, ele afirmou que a produção anual de aço no Brasil é de 30 milhões de toneladas, em que 12 milhões de toneladas são exportadas.

“Temos como taxação um critério que vai de 10% a 16% para o aço importado. Já no México, na comunidade europeia, no Canadá e nos Estados Unidos, a taxação é de 25%”, apontou.

Steinbruch acrescentou que as siderúrgicas brasileiras, ao exportar aço, já pagam uma alíquota de 25%, enquanto o Brasil não impõe a mesma regra para outras empresas internacionais.

ECONOMIA

Globo Online - RJ   15/12/2023

Na última reunião do ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortou ontem a taxa básica de juros em meio ponto percentual e indicou que o ritmo será mantido. A Taxa Selic recuou de 12,25% para 11,75% ao ano. Esse é o menor patamar desde março de 2022.

Foi a quarta redução consecutiva dos juros, que começaram a cair em agosto, quando estavam em 13,75% ao ano. O comunicado do BC afirma que a intensidade de corte de meio ponto será mantida nas “próximas reuniões”, o que incluirá, pelo menos, os encontros de janeiro e março. O comitê se reúne a cada 45 dias para decidir o rumo da taxa básica da economia.

Esse sinal reforçou as previsões de analistas de que a Selic pode terminar 2024 abaixo dos 10%. Pelas projeções do Boletim Focus, publicação semanal do BC que compila previsões de agentes do mercado, a Selic deve terminar o ano de 2024 em 9,25% ao ano.

A política monetária vem refletindo a queda da inflação medida pelo IBGE, mas também a redução das expectativas, medidas pelo Boletim Focus. Um fator decisivo para o início do ciclo de cortes foi a manutenção da meta de inflação de 2024, em 3%.

Ambiente internacional ajuda

No cenário internacional, também há uma conjuntura favorável. Ontem, o banco central dos EUA, o Fed, manteve inalterados os juros na maior economia do mundo, no intervalo entre 5% e 5,25%. O comunicado do Fed foi considerado mais "leve" que o previsto no mercado, o que ajuda a redução da Selic no Brasil.

Comitê de Política Monetária (Copom) é formado pelo presidente do BC e mais oito diretores

Quanto mais cedo os juros caírem mais lá, mais confortável fica o BC brasileiro a cortar a aqui. Isso por causa do chamado "diferencial de juros". Se a taxa por aqui fica muito próxima da americana, reduz-se a atração de capital estrangeiro para o país, o que desvaloriza o real frente ao dólar e alimenta a inflação. Baixando lá, é mais fácil baixar a Selic sem eliminar o diferencial em relação aos EUA.

Segundo o economista-chefe do G5 Partners, Luis Otávio Leal, o Fed reduziu as projeções de inflação de 5,1% para 4,6%, em 2024, de 3,9% para 3,6% em 2025, permanecendo em 2,9%. em 2026.

No comunicado de ontem, o Banco Central apontou que houve uma melhora no cenário para a inflação no cenário global, que se mostrou "menos adverso" que na última reunião do Copom. Além disso, no Brasil, a economia perdeu força e a inflação também está desacelerando.

Risco fiscal continua pesando, diz economista

Para o economista Marcelo Fonseca, da Reag Investimentos, o BC afirmou que o processo de queda da inflação atual é mais lento, o que fez com que o ritmo de 0,5 ponto fosse mantido. Além disso, ele entende que o risco fiscal continua pesando sobre as decisões de política monetária:

— Minha avaliação é que, apesar de o BC não mencionar explicitamente, a incerteza fiscal tem sido preponderante para o Copom manter o tom de cautela, apesar da melhora da inflação.

Segundo o economista-chefe do Banco UBS/BB, Alexandre Ázara, apesar de o plano de voo do BC ser de dois cortes de 0,5 ponto, em janeiro e março, o cenário externo ficará melhor do que o esperado pelo Copom. Com isso, ele entende que a Selic irá cair 0,75 ponto em março.

— Se tudo acontecer como prevê o BC brasileiro, cairá 0,5 ponto. Mas nosso cenário é que o Fed vai cortar os juros em março, já indicando isso em janeiro, e que a inflação ficará mais baixa no Brasil. Com isso, acreditamos que o Copom vai acelerar os cortes em março para 0,75 ponto — afirmou Ázara.

Comunicado mais suave não altera previsão de cortes

Helena Veronese, economista-chefe da B.Side Investimentos, entende que o comunicado do BC foi mais “suave”, mas ainda dentro do previsto pelo mercado. Ela aposta na manutenção do ritmo de cortes em 0,5 ponto por todo o primeiro semestre de 2024. Uma eventual aceleração, diz, teria de ser indicada antes pelo próprio BC:

— Esperamos que o Copom continue cortando a Taxa Selic de 0,5 em 0,5 ponto percentual ao longo de parte do primeiro semestre de 2024 e entendemos que qualquer mudança no ritmo será antecipada pelo próprio comitê.

Governo quer acelerar redução dos juros

A queda em doses de meio ponto vem sendo alvo de críticas do governo. No sábado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou que as medidas apresentadas ao Congresso para o ajuste fiscal e correções tributárias, aliadas à promulgação da Reforma Tributária sobre o consumo, criam um ambiente para “exigir” o corte da taxa básica de juros.

Nesta terça, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou um movimento de pressão ao chefe do Banco Central, Roberto Campos Neto, para a aceleração da queda da taxa básica de juros.

Reação do mercado ao Fed: Ibovespa supera os 129 mil pontos e fecha no maior patamar desde junho de 2021

Ontem, após a decisão do Copom, Haddad comemorou e destacou que o BC sinalizou que outros cortes na taxa de juros virão. Disse que a economia vai crescer de forma sustentável com inflação e desemprego baixos:

— O Copom, como esperado, fez mais um corte sinalizando que outros virão. Isso significa que os investidores brasileiros podem se preparar para um ciclo de crescimento sustentável com baixa inflação e baixo desemprego. Isso é uma boa notícia para as famílias brasileiras — disse o ministro. 

Infomoney - SP   15/12/2023

A maioria dos bens de capital monitorados pelas autoridades estatísticas da China registrou preços mais baixos no início de dezembro em comparação com o final de novembro, segundo dados oficiais divulgados nesta quinta-feira (14).

Dos 50 principais bens classificados em nove categorias, incluindo tubos de aço sem costura, gasolina, carvão, fertilizantes e outros produtos químicos, 21 reportaram preços mais elevados no período, 26 registaram quedas de preços, enquanto os preços de três permaneceram inalterados, de acordo com o Escritório Nacional Estatísticas (NBS, na sigla em inglês).
Especificamente, o preço do gás natural liquefeito (GNL) subiu 7% por cento no início de dezembro em comparação com o final de Novembro, enquanto o preço do carvão antracito teve redução de 1,6%.

Durante o mesmo período, os preços da carne suína, importante insumo para a indústria alimentícia local, caíram 3,4%, de acordo com os dados do NBS.

A pesquisa, divulgados a cada 10 dias, se baseiam num inquérito com cerca de 2.000 atacadistas e distribuidores em 31 províncias de todo o país.

Monitor Digital - RJ   15/12/2023

O crescimento econômico da China aumentou para 1,3% no 3º trimestre de 2023, em comparação com 0,5% no trimestre anterior, informou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta quinta-feira. Os mesmos percentuais foram alcançados pelos Estados Unidos.

De acordo com as estimativas provisórias da OCDE, a China, os Estados Unidos e o México foram os únicos três países do G20 a acelerar o ritmo de crescimento no 3º trimestre. A alta da economia desacelerou no Brasil de 1% para 0,1%.

O crescimento de Itália recuperou para 0,1% no terceiro trimestre, após uma contração de 0,4% no segundo trimestre. Enquanto isso, o crescimento na Coreia do Sul permaneceu estável em 0,6%, informou a OCDE.

A organização afirmou que o crescimento enfraqueceu nos restantes países do G20, em particular na Arábia Saudita e na Turquia, devido a uma forte diminuição das atividades petrolíferas e à diminuição do consumo privado.

Depois de ter aumentado no trimestre anterior, o PIB contraiu-se 0,7% no Japão, 0,3% no Canadá, 0,2% na África do Sul e 0,1% na Alemanha e na França, acrescentou a OCDE.

O PIB no G20 como um todo cresceu 2,9% no 3º trimestre, abaixo dos 3,6% do trimestre anterior. Os países do G20 representam cerca de 85% do PIB global, mais de 75% do comércio e cerca de dois terços da população mundial.
Rússia prevê crescimento e bate recorde em reservas de ouro

O presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira que o Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia deverá aumentar 3,5% até o final de 2023. Ele fez as observações durante a sessão de perguntas e respostas de sua coletiva de imprensa anual.

“O principal indicador da recuperação econômica, o crescimento do PIB deverá ser de 3,5%”, disse ele, observando uma recuperação da economia do país.

O valor das reservas de ouro da Rússia ultrapassou US$ 150 bilhões pela primeira vez na história contemporânea, devido ao aumento dos preços do ouro, informou a agência de notícias RIA Novosti.

O valor dos investimentos em ouro da Rússia em novembro aumentou 2,2%, atingindo US$ 151,9 bilhões, de acordo com a análise da RIA Novosti sobre os dados do Banco Central. O recorde anterior foi de US$ 148,7 bilhões registado em outubro.

Em termos físicos, as reservas de ouro da Rússia diminuíram cerca de 16 toneladas, para 2.315 toneladas em novembro. Segundo o BC, as reservas internacionais da Rússia aumentaram quase 3%, para US$ 592,4 bilhões em novembro, o nível mais elevado desde abril deste ano.

Agência Brasil - DF   15/12/2023

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta uma expansão da economia brasileira de 1,7% em 2024. Para este ano, a entidade espera que o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) cresça 3%, o mesmo percentual do ano passado. As previsões estão no Informe Conjuntural: Economia Brasileira 2023-2024 divulgado nesta quinta-feira (14) em Brasília.

“O resultado é positivo, mas o crescimento de 2023 não dá início a um novo ciclo de desenvolvimento”, avalia a entidade em nota. Ainda de acordo com a CNI, isso se deve porque “o PIB atual foi construído sobre fatores conjunturais excepcionais, como o expressivo crescimento do PIB da agropecuária, e com queda dos investimentos produtivos”.

Na indústria de transformação e de construção, a previsão de crescimento para 2024 é mais modesta, com 0,3% e 0,7%, respectivamente. A alta, no entanto, recupera as quedas verificadas em neste ano. A indústria de transformação deve encerrar 2023 com queda de 0,7%. A indústria da construção, por sua vez, deve ter um recuo de 0,6%.
Investimento

Em 2023, a entidade aponta que o consumo das famílias terá um crescimento de 2,6% e que o investimento vai ter um recuo de 3,5%. A análise da CNI indica, portanto, que a taxa de investimento, que é a relação entre a formação bruta de capital fixo e o PIB, caia para 18,1%, ante 19,3%, em 2022.

“Essa queda no investimento vai impedir um melhor desempenho nos próximos anos. Por isso, o Brasil precisa de uma estratégia de médio e longo prazo para sustentar taxas de investimento iguais ou superiores a 20% do PIB”, propõe o documento da confederação.

Para o presidente da CNI, Ricardo Alban, o crescimento sustentado da economia está diretamente ligado ao aumento do investimento. “E a agenda da economia verde, da sustentabilidade, da pesquisa e inovação, da transformação digital, indica o caminho para que o Brasil atraia indústrias e desenvolva infraestrutura para fazer a transição para uma economia de baixo carbono. O país está muito bem-posicionado para ser protagonista dessa neoindustrialização”, declarou em nota.
Mercado de trabalho e cenário internacional

A CNI não é otimista em relação ao mercado de trabalho, pois projeta que 2024 não deve repetir o crescimento verificado neste ano. “A previsão é de alta de 2,9% na massa salarial em 2024 ante a alta de 6,4%, neste ano. Isso se deve ao fato que, para 2024, a CNI projeta um crescimento menor do número de pessoas ocupadas. Ocorre que os efeitos da política monetária, de juros altos, serão sentidos de forma negativa no emprego ainda no fim deste ano.”

Em relação ao cenário econômico internacional, a avaliação também é de que “será pouco favorável”, o que deve impedir novos aumentos históricos no saldo positivo da balança comercial. “Neste ano, o saldo recorde decorre dos volumes exportados de produtos agropecuários, principalmente soja e milho, e da indústria extrativa, principalmente petróleo e minério de ferro.”

O Estado de S.Paulo - SP   15/12/2023

Foi só o presidente do BBanco Central dos Estados Unidos (o Fed), Jerome Powell, sugerir estar próximo por lá o fim do ciclo dos juros altos para que os mercados mudassem seu jogo.

Antes, estavam encolhidos, com medo de que a economia global mergulhasse na recessão. Desde a última quarta-feira, no entanto, investidores e agentes financeiros saíram das suas tocas, os juros praticados no mercado futuro caíram, as cotações do petróleo, que haviam mergulhado, voltaram a empinar, as bolsas ensaiaram um rali e as aplicações de risco ganharam fôlego.

O pouso suave ainda não está garantido, os preços dos serviços nas economias avançadas continuam subindo mais do que a inflação. Mas as condições globais parecem melhorar.

Os grandes bancos centrais tiveram de puxar os juros para cima para combater uma renitente inflação. Esse forte aumento de preços globais foi provocado não apenas porque a pandemia desorganizou os fluxos comerciais e elevou os custos de produção. Foi provocado principalmente pelo enorme despejo de moeda pelos governos e pelos bancos centrais a fim de combater a paradeira. Agora, chegam acenos importantes do Fed e do Banco Central Europeu que apontam para o fim da secura.

Se a gradual redução dos juros se confirmar nas principais economias, o Brasil poderá ser beneficiado. O maior apetite por tomadas de risco deverá despachar mais capitais para cá. Quando houver boa recuperação da atividade econômica, aumentará também a demanda por produtos brasileiros de exportação, especialmente commodities, como grãos, minério de ferro e petróleo.

Com a queda dos juros nos países avançados, será reduzida a incerteza que até agora vinha prejudicando a economia brasileira. Há apenas 12 meses, o índice de risco medido pelo adicional sobre juros (CDS5) cobrado lá fora pelos títulos do Tesouro do Brasil era de 241 pontos (ou 2,4 pontos porcentuais) acima dos juros pagos pelos títulos do Tesouro americano. Ontem, fechou abaixo dos 140 pontos.

O nível de incerteza global ainda persiste. Os Estados Unidos estão atolados em dívidas e continuam gastando neste ano de eleições. A economia da União Europeia segue patinando e a China ainda não resolveu seus problemas internos, especialmente a encalacrada em que está metido seu setor imobiliário. Mas o astral geral está mais para a confiança do que para o desânimo.

Enfim, pode estar a caminho mais uma temporada de bonança de que o governo Lula pode tirar proveito, desde que não faça besteiras e desde que leve a sério políticas que garantam o equilíbrio das contas públicas.

Globo Online - RJ   15/12/2023

O Banco Central reduziu mais meio ponto percentual na taxa de juros, a Selic vai para 11,75% e assim encerra um ano de sucesso na política monetária. A inflação está dentro do intervalo da meta, o que não era a previsão dos economistas no começo do ano. O grande mistério que havia em torno dessa reunião é se o comunicado manteria o plural para dizer que a redução continuaria no mesmo ritmo “nas próximas reuniões”. Foi mantido o plural. O problema é que no ritmo em que está nada aconteceu ainda em termos de juros reais, porque a Selic caiu dois pontos percentuais no ano e a projeção de inflação também caiu dois pontos. O país está, portanto, no mesmo lugar. Talvez fosse o momento de dar um sinal para alguma aceleração de corte de juros.

O próprio BC disse no seu comunicado que, mesmo estando ainda volátil, o setor externo está “menos adverso do que na reunião anterior”. Os juros americanos foram mantidos ontem pelo Fed, e os juros longos estão em queda. No cenário interno, a economia desacelerou neste final de ano, o processo de desinflação continuou, “com destaque para as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta nas divulgações mais recentes”. Quando olha para o cenário de três anos, 2023 e os próximos dois, o BC aponta números, no seu cenário de referência, que indicam cumprimento da meta: 4,6% em 2023, 3,5% em 2024 e 3,2% em 2025.

Depois de dois anos de descumprimento, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, não precisará escrever uma carta se explicando por não atingir o objetivo. Isso é a prova mais importante de que a política monetária cumpriu seu papel. Não foi a única causa desse bom resultado. O país venceu a inflação de dois dígitos por uma série de fatores. O BC não se deixou pressionar politicamente mesmo nos momentos mais tensos do ano, o Ministério da Fazenda formulou e implementou uma política econômica que reduziu os temores fiscais ocorridos durante a troca de governo, o país teve a maior safra da história e terminará com o maior saldo comercial da história, influenciando na estabilidade do câmbio.

A inflação de alimentos foi a primeira a ceder, exatamente pela supersafra. No dado de novembro, alimentos foi o item que mais pressionou, 0,63%. Mesmo assim, nos onze meses do ano, este setor tem inflação zero. A alimentação no domicílio teve no ano uma queda de 1,83%. Durante muitos meses, os economistas disseram que sim os preços dos alimentos puxavam a inflação para baixo, mas a de serviços permanecia alta. E só cairia se houvesse aumento do desemprego. Não foi isso que aconteceu. A inflação de serviços caiu, apesar de não ter havido queda do emprego. Pelo contrário, houve redução do desemprego. Este ano foi o ano de muitas boas surpresas.

O cenário é portanto muito positivo. O ano se encaminha para o final com taxas de juros em queda de 13,75% para 11,75%. E mais duas reduções pelo menos contratadas, o que levaria em março os juros para 10,75%. Certamente não será o fim do ciclo de queda. As projeções da maioria dos economistas levam a Selic no ano que vem para taxa em torno de 9%, apesar de o BC ter dito ontem novamente que a “magnitude total de ciclo de flexibilização ao longo do tempo” dependerá da “evolução da dinâmica inflacionária”. Mas a projeção é de inflação controlada.

O ministro Fernando Haddad ainda luta para aprovar seu pacote de medidas e tudo o que conseguiu ontem foi um pequeno avanço na tramitação da MP 1185 na Câmara. Todos os olhos estavam voltados para a longa sabatina do ministro Flávio Dino e do procurador Paulo Gonet na Comissão de Constituição e Justiça. Nela, a oposição mostrou em vários momentos que se organiza em torno de pautas derrotadas, como a de querer jogar sobre o governo a culpa do atentado de 8 de janeiro. Eles tentaram emplacar essa mesma tese na CPI e perderam. O que houve a História já registrou. Saiu da extrema direita os estímulos, as ideias, os militantes e os financiamentos para o ataque a democracia sofreu. No final, Dino e Gonet foram aprovados no plenário do Senado.

Na economia, os juros vão continuar caindo e isso terá um efeito de estimular a economia ao longo do ano que vem. Ela chega no fim de 2023 com um nível de atividade praticamente estagnado. Em março, quando os juros forem para 10,75%, o país estará no terceiro trimestre de baixo crescimento. Hora talvez de fazer um corte mais forte.

MINERAÇÃO

Money Times - SP   15/12/2023

As commodities metálicas estão se despedindo de um ano carregado de volatilidade. O minério de ferro, especialmente, viveu uma verdadeira montanha-russa em que o condutor foi a China.

As incertezas levantadas pelo mercado quanto ao ritmo de recuperação da segunda maior economia mundial mexeram com os preços da matéria-prima siderúrgica em 2023. Do rali ao tombo, e de volta ao rali, o minério de ferro segue entregando uma resiliência que vem surpreendendo boa parte dos agentes financeiros, sendo atualmente negociado acima de US$ 130 a tonelada.

Se, no início do ano, o movimento especulativo – ou olhar “viciado” do mercado, pelas palavras da Genial Investimentos – estava mais associado a expectativas do processo de reabertura após a política de Covid-Zero na China, desta vez, a crença maior recai sobre os estímulos adicionais por parte do governo chinês (com foco no setor imobiliário em crise) que podem equilibrar a dinâmica de oferta e demanda por aço.

“O mercado possui uma rápida reação nos preços, tentando adiantar os efeitos de algumas modificações nas condicionantes de oferta ou demanda, antes mesmo dessas variáveis trazerem suas próprias repercussões materializadas na economia real”, explicam analistas da Genial, em relatório publicado no início do mês.

Minério de ferro a quanto em 2024?

Na avaliação da Genial, a produção de aço deve apresentar leve recuo no próximo ano. Por outro lado, a demanda, pelo menos chinesa, deve subir 2,5% no comparativo anual, considerando:

Do lado da oferta, os estoques de minério de ferro devem subir devido à queda na demanda das siderúrgicas. O volume de minério de ferro nos portos tem aumentado e as companhias siderúrgicas podem reduzir a quantidade que transportam para dentro das usinas devido aos altos preços e à pressão do aumento dos custos do coque metalúrgico, que voltou a pressionar a margem.

Dessa forma, analistas da corretora veem que a tendência para os preços da commodity é de queda, embora o mercado deva contar com certos suportes que podem evitar que a desaceleração nos preços seja tão intensa.

A análise atual da corretora sugere que o minério de ferro deve ficar, em média, em US$ 115/tonelada em 2024, ante projeção de US$ 95 anteriormente. O primeiro trimestre do próximo ano deve ser marcado pelo minério de ferro a US$ 120/tonelada.

Para o longo prazo (2028), as estimativas foram mantidas em US$ 75/tonelada, diz a Genial.

O Itaú BBA também espera uma acomodação gradual dos preços do minério de ferro no próximo ano, considerando que o setor imobiliário chinês continua restrito de certa forma, o que pode pesar para o consumo de aço.

Já o BB Investimentos tem premissas mais conservadoras. Seu cenário-base leva em consideração um contexto “menos arrojado de expansão de “resultados” para empresas expostas a commodities.

De acordo com o BB, a restrição de oferta devido a menor produção deve manter os preços do minério de ferro elevados pelo menos ao longo do primeiro semestre, até dar início à correção, voltando ao nível de US$ 100/tonelada na segunda metade de 2024, “a depender também do ritmo de crescimento da atividade chinesa, em especial da retomada do mercado imobiliário”.
VALE3, CSNA3, CMIN3, GGBR4 e USIM5: onde investir em 2024

Com a proximidade de 2024, as instituições começaram a montar listas com as melhores ações para os próximos meses.

Do setor de mineração e siderurgia, o BB tem no radar apenas as ações da Vale (VALE3), que, segundo analistas, deve não apenas se beneficiar de um cenário favorável de demanda e preço de minério, como também do aumento de produção e da entrega de produtos de qualidade.

Um ponto levantado pela casa é que a Vale é uma boa opção de investimento pela parte de metais básicos (cobre e níquel) também. A companhia deve colher frutos do crescente processo de transição energética, gerando valor via ramp up de Salobo III e parcerias.

Ainda, analistas concordam que a tese da Vale atrai pelos dividendos. O BBA, que também tem o nome como uma das preferências para 2024, vê a ação negociada a 3,8 vezes EV/Ebitda (Valor da Empresa/Ebitda) para o próximo ano e uma geração de caixa decente, “o que acreditamos que será totalmente distribuído via dividendos ou recompra de ações”.

Além de Vale, Gerdau (GGBR4) é top pick no setor, apesar do momento fraco da indústria siderúrgica. A avaliação é de que a ação, negociada a 3,8 vezes EV/Ebitda para 2024, parece mais barata que os seus pares.

Por outro lado, o BBA entende que o declínio do Ebitda em direção a margens mais normalizadas nos Estados Unidos e o capex (investimentos) pesado da empresa devem levar a uma geração de caixa mais limitada até 2026. O yield de fluxo de caixa projetado para o período é de 8%.

Por fim, a Genial, entre Vale e CSN Mineração (CMIN3), tem recomendação de compra para ambas as teses, com preços-alvo de R$ 82,50 e R$ 7,60, respectivamente.

“Estamos otimistas que no CSN/CMIN Day a companhia irá divulgar mais crescimento para 2024”, comenta.

Money Times - SP   15/12/2023

Os contratos futuros do minério de ferro na China ampliaram as quedas nesta quinta-feira, com o mercado digerindo a falta de novas medidas de estímulo e dados mostrando empréstimos bancários mais fracos do que o esperado no mês passado.

O minério de ferro para maio, o mais negociado na Dalian Commodity Exchange (DCE), encerrou o dia em baixa de 1,05%, a 942 iuanes (132,00 dólares) a tonelada.

Os novos empréstimos bancários na China aumentaram menos do que o esperado em novembro em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados na quarta-feira, mesmo com o banco central mantendo uma política acomodatícia para apoiar a fraca recuperação da segunda maior economia do mundo.

O reabastecimento de minério de ferro está lento, disseram os analistas, com as usinas lutando para gerar lucro e preferindo manter os estoques baixos.

“A demanda de minério tem sido marginalmente mais fraca, conforme refletido por uma queda contínua no consumo diário das cargas importadas, bem como nos volumes diários de descarga dos portos”, escreveram os analistas da Everbright Futures em uma nota.

A referência do minério de ferro na Bolsa de Cingapura subiu 0,25%, para 133,95 dólares a tonelada, revertendo o declínio registrado na quarta-feira, ajudado pela expectativa de que os aumentos das taxas nos Estados Unidos tenham terminado.

Os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai caíram devido à queda acentuada das temperaturas e à neve em muitas áreas que interromperam a atividade de construção no norte da China.

O clima frio continuou a varrer a China, e espera-se que muitas áreas do sul apresentem quedas acentuadas de temperatura nos próximos dias.

Infomoney - SP   15/12/2023

As ações da CSN Mineração (CMIN3) estão entre as maiores baixas do Ibovespa na sessão desta quinta-feira (14), isso em um dia de ânimo para o mercado em geral, com o índice chegando a renovar máximas históricas. Às 12h12 (horário de Brasília) os ativos caíam 2,15%, a R$ 7,15; na mínima do dia, os papéis CMIN3 caíram 2,74% (R$ 7,10).

O movimento acontece em meio à divulgação de projeções para os próximos anos e com o Investor Day de sua controlada, a CSN (CSNA3).

A expectativa é de que a CSN Mineração tenha um volume de produção e compra de minério de terceiros da ordem de 42 milhões a 43,5 milhões de toneladas em 2024, 42 milhões em 2025, 44 milhões em 2026, 53 milhões em 2027 e 68 milhões em 2028.

A empresa alterou a expectativa de capex (investimentos) de expansão na mineração de R$ 13,8 bilhões no período de 2023-2027 para R$ 15,3 bilhões no período de 2023-2028, relativos à fase 1 do projeto de adição de capacidade.
Já durante o CSN Investor Day, Benjamin Steinbruch, CEO e chairman da CSN, disse que a empresa trabalha com a hipótese de listagem de alguns de seus negócios e da venda de participações na CSN Mineração pra fazer frente aos desafios de capex da companhia diante de um compromisso de alavancagem de 2 vezes a dívida líquida pelo Ebitda.

“Temos cinco grandes projetos que, eventualmente, vamos ‘spinoffar’ [ou seja, fazer a cisão] e torná-las independentes”, explicou Steinbruch, em evento ao mercado. “A parte de cimentos é a próxima [listagem] a ser feita, independentemente das aquisições que possamos fazer [a companhia é uma das candidatas para comprar a operação da InterCement]. Vamos oferecer ao mercado um negócio único e temos condição de fazer agora”. O CEO citou ainda oportunidades de movimentos semelhantes na área de siderurgia e energia.

Steinbruch disse que a empresa pode considerar uma venda de participação na CSN Mineração. Com cerca de 80% do capital da CMIN3, o executivo citou a possibilidade de vender 30% do capital, o que renderia cerca de R$ 12 bilhões.

Outra possibilidade seria a venda da participação na Usiminas (USIM5), embora a CSN prefira esperar pela decisão da Justiça sobre um possível tag along por parte dos controladores da Usiminas. “Mas podemos dispor ao mercado, se for necessário.”

Pouco depois, contudo, Steinbruch voltou a se manifestar e disse que não quer vender a CSN Mineração, mas sim que estava apenas mostrando quais são as possibilidades à mesa.

Valor - SP   15/12/2023

Maior desafio é reduzir as emissões no escopo 3, notadamente na siderurgia

A COP28 terminou na quarta-feira (13) em Dubai sem indicar data para o abandono dos combustíveis fósseis, mas trouxe no texto final a manutenção do compromisso de limitar o aumento da temperatura em 1,5 ºC, como diz o Acordo de Paris. O documento aprovado em Dubai fala em fazer a transição - “transitioning away” no original. Na mineração, as empresas já se debruçam sobre esse processo de transição, eletrificando frotas e buscando soluções para descarbonizar operações de clientes, notadamente as siderúrgicas, que representam ao menos 8% das emissões industriais globais.

O processo de descarbonização apresenta diferentes etapas. No escopo 1 estão compiladas as emissões referentes ao próprio processo produtivo, enquanto no escopo 2 estão incluídas aquelas referentes à produção da energia elétrica consumida pela empresa.

O escopo 3 é onde são consideradas as emissões dos clientes, notadamente as siderúrgicas no caso da indústria de mineração.

A Vale, por exemplo, aposta em soluções tecnológicas para auxiliar a descarbonização de seus clientes. Na terça-feira (12), em Vitória, ela inaugurou a primeira unidade produtora de briquetes, aglomerado de minério de ferro desenvolvido pela companhia.

Serão 2,5 milhões de toneladas no ano que vem e 6 milhões de toneladas em 2025, em duas unidades no Porto de Tubarão, em Vitória. O objetivo é erguer outras oito unidades para fabricar briquetes e atingir metade de uma produção prevista de 100 milhões de toneladas/ano de aglomerados de minério de ferro após 2030.

O briquete pode levar a uma redução de até 10% na emissão de gases de efeito estufa (GEE) na fabricação de aço em altos-fornos.

Vale vai produzir 2,5 milhões de toneladas de briquetes ano que vem em Vitória

As metas da Vale para os escopos 1 e 2 são de redução de 33% até 2030, tendo 2017 como base, e emissão líquida de carbono zero até 2050. As emissões de escopo 3 representam 98% do total da companhia e o objetivo é reduzir em 15% até 2035, tendo como base 2018. A meta de escopo 3 será revisada em 2025 e a cada cinco anos.

A Anglo American é outra a apresentar metas ambiciosas de redução de emissão. O Plano de Mineração Sustentável da companhia traz o objetivo de reduzir 30% das emissões de GEE dos escopos 1 e 2, até 2030. Em 2040, a companhia quer ser neutra em emissões nesses dois escopos. Para o escopo 3, a ambição da Anglo é reduzir 50% das emissões até 2040.

A empresa estuda novos produtos para redução direta ou para rotas siderúrgicas de aço de baixo carbono. Contudo, os estudos ainda estão em estágio de validação pela companhia, que já produz pellet feed de alta concentração e baixos contaminantes, além de “direct reduction pellet feed”, material importante para as rotas de redução direta. No Brasil, o portfólio de produtos em minério de ferro já é de baixa emissão, desde a concepção do projeto. O Minas-Rio produz, aproximadamente, 70% de pellet feed com teor médio de 67% de ferro, e 30% de “direct reduction” com teor médio de 68%.

A BHP Billiton também apresenta metas públicas de menor emissão. Nos escopos 1 e 2, o objetivo é reduzir os gases de efeito estufa em pelo menos 30% em 2030, com base nos volumes de 2020, e atingir emissão zero em 2050. No escopo 3, as metas variam segundo o setor dos clientes. Para a siderurgia, a meta é desenvolver tecnologias capazes de reduzir em 30% a emissão nas usinas integradas entre 2020 e 2030, com adoção generalizada esperada para o pós-2030.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   15/12/2023

A Volvo Construction Equipment chegou a um acordo visando a venda do negócio global de pavimentadoras ABG para a Ammann.

O acordo, que não teve os valores divulgados, inclui o centro de produção e tecnologia para pavimentadoras ABG localizado em Hameln, na Alemanha, garantindo a disponibilidade da linha e o apoio dos canais de distribuição do Grupo Ammann e de concessionários selecionados da Volvo CE.

“As empresas consideram que essa é a melhor forma de manter e desenvolver a tradição de longa data da linha ABG no setor das pavimentadoras para clientes, distribuidores, fornecedores e funcionários”, diz o comunicado.

Em 2022, o negócio de pavimentadoras ABG registrou receitas no valor de 1,1 bilhão de coroas suecas.

Como consequência da transação, a produção de equipamentos de compactação da Volvo CE em Hameln também será gradualmente eliminada.

No âmbito do processo, cerca de 400 profissionais devem deixar a Volvo CE para se juntar ao Grupo Ammann.

Como resultado da transação, o resultado operacional do Grupo Volvo no 4º trimestre de 2023 deve ser afetado negativamente em aproximadamente 650 milhões de coroas suecas.

O efeito nos lucros será registrado no segmento de Equipamentos de Construção, sendo excluído do faturamento operacional ajustado.

A transação está sujeita a aprovações regulamentares, com desfecho previsto para o 1º semestre de 2024.

AUTOMOTIVO

Revista Mineração - SP   15/12/2023

Novos modelos da Scania prometem até 8% de economia de combustível.

Com o anúncio da nova linha Scania XT Super para os segmentos off-road, a Scania pretende ampliar as aplicações e atender principalmente a mineração com o novo trem de força Super.

Na terceira fase de lançamentos do portfólio de caminhões Euro 6, os produtos passam a contar com a nova caixa de transmissão Heavy Planetary, mais robusta para os modelos fora de estrada, além de freios CRB mais Scania Retarder de série, opções de eixos e bogies para atender a diversas especificações.

Os equipamentos contam também com aumento dos intervalos de manutenção, novas soluções de serviços com o Scania PRO e maior segurança na operação com o Scania Zone, que permite controlar a velocidade da frota por meio de cercas virtuais.

Reafirmando a tradição e pioneirismo da Scania no segmento fora de estrada, o diretor de desenvolvimento de negócios da Scania Operações Comerciais Brasil, Marcelo Gallao, fala sobre as novidades.

“A nova caixa de câmbio chega para deixar o caminhão mais rápido e robusto. Sua sessão planetária reforçada (Heavy Planetary), de modelos G25CH e G33CH, tem carcaça produzida em alumínio, o que reduz o seu peso em até 80 quilos comparado à geração anterior. Estamos lançando as linhas que vão proporcionar a maior produtividade do mercado com o menor custo por tonelada produzida”, comenta.

Para garantir ainda mais segurança na operação, a Scania está incorporando dois freios, o CRB (freio de liberação de compressão, que chegou com a gama Super em 2022), e o auxiliar hidráulico Scania Retarder – juntos de série. Somados, são 850 Kw de potência, ou 1.153 cavalos de potência, o que representa a maior capacidade de frenagem do mercado.

Completam o pacote de segurança airbag frontal e o lateral de cortina, pioneiro e exclusivo no mercado, para proteger o condutor em caso de tombamento, e bafômetro (o veículo só dará partida após o teste do motorista).

Os modelos da nova linha off-road XT Super são oferecidos nas cabines P e G, em alguns casos a R, todos com o pacote XT de itens personalizados para as aplicações fora de estrada. Os motores possuem sistema de injeção XPI e as potências vão de 360 até o topo de linha, o V8 de 660cv, com a tração 10×4.

As outras configurações de roda são 4×2, 6×4 e 8×4. Os torques vão de 1.700Nm até os impressionantes 3.300Nm do motor V8. A linha Euro 6 otimizada tem os seguintes modelos: P 360 (360 cavalos de potência e 1.700Nm de torque, no motor 9 litros, no propulsor de 13 litros caminhões G 450 (450cv e 2.350Nm) e G 500 (500cv e 2.550Nm), além do R 660 V8 de 16 litros.

Já a plataforma Super contempla modelos de 13 litros com o 460 G (460cv de potência e 2.500Nm de torque) e 560 G (560cv e 2.800Nm de torque – o mais alto da categoria), com excelente desempenho já nas baixas rotações. As versões movidas a gás e biometano compõem potências de 280 cavalos e 410cv, e ao longo de 2024 chegarão as novidades de 420cv e 460cv.

“O Scania Super tem uma plataforma verdadeiramente nova e ainda mais moderna, além de um exclusivo e novíssimo trem de força. Não se tem registro no mercado, na faixa de potência de 420cv a 560cv, de uma solução de transporte que vem entregando tanta eficiência energética e um menor custo total de operação como o Scania Super”, diz Gallao.
Principais lançamentos para a mineração

A principal novidade da linha é o modelo 560 G 8×4 XT Heavy Tipper Super, apresentado como solução para a mineração, que traz mais produtividade com menor tempo de ciclo, menor custo por tonelada produzida, maior economia total operacional e maior capacidade técnica da categoria com peso bruto total (PBT) de 60 toneladas.

Ele é equipado com a nova caixa Scania Opticruise Heavy Planetary G33CH, de 14 velocidades, sendo uma Super reduzida Crawler –  que diminui o uso frequente dos freios – e Overdrive. Sua capacidade máxima de tração (CMT) chega a 210 toneladas.

Marcelo Gallao aposta que esse será o campeão de vendas no segmento. “No uso dele na operação serão aliados fundamentais os freios CRB e Scania Retarder juntos de série. Nos testes pré-lançamento, surpreendemos os clientes com o tamanho da segurança a bordo nas mais severas condições na mineração. Estamos orgulhosos de todas as melhorias que estamos trazendo neste novo Heavy Tipper”, explica.

Outro modelo importante da Scania para a mineração é o R 660 V8 10X4 XT. Não é um modelo Super e oferece a melhor alternativa aos veículos da linha amarela. Ele tem parachoque inteiriço de 150 mm em aço e robusta caixa de câmbio GRSO935R de capacidade elevada de torque.

Além disso, tem eixos direcionais de capacidade técnica de 11t, terceiro eixo direcional com peças modulares, auxiliar de partida em rampa e acessórios que garantem a maior segurança na operação. Sua economia de até 2% no consumo de combustível em comparação à geração anterior o credenciam a obter máxima produtividade e melhor performance com o aumento de velocidade média.

Dispõe ainda do maior peso bruto total (PBT) da categoria de 71t e de eixos traseiros desenvolvidos para a mineração, o RBP900, que oferece 210t de capacidade máxima de tração (CMT).

Entre as novidades do propulsor Super estão o aumento da pressão de pico no cilindro para 250bar, duplo comando de válvulas no cabeçote , fricção reduzida dos componentes internos e melhorias da lubrificação, refrigeração e da eficiência do turbo compressor.

Segundo o gerente de Engenharia de pré-vendas da Scania Operações Comerciais Brasil, Rodrigo Arita, o motor Super oferece desempenho superior em relação aos atuais da marca, principalmente, devido ao comando duplo no cabeçote e ao Scania Twin SCR, um sistema de injeção dupla de AdBlue (Arla 32), que ajuda a aumentar a eficiência do processo de pós-tratamento. “Todas estas mudanças foram preponderantes para atingir a economia de até 8% sobre a geração anterior”, revela.

Outro benefício do Scania Super é a introdução de série da nova unidade de otimização do tanque de combustível. O recurso, exclusivo da Scania para estes modelos, foi chamado de FOU (Fuel Optimization Unit) e funciona como um tanque de captura capaz de garantir a utilização máxima do combustível.

“Passamos de 87% para 97% de diesel utilizável em nossos tanques, o que significa um ganho de carga útil transportada ou o alcance estendido a depender do que for priorizado em sua aplicação”, completa Arita.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O Estado de S.Paulo - SP   15/12/2023

O preço dos imóveis de luxo continuará em alta, segundo o presidente do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Rodrigo Luna, que também integra a diretoria da incorporadora Plano & Plano. Para ele, em São Paulo, o setor vive um problema de escassez de terrenos em regiões nobres por causa da legislação atual.

“Mas a demanda é muito forte e os números mostram que a oferta está no menor patamar da série histórica em relação ao que se produz por ano”, diz ele.

Luna adiantou que, segundo as análises do Secovi, o mercado imobiliário em São Paulo deve encerrar 2023 de maneira positiva, com um aumento no número de vendas variando de 5% a 10%, mesmo com uma redução de cerca de 10% no número de lançamentos de novos empreendimentos para o período.

Em entrevista ao Estadão, o executivo destacou que o crescimento do mercado imobiliário para 2024 dependerá, entre outros fatores, da manutenção da tendência de queda da taxa básica de juros, a Selic, no País. “Se os juros permanecerem altos, sem dúvida nenhuma nós podemos ter um 2024 um pouco mais difícil”, disse o executivo.

Veja, a seguir, os principais pontos da entrevista.
Como é que o sr. vê o avanço do mercado imobiliário de luxo em São Paulo e no Brasil?

O mercado de luxo é um mercado que também precisa ter políticas que permitam que se aproveite os terrenos para fazer projetos que vão ao encontro do desejo dos seus compradores. É um mercado que precisa de legislação. Os mercados de alta renda, no momento, se concentram nas áreas mais nobres das cidades, que são as áreas onde os terrenos são matéria-prima escassa. O pouco que se tem está muito caro. Então acaba realmente fazendo com que as empresas diminuam o tamanho da oferta de produto nesse segmento de alta renda, que é um mercado muito grande em São Paulo se comparado com outras regiões do Brasil. Mas é um mercado que se limita pela oferta de terrenos que hoje está muito escassa por causa da legislação que nós temos.
A demanda pelo mercado imobiliário de luxo deve viver uma fase de retração?

Vamos voltar aos dados de 2023: o mercado imobiliário em São Paulo cresceu em vendas 9,6% ao ano, e reduziu o número de lançamentos em 10%, que mostra que a demanda continua muito forte. Mesmo com todo esse cenário de incertezas econômicas que nós passamos ao longo de 2023, e estamos atravessando, a demanda continua muito forte. Eu não vejo uma tendência dessa demanda cair, vejo sim a possibilidade dos preços subirem à medida que cada vez mais os terrenos são escassos e, portanto, a escassez acaba produzindo preços mais caros. Mas a demanda é muito forte, muito latente, e os números mostram que nós estamos na nossa série histórica com a menor oferta em relação ao que se produz por ano, nós estamos com menos de um ano de lançamentos em termos de estoque hoje, que é muito pouco, e isso acaba obviamente, pela lei da oferta e demanda, produzindo preços mais caros.
Sobre o futuro do mercado, como será o perfil dos próximos imóveis no País? E como o sr. vê as mudanças geracionais impactando o tipo de produto ofertado no mercado local?

O setor produz o que a população e a sociedade demandam. E essa evolução tecnológica traz também mudanças comportamentais que têm de estar embarcadas nos projetos imobiliários. Então, as novas gerações trazem impactos de características de produtos muito constantes. Isso é cada vez mais rápido. O mercado está o tempo todo atento para trazer essas adaptações e poder lançar produtos que sejam adequados ao que a população está demandando. O impacto da população mais jovem é muito grande. Por exemplo, os carros. Hoje os aplicativos de transportes são muito mais usados do que o carro na garagem. Isso é uma mudança comportamental e, portanto, uma mudança de produtos também. Nós tínhamos as quitinetes na década de 1970 e 1980, mas com outras características. À época todo mundo tinha o seu carrinho lá embaixo parado na garagem. Hoje, 95% dos apartamentos compactos estão sem vaga de garagem, porque o público usa o compartilhamento de mobilidade urbana. A parte técnica desses apartamentos, por outro lado, tem toda infraestrutura de home office, coworking, lavanderia, área fitness e por aí vai. São todas as características de um comportamento moderno e jovem.

Como o sr. tem avaliado os primeiros meses do governo do presidente Lula em relação à pauta do mercado imobiliário?

O presidente Lula, através do seu governo, foi aquele que recriou um programa habitacional de interesse social de baixa renda, que foi o Minha Casa, Minha Vida. Como eu disse, desde 1986, com o final do Banco Nacional da Habitação (BNH), não se criou política pública para se produzir habitação de interesse social, o que foi um erro absurdo. O presidente Lula, com muita visão, criou esse projeto que se transformou no maior programa habitacional da história deste País, e hoje um dos maiores do mundo, já com 14 anos de existência, mais de 6 milhões de habitações e entregas. É um programa absolutamente vencedor, que representa algo próximo de 70% de todo o mercado brasileiro em unidades. O presidente Lula, sabedor disso e com toda sua equipe, obviamente continua dando muita atenção e incentivando a ampliação desse programa. Obviamente, a ampliação que ele faz é sempre com muito critério e com muito cuidado, porque nós temos um déficit que chega na ordem de 7 milhões de unidades. Um mercado que cresce de novas demandas em torno de 1,2 milhão, a depender do crescimento do PIB, enquanto o setor formal produz em torno de 600 mil unidades, quer dizer que o déficit só cresce em relação à demanda. Há a necessidade de se ampliar esse programa, só que os recursos são escassos.

Nós precisamos continuar promovendo a ampliação do programa, mas sempre com muito cuidado e preocupação com a longevidade do Minha Casa, Minha Vida. Nós não queremos e não podemos, como sociedade, nos dar o direito de ter mais dois ou três anos maravilhosos e depois ficar de 10 a 20 anos sem produzir. Nós precisamos continuar produzindo por mais de 50 anos, por mais 80 anos para suportar e tentar reverter essa questão do déficit habitacional. Assim, o governo Lula vem trabalhando absolutamente dedicado nesse sentido. Claro que o desafio é muito grande. Temos visto a ampliação do programa, com aumento da rubrica do FGTS para habilitação, mas sempre com muito cuidado para não exaurir os recursos do FGTS. É um governo atento e preocupado com a questão habitacional, principalmente de interesse social.
Quais as projeções do Secovi para o próximo ano? Como o sr. vê o mercado imobiliário em 2024?

Nós ainda não fechamos a projeção para 2024. Em 2023, estamos projetando, pelo andar da carruagem, um crescimento em vendas em São Paulo da ordem de 5% a 10% e uma redução do lançamento da ordem de 10%. Tudo depende muito de como é que será o comportamento da economia brasileira. Porque o mercado imobiliário está muito atrelado ao crescimento econômico, à taxa de juros e à inflação (essa graças a Deus está controlada). Talvez seja o maior dos males do setor imobiliário. Ela está muito bem controlada através de um trabalho muito árduo do governo e do Banco Central. Mas se os juros permanecerem por mais tempo altos, sem dúvida nenhuma, nós podemos ter um 2024 um pouco mais difícil.
Como o sr. avalia o impacto da taxa de juros nos lançamentos do mercado nos próximos anos?

O mercado imobiliário é um setor de longo prazo, em que o crédito imobiliário é o que produz a capacidade de se adquirir a casa própria. O mercado precisa ter juros absolutamente compatíveis com esse longo prazo. O juro alto para o setor imobiliário obviamente não é bom porque, no final do dia, ele aperta ainda mais o orçamento familiar.

Em São Paulo, há um impacto grande do plano diretor e da lei de zoneamento, que é a capacidade de permitir que os terrenos escassos e remanescentes possam produzir uma quantidade maior de oferta para a população. À medida que você vai espalhando, toda vez que moradores das regiões centrais têm de ir, por necessidade ou por falta de opção, morar mais distante, elas ficam mais relutantes e, durante um período, não adquirem ou ficam tentando dar uma solução paliativa. Mas, em algum momento, se não tiver outra opção, elas acabam tendo de morar mais longe. Então a legislação urbana e o crescimento econômico vão impactar no que está por vir em 2024.

Valor - SP   15/12/2023

A Resia tem sido responsável pela maior parte da queima de caixa da MRV— consumiu R$ 1 bilhão até o terceiro trimestre deste ano

Em evento com investidores nesta quinta-feira (14), a Resia, subsidiária da MRV&Co que constrói e vende condomínios residenciais para locação nos Estados Unidos, anuncia a projeção de construir mil apartamentos em 2024 e vender 1,3 mil. Como comparação, até o terceiro trimestre deste ano foram lançadas 202 unidades e vendidas 269.

Thiago Caixeta, diretor financeiro do negócio, anunciou a venda de um projeto no quarto trimestre deste ano. O Biscayne Drive, condomínio em Miami, foi vendido por US$ 54,5 milhões, com 7% de “yield on cost” (dividendo sobre preço médio de aquisição) e 12% de margem bruta.

A Resia vai manter 30% de participação no projeto — algo que não é usual para a empresa —, e espera vender essa parcela ao mesmo comprador em 2025 por US$ 11 milhões.

Ernesto Lopes, CEO da Resia, afirmou que a retenção de 30% foi a maneira encontrada para recuperar parte da margem que fica na mesa com a venda. “É o pior momento da indústria [imobiliária nos EUA] nos últimos 15 anos”, disse. “Em mercado normal não tem necessidade de fazer isso”.

Lopes ressaltou que não faltam compradores interessados nos projetos da Resia, o problema tem sido conseguir uma margem adequada na venda. Ainda assim, a expectativa da companhia é vender um projeto por trimestre em 2024.

O CEO está mais otimista com o próximo ano, após sinalização “muito boa” do banco central americano na quarta (13), que manteve os juros entre 5,25% e 5,5% ao ano. Há previsão de três cortes em 2024.

Caixeta reforçou o compromisso já divulgado pela MRV&Co de não ter queima de caixa da Resia em 2024, mas disse que já haverá uma queima de US$ 50 milhões no primeiro trimestre, relacionada à venda do Biscayne Drive. A Resia tem sido responsável pela maior parte da queima de caixa da MRV— consumiu R$ 1 bilhão até o terceiro trimestre deste ano.

A Resia constrói atualmente na Georgia, na Flórida e no Texas. A empresa está implementando um novo sistema de produção que utiliza projetos totalmente padronizados e formas de concreto, ambos pouco usados nos Estados Unidos, onde empreendimentos para a classe média e baixa, foco da Resia, costumam ser feitos em madeira.

Para avançar na automação das obras, a empresa começa a operar em janeiro uma fábrica de banheiros em módulos, que já saem prontos da planta. A Resia já compra módulos feitos por terceiros. Segundo Lopes, com a fábrica, que tem capacidade para 8 mil módulos ao ano, a empresa vai cortar salários de trabalhadores qualificados, mais caros, e substituí-los pela mão de obra fabril, mais em conta.

O executivo afirma que a empresa já consegue encurtar o ciclo de um empreendimento em seis meses. A aplicação total do novo sistema deve fazer o “yield on cost” subir de 6,9% para 8,1%, em média, e o custo por apartamento recuar 15%, segundo dados apresentados no evento.

A Resia conseguiu elevar os valores da locação em 5% neste ano, em média, afirmou Lopes, com alta de até 11% na Flórida. Para 2024, a companhia não trabalha com altas superiores à inflação. “Não existe capacidade de pagamento de aluguel mais alto por parte das famílias”, disse o CEO. Por isso, os ganhos de margem da companhia devem se dar por redução de custos e aceleração dos projetos.

FERROVIÁRIO

Agência Senado - DF   15/12/2023

Em votação realizada nesta quinta-feira (14), o Congresso Nacional derrubou veto (VET 67/2021) do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Marco Legal das Ferrovias (Lei 14.273, de 2021). Com a rejeição, a União é obrigada a investir em infraestrutura logística ou de mobilidade pública os valores arrecadados de operadoras ferroviárias. A regra não valerá, no entanto, para casos específicos previstos em lei nem para tributos, mas se aplica aos valores não tributários, multas, outorgas e indenizações. O trecho restabelecido segue para sanção presidencial.

Dos senadores, 70 votaram pela rejeição do veto, e apenas os senadores Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Eduardo Girão (NOVO-CE) votaram pela manutenção. Na Câmara, 455 deputados optaram pela derrubada, contra 25 pela permanência e dois votaram em branco. Esse era o último dos 38 vetos à lei pendentes de análise dos parlamentares.

O texto teve origem no Projeto de Lei (PL) 3.754/2021, aprovado no Senado em outubro de 2021. O projeto foi relatado pelo ex-senador Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobras.

Na mensagem presidencial que acompanhou o veto em dezembro de 2021, o governo defendeu que a “vinculação estanque de receitas na legislação obstaria eventual formulação de políticas públicas”.

Rodoviário

Diário do Comércio - MG   15/12/2023

O Governo estadual acaba de contratar estudos para concessão de três novos lotes rodoviários no Estado. Os trechos localizados em rodovias da Zona da Mata, do Noroeste de Minas Gerais e da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) somam 2,4 mil quilômetros de extensão e têm potencial para atrair investimentos de R$ 11 bilhões.

A estruturação dos projetos será conduzida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Nesta tarefa, a instituição bancária terá que realizar análises técnicas e identificar as intervenções, recuperações e expansões necessárias em cada trecho rodoviário, com o intuito de aprimorar a qualidade das vias e a experiência dos usuários.

Também caberá ao BNDES elaborar um projeto que facilite a alocação dos riscos associados aos empreendimentos, definindo os padrões das vias, estabelecendo critérios tarifários acessíveis e avaliando a viabilidade técnica, econômica e ambiental dos projetos.
Consultas e audiências públicas devem ocorrer no 1º semestre de 2024

O banco também acompanhará as etapas de consulta e audiência públicas, realização de leilões e assinatura de contratos entre o setor público e o parceiro privado vencedor. A primeira rodada está prevista para o primeiro semestre de 2024.

“Acreditamos que a nova rodada de concessões rodoviárias permitirá a realização de grandes investimentos nos trechos em estudo. Assim como nas áreas já concedidas, vamos garantir a melhoria da malha viária, proporcionando mais conforto e segurança para os usuários dessas regiões”, comenta o secretário estadual da pasta de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias, Pedro Bruno.

Segundo o governo do Estado, recentemente, foram concedidos à administração do setor privado os lotes rodoviários do Triângulo Mineiro, Sul de Minas e Varginha-Furnas, totalizando mais de 1,5 mil quilômetros de rodovias. No total, o Minas Gerais possui seis contratos ativos no setor rodoviário.
Rodovias de Minas Gerais: trechos poderão ser reavaliados

Já no âmbito do contrato com o BNDES, os demais lotes estudados na primeira rodada de concessões, que ainda não foram leiloados, poderão passar por reavaliação caso haja sinergia com os novos lotes em análise.

“Além dos novos trechos, o contrato também prevê que poderão ser reavaliados os projetos para concessão de até 1.109,5 km de rodovias localizadas nas regiões de São João del-Rei, da Lagoa da Prata-Itapecerica e de Patos de Minas-Arcos”, declarou o BNDES.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   15/12/2023

O Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu alcançou um volume total de movimentação de carga de 915.001 toneladas(t). Deste total, 405.606 toneladas foram direcionadas para exportação, e 509.395 toneladas(t) foram destinadas à importação. No acumulado do ano, de janeiro até novembro, o Complexo Portuário movimentou um total de 13.482.717 toneladas(t).

Em relação às operações de contêineres/TEU’s (unidade equivalentes a um contêiner de 20 pés), foram movimentados 80.358 TEU’s em novembro, totalizando 1.166.815 TEU’s desde o início de 2023.

No que diz respeito às operações com navios, novembro registrou o movimento de 41 embarcações, distribuídas em 34 no Terminal de Uso Privado (TUP) Portonave, 02 no Cais Público (porto de Itajaí), 01 no TUP TEporti e 02 no TUP Barra do Rio e outras 02 atracações no cais da Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí.

No Porto de Itajaí, a movimentação total de cargas atingiu 2.564 toneladas em novembro, com um acumulado anual de 308.212 toneladas(t).

No Terminal Portonave (Porto de Navegantes), a movimentação em novembro totalizou 900.549 toneladas e 80.358 TEU’s. No acumulado de janeiro a novembro, o complexo movimentou 12.982.578 toneladas e 1.166.426 TEU’s.

As manobras nas áreas das Bacias de Evolução 01 e 02 totalizaram 38 giros em novembro, sendo 23 giros na Bacia da Evolução 01 (em frente aos berços 01 e 02 do Porto de Itajaí e Portonave), 15 na Bacia 02 (Baia Afonso Wippel) e outras 03 manobras nos terminais a montante. No acumulado do ano, de janeiro a novembro, foram registrados 757 giros nas áreas de bacia.

—Diante das circunstâncias atuais, nutrimos a esperança de que tão logo, as operações sejam retomadas com a movimentação de cargas de contêineres no porto de Itajaí. O Complexo portuário, por si só, vem sempre se destacando em suas movimentações, mas, é necessário que o porto volte a desempenhar seu papel no cenário portuário, e, isso, em pouquíssimo tempo voltará a fazer parte do nosso cotidiano. Dado a conclusão do edital de Arrendamento Transitório do porto (berços 01 e 02), pós assinado entre os envolvidos, estamos ansiosos para que a empresa vencedora do certame, esteja alinhada e pronta para fazer com que o terminal retorne com nossas operações — destacou o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.

Em relação aos demais Terminais de Uso Privado (TUP), a Braskarne não registrou movimento em novembro, enquanto o terminal Teporti apresentou uma movimentação de 11.888 toneladas(t) no mesmo mês.

No mês de novembro, o Porto de Itajaí recebeu o navio Canadian Highway (Roll On Roll Off), de bandeira panamenha, com 199,97 metros de comprimento por 32,26 metros de largura, transportando a bordo 1.232 veículos das montadoras BMW e General Motors (GM). Também recebeu pela primeira vez o navio NJ SUN, transportando 34.598 toneladas de aço em vergalhões e bobinas. Com bandeira do Palau, a embarcação possui 199,20 metros de comprimento por 23,70 metros de largura.

Portal Fator Brasil - RJ   15/12/2023

O leilão de áreas públicas nos portos de Rio Grande e Porto Alegre aconteceu na tarde do dia 13 de dezembro (quarta-feira) . O ato foi conduzido pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que aprovou o projeto e divulgou o edital que contemplou, ainda, a concessão de espaço público no Porto de Maceió à iniciativa privada.

A área RIG71, localizada no Porto do Rio Grande, deverá ser utilizada para a movimentação e o armazenamento de graneis sólidos vegetais, com exceção da soja. A vencedora foi a empresa ACVITA que opera atualmente o Terminal Logístico do Arroz (TLA) e ofertou R$ 1 milhão como valor de outorga, além de investimentos de R$ 27 milhões ao longo de dez anos.

A área POA02, localizada no Porto de Porto Alegre, será utilizada para a movimentação e armazenagem de graneis sólidos, conforme as regras do contrato e do edital. A única proponente interessada foi a Serra Morena Corretora Ltda., que ofertou o valor de R$ 2 mil e anunciou um investimento de R$ 16 milhões ao longo do período do contrato.

Já a área POA11, também localizada no Porto de Porto Alegre, será utilizada para a movimentação e armazenamento de graneis sólidos vegetais e minerais. A empresa Unifertil foi a única habilitada para a participação no leilão, tendo oferecido R$ 50 mil de valor de outorga, além de anunciar investimentos de R$ 5 milhões no período de dez anos de contrato.

O gerente de planejamento e desenvolvimento da Autoridade Portuária, Fernando Estima, celebrou a conclusão dos leilões destacando a possibilidade da realização de investimentos. “A partir de agora nós contamos com três parceiros privados para cuidar melhor do patrimônio e agregar mais cargas para o sistema portuário”, afirmou ele.

De acordo com o presidente da Portos RS, Cristiano Klinger, a realização dos leilões, além dos investimentos previstos, dará mais eficiência e competitividade para as cargas gaúchas. —Muito importante participarmos desse leilão executado pela Antaq e pelo Ministério de Portos e Aeroportos, onde obtivemos sucesso com o arrendamento das três áreas —disse Klinger.

—Isso está alinhado ao nosso planejamento estratégico e à própria estratégia do governo do estado, quando coloca o desenvolvimento da logística e da competitividade e a atração de investimento nas nossas áreas. Então, seguindo esse alinhamento, nós efetivamos essas três licitações hoje aqui na B3 —concluiu Cristiano.

PETROLÍFERO

Valor - SP   15/12/2023

Segundo a agência, o avanço da demanda perdeu ritmo à medida que a atividade econômica enfraquece nos principais países

O crescimento da procura global de petróleo vem apresentando uma desaceleração acentuada à medida que a atividade econômica enfraquece nos principais países, afirmou a Agência Internacional de Energia (AIE) ao reduzir as estimativas para este trimestre.

A AIE cortou quase 400 mil barris por dia das projeções do crescimento do consumo para os últimos três meses de 2023, e continua a esperar que as taxas de expansão desacelerem dramaticamente no próximo ano.

Entretanto, o aumento da produção dos Estados Unidos, do Brasil e da Guiana está compensando os cortes de produção da Arábia Saudita e dos seus aliados da Opep+, afirmou.

“As provas de um declínio na procura de petróleo estão aumentando”, disse o consultor baseado em Paris no seu relatório mensal nesta quinta-feira. “A perda cada vez mais aparente do dinamismo de crescimento da procura de petróleo reflete a deterioração do clima macroeconômico.”

Os preços do petróleo caíram para o menor nível em cinco meses, abaixo de US$ 73 o barril, em Londres, no início desta semana, devido a sinais de crescente excesso de oferta.

Valor - SP   15/12/2023

O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para janeiro fechou em alta de 3,04%, a US$ 71,58. Já o barril do Brent, a referência global, avançou 3,16%, a US$ 76,61

O petróleo encerrou a sessão desta quinta-feira (14) em alta de 3%, novamente apoiado pela mudança de postura do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) na sua reunião de política monetária ontem. A percepção de que o BC americano poderá cortar juros antes e além do esperado derrubou o dólar no mercado cambial, favorecendo a demanda pelos contratos futuros da commodity.

O barril do petróleo WTI, a referência americana, com entrega prevista para janeiro fechou em alta de 3,04%, a US$ 71,58. Já o barril do Brent, a referência global, avançou 3,16%, a US$ 76,61.

Na mínima do dia, o índice DXY, que mede o dólar em comparação com seis moedas pares, atingiu 101,77 pontos, menor patamar desde o início de agosto. A fraqueza do dólar tende a favorecer commodities cotadas na moeda americana, uma vez que o movimento no câmbio as torna mais baratas para detentores de outras divisas.

Embora a postura mais "dovish" (favorável ao afrouxamento monetário) do Fed ontem tenha melhorado o sentimento como um todo, os riscos sobre a demanda global por petróleo permanecem, lembra Craig Erlam, analista-sênior de mercados da Oanda. Segundo ele, é possível que o afrouxamento monetário previsto para 2024 não seja suficiente para evitar uma desaceleração forte da economia global.

“A questão, agora, é se os bancos centrais estão respondendo na hora certa ou se será tarde demais. Os preços do petróleo nas próximas semanas podem oferecer algumas informações sobre as expectativas do mercado em relação a isso”, diz.

Hoje, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) ofereceram sinalizações distintas da do Fed. Enquanto o banco central britânico não deu sinalização de redução da Taxa Bancária no curto prazo, a presidente do BCE, Christine Lagarde, foi enfática ao afirmar que o início do ciclo de cortes não foi discutido.

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