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09 de Abril de 2024

ECONOMIA

Exame - SP   09/04/2024

Após a divulgação do PIB de 2023, a Tendências promoveu ajustes nas projeções para crescimento da economia e para a taxa de câmbio em 2024. No caso do PIB, a estimativa foi elevada de 1,5% para 1,8% neste ano, número que ainda contempla importante desaceleração ante a expansão de 2,9% observada em 2023.

A abertura dos dados atenua essa aparente piora, sendo, em grande medida, causada pela reversão do choque positivo do setor agropecuário no ano passado e desaceleração moderada do PIB de serviços.

Com relação à taxa de câmbio, a expectativa de final de ano passou de R$ 5,00/US$ para R$ 4,95/US$, dado que os modelos ainda apontam níveis mais valorizados da variável, em contexto de robustez das contas externas e de expectativa de redução dos juros nos Estados Unidos a partir de junho.

Porém, reitera-se o alerta acerca de diversos fatores de risco para a taxa de câmbio, como as preocupações fiscais internas, a transição no comando do Banco Central, o ritmo incerto de desaceleração da China, as tensões geopolíticas e potenciais implicações das eleições norte-americanas.

A economia brasileira manteve-se estável na segunda metade do ano passado. O resultado do PIB confirmou as estimativas para o trimestre final de 2023, mas superou as primeiras projeções de pequena queda na margem. O ponto de partida mais elevado e, sobretudo, o desempenho atual relativamente acima do esperado de alguns dos determinantes econômicos de curto prazo motivaram a revisão da projeção do PIB de 1,5% para 1,8% em 2024.

Quanto aos determinantes do consumo das famílias, destacam-se os sinais de aquecimento adicional do mercado de trabalho, contrariando a visão de gradual esfriamento esperada, enquanto o mercado de crédito tem confirmado o ambiente de melhora com quitação de dívidas e gradual alta das concessões à PF. Do lado mais exógeno do consumo, os precatórios devem contribuir pontualmente para o início deste ano, enquanto o arrefecimento esperado da massa de transferências de renda do governo limita revisão mais pronunciada do consumo, ainda que o líquido seja de pequena revisão positiva para consumo e serviços em 2024.

Pelo lado industrial, esse ambiente mais resiliente da demanda interna gera efeitos positivos adicionais para transformação e construção civil, intensificando a expansão já em curso, em especial, dentro dos segmentos mais sensíveis ao ciclo econômico que começam a se beneficiar do afrouxamento das condições financeiras. O novo PAC e as iniciativas que contemplam o novo programa industrial também contribuem para esse movimento de reação dentro da indústria e investimentos.

Assim, embora o cenário básico de crescimento contemple desaceleração importante da economia, os setores mais sensíveis ao ciclo devem mostrar melhor desempenho, como construção e indústria de transformação (setores que registraram perdas em 2023). Espera-se ligeira desaceleração da atividade de serviços, acompanhando a normalização das condições de oferta e demanda de serviços às famílias pós pandemia e menor expansão de outras rubricas com peso relevante, como do mercado de seguros.

A desaceleração projetada para o PIB neste ano, portanto, precisa ser contextualizada para que se compreenda o atual momento da economia. Uma diferença importante é o menor carry over (herança estatística) frente aos anos anteriores. A segunda diferença é a mudança no perfil de crescimento, menos dependente de fatores mais exógenos ao ciclo econômico. Cerca de 60% da expansão de 2,9% do PIB no ano passado partiu de setores menos sensíveis ao ciclo, com destaque para o efeito direto da agropecuária e extrativa, com reflexos diretos para as exportações.

Quanto à taxa de câmbio BRL/USD, os modelos continuam a apontar “câmbio justo” entre R$ 4,70/US$ e R$ 4,80/US$, influenciados por aspectos como os termos de troca ainda favoráveis, que contribuem para a manutenção de saldo comercial robusto neste ano, e os baixos prêmios de risco Brasil. Adicionalmente, a perspectiva de alguma desvalorização dólar no exterior ao longo do ano atua no sentido baixista, ainda que o corte dos juros por parte do Fed a partir de meados do ano já esteja, em grande medida, precificado. No entanto, os resultados dos modelos não são garantia de que tais patamares serão alcançados, tendo em vista que os mercados ponderam os riscos presentes no horizonte relevante.

E nesse sentido, a maior parte desses riscos atua em direção desfavorável ao real. Internamente, apesar de sinais melhores da arrecadação tributária neste início de ano, a situação fiscal sugere cautela. Ao longo do ano o governo terá que tomar decisões difíceis, entre alterar a meta de primário e promover maior contingenciamento de despesas. Reiterados sinais de maior intervencionismo na economia também podem incomodar os investidores. Ainda no âmbito local, a transição de comando do BC no final do ano merecerá atenção. No exterior, eventual desaceleração mais intensa da China pesaria negativamente sobre moedas ligadas às commodities, caso do real brasileiro. Os recorrentes focos de tensão geopolítica podem passar por períodos de intensificação, elevando à aversão ao risco. Nos Estados Unidos, maior resiliência da inflação postergaria o corte dos juros, renovando o fôlego do dólar. Ainda por lá, as eleições presidenciais em novembro devam causar volatilidade no segundo semestre.

De todo modo, os fundamentos favoráveis ao real limitam os riscos de movimentos abruptos e consistentes. É fato que a variável sempre requer cuidado, diante dos diversos fatores que a influenciam e de potenciais oscilações repentinas. Por ora, nosso cenário contempla apreciação cambial no curto prazo. No entanto, diante dos riscos apontados, mantemos postura cautelosa quanto à dinâmica da variável no segundo semestre, o que está contemplado na expectativa de R$ 4,95/US$ ao final de 2024.

IstoÉ Dinheiro - SP   09/04/2024

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas (FGV) acelerou de 0,10% no encerramento de março para 0,18% na primeira quadrissemana de abril. Com o resultado, o índice acumula alta de 2,60% em 12 meses, ante 2,93% na leitura anterior.

Nesta apuração, quatro dos oito grupos que compõem o IPC-S registraram acréscimo: Educação, Leitura e Recreação (-2,22% para -1,80%), Alimentação (0,56% para 0,71%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,32% para 0,42%) e Vestuário (-0,03% para 0,09%).

O movimento desses grupos foi puxado, respectivamente, pelos itens passagem aérea (-12,03% para -11,01%), hortaliças e legumes (-0,54% para 2,74%), medicamentos em geral (-0,20% para 0,72%) e roupas femininas (-0,15% para 0,19%).

Houve, por outro lado, desaceleração dos grupos Despesas Diversas (0,42% para 0,20%), Transportes (0,21% para 0,17%) e Habitação (0,53% para 0,52%), puxados, respectivamente, por serviços bancários (0,74% para 0,34%), gasolina (0,35% para -0,04%) e aluguel residencial (2,61% para 2,23%).

O grupo Comunicação (-0,31% para -0,31%) repetiu a taxa de variação da última apuração, com serviços de streaming (0,86% para 1,65%), em sentido ascendente, mas mensalidade para TV por assinatura (0,23% para 0,01%) em sentido descendente.

Influências

As maiores influências para cima nesta leitura do IPC-S partiram de aluguel residencial (2,61% para 2,23%); tomate (3,19% para 10,31%); cebola (17,35% para 14,16%); plano e seguro de saúde (0,65% para 0,65%) e tarifa de eletricidade residencial (0,35% para 0,60%).

Na outra ponta, puxaram o índice para baixo passagem aérea (-12,03% para -11,01%); batata-inglesa (-16,51% para -14,36%); combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,46% para -0,67%); contrafilé (-1,60% para -2,47%) e cenoura (-6,51% para -4,88%).

IstoÉ Dinheiro - SP   09/04/2024

O governo dos Estados Unidos “não aceitará” que o mercado mundial seja inundado por produtos chineses vendidos por preços abaixo do custo, afirmou nesta segunda-feira (8) a secretária americana do Tesouro, Janet Yellen, durante uma visita à China.

Yellen desembarcou na quinta-feira em Guangzhou, no sul da China, e deve deixar o país na manhã de terça-feira, com um voo procedente de Pequim.

A visita se concentrou em abordar o “excesso de capacidade” de produção do país asiático.

Ao citar como exemplo o aço chinês, cuja chegada aos mercados há mais de dez anos – com grande apoio do governo, o que gerou um preço abaixo do custo – “dizimou indústrias de todo o mundo e dos Estados Unidos”, Yellen declarou: “Eu deixei claro que o presidente Biden e eu não aceitaremos esta realidade novamente”.

“Sei que nossos sócios e aliados compartilham preocupações semelhantes, tanto as economias desenvolvidas como em desenvolvimento”, acrescentou.

Washington teme que os subsídios em larga escala do governo chinês ao setor tecnológico, de energias verdes, dos carros elétricos e das baterias provoquem a chegada de produtos baratos no mercado mundial, o que pode prejudicar os concorrentes estrangeiros.

– Segurança nacional –

O tema foi discutido por Yellen e pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng, designado pelo Partido Comunista Chinês para comandar as questões econômicas.

A americana também foi recebida pelo primeiro-ministro chinês, Li Qiang, e os dois se declararam dispostos a reforçar o diálogo, apesar das divergências entre as duas potências.

Yellen afirmou que está particularmente preocupada com os “desequilíbrios” da economia chinesa, sobretudo com o baixo consumo das famílias e o excesso de investimentos, “agravados pelo apoio em larga escala do governo a determinados setores industriais”.

As preocupações foram minimizadas por Pequim.

“As acusações de ‘excesso de capacidade’ por parte dos Estados Unidos e da Europa são infundadas”, declarou no domingo o ministro chinês do Comércio, Wang Wentao, durante uma visita a Paris, segundo a agência estatal Xinhua.

Os dois países concordaram em continuar conversando sobre o excesso de capacidade de produção.

Porém, segundo a Xinhua, Li Qiang disse a Yellen que Washington deveria abordar a questão da capacidade de produção “objetivamente e pensando no mercado”.

Yellen também mencionou “conversas difíceis sobre segurança nacional”, nas quais alertou as autoridades chinesas sobre as consequências de um apoio militar à Rússia e de um eventual recurso a medidas econômicas para salvaguardar a segurança nacional.

Apesar da tensão, ela afirmou que Washington não adotará medidas econômicas “surpresa” na área de segurança nacional.

“Embora o governo dos Estados Unidos tenha que avaliar continuamente as suas medidas de segurança nacional, levando em consideração a rapidez dos desenvolvimentos tecnológicos, estamos comprometidos a não adotar medidas surpresa”, declarou, antes de pedir à China que demonstre “transparência” nesta área.

Yun Sun, analista do Stimson Center, fez uma avaliação bastante positiva da visita da secretária do Tesouro à China, durante a qual ela expressou as preocupações dos Estados Unidos e “testou” a reação chinesa.

Ela, no entanto, não espera que a China modifique o seu modelo de crescimento a curto prazo, pois a economia do país “não está na sua melhor forma”.

Mas o fato de os países concordarem em cooperar em algumas áreas, como a luta contra a lavagem de dinheiro, fortalecerá a confiança bilateral, considerou Yun Sun.

O Estado de S.Paulo - SP   09/04/2024

O governo está perto de definir - talvez ainda hoje - a nova meta fiscal de 2025, de acordo com pessoas próximas às discussões consultadas pelo Estadão/Broadcast. O porcentual deve ficar entre repetir a meta de 2024 (que prevê um déficit primário zero) e um superávit um pouco menor (0,25% do Produto Interno Bruto) do que o previsto anteriormente, de 0,5% do PIB. “Estamos discutindo”, disse uma das pessoas ouvidas. A informação havia sido publicada mais cedo pela Folha de S. Paulo, e foi confirmada pela reportagem.

No momento, a equipe econômica tenta “convencer” a ala política do governo a continuar pelo menos numa trajetória de estabilidade em relação à meta deste ano. O ideal seria mostrar um pequeno avanço no ano que vem em relação a 2024, o que seria a perseguição de um leve superávit de 0,25% do PIB.

As áreas econômicas da Esplanada dos Ministérios chegaram à conclusão de que seria impossível entregar um superávit de 0,5% de partida. Como as contas claramente não fecham, disse uma das pessoas, insistir no patamar poderia até depor contra a credibilidade do governo, que vem num processo de convencimento da entrega de uma estabilidade fiscal.

As discussões sobre a meta do ano que vem ocorrem agora porque o porcentual a ser buscado pela equipe econômica precisa constar do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) que será enviado ao Congresso daqui a uma semana, em 15 de abril. As pessoas ouvidas garantiram que não haverá mudanças em relação à meta deste ano.

Antes de ser oficializada, a meta para 2025 passará pela Junta de Execução Orçamentária (JEO). Havia a perspectiva de que uma reunião da JEO ocorresse na semana passada, mas foi adiada para agora. O mais provável é que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, seja o porta-voz da sugestão do grupo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já que os dois têm uma reunião marcada para as 18 horas desta segunda-feira.
Meta sobre a mesa

Na semana passada, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, já havia dado uma pista dessa eventual mudança. Na terça-feira, 2, ela disse que ainda não tinha os números de projeção de receitas fechados para afirmar se o governo poderia ou não manter a meta de fazer um superávit de 0,5% do PIB em 2025.

“O que eu posso adiantar - que é o que Haddad já adiantou - é que está na mesa a discussão da meta de 2024 e 2025, a rediscussão”, disse. Questionada então se, além do alvo para 2025, a meta de déficit zero deste ano também poderia ser revisada, Tebet corrigiu. “Não, não está sendo rediscutida (a meta de 2024); só afirmei que, na meta deste ano, ‘A’ menos ‘B’ tem de dar zero, e mês a mês a gente vai avaliar”, disse.

IstoÉ Dinheiro - SP   09/04/2024

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,877 bilhões na primeira semana de abril, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 8, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O saldo positivo foi resultado de exportações de US$ 7,686 bilhões e importações de US$ 4,809 bilhões.

No acumulado do ano, o saldo comercial é superavitário em US$ 21,956 bilhões, com exportações totalizando US$ 85,958 bilhões e importações, US$ 64,003 bilhões.

Pela média diária, as exportações registradas na primeira semana de abril registraram alta de 2,1% na comparação com a média diária de abril de 2023. Já em relação às importações, houve queda de 9,6% na mesma base de comparação em relação à média diária.

Com relação às exportações, no desempenho na primeira semana de abril na comparação com igual mês do ano passado, pela média diária, foi verificada queda de 16,2% em Agropecuária; alta de 38,6% em Indústria Extrativa; e crescimento de 1,2% em produtos da indústria de transformação.

Já as importações, no mesmo período de comparação, o desempenho dos setores pela média diária foi de alta de 16,9% em Agropecuária; queda de 58,7% em Indústria Extrativa; e queda de 4,8% em produtos de indústria da transformação.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   09/04/2024

Os preços futuros de minério de ferro subiram nesta segunda-feira (8), atingindo o valor mais alto em quase duas semanas, impulsionados pela esperança de possíveis medidas para fortalecer o fraco setor siderúrgico na China e pelas expectativas de uma onda de reabastecimento pós-feriado por parte das siderúrgicas do país.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 3,19%, a 791,5 iuanes (109,42 dólares) por tonelada, o maior valor desde 26 de março.

A mineração de ferro de referência de maio na Bolsa de Cingapura subiu 6,15%, para 104,4 dólares a tonelada, também o valor mais alto desde 26 de março.
O contrato de Cingapura caiu 1% durante as negociações de 4 a 5 de abril, quando os mercados chineses estavam fechados para um feriado, depois que Pequim disse na última quarta-feira que continuaria a administrar a produção de aço bruto em 2024.

“O aumento na produção de metal quente antes do feriado mostrou que algumas siderúrgicas estão no meio da retomada da produção”, disseram analistas da First Futures em uma nota.

A mídia diária de produção de metal quente entre as siderúrgicas chinesas pesquisadas pela consultoria Mysteel subiu 1% em relação à pesquisa anterior, para cerca de 2,24 milhões de toneladas, em 3 de abril, a maior desde o final de fevereiro.

“Mas vale a pena monitorar se a recuperação da demanda pode se sustentar, já que os estoques de aço continuam altos”, acrescenta.

Outros ingredientes de fabricação de aço no saco de Dalian devolveram algumas perdas registradas mais cedo, com o carvão metalúrgico subindo 0,57%, enquanto o coque caiu 0,35%.

Os problemas imobiliários na China, a segunda maior economia do mundo, ainda pareavam sobre o mercado de ferrosos.

Money Times - SP   09/04/2024

A Vale (VALE3) disparou no pregão desta segunda-feira (8) e ajudou a empurrar o Ibovespa (IBOV) no começo da semana. As ações da mineradora saltaram 5,46%, cotadas a R$ 62,97, enquanto o principal índice da Bolsa subiu 1,63%, valendo 128.857 pontos.

O setor de mineração e siderurgia, no geral, subiu hoje. CSN Mineração (CMIN3) e Usiminas (USIM5) também figuraram entre as maiores altas do dia, avançando 4,71% e 5,85%, respectivamente.

As ações captam a alta do minério de ferro, avaliam analistas. Os preços futuros da commodity atingiram hoje o valor mais alto em quase duas semanas, impulsionados pela esperança de medidas para reforçar o fraco setor siderúrgico na China e pelas expectativas de uma onda de reabastecimento pós-feriado por parte das siderúrgicas do país.

O contrato de setembro do minério mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) encerrou as negociações do dia em alta de 3,19%, a US$ 109,42 a tonelada. Já o contrato de referência de maio na Bolsa de Cingapura subiu 6,15%, para US$ 104,4 a tonelada. Os valores são os maiores desde 26 de março.

O otimismo de hoje, no entanto, não muda a tendência para a commodity, diz o analista Júlio Borba, da Benndorf, ao projetar que esse mercado deve seguir fraco em 2024 e nos anos seguintes. A casa projeta que o minério feche o ano aos US$ 105.

“Podemos ver um alívio na segunda metade do ano, com novos estímulos da China, mas nada que altere a dinâmica de longo prazo”, afirma.

Vale vai voltar a vingar?

Apesar do alívio no pregão de hoje, as ações da Vale acumulam uma queda de mais de 20% no ano.

Borba, da Benndorf, diz que a mineradora deve seguir pressionada, mas dado ao “valuation atrativo, boas margens, baixos custos e boa geração de caixa” não irá sofrer com o cenário setorial mais difícil. A casa tem recomendação de compra, com preço-alvo em R$ 90.

Diante de incertezas quanto ao minério de ferro, diversas casas atualizaram as projeções para as ações do setor, como a Genial, o Itaú BBA e o BB Investimentos.

Na semana passada, a Genial cortou o preço-alvo de VALE3 de R$ 82,50 para R$ 72,30. No entanto, a corretora segue com indicação de compra, baseado em um “valuation descontado demais para ser ignorado”.

Além da menor valor de realização de preço do minério, o valuation reflete:
redução do enterprise value (valor da firma) no modelo ao agregar os pagamentos dos ajustes cobrados pelo governo brasileiro; leve endurecimento de premissas relacionados às condições de pagamento do acordo de Mariana; prêmio all-in projetado em US$ 2,7/toneladas para 2024, abaixo do guidance; custo C1 ex. compra de terceiros projetado em US$ 22,9/toneladas pars 2024; produção de minério de ferro estimada em 315 Mt para 2024, em linha com a banda intermediária do guidance, mesmo a Vale dando indicativos de que pode atingir a banda superior; e modificação na taxa de desconto, uma vez que a Genial cortou a projeção do PIB da China de longo prazo (2030) para 3,8%.

Revista Mineração - SP   09/04/2024

O Imposto Seletivo e os fundos estaduais de infraestrutura foram temas do encontro dos diretores do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e CEOs de mineradoras com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Além de debaterem os itens da reforma tributária que oneram a indústria da mineração, a conversa também abordou a previsão de investimentos no setor mineral brasileiro e a importância deles diante do mercado econômico global.

O grupo também expôs um “ataque fiscal especulativo” ao setor mineral, a partir da criação de novas taxas de fiscalização estaduais e municipais, que vêm afetando a segurança jurídica da atividade mineração, além da competitividade e da atração de novos investimentos para o setor.

O presidente do Ibram, Raul Jungmann, mostrou um panorama do setor mineral brasileiro e dados apurados de investimentos na mineração para um período de cinco anos que vão passar de US$ 50 bilhões (2023 a 2027) para US$ 64,5 bilhões (2024 a 2028).

Jungmann abordou ainda a importância da mineração para situar o Brasil como protagonista global da inovação tecnológica e da transição para uma economia verde. Segundo ele, o país tem potencial para apresentar grande oferta de minerais que serão necessários para a descarbonização e a mitigação das mudanças climáticas, com geração de energia a partir de fontes renováveis; desenvolvimento de motores elétricos e de sistemas de inteligência artificial, entre outros.

Também fizeram parte da pauta outras medidas de grande importância para o setor, como o aprimoramento da estrutura da Agência Nacional de Mineração (ANM) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM).

Estiveram também presentes na reunião Dario Durigan, secretário executivo do Ministério da Fazenda; Eduardo Bartolomeu, CEO da Vale; Alexandre D’Ambrosio, VP da Vale; Eduardo Ayroza, conselheiro da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM); Ricardo Lima, diretor-presidente da CBMM; Renata Ferrari, diretora jurídica da CBMM; Jones Belther, vice-presidente de Exploração Mineral e Desenvolvimento de Negócios da Nexa Resources; Marcelo Pereira, presidente da AngloGold Ashanti; Gilberto Azevedo, presidente da Kinross Gold Corporation; Eduardo Ledsham, CEO da Bahia Mineração; e Wendel Gomes, diretor-executivo da Gerdau.

Valor - SP   09/04/2024

Ibovespa se aproxima dos 129 mil pontos com apoio da Vale; dólar termina o dia em queda

Enquanto o mercado se prepara para importantes indicadores de inflação no Brasil e nos Estados Unidos esta semana, o dia de ontem foi de ganhos para os ativos locais. A bolsa e o real foram ajudados pela valorização do minério de ferro na Ásia, com novas esperanças de aumento na demanda vinda da China. No exterior, porém, a expectativa por um Federal Reserve (Fed) mais conservador causou cautela.

O Ibovespa terminou em alta de 1,63%, aos 128.857 pontos. A ação com maior participação no índice, Vale ON, teve forte ganho de 5,46%, apoiada pelo minério. Outros papéis sensíveis à commodity também avançaram, como Usiminas PNA (+5,85%) e CSN Mineração ON (+4,71%).

Marcelo Ornelas, gestor de renda variável da Kínitro Capital, acredita que valorização dos papéis sensíveis ao minério tende a ser temporária. “Do ponto de vista da demanda, a tendência para o minério de ferro é de queda. A China até pode tentar estimular, mas claramente ela quer mudar o modelo de crescimento do PIB para algo que beneficiaria commodities mais dependentes de consumo, como celulose e petróleo”, opina. “E do lado das empresas, existem grandes projetos que podem aumentar a oferta no mercado. O minério pode até subir no curto prazo, mas acho difícil ver algo sustentado num horizonte médio ou longo.”

A Kínitro teve posição em Vale no início do ano, mas recuou da aposta e agora concentra sua exposição em commodities principalmente no setor de celulose. A casa também tem visão positiva para o setor de infraestrutura.

A Genial Investimentos considera que o atual patamar de preços do minério, embora menor do que no final do ano passado, ainda é interessante para as mineradoras. “Não entendemos a razão de tanto pavor para as ações de mineração, considerando que, mesmo em caso de queda, a média histórica de 10 anos do minério de ferro 62% Fe é de ~US$ 90/t”, afirma a casa em relatório enviado a clientes. “Ou seja, quando a commodity está acima de US$ 100/t, já consideramos esse como um bom patamar para as companhias de mineração.”

Além da bolsa, o minério de ferro também ajudou moedas ligadas à commodity, como o real: o dólar comercial caiu 0,67% ontem, a R$ 5,0307. O diretor de tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, destaca a ajuda da commodity à divisa brasileira. “O real voltou a ficar alinhado com os pares, andando junto com o peso mexicano, em um dia em que o ‘dollar index’ (DXY) também recuou”, afirma. O índice DXY, que mede a moeda americana contra uma cesta de divisas fortes, caiu 0,15% a 104,14 pontos.

Outro fator no radar foi a expectativa por indicadores. Amanhã, será divulgada a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos para março. “Como o Federal Reserve está muito dependente dos dados econômicos, o mercado fica bastante volátil [às vésperas de dados de relevância]”, diz Weigt.

A inflação americana deve ter efeito importante nos juros americanos e brasileiros. Ontem, a postura de espera pelo indicador dos Estados Unidos e pelo IPCA de março, que também sai amanhã, fizeram as taxas futuras locais se movimentarem pouco ao longo do dia. A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 oscilou de 10,06% para 10,07%; e a do contrato para janeiro de 2027 saiu de 10,39% para 10,40%.

As últimas semanas têm sido marcadas por um forte movimento de abertura nas taxas locais e de reprecificação do tamanho do ciclo de cortes de juros pelo Banco Central. Desde o início do mês de março, por exemplo, a taxa do DI para janeiro de 2026 já avançou perto de 30 pontos-base, enquanto a do DI para janeiro de 2027 escalou cerca de 45 pontos-base. A precificação do mercado para a Selic no fim do ciclo alcançou 9,94% nas máximas do dia de ontem, antes de recuar para o patamar dos 9,87% perto do horário de fechamento.

No exterior, o mercado também calibra suas projeções para a política monetária americana. A mudança nas expectativas fez o rendimento dos Treasuries subir novamente ontem: a taxa da T-note de dois anos avançou para 4,799%, de 4,759% no ajuste anterior. O retorno do papel de dois anos chegou a ser negociado a 4,803%, seu maior valor desde 30 de novembro. Já o juro da T-note de dez anos passou de 4,406% a 4,430%, depois de atingir a máxima de cinco meses de 4,467%.

Agentes econômicos esperam que o Fed demore mais para iniciar o ciclo de flexibilização monetária do que nas projeções anteriores. Dados do CME indicavam ontem que 51% do mercado acredita que os juros serão mantidos inalterados na reunião de junho, enquanto, na semana passada, a visão majoritária era de que o banco central americano começaria a cortar sua taxa básica nessa ocasião. A reprecificação também atinge a quantidade de cortes esperada para este ano. Agora, as apostas de 33% apontam para apenas dois cortes nos juros em 2024, abaixo do indicado pelo Sumário de Projeções Econômicas (SEP) do Fed, divulgado em março, que projeta três cortes no ano.

O avanço no rendimento dos Treasuries e a perspectiva de um Fed mais cauteloso limitaram o desempenho das bolsas de Nova York ontem: o índice Dow Jones caiu 0,03%, o S&P 500 recuou 0,04% e o Nasdaq subiu 0,03%.

Diário do Comércio - MG   09/04/2024

Entre janeiro e março de 2024, o preço do minério de ferro sofreu uma forte queda. A tonelada da commodity, que havia sido negociada, no ano passado, a US$ 120 em média, despencou para a faixa dos US$ 95 a US$ 100. O recuo acentuado está relacionado diretamente com a economia da China, o maior produtor mundial de aço e o principal consumidor do insumo siderúrgico.

A economista e doutoranda em Economia no Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Diana Chaib, diz que a expressiva redução do preço da matéria-prima está atrelada a fraca demanda. Uma das razões para a baixa procura é justamente a interminável crise imobiliária chinesa.

A explicação é que, quando o país que mais consome minério de ferro no mundo diminui suas compras, há uma clara pressão sobre os valores. Sendo assim, ela opina: “Acredito que à medida que a China volta a retomar as atividades de construção, os preços tendem a se estabilizar”.

Adicionalmente, o CEO da iHub Investimentos, Paulo Cunha, destaca que existe um grande estoque e uma baixa atividade imobiliária dos asiáticos, atrapalhando ainda a margem das siderúrgicas locais. Ou seja, há um excesso de oferta de aço e minério de ferro também.

“E vamos lembrar que o preço do minério de ferro é totalmente correlacionado com a atividade de construção chinesa, que não está em um momento muito bom, está fraco. Por isso, o preço caiu dos US$ 120 para agora essa faixa entre US$ 90 e US$ 100, perto de US$ 98”, reiterou.

Segundo o executivo, existem rumores que mencionam um piso próximo dos US$ 90, o que seria aproximadamente o custo das produtoras. Logo, se o valor caísse ainda mais, as empresas iriam parar de produzir a commodity e, naturalmente, haveria uma regulação da oferta e demanda.

Avaliando o futuro, ele afirma que não se tem perspectivas de recuperação dos valores. E pondera que a Vale, a maior mineradora do Brasil, por ter um custo de produção baixo, ainda é rentável com esse nível de preço, mas outras empresas podem ter problemas se a situação for mantida.
Preço do minério de ferro no segundo trimestre e no longo prazo

De acordo com o sócio da iHub Investimentos, Daniel Abrahão, o preço do minério de ferro oscilou significativamente no decorrer do primeiro trimestre. No início de janeiro, chegou a alcançar US$ 143,50 por tonelada, mas posteriormente acumulou uma queda de quase 30%.

Sobre os fatores que influenciaram o drástico recuo, o executivo também menciona a prolongada crise imobiliária que os chineses enfrentam já há algum tempo. Entretanto, afirma que sinais de recuperação na economia do país, como a retomada da atividade das fábricas em março, contrastaram com a baixa na cotação. Além disso, cita que a postergação da queda da taxa de juros americana, faz com que o mundo fique mais cauteloso em novos grandes investimentos.

Quanto ao segundo trimestre, ele diz que é incerto, mas que há indicações. “Espera-se uma recuperação sazonal da demanda, possivelmente impulsionada pelo fim do inverno no hemisfério norte, que historicamente aumenta a atividade de construção na China. Porém, essa recuperação pode não ser suficientemente forte para reverter totalmente a tendência de queda”, disse.

Conforme Abrahão, existem outros fatores como as preocupações sobre a sustentabilidade dos níveis de investimento dos governos locais e a cautela dos consumidores, que podem continuar impactando a procura por minério de ferro. Adicionalmente, as decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) também podem afetar a demanda pela commodity.

Em uma análise de longo prazo, o executivo diz que há aflições com as projeções indicando estabilização em níveis mais baixos nos próximos anos. Isso ocorre dado que as mudanças nas políticas governamentais em Pequim, com foco em impulsionar setores como energias renováveis e tecnologia avançada, também podem ter desempenhado um papel na volatilidade dos valores.

Diário do Comércio - MG   09/04/2024

A indústria da mineração está preocupada com os impactos da reforma tributária promulgada em dezembro passado, após mais de três décadas de discussões. O tema foi uma das pautas em debate na reunião entre CEOs de mineradoras e diretores do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), ocorrida na última semana.

No encontro, os representantes do setor mineral apresentaram ao chefe da pasta os itens do texto que podem onerar de sobremaneira os custos e afetar a competitividade das companhias. Entre os pontos apresentados estão: a incidência do Imposto Seletivo (IS), cuja alíquota deverá ser de até 1% sobre o valor de mercado do minério extraído, e dos fundos estaduais de infraestrutura, que oneram os produtos primários, semielaborados e as exportações.

As mineradoras tentam barrar os tópicos ou pelo menos diminuir os possíveis efeitos negativos que incluem até mesmo uma dificuldade para atrair novos investimentos. A entidade estima que os aportes da mineração brasileira no período 2024-2028 serão de US$ 64,5 bilhões – dos quais US$ 17,2 bilhões têm como destino Minas Gerais. Os valores são considerados pequenos para o potencial do País, sendo que entre 2012 e 2016, o montante chegou a ser de US$ 75 bilhões.
Reforma tributária coloca“jabutis” no caminho do setor mineral

Em recente entrevista ao DIÁRIO DO COMÉRCIO, o diretor de Relações Institucionais do Ibram, Rinaldo Mancin, afirmou que a reforma tributária é vista pelo instituto como um grande avanço para a sociedade. Entretanto, partes do documento, segundo ele, colocam “jabutis” no caminho do setor mineral. Em razão da presença da mineração em quase todos os setores econômicos, ele disse que elevar a carga tributária do segmento afetará todas as cadeias produtivas do Brasil.

Na oportunidade, o dirigente ainda ressaltou que, diferentemente do que é proposto no texto, em qualquer lugar do mundo onde o imposto seletivo é cobrado, a taxa não incide sobre minério e, sim, de produtos como álcool e tabaco, considerados prejudiciais à saúde pública. A pedido do Ibram, a LCA Consultores realizou um estudo técnico no qual analisou os impactos da eventual aplicação de IS sobre os minerais e identificou que o País poderá ser o único a adotar tal prática.

“Tratando da razoabilidade econômica da não incidência de IS sobre os minerais metálicos, nota-se que, como nenhum outro País utiliza o imposto sobre o minério, a sua aplicação no Brasil levaria a uma perda na competitividade internacional de bens que utilizam o produto como insumo no seu processo produtivo, direta ou indiretamente”, diz o estudo, que também prevê perdas bilionárias nas exportações, problemas para a expansão dos minerais críticos, entre outros.
Reunião histórica para a indústria da mineração

No âmbito da preocupação com o aumento da carga tributária, a reunião com Haddad serviu para o grupo expor outra situação incômoda: a criação de novas taxas de fiscalização estaduais e municipais, considerada um “ataque fiscal especulativo” ao setor, que afeta também a segurança jurídica da atividade mineral. Na ocasião, ainda foram abordados temas como: transição energética, melhoria da estrutura das agências reguladoras e previsão de investimentos do setor.

De acordo com o diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, a reunião foi histórica para a indústria da mineração. Conforme ele, o encontro não ocorreu para pedir dinheiro emprestado ou renegociar dívidas e, sim, para os stakeholders lutarem pelo atendimento das necessidades da atividade e apresentarem soluções. Para o executivo, o setor mineral é um setor que acredita no Brasil e que, sobretudo, trabalha para haver mais desenvolvimento e justiça social no País.

Agência Camara - DF   09/04/2024

Em análise na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 957/24 promove diversas alterações na legislação da mineração. Entre outros pontos, o texto transfere para a Agência Nacional de Mineração (ANM) os atos de autorização, concessão e permissão de lavra, com exceção dos minerais estratégicos (como o lítio e o urânio). Estes continuarão com o Ministério de Minas e Energia.

A proposta também amplia o conceito de garimpeiro e cria o leilão social, que vai ofertar áreas de menor volume de minérios pelo regime de permissão de lavra garimpeira (PLG). As cooperativas de garimpeiros poderão ter prioridade no processo seletivo.

O PL 957/24 foi elaborado por um grupo de trabalho criado em 2022. O grupo foi coordenado pelo deputado Filipe Barros (PL-PR), que assina o texto. O relator foi o deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), já indicado para relatar a matéria também no Plenário.

Modernização
O deputado Filipe Barros afirma que o projeto possibilita maior agilidade ao processo minerário. “O custo da burocracia no setor mineral é muito elevado e interfere diretamente na competitividade dos produtos minerais brasileiros no mercado externo”, disse Barros.

Em relação à mudança do conceito de garimpeiro, ele afirma que a legislação atual não contempla mais as características da atividade. “Há tempos a bateia deixou de ser o único instrumento de trabalho desses profissionais”, disse.

A legislação atual define a garimpagem como o trabalho individual que utiliza “instrumentos rudimentares, aparelhos manuais ou máquinas simples e portáveis”. A nova definição prevê que a atividade envolve a “exploração de aluvião, depósitos primários e jazidas, independentemente da técnica utilizada e da escala de produção”.

Outros pontos
A proposta altera o Código de Mineração, em vigor desde 1967, e duas leis que tratam do tema (6.567/78 e 7.805/89). Outros pontos importantes do projeto são:
o permissionário poderá aditar o título de modo simplificado para incluir substância mineral considerada não garimpável encontrada durante a lavra; a pesquisa mineral poderá ser dispensada de licenciamento ambiental se a tecnologia empregada não provocar impactos ambientais significativos; o plano de aproveitamento econômico da jazida ficará restrito a questões de salubridade e segurança do empreendimento, não abrangendo método de mineração, transporte e beneficiamento; o concessionário deverá apresentar à ANM, no ato da outorga, garantias financeiras para custeio do plano de fechamento de mina; a ANM poderá exigir garantias suplementares para empreendimentos com risco para o meio ambiente ou para comunidades adjacentes; o ministro de Minas e Energia será a última instância recursal contra as decisões que indeferirem concessão de lavra, ou de declaração de caducidade ou de nulidade de lavra.

Máquinas e Equipamentos

Brasil Mineral - SP   09/04/2024

A feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração da América Latina, ocorre entre os dias 23 e 26 de abril, no São Paulo Expo

A M&T Expo – part of bauma NETWORK, feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração da América Latina, ocorre entre os dias 23 e 26 de abril, no São Paulo Expo prepara uma programação com a participação de especialistas para analisar e debater os assuntos mais relevantes para os profissionais e para as empresas. Entre os eventos de conteúdo confirmados estão o 10º Congresso Nacional de Valorização do Rental; Seminário de Mineração de Agregados; o Fórum “ESG na Construção e Mineração – As melhores práticas para a sustentabilidade aliada à competitividade”; ABRASFE TecTalks; Simpósio Tecnológico VDMA; Fórum de Infraestrutura e Modal; Industry4Her - Tendências para o mercado de Construção e Mineração; e Métodos adequados de resolução de conflitos na construção e mineração - Arbitragem e Dispute Board. A M&T Expo é organizada pela Messe Muenchen do Brasil, e tem o apoio institucional da Associação Brasileira da Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema).

Em parceria com a ANEPAC (Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção), a CSCM-ABIMAQ (Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para Mineração e Cimento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e Revista Brasil Mineral realizam o Seminário de Mineração de Agregado, que discutirá o cenário atual do setor e os caminhos que produtores, entidades e o setor público deverão trilhar nos próximos anos. O evento tem patrocínio ouro da Armac.

Os principais conceitos ligados à sigla ESG – Environmental, Social and Governance e sua aplicação pelas empresas são o foco do Fórum “ESG na Construção e Mineração – As melhores práticas para a sustentabilidade aliada à competitividade”, em parceria com os portais de notícias Conexão Mineral e Conexão Construção, com patrocínio diamante da Hexagon e Metso e patrocínio ouro da Dorf Ketal. Os participantes terão a oportunidade de ouvir especialistas, que abordarão sobre transição energética, descarbonização de frotas, governança, diversidade, inclusão, tecnologias sustentáveis e práticas sustentáveis na área de resíduos e rejeitos.

Os visitantes da M&T Expo também poderão acompanhar o Simpósio Tecnológico VDMA, da Associação Alemã de Fabricantes de Máquinas e Instalações Industriais, que reunirá especialistas de empresas associadas da entidade para apresentar as inovações e as soluções das empresas membros que atuam nos setores da construção, da mineração e nos setores que envolvem as tecnologias ambientais.

Já o Fórum de Infraestrutura e Modal, promovido pelo Instituto de Engenharia, mostrará obras inovadoras e atuais no estado de São Paulo. Os temas abordarão projetos, serviços, inovações e tecnologias aplicadas em obras que promovem o desenvolvimento, a mobilidade e o bem-estar da sociedade. Marcos Monteiro, Secretário Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SIURB), proferirá a palestra sobre os desafios da implantação do BRT em São Paulo, enquanto o Industry4Her é um programa que tem como missão promover o protagonismo e liderança feminina na indústria. Durante a M&T Expo, a iniciativa e a VDI-Brasil (Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha) realizarão um evento de conteúdo para tratar das tendências do mercado da construção e mineração. As palestras e os painéis, formados por mulheres referências no setor da infraestrutura, avaliarão assuntos como transformação digital, inovação e sustentabilidade nesses dois segmentos.

A Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem Ciesp/Fiesp, em parceria com a M&T Expo, promove o Dispute Board, com o painel sobre métodos adequados de resolução de conflitos na construção e mineração - Arbitragem e Dispute Board. A M&T Expo terá a participação de mais de 400 empresas nacionais e internacionais, que apresentarão lançamentos nas áreas de linha amarela, de içamento e movimentação de cargas e pessoas, concreto e asfalto e de componentes e serviços. O credenciamento para visitar a feira está aberto e pode ser feito por meio do link https://sigevent.pro/mtexpo/visitantes/index.php?id_edicao=133&linguagem=portugues&id_categoria=.

Outras atrações do evento são a Arena de Demonstração, com máquinas dos expositores em operação em tempo real, uma série de atividades de conteúdo, cursos gratuitos para treinamento de operadores, o Prêmio Mais Sustentável by M&T Expo, que reconhecerá práticas responsáveis no setor de feiras de negócios e destacará os expositores que adotam soluções inovadoras, o M&T Expo Capacita, em parceria com a 3x Mais Treinamentos, a APELMAT (Associação Paulista dos Empreiteiros e Locadores de Máquinas de Terraplenagem, Ar Comprimido, Hidráulico e Equipamentos de Construção Civil) e Instituto Opus, que oferece descontos em cursos profissionalizantes para expositores e visitantes, o Curso de Operadores de Máquinas, também em parceria com a APELMAT e patrocínio diamante da Armac, com aulas práticas e teóricas gratuitas durante o evento, e o Museu de Máquinas do Brasil, atração inédita no país. Maiores informações pelo site https://www.mtexpo.com.br/

AUTOMOTIVO

Investing - SP   09/04/2024

As vendas de veículos novos no início de abril foram as melhores para o mês desde 2014, e montadoras avaliam que o desempenho é um indicativo de tendência de recuperação do mercado interno auxiliado pela queda de juros, embora as exportações sigam enfrentando fraqueza.

Os licenciamentos da primeira semana do mês foram equivalentes a uma média por dia útil de 10,6 mil unidades, acima das vendas diárias de 9,4 mil veículos de março, que por sua vez marcaram o maior movimento do primeiro trimestre, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela associação de montadoras, Anfavea.

"A primeira semana de abril foi a melhor para o mês desde 2014", disse o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, a jornalistas. "Isso marca uma tendência de mercado que realmente tem mostrado crescimento", acrescentou.

Apesar do crescimento, a Anfavea por ora segue mantendo a previsão de que o mercado interno vai ter vendas 7% maiores em 2024, previsão que é bem menor que a expectativa de crescimento de 12% dos concessionários de veículos reunidos sob a Fenabrave.

No primeiro trimestre, as vendas de veículos novos cresceram 9,1%, para 514,6 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, informou a Anfavea mais cedo.

A produção, porém, estacionou. O volume de veículos montados no país de janeiro ao fim de março cresceu apenas 0,4%, a 538 mil unidades, em meio a uma queda de 28% nas exportações e um crescimento de 38% nas importações, para cerca de 90 mil veículos.

A queda nas exportações veio com um tombo de 54% nas vendas externas para o México em março, algo que Leite afirmou se tratar de um efeito sazonal, uma vez que o país tem sido o principal mercado da indústria brasileira de veículos há vários meses, superando a Argentina, que historicamente é o maior destino das montadoras locais.

Já as importações têm sido impulsionadas pelo aumento gradual da tributação dos modelos híbridos e elétricos desde o início deste ano.

A Reuters publicou na semana passada que, entre janeiro e março, as importações de carros aumentaram 46,4% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 1,5 bilhão de dólares, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Só os veículos chineses, principalmente elétricos e híbridos, representaram cerca de 40% do total, com suas importações aumentando 450% em comparação com o mesmo trimestre de 2023.

A participação de veículos elétricos e híbridos subiu para 7,5% no primeiro trimestre ante 4,3% no final de 2023, sendo equivalente a 36 mil unidades, pouco menos de um terço do total dessa categoria licenciada em todo o ano passado.

Com a produção estável, os estoques de veículos novos à espera de compradores fecharam março em 222,3 mil unidades ante 217,6 mil em fevereiro, distantes de níveis pré-pandemia de entre 330 mil e 340 mil unidades, segundo os dados da Anfavea.

Esse volume não inclui os cerca de 20 mil a 30 mil veículos híbridos e à combustão que estão em portos esperando liberação ambiental de fiscais do Ibama, que estão em greve desde o início do ano, estimou o presidente da Anfavea, citando que a situação também tem afetado as exportações do setor.

Questionado quando o setor poderá ver a publicação final de todo o conjunto regulatório do programa automotivo Mover, lançado via medida provisória do governo federal no final de dezembro, o diretor executivo Igor Calvet, afirmou que "até o final de maio teremos a publicação plena". Calvet se referiu à aprovação da MP do Mover no Congresso e o projeto de lei sobre o programa.

Uma portaria do governo publicada no final de março já trouxe algumas das regras, mas o chamado "IPI Verde", que dará vantagens tributárias para as empresas que produzirem, por exemplo, veículos mais eficientes em termos de consumo energético, "deve ter uma solução nas próximas semanas", disse Calvet.

MARÇO

Considerando apenas março, a produção cresceu 3,2% ante fevereiro, a 195,8 mil veículos, tendo o melhor desempenho desde novembro. O destaque foi o volume montado de caminhões, 11,2 mil, o mais alto em 12 meses, aproximando o segmento de seu "patamar normal de mercado", segundo a Anfavea. Além disso, a produção de ônibus subiu 61,6%, para 2,6 mil, impulsionada por ano eleitoral e programas federais como Caminho da Escola.

Mas na comparação com março de 2023, a produção recuou 11,8%.

As vendas totais de veículos em março avançaram 13,6% na comparação mensal e recuaram 5,7% na anual, para 187,7 mil unidades. O mês passado teve três dias a mais de emplacamentos que março de 2023, algo que poderia ter gerado vendas adicionais de 27 mil veículos, disse Leite, citando a média diária de licenciamentos de 9,4 mil unidades.

A Anfavea afirmou que as locadoras, setor que deve comprar mais de 700 mil veículos este ano após 590 mil em 2023, foram responsáveis por 46% das vendas de carros e comerciais leves em março.

Agência Brasil - DF   09/04/2024

No mês de março, o licenciamento e a produção de veículos no Brasil apresentaram crescimento em relação a fevereiro, informou hoje (8) a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No entanto, ambos manifestaram queda na comparação anual.

Em relação ao licenciamento, o crescimento foi 13,6% ante fevereiro, com 187.731 unidades comercializadas. O licenciamento inclui tanto veículos leves quanto caminhões e ônibus.

Por outro lado, houve queda de 5,7% em comparação a março do ano passado o que, para o presidente da Anfavea, pode ser explicado pelo fato de março deste ano ter tido três dias úteis a menos que março de 2023. “A média diária de vendas [em março] foi de 9,4 mil unidades”, disse Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.

Já a produção cresceu 3,2% em comparação a fevereiro deste ano, com 195.751 unidades montadas. “A produção foi a melhor desde novembro e vai se ajustando à crescente demanda do mercado. Em março, ela se aproximou do patamar de 200 mil unidades”, disse Leite. Mas em relação ao mesmo mês do ano passado foi registrada queda na produção de 11,8%.

“Um detalhe, que não consta ainda desses números: a primeira semana de abril foi a melhor primeira semana do mês de abril desde 2014. Isso é uma tendência de que o mercado vem com crescimento”, acrescentou.

As exportações também apresentaram comportamento positivo na comparação mensal, com aumento de 6,5% no período. “Março teve o melhor resultado em sete meses”, disse o presidente da Anfavea. Na comparação anual, no entanto, houve queda de 28%, com 32.706 unidades embarcadas. “Isso se deve, em especial, à queda nos mercados de destino como Argentina, Chile, Colômbia, Equador e Uruguai e, ao mercado do México, que especialmente em março, por uma questão de sazonalidade, teve uma queda. E isso impactou nas nossas exportações”, acrescentou.

Os empregos no setor, por sua vez, mantiveram uma certa estabilidade, com leve crescimento em relação a fevereiro e uma pequena queda na comparação com março do ano passado. Em março 101.404 pessoas estavam empregadas no setor, o que significou aumento de 0,7% ante fevereiro e queda de 0,2% em relação a março de 2023.

Rodoviário

Diário do Comércio - MG   09/04/2024

Os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e dos Transportes, Renan Filho desembarcaram na manhã desta segunda-feira (8) em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, para participar de uma série de compromissos agendados pelo Estado. A primeira agenda aconteceu na cidade vizinha, Monte Alegre de Minas, para a inauguração do Complexo Viário do Trevão. Renan Filho também confirmou um investimento de R$ 100 milhões para a BR-381.

“A semana será repleta de entregas para Minas Gerais, que é um dos estados que mais precisam de investimentos do governo federal para melhorar a malha rodoviária federal, em virtude da falta de investimentos dos últimos anos”, enfatizou Renan Filho.

Ambos os ministros saíram do Aeroporto de Uberlândia Tenente Coronel Aviador César Bombonato rumo a cidade de Monte Alegre de Minas, também no Triângulo. A malha rodoviária do Complexo do Trevão compreende o entroncamento entre as BRs 153 e 365, e faz parte de um pacote de obras que pretende garantir eficiência nas linhas de transmissão de estradas.

“São viadutos, pontes e alças de acessos, com cerca de 1 km de extensão. A estrutura foi projetada para garantir o livre tráfego na via, beneficiando usuários e a comunidade no entorno, aumentando a segurança e a trafegabilidade na região”, destacou Alexandre Silveira durante a visita.

Segundo o ministro, a rodovia recebeu investimentos para a ampliação dos acessos, que visavam a liberação da área central do Trevão. A malha, atualmente, tem a gestão da concessionária Ecovias do Cerrado e foi iniciada em abril de 2023, com investimentos na ordem de R$ 42 milhões.

“É uma obra bem aguardada em uma das regiões mais pujantes do Estado, e que vai receber esse investimento por meio da concessão realizada, que garante a adequação da malha na cidade, aumentando a capacidade e garantindo rodovias boas na região”, disse Renan Filho.

“E tem novidades na rodovia”, acrescentou Silveira, fazendo referência à instalação de um equipamento ainda pouco utilizado em rodovias pelo País. “É o dispositivo de pesagem dinâmica que permite mais agilidade, segurança e eficiência ao pesar os veículos em movimento”, sublinhou o ministro de Minas e Energia.
BRs-381 e 116 vão receber R$ 100 milhões de investimentos

Em vídeo publicado por Renan Filho na manhã desta segunda-feira, uma cifra R$ 100 milhões já é confirmada para a BR-381. “A BR-381 é uma das rodovias mais importantes do Brasil, e por ter sido construída numa área muito acidentada, com risco geológico elevado, ela é também uma rodovia que traz muito risco às pessoas”, disse.

“Ela (rodovia) vai receber R$ 100 milhões seguindo o plano de concessão federal. Essa ordem de serviço vai garantir a manutenção da BR-381 e da BR-116, que também é uma BR muito importante, que liga Minas Gerais ao Nordeste brasileiro”, acrescentou o ministro dos Transportes.
Agenda de compromissos segue pelo Estado

Ainda nesta segunda-feira, os dois ministros pretendem cumprir o restante da agenda prevista que compreende uma visita técnica às obras em andamento do KM 268, na BR-381, em Timóteo, no Vale do Aço. Na sequência, viajam para Ipatinga, também no Vale do Aço, para assinarem, às 16h, o termo de ordem de serviço que autoriza as obras de adequação da BR-116, que abrange o trecho entre Governador Valadares e Teófilo Otoni. Somente para essa obra, o aporte previsto é de R$ 30 milhões.

Durante a visita, Silveira destacou a vocação siderúrgica da região e o trabalho realizado junto ao governo federal para aproveitar as oportunidades de desenvolvimento econômico e social.

“Além de tratar das questões rodoviárias, aqui, por ser uma região eminentemente siderúrgica, nós vamos discutir as oportunidades importantes para a região, tais como a linha de suprimentos da Petrobras. A empresa tem um plano de investimentos de US$ 100 bilhões para os próximos cinco anos, ou seja, um leque de oportunidades para a indústria metal mecânica, destacou.

Apesar de ainda não ter sido confirmado pelo governo federal, nesta terça-feira (9), os ministros devem assinar o termo de ordem de serviço para o início de obras de adequação da BR-265, que prevê verba de R$ 53 milhões. O evento está previsto para acontecer em São João Del-Rei, no Campo das Vertentes.
Certame

Já na quinta-feira, (11), segue agendada na Bolsa de Valores (B3), em São Paulo, a realização do leilão da BR-040, que prevê a concessão do trecho de Juiz de Fora a Belo Horizonte.

O certame está direcionado para resolver algumas questões estruturais dessa rodovia, que tinha como gestora o grupo Invepar entre 2014 e 2017. Um dos principais desafios agora é a meta inicial de reduzir o volume de acidentes e mortes pela malha. O contrato é estimado em um prazo de 30 anos e os investimentos previstos chegam à cifra de R$ 9 bilhões.

NAVAL

Petro Notícias - SP   09/04/2024

No coração do Porto do Rio de Janeiro, uma transformação monumental está em curso. Com um investimento total de 163 milhões de reais, a PortosRio assume a liderança em um projeto de dragagem para aprofundar o canal de acesso do porto do Rio de Janeiro de 15.5 para 16.2 metros. Essa iniciativa visa não apenas aumentar a capacidade de transporte, mas também preparar o porto para receber os navios do futuro. A conclusão da obra de dragagem não só fortalece a infraestrutura portuária, mas também impulsiona a economia local e nacional. Com o novo calado homologado, o Porto do Rio de Janeiro estará apto para operar os imponentes navios New Panamax, de 366 metros de comprimento e capacidade para cerca de 15 mil TEUs (Twenty-foot Equivalent Unit).

A draga Galileo Galilei desempenha um papel central nesse empreendimento, movendo toneladas de sedimentos e detritos para aprofundar o canal. Em colaboração estreita com a PortosRio, a draga opera incansavelmente para moldar o futuro do porto e da cidade. À medida que o prazo de agosto de 2024 se aproxima, a expectativa e a antecipação crescem. O Rio de Janeiro está pronto para entrar em uma nova era de excelência portuária, liderada pela PortosRio e preparada para enfrentar os desafios e oportunidades do comércio internacional. Com a obra de dragagem e o novo calado, o Porto do Rio de Janeiro se destaca como um dos principais portos do Brasil e do mundo, pronto para receber os navios de grande porte.

PETROLÍFERO

Valor - SP   09/04/2024

Modelo está sendo desafiado por decisão da Arsesp na classificação equivocada do Gasoduto Subida da Serra, o que traz impactos reais para os consumidores

O desenho de mercado de gás natural adotado no Brasil tem como um de seus objetivos fundamentais criar um modelo integrado que conecte diversas fontes de suprimento a um amplo número de consumidores, e isso depende de papéis bem definidos ao longo dos elos produtivos da cadeia de valor de gás natural:

(1) ampla concorrência no elo da exploração e produção, com múltiplos agentes produtores e importadores, unidades de processamento de gás natural e de regaseificação de gás natural liquefeito que se conectam...

(2)... à infraestrutura de Transporte, que desempenha o papel de um “hub” ou “market place” entre ofertas e demandas de mercado, e que deve oferecer acesso livre, transparente e isonômico por meio de suas redes de gasodutos que entregam o gás...

(3)... para a infraestrutura de Distribuição que, com suas redes locais, atende aos consumidores.

Este modelo integrado foi ratificado pela Nova Lei do Gás (14.134/2021), pelo Decreto 10712/2021 e pela Resolução CNPE 03/2022, marcos que envolveram anos de debate entre agentes de mercado e autoridades para dar segurança jurídica aos investimentos e clareza aos papeis dos agentes.

Comandos cruciais foram definidos, sendo que um deles, a Constituição Federal, estabelece que o transporte do gás é monopólio da União e a distribuição do gás canalizado é serviço público de competência dos Estados. A partir desta divisão de competências, fica evidente que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) é o órgão responsável por regular, contratar e fiscalizar a atividade do transporte do gás natural via gasodutos.

Ao promover o encontro entre os fornecedores e os usuários deste combustível, o modelo integrado de transporte de gás natural proporciona: (a) segurança de suprimento no caso de falha de alguma das fontes; (b) maior flexibilidade para acomodar flutuações operacionais; e (c) competição em âmbito nacional entre os supridores, dando mais liberdade de escolha para as transações de compra e venda.

No entanto, este modelo integrado está sendo desafiado por uma decisão emitida pela agência reguladora de São Paulo (Arsesp), que, em 2019, autorizou a construção do Gasoduto Subida da Serra - ao custo de R$ 473 milhões pagos pelos consumidores de gás paulistas - na área de concessão da Comgás, classificando-o equivocadamente como gasoduto de distribuição.

Como este ativo tem características claras de gasoduto de transporte, a ANP, outros órgãos governamentais e entidades do setor prontamente questionaram o posicionamento da Arsesp. O impasse gerado pela Arsesp foi tão relevante que se tornou tema da Consulta Pública 10/2023 realizada pela ANP visando a estabelecer um acordo entre a ANP e a Arsesp.

Esta questão não implica mera disputa entre reguladores federal e estadual. A equivocada classificação do Gasoduto Subida da Serra como ativo de distribuição produz impactos reais para os consumidores de gás paulistas e brasileiros.

Em primeiro lugar, vejamos o impacto tarifário para os consumidores. Como o Gasoduto Subida da Serra foi construído com um traçado praticamente idêntico a um gasoduto de transporte já existente, ele duplica custos de infraestrutura para atender ao mesmo mercado. A implicação prática dessa redundância física é um bypass do sistema integrado de transporte de gás, reduzindo o volume transportado pela malha existente e aumentando a tarifa para os consumidores.

A tarifa aumenta porque o transporte do gás é remunerado por uma receita regulada definida pelo método de Receita Máxima Permitida: quanto maior o volume de gás, maior a utilização do gasoduto e menor a tarifa unitária paga pelos consumidores. Assim, a redução do volume de gás que seria transportado pela rede existente - e que será desviado para o Gasoduto Subida da Serra - aumenta a tarifa tanto para o consumidor paulista quanto para consumidores de outros Estados atendidos pela rede integrada de transporte.

Em segundo lugar, a classificação equivocada do Gasoduto Subida da Serra como ativo de distribuição caracteriza verticalização e concentração de atividades, pois as duas “pontas” a que ele se conecta, tanto o terminal de regaseificação quanto a distribuidora (Comgás), pertencem ao mesmo Grupo Compass. Essa verticalização impacta a concorrência e compromete a transparência na formação de preços.

Em terceiro lugar, pensemos na segurança de oferta para os consumidores, que ficam dependentes de uma única fonte de suprimento de gás: o Gasoduto Subida da Serra conecta o Terminal de Regaseificação na Baixada Santista (fonte supridora pertencente à Compass) à rede de distribuição da Comgás (distribuidora também controlada pela Compass) no Planalto Paulista.

Portanto, as consequências do bypass gerado pelo Gasoduto Subida da Serra são: (i) aumento de tarifa para os consumidores; (ii) verticalização e concentração de atividades; e (iii) diminuição de flexibilidade e segurança na oferta de gás pela restrição a uma única fonte de suprimento.

A ANP não pode permitir que o Gasoduto Subida da Serra desvirtue os princípios e papeis harmoniosamente concebidos pelos formuladores de políticas públicas e legisladores federais e que foram expressos nos marcos conceituais e legais. Estas e outras análises são detalhadas no estudo “O Fenômeno Bypass, a Desintegração do Mercado de Gás Natural e seus Impactos” (disponível em www.acendebrasil.com.br/estudos).

O caminho do êxito do mercado integrado de gás natural no Brasil passa pela coordenação entre os agentes de transporte e distribuição de gás em prol da concorrência, do desenvolvimento do mercado livre, do acesso isonômico e transparente de novos agentes aos ativos de transporte e do melhor aproveitamento da infraestrutura.

Sem esta coordenação, não colheremos os benefícios de flexibilidade e segurança de suprimento, redução no preço final do gás natural para os consumidores, ampliação de investimentos, mais empregos e mais renda. Ou seja, a conta ficará para a indústria e seus consumidores finais.

Eduardo Müller Monteiro e Claudio Sales são diretor-executivo e presidente do Instituto Acende Brasil (www.acendebrasil.com.br).

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   09/04/2024

O mercado de máquinas agrícolas teve mais um mês de forte baixa em fevereiro, quando as vendas dos equipamentos usados no campo recuaram 39% frente ao mesmo mês do ano passado. Entre tratores de rodas e colheitadeiras de grãos, foram vendidas 3 mil unidades em fevereiro.

Na margem – ou seja, frente a janeiro, uma base baixa -, as vendas de máquinas agrícolas subiram 43,8%. Com isso, as vendas no primeiro bimestre tiveram queda de 40,5%, somando 5,1 mil máquinas agrícolas nos dois meses.

Os números foram levados nesta segunda-feira à apresentação do balanço mensal de resultados da Anfavea, associação que, além das montadoras de automóveis, representa fabricantes de máquinas agrícolas e de construção.

No setor de máquinas de construção, também chamadas de máquinas rodoviárias, as vendas, de 2,5 mil unidades, subiram 15,8% na comparação com fevereiro do ano passado e 5,7% frente a janeiro. No primeiro bimestre, as vendas de máquinas de construção subiram 7%, para 4,9 mil unidades.

Na apresentação dos dados à imprensa, o diretor executivo da Anfavea, Igor Calvet, lembrou que a projeção da entidade às vendas somadas de máquinas agrícolas e rodoviárias neste ano é de queda de 11%. O prognóstico, pontuou, demonstra um “otimismo cauteloso” do setor quanto à reação dos volumes de máquinas de construção.

Conforme Calvet, essa expectativa se baseia nos efeitos sobre os investimentos no campo da queda da taxa de juros, em paralelo à entrada de recursos do Plano Safra, entre junho e julho, além da realização de feiras importantes do agronegócio, como a Agrishow, em Ribeirão Preto, no interior paulista.

Os números apresentados pela Anfavea são de levantamentos realizados por outras duas entidades: a AEM, uma associação internacional de fabricantes de equipamentos, que levanta os resultados de máquinas agrícolas; e a Abimaq, entidade da indústria de bens de capital, que acompanha também todo mês o desempenho das máquinas de construção, como retroescavadeiras, motoniveladoras e rolos compactadores. Os dados têm defasagem de um mês em relação às estatísticas de veículos divulgadas nesta segunda-feira pela Anfavea, já referentes a março.

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