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15 de Maio de 2024

SIDERURGIA

IstoÉ Dinheiro - SP   15/05/2024

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) atualizou guidance para 2024 no que diz respeito à alavancagem, medida pelo indicador Dívida Líquida/Ebitda Ajustado de um patamar abaixo de 2,00 vezes para um nível de 2,50 vezes no fechamento do balanço anual de 2024. “Não obstante, a companhia manterá seus esforços para reduzir o seu nível de alavancagem nos próximos anos”, afirma a CSN em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2024

O CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, discursou nesta terça-feira, 14, em Nova York sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, onde a empresa, uma das maiores siderúrgicas do mundo, teve suas origens. Ele aproveitou para criticar a carga tributária brasileira, que fez a empresa ter que pagar R$ 250 milhões adicionais de impostos neste ano.

A carga tributária em 2024 da Gerdau é 13% superior ao que foi em 2023, disse em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide), durante a Brazil Week.

Werneck contou que nesta quarta e quinta-feira terá uma série de encontros com investidores e acionistas da Gerdau na cidade — 70% dos investidores da empresa hoje estão nos EUA.

“É difícil explicar para eles como de um ano para o outro temos um crescimento de carga tributária de R$ 250 milhões”, afirmou.

Sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, Werneck disse que é “uma tragédia absurda”, agravada pelo fato de que as mesmas regiões passaram por enchentes e deslizamentos há poucos meses, em setembro do ano passado. “Agora será preciso uma combinação de esforços para a reconstrução.”

Werneck falou de projetos de infraestrutura nos Estados Unidos, hoje maior mercado para a empresa. Em semicondutores, o governo deu incentivos fiscais de US$ 40 bilhões às empresas para trazer a capacidade produtiva de volta para os EUA.

Com isso, a iniciativa privada está investindo US$ 450 bilhões para produzir semicondutores. “Isso mostra que a combinação de esforço público e privado pode ser transformacional.”

IstoÉ Dinheiro - SP   15/05/2024

A Casa Branca anunciou nesta terça-feira (14) uma série de tarifas sobre produtos fabricados na China, incluindo aço e veículos elétricos, no último lance das crescentes tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

O governo dos EUA disse que irá impor novas tarifas sobre US$ 18 bilhões em importações chinesas, em uma medida que, segundo comunicado da Casa Branca, protegerá as empresas e trabalhadores americanos.

A tarifa sobre determinados produtos de aço e alumínio aumentará para 25%, da atual faixa de zero a 7,5%. Tarifas sobre semicondutores dobrarão para 50% até 2025, enquanto as tarifas sobre células solares também dobrarão para 50%, mas já este ano.

Tarifas sobre veículos elétricos chineses irão quadruplicar para 100% ainda em 2024, enquanto as de baterias de íon-lítio serão elevadas de 7,5% para 25%. Produtos médicos, como seringas e agulhas, além de guindastes de transporte marítimo, também estão sujeitos a novas tarifas ou aumentos.

Ao anunciar as tarifas, a Casa Branca apontou que a China apoia suas próprias empresas, em uma prática que gera excesso de capacidade e preços artificialmente baratos em muitas indústrias.

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   15/05/2024

Apesar da divisão sobre o tamanho do corte na Selic, todos os membros da diretoria do Banco Central defenderam a adoção de uma política monetária mais contracionista, mais cautelosa e sem indicações futuras sobre os próximos movimentos nos juros, mostrou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira, 14.

No documento, o Copom reiterou que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo “firme compromisso” de convergência da inflação à meta.

Na última quarta-feira, o Copom anunciou uma redução no ritmo de afrouxamento monetário ao fazer um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, para 10,50% ao ano, após seis quedas consecutivas de 0,50 ponto na taxa. Também foi abandonada a indicação para passos futuros da política monetária.
Racha na decisão sobre o corte

A decisão sobre o corte foi tomada com divergência dos quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defenderam a manutenção do corte mais forte nos juros básicos, de 0,50 ponto.

A ata divulgada nesta terça-feira abriu detalhes sobre a divisão, afirmando que o grupo majoritário considerou que o cenário esperado não se confirmou em função da desancoragem adicional das expectativas, da elevação das projeções de inflação, do cenário internacional mais adverso e da atividade econômica mais dinâmica do que esperado.

“Para tais membros, o ‘forward guidance’ indicado na reunião anterior sempre foi condicional e houve alteração no cenário em relação ao que se esperava”, disse o documento.

Esses membros, segundo a ata, ressaltaram que muito mais importante do que o eventual custo reputacional de não seguir o ‘guidance’, mesmo que condicional, é o risco de perda de credibilidade sobre o compromisso com o combate à inflação e com a ancoragem das expectativas.

O grupo minoritário, por sua vez, propôs debate sobre o custo de não seguir a indicação dada na reunião anterior, questionando se o cenário mudou a ponto de valer a mudança do ‘guidance’, “o que poderia levar a uma redução do poder das comunicações formais do Comitê”.

“Para tais membros, julgou-se apropriado, tal como em reuniões anteriores, seguir o ‘guidance’, mas reafirmando o firme compromisso com a meta e com a requerida taxa de juros terminal para que o objetivo precípuo do Comitê de convergência da inflação para a meta seja alcançado”, disse.

O Copom reiterou que, para todos os membros, a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo “firme compromisso” de convergência da inflação à meta.

A ata inda ressaltou que o cenário para a inflação se tornou mais desafiador, com aumento das projeções de curto e médio prazos, mesmo condicionadas em uma taxa de juros mais elevada.

Na reunião, o BC apontou como possíveis motivos da desancoragem a piora do cenário externo, os recentes anúncios de política fiscal e uma percepção de agentes econômicos acerca do compromisso da autoridade monetária com o atingimento da meta ao longo dos anos.
Repercussão

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a mensagem da ata deverá ser bem recebida pelo mercado, pois evidencia o compromisso dos diretores em controlar a inflação e sinaliza uma possível necessidade de interromper o ciclo de queda de juros mais cedo do que o previsto anteriormente.

“Para a próxima reunião, parece haver consenso em adotar uma abordagem mais flexível, possivelmente com um diminuição de 0,25%. É plausível supor que o texto tenha sido objeto de intensa discussão interna, visando transmitir a mensagem de unidade no Banco Central e rejeitando a ideia de uma divisão entre os membros em relação à aceitação de uma inflação mais alta”, avaliou.

Para Helena Veronese, economista-chefe da B.Side, a ata buscou esclarecer as divergências entre os membros do Copom, mas manteve tom duro e de maior cautela. “O tom ainda duro e a preocupação com as expectativas, com o cenário externo e com a resiliência da atividade deixam ainda mais claro a mensagem que o comunicado já havia passado: a Selic terminal certamente será mais alta do que a imaginada no início do ano”, disse.

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2024

A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira, 14, trouxe de forma clara a preocupação com a trajetória da inflação no Brasil. E, para analistas, deixou a porta aberta para um movimento que não estava no radar de ninguém até agora: o fim imediato do ciclo de cortes na Selic.

“A ata do Copom veio bastante dura e, a nosso ver, abriu a porta para o fim do ciclo de flexibilização”, diz, em relatório, o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita. Por ora, no entanto, o banco ainda vê o Copom reduzindo o juro básico em 0,25 ponto na próxima reunião, em junho, com a Selic indo a 10,25%, “seguido por uma pausa prolongada”.

O Banco Inter também trabalha, neste momento, com mais uma queda de 0,25 ponto na reunião de junho. Mas a economista-chefe da instituição, Rafaela Vitória, não descarta que, a depender da conjuntura, o BC opte por parar de cortar o juro já no próximo encontro.

Na avaliação da economista, a ata deixou claro que os próximos passos do comitê estão em aberto e que ainda não há consenso entre os membros do colegiado sobre qual será o nível da taxa Selic ao final do atual ciclo de cortes. “O tamanho da restrição monetária suficiente para a reancoragem de expectativas ainda é a principal dúvida”, avalia.

Alguns analistas, porém, já trabalham com uma taxa final da Selic de 10,5% ao ano - que é o patamar atual. É o caso do economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez. Ele avalia que a perspectiva de um novo corte de juros vai contra o rigor da ata divulgada nesta terça-feira. O cenário base da corretora incorporou a reunião de maio como o fim do ciclo de afrouxamento monetário, com a Selic permancendo em 10,5% este ano.

Ele pondera, no entanto, que a taxa de juros pode sofrer algum ajuste marginal. “Falamos de um final de ciclo que deve passar por um ajuste fino, mas frente à rigidez que foi colocada para a inflação na ata, nos parece que o BC deve interromper esse ciclo de baixa”, afirma.

Sanchez avalia ainda que não está descartada a possibilidade de um novo dissenso no próximo encontro do Copom - na última reunião, cinco diretores votaram por um corte de 0,25 ponto, enquanto outros quatro defenderam uma redução de 0,5 ponto porcentual. “Isso pode continuar, com parte votando pela interrupção do ciclo e outros por novos ajustes marginais”, salienta.

Ele destaca o cenário de um ambiente internacional mais pressionado, inflação de serviços resiliente e represamento de preços administrados como fatores para as expectativas de alta para a inflação de 2025. Ele projeta alta de 4,2% para o IPCA em 2025.
Deterioração do cenário

A equipe de macroeconomia da XP Investimentos também já coloca no seu cenário a possibilidade de fim do ciclo de redução da Selic. “Usando um modelo similar ao do Copom, nossos cálculos sugerem que a taxa Selic em ou acima da nossa projeção de 10% seria necessária para trazer a projeção de inflação de 2025 para a meta”, dizem os economistas, em relatório. “Especialmente porque vemos a expectativa de mercado de 2025 subindo ainda mais nas próximas semanas.”

A XP destaca que, no parágrafo 19 da ata, o Copom afirmou que “todos os membros” veem a necessidade de uma política monetária restritiva e cautelosa e concordam que nenhuma orientação futura para a próxima reunião deve ser fornecida.

A corretora ainda aponta que, na sequência, o colegiado avaliou que a Selic terminal será “aquela que consolide não apenas o processo de desinflação”, e acrescentou a frase: “como também a ancoragem das expectativas de inflação em torno das metas”.

Para Alvaro Frasson, economista do BTG Pactual, a ata foi muito clara em apontar como o cenário se deteriorou desde o encontro anterior do colegiado. Ele destaca que, desta vez, houve por parte do comitê muito mais preocupação com o cenário doméstico do que com o cenário internacional, com citações à política fiscal e suas implicações para a política monetária e ao mercado de trabalho bastante apertado. “Devido a esse mercado de trabalho, o próprio BC citou uma possível revisão metodológica para o cálculo do hiato do produto”, disse.

Com isso, o economista avalia que o cenário-base do BTG hoje, de Selic em 10% ao final do atual ciclo de afrouxamento, com mais duas reduções de 0,25 ponto no juro básico, é “otimista” e que “o ambiente está mais difícil para corte de juro”.

IstoÉ Dinheiro - SP   15/05/2024

O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), também conhecido como Banco do Brics, vai destinar US$ 1,115 bilhão, cerca de R$ 5,750 bilhões, para o Rio Grande do Sul. O anúncio foi feito nesta terça-feira (14) pela presidente do NDB, Dilma Rousseff, nas redes sociais. Desde o fim de abril, o estado vem sendo fortemente atingido por temporais, enchentes e alagamentos.

Em seu perfil na rede social X, Dilma classificou o momento vivido pelo estado brasileiro como difícil e doloroso e citou um cenário de calamidade pública. “Sei que têm sido semanas de muita dor e tristeza. Conversei com o presidente Lula e com o governador [do Rio Grande do Sul] Eduardo Leite para tratarmos dessa situação dramática e definirmos como poderíamos prestar ajuda financeira”.

“O Banco do Brics tem um compromisso e vai atuar na reconstrução e na recuperação da infraestrutura do estado. Queremos ajudar as pessoas a reconstruir suas vidas. Vamos destinar, da maneira mais rápida possível, recursos para o estado. Será US$ 1,115 bilhão. Isso significa R$ 5,750 bilhões”, escreveu Dilma Rousseff.

Segundo Dilma, o montante será liberado em parcerias com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

“Em parceria com o BNDES, vamos liberar US$ 500 milhões, sendo US$ 250 milhões previstos para pequenas e médias empresas, US$ 250 milhões para obras de proteção ambiental, infraestrutura, água, tratamento de esgoto e prevenção de desastres. Em parceria com o Banco do Brasil, o NDB vai destinar US$ 100 milhões para infraestrutura agrícola, projetos de armazenagem e infraestrutura logística. Em parceria com o BRDE, vamos destinar US$ 20 milhões para projetos de desenvolvimento e mobilidade urbana e recursos hídricos.”

No curto prazo, serão destinados ainda, de acordo com Dilma, US$ 295 milhões previstos em um segundo contrato com o BRDE, em processo de aprovação final. “Destinaremos os recursos para obras de desenvolvimento urbano e rural, saneamento básico e infraestrutura social. US$ 200 milhões serão disponíveis para serem financiados diretamente pelo NDB, podendo contemplar obras de infraestrutura, vias urbanas, pontes e estradas”.

“Vale apontar que a gestão desses recursos, no valor de R$ 5,750 bilhões, é flexível. A destinação dessa verba é passível de direcionamento, de acordo com as urgências, prioridades e necessidades do estado do Rio Grande do Sul”, disse.

“Tenho certeza de que, pela força do povo gaúcho, a solidariedade do povo brasileiro e da comunidade internacional, essa crise será superada. Devemos tomar todas as medidas para que ela não mais se repita”, concluiu.

Em seu perfil no X, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a liberação de recursos pelo Banco do Brics ao Rio Grande do Sul. “Importante anúncio para o Rio Grande do Sul da presidenta do Banco do Brics, Dilma Rousseff”.
Banco do Brics

Criado em dezembro de 2014 para ampliar o financiamento para projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável no Brics e em outras economias emergentes, o NDB, até o início de 2023, tinha cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados. Desse total, cerca de US$ 4 bilhões estavam investidos no Brasil, principalmente em projetos de rodovias e portos. Em 2021, o Banco do Brics teve a adesão dos seguintes países: Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.

A ex-presidente Dilma Rousseff foi eleita presidente do NDB em março do ano passado. Ela substitui Marcos Troyjo, ex-secretário especial do antigo Ministério da Economia, que ocupou o posto desde julho de 2020. Dilma presidirá o Banco do Brics até julho de 2025, quando acaba o mandato do Brasil no comando da instituição financeira, com sede em Xangai, na China. Cada país do Brics – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – preside o banco por mandatos rotativos de 5 anos.
Outras iniciativas

O Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF) também anunciou nesta terça-feira um pacote de medidas com potencial para chegar a US$ 746 milhões (R$ 3,8 bilhões) em recursos financeiros para apoiar a reconstrução do Rio Grande do Sul.

“Manifestamos nossa absoluta solidariedade ao país e nos colocamos à disposição para apoiar os trabalhos imediatos de socorro às vítimas e de reconstrução da infraestrutura do estado, de forma coordenada com as diretrizes dos governos federal, estadual e municipais”, declarou o presidente do CAF, Sergio Díaz-Granados, em nota.

De imediato, o banco disponibilizou uma doação de US$ 250 mil (R$ 1,25 milhão) para apoio aos trabalhos de emergência e US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) em cooperações não reembolsáveis já disponíveis ao Ministério do Planejamento e Orçamento, a serem utilizados em medidas de mitigação das ações climáticas.

O restante do montante anunciado será distribuído da seguinte forma:

– US$ 60 milhões (R$ 306 milhões) em linha de crédito ao Banco de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), com juros reduzidos e prazos mais longos, para reconstrução de moradias, auxílio a micro e pequenas empresas, melhoria do ambiente e reconstrução da infraestrutura.

– US$ 75 milhões (R$ 382 milhões) que poderão ser aportados ao Programa de Reconstrução e Resiliência Climática, por meio de um empréstimo ao governo federal, destinados a financiar obras e ações prioritárias do governo.

– Empréstimo soberano de até US$ 80 milhões (R$ 408 milhões) para Porto Alegre, por meio do Programa de Inovação Social para Transformação Territorial, aprovado pela Comissão de Financiamentos Externos, órgão do Ministério do Planejamento e Orçamento, em setembro de 2023.

– Linha de crédito ao BNDES no valor de até US$ 500 milhões (R$ 2,5 bilhões) aprovada em 2023 e em processo de formalização, sujeita à demanda pelo BNDES.

– Linha de crédito a ser encaminhada por meio da agência de desenvolvimento Badesul, órgão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do estado, de até US$ 30 milhões (R$ 153 milhões).

IstoÉ Online - SP   15/05/2024

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, disse que deverá ser preciso ter paciência e deixar a política monetária restritiva “fazer seu trabalho” na inflação. O dirigente, porém, afirmou que considera improvável um novo aumento nas taxas de juros.

“Provavelmente é mais uma questão de deixar juros no nível atual por mais tempo”, comentou ele nesta terça-feira, 14, durante uma sessão de perguntas e respostas em evento da Foreign Bankers Amsterdam.

Powell destacou que o Fed fez um “progresso real” no combate à inflação, ressaltando a desaceleração vista no ano passado.

Ele afirmou esperar que o nível de preços baixe a um nível próximo ao de antes da pandemia da covid-19. Mas o Fed ainda não sabe se a inflação será mais persistente que o previsto, afirmou Powell.

“O aperto monetário poderá levar mais tempo que o esperado para fazer seu trabalho e baixar inflação”, falou ele.

O banqueiro central falou que sua confiança na desinflação não está tão forte como esteve no ano passado, mas reiterou que vão conseguir atingir a meta.

Em particular, a inflação de serviços deverá ser o componente que mais demorará a ceder, comentou ele.

Powell comentou ainda que essa métrica não precisa necessariamente baixar a 2% – basta a inflação como um todo descer a esse patamar.

Atividade

De acordo com o presidente do Fed, a economia dos Estados Unidos tem tido um desempenho muito bom recentemente. O banqueiro central listou mercado de trabalho forte, emprego e salários crescentes, gastos com consumo, sentimento das empresas e o fluxo de imigrantes como componentes que pintam um “bom quadro” para o crescimento dos EUA.

Powell observou ainda que o mercado de trabalho está entrando em um equilíbrio maior entre oferta e demanda, ao participar de sessão de perguntas e respostas em evento da Foreign Bankers Amsterdam.

Ao falar sobre inflação, ele disse ver a leitura do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA publicada nesta terça mais como “mista”, e não forte.

Questionado sobre o lado fiscal, Powell respondeu que as políticas dessa frente nos EUA estão em uma trajetória insustentável – observação que ele considera “não controversa”.

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2024

As inundações que assolam o Estado do Rio Grande do Sul podem tirar até 0,4 ponto porcentual da taxa de crescimento da economia brasileira neste ano, apontam avaliações preliminares de consultorias econômicas e bancos. O último Relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (13) aponta que a mediana das projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 está em 2,09%, mas não inclui os estragos da catástrofe gaúcha.

O Rio Grande do Sul tem papel importante na economia nacional: respondeu por 6,5% no PIB brasileiro em 2021, segundo dados do Sistema de Contas Regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Estado só é superado por São Paulo, que detém 30,2% do PIB, seguido pelo Rio de Janeiro (10,5%) e Minas Gerais (9,5%).

Em meados de abril, antes do início das chuvas torrenciais no Estado, a Tendências Consultoria Integrada, por exemplo, projetava crescimento de 2,9% do PIB gaúcho para este ano. O resultado seria puxado pelo desempenho positivo da agropecuária, com destaque para a produção de soja, milho e arroz, após dois anos consecutivos de quebras de safras, e pela recuperação da produção industrial, sobretudo de veículos automotores, metalurgia e alimentos.

No entanto, “esse panorama foi completamente alterado pela catástrofe iniciada no fim do último mês”, apontam os economistas da consultoria, em relatório. Eles ressaltam os impactos negativos diretos das cheias na agropecuária e na indústria, setores muito importantes para economia gaúcha e do País. Mas os economistas da consultoria ainda não se arriscam em projetar o tamanho do estrago no PIB pelo fato de a tragédia ainda estar em curso.

Já o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, calcula que o impacto da tragédia no Rio Grande do Sul no PIB brasileiro poderá ser de 0,4 ponto neste ano. “É difícil estimar perdas no calor dos acontecimentos, com novo ciclo de chuvas chegando à região”, pondera Vale em relatório.

Para fazer essa projeção, ele considerou os estragos provocados pelo furacão Katrina, em agosto de 2005, no Estado da Luisiana (EUA), que foi o mais afetado. O PIB do Estado americano que vinha crescendo até agosto daquele ano 4,5%, fechou o ano com queda de 1,5 em 2005, uma diferença de 5,5 pontos porcentuais.

De acordo com projeções da MB Associados, o PIB do Rio Grande do Sul crescia até abril 3,5%. Aplicando a métrica do Estado da Luisiana no Rio Grande do Sul, o PIB gaúcho poderá encerrar este ano com recuo de 2%, retirando 0,4 ponto porcentual do crescimento do PIB do Brasil.

Vale reitera que a consultoria projeta crescimento de 2% para o PIB nacional em 2024, mas enxergava a possibilidade de revisão para cima, o que a tragédia do Rio Grande do Sul afastou. “Reforçamos assim nosso número de 2% e diminuímos a chance de números mais próximos de 2,5%, que poderiam ser uma possibilidade”, afirmou em relatório.

Mais cauteloso, o Departamento Econômico do Bradesco espera um recuo de 0,2 a 0,3 ponto porcentual no PIB deste ano por causa das cheias no Rio Grande do Sul. Levando em conta que a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul projetava crescimento do PIB gaúcho de 4,7% este ano e considerando as regiões atingidas, o peso relativo das atividades econômicas e as experiências do passado, como o ciclone de 2008 e a pandemia, os economistas do banco projetam que o PIB do Estado este ano não vá crescer ante 2023.

De acordo com análise, o maior impacto na atividade econômica será sentido em maio. “Em junho, acreditamos que grande parte das atividades estará normalizada, a depender dos danos físicos e do ritmo de reconstrução”, observam os economistas em relatório.

A agropecuária será uma das atividades mais impactadas pelas cheias, na análise do Bradesco. O setor responde por 15% do PIB estadual, o que representa 12,6% do PIB agropecuário brasileiro. Arroz, soja, trigo e carnes são os principais produtos produzidos, apontam os economistas do banco. O Estado respondeu por 12% dos abates de suínos e 9,5% dos abates de frangos em 2023. O maior reflexo deve ser sentido na produção de suínos cujo ciclo é mais longo.

Desdobramentos também devem ocorrer na indústria de transformação, preveem economistas do Bradesco. A fatia da indústria de transformação é 18% do PIB estadual e passa de 8% da indústria brasileira, com destaque para calçados, móveis, produtos de metal e máquinas e equipamentos.

Nas contas do Banco Santander, o impacto das enchentes no Rio Grande do Sul deve ser de 0,3 ponto porcentual do crescimento do PIB nacional, estimado para este ano em 1,8%, antes da tragédia.

Na análise dos economistas do Santander, o setor mais crítico deve ser a indústria. Apesar do Rio Grande do Sul ter forte presença no agronegócio, os especialistas ponderam que a maior parte das safras de grãos já tinham sido colhidas. No caso dos serviços, os reflexos maiores deverão ser no curto prazo, mas seguidos de rápida recuperação.

Já a indústria é foco de preocupação, alertam os economistas do banco, porque a destruição de capital fixo pode afetar a produção fabril do Estado e ter efeitos prolongados sobre a atividade. Como exemplo, eles citam os estragos nas atividades indústrias ocorridos em outras ocasiões, como, por exemplo, as enchentes em Santa Catarina em 2011 e a catástrofe de Brumadinho, em Minas Gerais, em 2019.
Impactos agudos

O economista-chefe da gestora WHG, Fernando Fenolio, também avalia que o desastre climático no Rio Grande do Sul deve ter “impactos agudos” para a economia do Estado e do Brasil. “É uma mescla de pandemia rápida, mas com impactos agudos”, disse o economista, durante a live mensal de atualização de cenário da gestora.

Ele citou que regiões do Estado, principalmente algumas com potencial turístico, estão com todas as atividades fechadas. “O PIB (dessas regiões) vai colapsar, até você normalizar”, disse. “É uma soma de catástrofe natural com impactos parecidos com a pandemia.”

O economista ainda lembrou dos efeitos do desastre na produção agrícola da região e que, embora boa parte da safra já tenha sido colhida, há um grande problema agora para escoamento. “A capacidade industrial também pode ter sido impactada para sempre, com os alagamentos”, acrescentou.

Nesse cenário, o economista disse que tem tentado traçar algumas hipóteses para medir o tamanho do impacto do desastre sobre a atividade do Brasil. “Estamos falando de pelo menos 0,2 a 0,3 ponto porcentual a menos para o PIB do País, em função de um Estado que é 6% do PIB brasileiro”, disse. / Colaborou Daniel Tozzi Mendes

MINERAÇÃO

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2024

A gigante da mineração Anglo American PLC planeja desmembrar seus negócios em âmbito mundial — incluindo a cisão da operação de diamantes De Beers. Ao mesmo tempo, a empresa quer evitar uma aquisição e busca se concentrar em minerais que deverão crescer no meio da mudança global para a energia verde.

Com sede em Londres, a Anglo American informou nesta terça-feira, 14, que iria desmembrar a área de platina, vender uma unidade que produz carvão usado na produção de aço e “explorar todas as opções” para separar a De Beers da controladora.

Os movimentos permitirão à companhia se concentrar na produção de cobre e minério de ferro, que juntos representaram mais de dois terços do seu lucro no ano passado. A empresa também manterá seu negócio de nutrientes agrícolas.

O anúncio veio um dia após companhia rejeitar a segunda oferta de aquisição, adocicada, do grupo rival BHP, que avaliou a empresa em 34 bilhões de libras (US$ 42,6 bilhões). Isso foi cerca de 9% maior que a oferta anterior da BHP.

“Decidimos tomar medidas claras e decisivas para agregar valor — de forma segura, responsável e fiável — no interesse, a longo prazo, dos nossos acionistas e outras partes interessadas, e para fornecer os produtos que são tão críticos para permitir a transição energética e apoiar um padrão de vida global melhor e segurança alimentar”, disse o presidente-executivo da Anglo, Duncan Wangled, em um comunicado.

As ações da Anglo American caíram 2,8% no pregão do meio da tarde em Londres. As ações subiram até 33% nas três semanas anteriores devido a especulações sobre uma aquisição.

A empresa procura simplificar as suas operações e aumentar os retornos para os acionistas, concentrando-se numa gama menor de produtos que poderão beneficiar do esforço para reduzir a utilização de combustíveis fósseis e reduzir as emissões de carbono associadas ao aquecimento global.

A procura por cobre, um componente-chave em fiação elétrica, painéis solares, turbinas eólicas e veículos elétricos, deverá duplicar até 2035, de acordo com uma análise da S&P Global Market Intelligence.

A mineradora anglo-sul-africana também afirma que o minério de ferro de alta qualidade das suas minas (na África do Sul e Brasil) pode ajudar os produtores de aço a reduzir as emissões de carbono, enquanto o fertilizante natural que a empresa produz pode ajudar a aumentar o rendimento das colheitas e reduzir as emissões da agricultura.

A Anglo American foi a oitava maior empresa de mineração do mundo no ano passado, quando reportou receitas de US$ 30,7 bilhões. Esse valor foi ofuscado pelos US$ 217,8 bilhões gerados pela Glencore, a maior mineradora do mundo.

A empresa foi fundada há mais de 100 anos para extrair ouro na África do Sul e rapidamente se expandiu para diamantes, platina e cobre. No final do ano passado, ela contava com cerca de 60 mil funcionários em 13 países, da Austrália ao Peru.

A Anglo American detém 85% da De Beers, que produz cerca de um terço dos diamantes brutos do mundo e vende joias como diamantes. O restante é propriedade do governo do Botswana.

A África do Sul permanece no centro da Negócios da Anglo American, com a empresa empregando mais de 36 mil pessoas no país no final do ano passado. A mineradora reconheceu o impacto que o plano de reorganização poderia ter sobre os trabalhadores, prometendo envolver-se com “partes interessadas relevantes” e cumprir todos os requisitos de consulta e leis locais./AP

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2024

A Procuradoria-Geral do Estado do Espírito Santo (PGE) e a Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais (AGE) protocolaram na tarde de segunda-feira, 13, um recurso no Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) pedindo que o valor base das indenizações devidas por Vale, BHP e Samarco por conta do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), seja fixado em, no mínimo, R$ 100 bilhões.

A BHP Brasil disse que “segue disposta a buscar” soluções para uma reparação justa aos atingidos. A Samarco afirmou não ter sido notificado, e a Vale ainda não respondeu (leia mais abaixo).

Os Estados questionam uma decisão da 4ª Vara Federal Cível e Agrária de Belo Horizonte que fixou o valor base em R$ 46,7 bilhões mais a correção pela inflação, o que alcançaria, hoje, cerca de R$ 79,6 bilhões.

Na semana passada, a Advocacia-Geral da União (AGU) havia informado que apresentou, na Justiça Federal de Belo Horizonte, pedido de cumprimento provisório de sentença para obrigar as mineradoras a pagarem os R$ 79,6 bilhões em até 15 dias. O pedido foi rejeitado pelo Juízo da 4ª Vara, que apontou que “a questão já foi resolvida na decisão original, a qual expressamente afirmou que sua execução seria feita após o trânsito em julgado” (quando não cabem mais recursos).

O recurso dos Estados pede agora a revisão desses valores devido à necessidade de ponderar a magnitude do desastre, que impactou 49 municípios e afetou cerca de 2,4 milhões de pessoas. No agravo, os entes argumentam que as próprias mineradoras estimaram o dano material em R$ 127 bilhões, incluindo os R$ 37 bilhões já investidos em remediação e compensação até o momento.

Além da indenização, as autoras também pleiteiam que a decisão condenando as empresas passe a ser cumprida provisoriamente, mesmo antes da ação transitar em julgado.

A condenação em questão é uma das que poderiam ser anuladas caso a União, os Estados e as empresas entrem em acordo no âmbito da mesa de repactuação. No início do mês, a União e o Espírito Santo rejeitaram a proposta de R$ 127 bilhões apresentada por Vale e BHP para encerrar as obrigações na Justiça.

O Estadão/Broadcast apurou que, apesar da recusa da União, há entre os negociadores das empresas uma expectativa de retomada do diálogo na mesa de repactuação. Isto porque a ação poderia levar décadas para ser resolvida, com recursos estendendo a duração do processo, que poderia chegar às Cortes superiores.
O que dizem as empresas

Em nota, a BHP Brasil disse que “sempre esteve e segue comprometida com as ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão, da Samarco, em 2015" e que, como uma das acionistas da empresa, “segue disposta a buscar, coletivamente, soluções que garantam uma reparação justa e integral às pessoas atingidas e ao meio ambiente.”

A Vale afirmou que está apurando o caso internamente para responder. Já a Samarco informou que não foi notificada do recurso.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   15/05/2024

Em cerimônia realizada hoje (14), a Caterpillar Brasil promoveu uma série de inaugurações em sua planta de Piracicaba (SP).

Integrando os investimentos de R$ 600 milhões anunciados em 2022, foram inaugurados um novo prédio de logística de 15.000 m2 e uma nova linha de transmissão, além da reformulação da linha de montagem de carregadeiras.

“Neste ano em que a Caterpillar comemora 70 anos no Brasil, essa cerimônia representa um marco significativo para a empresa, pois demonstra nosso comprometimento com inovação, qualidade e excelência de nossas operações”, afirmou o presidente da Caterpillar Brasil, Carlos Alexandre de Oliveira.

“As inaugurações também reforçam o nosso compromisso em fornecer produtos e soluções que ajudam os nossos clientes a construírem um mundo melhor e mais sustentável”, completou.

Segundo a fabricante, a obra de reformulação da linha de montagem de carregadeiras inclui a otimização dos sistemas de movimentação por meio da implementação de elevadores, novos sistemas de elevação de carga e carro de movimentação de peças por radiofrequência, melhorando a condição ergonômica e de segurança dos funcionários, além de promover eficiência no fluxo produtivo.

A linha passa a funcionar em um ambiente de mais de 10.000 m2 e, para apoiar o aumento da capacidade produtiva, também foi inaugurada uma nova linha de transmissão, incorporando avanços industriais para tornar a operação mais eficiente.

Operando em fase-piloto, a linha de transmissão deve iniciar a produção no final de 2024, suprindo inclusive demandas de outras fábricas no mundo, informa a Caterpillar.

Transpodata - SP   15/05/2024

Próxima de completar, em junho próximo, a primeira década de sua fábrica localizada em Pouso Alegre (MG), a chinesa XCMG tem como meta crescimento de dois dígitos neste ano. Considerando o desempenho positivo do primeiro trimestre e os negócios encaminhados na M&T 2024, o diretor comercial Renato Torres tem convicção de que o índice estabelecido pela matriz será alcançado.

No ano passado, a fabricante de máquinas para construção consolidou aumento de 25%, enquanto o mercado em geral caiu 14%. “Temos evoluído anualmente e, de uma certa forma, descolado da realidade nacional. A expectativa é positiva e a presença nas feiras dos principais setores em que atuamos reforça esta percepção”, assinala. Em 2023, a empresa alcançou market share de 19% no segmento total de máquinas para construção e mineração.

Torres destaca que a empresa, em termos fabris, está preparada para absorver o esperado incremento de demanda. A fábrica mineira tem 150 mil m² de área construída, em terreno de 1 milhão de m², com capacidade para produzir 10 mil máquinas por ano, em um turno de produção. “Não precisaremos fazer nenhum investimento na expansão da unidade. Bastará agregar mais funcionários para abertura de um novo turno”, destaca.

Mão de obra que, por sinal, não é problema para a empresa, de acordo com o executivo. Assinala que a escolha por Pouso Alegre considerou a oferta de mão de obra na cidade e nos municípios localizados num raio de 60 quilômetros e a logística, pois a região é servida por cinco rodovias. “Estamos bem servidos nestes dois aspectos”, define.

Outra forte ação é feita junto aos 17 distribuidores, que oferecem serviços em 54 lojas, atendendo clientes de todos os estados. Forte concentração de vendas se dá nos três estados do Sul, responsáveis por 45% do faturamento da fabricante. Segundo ele, o cliente da região é mais aberto a produtos de origem asiática, mas pondera que é preciso um trabalho muito forte no pós-venda. “Estamos satisfeitos com os distribuidores, pois as vendas são recorrentes, algo que mostra não apenas a qualidade do produto, mas o trabalho no pós-venda”, explica. A Região Sul concentra, no momento, 10 lojas. Mas há projetos de ampliação na rede ainda para este ano.

O executivo enfatiza a condição de a marca ser a única no Brasil com linha completa de equipamentos, atendendo a linha amarela, pavimentação e içamento. Confirma desenvolvimento de projetos para aumentar a nacionalização, pois atualmente os produtos são importados e montados na estrutura de Pouso Alegre. “Queremos trazer mais negócios para cá. Mas o Custo Brasil ainda pesa muito, bem como o câmbio. Por conta disto, o importado chega mais barato. Temos um longo caminho pela frente e o governo precisa fazer sua parte. Vai levar tempo para tornar o produto nacional competitivo”, observou.

A empresa ainda investe na introdução dos equipamentos elétricos no mercado brasileiro. Assim como o caminhão, que está em testes junto a clientes. “Toda tecnologia nova demanda maior tempo de maturação. No caso dos elétricos, há ainda a necessidade de dotar o país com a infraestrutura de carregamento nas rodovias. Por enquanto, a perspectiva é melhor em circuitos fechados”, comentou.

O mercado da construção é o maior cliente da fabricante. Na sequência, vem as locadoras e o poder público por meio de licitações. O agronegócio, segundo Torres, tem representatividade menor, porém, vem crescendo de forma contínua e consistente desde 2018, quando a fabricante iniciou as primeiras vendas. “O setor percebeu ser mais vantajoso investir em uma máquina completa do que comprar um trator e colocar acessórios”, comenta.

Novidades na M&T Expo 2024

Líder no setor de máquinas pesadas na China e a 3ª no mundo no segmento, a XCMG Brasil apresentou novos produtos durante a M&T Expo 2024, realizada em abril, em São Paulo. A mini escavadeira XE55DA, com potência de motor de 35 kW (47 hp), é indicada para trabalhos com terra. Tem peso operacional de 5.750 quilos, caçamba de 0,21m³ de capacidade e sistema de motor de arranque, que assegura partidas confiáveis em todas as condições.

Com peso operacional de 16.250 quilos e potência do motor de 170, 180 e 190 hp, a nova motoniveladora GR1905BR é usada, principalmente, para nivelamento do solo, abertura de valas, raspagem de encostas, escavação, escarificação e em trabalhos em rodovias, entre outros. É indicada para a construção de minas, estradas urbanas e rurais, reservatórios de água, e para a melhoria de terras agrícolas. Pode ser equipada com opcionais, como GPS via satélite com telemetria e controle de manutenção e localização.

Para aplicação em mineração, a XCMG Brasil expôs o caminhão XGA5905. Com potência máxima do motor de 430 hp e torque máximo de 2300 Nm, trata-se de um veículo 6×4, a combustão, com capacidade para até 60.000 quilos e com velocidade máxima de 40 km/h.

Também divulgou o caminhão elétrico de mineração XGE95. Com peso bruto de 95.000 quilos, potência nominal/máxima do motor de 450/600 kW, é um caminhão 6×4, atingindo velocidade máxima de 43 km/h. Equipado com dois motores de alto torque do sistema de tração, é feito para suportar ambientes adversos, atuando em diferentes altitudes e temperaturas.

AUTOMOTIVO

Investing - SP   15/05/2024

A Volkswagen (ETR:VOWG) informou nesta terça-feira que estabeleceu férias coletivas de forma preventiva para funcionários de três fábricas em São Paulo devido às fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul, que estão impedindo alguns fornecedores de peças locais de produzir neste momento.

As unidades impactadas pelas medidas são as fábricas Anchieta, Taubaté e São Carlos, que poderão entrar em férias coletivas a partir de 20 de maio.

A fábrica Anchieta, em São Bernardo do Campo, e a unidade de Taubaté devem ter dez dias de férias coletivas, já a fábrica de motores de São Carlos (BVMF:SCAR3) deverá ter férias de 11 dias para parte da equipe de produção, disse a montadora.

"A fábrica de São José dos Pinhais, neste momento, seguirá produzindo normalmente", acrescentou a Volkswagen do Brasil em nota. A unidade, localizada no Paraná, é responsável pela produção do veículo T-Cross.

As tempestades no Rio Grande do Sul já deixaram 148 mortos, com 124 pessoas desaparecidas e mais de 538 mil desalojados, segundo balanço mais recente das autoridades gaúchas, no que tem sido apontado como o pior desastre climático da história do Estado.

As chuvas intensas nas últimas duas semanas têm provocado o aumento do nível de uma série de rios, causando enchentes de grandes proporções em diversas cidades gaúchas e danificando infraestruturas como pontes e rodovias.

Infomoney - SP   15/05/2024

Uma empresa brasileira focada na mineração de um metal usado para fortalecer ligas aposta que seu principal produto também pode desempenhar um papel fundamental na melhoria das baterias de veículos elétricos.
A Cia. A Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) é a maior produtora mundial de nióbio, um mineral que só é extraído no Brasil e no Canadá. O nióbio é usado principalmente para fazer ligas e aços inoxidáveis, e tem uma variedade de aplicações industriais, incluindo uso em motores a jato, arranha-céus e pontes.

A CBMM já produz mais nióbio do que o mundo consome, o que está forçando os executivos a serem criativos na busca de novas oportunidades para comercializar seu principal produto, ao mesmo tempo em que colaboram em projetos com a desenvolvedora de baterias Toshiba Corp. e a montadora Volkswagen AG.

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“Nossa capacidade de produção está atualmente superando a demanda total por nióbio”, disse o CEO Ricardo Lima na semana passada em entrevista à margem de uma conferência brasileira de mineração. “Portanto, nosso desafio é desenvolver mais mercados com novas aplicações.”
Nova fábrica

A empresa de capital fechado já está construindo uma fábrica para produzir óxido de nióbio para usos que incluem baterias EV. A instalação, com inauguração prevista para este ano, terá capacidade para produzir 3 mil toneladas do material. O CEO já fala em uma expansão – que poderia custar mais de R$ 1 bilhão e aumentar a produção em mais de seis vezes, para 20 mil toneladas. A decisão final de investimento será tomada até o final do próximo ano, disse Lima.

Tal movimento permite que a CBMM, controlada pela bilionária família brasileira Moreira Salles, diversifique sua produção principal de nióbio e produtos de liga. A empresa produz 150 mil toneladas de ferronióbio por ano – quantidade que supera a demanda anual global de 124 mil toneladas. O nióbio para siderurgia representa a maior fatia das vendas da empresa, sendo 95% enviados para o exterior. A empresa vende o metal em 50 países.

A CBMM vendeu 600 toneladas de óxido de nióbio para baterias de scooters e outros veículos pequenos no ano passado, como parte de um projeto de teste. Lima disse que espera dobrar esse valor este ano.
Aposta em baterias

O impulso da CBMM para baterias permite-lhe aproveitar oportunidades para explorar novas tecnologias de baterias para veículos elétricos à medida que o mundo se afasta dos combustíveis fósseis em meio a uma transição para fontes de energia mais limpas. A empresa, com sede no sudeste do Brasil e escritórios nos EUA, China, Europa e Cingapura, também está buscando tecnologia que utilize nióbio para permitir maior teor de níquel e menor teor de cobalto em baterias de níquel-cobalto-manganês.

A CBMM planeja no próximo mês revelar o que afirma ser o primeiro ônibus elétrico a usar baterias de lítio que misturam tecnologia de nióbio e óxido de titânio. O projeto de teste é uma parceria com Toshiba e Volkswagen. Lima disse que a bateria permite carregamento rápido – de 10 a 15 minutos em comparação com 8 horas de uma bateria convencional – e apresenta menor risco de incêndio e explosões.

“Nossa aposta é que esta será uma tecnologia de sucesso para veículos comerciais”, disse ele. “O próximo passo será aplicá-lo em caminhões de mineração.”

Grandes Construções - SP   15/05/2024

A renovação da frota de caminhões é um tema que interessa a todos os setores envolvidos no Transporte Rodoviário de Cargas (TRC). Além de possibilitar mais segurança aos motoristas profissionais, novos veículos oferecem mais tecnologia e reduzem a emissão de poluentes ao meio ambiente.

Segundo o presidente do Setcepar (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná), Silvio Kasnodzei, todo o setor espera que este programa realmente funcione.

De acordo com o relatório da frota circulante divulgado pelo Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), o processo de envelhecimento da frota total de veículos no país continua alto. Em 2023, 12,8% dos caminhões, cerca de 279,7 mil unidades, possuíam mais de 20 anos e 18% dos veículos, 392,7 mil possuíam entre 16 e 20 anos.

“O projeto de renovação é necessário e urgente. Precisamos de veículos mais seguros, mais econômicos e menos poluentes. Além disso, precisamos de um TRC moderno, atualizado e que ajude na redução dos custos”, explica Kasnodzei.

Retomada – Em fevereiro deste ano, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, disse a dirigentes da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) que o governo federal pretendia lançar um programa permanente de renovação de frota de caminhões e ônibus. Desde então, o setor tem mantido conversas com interlocutores do Governo Federal para que o programa tivesse avanço.

Além de estabelecer melhores condições de trabalho aos motoristas profissionais, o Programa de Renovação de Frota pode modernizar equipamentos internos aos caminhões, reduzir a emissão de poluentes, dar maior eficiência aos custos operacionais e aumentar a rentabilidade das empresas envolvidas neste processo.

“O país todo ganha com um programa sério e bem estruturado, pois a indústria automobilística tem um impacto forte na economia”, finaliza Kasnodzei.

Ao longo de uma série de mandatos presidenciais, a renovação da frota de caminhões é pauta para uma resolução. Em julho de 2023, Alckmin inaugurou um evento no qual marcava a primeira grande venda de veículos comerciais (ônibus e caminhões) no âmbito do Programa de Renovação de Frota do Governo Federal.

Na ocasião, o projeto disponibilizou R$700 milhões em recursos para caminhões e R$300 milhões para ônibus em forma de crédito tributário para as montadoras, com descontos que variavam de R$33 mil a R$99mil por veículo. Apesar do valor expressivo de R$1 bilhão, de acordo com o MDIC foram solicitados apenas R$320 milhões pelas fabricantes.

Justificativas e soluções – Entre as justificativas para o pouco uso dos recursos estão as regras do programa, já que para conseguir o desconto era necessário retirar de circulação um modelo com mais de duas décadas de serviço. Outro obstáculo eram as diretrizes que tiveram de ser ajustadas posteriormente para permitir a aplicação de dois descontos em um único modelo novo, entre outras condições. O mercado levou algum tempo para assimilar essas regras e impulsionar o programa.

Como o programa era uma Medida Provisória que, por lei, tinha validade por 120 dias, ele foi descontinuado sem a utilização dos recursos. “A renovação de frota não sairá do papel se persistirmos no que já fizemos. Precisamos oferecer condições financeiras para que o empreendedor autônomo compre um caminhão seminovo da grande empresa responsável por atualizar sua frota e, por sua vez, que esta grande empresa também receba algum benefício, assim iremos movimentar a cadeia toda”, afirma Kasnodzei.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   15/05/2024

Cliente com alta renda é exigente nos detalhes, mas permite obter margens melhores e compensa o investimento, garantem as empresas

Sheyla Resende: “Quando [o cliente] entra na garagem, já sente que está dentro de casa” — Foto: Carol Carquejeiro/Valor

O público de alta renda é visto como um refúgio para empresas em momentos de volatilidade da economia, e para as incorporadoras não é diferente.

Isso não significa que é simples vender para esse público ou que há demanda sobrando, no entanto. O número de imóveis novos de luxo vendidos na cidade de São Paulo caiu 9% no primeiro trimestre, segundo pesquisa da consultoria Brain, com 121 empresas. A quantidade de lançamentos do segmento recuou 30% no mesmo período.

Em valores comercializados, houve aumento de 13% nas vendas e queda mais forte, de 53%, no valor das unidades lançadas.

Agradar quem tem opções de compra e considera preço algo “secundário”, como afirma André Alvo, diretor de incorporação da Lavvi, é uma dificuldade do alto padrão. “É um cliente mais exigente com a localização do projeto no bairro, com a qualidade construtiva e as soluções de plantas.”

É preciso personalizar tudo, afirma Sheyla Resende, presidente da Gafisa, como permitir que a planta seja uma “folha em branco” e ter contratos em vários idiomas.

Mesmo com o trabalho adicional, o alto padrão traz uma chance de maior rentabilidade. “Esse produto tende a ter margem maior, conseguimos repassar a inflação dos insumos no preço, mas, por outro lado, temos responsabilidade de ter o ciclo de atendimento perfeito”, diz Luis Fernando Ortiz, vice-presidente de negócios da Gafisa.

Há três anos, a incorporadora adotou como posicionamento estratégico focar em projetos de alto padrão. Contratou uma consultoria para aprender a atender esse cliente e a preparar os empreendimentos.

Sem lançar desde o fim de 2022, a empresa entrega nesta semana o empreendimento Tom, no Leblon, seu “piloto” nessa nova fase. O prédio ocupa terreno de apenas 400 m2 - o último disponível no bairro de frente para o mar, a companhia gosta de lembrar - e teve unidades vendidas a R$ 100 mil o metro quadrado.

Resende dá um exemplo de cuidado do alto padrão: a garagem, no subsolo, foi preparada para ser “confortável”, com decoração e manobrista. Esse cliente, conta, usa mais o espaço do que o térreo. “Quando entra na garagem, já sente que está dentro de casa.”

Adolpho Lindenberg Filho, CEO da incorporadora Lindenberg, veterana do luxo paulistano, lembra que o cliente de alta renda quer, além de moradia diferenciada, “fazer um bom negócio”. Pensa na valorização. A venda para esse consumidor é mais demorada, diz, porque ele consulta mais pessoas.

O vice-presidente da EZTec, Marcelo Ernesto Zarzur, concorda que a velocidade de venda é mais lenta do que em outros segmentos, mas ressalta que isso permite subir o preço das unidades aos poucos, para ter margens melhores.

Não é bem visto dar desconto nas unidades para liquidar o estoque. A EZTec, que tem dado descontos em unidades de médio padrão, não usa essa política nos imóveis mais caros, lembra Zarzur. Em vez disso, as condições de pagamento ficam flexíveis.

O público dos imóveis de alto padrão muitas vezes já vive em apartamentos ou casas de mesmo nível, explica o diretor-financeiro da incorporadora Even, Marcelo Dzik, mas há rotatividade, porque ele busca uma moradia atualizada. As plantas antigas eram mais segmentadas, por exemplo, enquanto hoje o padrão são os espaços integrados.

“Apartamentos de altíssimo padrão de 30 ou 40 anos atrás tinham sala do tamanho de um apartamento de 100 m2 hoje, mas eram várias”, diz Dzik.

Outra diferença é a presença de áreas comuns. “Era um clichê do mercado dizer que rico não gosta de interagir, de usar academia e piscina do prédio”, afirma o executivo da Even. Segundo ele, o perfil do cliente mudou, e essas áreas são necessárias, assim como bicicletários e garagem preparada para carro elétrico.

A oferta de áreas comuns variadas e com móveis de design é um diferencial adotado pelas companhias. No Tom, pelo espaço diminuto, isso não foi possível, mas outro projeto da Gafisa, o Canto, no Arpoador, terá 1,8 mil m2 de áreas comuns, segundo Resende. A Lavvi também usa essa estratégia, conta Alvo, buscando terrenos “maiores do que a média de mercado”.

A EZTec, que tem uma joint venture com a Lindenberg para fazer projetos de alto padrão, também busca espaços amplos, como no próximo lançamento, esperado para o primeiro semestre, no Paraíso. O Lindenberg Ibirapuera fica em uma área de 10 mil m2.

Se unir a outras marcas é mais uma forma de diferenciação. “A nossa aposta foi parceria no tijolo”, diz Zarzur. Já foram feitos quatro lançamentos pela JV e são esperados mais três neste ano.

A Lavvi lançou empreendimentos com as grifes Versace e Elie Saab. Alvo afirma que a empresa está sempre “buscando parcerias com marcas de alto luxo internacionais”. A aposta tem funcionado: os projetos de alto padrão têm vendido mais rápido do que de outros segmentos, segundo ele.

A Even também seguiu essa linha. Em 2019, lançou o Fasano Itaim, com a rede de hotéis e restaurantes. Neste segundo semestre, lança o Faena São Paulo, próximo à Av. Rebouças, primeiro projeto com a marca que tem hotéis em Miami e Buenos Aires.

FERROVIÁRIO

Consultor Jurídico - SP   15/05/2024

Muito se engana aquela que considera não incidir práticas de governança e compliance ao novo Marco das Ferrovias Brasileiras — Lei nº 14.273/21 (Decreto 11.245/2022). Por todos os capítulos da legislação, identifica-se a necessidade da instituição de técnica de gestão estratégica, integridade, mapeamento de processos e gestão de riscos para haver efetividade dos projetos nela consubstanciado, principalmente no que tange ao atendimento das diretrizes previstas na Política Pública de Autorização Ferroviárias, Autorregulação Ferroviária e Fiscalização pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

O que em sede da Medida Provisória n° 1.065/21 a autorregulação se restringiria à transação entre as partes privadas por meio de um instituto privado, com a edição da Lei nº 14.273/21, essa situação se alterou a fim de que a ANTT ingressasse no processo e supervisione essa composição de soluções privadas entre os agentes ferroviários.

Concordando ou não com essa situação, isso são práticas de governança a resguardar o interesse público e assegurar a efetividade de investimentos privados com as outorgas de concessão e autorização, por mais, neste último caso, que seja da autorizatária o risco do empreendimento.

Há princípios administrativos considerados em tal questão, como da supremacia do interesse público, legalidade e indisponibilidade de bens públicos. Logo, a necessidade de haver uma supervisão técnica pela ANTT, quanto à operação das autorizações, por exemplo, requer conceder maior segurança jurídica, técnica e operacional, além de eficiência às ações das autorizatárias. Além de evitar que sejam posteriormente pegas de surpresa por atuação dos órgãos de controle e fiscalização público do setor em face de traçados inviáveis.

Engana-se assim quem entende que há burocracia com tal atuação, o avanço na análise ministerial depende da atuação da futura autorizatária. O interesse na ampliação da logística é ímpar em relação às outorgas por autorizações, logo, não há outra razão a conceder celeridade e união de esforços entre o público e o privado na exploração econômica e consequentemente ganho financeiro e desenvolvimento regional de localidades pelas quais o trajeto da ferrovia autorizada passará.

A previsão legal no concedimento de autorizações veio então para desburocratizar processos e procedimentos antes possível apenas com as outorgas por concessão, sobre a qual há maiores complexidade na implementação. Não pense que não há requisitos a serem observados para o deferimento da autorização. A própria Lei nº 14.273/21 prevê os princípios, vedações e diretrizes para o sistema ferroviário brasileiro, no que diz respeito às outorgas de concessão ou autorização.
Seleção para concessões

A seleção das autorizatárias passa previamente por uma análise minuciosa quanto ao relatório técnico do traçado ferroviário, bem como da saúde financeira da empresa interessada, com o propósito do Ministério dos Transportes e ANTT analisarem a viabilidade do traçado com os já existentes e evitarem sucateamento a posterior (Acórdão de Relação 173/2022-P, fevereiro de 2022 — TCU). Não que isso não possa acontecer, todavia, sendo o risco integral da autorizatária, inclusive nos casos fortuitos e força maior da lei não excetuados a responsabilidade privada.

Não apenas isso, a convergência do projeto apresentado deve estar em consonância com a avaliação da Política Pública de Autorizações Ferroviárias, que se encontra consubstanciada em diretrizes voltadas à análise de trajetos que respeitem o direito dos usuários, redução de custos e ampliação da logística, compatibilização de padrões técnicos com regramentos e regulamentos/regulação ministerial ou de fiscalização da ANTT, entre outros, não deixando de resguardar a livre concorrência, a liberdade de preços, assim como a livre iniciativa de empreender e acelerar e por em ascensão o sistema ferroviário brasileiro.

Junto às práticas de governança disciplinadas em políticas e regulamentos técnicos ministerial e de agência, a autorregulação é o instrumento mais inovador trazido à sistemática ferroviária, sobre a qual as partes conflitantes podem solucionar seus impasses e autocompor suas regras técnicas, de compliance/integridade e organização institucional aperfeiçoadas em relação às comissões temáticas de representação, necessárias ao deslinde das discussões, já que a autorização mexe com questões técnicas ambientais, de desapropriação, entre outras causas.

É o próprio mercado discutindo e formulando em regulamentos e relatórios as atividades, objeto das autorizações, em razão de acompanhamento e conselhos deliberativos, sendo o caso de constituição do instituto de autorregulação em prol da expansão da malha ferroviária, modernização, matriz de risco e atualização dos sistemas e otimização da infraestrutura ferroviária na qualidade de vida e aumento da segurança e recursos econômicos regionais.

Enfim, no que tange às práticas de governança, a autocomposição de soluções no tocante ao deferimento e execução das autorizações, além de propriamente um instrumento de boas práticas à liberdade econômica e desenvolvimento social, observa parâmetros a mitigar riscos e implementar controles internos destinados ao cumprimento de políticas públicas — consubstanciadas na Política Pública de Autorizações Ferroviárias. Isso a estruturar a matriz de planejamento, mapeamento de projeto e regras de integridade que a autorizatária deve observar para assegurar a aprovação futura junto ao Ministério dos Transportes e fiscalização pela ANTT.

PETROLÍFERO

Globo Online - RJ   15/05/2024

Após meses de desgaste, Jean Paul Prates, foi demitido do comando da Petrobras nesta terça-feira à noite pelo presidente Lula. Quem vai assumir o cargo é Magda Chambriard, que foi diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre 2012 e 2016, durante os governos da ex-presidente Dilma Rousseff.

O anúncio da saída de Prates levou a uma forte queda dos recibos de ações da Petrobras negociados em Nova York nas negociações posteriores ao fechamento das Bolsas. E a sucessão na estatal estará no centro das atenções dos analistas do mercado financeiro nesta quarta-feira.

Segunda mulher a assumir o comando da estatal depois de Graça Foster - que foi presidente da Petrobras entre 2012 e 2015 - Magda era funcionária de carreira da estatal, onde trabalhou por 22 anos, antes de ingressar na ANP.

De volta à casa, a engenheira terá como missão mostrar ao governo que vai elevar os investimentos da Petrobras na velocidade que Lula quer para ampliar a geração de empregos no país e evitar alta nos preços dos combustíveis seguindo a orientação de Brasília.

Desde o primeiro governo de Lula, empresa teve dez presidentes. Jean Paul Prates será o 11º

Ao mesmo tempo, terá o desafio de conciliar esses objetivos com a sustentabilidade financeira da empresa, para manter a confiança dos analistas do mercado financeiro. Veja, abaixo, os cinco principais desafios da nova presidente da Petrobras

Obras

Um dos desafios de Magda no comando da estatal é reavaliar o plano de negócios da estatal para os anos de 2025 a 2029, que já estava sendo elaborado pela atual gestão. O plano atual é de US$ 102 bilhões e engloba os anos de 2024 a 2028.

Uma de suas missões é acelerar o ritmos das obras para gerar mais empregos, sobretudo no setor naval, uma das queixas do presidente Lula. Além disso, precisa olhar para a ampliação dos investimentos em refino e fontes renováveis. Lula também queria mais celeridade nos projetos de fertilizantes, já que as principais fábricas do setor no país estão com atividades suspensas.

Preços

Outro tema que vai exigir atenção é em relação aos preços dos combustíveis. Quando Chambriard estava no comando da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a presidente da Petrobras era Graça Foster, a estatal segurou os preços da gasolina e do diesel por tempo demais. Quando os preços subiram, Graça foi demitida.

Chambriard chegou a confidenciar que Graça havia segurado os preços por tempo demais. Defensora do papel social da estatal, a dúvida é como Magda vai equilibrar a necessidade de caixa da petrolífera com o objetivo do governo de manter os preços baixos.

Gás

Magda é uma defensora da ampliação do uso do gás no Brasil para a indústria. Por isso, deve se debruçar em ampliar as apostas no segmento, mas vai esbarrar nas vendas de subsidiárias e ativos que a estatal fez durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, quando a companhia se desfez de redes de gasodutos como TAG e NTS. Magda já criticou o processo de venda dos ativos da companhia, pois considera a Petrobras uma espécie de "maestro" do setor.

Margem Equatorial

Magda vinha criticando nas redes sociais o atraso na concessão de licença do Ibama para permitir que a estatal inicie a exploração na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. Responsável por ampliar os estudos e exploração de áreas de novas fronteiras no país quando estava na ANP, ela deve aumentar as pressões no governo para o início da atividade na região, considerada o novo pré-sal, dado o seu potencial.

Mercado financeiro

Magda pode enfrentar resistência do mercado financeiro em sua chegada. Com o anúncio da saída de Prates, os recibos de ações em NY registraram queda na noite de terça-feira. Um de seus desafios será aumentar o canal de comunicação com bancos e analistas para vencer a desconfiança e permitir que a companhia mantenha suas ações em alta no mercado.

Além disso, vai precisar apontar suas intenções em relação à atual política de dividendos (parcela do lucro da empresa que é distribuída aos acionistas).

Durante o governo Bolsonaro, a Petrobras foi recordista mundial na distribuição de lucros a acionistas. Prates mudou a política de dividendos, mas ainda assim o tema foi alvo de embate com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

TN Petróleo - RJ   15/05/2024

Tradicional conhecida pela distribuição do GLP, o chamado "gás de cozinha", a mais de 11 milhões de residências e 60 mil empresas, a Ultragaz está dando mais um passo no plano de ampliar sua participação em meio à transição energética em curso no país, com a expansão da oferta de novas soluções em energia renovável no território nacional.

A companhia, que adquiriu a Neogás em 2022 para ingressar no mercado de gás natural e biometano, agora avança para interiorizar o acesso do combustível, em larga escala, produzido a partir de resíduos orgânicos a grandes indústrias hoje localizadas em regiões não atendidas por gasodutos - conhecidas como off-grid.

A partir da infraestrutura da Ultragaz, empresas como Nestlé e PepsiCo passaram a contar com o fornecimento do biometano para apoiá-las em suas jornadas de descarbonização e metas ESG. Até o final de 2024, a Ultragaz prevê o fechamento de novos acordos de venda de biometano com setores estratégicos da indústria nacional, como o automotivo, metalúrgico, cerâmico, têxtil e o agronegócio.

A estratégia passa por viabilizar a conexão com os maiores produtores de biometano do país. Nesse sentido, fechou um acordo com a Essencis Biometano, parceria entre MDC e Solví Essencis Ambiental, localizada em Caieiras (SP), para produção do energético renovável proveniente do maior aterro sanitário em operação da América Latina, operado pela Solví. O volume de biometano previsto a ser fornecido à Ultragaz será de até 68 mil metros cúbicos ao dia.

Outro contrato recém firmado envolve o fornecimento estimado de até 10 mil metros cúbicos por dia de biometano, no estado do Rio de Janeiro, a partir da usina GNR Dois Arcos, em São Pedro da Aldeia (RJ). A planta tem o biogás captado e purificado também pela MDC, em unidade operada em parceria com o Grupo Osafi, proprietário do aterro.

"Desde o início da jornada de incorporação do biometano ao nosso portfólio, temos avançado para firmar parcerias estratégicas e aprimorar ainda mais nossa excelência operacional e expertise no transporte de GNC (Gás Natural Comprimido) via modal rodoviário, viabilizando assim uma importante alternativa sustentável aos clientes industriais", comenta Guilherme Darezzo (foto), Vice-presidente de Operações da Ultragaz.

De origem certificada e qualidade garantida, o biometano fornecido à Ultragaz segue as resoluções da ANP. A empresa já recebe o biometano no modal comprimido, reduzindo seu volume em aproximadamente 260 vezes, o que favorece sua escalabilidade e transporte para diversas regiões do Brasil. "Estamos em um momento-chave no setor e vemos o Brasil no centro das discussões globais sobre sustentabilidade. Por isso, queremos protagonizar a transição energética por meio de um portfólio completo de soluções em energia", completa Darezzo.

SOBRE A ULTRAGAZ - A Ultragaz, empresa que atua com soluções em energia para negócios e domicílios de forma segura, eficiente e sustentável, tem como propósito usar a energia para mudar a vida das pessoas. Com o compromisso de oferecer serviços inovadores a todos os clientes, quando e onde precisarem, hoje atende mais de 11 milhões de famílias e 60 mil empresas, em 23 estados e no Distrito Federal.

Ao longo de mais de 86 anos, a empresa é protagonista da transição energética no país e investe em infraestrutura, capilaridade, inovação e no empreendedorismo de mais de 6 mil revendas Ultragaz e 39 bases operacionais.

As práticas de sustentabilidade e ESG estão presentes em todas as áreas da Ultragaz, por meio de tecnologias e soluções que resultam em baixo impacto ao meio ambiente e benefícios à sociedade. A companhia também aposta cada vez mais na transformação digital, aprimorando a experiência de compra do consumidor.

A companhia faz parte da holding Ultrapar, um dos maiores conglomerados empresariais brasileiros, com atuação na distribuição de combustíveis (Ipiranga) e no segmento de armazenagem para granéis líquidos (Ultracargo).

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu nesta terça-feira, 14, o ex-senador Jean Paul Prates do comando da Petrobras. Para o seu lugar, o petista indicou Magda Chambriard, ex-diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) durante o governo de Dilma Rousseff.

O presidente deve justificar a demissão de Prates pela “demora de entrega de promessas”. A demissão foi anunciada nesta terça numa reunião no Palácio do Planalto em que estavam, além de Prates, os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. Segundo apurou a reportagem, a indicação de Chambriard é de Rui Costa.

A demissão de Prates acontece um dia após a divulgação do balanço da companhia. A estatal fechou o primeiro trimestre de 2024 com lucro líquido de R$ 23,7 bilhões, 37,9% a menos do que há um ano, e 23,7% inferior ao registrado no trimestre imediatamente anterior.

Mas a causa da troca, apurou o Estadão/Broadcast, se deve à cobrança por maior velocidade na execução dos projetos anunciados pela empresa, principalmente em relação à encomenda de navios aos estaleiros brasileiros.

Prates foi chamado por Lula ao Palácio sem que a pauta estivesse definida. Reuniu uma série de assuntos que poderiam estar no alvo de atenção de Prates, que foi pego de surpresa pela demissão, ainda que fosse o primeiro encontro dos dois desde a crise em torno do pagamento dos dividendos extraordinários da Petrobras.

Na ocasião, Lula havia deliberado pela retenção dos recursos em reunião com Prates, Costa e Silveira no Palácio do Planalto. Prates, por sua vez, foi a público defender que seria possível distribuir metade dos recursos. A conduta foi reprovada em Brasília, sob a alegação de que houve uma quebra do que havia deliberado o governo.

A não distribuição provocou uma crise com investidores, que tinham a expectativa na direção oposta. Mas Prates também desagradou aos colegas de governo, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, Silveira e Costa por não dar soluções rápidas a pedidos para a ampliação da oferta de gás natural mais barato, o que poderia ajudar a dinamizar a economia.

Aliados de Silveira alegam que a gestão de Prates também não apresentou marcas que eram desejadas, como a redução do preço dos combustíveis, o que minou o apoio dele dentro do próprio PT. Com o governo sob restrição fiscal, a expectativa de integrantes do partido era que a Petrobras ampliasse sua atuação no campo social e econômico.

Prates é um quadro do PT, mas é considerado um novato no partido. Chegou ao Senado como suplente da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT-RN). Na Petrobras, recebeu críticas sob reserva de que atuava em prol dos acionistas privados e não comprava brigas do governo.

Lula, segundo relatos, preferiu esperar a poeira baixar para anunciar a retirada dele do cargo. Uma lista de potenciais candidatos chegou a circular, com nomes como o do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. A escolha dele não prosperou, segundo fontes do PT, porque não houve apoio de Fernando Haddad para a iniciativa — empoderado com o orçamento da Petrobras, Mercadante ficaria grande demais.

A Petrobras confirmou na noite desta terça, em comunicado, que recebeu a solicitação de Prates para que o conselho de administração avalie o encerramento antecipado de seu mandato “de forma negociada”. Segundo a companhia, Prates disse ainda, caso o colegiado aprove o fim de seu ciclo à frente da estatal, que apresentará renúncia ao cargo de membro do conselho.

Em nota, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmou respeitar a decisão soberana do presidente Lula, “seja ela qual for em relação ao comando da Petrobras”. A entidade agradeceu pelo “relacionamento construtivo desenvolvido ao longo dos últimos anos com Jean Paul Prates à frente da maior empresa do país e deseja que a boa relação com uma futura gestão da estatal seja mantida, em favor do fortalecimento da Petrobras, do desenvolvimento do país e dos trabalhadores”.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), disse acreditar que a situação de Prates havia se estabilizado, mas que não chega a ser uma surpresa a saída dele. “Surpresa não, sempre teve muita discussão ali”, disse.

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, afirmou que Lula deve ter “motivos administrativos” para a demissão de Prates. “É uma decisão do presidente da República. Gosto, sou amigo pessoal do Jean, mas é a maior empresa brasileira. O presidente deve ter seus motivos administrativos para fazê-lo”, disse Lupi ao Estadão/Broadcast, nos bastidores do Congresso Brasileiro do Cooperativismo. O ministro afirmou desconhecer o que motivou a decisão. “Só o presidente pode falar. Da Petrobras, não tenho essa profundidade de conhecimento”, acrescentou.

Após a divulgação na troca de comando da estatal, os American Depositary Receipts (ADR) da Petrobras inverteram o sinal para queda, no after hours da Bolsa de Nova York (Nyse). Elas fecharam em queda de 7,59%. Nesta terça, no Ibovespa, as ações da Petrobras caíram 2,74% (ON) e 1,80% (PN), tomando da empresa R$ 13,2 bilhões em valor de mercado.
Gestão marcada por atritos

A gestão de Prates à frente da Petrobras foi marcada por atritos com Silveira. Os dois trocaram farpas públicas por diversas vezes em relação aos rumos da empresa — que, formalmente, é subordinada ao Ministério de Minas e Energia.

Antes da posse de Lula, Prates chegou a ser especulado para assumir o ministério. Mas preferiu ficar com a presidência da estatal. Na configuração final, o ministério acabou nas mãos de Silveira, senador pelo PSD mineiro, mesmo partido do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Desde o início do governo, houve embates entre os dois pelos espaços de poder na companhia. Na divisão acertada no governo, Silveira ficou mais responsável pelos nomes do conselho de administração, e Prates, com a direção executiva, que toca o dia a dia da companhia.

No início de março deste ano, a crise se agravou com a decisão da Petrobras de reter dividendos extraordinários, o que levou a companhia a perder R$ 56 bilhões de valor de mercado em um único dia. A decisão foi revertida em assembleia de acionistas no fim de abril.

Também houve desavenças em relação à política da empresa para o gás natural, por exemplo, virou bate-boca nas páginas dos jornais no ano passado. Silveira fez reiteradas críticas à política de reinjeção de gás em reservatórios de petróleo com o intuito de aumentar sua pressão interna e facilitar a produção de óleo. Em 16 de junho do ano passado, Silveira disse que Prates estava sendo “no mínimo negligente” com relação ao gás.

“Entre agradar o Jean Paul e cumprir o compromisso do governo com a sociedade brasileira, de gerar emprego e combater desigualdade, prefiro que ele feche a cara, mas que nós possamos lograr êxito na política pública”, disse o ministro, à época.

Alguns dias depois, Prates rebateu, também publicamente. “Não adianta só berrar pelo jornal, nem achar que um está rindo demais e outro está fazendo careta. Não adianta nem careta nem sorriso, adianta trabalhar junto e convergir”, disse, durante coletiva no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ao lado do presidente do banco, Aloizio Mercadante. “Se não tem gás para todos os segmentos, vamos trabalhar o mix (de oferta de energia) em vez de criar polêmica onde não existe.”

Em novembro do ano passado, Silveira cobrou Prates, em uma entrevista à GloboNews, por uma redução mais expressiva no preço dos combustíveis por conta da queda no preço internacional do petróleo. “Eu já esperava uma manifestação para que a Petrobras tivesse apresentado uma redução mais significativa dos preços. Hoje, no óleo diesel, vejo uma possibilidade real de redução entre 32 a 42 centavos e, na gasolina, entre 10 e 12 centavos”, afirmou Silveira.

Prates voltou a rebater: “Jamais o presidente Lula me pediu para baixar ou aumentar o preço de combustíveis. Volta e meia ele (Lula) me liga para saber como está o mercado de petróleo, mas pedir para baixar preço, nunca”, disse, ao ser questionado a respeito das declarações de Silveira.

Segundo pessoas que acompanhavam o processo, um dos pontos de conflito na relação entre Prates e Silveira tinha relação com o plano de investimento. O MME tem restrições aos investimentos massivos em energias renováveis, incluindo a compra de projetos em operação. O ministério questiona esses investimentos, que podem chegar a 15% do total previsto no Plano Estratégico para o período de 2024 a 2028 — e teria o apoio dos conselheiros minoritários, mais interessados em reforçar o braço de exploração e produção da companhia.

TN Petróleo - RJ   15/05/2024

A 2ª edição do ESG Energia e Negócios, organizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), contará com análise inédita da COPPE / UFRJ, que destacará o papel dos combustíveis fósseis, nas próximas três décadas, para a transição e segurança energética globais. O evento ocorrerá no Hotel Fairmont, em Copacabana (RJ), nos dias 27 e 28 de maio.

O estudo “Transição Energética Justa: O Caso do Setor de Óleo e Gás no Brasil”, coordenado pelos professores Roberto Schaeffer, Alexandre Szklo e Pedro Rochedo, indica o papel significativo da indústria brasileira de petróleo e gás neste período para a matriz energética mundial, respondendo por cerca de 10% da demanda total estimada no planeta.

Em conversa exclusiva com a coluna, o presidente do IBP, Roberto Ardenghy, destacou que o petróleo brasileiro tem um papel estratégico no mercado internacional e será relevante no processo de transição energética. “Devemos lembrar que a intensidade de carbono do petróleo brasileiro é baixa, além de sua qualidade ser adaptável ao parque de refino internacional”, comenta o executivo.

Ardenghy ainda indica que as lacunas de oferta de energia que o contexto geoeconômico tem deixado por conta de conflitos, como a guerra entre Rússia e a Ucrânia, fizeram com que empresas e países passassem a entender que a diversificação das matrizes é benéfica, especialmente no que tange a segurança energética.

Neste contexto, o modelo do estudo considera um significativo aumento na utilização dos biocombustíveis em 2050, por se tornarem economicamente mais atrativos em um mundo com o barril próximo dos US$ 100. Além disso, a análise da UFRJ considera uma maior produção do diesel de biomassa.

O presidente do IBP conclui sua avaliação ao apontar que a possível existência de emissões negativas nos segmentos de agricultura, florestas e uso do solo em sinergia com a aplicação de tecnologia da biomassa na captura e armazenamento de carbono permitem uma continuidade do uso de fontes fósseis do Brasil, pela sua baixa intensidade de carbono e com base no conceito de equidade global, enquanto caminhamos para garantir a segurança energética, evitar o retrocesso da pobreza energética e expandir os investimentos em fontes renováveis.

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