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12 de Dezembro de 2023

SIDERURGIA

Diário do Comércio - MG   12/12/2023

A elevada importação de aço, especialmente da China, tem refletido em perda de empregos, redução da capacidade produtiva e adiamento de investimentos na siderurgia brasileira. Em razão da situação, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) fará novos ajustes e pretende abafar o alto-forno 1, da planta de Ipatinga, no Vale do Aço, nas próximas semanas. A Aperam South América, ArcelorMittal e Gerdau já haviam tomado medidas visando minimizar os efeitos da importação chinesa.

O CEO da Usiminas, Marcelo Chara, disse à imprensa nessa segunda-feira (11) que a empresa não consegue manter os três altos-fornos em funcionamento com o atual cenário do setor. Logo, o alto-forno 1, com capacidade de produzir 600 mil toneladas por ano, será paralisado ainda neste mês ou no início de 2024. Ele não relevou quantos empregados serão afetados, mas afirmou que o desligamento impactará tanto o quadro de trabalhadores próprios quanto contratos de terceiros.

“Várias empresas já anunciaram que paralisaram investimentos, ajustaram produção e demitiram funcionários. Isso é consequência de termos uma ‘invasão sem freio’ de aço, sem nenhuma motivação para pará-la. A importação em igualdade, correta e competitiva, estamos acostumados. É um setor de altíssimo nível e competitividade. O problema é quando é injusto, desleal, subsidiado e, absolutamente, incomparável em condições com as quais produzimos”, criticou.

Para o executivo, a concorrência que a siderurgia brasileira tem diante da chinesa é desleal e, por isso, é necessário que o governo federal tome ações para trazer isonomia para os fabricantes nacionais. Chara espera que o Executivo adote a mesma alíquota de importação de aço praticada por países como os Estados Unidos e México, de 25%, e, dessa forma, ajude a manter a competitividade do setor e não tenha que se deparar com mais alto-fornos sendo paralisados.

Empresa deixou de contratar colaboradores para Ipatinga em virtude de aço da China

Em razão da disputa com o mercado da China, a Usiminas já havia anunciado outros ajustes operacionais. A empresa informou, por exemplo, que deixou de contratar 600 colaboradores, sendo a maioria para a unidade de Cubatão, em São Paulo, onde também reduziu a produção, e outra parte para o empreendimento de Ipatinga. A siderúrgica mineira ainda paralisou um centro de serviços, no estado paulista, em virtude das adversidades que o setor vem enfrentando.

Vale enfatizar que a Usiminas não é a única que passa por dificuldades neste momento. Na última semana, a Aperam decidiu postergar uma nova fase de investimentos na cidade de Timóteo. Em novembro, a ArcelorMittal prolongou a parada técnica programada para três usinas, incluindo a de Juiz de Fora. Antes disso, a Gerdau realizou demissões e paralisou algumas unidades no País, sendo que, em Minas Gerais, apenas a de Ouro Branco está com produção normalizada.
Usiminas faz revisão de modelos de gestão, foca em ações sustentáveis e investe na operação

Nos últimos meses, a Usiminas tem realizado uma profunda revisão de seu modelo de gestão, priorizando ações sustentáveis e investido em melhorias operacionais, segundo Chara.

Conforme o CEO, a companhia vem criando comitês técnicos para melhorar a eficiência energética e de combustíveis nos altos-fornos. Também reativou o alto-forno 3, que recebeu R$ 2,7 bilhões em investimentos que incluem sistemas mais modernos de produção e novos controles ambientais. E contratou uma empresa local para atuar na reparação e preservação da Coqueria 2 como parte de um projeto em curso, cujo investimento é de R$ 1,1 bilhão, até 2026.

“É um cardápio de ações em que estamos confiantes e que já estamos vendo alguns resultados que nos façam mais competitivos para enfrentar esse cenário complexo das importações e para melhorar nossa competitividade, sustentabilidade e relação com a comunidade”, destacou.

ECONOMIA

CNN Brasil - SP   12/12/2023

Enquanto muitos bancos centrais em todo o mundo ainda tentam arrefecer a inflação, a China enfrenta a queda dos preços.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) caiu 0,5% em novembro numa base anual, a maior queda desde o auge da pandemia há três anos, de acordo com dados divulgados pelo Gabinete Nacional de Estatísticas da China no sábado.

A queda marcou uma aceleração na taxa de deflação desde outubro, quando o IPC caiu 0,2% em relação ao ano anterior, e suscitou pedidos de ação urgente por parte de Pequim para impulsionar a procura e evitar uma espiral descendente dos preços.

Os dados surgem dias depois de as autoridades chinesas terem prometido reforçar o apoio fiscal e monetário para impulsionar a segunda maior economia do mundo, que enfrenta uma crise imobiliária, um elevado desemprego juvenil e uma confiança moderada dos consumidores.

A China tem lutado contra os preços fracos durante a maior parte deste ano devido à queda do mercado imobiliário e aos fracos gastos. A deflação é ruim para a economia porque os consumidores e as empresas podem adiar compras ou investimentos na expectativa de que os preços caiam ainda mais. Isso, por sua vez, poderia desacelerar ainda mais a economia e criar um ciclo vicioso.

A inflação ao consumidor começou a desacelerar em fevereiro e tornou-se negativa em julho pela primeira vez em mais de dois anos. Regressou a território positivo em agosto e manteve-se estável em setembro, mas caiu abaixo de zero em outubro.

“A situação de deflação da China está se agravando com o triplo golpe dos preços internos dos alimentos, das correções internacionais dos preços do petróleo e da fraca procura interna”, afirmaram analistas do Citi num relatório de domingo.

“Os sinais de fraqueza dos preços estão agora se espalhando de bens para serviços”, acrescentaram.

Os preços dos alimentos representaram um grande obstáculo ao IPC, caindo 4,2% em novembro em relação ao ano anterior. Em particular, os preços da carne suína caíram 31,8%.

Os preços da gasolina caíram depois que os preços internacionais do petróleo atingiram o nível mais baixo em meses em novembro.

A inflação dos serviços também desacelerou. Subiu apenas 1% em relação ao ano anterior no mês passado, em comparação com um aumento de 1,2% em outubro.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que é impulsionado principalmente pelos preços de commodities e matérias-primas, caiu 3% em novembro, caindo por 14 meses consecutivos.
Mais estímulo necessário

O agravamento da pressão deflacionista lançou ainda mais dúvidas sobre a recuperação econômica da China.

“Não há tempo para hesitações políticas evitarem um ciclo vicioso entre deflação, confiança e atividades”, afirmaram os analistas do Citi.

No final do mês passado, Pan Gongsheng, governador do Banco Popular da China, disse em Hong Kong que a China manteria a política monetária “acomodativa” para apoiar a economia e esperava que os preços no consumidor subissem nos próximos meses.

Na sexta-feira, os altos funcionários da China reuniram-se para uma reunião do Politburo e prometeram fazer mais para expandir a procura interna e estimular os gastos dos consumidores.

A reunião do Politburo, juntamente com a Conferência Anual de Trabalho Econômico Central (CEWC), prevista para o final deste mês, normalmente, definem o tom da política econômica para o próximo ano.

Os investidores aguardam mais detalhes do CEWC sobre a política econômica para o próximo ano, afirmam os analistas do Citi, acrescentando que esperam cortes “iminentes” no rácio de reservas obrigatórias – a quantidade de dinheiro que os bancos devem manter em reserva – e nas taxas de juro.
Milei: vamos lutar com unhas e dentes contra a inflação

IstoÉ Dinheiro - SP   12/12/2023

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, avançou 0,41% na primeira quadrissemana de dezembro, desacelerando em relação ao crescimento de 0,43% de todo o mês de novembro, segundo dados publicados nesta segunda-feira, 11, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Cinco dos sete componentes do IPC-Fipe perderam força ou ampliaram recuo, entre o mês de novembro e a primeira quadrissemana do mês atual. Alimentação passou de uma alta de 1,17% em novembro a um avanço de 1,04% na primeira quadrissemana de dezembro; o item de Despesas Pessoais passou de alta de 0,78% em novembro a um avanço de 0,63% na primeira quadrissemana de dezembro; Saúde foi de alta de 0,79% a um avanço de 0,68%, na mesma comparação; Vestuário passou de baixa de 0,08% em novembro a recuo de 0,17% na primeira quadrissemana deste mês; e Educação foi de alta de 0,04% e um crescimento de 0,03%.

Já dois componentes ganharam fôlego. Habitação foi de uma baixa de 0,01% em novembro a um avanço de 0,09% na primeira quadrissemana do mês atual; e Transportes foi de ganho de 0,02% a um de 0,06%, na mesma comparação.

Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe na 1ª quadrissemana de dezembro:

– Habitação: 0,09%

– Alimentação: 1,04%

– Transportes: 0,06%

– Despesas Pessoais: 0,63%

– Saúde: 0,68%

– Vestuário: -0,17%

– Educação: 0,03%

– Índice Geral: 0,41%

Investing - SP   12/12/2023

Os líderes da China iniciaram uma reunião a portas fechadas nesta segunda-feira para discutir metas econômicas e traçar planos de estímulo para 2024, disseram quatro fontes familiarizadas com o assunto.

A Conferência Anual de Trabalho Econômico Central, durante a qual o presidente Xi Jinping e outras autoridades de alto escalão traçam o curso para a segunda maior economia do mundo no próximo ano, provavelmente terminará na terça-feira, disseram as fontes.

Os investidores estão atentos a pistas sobre a agenda de políticas e reformas do próximo ano, já que a economia da China tem lutado para sustentar uma recuperação pós-pandemia em meio ao aprofundamento da crise imobiliária, preocupações com a dívida do governo local, desaceleração do crescimento global e tensões geopolíticas.

O Politburo, principal órgão de tomada de decisões do Partido Comunista, afirmou na sexta-feira que a política fiscal seria moderadamente fortalecida e seria "flexível, moderada, precisa e eficaz", para ajudar a estimular a recuperação econômica.

Uma enxurrada de medidas de apoio tem se mostrado apenas modestamente benéfica, aumentando a pressão sobre as autoridades para que implementem mais estímulos.

Consultores do governo da China disseram à Reuters que recomendariam metas de crescimento econômico para 2024 que variam de 4,5% a 5,5%, com a maioria favorecendo uma meta de cerca de 5% -- a mesma deste ano.

"É provável que estabeleçamos uma meta de crescimento de cerca de 5%", disse uma pessoa de dentro da política que falou sob condição de anonimato. "Precisamos intensificar o apoio político à economia."

O Conselho de Estado da China, ou gabinete, não pôde ser contatado imediatamente para comentar o assunto fora do horário comercial.

Na semana passada, a agência de recomendação de risco Moody's emitiu um alerta de rebaixamento da nota de crédito da China, afirmando que os custos para resgatar governos locais e empresas estatais endividados e controlar a crise imobiliária pesariam sobre as perspectivas de crescimento da economia.

O crescimento da China está no caminho certo para atingir a meta do governo de cerca de 5% este ano.

Jornal de Brasília - DF   12/12/2023

A queda acentuada da participação da indústria de transformação na economia brasileira nos últimos anos esconde segmentos que vêm batendo recordes de produção, exportação e investimentos.

Tudo relacionado às principais commodities que o país exporta, com cada vez mais verticalização produtiva, valor agregado e volume.

Na esteira do boom do agronegócio, o Brasil acaba de se consolidar como o maior exportador mundial de alimentos industrializados em volume, com 64,7 milhões de toneladas em 2022, à frente dos Estados Unidos.

Nos setores de petróleo e mineração, há crescente beneficiamento de produtos brutos, impulsionando cadeias industriais.

Mas é na alimentação em que o Brasil se destaca. Reunindo 38 mil empresas com 2 milhões de empregos formais e diretos, o setor tornou-se o maior ramo da indústria de transformação, com 24,3% de participação no total de vagas.

Além destes empregos diretos, agrupa outros 10 milhões na cadeia produtiva. No total, responde por 12% de todas as pessoas que trabalham no país.

O setor processa 58% do valor da produção de alimentos do campo, e grãos brutos têm crescente participação na engrenagem industrial voltada aos mercados interno e externo. Nos últimos sete anos, as exportações de alimentos industrializados saltaram de US$ 35,2 bilhões para quase US$ 60 bilhões (+72%).

Enquanto a indústria de transformação em geral encolheu -1,2% de janeiro a setembro deste ano, a de alimentos cresceu 3,9%. A relacionada ao petróleo teve alta ainda maior: 4,8%.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem se debatendo para encontrar fórmulas novas –ou tentar reeditar políticas fracassadas– para a reindustrialização. Mas, sem interferência estatal, a indústria alimentícia investe R$ 30 bilhões por ano e está mudando a alcunha do Brasil de “celeiro do mundo” para “supermercado do mundo”.

Petróleo, minério e agronegócio garantem todos os anos grande parte dos saldos comerciais robustos à balança comercial. Neste ano, a diferença entre exportações e importações pode atingir quase US$ 100 bilhões.

Isto reforçou o colchão de reservas internacionais (cerca de R$ 350 bilhões) e afastou, a partir dos anos 2000, a principal vulnerabilidade brasileira até então: crises externas por falta de dólares.

Mas especialistas questionam se a dependência excessiva do Brasil em produtos básicos não deixaria o país vulnerável a flutuações acentuadas nesses mercados. Seja por aumento da oferta global de petróleo, eventos climáticos com impacto em safras ou desaceleração maior da China, principal mercado do agro e minérios brasileiros.

“Apesar dos riscos, o Brasil está bem posicionado nesse processo [de crescimento das commodities]. Isso normalmente aumenta a poupança doméstica, o que pode gerar mais crescimento e formas de financiar investimentos e a dívida pública”, diz Manoel Pires, coordenador do Núcleo de Política Econômica e do Observatório de Política Fiscal do Ibre-FGV.

Nos setores petróleo, gás natural e minério de ferro, cálculos do economista Bráulio Borges indicam que a receita adicional acumulada pela União deve chegar a R$ 1 trilhão entre 2022 e 2030, na comparação com a década anterior, auxiliando no equilíbrio das contas públicas.

“Mas, no médio prazo, há uma questão importante: como transformar uma riqueza natural temporária em valor agregado, conhecimento, capacidade de inovação, para gerar qualidade no crescimento de longo prazo? Esse é um desafio grande, mas algumas coisas vão acontecendo naturalmente”, diz Pires.

Neste ponto, o fortalecimento endógeno da indústria de alimentos seria boa notícia. Assim como os investimentos crescentes em beneficiamento de petróleo e na siderurgia.

No petróleo, o plano estratégico de US$ 102 bilhões da Petrobras 2024-2028 prevê US$ 17 bilhões para as áreas de refino, transporte e comercialização, com a conclusão de algumas refinarias, o que agregará valor ao óleo bruto.

Segundo Valéria Lima, diretora-executiva de Dowstream do Instituto Brasileiro do Petróleo, importantes investimentos também estão programados na indústria de biocombustíveis mais sofisticados, como para a aviação e os que podem ser misturados ao diesel convencional.

Embora empregue menos tecnologia que indústrias mais sofisticadas, como a eletrônica ou de máquinas e equipamentos, esses setores seriam capazes de criar mais e melhores empregos, contendo um pouco a desindustrialização brasileira.

Segundo o IBGE, a participação da indústria no PIB despencou de 36% para cerca de 11% nos últimos 40 anos. Em boa medida, ela deu lugar à ascensão do setor de serviços, responsável hoje por cerca de dois terços da economia –mas que gera bem menos empregos formais e que são pior remunerados do que os industriais.

Estudos consagrados mostram que empresas formais e exportadoras tendem a ser mais produtivas, com mão de obra especializada, levando-as a contribuir mais para o crescimento sustentável.

Segundo Cleber Sabonaro, gerente de Economia e Inteligência Competitiva da Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos), é o que acontece nos alimentos.

Além da industrialização de produtos tradicionais como açúcar, proteína animal, óleo de soja e suco de laranja, o setor cresce nas áreas de derivados de trigo (como biscoitos), produtos lácteos e café, inclusive em cápsulas, entre outros.

Sabonaro diz que o Brasil ganhou terreno a partir do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, em fevereiro de 2022, quando muitos países exportadores de alimentos interromperam negócios para abastecer o mercado interno.

“Sem prejuízo do mercado brasileiro, que absorve 72% da produção, não deixamos de atender as exportações”, afirma.

No mundo, os principais mercados para os alimentos industrializados do Brasil são China (17,7% de participação), os 22 países da Liga Árabe (16,3%) e União Europeia (15,3%).

No setor de suco de laranja, em que o Brasil desenvolveu tecnologia para exportar o produto sem contato com oxigênio, o país responde por 75% do comércio global, fatura R$ 2,7 bilhões ao ano e gera 200 mil empregos diretos e indiretos, de acordo com Ibiapaba Netto, diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos.

Segundo Lia Valls, coordenadora de Estudos do Comércio Exterior do Ibre-FGV, um dos maiores ganhos recentes do Brasil na agenda internacional é prover segurança alimentar.

“Mas há a interrogação de sempre: é sustentável?”. Valls lembra que alguns países muito dependentes de commodities, como a Noruega (petróleo), criaram fundos com recursos para serem utilizados em momentos de queda no fluxo de receitas. “Mas são políticas que requerem permanência. Não se muda uma estrutura do dia para a noite”, afirma.

Na siderurgia, a ascensão e o beneficiamento das commodities vêm provocando investimentos de R$ 12,5 bilhões ao ano. “O objetivo é melhorar o ‘mix’ de produtos e agregar valor”, afirma Marco Polo de Mello Lopes, presidente-executivo do Instituto Aço Brasil.

Neste momento, no entanto, há risco de planos de expansão serem abortados pelo que Lopes chama de comercialização “predatória” de aço chinês no Brasil.

Segundo ele, há um excedente de produção de 560 milhões de toneladas de aço no mundo (190 milhões na China). Enquanto EUA, União Europeia, Reino Unido e México têm tarifas de importação de 25%, o Brasil segue com proteção de 9,6%.

Apesar do aumento da produção industrial relacionada às commodities no últimos anos, o Brasil acumula déficits constantes na balança comercial de manufaturados: US$ 128 bilhões no ano passado e cerca de US$ 115 bilhões previstos em 2023.

Para Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre-FGV, apesar de avanços como o das indústrias de alimentos, siderurgia e petróleo, com a criação melhores empregos, o Brasil tem muita dificuldade em encontrar um caminho para se reindustrializar.

“Temos políticas ruins criadas no passado, mas que nunca morrem. Não temos capital humano suficiente e o custo do dinheiro para investir é elevado [por causa do desequilíbrio fiscal que leva a juros altos]”, afirma.

“Há, sim, todo um aumento da renda em cidades e regiões próximas ao agronegócio e à indústria do petróleo, mas isso acaba influenciando mais o setor de serviços, que emprega muita gente com baixa qualificação, informais e com salários menores”, diz Matos.

Monitor Digital - RJ   12/12/2023

O índice de preços ao produtor (IPP) da China, que mede os custos dos produtos na porta da fábrica, caiu anualmente 3% em novembro, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) da China no sábado.

Em uma base mensal, o IPP de novembro caiu 0,3% em comparação com outubro, enquanto o IPP permaneceu inalterado, de acordo com os dados.

“Devido a fatores como a queda nos preços internacionais do petróleo e a fraca demanda do mercado por alguns produtos industriais, o IPP do país, em uma base mensal, passou de estabilidade em outubro para queda em novembro, enquanto o declínio do IPP também aumentou em novembro em termos anuais”, disse Dong Lijuan, estatística do DNE.

Os preços dos meios de produção caíram 0,3% na base mensal, contribuindo com 0,24 ponto percentual para o declínio geral do IPP mensal de novembro, segundo dados do DNE.

Em termos de preços ao produtor para os principais setores, os preços para o setor de extração de petróleo e gás caíram 2,8% em novembro, na comparação mensal; os preços para o setor de mineração de minérios de metais não ferrosos caíram 0,5%, e os preços para o setor de processamento de alimentos agrícolas e secundários baixaram 0,8%.

Além disso, os preços do setor de mineração de minérios de metais ferrosos subiram 1,8% na base mensal, e os da produção e fornecimento de gás, 1,4%.

O IPP médio nos primeiros 11 meses de 2023 caiu 3,1% ano a ano, de acordo com os dados

Correio Braziliense - DF   12/12/2023

Começa hoje a última do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em 2023. O consenso de analistas do mercado é que o colegiado, liderado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, anunciará, amanhã, ao final do segundo dia de reunião, mais um corte de 0,50 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), conforme sinalizado na reunião anterior. A decisão manteria o ritmo do ciclo de baixa iniciado em agosto e levaria a taxa para 11,75% ao ano.

A expectativa dos analistas é de que a decisão seja unânime. A atenção estará voltada para o teor do comunicado que será divulgado após o encontro. O BC tem adotado uma postura de cautela na diminuição dos juros, mas o quadro fiscal está piorando, especialmente depois de o governo decidir antecipar o pagamento de R$ 95 bilhões das dívidas de precatórios por meio de crédito extraordinário.

O pagamento dessas dívidas havia sido limitado pela chamada PEC dos Precatórios, aprovada no fim de 2001 por iniciativa do governo de Jair Bolsonaro. A medida permitiu que o então presidente obtivesse superavit primário nas contas federais, em 2022.

Agora, porém, a fatura será salgada, e o rombo mais elevado das contas públicas poderá antecipar o fim do ciclo de cortes dos juros, de acordo com analistas ouvidos pelo Correio. Eles não descartam a possibilidade de a Selic ficar acima 10% no fim do ano que vem, apesar de a mediana das estimativas do mercado coletadas no boletim Focus, do BC, manter há seis semanas a previsão para a Selic em dezembro de 2024 em 9,25% .

O ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas Gomes, por exemplo, acredita que o ciclo de cortes da Selic acabará em março. “Os juros básicos podem ficar entre 9% e 9,5% no fim de 2024, mas, se houver piora no quadro fiscal e o governo não começar a fazer ajustes de despesas, há chances de a taxa continuar em dois dígitos por um período mais prolongado”, alertou Gomes, que é assessor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Dominância fiscal

Gomes ressaltou que é preciso evitar que se repita o quadro fiscal do governo Dilma Rousseff (PT), quando as contas públicas pioraram tanto que o aumento dos juros não conteve a inflação. Em 2016, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estourou o teto da meta, de 6,5% em 2016, encerrando o ano com alta de 10,67%. “Por enquanto, a parte fiscal não está atrapalhando muito a política monetária, mas, se o governo Lula gastar ainda mais e não fizer nenhum ajuste fiscal, a Selic precisará subir novamente, porque haverá riscos de dominância fiscal”, acrescentou.

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, também reconhece que a piora do quadro fiscal é grave, pois o governo tinha um superavit de quase 2% do Produto Interno Bruto (PIB) no fim de 2022 e, neste ano, entregará um deficit nas contas públicas de quase 2% do PIB. E pode ser pior. “Com a antecipação do pagamento dos precatórios, agora, tem muita possibilidade de acontecer uma virada de 4,5% do PIB em pouco mais de um ano. É uma deterioração fiscal muito grande (R$ 450 bilhões)”, considerou Vale.

Ele destacou que o arcabouço fiscal tem uma dependência excessiva de arrecadação a ser obtida com medidas que ainda precisa ser aprovadas pelo Congresso. “Sabíamos que isso ia dar problema. Então, o mercado, finalmente, começou a colocar esses riscos na conta”, destacou Vale, em referência ao aumento das projeções de juros futuros. “As dificuldades eram claras lá atrás, mas, talvez houvesse uma boa vontade de acreditar que o problema poderia ser bem encaminhado. Porém, é muito difícil aumentar a arrecadação pelo Congresso num país que já têm carga tributária muito elevada, de 34% do PIB. Então, a questão fiscal vai continuar mal resolvida.”

O economista-chefe do Banco BV, Roberto Padovani, ressaltou que a taxa de juros real (descontando a inflação) ainda está muito alta, e que o quadro fiscal será o principal impedimento para o BC acelerar o ritmo de cortes na Selic. “É muito pouco provável o Copom aumentar o ritmo de corte para 0,75 ponto percentual, dada a dinâmica fiscal e seus impactos sobre as expectativas de inflação, que estão acima do centro da meta. Além disso, tem muita incerteza em relação ao quadro global e aos movimentos no câmbio. Portanto, acho que o Banco Central, vai manter o ritmo que já foi definido, sem nenhuma surpresa. Acho que essas próximas reuniões acabam tendo poucas novidades também”, disse.

Davi Lelis, sócio da Valor Investimentos, diz que existem dois fatores principais que contribuem para o consenso do corte da Selic em de 0,50 ponto percentual. O primeiro é o dólar, que esteve relativamente controlado nas últimas semanas. Outro fator é a inflação em 12 meses, que está em 4,84%, levemente acima do limite, de 4,75%. “Mas isso não é preocupante e endossa a visão do BC, que considera essa inflação controlada e deve reduzir os juros”, observou.

Nesta semana, apesar de o Boletim Focus ter reduzido a estimativas do IPCA de 2023 de 4,54% para 4,51%, aumentou a mediana da projeção para 2024, usada como horizonte da política monetária, de 3,92% para 3,93%.

Apesar disso, Lelis acredita que o cenário à frente, por ora, é positivo. “Os juros altos foram um remédio muito indigesto e com efeitos colaterais, mas necessário para conter a doença da inflação no Brasil. Com a inflação mais controlada e o dólar caindo, veremos uma gradual redução dos juros”, avaliou.

Novos diretores

De acordo com o economista-chefe da Mirae Asset, Julio Hegedus, é preciso, ainda, estar atento à composição da diretoria da autoridade monetária daqui em diante. Além do Diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, primeiro indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já foram aprovados outros dois nomes, levados pelo governo para as diretorias de Assuntos Internacionais e de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, que devem assumir suas funções em 1º de janeiro.

“Teremos aí uma mudança de composição de diretoria, entrando dois diretores mais alinhados com Galípolo, que talvez seja o futuro presidente do Banco Central. Mas uma aceleração do ritmo de corte no próximo ano, para 0,75%, só deve acontecer se houver uma agenda fiscal bem equacionada e bem amarrada. Não creio que será adotado um afrouxamento monetário mais expressivo em uma situação fiscal delicada como a atual”, ponderou.

Na avaliação de Gomes, da CNC, mesmo com a entrada dos dois novos diretores indicados pelo presidente Lula nas próximas reuniões do Copom, o BC voltará a subir os juros se houver risco de dominância fiscal. “Os novos diretores, quando sentarem naquela cadeira, vão sentir o peso da responsabilidade e vão tomar as medidas corretas”, afirmou.

MINERAÇÃO

Money Times - SP   12/12/2023

Os contratos futuros do minério de ferro caíram nesta segunda-feira devido ao sentimento pessimista dos investidores em função de dados decepcionantes da China, maior mercado consumidor do minério, bem como da queda na demanda pelo principal ingrediente da fabricação de aço.

O minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China encerrou o dia em baixa de 0,37%, a 955 iuanes (133,00 dólares) a tonelada.

O minério de ferro de referência de janeiro na Bolsa de Cingapura caiu 0,64%, para 134,65 dólares a tonelada.

Os preços ao consumidor da China em novembro recuaram no ritmo mais rápido em três anos, enquanto a deflação das fábricas se aprofundou, de acordo com dados do National Bureau of Statistics (NBS). Isso indica o aumento da pressão deflacionária à medida que a fraca demanda doméstica lança dúvidas sobre a recuperação econômica do país.

Isso ocorre depois que Pequim disse que estimularia a demanda doméstica para encorajar a recuperação econômica em 2024, segundo o Politburo, um dos principais órgãos de tomada de decisão do Partido Comunista, conforme citado pela mídia estatal em 8 de dezembro.

A agência de classificação de risco Moody’s emitiu um alerta de rebaixamento do rating de crédito da China em 6 de dezembro, devido à perspectiva de crescimento da segunda maior economia do mundo.

A diminuição da demanda também está pressionando os preços do minério, disseram os analistas.

“A demanda doméstica de minério obviamente enfraqueceu com a queda da produção de metal quente por seis semanas consecutivas; um número crescente de siderúrgicas em muitas regiões do país implementou manutenção anual dos fornos, reduzindo a demanda por minério”, disseram analistas da Sinosteel Futures em uma nota.

“Além disso, as usinas siderúrgicas estão cautelosas quanto a um reabastecimento em meio aos altos preços do minério, e esperamos que os estoques de minério no porto continuem a se acumular nas próximas semanas”, disseram eles.

Money Times - SP   12/12/2023

Acima dos US$ 130 a tonelada, o minério de ferro surpreendeu boa parte do mercado pela resiliência diante das incertezas envolvendo o ritmo de recuperação da economia chinesa.

Mesmo com a correção nos preços nesta segunda-feira (11), o minério de ferro mais negociado na Bolsa de Dalian, com entrega para maio, se manteve nos US$ 133/tonelada, enquanto os contratos de referência em Cingapura fecharam a sessão em US$ 134,65/tonelada.

Segundo a Genial Investimentos, o preço da referência 62% Fe está cerca de 35% acima da média dos últimos 10 anos. O rali do mercado pode ser explicado, na avaliação da corretora, por certo viés especulativo em relação aos efeitos dos estímulos apresentados pelo governo chinês.

“O mercado possui uma rápida reação nos preços, tentando adiantar os efeitos de algumas modificações nas condicionantes de oferta ou demanda, antes mesmo dessas variáveis trazerem suas próprias repercussões materializadas na economia real”, lembra a Genial.

Outro ponto que acabou levantando os preços do minério de ferro aos patamares atuais é a expectativa de aumento da demanda de aço diante de uma potencial recuperação do setor imobiliário na China, visto o sucesso da reestruturação com credores da dívida onshore e offshore da Sunac no fim do mês passado.

“Como as condicionantes em que essa aprovação ocorreu constituem um marco histórico, o sentimento do mercado se voltou para um otimismo em relação a esse evento se repetir para outras incorporadoras que estão com problemas de insolvência, como a Country Garden”, explica a instituição.

A Genial acredita que, enquanto a produção de aço deve apresentar um leve recuo no próximo ano, a demanda, pelo menos chinesa, deve subir 2,5% no comparativo anual, considerando:

Do lado da oferta, a Genial avalia que o que acabou sustentando os preços da commodity é o baixo nível de estoque nos portos, se comparado à média histórica.

Porém, analistas acreditam que os estoques devem subir devido à queda na demanda das siderúrgicas. O volume de minério de ferro nos portos tem aumentado e as companhias siderúrgicas podem reduzir a quantidade que transportam para dentro das usinas devido aos altos preços e à pressão do aumento dos custos do coque metalúrgico, que voltou a pressionar a margem.

Então para onde vai o minério de ferro?

Avaliando os fatores de oferta e demanda para a indústria do minério de ferro, a Genial projeta uma queda nos preços da commodity, considerando a queda esperada para a demanda e uma regulamentação mais rígida na China.

No entanto, a Genial ressalta que existem certos suportes que podem evitar que a desaceleração nos preços seja tão intensa.

A análise atual da corretora sugere que o minério de ferro deve ficar, em média, em US$ 127/tonelada no quarto trimestre de 2023. Em 2024, as novas projeções indicam média de US$ 115/tonelada, ante US$ 95 anteriormente. O primeiro trimestre do próximo ano deve ser marcado pelo minério de ferro a US$ 120/tonelada.

Para o longo prazo (2028), as estimativas foram mantidas em US$ 75/tonelada, diz a Genial.

“Mesmo com os problemas no mercado imobiliário chinês e um setor industrial ainda se fôlego, os preços do minério de ferro continuam mostrando mais resiliência do que o inicialmente esperado, frente as expectativas de mudanças e intervenções do governo, o que é benéfico para o setor de mineração.”
A recomendação para VALE3 e CMIN3

Em meio às novas premissas para o minério de ferro, a Genial atualizou os preços-alvo para Vale (VALE3) e CSN Mineração (CMIN3), as duas ações diretamente ligadas à commodity.

Para Vale, o viés positivo foi reiterado, com um preço-alvo em 12 meses de R$ 82,50 (e de US$ 16,75 para o ADR da mineradora na Bolsa de Nova York).

No caso da CSN Mineração, o preço-alvo das ações foi revisado para cima, a R$ 7,60, sob expectativa de uma geração de caixa mais robusta nos próximos resultados.

“Estamos otimistas que no CSN/CMIN Day a companhia irá divulgar mais crescimento para 2024”, comentam os analistas.

A Genial tem recomendação de compra para ambos os nomes.

Globo Online - RJ   12/12/2023

Anos após os rompimentos das barragens em Mariana (MG) e Brumadinho (MG), o afundamento do solo de bairros de Maceió com a exploração de sal-gema pela Braskem expõe como ainda há falhas de segurança na mineração no país. Poucas leis para endurecer a fiscalização foram aprovadas no Congresso, e há incerteza sobre reparações dos danos.

Em 2019, após o acidente de Brumadinho (e um ano depois de o afundamento do solo em Maceió pelas minas da Braskem ficar evidente), uma comissão especial na Câmara propôs nove leis para aprimorar o controle e a fiscalização de minas e a prevenção a desastres. Só um projeto foi sancionado. Outros dois, recém-aprovados, aguardam sanção.

Enquanto isso, na semana passada, um novo impasse interrompeu a renegociação da reparação a populações afetadas pelo desastre de Mariana em 2015. Governos federal, de Minas Gerais e do Espírito Santo pediram R$ 126 bilhões. Vale, Samarco e BHP propuseram R$ 42 bilhões.

— Aprendemos pouco com essas tragédias. Houve aprovação de algumas leis, mas a restruturação na segurança e controle deveriam ser mais fortes — afirma Suely Araújo, coordenadora de políticas públicas do Observatório do Clima, e que presidia o Ibama nas primeiras discussões após o desastre de Mariana.

Um projeto de lei para o licenciamento, que Suely define como o mais importante, estipula normas gerais para o licenciamento ambiental exclusivo de minerações. Ainda não foi votado.

— Mineração não é como uma indústria instalada com tudo pronto. As áreas de impacto se alteram o tempo todo. O controle ambiental para esses empreendimentos tinha que ser muito mais forte — defende.

Em Maceió, o controle para prevenção tem sido um dos pontos mais criticados. A mina 18, que se rompeu parcialmente no domingo, ficou quatro anos sem ser examinada, o que só voltou a ocorrer em maio.

Ao mesmo tempo em que a discussão sobre leis para reforço de segurança segue a passos lentos, autoridades e empresas tentam resolver as indenizações. No caso de Mariana, os governos e Minas e Espírito Santo assinaram com a Vale, Samarco e BHP um acordo com indenizações e auxílios financeiros a 435 mil pessoas que vivem na bacia do Rio Doce, sem prazo ou teto definidos.

Diante da lentidão e das reclamações de moradores sobre afastamento das negociações, o que resultou em mais ações judiciais — inclusive na Inglaterra, no que é considerado o maior processo da história, com pedido de R$ 230 bilhões em indenização — o Tribunal Regional Federal da 6ª Região tentou negociar a mudança no acordo.

Em nota conjunta, os governos estaduais e a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmaram que “a execução de tais ações demanda aporte de recursos por parte das empresas, em valor condizente com os impactos da tragédia por elas causada”.

A Samarco reiterou sua “confiança na consecução de um acordo” e complementou que “em nenhum momento” recusou-se a pagar os “recursos necessários para a reparação”. A Vale informou que as negociações “seguem em andamento” e que confia que as partes “chegarão a bons termos”. A BHP disse que sempre esteve “disposta a buscar, coletivamente, soluções que garantam uma reparação justa e integral aos atingidos”.

O acordo original previu 42 programas ambientais, econômicos e sociais, executados pela Fundação Renova. Desde 2016, foram pagos R$ 33,38 bilhões, incluindo R$ 13,56 bilhões em indenizações e R$ 2,58 bilhões em auxílios emergenciais. Segundo a fundação, 441 famílias receberam casas novas ou indenizações, para moradia ou comércio, e outras 255 situações têm a “solução definida”. A fundação acrescentou que a qualidade da água do Rio Doce retornou aos parâmetros similares aos anteriores ao rompimento.

O maior desafio foi reconstruir as comunidades destruídas de Paracatu de Baixo e Bento Rodrigues. Inaugurado mês passado, o Novo Bento Rodrigues foi reinaugurado no mês passado. Novo Paracatu tem imóveis prontos, mas ainda não foi inaugurado. Originalmente, os novos distritos deveriam ter sido entregues em 2019.

Temor com nascentes

No caso de Brumadinho, ao contrário de Mariana, o acordo definiu um valor global: R$ 37,68 bilhões para ações em 26 municípios. Até agora, R$ 27,11 bilhões foram pagos (64% de execução), segundo a Vale.

Apesar do planejamento, o assessor jurídico da associação de familiares das vítimas, Danilo Chammas, diz que o principal temor é a segurança das nascentes que abastecem a população.

— Em nenhum momento foi prometido o fechamento de minas. Vão retomar a exploração? — questiona.

A Vale informou que que prioriza o “diálogo aberto com o Poder Público e com as comunidades atingidas, por meio da escuta ativa”, para reparação de Brumadinho, onde mais de 14,3 mil pessoas já foram indenizadas, totalizando R$ 3,4 bilhões.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   12/12/2023

As grandes petrolíferas enfrentam um pequeno inimigo nas ruas da Ásia e da África. Os veículos barulhentos e nocivos que circulam sobre duas e três rodas, transportando bilhões de pessoas diariamente, estão silenciosamente se tornando elétricos - o que, por sua vez, reduz a demanda de petróleo em um milhão de barris por dia este ano.

No Quênia e em Ruanda, dezenas de empresas iniciantes estão competindo para substituir os mototáxis que consomem muito petróleo por outros movidos a bateria. Na Índia, mais da metade de todos os novos veículos de três rodas vendidos e registrados este ano eram movidos a bateria. A Indonésia e a Tailândia também estão incentivando a eletrificação dos mototáxis.

A China domina o mercado. Seu governo começou a promover os veículos elétricos décadas atrás, em uma tentativa de limpar suas cidades cheias de poluição, o que explica por que a grande maioria dos veículos elétricos de duas rodas do mundo está na China.

A mudança para a mobilidade elétrica em geral reduziu a demanda global de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia, de acordo com a BloombergNEF, um braço de pesquisa da empresa de mídia e dados financeiros de Michael Bloomberg. Os veículos de duas e três rodas são responsáveis por 60% dessa redução, ou 1,08 milhão de barris. Juntos, os carros e veículos elétricos menores devem substituir apenas 4% da demanda total de petróleo este ano.

Ainda assim, seu crescimento é vital para a transição energética porque o transporte é responsável por cerca de 20% das emissões globais de gases de efeito estufa. De todas as mudanças que o mundo está fazendo para desacelerar o aquecimento, os veículos elétricos são a única categoria que está no caminho certo para atingir as metas climáticas, de acordo com um exaustivo estudo independente.

Os veículos elétricos também resolvem o problema mais imediato da poluição do ar, que a Organização Mundial da Saúde relaciona a uma estimativa de sete milhões de mortes prematuras por ano.

A grande mudança para veículos elétricos minúsculos é subestimada nos Estados Unidos e na Europa, onde, apesar da popularidade das bicicletas e scooters elétricas, o foco tem sido principalmente os carros.

A maioria global, no entanto, não anda sobre quatro rodas.

Em Nairóbi e Hanói, as motocicletas funcionam como táxis. Em Mumbai, as scooters podem transportar uma família de quatro pessoas. Na China, milhões de pessoas usam bicicletas elétricas para se locomover.

“As bicicletas elétricas são mais silenciosas, muito mais eficientes e boas para o meio ambiente”, disse Jesse Forrester, fundador da Mazi Mobility, que tem 60 mototáxis elétricos, conhecidos como boda-bodas, nas estradas de Nairóbi. “Há uma revolução silenciosa agora no Quênia, impulsionando essa transformação para o futuro.”

A empresa de Forrester está entre as várias que estão competindo para estabelecer um ecossistema de veículos elétricos de duas rodas, vendendo ou montando bicicletas importadas, instalando carregadores e trabalhando com credores para oferecer crédito barato.

Em outros lugares, fabricantes de motocicletas estabelecidos estão lançando modelos movidos a bateria, incluindo uma scooter elétrica por menos de US$ 1.800 da Hero MotoCorp, sediada na Índia. Empresas de compartilhamento de caronas, como a Ola, também sediada na Índia, estão entrando no negócio. E a Honda disse recentemente que estava investindo US$ 3,4 bilhões com o objetivo de vender quatro milhões de motocicletas elétricas por ano até 2030.

O maior obstáculo para os veículos elétricos pequenos é a política governamental. Países como o México, que subsidiam o petróleo em vez das baterias, têm poucos veículos elétricos de duas e três rodas - ou, como disse Karla Ramirez, uma revendedora de motocicletas na Cidade do México, eles são “um produto de nicho”.

‘O futuro do transporte’

Em um posto de gasolina ao lado de uma rodovia perto de Nairóbi, uma equipe da ARC Ride, uma das principais empresas iniciantes de boda-boda elétrica da cidade, estava instalando um gabinete novo e brilhante que se abre com um aplicativo de telefone.

Coloque uma bateria de lítio gasta em um armário vazio, retire uma bateria totalmente carregada de outro armário e você estará pronto para percorrer pelo menos 90 quilômetros (56 milhas) - quase o suficiente para um dia inteiro de trabalho para os motoristas de moto-táxi.

A ARC instalou 72 estações de troca em Nairóbi e tem planos de instalar mais 25 nos próximos meses, uma a cada dois quilômetros nas rotas mais movimentadas da cidade.

“Estamos interessados em uma solução que possibilite o transporte elétrico em massa”, disse Felix Saro-Wiwa, diretor de crescimento sustentável da ARC Ride.

Saro-Wiwa tem um histórico nesse negócio. Seu avô, Ken Saro-Wiwa, foi um ativista dos direitos humanos que chamou a atenção internacional para os danos sociais e ambientais da produção de petróleo em sua Nigéria natal. Ele foi executado em 1995 por um governo militar.

Há cerca de 1.500 boda-bodas elétricas em circulação no Quênia, uma pequena fração dos 1,3 milhão de boda-bodas estimados no país.

Ainda assim, o Quênia está em um momento crítico em sua transição energética. Os preços dos combustíveis dispararam quando a Rússia invadiu a Ucrânia e novamente depois que o governo queniano eliminou os subsídios aos combustíveis fósseis em setembro de 2022. Isso elevou o custo de vida, precipitou protestos contra o governo generalizados, às vezes violentos, e abriu espaço para os defensores da mobilidade elétrica. Os veículos movidos a bateria são mais baratos para operar, embora ainda sejam cerca de 5% mais caros para comprar do que os modelos a gasolina.

Os vendedores de boda-boda, como Mazi e ARC, uniram-se a credores que oferecem empréstimos baratos, que é a única maneira pela qual a maioria dos motoristas no Quênia pode comprar uma motocicleta elétrica. A Uber está testando Nairóbi como a primeira cidade africana com opções de veículos elétricos de duas rodas. O presidente do Quênia, William Ruto, estabeleceu uma meta de 200.000 motocicletas elétricas em todo o país até 2025.

Ainda há muitos obstáculos. A eletricidade é cara. O governo isentou os vendedores de motocicletas elétricas das taxas de importação, mas a política precisa ser aprovada todos os anos, o que dificulta o planejamento das empresas. Há uma burocracia complicada para importar peças. A desvalorização da moeda queniana não ajuda.

As bicicletas elétricas de diferentes start-ups funcionam com baterias e sistemas operacionais incompatíveis, o que dificulta o uso generalizado. Saro-Wiwa, no entanto, está otimista de que, quando a poeira baixar, o afastamento do petróleo e do gás vai decolar. “É assim que será o futuro do transporte no Quênia”, disse ele.

Um mercado sensível ao preço

Shankar Rai está na vanguarda da transição dos veículos elétricos da Índia.

Rai, de 45 anos, pai de três filhos, dirige um riquixá elétrico de três rodas nove horas por dia, seis dias por semana, em Darbhanga, uma cidade indiana de maioria pobre próxima ao Nepal. Ele ganha cerca de 1.000 rúpias (US$ 12) por dia, sendo que quase metade desse valor vai para um amigo, que é o dono do riquixá e o carrega durante a noite. O restante é destinado à alimentação e às taxas escolares.

“Somos pessoas pobres, então conseguimos sobreviver”, diz Rai.

Ele faz parte de um esforço de US$ 1,2 bilhão do governo indiano para garantir que 30% dos veículos em circulação sejam movidos a bateria até 2030.

Grande parte dessa generosidade do governo vai para as concessionárias de automóveis, que repassam a economia para os compradores de riquixás baixando os preços.

Em Darbhanga, um novo riquixá com bateria ácida, como o que Rai dirige, é vendido por cerca de 175.000 rúpias, ou US$ 2.100. Isso é a metade do preço de um riquixá novo movido a gás natural. Carregar a bateria custa 20 rúpias (25 centavos de dólar), um quarto do preço de encher um tanque de gasolina.

Os descontos parecem estar funcionando. A Reliance Industries, a maior empresa da Índia, está convertendo seus veículos de carga de três rodas de gasolina para elétricos. Os serviços de entrega de alimentos estão se tornando elétricos o mais rápido possível.

Chetan Maini, cuja empresa Sun Mobility constrói infraestrutura de carregamento, disse que os negócios estão crescendo rapidamente. Os preços das baterias estão caindo, ajudando a reduzir o custo dos veículos elétricos de duas e três rodas. “Quando o ponto de cruzamento acontece aqui”, previu Maini, “o efeito é muito rápido, em forma de taco de hóquei, porque é mais sensível ao preço”.

Em Darbhanga, cerca de 200 riquixás elétricos são vendidos por mês, de acordo com a Balaji Motors, uma revendedora. Em dois anos, estima um gerente de vendas, os riquixás elétricos dominarão as ruas.

Pelos padrões indianos, Darbhanga, com uma população de 300.000 pessoas, poderia ser considerada uma cidade pacata. Mas não é silenciosa. Os alto-falantes tocam a música dos templos e os jingles de propaganda das lojas ao ar livre. Buzinas buzinam e motores giram.

Nessa paisagem sonora, o ronronante riquixá elétrico de Rai é uma relativa raridade, que encantou um passageiro recente, um professor aposentado chamado Satyen Vir Jha.

Jha, de 65 anos, escolheu o veículo não apenas por ser mais silencioso, mas também por oferecer uma viagem mais suave que é mais fácil para sua coluna ruim. “Outros veículos pioram meu problema”, disse ele, “mas este não”.

Para garantir a segurança, Jha usou uma faixa para hérnia.

O motorista, Rai, acenou com a cabeça em sinal de concordância. Ele dirigiu um riquixá movido a gasolina por 15 anos antes de mudar para o modelo elétrico este ano.

Jha disse que gostava de sentir que estava do lado certo da história. “Se todos os veículos antigos nas estradas fossem substituídos por esses”, disse ele, “teríamos menos acidentes e menos poluição”.

Preso na pista lenta

Balões e reggaeton trouxeram uma vibração de festa durante todo o dia ao showroom de motocicletas de Karla Ramirez no elegante bairro de Polanco, na Cidade do México. Das 30 motocicletas oferecidas, um modelo elétrico - uma moto cinza e branca chamada Voltium Gravity - foi exibido com destaque.

Em uma sexta-feira recente, quando um cliente de rosto sério e de estatura baixa chamado José Antonio Palmares entrou na loja, Ramirez o guiou com desenvoltura até a Voltium.

“É um conceito completamente diferente”, disse ela. “Você não usa gasolina e ele não polui. E você pode testá-lo de graça.”

Palmares disse que gostou da bicicleta “por causa do meio ambiente”. Mas então a dúvida surgiu como uma nuvem: “Tenho muitos morros no meu bairro”, disse ele, “então preciso de potência e peso”.

Ramirez, uma vendedora consumada, levou-o até a estação de carregamento do modelo, explicando que a bateria poderia ser trocada com o passar do cartão.

Palmares levantou uma sobrancelha. “E se minha bateria acabar no meio de uma viagem?”, perguntou. Ele queria dar uma olhada nos modelos movidos a combustível fóssil.

Ramirez estava acostumada com essas dúvidas. Dos cerca de 55 veículos que ela vende em média todo mês, um é elétrico. Não ajuda o fato de o modelo elétrico mais barato ser mais caro do que as bicicletas convencionais. Apenas 1.000 das 1,25 milhão de motocicletas vendidas no ano passado eram movidas a bateria, de acordo com a Associação Mexicana de Fabricantes e Importadores de Motocicletas.

O governo mexicano oferece poucos incentivos para veículos elétricos. “Nosso presidente”, resmungou Ramirez, “gosta demais de petróleo”.

O presidente Andrés Manuel López Obrador bloqueou os esforços para expandir a energia renovável e apostou o futuro de seu país nos combustíveis fósseis, defendendo a Petróleos Mexicanos, a empresa estatal de petróleo. Seu governo, como outros na América Latina, concentra os subsídios nos combustíveis convencionais, juntamente com as viagens de ônibus e metrô.

O preço é a maior barreira para os entusiastas de veículos elétricos de duas rodas, incluindo Ramirez, que dirige uma motocicleta movida a gasolina e está de olho em uma elétrica. “Mas preciso economizar o dinheiro primeiro”, disse ela.

Valor - SP   12/12/2023

Em outubro, no pior momento da seca que atingiu a região Norte e criou problemas de logística para empresas instaladas na Zona Franca de Manaus, a Honda conseguiu ampliar a produção de motocicletas no polo industrial. Algumas montadoras tiveram de reduzir ou paralisar atividades por falta de peças e insumos nesse período. Agora faltando só um mês para fechar o ano, o crescimento estimado para 2023 passou de 10%, anunciado no fim de 2022, para 12%.

“Até o fim de novembro já superamos o volume do ano passado. Vamos fechar 2023 com pouco mais de 1,2 milhão de motocicletas licenciadas”, afirma Marcelo Langrafe, diretor comercial da Moto Honda e CRM da Honda South America. Ele conta que a montadora acumula participação de mercado de 72% no ano, mas atingiu 77% do mês de novembro ainda por conta dos efeitos da seca sobre o setor na Zona Franca.

Segundo a Abraciclo, entidade que representa dez montadoras instaladas em Manaus e cerca de 97% do mercado total, a produção no Brasil acumula crescimento de 10,4% até outubro, último dado oficial, com 1,323 milhão de motos. As vendas internas somam 1,318 milhão unidades, crescimento de 19,2%. A estimativa da associação é fechar 2023 com produção de 1,56 milhão de motos (10,4% no ano) e 1,51 milhão de emplacamentos (10,9%).

O que permitiu à Honda manter a produção no momento de problemas logísticos na região foi o planejamento iniciado em abril. Langrafe diz que o aprendizado do período pós-pandemia, marcado por desequilíbrio mundial na cadeia de suprimentos, foi fundamental para que a empresa se preparasse para uma seca já esperada.

A maior parcela do crescimento de 12% se deu no segundo semestre”

— Marcelo Langrafe

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O executivo conta que houve reforço na disponibilidade de peças e insumos e a reavaliação das rotas logísticas, tanto fluvial, a mais afetada com a seca, como rodoviária e aérea. Os rios na região voltaram a subir nas últimas semanas, mas segundo a Honda a navegação ainda é afetada. A expectativa é que a situação se normalize neste mês.

“O resultado é que a maior parcela do crescimento de 12% se deu no segundo semestre. Em setembro, outubro e novembro tivemos produção acima das 100 mil unidades mensais”, garante. O volume não deve se repetir em dezembro porque o setor tradicionalmente concede férias coletivas entre Natal e a primeira semana de janeiro, o que reduz a produção.

A queda da Selic iniciada em meados do ano pelo Banco Central ainda não surtiu efeito significativo sobre as vendas, segundo a Honda. O consórcio responde por 35% das vendas da montadora. Financiado e a vista dividem os outros 65%. “Em novembro tivemos uma alta no financiamento, mas nada expressivo.”

Apesar do bom desempenho, Langrafe diz que a montadora poderia ter crescido ainda mais, chegando perto de 1,3 milhão de unidades. Ele admite limitações na capacidade de produção, que atingiu os 100%. E mesmo com todo o planejamento, houve falta de componentes para alguns modelos. Um deles, na média cilindrada (entre 161 cm3 e 499 cm3), ficou fora das lojas por quase seis meses.

O estoque da montadora, entre motos em transito e as que estão em uma das 1,1 mil lojas concessionárias, está em nove dias de vendas. Índice considerado baixo para atender a demanda em alta. O ideal seria em torno de 20 dias.

“A realidade de 2022 se repetiu em 2023. Se tivéssemos um pouco mais de capacidade de produção seguramente teríamos comercializado. O que cria o desafio para 2024 de aumentar a capacidade”, afirma o diretor. A Honda trabalha com estimativa de crescimento de 10% no próximo ano.

A montadora concluiu no meio do ano investimento de R$ 500 milhões em Manaus anunciado em 2019. E apresentou um pacote de 10 novos modelos, entre inéditos e renovações, que serão lançados até meados de 2025. O primeiro deles já foi apresentado ao mercado em outubro.

Langrafe diz que é a maior renovação de produtos da história da Honda no país, onde chegou na década de 1970. Hoje a montadora tem 18 modelos e 37 versões.

E entre os inéditos poderia estar pelo menos um modelo elétrico? O executivo responde lembrando que há duas semanas a matriz japonesa anunciou 30 modelos elétricos para o mercado mundial até 2030. “A estratégia para o Brasil deve ser anunciada em breve”, afirma.

A Honda defende o etanol como a melhor opção para o Brasil, neste momento, para atender às exigências ambientais. Pelo tamanho do país, destaca o executivo, o etanol atende as necessidades de infraestrutura de abastecimento e do custo da motocicleta. A montadora começa a exportar, em 2025, a tecnologia do flex brasileiro para outros países, começando pela Índia.

“A eletrificação é importante. Talvez (seja mais viável) para um nicho de mercado, cujas condições de uso e locomoção sejam diferentes das necessidades da grande maioria dos motociclistas”, diz.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O Estado de S.Paulo - SP   12/12/2023

O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil deve fechar o ano de 2023 com uma queda de 0,5%, e se recuperar em 2024, com alta de 1,3%, de acordo com projeções divulgadas pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A nova projeção para o ano aponta piora no desempenho do setor e uma reversão relevante das expectativas. Em 2022, o PIB da construção cresceu 6,8%. No fim do ano passado, a CBIC havia projetado alta de 2,5% para o PIB da construção em 2023. E na metade deste ano, a projeção acabou cortada para 1,5%.

Em sua apresentação, a CBIC explicou que o setor sofreu com os reflexos de uma economia marcada pelas elevadas taxas de juros, pela demora da divulgação das novas condições do Minha Casa Minha Vida e pela desaceleração das obras e reformas domésticas.

Tanto que o PIB da construção recuou 3,8% no terceiro trimestre de 2023 em relação ao segundo trimestre, de acordo com dados divulgados há alguns dias pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este foi o pior resultado do setor, nessa base de comparação, desde que a pandemia chegou ao Brasil, frisou a CBIC.

A CBIC afirmou também que a taxa de investimentos no Brasil preocupa, pois está em patamar muito baixo. Quanto menor o investimento, mais dificuldades o País terá para crescer de forma sustentada, apontou a instituição.

Já para o ano que vem é esperada uma melhora. Isso deve acontecer em função da continuidade do ciclo de corte de juros pelo Banco Central, ajudando a reaquecer a economia como um todo. Também é esperada uma recuperação dos lançamentos de imóveis residenciais, puxado pelo segmento do MCMV.

No segmento de obras públicas, a expectativa é de continuidade de projetos oriundos das concessões de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, bem como novos investimentos decorrentes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O ano eleitoral também deve fazer as prefeituras ampliarem os investimentos.

Sinduscon

Os números da CBIC para o PIB da construção foram menos otimistas que os divulgados pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), que falaram em alta de 1,2% em 2023 e crescimento de 2,9% em 2024, como mostrou o Estadão/Broadcast.

A perspectiva de um ano melhor para o setor está baseada em um conjunto de fatores, conforme explicou a coordenadora de estudos da construção da FGV, Ana Maria Castelo. “Vislumbramos crescimento de consumo de materiais pelas famílias e pelas empresas.”

Um dos principais pontos é a esperada continuidade na redução da taxa Selic, o que deverá se traduzir em queda nos juros dos financiamentos tanto para a construção quanto para aquisição de imóveis em algum momento dos próximos meses, ajudando a revigorar o mercado.

Segundo Castelo, também há uma expectativa de recuperação dos lançamentos de empreendimentos residenciais, puxado principalmente pela melhora nas condições do MCMV, cujas novas regras entraram em vigor em julho. “Há um novo ciclo imobiliário que está claramente se desenhando, alavancado pelo programa”, destacou ela.

Na parte de obras de infraestrutura, também há uma previsão de recuperação, baseada nos projetos já contratados dentro das concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. Por fim, as eleições municipais tendem a acelerar investimentos das prefeituras em obras públicas.

“Depois de dois anos sucessivos de queda no consumo das famílias, agora vemos queda nos juros, inflação sob controle e possibilidade de volta do financiamento. Tudo isso deve ter um efeito positivo”, contou. “Mas estamos falando de um crescimento ainda pequeno, sobre um base fraca”, ponderou.

O vice-presidente de economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, também disse esperar melhora no consumo de materiais pelas famílias. “Estamos vendo crescimento de emprego, o que contribui na recuperação da renda de forma geral. Isso vai ajudar”, afirmou ele. “Tanto que o PIB nacional esta sendo bastante sustentando pelo consumo das famílias, o que nos faz olhar com um pouco mais de otimismo.”

FERROVIÁRIO

Globo Online - RJ   12/12/2023

O Governo Federal deu o primeiro passo para a criação de uma política para o desenvolvimento do transporte ferroviário de passageiros no país. Acaba de ser colocada em consulta pública a minuta do decreto que vai instituir as diretrizes gerais de uma Política de Transporte Ferroviário de Passageiros, regulamentando o tema específico na Lei das Ferrovias.

A minuta ficará em consulta pública até sexta-feira (15). A proposta prevê a criação de medidas para incentivar o uso da infraestrutura existente e também para ampliar a malha ferroviária interestadual e até mesmo com integração internacional. Prevê ainda, entre outras medidas, a possibilidade de concessão aos operadores da exploração imobiliária das estações de trem e arredores, visando o desenvolvimento de receitas não tarifárias para viabilizar a sustentabilidade da operação.

A nova política estabelece um alinhamento no desenvolvimento da malha federal com o planejamento estratégico de ferrovias de Estados e Distrito Federal e com os planos de mobilidade e de desenvolvimento dos Municípios.

São Paulo

No dia 3 de dezembro, o governo do estado de São Paulo abriu uma outra consulta pública sobre o tema: para coletar contribuições da sociedade para a criação de um Plano de Turismo Ferroviário do Estado de SP.

Revista Ferroviaria - RJ   12/12/2023

O Documento (MT) – As obras da primeira ferrovia estadual do Brasil, localizada em Mato Grosso, já começaram. Até o momento, um viaduto foi construído e outros cinco estão em andamento. A infraestrutura ferroviária começou a ser implantada no trecho próximo ao Terminal Ferroviário de Rondonópolis. A ferrovia terá 743 km, com previsão de entrar em operação total a partir de 2030.

A chegada da ferrovia em Mato Grosso foi possível após articulação do Governo do Estado, que em 2020 conseguiu a aprovação de uma lei permitindo a autorização para que a iniciativa privada explorasse ferrovias. A empresa Rumo S/A é responsável por construir os trilhos, que sairão de Rondonópolis, passarão em Cuiabá e chegarão até Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.

O processo de autorização foi conduzido pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), e o contrato é fiscalizado pela Ager. A empresa é responsável pelos projetos e obtenção de licenças.

Segundo a Rumo, atualmente, 600 pessoas trabalham nas obras de implantação da rodovia. No entanto, em 2024, esse número deverá chegar a quatro mil profissionais. Conforme as estimativas da Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), a construção da ferrovia deve gerar 78 mil empregos diretos e 38 mil indiretos.

Para o governador Mauro Mendes, a ferrovia faz justiça ao povo mato-grossense, beneficiando o cotidiano de todos os cidadãos.

“A BR-163 está hoje estrangulada, é um gargalo logístico que nós temos. Com a ferrovia, iremos também cuidar da vida das milhares de pessoas que passam por essa estrada e que terão muito mais segurança”, afirmou, no lançamento das obras.

Em novembro de 2022 as obras começaram com a construção de um viaduto de 107 metros sobre a BR-163, em frente ao Terminal Ferroviário de Rondonópolis. A estrutura foi entregue em maio deste ano e, no momento, outros cinco viadutos, entre Rondonópolis e Juscimeira, estão em construção, com extensão entre 23 e 181 metros.

No total serão construídas 22 pontes, 21 viadutos, cinco passagens inferiores e dois túneis. Os primeiros 8,6 quilômetros dos trilhos também começaram a ser construídos ao lado do Terminal Ferroviário e a terraplanagem é executada em 35 km. Em 2024, a previsão é de obras ao longo de 150 km.

“Essa ferrovia vem trazer para Cuiabá e Mato Grosso o que era esperado por todos nós há mais de 100 anos. Essa obra é um marco de desenvolvimento para Mato Grosso, uma vitória do Estado”, avaliou o secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo de Oliveira.

A ferrovia vai passar por 16 municípios mato-grossenses, garantindo conexão com a malha ferroviária nacional e o Porto de Santos. Além de escoar a produção mato-grossenses, os trilhos vão permitir a chegada mais rápida de produtos e insumos de outras partes do Brasil.

A obra também tem preocupações ambientais. Serão construídas 155 passagens para animais, 126 km de cercas de direcionamento e o primeiro viaduto vegetado de Mato Grosso.

Infomoney - SP   12/12/2023

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta segunda-feira (11) que o governo irá cumprir os contratos de renovação antecipada de concessão de ferrovias brasileiras feitos na gestão Jair Bolsonaro, mas defendeu que o governo irá agir para garantir um valor justo de remuneração pelo prolongamento das concessões.

Recentemente, a Rumo entrou em acordo com a União por conta da renovação da ferrovia Malha Paulista, da ordem de R$ 1,5 bilhão. Há discussões de outras três outorgas, sendo duas delas da Vale e uma da MRS. A expectativa do governo é de arrecadar mais de R$ 30 bilhões com o reajuste das renovações antecipadas.

“O benefício [dado no valor da renovação] foi, em demasia, muito grande. Não precisava renovar tão barato e entendemos que a Vale irá pelo mesmo caminho [de fazer acordo], porque ela entende que é um bom negócio”, disse Filho, durante painel no Fórum Político XP.

Filho prosseguiu que o setor privado não tem o que temer com a revisão das renovações. Questionado se há uma insegurança jurídica por conta da medida, o ministro afirma que o setor privado não tem o que temer, mas que também não pode querer tirar vantagem sobre os ativos públicos.

“Não há o que temer, só não podem esperar que um ativo que vale R$ 60 bilhões custe para eles R$ 600 milhões”, defendeu. “A área de compliance não pode permitir esse nível de ganho, por mais que o governo [anterior] tenha sido ingênuo, o mercado não pode fazer isso”, acrescentou Renan Filho.

Rodoviário

Valor - SP   12/12/2023

Segundo auditoria do Tribunal, o programa destina R$ 35,8 bilhões a investimentos não alinhados com o planejamento setorial

Uma auditoria realizada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no Novo PAC do governo federal apontou que os investimentos em rodovias incluídos no programa não estão alinhados com o planejamento setorial. Segundo o relatório, 45% dos recursos públicos destinados a rodovias no programa foram alocados a empreendimentos de baixo impacto ou sem avaliação, o que significa um montante de R$ 35,8 bilhões.

"É negativamente relevante que valores tão expressivos de recursos públicos sejam alocados em projetos de baixo impacto ou de impacto incerto (não avaliados), ampliando o alto risco de desperdício de recursos públicos", aponta o relatório.

Dos recursos públicos destinados a estradas, 32% (R$ 26 bilhões) foram destinados a projetos de alto impacto e 23% (R$ 18,7 bilhões) têm impacto estimado como médio.

Se considerados os projetos privados incluídos no Novo PAC, são outros R$ 54 bilhões de investimentos (35% dos recursos privados previstos) também alocados a obras de baixo impacto ou sem avaliação pelo plano setorial, segundo a auditoria.

Na análise dos investimentos públicos em ferrovias, não há previsão de projetos de alto impacto na lista de obras. Quase a totalidade dos recursos, R$ 10,3 bilhões, deverão ser destinados a obras de médio impacto e outros R$ 300 milhões, a obras de baixo impacto.

Em relação a esse aspecto, a auditoria identificou um cenário melhor no caso Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, em que "os planos setoriais em andamento não foram o ponto de partida da definição da carteira de projetos, porém teriam sido utilizados para validar as decisões tomadas". Entre os investimentos públicos do setor portuário, 79% (R$ 1,85 bilhão) foram alocados a projetos de alto impacto.

A análise do TCU usou como base os planos setoriais de cada modal, decorrentes do Planejamento Integrado de Transportes instituído em 2020. Os planos setoriais, que já haviam sido aprovados para consulta pública no governo anterior, passam por reavaliação pela nova gestão neste momento — o que, segundo o TCU, tem acontecido “em ritmo lento e intempestivo”. O órgão afirma que a situação esperada era que o planejamento orientasse o orçamento, o que não aconteceu.

Procurado, o Ministério de Transportes afirmou, em nota, que o plano setorial elaborado pela gestão passada usa “metodologia equivocada para nortear investimentos”, e que “trabalha, desde o início do ano, nos ajustes do referido documento, que será apresentado em breve”. Segundo a pasta, o plano rotula empreendimentos como de "baixo impacto" segundo a viabilidade para concessão ao setor privado e não do ponto de vista "socioeconômico, de integração nacional e de segurança pública". A pasta diz que “reforçará seus argumentos junto à Corte de Contas, a fim de esclarecer possíveis equívocos".

Outra crítica do TCU, que se aplica às duas pastas de infraestrutura, é que o processo de decisão sobre quais projetos entrariam no Novo PAC não é rastreável e não estão claras as motivações para a inclusão das obras. "A fiscalização apurou que não existem processos administrativos no MT [Ministério dos Transportes] e no MPOR [Ministério de Portos e Aeroportos] que detalhem a motivação da escolha dos projetos encaminhados ao novo PAC. Também não existe registro sobre quais critérios foram utilizados para escolher o modo de financiamento da infraestrutura – se obra pública ou parceria privada".

Ainda segundo o relatório do TCU, "os gestores têm se mostrado abertos a aprimoramentos da situação encontrada. Após a Matriz de Achados, a equipe de fiscalização teve reuniões com o Ministério dos Transportes e de Portos e Aeroportos e Infra S.A. Os gestores apresentaram medidas que estão desenvolvendo ou planejando que, caso confirmadas no monitoramento, podem sanar parte dos problemas identificados".

Como conclusão, o TCU determina que os ministérios de Transportes e Portos e Aeroportos apresentem, em 30 dias, "a motivação explícita, clara e congruente que justifica a inclusão de cada novo investimento logístico no novo PAC, indicando os custos, prazos, impactos, benefícios e riscos considerados na tomada de decisão".

Além disso, o órgão recomenda que sejam definidos "mecanismos e procedimentos legais para incentivar o uso do planejamento logístico na alocação orçamentária e em programas de investimentos" e a criação de "projeto de Lei que estabeleça a exigência de critérios mínimos, a exemplo de análises preliminares de custo-benefício social e ambiental, para a inclusão dos projetos logísticos materialmente relevantes nos orçamentos públicos, a fim de evitar obras inviáveis ou de baixa viabilidade socioeconômica". Ao Ministério dos Transportes, o TCU recomenda que se inclua nos planos setoriais uma "análise de custo-benefício socioeconômico para indicar a vantajosidade dos empreendimentos classificados".

Procurado pela reportagem na tarde desta segunda-feira (11), o ministério de Portos e Aeroportos não respondeu até o momento.

NAVAL

CNN Brasil - SP   12/12/2023

Os terminais portuários de uso privado (TUPs) se destacaram na movimentação de contêineres no terceiro trimestre e alcançaram 40,1% de participação nesse tipo de carga, segundo números da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Nos últimos cinco anos, a fatia dos TUPs na movimentação de contêineres subiu nove pontos percentuais. Caso o ritmo de crescimento verificado em 2023 se mantenha, os terminais privados vão superar os portos públicos em até três anos, conforme estimativa da Associação de Terminais Portuários Privados (ATP).

“Essa expectativa se fortalece quando observamos as perspectivas de novos terminais, já autorizados para movimentar contêineres, como a Imetame no Espírito Santo”, diz o presidente da ATP, Murillo Barbosa.

Entre julho e setembro, foram movimentados 1,2 milhão de TEUs (equivalentes a um contêiner de 20 pés). De acordo com Barbosa, a movimentação de cargas conteinerizadas desempenha um papel crucial no cenário global do transporte de mercadorias.

“A utilização de contêineres oferece eficiência logística, segurança e versatilidade, tornando-se uma escolha preferencial para o transporte de mercadorias de alto valor agregado. Nesse cenário, os TUPs têm alcançado grande evolução de resultados, como atestam os números do terceiro trimestre”, afirma.

Os portos públicos — como Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Paranaguá (PR), Suape (PE), Aratu (BA), Rio Grande (RS) — são administrados pelo Estado e têm seus terminais específicos operados pelo setor privado. São como um shopping center, em que a gestão de responsabilidades comuns (acesso terrestre, dragagem de canais aquaviários, segurança) é estatal e as lojas (os terminais) são privadas.

No caso dos TUPs, tudo é privado — inclusive essas responsabilidades citadas, como dragagem e acesso terrestre.

Entre os 11 TUPs que movimentaram contêineres no terceiro trimestre, cinco associados da ATP se destacaram: Portonave (SC), Itapoá (SC), a DPW (SP), Chibatão (AM) e o Terminal Portuário de Pecém (CE). Juntos, os terminais movimentaram 95,2% do total de contêineres transportados por meio dos TUPs.

Porto Gente - SP   12/12/2023

Identificando os pilares estratégicos necessários à ancoragem da inovação

Regionalizar o Porto de Santos (SP) vai além do túnel submerso ligando as margens do seu canal de acesso aprofundado. A começar por utilizar o seu potencial regional para construir o porto do futuro, como uma meta permanente. Ser uma Autoridade Portuária para empresas que atuam no porto e tantas outras que fazem negócio utilizando o principal porto do hemisfério sul. Operacionalmente, ser um centro de competência portuária de excelência com foco no amanhã.

Fazer a Autoridade Portuária uma potência dinâmica, fomentadora de investimentos, parcerias e negócios sustentáveis na área portuária são práticas de gestão que conduzem a resultados renovadores, integrando e dinamizando estruturas hoje desconectadas dessa realidade. Como é o caso da Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), cuja região-fim cresceu pela força do comércio marítimo. E abrange uma extensa área com conexões ambientais para uma vida sustentável imensa e rica.

Do Porto de Santos saiu o sustento da família do presidente Lula, na sua infância. É imperativo que a Autoridade Portuária de Santos promova um planejamento físico e espacial (master plan) para construir o futuro da região portuária da Baixada Santista. De uma ampla área em que os prefeitos ainda não perceberam a força do comércio marítimo, por falta de afinidade necessária entre a Agem e o Porto de Santos, devido à visão limitada sobre a atividade portuária, e práticas políticas pobres.

Entretanto, o mundo mudou e agiliza velozmente. Regionalizar o Porto de Santos, que no passado recente toda a sua diretoria saiu algemada pela Polícia Federal, significa ter competência e eficácia para fazer essa transição de modo a participar do novo tempo que cruza os oceanos e ser competitivo na sociedade da informação. O prêmio conquistado meses atrás, na Associação Americana das Autoridades Portuárias (AAAP), na categoria Alianças Público-Privado como projeto de cooperação com startups expõe um quadro de profissionais capacitados. É preciso continuar e ir muito além.

A inovação, exigida cada vez mais pela concorrência, deve abranger, no âmbito tecnológico, compensação dos empregos que ela não cria ou exclui. O potencial enorme da Região Metropolitana da Baixada Santista - RMBS para o comércio internacional ainda está para ser bem conhecido e construída a sua estrutura produtiva sustentável. Missão devida e que há décadas espera-se da Autoridade Portuária de Santos.

Valor - SP   12/12/2023

Seis áreas distribuídas nas regiões Sul, Norte e Nordeste serão leiloadas amanhã

O governo federal espera contratar quase R$ 1 bilhão em investimento com os leilões de arrendamento de terminais portuários programados para amanhã (13). Ao todo, serão ofertadas, na sede da B3, em São Paulo, seis áreas distribuídas nas regiões Sul, Norte e Nordeste.

“O foco desses leilões são as áreas que vão aumentar a movimentação de cargas de alguns segmentos importantes da economia do país, como sal, fertilizante, granéis vegetais e minério”, afirmou Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos.

Ele calcula que o volume de investimento a ser contratado esta semana será parte dos quase R$ 10 bilhões que o governo espera atingir com os novos arrendamentos nos próximos três anos.

O maior volume de investimento, de R$ 910 milhões, vai para o terminal PAR09, no porto de Paranaguá (PR). São 35 anos de contrato voltado para a movimentação de soja, milho e farelos.

O arrendamento do terminal de Paranaguá será negociado pela própria autoridade portuária em leilão convencional. Os demais ativos serão ofertados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) na modalidade simplificada. Isso porque os cinco projetos têm investimento inferior a R$ 50 milhões e contratual de até dez anos. Esse modelo nem sequer exige aval prévio do Tribunal de Contas da União (TCU).

O Valor apurou que todos os terminais contaram com entrega de envelopes com lance, o que garante que nenhum dará “vazio”, por falta de proponente.

Pela modalidade de leilão simplificado, serão ofertados os seguintes terminais: RIG71, no porto de Rio Grande (RS); POA02 e POA11, no porto de Porto Alegre; VDC04, no porto de Vila do Conde (PA); e MAC15, no Porto de Maceió.

A Antaq foi questionada se o terminal MAC15, em Maceió, teria alguma relação com a exploração de sal-gema da Braskem, atividade que provocou afundamento de solo em bairros da capital alagoana, e também se o embarque de sal ofereceria algum risco adicional. A agência não respondeu à reportagem até a conclusão desta edição.

Em 2024, os destaques são os leilões de dois terminais no porto de Itajaí (SC), cada um com investimento de R$ 2,7 bilhões, e o canal de acesso ao porto de Paranaguá, com mais R$ 1 bilhão.

Portos e Navios - SP   12/12/2023

O Complexo Portuário de São Francisco do Sul foi autorizado a receber embarcações com até 51 metros de largura. A permissão, que entra em vigor na próxima semana, beneficia os portos de São Francisco e Itapoá.

A autorização foi concedida, no início de dezembro, pela Capitania dos Portos de São Francisco do Sul, após reuniões junto à Marinha do Brasil, diretorias dos portos e representantes da praticagem local. Até agora, a largura máxima permitida no Complexo era de 49 metros de boca.

“Essa conquista é apenas o começo: após obtermos a autorização para atracações de embarcações desse porte, nosso próximo passo é viabilizar a obra da dragagem de aprofundamento do canal de acesso, colocando o complexo portuário em condições ideais para receber os navios de 366 metros de comprimento", afirmou o diretor de Operações e Logística do Porto de São Francisco, Pablo Fonseca.

Fonseca prevê que a dragagem, com custo de R$ 290 milhões, seja iniciada já em 2024. Ele explica, ainda, que após a realização de cada manobra com navios de 51 metros de largura, serão encaminhados relatórios técnicos à Delegacia da Capitania dos Portos de SC, buscando obter a homologação definitiva para esse tipo de operação.

PETROLÍFERO

IstoÉ Dinheiro - SP   12/12/2023

O petróleo fechou em alta e perto da estabilidade nesta segunda-feira, 11, com temores com uma desaceleração chinesa contrabalançando perspectivas otimistas para a demanda americana e europeia. A sessão calma precede dias de agenda econômica intensa, com direito a decisões de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 0,13% (+US$ 0,09), a US$ 71,32 o barril, ainda abaixo da marca de US$ 70, que ultrapassou na sessão anterior. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,25% (US$ 0,19), a US$ 76,03 o barril.

A cotação oscilou entre território positivo e negativo durante o dia, mas sem muita aceleração para cima ou para baixo. A analista Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown, disse que o otimismo com as economias de EUA e Reino Unido apoiaram o petróleo, mas que os ganhos deverão ser contidos em meio às preocupações com a China.

A inflação ao produtor (PPI) e ao consumidor (CPI) da China caíram mais do que o esperado por analistas consultados pelo Wall Street Journal, de acordo com dados publicados nesse fim de semana. Analista da CMC Markets, Michael Hewson avaliou que os temores com a demanda global após os indicadores limitaram a tendência altista vista na sexta-feira, 7, quando o petróleo fechou em alta.

Segundo a analista Isabela Garcia, da StoneX, essa valorização pode estar associada com o anúncio do Departamento de Energia nos Estados Unidos, na semana passada, de compra de até 3 milhões de barris de petróleo até março de 2024. “O mercado entende que o processo de compra pode influenciar a demanda no curto prazo. Mas vale frisar que o processo de restocagem deve se estender por longos períodos”, comentou ela. “Em geral, o que a gente observa é ainda a ausência de fundamentos altistas relevantes.”

No noticiário, o New York Times reportou que a Arábia Saudita se tornou o maior obstáculo a um acordo de eliminação progressiva dos combustíveis fósseis na COP28. A petroleira Occidental Petroleum anunciou que vai adquirir ativos da CrownRock por US$ 12 bilhões, fortalecendo seu portfólio onshore nos EUA com ativos da Bacia Premier Permian, localizada majoritariamente no estado do Texas.

Valor - SP   12/12/2023

Serão concedidos 38 blocos para concessão, onde vence quem paga maior bônus de assinatura, e por partilha, vencido por oferecer mais óleo à União

Rodolfo Saboia: “Brasil não é mais um país que depende da iniciativa da Petrobras para participar de leilões” — Foto: Leo Pinheiro/Valor

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai ofertar 38 blocos exploratórios em leilão na quarta-feira (13). Os blocos serão leiloados em sessões públicas, no Rio. Serão dois eventos no mesmo dia: o quarto ciclo de oferta permanente sob regime de concessão e o segundo sob o regime de partilha de produção. Pelo modelo de concessão, há pelo menos 21 empresas aptas a fazer lances, segundo a ANP.

No regime de concessão, as áreas arrematadas são concedidas às empresas. Os critérios para vencer o leilão de uma área de petróleo sob esse regime são a oferta do bônus de assinatura e o Programa Exploratório Mínimo (PEM). O bônus de assinatura é o valor em dinheiro pelo bloco. O PEM é um conjunto de atividades que o vencedor da área no leilão se compromete a executar na primeira fase do contrato de exploração.

Sob o regime de partilha, são oferecidas áreas no pré-sal. O critério para definir o vencedor é quem oferece à União o maior excedente em óleo. A estatal Pré-Sal Petróleo (PPSA) representa a União nos consórcios dessa modalidade. O excedente em óleo é a parcela da produção de petróleo e ou gás natural a ser repartida entre a União e a empresa vencedora.

O leilão é realizado em momento de debate global, no âmbito da COP28, em Dubai, sobre a produção e o consumo de petróleo. Uma saída gradual dos combustíveis fósseis é tida por especialistas como importante para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. No cenário local, organizações não governamentais (ONGs) afirmam que os blocos das bacias de Campos e Santos, incluídos na oferta, têm potencial de impactar 140 unidades de conservação nas regiões do Rio e de São Paulo.

O leilão também vai ofertar 33 setores sob o regime de concessão, além da área com acumulações marginais de Japiim, na bacia do Amazonas. Serão 17 setores marítimos, nas bacias de Pelotas, Potiguar e Santos, e 16 terrestres: Potiguar, Paraná, Espírito Santo, Tucano, Amazonas, Recôncavo e Sergipe-Alagoas. Acumulações marginais são áreas inativas onde a produção de petróleo foi interrompida ou considerada como não rentável por petroleiras.

Sob o regime de partilha, são cinco blocos no pré-sal, nas bacias de Campos e Santos: Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade, Tupinambá e Turmalina. Seis empresas se qualificaram e estão aptas a apresentar ofertas no dia da sessão pública.

Para os blocos sob regime de concessão, 87 companhias se inscreveram e foram aprovadas para a sessão pública. Destas, 21 apresentaram declaração de interesse e garantia de que farão oferta. As companhias que se inscreveram, mas não declararam interesse só poderão fazer ofertas caso estejam em consórcio com as que emitiram a declaração. A Petrobras está entre as aprovadas para a sessão, mas não declarou interesse pelos blocos do regime de partilha. BP, Shell, Qatar Energy, Chevron, TotalEnergies e Petronas apresentaram declaração de interesse.

Entre as aprovadas, Petrobras não declarou interesse pelos blocos do regime de partilha

Para o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, a ausência de declaração de interesse pela Petrobras não enfraquece o certame. “Temos outras empresas envolvidas no leilão de partilha. Isso mostra que o Brasil não é mais um país que depende da iniciativa da Petrobras para participar de leilões”, disse em outubro. A oferta permanente é o principal mecanismo de licitação de áreas de exploração e produção da ANP. Nesse formato, as empresas não precisam esperar uma rodada “tradicional” de leilões, quando as empresas são habilitadas para cada leilão e os blocos incluídos em editais produzidos por certame. Na modalidade permanente, o edital é alterado para inclusão e exclusão de áreas. A última oferta permanente de concessão foi em abril de 2022 e a de partilha em dezembro.

A coexistência de diferentes regimes jurídicos no setor se tornou realidade em 2010, quando se introduziu a partilha de produção e a cessão onerosa, que passaram a conviver com a concessão.

A convivência desses distintos modelos gerou incertezas e paralisou os leilões por cinco anos. Só em 2013 os certames seriam retomados, incluindo dois de concessão e um de partilha que ofertou o megacampo de Libra, no pré-sal da bacia de Santos. Nele, houve um único ofertante, a Petrobras, em consórcio com outras empresas, incluindo petroleiras chinesas. Em 2016, a Petrobras foi desobrigada de atuar em todos os campos no regime de partilha.

Valor - SP   12/12/2023

A Exxon lidera uma joint venture que inclui a Hess Corp. no Bloco Stabroek, na Guiana, lar da maior descoberta mundial de petróleo bruto da última década

As grandes empresas petrolíferas que operam nas águas da Guiana estão “avançando agressivamente” com planos de produção, apesar das ameaças da Venezuela de assumir o controle da região num conflito fronteiriço crescente, de acordo com o Presidente Irfaan Ali.

Falando de Georgetown, Ali disse que as tropas da Guiana estão preparadas para defender o território do país depois que Nicolás Maduro, da Venezuela, reviveu uma disputa há muito adormecida sobre o Essequibo, uma área aproximadamente do tamanho da Flórida, onde grandes descobertas de petróleo foram feitas nos últimos anos. As empresas que operam lá não se intimidaram com as ordens do líder venezuelano para deixar a região, acrescentou.

“Não há absolutamente nenhuma desaceleração” nos planos de produção, disse Ali em entrevista por vídeo nesta segunda-feira (11). “Estamos do lado certo do direito internacional, do lado certo da ética e do lado certo da história.”

Maduro disse na semana passada à Exxon Mobil Corp. e outros que se retirassem da área dentro de três meses, deixando o Brasil e outras nações latino-americanas em alerta máximo sobre a possibilidade de um conflito armado na região. A Exxon lidera uma joint venture que inclui a Hess Corp. no Bloco Stabroek, na Guiana, lar da maior descoberta mundial de petróleo bruto da última década.

Ali e Maduro devem se reunir na quinta-feira (13) na nação insular de São Vicente e Granadinas, em uma tentativa de diminuir a tensão. A disputa intensificou-se nos últimos anos, à medida que as enormes descobertas de petróleo ao largo da costa da Guiana levaram a pequena nação de língua inglesa a tornar-se a economia de crescimento mais rápido do mundo.

As estimativas de que a economia da Guiana crescerá entre 25% e 30% ao ano no médio prazo são “muito conservadoras”, disse Ali, que tem como meta mais de 1,2 milhões de barris de produção diária nos próximos anos.

“Continuamos a garantir que estamos em posição com os nossos parceiros internacionais para defender o que é nosso”, disse Ali. “Mas não se engane, nossas tropas vão garantir que a integridade territorial e a soberania da Guiana sejam respeitadas.”

Política Venezuelana

A escalada da disputa sobre o Essequibo é amplamente vista como uma tentativa de Maduro de reunir a população com uma retórica nacionalista antes das eleições presidenciais do próximo ano. Espera-se que o líder venezuelano concorra a um terceiro mandato, apesar dos seus baixos índices de votação e do aumento da popularidade da opositora María Corina Machado.

Machado está atualmente proibido de ocupar cargos públicos, embora a Venezuela tenha delineado um caminho legal para restaurar a sua elegibilidade, sob pressão dos EUA. Em troca de chegar a um acordo com alguns líderes da oposição, o Tesouro dos EUA aliviou as sanções petrolíferas a Caracas no mês passado, permitindo que empresas estrangeiras, incluindo a Chevron Corp., expandissem as operações no país e aumentassem as exportações, proporcionando à Venezuela receitas muito necessárias.

A Guiana insistiu que o Essequibo está dentro das suas fronteiras. A questão está atualmente a ser considerada pelo Tribunal Internacional de Justiça, embora Maduro tenha dito que não reconhece a sua jurisdição.

Numa conferência de imprensa na segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Venezuela, Yvan Gil, disse aos jornalistas que as licenças petrolíferas da Guiana na região eram “ilegais” e que o governo de Maduro estava disposto a encontrar fórmulas para o “desenvolvimento partilhado”.

Mediação de Lula

A beligerância em relação à Guiana colocou pressão sobre o relacionamento recentemente restaurado de Maduro com o Brasil, ao forçar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aliado de longa data, a mediar o conflito entre seus vizinhos do norte. Num telefonema no sábado, Lula disse a Maduro para evitar medidas unilaterais que pudessem aprofundar a crise, segundo comunicado da assessoria de imprensa de Lula.

Embora Lula tenha sido convidado a pedido dos dois países, o principal assessor de relações exteriores, Celso Amorim, irá em seu lugar, segundo um funcionário do governo familiarizado com as negociações. A reunião está sendo organizada pela Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos, ou CELAC, e pela Comunidade do Caribe

O apoio a Lula tem sido “inabalável”, disse Ali. Um bom relacionamento com o vizinho do norte está beneficiando o Brasil, à medida que os países constroem um porto de águas profundas na costa da Guiana, que permitirá que a produção do norte do Brasil reduza em até oito dias o tempo de transporte para o Atlântico, disse ele.

“Queremos que a região saiba que faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que a região permaneça pacífica e estável”, disse Ali. “Temos a responsabilidade de garantir que exploramos todos os caminhos para que a Venezuela diminua este nível de agressão e ameaça e, então, para que possamos avançar em direção a uma coexistência pacífica.”

Ali e Maduro devem se reunir na quinta-feira (13) na nação insular de São Vicente e Granadinas, em uma tentativa de diminuir a tensão — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

AGRÍCOLA

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   12/12/2023

O trator a gás T7.270 Methane Power CNG, da New Holland Agriculture, juntamente com a nova colheitadeira CR11, foram os vencedores do cobiçado prêmio Farm Machine 2024 (conhecido anteriormente como prêmio Machine of the Year), levando honras nas categorias de Tratores de Classe Superior e Colheitadeira, respectivamente.

Os prêmios foram anunciados durante a feira Agritechnica 2023, em Hanover, na Alemanha.

O Farm Machine tem sido uma das premiações mais prestigiadas na indústria de máquinas agrícolas desde 1997. Os prêmios são concedidos a cada dois anos e incluem 13 categorias em toda a indústria, escolhidas por jurados compostos por especialistas internacionais e jornalistas especializados de várias revistas internacionais especializadas. A premiação é concedida a novos produtos e inovações em tecnologia agrícola.

“Ganhar o Farm Machine representa um reconhecimento importante da indústria e que homenageia os esforços e o grande trabalho em equipe feito pela marca nos últimos anos, tanto no segmento de colheitadeiras quanto no segmento de propulsão alternativa", disse Carlo Lambro, presidente global da New Holland.

O T7.270 Methane Power CNG é a nova adição ao portfólio de tratores a combustível alternativo da marca, ampliando a oferta com tecnologia de gás natural comprimido e mais potência.

O trator apresenta uma evolução do motor a metano atualmente utilizado no T6.180 Methane Power, disponível comercialmente no Brasil, para atender às expectativas de potência e desempenho do T7. A produção do trator T7.270 Methane Power está prevista para começar em 2025 no Centro de Excelência em Combustíveis Alternativos da New Holland em Basildon, Reino Unido.

Medalha de Prata – A New Holland Agriculture também conquistou três medalhas de inovação na Agritechnica 2023. Além de ganhar a Medalha de Ouro para o conceito geral da nova colheitadeira de rotor duplo, a CR11, que foi apresentada na Agritechnica 2023, a marca recebeu duas Medalhas de Prata com produtos do seu portfólio de tratores de propulsão alternativa: o T7 Methane Power GNL (Gás Natural Liquefeito) e o T4 Electric Power.

"Essas medalhas são conquistas incríveis para a New Holland e estamos extremamente orgulhosos do trabalho realizado por todas as equipes. Essas premiações destacam produtos que representam nosso compromisso com a sustentabilidade e com a pesquisa e investimento em propulsão alternativa. Um prêmio muito merecido tanto para o T7 GNL quanto para o T4 Electric", disse Lambro.

A primeira das duas Medalhas de Prata foi atribuída ao trator T7 Methane Power Gás Natural Liquefeito, agora um protótipo com intenção de produção. Revelado em dezembro de 2022 durante o Tech Day da CNH, o trator foi desenvolvido pela equipe de design interna da CNH, com uma nova cor 'Clean Blue' e características exteriores que correspondem ao estilo de design futuro de assinatura de combustíveis alternativos da marca.

Com seus 270 cv, o novo T7 Methane Power GNL atende à necessidade de máquinas potentes de alta potência que produzem menores emissões e custos operacionais. A capacidade de autonomia é mais do que dobrada graças ao uso de metano liquefeito e o espaço é otimizado com o tanque criogênico de aço inoxidável.

Assim como todos os modelos mais recentes no portfólio de alta potência da New Holland, ele apresenta soluções de Precision Land Management (PLM) para aumentar a produtividade e sustentabilidade, juntamente com as últimas inovações em termos de ergonomia e design.

O T7 Methane Power GNL corresponde à abordagem integrada de economia circular proposta pela New Holland junto com a startup britânica Bennamann, para reduzir a pegada de carbono na agricultura e criar sistemas de fazendas energeticamente independentes. A solução envolve a coleta, processamento e armazenamento de metano para produzir gás líquido purificado que alimenta tratores, gera receitas adicionais e cria um ciclo limpo e positivo para fazendas de todos os tamanhos.

O trator T4 Electric Power foi o vencedor da segunda Medalha de Prata de Inovação concedida pelos organizadores da Agritecnica 2023. O trator de energia livre de emissões e silencioso introduz uma nova classe de tratores no mercado, o Utility Electric, e estabelece um passo notável rumo à agricultura de zero emissões.

O trator de utilidade disruptiva representa o primeiro passo da New Holland em seu plano estratégico de eletrificação e a mais recente adição ao inovador portfólio de fontes de energia alternativa da marca, como o T7 Methane Power GNL e o T6.180 Methane Power.

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