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13 de Dezembro de 2023

SIDERURGIA

IstoÉ Dinheiro - SP   13/12/2023

A Gerdau anunciou nesta terça-feira, 12, a conclusão dos investimentos de modernização da fábrica de aços longos Riograndense, em Sapucaia do Sul (RS). A siderúrgica havia dedicado R$ 200 milhões para a melhoria operacional da unidade, que funcionava de forma parcial desde o início de 2022 por conta das reformas, com as atividades primárias de produção de aço paralisadas.

A unidade de Sapucaia do Sul retomou de forma plena as operações desde novembro, contando agora com um sistema tecnológico mais sofisticado e automatizado. O vice-presidente da Gerdau, Rubens Pereira, disse ao Broadcast que as novas instalações devem promover uma redução de custos de produção na unidade, que tem capacidade para fabricar anualmente 450 mil toneladas de aço bruto e 495 mil toneladas de produtos acabados, entre eles o vergalhão, fio-máquina, barras, trefilados e pregos.

“Quando investimos a partir de toda essa perspectiva de digitalização e indústria 4.0, ganhamos muito em produtividade, assertividade da qualidade do produto, reduzimos desperdícios e aumentamos a produtividade ao trazer um maior grau de automatização e digitalização dos processos”, afirmou Pereira.

O investimento de R$ 200 milhões teve como objetivo a modernização das instalações da aciaria (responsável pelas etapas iniciais de produção do aço), implementação de melhorias na jornada de transformação digital e indústria 4.0 e o aprimoramento de melhorias nas condições ambientais e de segurança no processo de produção do aço, como a modernização do sistema de despoeiramento. Foram gerados mais de 400 postos de trabalho diretos e indiretos durante a execução dos investimentos.

Questionado sobre a inauguração da modernização da fábrica em meio a um momento desafiador que o setor siderúrgico enfrenta, por conta da forte entrada de aço importado, o vice-presidente da Gerdau respondeu que a unidade será retomada com plena capacidade.

“Devemos retomar a usina rodando a pleno. A nossa unidade é muito competitiva e fizemos esse investimento muito mais porque somos uma empresa brasileira e acreditamos no Brasil, e eu diria que apesar de ainda seguirmos enfrentando desafios importantes em relação às importações de produtos e com movimentações pouco expressivas para equilibrar esse cenário”, afirmou Pereira.

O executivo acrescentou que o mercado siderúrgico no Brasil permanece muito desafiador. “O nosso investimento é muito focado no longo prazo e na nossa crença de que o mercado brasileiro é forte e importante para a Gerdau”, disse.

Com relação à modernização do sistema de despoeiramento, o vice-presidente da Gerdau afirmou que ele permitirá ganhos ambientais e deve trazer um ganho para a comunidade local.

“Como o processo ocorre com altas temperaturas, onde ocorre a fusão da sucata para transformar o material em aço líquido, muitas vezes há um levantamento de resíduos no processo. Neste sentido, o despoeiramento consegue captar esses resíduos e depositá-los de forma que eles não sejam jogados na atmosfera”, afirmou Pereira.

Atualmente, a unidade Riograndense conta com 1.200 funcionários e produz aços longos a partir da reciclagem da sucata metálica, alternativa considerada ambientalmente amigável. Em média, a Gerdau emite 0,86 tonelada de dióxido de carbono (CO2e) por tonelada de aço produzido, valor considerado a metade da média global do setor, em 1,91 tonelada de CO2e, segundo dados da World Steel Association (WSA), que reúne dados das indústrias siderúrgicas de 63 países.

Money Times - SP   13/12/2023

A Usiminas (USIM5) subiu um degrau na recomendação do Itaú BBA. De venda para “neutra”, a companhia teve suas estimativas atualizadas pela casa após a incorporação de uma nova curva de preços de minério de ferro (mais alta), novas premissas para o preço do aço e benefícios esperados da reforma do Alto-Forno 3.

Projetando preço de US$ 110/tonelada para o minério de ferro em 2024 (de US$ 90/tonelada anteriormente), o BBA revisou em 9% os números esperados para o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a R$ 3,2 bilhões.

Disso, a divisão de mineração deve entregar R$ 835 milhões, superando com folga a projeção anterior de R$ 364 milhões.

Em relação ao mercado de aço, o Ebitda estimado é de R$ 2,2 bilhões no próximo ano, contra R$ 170 milhões em 2023, impulsionado pela queda de 10% nos custos em um ano, “o que deve mais do que compensar uma queda de 5% nos preços realizados do aço no mercado interno”.

Usiminas à espera dos benefícios com Alto-Forno 3

O BBA levanta que a produção de aço no Alto-Forno 3 era de aproximadamente 2 milhões de toneladas anuais antes da parada de manutenção. Retornando à capacidade plena, o volume aumenta para 3 milhões de toneladas por ano, “resultando em ganhos de produtividade em torno de 30%”.

“A Usiminas também espera ganhos de 9% em eficiência de combustível e de 20% no consumo de coque, em comparação com o período anterior às obras de manutenção”, acrescenta.

Em comunicado ao mercado, a Usiminas informou nesta terça-feira (12) que decidiu pelo desligamento temporário do Alto-Forno 1 da Usina de Ipatinga tão logo o Alto-Forno 3 atinja ritmo pré-estabelecido de produção, o que é esperado para acontecer no curto prazo.

O equipamento tem capacidade para produzir 600 mil toneladas por ano de aço, destaca a Genial Investimentos, que levanta como principal causa do desligamento a concorrência com o alto volume de aço importado da China.

A Usiminas explicou que, com isso, busca proporcionar redução de custos e melhoria da competitividade no mercado.
USIM5 está barata, mas risco-retorno não é atraente

As ações da Usiminas são negociadas a 3,8 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2024, patamar considerado barato pelo BBA comparado aos níveis históricos.

No entanto, analistas avaliam que a proposta risco-retorno não está atraente, considerando um potencial de valorização limitado (11,7% com o novo preço-alvo de R$ 9,50) e uma fraca geração de caixa de R$ 240 milhões em 2024 devido a investimentos bilionários.

Valor - SP   13/12/2023

Produto responderá por metade dos aglomerados feitos pela empresa após 2030

Renato Casagrande, governador capixaba (esq.), e Eduardo Bartolomeo, da Vale: Espírito Santo vai abrigar duas unidades de produção de briquetes da empresa — Foto: Divulgação

A Vale deu a partida nesta terça-feira (12) na produção de briquetes, produto desenvolvido pela empresa e que promete ajudar no processo de descarbonização global da siderurgia. A primeira de duas unidades da companhia entrou em operação no Porto de Tubarão, em Vitória, e no ano que vem, com as duas plantas produzindo, serão 2,5 milhões de toneladas, e demanda já garantida para 30 clientes. É a primeira fábrica de briquetes do mundo.

O investimento nas duas unidades em Tubarão - que originalmente eram pelotizadoras - foi de R$ 1,2 bilhão e a meta da mineradora é fabricar, em 2025, 6 milhões de toneladas de briquetes. O vice-presidente executivo de soluções de ferrosos da Vale, Marcello Spinelli, afirmou que os briquetes vão responder por metade da produção esperada de 100 milhões de toneladas anuais de aglomerados (pelotas e briquetes) da companhia, a partir de 2030.

O material é produzido a partir da aglomeração a baixas temperaturas de minério de ferro de alta qualidade, os chamados finos de minério. Ele emite menos particulados e gases como dióxido de enxofre (SOX) e o óxido de nitrogênio (NOX) quando comparado aos processos tradicionais de aglomeração, além de dispensar o uso da água na fabricação.

Nas siderúrgicas que fabricam o aço a partir de altos-fornos, o uso do briquete pode substituir a sinterização, etapa na qual ocorre a aglomeração do minério de ferro, permitindo potencial redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) em até 10%. Já para na produção de aço via rota de redução direta é utilizado o gás natural como alternativa ao coque. Nesse processo, briquetes e pelotas são utilizados para produção de HBI (“hot-briquetted iron” ou ferro-esponja) - produto intermediário entre o minério de ferro e o aço -, que, por sua vez, é colocado em um forno elétrico para produção de aço com menor emissão do que a rota tradicional via alto-forno.

No futuro, com a utilização de hidrogênio verde no lugar do gás, o HBI pode viabilizar a produção de aço verde, com zero emissão de GEE. O briquete está incluído na estratégia da Vale de reduzir em 15% as emissões de escopo 3, relativas à cadeia de valor, até 2035. A empresa já assinou acordos para oferecer soluções de descarbonização com mais de 50 clientes, responsáveis por 35% dessas emissões. A mineradora também busca reduzir as emissões líquidas de carbono diretas e indiretas (escopos 1 e 2) em 33% até 2030, como primeiro passo para zerar as emissões líquidas da companhia até 2050.

Spinelli explicou que a precificação do briquete é semelhante à das pelotas, embora a intensidade de investimentos e o custo de produção sejam metade do necessário na pelotização.

Além das duas unidades em Tubarão - onde a empresa mantém ainda outras seis pelotizadoras -, a Vale tem planos de construir outras oito unidades de briquetes, em parcerias com clientes em regiões como Oriente Médio e Golfo do México, e também no Brasil. A expectativa é buscar áreas com gás natural disponível e oportunidades de mercado, de forma a organizar os “mega hubs”, complexos industriais construídos junto a clientes de forma a otimizar os recursos energéticos e a logística.

Vamos concluir o acordo de Mariana o mais rápido possível”

— Eduardo Bartolomeo

No Brasil, uma das possíveis localidades é o Porto do Açu, no norte do Estado do Rio, onde há disponibilidade de gás competitivo. “O Porto do Açu é uma das localidades que tem possibilidade de ter o gás competitivo e há o interesse sim de ter o desenvolvimento de uma siderúrgica para produzir o HBI [ferro-esponja, usado na siderurgia em usinas de forno elétrico]”, disse Spinelli.

Após a cerimônia de inauguração - que contou com a presença do governador capixaba, Renato Casagrande (PSB) -, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, disse que a empresa segue estudando a possibilidade de instalação de uma planta de hidrogênio verde com a sueca H2 Green Steel. Há um memorando de entendimentos assinado entre as duas empresas que pode viabilizar futuramente o uso de hidrogênio verde no Brasil para a produção de HBI: “É uma questão de encontrar o ponto de equilíbrio da competitividade do hidrogênio para justificar o investimento em uma planta de HBI”, afirmou Bartolomeo.

O executivo disse ainda que a mineradora continua “completamente comprometida” em fechar o acordo sobre a compensação pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG), que causou, em 2015, uma das maiores tragédias ambientais do país. A Samarco é uma joint venture entre a Vale e a BHP Billiton.

“Vamos concluir o acordo o mais rápido possivel”, afirmou. Segundo o executivo, as discussões atuais são sobre o arcabouço jurídico do acordo e os valores ainda não estão na mesa. “O arcabouço jurídico sobre Mariana é complexo, é a primeira parte e a mais importante do acordo”, ressaltou Bartolomeo, que negou que tenha havido problemas no processo de negociação.

O jornalista viajou a convite da Vale

Infomoney - SP   13/12/2023

A Gerdau depositará nesta quarta-feira (13) um total de R$ 822,2 milhões em dividendos referentes à antecipação do exercício social em curso.

A empresa vai pagar R$ 0,470 por ação preferencial, cujo ticker é GGBR4, e o mesmo valor para ação ordinária, a GGBR3. Os proventos são isentos de IR.
Os valores serão calculados e creditados somente para os acionistas que estavam no registro da empresa em 17 de novembro de 2023, que foi a “data.com” – data limite para ter um papel na carteira e ter direito aos proventos anunciados.

A partir de 20 de novembro de 2023, as negociações das ações em bolsa de valores serão realizadas “ex-direito” – ou seja, os posicionados somente a partir desta data não terão direito ao dividendo.

Nesta quarta, a Cury (CURY3) também distribuirá R$ 100 milhões em dividendos intermediários, sendo R$ 0,344 por ação ordinária, para acionistas com papéis no dia 4 de dezembro deste ano.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   13/12/2023

A inflação oficial de novembro ficou em 0,28%, uma aceleração em relação a outubro, quando foi de 0,24%. A alta no preço dos alimentos foi o que mais impactou o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, o IPCA soma 4,68%.

O IPCA mede a inflação para famílias com renda de até 40 salários mínimos. O resultado de 12 meses está dentro do limite da meta do governo, de 3,25% com tolerância de 1,5%, ou seja, até 4,75%.
Alimentos e bebidas

Dos nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE, seis tiveram aumento de preços. O destaque ficou com o item alimentos e bebidas, com elevação de 0,63% - mais que o dobro de outubro (0,31%). A alta representou 0,13 ponto percentual (pp) no IPCA, a inflação oficial do país.

O gerente da pesquisa do IBGE, André Almeida, aponta o fator clima como responsável pela variação positiva de preços. “As temperaturas mais altas e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país são fatores que influenciam a colheita de alimentos, principalmente os mais sensíveis ao clima, como é o caso dos tubérculos, legumes e hortaliças”, disse.

Os preços no subgrupo alimentação no domicílio subiram 0,75%, pressionados pela cebola (26,59%), batata-inglesa (8,83%), arroz (3,63%) e carnes (1,37%). Apresentaram queda o tomate (-6,69%), a cenoura (-5,66%) e o leite longa vida (-0,58%).

Já a alimentação fora de casa subiu 0,32%, alta menor que a de outubro: 0,42%.
Serviços públicos

Outro item que contribuiu para acelerar a inflação de novembro foi habitação, que subiu 0,48% e pesou 0,07 ponto percentual. Reajustes de serviços públicos influenciaram o resultado. A conta de luz aumentou 1,07% por causa de recomposições de preços em Goiânia, Brasília, São Paulo e Porto Alegre. A tarifa de água e esgoto subiu 1,02%, com aumentos localizados em Fortaleza e no Rio de Janeiro.

Apesar de reajustes situados em determinadas cidades, eles entram no cálculo da média nacional do IPCA.
Transportes

Os transportes tiveram alta de 0,27 e impactaram o IPCA em 0,06 ponto percentual. O que mais contribuiu para essa variação foi o preço das passagens aéreas, que tiveram elevação de 19,12% - subitem com a maior contribuição individual (0,14 pp) no IPCA do mês.

Quedas nos preços da gasolina (-1,69%) e do etanol (-1,86%) ajudaram a segurar o preço dos combustíveis, que caíram 1,58%. Tiveram deflação no mês, isto é, recuo nos preços, artigos de residência (-0,42%), vestuário (-0,35%) e comunicação (0,50%).
INPC

O IBGE também divulgou nesta terça-feira (12) o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda de até cinco salários mínimos. O índice subiu 0,10% em novembro, ficando abaixo do anotado em outubro: 0,12%. Em 12 meses, o INPC acumula 3,85%.

O Estado de S.Paulo - SP   13/12/2023

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começou nesta terça-feira, 12, a reunião que vai definir a nova taxa de juros básica (Selic). Para o mercado, não há dúvida de que a taxa que será divulgada amanhã será de 11,75%, um corte de 0,5 ponto porcentual. E a avaliação da maior parte dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast é de que esse ritmo de cortes deve ser mantido para as próximas reuniões.

Das 57 instituições ouvidas, 51 (89%) esperam cortes sequenciais de 0,5 ponto nos juros até a reunião de março de 2024. Outras cinco casas (9%) veem aceleração dos cortes para 0,75 ponto nesse período, sendo que três projetam essa aceleração já para janeiro e duas a partir da reunião de março. A previsão do mercado indica que a Selic chegará a 9,5% no fim desse ciclo de cortes.

A avaliação do Banco Barclays é que a possibilidade de o Copom acelerar o ritmo de cortes é bem pequena, e que o BC deve reforçar a estratégia de diminuir a Selic em 0,5 ponto nas próximas reuniões e mantê-la em nível contracionista (ou seja, visando ao desaquecimento da economia, para não gerar inflação).

“Acreditamos que a barra para o BC acelerar o ritmo de cortes continua alta, o que ampara nossa expectativa de que ele continuará cortando a taxa Selic a um ritmo de 50 pontos-base pelo futuro próximo”, diz o economista do Barclays para Brasil, Roberto Secemski, que espera Selic em 9,5% no fim do ciclo.

Ele vê uma “melhora substancial” da inflação no Brasil ao longo dos últimos meses. Mas destaca que ainda há fatores que devem preocupar o BC. Entre eles, o nível incerto de ociosidade da economia, que se reflete num mercado de trabalho forte, com expectativas de inflação ainda desancoradas.

Para o economista-chefe do Banco ABC Brasil, Daniel Xavier, o comunicado desta quarta-feira pós-Copom deverá repetir o mesmo tom adotado na reunião de novembro. Caso ocorra alguma mudança, ele deve pender para um lado mais “dovish” (de juros menores), diz. O economista ressalta que, desde a última reunião, houve melhora tanto no cenário de inflação doméstico quanto no internacional. Do lado fiscal, acrescenta, o desenvolvimento também foi favorável, com manutenção da meta de resultado primário.

O cenário-base do ABC é de manutenção dos cortes de 0,50 ponto até a reunião de julho, seguido por uma redução final de 0,25 ponto em setembro, levando a Selic para 9%. Sobre uma possível sinalização de aceleração do ritmo de cortes, para 0,75 ponto, Xavier avalia que não há muito espaço. “Não é isso que as falas recentes têm sinalizado”, diz.

A manutenção dos cortes em 0,50 ponto também faz parte do cenário atual do Sicredi. Há um mês, no entanto, a projeção incluía aceleração para 0,75 ponto na reunião de janeiro. A estimativa foi revista diante da preocupação do BC com o cenário internacional, mencionada na última ata do Copom, de acordo com o economista-chefe do banco, André Nunes.

“Manter o ritmo em 0,5 ponto vai ajudar a acertar o passo com o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), que deve cortar juro só no meio do ano que vem. Se o BC acelerar agora, o diferencial de juro vai mudar muito, o que tende a mexer com o câmbio, algo que pode ser desconfortável sob o ponto de vista da inflação”, explica. “O BC parece estar bem confortável com esse ritmo.” Nunes acredita que a frase em que o colegiado menciona a manutenção do ritmo de cortes pelas próximas reuniões deverá ser mantida na próxima comunicação do comitê.

Contraponto

A Asa Investments está entre as casas que seguem apostando numa ampliação do ritmo de cortes da Selic para 0,75 ponto, que no cenário do economista Leonardo Costa deve acontecer a partir de janeiro. Ele cita a continuidade da desinflação de serviços e da média dos núcleos como condicionante fundamental para a intensificação no ritmo de redução. “Temos visto o (diretor do BC) Diogo Guillen frisar isso nas suas apresentações”, afirma.

O economista ressalta, porém, que a desancoragem das expectativas de inflação, com destaque para o ano de 2025, é a principal variável que pode limitar a ampliação dos cortes no início do ano que vem.

Em relação ao comunicado do Copom, Costa espera que haja certa flexibilização no trecho em que o colegiado vinha apontando que os cortes de 0,5 ponto são vistos como o ritmo adequado à frente. “O plano de voo original ainda é manter em 0,5, mas ele pode desamarrar, dizer que o plano é esse mas que não necessariamente será seguido dessa maneira”, diz.

Infomoney - SP   13/12/2023

O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou que o superávit comercial neste ano pode chegar a US$ 100 bilhões, número maior que o estimado até então pelo governo.

Em 1º de dezembro, o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, disse que a expectativa para o superávit comercial neste ano era de R$ 93 bilhões – valor atingido ao fim da semana passada, mas que ainda pode ficar menor, a depender das exportações e importações. Além de vice-presidente, Alckmin também é ministro do MDIC.
O vice-presidente participou da abertura da reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, cuja reunião nesta terça-feira, 12, teve a apresentação das recomendações de comissões temáticas e grupos de trabalho em áreas como Economia do Futuro, Transição Energética, Primeira Infância, e ampliação ao crédito.

Durante o evento, ele também comentou sobre os planos para permitir a depreciação precoce dos investimentos feitos pela indústria, uma das principais reivindicações do setor. Pela proposta, o abatimento tributário dos investimentos no parque produtivo poderá ser feito em apenas um ano, em vez de em dez anos, como atualmente

Alckmin reiterou que com a depreciação precoce o governo não irá abrir mão de imposto, mas de fluxo, e voltou a cobrar uma renovação do parque industrial que, em sua visão, está “envelhecido”.

Segundo o ministro, o Brasil é o segundo receptor de IDP, o que abre muitas oportunidades.

CNN Brasil - SP   13/12/2023

O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 3,1% nos 12 meses encerrados em novembro, uma ligeira queda em relação à taxa anual de 3,2% registrada em outubro, de acordo com dados da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos (BLS, na sigla em inglês) divulgados terça-feira (12).

Mensalmente, o indicador que mede as variações de preços de uma cesta de bens e serviços subiu 0,1% em relação a outubro.

Os preços de moradia subiram pelo segundo mês consecutivo, ajudando a compensar a queda nos preços do gás, que caíram 5,8% em relação a outubro. Os preços dos alimentos ficaram estáveis em relação ao mês anterior.

Os economistas esperavam que os preços permanecessem nivelados ao longo do mês e que a taxa anual caísse para 3,1%, segundo a Refinitiv.

Excluindo os preços dos alimentos e do gás (componentes que tendem a ser mais voláteis), o núcleo do CPI subiu 0,3% em relação a outubro, elevando o aumento anual para 4%. Em outubro, o núcleo do CPI subiu 0,2% ao mês e 4% ao ano.

O CPI básico permanece no nível mais baixo desde setembro de 2021, de acordo com dados do BLS.

O Federal Reserve (Fed) está em uma campanha de meses de aumentos de taxas para reduzir a inflação, que atingiu o maior nível em 41 anos no ano passado.

O banco central tomará a sua última decisão de política monetária na quarta-feira (13) e espera-se que deixe novamente a sua taxa de referência inalterada.

“Isso não terá nenhum impacto significativo na provável decisão de amanhã de manter as taxas estáveis, mas fornece ao Fed alguma munição para reiterar que os cortes nas taxas já em março de 2024 permanecem prematuros”, disse Olu Sonola, chefe de economia regional dos EUA da Fitch Ratings.

“A deflação de bens e energia continua a ser o presente tão necessário que continua a ser oferecido. No entanto, a aceleração da inflação dos serviços básicos, tanto nos serviços de abrigo como nos não-abrigo, é um lembrete de que a trajetória descendente sustentada da inflação nos serviços básicos que o Fed pretende ver ainda não está ao nosso alcance.”

Sonola acrescentou: “A tendência ainda é, sem dúvida, encorajadora, mas os pequenos detalhes aqui vão semear algumas dúvidas”.

Globo Online - RJ   13/12/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a cobrar uma redução mais acentuada na taxa básica de juros, atualmente em 12,75%, e avaliou que o ano de 2024 deve seguir com indicadores positivos para a economia. O Banco Central do Brasil se reúne nesta terça-feira para discutir a redução na taxa de juros.

Haddad deu as declarações ao comentar, nesta terça-feira, a previsão de abertura de empregos formais na casa de 2 milhões para este ano. Por outro lado, as projeções do mercado e da própria equipe econômica apontam para uma desaceleração do PIB no ano que vem, o que pode refletir na empregabilidade.

— Nós devemos terminar um ano com quase 2 milhões de empregos gerados no Brasil e não temos nenhuma razão para acreditar que o ano que vem será pior — disse o ministro da Fazenda. — A taxa de juros começou a cair poucos meses atrás e ainda temos gordura na política monetária e nossa taxa real está muito distante do segundo colocado (no mundo) — complementou.

Haddad participou nesta terça-feira de um plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República (CDESS).

O chamado juro real considera a taxa de juros nominal do país subtraída pela inflação prevista para os próximos 12 meses. A agência Moneyou aponta que o Brasil lidera essa lista com um patamar de 6,90%, seguido do México, com 6,89%.

Empregos

A economia brasileira gerou 1,78 milhão de postos de trabalho com carteira assinada de janeiro a outubro de 2023. Em 2022, nesse mesmo recorte de tempo, o saldo foi de 2,34 milhões.

O número representa o saldo líquido (contratações menos demissões) da geração de empregos formais.

O governo está apostando que o ano deve fechar com 2 milhões de postos criados. A avaliação do Executivo é que o número poderia ser maior sem o efeito da alta de juros sobre a economia.

Esse saldo de empregabilidade foi influenciado pelo desempenho da economia. No começo do ano, a previsão de mercado apontava para um avanço inferior a 1%. Agora, as projeções apontam para uma alta de 2,92%. A equipe econômica do governo vê um avanço de 3%, até o momento, e pode revisar para cime este número.

Em contrapartida, o cenário para 2024 é de queda, com PIB projetado em 1,51% pelo mercado e 2,2% pela Fazenda, o que pode refletir negativamente no nível de empregabilidade.

Juro no mundo

O ministro da Fazenda aposta na redução do juro nos EUA e Europa e efeitos positivos para o Brasil no ano que vem. No geral, a queda de juro em mercados desenvolvidos pode aumentar a atratividade de investimentos em mercados emergentes e contribuir para a valorização das moedas desses mercados. O Brasil está neste cenário.

— Até meados do ano que vem o mundo vai se deparar com política monetária diferente da atual. A atual é de arrocho, tanto nos EUA quanto na Europa. Mas a inflação está convergindo (sendo controlada) — afirma Haddad — Um ciclo virtuoso pode se iniciar no Brasil e estamos concorrendo para isso — diz.

Também nesta terça-feira, Haddad voltou a comentar a relação com o Legislativo e disse que o Congresso “tem sido atencioso” com a agenda econômica do governo.

— O Congresso tem sido atencioso com a agenda, em especial a área econômica e vamos ter uma semana decisiva. Essas medidas são fundamentais para que a gente possa aprovar o orçamento — ponderou, sobre as propostas pendentes de aprovação no Congresso.

Monitor Digital - RJ   13/12/2023

A inflação nos EUA em novembro aumentou 3,1% em relação ao ano anterior, pouco abaixo dos 3,2% do mês anterior, à medida que continuou a esfriar em meio a altas taxas de juros, informou o Departamento do Trabalho dos EUA.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,1% em novembro em uma base ajustada sazonalmente, depois de permanecer inalterado em outubro, de acordo com o Bureau of Labor Statistics do departamento. O chamado núcleo do IPC, que exclui alimentos e energia, subiu 0,3% em novembro, depois de ter subido 0,2% em outubro.

A inflação subjacente aumentou 4% nos últimos 12 meses, sem alteração. É a menor variação em 12 meses desde o período encerrado em setembro de 2021.

Thomas Monteiro, analista do Investing.com, comenta que, “sendo a medida favorita do Fed [Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos], o núcleo da inflação parece mais problemático, uma vez que estagnou em sólidos 4%. O pequeno aumento na leitura mensal do IPC, no entanto, não deve ser visto como uma grande surpresa, dada a resiliência dos números da economia dos EUA”.

“Dado que não prevemos uma recessão no primeiro trimestre de 2024, o Fed não sentirá pressão para terminar o seu trabalho na frente da inflação – o que significa manter as taxas [de juros] mais elevadas durante mais tempo. As eleições presidenciais do próximo ano nos EUA também deverão ter impactos inflacionistas, dada a probabilidade de o atual presidente recorrer a despesas sociais para manter as suas chances de reeleição”, analisa Monteiro.

Desmond Lachman, pesquisador sênior do American Enterprise Institute e ex-funcionário do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse à agência de notícias Xinhua que a inflação nos EUA “parece estar em uma clara trajetória descendente”.

À medida que a inflação desacelera, a maioria dos participantes do mercado espera que o Fed mantenha as taxas entre 5,25% e 5,50% na reunião que começou nesta terça e termina nesta quarta-feira. De acordo com a ferramenta CME FedWatch, os negociantes do mercado financeiro veem atualmente uma chance de 98,5% de o Fed manter as taxas de juros.

Os índices que aumentaram em novembro incluem aluguel, aluguel equivalente ao proprietário, assistência médica e seguro automóvel. Os índices de vestuário, mobiliário e operações domésticas, comunicação e recreação estiveram entre os que apresentaram queda no mês.

Globo Online - RJ   13/12/2023

A indústria offshore brasileira vislumbra um horizonte promissor de novas oportunidades com o descomissionamento sustentável de sistemas de produção marítimos. É um ciclo virtuoso que se inicia no país, abrindo caminho para novos investimentos, ocupação de estaleiros nacionais, geração de empregos e aquecimento da economia circular. O descomissionamento é um conjunto de atividades associadas à interrupção definitiva das operações de unidades offshore — incluindo poços, plataformas e equipamentos submarinos — que estão no fim da vida produtiva, seguindo um caminho natural da indústria de petróleo e gás.

Mas, longe de resultar numa sentença de morte dos sistemas, o descomissionamento com viés sustentável dá uma nova vida às estruturas envolvidas, promovendo a reutilização e a reciclagem de parte dos componentes como dutos submarinos e poços — que são reinterligados —, além de módulos das unidades produtivas, trazendo um efeito multiplicador para a economia e a indústria. O descomissionamento abrange desde a desativação e destinação final das plataformas e dos sistemas submarinos até o fechamento definitivo dos poços, sempre com foco em sustentabilidade, segurança e cuidado com pessoas e meio ambiente.

Para ter ideia, a Petrobras destinará US$ 11 bilhões às atividades de descomissionamento nos próximos cinco anos, envolvendo a destinação sustentável de 23 plataformas, o fechamento definitivo de mais de 550 poços e a remoção de quase 2 mil quilômetros de linhas flexíveis — equivalente à distância entre Rio de Janeiro e Maceió. Depois de 2028, a empresa prevê a remoção de mais 40 unidades, conforme previsto pelo Plano Estratégico da companhia. Pautado pelas mais rigorosas práticas ASG (ambientais, sociais e de governança), o plano de descomissionamento reforça o compromisso global da empresa com a sustentabilidade e a transição energética justa.

abordagem abre novas oportunidades ao propiciar a reciclagem de toneladas de equipamentos e materiais como aço e polímeros, que são recuperados e podem ser reintroduzidos em novas cadeias produtivas, evitando a fabricação e extração de novos recursos. Em outras palavras, é a mais perfeita tradução do conceito de economia circular — com redução de desperdício e reaproveitamento de materiais. Em paralelo, são avaliadas oportunidades para que os equipamentos de cozinha e hotelaria, usados a bordo das plataformas descomissionadas, sejam destinados a projetos sociais.

Nesse movimento, queremos estimular a modernização da indústria, incorporando as melhores práticas internacionais de sustentabilidade. Além de impulsionar a economia circular, essa prática gera oportunidades para alocação de mão de obra nos estaleiros nacionais — e ainda é uma atividade que pode convergir com a construção naval.

A Petrobras deu o pontapé inicial nesse novo modelo de descomissionamento sustentável com a venda das plataformas P-32 e P-33. A P-32 já está a caminho do estaleiro Rio Grande (RS), onde será submetida ao primeiro processo de reciclagem de uma unidade desse porte em solo nacional. Para o futuro, nosso propósito é contribuir para o desenvolvimento de qualificação do mercado nacional, colocando os estaleiros e as indústrias de aço do Brasil no mapa do descomissionamento mundial. Todo um esforço voltado ao respeito aos direitos humanos e ao desenvolvimento da economia local, valorizando o país que a Petrobras representa.

No entanto, para desenvolver todo o potencial da indústria naval nacional, a atuação isolada de uma única companhia não será suficiente. Será preciso criar uma política de fomento consistente, apoiada em regulamentação, para estimular e perenizar a competitividade do setor, envolvendo todos os atores: fornecedores, estaleiros, empresas, entidades representativas e associações de classe, entre outros.

Além disso, será preciso investir maciçamente em infraestrutura para construção ou adequação de estaleiros com o propósito de receber, processar e destinar plataformas oriundas de descomissionamento. Com esse esforço integrado, não há dúvida de que o descomissionamento verde tem todo o potencial para abrir um ciclo virtuoso de investimentos e oportunidades para a economia nacional.

MINERAÇÃO

Valor - SP   13/12/2023

Em 2023, o número de barragens em situação de emergência cadastradas na Agência Nacional de Mineração (ANM) caiu praticamente pela metade neste ano, chegando a 32 estruturas, ante 62 no fim do ano passado. Das estruturas avaliadas, 31 estão em Minas Gerais.

A ANM possui 911 barragens cadastradas no país. Os números foram apresentados em reunião à Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig).

Três barragens permaneceram em nível 3 de emergência, quando o rompimento é considerado iminente ou em curso. Todas ficam em Minas Gerais. Duas delas pertencem à Vale: Forquilha III, em Itabirito (MG), e Sul Superior, Barão de Cocais (MG). A outra barragem em nível 3 de emergência é a barragem da Mina de Serra Azul em Itatiaiuçu (MG), da ArcelorMittal.

A Vale informou que 20 barragens da empresa possuem algum nível de emergência, mas isso não constitui necessariamente alto risco de rompimento. Em relação às barragens em nível 3 de emergência, a Vale afirmou que a zona de autossalvamento (ZAS) dessas duas estruturas já foram evacuadas preventivamente e as duas barragens contam com estruturas de contenção à jusante com declarações de condição de estabilidade “vigentes e aptas a cumprirem seu propósito de proteger as pessoas e o meio ambiente em caso de rompimento”.

Segundo a Vale, as estruturas das duas barragens estão em processo de eliminação. “A barragem Sul Superior está em obras, em fase de remoção dos rejeitos do reservatório. A conclusão da descaracterização da estrutura está prevista para 2029. A Barragem Forquilhas III está em fase de desenvolvimento da engenharia, com obras previstas para serem finalizadas em 2035”.

Ainda de acordo com a mineradora, todas as barragens de rejeito a montante — mesmo modelo das barragens de Fundão, em Mariana (MG), e de Brumadinho (MG), que se romperam em 2015 e 2019, respectivamente — estão inativas. A Vale se comprometeu a eliminar suas 30 barragens a montante até 2035. Até o momento, 13 estruturas foram completamente descaracterizadas.

“Desde 2019, foram investidos cerca de R$ 7 bilhões no programa de descaracterização. A previsão é não ter nenhuma estrutura em condição crítica de segurança (nível de emergência 3) até 2025”, acrescentou a mineradora.

A Vale informou ainda que desde o ano passado 11 estruturas da mineradora deixaram o nível de emergência, graças à adoção de medidas de segurança.

A ArcelorMittal, por sua vez, informou que a barragem da Mina de Serra Azul está desativada e não recebe rejeitos desde 2012. Segundo a companhia, todos os indicadores de segurança da barragem seguem inalterados desde o acionamento do plano de ação de emergência de barragens de mineração (PAEBM), em fevereiro de 2019.

A ArcelorMittal acrescentou que as obras da estrutura de contenção a Jusante - uma barreira instalada para reter o rejeito na hipótese de rompimento da barragem - estão em curso e devem ser concluídas em setembro de 2025.

Essa estrutura permitirá fazer a descaracterização da barragem, que será a retirada de todo o material contido em seu interior e seu desmonte. Além disso, a estrutura deve garantir a segurança do Sistema Rio Manso, já que está dimensionada para conter 100% dos rejeitos.

Essa estrutura, segundo a ArcelorMital, está sendo construída com tubos de aço cravados no solo juntamente com enrocamento (pedra de mão). “Esse modelo foi escolhido com base em rigorosas normas, melhores práticas na área e pensando na mitigação de impactos ambientais, redução do número de empregados na obra e garantia de segurança de todos os envolvidos”, informou a empresa.

A ANM possui uma plataforma de monitoramento em tempo real do nível de emergência e dano potencial de cada barragem. De acordo com a agência, as barragens em nível três são vistoriadas presencialmente a cada três meses.

O consultor de Desenvolvimento Econômico e Institucional da Amig, Waldir Salvador, ressaltou que houve melhora no monitoramento das barragens, graças a uma ação do Ministério Público Federal, que obrigou o governo federal a equipar a agência para fazer uma fiscalização mais efetiva. Recentemente, a agência recebeu mais 25 servidores para fazer a fiscalização das estruturas.

“Os municípios estão razoavelmente tranquilos porque agora há de fato um monitoramento”, disse Salvador. O executivo criticou, no entanto, a falta de recursos da ANM para realizar todas as atividades. Ele observou que o repasse da Cfem, por exemplo, era para ter sido feito no dia 5 aos municípios, mas está atrasado. Também há atrasos nos processos de novas outorgas, pesquisa e lavra de minas. A ANM, por lei, deveria ter 2,1 mil servidores, mas opera hoje com um terço desse número. Os servidores da agência têm remuneração 46% menor que os das outras agências. A instituição também possui um passivo de cerca de R$ 20 bilhões em autuações não avaliadas pelo colegiado por falta de pessoal, entre outros problemas.

Money Times - SP   13/12/2023

Os contratos futuros de minério de ferro se recuperaram nesta terça-feira, com o índice de referência de Cingapura atingindo o nível mais alto desde fevereiro, em meio ao ressurgimento das esperanças de mais estímulos por parte dos formuladores de políticas da China, principal mercado consumidor do minério, para uma recuperação econômica.

O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou o dia com alta de 1,52%, a 969,5 iuanes (135,12 dólares) a tonelada, após uma queda de 0,37% no dia anterior.

A referência de minério de ferro para janeiro na Bolsa de Cingapura subiu 0,63%, a 135,85 dólares a tonelada, devolvendo alguns ganhos anteriores depois de atingir uma alta intradiária de 136,35 dólares a tonelada, o maior valor desde fevereiro.

Os líderes da China iniciaram uma reunião a portas fechadas na segunda-feira para discutir metas econômicas e traçar planos de estímulo para 2024, informou a Reuters, citando quatro fontes familiarizadas com o assunto.

Isso ocorreu depois que o índice de preços ao consumidor (CPI) da China em novembro caiu 0,5%, tanto em relação ao ano anterior quanto em comparação com outubro, segundo dados oficiais. Trata-se de uma queda mais acentuada em comparação com uma pesquisa da Reuters de quedas de 0,1% tanto em relação ao ano anterior quanto em relação ao mês anterior.

A expectativa de uma onda de estocagem de inverno entre as usinas com baixos estoques de matéria-prima também está apoiando os preços do principal ingrediente da fabricação de aço.

“O consumo de minério se manterá em um nível relativamente alto, em parte devido à expectativa persistente de estoque de matérias-primas para o inverno”, disseram os analistas da Huatai Futures em uma nota.

O aumento das matérias-primas fez com que os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai subissem de modo geral. O vergalhão subiu 0,55%, a bobina laminada a quente avançou 0,41% e o aço inoxidável ganhou 0,71%.

Diário do Comércio - MG   13/12/2023

De 32 barragens em situação de emergência no País, 31 estão em Minas Gerais, segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM), apresentados em reunião com a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig). Três delas estão no nível 3 de emergência – em que há risco de rompimento iminente.

A Amig afirma ter segurança quanto às barragens, mesmo as de nível 3, pelo monitoramento constante da ANM e legislação mais rígida após as tragédias de Mariana e Brumadinho, que vitimaram quase 300 pessoas e deixaram impactos ambientais sem precedentes.

As estruturas com risco iminente são Forquilha III, em Ouro Preto; Sul Superior, em Barão de Cocais, ambas da Vale; e a Barragem de Rejeito em Itatiaiuçu, da ArcelorMittal.

“De certa forma, nós estamos muito mais seguros, mesmo dessas com riscos iminentes”, disse Waldir Salvador, consultor de Relações Institucionais e Econômicas da Amig. Ele destaca que a fiscalização da ANM é efetiva sobre as mineradoras, com acompanhamento e contato constantes, o que dá confiança para a associação não temer novas tragédias socioambientais.

“Sabemos que algumas estão em nível 3, mas a agência está acompanhando. Qualquer coisa que tiver que ser alterada, seremos comunicado imediatamente pelas coordenadorias de defesa civil, as secretarias municipais. Então, é muito melhor hoje. A nossa condição de entendimento de barragens nem se compara ao que foi no passado, porque hoje a agência faz isso por nós”, declara Salvador.

As reuniões entre a Amig e ANM são semestrais e foram iniciadas em 2019, após o rompimento da barragem Córrego do Feijão, em Brumadinho.
Mudança por obrigação

Apesar da evolução, o consultor da Amig é enfático ao criticar a transparência das mineradoras. “Isso que a agência faz conosco, na nossa opinião, quem deveria fazer são as mineradoras. Para a sociedade ter noção do que está acontecendo, ficar mais segura. Infelizmente, não mudaram o comportamento. Estão mudando em relação à legislação, que agora é muito mais dura. Se estão dando um jeito de não ter mais barragem a montante, é por uma obrigação legal”, define Salvador.

Ele questiona o uso da mineração sem barragens somente após as tragédias mineiras. A tecnologia existia antes, mas legislação e fiscalização brandas pesaram para que mineradoras optassem pelo caminho mais arriscado. “Costumamos dizer que a mineração brasileira funcionava por autorregulação, de acordo com o que ela queria, porque não tinha ninguém para fazer o papel de fiscal. Como a lei ficou mais pesada, os critérios mudaram e existe fiscalização. Cada dia estamos mais seguros. E nós vamos continuar fazendo, enquanto existir barragem, essa reunião com a agência, porque aí a gente pode confiar”, ressalta.
Medidas para barragens em risco

A ArcelorMittal afirma que a estrutura de Itatiaiuçu está desativada e não recebe rejeitos desde 2012. Desde que o Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) foi acionado, em 2019, seus indicadores de segurança estão inalterados. Eles são acompanhados pelo Centro de Monitoramento 24 horas com atualização diária à ANM.

A mineradora tem construído uma Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ), uma barreira com capacidade para reter todo o rejeito em caso de rompimento. O término das obras está previsto para setembro de 2025. Após a conclusão, será iniciada a descaracterização da barragem, em que todo o rejeito será retirado e ela será desmontada.

Já a Vale disse que a Zona de Autossalvamento (ZAS) das suas duas barragens nível 3 já foram evacuadas preventivamente. As estruturas contam com ECJs e Declarações de Condição de Estabilidade (DCEs) vigentes. Ambas serão eliminadas e estão em processo avançado de descaracterização, com a barragem Sul Superior prevista para ser concluída em 2029. A Barragem Forquilha III está em fase de desenvolvimento da engenharia, com finalização das obras em 2035.

A empresa eliminará suas 30 barragens a montante até 2035, conforme prevê a legislação. Até o momento, 13 estruturas foram descaracterizadas. A previsão é que em 2025 a Vale não tenha mais nenhuma barragem no nível 3.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   13/12/2023

Um robô laranja brilhante, com 3 metros de altura, paira sobre a nova linha de montagem de carros elétricos da Volkswagen no centro da China. Ele foi importado da Alemanha. Os outros 1.074 robôs da fábrica foram fabricados em Xangai.

A Volkswagen costumava importar amortecedores da Europa Central para os carros que produzia nas fábricas chinesas. Agora, ela os compra de uma empresa na China por 40% menos.

Depois de depender durante décadas de engenheiros na Alemanha para projetar carros para o mercado chinês, a Volkswagen começou a contratar uma equipe de quase 3.000 engenheiros chineses, que incluirá centenas de pessoas transferidas de outras operações da Volkswagen na China. Eles projetarão carros elétricos no complexo industrial da VW em Hefei, uma cidade no centro da China.

A nova estratégia, que a Volkswagen chama de “Na China, para a China”, é mais um sinal de como a liderança da China em veículos elétricos tem revolucionado a fabricação global de automóveis. As marcas de automóveis chinesas estão aparecendo mais na Alemanha e em toda a Europa, fazendo com que os políticos se preocupem com a perda de empregos.

Mas a Volkswagen está dobrando seus negócios na China, que é o maior mercado de automóveis do mundo e também o maior mercado da Volkswagen. O objetivo da VW é igualar a velocidade e a eficiência dos fabricantes chineses de carros elétricos, que conquistaram uma fatia cada vez maior do mercado chinês de automóveis. Isso fez com que as vendas dos veículos movidos a gasolina da montadora alemã despencassem na China.

Os governos municipais da China e os bancos controlados pelo Estado têm injetado dinheiro nos fabricantes de carros elétricos, ajudando-os a construir novas fábricas mais rapidamente do que suas vendas cresceram. O excesso de capacidade resultante desencadeou uma guerra de preços que fez com que os preços dos carros elétricos caíssem drasticamente. A Volkswagen quer custos baixos para garantir que seus carros elétricos tenham preços competitivos. Portanto, ela planeja iniciar a produção em Hefei nas próximas semanas de seu novo veículo utilitário esportivo Tavascan para venda na China e exportação para a Europa.

“Todos nós sabemos como é difícil ganhar dinheiro com carros elétricos”, disse Ralf Brandstätter, presidente e executivo-chefe das operações da VW na China.

A necessidade de reduzir custos é tão grande que também significou cortes dolorosos na Alemanha - uma escolha difícil para uma empresa que tem sido um pilar da indústria alemã desde a década de 1930. O estado alemão da Baixa Saxônia detém quase 12% da empresa. Os líderes trabalhistas europeus detêm quase metade dos assentos no conselho de supervisão da empresa.

A Volkswagen está buscando reduzir sua força de trabalho dispendiosa e fortemente sindicalizada na Europa, bem como diminuir sua dependência de fabricantes europeus de autopeças de alto custo. No final de novembro, os executivos começaram a dar a notícia aos funcionários da sede da empresa, em Wolfsburg, de que a redução de empregos na Europa terá de fazer parte de um plano de corte de custos mundial de US$ 10,9 bilhões, iniciado no começo deste ano.

“Para aumentar nossa eficiência, temos de reduzir nossa força de trabalho”, disse Oliver Blume, executivo-chefe da Volkswagen, ao jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Os cortes na Europa e as importações da China podem causar um duplo golpe na Alemanha, onde o setor automobilístico tem sido um dos pilares da economia e é responsável por quase 800.000 empregos. Os analistas do setor preveem que a mudança para veículos elétricos, que são mais simples de montar do que os carros movidos a gasolina, fará com que esse número diminua em 12%.

A VW e as montadoras chinesas começaram a construir instalações na China para fabricar carros elétricos, em vez de converter as fábricas existentes. As novas fábricas, para fabricantes locais como BYD e Nio, bem como para a VW em Hefei, estão entre as mais modernas e altamente automatizadas do mundo.

Em 2016, a Midea, fabricante chinesa de eletrodomésticos, comprou a empresa alemã Kuka, líder na produção de robôs para fábricas de automóveis. A nova fábrica da VW em Hefei usa robôs da Kuka, que transferiu grande parte da produção para Xangai.

No verão passado, a Volkswagen adquiriu uma participação de 4,9% na Xiaopeng, uma fabricante chinesa de carros elétricos que é particularmente forte em eletrônicos de painel de instrumentos. E a VW está substituindo os fabricantes de peças europeus que ainda abastecem suas fábricas chinesas.

“O potencial realmente grande é a localização, para realmente localizar 100% das peças na China”, disse Ludger Lührmann, diretor de tecnologia das operações da VW em Hefei.

A mudança da Volkswagen reflete uma realidade dolorosa para todas as empresas automobilísticas multinacionais tradicionais: Elas foram pegas de surpresa pela rápida mudança da China para os carros elétricos e pelo sucesso das montadoras chinesas em cortar custos, disse Bill Russo, consultor do setor de carros elétricos em Xangai.

Os carros elétricos representam mais de 30% do mercado de automóveis da China, em comparação com 5% há três anos. Até 2025, a VW espera que metade dos carros vendidos na China seja elétrica.

Há muito tempo, as empresas multinacionais vendem a maioria dos carros a gasolina da China por meio de joint ventures com montadoras locais. Mas elas vendem menos de 20% dos carros elétricos da China, e esses são fabricados principalmente pela Tesla, a montadora americana. As fabricantes chinesas de veículos elétricos BYD, Shanghai Automotive Industry Corporation, Zhejiang Geely, Li Auto e Nio avançaram muito mais rápido do que suas contrapartes europeias.

A Volkswagen é líder de longa data em carros movidos a gasolina na China, detendo quase um quinto do mercado por meio de duas grandes joint ventures com empresas estatais chinesas. Mas ela vende menos de 3% dos carros elétricos do país.

A VW está correndo para recuperar o atraso. Sua nova fábrica em Hefei foi projetada para produzir 350.000 carros por ano inicialmente, mais do que o tamanho padrão do setor, que é de cerca de 250.000. E os prédios foram construídos com grandes extensões de espaço vazio em seu interior, de modo que outros equipamentos possam ser rapidamente instalados para aumentar ainda mais a produção.

Construir uma fábrica na China, em vez de converter as fábricas existentes, traz grandes vantagens para a Volkswagen. A partir da década de 1980, quando a China começou a se abrir para o investimento estrangeiro no setor automotivo, Pequim exigiu que as montadoras estrangeiras montassem carros movidos a gasolina na China por meio de joint ventures com suas montadoras estatais e compartilhassem o controle da gestão. A Volkswagen possui 40% de uma de suas joint ventures, com a First Auto Works, e 50% da outra, com a Shanghai Automotive.

Mas Pequim isentou a produção de carros elétricos da regra da joint venture. A Volkswagen detém 75% de sua operação de fabricação de carros elétricos em Hefei - um parceiro local detém o restante - e a VW é totalmente proprietária de seu novo centro de engenharia na cidade. Ela tem controle gerencial total de ambos. A Tesla, a principal fabricante estrangeira de carros elétricos na China, opera em Xangai desde 2019 sem qualquer exigência de joint venture.

As montadoras estrangeiras têm permissão de propriedade total das fábricas que produzem autopeças. Portanto, a conversão dessas fábricas para a produção de componentes de carros elétricos tem valido mais a pena.

Apesar de sua nova e agressiva investida na China, a Volkswagen precisa competir com um setor automotivo doméstico que recebe forte assistência do governo. A apenas 30 milhas de sua fábrica em Hefei, uma rival elétrica chinesa, a Nio, abriu sua segunda fábrica. Sua operação é, em alguns aspectos, ainda mais avançada do que a da Volkswagen - as seções da linha de montagem são essencialmente móveis e podem ser transportadas para novos locais.

O governo local forneceu o terreno e o prédio, disse Ji Huaqiang, vice-presidente de manufatura da Nio. “A Nio não é proprietária da fábrica ou do terreno - ela está alugando, mas a fábrica foi construída sob medida para a Nio”, disse ele.

As duas fábricas da Nio lhe dão a capacidade de montar 600.000 carros por ano, embora sua taxa anual de vendas neste outono seja de apenas 200.000 carros. Apesar disso, a Nio já está construindo uma terceira fábrica.

Os executivos da Volkswagen dizem que, com a China fazendo tanto para desenvolver seu setor automotivo, eles precisam participar. “Construir uma indústria automotiva chinesa”, disse Brandstätter, “sempre foi uma meta clara da política industrial do governo”.

Valor - SP   13/12/2023

Previsões excessivamente entusiasmadas das montadoras sobre os veículos elétricos a bateria levaram à confusão dos investidores; entenda

Cybertruck da Tesla deveria ser entregue em 2021 e custar menos de US$ 40 mil, mas os primeiros chegaram aos clientes em novembro por US$ 60 mil — Foto: Ringo H.W. Chiu/AP Photo

A regra em Wall Street é prometer menos e entregar mais, mas muitos fabricantes de automóveis, incluindo a Ford Motor, a General Motors e a Tesla, fizeram o oposto. Isso prejudicou significativamente os preços das ações. Os investidores devem esperar aprender a lição.

As previsões excessivamente entusiasmadas das montadoras sobre os veículos elétricos a bateria levaram à confusão dos investidores, deixando os acionistas a analisar os dados enquanto procuram compreender o que se passa.

Do lado positivo, as vendas de veículos elétricos a bateria (BEV, na sigla em inglês) aumentaram cerca de 50% ano após ano. Os EUA ultrapassaram um milhão de vendas de BEV num ano pela primeira vez em 2023. E a procura por BEV ainda cresce na China, onde já representam cerca de 25% de todas as vendas de automóveis novos.

No lado negativo, a Ford e a GM atrasaram recentemente bilhões em gastos relacionados com veículos elétricos. A Tesla reduziu os preços repetidamente em 2023. E os fornecedores de peças para EVs emitiram previsões financeiras decepcionantes.

Ainda na segunda-feira (11), a Ford estava ajustando os planos de produção de sua picape elétrica F-150 Lightning, cujas vendas destacam o que está acontecendo. As expectativas foram longe demais: a Ford tem capacidade suficiente para construir 150 mil F-150 Lightnings por ano, mas poderá vender 70 mil em 2024.

A Ford não é a única. Embora a GM planejasse construir 400 mil EVs cumulativamente de 2022 a 2024, vendeu cerca de 100 mil desde o início de 2022, deixando cerca de 300 mil para o período final de cinco trimestres deste plano.

A GM abandonou esse objetivo. As vendas de veículos elétricos na GM devem terminar o ano em cerca de 75 mil unidades, quase o dobro do total de 2022.

Até a Tesla prometeu mais do que entregou, com o Cybertruck como exemplo. Em 2019, o caminhão de formato estranho da Tesla deveria ser entregue em 2021 e custar menos de US$ 40 mil, mas os primeiros veículos chegaram aos clientes em novembro com um preço base de US$ 60 mil.

A pandemia, que atrasou quase tudo, explica parte disso, mas o preço continua alto mesmo após ajuste pela inflação. Há também a orientação financeira da Tesla, mas a empresa já disse que quer aumentar o volume de vendas em 50% ao ano, em média.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   13/12/2023

O custo nacional da construção por metro quadrado no período foi de R$ 1.717,71

A inflação medida pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) foi de 0,08% em novembro, após ficar em 0,14% em outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em novembro de 2022, o indicador tinha avançado 0,15%.

Com o resultado, o indicador se situou em 2,36% no acumulado em 12 meses, ante 2,44% até outubro.

O custo nacional da construção por metro quadrado em novembro foi de R$ 1.717,71, sendo R$ 999,15 relativos aos materiais e R$ 718,56 à mão de obra. Em outubro, esse custo totalizava R$ 1.716,30, sendo R$ 998,35 relativos aos materiais e R$ 717,95 à mão de obra.

A parcela dos materiais subiu 0,08%, ante 0,02% em outubro e 0,01% em novembro de 2022. Já a mão de obra, sem acordos coletivos firmados esse mês, ficou com taxa também de 0,08%, abaixo de outubro de 2023 (0,31%) e de novembro de 2022 (0,35%).

— Foto: Tânia Rêgo/Arquivo/Agência Brasil

PETROLÍFERO

O Estado de S.Paulo - SP   13/12/2023

A Occidental Petroleum anunciou a compra da petrolífera CrownRock por US$ 12 bilhões, fortalecendo seu portfólio nos EUA com ativos da Bacia Premier Permian, localizada majoritariamente no Estado do Texas.

Em comunicado, a petroleira afirmou que espera que o negócio proporcione maior fluxo de caixa livre com base em ações diluídas, incluindo US$ 1 bilhão no primeiro ano com base em um valor de referência de US$ 70 por barril de WTI.

Segundo a Occidental Petroleum, o acordo complementa e aprimora o principal portfólio da empresa com a adição de aproximadamente 170 mil barris de óleo equivalente por dia de produção não convencional de alta margem e baixo declínio em 2024.

“Os mais de 94.000 acres líquidos de ativos de pagamento premium e infraestrutura de suporte da CrownRock estão bem posicionados ao lado do legado de negócios da Bacia Midland da Occidental”, afirma o comunicado.

“Acreditamos que a aquisição dos ativos da CrownRock contribui para o portfólio mais forte e diferenciado que a Occidental já teve. Consideramos a CrownRock uma opção estratégica, dando-nos a oportunidade de construir escala na Bacia Midland e nos posicionando para impulsionar a criação de valor para nossos acionistas com aumento imediato de fluxo de caixa livre”, disse Vicki Hollub, presidente e CEO da Occidental.

Valor - SP   13/12/2023

Queda das cotações se acentuou após divulgação de dados de inflação nos EUA

Os contratos futuros do petróleo operam em forte queda nesta terça-feira, após ganharem terreno no início da sessão, uma vez que as preocupações do mercado com o crescimento mais fraco da demanda e o excesso de oferta pesam sobre o sentimento dos agentes.

Por volta das 11h35 (de Brasília), o contrato futuro do petróleo Brent — referência global — para o mês de fevereiro recuava 2,89%, negociado a US$ 73,83 por barril. Já a referência americana do West Texas Intermediate (WTI) para janeiro tinha queda de 2,94%, negociado a US$ 69,22 por barril.

A queda se acentuou após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que subiu 0,1% em novembro ante outubro e contrariou a expectativa de estabilidade do indicador.

Nas últimas sete semanas, os preços do petróleo caíram devido às preocupações persistentes com o excesso de oferta e ao ceticismo em torno dos cortes de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).

Infomoney - SP   13/12/2023

O Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA cortou sua projeção para o preço do barril do petróleo Brent em US$ 10, de US$ 93 para US$ 83, em 2024, devido às preocupações sobre o aumento da demanda pela commodity, conforme indica em seu relatório com suas perspectivas energéticas de curto prazo (Steo, na sigla em inglês).

Ainda, o órgão reduziu sua previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, de 1,5% para 1,3% em 2024, mas manteve a estimativa de 2023 em 2,4%.
Segundo o Steo, apesar de o barril Brent ter chegado perto de US$ 76 o barril na semana passada, expectativas de diminuição dos estoques da commodity no primeiro trimestre de 2024 deverão impulsionar o preço do benchmarking.

Entretanto, a expectativa é que os cortes de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) compensem o menor crescimento da demanda e evitem aumentos nos estoques globais de petróleo.

“Prevemos que a produção de petróleo bruto da Opep+ cairá mais 600 mil de b/d, em média, em 2024. Esta previsão pressupõe que alguns cortes voluntários na produção da Arábia Saudita serão prolongados até 2024 e a produção global dos países da Opep+ permanecerá abaixo das metas.”

AGRÍCOLA

Portal DBO - SP   13/12/2023

A Jacto, multinacional brasileira de máquinas, soluções e serviços agrícolas, inaugurou no dia 12 de dezembro em Paulópolis, distrito de Pompeia (SP), uma nova fábrica para atender ao mercado interno e externo com as linhas de produtos para pulverização, adubação, plantio, colheita de cana-de-açúcar, além de agricultura de precisão, agricultura digital e veículos autônomos.

“É com imensa alegria que compartilhamos esse momento com nossos clientes, parceiros, amigos e toda a comunidade de Pompeia. Ficar aqui foi uma escolha que considerou o nosso comprometimento com a região e a sociedade local. Temos uma história de 75 anos alicerçada em valores fundamentais que nos possibilitaram prosperar até aqui e que continuam imprescindíveis para o crescimento e a longevidade da nossa empresa”, comenta, em nota, Ricardo Nishimura, presidente do conselho de administração do Grupo Jacto e acionista da empresa.

Em 96 mil m2 de área construída, a planta de Paulópolis segue os conceitos da indústria 4.0 com tecnologias e instalações altamente modernas e sustentáveis.

De acordo com a empresa, a fábrica possui sistema automatizado de pintura, movimentação de materiais realizada por veículos autônomos (AGVs), entre outras tecnologias de vanguarda totalmente integradas ao sistema MES (Manufacturing Execution Systems), com monitoramento e coordenação online de todo o processo produtivo.

Para o funcionamento online e integrado de produção da fábrica, a Jacto investiu na construção de uma rede privada 5G sem fio, homologada pela Anatel. Outro destaque da nova planta são os conceitos de sustentabilidade que reiteram a responsabilidade da empresa com o meio ambiente.

Cerca de 12 mil placas solares foram instaladas para a geração de energia e até 90% da água utilizada nos processos da fábrica podem ser reutilizados. O bem-estar dos funcionários também foi considerado. A nova fábrica oferece espaço de convivência amplo, climatizado, com lanchonete, cozinha e espaço para jogos.

O local onde a fábrica foi construída já comportava o centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Jacto. Agora, passa a abrigar também a área de treinamentos da companhia, que antes ocupava parte do terreno da Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia, também em Pompeia.

“Estamos estreando um novo centro de treinamentos com mais recursos e maior capacidade de qualificação, tanto para a nossa rede de revendedores master como para o nosso time interno que trabalha no suporte aos clientes. Com isso, reafirmamos nosso propósito de buscar sermos reconhecidos como a empresa de máquinas agrícolas com o melhor pós-vendas do mercado”, comenta Fernando Gonçalves, presidente da Jacto.

Além do Brasil, a Jacto possui fábricas na Argentina e Tailândia. A unidade matriz, em Pompeia, permanece ativa.

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