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12 de Março de 2024

SIDERURGIA

Money Times - SP   12/03/2024

Em relatório divulgado nesta segunda (11), Rafael Barcellos, do Bradesco BBI, e Renato Chanes, da Ágora Investimentos, mantêm a recomendação da Gerdau (GGBR4) em “compra”.

A recomendação continua após um momento de águas turbulentas para a empresa, com uma queda de 14% em termos dolarizados nos últimos 12 anos.

A expectativa é de aumento dos lucros em 28% na base trimestral no primeiro trimestre de 2024 (1T24), com potencial para superar o nível de R$ 11 bilhões neste ano, resultando em uma revisão para cima do Ebitda em pelo menos 10%.

“Vemos potencial para a Gerdau reportar um Ebitda no 1T24 maior que R$ 2,6 bilhões, mesmo com resultados ainda fracos no Brasil”, afirma o relatório.

Gerdau pode ser beneficiada com recuperação em operações brasileiras

Para o BBI, resultados melhores devem surgir, apesar dos custos mais elevados de insumo podendo pesar nos números do 1T24. Há boas notícias pela frente, avalia.

Os analistas esperam ventos favoráveis a partir do segundo semestre por conta do melhor desempenho de custos e sólidos volumes de vendas.

A recomendação de compra surge a partir de uma visão de que o investidor tem espaço para se beneficiar de uma combinação de recuperação nos resultados das operações da Gerdau no Brasil e no “ainda forte mercado siderúrgico norte-americano”.

“Reiteramos as ações da Gerdau como nossas top picks no setor, seguidas pelas ações da Usiminas (USIM5)”, afirmam.

A Gerdau é a maior empresa brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo.

Valor Investe - SP   12/03/2024

Analistas do BTG Pactual afirmam que dúvidas sobre extensão da melhoria no ambiente operacional para a indústria no Brasil persistem; mas há oportunidades de investimentos no setor

“Estamos encorajados em ver que os resultados provavelmente atingiram o fundo do poço no quarto trimestre e estão prestes a melhorar”, diz BTG Pactual em análise sobre a indústria siderúrgica brasileira.

Os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner esperam que os resultados da Usiminas e da Gerdau acelerem em breve, mas afirmam que dúvidas sobre a extensão da melhoria no ambiente operacional para a indústria no Brasil persistem. Isso se deve, principalmente, a um poder de precificação ainda baixo, enquanto as empresas buscam racionalizar a base de custos, o que pode demorar.

As margens Ebitda (lucro operacional) no país estão em mínimas históricas, com 8,5% da Gerdau e 6% da CSN, indicando mínimos no ciclo e uma recuperação gradual à frente, diz BTG, que espera que a normalização da rentabilidade leve ainda alguns trimestres.

Apesar da mobilização contínua do setor, os analistas não veem convicção de que o governo reagirá favoravelmente aos pedidos de reajuste nas tarifas de importação e medidas contra a prática comercial desleal.

As siderúrgicas apresentam um poder limitado de precificação, que só deve mudar com um improvável aumento nos preços globais, um ressalto na demanda doméstica, uma tarifa mais alta ou uma penetração de importação mais baixa.

Atualmente, a Ternium é a única empresa do setor com classificação de compra pela BTG, que acredita que o momento de revisitar outras empresas se aproxima, já que esperam uma melhoria sequencial dos resultados para o primeiro trimestre.

Sobre a Gerdau, os analistas citam que seus ativos nos EUA estão subvalorizados, e que as ações da empresa têm poucas desvantagens nos níveis atuais, e que devem melhorar gradualmente.

A Usiminas tem vantagens devido a um potencial mais alto e uma progressão de ganhos mais forte no primeiro trimestre.

Já para a CSN, os analistas aguardam progressos nos balanços antes de serem menos conservadores.

Este conteúdo foi publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.

Infomoney - SP   12/03/2024

A Gerdau (GGBR4) deposita, nesta terça-feira (12), R$ 175 milhões em dividendos aos seus acionistas. O montante representa R$ 0,10 por ação.

Investidores com posição no papel no final da sessão do dia primeiro de março de 2024 terão direito ao provento distribuído hoje.

De acordo com o Status Invest, plataforma de informações financeiras, o valor pago nesta terça-feira representa um dividend yield (taxa de retorno com dividendos) de 0,45%. Em 12 meses, o percentual está em 8,07%.
Nesta quarta-feira (13), está previsto o pagamento dos dividendos para os investidores da Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que deposita R$ 0,05 por ação.

Agenda de dividendos de março: Petrobras, Vale e Itaú pagam neste mês; veja lista completa

ECONOMIA

Infomoney - SP   12/03/2024

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,522 bilhão na segunda semana de março (dias 4 a 10). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira (11) o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,910 bilhões e importações de US$ 5,388 bilhões.

No mês, o superávit acumulado é de US$ 2,104 bilhões e no ano, de US$ 14,046 bilhões. Na primeira semana de março (de 1º a 3), o saldo foi de US$ 581,4 milhões.

Até a segunda semana do mês, a média diária das exportações registrou aumento de 0,9% na comparação com a média diária do período em 2023, com queda de US$ 26,51 milhões (-6,8%) em Agropecuária; recuo de US$ 9,94 milhões (-2,7%) em Indústria Extrativa e alta de US$ 49,26 milhões (7,5%) em produtos da Indústria de Transformação.
Já as importações igualmente tiveram crescimento, de 13,5% no período, também na comparação pela média diária, com avanço de US$ 6,43 milhões (34,8%) em Agropecuária; alta de US$ 44,68 milhões (71,8%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 77,4 milhões (8,9%) em produtos da Indústria de Transformação.

IstoÉ Dinheiro - SP   12/03/2024

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil desacelere o ritmo de crescimento quase pela metade em 2024. O organismo, com sede em Washington DC, estima avanço de 1,5% em 2024 contra alta de 2,9% no exercício passado, conforme projeções divulgadas nesta segunda-feira, 11. Caso se concretize, o Brasil deve crescer abaixo da América Latina e Caribe e também desacelerar de forma mais intensa.

O BID estima que a região deve apontar crescimento de 1,6% neste ano, após ter apresentado expansão de 2,1% em 2023, superando as expectativas de economistas e analistas.”Países de grande porte como Brasil e México propiciaram melhorias relevantes para o crescimento regional”, destaca, no estudo “Pronto para decolar? Aproveitando a estabilidade macroeconômica para o crescimento”, publicado nesta segunda.

No geral, a região da América Latina e Caribe demonstrou uma “força econômica inesperada” em 2023, avalia o BID.

O México, por sua vez, deve crescer 2,1% em 2024. No ano passado, a economia mexicana, que tem se beneficiado do comércio com países vizinhos, o chamado “nearshoring”, avançou 3,1%.

Como pano de fundo, as expectativas de crescimento da região da América Latina e Caribe para 2024 são influenciadas por um crescimento global mais baixo, taxas de juro ainda elevadas, preços estáveis das commodities, consolidação fiscal gradual e níveis da dívida relativamente altos, segundo o relatório.

“Nossa região enfrenta um triplo desafio estrutural de demandas sociais crescentes, recursos fiscais escassos e baixo crescimento, com os importantes efeitos adicionais das mudanças climáticas”, alertou o presidente do BID, Ilan Goldfajn, em nota à imprensa, no domingo, após o encerramento da assembleia do organismo, realizada em Punta Cana, na República Dominicana.

Para 2025, o BID vê, porém, um movimento de recuperação na América Latina. O PIB brasileiro deve avançar 2,0%. Já a economia latina e do Caribe deve acelerar o passo e crescer 2,3%. O México, por sua vez, tende a repetir o mesmo desempenho esperado para este ano.

O BID destaca ainda que a subida de juros por parte dos bancos centrais da América Latina contribuiu para que a inflação anual média na região se reduzisse para 3,8% em dezembro de 2023.

Já a relação dívida/PIB da América Latina e Caribe teve uma redução de 11 pontos porcentuais entre 2020 e 2023, embora essa trajetória tenha exibido desaceleração no ano passado, conforme o relatório.

O BID prevê em seu cenário-base uma redução de 3 pontos porcentuais na relação dívida/PIB para a média dos países, para 56% até 2026. Em paralelo, o organismo traça um cenário de choques intensificados.

Nessas circunstâncias, a dívida pública média dos países da América Latina e Caribe poderia chegar a 62% até 2026.

Além disso, nesse cenário de choques internacionais, a região enfrentaria dois anos de recessão. O Brasil também seria afetado, podendo ver o seu PIB encolher 0,2% neste ano e 0,4% no próximo, recuperando-se apenas em 2026, conforme o organismo.

Em seu relatório, o BID faz um alerta sobre a continuidade dos efeitos do El Niño, fenômeno climático caracterizado por temperaturas elevadas do mar, nas economias da região. Nos seus cálculos, o evento pode levar a um aumento de 3% na dívida como porcentagem do PIB da região da América Latina em três anos, em relação ao cenário-base de 60%. “Em relação ao PIB em 2024, Peru e Equador deverão ser os mais afetados, com desvios de crescimento entre 1,3 e 4,4 pontos porcentuais para o El Niño moderado e o extraordinário, respectivamente”, segundo o documento.

O organismo também chama atenção para a importância da implementação de reformas na região, o que lhe ajudaria a aproveitar oportunidades econômicas ainda inexploradas e permitiria desempenhar um papel fundamental no cenário econômico global.

“Embora os países da América Latina e do Caribe estejam prontos para contribuir para a demanda mundial em setores críticos como segurança alimentar, energias renováveis e mudanças climáticas, ainda precisam avançar nas reformas para aumentar a produtividade, melhorar a resiliência econômica e promover o crescimento sustentável”, disse Eric Parrado, economista-chefe e gerente geral do Departamento de Pesquisa do BID, no estudo do organismo.

O relatório recomenda que os países melhorem o acesso à educação de qualidade, incentivem a formalização e crescimento das pequenas empresas, facilitem o acesso aos mercados globais para todas as empresas, aproveitem a reorganização das mudanças nas cadeias de valor globais para atrair fluxos de investimento estrangeiro direto e promovam um mercado de crédito mais competitivo para as empresas.

Alerta ainda para a necessidade de uma resolução rápida das lacunas fiscais na região para uma trajetória sustentável e de complementação à política monetária adotada nos países latinos, em um ambiente de baixo crescimento e os desafios da agenda de combate às mudanças climáticas.

O Estado de S.Paulo - SP   12/03/2024

Depois de encolher em 2023, o investimento deve voltar a crescer no Brasil neste ano, ainda que sem indicar uma reversão do quadro de fragilidade estrutural do País nessa área - no ano passado, a taxa de investimento no País ficou em um patamar bastante fraco, a 16,5% do PIB.

Agora, a economia brasileira deve ser favorecida por uma conjuntura positiva, com a sequência do ciclo de queda da taxa básica de juros (Selic) e de alguma redução da incerteza na condução da política econômica pelo governo Lula.

No ano passado, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2,9%, a formação bruta de capital fixo (investimento) recuou 3%, embora tenha dado algum sinal de melhora no quarto trimestre, quando subiu 0,9% e interrompeu quatro trimestres seguidos de queda.

“(O crescimento em 2024) É um bom sinal, mas estamos vindo de uma queda e uma base de comparação baixa”, afirma Juliana Trece, pesquisadora e economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), que estima que a formação bruta de capital fixo vai crescer 3,4% este ano. “Por enquanto, não está sendo previsto nada surpreendente. A expectativa é tímida, mas, pelo menos, é de um crescimento’, diz.

Em 2024, os juros devem seguir em queda. A Selic começou a recuar em agosto passado, quando estava em 13,75%. Atualmente, o patamar da taxa básica é de 11,25%. E a expectativa dos analistas consultados pelo relatório Focus, do Banco Central, é a de que caia até 9% ao fim deste ano. Juros elevados afetam o investimento das companhias porque deixam a aquisição de bens e o crédito mais caros.

“O investimento reage muito a política monetária e a mudanças de expectativas”, afirma Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital. “E o que a gente viu nos últimos anos foi um juro num patamar restritivo.”

O ciclo de queda dos juros explica apenas uma parte da melhora dos investimentos que será observada em 2024. Por ora, há também uma menor incerteza com o rumo da política econômica em relação ao que havia na virada de 2022 para 2023, quando o atual governo ainda não havia tomado posse.

Apesar de não ser considerado perfeito pelos analistas, o arcabouço fiscal, por exemplo, conseguiu dar uma previsibilidade para o rumo das contas públicas e do tamanho do endividamento da economia brasileira nos próximos anos. O governo também conseguiu a aprovação da reforma tributária, o que deve ajudar a melhorar o ambiente de negócios no Brasil a longo prazo.

As contas públicas têm sido um dos pontos mais sensíveis da atual administração. Neste ano, a equipe econômica promete entregar um resultado primário zero - ou seja, gastar, descontando o que paga com os juros da dívida, o equivalente ao arrecadado. Mas os economistas apontam para um cenário diferente. No relatório Focus, a previsão é de que o déficit primário seja de 0,78% do PIB em 2024.

“O ministro (da Fazenda) vem sinalizando que está correndo atrás de um déficit zero. Isso ainda não se materializou, e, a meu ver, existe alguma incerteza”, afirma Leonardo Carvalho, técnico de Planejamento e Pesquisa da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea. “E isso é importante porque as decisões de investimento necessitam também do que os empresários acham que vai acontecer com a questão fiscal, se em algum momento o governo vai conseguir fazer com que o total da dívida em relação ao PIB pare de crescer.”

No entanto, na quinta, 7, Lula afirmou que vai discutir em breve com o Congresso o aumento no limite de gastos, o que, segundo ele, será necessário com o aumento das arrecadações. Em fevereiro, o presidente criticou as discussões envolvendo o cumprimento da meta de déficit fiscal zero. Na época, segundo ele, “se der para fazer superávit zero, ótimo; se não der, ótimo também”.
Problema estrutural de décadas trava aumento dos investimentos

O aumento dos investimentos é considerado fundamental para que o País consiga crescer a taxas mais altas nos próximos anos sem apresentar desequilíbrios, como a volta de uma inflação mais incômoda. E com a restrição fiscal, os novos projetos vão depender cada vez mais da iniciativa privada. No ano passado, a queda da formação bruta de capital fixo levou a taxa de investimento no País para um patamar de 16,5% do PIB.

O grande problema é que o número ruim não fica restrito a 2023. Ao longo das últimas décadas, a economia brasileira tem apresentado uma dificuldade estrutural para conseguir aumentar a taxa de investimento. Foram poucos os anos em que ela superou os 20% do PIB, um patamar considerado razoável. Em 2024, deve chegar a 17,6%, de acordo com a projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) - um patamar que deve se manter nos próximos anos.

De fato, o desempenho do Brasil é ainda mais preocupante quando se compara com outros países. Entre 2021 e 2028, a média da taxa de investimento das economias emergentes deve ser de 32,2% do PIB, de acordo com dados do FMI compilados pelo Ibre. A do Brasil será de 17,4% do PIB, e a da América Latina, ficará em 20,4% do PIB.

A melhora a ser observada neste ano, portanto, deixa claro que tem a ver com entraves mais momentâneos. Para conseguir alavancar o patamar dos investimentos, o País terá de fazer mais. Precisará, por exemplo, aumentar a taxa de poupança dos setores público e privado e das famílias. Em 2023, foi de 15,4% do PIB, abaixo do apurado em 2022 (15,8%).

“Se não aumentar a taxa de poupança, fica difícil conseguir aumentar a taxa de investimento. Sem aumentar a taxa de poupança doméstica, vai precisar ter poupança externa”, afirma Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados. “E depender de poupança externa de uma forma muito intensa coloca a gente sob o risco de enfrentar uma volatilidade muito intensa lá fora.”

Será necessário também melhorar o ambiente de negócios – a reforma tributária é um caminho –, com regras claras e estáveis para atrair investimentos e promover uma abertura da economia para uma integração da economia brasileira com o resto do mundo.

Na avaliação do presidente da consultoria de negócios Inter.B, Claudio Frischtak, os investimentos se movem em função do tamanho e da dinâmica do mercado consumidor, assim como dos custos envolvidos na decisão de expandir a capacidade e criar novos produtos. Para ele, o maior entrave aos investimentos hoje é a percepção de risco associada a uma elevada incerteza quanto aos rumos do País. “Essa incerteza vem sendo inflada pelo ‘ruído’ que na realidade vem dos 3 poderes.”

Há, no entanto, uma série de interrogações sobre como a regulamentação da reforma tributária será realizada, especialmente com os desafios de um ano eleitoral pela frente.

Há uma percepção de insegurança jurídica, captura de orçamento e má alocação de recursos, agravadas pela sensação de perda de controle do processo político pelo governo. Além disso, diz Frischtak, o País tem um Executivo dividido - com o pessoal batendo cabeça e um falatório que revela a propensão a um certo intervencionismo -, o que afeta os pequenos e médios empresários, que nutrem forte desconfiança em relação ao governo.

“O fato é que investir é, em essência, uma aposta no futuro; muitos não estão dispostos a apostar, apesar do enorme potencial do País.”

Os exemplos recentes dão margem para a sensação de incerteza e insegurança. Em janeiro, o governo Lula fez um movimento e, posteriormente, recuou da tentativa de colocar Guido Mantega na presidência da Vale. A mineradora já perdeu R$ 48,3 bilhões em valor de mercado desde o início deste ano por causa do processo tumultuado, que teve solução de curto prazo. O conselho renovou o contrato de Eduardo Bartolomeo, até 31 de dezembro de 2024. Há incerteza dentro da própria empresa, contudo, de que o processo de sucessão desenhado favoreça um nome alinhado ao governo.

Já na semana passada, o valor da Petrobras despencou após a companhia anunciar que não iria distribuir dividendos extraordinários aos seus acionistas - num total de R$ 49,3 bilhões. O movimento foi lido pelo mercado como uma interferência política. Em 27 de fevereiro, o presidente Lula afirmou em entrevista à RedeTV: “as empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro”.
Agenda verde pode criar condições para atrair investimentos

Hoje, a atração dos investimentos com base na agenda verde está no radar do governo federal, que também espera atrair novos projetos com a volta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com o Nova Indústria Brasil, um pacote que reedita políticas de antigas gestões petistas ao prever R$ 300 bilhões em financiamentos e subsídios ao setor.

“O Brasil tem uma das maiores tarifas de importação do mundo, tem uma exigência de conteúdo local extremamente descabida, e nova política industrial reforça isso. Também temos poucos acordos comerciais”, diz Vale. Para 2024, a MB Associados projeta uma alta de 0,6% nos investimentos.

Se por um lado a agenda é extensa, a boa notícia é a de que o Brasil pode se beneficiar - e muito - se endereçar uma agenda correta, diante da capacidade que tem para atrair os investimentos verdes e com as mudanças geopolíticas, com o chamado nearshoring - a mudança no modo de organização das multinacionais, que passaram a levar parte de suas fábricas para perto dos mercados consumidores.

“Se o Brasil tiver um programa mais estruturado de como alavancar a indústria a partir da nossa matriz energética renovável, isso tende a destravar o investimento não só para a redução de emissão de gás carbônico dos demais setores, mas também pode alavancar o investimento no setor energético”, afirma Rafael Cagnin, economista do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

“O mercado global de energia verde ainda não está estruturado. A gente precisa de uma demanda interna fortalecida para justificar esses investimento, que são de longo prazo e de muito capital intensivo”, acrescenta.

IstoÉ Online - SP   12/03/2024

Após a divulgação do resultado da primeira quadrissemana de março, o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (IPC-Fipe), Guilherme Moreira, diminuiu nesta segunda-feira, 11, a projeção do indicador para o final de março, de alta de 0,29% para 0,27%. “Todos os grupos perdem força, como Transportes, Habitação e Despesas Pessoais. A tendência é que essas variações percam força até o final do ano”, explica.

Moreira destaca que o grupo Alimentação, embora em trajetória de desaceleração, ainda deve exercer pressão de alta sobre o índice no mês, sob influência dos alimentos in natura.

Para esta semana, afirma, está prevista uma onda de calor, que pode gerar alguma surpresa nas próximas divulgações.

Em relação ao grupo Transportes, a tendência é de desaceleração ao longo do mês, afirma o coordenador. Na ponta, a variação no preço da gasolina caiu de 2,90% para 1,06% entre o encerramento de fevereiro e a primeira quadrissemana de março, e a do etanol caiu de 5,07% para 1,98%, calcula. “Começamos a ver uma acomodação, após os efeitos da alíquota do ICMS sobre os combustíveis.”

O IPC-Fipe, que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,45% na primeira quadrissemana de março, desacelerando marginalmente em relação ao avanço de 0,46% de fevereiro.

Exame - SP   12/03/2024

Consumidores nos Estados Unidos mantiveram suas expectativas de inflação para o horizonte de um ano, mas elevaram suas previsões para o nível de preços no intervalo de três e cinco anos, conforme pesquisa divulgada nesta segunda-feira, 11, pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Nova York.

O levantamento referente a fevereiro mostra que os consumidores seguem esperando inflação de 3% em um ano.

Já a expectativa média para a inflação em três anos subiu de 2 4% para 2,7%.

A expectativa para cinco anos avançou de 2,5% para 2,9%.

Veja - SP   12/03/2024

Sinais de enfraquecimento gradual da demanda e da atividade econômica devem ajudar os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, por diferentes canais, a baixarem os juros de seu país neste ano, de acordo com análise do Safra.

Na visão dos analistas do banco, há sinais de esfriamento no ritmo de consumo das famílias norte-americanas e também na inflação, o que deve permitir que o Federal Reserve (Fed) comece a cortar os juros em junho. No Brasil, por sua vez, a demanda mais fraca dá seus sinais por trás de importações tímidas e exportações fortes, o que, na projeção do Safra, abre espaço para que o Banco Central (BC) corte a Selic até os 8,75% nos próximos meses.

A estimativa é mais otimista que a da maioria do mercado, que, na média, mantém a projeção para uma taxa básica de juros que encerre 2024 nos 9%. Em queda desde agosto do ano passado, a Selic está atualmente em 11,25%. “As exportações [brasileiras] subiram 17% [no primeiro bimestre], impulsionadas por petróleo, minério de ferro, açúcar e soja. Enquanto isso, as importações pouco se mexeram”, apontou o banco em relatório. Esta dinâmica, afirma, revela que o país está consumindo menos do que é capaz de produzir – o que colabora tanto para as exportações quanto para o saldo comercial em valores recordes. “O elevado saldo comercial reflete a expansão da demanda doméstica em ritmo aquém da nossa capacidade de produção agregada, o que contribui para a desinflação. Esse quadro facilita o banco central trazer a taxa Selic até 8,75% ao ano neste ano, o que, por sua vez, incentiva a recuperação dos investimentos das empresas nos próximos trimestres”, diz o relatório.

No caso dos Estados Unidos, os analistas entendem que, apesar das expectativas frustradas do início do ano de que o país poderia começar a cortar os juros mais cedo, há sinais de desaceleração gradual. “Puxado principalmente pelo menor ritmo de consumo das famílias, o PIB deve registrar crescimento trimestral inferior ao ritmo considerado neutro pelo Fed. A redução de custos das empresas e o esfriamento da demanda devem contribuir para que a inflação continue moderando”, diz o relatório. “Assim, tanto a atividade econômica quanto a inflação devem seguir moderando, oferecendo ao Fed as condições para cortar juros na reunião de junho.”

Entre os sinais de desaceleração, a despeito de surpresas recentes como os dados de inflação e de emprego acima do esperado nos primeiros meses do ano, o Safra menciona o fato de boa parte das altas estarem concentradas em setores específicos. A inflação, por exemplo, foi influenciada, em sua análise, se deveu em boa parte por um efeito estatístico do aumento no valor dos imóveis (por meio do chamado aluguel imputado, que é o valor estimado do que seria o aluguel pago pelas pessoas que moram em casa própria).

O mesmo acontece no avanço geral do consumo medido pelo PIB, que tem sido puxado por setores específicos como o de saúde, em que os gastos das famílias cresceram 6% no quarto trimestre do ano passado. “Foi o responsável pela maior contribuição individual ao PIB do período” e, para o Safra, “representa principalmente uma recuperação atrasada, e provavelmente temporária, do impacto da pandemia sobre, por exemplo, cirurgias eletivas e todo o cuidado médico e exames associados”.

“Percebe-se, portanto, que a economia americana está caminhando para uma redução do ritmo de atividade ao longo de 2024, com menor aperto no mercado de trabalho e consolidação do processo”, e “mantém-se a expectativa do começo dos cortes mais para o final do primeiro semestre de 2024,”, conclui o relatório.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   12/03/2024

O noticiário do fim da última semana e início desta é movimentado para a Vale (VALE3).

Na noite de sexta-feira (8), a Vale anunciou a decisão de prorrogar o contrato de CEO de Eduardo Bartolomeo por mais um ano. Ele permanecerá no cargo até 31 de dezembro de 2024 e apoiará a transição para uma nova liderança no início 2025. Depois disso, deixará o cargo, mas permanecerá na Vale atuando como consultor até 31 de dezembro de 2025.

O desfecho ocorreu como uma solução para um impasse, após o conselho ter ficado dividido em uma reunião extraordinária anterior, onde seis conselheiros votaram a favor da recondução de Bartolomeo, seis votaram a favor da abertura de um processo de sucessão e um se absteve.
A Vale trabalhará com um processo de recrutamento com empresa externa para propor o nome de um novo CEO, considerando as habilidades e perfil para a função.

A decisão ocorre após o governo ter feito críticas sobre os rumos da mineradora e ter dado sinais de que buscaria influenciar na escolha de um novo executivo. O conselho da Vale, porém, tem competência exclusiva para decidir sobre a escolha do presidente da companhia.

Decisão da Vale de trocar CEO no fim do ano é vitória parcial para o governo

Para o JPMorgan, a notícia é marginalmente positiva para a Vale. “Depois de um período de muito barulho na imprensa ao redor das mudanças na liderança da mineradora, a Vale apresentou um processo sólido e de governança para resolver o problema. A extensão do mandato do CEO traz ganho de tempo para o processo de substituição”, avalia o banco.

O JPMorgan lembra ainda que Bartolomeo não só permanecerá pelo resto do ano, mas também trabalhará como consultor por mais um ano, o que ajuda a garantir uma transição tranquila para a nova liderança da empresa. O banco tem recomendação overweight (exposição acima da média, equivalente à compra) para os ativos VALE3, com preço-alvo de R$ 105, o que corresponde a um potencial de alta de 59% em relação ao fechamento da véspera.

Também na visão do BBA, a leitura é positiva para a Vale. Embora os investidores possam considerá-lo “neutra” do ponto de vista operacional/estratégico (manutenção do status quo), a decisão do conselho elimina a pendência relacionada com uma potencial mudança na posição do CEO, que tem sido sujeita a interferências externas nos últimos meses.

“Além disso, acreditamos que a transição para o novo CEO em 2025 poderá agora prosseguir de forma mais tranquila e organizada, uma vez que a empresa internacional responsável por assessorar a Vale terá o tempo necessário para avaliar minuciosamente as competências dos potenciais candidatos”, aponta o banco, que tem recomendação outperform (desempenho acima da média, equivalente à compra) para VALE3, com preço-alvo de R$ 88 (upside de 33%).

A Genial Investimentos, por sua vez, tem uma visão mais negativa sobre a decisão. Ainda que a casa de análise não acredite que as ações possam cair muito mais do que já caíram, a renovação por um prazo tão curto implica em dizer que a discussão em torno do nome definitivo para assumir de 2025 em diante ainda continuará nos próximos meses, aponta.

“Segundo a Vale, Bartolomeo acompanhará o processo de sucessão, e servirá de consultor em um período de transição em 2025. O processo deverá ser conduzido por uma companhia de head hunter de renome, indicando uma lista tríplice para o board. Portanto, a decisão tomada de estender o mandato do Bartolomeo até dezembro não remove incertezas, e na nossa visão, continua a abrir caminho para que o governo pressione por algum nome alinhado aos seus interesses”, avaliam os analistas.

Em meio ao processo turbulento de transição, o valor de mercado da Vale caiu de R$ 332,1 bilhões no fim do ano passado para R$ 283,8 bilhões na sexta. Os cálculos são de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta Consultoria.

Os ADRs (American Depositary Receipts, ou recibo de ações negociadas na Bolsa de Nova York) caíam cerca de 2,5% no pré-market dos EUA um pouco antes da abertura da B3 por conta de um outro fator que tem abalado as ações no ano: a queda do minério.

Nesta segunda, os preços futuros da commodity estenderam a queda pela segunda sessão consecutiva, atingindo o menor valor em mais de quatro meses, arrastados pelos fundamentos persistentemente fracos do principal ingrediente de fabricação de aço na China, o maior mercado consumidor do minério.

O contrato de maio de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com recuo de 5,41%, a 831 iuanes (US$ 115,68) a tonelada, o menor valor desde 23 de outubro de 2023. O minério de ferro de referência para abril na Bolsa de Cingapura caiu 6,71%, para US$ 107,45 a tonelada, o menor valor desde 22 de agosto.

Um excesso temporário de oferta, como resultado de embarques melhores do que o esperado até o momento no primeiro trimestre do ano e uma recuperação da demanda mais fraca do que o esperado, exerceu intensa pressão de baixa sobre os preços, disseram os analistas.

Valor Investe - SP   12/03/2024

Por outro lado, analistas viram com bons olhos decisão de estender até o fim deste ano contrato do atual presidente da companhia

O Ibovespa não tem paz. Depois de uma sexta nebulosa com a queda da Petrobras, a ação da Vale arruína o começo de semana do índice. O papel derrete no pregão desta segunda (11) contaminado pelo minério de ferro no menor valor em sete meses. O ativo encerrou a sessão em queda de 3,11%, a R$ 63,96.

Com um horizonte mais pessimista para o setor, pares setoriais da Vale na bolsa brasileira também recuavam. A ação da CSN Mineração caiu 2,86% hoje, a R$ 5,78, e a siderúrgica Usiminas recuou 4,70%, a R$ 10,35.

Pressionado pela queda forte das ações ligadas à commodity - especialmente Vale, que, sozinha, representa mais que 12% do índice -, o Ibovespa cedeu 0,75% nesta segunda, fechando nos 126.124 pontos.

Os preços do minério de ferro iniciaram a semana em queda acentuada nos mercados à vista e futuro, repercutindo o aumento dos estoques da commodity nos portos chineses e a decisão de Pequim de não socorrer incorporadoras locais que estejam enfrentando grave crise financeira.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em maio, cederam 5,4%, para 831 yuan (cerca de US$ 115,60) por tonelada, nível mais baixo desde outubro.

No norte do país asiático, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com baixa de 7,1%, a US$ 108,40 a tonelada. Esse é o menor preço para o mercado à vista em sete meses.

O setor de construção é responsável por cerca de 30% a 40% do consumo de aço na China, portanto um forte indutor da demanda de minério.

Sucessão na Vale

Em outros assuntos, o mercado recebeu bem a notícia de que o atual diretor-presidente da mineradora, Eduardo Bartolomeo, deve estender seu contrato até o fim do ano no cargo. O assunto havia gerado um impasse sobre a transição ou continuidade de uma liderança na Vale.

De acordo com o J.P. Morgan, a Vale encontrou uma solução contundente e que respeita seus princípios de governança na questão da sucessão do comando da mineradora, superando ruídos importantes.

Semelhante, o Itaú BBA entende que a decisão da Vale em estender o contrato do seu diretor-presidente e iniciar um processo de transição no cargo que irá até 2025 retira pressão importante das ações.

Os analistas do Itaú BBA liderados por Daniel Sasson escrevem que em termos operacionais e estratégicos a notícia tem impacto pouco relevante, uma vez que foi mantido o “status quo”, mas tira o perigo de interferência externa.

Já os analistas Rodolfo Angele e Tathiane Martins Candini, do J.P. Morgan, escrevem que a extensão no contrato de Eduardo Bartolomeo dá tempo para a companhia conduzir com calma o processo de escolha do seu novo diretor-presidente.

Além disso, é positivo o fato que Bartolomeo continuará na empresa ao longo de 2025 como consultor, garantindo uma transição sem percalços no comando. O banco americano ainda destaca a contratação de uma consultoria para encontrar o novo presidente da Vale.

O Itaú BBA tem recomendação de compra para Vale, com preço-alvo em US$ 17 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse). O J.P. Morgan tem recomendação de compra para Vale, com preço-alvo em R$ 105.

Com informações do Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.

Investing - SP   12/03/2024

Os preços futuros do minério de ferro estenderam a queda pela segunda sessão consecutiva nesta segunda-feira, atingindo o menor valor em mais de quatro meses, arrastados pelos fundamentos persistentemente fracos do principal ingrediente de fabricação de aço na China, o maior mercado consumidor do minério.

O contrato de maio de minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com recuo de 5,41%, a 831 iuanes (115,68 dólares) a tonelada, o menor valor desde 23 de outubro de 2023.

O minério de ferro de referência para abril na Bolsa de Cingapura caiu 6,71%, para 107,45 dólares a tonelada, o menor valor desde 22 de agosto.

Um excesso temporário de oferta, como resultado de embarques melhores do que o esperado até o momento no primeiro trimestre do ano e uma recuperação da demanda mais fraca do que o esperado, exerceu intensa pressão de baixa sobre os preços, disseram os analistas.

"Os embarques globais de minério subiram para um nível relativamente alto. A recente queda do preço do minério não provocou uma redução da produção entre os fornecedores não convencionais", disseram analistas da Citic Futures em nota.

"Algumas usinas adiaram novamente o cronograma de retomada da produção, amenizando o aumento da demanda de minério e a desestocagem nos portos", acrescentaram.

A baixa lucratividade entre as siderúrgicas diminuiu seu interesse em aumentar a produção, e a fraqueza no setor de aço permeou o mercado de matérias-primas upstream, pesando sobre os preços do minério, disseram analistas da Everbright Futures em nota.

Outros ingredientes de fabricação de aço na bolsa de Dalian perderam terreno, com o carvão metalúrgico e o coque caindo 2,65% e 2,04%, respectivamente.

A fraqueza do mercado de ferrosos ocorreu apesar de os órgãos reguladores chineses terem solicitado aos grandes bancos que aumentassem o apoio à incorporadora imobiliária Vanke.

Money Times - SP   12/03/2024

Ações de empresas do setor de mineração e siderurgia caem em bloco nesta segunda-feira (11). Elas são os destaques de baixa do Ibovespa na sessão, inclusive.

Os papéis da Usiminas (USIM5) perdiam 4,33% por volta das 14h20, seguidos por CSN Mineração (CMIN3), com recuo de 3,30%, diante da repercussão do tombo dos preços do minério de ferro nos mercados asiáticos.

A commodity atingiu o menor valor em mais de quatro meses, com traders alimentando preocupações com o mercado de aço e seus fundamentos persistentemente fracos.

Em Dalian, na China, o contrato de maio de minério de ferro mais negociado teve queda de 5,41%, a 831 iuanes (ou US$ 115,68) a tonelada, menor valor desde o fim de outubro do ano passado.

Já em Cingapura, o minério de ferro de referência para abril derreteu 6,71%, a US$ 107,45 a tonelada, menor preço desde agosto.

Decisão sobre CEO não alivia ações da Vale

Caindo 2,92%, a Vale (VALE3) também era um dos destaques negativos do dia. Além do minério de ferro, o mercado tem no radar a tão aguardada decisão sobre o futuro da gestão da companhia.

Na última sexta, o conselho de administração da Vale decidiu pela extensão do mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo, até 31 de dezembro de 2024.

Em paralelo, o colegiado concordou em abrir um processo de sucessão, em linha com sua política de governança corporativa.

Bartolomeo, cujo mandato terminaria no fim de maio deste ano, apoiará a transição para a nova liderança no início de 2025. O executivo atuará como advisor da companhia até 31 de dezembro de 2025, acrescentou a mineradora, em fato relevante.

A avaliação sobre a decisão dos analistas da Genial Investimentos é “parcialmente negativa”. Isso porque a renovação do contrato de Bartolomeo por um prazo tão curto sugere que a discussão quanto ao nome definitivo para assumir a partir de 2025 continuará nos próximos meses.

“A decisão tomada de estender o mandato do Bartolomeo até dezembro não remove incertezas, e na nossa visão, continua a abrir caminho para que o governo pressione por algum nome alinhado aos seus interesses”, comenta.

Já o Itaú BBA enxerga a decisão como notícia positiva para a mineradora.

“Enquanto investidores podem olhar isso como ‘neutro’ do ponto de vista operacional/estratégico (manutenção do status quo), a decisão do conselho elimina o overhang relacionado à potencial mudança na posição de CEO, que tem sido objeto de interferências externas nos últimos meses”, diz a instituição.

Na visão do BBA, a transição para um novo CEO em 2025 pode prosseguir agora de forma mais suave, indo por um caminho mais organizado.

Genial e BBA têm recomendação de compra para as ações da Vale.

Diário do Comércio - MG   12/03/2024

No ano de 2023, a produção de ferro-gusa no polo produtivo de Minas Gerais foi de 3,9 milhões de toneladas, redução de 5,2% no volume ante o ano anterior, confirmando a previsão de queda do Sindicato da Indústria do Ferro no Estado de Minas Gerais (Sindifer-MG). A redução ocorreu em virtude da retração na demanda do mercado interno, em consequência da queda de produção nas aciarias e fundições, impactados pela paralisação temporária de algumas usinas.

O montante produzido pelo setor representa 73,2% do ferro-gusa feito no Brasil e, destes, 31,4% tiveram como destino o mercado interno e os outros 68,6% foram destinado às exportações, gerando uma receita de aproximadamente US$ 1,253 bilhão em 2023.

Os principais destinos do ferro-gusa produzido no polo mineiro em 2023 foram Estados Unidos, Europa e Ásia. “Apesar de um final de ano com queda na demanda, que sempre acontece no período, este último nos preocupou mais, principalmente no mercado interno com os preços menos atrativos. Nossa expectativa é reverter esta situação em 2024”, projeta o presidente do Sindifer, Fausto Varela Cançado.

O setor, por sua vez, gerou algo em torno de 10,1 mil empregos diretos e, considerando os ligados à produção do ferro-gusa, os utilizados na silvicultura e na produção do carvão vegetal, são mais de 60 mil postos de trabalho indiretos em Minas Gerais.

Segundo Cançado, a demanda neste início de 2024 ainda não atingiu o ritmo desejado, mas ele acredita que ainda seja ocasionado pela lentidão dos negócios no primeiro trimestre. Segundo dados do Sindifer, em 2022, o preço da tonelada em aciaria era de US$ 550, no ano seguinte sofreu redução de 20% e hoje se encontra em torno de US$ 440/450 por tonelada. “O mercado ainda pode estar influenciado pelo comportamento do mercado nos meses finais de 2023, que registrou queda na demanda. Mas esperamos que esse cenário comece a mudar a partir do terceiro trimestre”, avaliou.
Polo de ferro-gusa tem produção descarbonizado em Minas Gerais

Ele afirma que a entidade tem dois grandes desafios para o decorrer de 2024. Um é obter o reconhecimento por utilizar no processo de produção em Minas o carvão vegetal de floresta plantada (energia renovável). É um grande diferencial que não se encontra no gusa produzido pelos demais países do mundo, pois todos utilizam o coque (carvão Mineral), que é fóssil.

“Outro desafio é retomar a valorização do produto, não só recuperando os níveis de preços que foram praticados em anos anteriores, mas também agregar mais valor, pois oferecemos um produto diferenciado, alinhado com as exigências ambientais atuais”, explicou.

Em 2023, com a queda do preço internacional, e se tratando de uma commodity, o valor pago pelo produto não cobriu os custos, principalmente, das matérias-primas. Assim, por vários motivos, mas, principalmente, pela qualidade ambiental, que traz grandes benefícios para quem o adquire, o dirigente espera que o produto nacional seja valorizado, não só no mercado internacional, mas também no mercado interno

“Cada vez mais há necessidade por matérias-primas descarbonizadas, principalmente nas empresas que têm dificuldades de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, como alternativa, elas estão optando pela descarbonizada, o que gera boas expectativas. Isso fica cada vez mais evidente para nós ao acompanharmos a evolução de um trabalho que começamos em 2019, através de um Instituto de Pesquisa Inovação e Tecnologia, para levantarmos as emissões para lançar ou absorver CO2 na atmosfera. Obtivemos resultados amplamente favoráveis e isso gerou interesse nos dirigentes de usinas. Com alguns indo além, buscando a certificação através de instituições internacionais”, explicou.

Em 2021, o Sindifer iniciou o processo de divulgação do produto descarbonizado para as empresas de vários países, potenciais interessadas e hoje já está bem avançado com metalúrgicas e traders do Japão e dos Estados Unidos.

O setor gerou algo em torno de 10,1 mil empregos diretos e, considerando os ligados à produção do ferro gusa e os utilizados na silvicultura e na produção do carvão vegetal, são mais de 60 mil indiretos em Minas Gerais”, afirmou Fausto Varela.

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Dinheiro - SP   12/03/2024

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) desacelerou a 0,10% na primeira prévia de março, após alta de 0,29% na mesma leitura de fevereiro, dentro do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) informou nesta segunda-feira, 11, a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Nas aberturas, houve arrefecimento de Materiais e Equipamentos (0,17% para 0,15%) e Mão de Obra (0,32% para 0,07%), junto com queda de Serviços (1,15% para -0,03%).

O IGP-M recuou 0,54% na primeira prévia de março, após cair 0,44% na mesma leitura de fevereiro, informou a FGV.

Influências

As maiores pressões para baixo sobre o INCC-M na primeira prévia de março partiram de tela de proteção para fachada (0,03% para -1,12%), pias, cubas e louças sanitárias (0,00% para -0,95%) e materiais elétricos (0,03% para -0,26%), areia lavada (0,23% para -0,99%) e formas de madeira (-0,07% para -0,52%).

Em contrapartida, as principais pressões de alta vieram dos itens condutores elétricos (-0,07% para 4,76%), eletricista (0,71% para 0,50%) e placas cerâmicas para revestimento (-0,21% para 1,13%), seguidos por vergalhões e arames de aço ao carbono (-0,44% para 0,25%) e cimento Portland comum (0,97% para 0,58%).

Rodoviário

Diário do Comércio - MG   12/03/2024

O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) e do Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), inaugurou, nesta segunda-feira (11), mais 3,2 quilômetros de pistas duplicadas na rodovia MG-050, em Itaú de Minas, no Sudoeste do estado.

Além disso, foram entregues duas interseções em dois níveis, com dispositivos de retorno e viadutos para veículos e pedestres, e acessos às estradas vicinais.

As obras do contorno rodoviário em Itaú de Minas estão previstas no contrato de concessão com a empresa AB Nascentes e vão beneficiar mais de 9 mil motoristas e uma população de 16 mil pessoas da região, além de motoristas e passageiros de veículos em viagem. O investimento da concessionária nessas intervenções é de cerca de R$ 35 milhões.

Somente nestas obras, foram gerados 507 postos de trabalho, sendo 168 empregos diretos, 79 indiretos e 260 empregos via efeito de renda.

Novos trevos

A agenda também contou com a assinatura de convênio entre o Governo de Minas e a Prefeitura Municipal de Passos, com o aporte de R$ 30 milhões em obras de infraestrutura. Os recursos serão investidos na construção de um trevo na MG-050, km 347,5, e outro na MGC-146, km 410.

As obras vão atender à demanda de aumento de tráfego, proporcionando mais segurança aos motoristas que circulam pelas rodovias.

“Nós assinamos com a Prefeitura de Passos o convênio do recurso que faltava para garantir a construção do trevo e acesso à fábrica da Heineken que vai garantir que as 400 carretas que vão entrar e sair dali diariamente não atrapalhem o trânsito da MG-050”, anunciou o vice-governador, Professor Mateus (Novo).

NAVAL

Portos e Mercados - SP   12/03/2024

Um silêncio incômodo percorre as oficinas desabitadas do Estaleiro Rio Grande, um complexo de 700 mil metros quadrados às margens da Lagoa dos Patos, em Rio Grande, no sul do Estado. Desde o ocaso do polo naval, em 2016, resta pouco da movimentação frenética de quando 12 mil trabalhadores labutavam 24 horas por dia montando estruturas petrolíferas. Agora há apenas o rosnar contido de um guindaste e o passo letárgico dos pouco mais de 200 funcionários dedicados a impedir que o maquinário sucumba à ferrugem.
Todavia, a presença de uma plataforma de 44 mil toneladas, 337 metros de comprimento e 70 de altura está prestes a modificar a rotina do local.
Desta vez, metalúrgicos treinados para construir aparatos bilionários que extraem petróleo do fundo do mar farão um serviço reverso: transformar o colosso de aço em sucata para a indústria siderúrgica.
A nova operação do estaleiro devolveu um sopro de otimismo a um dos mais antigos municípios gaúchos. De 2005 a 2016, o polo naval transformou Rio Grande num eldorado. A economia local crescia 20% ao ano, fazendo o Produto Interno Bruto quadruplicar.
O tombo começou em 2014, a partir da Operação Lava-Jato.
A sucessão de escândalos envolvendo a Petrobras fez escassear os contratos e a regularidade dos pagamentos. O estaleiro da QGI, construído pela construtora Queiroz Galvão e a Iesa Óleo e Gás, foi o primeiro a fechar as portas. O Estaleiro Rio Grande, pertencente à Ecovix, demitiu 3,2 mil trabalhadores num único dia e entrou em recuperação judicial. O Estaleiro EBR, na cidade vizinha de São José do Norte, foi o único a continuar operando.
— Parecia que tinha caído uma bomba atômica — resume o diretor operacional do Estaleiro Rio Grande, Ricardo Ávila.
Com um passivo de R$ 8 bilhões em dívidas, desde então a empresa busca diversificar as atividades. Após dois anos praticamente paralisado, o estaleiro passou a cortar navios para transformar em sucata, fazer reparos navais e aproveitou a estrutura de cais para operações portuárias.
A chegada da plataforma P-32, em dezembro, abriu um novo foco de atuação. Primeira unidade da Petrobras a passar por um processo de desmontagem sustentável, a plataforma foi adquirida pela Gerdau no ano passado e será desmanchada para que os painéis de aço sejam reciclados na usina da siderúrgica em Charqueadas, na Região Carbonífera. O trabalho vai durar um ano e gerar 200 empregos diretos. Por ora, mergulhadores operam cordas com diamantes no corte do enrijecedor, uma peça de 4,67 metros acoplada no fundo do navio.
A Gerdau já arrematou outra plataforma, a P-33, cuja chegada a Rio Grande está prevista para o segundo semestre. As duas unidades serão desconstruídas lado a lado no dique, com a abertura de mais 200 vagas.
Ao todo, o programa de desmantelamento da Petrobras está orçado em US$ 9,6 bilhões, com o desmanche de 26 plataformas. Ávila diz que a iniciativa é uma oportunidade diante da estagnação do setor, mas ainda insuficiente para significar retomada do polo local.
— É um mercado muito pequeno para a indústria brasileira — diz o executivo da firma que faturava US$ 50 milhões mensais no auge das operações e hoje fatura R$ 1 milhão.
Em Rio Grande, não há ilusão de que os estaleiros voltem a induzir a prosperidade da década passada. Contudo, empresários, trabalhadores e autoridades nutrem a expectativa de que a Petrobras retome os incentivos à produção de plataformas em território nacional. Em visita ao município em maio de 2023, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, firmou compromisso de que irá recuperar os estaleiros da região.
No auge de sua atividade, o Estaleiro Rio Grande chegou a empregar 12 mil trabalhadores.
Charles Guerra / Especial GZH Em dezembro, o Conselho Nacional de Política Energética elevou a exigência de conteúdo local de 18% para 30% na exploração e de 25% para 30% na produção de petróleo em blocos marítimos. Embora os percentuais ainda estejam distantes dos índices de até 85% que turbinaram a economia rio-grandina na década passada, há esperança de novos investimentos.
— Não acredito no retorno do cenário anterior, mas temos expectativa de retomada, afinal não há no Brasil estrutura como essa, mão de obra treinada, posição geográfica, condição de calado e maior dique do Hemisfério Sul — sustenta o prefeito de Rio Grande, Fábio Branco.
Após o ocaso do polo naval, em 2016, a exigência de conteúdo local foi apontada como principal causa da derrocada do setor. Os incentivos governamentais teriam encarecido a produção nacional e endividado a Petrobras, que financiou os estaleiros do país em detrimento da alta competitividade dos similares asiáticos.
Reitor da Fundação Universidade Federal do Rio Grande e primeiro presidente do Arranjo Produtivo Local Marítimo, Danilo Giroldo, concorda que é possível corrigir equívocos e alcançar percentual mais equilibrado de conteúdo local. Contudo, ele rejeita a impressão cristalizada no país de que a política fracassou:
— Não existe indústria naval sem subsídio estatal. É assim que se mantém a indústria americana, canadense, porque emprega muita gente e tem alto valor agregado. Aqui ficou uma ideia geral de que a indústria não era competitiva e não tinha capacidade. Isso não se coaduna com a realidade.Hoje, 30% do petróleo produzido no Brasil vem de plataformas fabricadas em Rio Grande.

IstoÉ Dinheiro - SP   12/03/2024

De olho em Taiwan e em rivalizar com os EUA, Pequim tem expandido e modernizado sua marinha. Planos incluem novos porta-aviões, alimentando especulações que regime já estaria desenvolvendo embarcações nucleares.A ameaça de uma guerra paira sobre a ilha de Taiwan. A República Popular da China não esconde que deseja a reunificação com o território que considera uma província renegada, se necessário, até mesmo pela força das armas. Na apresentação do relatório anual das ações do governo ao Congresso Nacional do Povo – principal órgão Legislativo da China comunista –, o primeiro-ministro, Li Qiang, reafirmou a determinação de Pequim de “promover resolutamente a causa da reunificação da China”.

Segundo ele, isso faz parte da “estratégia geral” do regime. A declaração em si não é nova. No entanto, observadores notaram a ausência da palavra “pacífica” depois de “reunificação”, em contraste com as formulações de relatórios de anos anteriores.

Pequim aponta que vê como uma ameaça potencial o fato de que a República da China – como Taiwan se autodenomina oficialmente – recebe garantias de segurança dos Estados Unidos. Cinco porta-aviões dos EUA estão atualmente no Pacífico, de acordo com relatos da mídia americana. Recentemente, políticos da China têm mostrado uma predileção em falar sobre “paz e segurança em ambas as margens”. Muitos especialistas estão gradualmente se convencendo de que não se trata mais apenas do Estreito de Taiwan, mas do Oceano Pacífico como um todo.

Com o objetivo de realmente controlar as águas reivindicadas, Pequim tem expandindo significativamente sua marinha, ainda pouco poderosa em comparação com a de outras potências. O ponto mais ao sul do Mar da China Meridional fica a cerca de 2.000 quilômetros do continente. Pequim quer ampliar ainda mais seu raio de ação. E para isso quer contar com mais porta-aviões.

Dois em serviço, mais dois em construção

Dois porta-aviões se encontram atualmente em serviço na marinha chinesa. O primeiro, chamado Liaoning, foi batizado em homenagem a uma província onde o navio de guerra sofreu adaptações. Ele era originalmente um porta-aviões inacabado da antiga marinha da União Soviética.

Batizado inicialmente como Riga, ele começou a ser construído na década de 1980 e, com a dissolução da União Soviética, ficou em poder da Ucrânia. Seu casco inacabado foi comprado pela China em 1998 por meio de um intermediário de Macau por 20 milhões de dólares. Inicialmente, o empresário alegou que desejava converter a embarcação em um hotel e cassino flutuantes. Em 2012, rebatizado como Liaoning, o porta-aviões entrou em serviço na Marinha da China após ser remodelado e modernizado.

O segundo porta-aviões, chamado Shandong, também recebeu o nome de uma província costeira da China. Com pequenas modificações, a embarcação é uma cópia do Liaoning produzida inteiramente na China. Desde 2019, esse porta-aviões tem navegado principalmente no Mar Meridional da China.

Um terceiro porta-aviões, batizado de Fujian, encontra-se em construção em um estaleiro em Xangai. Como seus dois antecessores, ele tem propulsão convencional, mas, em contraste com os porta-aviões de raiz soviética, o Fujian tem um design inteiramente desenvolvido na China. Espera-se que ele entre em serviço em 2025. Como os outros dois, é movido a combustível comum, o que limita seu raio de ação.

Mas há especulações sobre um quarto porta-aviões, que estaria sendo construído ao lado do Fujian. “Não estou ciente de nenhuma dificuldade técnica com o quarto porta-aviões”, disse o almirante Yuan Huazhi indiretamente sobre os rumores a um repórter de Hong Kong, nos bastidores do Congresso Nacional do Povo.

Quando questionado se o porta-aviões já estaria equipado com um sistema de propulsão nuclear, o oficial político do mais alto escalão da marinha chinesa respondeu evasivamente: “informaremos o público no devido tempo”. No entanto, a nova embarcação continua não sendo mencionada na imprensa oficial.

Mídia reporta dois porta-aviões movidos a energia nuclear

Antes do início do Congresso do Povo, veículos de imprensa de Hong Kong e Taiwan apontaram que dois porta-aviões movidos a energia nuclear estariam com a construção em andamento – simultaneamente em dois estaleiros. Cada um deles teria dois reatores de sal líquido de tório que gerariam energia por meio de fissão nuclear, segundo os jornais.

“A China quer claramente exibir sua forte ambição de defender suas águas com uma marinha moderna”, disse Wang Feng, editor do jornal China Times, de Taipei, a capital de Taiwan.

O almirante Yuan permanece no curso oficial: “Estamos construindo porta-aviões, não para nos igualarmos aos EUA; e certamente não para entrar em guerra com os EUA. Queremos usá-los para defender nossa soberania e integridade territorial”, disse.

Em contraste com algumas democracias ocidentais, a bancada do governo no Congresso Nacional do Povo não costuma ser contestada ou obrigada a prestar contas. Questionamentos críticos não costumam ser feitos. Os planos do governo são regularmente aplaudidos e ovacionados pelos 2.980 delegados. E, no Grande Salão do Povo, a forte ambição da China de se tornar uma superpotência militar regional fica bastante clara.

Aumento de gastos militares

Em 2024, os gastos militares da China devem aumentar 7,2%, em comparação com o ano anterior, atingindo a marca de 215,5 bilhões de euros (R$ 1,2 trilhão). Se a economia do país registrar um crescimento de 5% no ano corrente, os gastos de defesa no orçamento podem acabar respondendo por 1,2% do produto interno bruto (PIB). De acordo com o Stockholm International Peace Research Institute (SIPRI), uma organização que se dedica à análise de conflitos, isso colocaria a China em segundo lugar no mundo em termos de gastos com defesa, logo atrás dos EUA.

E esses gastos se refletem na marinha. A tecnologia militar mudou drasticamente desde o fim da Segunda Guerra Mundial, aponta Charles Martin-Shields, do Instituto Alemão de Desenvolvimento. Se contar com porta-aviões movidos a energia nuclear, “uma marinha moderna não precisa mais de cadeias de ilhas como bases de suprimentos para reabastecimento a fim de controlar o vasto Pacífico”.

Atualmente, no mundo, apenas os EUA e a França têm oficialmente porta-aviões movidos a energia nuclear.

Um motivo para o aumento das recentes tensões militares na região, apontam especialistas, é o fato de que”William” Lai Ching-te, um crítico da China, assumirá a presidência de Taiwan em maio. “Em princípio, nem a China, nem os EUA estão interessados em um conflito militar”, diz Hanna Gers, do Conselho Alemão de Relações Exteriores. “Pessoalmente, acho que bloqueios econômicos são mais prováveis. Mas também sei que todos os cenários possíveis estão sendo discutidos”.

Os porta-aviões chineses ainda estão se limitando a navegar nas águas territoriais do país. Mas o almirante Yuan já vem insinuando que a marinha chinesa poderá em breve se dirigir a destinos mais distantes. “Os porta-aviões estão sendo construídos para isso”.

Um possível teste seria a atual crise no Oriente Médio. Desde que as milícias houthis do Iêmen passaram a atacar cargueiros no Mar Vermelho, a navegação comercial tem sofrido restrições na região.

“As rotas comerciais através do Mar Vermelho são de importância estratégica para o fornecimento de energia da China”, aponta o editor Wang, do China Times.

Entretanto, a Marinha da China ainda não parece capaz de realizar operações defensivas de segurança marítima. Mas isso não deixa de ser mais um argumento a favor do aprimoramento das forças navais do país.

Porto Gente - SP   12/03/2024

Desde o início do ano, circulam publicações em jornais e portais da web sobre práticas não republicanas atreladas a valores altos em dinheiro, como propinas de contratos assinados, envolvendo o presidente da Autoridade Portuária de Santos, Anderson Pomini, e o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (Republicanos). O senador Alexandre Luiz Giordano (MDB) fez denúncias, mas também já recuou. Segundo relato não oficial, o presidente do porto as encaminhou à Polícia Federal.

De formação em Direito, com escritório em São Paulo e seleta clientela, Pomini nunca tinha exercido qualquer papel em porto. Atualmente é o gestor do principal complexo portuário do hemisfério Sul. Dispõe de um quadro de funcionários concursados de excelente qualidade. Entretanto, esta condição é insuficiente para promover resultados exitosos, com ocupantes de cargos executivos nomeados politicamente e sem a necessária aptidão para estabelecer os padrões a serem atendidos. Por tudo isso, é incerto o êxito do complexo programa anunciado pelo presidente Lula.

Essa incerteza não é tudo. São muito desfavoráveis as intrigas frequentes do presidente Pomini com o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do mesmo partido do ministro de Portos e parceiro do governo federal na construção do túnel submerso, uma obra orçada em R$ 5,8 bilhões. Na festa do aniversário do porto, mês passado, o presidente Lula, como anfitrião, foi obrigado a dar uma raspança oficial, em bom tom, pela vaia organizada e uniformizada ao governador. Quadro adverso à união de esforços, fundamental ao desempenho conjunto de uma orquestra, para inovar o Porto de Santos. span>

Trata-se de um programa de obras previsto de R$ 19 bilhões em 3 anos; uma missão nada trivial. Haja vista que essa ligação a seco é anunciada há quase 100 anos. Positivamente, o presidente da República quer repetir em Santos o desencanto dessa obra, no porto da sua infância, como ele realizou a transposição do Rio São Francisco. Trata-se de inovação logística, para aumentar a produtividade portuária e melhorar a relação porto-cidade. O Estado de São Paulo tem interesse em superar a deficiente travessia, de veículos por balsas e aumentar a fluidez de um volumoso trânsito de pedestres e ciclistas que atravessam diariamente o canal d e acesso ao porto, com margens nas cidades turísticas de Santos e Guarujá.

Decerto será instaurado o devido processo para apurar com rigor as notícias amplamente divulgadas, de supostos casos graves no âmbito da governança do Porto de Santos, na gestão do presidente Anderson Pomini, nas formalidades essenciais. Pois, além de abalar a administração portuária, tais divulgações, como um mar de lama, atingem também o governo Lula e os partidos políticos dos envolvidos.

Ao avaliar a atual gestão do Porto de Santos, o seu valor deve ser medido pelo ambiente presente. A insegurança administrativa é incompatível com os bons resultados. É forçoso mudar.

Investing - SP   12/03/2024

O Porto de Santos vai receber R$ 21,28 bilhões em investimentos entre 2024 e 2028. Desse montante, R$ 12,6 bilhões consistem em aportes públicos e parcerias público-privadas (PPP). Os R$ 8,68 bilhões adicionais virão de investimentos privados.

Em relação aos aportes por empresas, R$ 2,8 bilhões se referem a obras em andamento por companhias como Rumo (BVMF:RAIL3), Santos Brasil (BVMF:STBP3), FIPs e Hidrovias STS 20. Mais R$ 5,88 bilhões virão das obras ainda a serem iniciadas.

A carteira de investimentos, com mais de dez projetos, foi apresentada nesta segunda-feira, 11, pelo presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

"Esses investimentos serão fundamentais para o desenvolvimento da região com a parceria entre o governo federal e do Estado de São Paulo", afirmou Costa Filho em sua quarta visita ao Porto de Santos em seis meses à frente do ministério.

Acesso

Na lista de obras previstas, o destaque é o túnel Santos-Guarujá. A iniciativa prevê R$ 6 bilhões em investimentos, com o governo federal e o governo do Estado de São Paulo arcando com 50% cada um. Na próxima semana, terão início as audiências públicas para discutir o projeto. O cronograma estipula o licenciamento ambiental para novembro de 2024 e o início da concessão em 2025.

As melhorias na Avenida Perimetral, na margem direita (Santos), no trecho Alemoa, também estão na agenda. O projeto, de R$ 25,8 milhões, visa a pavimentação de 580 metros da via, assim com a construção de um canal de drenagem. A expectativa é que as obras estejam concluídas até outubro de 2025.

Enquanto isso, R$ 544 milhões serão direcionados para a melhoria de acesso ao Porto na Avenida Perimetral, margem esquerda (Guarujá). As obras, que incluem segregação dos tráfegos urbano e portuário, começam em janeiro de 2026 e terminam em fevereiro de 2030.

Um estacionamento adequado para os caminhões é uma demanda de sindicatos que será atendida, segundo o planejamento. Para isso, estão previstos R$ 800 milhões aportados para desenvolver uma área de 500 mil metros quadrados. As obras devem ocorrer entre agosto de 2025 e setembro de 2026.

Para estimular e facilitar o acesso, está em andamento a adequação do Aeroporto de Guarujá para voos comerciais. O montante para a fase inicial do projeto é de R$ 21,3 milhões. O terminal de passageiros deve ser entregue até o final de 2024.

Dragagem

A APS planeja ainda a dragagem de aprofundamento do canal para 16 metros, com R$ 324,1 milhões em investimentos e conclusão para junho em 2026. Já a dragagem de aprofundamento dos berços entre os armazéns 12A e 23 deve custar R$ 14,9 milhões, com finalização em junho de 2024.

No mesmo tema, o plano é promover a concessão do serviço de dragagem por um período de 20 anos, somando R$ 6,5 bilhões. O leilão deve ocorrer no primeiro semestre de 2026 e o contrato assinado na segunda metade do mesmo ano. A concessionária ganhadora deverá aprofundar para 17 metros e será responsável pela manutenção.

Outros projetos

Em outras frentes há ainda R$ 500 milhões para diversificação da matriz energética, com hidrogênio verde na Usina de Itatinga, que atende ao Porto de Santos. A expectativa é que as entregas dos estudos de modelagem ocorram em janeiro do próximo ano.

Já a transferência do Concais para a área do Valongo demandará R$ 1,4 bilhão, enquanto o Parque do Valongo, em parceria com a Prefeitura de Santos, custará R$ 100 milhões até o final de 2025.

Os reforços dos berços de atracação da Ilha de Barnabé é esperado para novembro de 2027, enquanto o orçamento é de R$ 112,3 milhões. A implantação do sistema de monitoramento de tráfego de navios, com aporte de R$ 169 milhões, é esperado a começar a operar no segundo trimestre de 2026 por meio de tecnologia e drones.

Valor - SP   12/03/2024

Ideia de presidente da Petrobras é reagir à pressão dos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil) pela sua saída do comando da empresa

O diretor-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, pretende levar um plano de investimento de US$ 80 bilhões na indústria naval ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como reação à pressão de membros do governo pela sua renúncia.

Segundo a colunista Malu Gaspar, do jornal “O Globo”, o plano, chamado de “Mar de Oportunidades”, terá investimentos focados em plataformas, navios-sonda e barcos de apoio.

A ideia de Prates é reagir à pressão dos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil) pela sua saída do comando da empresa e ao mesmo tempo atender às cobranças de Lula por um plano de revitalização da indústria naval.

Além do plano, Prates levará uma comitiva de diretores da Petrobras para apoiá-lo. A reunião já estava marcada antes e não tem o objetivo de tratar sobre o caso dos dividendos extraordinários, mas o tema deve ocupar parte do encontro.

— Foto: Leo Pinheiro/Valor

PETROLÍFERO

Valor - SP   12/03/2024

Expectativa da maior produtora de gás natural dos EUA é que o acordo seja fechado no quarto trimestre e crie uma economia anual de custos de US$ 250 milhões

A EQT, maior produtora de gás natural dos EUA, concordou em comprar sua antiga controlada Equitrans Midstream por cerca de US$ 5,5 bilhões em ações, em meio à recente enxurrada de negócios na indústria de oleodutos e gasodutos.

A Equitrans é proprietária do polêmico projeto Mountain Valley Pipeline, que está anos atrasado em relação ao cronograma original, depois de enfrentar batalhas legais e oposição local.

O projeto, que deverá ser concluído no segundo trimestre, levará gás da bacia de xisto de Marcellus, nos Apalaches, a maior fonte do combustível dos EUA, para os mercados da região sudeste do país.

A expectativa é que o acordo seja fechado no quarto trimestre e crie uma economia anual de custos de US$ 250 milhões, disse a EQT, nesta segunda-feira (11), por meio de comunicado.

“Vemos isso como uma oportunidade única de integrar verticalmente uma das bases de recursos de gás natural da mais alta qualidade em qualquer lugar do mundo”, disse o CEO da EQT, Toby Rice, no comunicado.

A Equitrans foi separada da EQT em 2018, após uma campanha da empresa ativista de investimentos Jana Partners.

O acordo de hoje se soma a uma série de transações recentes anunciadas na América do Norte, incluindo a compra da Magellan Midstream Partners pela ONEOK, em setembro, e a aquisição da Crestwood Equity Partners pela Energy Transfer, em novembro.

Cada ação em circulação da Equitrans será trocada por 0,3504 de ação da EQT, representando um valor implícito de US$ 12,50 por ação da Equitrans, informou a EQT.

Como resultado do acordo, espera-se que os acionistas da EQT detenham cerca de 74% da empresa combinada, disse a EQT.

Infomoney - SP   12/03/2024

Os Estados Unidos lideraram a produção global de de petróleo bruto pelo sexto ano consecutivo, com um bombeamento médio recorde de 12,9 milhões de barris por dia (bpd), informou a Administração de Informações sobre Energia (AIE) em comunicado nesta segunda-feira (11).

Em dezembro, a produção de petróleo bruto dos EUA atingiu um novo recorde mensal de mais de 13,3 milhões de bpd, informou a agência.

“Os Estados Unidos produziram mais petróleo bruto do que qualquer outra nação em qualquer época, de acordo com nossas Estatísticas Internacionais de Energia, nos últimos seis anos consecutivos”, acrescentou a AIE. A AIE diz ainda que é improvável que o recorde seja quebrado por outro país no curto prazo.
Em outras regiões, o governo da Arábia Saudita ordenou em janeiro que a Aramco interrompesse seu plano de expansão de petróleo e tivesse como meta uma capacidade máxima de produção sustentada de 12 milhões de barris por dia (bpd), um milhão de bpd abaixo da meta anunciada em 2020.

O preço do Brent, referência global, caiu na segunda-feira, ficando abaixo de 82 dólares por barril, uma vez que as preocupações geopolíticas persistentes no Oriente Médio e na Rússia colidem com o nervosismo sobre a redução da demanda na China.

Recentemente, os membros da Opep+ , liderados pela Arábia Saudita e pela Rússia, concordaram em estender os cortes voluntários na produção de petróleo de 2,2 milhões de barris por dia para o segundo trimestre, dando um suporte extra ao mercado em meio a preocupações com o crescimento global e o aumento da produção fora do grupo.

IstoÉ Dinheiro - SP   12/03/2024

Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam perto da estabilidade, se recuperando da queda de mais de 1% vista mais cedo, à medida que investidores ponderam os riscos de descompasso entre oferta e demanda considerando as perspectivas para a China e os EUA. O relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a ser divulgado nesta semana, também segue no radar.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em baixa de 0,10% (US$ 0,08), a US$ 77,93 o barril, enquanto o Brent para maio fechou em alta de 0,18% (US$ 0,13), a US$ 82,21 o barril.

O analista Derren Nathan, da Hargreaves Lansdown, indica que hoje as “preocupações com o crescimento da China continuaram pressionando o preço do petróleo”. Os dados chineses divulgados neste fim de semana mostraram que a inflação ao consumidor do país aumentou modestamente em fevereiro, como consequência do aumento dos gastos durante o Ano Novo Lunar. Contudo, a inflação dos preços ao produtor diminuiu mais do que o esperado no mesmo período, indicando que as fábricas da China continuam sob pressão e a demanda pode ser impactada.

Apesar do tom negativo visto no início do dia, os preços se recuperaram perto do fechamento. Segundo Fawad Razaqzada, do City index, traders agora já olham para o futuro, e esperam indícios de cortes de juros nos EUA. “Amanhã, veremos o foco nos dados de inflação dos preços ao consumidor (CPI) nos EUA e no relatório mensal de mercado da Opep”, disse.

Em nota a clientes, a Capital Economics aponta que os cortes na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) mantiveram o petróleo em níveis mais elevados recentemente, enquanto os preços “têm ignorado as perturbações no transporte marítimo no Mar Vermelho e o risco de um conflito mais amplo no Oriente Médio”.

Também hoje, no início da manhã, circulou a notícia de que a petroleira estatal da Arábia Saudita, Saudi Aramco, planeja reduzir o fornecimento de petróleo bruto pesado para clientes na Ásia em abril, motivada pela manutenção de seus campos petrolíferos. Ontem, a Saudi Aramco divulgou balanço que indica lucro de US$ 121 bilhões em 2023, seu segundo melhor desempenho na história.

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