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11 de Abril de 2024

SIDERURGIA

SEGS.com.br - SP   11/04/2024

Crucial para o desenvolvimento da economia mundial, a produção de ferro e aço é responsável pela liberação de cerca de 7 a 9% das emissões de dióxido de carbono (CO2), o principal gás causador do efeito estufa. De acordo com o Net Zero, até 2050, as indústrias que atuam nesse setor produtivo — com destaque às siderúrgicas — precisam neutralizar suas emissões poluentes para estar de acordo com as exigências globais de descarbonização, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA). Desde o Acordo de Paris, em 2015, diversos países estão elaborando estratégias para descarbonizar a indústria do aço e promover uma produção sustentável, em consonância com os princípios ambientais, sociais e de governança (ESG). Entre eles está o Brasil, o nono maior produtor de aço no mundo, no ranking liderado pela China.

Entre as iniciativas está a produção do “aço verde”, material produzido sem combustíveis ou matérias-primas fósseis, ou seja, sem gerar emissões de CO2. O produto tem como matéria-prima o carvão vegetal oriundo de florestas de eucalipto. Além de ser sustentável, o material se apresenta como economicamente viável por seu baixo custo de produção.

Além do aço, outro metal que ganha “nova coloração” é o ouro, o qual se torna “verde” a partir de processos de extração sustentáveis como os realizados na Colômbia. Conforme ressalta o doutor em Ciências do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral da USP, Carlos Henrique Xavier Araújo, em sua tese, a temática tem ganhado destaque na mineração nacional devido à atual forma como o garimpo interage com suas comunidades e o meio ambiente, a qual revela a necessidade de uma mudança em favor da incorporação de transformações endógenas do setor, além de definir a quantidade de minério recuperado e aumentar o conceito de visão de futuro para a atividade.

Diretor de Operações da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), Valdomiro Roman da Silva destaca que a indústria de base tem explorado várias possibilidades para reduzir ou capturar as emissões de CO2 na produção do aço, todas elas envolvendo o aumento da eficiência e da circularidade da cadeia do aço, mudanças na matriz energética, tecnologias disruptivas com utilização de novos redutores e matérias-primas, e captura, uso e armazenamento de CO2, nomenclaturas inovadoras que remetem à sustentabilidade. “A implementação bem-sucedida de soluções de baixa pegada de carbono na produção de aço desempenhará um papel crucial na transição para uma economia global mais sustentável, foco de dezenas de países para garantir o futuro das próximas gerações”, afirma o engenheiro.

Foco na descarbonização

Entre as tecnologias capazes de zerar as emissões estão a energia renovável, a utilização de hidrogênio verde e os processos industriais que se baseiam no uso de eletricidade em vez de gás. “É crucial haver parceria globais para dar conta das exigências do processo de descarbonização em meio às metas de desenvolvimento sustentável”, aponta o Diretor de Operações da ABM.

A transição para fontes de energia renovável na produção de aço, como energia eólica e solar, pode ajudar a reduzir as emissões, associadas à necessidade de maior geração de eletricidade para os processos siderúrgicos, assim como o uso de gás natural, numa estratégia de transição, e de biocombustíveis. Entra também aqui, como um substituto aos combustíveis fósseis, o hidrogênio verde, obtido por um processo de eletrólise que separa o hidrogênio do oxigênio que existe na água, utilizando energia limpa.

Já a tecnologia de forno elétrico a arco possui baixo teor de carbono, uma vez que utiliza eletricidade em vez de carvão coque como fonte de energia. Atualmente, 70% do aço global é produzido por meio da tecnologia do alto-forno, que usa carvão mineral.

Outra possibilidade é o CCUS, que envolve a captura do CO2 emitido durante a produção de aço, seu transporte e armazenamento subterrâneo, e uso subsequente, na extração de óleo e gás, por exemplo, impedindo que ele entre na atmosfera, contribuindo para minimizar os efeitos das mudanças climáticas. “Esta é uma tecnologia promissora, mas ainda em estágios iniciais de desenvolvimento e implantação em grande escala”, diz Valdomiro.

O que está sendo feito no Brasil

A nível global do processo de descarbonização na indústria do aço, o Grupo ArcelorMittal se destacou ao estabelecer a meta ambiciosa de alcançar neutralidade de carbono até 2050 e, como um passo intermediário, reduzir suas emissões específicas em 25% até 2030. Em fevereiro desse ano, o Grupo assinou um Memorando de Entendimento (MoU, em inglês) com a Petrobras para estudos e avaliações de negócios em baixo carbono, o que inclui combustíveis, hidrogênio e seus produtos, produção de energias renováveis e CCUS.

Para fomentar a produção de aço com emissão zero de CO2, a Vale investiu, em 2021, US$ 6 milhões na Boston Electrometallurgical Company, empresa fundada por professores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) que desenvolve a tecnologia inovadora denominada Molten Oxide Electrolysis (MOE), que reduz óxidos metálicos como o minério de ferro com o uso de eletricidade, zerando assim a emissão de CO2.

No ano passado, a Vale firmou acordo com a H2 Green Steel, startup industrial sueca produtora de aço verde na vanguarda da descarbonização global, para explorar o potencial de desenvolvimento de hubs industriais no Brasil e na América do Norte. Nesses complexos industriais, a H2 Green Steel planeja manufaturar produtos de baixo carbono da cadeia siderúrgica, como hidrogênio verde e hot briquetted iron (HBI), utilizando briquetes de minério de ferro fornecidos pela Vale e energia proveniente de fontes renováveis, inclusive eólica e solar, para a produção de hidrogênio verde. A Vale definiu como objetivo uma diminuição de 15% em suas emissões de escopo 3 — as quais estão relacionadas à cadeia de valor da empresa — até 2035, equiparando-se às emissões de um país como a Nova Zelândia. A empresa já firmou mais de 50 acordos com clientes visando oferecer soluções de descarbonização, que correspondem a 35% de suas emissões de escopo 3.

Grandes Construções - SP   11/04/2024

O Dia Nacional do Aço, criado pelo ex-presidente Getúlio Vargas em 9 de abril de 1941, homenageia esta liga metálica fundamental para o desenvolvimento das sociedades e de indústrias de diversos segmentos.

Sendo um produto base para a economia mundial com aplicações na construção, mineração, agricultura e transportes, o aço é utilizado em edificações metálicas, equipamentos de extração e transporte de minérios, maquinários agrícolas e em outros setores.

Aços especiais, por exemplo, os de alta-resistência mecânica, já ganharam espaço no mercado por seus inúmeros benefícios em aplicações, como redução de peso de equipamentos e, consequentemente, aumento de produtividade e de capacidade de carga, além de gerar economia no consumo de combustível.

Tão importante em diversas cadeias produtivas, as siderúrgicas têm como principal desafio minimizar impactos ambientais nos segmentos em que atuam. Preocupada com uma produção mais limpa em seus processos produtivos, a indústria do aço engajou-se em contribuir com o desenvolvimento sustentável, utilizando soluções e avanços tecnológicos para reduzir os impactos ao meio ambiente e promover o uso racional de recursos naturais.

Hoje, o processo de fabricação do aço se dá por meio da economia circular, que tem por princípio reduzir, reutilizar e reciclar materiais e produtos, diminuindo a quantidade de energia e matéria-prima usadas. Segundo dados do último Relatório de Sustentabilidade, divulgado pelo Instituto Brasileiro do Aço, 57% do consumo energético das siderúrgicas foi suprido por autogeração em 2017.

Dentre as principais características do aço, uma das que mais chama a atenção é ser 100% reciclável, ou seja, um produto sustentável - é possível fazer o aproveitamento de toda matéria-prima, podendo ser empregada na fabricação de novos produtos siderúrgicos, sem qualquer perda de qualidade. Só em 2017, foram recicladas 8,9 milhões de sucata de aço.

Apesar dos avanços sustentáveis alcançados pela siderurgia, a indústria do aço ainda é responsável por parcela considerável da emissão de dióxido de carbono e pela dependência dos combustíveis fósseis como matéria-prima, especialmente o carvão mineral. Estima-se que aproximadamente 7% de todo dióxido de carbono lançado na atmosfera é produzido pelas siderúrgicas em todo o mundo.

No entanto, a solução para essa questão já está próxima de ser encontrada. A SSAB já é uma das empresas siderúrgicas com a maior eficiência em relação a emissões de carbono. Está prestes a revolucionar a fabricação do aço baseado em minério de ferro e sendo a primeira no mundo a fornecer aços que não empregam combustíveis fósseis ao mercado, já em 2026. Até 2030, todas as unidades de produção da SSAB poderão fornecer aços produzidos sem combustíveis fósseis e, dessa forma, contribuir significativamente com a diminuição dos impactos ambientais.

O aço SSAB Fossil-free é produzido com a revolucionária tecnologia HYBRIT®, em que se usa hidrogênio ao invés de carvão no processo de redução de minério. Com isso, é emitido água em vez de CO2.

Junto com seus clientes, a SSAB trabalha continuamente no upgrade de materiais e também no desenvolvimento de novas aplicações com designs inovadores. Os benefícios da utilização de aços de alta resistência incluem a redução de peso e aumento da vida útil dos produtos, assim também como um aumento da economia de combustível. Todos estes benefícios contribuem significativamente para a redução de emissões de CO2 para o meio ambiente.

Os caminhos para um planeta movido por energias limpas, despoluído e sustentável já estão traçados. O futuro da siderurgia é verde.

Portal Fator Brasil - RJ   11/04/2024

Prolata investe em expansão de Pontos de Recebimento e Entrepostos, estando presente em 11 das 16 regiões administrativas do Estado.

Prolata Reciclagem, associação sem fins lucrativos criada para cumprimento das políticas de resíduos sólidos, apresenta resultados de coleta de latas de aço no Estado de São Paulo em 2023. Com aumento de 19% em relação ao ano anterior, as 20.170,12 toneladas recolhidas representam o volume de embalagens de aço pós-consumo destinadas corretamente. A partir do esforço para expansão de pontos de entrega e promoção de educação ambiental, a entidade inicia 2024 presente em 11 das 16 regiões administrativas do Estado.

O Programa Prolata concluiu 2023 ativo em 76 municípios por meio da parceria com 15 cooperativas ou associações de catadores e catadoras de materiais recicláveis. Com 25 entrepostos parceiros e 290 pontos de recebimento de latas, totalizando 330 iniciativas em atividade no Estado contribuindo para a destinação final ambientalmente adequada de embalagens de aço pós-consumo.

Thais Fagury, presidente-executiva da Prolata Reciclagem, reconhece a importância do investimento realizado para expansão de pontos de entrega e promoção de educação ambiental, ações direcionadas ao consumidor final. —O programa deu continuidade às ações estruturantes realizadas desde 2013 junto às cooperativas parceiras, incluindo novas formas de apoio e fortalecimento dos grupos— conta. Destaca também que, em 2023, a Prolata deu sequência à inclusão de novos entrepostos, aumentando a capilaridade e promovendo o escoamento de latas de aço com a rastreabilidade necessárias em novos municípios. | www.prolata.com.br

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   11/04/2024

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, subiu 0,16% em março, segundo dados divulgados nesta quarta-feira, 10, pelo IBGE. O resultado representou uma desaceleração frente a fevereiro, quando a taxa foi de 0,83%.

A taxa acumulada em 12 meses também arrefeceu, passando de 4,5% em fevereiro para 3,93% em março.

O resultado ficou quase no piso do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast. Eles previam um aumento entre 0,15% e 0,42%, com mediana positiva de 0,24%.

“Essa desaceleração na inflação também é explicada pelo fato de que, em fevereiro, os preços da Educação tiveram alta significativa por conta dos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, o que não aconteceu em março”, explica o gerente da pesquisa, André Almeida, citando o grupo que saiu de alta de 4,98% para 0,14%.

Alimentos desaceleram alta

Dos nove grupos pesquisados, seis tiveram alta na passagem de fevereiro para março. A maior variação (0,53%) e o maior impacto (0,11 ponto percentual) vieram de Alimentação e bebidas. Na sequência, veio o grupo Saúde e cuidados pessoais (0,43% e 0,06 p.p.). No campo negativo, destaca-se a queda de Transportes (-0,33% e -0,07 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,13% de Comunicação e o 0,33% de Despesas pessoais.

Embora os alimentos tenham sido mais uma vez o que mais pesou na taxa mensal, a taxa de alta veio abaixo da que havia sido registrada em fevereiro (0,95%).

“Problemas relacionados às questões climáticas fizeram os preços dos alimentos, em geral, aumentarem nos últimos meses. Em março, os preços seguem subindo, mas com menos intensidade”, destacou o pesquisador.

Já o grupo Transportes passou da alta de 0,72% em fevereiro para a queda de 0,33% em março. “Influência da passagem aérea, que já vinha de queda em fevereiro, e, da gasolina, que havia apresentado o maior impacto individual no IPCA de fevereiro e teve uma alta menor em março”, justifica André Almeida.

Segundo o IBGE, a passagem aérea registrou queda de 9,14% em março.

A inflação de serviços também desacelerou, passado de 1,06% em fevereiro para 0,10% em março.
Vilões da inflação no mês

Entre os itens que mais subiram no mês, destacam-se as altas da cebola (14,34%), do tomate (9,85%), do ovo de galinha (4,59%), das frutas (3,75%) e do leite longa vida (2,63%).

Os combustíveis tiveram alta de 0,17% em março. Etanol (0,55%) e gasolina (0,21%) tiveram alta, enquanto gás veicular (-2,21%) e óleo diesel (-0,73%) registraram recuo nos preços.

Nos serviços, destaque para a alta nos preços dos serviços de streaming (8,15%), cinema, teatro e concertos (5,14%) e transporte por aplicativo (2,45%).
Mercado espera inflação de 3,76% no ano

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

A inflação vem sendo amplamente considerada sob controle no Brasil, com o Banco Central dando continuidade ao ciclo de afrouxamento monetário.

A pesquisa semanal Focus, que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, mostra agora expectativa de que o IPCA suba 3,76% neste ano. Um mês antes, a mediana era de 3,77%. Para 2025, foco principal da política monetária, a projeção passou de 3,51% para 3,53%.

O mercado continua projetando uma Selic em 9% ao ano ao fim de 2024. O Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a Selic pela sexta vez consecutiva em 0,50 ponto porcentual, para 10,75% ao ano em março. O colegiado mudou a sinalização e indicou que o ritmo de corte de 0,50 ponto porcentual continua sendo o mais apropriado para a próxima reunião – no singular, e não no plural.

O Estado de S.Paulo - SP   11/04/2024

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos subiu 0,4% em março, segundo dados com ajustes sazonais publicados nesta quarta-feira, 10, pelo Departamento do Trabalho americano. O resultado veio acima do esperado pelo mercado - a mediana de analistas consultados pelo Projeções Broadcast era de uma alta de 0,3%.

Apenas o núcleo do CPI, que exclui os voláteis preços de alimentos e energia, também avançou 0,4% em março, vindo igualmente acima da expectativa do mercado, de uma alta de 0,3%.

Na comparação anual, a inflação nos EUA subiu 3,5% em março, acelerando frente ao aumento de 3,2% de fevereiro. Já o núcleo do CPI teve incremento anual de 3,8% no mês passado, repetindo a variação de fevereiro. Essas leituras anuais também ficaram acima das expectativas do mercado, de alta de 3,4% do índice cheio e de aumento de 3,7% do núcleo.

Para analistas esses números indicam que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) terá mais dificuldade em começar a cortar a taxa de juros no país. E isso terá impacto em todo o mundo, incluindo o Brasil, onde a taxa de juros, após o ciclo de cortes em andamento pelo Banco Central, pode acabar ficando mais alta do que projeta o mercado atualmente.

Para a consultoria Capital Economics, o dado divulgado nesta quarta-feira eleva a chance de que o Fed reduza os juros apenas duas vezes neste ano, cada uma delas em 25 pontos-base - a expectativa até agora era de três cortes de juros este ano. Atualmente, a taxa de juros nos EUA está em uma faixa entre 5,25% e 5,5% ao ano.

A força do mercado de trabalho e os ganhos recentes na inflação dão ao Fed “margem de manobra para ser paciente”, afirma a Oxford. Caso o Fed não corte os juros em junho, a janela estará fechada até setembro, pois há poucos dados divulgados entre junho e julho para mudar os cálculos do Fed, avalia a consultoria.

A Oxford vê ainda similaridades no quadro da inflação nos EUA neste ano e em 2023, com ganhos mais fortes no início do ano e tendência de perda de fôlego no segundo semestre. “Há claramente sazonalidade residual no CPI, mas isso deve ficar mais favorável em breve”, afirma.

Custos com moradia pressionam a inflação, mas não apenas isso. Os preços de seguros de carros seguem com alta rápida, além de ganhos mensais em vestuário, energia, cuidados médicos, cuidados pessoais e educação, lista a Oxford.

Para o banco canadense CIBC, o relatório do CPI acima das expectativas - o terceiro em seguida - significa que o Fed não terá pressa de cortar juros até que as pressões inflacionárias diminuam.

“Os dados de hoje significam que o risco de persistente inflação subjacente (o núcleo da inflação) mais alta voltou a ser prioridade número 1 do Fed, embora a inflação não esteja muito acima da meta” oficial, de 2%, avalia o banco.
Como isso afeta o Brasil?

Uma eventual mudança da rota esperada da política de juros nos Estados Unidos - com início do ciclo de cortes sendo postergado - vai repercutir em todos os países. Taxas americanas mais altas drenam recursos de economias emergentes e mais arriscadas, como é o caso da brasileira, e representam um dólar robusto - neste ano, até sexta-feira, 5, o dólar acumula uma alta de 4,37%, superando o patamar de R$ 5,05. Nesta quarta-feira, com a divulgação da inflação americana, sobe um pouco mais e está sendo negociado a R$ 5,07.

“A probabilidade de o juro não começar a cair no meio do ano é muito significativa”, disse, antes da divulgação do CPI, José Júlio Senna, ex-diretor do Banco Central e chefe do Centro de Estudos Monetários do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). “Na medida em que as condições financeiras ficam mais apertadas nos Estados Unidos, é inevitável que o Banco Central do Brasil também tenha uma cautela ainda maior na condução nesse ciclo de baixa.”

“Eu suspeito que o mercado financeiro, os agentes econômicos, de modo geral, e o meio político podem se surpreender com a extensão desse ciclo de baixa. Tem uma chance boa de ser interrompido antes do que a pesquisa Focus, por exemplo, está indicando”, acrescenta Senna.

Divulgada semanalmente pelo Banco Central brasileiro, a pesquisa Focus mostra que a projeção dos analistas consultados é de que a taxa básica de juros (Selic) encerre este ano em 9%, recuando para 8,5% em 2025. “Eu acho um juro no nível de 9%, talvez, muito pouco provável”, diz o ex-diretor do BC.

No seu último encontro, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que deve promover mais um corte de 0,50 ponto porcentual na Selic na reunião de maio, mas deixou em aberto a possibilidade de manutenção desse ritmo em junho.

No Brasil, o ciclo de queda da taxa básica de juros é uma das grandes apostas para acelerar o crescimento econômico e melhorar a baixa taxa de investimento no País. Juros altos encarecem a tomada de crédito para companhias e consumidores. / Sérgio Caldas, Gabriel Bueno da Costa, Luiz Guilherme Gerbelli

Investing - SP   11/04/2024

Mais um bom ano para as contas externas. É assim que o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) avalia a situação brasileira, segundo nota enviada aos clientes e ao mercado nesta quarta-feira, 10. No entanto, a expectativa do banco é de que a balança comercial brasileira desacelere, diante de importações mais elevadas, ainda que com exportações ainda sólidas.

“Após uma balança comercial recorde em 2023, este ano deverá trazer um resultado menor, mas ainda forte, em nossa opinião. A dinâmica das exportações permanece sólida, apesar dos sinais contraditórios, uma vez que se espera que o setor extrativo compense parcialmente a queda na produção do agronegócio”, pontuam os economistas David Beker e Natacha Perez.

Assim, a projeção é de um déficit de balança corrente mais elevado, devido a maiores importações de bens e serviços, diante de “mudanças na dinâmica da procura interna e pela continuidade da saída através de criptoativos”, completam os economistas.

Além disso, o BofA espera aumento no investimento direto estrangeiro, impulsionado pelas “condições menos restritivas a nível mundial”.

Agência Brasil - DF   11/04/2024

A trégua durou pouco. A alta da inflação nos Estados Unidos fez o mercado financeiro global ter um dia de nervosismo. O dólar, que passou os últimos dois dias perto dos R$ 5, encostou em R$ 5,08 e fechou no maior nível em seis meses. A bolsa caiu quase 1,5% após duas altas consecutivas.

O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (10) vendido a R$ 5,077, com alta de R$ 0,07 (+1,41%). A cotação iniciou estável e passou a disparar após a divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos. Na máxima do dia, por volta das 14h45, a moeda chegou a ser vendida a R$ 5,08.

A cotação está no maior nível desde 13 de outubro do ano passado. A divisa acumula alta de 1,24% em abril. Em 2024, o dólar sobe 4,62%.

O dia também foi turbulento no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 128.054 pontos, com queda de 1,41%. O indicador seguiu o comportamento global, acompanhando o recuo das principais bolsas internacionais, também afetada pela inflação norte-americana.

O Índice de Preços ao Consumidor nos Estados Unidos atingiu 0,4% em março. A inflação acima do esperado reduziu significativamente as chances de o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) começar a cortar os juros básicos da maior economia do planeta em junho. Taxas altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa.

A desaceleração da inflação brasileira em março não contribuiu para reduzir a turbulência no mercado financeiro. Nesta quarta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,16% em março, com queda em relação aos 0,83% registrado em fevereiro.

O Estado de S.Paulo - SP   11/04/2024

O Banco Mundial melhorou novamente a sua projeção para a economia brasileira neste ano, mas ainda aponta desaceleração à frente. O organismo espera que o Produto Interno Bruto (PIB) do País cresça 1,7% em 2024, acima da sua última projeção, que apontava alta de 1,5%. No ano passado, a economia brasileira avançou 2,9%.

Nesse ritmo, o Brasil deve entregar uma das menores taxas de expansão da região da América Latina e Caribe em 2024. Ficará à frente apenas de países como Colômbia e Bolívia, além de Argentina e Haiti, que devem ter recessão este ano, projeta o Banco Mundial.

“O Brasil é obviamente uma economia enorme. Vemos crescimento de 1,7% neste ano, 2,2% no próximo e 2,0% no ano seguinte”, disse o economista-chefe do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe, William Maloney, ao comentar as novas projeções da instituição, publicadas nesta quarta-feira, 10.

No estudo “Concorrência: o ingrediente que falta para crescer?”, o Banco Mundial destaca, porém, que o desempenho mais fraco de países como o Brasil deve pesar no desempenho da região da América Latina e Caribe neste ano, conforme o Banco Mundial. “A expectativa é de que, tanto no Brasil quanto no México, ocorra uma desaceleração em relação a 2023", diz a instituição.

Apesar de um crescimento menos intenso, o Banco Mundial ressalta a contribuição do Brasil para a redução da pobreza na região da América Latina e Caribe. “A pobreza caiu abaixo dos níveis pré-pandemia, principalmente devido à influência do Brasil e do México”, diz.

Por outro lado, Maloney ressaltou a necessidade da busca por um crescimento resiliente. “Assim como buscamos um maior crescimento no Brasil e em toda a região, precisamos prestar atenção a esses fundamentos: educação, apoio a negócios, infraestrutura, concorrência, que seguem fundamentais”, disse.
Fiscal e monetária

De acordo com o economista do Banco Mundial, apesar da discussão quanto à possível mudança da meta fiscal, o Brasil tem uma base “bastante forte”. “Não vejo grandes problemas no futuro próximo no que diz respeito à política macroeconômica”, disse Maloney.

Quanto à política monetária, o organismo destaca o fato de os bancos centrais independentes do Brasil, Chile, Colômbia e Peru continuarem reduzindo as suas taxas de juros, com outros países seguindo o exemplo da região. Pondera, contudo, que as altas taxas de juros nos EUA e os ventos contrários externos devem continuar pesando no desempenho econômico local.

Dados mais fortes da inflação americana voltaram a postergar a expectativa de corte de juros no país, com junho saindo de cena e os mercados passando a precificar setembro com chances majoritárias de uma primeira redução de taxas nos EUA. “Se as taxas de juros mundiais permanecerem elevadas e continuarmos a reduzir as nossas, isso fará com que os países da América Latina e Caribe sejam também destinos menos atraentes para os fluxos de capital”, avaliou Maloney. “Portanto, quanto mais cedo os EUA e a Europa conseguirem controlar a inflação, melhor para nós na região.”

O Estado de S.Paulo - SP   11/04/2024

Quase ninguém esperava essa inflação tão baixa em março, de apenas 0,16%, a mais baixa desde junho do ano passado. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses caiu para 3,95% – embicando para a meta de 3%.

Grande parte da alta sazonal (de virada de ano) parece ter-se concentrado em fevereiro. No entanto, o mais importante agora é ver como fica a política de juros a partir desses novos números.

Enquanto membros do governo externavam preocupação com a inflação dos alimentos, os diretores do Banco Central chamavam mais a atenção para a inflação dos chamados serviços subjacentes. Alguns deles chegaram a sugerir que esta última podia estar sendo produzida por aumento da demanda cuja origem estaria no súbito aumento da renda, em consequência do pleno-emprego em alguns setores.

A alta dos alimentos continua relativamente forte (de 0,53%), mais concentrada na cebola, tomate e ovos, por conta da redução da produção. Nesse caso, não há muito o que fazer, a não ser importar, função que não cabe ao Banco Central. Em compensação, a inflação dos serviços está bem mais atenuada. Saiu de alta de 1,06%, em fevereiro, para 0,10%, em março, mas o subgrupo dos serviços subjacentes mantém-se elevado, em 0,45%.

Após a última reunião do Copom, os debates se concentram sobre o que deverá acontecer a partir de junho, manter o nível de corte em 0,5 ponto porcentual (p.p.) dos juros básicos (Selic) ou optar por um corte de 0,25 ponto porcentual. Essa decisão é muito importante para quem tem altas contas a pagar e depende do comportamento dos juros futuros.

Em princípio, essa inflação mais baixa reforça as apostas pela manutenção do atual ritmo de corte. Mostra, entre outras coisas, que o tal aumento da demanda pelo poder aquisitivo mais forte não está empurrando a inflação para cima. Mas continuam atuando duas fontes de preocupação, além do aumento da renda: a gastança do governo Lula, que segue despejando mais recursos no mercado, na contramão do que faz o Banco Central; e a forte alta do petróleo, que exige reajustes no preço dos combustíveis.

Setores do PT e do governo continuam vociferando contra a “alta burra dos juros”. Mas, em matéria de política monetária, eles não passam de bois olhando para o palácio. Melhor ficar com a opinião da revista The Economist que passou o recado de que os grandes bancos centrais deveriam agir como os bancos centrais do Brasil e do Chile.

A vacilação do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e do Banco Central Europeu (área do euro) em derrubar os juros pode provocar um efeito colateral indesejado. Pode reduzir ainda mais a diferença entre os juros reais daqui e dos Estados Unidos e desestimular o desembarque de capitais no mercado interno, algo que já está ocorrendo, e é um dos fatores responsáveis por certa alta das cotações do dólar em reais.

Globo Online - RJ   11/04/2024

Os juros americanos e os brasileiros "não estão mecanicamente relacionados" disse o presidente do Banco Central do Brasil (BC), Roberto Campos Neto, em entrevista ao Estúdio i na Globonews. Ele ponderou, no entanto, o fato da inflação americana ainda ter vindo acima do esperado em março, 0,40%, é um dado "bastante ruim". Já a desaceleração da taxa brasileira, afirma, é uma boa notícia. E destacou que os dados de hoje não mudaram substancialmente o cenário traçado na última reunião do Copom:

- O dado hoje foi bastante ruim, eu não sei o quanto as pessoas já digeriram. A gente tinha uma expectativa que chegou a ter quase 85% de chance do Banco Central americano cortar os juros em março. Agora tem gente achando que não só não é junho, como também pode não ser julho, pode ficar mais para o fim do ano.

Mas acrescentou:

- Eu diria que hoje o cenário não mudou substancialmente.

Campos Neto explicou que a última ata do Copom apontou que não havia uma alteração substancial de cenário, mas um aumento de incertezas e que o dado americano divulgado hoje "é muito ruim" e será observado de perto:

- A gente disse (na última ata do Copom) que tinha uma visão de que o cenário não tinha mudado substancialmente. E que a razão pela qual, ao invés de falar, olha, eu estou enxergando duas coisas na frente, ou duas reuniões na frente, eu vou passar a enxergar só uma reunião na frente, é porque as incertezas aumentaram. Então uma das coisas, por exemplo, que a gente falou que era uma incerteza que tinha aumentado era o processo de desinflação americana .A outra incerteza era em relação ao processo de desinflação local. Tivemos, vamos dizer assim, uma notícia boa hoje no cenário local e uma notícia ruim no cenário externo. Como eu disse as coisas não estão mecanicamente relacionadas. Aonde é que essas coisas se relacionam? Se você começar a ter um evento lá fora de liquidez, o canal comunicante geralmente é o câmbio. A moeda começa a desvalorizar aqui. A moeda desvalorizando, as pessoas entendem que pode ter um pouquinho mais de inflação na frente. Começa a afetar as expectativas de inflação e depois afeta a inflação. Essa dinâmica não está acontecendo hoje. Então o que a gente diz, olha, não tem um efeito mecânico, mas é uma coisa que a gente precisa prestar atenção. Se as distâncias mudaram, então. Eu diria que aqui dentro hoje o dado foi bom, lá fora foi ruim. - afirmou Campos Neto.

O presidente do BC explicou que a liquidez mundial está baseada no que acontece nos juros americanos, eu que as expectativas para redução da taxa nos EUA mudou:

- A gente (o Brasil) tem uma parte externa que está muito mais sólida. Quando a gente olha a nossa balança, está muito melhor do que estava no passado. Então, a gente precisa ver como é que isso vai influenciar as variáveis aqui. Agora, eu diria que em termos de liquidez mundial, em termos de perspectiva de corte de juros americanos, sim, mudou. Mas não dá pra dizer que isso vai influenciar diretamente no ritmo de cortes já a partir de maio.

Campos Neto disse ainda que o Banco Central chegou a ter uma expectativa de que havia quase 85% de chance do Banco Central americano cortar os juros em março:

- Agora tem gente achando que não só não é junho, como também pode não ser julho, pode ficar mais para o fim do ano.

Ele destacou que obviamente o Copom vai avaliar todas as variáveis e lembrou, que a meta da inflação é estabelecida pelo governo, o que a autoridade monetária faz é estabelecer a taxa de juros para alcançar a essa meta.

- A gente tem um tema que é super importante explicar para as pessoas que não é o Banco Central que determina a meta de inflação, o governo determina a meta de inflação, o Banco Central usa a taxa de juros para chegar na meta e a gente tem um conjunto de regras, variáveis e modelos que a gente olha para ver como é que a gente vai atingir não só a inflação de hoje, mas a inflação de amanhã.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   11/04/2024

Os preços futuros do minério de ferro subiram na bolsa de Dalian pela terceira sessão consecutiva nesta quarta-feira, sustentados pelas expectativas de que a atividade de construção está se recuperando na China, principal mercado consumidor do minério.

Os ganhos, no entanto, foram limitados pela cautela dos investidores quanto à escala da recuperação da demanda.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China DCIOcv1 encerrou as negociações do dia com alta de 1,43%, a 813,5 iuanes (US$ 112,48) a tonelada, depois de subir mais de 5% na terça-feira.

“Os fundamentos do minério de ferro mostraram uma melhora marginal”, disseram analistas da Shengda Futures em nota, acrescentando que esperam que a produção média diária de metal quente, um indicador para monitorar a demanda de minério, ultrapasse 2,3 milhões de toneladas até o final de abril.

Os analistas da Soochow Futures também apontaram uma melhora nas perspectivas de demanda de minério depois que a produção de metais quentes atingiu o fundo do poço, mas advertiram que altas adicionais no preço do minério podem enfrentar alguma pressão, já que é difícil dizer qual será o tamanho do crescimento da produção de metais quentes.

O minério de ferro de referência para maio SZZFK4 na Bolsa de Cingapura, no entanto, recuava 0,74%, a US$ 106,7 por tonelada, depois de subir mais de 3% na sessão anterior.

Outros ingredientes de fabricação de aço na bolsa de Dalian também avançaram, com o carvão metalúrgico DJMcv1 e o coque DCJcv1 subindo 1,62%.

“O consumo de aço para construção pode melhorar no segundo trimestre, quando a emissão de títulos especiais provavelmente se acelerará em comparação com o primeiro trimestre”, disseram os analistas da Chaos Ternary Futures em uma nota.

Valor - SP   11/04/2024

A companhia já respondeu por até 25% da demanda japonesa por pelotas de minério de ferro

O grupo de mineração com sede na Suíça Ferrexpo retomará a exportação de pelotas de minério de ferro para o Japão nos próximos anos, disse o presidente executivo, Lucio Genovese.

A Ferrexpo já respondeu por até 25% da demanda japonesa por pelotas de minério de ferro, disse Genovese. Mas como as operações de minério de ferro da Ferrexpo estão localizadas na Ucrânia, a empresa interrompeu as exportações depois que os portos do Mar Negro foram fechados durante a guerra.

“Acho que poderemos voltar ao Japão, mas isso levará um, dois ou três anos”, disse Genovese ao “Nikkei Asia”na terça-feira, durante uma visita a Tóquio.

“Nos bons ou nos maus momentos, os parceiros japoneses estão sempre presentes”, disse ele. A Ferrexpo construiu relacionamentos sólidos com siderúrgicas do Japão ao longo de muitos anos e está comprometida com o país, disse Genovese.

“Continuaremos com nosso forte relacionamento com eles para fornecê-los talvez em outros lugares do Oriente Médio ou na América quando seus projetos forem construídos”, disse ele.

A Ferrexpo já produziu cerca de 12 milhões de toneladas de pelotas de minério de ferro por ano. As japonesas Nippon Steel, JFE Steel e Kobe Steel importaram entre 1 milhão e 1,2 milhão de toneladas da Ferrexpo.

A produção caiu para cerca de 6 milhões de toneladas em 2022 – ano em que a Rússia invadiu a Ucrânia – e depois para cerca de 4 milhões de toneladas em 2023, segundo Genovese. “Até o fim do ano passado, abastecíamos principalmente a Europa por via ferroviária, depois exportávamos para o porto de Izmail e depois atravessávamos o Danúbio até Constanza”, disse ele.

“Mas, desde o início deste ano, os portos do Mar Negro foram abertos. A redução do gargalo logístico significa que podemos exportar mais material em 2024”, afirmou Genovese.

Das 8 mil pessoas da força de trabalho da Ferrexpo na Ucrânia, 750 ingressaram no exército e 34 foram mortas em combate, segundo Genovese. Agora, encontrar trabalhadores tornou-se um desafio para a Ferrexpo.

“Tentamos contratar pessoas aposentadas para voltar, e também treinar mulheres para se tornarem motoristas de caminhão”, disse Genovese.

A Ferrexpo é considerada um dos principais exportadores da Ucrânia, representando 3% do total remetido.

“O nosso objetivo era duplicar a produção de 12 milhões de toneladas para 24 milhões de toneladas”, um esforço que a empresa espera reiniciar após o fim da guerra, disse ele.

Genovese disse que “não é muito bom” que os países ocidentais tenham mudado o foco da Ucrânia para a guerra no Médio Oriente.

“No que diz respeito à Ucrânia, eles precisam de ajuda”, disse Genovese. "Eles precisam de ajuda financeira e militar para proteger o povo da Ucrânia e os negócios do país também."

O principal acionista da Ferrexpo, o bilionário ucraniano Kostyantin Zhevago, foi detido na França no período do Ano Novo por suspeita de crimes, incluindo lavagem de dinheiro. O governo ucraniano confiscou bens de Zhevago, incluindo ações da Ferrexpo.

O assunto “nos afetou”, disse Genovese. A Ferrexpo pediu às autoridades ucranianas que distinguissem Zhevago dos interesses comerciais da Ferrexpo porque “pagamos os nossos impostos, comportamo-nos como um verdadeiro cidadão corporativo”, disse ele. "E investimos mais de US$ 3,3 bilhões na Ucrânia desde 2007, o que é um dos maiores investimentos individuais que qualquer empresa já fez no país."

A reconstrução da Ucrânia será financiada principalmente por investimentos privados, e não por governos, disse Genovese, "e é por isso que é importante que o nosso investimento, que fizemos nos últimos 14 anos, seja respeitado".

IstoÉ Dinheiro - SP   11/04/2024

A Vale informou nesta quarta-feira, 10, que propôs um plano de ação para mitigação da anomalia identificada na barragem Forquilha III, em Ouro Preto, Minas Gerais. Segundo a mineradora, trata-se de acúmulo de material sedimentado na saída de 1 dentre os 131 dispositivos de drenagem instalados.

Todos os instrumentos de monitoramento da barragem Forquilha III indicam que as condições gerais da estrutura seguem inalteradas, garantiu a Vale, que se comprometeu a implementar ações necessárias nos próximos dias, mantendo as autoridades informadas.

O acúmulo de material sedimentado na saída do dispositivo de drenagem da barragem de Forquilha III, foi detectado no dia 15 de março deste ano.

A proposta da Vale foi colocada sobre a mesa em reunião realizada esta semana com representantes da Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais, das defesas civis, estadual e municipais, além da Agência Nacional de Mineração e da empresa de auditoria que assessora o Ministério Público, incluindo representantes do corpo técnico da Vale.

A barragem Forquilha III é parte do Programa de Descaracterização de Barragens a Montante da Vale e teve protocolo de emergência em nível 3 ativado em 2019. Desde 2021, a Vale mantém uma Estrutura de Contenção a Jusante da barragem, capaz de conter seus rejeitos.

Segundo a Vale, a Zona de Autossalvamento da estrutura permanece evacuada, sem a presença de comunidades. A companhia continuará empreendendo todos os esforços visando a redução do nível de emergência da estrutura, até que sua descaracterização seja finalizada. “A Vale prioriza a segurança de seus empregados e comunidades com atuação transparente”, destaca a mineradora.

Infomoney - SP   11/04/2024

O minério de ferro vem se recuperando nos últimos dias, com uma sequência de altas. No começo do mês de abril, a tonelada da commodity negociada em Dalian flertou com os US$ 104 para hoje fechar a US$ 112,48. No entanto, o avanço da commodity não muda as projeções para o médio e longo prazo e especialistas continuam se dividindo em relação às ações da Vale (VALE3).

Artur Bontempo Filho, analista de minério e aço da WoodMac, menciona que o repique visto recentemente, em parte, já era esperado, por conta de uma retomada da produção de aço na China. A produção das siderúrgicas, por lá, caiu durante março, com consumo mais fraco do que o esperado, mas agora vem se recuperando.

A projeção da consultoria é de que a relação entre demanda e oferta deve seguir próxima à atual em 2024, até com possíveis melhoras, já que a China, apesar dos recentes deslizes da sua economia, segue com a meta considerável de crescer 5% neste ano.
“Teremos de ver o resultado da expansão do PIB no primeiro semestre e o que eles anunciarão para alcançar a meta do ano. Mas os problemas estão dados. A dívida está alta e o mercado imobiliário está enfraquecido”, fala Bontempo.

“A economia vai reagir? Vão injetar dinheiro para compensar? São respostas que, por enquanto, não existem. A projeção de crescimento é um desafio”.
VALE3 no médio prazo

Para o médio e longo prazos, a visão da WoodMac não mudou. A casa, já há algum tempo, vem sinalizando que enxerga uma queda do preço do minério no futuro, com a China cada vez mais vendo sua demanda cair, em meio à urbanização e industrialização já avançada, e com a entrada de nova capacidade, principalmente da mina de Simandou, na Guiné – o que pressiona os preços.

Lucas Laghi, analista da XP Investimentos, explica que a recente melhora se deve a uma antecipação. As siderúrgicas, de olho na projeção de crescimento e nos estímulos do governo à infraestrutura – que devem surtir mais efeitos no segundo semestre -, aproveitaram a recente queda para recompor estoques e se preparem.

“Apesar de continuarmos acreditando em preços mais baixos para o minério de ferro no longo-prazo (demanda potencialmente menor e aumento de oferta até o final da década), nossa expectativa segue de que a oferta/demanda do setor permanecerá apertada nesse ano, favorecendo preços entre US$110 e 120”, corrobora o analista da corretora.

Com tudo isso em vista, as visões das casas para a Vale, maior mineradora do Brasil e uma das maiores do mundo, é que a empresa está bem posicionada, ao menos no que tange aos ganhos com o minério. Artur Bontempo Filho, da WoodMac, lembra que a companhia, hoje, tem um dos menores custos caixa do mercado (C1), o que a mantém como competitiva.

“Vemos a Vale não só já descontada contra o que o patamar atual do minério sugeriria para as ações (~10% de desconto contra o minério de ferro), mas podendo se beneficiar desse movimento de retomada de curto-prazo para os preços da commodity. Enxergamos um dividend yield atrativo para 2024 com preços de minério acima dos US$ 110”, fala Laghi, da XP. A corretora, atualmente, tem recomendação de compra para as ações da Vale.

Problemas internos

As casas que estão mais pessimistas com a Vale no momento, além de mencionarem a dúvida quanto à manutenção do preço do minério nos níveis atuais ao longo do ano, citam outras questões inerentes à mineradora brasileira.

“Apesar do fôlego para a commodity, em função de especulações sobre uma maior demanda interna por minério de ferro na China, ainda não vejo fatores que possam impulsionar os preços ao longo do ano. A demanda ainda não demonstrou uma reação concreta e na magnitude necessária”, diz Henrique Cavalcante, analista da Empiricus Research, que está neutra para a Vale.

Fora isso, para a research, ajuda a sustentar a posição neutra os ruídos causados pelo processo de sucessão do CEO, a pressão política sofrida pela empresa recentemente e falta de visibilidade em relação a potenciais aumentos nas provisões relacionadas ao rompimento da barragem em Mariana.

Ontem, o Bank of America foi numa linha mais pessimista e rebaixou as ações da Vale para uma recomendação neutra, além de ter cortado o preço-alvo de R$ 95 para R$ 62. “Apesar da grande queda nos preços do minério de ferro no acumulado do ano, temos dificuldade para ver o potencial de valorização de curto prazo para a commodity“, destacam os analistas encabeçados por Caio Ribeiro, que também mencionaram as questões das provisões.

Hoje, os papéis ordinários da Vale têm 11 recomendações de compra, seis neutras e uma de venda. Apesar do tom ainda otimista, há um mês eram 14 recomendações de compra, quatro neutras e uma de venda.

O preço-alvo médio atual está em R$ 86,65, contra R$ 91,20 um mês atrás. Nesta quarta-feira (10), as ações da Vale caíram 1,5%, fechando cotadas a R$ 61,60. No acumulado de abril, as ações sobem 1,26%, mas em 2024 sofrem perdas de 16,6%.

AUTOMOTIVO

Diário do Comércio - MG   11/04/2024

A BMW anunciou nesta quarta-feira que vai produzir o primeiro veículo híbrido da marca no Brasil a partir do quarto trimestre, ampliando uma carteira que já conta com 15 modelos eletrificados vendidos atualmente no país via importações.

O primeiro modelo híbrido da BMW a ser produzido no Brasil é o utilitário X5, terceiro modelo mais vendido da montadora no país. O valor do carro: cerca de R$ 730 mil.

A BMW lidera o segmento de carros de luxo no país há cinco anos consecutivos, à frente de marcas como Audi, Porsche, Land Rover, Mercedes-Benz e Volvo.

A montadora alemã, que tem uma fábrica em Araquari (SC) que iniciou operações em 2014, acumula investimentos no Brasil de R$ 1,8 bilhão desde então, recursos que incluem os previstos para a produção local do X5 híbrido. A companhia não revelou o montante específico para a produção local do veículo.

“O Brasil é hoje um dos mercados da BMW com crescimento mais rápido no mundo”, disse o presidente da BMW América Latina, Reiner Braun. “Crescemos as vendas 10,7% no primeiro trimestre e a tendência é seguirmos avançando”, acrescentou o executivo, evitando fazer projeções. Braun afirmou ainda que a montadora deve lançar no Brasil neste trimestre o modelo X2, importado da Alemanha.

Com a produção brasileira do X5 híbrido, a BMW amplia a localização de produtos eletrificados na América Latina, onde já monta o X3 plugin no México. O X5 também será o primeiro híbrido plugin do segmento de luxo a ser produzido no Brasil e um dos primeiros modelos eletrificados do mercado em geral montados no país. O Brasil passou a produzir carros híbridos em 2019, com o Corolla, da Toyota, e até agora grande parte das vendas do segmento é gerada por modelos importados.

O executivo afirmou que o foco da produção do X5 plugin será o mercado brasileiro, mas a companhia não descarta eventuais exportações do modelo para outros países da região.

O modelo que será produzido na fábrica catarinense foi lançado nos Estados Unidos no ano passado e terá “alguns ajustes” para a comercialização no Brasil, disse Braun.

Segundo o diretor de produção e logística do BMW Group, Michael Nikolaides, o índice de nacionalização de componentes da fábrica de Araquari, que tem capacidade para 30 mil veículos por ano, é de 40%. A unidade já produziu mais de 94 mil carros desde a abertura.

A BMW apurou crescimento de 10,7% nas vendas do primeiro trimestre sobre um ano antes, para 3.198 carros. O desempenho ficou praticamente em linha com o crescimento do mercado de automóveis e comerciais leves no Brasil. Em 2023, a montadora alemã vendeu 15.118 carros, expansão de 9,5% ante alta do mercado como um todo de 11,2%, segundo dados da associação de montadoras Anfavea.

Em dezembro de 2023, a BMW já havia anunciado que vai aumentar em 10% a produção na fábrica de Araquari para 11 mil unidades por ano, a partir deste ano. Além da fábrica de carros em Santa Catarina, a BMW tem uma fábrica de motocicletas em Manaus.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Diário do Comércio - MG   11/04/2024

O custo médio para construir em Minas Gerais apresentou um pequeno aumento de 0,13% em março na comparação com o mês anterior, segundo dados do Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com a Caixa Economia Federal.

O valo médio alcançou R$ 1.619 por metro quadrado (m2). O resultado foi impulsionado pelo aumento de preços dos materiais.

Por outro lado, na comparação com o mesmo período do ano passado, o valor médio de construção em Minas Gerais recuou 1,1%, segundo o IBGE. Naquele mês o custo por m2 de construção estava em R$ 1.637.

Entre os componentes que compõem o índice, o material atingiu R$ 971,95/m² em março. O montante representa uma alta de 0,38% na comparação com o mês imediatamente anterior, quando somou R$ 968,18/m². Porém, em relação ao mesmo intervalo do ano passado (R$ 991,49), foi apurada queda de 1,97%.

Já o valor médio da mão de obra por metro quadrado de construção apresentou uma variação negativa de 0,25%, ante fevereiro. O custo médio passou de R$ 649,17 para R$ 647,51. Em relação ao mesmo intervalo de 2023 (R$ 646,30), o valor subiu 0,18%.
Custo de construção em Minas Gerais ficou acima da média nacional, segundo IBGE

O valor médio para construir em Minas ficou acima da média nacional, que apresentou variação de 0,07% em março. Com isso, o acumulado do Sinapi nos últimos 12 meses é de 2,36%.

“A participação da parcela da mão de obra em março registrou queda, com uma variação negativa de 0,02%, próximo da estabilidade. Na comparação com fevereiro, ficou 0,15 ponto percentual abaixo. Já em relação à taxa de março de 2023, foi 0,42 ponto percentual menor”, afirmou o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, apresentou aumento em relação a fevereiro, quando foi de R$ 1.728,11, e chegou a R$ 1.729,25 em março, dos quais R$ 1.006,19 foram relativos aos materiais e R$ 723,06 à mão de obra.

Com o fim do primeiro trimestre do ano, o acumulado em 2024 ficou em 0,44% na parcela dos materiais e 0,38% na parcela de mão de obra. Os acumulados em 12 meses, por sua vez, foram de 0,36% (materiais) e 5,30% (mão de obra).

Custo subiu mais no Norte e no Sudeste

As regiões Norte e Sudeste registraram as maiores variações mensais em março, ambas com 0,13%. Na sequência aparece o Nordeste (0,11%). Seis dos sete estados do Norte tiveram altas, enquanto no Sudeste, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram taxas positivas. Por outro lado, as regiões Sul (-0,01%) e Centro-Oeste (-0,27%) mostraram taxas negativas.

O Rio Grande do Norte (1,03%) foi o estado que registrou a maior taxa em março, decorrente do reajuste observado nas categorias profissionais.

O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação. (Com informações da Agência IBGE)

Valor - SP   11/04/2024

Produção da empresa tem se concentrado na faixa 3 do programa Minha Casa, Minha Vida, para famílias com renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil

A incorporadora Cury terminou o primeiro trimestre com dez novos lançamentos, que somaram um valor geral de venda (VGV) de R$ 1,9 bilhão, crescimento de 32,7% sobre o mesmo período de 2023. Em relação ao quarto trimestre, houve alta de 122%.

As vendas líquidas cresceram 43,9% em relação ao início de 2023, para R$ 1,6 bilhão. Foi também um aumento de 71,6% sobre o último período do ano passado.

O preço da unidade lançada pela Cury cresceu 13,5% em um ano, para R$ 316,2 mil. O ticket médio da unidade vendida cresceu 9,4% no mesmo intervalo, para R$ 292,2 mil.

A produção da empresa tem se concentrado na faixa 3 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), para famílias com renda entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil. Leonardo Mesquita, vice-presidente comercial da Cury, afirma que isso tem acontecido por causa das regiões escolhidas pela empresa.

“É difícil viabilizar algo para faixa 2, por conta de ser região mais procurada do ponto de vista de terrenos”.

A velocidade de venda, medida pelo índice de venda sobre oferta (VSO), foi de 47,9% no trimestre, alta de 4,5 pontos percentuais em um ano. Os resultados de lançamentos, vendas e VSO da companhia foram recorde para o trimestre.

Nos três primeiros meses do ano, a Cury registrou geração de caixa de R$ 17,1 milhões, comparável a R$ 1,8 milhão um ano atrás. A empresa terminou março com estoque de unidades avaliado em R$ 1,7 bilhão em VGV, do qual apenas 1,5% é de apartamentos já prontos.

O banco de terrenos da incorporadora cresceu 57,9% em VGV potencial desde o primeiro trimestre de 2023, e soma R$ 15,7 bilhões. Desse total, R$ 9,6 bilhões estão em São Paulo e R$ 6,1 bilhões, no Rio.

Na capital paulista, a Cury tem concentrado seus lançamentos em áreas próximas a estações de metrô e trem, como na região da Barra Funda e da Mooca. No Rio, a principal área de atuação é na região portuária, onde a empresa já lançou 7,5 mil unidades, de acordo com Mesquita.

“O que já fizemos ali é pouco diante do potencial [da área]”, diz. A Cury também faz lançamentos mais pontuais nas zonas Norte e Oeste carioca.

Plano diretor de São Paulo

O executivo afirma que a companhia seguiu, no primeiro trimestre, sua estratégia de começar o ano com reforço nos lançamentos, e que o cenário macroeconômico tem ajudado. Também contribuíram para os resultados da Cury as aprovações recentes da revisão do plano diretor de São Paulo e do novo plano do Rio.

A companhia identificou um momento com leque maior de oportunidades em terrenos. “É a hora de tentar se posicionar de forma que permita ter produto bom e de qualidade”, diz.

Os novos planos apontam para o adensamento de áreas com infraestrutura de transporte, regiões que a empresa já tem procurado. Segundo o executivo, o segundo trimestre também deve ter bons números operacionais.

Rodoviário

Diário do Comércio - MG   11/04/2024

Acontece nesta quinta-feira (11), na B3, o leilão para concessão do trecho da BR-040 entre Belo Horizonte e Juiz de Fora, na Zona da Mata. Por se tratar de uma via em fase de relicitação, o edital do projeto prevê a transição operacional entre a operadora atual, Via 040, e a futura ganhadora do certame. O critério de escolha será o maior desconto sobre a tarifa básica de pedágio.

O projeto prevê investimentos de R$ 8,7 bilhões, considerando de R$ 5,04 bilhões em adequações e melhorias e R$ 3,65 bilhões em custos operacionais. O leilão, que vai definir a nova concessionária que ficará responsável pela BR-040 pelos próximos 30 anos, está marcado para as 14h.

O trecho a ser licitado tem início em Belo Horizonte, no entroncamento com a BR-356 até Juiz de Fora, no entroncamento com a Antiga União e Indústria (Bairro Triunfo), totalizando 232,1 quilômetros (km).
Quais grupos se interessaram pelo certame?
Consórcio Vetor Norte; Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR); EPR Sul de Minas; Grupo Azevedo & Travassos

No fim da noite desta quarta-feira (10), a Comissão de Outorga do Edital nº 04/2023 informou que, a Garantia da Proposta da proponente representada pela Planner Corretora de Valores S.A. não havia sido qualificada para o certame, por não apresentar a proposta conforme previsto no edital.

O leilão da BR-040

Ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, o Ministério dos Transportes informou que a empresa vencedora do leilão será responsável pela administração e modernização da via pelos próximos 30 anos. Ao todo, as obras vão beneficiar cerca de 3,6 milhões de pessoas que residem na região, nos 13 municípios impactados, podendo gerar mais de 73 mil postos de trabalho nas obras e serviços previstos.

A Pasta ressaltou que a concorrência é a maior para leilões de rodovias desde os últimos seis anos. Em nota, o Ministério dos Transportes pontua que o segmento com 232 quilômetros de extensão deve receber os investimentos que serão realizados para “elevar os padrões operacionais e de segurança da rodovia. O critério de julgamento do leilão será o maior desconto sobre a tarifa básica de pedágio”.
Zema não vai mais a São Paulo para acompanhar disputa

Por ser uma das principais rodovias do Estado, o governo de Minas Gerais havia confirmado a participação do governador, Romeu Zema (Novo) no leilão. Além disso, também estava prevista uma reunião de Zema com o ministro dos Transportes Renan Filho na tarde desta quinta-feira.

Porém, nesta quarta-feira (10), o governador cancelou suas agendas oficiais, incluindo a participação na solenidade de abertura do Imersão Indústria, da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). No evento, durante seu discurso, o vice-governador Mateus Simões disse que “Zema está com um quadro que parece ser dengue”.

No âmbito das intervenções previstas está a execução, implementação, administração e gestão de 47 dispositivos e interseções (novos e remodelados), 39 obras de arte especiais, 14 km de ciclovias, 57 pontos de ônibus, 11 passagens de fauna, três praças de pedágio e ponto de parada de descanso para caminhoneiros.

O leilão da rodovia é o primeiro a ser realizado em 2024 e o terceiro certame agendado durante o governo Lula (PT). A concessão marca, inclusive, a primeira relicitação de uma rodovia integrante da lista dos chamados “contratos problemáticos”, que estão em processo de devolução do ativo à União.

O novo certame acontece pouco mais de dez anos após a Invepar arrematar o trecho dentro de um pacote maior, de 936 quilômetros, que ligava o município mineiro à Brasília. Com o fracasso da concessão, o Ministério dos Transportes dividiu o contrato em três fatias menores. O leilão desta quinta-feira será de uma dessas fatias.
Mineração será favorecida

Para o superintendente de Concessão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Marcelo Cardoso Fonseca, o projeto também causará impacto para as mineradoras que atuam na região e cujos caminhões transitam pela rodovia. Segundo ele, é crucial haver uma operação eficiente, especialmente com a implementação de monitoramento inteligente desde o início da concessão.

Outro fator citado é a redução de acidentes na BR-040. “Temos bastante parte desse trecho com multivias. Ou seja, temos duas faixas de cada sentido, mas sem separação central e isso faz com que tenhamos muitos acidentes. Resolveremos essa questão por meio de duplicações com separação central. Isso pode ser feito tanto com um canteiro central quanto com uma barreira rígida, que vai impedir que os veículos cruzem para o outro sentido”, explica.
BR-040 virou Via 040

Batizada de Via 040, a rodovia foi leiloada em 2013, na chamada terceira etapa de concessões rodoviárias. A previsão era de que o contrato durasse por três décadas, mas cerca de três anos depois, em 2017, a Invepar anunciou que entraria com um pedido de relicitação, que é a devolução amigável do ativo para que um novo leilão seja feito pelo governo. O pedido foi aprovado em 2019.

O destino da Via 040 foi parecido com o de outras várias rodovias leiloadas no governo de Dilma Rousseff (PT). Segundo especialistas, os contratos da terceira etapa do programa previam investimentos muito arrojados em um curto espaço de tempo.

O leilão da BR-040 desta quinta será o desfecho de apenas um desses “ativos estressados”, como são chamados no jargão do setor. Pelo menos outras 15 rodovias federais ainda precisam passar por novas licitações ou otimizações contratuais. Inclusive os dois lotes que vão restar da Via 040. Uma dessas fatias é a chamada Rota dos Cristais, com 595 quilômetros de extensão, ligando Belo Horizonte a Cristalina (GO). O ministério aguarda sinal verde do Tribunal de Contas da União (TCU) para divulgar o edital. O leilão está previsto para o segundo trimestre de 2024.

Outra fatia vai de Cristalina ao Distrito Federal, incluindo também a ligação entre Brasília e Goiânia. Com 315 quilômetros, o projeto ainda está em fase de estudos, mas é considerado o “filé mignon“, dado que boa parte do trecho é duplicada, em área urbana com fluxo consolidado.

Uma vez homologada a concorrência, a Invepar não será mais a operadora do trecho entre Juiz de Fora e Belo Horizonte. A mudança prevê um plano de transição operacional, com possibilidade de transferência de equipamentos e de outros ativos da rodovia. No entanto, a companhia seguirá administrando os demais a realização de uma nova concessão, de acordo com determinação da Justiça em 2023. (Com informações da Folhapress/ Thiago Bethônico)

PETROLÍFERO

Valor Investe - SP   11/04/2024

Analista recomenda venda para Prio, com preço-alvo em R$ 44,20, valor 11,3% menor que o fechamento de ontem

A produção de petróleo da Prio foi continuou fraca março, refletindo problemas operacionais nos campos de Frade e Albacora Leste, o que deixou seu resultado consolidado no primeiro trimestre abaixo das expectativas, diz o Jefferies.

O analista Alejandro Demichelis escreve que a produção no mês passado cresceu somente 4% ante fevereiro. A produção média de 88,2 mil barris de óleo equivalente por dia no primeiro trimestre ficou 2% aquém do consenso do mercado.

O banco afirma que o resultado no primeiro trimestre torna a projeção de analistas para produção da Prio em 104 mil barris de óleo equivalente por dia em 2024 muito otimista.

O Jefferies tem recomendação de venda para Prio, com preço-alvo em R$ 44,20, valor 11,3% menor que o fechamento de ontem.

Este conteúdo foi publicado no Valor PRO, serviço de tempo real do Valor

Infomoney - SP   11/04/2024

A união entre 3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3), anunciada nesta quarta-feira (10), abre caminho para um cenário inédito de consolidação das chamadas “junior oils” no Brasil. Com o movimento, deve surgir uma petroleira mais competitiva e próxima da Prio em volume de produção, mas ainda com o desafio de incrementar sua receita, que não chega a 60% da rival, a segunda maior do setor.

Um dos maiores trunfos da combinação recém-anunciada é seu campo de atuação. Agora com presença tanto em alto mar como onshore, 3R e Enauta devem gerar sinergia com ativos de infraestrutura, gasodutos e a refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte.

O movimento cria um desafio adicional para petroleiras menores como a PetroReconcavo (RECV3), que deve buscar alternativas após o fracasso da tentativa de união com a 3R em março.

A avaliação, no geral, é de que a transação com a Enauta fazia mais sentido e traria mais sinergia para o negócio. “A companhia fica bem desalavancada, com uma base de acionistas relevantes, mas pulverizada e com capacidade para fazer outras transações”, avalia um executivo próximo da operação.

Procurada pelo IM Business para comentar o negócio, a 3R não havia se manifestado até a última atualização desta matéria.
Consolidação à vista?

As junior oils apareceram na esteira do plano de desinvestimentos da Petrobras (PETR4) nas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Com a venda de ativos aquecida, players menores ganharam terreno para operar, mas isso mudou após o atual governo ter congelado os planos da petroleira.

Desde então, o desafio das menores é se manter rentáveis sem ter o que comprar do maior vendedor do mercado e também sem caixa para fazer aquisições no exterior.

“Isso precipitou o movimento de M&As que começamos a ver e que mostra um novo ciclo para as junior oils”, comenta Adriano Pires, sócio-fundador e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

A companhia fruto da fusão soma um valor de mercado de R$ 15,8 bilhões, segundo dados de fechamento da véspera, fornecidos por Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria.

A cifra é mais que o dobro do que vale a PetroReconcavo (R$ 6,3 bilhões). A Prio, que só perde da Petrobras em tamanho, é avaliada em R$ 41,8 bilhões.
Sobre a operação

A 3R Petroleum (RRRP3) e a Enauta (ENAT3) anunciaram que firmaram um acordo para a combinação de seus negócios, proposta que havia sido divulgada no último dia 2 de abril. O negócio incluiu a participação da Maha Energy Offshore.

A proposta prevê a incorporação das ações da Enauta pela 3R. Como resultado, a nova composição do capital social da 3R será de 53% dos acionistas da 3R e 47% dos acionistas da Enauta.

A proposta da Enauta veio depois que a Petroreconcavo havia iniciado discussões com a 3R para uma fusão, negociações suspensas na semana passada após o avanço da rival.

O CEO da petroleira, Décio Oddone, disse à Reuters mais cedo nesta quarta-feira que a operação será finalizada ainda no primeiro semestre.

Após a fusão, a nova petroleira terá como principais acionistas o Bradesco, a gestora Jive, as famílias Gerdau e Queiroz Galvão, além da Maha Energy.

Valor - SP   11/04/2024

O contrato do Brent para junho subiu 1,18%, a US$ 90,48 o barril, enquanto o do WTI para o mesmo mês avançou 1,16%, a US$ 85,44 o barril

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (10), impulsionados por notícias veiculadas pela agência Bloomberg de que os EUA e os seus aliados acreditam que um ataque a Israel por parte do Irã é iminente.

A notícia fez com que a oscilação inicial do pregão se transformasse em alta firme já que o Irã é um importante produtor de petróleo e sua entrada em um conflito com Israel pode provocar uma queda na oferta.

No fechamento, o contrato futuro de petróleo Brent, a referência mundial, para junho subiu 1,18%, a US$ 90,48 o barril, enquanto o do WTI, a referência americana, para o mesmo mês avançou 1,16%, a US$ 85,44 o barril.

“A manchete de que os EUA preveem um ataque de mísseis por parte do Irã fez com que o mercado mudasse”, diz Phil Flynn, analista sênior de mercado do Price Futures Group.

"Com o factor de risco geopolítico, todos pensavam: esqueçam o Federal Reserve e o dólar. Se tivermos uma interrupção no fornecimento de petróleo não há espaço para erros", disse ele.

Nem o forte crescimento dos estoques americanos de petróleo ou a alta do dólar provocada pela inflação de março mais forte que o esperado tiraram a força do petróleo hoje.

Mais cedo, o Departamento de Energia (DoE) informou que os estoques de petróleo subiram 5,841 milhões de barris na semana passada para 457,258 milhões de barris.

Infomoney - SP   11/04/2024

Os estoques de petróleo dos Estados Unidos tiveram crescimento de 5,841 milhões de barris, para um total de 457,258 milhões de barris, na semana encerrada em 5 de abril, informou nesta quarta-feira (10) Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). O consenso LSEG de analistas esperava uma alta menor, de 2,415 milhões de barris.

Os estoques de gasolina avançaram 715 mil barris, a 228,531 milhões de barris, ante expectativa dos analistas de baixa de 1,4 milhão de barris.

Já os estoques de destilados cresceram 1,659 milhão de barris, a 117,728 milhões de barris, quando se esperava queda de 600 mil barris.

A taxa de utilização das refinarias nos EUA caiu de 88,6% na semana anterior para 88,3% na semana mais recente, quando se esperava 89,1%. Os estoques de petróleo em Cushing caíram 170 mil barris, a 32,993 milhões de barris.

A produção média diária de petróleo nos EUA, por sua vez, seguiu em 13,1 milhões de barris na semana.

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