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11 de Junho de 2024

SIDERURGIA

TN Petróleo - RJ   11/06/2024

Vallourec, líder mundial em soluções tubulares premium, fechou um contrato para fornecimento de 1.800 toneladas de tubulação de aço carbono com revestimento GRE (Glass Reinforced Epoxy) para a Petrobras, juntamente com acessórios em CRA (Corrosion Resistant Alloy) de ponta. Os produtos serão utilizados no desenvolvimento de diversos poços offshore, principalmente na Bacia de Campos (RJ). Esse contrato segue um acordo de três anos com a Petrobras para o fornecimento de tubulações OCTG, anunciado em janeiro de 2023.

O acordo entre a Vallourec e a Petrobras inclui um amplo escopo de serviços, como gerenciamento de estoque, preparação e transporte de sondas e serviços de campo integrados, que incluem o recebimento dos tubos na plataforma, inspeção e monitoramento da instalação.

Os produtos finais serão produzidos pela Vallourec na Usina do Barreiro, localizada em Belo Horizonte (MG). A tecnologia GRE oferecida em parceria com a Tuboscope NOV, fornecedor global de produtos e serviços para a indústria de energia especializado em equipamentos e tecnologia para o setor de óleo e gás, já foi testada e comprovada em inúmeras operações pelo mundo.

"Estamos muito satisfeitos com a conquista do novo contrato, que inclui conteúdo local e o fornecimento de soluções de alta tecnologia. É um reforço do total comprometimento das nossas equipes para apoiar o nosso parceiro de longa data em suas operações. Dessa forma, a Vallourec confirma a sua determinação em se fortalecer como principal fornecedor OCTG e parceiro de confiança da Petrobras", destaca Phillippe Guillemot, CEO da Vallourec.

Sobre a Vallourec - A Vallourec está entre os líderes mundiais em soluções tubulares premium para os mercados de energia e para aplicações industriais exigentes, como poços de petróleo e gás, nas condições mais adversas; usinas de energia de nova geração; projetos arquitetônicos desafiadores; e equipamentos mecânicos de alto desempenho. O espírito pioneiro e a pesquisa e desenvolvimento de ponta da Vallourec abrem novas fronteiras tecnológicas. Com cerca de 16 mil empregados dedicados e motivados em mais de 20 países, a Vallourec trabalha lado a lado com seus clientes para oferecer mais do que apenas tubos: oferece soluções tubulares inovadoras, seguras, competitivas e inteligentes para tornar cada projeto possível.

No Brasil, a Vallourec possui oito unidades. Em Minas Gerais, as unidades Barreiro e Jeceaba são focadas na produção de tubos de aço sem costura; a unidade Florestal é responsável pela produção do carvão vegetal que abastece o Alto-Forno das unidades produtoras de tubos; e a unidade Mineração supre as necessidades de abastecimento internas de minério de ferro.

A empresa conta, ainda, com uma unidade de Negócios no estado, provedora de serviços administrativos. Com linhas de produção em Minas Gerais e em São Paulo, a Vallourec Tubos para Indústria (VTI) fornece tubos de aço com e sem costura e soluções tubulares para a indústria em geral, especialmente para os mercados automotivo, de energia, máquinas e equipamentos industriais. No Rio de Janeiro, a Vallourec Tubular Solutions (VTS) presta serviços especializados para o setor de óleo e gás. E, no Espírito Santo, fornece serviços de revestimento anticorrosivo.

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   11/06/2024

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,405 bilhão na primeira semana de junho. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 10, o valor foi alcançado com exportações de US$ 7,37 bilhões e importações de U$ 5,964 bilhões.

No ano, o superávit acumulado é de US$ 37,292 bilhões.

Até a quarta semana do mês, a média diária das exportações registrou alta de 4,6% na comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de US$ 31,49 milhões (8,3%) em Agropecuária, avanço de US$ 78,34 milhões (27,9%) em Indústria Extrativa e queda de US$ 41,22 milhões (-5,6%) em produtos da Indústria de Transformação.

As importações também tiveram crescimento, de 28,3% no período, também na comparação pela média diária, devido a um avanço de US$ 13,44 milhões (91,4%) em Agropecuária; crescimento de US$ 1,88 milhões (3,2%) em Indústria Extrativa e alta de US$ 247,8 milhões ( 29,2%) em produtos da Indústria de Transformação.

O Estado de S.Paulo - SP   11/06/2024

O economista-chefe para os Estados Unidos do banco suíço UBS, Jonathan Pingle, admite que está ansioso sobre os rumos da política monetária na maior economia do mundo. Ele afirma, porém, que o cenário base do banco ainda é de início dos cortes dos juros em setembro, mesmo com os dados fortes do mercado de trabalho divulgados na última sexta-feira.

Pingle explica que a reunião do Fed (Banco Central americano) nesta semana será decisiva para ditar os rumos do mercado financeiro, porque trará a atualização das previsões feitas por cada um dos 19 membros do comitê de política monetária, incluindo as projeções de juros para o final de 2024.

O economista, que também trabalhou no Fundo Monetário Internacional (FMI) e foi chefe de Economia para Renda Fixa das Américas no fundo BlackRock, pondera, no entanto, que o cenário é de grande incerteza. Por isso, há risco de o Fed ser obrigado a voltar a subir os juros no ano que vem, caso a inflação não caia como esperado e os números de crescimento voltem a acelerar.

Sobre as eleições presidenciais nos EUA, o economista entende que o melhor para a política fiscal é que o partido vencedor não controle também a Câmara e o Senado. Isso limitaria a capacidade de expansão de gastos pelo governo. Em conversa com o Estadão, o economista diz que o principal conselho a ser dado a países emergentes como o Brasil é que “estejam preparados para o inesperado”.

Veja abaixo os principais trechos da entrevista.
Qual o cenário do UBS para o início dos cortes de juros pelo Fed?

Ainda apostamos no primeiro corte em setembro. Neste momento, o Fed está desapontado com os dados de inflação, mas eles tiveram um grande progresso. Pela nossa previsão, a inflação ficará rodando 2,7% ou 2,6% (taxa anual) pelos próximos meses (para uma meta de 2%), mas entendemos que haverá uma grande melhora na composição do número. O Fed está muito preocupado com a inflação dos aluguéis, e, se houver um arrefecimento, isso lhes dará mais confiança. A outra coisa é que o crescimento do PIB está desacelerando. Isso tudo vai ajudar. Portanto, estamos inquietos, mas ainda temos um corte em setembro como nosso cenário base.

O mercado de trabalho nos EUA na última sexta-feira veio muito forte...

Sim. Nós prevíamos uma alta de 185 mil (o dado veio em 272 mil). Os dados provavelmente vão reforçar a visão no Fed de que a economia está resiliente. Também coloca em risco nossa projeção de dois cortes este ano. Mas há outras razões para achar que o Fed vá manter a opção pelo corte em setembro. Haverá mais três relatórios de emprego antes dessa reunião, e esperamos ver mais ganhos abaixo de 200 mil que reduzam a média móvel trimestral. No entanto, a força relatada na sexta-feira pode alimentar a preocupação de que o mercado de trabalho forte possa impedir o Fed de alcançar suas metas de inflação. Isso é uma receita para potencialmente retomar os aumentos de juros em 2025.

Quais dados mudaram o humor do mercado em relação ao que se previa no início do ano?

Foram os dados de inflação do primeiro trimestre: de janeiro, fevereiro e março. Os números mensais do final de 2023 estavam rodando com uma inflação de 2%, e parecia, na época, que o Fed teria muita facilidade em descer a taxa anual para próximo de 2% ou 2,5%. Mas, depois, o que se viu foi um progresso muito mais lento. A reunião desta semana será decisiva para se saber o que fará o Fed no restante do ano.
Esta reunião traz as projeções feitas por cada um dos membros do Comitê. Como isso funciona?

Todos os 19 membros do Fed apresentarão suas previsões econômicas: PIB, taxa de desemprego, inflação cheia, inflação subjacente. E, então, eles descrevem o que consideram ser a política monetária apropriada para esse cenário. Com isso, é possível saber quantos dos 19 enxergam um ou dois cortes de juros no final do ano. Se a maioria entender que haverá apenas um corte, então não haverá tempo para que eles mudem de ideia até a reunião de setembro, porque não há tantos dados para serem divulgados até lá. Essa é uma informação muito importante, porque o dot plot (gráfico de pontos) pode fechar as portas para um corte em setembro e empurrar para dezembro.
Por que a inflação continua elevada? Há influência do mercado de trabalho, com desemprego tão baixo?

Parte se explica pelo aumento nominal dos salários. Mas esse crescimento está desacelerando rapidamente –devido, em parte, à imigração adicional que houve este ano. Se olharmos para o que separa o atual nível de inflação subjacente da meta de 2%, mais de metade são os aluguéis. Há desinflação nos bens e inflação nos serviços. Mas o maior obstáculo de fato são os aluguéis.
Por que eles estão elevados?

A complicação é que os aluguéis, no mercado, já desaceleraram bastante, mas isso não está aparecendo no índice do CPI (o IPCA americano). Isso é uma complicação grande porque o presidente do Fed, Jerome Powell, vem falando que a queda dos aluguéis é um fator importante para a queda da inflação. Quando a gente fala com grandes construtoras, fora de Nova York e Miami, os aluguéis estão desacelerando fortemente, mas há uma defasagem em relação ao CPI, essa queda não aparece no índice. Entendemos que isso vai começar a acontecer no verão (a partir deste mês no Hemisfério Norte).
Além disso, daqui a setembro, quais os principais indicadores que serão determinantes para a queda dos juros?

Os dados do mercado de trabalho são muito importantes, porque se os EUA estiverem criando menos de 200 mil vagas por mês, por exemplo, 175 mil, ainda é bom, mas deixa o Fed mais confortável para cortar os juros do que uma criação de 250 mil. Os componentes da inflação também serão importantes, eles querem ter certeza que a política monetária está fazendo o seu trabalho e desacelerando a economia.
O governo americano tem tido déficits primários elevados. Qual o peso da política fiscal sobre a inflação no país?

Há um grande debate sobre isso. Especialmente, se houve um choque de demanda ou um choque de oferta. Na nossa visão, a maior parte do problema foi por oferta. E estamos vendo isso diminuir, com o aumento da imigração. Também tivemos grande problema com as cadeias de produção, que pressionou os preços. Mas é claro que o fiscal não ajudou. O PIB cresceu 3%, e entendemos que 1 ponto percentual aconteceu por causa de estímulos fiscais. Mas o grande ponto agora é que esse efeito está diminuindo. Os programas do governo Biden já atingiram uma espécie de platô. Os gastos diretos do governo e os investimentos estão desacelerando, então parte da desaceleração do PIB que estamos vendo agora é graças ao fiscal. Isso fará com que a política monetária pareça mais restritiva.

Os gastos com duas guerras influenciam esse cenário?

É um pouco problemático. Não temos uma métrica precisa para isso, mas pode ser que metade da despesa com a guerra da Ucrânia seja gasto domesticamente com produção de bens que depois são enviados à Ucrânia. Mas acho que é uma pequena parte da expansão fiscal. O principal mesmo para o fiscal são gastos com construção de fábricas, suportes para veículos elétricos, créditos fiscais. São volumes de dólares muito maiores.

Teremos eleições presidenciais nos EUA este ano. O que muda com Trump ou Biden?

Acho que o cenário depende não só da eleição presidencial, mas do controle do Congresso. Se os republicanos controlarem a Casa Branca, a Câmara e o Senado, poderão aprovar mais medidas de expansão fiscal. E teremos também medidas de contenção de imigração. Isso tudo provavelmente terá impacto na inflação. Já com um governo dividido, você terá maiores restrições fiscais. Na imigração, haverá medidas para aumentar o controle na fronteira Sul do país, seja com democratas ou republicanos, mas a diferença será na severidade. Os republicanos querem um sistema mais rigoroso com aumento de deportações. Os democratas querem refinar o sistema atual. Mas, em termos do impacto global sobre a inflação, depende mais de quem controla a Câmara e o Senado, porque isso vai determinar se teremos dificuldades orçamentais ou expansão fiscal.
Ou seja, independentemente do vencedor, do ponto de vista fiscal, é melhor o Congresso dividido?

Sim.
Que conselhos o sr. daria para países emergentes como o Brasil?

Há uma possibilidade real, se a inflação parar de cair, de o crescimento continuar forte; há um cenário em que os juros tenham de voltar a subir em 2025. Há muita incerteza neste momento, nós não sabemos o que vai acontecer. Não tenho bola de cristal, tenho cenários de previsões, mas com muitas incertezas para o cenário econômico. Então, acho que o conselho seria, estejam preparados para as incertezas e o inesperado.

O Estado de S.Paulo - SP   11/06/2024

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 10, que a grande questão hoje, compartilhada por outros bancos centrais pelo mundo, é o porquê das condições financeiras estarem tão frouxas se os juros estão tão altos.

O banqueiro central frisou que a inflação de serviços segue acima da meta e o mercado de trabalho apertado em muitos lugares. Ele ponderou que, apesar de permanecerem com o mercado de trabalho forte, a maioria dos países emergentes registraram alguma convergência na inflação de serviços, diferente do que ocorre nas economias avançadas.

A dinâmica do mercado de trabalho, afirmou, gera preocupações sobre a inflação de serviços. “Nos preocupamos se isso irá se traduzir em inflação nos serviços ou se explica porque a inflação de serviços ainda está acima da meta na maioria dos lugares”, disse, em webinar promovido pela Constellation Asset Management.

Campos Neto acrescentou que ainda há uma preocupação sobre de onde virá a desinflação nos Estados Unidos. “Estamos vendo uma desaceleração agora na margem na indústria, mas ainda assim, os números são fortes. No mercado de trabalho, ainda vemos números fortes em serviços.”

Inflação

Campos Neto, afirmou também que, embora a inflação de energia e alimentos esteja convergindo na maioria dos lugares, os índices de preços de alimentos estão um pouco mais altos globalmente.

”Isso não está acontecendo apenas no Brasil, estamos olhando para outros países e está acontecendo o mesmo”, disse o banqueiro central, que destacou que o movimento coincide com dados que indicam o aumento de anomalias em termos de temperatura no planeta nos anos recentes, com destaque para 2023 e 2024.
Política fiscal

Ele repetiu que a política fiscal é absorvida pela autoridade monetária apenas na medida em que tem impacto em variáveis econômicas que influenciam a sua função-reação.

“Não é trabalho do BC tratar disso”, afirmou ele. “O importante para nós não é o fiscal em si, é o que o fiscal significa para as variáveis macroeconômicas que afetam a nossa função-reação.”

Campos Neto acrescentou que as expectativas fiscais do mercado - por exemplo, para o déficit primário - não têm piorado. No entanto, levantamentos qualitativos, como o Questionário Pré-Copom, mostram uma piora da percepção. Para ele, isso significa que o Brasil precisa sinalizar sustentabilidade para a sua trajetória de dívida.

O presidente do BC acrescentou que o fiscal está negativo no mundo inteiro e lembrou que o Brasil aprovou um novo arcabouço. “O que o mercado está questionando é a capacidade do governo de cumprir o arcabouço”, disse.

O Estado de S.Paulo - SP   11/06/2024

A expectativa para a inflação deste ano foi elevada pela quinta semana consecutiva no Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central. A projeção de 2024 passou de 3,88% para 3,90%. Um mês antes, a mediana era de 3,76%. Para 2025, foco principal da política monetária, a estimativa passou de 3,77% para 3,78%, ante 3,66% de um mês atrás.

Para 2026, a expectativa seguiu em 3,60% ante 3,50% de um mês atrás. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa para o IPCA seguiu em 3,50%, como está há 49 semanas. O governo já sinalizou a manutenção da meta de inflação em 3,0% para este e os próximos anos, mas ainda não publicou o decreto para regulamentar a meta contínua.

Na sexta-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o documento seria conhecido até o fim deste mês. A informação havia sido adiantada ao Estadão/Broadcast pela manhã pelo secretário de Política Econômica, Guilherme Mello.

As estimativas do Relatório de Mercado Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, de 3,0%. O IPCA de 2023 ficou em 4,62%, abaixo do teto da meta (4,75%, para um centro de 3,25% no ano passado), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de 2021 e 2022.

O Comitê de Política Monetária (Copom) divulgou em maio projeção de 3,8% para o IPCA de 2024, após o indicador ter ficado em 3,5% nas reuniões anteriores, de dezembro, janeiro e março. Para 2025, a projeção também subiu, para 3,3%.
PIB

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o Boletim Focus ampliou a projeção para o crescimento econômico de 2024. A mediana para a alta da atividade deste ano passou de 2,05% para 2,09%, mesmo patamar de um mês atrás. Para 2025, no entanto, o documento trouxe manutenção da estimativa de crescimento do PIB em de 2,0%, como já está há 26 semanas.

Em relação a 2026, a mediana continuou em 2,0% pela 44ª semana consecutiva. O Boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2027, que se mantém em 2,00% por 46 semanas.

A estimativa do Ministério da Fazenda para o crescimento do PIB de 2024 é de 2,5%. Já no Banco Central, a projeção atual é de avanço de 1,9% neste ano, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de março.
Selic

Apesar da continuidade da desancoragem das expectativas de inflação, o mercado manteve a projeção da Selic para 2024 em 10,25% ao ano. Há um mês, o patamar era de 9,75%.

O Copom abandonou o forward guidance (orientação futura) da reunião de março e cortou a Selic em 0,25 pp, para 10,50% ao ano em maio. A decisão dividida do colegiado deixou os indicados pela gestão Lula do lado que seguiria a sinalização de redução de 0,50 pp, enquanto os diretores que já estavam no BC antes deste governo optaram por diminuir o ritmo de cortes neste momento.

Na ata, houve um grande movimento para explicar que a divergência se deu pela avaliação do custo reputacional de abandonar a sinalização. Ao justificar a decisão, o BC disse entender que ela é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025. Na semana que vem, o Comitê volta a se reunir para definir o rumo da taxa básica de juros.

No Relatório de Mercado Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025, porém, foi elevada, de 9,18% para 9,25%, ante 9,00% de há um mês. Para 2026, a projeção continuou em 9,00%, como já estava também há um mês. Para 2027, a estimativa seguiu da mesma forma em 9,00%, de 8,63% de um mês atrás.

CNN Brasil - SP   11/06/2024

O diretor de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, reforçou nesta segunda-feira (10) que não há relação uma mecânica entre as políticas monetárias dos Estados Unidos e do Brasil.

“No curto prazo, não quer dizer que (se) o Fed está deixando de baixar juros, a gente vai deixar de baixar juros aqui”, comentou Picchetti, durante evento pela internet. “Nem o contrário”, acrescentou.

O diretor pontuou que no longo prazo há uma “relação de equilíbrio” entre as atuações dos BCs.

Em suas comunicações oficiais e nas falas do presidente do BC, Roberto Campos Neto, a autoridade monetária já vem registrando que a relação entre os juros dos EUA e do Brasil não é mecânica.

A indicação é de que os diretores estarão atentos aos mecanismos de transmissão do cenário externo para a conjuntura brasileira.

Em sua apresentação, Picchetti também voltou a abordar a preocupação do BC com a melhora do mercado de trabalho e, em especial, da renda, que podem pressionar a inflação no Brasil. Ao mesmo tempo, ele pontuou que não existe uma transmissão direta dos rendimentos salariais para preços de serviços.

“Nesta questão do mercado de trabalho, tem muitas dimensões que também ficaram incertas estruturalmente depois da pandemia, tanto lá (nos EUA) quanto cá (no Brasil)”, comentou Picchetti.

“No Brasil, você tem um debate sobre quais foram os impactos das reformas — principalmente a reforma trabalhista — sobre produtividade e sobre custo do trabalho.”

“Então, pode ser que isso daqui esteja também explicando como que o aumento de rendimentos aqui não foi até agora seguido de um aumento na mesma proporção de inflação de serviços. Se isso for verdade, esta é uma boa notícia”, acrescentou.

Picchetti participou nesta segunda-feira do webinar “Desafios de Política Monetária”, promovido pela FGV/EESP.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   11/06/2024

Acionistas da mineradora de níquel PT Vale Indonesia votaram nesta segunda-feira pela renomeação de Febriany Eddy como CEO, antes que a mineradora estatal MIND ID aumentasse sua participação no grupo para se tornar sua acionista majoritária, disse a empresa.

Vale e MIND ID ressaltaram que quando o grupo estatal de mineração planejou adquirir uma participação de 14% na Vale Indonesia da Vale Canada e da Sumitomo Metal Mining foi anunciado em fevereiro que eles chegariam a um acordo sobre as posições do conselho à medida que o negócio avançasse.

Eddy e vários novos nomeados ocuparão cargos no conselho de administração a partir do encerramento das transações da MIND ID – previsto para este mês – até 2027, disse a empresa.

Após as transações, a MIND ID se tornará a maior acionista com 34% de participação na empresa, enquanto a MIND ID e a Vale Canada se tornarão “controladoras conjuntas” da Vale Indonésia.

O acordo era uma exigência para que a Vale (VALE3) obtivesse uma extensão da licença de mineração, o que já garantiu uma ampliação até pelo menos 2035.

Eddy disse a repórteres nesta segunda-feira que seu foco após a renomeação será entregar os três principais projetos da Vale “com segurança, dentro do prazo e do orçamento”.

A Vale está investindo cerca de 9 bilhões de dólares para desenvolver três plantas de processamento de níquel, incluindo duas plantas que visam extrair materiais para baterias de veículos elétricos.

Os acionistas também nomearam nesta segunda-feira Rizky Andhika Putra, ex-executivo sênior do banco estatal Bank Rakyat Indonesia, como o novo diretor financeiro, substituindo Bernardus Irmanto, que se tornará diretor de sustentabilidade.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   11/06/2024

A Case Construction Equipment, marca da CNH, acaba de lançar a nova linha de tratores compactos de esteiras com produção 100% brasileira.

Após investimentos de R$ 50 milhões anunciados no ano passado, a fábrica de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, recebeu melhorias para se tornar o Polo Mundial de Produção da linha de tratores de esteiras da marca, contemplando 6 modelos de 6 a 22 toneladas.

As máquinas serão comercializadas no país e exportadas para mercados dos Estados Unidos e Ásia-Pacífico. “O investimento realizado foi tanto de infraestrutura, capacitação de mão-de-obra e nacionalização de peças e componentes, comenta Carlos França, líder da Case para a América Latina.

Com diferentes tipos de esteiras que permitem a adaptação a uma variedade de terrenos, os tratores compactos de esteiras da Case vêm com novidades em termos de desempenho ambiental. Seu controle de emissão de poluentes vai além das exigências legislativas, garantindo uma operação ecoeficiente. Além disso, a locomoção por meio de esteiras proporciona uma aderência superior ao solo e uma distribuição de peso otimizada, permitindo o uso em terrenos instáveis sem compactar o solo.

“Projetados para serem compactos, fortes e ágeis, estes novos equipamentos oferecem uma combinação de produtividade e ecoeficiência. A mudança estratégica de nacionalização dessa produção visa atender a um novo nicho de mercado no país, oferecendo aos clientes os benefícios de facilidade no transporte, adaptabilidade a espaços reduzidos, menor custo de operação e alta produtividade”, afirma Lauren Batista, especialista de produto da Case.

Portfólio – Somente neste ano, a Case já apresentou cinco outros lançamentos em seu portfólio. Além da linha de tratores compactos ecoeficiente; uma nova versão da W20G – a pá-carregadeira que completa 50 anos de fabricação no Brasil –, e uma nova linha com quatro miniescavadeiras, incluindo uma máquina elétrica.

"Temos acompanhado a evolução do setor e estamos comprometidos em oferecer aos nossos clientes e parceiros as soluções mais avançadas e eficientes do mercado. As novidades do nosso portfólio reafirmam nosso compromisso de tornar os negócios dos nossos clientes ainda mais rentáveis e sustentáveis", diz França.

AUTOMOTIVO

Infomoney - SP   11/06/2024

A queda no preço dos veículos elétricos e as maiores tarifas de importação para produtos provenientes da China são favoráveis para os resultados da fabricante de autopeças Iochpe (MYPK3), segundo os analistas do Bradesco BBI.

A avaliação é que a empresa está melhor posicionada para se beneficiar de duas mudanças recentes na corrida global dos veículos elétricos.

A primeira é a queda nos preços dos veículos elétricos, que deve levar a uma substituição de rodas de alumínio por aço para as fabricantes de itens para as montadoras.

A segunda mudança é o estímulo para a produção local em meio a movimentos para barrar as importações de carros elétricos da China – movimento também visto no Brasil, com o aumento das alíquotas do Imposto de Importação (II).

“Aumentar a tarifa de importações para bloquear o fluxo de carros elétricos chineses globalmente deve estimular a produção local e desenvolver fornecedores como a Iochpe”, disseram em relatório.

Apesar da avaliação positiva, o Bradesco BBI manteve a avaliação do papel como neutra, com preço-alvo de R$ 15, o que representa um potencial de valorização de cerca de 40%.

Nesta segunda-feira, os papéis da empresa subiam 0,37%, para R$ 10,79, por volta das 13h30 (horário de Brasília). No acumulado do ano, no entanto, a ação cai 10,7%.

No Brasil, os carros elétricos e híbridos que não são produzidos no Brasil voltaram a pagar imposto em janeiro passado, com alíquota inicial de 12%. Esse percentual sobe para 18% no segundo semestre e, gradualmente, deve chegar a 35% até 2026.

Apesar da alta, o crescimento da venda desses veículos, a maior parte importada, segue acelerada. De janeiro a maio, foram comercializados 26 mil veículos 100% elétricos, um crescimento de 34% na comparação com igual período do ano passado, segundo dados da Anfavea (Associação Nacional das Fabricantes de Veículos Automotores).

Os 26 mil também superam os 20 mil emplacados durante todo o ano passado.

Considerando os híbridos, o total de emplacamentos chegou a 64,8 mil unidades de janeiro a maio de 2024.

O Estado de S.Paulo - SP   11/06/2024

Fazia seis meses que o representante de vendas Edser Sergio Buratto Neto, de 41 anos, se preparava para trocar de carro. Vendeu o Ônix 2017 automático, da GM, que estava muito rodado, por R$ 49 mil, e estava disposto a desembolsar, no total, até R$ 98 mil à vista para levar um carro novo ou usado. Na última segunda-feira, 3, ele comprou um Nivus, da Volks, zero-quilômetro, por R$ 120 mil. “Fui atraído pela boa taxa de juros”, diz.

O representante comercial observa que acabou fechando um negócio completamente diferente do planejado. “Comprei um carro mais caro e com uma parcela que coube no meu bolso, sem me descapitalizar.” Pelo veículo, deu R$ 65 mil de entrada e parcelou o saldo em 36 meses, com prestações fixas de R$ 1.890 e juros de 0,60% ao mês.

As aquisições de Buratto Neto e de outros compradores devem engrossar as estatísticas do Banco Central (BC) que já apontam um salto na aprovação de novos financiamentos para a compra de veículos.

Turbinado por campanhas agressivas de financiamento com taxas de juros reduzidas, bancadas pelas montadoras, e até juro zero e também pela retomada, em alguns casos, da modalidade “troca com troco”, o volume de novos financiamentos para compra de veículos cresceu 26,8% em valor nos últimos 12 meses até abril, segundo dados do BC.

Essa linha de financiamento ao consumidor, que encerrou abril com R$ 17,670 bilhões no total de novos empréstimos – cifra 69% maior que no mesmo mês de 2023 –, foi uma das que mais avançaram em 12 meses até abril. Perdeu a corrida apenas para o cartão de crédito parcelado (32%).

O ritmo de aprovação de novos créditos para aquisição de veículos em 12 meses até abril também superou de longe o avanço de novos financiamentos com recursos livres liberados para pessoas físicas como um todo, de 10,6%, no período.

Dados da B3, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos que entram como garantia em operações de crédito em todo território nacional (Sistema Nacional de Gravames), confirmam a disparada dos novos empréstimos. Abril foi o melhor mês para a venda de veículos financiados dos últimos dez anos, desde dezembro de 2014.

Entre comerciais leves, veículos pesados e motos, novas e usadas, foram vendidas 611 mil unidades por meio de financiamentos. É um volume 45% maior ante abril de 2023. O segmento que mais puxou o número de unidades financiadas em abril foi o de motocicletas, com crescimento de 47,3% ante abril de 2023, seguido por automóveis leves (42,7%) e veículos pesados (32,5%). No acumulado do ano até abril, as vendas financiadas somaram 2,2 milhões de unidades, com alta de 27% na comparação com igual período de 2023, aponta a B3.

Para o presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), Paulo Noman, o fator que mais tem pesado no aumento dos financiamentos de veículos novos são as campanhas das montadoras, por meio de seus bancos, para oferecer taxas de juros mais vantajosas.

“Quase todos os bancos cativos fizeram campanhas com taxas de juros subsidiadas pelas montadoras, o que tornou o financiamento mais atrativo para o cliente”, observa. Os juros dos financiamentos, que estavam na casa de 20% ao ano, hoje caíram para 10% ao ano, porque a montadora pagou a outra metade, acrescenta.

Também os planos com taxa zero disponíveis no mercado e bancados pelas montadoras para escoar os estoques ajudaram a impulsionar a venda a prazo. Neste caso, o valor exigido na entrada é maior e o número de parcelas é menor em relação a um financiamento com juros.

Marcos Leite, diretor de vendas da Amazon, revenda Volkswagen, conta que tem praticamente em todas as linhas de veículos planos com taxa zero. O que varia é a entrada e o prazo. Hoje, do volume total de vendas da concessionária, entre 65% e 70% são financiadas e pelo menos 80% é com taxa zero. “Isso acelera as vendas”, afirma.

O financiamento com juro zero tem atraído, de acordo com Leite, até quem tem dinheiro para pagar à vista o carro novo. É que acaba sendo uma oportunidade manter o dinheiro aplicado no banco ou gastar os recursos com outras atividades, como uma viagem ou reforma da casa. “Se a pessoa for buscar uma linha de crédito para reformar a casa ou para viajar terá de pagar juros, e se pegar um financiamento pessoal, os juros serão bem mais altos”, observa.

‘Troca com troco’

Até a modalidade de venda chamada de “troca com troco” está de volta e tem ajudado a aumentar o volume de financiamentos, segundo Leite. Na “troca com troco”, o comprador do veículo entrega o carro usado e recebe em troca dinheiro vivo, financiando integralmente o carro zero-quilômetro.

Essa modalidade de vendas tinha caído no esquecimento por causa dos juros mais altos – antes em 1,99% ao mês e hoje entre 1,29% e 1,39% ao mês e sem entrada. “A queda da Selic (a taxa básica de juros) viabilizou a ‘troca com troco’”, diz o diretor da Amazon. Ele conta que na sua concessionária, por exemplo, essa modalidade já responde por 10% das vendas financiadas.

Noman, da Anef, diz que a “troca com troco” existe, mas pondera que representa muito pouco. Portanto, na sua opinião, não se trata de um fator que tenha puxado as vendas a prazo. De toda forma, ele observa que tem havido um grande aumento de “planos balão”. São financiamentos cuja parcela final tem um valor muito maior do que as prestações correntes.

Além da queda dos juros dos financiamentos veículos, que, segundo dados do BC, foi de três de pontos porcentuais nos últimos 12 meses – de 28,5% ao ano em abril de 2023 para 25,5% ao ano em abril de 2024 – e que se refletiu nos planos subsidiados das montadoras, criando a demanda, há outros fatores que têm ajudado no avanço das vendas a prazo de veículos.

Um deles é a procura reprimida pela compra de veículos que agora está vindo à tona, segundo o presidente da Anef. Em razão da pandemia, por um longo período a oferta de carro zero ficou prejudicada pela falta de componentes.

Outro fator apontado por Noman para o avanço do volume de financiamentos é a melhora do risco de crédito, com a reestruturação de dívidas, diminuição da inadimplência e avanço do nível de emprego. “Isso levou a uma oferta maior de crédito.”
Descompressão de preços

Além da queda dos juros, Caio Napoleão, economista sênior da MCM Consultores Associados, acrescenta mais outra razão para o avanço do volume de financiamento: a descompressão de preços dos veículos. Na saída da pandemia, a falta de componentes turbinou os preços dos carros novos e, por tabela, dos usados.

Segundo dados Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação, esse movimento vem perdendo força. Em 12 meses até abril, o preço do carro novo subiu 1,18%, bem abaixo do IPCA cheio do período, que foi de 3,69%. No caso do carro usado, houve até deflação de 4,87%, na mesma base de comparação. “Inflação baixa e queda nos juros é a combinação para puxar vendas financiadas”, diz o economista.

Outro ponto levantado por Napoleão para explicar o avanço dos financiamentos de veículos, que incluem motocicletas, é o fato de este segmento estar sendo muito turbinado pelo aumento dos serviços de entrega.

Quanto à tendência, o economista observa que, no momento, está sendo desafogada a demanda por financiamento de veículos que havia sido represada por causa de preços e juros altos. A perspectiva da procura por financiamentos de veículos daqui para frente, diz ele, é de acomodação em razão do escoamento da demanda represada e do aumento das bases anuais de comparação.

Auto Industria - SP   11/06/2024

As animosidades político-ideológicas que opuseram os Estados Unidos e a extinta União Soviética dividiram o mundo durante a chamada guerra fria. Hoje a disputa pelo mapa-múndi é comercial e envolve um líder nascente muito forte, a China, que expande seus domínios enquanto os antigos donos da economia mundial tentam proteger seus terrenos – leia-se seus próprios mercados e o dos países dominados.

Nesse cenário os carros elétricos chineses ganharam protagonismo, aparecem no centro do campo de uma nova guerra fria. Isto porque são os produtos de altos volumes e de maior valor agregado que a China pode vender, com exportação adicional muito mais lucrativa do que “blusinhas” e outras “bugigangas” que já são de seu domínio absoluto.

Nessa disputa por valor agregado os carros elétricos desenvolvidos por fabricantes chineses aparecem na ponta de uma longa cadeia de produção que também está sendo estrategicamente encampada pela China no mundo todo, deixando os tradicionais donos do mundo indignados com a ousadia do novo entrante poderoso da economia global.

Bilhões pela China no mundo

Para se ter ideia do quanto estamos falando, investimentos da China em outros países relacionados à produção de carros eletrificados e seus insumos chegou a US$ 28,3 bilhões somente em 2023, depois de quase US$ 30 bilhões em 2022, segundo dados do Rhodium Group China Cross-Border Monitor

A maior parte destes recursos foi aplicada na Europa e na região do Oriente Médio e Norte da África. Em 2023 as duas regiões dividiram o primeiro lugar em investimentos estrangeiros da China na cadeia dos veículos eletrificados: foram US$ 7,6 bilhões cada região para fábricas de carros, componentes, baterias e seus insumos, como extração e refino de minérios. A Ásia vem na segunda posição com US$ 6,5 bilhões, enquanto América do Norte e América Latina empatam em terceiro com US$ 2,7 bilhões cada.

Engana-se quem pensa que a maior parte destes investimentos todos é para construir linhas de produção de veículos eletrificados. Na verdade esta é a menor porção dos aportes, que somaram US$ 1,5 bilhão em 2023. O grosso do dinheiro, US$ 12,4 bilhões, foi para a fabricação de baterias e outros US$ 10 bilhões para produzir insumos para baterias, enquanto US$ 3,7 bilhões foram para mineração e refino de matérias-primas, como lítio, cobalto, níquel e outros metais raros.

Em importantes países em desenvolvimento – eufemismo para subdesenvolvimento – a China está investindo pesadamente na produção e no processamento de matérias-primas fundamentais para a fabricação de veículos elétricos.

Exemplo desse domínio da cadeia completa dos veículos eletrificados são os investimentos de US$ 13,9 bilhões que empresas chinesas, financiadas por bancos chineses, estão aplicando na Indonésia, país do Sudeste Asiático que detém as maiores reservas de níquel do mundo. A maior parte dos recursos está sendo injetada na indústria de metais e mineração. Estima-se que 90% das fundições indonésias de níquel já estão sob controle de capital chinês.

Internacionalização onde permitem

A indústria chinesa de veículos eletrificados está se espalhando por todos as regiões do mundo que permitem sua presença, especialmente América Latina, África e Sudeste Asiático, aproveitando a dependência econômica criada com exportações de commodities para a China – como é o caso da soja brasileira

Na mesma Indonésia onde a China está dominando a cadeia de um importante insumo mineral para produção de baterias, a BYD pretende investir US$ 1,3 bilhão para produzir seu carros elétricos.

A BYD é a fabricante chinesa que mais apresentou planos de internacionalizar suas operações até o momento: também está instalando no Brasil sua primeira fábrica completa fora da China e promete outras na Hungria e no México, colocando assim seu pé em quase todos os continentes.

Comparando com o resto do mundo o Brasil não tem recebido tantos investimentos chineses quanto pode parecer. A BYD investe cerca de US$ 1 bilhão, diluídos até 2030, para estabelecer linha de produção na antiga fábrica da Ford em Camaçari, BA, que começa a operar ainda este ano para montar toneladas de partes importadas da China.

A ambição declarada sem rodeios é a de ser uma das três marcas de veículos mais vendidas do País até 2028 – hoje já é a décima, à frente de fabricantes muito mais tradicionais por aqui. Ao mesmo tempo a empresa estuda investir na mineração de lítio em Minas Gerais.

Intenção parecida tem a GWM com investimento anunciado de quase US$ 2 bilhões, prometidos até 2030, que ainda custam a sair do papel na fábrica comprada em 2021 da Mercedes-Benz, em Iracemápolis, SP. Após dois ou três adiamentos da data de início da produção e de definições flutuantes em relação a qual será o primeiro produto da linha brasileira, a fabricante promete começar a fabricar comercialmente o Haval H6 no primeiro semestre de 2025.

Há ainda outras montadoras chinesas com intenções de importar primeiro e fabricar depois no Brasil, como a O&J – braço da Chery que já tem investimento no País com a sócia Caoa – e a Neta.

A Rússia é outro mercado importante aberto à China. Com as barreiras comerciais impostas como resposta à guerra na Ucrânia por Estados Unidos e União Europeia, que obrigaram seus fabricantes a deixar de produzir ou exportar para o país, os russos tornaram-se os maiores importadores do mundo de carros chineses e estão estreitando seus laços com o governo de Pequim.

Barreiras contra suposta invasão

Com preços sempre abaixo da concorrência os chineses só não estão onde não são permitidos. BYD e GWM tentaram investir cerca de US$ 1 bilhão cada uma em fábricas na Índia, que se tornou o terceiro maior mercado mundial de veículos, com 5 milhões de unidades vendidas em 2023.

Contudo o governo indiano barrou as duas iniciativas devido a rusgas políticas e disputas territoriais que mantém há anos com a vizinha China, além do fato de querer transformar o país em um grande polo exportador.

Algo parecido acontece na Austrália onde o governo alega perigo de segurança de dados para impor barreiras às importações de carros chineses ou instalação de fabricantes do país.

Na Europa os carros elétricos chineses estavam encontrando território para crescer mas os fabricantes locais já estão fechando as portas para importações: a União Europeia abriu investigação contra concorrência desleal e poderá aumentar as tarifas de importação, mas assim como ocorre no Brasil alguns fabricantes chineses já tratam de oferecer investimentos em produção local nos países europeus periféricos, como é o caso da BYD na Hungria, para reduzir as barreiras.

Nos Estados Unidos o cenário é o mais restritivo para os chineses, que não são bem-vindos nem para importar nem para produzir localmente. Alegando concorrência desleal, recentemente, o governo Biden aumentou tarifas de uma série de produtos chineses manufaturados, incluindo carros elétricos, que passaram a pagar a absurda alíquota de 100% de imposto de importação.

Maior mercado, produtor e exportador do mundo

A China é atualmente o maior fabricante e maior mercado de veículos do mundo, com 30 milhões de unidades produzidas e praticamente o mesmo número de vendas internas em 2023, sendo 8,1 milhões deles elétricos e híbridos. Mas o crescimento acelerado tem seus custos: investimentos massivos em toda a cadeia de produção local nos últimos vinte anos criaram uma imensa capacidade ociosa. Estimativas dão conta que os fabricantes chineses podem fazer 50 milhões de veículos por ano.

Com tamanho excedente e produtos sensivelmente aprimorados nos últimos anos a China também tornou-se o maior exportador de veículos do mundo, com 5,2 milhões de unidades embarcadas para outros países no ano passado, sendo que 63% deles são de marcas chinesas e 1,2 milhão, ou 23% do total, modelos híbridos e elétricos.
Estimativa da consultoria Alix Partner projetam que as exportações chinesas de veículos chegarão a 9 milhões por ano até 2030, o que elevaria a fatia global do país dos atuais 16% para 30%. Só esta previsão torna bastante compreensíveis os temores dos Estados Unidos, do Japão e da Europa de perderem a liderança dos mercados globais.

O maior mercado comprador de carros chineses é a Rússia, com cerca de 500 mil veículos em 2023, a maioria deles a combustão. E o segundo destino de maior volume foi o Brasil, com quase 42 mil unidades no ano passado, todos híbridos e elétricos.

Aliás este ano o mercado brasileiro tornou-se o maior do mundo para carros eletrificados chineses, superando a Bélgica: já somam 42,8 mil de janeiro a maio, superando o volume de 2023 inteiro, com crescimento de 510% sobre o mesmo período do ano passado.

Invasão eletrificada

A China se especializou com grandes vantagens no desenvolvimento e produção de veículos elétricos, que devem abocanhar cerca de um terço do mercado chinês este ano, aumentando o número de unidades vendidas para 10 milhões, contra 3,4 milhões na Europa e 1,7 milhão nos Estados Unidos, segundo projeta o IEA Global EV Outlook.

O salto elétrico chinês é impressionante: o número de veículos elétricos vendidos foi de zero em 2013, subiu para 1,1 milhão de unidades em 2020 e em apenas três anos cresce dez vezes.

E os chineses pretendem utilizar o resto do mundo para acomodar excedentes e ampliar seu domínio econômico e político em mercados emergentes com a bandeira de popularizar as novas tecnologias eletrificadas de propulsão.

Exemplo dessa estratégia é a BYD, que sozinha exportou da China 200 mil veículos elétricos e híbridos em 2023 e pretende dobrar este volume para 400 mil em 2024.

O problema, para os concorrentes de outros países fabricantes de veículos, é que os chineses têm os menores custos de produção do mundo, dominam a cadeia completa de componentes e insumos e ainda contam com incentivos do governo, na forma de crédito barato, subsídios e compras governamentais.
Em uma apresentação a analistas de bancos a Tesla – maior fabricante de carros a bateria do mundo que este ano deverá ser desbancada do posto pela BYD – admitiu que em tecnologia e escala de produção de veículos eletrificados os chineses já estão de três a cinco anos à frente dos fabricantes ocidentais, e dez anos adiante em custo. Ou seja: os fabricantes da China podem vender agora um carro a bateria por preço que a Tesla e outros só conseguiriam atingir em cerca de uma década.

Com tamanha diferença competitiva os Estados Unidos jogaram a toalha: o governo aumentou de 25% para 100% a tarifa de importação de carros elétricos chineses. O presidente Joe Biden justificou a medida dizendo que “os chineses não competem, eles trapaceiam”. Parece que, desta vez, o grande defensor do liberalismo e da livre competição global perdeu para um país comunista a guerra fria capitalista da eletrificação.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   11/06/2024

No acumulado deste ano, a região Sul é a única do país com queda nas vendas, de 2,2%

A venda de cimento recuou 5,6% no país em maio, na comparação com o mesmo mês de 2023. Foram comercializadas 5,3 milhões de toneladas do material, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (Snic).

As vendas por dia útil caíram 1,1% no mesmo intervalo, para 229,1 mil toneladas. Em relação a abril deste ano, houve crescimento, de 4,8%.

De janeiro a maio, foram vendidas 25,2 milhões de toneladas de cimento no país, um aumento de 0,8%. O acumulado dos últimos 12 meses ficou estável, em 62,1 milhões de toneladas.

Na divulgação dos dados, o Snic relaciona a queda nas vendas, na base anual, à situação no Rio Grande do Sul, com as enchentes que atingiram o Estado. A região Sul apresentou recuo de 16,3% no volume de cimento vendido em maio.

“As fábricas de cimento instaladas no Rio Grande do Sul estão em plena operação para ajudar em sua reconstrução, com abastecimento normalizado do produto, que será indispensável para execução das centenas de obras que serão necessárias em todo o Estado”, afirmou, em nota, Paulo Camillo Penna, presidente do Snic.

No acumulado deste ano, a região Sul é a única do país com queda nas vendas, de 2,2%. O Sudeste ficou estável. Já a região Norte apresentou o maior aumento na comercialização do material, de 11,9%, seguida pelo Nordeste, com 3,7% de alta, e Centro-Oeste, que vendeu 2,2% mais do que nos primeiros cinco meses de 2023.

O sindicato lembra que o Produto Interno Bruto (PIB) da construção caiu 0,5% no primeiro trimestre de 2024, indo contra o aumento de 0,8% do PIB nacional. Segundo a entidade, isso foi causado pela taxa de juros “ainda elevada, que desafia o setor e traz reflexos diretos tanto para os financiamentos quanto para os investimentos produtivos e o consumo da população”.

O Estado de S.Paulo - SP   11/06/2024

Na cidade de São Paulo, a escalada de preços para os imóveis de luxo e altíssimo padrão chegou a R$ 75 mil por metro quadrado com o 280 Art Boulevard, lançado em outubro no Jardim Europa, zona sul. Segundo os levantamentos feitos anualmente pela Empresa Brasileira de Estudos de Planejamento (Embraesp), o m² mais caro em 2022 foi R$ 60 mil para o residencial Bueno Brandão 257, na Vila Nova Conceição. Em 2019, foi R$ 33 mil, no lançamento do Fasano Itaim pela Even. Um salto de 127% em quatro anos.

Mais que dobrou, diz Cyro Naufel, diretor institucional da Lopes, apontando três motivos para tal majoração. “Recuperação nas margens do incorporador, a alta dos custos de construção e o aumento significativo no valor dos terrenos.” Segundo ele, os “preços dos imóveis ficaram muito abaixo da inflação” no período de 2014 a 2018.

O preço do imóvel de alto e altíssimo padrão é a partir de R$ 5 milhões. Esta foi a linha de corte definida por Naufel na criação de uma plataforma exclusiva para os imóveis de luxo. Ele percebeu que, no mercado de São Paulo, havia lacuna no atendimento, e no trato ideal, ao cliente desse segmento. Selecionou 80 corretores e definiu o valor mínimo. “Tenho um universo de 7 mil imóveis com esse valor de venda”, afirma.

Para essa divisão, batizada de Luxury Properties Selection, foi criado o carimbo LPS – que é o nome oficial (LPS Brasil) da imobiliária na Bolsa. “Esses imóveis recebem o selo LPS e sobem para uma plataforma exclusiva.”

Ali, se destacam, por exemplo, o Bueno Brandão 257, lançado em 2022, e o residencial J329, no Itaim, que chegou ao mercado no ano passado, além do Bosque das Cerejeiras, do Jardim das Perdizes, bairro planejado, projetado para ter mais de 20 torres e lançado em 2013 pela Tecnisa, que retomou os lançamentos agora em 2024. “Produtos imobiliários dessa magnitude trazem benefícios de infraestrutura viária, áreas verdes e parques, ajudando a revitalizar e modernizar o entorno”, diz Naufel.

Para esses produtos, a Lopes inaugurou um estande no Shopping Iguatemi com o timbre LPS. A ideia é fazer eventos em parceria com marcas e lojas de luxo “para o cliente interagir dentro do ambiente que está acostumado a conviver”, explica o executivo.

No primeiro trimestre, a Lopes participou de 35 lançamentos – incluindo o Bosque das Cerejeiras, com unidades de 222 m² a 293 m² e duplex de 569 m² –, totalizando 4,8 mil unidades e um valor geral de vendas (VGV) de R$ 3,3 bilhões, sendo metade concentrada em São Paulo.

Na linha de segmentação, a imobiliária também abriu outra sede. “É a Lopes LN, que vai abranger a zona leste e também a norte”, explica o diretor, destacando os números registrados. “No ano passado, a zona leste foi responsável por 17% do que lançamos e 33% de tudo o que vendemos.” O objetivo é ter maior foco na região.

Em 2023 – ano base para esta premiação do Top Imobiliário –, a Lopes fez 48 lançamentos, com 7.240 apartamentos e VGV lançado de R$ 6,8 bilhões, segundo dados da Embraesp. O resultado, que lhe garantiu o primeiro lugar no ranking das Vendedoras, expôs uma queda de 3% em valor e de 14% em unidades.

No Brasil, em 2023, a Lopes intermediou R$ 11 bilhões em VGV (aumento de 12%) e participou do lançamento de 170 projetos, com valor estimado em R$ 24 bilhões, queda de 5% em relação ao ano anterior.

“O tíquete que a Lopes lançou em 2023 foi 19% maior que em 2022", afirma Naufel, dando o valor de, em média, R$ 1,02 milhão. Nas vendas, o tíquete médio foi de R$ 690 mil, uma alta de 19%. “Isso mostra que, na média, vendi um imóvel mais caro, e também reflete o aumento de preços.”

O Estado de S.Paulo - SP   11/06/2024

Presente nas três categorias do Top Imobiliário, a MRV viveu um momento marcante em 2023, segundo seu vice-presidente, Thiago Ely. Além de entregar as últimas unidades do Gran Reserva Paulista, até então seu maior empreendimento, também lançou o mega projeto Cidade Sete Sóis, em Pirituba, na zona norte de São Paulo. Serão erguidas 11 mil unidades em área de 1,7 milhão de metros quadrados.

Em 2023, a MRV completou 45 anos de atuação e chegou à marca de 500 mil unidades entregues, que beneficiam 1,6 milhão de pessoas. E terminou o ano com vendas líquidas de R$ 8,5 bilhões, um crescimento de 45% em relação a 2022.

“O ano passado foi muito especial para nós”, diz Ely, referindo-se também ao Sete Sóis, o primeiro da empresa a ser construído com base em conceitos de cidade inteligente.

Em São Paulo, lançou 5.925 unidades, o que corresponde a 30% do total de 19.946 apartamentos lançados em todo o País. Em termos de valor geral de vendas, o mercado paulistano, com R$ 1,6 bilhão, representou 28% do total de R$ 5,68 bilhões, de acordo com informações da companhia.

A performance a levou ao quinto lugar na categoria Incorporadoras e ao quarto em Construtoras. Em Vendedoras, ficou na sexta posição.

O Cidade Sete Sóis terá seis fases ao longo de 10 anos e vai requerer, de acordo com a empresa, aproximadamente R$ 2 bilhões de investimento total.

Nesse valor estão incluídos R$ 300 milhões em obras de criação de infraestrutura e urbanização. Entre elas estão medidas como a abertura de 15 quilômetros de ruas e 8 km de ciclovias, construção e ampliação de redes de abastecimento de água e coleta de esgoto.

Também está prevista a revitalização do Córrego Cantagalo. Ele corta o terreno, que tem praticamente metade de sua área coberta por mata nativa, que será preservada, conforme determina a legislação.

Com VGV total estimado em cerca de R$ 3 bilhões, a primeira etapa prevê 11 lançamentos até 2025, todos enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida.
Planejamento

Como parte da premissa de smart city, o empreendimento adota o conceito de cidade 15 minutos, de acordo com Ely. Por isso, terá áreas comerciais e de serviços públicos que ficarão no máximo a 15 minutos da caminhada a partir do imóvel do morador. “Estamos em negociação com a prefeitura, porque a ideia é instalar, por exemplo, UBS (Unidade Básica de Saúde) no local”, diz.

Estão previstos ainda mais de 9 mil m² de lojas comerciais e mais de 20 mil m² divididos em sete lotes comerciais para futuros estabelecimentos de maior porte, como supermercados e postos de gasolina, por exemplo. O projeto também terá espaços e equipamentos de lazer e convivência, como mais de 20 praças com quadras poliesportivas, pistas de skate, playgrounds, área fitness e “pet place”.

O executivo da MRV também destaca a permeabilidade visual em muros e gradis, fachadas ativas, guaritas distribuídas estrategicamente e iluminação em todas as vias. “Vamos criar vias abertas e uma iluminação que permita dar mais segurança aos moradores”, afirma.

O Cidade Sete Sóis será entregue em formato de bairro aberto, permitindo que não só os moradores, mas também residentes no entorno circulem pelas novas ruas, praças, áreas verdes, espaços de lazer e equipamentos públicos. Outras características do empreendimento serão a adoção de água de reúso, criação de jardins de chuva, iluminação em LED nas vias e infraestrutura para instalação de wi-fi nas áreas comuns dos condomínios.

Em junho do ano passado, a MRV concluiu o Grand Reserva Paulista, outro bairro planejado, também localizado em Pirituba, em uma área de 180 mil m², que abriga 7 mil unidades. É cercado por centros comerciais, possui praças com wi-fi gratuito, creche, uma base da Polícia Militar e resultou de um investimento em torno de R$ 1 bilhão.

“São Paulo é sempre um mercado super relevante para a MRV e dedicamos bastante da nossa atenção a ele”, afirma o executivo da empresa.

O Estado de S.Paulo - SP   11/06/2024

No acumulado de 12 meses, os lançamentos de imóveis econômicos atingiram a marca de 54% em unidades residenciais, mas em valor representam 21% da soma total dos apartamentos vendidos no mesmo período, de acordo com a pesquisa mensal do Sindicato da Habitação (Secovi-SP).

Entre maio de 2023 e abril de 2024, foram lançados 79,5 mil apartamentos na capital paulista. A maioria está enquadrada no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), com limite de preço de R$ 350 mil. São 42,6 mil imóveis econômicos, ante 36,9 mil de todos os outros segmentos – desde o médio até o altíssimo padrão.

Em 12 meses, as vendas na cidade de São Paulo chegaram a 84,7 mil unidades, com um preço global de R$ 48,7 bilhões. Aqui, a supremacia é da linha de produtos classificada pelo Secovi de “outros mercados”, com um valor geral de vendas (VGV) de R$ 38,5 bilhões (79% do total). Para os econômicos, ficou uma fatia de R$ 10,2 bilhões (21%).

O Secovi já havia divulgado o recorde com 76,1 mil unidades comercializadas em 2023. Agora, as vendas subiram mais. “O mercado é crescente, consistente e com altíssima demanda”, diz o presidente do Secovi, Rodrigo Luna. “Os números mostram uma intenção de compra cada vez maior.”

Reeleito para mais um mandato (biênio 2024-2026), o presidente do Secovi elogia o “aprimoramento” do MCMV, ampliando o acesso das famílias à casa própria. “É um programa vencedor, que tem forte demanda”, afirma Luna, citando o déficit habitacional de 7 milhões de unidades como “uma chaga social”.
Alta

Estudo da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC), com base em pesquisa feita em 220 cidades, aponta aumento superior a 50% nos preços médios de apartamentos no País desde 2019. Nesse mesmo período, o metro quadrado de imóveis de altíssimo padrão mais que dobrou, chegando ao recorde de R$ 75 mil em lançamento feito em São Paulo.

“Os aumentos de preços têm dois vilões”, diz Luna, apontando, em primeiro lugar, “a inflação produzida pela pandemia, que desequilibrou a cadeia de insumos e os custos de construção”. Outro ponto, segundo ele, é uma “legislação que restringe o potencial construtivo” dos terrenos.

“Como a demanda é grande, os terrenos bem localizados são disputados, e os preços vão subindo”, afirma. “Mesmo com essa realidade de preços, temos absorção.”

FERROVIÁRIO

IstoÉ Dinheiro - SP   11/06/2024

O governo de São Paulo vai privatizar as linhas 11 – Coral, 12 – Safira e 13 – Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Está prevista para o próximo dia 19 a primeira de três audiências públicas sobre o processo de concessão. Segundo a Secretaria Estadual de Parcerias em Investimentos, nos encontros o governo vai pedir contribuições e opiniões da sociedade civil a respeito do projeto.

Juntas, as três linhas transportam mais de 17 milhões de pessoas por mês. De acordo com levantamento da CPTM com base em outubro de 2023, a Linha Coral transporta, em um mês, 11,7 milhões de passageiros, a Linha Safira leva 5,4 milhões de pessoas e a Jade, 431,2 mil usuários.

A Linha 11 sai da região central paulistana e vai em direção à zona leste, passando por Poá e chegando a Mogi das Cruzes. A Linha 12 faz um trajeto paralelo, passando por Itaquaquecetuba até Poá. A Linha 13 liga a parte central da capital paulista ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.

O processo de transferência das linhas para a iniciativa privada prevê, segundo o governo de São Paulo, a ampliação da Linha Jade, com a construção de dez novas estações. A empresa que assumir essa parte do sistema deverá ainda requalificar a infraestrutura das linhas.
Pendências

Segundo levantamento do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE), as obras de readequação e ampliação do sistema de suprimento de energia das linhas 11 e 12, que deveriam ter sido entregues em agosto de 2015, não foram finalizadas e estão paralisadas.

O contrato para as melhorias do sistema elétrico das duas linhas foi assinado em 2012 com a empresa alemã Siemens, com um valor inicial de cerca de R$ 106 milhões. Ao longo dos anos, após seis aditamentos, de acordo com o TCE, foram pagos R$ 149,4 milhões para execução do contrato.

A CPTM afirma, no entanto, que “obra foi concluída em outubro 2023 e as linhas 11-Coral e 12-Safira operam sem impacto ao passageiro”. De acordo com a estatal, faltam apenas os “ajustes finais” para emissão de documentos de encerramento do contrato, o que está previsto para acontecer no próximo mês de julho.

A Secretaria Estadual de Parcerias em Investimentos diz que “tem estruturado suas novas concessões em trilhos para que haja um período adequado de transição entre a empresa pública e privada, mitigando os riscos na operação”.
Falhas e indenização

Em 2022, as linhas 8 – Diamante – e 9 – Esmeralda – da CPTM passaram a ser operadas pela Viamobilidade, consórcio formado pela CCR e pelo Grupo Ruas. Primeiras linhas do sistema de trens metropolitanos de São Paulo a serem privatizadas, ambas apresentaram falhas sucessivas no início da concessão.

Os problemas levaram o Ministério Público de São Paulo a abrir uma investigação sobre o funcionamento das linhas concedidas. Em março de 2023, um relatório da promotoria apontou a necessidade de ações emergenciais para garantir a segurança na Linha Diamante.

No ano anterior, a linha havia registrado dois acidentes. Em março de 2022, um trem bateu contra uma barreira de proteção na Estação Júlio Prestes, na região central paulistana. Em dezembro, a mesma composição descarrilou na Estação Domingos de Moraes, na zona oeste da cidade. Ninguém ficou ferido em nenhuma das situações.

Na curva onde o trem descarrilou constatou-se que os dormentes – peças transversais que sustentam os trilhos – eram parte de madeira e outra parte de concreto, o que gera uma diferença na distância da bitola. Além disso, parte dos dormentes de madeira estava apodrecida.

O parecer elaborado pela área técnica do Ministério Público apontou que o acidente poderia ter sido evitado se as composições já estivessem equipadas com o Sistema de Sinalização e Controle de Trens (CBTC), que faz o controle automático dos trens. Segundo o documento, o sistema havia começado a ser implantado, mas ainda não estava em funcionamento.

Em agosto do ano passado, a ViaMobilidade assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para promover melhorias nas duas linhas e com pagamento de indenização como forma de compensação pelos danos causados pela série de falhas.

O valor total do acordo ficou em R$ 150 milhões, sendo R$ 97 milhões em investimentos em infraestrutura e o restante para outras ações, como construção de escolas e centros educacionais nos municípios que ficam no trajeto das linhas.

IstoÉ Dinheiro - SP   11/06/2024

A construção da ferrovia estadual de Mato Grosso representa cerca de 62,1% no saldo de geração de empregos no estado no segmento de construção de obras de infraestrutura do primeiro trimestre de 2024. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram compartilhados pela Rumo, que recebeu a autorização estadual para gerir as obras da ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo.

Segundo os dados do Caged, foram gerados 1.666 empregos em todo estado neste segmento no período. Deste montante, cerca de 1.035 são dedicados às obras da ferrovia da Rumo, maior operadora ferroviária do País.

Só no mês de abril, a concessionária ferroviária foi responsável por 41,4% do saldo de empregos do segmento no Estado.

Segundo dados oficiais, em todo Mato Grosso o saldo de pessoas empregadas foi de 1.478. Desses, as obras da ferrovia estadual tem participação por empregar 612 trabalhadores.

Ferrovia

Ao todo, a construção da ferrovia terá mais de 700 quilômetros de novos trilhos para ligar Rondonópolis até Lucas do Rio Verde, na maior região produtora de soja e milho do País. Nesta primeira fase, a estimativa de investimento é entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, estão previstos mais de 200 quilômetros, chegando até a região da BR-070 onde será construído o primeiro terminal da nova ferrovia.

Segundo o vice-presidente de regulação da Rumo, Guilherme Penin, para os próximos meses as obras devem atingir um pico de mais de 5 mil empregos diretos. “Nos três primeiros meses do ano tivemos um período de chuva na região. A partir de maio a tendência é acelerar as obras com o período de estiagem que vai até outubro. É uma obra que está impulsionando a economia do Estado”, destaca.

Para o presidente do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Silvio Rangel, o avanço das obras da ferrovia em Mato Grosso pode trazer diversas consequências para a indústria do Estado. Uma delas é a redução dos custos de transporte, o que tornará os produtos locais mais competitivos no mercado nacional e internacional. Além disso, a infraestrutura ferroviária pode atrair investimentos para a região, impulsionando ainda mais a geração de empregos.

“O aumento do emprego não apenas melhora as condições de vida da população local, mas também estimula o consumo interno, impulsionando diversos setores da economia, como o varejo, a construção civil e os serviços”, diz Rangel.

A Fiemt estima ainda que, ao longo da construção da ferrovia, sejam gerados mais de 200 mil empregos no Estado. Desse total, 114 mil devem ser diretos, 44 mil indiretos e 44 mil induzidos.

Valor - SP   11/06/2024

De acordo com a administração paulista, o investimento estimado das obras é de R$ 3,4 bilhões, e as novas estações deverão atender a 90 mil passageiros por dia

O Governo de São Paulo encomendou estudos de viabilidade para extensão da linha 4-amarela do metrô até Taboão da Serra. O município seria o primeiro na Grande São Paulo, além da capital, a ter um ramal metroviário.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) assinou, nesta segunda-feira (10), um aditivo para elaboração dos estudos de viabilidade e dos projetos executivos da expansão. O termo foi celebrado com a ViaQuatro, concessionária responsável pela operação da linha 4-amarela.

De acordo com o governo, o investimento estimado das obras é de R$ 3,4 bilhões e as novas estações deverão atender a 90 mil passageiros por dia. A previsão é que a construção comece ainda neste ano, e a operação terá início somente em 2028. Serão ampliados 3,3 quilômetros e instaladas duas estações: a Chácara do Jockey e Taboão da Serra.

Atualmente, a linha amarela tem 12,8 km de extensão e 11 estações. Com a ampliação, passará a ter 16,1 km e 13 estações.

"Vamos interligar outras linhas, chegando a São Paulo, vão poder acessar a Linha 9 de trens e as Linhas 1, 2 e 3 de metrô", afirmou Tarcísio. A administração já havia firmado convênio com a prefeitura de Taboão da Serra para organizar as responsabilidades das gestões no projeto.

Rodoviário

Automotive Business - SP   11/06/2024

As vendas de implementos rodoviários nos primeiros cinco meses deste ano se mantiveram estáveis, mesmo com a tragédia ambiental no Rio Grande do Sul.

Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), de janeiro a maio foram emplacados 61,6 mil implementos rodoviários ante 61 mil unidades no mesmo período de 2023, alta de 0,94%.

“Esse equilíbrio mostra que a indústria como um todo soube manter o mercado logístico abastecido de implementos rodoviários mesmo diante das enchentes que se abateram sobre o Rio Grande do Sul e que prejudicaram as empresas associadas instaladas naquele estado”, disse, por nota, José Carlos Spricigo, presidente da Anfir.

O segmento de reboques e semirreboques (pesados) registrou alta de 6,3% no período. De janeiro a maio de 2024 a indústria comercializou 36,9 mil unidades, ante 34,7 mil em igual período do ano passado.

O mercado de carroceria sobre chassis apresentou recuo de 6,1%. Nos cinco primeiros meses do ano as empresas entregaram 24,7 mil produtos, ante 26,3 mil em 2023.

Já as exportações seguem o desempenho das vendas externas de caminhões no período. Nos cinco meses, foram embarcados apenas 940 implementos rodoviários, queda de 40,1% no comparativo com janeiro a maio de 2023.

Em caminhões, as vendas externas somaram quase 5,8 mil unidades, queda de 14,4%, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Valor - SP   11/06/2024

Ministério dos Transportes defende que obra, questionada por Marina Silva, é tecnicamente viável e ambientalmente sustentável

O Ministério dos Transportes vai apresentar hoje o relatório final do grupo de trabalho criado para analisar o projeto de pavimentação da BR-319, rodovia de 900 quilômetros que liga Porto Velho a Manaus. O documento, ao qual o Valor teve acesso, concluiu que a obra é tecnicamente viável e ambientalmente sustentável. Estimado em cerca de R$ 2 bilhões, o projeto sofre forte resistência da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que vê na pavimentação um incentivo à exploração predatória na região.

O relatório, no entanto, aponta maneiras de garantir a preservação e, ao mesmo tempo, oferecer uma alternativa de ligação rodoviária às duas capitais, hoje acessíveis somente por via fluvial e aérea. Entre as medidas previstas para proteger a biodiversidade, está o cercamento de uma extensão de 500 quilômetros no chamado "Trecho do Meio" - área ambientalmente mais sensível -, além da instalação de 172 passagens para que os animais da região possam atravessar a rodovia.

"Historicamente, a ausência de pavimentação não garantiu a preservação ambiental e o respeito às comunidades tradicionais na região. Pelo contrário, a pouca acessibilidade e, consequentemente, menor presença do Estado reforçam a criminalidade e o desmatamento", argumenta o relatório, que também ressalta que a obra "é uma demanda antiga dos cidadãos da região que sofrem com a falta de mobilidade terrestre adequada".

Uma reunião prevista para hoje na Casa Civil vai definir os próximos passos do projeto, que teve os estudos incluídos no Novo PAC. Segundo Cloves Benevides, secretário de Sustentabilidade do Ministério dos Transportes, a ideia é que acordos de cooperação sejam firmados entre a pasta e cada um dos órgãos envolvidos, casos de Ibama, ICMBio, Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), entre outros.

"O problema não é a BR, é onde ela está posicionada, em uma região com um mosaico de responsabilidades", explicou o secretário. Segundo ele, a reunião na Casa Civil servirá para ajustar a atuação de cada órgão, bem como o formato, os prazos, as metas e os custos de cada parceria entre eles. "Não é a construção do piso o grande desafio da BR-319. Hoje, a engenharia consegue lidar com isso. O relatório traz os compromissos do ministério, mas inicia nova jornada de pactuação. O grande desafio é a governança territorial", completou.

Cercamento de uma extensão de 500 quilômetros da BR-319 é uma das propostas

Além das cercas e das passagens para os animais, o monitoramento da via é outro ponto destacado no relatório. A ideia é que portais sejam instalados na entrada e na saída do Trecho do Meio e que fiquem sob a responsabilidade de Ibama, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. De acordo com a proposta, o fluxo de máquinas pesadas, como tratores, e caminhões carregando madeira será fiscalizado de forma rigorosa. Atividades comerciais, como postos de combustíveis e restaurantes, também seriam proibidos nesse trecho.

Por causa da sensibilidade ambiental, o Trecho do Meio é o que tem o processo de licenciamento mais complexo. Segundo Benevides, um relatório com o Plano Básico Ambiental foi entregue ao Ibama na última sexta-feira (7) como parte do procedimento para a obtenção da licença de instalação. Nos demais trechos da rodovia, o licenciamento está a cargo dos governos estaduais e as obras já estão liberadas.

Marina reconhece a demanda da população pela obra, mas defende que a viabilidade ambiental seja olhada não apenas para a pavimentação em si, mas para todos os seus possíveis efeitos colaterais. "Você não vai fazer a licença olhando só para o empreendimento, tem que ver toda a área de abrangência, como isso vai repercutir nas terras indígenas, em desmatamento e qual a capacidade desta estrada de dar respostas a determinados problemas", disse ela em entrevista recente.

PETROLÍFERO

Valor - SP   11/06/2024

Governo buscava programa para liberar insumo produzido pela Petrobras

A Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou em 2023 um diagnóstico do mercado de gás natural, já com vistas a obrigar a Petrobras a vender o insumo. Na ocasião, o governo estudava um “programa de liberação do gás natural do agente que detenha significativa participação de mercado”, conforme previsões legais. O programa ficou conhecido como “gas release”.

O plano sempre foi baratear o gás natural para a indústria, como parte de um plano de incentivo do crescimento da atividade no país, com atração de novas empresas, a chamada “neoindustrialização.”

A Lei do Gás (14.134/2021) prevê a realização de programas de desconcentração de mercado e promoção da concorrência. Tais programas ganharam força após resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de dezembro de 2022. Outros países que buscaram desconcentrar e acelerar a formação de mercado adotaram programas similares. A expectativa é que os debates sobre o tema sejam concluídos na agência na segunda metade de 2025.

O diagnóstico realizado pela ANP apontou que a abertura do mercado de gás trouxe avanços na liberação de capacidade na malha de transporte, mas com a persistência de entraves para se estabelecer mais competição.

Dados da ANP indicam que 346 contratos de venda de gás foram assinados com outros agentes em 2023, contra 198 em 2022 e 71 em 2021. Em paralelo, a Petrobras assinou 112 contratos ou aditivos foram firmados no ano passado, contra 61 em 2022 e 80 em 2021.

“O percentual elevado do gás de propriedade do incumbente [Petrobras] na produção nacional, ainda que cessasse a aquisição de gás rico dos terceiros nos próximos anos, limita os impactos positivos decorrentes do acesso de terceiros ao processamento”, disse a ANP na nota técnica lançada no ano passado. A agência prossegue:

“As dificuldades na efetivação do acesso às infraestruturas essenciais e a incapacidade de introduzir maior dinâmica concorrencial por meio de importações, seja por gasodutos ou GNL nos terminais integrados à malha de transporte, indicam que a atual posição dominante do incumbente não será alterada pelas forças de mercado nos próximos anos.”

A ANP incluiu o tema na chamada agenda regulatória, programação do órgão para os próximos anos, em 2025. A regulamentação do “gas release” está prevista pela ANP para concluir em 2026.

Investing - SP   11/06/2024

Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira cerca de 3%, para o maior nível em uma semana, impulsionados pelas esperanças de um aumento na demanda por combustível neste verão, apesar de um dólar norte-americano mais forte e das expectativas de que o Federal Reserve dos Estados Unidos deixe as taxas de juros mais altas por mais tempo.

O Fed aumentou agressivamente as taxas de juros em 2022 e 2023 para conter o aumento da inflação. Estas taxas mais elevadas aumentaram os custos dos empréstimos para consumidores e empresas, o que pode abrandar o crescimento econômico e reduzir a procura de petróleo.

Da mesma forma, um dólar norte-americano mais forte pode reduzir a procura de petróleo, tornando as mercadorias denominadas em dólares, como o petróleo, mais caras para os detentores de outras moedas.

Os futuros do Brent subiram 2,01 dólares, ou 2,5%, a 81,63 dólares o barril, enquanto o petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA subiu 2,21 dólares, ou 2,9%, a 77,74 dólares.

Esse foi o fechamento mais alto para ambos os contratos de referência desde 30 de maio.

"Os futuros são mais elevados, uma vez que as expectativas de procura no verão apoiam os preços... apesar do panorama macro mais amplo permanecer menos otimista do que nas semanas anteriores", afirmaram numa nota analistas da empresa de consultoria energética Gelber and Associates.

AGRÍCOLA

O Estado de S.Paulo - SP   11/06/2024

O Essere Group, de insumos agrícolas, prevê aumentar o faturamento entre 30% e 40% este ano, para cerca de R$ 600 milhões, a partir das operações do Brasil e Paraguai. A expansão deve se sustentar pelo lançamento de produtos, maior participação de mercado e de clientes, que também podem crescer com a diversificação do portfólio, aposta Luiz Fernando Schmitt, diretor de novos negócios e de marketing. Para tanto, pretende expandir a atuação em café, algodão, cana-de-açúcar e citros – hoje, a soja ainda é responsável por 60% do faturamento.

O Essere controla a Kimberlit Agrociências, de fertilizantes especiais; a Bionat Agro, de defensivos biológicos; a Loyder, de fertilizantes aditivados, e a Floema Logística.

Próxima investida será o Uruguai

O Essere deu início em 2024 à prospecção de abertura de mercado no Uruguai, com expectativa de início das operações em 2025. No Paraguai, a Kimberlit opera há mais de dez anos e, em 2024, a Bionat também passou a atuar no país do Mercosul.
Bioinsumos em expansão

O Essere aposta também no Labor 4.0, laboratório de análise de solo, que demandou investimento de mais de R$ 500 mil e conta com a certificação do Instituto Agronômico, de Campinas (SP). Ainda investiu R$ 30 milhões em 2023 em uma planta de inoculantes e biodefensivos e estuda expansão para produtos à base de fungos.
Ganha-ganha

A recém-firmada parceria entre a Prado e a Agronutri, ambas do setor de nutrição animal, deve elevar o faturamento da primeira a R$ 500 milhões em cinco anos, projeta Guillermo Arturo Vieira, CEO do Eurotec Group, do qual a Prado faz parte. “Em dois anos já teremos alcançado R$ 200 milhões.” O negócio contemplou a aquisição de ações da Agronutri, que, em seu parque fabril em Quatro Barras (PR), passará a produzir rações e outros insumos sob a marca comercial Prado Saúde e Nutrição Animal.

Várias espécies

A aliança também permitirá à Prado, cujo foco principal são bovinos de leite e de corte, se expandir para suínos, aves, peixes e pets, especialidade da Agronutri. Vieira conta que há previsão de investimento de R$ 30 milhões em novas tecnologias. Com uma indústria totalmente automatizada da Agronutri, além do aumento de profissionais especializados de 30 para 60, e o market share da Prado, Vieira diz que a empresa vai “crescer rapidamente”.

Rumo ao Centro-Oeste

A Baldan, tradicional fabricante de máquinas agrícolas de Matão (SP), fundada há 96 anos, inaugurou um centro de distribuição em Goiânia (GO), após investimento de R$ 10 milhões. O foco é atender, com equipamentos para plantio e pulverização, Centro-Oeste, Norte e Nordeste, de forma mais rápida e com possibilidade de retirada no local. Juntas, as três regiões representaram cerca de 50% da venda de máquinas desse tipo da Baldan em 2023.
Efeito cascata

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz pelo governo federal e a venda tabelada do alimento vão desestimular o plantio da próxima safra do cereal. “No momento, o consumidor pode considerar bom comprar arroz a R$ 20 o pacote de 5 quilos, mas pode haver consequência séria de redução de produção, como foi há 50 anos, quando tínhamos produto tabelado. Quem rege preço é o mercado”, diz José Mário Schreiner, vice-presidente da CNA. A entidade move uma ação contra a medida no Supremo Tribunal Federal (STF).
Custo elevado

Para a CNA, a medida é “descabida” e representa gasto elevado para a União. O governo liberou R$ 7,2 bilhões em crédito extraordinário para a compra pública do cereal externo. “Há produto suficiente para abastecer o mercado interno. Esse recurso poderia ser alocado como estímulo à próxima safra, da agricultura familiar à empresarial”, opina.
Giro: Fávaro critica especulação nos preços do arroz

A compra pública de 263 mil toneladas de arroz importado pelo governo federal a R$ 25 por pacote de 5 quilos mostra que houve especulação nos preços no Brasil, disse o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “É viável arroz no mundo a R$ 5 o kg. É inadmissível o pacote de 5 kg chegar ao consumidor entre R$ 35 e R$ 40", criticou.

Agro articula derrubada da MP que limita PIS/Cofins

O setor produtivo e a Frente Parlamentar da Agropecuária intensificam os esforços nesta semana pela devolução, pelo Congresso, da medida provisória que restringe o uso de créditos de PIS/Cofins ao governo. A MP pode custar cerca de R$ 10 bilhões ao ano para o agro, por perdas em compensações de créditos.

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