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10 de Abril de 2024

SIDERURGIA

Money Times - SP   10/04/2024

A temporada de resultados do quarto trimestre de 2023 mal acabou, mas as prévias do primeiro balaço trimestral deste ano já iniciaram. No entanto, os analistas do Itaú BBA não estão tão animados com o que está por vir, segundo relatório de Prévias 1T24, assinado por Daniel Sasson e sua equipe, publicado em 2 de abril.

No setor de siderurgia e mineração, a avaliação antecipada é de que o setor pode ser bastante prejudicado pela redução nos preços do minério de ferro, em especial a Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) e a CBA (CBAV3). Esta última ainda pode sofrer com os prêmios domésticos mais baixos e volumes mais fracos.

Na outra ponta, contrariando a tendência baixista, o time de analistas liderado Sasson elenca a Gerdau (GGBR4) como um destaque. Os resultados da companhia devem aumentar em 25% no comparativo com o trimestre anterior, principalmente devido a margens mais fortes na América do Norte. Já no Brasil são é esperado uma contração devido ao aumento dos custos.

A Usiminas (USIM5) também pode ter um respiro. A expectativa é um aumento no Ebtida da companhia no comparativo trimestral, apoiado pelos custos de produção de aço mais baixos. No entanto, os resultados na divisão de Mineração podem diminuir em relação ao trimestre anterior, prejudicado por volumes mais baixos e menor preço no minério de ferro.

Já no setor de papel e celulose, o destaque é a Suzano (SUZB3). A projeção, segundo o Itaú BBA, é de resultados sequenciais mais fortes para a companhia, com aumento no Ebtida consolidado de 13% em comparação ao trimestre anterior, apoiado principalmente pelo aumento de US$ 50/tonelada nos preços da celulose.

Enquanto isso, a Klabin (KLBN11) deve se manter estável no trimestre na análise do time que assina o relatório de prévias, com queda no volume, que deverá ser recompensado pela alta nos preços.

Confira as projeções para Ebitda no 1T24
Empresa Moeda 1T24 4T23 t/t (%)
Vale USD million 3,22 6,73 -52,10%
Usiminas BRL million 380 324 17,30%
Gerdau BRL million 2,55 2,039 25%
CSN BRL million 1,825 3,626 -49,70%
CSN Mineração BRL million 1,1 2,759 60,10%
Klabin BRL million 1,62 1,62 0,00%
Suzano BRL million 5,08 4,505 12,80%
CBA BRL million 70 102 -31,50%

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   10/04/2024

Pela oitava semana seguida, o mercado financeiro aumentou as expectativas de crescimento da economia brasileira. De acordo com o boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (9), em Brasília, pelo Banco Central, espera-se um crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas riquezas produzidas no país) em 2024.

Há uma semana, a expectativa era de um crescimento de 1,89% em 2024; e há quatro semanas era de 1,78%. Para os três anos subsequentes (2025, 2026 e 2027), a estimativa do mercado financeiro permanece estável em 2%.
Câmbio e juros

A previsão se mantém estável também para o câmbio e para a taxa básica de juros (Selic). Há três semanas seguidas, o mercado financeiro prevê que o dólar fechará o ano cotado a R$ 4,95; e há 15 semanas projeta uma Selic a 9% ao final do ano.

Para 2025 as expectativas se mantêm estáveis, com o dólar a R$ 5 há 13 semanas; e a Selic a 8,5% há 18 semanas.

Inflação

As expectativas do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – em 2024 apresentaram uma alta de 0,01 ponto percentual na comparação com a semana passada, mas elas estão acima da previsão registrada há quatro semanas.

Segundo o boletim Focus, é esperado um crescimento de 3,76% em 2024. Há quatro semanas, o crescimento estimado para a economia do país era de 3,77%; e há uma semana, 3,75%.

IstoÉ Dinheiro - SP   10/04/2024

Economistas premiados nesta terça-feira, 9, pelo Banco Central por seus acertos nas previsões de indicadores econômicos no ano passado apontaram riscos de o Federal Reserve – Fed, o banco central dos Estados Unidos – levar mais tempo para iniciar o corte de juros. A consequência, caso esse cenário se confirme, será uma valorização excessiva do dólar, com pressão sobre a inflação no Brasil.

Segundo o estrategista-chefe da Warren Investimentos, Sérgio Goldenstein, um dos premiados do Top 5 da pesquisa Focus, o maior risco cambial seria um adiamento para o fim do ano do relaxamento monetário nos Estados Unidos. Se o Fed promover apenas um ou dois cortes, ou nenhum, como alguns já preveem, haverá uma valorização adicional do dólar.

Para o economista, outro risco, pouco precificado, seria a escalada do conflito no Oriente Médio. Para Goldenstein, a eleição americana é um risco menor, pois o candidato republicano Donald Trump não é visto como uma surpresa. O estrategista-chefe da Warren observou que Trump não foi “tão protecionista” em seu primeiro mandato na Casa Branca.

Gerente de núcleo da Previ, Ricardo Bastos disse que trabalha hoje com um cenário de “no landing”, com crescimento de 2% da economia americana este ano. A expectativa dele é de que a redução dos juros nos Estados Unidos comece em julho, com três cortes até o fim do ano. Bastos ponderou, no entanto, a possibilidade de um cenário alternativo, no qual o Fed faria apenas dois cortes a partir de setembro.

O economista-chefe da Citrino Gestão de Recursos, Rai Chicoli, comentou que o aguardado início do ciclo de afrouxamento monetário vem sendo adiado, dada a desinflação mais lenta. A avaliação é de que o Fed ainda aguarda uma desaceleração no mercado de trabalho, da qual depende a última linha do processo de convergência de inflação à meta. “Vemos os salários desacelerando, mas continuam em nível consistente”, afirmou.

Para Chicoli, existe um risco, que ganhou força, de reaceleração da inflação nos Estados Unidos, o que levaria o Fed a manter os juros altos por mais tempo ou até mesmo a voltar a elevar a taxa.

O Estado de S.Paulo - SP   10/04/2024

A economia global pode ter um segundo semestre mais difícil do que o esperado. Cresceu a possibilidade de o corte dos juros nos Estados Unidos começar apenas no segundo semestre, não seguindo o roteiro otimista traçado pelo mercado financeiro nos últimos meses.

Entre a maioria dos investidores, o cenário principal ainda é de uma redução das taxas de juros - atualmente entre 5,25% e 5,5% ao ano - pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) na reunião de junho. A questão é que essa probabilidade tem perdido força nas últimas semanas. Hoje, a chance de corte no encontro de daqui a dois meses é de cerca de 60%. Em março, chegou a 70%.

Se confirmado esse plano de voo que o mercado espera até agora para o Fed, a reunião de junho pode ter o primeiro corte de 0,25 ponto porcentual de um total de três quedas projetadas.

O que tem feito parte do mercado acreditar numa postergação do início do corte dos juros tem a ver com o fato de que a economia dos Estados Unidos ainda mostra força, com um crescimento econômico robusto e um mercado de trabalho aquecido, o que dificulta a missão do BC americano de levar a inflação para a meta de 2%.

“A inflação não está na meta. Se o Fed cortar os juros muito cedo, e a inflação começar a divergir (da meta) em vez de convergir, o banco central dos EUA vai ter mais trabalho para depois fazer a inflação convergir de novo”, afirma Luís Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners.

Uma eventual mudança da rota esperada da política de juros nos Estados Unidos vai repercutir em todos os países. Taxas americanas mais altas drenam recursos de economias emergentes e mais arriscadas, como é o caso da brasileira, e representam um dólar robusto - neste ano, até sexta-feira, 5, o dólar acumula uma alta de 4,37%, superando o patamar de R$ 5,05.

“A probabilidade de o juro não começar a cair no meio do ano é muito significativa”, afirma José Júlio Senna, ex-diretor do Banco Central e chefe do Centro de Estudos Monetários do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). “Na medida em que as condições financeiras ficam mais apertadas nos Estados Unidos, é inevitável que o Banco Central do Brasil também tenha uma cautela ainda maior na condução nesse ciclo de baixa.”

“Eu suspeito que o mercado financeiro, os agentes econômicos, de modo geral, e o meio político podem se surpreender com a extensão desse ciclo de baixa. Tem uma chance boa de ser interrompido antes do que a pesquisa Focus, por exemplo, está indicando”, acrescenta Senna.

Divulgada semanalmente pelo Banco Central, a pesquisa Focus mostra que a projeção dos analistas consultados é de que a taxa básica de juros (Selic) encerre este ano em 9%, recuando para 8,5% em 2025. “Eu acho um juro no nível de 9%, talvez, muito pouco provável”, diz o ex-diretor do BC.

No seu último encontro, o Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que deve promover mais um corte de 0,50 ponto porcentual na Selic na reunião de maio, mas deixou em aberto a possibilidade de manutenção desse ritmo em junho.

No Brasil, o ciclo de queda da taxa básica de juros é uma das grandes apostas para acelerar o crescimento econômico e melhorar a baixa taxa de investimento no País. Juros altos encarecem a tomada de crédito para companhias e consumidores.
Número por número

Até a reunião de junho, portanto, o Banco Central dos EUA vai analisar cada número de atividade, mercado de trabalho e inflação. O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) também faz um encontro em 30 de abril e 1º de maio. “É cada dia com a sua agonia. Temos de ver os dados que vão saindo”, diz Leal, da G5 Partners.

Na sexta-feira, o relatório do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou mais um dado que reforçou o cenário de força do emprego nos Estados Unidos. O País criou 303 mil postos em março, em termos líquidos, acima até do teto das expectativas de analistas, que era de 245 mil postos.

Os diretores do Fed devem se debruçar, sobretudo nas próximas leituras do núcleo do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), que exclui itens voláteis como alimentos e energia.

O PCE é a medida preferida de inflação do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Os números de fevereiro - últimos divulgados - mostram o núcleo do índice com uma alta anual de 2,78%.

Serão divulgados mais três números do PCE até junho. A Principal Claritas mantém a sua projeção de corte dos juros nos Estados Unidos para junho, porque projeta que o núcleo do PCE deve recuar uma média 0,20% nas próximas leituras, o que levaria a inflação anual para 2,45%.

“Seria um número abaixo do que o Fed estima hoje para o núcleo do PCE”, afirma Marcela Rocha, economista-chefe da Principal Claritas. Em seu último encontro, o Fed revisou a projeção para o índice de 2,4% para 2,6%. “Se os números dos próximos três meses estiverem corretos, o Fed teria um espaço para reduzir os juros em junho, mas existem riscos nesses cenários. O risco é estarmos, de novo, errado a respeito desses dados, como nós já fomos surpreendidos nos últimos meses.”
Mais um revés

Uma eventual postergação da queda dos juros nos Estados Unidos para o segundo semestre marca mais um revés na expectativa do mercado financeiro. Na virada do ano, houve um grande otimismo entre os investidores, porque havia uma previsão de que o Fed iria fazer seis corte de 0,25 ponto porcentual.

Os mercados emergentes, como é o caso do brasileiro, foram inundados de recursos. Em novembro e dezembro do ano passado, por exemplo, a entrada de recursos foi de R$ 21 bilhões e R$ 17,5 bilhões, respectivamente. Neste ano, com o cenário já desenhado de um ciclo de que de juros mais contido, já houve um movimento contrário.

“Em novembro e dezembro, quando houve aquela febre, eu dizia e continuo dizendo que os juros (nos EUA) iriam cair duas ou três vezes a partir do segundo semestre”, diz Alexandre Espírito Santo, economista-chefe da Way Investimentos. “O cenário está se avizinhando com o que eu falava.”

O que fica claro é que a batalha dos bancos centrais contra a inflação tem sido bastante árdua e mais difícil do que se esperava. A economia global passou por diversos choques com os estragos provocados pela pandemia, em especial com as interrupções das cadeias de produção, e pelos desdobramentos econômicos da guerra entre Ucrânia e Rússia.

O Fed começou a subir as taxas de juros em março de 2022 e chegaram ao intervalo atual de 5,25% a 5,50% ao ano em julho do ano passado. “É preciso muito cuidado celebrar a reversão dos choques. Não é uma coisa banal. Os choques vêm e não desaparecem sem deixar vestígios. Eles deixam marcas”, afirma Senna, do FGV/Ibre.

IstoÉ Dinheiro - SP   10/04/2024

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,26% na primeira quadrissemana de abril, repetindo a variação do fechamento de março, segundo dados publicados nesta terça-feira pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Na leitura inicial de abril, três dos sete grupos do IPC-Fipe perderam força ou ampliaram deflação: Habitação (de 0,12% em março a 0,02% na primeira quadrissemana deste mês), Alimentação (de 0,78% a 0,75%) e Transportes (de -0,04% a -0,07%).

Em outras três categorias, houve aceleração de preços ou queda menor dos custos de um período para o outro: Despesas Pessoais (de 0,34% a 0,51%), Saúde (de 0,28% a 0,46%) e Vestuário (de -0,38% a -0,23%).

O item Educação, por sua vez, mostrou recuo de 0,04% no primeiro levantamento de abril, igual ao registrado em março.

O Estado de S.Paulo - SP   10/04/2024

A equipe econômica analisa alterar a meta de resultado primário não só de 2025, mas também de 2026. Os números ainda são motivo de debates internos, mas a expectativa é por um desfecho ainda esta semana. O novo compromisso fiscal vai levar em consideração não só as projeções de arrecadação e gastos, mas também as estimativas de crescimento do PIB. Procurado, o Ministério da Fazenda não quis se manifestar.

O plano original, definido no ano passado, previa déficit zero neste ano, superávit de 0,5% em 2025 e 1% em 2026, com uma banda de 0,25% para cima ou para baixo, em cada ano.

Agora, para 2025, o governo poderá mirar o déficit zero, número considerado “crível” pela ala econômica. Na prática, haveria o adiamento de um ano no compromisso fiscal, já que a meta de déficit zero deveria ser atingida este ano.

Ainda que o número seja reduzido, há a visão na Fazenda de que os dados ainda seriam melhores do que os projetados pelo mercado financeiro. Segundo o Boletim Focus do Banco Central, a projeção para 2025 está em -0,6% do PIB, e para 2026, em -0,5%. O resultado zero seria atingido apenas em 2028, pela mediana das estimativas.

Há o entendimento de que o resultado primário não é um fim em si mesmo, mas um meio para se controlar a relação da dívida sobre o PIB. Por isso, serão intensificados esforços para que o País aumente a produtividade e possa crescer mais de forma “sustentável”.

Faz parte dessa agenda a renegociação da dívida dos Estados, com o compromisso de maior investimento em ensino médio profissionalizante. A proposta, no entanto, recebeu críticas de especialistas em política fiscal, já que não exige contrapartidas de cortes de gastos por parte dos governadores.

Esse olhar para o “denominador”, ou seja, o PIB, tem um efeito duplo. Primeiro, pelo lado das projeções, significa crescer também as estimativas de receitas. Para 2024, a Fazenda deve melhorar o número atual, de 2,2%, com impacto sobre a arrecadação. Isso pode ajudar o governo a abrir um crédito extra de até R$ 15,7 bilhões no Orçamento deste ano. Segundo, com o PIB mais forte, a dívida ficaria menor, dentro dessa relação dívida/PIB.

A pasta entende que o primeiro “ciclo” do ajuste fiscal ficou para trás, com o pagamento de várias despesas não contabilizadas do governo anterior, como por exemplo, os precatórios, e o reajuste do Bolsa Família, que não estava contido no Orçamento de 2023, embora tenha sido promessa de campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Agora, com as expectativas para a dívida pública “ancoradas”, na visão da equipe econômica, é possível fazer um ajuste nos compromissos fiscais, sem que isso provoque uma forte reação do mercado financeiro. Pelos dados do Focus, a dívida começaria a estabilizar em 2031, quando atingiria 86,5% do PIB, para ter uma leve redução para 85,2% em 2033.

Em um cenário mais otimista, a percepção é de que a mudança possa ser bem recebida pelos investidores, já que os números serão considerados mais condizentes com a realidade das contas públicas do País e as negociações do governo com o Congresso.

MINERAÇÃO

Investing - SP   10/04/2024

Analistas do Bank of America (NYSE:BAC) cortaram a recomendação das ações da Vale (BVMF:VALE3) para "neutra" ante "compra", conforme relatório a clientes nesta terça-feira, avaliando que a recuperação dos preços do minério de ferro parece distante.

O preço-alvo das ações negociadas na bolsa brasileira foi reduzido de 95 para 62 reais, enquanto o do ADR (recibo da ação negociado nos Estados Unidos) caiu de 20 para 13 dólares.

"Apesar da grande queda nos preços do minério de ferro no acumulado do ano, temos dificuldade em ver potencial de valorização de curto prazo para a commodity", afirmaram Caio Ribeiro e equipe.

Eles também citaram como potenciais componentes negativos provisões adicionais relacionadas à Samarco -- limitando eventuais dividendos extraordinários --, a renegociação do contrato de concessão ferroviária e a sucessão do CEO.

A equipe do banco norte-americano também cortou a recomendação de CSN (BVMF:CSNA3) e CSN Mineração (BVMF:CMIN3) para "underperform" ante "neutra", reduzindo os respectivos preços-alvo de 18 para 14 reais e de 8 para 5 reais.

Bradespar (BVMF:BRAP4) foi rebaixada para "underperform" ante "neutra", com o preço-alvo passando de 29 para 16 reais.

Usiminas (BVMF:USIM5) permaneceu com recomendação de "compra", mas o preço-alvo caiu a 12 reais, de 13 reais anteriormente, conforme o relatório, que trata ainda de outras empresas do setor de mineração e siderurgia na América Latina.

Investing - SP   10/04/2024

Os preços futuros do minério de ferro ampliaram os ganhos pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, sustentados por esperanças crescentes de melhora na demanda na China, maior mercado consumidor do produto, nas próximas semanas.

O minério de ferro mais negociado para setembro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 5,63%, a 815,5 iuanes (112,73 dólares) por tonelada, seu nível mais alto desde 25 de março, após um aumento de mais de 3% na segunda-feira.

O minério de ferro de maio, referência na Bolsa de Cingapura, subia 3,54%, a 107,95 dólares por tonelada, seu nível mais alto desde 26 de março, depois de avançar mais de 6% na sessão anterior.

As expectativas macroeconômicas gerais melhoraram um pouco após o anúncio da China em relação a suas políticas, incluindo o controle da produção de aço bruto, disseram os analistas da Huatai Futures em uma nota. Na última quarta-feira, a China revelou planos para administrar a produção este ano.

"As margens do aço melhoraram, o que pode encorajar as siderúrgicas a retomar a produção mais tarde, gerando, assim, mais necessidade de minério", disse a Huatai Futures, citando os altos estoques de minério nos portos e os embarques acima do normal como possíveis obstáculos.

MAIS DETALHES: China tornará políticas macroeconômicas mais consistentes, diz premiê segundo mídia estatal

Há também expectativa de que algumas siderúrgicas possam aumentar a produção para gerar mais fluxo de caixa antes de serem obrigadas a reduzir a produção no final deste ano, disseram os analistas.

A enxurrada de reabastecimento pós-feriado entre as siderúrgicas chinesas também ajudou o sentimento na terça-feira.

Os volumes de transações de minério de ferro nos principais portos aumentaram para 1,63 milhão de toneladas na segunda-feira, ante 305.000 toneladas no domingo, um dia útil na China, segundo dados da consultoria Mysteel.

A óbvia competitividade de custo do minério de ferro em relação à sucata de aço aumentou a atratividade da matéria-prima para a fabricação de aço, já que as margens permanecem apertadas, apesar de alguma melhora.

Outros ingredientes de fabricação de aço na bolsa de Dalian também registraram ganhos, com o carvão metalúrgico e o coque subindo 3,36% e 2,5%, respectivamente.

Money Times - SP   10/04/2024

Em relatório publicado nesta terça (9) pela XP Investimentos, os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano fazem projeções sobre o 1T24 no setor de Mineração e Siderurgia e de Papel e Celulose. De acordo com o relatório, a expectativa para os setores é mista.

Para as mineradoras, com a indústria siderúrgica no Brasil ainda enfrentando um ambiente desafiador, os analistas esperam que a exposição da Gerdau (GGBR4) na América do Norte e os esforços de eficiência de custos da Usiminas (USIM5) impulsionem uma sólida melhora no EBITDA T/T no 1T24E, como dois dos destaques deste trimestre.

Contudo, o lado negativo do setor cai sob a Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3). Isso se dá devido ao impacto da baixa performance do minério de ferro no primeiro trimestre de 2024. Apesar disso, os analistas não descartam uma potencial recuperação da commodity.

“Aura (AURA33) deve publicar resultados positivos (apoiado por um desempenho sólido de produção no 1T24), com números ainda pressionados para a CBA (CBAV3) (embora todos os olhos estejam voltados para a recente recuperação dos preços do alumínio)”, destacam.

Melhor ambiente para Papel e Celulose

Já para o setor de Papel e Celulose, os analistas preveem um trimestre relativo melhor para as empresas expostas à celulose, com o atual ambiente de preços estabelecendo um tom positivo para o 2T24. O desempenho no preço da celulose foi de +8% acumulado no ano, sendo inesperado para o mercado.

De acordo com o relatório, a Suzano (SUZB3) será destaque no setor, sendo a empresa também beneficiada pela continuidade do melhor desempenho de custos no 1T24.

“Do lado negativo, esperamos um trimestre ligeiramente mais fraco para a Irani (RANI3), impactado por preços ligeiramente mais baixos de caixas de papelão ondulado e custos mais elevados relacionados a OCC”, afirmam.

Recomendações da XP Investimentos

A recomendação da XP Investimentos é ficar de olho nos potenciais efeitos do estímulo governamental relacionado com a habitação nos indicadores macro chineses. Além disso, é importante averiguar como isso se reflete na procura de aço e preços do minério de ferro.

Por fim, de acordo com os analistas, também é importante checar os preços do aço e rentabilidade das siderúrgicas na China, além das perspectivas de rentabilidade para as empresas papeleiras (especialmente na China) e potenciais novas interrupções no fornecimento de celulose.

As recomendações de compra dos analistas foram para Vale, Gerdau, CBA, Aura e Suzano.

Já para as ações da CSN, CSN Mineração, Usiminas, Klabin (KLBN11) e Irani as recomendações foram neutras.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   10/04/2024

O total dos novos ciclos de investimentos da indústria automobilística no país subiu para R$ 110,85 bilhões

A onda de anúncios de novos investimentos das montadoras no Brasil continuou no início de abril. Na semana passada, o grupo brasileiro HPE, representante da Mitsubishi no país, anunciou R$ 4 bilhões na fábrica de Catalão (GO) até 2032.

Os recursos serão usados para modernizar e preparar a linha para a produção de veículos híbridos. Além disso, recentemente, a chinesa BYD elevou o valor que precisa inicialmente para instalar uma fábrica na Bahia de R$ 3 bilhões para R$ 5 bilhões.

Com isso, o total dos novos ciclos de investimentos da indústria automobilística no país subiu para R$ 110,85 bilhões. O valor soma o total de recursos anunciados para o período que vai de 2021 a 2032 e inclui apenas os fabricantes de carros e comerciais leves.

Os fornecedores se preparam para acompanhar as montadoras e tirar proveito da perspectiva de aumento de demanda por peças fabricadas no país e nacionalização de itens que hoje são importados.

Diante dos montantes anunciados pelos fabricantes de veículos, o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes (Sindipeças) vai revisar projeções de investimentos do setor este ano.

A previsão inicial era de crescimento de 2%. Avaliação preliminar mostra agora que, com os recentes anúncios das montadoras, o aumento poderá chegar a 5%, o equivalente a R$ 6,1 bilhões apenas em 2024.

Além da perspectiva de aumento de demanda de peças em razão dos investimentos anunciados para renovar os veículos, o setor se empolga com o crescimento do mercado interno, puxado, sobretudo, pela queda na taxa de juros.

A produção de veículos automotores no Brasil registrou queda de 11,8% em março, quando comparado ao mesmo período do ano anterior, com 195,7 mil unidades produzidas. No entanto, houve um aumento de 3,2% quando comparado ao mês de fevereiro.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o aumento na produção é reflexo do mercado interno aquecido. No mesmo período, as vendas aumentaram de 165,2 mil para 187,7 mil unidades.

No mercado interno, o indicador mais importante do aquecimento, segundo a Anfavea, é o da média diária de emplacamentos. A média de 9,4 mil unidades em março cresceu 7,9% em relação a fevereiro e 8,5% sobre março de 2023.

No ano, a média diária de emplacamentos é 12,6% superior à do primeiro trimestre de 2023.

O total de vendas acumuladas no trimestre é de 515 mil autoveículos, 9,1% a mais que no ano passado.

Os fabricantes mantêm otimismo. Segundo o presidente da Anfavea, Márcio Lima Leite, o bom desempenho do setor no trimestre deve continuar ao longo de 2024.

Não será, portanto, necessário reivindicar ao governo mais um programa de incentivo para a compra de veículos, como ocorreu no fim do primeiro semestre de 2023.

Ao comentar os resultados do setor nos três primeiros meses do ano, Leite disse que a Anfavea mantém a previsão de alta de 6% para o ano.

O aumento na produção em março só não foi mais acentuado pelo fraco desempenho das exportações. Na comparação com março de 2023, o volume de exportações diminuiu 28%.

Já o segmento de caminhões começa a se recuperar. A produção em março aumentou 10,5% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, o avanço chegou a 19,7%.

Segundo a Anfavea, apesar da volta gradual do imposto de importação para carros híbridos e elétricos, houve aumento de 37,7% nas vendas de carros produzidos no exterior no primeiro trimestre.

A produção de caminhões em março foi a mais alta em 12 meses, aproximando o segmento de seu “patamar normal de mercado”, segundo a Anfavea. A produção de ônibus subiu 61,6% impulsionada por ano eleitoral e o programa federal “Caminho da Escola”.

Valor - SP   10/04/2024

A proporção de leasing entre as vendas de veículos elétricos nos Estados Unidos aumentou até 90% para alguns modelos, à medida que as montadoras estrangeiras aproveitam uma brecha que permite que alguns carros fabricados no exterior recebam os mesmos créditos fiscais que aqueles montados em solo americano.

A sul-coreana Hyundai Motor e a alemã BMW estão oferecendo um “bônus” ou “crédito” de aluguel de US$ 7.500 a quem arrendar um novo veículo elétrico nos Estados Unidos, mesmo que seus carros não sejam montados na América do Norte.

O Serviço de Pesquisa do Congresso dos Estados Unidos analisou estes descontos para leasing, alertando num relatório no início de Março que "a excepção dos veículos arrendados pode promover maiores reduções de emissões à custa da indústria nacional".

O motivo da preocupação é que os negócios anunciados aproveitam ao máximo as exceções especiais da política dos Estados Unidos.

A Lei de Redução da Inflação (IRA) de 2022, promulgada pelo presidente americano, Joe Biden, como um catalisador para a disseminação de veículos elétricos, oferece créditos fiscais de até US$ 7.500 para compradores de veículos elétricos. Um dos requisitos é que a montagem final do veículo ocorra na América do Norte, com o objetivo de incentivar o investimento relacionado a veículos elétricos nos Estados Unidos e apoiar a descarbonização.

No entanto, mesmo que um carro seja fabricado fora da América do Norte e não seja elegível para créditos fiscais de compra direta, os consumidores ainda poderão usufruir desse benefício se arrendarem o veículo. A Coreia do Sul e a Europa opuseram-se ao aspecto protecionista dos créditos fiscais do IRA e, em última análise, foi criada uma lacuna para veículos negociados via leasing.

Quando uma empresa de leasing compra um carro e o arrenda a um consumidor, se repassar o benefício fiscal na forma de bônus ou crédito, poderá efetivamente reduzir o custo final, como se o carro fosse fabricado na América do Norte.

O Comitê Bipartidário do Orçamento Federal Responsável prevê que, devido ao aumento dos créditos fiscais e outros fatores, o financiamento necessário para os programas do IRA mais do que duplicará em relação à estimativa inicial, para mais de US$ 800 bilhões até 2031.

O impacto da brecha foi sentido imediatamente. O leasing foi responsável por 30% dos novos contratos de veículos elétricos entre outubro e dezembro de 2023, subindo de 9,8% no ano anterior, de acordo com a empresa de relatórios de crédito Experian.

Por modelo, 60% dos Hyundai Ioniq 6s e quase metade dos Ioniq 5s são arrendados. Na BMW, o leasing foi responsável por 79% das compras do i4 e 91% das compras do iX. O Nissan Ariya também foi arrendado em quase 80% das vendas.

Esses veículos elétricos não atendem aos requisitos de montagem norte-americanos para compra de créditos. Apesar de se desviarem do propósito original do IRA, eles são tratados da mesma forma que os carros que atendem aos requisitos e agora são dirigidos por consumidores em geral.

O arrendamento não é a forma mais comum de compra de veículos pelo consumidor, e o IRA afirma que a brecha se destina a veículos comerciais qualificados. Ainda assim, o Serviço de Pesquisa do Congresso observou no seu relatório que “a Hyundai arrenda mais de 40% dos seus veículos elétricos, contra apenas 5%” antes de alguns dos regulamentos entrarem em vigor.

Os veículos eléctricos tornaram-se sinônimo dos esforços de Biden para combater as alterações climáticas, aos quais os republicanos responderam tornando-os um alvo antes das eleições presidenciais de novembro. O ex-presidente Donald Trump, possível candidato republicano, prometeu em um evento em Ohio, em 16 de março, revogar partes da lei de Biden em seu primeiro dia no cargo, caso seja eleito.

Quatro dias depois, o governo dos Estados Unidos anunciou regulamentos ambientais para automóveis que seriam aplicáveis a partir de 2027, relaxando a sua posição anterior que teria efetivamente exigido a rápida adoção dos elétricos.

A flexibilização veio em resposta a pedidos tanto dos trabalhadores como da gestão de grandes fabricantes de automóveis nacionais, como a General Motors, que é contra cumprir os regulamentos de emissões da forma como estavam. Biden está depositando algumas de suas esperanças de reeleição nos votos sindicais.

Valor - SP   10/04/2024

Lítio é usado em baterias para celulares, notebooks e veículos elétricos

Elon Musk — Foto: Bloomberg

Declarações de Elon Musk que desafiaram diretamente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes com ameaças de desrespeitar determinações judiciais fizeram surgir rumores pela internet de que o bilionário, maior acionista da Tesla, poderia estar, de alguma forma, de olho nas reservas de lítio do Brasil. No entanto, isso não faz sentido.

No século dos smartphones, computadores e veículos elétricos, o lítio foi apelidado de "petróleo branco". O metal, que é o menos denso da tabela periódica, é disputado no mercado por ser um dos "minérios críticos" para o desenvolvimento da alta tecnologia e indústrias relacionadas à energia verde.

O lítio pode ser usado na fabricação das baterias de íon-lítio, de cerâmicas e vidros, na produção de lubrificantes automotivos com resistência térmica e na composição de outros produtos.

lítio — Foto: Divulgação/Sigma Lithium

Mesmo que o metal esteja catalogado desde o século XIX, foi a necessidade do mercado de baterias que fez com que novas — grandes — reservas de lítio fossem identificadas ao redor do mundo, aponta o professor Luciano Andrey Montoro, do departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Foi o caso da Bolívia, que descobriu nos últimos anos mais de 20 milhões de toneladas do metal em seu território.

Antes do avanço das novas tecnologias, em 2010, o consumo de lítio era voltado principalmente para a produção de cerâmicas e de vidro (31%), enquanto outros 23% do minério iam para aplicação em baterias. Pouco mais de uma década depois, em 2023, o uso em baterias saltou para 84% do total extraído no mundo, como apontam dados do United States Geological Survey, o serviço geológico dos EUA.

Tesla, de Elon Musk

Sendo a Tesla a segunda maior fabricante de veículos elétricos do mundo — atrás apenas da chinesa BYD — e, portanto, uma grande compradora das baterias de íon-lítio, a montadora de Musk se torna uma das principais interessadas na extração do minério do mundo.

O interesse é tanto que, em 2022, Musk chegou a dizer em sua rede social X (ex-Twitter) que, devido aos preços do lítio terem disparado ante a alta da demanda no mercado, "a Tesla pode realmente ter que entrar na mineração e no refino diretamente em escala, a menos que os preços melhorem".

Reservas de lítio do Brasil

As reservas de lítio do Brasil, contudo, podem não ser a prioridade de Musk. Isso porque, segundo especialistas em mineração ouvidos pelo Valor, a reserva brasileira mapeada atualmente pode ser boa, mas é modesta frente aos nossos vizinhos sul-americanos e a países estratégicos para Musk, como China e Austrália.

O mais recente relatório publicado pelo USGS aponta que, atualmente, as maiores reservas estão concentradas na América do Sul, com o apelido de "Triângulo do Lítio", formado por Bolívia, Argentina e Chile. O Brasil fica mais atrás, com estimativas de reservas que não alcançam 1 milhão de toneladas.

Maiores reservas de lítio no mundo (2024):

  • Bolívia, 23 milhões de toneladas
  • Argentina, 22 milhões de toneladas
  • Estados Unidos, 14 milhões de toneladas
  • Chile, 11 milhões de toneladas
  • Austrália, 8,7 milhões de toneladas
  • China, 6,8 milhões de toneladas
  • Alemanha, 3,8 milhões de toneladas
  • Canadá, 3 milhões de toneladas
  • Congo, 1 milhão de toneladas
  • Rússia, 1 milhão de toneladas
  • Mali, 890 mil toneladas
  • Brasil, 800 mil toneladas

Maiores produtores de lítio (2024)

Já quando o assunto é produção de lítio, o cenário favorece o Brasil, que ocupa a quinta posição.

  • Austrália, 86 mil toneladas
  • Chile, 44 mil toneladas
  • China, 33 mil toneladas
  • Argentina, 9,6 mil toneladas
  • Brasil, 4,9 mil toneladas

*O governo dos Estados Unidos, apesar de elaborar o relatório de produção mundial, não divulga seus dados domésticos.

Mesmo que não se destaque entre o volume total descoberto, estar entre os maiores produtores do mundo fazem o Brasil se destacar no setor, defende a gerente de assuntos minerários do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) Aline Nunes.

"Pensando em logística, custos, qualidade e processo tecnológico, a soma desses fatores diante de outros países fazem com que o Brasil se torne um player também", diz Nunes.

O setor também caminha com pesquisas de exploração para, assim, encontrar novas reservas do país. Hoje, o Brasil tem 1,7% de participação na produção mundial de lítio, segundo informado pelo Ministério de Minas e Energia.

A pasta explica que o lítio brasileiro é extraído do mineral espodumênio, em pegmatitos, que é encontrado no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais; na província de Borborema, localizada entre os estados de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará e na província de Solonópole, também no Ceará.

Por aqui, as principais empresas que mineram o lítio são Sigma Lithium, AMG e a percussora Companhia Brasileira de Lítio (CBL). A carga brasileira tem como destino a China, que transformará o lítio em baterias a serem utilizadas em todo o mundo — inclusive, possivelmente, nos carros da Tesla. O Ministério de Minas e Energia não informou a percentual exportado para o país asiático.

Tesla dá passos em direção ao mercado de lítio

Hoje, a Tesla compra as baterias de lítio de fornecedores na China. Mas isso pode mudar nos próximos anos.

No ano passado, a companhia iniciou a construção de uma enorme refinaria de lítio no Texas, nos EUA, com um investimento de US$ 365 milhões na planta. Musk chamou a fábrica de "máquina de imprimir dinheiro". O início da produção está previsto para 2025, o que fará da Tesla a única montadora a produzir seu próprio lítio no mundo.

ATUALIZAÇÃO: o texto e o título da reportagem foram editados para trazer mais clareza às informações.

Valor - SP   10/04/2024

Grupo terá direito a “créditos financeiros” para investir “em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica que contribuam para a descarbonização da frota de carros, ônibus e caminhões”; outros 18 pedidos estão em análise

O governo federal concedeu nesta terça-feira (09) as primeiras autorizações para que empresas participem formalmente do Mobilidade Verde e Inovação (Mover), programa de incentivo e descarbonização do setor automotivo. Além disso, a União analisa solicitações de outras 18 companhias que querem participar programa.

As autorizações desta terça-feira alcançaram 23 empresas e foram concedidas por meio de portarias publicadas no Diário Oficial da União (DOU). São elas: Toyota, Horse, Renault, Peugeot-Citroen, Volkswagen, Sodecia, GM, Mercedes-Benz, Nissan, Honda, Weg Drive & Controls, Marcopolo, FCA Fiat Chrysler, Weg equipamentos elétricos, FTP, Eaton, On-Highway, Volks Truck & Bus, Bosch, Faurecia, FMM, Schulz e Ford.

Conforme as regras do programa, esse grupo terá direito a “créditos financeiros” para investir “em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica que contribuam para a descarbonização da frota de carros, ônibus e caminhões”, lembrou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) em comunicado. As empresas precisarão “apresentar seus projetos” para “requisitar os créditos proporcionais aos investimentos”. Os créditos, por sua vez, vão variar de R$ 0,50 a R$ 3,20 por cada R$ 1 investido “acima de um patamar mínimo”. O programa prevê a concessão de R$ 19,3 bilhões em créditos entre 2024 e 2028 e “a criação do Fundo Nacional para Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (Fndit), cujos recursos devem ser aplicados em programas prioritários para o setor de autopeças e demais elos da cadeia automotiva”.

“Quanto maior o conteúdo nacional de inovação presente nas etapas produtivas, maior o crédito. A busca por mercados externos também resulta em incentivos adicionais”, diz o Mdic. “Caso não realize os investimentos previstos, a empresa é desabilitada e tem de devolver os recursos recebidos.”

Para participar, as companhias precisam já ter produção em vigor no Brasil ou “projeto de desenvolvimento” anunciado para o país.

Além disso, “independentemente de se habilitarem ou não para usufruir dos créditos financeiros, todas as empresas deverão cumprir os requisitos obrigatórios do programa”. Um exemplo é o critério usado para calcular as emissões de carbono, que mudou em relação ao Rota 2030, antecessor do Mover.

O Mdic ainda informou que, dos 18 pedidos em análise, 11 “são para projetos de desenvolvimento, incluindo novas plantas, novos modelos e relocalização de fábricas”. Outros três “são para serviços de pesquisa de empresas que não fazem carros nem componentes, mas têm centros” de pesquisa e desenvolvimento e laboratórios no Brasil. “

“As outras quatro são empresas com fábricas já em funcionamento”, disse a pasta.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Construção Latino-americana - SP   10/04/2024

A ABRAMAT (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) divulga nessa terça-feira, 09, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela FGV com dados do IBGE, apresentando os dados de faturamento do setor. O estudo indica que o faturamento deflacionado das indústrias de materiais apresentou crescimento de 2,8% no acumulado até março em relação ao mesmo período do ano anterior. Já na comparação com o mesmo mês de 2023 o faturamento foi 0,7% menor, e na comparação com fevereiro deste ano também houve queda de 1,6%, interrompendo a sequência de três meses de crescimento.

A nova edição da pesquisa aponta os dados consolidados de fevereiro de 2024. No período, a indústria de materiais de construção teve faturamento 5,2% maior que o observado em fevereiro de 2023, configurando o terceiro mês de alta nessa comparação. O índice de fevereiro também mostrou crescimento em relação a janeiro de 2024, com expansão de 0,8%.

Apesar da primeira queda no faturamento em março, a ABRAMAT prevê crescimento de 2,0% este ano no faturamento total deflacionado dos materiais de construção em relação a 2022. “Apesar da retração em março, tivemos um bom desempenho nos últimos três meses o que nos leva a uma certa tendência de crescimento sustentável no faturamento da indústria de materiais de construção. Fatores macroeconômicos, como crédito caro e endividamento das famílias, que dificulta a retomada do varejo, seguem pressionando nosso setor. Mesmo assim, prevemos crescimento de 2% para este ano. Muito por retomada de obras, desdobramentos da Reforma Tributária, a Nova Indústria Brasil (em particular a Missão 3, que trata de infraestrutura), são pontos positivos que contribuem para essa perspectiva”, ressalta Rodrigo Navarro, presidente da ABRAMAT.

FERROVIÁRIO

Exame - SP   10/04/2024

Com uma malha de 30 mil quilômetros, as ferrovias correspondem atualmente a 27% do volume de carregamento de cargas, e há potencial para crescimento nos próximos anos. É o que atesta estudo realizado pela Fundação Dom Cabral, que levou em consideração modais rodoviário, hidroviário, dutoviário e navegação de cabotagem.

Segundo os dados do levantamento, é a primeira vez que a malha ferroviária ultrapassa um quarto do volume transportado proporcionalmente. A pesquisa foi realizada considerando os seguintes grupos de produtos: alimentos e bebidas processados; carvão mineral; celulose e papel; cimento ensacado; combustíveis; farelo de soja; fertilizantes importados; manufaturados; minério de ferro; outros artigos da lavoura e pecuária; outros minerais; petroquímicos; produtos básicos de borracha; e soja em grãos.

“Existe um senso comum no País de que o uso da ferrovia não ultrapassa os 23% no transporte de cargas. Com o estudo, pudemos observar o aumento do uso desse modal, principalmente no transporte de granel agrícola. Identificamos que existe carga, porém é preciso uma malha ferroviária que suporte essa demanda. Caso contrário, esse aumento poderá inclusive retroceder até 2035”, comentou Paulo Resende, professor e coordenador do Núcleo de Infraestrutura, Supply Chain e Logística da Fundação Dom Cabral.

Ainda que tenha evoluído, o modal ferroviário está distante da ligação rodoviária, que permanece no topo da lista com 62,2% do volume transportado.

“Identificamos que o modal rodoviário está ainda muito acima do ferroviário, ou seja, transportando carga que não deveria em longas distâncias. Poderíamos ter uma maior participação ferroviária se houvesse investimento, principalmente para um maior alinhamento entre o volume de cargas e a produção de transporte. Existe a demanda”, frisou.

Transnordestina

Na sexta-feira, 6, em visita a Iguatu, no Ceará, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as obras da ferrovia Transnordestina serão finalizadas no máximo no primeiro trimestre de 2027. A construção começou em 2006, no último ano do primeiro mandato do petista.

O governo considera essa linha férrea como novo marco no escoamento da produção de Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia, o que representa uma redução no custo logístico que pode baratear o custo final dos produtos brasileiros em comparação com concorrentes estrangeiros.

Outra ligação importante no processo de integração das regiões – e também para o escoamento da produção –, a Ferrovia de Integração Oeste-Leste vai conectar o futuro Porto de Ilhéus (no litoral baiano) a Figueirópolis (em Tocantins). Ambas as construções fazem parte do conjunto de obras listadas para receber recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Rodoviário

O Estado de S.Paulo - SP   10/04/2024

O governo de São Paulo realiza consulta pública para conceder à iniciativa privada 125 quilômetros de rodovias, incluindo o trecho da Rodovia Raposo Tavares entre a capital e Cotia, na região metropolitana.

Com movimento de 188 mil veículos por dia, o trecho é um dos principais gargalos de trânsito e, após a concessão, terá seis pórticos para cobrança automática de pedágio, que hoje não é cobrado.

Interligando bairros, condomínios e complexos comerciais e industriais, a rodovia tem características de grande avenida e trava nos horários de pico. Diferentes projetos para melhorar a via têm sido discutidos há mais de 20 anos.

O projeto Nova Raposo prevê investimentos de R$ 9,07 bilhões e faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do governo paulista.Na semana passada houve em Vargem Grande Paulista a 2ª audiência pública sobre o projeto – a 1ª foi em 28 de março, na capital -, mas interessados podem enviar sugestões até 18 horas do dia 16 para o endereço eletrônico novasconcessões@artesp.sp.gov.br.

O projeto da Nova Raposo faz parte dos 1,8 mil quilômetros de rodovias qualificados no programa de parcerias e que passarão por novas licitações.

A proposta é conceder trechos de vias operadas hoje pela concessionária ViaOeste e incluir rodovias sob a gestão do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), como o trecho inicial da Raposo até Cotia, e a SP-029, que interliga a Raposo e a Castello Branco, passando por Cotia e Itapevi.

A ligação Castello-São Roque (SP-053) e o trecho municipal da ligação Cotia-Embu das Artes também serão concedidos.

O projeto prevê duplicar 36,16 km de rodovias, implementar 36,65 km de faixas adicionais, 48,26 km de vias marginais, construir 24 novos dispositivos viários, adequar 59 intervenções chamadas de obras de artes especiais, o que inclui pontes e viadutos, 38 novas passarelas e 73 pontos de ônibus.

Os recursos serão aplicados também em melhorias de dispositivos de acesso e retorno e outras obras de infraestrutura viária, além de serviços de atendimento ao usuário e sistemas de câmeras. Os estudos para o projeto foram contratados com a International Finance Corporation (IFC), do Banco Mundial.
Pedágios sem cabines

Os novos trechos concedidos terão pedágios sem cabines, com sistema automático livre e pagamento da tarifa por meio 100% automático (sistema free flow).

A tarifa será calculada por trecho percorrido. As vias atualmente sob concessão da ViaOeste (cujo contrato vai vencer) terão as praças de pedágio convertidas em pórticos, o que, segundo o governo, vai permitir redução em torno de 20% na tarifa atual.

A Raposo terá seis pórticos de cobrança entre o km 11,8 e o km 39,1. Hoje, o primeiro pedágio fica no km 46, na divisa de Vargem Grande Paulista com São Roque, e tem tarifa básica (carro) de R$ 12,20.
Projeto discutido há 20 anos

Projetos para melhorar a mobilidade na região são discutidos há mais de duas décadas. O trecho inicial, do bairro do Butantã, na capital, até o km 34, em Cotia, ficou fora do primeiro programa de concessões da gestão Mário Covas (PSDB), em 1998. Na época, já predominava no trecho o tráfego urbano.

No início da década seguinte foi proposta a construção de um monotrilho entre São Paulo e Cotia para reduzir o tráfego rodoviário.

O projeto não saiu do papel e, a partir de 2010, passou-se a estudar a implantação de uma linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) para fazer o mesmo percurso. Desde 2022, vêm sendo realizados estudos para a extensão da futura Linha 22-Marrom do Metrô paulistano até Cotia.

O projeto prevê 19 estações ao longo de 29 quilômetros, ligando as estações do Sumaré (Linha 2-Verde), na capital, à estação de Cotia, além de um pátio para 50 trens. A demanda estimada é de 650 mil passageiros por dia.

Um projeto para melhorar a mobilidade na Raposo Tavares chegou a ser anunciado também pelo então governador de São Paulo João Doria (na época no PSDB) em agosto de 2021.

O projeto atual vem sendo defendido desde o ano passado pelo secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini. Ele já esteve em reuniões com prefeitos e representantes dos municípios de Cotia, Itapevi, Araçariguama, Vargem Grande Paulista, Jandira e Carapicuíba para apresentar o plano.
‘Raposo Tavares não é mais estrada, é avenida’

Alguns ajustes no projeto ainda podem ser feitos com base nas sugestões que serão encaminhadas até o dia 16. A prefeitura de Vargem Grande Paulista, por exemplo, reivindica a construção de uma passagem elevada sobre as pistas expressas da Raposo na região central da cidade, interligando o centro aos bairros.

Segundo o município, a rodovia dividiu o município em duas partes e as ligações atuais estão saturadas, causando prejuízo à mobilidade urbana.

Em redes sociais, internautas reagiram ao projeto.

“Estou no km 26 da estrada do Embu e tem dia que dá mais de uma hora para chegar até a Raposo. Em 13 anos, já ouvi falar sobre metrô, viaduto no km 25, mas a verdade é que continuam aumentando os condomínios e a Raposo está cada vez pior”, publicou um internauta.

“Moro na estrada do Embu e vou pagar para sair de casa”, disse outra internauta. Há quem duvide do impacto positivo das obras. “Mais uma requentada em um projeto maroto para cobrar pedágio e mudar congestionamento de lugar. A Raposo Tavares não é mais estrada, é avenida e tem de ter lógica urbana”, escreveu um terceiro morador.

Moradores do condomínio Granja Viana, em Cotia, decidiram criar uma associação para discutir detalhes do projeto com o governo estadual. Eles questionam as novas alças no acesso e retorno à Avenida São Camilo que, segundo dizem, foram posicionadas sem considerar o fluxo de tráfego da Rua José Félix de Oliveira, no km 24 da Raposo, e da Estrada da Aldeia, de acesso a Carapicuíba, no km 22.

As duas alças, se mantido o posicionamento do projeto, podem trazer impacto negativo para o sistema viário local e prejudicar o acesso dos moradores ao condomínio, de acordo com eles.

Conforme a Secretaria de Parcerias e Investimentos do governo estadual, o projeto pode sofrer ajustes com base nas sugestões e contribuições que ainda estão sendo recebidas.

Segundo ele, com a Nova Raposo, o Butantã vai sofrer grande impacto, já que há estímulo de aumento de tráfego. “A região do Butantã vem ganhando cada vez mais qualidade urbana por meio de parques e áreas verdes, incluindo corredores ecológicos, graças a investimentos públicos e esforços da comunidade”, observa ele.

“São concepções divergentes de cidade. Uma que reforça a visão rodoviarista representada pelo projeto de potencialização da Raposo Tavares dentro da malha urbana e outra que prioriza o transporte de massa e a busca de maior qualidade urbana do Butantã e dos seus distritos desde a Raposo Tavares”, diz. “É a escolha entre um caminho sustentável e outro de ampliar impactos de tráfego e excesso de circulação de cargas e veículos sobre a região.”

Para Regis Frigeri, observador certificado do Observatório Nacional de Segurança Viária, as ipropostas, como construir marginais contínuas, terceiras e quartas faixas e pórticos para cobrar pedágio, visam a melhorar a capacidade e fluidez e reduzir congestionamentos. “No entanto, é crucial considerar os possíveis impactos dessas intervenções, tanto durante a fase de construção, quanto após a implementação do pedágio”, diz.

Segundo ele, o aumento da capacidade viária pode atrair mais veículos para a rodovia e resultar em mais congestionamento em certos pontos, além de piorar a qualidade de vida dos moradores da região, especialmente no entorno do Butantã.

“Além disso, é preciso avaliar a integração com o transporte público para garantir opções viáveis e sustentáveis de deslocamento”, destaca o especialista em mobilidade, que também alerta para a necessidade de considerar não só “a demanda atual, mas também projeções futuras de crescimento populacional e desenvolvimento urbano’.

Segundo ele, embora as intervenções possam trazer benefícios em termos de melhoria da capacidade viária, é essencial que o governo também conduza uma análise abrangente dos impactos socioambientais e econômicos.

A concessionária CCR Viaoeste, que administra o Sistema Castello-Raposo desde 1998, informa que seu contrato de concessão termina em 29 de março de 2025 e diz estar focada em concluir as obras de ampliação da capacidade e modernização da Castello Branco, com a construção do novo acesso a Osasco, na implantação das obras das pistas marginais em Barueri, bem como na duplicação da Raposo nas regiões de São Roque, Mairinque e Sorocaba.

Em relação à licitação da Nova Raposo, o Grupo CCR informou que tem interesse na manutenção da concessão da rodovia e esclarece que, uma vez que o edital seja publicado, irá analisar a documentação, segundo o trâmite habitual nesse tipo de processo competitivo.

Procurada para comentar o projeto e possíveis impactos na região cortada pela Raposo na capital, a Prefeitura de São Paulo informou que as propostas ainda estão em fase de consulta pública pelo governo estadual e devem ser apresentadas oportunamente ao Município.

Já a prefeitura de Cotia disse que o projeto foi apresentado à gestão e, em um primeiro momento, “atende todas as reivindicações que a municipalidade propôs” ao Estado, com necessidade apenas de “complementos pontuais”.

Diário do Comércio - MG   10/04/2024

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou em São João del-Rei, no Campo das Vertentes, onde cumpria o segundo dia de agenda de compromissos no Estado, que Minas Gerais receberá, só este ano, R$ 1 bilhão para obras em rodovias.

“Assumi o compromisso de estar todos os meses em Minas Gerais para a impulsionar esta agenda e conquistar os investimentos que são esperados há muitos anos”, garantiu.

Depois de passar por Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro, na última segunda, e anunciar no Vale do Aço, na companhia do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, investimentos da ordem de R$ 130 milhões nas BRs 381 e 116, Renan Filho assinou nesta terça (9), em São João del-Rei, o termo de ordem de serviço para o início de obras de adequação para um novo trecho da BR-265, que prevê verba de R$ 53 milhões de São João del-Rei até Lavras, conforme antecipou o DIÁRIO DO COMÉRCIO.

De acordo com o ministro, apenas neste exercício, o atual governo investirá nas estradas mineiras um volume cinco vezes maior que o governo anterior. “O último ano do governo Bolsonaro investiu R$ 216 milhões em toda Minas Gerais. Só neste contrato estamos investindo R$ 73 milhões. Vamos investir, neste ano, mais de R$ 1 bilhão”, disse o ministro em relação aos R$ 53 milhões anunciados mais R$ 20 milhões de São João del-Rei a Barbacena, onde as obras já começaram.

Renan Filho ressaltou que o Estado terá um volume de investimentos considerável, ancorado em outros contratos pelo País. “Estamos fechando contratos que vão abrir um volume de investimentos importante para o estado de Minas Gerais. Será um novo momento para Minas”, comentou.

Em dois dias de visita ao Estado, o ministro dos Transportes, Renan Filho, entregou o Complexo Viário do Trevão, em Monte Alegre de Minas, que compreende o entroncamento entre as BRs 153 e 365, anunciou os investimentos para a BRs 381 e 116 e, nesta terça (9) finalizou a visita ao Estado com a assinatura das obras de intervenções na BR-265.

Ao relembrar todas as entregas, prometeu ainda mais investimentos para a malha rodoviária mineira e disse estar confiante no leilão da BR-381, que deve acontecer, de acordo com ele, em agosto.

O ministro explicou que só está aguardando a autorização do Tribunal de Contas da União (TCU) para abrir o edital. E lembrou que após o edital publicado são necessários 100 dias para que todos tomem conhecimento do leilão.

“Em agosto vamos fazer o leilão da BR-381, que agora será exitoso porque melhoramos os parâmetros para licitação. Têm obras do governo federal em todas as regiões de Minas e os investimentos serão crescentes até o final do governo do presidente Lula”, disse.

Obras da BR-265 serão entregues em setembro

As obras para manutenção da BR-265 compreendem o trecho que liga a BR-040 à BR-381 e têm previsão de conclusão para setembro. “De Lavras a Barbacena, vamos ajeitar a BR-265 toda passando por Nazareno e São João de-Rei – uma região muito importante aqui da Zona da Mata mineira e que certamente vai ajudar no desenvolvimento do Estado e na melhoria da qualidade de vida das pessoas”, disse o ministro dos Transportes.

A BR-265 é uma das rodovias mais perigosas de Minas Gerais, com pistas estreitas, curvas acentuadas e trechos sinuosos. Há anos os motoristas que passam pelo trecho reclamam da falta de manutenção na estrada que dá acesso, inclusive, a algumas cidades históricas do Estado.

Para os usuários da BR-265, a construção das terceiras pistas é considerada uma obra fundamental para garantir mais segurança na estrada. Sobre elas, o ministro afirmou que já existem algumas terceiras pistas, como no trecho de São João de-Rei – Barbacena. “Agora, vamos fazer de São João de-Rei a Lavras, por meio de um contrato que será discutido em setembro. Virei entregar este contrato que assinamos hoje e discutir os investimentos de 2025/2026, que certamente incorporarão as terceiras faixas e a possibilidade de contornos rodoviários”, adiantou.
Ministro Alexandre Silveira não acompanhou 2º dia de visita

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que estava acompanhando o ministro dos transportes, Renan Filho na agenda em Minas Gerais, não conseguiu estar presente no segundo dia. O motivo foi a cerimônia de assinatura da Medida Provisória das Energias Renováveis e da Redução Tarifária, em Brasília, na qual acompanhou o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

NAVAL

Monitor Digital - RJ   10/04/2024

O Porto de Tianjin, no norte da China, movimentou mais de 5,41 milhões de unidades equivalentes a vinte pés (TEUS) de contêineres no primeiro trimestre deste ano, um aumento anual de 7,2%, estabelecendo um novo recorde, disseram as autoridades portuárias.

O Porto de Tianjin viu a sua movimentação de carga atingir 118 milhões de toneladas nos primeiros três meses de 2024, um aumento anual de 3,2%, de acordo com o Grupo Portuário de Tianjin.

No início deste ano, o porto lançou uma nova rota marítima direta para facilitar as importações de cerejas do Chile. Isto marca o primeiro serviço de transporte direto de cerejas latino-americanas para a região Beijing-Tianjin-Hebei.

O Porto de Tianjin, localizado na costa do Mar de Bohai, é um importante ponto de embarque no norte da China. Atualmente, abriu 145 rotas de contêineres mantendo o comércio com mais de 500 portos em mais de 180 países e regiões ao redor do mundo. Fim

PETROLÍFERO

Valor - SP   10/04/2024

Setor vive preocupações de que negócios de gás natural possam enfrentar pressão com a queda nos preços

A BP espera que seus resultados de primeiro trimestre sejam impulsionados por uma maior produção de petróleo, gás e energia de baixa emissão, mas queda nos preços do gás natural vão compensar parcialmente esses ganhos.

A petrolífera britânica confirmou na terça-feira (9) sua previsão de maior produção no primeiro trimestre, com maior produção de petróleo e ligeiramente maior produção de gás e energia de baixo carbono em comparação com o trimestre anterior.

No quarto trimestre, a produção de petróleo da BP foi de 1,42 milhão de barris equivalentes de petróleo por dia, enquanto produziu 899 mil barris de óleo equivalente por dia de gás e energia de baixo carbono.

A atualização segue a de seu concorrente mais próximo, a Shell, que na sexta-feira (5) elevou sua previsão de produção de gás integrado e gás natural liquefeito para o primeiro trimestre.

As empresas de petróleo e gás sediadas em Londres são as primeiras grandes empresas europeias a fornecer atualizações sobre produção e lucros do primeiro trimestre, em meio a preocupações de que os negócios de gás natural possam enfrentar pressão com a queda nos preços no ano de 2023, após aumento em 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia.

A BP disse que preços mais baixos do gás natural provavelmente afetarão tanto seu segmento de gás e energia de baixo carbono quanto seu segmento de produção e operações de petróleo neste trimestre.

Ela disse que o Brent teve uma média de US$ 83,16 por barril no trimestre, em comparação com US$ 84,34 no trimestre anterior, enquanto os preços do gás tiveram uma média de US$ 2,25 por milhão de unidades térmicas britânicas, em comparação com US$ 2,88.

Além disso, espera-se que o lucro de seu segmento de gás e energia de baixo carbono sofra uma queda de US$ 400 milhões a US$ 600 milhões, principalmente devido aos preços mais baixos do gás natural e à desvalorização da libra egípcia. Pressão nos preços vinda da produção no Golfo do México e nos Emirados Árabes Unidos devem causar um impacto de US$ 300 milhões a US$ 600 milhões no lucro da produção e operações de petróleo.

No entanto, o resultado de marketing e negociação de gás da empresa deve ser forte, acrescentou a empresa.

No primeiro trimestre de 2023, o grupo relatou uma produção de gás e energia de baixo carbono de 969.000 barris de óleo equivalente por dia e uma produção de petróleo de 1,36 milhão de barris de óleo equivalente por dia.

A BP também disse que espera que sua dívida líquida aumente no primeiro trimestre, refletindo principalmente um aumento no capital de giro, além do escalonamento de despesas de capital e de alienação e outros ganhos, conforme orientado anteriormente.

Para o ano inteiro, a BP ainda vê uma produção ligeiramente maior do que em 2023, com maior produção de petróleo e menor produção de gás e energia de baixo carbono.

Às 8h19 desta terça-feira (9), as ações da BP subiam 1,31% na Bolsa de Londres.

Globo Online - RJ   10/04/2024

A ANP determinou hoje a suspensão da operação do Terminal de Regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) de São Paulo (TRSP), de propriedade da Compass.

A decisão se dá após a TRSP iniciar operação sem aval prévio da ANP. A medida cautelar interdita o terminal até que seja emitida uma autorização de operação pela agência.

Segundo o auto de infração, a TRSP desrespeitou a lei 9.847/99, que dispõe sobre a fiscalização das atividades relativas ao abastecimento nacional de combustíveis. A empresa está sujeita ao pagamento de multa de R$ 50 mil a R$ 200 mil.

Advogados da TRSP informaram à ANP que iniciaram a operação no último dia 7 por entenderem que há autorização tácita, obtida em março após decurso do prazo para análise de seu pedido.

O terminal é conectado ao gasoduto Subida da Serra, construído pela Comgás (do mesmo grupo da Compass) e centro de um debate sobre sua classificação – se um gasoduto de distribuição ou um ativo de transporte. Ou seja, se a ANP não liberar o funcionamento do TRSP, não tem o que ser transportado no Subida da Serra.

O TRSP fornece gás para a Comgás. Com a interdição, a distribuidora precisa participar do “pool” de empresas que compram gás mais caro da Bolívia. Isso pode pressionar seus custos e os ganhos estimados com o Subida da Serra.

Valor - SP   10/04/2024

O petróleo Brent, a referência global, para junho recuou 1,06%, a US$ 89,42 por barril, e o WTI, a referência americana, para o mesmo mês caiu 1,25%, a US$ 84,46 por barril

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda pelo segundo dia consecutivo nesta terça-feira (9), pressionados por uma redução nas tensões no Oriente Médio, à medida que as negociações em torno de um cessar-fogo na Faixa de Gaza foram retomadas.

Além disso, a Administração de Informações de Energia (EIA, da sigla em inglês) dos EUA divulgou nova projeção de oferta e demanda, elevando a produção dos EUA e reduzindo a demanda mundial.

Assim, nesta terça, o petróleo Brent, a referência global, para junho recuou 1,06%, a US$ 89,42 por barril, e o WTI, a referência americana, para o mesmo mês caiu 1,25%, a US$ 84,46 por barril.

Segundo a EIA, a produção de petróleo dos EUA irá crescer 280 mil barris por dia em 2024 para 13,21 milhões de barris diários, ante estimativa anterior de crescimento de 260 mil barris. Para 2025, a projeção é de crescimento de 510 mil barris diários para 13,72 milhões. A estimativa anterior era de aumento de produção de 460 mil barris diários no ano que vem. A demanda mundial para 2024 foi cortada em 480 mil barris.

Por outro lado, a EIA aumentou a expectativa de preços para o petróleo Brent em 2024 de US$ 87 para US$ 89 por barril.

Segundo Norbert Rücker, economista do banco suíço Julius Baer, é pouco provável que a demanda por petróleo se expanda de forma significativa.

“O mercado de trabalho dos EUA continua apertado e o espaço para aumento das deslocações pendulares é limitado. Os desafios no mercado imobiliário da China estão limitando o setor de construção, enquanto a rápida eletrificação começa a minar o consumo de combustível rodoviário. Além disso, é provável que haja alguma reação aos preços elevados. As compras chinesas poderão cair de forma oportunista, uma vez que o armazenamento interno de petróleo parece amplo”, disse ele, em nota.

Money Times - SP   10/04/2024

A Petrobras (PETR4) informou ao mercado nesta terça-feira (9) que descobriu uma acumulação de petróleo em águas ultra profundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, da Concessão POT-M-762_R15.

O poço 1-BRSA-1390-RNS (Anhangá) está situado próximo à fronteira entre os estados do Ceará e Rio Grande do Norte, a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal, em profundidade d’água de 2.196 metros, na Margem Equatorial brasileira.

De acordo com a companhia, essa é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024 e foi precedida pela comprovação da presença de hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, localizado na Concessão BM-POT-17, a cerca de 24 km de Anhangá. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação.

A companhia pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte.

Por fim, a Petrobras dará continuidade às atividades exploratórias na Concessão POT-M-762_R15, visando avaliar a qualidade dos reservatórios, as características do óleo e a viabilidade técnico-comercial da acumulação.

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