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12 de Janeiro de 2024

SIDERURGIA

Infomoney - SP   12/01/2024

As ações preferenciais da Gerdau (GGBR4) são, por enquanto, uma das maiores quedas de 2024 do Ibovespa, em baixa de quase 10%. Outras siderúrgicas, como Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3), também ocupam a lista, com ambas tendo quedas de cerca de 9%.

O setor vem sofrendo já há algum tempo na Bolsa. Em 2023, a “invasão do aço chinês” no Brasil, motivada pelo desaquecimento da economia do gigante asiático e pela crise do setor imobiliário por lá, derrubou os lucros das companhias e se tornou uma detratora dos resultados das metalúrgicas.

“A China vem produzindo um volume maior de aço plano e focando em exportação para diversas regiões. Com isso, o resultado das siderúrgicas no Brasil estão pressionados desde então”, explica João Abdouni, analista da Levante Corp. “É incerto falar se ela continuará em 2024 pois a China pretende manter o patamar de crescimento do PIB em 5%, neste sentido é difícil que o gigante asiatico mude a postura. Em contrapartida, há quem especule que o ritmo das siderúrgicas chinesas será menor este ano”.
Outro fator que pesou neste começo de 2024 é que o minério de ferro, nos últimos dias, também vem caindo – e justamente por conta da baixa demanda na China. O recuo sinaliza, para especialistas, que as siderúrgicas estão com bastante aço estocado. Um menor estoque por lá pode sinalizar novas ondas de exportação, inclusive para o Brasil.

Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research, menciona que o aço chinês chega ao Brasil com “preços predatórios”, reduzindo a atratividade das empresas locais. Já Fabrício Gonçalvez, CEO da Box Asset Management, destaca que há previsões de que as importações brasileiras de aço chinês podem voltar a subir em 2024.

Por fim, não ajuda também o fato de o preço minério estar alto, apesar das quedas recentes, o que pressiona ainda mais as margens da Gerdau, da CSN e da Usiminas.

Visões para 2024

As visões para 2024, contudo, se dividem.

A Levante Corp, por exemplo, diz enxergar o setor pressionado, ainda por conta do cenário imobiliário chinês, preferindo mineradoras. Ferrer, da Empiricus, avalia que os próximos 12 meses não devem ser empolgantes para Gerdau, Usiminas e CSN. “Teremos uma manutenção de tendência do que aconteceu no ano passado, ou seja, não vai ser um grande ano. Obviamente que pode ser muito importante que a indústria consiga um aumento da taxa de importação”, pondera.

No entanto, ele menciona que o fator Estados Unidos pode ser positivo, principalmente a Gerdau, que tem forte participação no país norte-americano na sua receita.

Angelo Belitardo, gestor da Hike Capital, vai no mesmo caminho, apontando que a sinalização dos Estados Unidos de retirar o direito da sobretaxa de 103,4% da produção de aço brasileira, uma barreira comercial, pode ser positiva. Isso com o acréscimo de que a maior economia do mundo ainda estar rodando estímulos para o setor de infraestrutura, que demanda aço longo.

“A sobretaxa era considerada por mais de 30 anos uma barreira comercial para exportação brasileira no segmento de tubos soldados de aço ao continente norte-americano. A medida deve fortalecer as operações da Gerdau frente à concorrência chinesa”, diz Belitardo.

“Fora isso, a potencial queda de juros nos EUA ainda em 2024 torna as ações da Gerdau ainda mais atrativas na cotação atual e o setor de aço tende a ser beneficiado com a retomada do setor de e construção e infraestrutura no Brasil, China e nos países desenvolvidos. Tudo isso por conta do ciclo de queda na taxa de juros, o que impulsionará a demanda e cotação da commodity”, completa.

De acordo com compilação LSEG com analistas de mercado, Gerdau segue na preferência entre as siderúrgicas brasileiras. Veja as recomendações detalhadas no quadro abaixo:

EmpresaAção (ticker)Recomendação de compraRecomendação neutraRecomendação de vendaPreço-alvo médioPotencial de valorização*
GerdauGGBR41060R$ 30,81+43%
CSNCSNA3452R$ 16,68-7%
UsiminasUSIM52120R$ 8,66+3%

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   12/01/2024

Após dois anos de estouro, o IPCA, índice oficial de inflação do País, fechou 2023 dentro da meta perseguida pelo Banco Central. Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira, 11, pelo IBGE, o índice ficou em 4,62% no ano passado, abaixo dos 5,79% de 2022. O teto da meta do BC era de 4,75%.

De acordo com o IBGE, o resultado de 2023 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes, que subiu 7,14% e teve o maior impacto (1,46 ponto porcentual) no índice acumulado do ano. Na sequência, diz o instituto, vieram Saúde e Cuidados Pessoais (6,58%) e Habitação (5,06%). Alimentação e Bebidas, grupo de maior peso no IPCA, subiu 1,03% no ano.

Nos Transportes, segundo o instituto, o destaque é a alta da gasolina (12,09%), “subitem de maior peso entre os 377 subitens que compõem o IPCA e responsável pelo maior impacto (0,56 ponto porcentual) em 2023". Uma outra alta importante foi das passagens aéreas, que subiram 47,24% e contribuíram com 0,32 ponto porcentual no acumulado do ano. “Os preços dos automóveis novos (2,37%) subiram em ritmo menor que no ano anterior (8,19%) e os automóveis usados (-4,80%) tiveram recuo em 2023", diz a nota do IBGE.

No grupo de Saúde e Cuidados Pessoais, a maior contribuição (com 0,43 ponto porcentual no índice total) veio dos planos de saúde, com alta de 11,52% no ano. “Em junho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou o teto para reajuste dos planos individuais novos (posteriores à lei nº 9.656/98) em 9,63% para o período de maio de 2023 a abril de 2024. A partir de outubro, foram incorporadas as frações referentes aos planos antigos, com vigência retroativa a partir de julho”, diz o IBGE. Nesse grupo, destaca-se também a alta de 5,83% dos produtos farmacêuticos. “Em 31 de março de 2023, passou a valer o reajuste de até 5,60% nos preços dos medicamentos”, lembra o instituto.

No grupo Habitação, a principal contribuição positiva veio da energia elétrica residencial, que subiu 9,52%. “Cabe ressaltar que vigorou, ao longo de todo o ano de 2023, a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional nas faturas”, diz o IBGE. Outros destaques foram a taxa de água e esgoto (10,08%), o condomínio (6,74%) e o aluguel residencial (3,21%). Por outro lado, houve queda de 6,89% no gás de botijão, segundo o instituto.

O resultado do grupo Alimentação e Bebidas, que subiu apenas 1,03%, foi influenciado pela queda nos preços da alimentação no domicílio (-0,52%). De acordo com o IBGE, os destaques foram óleo de soja (-28%), frango em pedaços (-10,12%) e as carnes (-9,37%). “Os preços do óleo de soja recuaram em dez dos 12 meses de 2023. Os preços das carnes e do frango em pedaços caíram de janeiro a setembro e, a partir de outubro, voltaram a registrar alta”, diz o Instituto.

Resultado de dezembro

No mês passado, o IPCA ficou em 0,56%, 0,28 ponto percentual acima da taxa de novembro (0,28%). Em dezembro de 2022, a variação havia sido de 0,62%. O resultado veio acima da mediana dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam um índice de 0,49%.

De acordo com o IBGE, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,11%) e o maior impacto (de 0,23 ponto porcentual) vieram do grupo Alimentação e Bebidas, que acelerou em relação a novembro (0,63%). A segunda maior contribuição (0,10 ponto porcentual) veio de Transportes, com alta de 0,48%. A segunda maior variação, por sua vez, foi de Artigos de Residência (0,76%), após um recuo de 0,42% em novembro. O grupo Habitação (0,34%) desacelerou ante o mês anterior (0,48%). Os demais grupos ficaram entre o 0,04% de Comunicação e o 0,70% de Vestuário.

O que esperar para 2024

Para este ano, a mediana das projeções feitas por analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast aponta para uma inflação de 3,9%. De 47 instituições ouvidas, 45 (96%) esperam que a inflação deste ano fique acima do centro da meta perseguida pelo Banco Central, de 3%, mas abaixo do teto, de 4,5%. Uma espera inflação acima do teto e outra projeta IPCA de 3%, alinhado ao centro do alvo.

O Banco ABC Brasil prevê desaceleração do IPCA para 4,2% em 2024. Os principais pontos de atenção da projeção, de acordo com Amanda Noyama, economista do banco, são os reajustes estaduais das alíquotas de ICMS e o impacto do El Niño sobre os preços dos alimentos.

Anna Reis, economista-chefe da GAP Asset, projeta uma desaceleração mais intensa, a 3,51%, com viés ligeiramente de baixa. A possibilidade de um corte dos preços de gasolina em janeiro maior do que o já incorporado ao cenário, de 5%, explica a maior parte do viés. Mas alíquotas de IPVA e passagens aéreas também são pontos a serem acompanhados. “Por outro lado, temos uma pressão muito forte de alimentos que pode penalizar as projeções de curto prazo e compensar esse risco baixista”, diz. / Daniela Amorim, Marianna Gualter e Daniel Tozzi Mendes.

IstoÉ Dinheiro - SP   12/01/2024

Sem perspectivas de mudanças no ritmo do afrouxamento monetário pelo Banco Central do Brasil (BC), analistas preveem que o processo de desinflação deva perdurar por um período no Brasil, ainda que haja alguns sinais de riscos levantados pelo resultado do IPCA no último mês de dezembro de 2023.

A inflação oficial do País terminou o último ano abaixo do teto da meta depois de dois anos seguidos de estouro, mas tanto o resultado do IPCA de dezembro quanto aquele calculado em 12 meses ficaram acima das expectativas.

Em dezembro o IPCA avançou 0,56%, contra expectativa em pesquisa da Reuters de 0,48%, subindo no ano 4,63%, acima dos 4,54% esperados.

“Do ponto de vista qualitativo, a leitura não foi favorável. A piora na média dos núcleos sugere um cenário desinflacionário menos consistente no curto prazo”, avaliou Igor Cadilhac, economista do PicPay.

O maior impacto no último mês do ano foi exercido pelo grupo de Alimentação e Bebidas, com alta de 1,11%, resultado atribuído ao aumento da temperatura e efeitos climáticos relacionados ao fenômeno El Niño, que segue no foco.

“O grupo alimentação no domicílio foi bastante impactado pelo agravamento do El Niño no final de 2023, e esse efeito deve trazer perturbação também no começo de 2024”, alertou Leonardo Costa, economista da gestora ASA Investments.

A inflação de serviços, que o BC acompanha de perto diante de um mercado de trabalho aquecido, também fica no foco, já que segue em patamares elevados. Somente em dezembro esse índice subiu 0,60%, terminando o ano com alta acumulada de 6,22%.

“De modo geral, o resultado da inflação em dezembro não foi muito animador, ainda assim, há sinais de continuidade do processo de desinflação, mas alguns sinais de risco começam a aparecer no horizonte, principalmente a aceleração dos núcleos e da inflação de serviços”, destacou André Cordeiro, economista-sênior do Inter.

Essas questões, no entanto, ainda não devem motivar uma mudança nas expectativas para a condução da política monetária, de acordo com analistas e também com a precificação do mercado.

“Achamos que o BC deve manter o ritmo de cortes em 0,5 p.p. por reunião do Copom, lembrando que a nossa projeção segue em 9% ao fim do ano”, disse Julio Hegedus, economista da Mirae Asset Brasil.

De fato, expectativas implícitas em contratos futuros de juros mostravam quase 100% de chance de o BC repetir corte de meio ponto percentual em sua reunião do final de janeiro, com operadores também precificando uma redução de mesma magnitude para o encontro de março.

Para maio, há expectativa implícita de corte de 0,44 ponto percentual e, para junho, redução de 0,46 ponto — na prática, uma indicação de que a maior parte do mercado também espera manutenção do ritmo de flexibilização nessas duas reuniões.

“O resultado (do IPCA) não altera o plano de voo do BC para as próximas decisões do Copom, mas coloca cautela adicional em parte do mercado que aposta em aceleração no ritmo de cortes na taxa de juros”, disse Álvaro Frasson, estrategista macro do BTG Pactual.

Em seu ciclo de afrouxamento monetário, o BC fez quatro cortes de 0,5 ponto percentual na Selic, reduzindo-a ao patamar atual de 11,75%, e já indicou novas reduções pela mesma magnitude.

A pesquisa Focus mais recente mostra que a expectativa do mercado é de que a Selic termine 2024 a 9,0%, com a inflação em 3,90% — a meta para este ano é de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual.

Nesta quinta-feira, após a divulgação do IPCA, o dólar caía frente ao real e o Ibovespa rondava a estabilidade, embora esse comportamento fosse norteado principalmente por dados de inflação norte-americanos que não ficaram muito acima das expectativas em dezembro.

Globo Online - RJ   12/01/2024

Pela primeira vez em seu mandato à frente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto não precisará escrever uma carta explicando o motivo do não atingimento da meta de inflação. Em 2023, depois de dois anos, a inflação voltou para a meta. O IPCA fechou 2023 em 4,62%. Essa é uma ótima notícia. No entanto, na visão de analistas, não é boa suficiente para que se acelere o corte nos juros, como parte do mercado e o governo gostariam.

O IPCA de dezembro veio acima das projeções do mercado, teve alta de 0,56%, o que elevou preocupação quanto a continuidade da desinflação de serviços para 2024. Nesse cenário, avaliam os economistas, a perspectiva é de manutenção dos cortes de 0,50 nas duas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

- É resultado com um pouquinho pior do que as expectativas, mas é um marco importante, o fato de que a primeira vez, se não em dois anos, que o BC fica dentro do intervalo da meta. Mas olhando para o que a gente costuma chamar de inflação subjacente, que é aquela que demora um pouquinho mais para desacelerar, talvez seja ainda um ponto de atenção, pois ainda está desconexa com aquilo que o Banco Central tem de meta. Parte disso porque o serviço está demorando muito para para baixar, subiu 0,67% em dezembro. Os núcleos também vieram um pouquinho mais fortes do que no mês anterior. Esse resultado deve levar a manutenção dos cortes para as próximo reuniões em 0,50 - avalia Luca Mercadante, economista da Rio Bravo.

Na avaliação de Felipe Salles, economista chefe do C6 Bank, a inflação deve andar de lado ou subir um pouquinho em 2024. O motivo, explica, é que o ano de 2023 foi marcado por uma forte "ajuda", tanto do preço das commodities quanto do câmbio, cenário que pode não se repetir. Além disso, avalia, deve haver alguma aceleração nos bens industriais e da alimentação no domicílio. Salles pontua ainda que parte de serviços deve continuar pressionada por conta do mercado de trabalho aquecido.

- Esse cenário diminui bastante a chance de uma aceleração do ritmo de corte para 0,75 - pondera.

Andréa Angelo, estrategista de Inflação da Warren Investimentos, concorda:

- A nossa métrica de inflação inercial também trouxe um tom a mais de preocupação com a aceleração nos grupos médio e muito inercial. De toda forma, pensando em política monetária, está em acordo com a expectativa da Warren de que o passo de queda da taxa Selic permaneça em 0.5 ponto percentual e encerre o ciclo de afrouxamento monetário em 9%.

O Estado de S.Paulo - SP   12/01/2024

Celebrada pelo governo, a sucessão de recordes na balança comercial desvia as atenções da dificuldade do Brasil de diversificar o comércio exterior com o resto do mundo. Para chegar à marca histórica de US$ 339,7 bilhões exportados em 2023, o Brasil contou com a China e seu inesgotável apetite por commodities.

Após a interrupção de tendência nos dois anos anteriores, explicada pela rígida política de covid zero determinada por Pequim, a dependência da China nas exportações brasileiras voltou a subir em 2023. O país foi destino de 30,7% do total de produtos brasileiros embarcados. Dez anos atrás, a China já era com folga o maior mercado do Brasil no exterior, mas sua participação nas exportações totais não chegava a 20%.

A China é o primeiro país a comprar mais de US$ 100 bilhões do Brasil em um ano - mais precisamente, US$ 104,3 bilhões em 2023 -, US$ 14,9 bilhões a mais do que a já expressiva cifra, de quase US$ 90 bilhões, registrada em 2022.

Sem o impulso de seu maior parceiro, o Brasil teria resultados bem mais modestos na balança comercial, a começar pelo fato de que as exportações aos demais mercados caíram, na média, 3,8% no ano passado, incluindo aqui a queda de 1,5% das vendas aos Estados Unidos, segundo destino dos produtos embarcados no Brasil.

Para a China, as vendas subiram 16,6%, assegurando o recorde de quase US$ 340 bilhões exportados pelo Brasil em 2023, conforme os números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Mais do que isso: sem o saldo positivo de US$ 51,1 bilhões nas trocas de produtos com os chineses, o Brasil teria apenas pouco mais da metade do superávit comercial, também recorde, de US$ 98,8 bilhões do ano passado.

Para especialistas em comércio exterior, mesmo com a tendência de desaceleração da economia chinesa, essa dependência comercial não é por enquanto motivo de preocupação. O Brasil, avaliam eles, deve continuar sendo um pilar na segurança alimentar da China, ao mesmo tempo em que a expansão da classe média chinesa abre oportunidades para enriquecer a pauta com seu maior parceiro comercial.

Na avaliação de Fabiana D’Atri, economista da Bradesco Asset, por trás desses números existe uma bem-sucedida estratégia do Brasil de expandir a produção de produtos cujas opções de fornecedores são restritas. Ela observa que no caso do minério de ferro, não há outros países que concorrem com a escala de Brasil e Austrália. Já na soja, o Brasil se beneficia da substituição do fornecimento dos Estados Unidos, com quem a China trava uma guerra comercial. “São mercados em que não há tantas alternativas”, comenta Fabiana.

Os prognósticos do mercado para este ano apontam para manutenção das exportações em nível próximo ao recorde de 2023, com projeções também otimistas - de crescimento das vendas internacionais - para os próximos três anos.

A posição do Brasil como um dos maiores produtores de alimentos do mundo casa com a prioridade da China de assegurar segurança alimentar com parceiros estratégicos, o que deve ajudar a manter as exportações em alta, a despeito da desaceleração da economia do gigante asiático.

Analista e sócio da Valor Investimentos, Davi Lelis, entende que a população chinesa continuará crescendo até 2030, adicionando um mercado de mais de 200 milhões de pessoas. “O mundo não vai conseguir alimentar essa nova população sem a produção do Brasil. É como se a gente tivesse de alimentar um outro Brasil nos próximos anos”, afirma Lelis.

“A desaceleração econômica afeta, mas, como a população chinesa ainda vai crescer, isso beneficia o Brasil, que vai ser um dos fornecedores de insumos e de soja para garantir a segurança alimentar do país”, acrescenta Lelis. Embora riscos associados a guerras e adversidades climáticas com o El Niño não possam ser ignorados, especialistas consultados pelo Estadão/Broadcast apostam, em geral, na estabilidade de preços e volumes tanto no petróleo quanto na soja.

O maior risco, advertem os especialistas, está no impacto da crise do mercado imobiliário chinês no preço do minério de ferro. “A menor demanda da construção civil pode atingir o minério, mas não deve afetar no curto prazo a balança comercial como um todo. Mesmo quando a China teve desaceleração forte, não observamos impacto relevante no comércio”, acredita João Ferraz, economista da Coface.

A referência histórica mais próxima são os anos de 2020 e 2022, quando, apesar das menores taxas de crescimento em quase cinco décadas, a China aumentou em 7% e 1,7%, respectivamente, as importações de produtos brasileiros. “As exportações acompanham muito a urbanização da China, que seguirá acontecendo mesmo com a desaceleração econômica. Além disso, a inflação controlada abre espaço para a China aplicar estímulos monetários, junto com os fiscais”, acrescenta Ferraz.

Redução da dependência

Apesar de não verem riscos no curto prazo, no longo prazo essa dependência da China não é saudável para o Brasil, segundo especialistas. “No médio e longo prazo, é complicado depender tanto das exportações de commodities a um único país. Seria melhor exportar produtos de maior valor agregado”, comenta Ferraz.

Nas últimas duas décadas, o caminho trilhado pelo Brasil foi na direção contrária ao da diversificação e qualificação de sua pauta de exportações, tanto em produtos quanto em destinos. Enquanto a indústria extrativa e a agropecuária expandiram a produção para atender, sobretudo, a China, a indústria de transformação perdeu espaço para a concorrência da própria China em mercados vizinhos, assim como teve de enfrentar as sucessivas crises na Argentina, mercado importante para máquinas e bens de consumo, incluindo automóveis, produzidos no Brasil.

Como resultado, soja, minério de ferro e petróleo, os três produtos mais vendidos pelo Brasil ao exterior, já respondem juntos por 37,2% das exportações brasileiras - há 18 anos, esse porcentual não passava de 10%. Por outro lado, os produtos da indústria de transformação, uma gama vasta e diversificada que vai de alimentos a aeronaves, caíram para 52,2% no ano passado.

Na série estatística da Secex, iniciada em 1997, o último dado da parcela da indústria nas exportações brasileiras só não é pior do que o registrado em 2021 (51,3%), quando a produção foi afetada pela falta de componentes nas fábricas.

“Temos de torcer para a reforma tributária reduzir o mais rápido possível o custo Brasil e, assim, abrir a perspectiva de aumento nas exportações de produtos manufaturados”, afirma o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro. Com a criação do IVA, o imposto sobre valor agregado, a reforma vai eliminar os resíduos tributários que minam a competitividade de produtos brasileiros no exterior.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   12/01/2024

Os contratos futuros do minério de ferro recuperaram as perdas nesta quinta-feira depois de caírem por cinco sessões consecutivas, ajudados pelo mais recente apoio ao mercado imobiliário chinês e pelas esperanças renovadas de flexibilização monetária no país asiático, que é o principal consumidor do minério.

O minério de ferro de referência para fevereiro na Bolsa de Cingapura subiu quase 1%, para 134,1 dólares a tonelada, apagando as perdas anteriores. No início da sessão, o contrato atingiu uma baixa de quase quatro semanas, de 131,5 dólares.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações diurnas estável em 976,5 iuanes (136,42 dólares) a tonelada, depois de atingir uma mínima de três semanas em 952,5 iuanes no início da sessão.
O banco central da China aprovou um empréstimo de 100 bilhões de iuanes, permitindo que as empresas em suas oito cidades-piloto usem os empréstimos para comprar propriedades residenciais comerciais que serão usadas para aluguel de longo prazo, informou o Economic Observer na quinta-feira.

Os preços do minério de ferro caíram no início da sessão devido à falta de ânimo no reabastecimento das siderúrgicas antes do feriado.

“O sentimento azedou depois que a produção de metais quentes até agora em janeiro não se recuperou como esperado”, disse um trader baseado na China, que pediu anonimato pois não estava autorizado a falar com a imprensa.

Revista Mineração - SP   12/01/2024

Acordo de cooperação prevê apoio das mineradoras com informações para estruturações de ações coordenadas para melhoria da segurança nos municípios.

Para aprimorar o planejamento de estratégias e ações de segurança pública nos municípios mineradores, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública assinaram um acordo de cooperação técnica em Brasília.

A parceria prevê a elaboração de estudos e diagnósticos com o objetivo de subsidiar a criação de estratégias para enfrentamento ao crime organizado e à criminalidade violenta que têm impactado as operações de mineradoras de ouro e de pedras preciosas no país.

Para o ministro em exercício, Ricardo Capelli, a participação ativa do Ibram e das mineradoras em parceria com o Ministério será fundamental para aprimorar o planejamento de ações integradas de segurança em diversos municípios situados no entorno de projetos de produção de minérios de alto valor, visados pelo crime organizado.

É dele parte fundamental do plano de trabalho a ser desenvolvido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) junto às comunidades e autoridades locais para ampliar mecanismos de defesa contra os eventos criminosos, incentivar o intercâmbio de informações entre as mineradoras e as autoridades municipais, estaduais e federais, possibilitando treinamentos e elaborando simulados com as operações planejadas nos municípios produtores.

“É um passo a mais neste esforço da rede nacional de enfrentamento ao crime organizado. O Brasil é uma potência mineral. O setor representa boa parte da balança comercial e tem importância estratégica para a economia. O crime organizado destroi a economia, ameaça a vida e afronta o estado democrático de direito”, disse Capelli.

O vice-presidente do Ibram, Fernando Azevedo, lembrou que o acordo é de interesse nacional e destacou o interesse genuíno das partes envolvidas para integrar esforços entre União, estados, municípios e mineradoras no enfrentamento da criminalidade.

“Em contrapartida aos investimentos de longo prazo realizados pelas mineradoras em seus projetos, e que geram diversos benefícios ao país e aos brasileiros, as atividades criminosas levam apenas alguns instantes para dar fim ao resultado de tamanho esforço e aporte de recursos financeiros. A mineração produz seus resultados para, primeiramente, atender às estratégias e aos interesses da União, já que ela detém as riquezas do subsolo e cabe às mineradoras, o papel de cuidar dos processos industriais após receberam a devida concessão legal”, afirmou Azevedo.

Durante as negociações que resultaram no acordo com o ministério, o Ibram desenvolveu pesquisa junto às mineradoras de ouro e pedras preciosas para registrar a percepção dos gestores sobre os problemas e desafios na área de segurança.

Além disso, foram coletados dados sobre produção, geração de empregos, impostos, localização das operações minerárias, órgãos públicos e forças de segurança presentes nos municípios, incidência da atuação de quadrilhas organizadas, entre outros.

Também estão envolvidas nesse esforço conjunto organizações de outros setores, como transportes de valores e instituições financeiras, disse Romero Costa, do diretor da área de inteligência da Senasp.

“Vamos fazer um planejamento integrado nas cidades com as forças de segurança pública e as empresas. Serão realizados simulados e ações preventivas e capacitação das pessoas sobre como agir em casos envolvendo atividades criminosas”, disse Costa.

Ele citou que estão previstas ações do programa conjunto entre iniciativa privada e setor público na Bahia, Goiás, Minas Gerais, Pará, Mato Grosso e São Paulo.

O diretor-geral da Agência Nacional de Mineração (ANM), Mauro Henrique Souza, elogiou a parceria firmada entre Ibram e o ministério e acredita que a iniciativa vai render frutos positivos para mitigar as ações criminosas. “É uma questão de Estado já que ocorrem em várias localidades do país”, disse.

Representando o ministro Alexandre Silveira durante a solenidade, o diretor do departamento de geologia do Ministério de Minas e Energia, José Luiz Ubaldino, também celebrou a parceria.

Estiveram presentes ainda representantes de mineradoras de ouro, associadas ao Ibram, da Polícia Federal, da Embaixada da Austrália, entre outros órgãos, além dos diretores do Ibram Julio Nery e Rinaldo Mancin e a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento, Cinthia Rodrigues.

Monitor Digital - RJ   12/01/2024

A tragédia do rompimento da barragem da mineradora Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho, completa 5 anos no próximo dia 25. Situado na Região Metropolitana de Belo Horizonte (MG), Brumadinho ainda chora por seus 26 municípios atingidos com a morte de 270 pessoas. O maior projeto de reparação às vítimas em vigor é o Programa de Transferência de Renda (PTR), gerido pela Fundação Getúlio Vargas, mas que tem prazo para terminar: 2026.

Há dois anos, a FGV recebeu das Instituições de Justiça de Minas Gerais a missão de fazer o pagamento mensal aos moradores de Brumadinho e municípios vizinhos atingidos pela tragédia. O PTR – que substituiu o Pagamento Emergencial que a Vale vinha realizando desde 2019 – tem uma verba de R$ 4,4 bilhões e é o maior programa de transferência de renda privado do Brasil.

“O pagamento do PTR ajuda essas famílias a se manterem. Mas existe uma preocupação da FGV em como as pessoas vão fazer quando os pagamentos se encerrarem. Inicialmente, o cadastro de beneficiados era de pouco mais de 99 mil pessoas. Hoje, mais 30 mil foram incluídas, chegando a um total de 130 mil pessoas”, conta o Gerente Executivo da FGV, André Andrade.

“O PTR é um programa que tem começo, meio e fim. Nossa preocupação é como essas pessoas vão se sustentar sem o benefício. E é por isso que a FGV realiza trabalhos paralelos, além do repasse da verba, para levar conhecimento a essas pessoas de como gerir o dinheiro para gerar mais renda.

Impacto ambiental

A queda da barragem resultou em cerca de doze milhões de metros cúbicos de rejeitos na Bacia do Rio Paraopeba, gerando impactos sociais, ambientais e econômicos. Áreas tradicionais da pesca, agricultura, pecuária e comércio foram afetadas, com a redução da atividade econômica.

Além da morte de pessoas, o mar de lama com resíduos da mineração devastou 133,27 hectares de Mata Atlântica, matou centenas de gados, plantas, plantações, além de ter contaminado o rio Paraopeba, um dos afluentes do São Francisco. As investigações concluíram que a realização de perfurações verticais foi o gatilho para a liquefação que provocou o rompimento da estrutura, que já estava frágil, no dia 25 de janeiro de 2019. e ninguém foi responsabilizado pela tragédia.

André Andrade tem Doutorado em Administração pela FGV, é doutorando em Direito pelo IDP. Tem Mestrado em Filosofia pela UGF. É formado em Direito pela UERJ e em Economia pela UFRJ.

Valor - SP   12/01/2024

Das 30 estruturas a montante, 13 foram descaracterizadas; plano começou após tragédia de 2019

A Vale prevê um desembolso da ordem de R$ 29 bilhões, entre 2019 e 2035, para fazer a descaracterização das barragens construídas pelo método a montante. Trata-se do mesmo método usado na Barragem da Mina Córrego do Feijão da Vale, em Brumadinho (MG), que se rompeu em 2019, matando 272 pessoas, e da barragem de Fundão, em Mariana (MG), da Samarco, que se rompeu em 2015 matando 19 pessoas e causando um desastre ambiental sem precedentes.

Do total, R$ 7 bilhões foram gastos até 2023. segundo Frank Pereira, diretor de engenharia geotécnica da mina Mar Azul da Vale. A mineradora planeja fazer a descaracterização das suas 30 unidades a montante. Desse total, 27 estão em Minas Gerais, das quais dez já foram eliminadas. Outras três ficam no Pará e todas foram descaracterizadas. “Neste ano devemos terminar a descaracterização dos Diques 1A e 1B, em Itabira, e da Barragem B3/B4, em Nova Lima.”

Na Barragem B3/B4, 91% dos rejeitos já foram retirados e levados para uma cava. A barragem tem capacidade para 3,4 milhões de metros cúbicos de rejeitos, dos quais 3 milhões foram retirados. A estrutura está hoje no nível 1 de emergência, o mais baixo de uma escala de um a três. Marcel Pacheco, gerente geral de operações de rejeitos B3/B4 da Vale, disse que a retirada do rejeito deve ser concluída após o período de chuvas, que termina em abril. A expectativa é concluir até o segundo semestre - três anos antes da previsão inicial. Após essa etapa, a Vale vai solicitar vistoria para tirar a barragem do nível 1 de emergência.

Das 30 estruturas que a Vale vai eliminar, seis estão em nível 1 de emergência, quatro estão em nível 2 e duas estão em nível 3 - Forquilha III e Sul Superior. O restante não está em nível de emergência. A meta da mineradora é tirar as barragens do nível 3 até 2025

A retirada de rejeitos da Barragem B3/B4 é feita com equipamentos não tripulados, que são controlados por uma equipe que fica a 15 quilômetros de distância, no centro de operações remotas, em Belo Horizonte. Pacheco disse que os equipamentos são operados por profissionais que antes operavam as máquinas na mina. Na B3/B4 são usados 24 equipamentos autônomos. Nas minas de Barão de Cocais e Gongo Soko são usados 27 equipamentos.

Devemos concluir a descaracterização de três estruturas em MG neste ano”

— Frank Pereira

A Vale também investe para reduzir a geração de rejeitos e reaproveitá-los, De janeiro a setembro de 2023, cerca de 78% da produção de minério foi a seco, o que equivale a 168 milhões de toneladas produzidas sem gerar rejeitos. Em Minas Gerais, 54% da produção é a seco. No Pará, são 96%.

Em minas mais antigas, a empresa instalou plantas de filtragem de rejeitos, que reduzem a demanda por barragens. Já foram instaladas quatro plantas, nos complexos de Itabira, Vargem Grande e Brucutu. A Vale prevê investir US$ 2,2 bilhões em sistemas de filtragem de rejeitos e empilhamento a seco, entre 2019 e 2027.

No complexo de Vargem Grande (Itabirito), a planta tem capacidade para processar 12 milhões de toneladas de rejeito por ano. No complexo funciona uma fábrica de blocos para construção civil, feitos com rejeito da mineração. Haline Paiva, gerente de tratamento de minério do Complexo Vargem Grande, disse que a unidade produz 3,8 milhões de blocos por ano usando 30 mil toneladas de rejeito. O complexo produz 9 milhões de toneladas de rejeito por ano.

Máquinas e Equipamentos

Construção Latino-americana - SP   12/01/2024

Vários temas dominaram as notícias sobre equipamentos de construção este ano, e uma visão geral do panorama geral sugere tempos emocionantes para proprietários e operadores de máquinas.

Não é surpreendente que 2023 tenha realizado tantos relatórios de inovações e avanços - afinal, foi um ano da ConExpo, e a maior feira de construção da América do Norte nunca deixa de produzir uma lista impressionante de apresentações e anúncios importantes. Este ano não foi diferente e os principais fornecedores de produtos e serviços do setor não decepcionaram.

Esta não é de forma alguma uma lista exaustiva, mas dá uma ideia das tendências que estão a varrer a construção e as indústrias adjacentes: energia alternativa, digitalização operacional, sustentabilidade, autonomia e IA.

À medida que 2023 chega ao fim, reveja os avanços do ano antes de se voltar para o que vem a seguir. Estes são tempos emocionantes, tanto do ponto de vista tecnológico, mas também nas rápidas mudanças nas formas como fazemos negócios.
O poder alternativo domina a discussão
O presidente da JCB, Lord Bamford, com o motor de combustão de hidrogênio da empresa apresentado na ConExpo deste ano.

JCB revela motor a hidrogénio - A JCB colocou um grande empenho na sua tecnologia de combustão de hidrogénio, colocando a sua equipa de engenheiros na tarefa de desenvolver um motor de combustão interna a hidrogénio e um protótipo de retroescavadora e telescópico para o alimentar.

A “solução de combustão de hidrogênio de primeiros princípios” compartilha cerca de 70% de seu DNA com seus irmãos diesel.

“Essencialmente, do topo do bloco para baixo são exatamente as mesmas características, de modo que o motor fornece a mesma potência”, disse Tim Burnhope, diretor de inovação e crescimento da JCB no início deste ano. “O que realmente fizemos foi retirar o processo de combustão atual e colocar um novo processo de combustão no topo.”

A JCB apresentou sua tecnologia de combustão de hidrogênio no cenário internacional com uma estreia na América do Norte na ConExpo, onde os participantes puderam ver o motor com emissões zero pela primeira vez.

Cummins apresenta motor de 15 litros independente de combustível - A Cummins revelou seu novo motor de 15 litros independente de combustível , um design de plataforma única capaz de suportar vários tipos de combustível, incluindo hidrogênio, gás natural e diesel.

“A nova plataforma da Cummins leva a combustão interna a um novo nível, capaz de atender aos futuros padrões de emissões ultrabaixas, como EPA Tier 5 e EU Stage 6, juntamente com uma capacidade de combustível de baixo a zero carbono para ajudar a colocar a construção e locais de extração em um caminho de menor custo para a descarbonização”, disse Antonio Leitão, vice-presidente global de negócios de motores fora de estrada.

O novo motor tem um design “em branco” que a Cummins afirma “aponta para o futuro do diesel”, oferecendo mais capacidade e menos impacto ambiental. A alta densidade de potência do motor destina-se a estabelecer o padrão para desempenho em serviços pesados nas principais aplicações off-road, incluindo escavadeiras, carregadeiras de rodas, plataformas de perfuração e caminhões de transporte.

Sistemas de armazenamento de energia de bateria (BESS) no centro das atenções - Volvo Penta anunciou em abril a expansão de seu negócio de geração de energia em sistemas de armazenamento de energia de bateria (BESS) para fabricantes de equipamentos originais (OEMs). A solução modular e escalável da Volvo Penta destina-se à integração em aplicações BESS dos fabricantes para acelerar a entrada no mercado. A empresa disse que a mudança representa um passo em frente no seu caminho para as ambições líquidas zero.

“O armazenamento de energia da bateria é cada vez mais procurado por uma variedade de aplicações, incluindo serviços públicos, fábricas, microrredes descentralizadas e estações de carregamento móvel”, disse Hannes Norrgren, presidente da Volvo Penta Industrial. “Como nossa solução é independente de aplicação, vemos um enorme potencial para sua adoção. Juntamente com os OEMs, nossa solução oferece possibilidades de armazenar energia e adicionar resiliência a fontes renováveis solares ou eólicas, abrindo novos modelos de negócios que atraem os clientes finais em seu caminho para emissões líquidas zero.”

Num movimento semelhante, a Hitachi Construction Machinery assinou recentemente um acordo com a Alfen BV, sediada nos Países Baixos, e a empresa comercial japonesa Itochu para colaborar no desenvolvimento de sistemas móveis de armazenamento de energia para carregar equipamentos de construção nos locais.

O acordo segue um acordo com a Kyushu Electric Power para o desenvolvimento conjunto de sistemas móveis de armazenamento de energia para o mercado japonês.

A subsidiária europeia da Hitachi iniciará as vendas e alugueres do sistema móvel de armazenamento de energia ‘TheBattery’ da Alfen na Europa em 2024. A Itochu e as suas afiliadas no exterior fornecerão apoio financeiro à Hitachi e aos seus revendedores.
Os equipamentos estão cada vez mais inteligentes

Máquinas inteligentes já existem há algum tempo, mas a introdução de novos modelos e recursos que podem simplificar a operação do equipamento e aumentar a eficiência continua surgindo. Por exemplo, a Caterpillar trouxe os recursos de sua tecnologia de lâmina inteligente para minicarregadeiras Cat D e D2 e carregadeiras de esteiras compactas.

Projetado para uso tanto por operadores novatos quanto experientes de carregadeiras de esteiras compactas, o novo controle de nivelamento para lâminas niveladoras inteligentes fornece orientação sobre a altura vertical da lâmina e o posicionamento horizontal.

Trimble apresentou soluções focado na construção conectada, máquinas compactas e sustentabilidade ambiental, incluindo a nova solução de orientação de máquinas desenvolvida especificamente para ser versátil, portátil e fácil de usar. A solução oferece aos pequenos empreiteiros de obras e serviços públicos um novo ponto de entrada na tecnologia de construção.
Agora é a hora da digitalização

Todos os dias parece que surge uma nova plataforma para ajudar a dinamizar uma parte do seu negócio. Seja localizando uma peça de maquinário no local de trabalho ou coletando dados de cada item do seu estoque, as empresas atuais estão se esforçando para modernizar seus procedimentos.

O especialista em telemática Taggr, com sede em Estocolmo, por exemplo, torna tudo no seu inventário “inteligente”. Taggr usa um dispositivo do tamanho de um cartão de crédito para transformar objetos passivos em ativos inteligentes geradores de informações, oferecendo informações valiosas sobre o uso real da máquina com o objetivo de reduzir custos desnecessários e, assim, diminuir a pegada de carbono do proprietário.
Andreas Eriksson, CEO, Taggr AB

Com um objetivo semelhante em mente, a Sany introduziu uma plataforma de monitoramento de carbono desenvolvida em parceria com a Rootcloud, fornecedora líder de soluções industriais de IoT. A plataforma, que foi implantada na 18ª fábrica da empresa, permite à Sany quantificar e gerenciar seu desempenho de eficiência energética.

A OEM acrescenta que o seu sistema de gestão de energia, alimentado pela Internet industrial e pela tecnologia blockchain, demonstrará a capacidade de rastrear com precisão a sua pegada de carbono corporativa do consumo de energia e recursos e de otimizar o seu sistema de governação ESG.

A Rouse Services lançou o Fleet Manager , um sistema de gerenciamento de frota projetado para locadoras de equipamentos e empreiteiros. Pretende apoiar os utilizadores “durante todo o ciclo de vida do equipamento”, dando-lhes acesso em tempo real aos valores de mercado atuais da Ritchie Bros e aos resultados dos leilões, bem como acesso self-service às plataformas de venda IronPlanet, Marketplace-E e Ritchie List do leiloeiro. ”

Por sua vez, a Trackunit afirma que está introduzindo um conjunto de recursos e capacidades focados no local para impulsionar a eficiência na indústria da construção para o próximo nível, permitindo que os usuários aproveitem dados de máquinas em tempo real com conectividade para construir seus processos de negócios baseados no local.
Novos movimentos, novas máquinas

As plataformas de alta tecnologia são certamente fascinantes e podem mudar a vida do utilizador, mas nada se compara à introdução de novas máquinas de terraplenagem. Entre as principais estreias deste ano estiveram duas gerações de escavadoras da John Deere .

O OEM com sede nos EUA apresentou suas novas escavadeiras da geração atual 85 P-Tier e 510 P-Tier e forneceu uma primeira visão de suas novas escavadeiras da geração futura.

Em comparação com o modelo 85 G-Tier, o novo 85 P-Tier apresenta um aumento de 18% na potência do motor e a adição de um turbo para desempenho em grandes altitudes, enquanto as melhorias no desempenho hidráulico incluem maior torque da bomba e melhores forças de escavação.

Pesando 51 t, o 510 P-Tier é um substituto do atual modelo 470 P-Tier. Ao utilizar um trem de força mais eficiente, incluindo a integração de E-fans, oferece aos clientes custos de manutenção até 25% menores, custos de reparo 15% menores e consumo de combustível 20% menor.
Escavadeira John Deere 510 P-Tier apresentada na ConExpo em março de 2023.

A John Deere também anunciou sua futura geração de escavadeiras. “Ajudando a proporcionar uma vantagem competitiva aos nossos clientes, as nossas futuras escavadoras John Deere serão concebidas para tornar o seu trabalho mais fácil e seguro, tendo em mente os resultados financeiros do empreiteiro”, disse Aaron Klauer, gestor global de produtos da John Deere. “Entendemos a importância de atrair e reter operadores talentosos. É por isso que estamos priorizando uma experiência elevada do operador por meio de uma nova cabine, controles, displays e tecnologia.”

Por seu lado, a Volvo revelou a escavadora de rastos EC500 – um protótipo de máquina de 50 toneladas concebido para aplicações pesadas, como construção civil e rodoviária, pedreiras e serviços públicos. A empresa afirmou que a nova máquina – que estará disponível em mercados regulamentados, incluindo a Europa e a América do Norte – anuncia a sua próxima geração de máquinas de grande porte, sendo mais rápida, mais segura e mais produtiva do que os modelos anteriores.

XCMG, com sede na China, causou impacto nesta primavera na ConExpo com “50 produtos emblemáticos”, incluindo os mais recentes guindastes, escavadeiras, carregadeiras, máquinas de empilhamento, máquinas rodoviárias, plataformas aéreas de trabalho, máquinas de mineração e máquinas portuárias.

“Esperamos não apenas trazer os melhores produtos para clientes globais, mas também mostrar o potencial próspero da XCMG como fabricante líder chinês de máquinas de construção que pilota a inovação tecnológica e promove o desenvolvimento de produtos verdes e sustentáveis”, disse Yang Dongsheng, presidente da XCMG.

A XCMG também lançou o mais recente guindaste todo-terreno projetado para o mercado norte-americano, o XCA150_U, que a empresa afirma ter excelente capacidade de içamento, sistemas de controle inteligentes, design ergonômico e desempenho de direção líder do setor.

A Hitachi Construction Machinery Americas (HCMA), o novo braço norte-americano da marca Hitachi, começou oficialmente a liderar vendas de equipamentos de construção e mineração e esforços de suporte de serviços em março de 2022.

Desde então, os equipamentos movidos a diesel têm sido o foco. A HCMA tem promovido sua próxima geração de equipamentos de construção, agregados e mineração e uma variedade de máquinas de movimentação de terras e manuseio de materiais.

As novas escavadeiras e carregadeiras de rodas da Hitachi foram projetadas para oferecer maior eficiência e incorporar o sistema hidráulico de três bombas TRIAS III para máxima eficiência de combustível e desempenho.
Protótipos sugerem um futuro autônomo

Alguns conceitos bastante interessantes foram introduzidos em 2023, sugerindo que o futuro pode estar repleto de máquinas que funcionam sozinhas.

Para esse fim, a Hyundai Doosan Infracore lançou oficialmente a sua nova marca Develon na ConExpo. Anteriormente conhecida como Doosan Construction Equipment, cujas máquinas são famosas pela sua distinta pintura laranja, a Develon estreou as suas mais recentes máquinas sem condutor a serem adicionadas à sua gama de equipamentos Concept-X2 baseados em tecnologia .
Conceito RogueX da Bobcat

Uma atualização abrangente das máquinas Concept-X demonstradas na Coreia em 2019, o equipamento de construção autônomo Concept-X2 incluía o trator DD100-CX e a escavadeira de esteira DX225-CX. Ambas as máquinas incorporam um design sem cabine e foram apresentadas com um estilo visual consistente.

Também com foco em equipamentos autônomos estava a Bobcat com o lançamento da máquina conceitual RogueX . Como projeto de pesquisa e desenvolvimento, Bobcat afirma que a máquina foi construída como um campo de provas para avançar no roteiro de inovação da Bobcat, avaliar as percepções dos clientes e testar os limites da funcionalidade da máquina.

“O RogueX foi concebido levando em consideração o local de trabalho do futuro e como as necessidades do cliente podem evoluir – com foco na facilidade de uso, operações remotas, funcionalidade autônoma, operações sustentáveis e recursos que permitem aos operadores realizar mais com uma máquina”, disse Joel Honeyman, vice-presidente de inovação global da Doosan Bobcat.

À medida que os locais de trabalho mudam e os operadores recorrem à operação remota, a Bobcat diz que decidiu levar o conceito S7X ainda mais longe, eliminando totalmente uma estação de operador. A máquina explora a ideia de operar onde os humanos não podem ir para trabalhar em mais lugares a partir de uma posição remota.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   12/01/2024

O esforço do governo Biden para incentivar mais americanos a comprar veículos elétricos está ficando aquém das expectativas, pois os consumidores se preocupam com os preços, a autonomia da bateria e a falta de estações de recarga.

As vendas de carros totalmente elétricos nos EUA ainda estão crescendo em ritmo acelerado - aumentaram mais de 50% este ano em relação a 2022 - mas as montadoras dizem que o crescimento diminuiu nos últimos meses, o que as levou a reduzir seus planos de produção e a pausar alguns investimentos.

“Os fabricantes de automóveis passaram do otimismo para a realidade porque a aceitação do consumidor cresceu mais lentamente. Portanto, eles estão procurando desacelerar sua implementação”, disse Michelle Krebs, analista do setor da Cox Automotive. A transição para os veículos elétricos “não será linear e haverá muitos obstáculos no caminho”, acrescentou ela.

Foram vendidos 869 mil veículos totalmente elétricos nos Estados Unidos nos primeiros 10 meses deste ano, um aumento de 56% em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com o provedor de dados J.D. Power. Essa taxa de crescimento marcou uma desaceleração em relação aos dois anos anteriores e foi menor do que o previsto por algumas montadoras.

“A narrativa de que os veículos elétricos não estão crescendo tomou conta. Eles estão crescendo”, disse o diretor financeiro da Ford, John Lawler, em outubro. “Estão apenas crescendo em um ritmo mais lento do que o esperado pelo setor e, francamente, por nós.”

O governo Biden disse que quer que metade de todas as vendas de veículos novos até 2030 seja de veículos com emissão zero, que ele define como veículos totalmente elétricos e híbridos plug-in. No mês passado, esses modelos representavam 10,8% das vendas de veículos novos nos Estados Unidos, sendo a maior parte totalmente elétrica, de acordo com a J.D. Power.

Especialistas em veículos elétricos afirmam que ainda é possível atingir a meta da Casa Branca se os consumidores virem progresso na disponibilidade de recarga - algo que deve acontecer quando os carregadores subsidiados pelo governo federal começarem a aparecer nos próximos meses. Mark Z. Jacobson, especialista em energia renovável e professor de engenharia da Universidade de Stanford, disse que os compradores também precisam de mais informações sobre a economia de custos da adoção da eletricidade.

“Considerando que dirigir um veículo elétrico faz com que o motorista médio economize cerca de US$ 20 mil a US$ 30 mil em 15 anos somente em economia de combustível, acho que a única coisa que está impedindo a demanda do consumidor é a falta de informações sobre isso”, disse ele.

O governo Biden afirma que as vendas de veículos elétricos triplicaram desde que o presidente Biden assumiu o cargo, e aponta para uma pesquisa que mostra que 51% dos americanos entrevistados estavam considerando comprar um veículo elétrico neste ano, em comparação com 38% dois anos antes. Com a ajuda de subsídios federais, o país está a caminho de adicionar 500 mil novos carregadores até 2026, segundo autoridades do governo.

“Mais americanos estão comprando VEs todos os dias - com as vendas de VEs aumentando mais rapidamente do que as de carros tradicionais movidos a gasolina - já que a agenda Investing in America do presidente torna os VEs mais acessíveis, ajuda os americanos a economizar dinheiro ao dirigir e torna o carregamento de VEs acessível e conveniente”, disse o porta-voz da Casa Branca, Angelo Fernandez Hernandez, em um comunicado.

No entanto, a Ford e a General Motors estão entre as montadoras que reduziram a produção de veículos elétricos e adiaram investimentos nas últimas semanas em meio ao arrefecimento das vendas.

Em outubro, a GM disse que a “desaceleração do crescimento no curto prazo” estava levando a empresa a descartar sua meta de construir 400 mil veículos elétricos até meados do próximo ano e adiar o início da produção de caminhões elétricos em uma fábrica em Lake Orion, Michigan. A GM acrescentou que manterá sua fabricação flexível para produzir veículos elétricos ou movidos a gasolina, dependendo da demanda.

Mary Barra, CEO da GM, enfatizou no mês passado a necessidade de uma rede de recarga mais robusta para superar as preocupações dos consumidores. Pesquisas realizadas pela J.D. Power mostraram que os motoristas estão frustrados com a falta de carregadores e com as estações frequentemente quebradas. Cerca de 1 em cada 5 tentativas de carregamento falham, e cerca de 1 em cada 3 compradores de EV não têm acesso a carregamento doméstico, de acordo com Elizabeth Krear, especialista em EV da J.D. Power.

Em outubro, a Ford disse que cortaria a produção do Mustang Mach-E elétrico e adiaria investimentos de US$ 12 bilhões em fábricas de baterias e outras iniciativas de veículos elétricos. A Ford também disse que dará mais ênfase à produção de veículos híbridos, chamando-os de “ponte” para o mercado de veículos totalmente elétricos.

Nas últimas semanas, a Ford disse a seus fornecedores que está reduzindo pela metade seu plano de produção para 2024 da picape elétrica F-150 Lightning, para cerca de 1.600 por semana, informou a Automotive News este mês. Um porta-voz da Ford não quis comentar a reportagem, além de dizer que a empresa “continuará a adequar a produção à demanda”.

Até mesmo a Tesla, que domina as vendas de veículos elétricos nos Estados Unidos, desacelerou seus planos de abrir uma nova fábrica no México para abastecer o mercado americano, embora tenha culpado as altas taxas de juros e não algo específico dos veículos elétricos.

“Acho que queremos apenas ter uma noção de como está a economia global antes de darmos o pontapé inicial na fábrica do México. Estou preocupado com o ambiente de altas taxas de juros em que nos encontramos”, disse o CEO da Tesla, Elon Musk, aos investidores em outubro. “Nunca é demais enfatizar que, para a grande maioria das pessoas, comprar um carro é uma questão de pagamento mensal.”

O arrefecimento da demanda e a crescente concorrência levaram a mais cortes nos preços dos veículos elétricos, ajudando a reduzir a diferença de preços entre os veículos elétricos e os carros movidos a gasolina. O preço médio pago por um veículo elétrico novo nos EUA em novembro foi de US$ 52.345, cerca de 8,5% mais alto do que o preço médio do mercado total, de acordo com a Cox Automotive. Um ano atrás, o prêmio dos VEs era de mais de 30%.

Melhorar a rede pública de recarga, que é escassa e muitas vezes defeituosa, é vital para ampliar o mercado de VEs para além dos compradores de alta renda e experientes em tecnologia, incluindo mais americanos de renda média que não estão dispostos a tolerar inconveniências apenas para se tornarem elétricos, dizem os especialistas.

Os primeiros usuários “aceitam muito bem os defeitos das novas tecnologias”, disse Nick Nigro, fundador da Atlas Public Policy, que realiza pesquisas sobre questões climáticas e tecnológicas. “As pessoas comuns não são assim. Se o carregador não funciona quando você o conecta, mesmo que o problema seja apenas ter de tentar novamente, isso não vai funcionar.”

A lei de infraestrutura bipartidária, assinada por Biden há dois anos, forneceu US$ 7,5 bilhões aos governos estaduais e locais durante cinco anos para subsidiar a construção de carregadores, uma campanha que só agora está começando a levar à abertura de novas estações de recarga.

Sam Abuelsamid, especialista em recarga da empresa de inteligência de mercado Guidehouse Insights, disse que esse tempo demorou porque os provedores de recarga precisam passar por muitos obstáculos para construir uma estação, inclusive trabalhar com as concessionárias locais para garantir a energia, receber licenças e comprar e instalar o hardware.

“Dado o tempo necessário para implantar uma estação de recarga, não me surpreende que só estejamos recebendo as primeiras estações agora”, disse ele.

Por enquanto, a rede dos EUA depende em grande parte da Tesla. Há cerca de 35 mil portas públicas de carregamento rápido nos Estados Unidos, sendo boa parte pertencente à Tesla, de acordo com a Atlas Public Policy.

A GM, a Honda, a Hyundai e várias outras montadoras disseram neste verão que estão se unindo para expandir significativamente a rede de carregamento rápido, instalando 30 mil novos carregadores na América do Norte. As primeiras estações são esperadas para o próximo verão.

“Acho que, durante anos, as montadoras definiram seu produto como o carro... e cabe a diferentes fornecedores atender a esses carros, abastecer esses carros”, disse Jon McNeill, membro do conselho da GM e ex-alto executivo da Tesla, em uma entrevista. “Levou tempo para que os fabricantes entendessem ... que o produto não é apenas o carro, é a experiência ... é a experiência de carregamento também.”

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

Valor - SP   12/01/2024

A Tesla se junta a outras montadoras no aumento dos salários nas fábricas dos EUA depois que o UAW garantiu contratos de trabalho históricos em 2023 para trabalhadores da Ford e General Motors

A Tesla Inc. notificou os trabalhadores de sua fábrica de automóveis na Califórnia sobre aumentos salariais em suas fábricas nos EUA, o mais recente aumento de uma montadora não sindicalizada que o United Auto Workers está tentando organizar .

Todos os associados de produção, manipuladores de materiais e inspetores de qualidade dos EUA estão recebendo um “aumento salarial de ajuste de mercado” para iniciar o novo ano, de acordo com um folheto publicado nas instalações da Tesla em Fremont, Califórnia. O documento visto pela Bloomberg News não diz quanto de aumento os trabalhadores receberão. O diretor sênior de recursos humanos da Tesla não respondeu às perguntas.

A Tesla se junta a empresas como Toyota Motor Corp., Volkswagen AG e Hyundai Motor Co. no aumento dos salários nas fábricas dos EUA depois que o UAW garantiu contratos de trabalho históricos no ano passado para trabalhadores da Ford Motor Co., General Motors Co. O sindicato transforma o sucesso na mesa de negociações numa campanha de organização simultânea visando a Tesla e uma dúzia de outros fabricantes, procurando duplicar o número de trabalhadores do setor automóvel sindicalizados.

Esforços anteriores para representar funcionários de outras grandes empresas automobilísticas foram rejeitados por trabalhadores de empresas como a VW e a Nissan Motor Co., ou nunca chegaram a ser votados na Tesla e outras.

O presidente do UAW, Shawn Fain, atribuiu os fracassos passados ​​à corrupção dentro do sindicato, ao conforto com os patrões e aos maus contratos. Depois que greves sem precedentes na Ford, GM e Stellantis levaram a aumentos salariais históricos, Fain disse que o sindicato “pode vencer qualquer um”.

O CEO da Tesla, Elon Musk, há tempos critica o UAW e os sindicatos em geral. Ele também tem enfatizado cada vez mais a importância da redução de custos, dizendo que muitos consumidores ainda não podem pagar pelos veículos elétricos da empresa porque o aumento das taxas de juro compensou repetidas reduções de preços.

Salários mais altos para os trabalhadores da produção tornarão mais difícil o “jogo dos centavos” que Musk descreveu em teleconferência de resultados da Tesla. A empresa tem cerca de 140.000 funcionários em todo o mundo, cerca de metade dos quais estão nos EUA.

Só a fábrica da Tesla em Fremont emprega mais de 20.000 trabalhadores. Os funcionários da fábrica formaram um comitê organizador do UAW, e o sindicato se comprometeu a fornecer todos os recursos necessários para a campanha lá, disse uma pessoa familiarizada com o empreendimento no ano passado.

O Conselho Nacional de Relações Trabalhistas decidiu em 2021 que Tesla violou repetidamente a legislação trabalhista durante os esforços de organização anteriores do UAW, inclusive ao demitir um ativista e sugerir que a adesão ao sindicato custaria opções de ações aos trabalhadores . Tesla negou qualquer irregularidade e está apelando da decisão no tribunal federal.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O Estado de S.Paulo - SP   12/01/2024

Operação Urbana Bairros do Tamanduateí inclui também Cambuci, Vila Zelina e Vila Prudente; entenda nova lei e busque seu endereço em ferramenta do Estadão

A maior operação urbana em extensão da cidade de São Paulo será sancionada pelo prefeito, Ricardo Nunes (MDB), em uma agenda pública na manhã desta quinta-feira, 11. O projeto abrange bairros de passado industrial das zonas leste e sul — como Ipiranga, Mooca, Cambuci, Parque da Mooca, Vila Zelina e Vila Prudente —, que receberão incentivos e regras construtivas especiais, a fim de potencializar a verticalização, dobrar o número de moradores em cerca de duas décadas e arrecadar recursos para obras públicas locais.

A nova lei institui a Operação Urbana Bairros do Tamanduateí, cujo projeto foi aprovado pelos vereadores em dezembro. A proposta tramitava na Câmara Municipal há oito anos, após ser remetida pela então gestão Fernando Haddad (PT), em 2015.

Entre as principais intervenções previstas, estão obras de drenagem, a criação de 12 parques e a reversão do tamponamento do Rio Tamanduateí. A Prefeitura estima que a operação urbana chegue a R$ 2,85 bilhões em intervenções públicas ao longo de 20 anos. A execução dependerá, contudo, de recursos municipais e, especialmente, da arrecadação nos leilões de 5,1 milhões de m² de créditos construtivos (os Cepacs), necessários para obras que verticalizem a região.

A proposta foi alvo de algumas críticas e dúvidas ao longo dos anos. Entre os pontos mais citados, estão discussões sobre um possível impacto na atividade industrial de parte do entorno, o trecho que permite apartamentos grandes com mais de uma vaga de garagem “grátis” (como ocorreu na nova lei do Plano Diretor) e o risco de subdimensionamento da população em situação de vulnerabilidade (como moradores de cortiços) que precisará de atendimento habitacional.

A própria Prefeitura também mapeou alguns “pontos de atenção”, expostos em uma audiência pública realizada em novembro. Entre eles, estão a necessidade de atualizar os dados de demanda habitacional e do plano de mobilidade e, ainda, o histórico recente de renovações da Licença Ambiental Prévia por meio de solicitações específicas após ter expirado, em 2020. O entendimento municipal é de que esses aspectos não atrapalham o desenrolar da operação urbana.

A operação urbana é dividida em perímetros de adesão (onde são captados os recursos e há maior investimento) e de expansão. A partir de dados georreferenciados públicos, o Estadão desenvolveu o mapa interativo abaixo com as duas áreas. Há também a opção de busca por endereço. Confira mais informações sobre o projeto após a visualização da ferramenta.

A maioria dos créditos construtivos a serem leiloados na operação urbana envolve o Ipiranga, a Mooca e o Parque da Mooca, com a estimativa de uma arrecadação de R$ 4 bilhões. O cronograma e a priorização de obras serão definidos por um grupo gestor, formado por representantes do poder público e da sociedade civil.

Há a previsão, ainda, de 856 mil m² a serem aplicados gratuitamente em habitação para baixa renda. Esses Cepacs são necessários para a área construída que for superior à metragem do terreno (com exceção do que é “não computável”, como uma vaga de garagem para cada apartamento de 30 m², dentre outros incentivos).

A cidade tem outras três operações urbanas ativas: Faria Lima, Água Espraiada e Água Branca. Elas foram responsáveis por grande parte da transformação e valorização dessas áreas nas últimas décadas.

Outros dois grandes projetos de lei regionais de transformação urbana foram promulgados nos últimos meses: os Planos de Intervenção Vila Leopoldina (que abrange áreas no entorno da Ceagesp e do Parque Villa-Lobos) e Jurubatuba (o qual envolve Santo Amaro, Vila Andrade e outros bairros da zona sul). Além disso, entrou em vigor a nova lei do Plano Diretor e a revisão da Lei de Zoneamento aguarda sanção do prefeito após a aprovação na Câmara, em dezembro.

Nova operação urbana é discutida na cidade há mais de 20 anos

A proposta tem histórico que remonta ao início dos anos 2000, embora tenha passado por modificações. Chamada de Bairros do Tamanduateí desde 2014, já foi conhecida também como Operação Consorciada Mooca-Vila Carioca e Operação Urbana Diagonal Sul.

Essas nomenclaturas remetem às gestões Gilberto Kassab (então no , hoje no PSD), especialmente a partir de 2010, e Marta Suplicy (então no PT, hoje sem partido), com o Plano Diretor de 2002. Projetos para a área chegaram até a chamar a atenção de escritórios britânicos e italianos, mas não foram adiante.

O entendimento é de que a operação urbana propiciaria melhor aproveitamento de áreas subutilizadas após o enfraquecimento de indústrias locais nas décadas recentes, de modo a potencializar uma função de centro metropolitano (principalmente ligado ao ABC e à Baixada Santista), principalmente em comércio, serviços e tecnologia.

A proposta também pretende reverter um cenário de poucas áreas verdes, impermeabilização do solo e histórico de ilhas de calor e inundações. Principalmente, trata de aumentar a oferta de moradia e emprego em bairros bem servidos de transporte coletivo, com metrô, trem e fura-fila.

Na audiência pública de novembro, a gestão Nunes enumerou os objetivos principais da operação urbana. São eles: ampliação populacional (com incremento da atividade econômica), qualificação ambiental (com especial atenção à mitigação de alagamentos), aproveitamento da infraestrutura de mobilidade, aumento da conectividade entre os bairros, valorização do patrimônio cultural e promoção de projetos de habitação para a baixa renda.

A proposta inclui o restauro de três imóveis industriais históricos (e tombados) da Mooca, transformando-os em equipamentos públicos, com usos a serem posteriormente definidos. A lista abrange a antiga fábrica da Companhia Antártica Paulista, na Avenida Presidente Wilson, a Tecelagem Labor, na Rua da Mooca, e as Oficinas Casas Vanorden, na Rua Borges de Figueiredo.

Dos 12 parques previstos no projeto, alguns são “inundáveis”. Isto é, planejados para auxiliar no escoamento de água das cheias e dispostos em locais estratégicos, como nas proximidades do Córrego Moinho Velho e da foz do Córrego Ipiranga.

O projeto inclui, ainda, a abertura e o alargamento de vias (visto que o passado industrial deixou grandes quarteirões), arborização, reformas de calçadas e outras intervenções públicas. Ao menos 35% dos recursos deverão ser voltados à habitação para baixa renda.

O aumento populacional é previsto por meio do leilão dos créditos construtivos. O coeficiente de aproveitamento (quantas vezes a área construída pode ser maior que a metragem do terreno) varia conforme subdivisões feitas pelo projeto, de modo a incentivar mais a verticalização no entorno da Avenida Teresa Cristina, por exemplo, e restringi-la nas proximidades da Avenida Henry Ford (a fim de manter parte das atividades industriais).

No projeto, há incentivos municipais atraentes especialmente para a construção de prédios altos com apartamentos nos imóveis alcançados por um raio de 400 m das estações de metrô e trem e de 200 m do Expresso Tiradentes (o fura fila) — repetindo a lógica do zoneamento e do Plano Diretor, de adensamento nos “eixos”, a fim de aumentar a população que vive perto e utiliza o transporte coletivo de média e alta capacidade.

O projeto indica alguns perfis de empreendimentos desestimulados e vedados (como cercados por muros) e incentivados (com comércio no térreo, por exemplo). Os benefícios e exigências dependem da localização e porte das construções.

Infomoney - SP   12/01/2024

O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) teve variação de 0,26% em dezembro, uma alta de 0,18 ponto percentual (p.p.) em relação a outubro (0,08%), informou nesta quinta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, indicador fechou o ano com alta de 2,55%, numa queda de 8,35 pontos percentuais em relação à taxa acumulada de 2022.

“Esta taxa é a menor desde o ano de 2014, período comparado para a série com a desoneração da folha de pagamento”, destacou em nota o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em novembro fechou em R$ 1.717,11, passou em dezembro para R$ 1.722,19, sendo R$ 1.001,89 relativos aos materiais e R$ 720,30 à mão de obra.
A parcela dos materiais teve variação de 0,27% no mês, subindo 0,19 ponto percentual em relação a novembro, e registrando a segunda maior taxa da categoria no ano, ficando atrás apenas do mês de abril (0,42%). Em relação ao índice de dezembro de 2022 (0,07%), houve aumento de 0,20 ponto percentual. “No ano, o acumulado da parcela de materiais ficou em 0,06%, também registrando a menor taxa desde 2014”, comparou Oliveira.

Já a mão de obra teve taxa de 0,24%, subindo 0,16 ponto percentual em relação tanto ao mês anterior (0,08%), quanto a dezembro de 2022 (0,08%).

“Chegamos ao fim de 2023 com resultados que indicam uma menor influência da parcela dos materiais e participação mais efetiva, mas dentro da normalidade, da parcela da mão de obra. Diferente do observado nos anos de 2020, 2021 e 2022”, destacou o gerente do Sinapi.

Diário do Comércio - MG   12/01/2024

O custo médio da construção, medido pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), teve alta de 0,17% em 2023 em Minas Gerais, bem abaixo da média nacional, que apresentou elevação de 2,55% no ano. No acumulado do ano, o Amazonas foi o estado com a maior taxa, 6,80%.

Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Caixa Econômica Federal, o resultado do País no ano passado foi 8,35 pontos percentuais menor na comparação com a taxa acumulada de 2022 (10,90%).

O coordenador do levantamento do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE, em Minas Gerais, Venâncio da Mata, destaca que a mão de obra foi o componente que contribuiu para o aumento do índice.

Ele explica que está acontecendo uma menor influência da parcela dos materiais na comparação com o que aconteceu durante os anos de pandemia, período marcado por aumentos expressivos.

Em dezembro passado, o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Renato Michel, fez uma análise para o DIÁRIO DO COMÉRCIO sobre o novo cenário para os materiais de construção, com pressão nos custos deve ser maior com os gastos com mão de obra.

Na oportunidade, ele ressaltou que durante os anos de pandemia de Covid-19, os custos tiveram alta na casa dos 40%, bem acima da inflação do período, que estava no patamar de 25%. A elevação dos custos dos materiais de construção foi da ordem de 70%.

No Estado, ainda segundo o IBGE, o custo da construção chegou a R$1.612,01 (93,60% da média nacional) em dezembro, sendo R$ 962,84 referentes aos materiais (96,10% da média nacional) e R$ 649,17 à mão de obra (90,12% da média nacional). Em dezembro de 2022, o valor no Estado era de R$ 1.609,26.
Brasil

Nacionalmente, o custo do metro quadrado, que em novembro fechou em R$ 1.717,11, passou em dezembro para R$ 1.722,19, sendo R$ 1.001,89 relativos aos materiais e R$ 720,30 à mão de obra.

Conforme o IBGE, o Sinapi em dezembro passado teve alta de 0,05% em Minas Gerais, bem abaixo da variação do País, que teve elevação de 0,26%. E em razão do reajuste nas categorias profissionais, Piauí foi o estado que registrou a maior taxa do último mês de 2023: alta de 2,52%.

A parcela dos materiais apresentou alta de 0,27%, subindo 0,19 ponto percentual em relação a novembro, e registrando a segunda maior taxa da categoria no ano, ficando atrás apenas do mês de abril (0,42%). Considerando o índice de dezembro de 2022 (0,07%), houve aumento de 0,20 ponto percentual.

No ano, o acumulado da parcela de materiais ficou em 0,06%, menor taxa desde 2014. Já a mão de obra com taxa de 0,24%, e reajuste observado em dois estados do País, também registrou alta, subindo 0,16 ponto percentual em relação tanto ao mês anterior (0,08%), quanto a dezembro de 2022 (0,08%).

NAVAL

Porto Gente - SP   12/01/2024

O porto do futuro preserva o clima, é inteligente e, nele, a sustentabilidade é a chave.

A Conferência Porto do Futuro, que ocorrerá em Houston, USA, no próximo 4 de abril é uma oportunidade para refletir o futuro do principal porto do hemisfério sul, o Porto de Santos, dentro da pauta desse mega acontecimento. Evento referencial, organizado pela Universidade de Houston, promove um cenário com os principais atores do setor portuário mundial, com uma visão de promover excelência no comércio marítimo a partir dos portos.

Nessa edição, com a participação de mais de 50 portos mundiais importantes, com qual contribuição relevante poderia participar o Porto de Santos, que há décadas anuncia as mesmas obras e, atualmente, ainda não se percebe um rumo que leve com certeza, ao final anunciado? Até agora, já se passaram atamancadamente 25% do prazo apertado para o porte do programa de obras colossais. Assim, não é possível tirar conclusões sobre caminhos e estratégias inovadoras, em relação ao longo passado de frustrações.

O descompasso político que ocorre na parceria com o governo do Estado de São Paulo para construir o túnel submerso é um exemplo de incerteza e descrença, como pergunta sem resposta. Acrescente-se, também, a escassez de investimentos que se constata no Brasil. Portanto, há que ser definido este alvo, como o conjunto de fins e meios envolvidos para, depois de quase um século, finalmente ser possível ir de túnel, para atravessar o canal do Porto de Santos.

A equipe técnica do porto é constituída de bons profissionais concursados, mas com quantitativo deficitário para atender ao programa de volume e complexidade das obras anunciadas. Por isso, serão necessárias contratações de competências dentro de um cronograma. Todavia, no dia a dia não acontece o papel adequado do líder, algo tão vital para qualquer projeto de porte, de forma a agregar valor ao longo do tempo, neste caso, tão exíguo.

Neste ano de eleições municipais, tem destaque a relação do Porto com a cidade, onde situam-se 9 universidades, quatro públicas: USP, UNIFESP, UNESP e FATEC, como uma pauta prioritária, levando em conta a inauguração do corredor Bioceânico, a ser inaugurado neste ano, ligando por terra o continente sul-americano, a partir do Porto de Santos e aos portos chilenos de Arica e Iquique. E tem relevância o papel de porto concentrador (HUB), no qual hoje se destaca o Porto de Suape (PE).

O porto e a cidade de Santos precisam desinstalar, sem mais protelação, o navio do grupo Cosan, sem prática ESG (Ambiental, Social e Governança nas iniciais em inglês). Uma potência de explosão de 55 bombas de Hiroshima (Japão). Um debate que não pode se calar e providências indiscutíveis devem ser tomadas. Com a palavra: o presidente da Autoridade Portuária, sobre um potencial de 55 bombas atômicas, atracado na cabeceira do canal interno do porto e inquietando a população da cidade. .

Carece de meta um programa de porto do futuro atrelado à industrialização do Brasil, sem estratégia para superar os custos e despesas de estatais que crescem acima da receita, bem como o fato dos investimentos no País têm sido insuficientes para promover potência para o crescimento. No caso do Porto de Santos, o principal do hemisfério sul, acrescente-se cumprir com responsabilidade a pauta ESG, como compromisso de preservar a vida.

Portos e Navios - SP   12/01/2024

O Porto de Imbituba movimentou 7,7 milhões de toneladas de janeiro a dezembro, resultando em marco inédito anual e crescimento de 8% em comparação a 2022. No período, 289 navios atracaram no porto, um aumento de 3,2%. O recorde anterior registrara 7,1 milhões de toneladas anuais.

O diretor de Infraestrutura e Operações do Porto, José João Tavares, informou que o aumento da movimentação foi fortemente influenciado pelo impulso no transporte de granéis agrícolas, principalmente os farelos de soja e milho, do milho e da soja em grãos.

Os granéis sólidos representaram 83% da movimentação total, dos quais 55,2% minerais e 44,8% vegetais/agrícolas. Ao longo de 2023, o Porto de Imbituba teve na lista de seus maiores volumes o coque de petróleo, os farelos de milho e soja, o sal e o milho, seguido da soja, fertilizantes, toras de madeira, hulha betuminosa, malte/cevada, trigo, dentre outros produtos.

A movimentação de contêineres foi incrementada em parte pelo desvio das cargas que seriam direcionadas ao terminal especializado no Porto de Itajaí, que ficou paralisado após a saída da APM Terminals do porto catarinense.

O porto teve média mensal de 24 navios e operação de mais de 640 mil toneladas. “Este resultado, além de contribuir para Imbituba se consolidar como uma alternativa logística competitiva, representa o aumento da quantidade média de cargas movimentadas por navio, que cresceu 4,7% na tonelagem em relação a 2022, reduzindo o frete de modo geral e trazendo maior eficiência”, disse o diretor-presidente da SCPAR Porto de Imbituba, Urbano Lopes de Sousa Netto.

O porto obteve seis recordes mensais (fevereiro, março, abril, maio, novembro e dezembro), com destaque para o volume operado em abril, que se consolidou com o maior resultado mensal da história do porto (767,8 mil toneladas).

As exportações lideraram o fluxo de cargas, com 52,9% da movimentação total e crescimento de 48,7% se comparado a 2022. O principal destino das cargas foram os países asiáticos (China, Irã e Vietnã), além de Portugal e Estados Unidos.

As importações, com 35,8% das operações, foram menores 19,9% em 2023. Estados Unidos, Chile, China, Argentina e Colômbia foram os países de maior emissão de cargas.

A cabotagem representou 11,3% da movimentação do porto, uma queda de 7,9% na tonelagem da carga se comparada ao ano anterior.

A expectativa da autoridade portuária, prevista no Planejamento Estratégico da SCPAR, é de que o porto movimente em torno de 8 milhões de toneladas em 2024. O sucesso no campo operacional vem acompanhado da perspectiva de aplicação de aproximadamente R$ 620 milhões no complexo portuário em investimentos públicos e privados nos próximos quatro anos, visando ampliar a capacidade de atendimento à demanda do mercado.

Em 2023, teve início a maior obra já realizada pela SCPAR Porto de Imbituba, a recuperação e reforço do Cais 3. O investimento de R$ 95 milhões é realizado pela autoridade portuária. A intervenção na infraestrutura permitirá o recebimento de embarcações maiores e a instalação de equipamentos mais ágeis e modernos na movimentação de cargas.

Dragagem

Na margem da área entre berços de atracação, será realizada derrocagem no Cais 1. O processo licitatório será relançado em breve. Já no Cais 2, está prevista obra de construção de um dólfin de amarração de navios, que deve ser concluído ainda no primeiro semestre de 2024. Em conjunto, essas melhorias nos berços 1 e 2 permitirão o atendimento simultâneo de três navios no local, passando dos atuais 660 metros de cais linear nos dois berços para 710 metros.

A proteção do porto, pelo molhe de abrigo, também será aperfeiçoada com a restauração e reforço do local. A obra, estimada em R$ 150 milhões, foi contemplada para receber recursos do Governo Federal dentro do Novo PAC. A previsão de início dos trabalhos é para este ano.

PETROLÍFERO

Valor - SP   12/01/2024

No quatro trimestre de 2023, a empresa obteve produção média de 25,3 mil barris, recuo de 9,2% ante o terceiro trimestre do ano

A PetroReconcavo registrou produção média de 23 mil barris de óleo equivalente por dia em dezembro, uma queda de 11,2% em relação a novembro. No quatro trimestre de 2023, a empresa obteve produção média de 25,3 mil barris, recuo de 9,2% ante o terceiro trimestre do ano.

Segundo a companhia, a produção do último mês de 2023 foi impactada pela paralisação temporária de parte da produção de petróleo e gás natural no ativo Potiguar, cuja produção ficou em 9,8 mil barris em dezembro. No campo Bahia, a empresa produziu 13 mil barris.

A produção de petróleo da PetroReconcavo foi de 12,5 mil barris por dia em dezembro, queda de 16,3% sobre novembro. Já a produção de gás ficou em 1,6 milhão de metros cúbicos por dia, um recuo de 4,2% ante o mês anterior.

Infomoney - SP   12/01/2024

O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira, 11, apoiado por preocupações com os riscos à oferta associados a tensões geopolíticas crescentes. A apreensão de um navio no Mar Vermelho requentou temores de escalada de conflitos no Oriente Médio.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2024 fechou com alta de 0,91% (+US$ 0,65), a US$ 72,02 o barril; enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 0,79% (+US$ 0,61), a US$ 77,41 por barril.

A Marinha do Irã apreendeu nesta quinta um petroleiro de empresa grega no Golfo de Omã, segundo autoridades.
A embarcação St. Nikolas, anteriormente chamada de Suez Rajan, já havia sido apreendida no passado pelos EUA, quando portava 1 milhão de barris de petróleo iraniano.

A mídia estatal iraniana afirmou que “o petroleiro infrator Suez Rajan roubou petróleo iraniano e o levou aos americanos”.

“Obviamente, esse é um incidente diplomático e parece estar desafiando sanções internacionais, motivo pelo qual os preços do petróleo subiram na sequência da apreensão e desvio do St. Nikolas para águas iranianas”, explicou a Navellier em comentário a clientes.

A CMC Markets acrescentou que há ainda um nervosismo sobre a possibilidade de uma resposta dos EUA e do Reino Unido ao ataque dos Houthis na quarta-feira às suas respectivas forças navais.

AGRÍCOLA

AgriWorld - SP   12/01/2024

A Sociedade Americana de Engenheiros Agrícolas e Biológicos (ASABE, na sigla em inglês) selecionou os tratores T6.180 Methane Power e T7.300 Long Wheelbase com PLM Intelligence, da New Holland Agriculture, como vencedores do prêmio ASABE AE50 2024. Esta foi a 13ª vez nos últimos seis anos que a marca foi reconhecida durante os prêmios ASABE AE50.

O ASABE AE50 é um programa de premiação exclusivo, dedicado a homenagear avanços inovadores em produtos nos domínios da agricultura, alimentação e sistemas biológicos. Os prêmios são entregues pela revista Resource, da ASABE, com o objetivo de reconhecer os 50 produtos mais pioneiros introduzidos anualmente no mercado nestes setores. Um painel de engenheiros especializados seleciona meticulosamente os vencedores, utilizando critérios que enfatizam a inovação, o avanço da engenharia e o impacto no mercado como os principais determinantes.

“O prêmio AE50 é um símbolo do nosso compromisso com os agricultores e uma promessa de continuar a inovar. Ele representa o resultado do nosso constante esforço e de inúmeras horas de investigação, inovação e trabalho árduo. Estamos gratos por este reconhecimento da ASABE e ansiosos por continuar a ultrapassar os limites do que é possível na agricultura”, afirma Carlo Lambro, presidente global da New Holland.

T6.180 Methane Power

O primeiro trator movido a metano do mundo, o T6.180 Methane Power, que é comercializado no Brasil, foi concebido para minimizar as emissões e maximizar a rentabilidade e a produtividade. Ele oferece o mesmo desempenho (potência, torque e durabilidade) que seu equivalente a diesel, com a vantagem adicional de uma redução estimada de até 30% nos custos operacionais. Ele também oferece flexibilidade de combustível e pode funcionar com biometano comprimido ou gás natural comprimido (CNG).

O trator T6 Methane Power é um elemento-chave no conceito de Fazenda Independente Energeticamente, da New Holland, completando o ciclo de uma verdadeira economia circular, do campo à geração de energia e de volta ao campo — um ciclo completo neutro em CO2. Os agricultores podem cultivar e utilizar resíduos orgânicos para gerar gás biometano, subtraindo CO2 do ambiente, o que resulta em uma pegada negativa em carbono.

Apresentação de prêmios

Os tratores T6.180 Methane Power e T7 Long Wheelbase com PLM Intelligence serão reconhecidos na edição de janeiro/fevereiro de 2024 da revista Resource, da ASABE. Os prêmios serão entregues na Conferência virtual de Tecnologia de Equipamentos Agrícolas da ASABE, de 11 a 14 de fevereiro de 2024, em Louisville, nos EUA.

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