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09 de Fevereiro de 2024

SIDERURGIA

IstoÉ Dinheiro - SP   09/02/2024

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) aprovou nesta quinta-feira, 8, o aumento da alíquota do imposto de importação de produtos do aço reunidos em cinco códigos tarifários da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Com isso, a taxa de importação dessas NCMs passam de 10,8% para 12% (um caso), de 12,6% para 14% (dois casos) e de 14,4% para 16% (dois casos), retornando ao nível da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

As NCMs se referem a Barras de ferro ou aço não ligado, a quente, dentadas, com nervuras, sulcos ou relevos, obtidos durante a laminagem, ou torcidas após laminagem (7214.20.00); Outros tubos e perfis ocos, sem costura, de ferro ou aço, dos tipos utilizados em oleodutos ou gasodutos (7304.19.00); Outros tubos de ligas de aços, não revestidos, sem costura, para revestimento de poços etc (7304.29.39); Outros tubos soldados, de seção circular, de ferro ou aço não ligado (7306.30.00); e Outros tubos soldados, de seção quadrada ou retangular (7306.61.00).

A tarifa desses itens havia sido rebaixada unilateralmente pelo Brasil em 2022, junto com diversos outros produtos. O MDIC destacou em nota que a decisão pela recomposição das alíquotas atende parcialmente pleitos do setor. Como tem mostrado o Broadcast, a indústria siderúrgica pressiona o governo a elevar a taxação do aço em 25%, mas a medida é vista com muita ressalva tanto por integrantes do Executivo como pelo mercado atendido pela siderurgia, que temem impactos inflacionários a partir de uma eventual sobretaxa.

“Esses pedidos continuam sob análise da Camex”, disse o secretário executivo do Mdic, Márcio Elias Rosa, que presidiu a reunião. A nota do MDIC, contudo, não especifica as solicitações que ainda estão sob crivo da Camex. “A deliberação de hoje apenas recompôs as alíquotas das 5 NCMs que foram, em 2022, objeto de decisão unilateral do governo brasileiro. Não é elevação, é recomposição das alíquotas”, afirmou Elias Rosa, segundo a pasta.

Infomoney - SP   09/02/2024

A Usiminas (USIM5) abre a temporada de balanços do quarto trimestre de 2023 para as mineradoras e siderúrgicas nesta sexta (9), pouco antes do Carnaval, em mais um intervalo que deve ser apertado para as produtoras de aço e mais tranquilo para as que possuem maior exposição ao minério de ferro.

A Gerdau (GGBR4) publica seu balanço no dia 20 de fevereiro, a Vale (VALE3) no dia 22 desse mesmo mês e CSN (CSNA3) e CSN Mineração (CMIN3) divulgam seus resultados no dia 19 de março.

As siderúrgicas, para analistas, continuarão sofrendo por conta do preço do aço, com a commodity importada da China “pressionando as margens” das empresas. O país asiático, desde que seu mercado imobiliário entrou em crise, vem vendendo a commodity de forma subsidiada para outros países, inclusive para o Brasil.
“Esperamos ver um conjunto geral fraco de ganhos das siderúrgicas devido a uma combinação de demanda sazonalmente fraca, preços mais baixos, forte competição com importações e piora na composição das vendas”, comenta o time de analistas do Bank of America, encabeçado por Caio Ribeiro.

“O excesso de oferta chinesa continua a prejudicar ambos os setores, com as siderúrgicas
brasileiras sendo negativamente impactadas com importações elevadas e margens pressionadas”, diz o BTG Pactual, com sua equipe liderada por Leonardo Correa.

Por conta disso, a Gerdau é vista pelas casas como sendo, provavelmente, o destaque negativo do período que vai de outubro a dezembro. De acordo com a LSEG, a metalúrgica deve trazer uma receita líquida de R$ 15,2 bilhões (queda de 9,3% na base trimestral) , Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) de R$ 2,4 bilhões (-22,6%) e o lucro líquido em R$ 941,9 milhões (-33,7%).

“Do lado negativo, esperamos que a Gerdau apresente resultados mais fracos, dada a perspectiva desafiadora para as vendas de aço, devido à maior penetração de aço importado no Brasil e um trimestre mais fraco para a divisão da América do Norte, principalmente devido a volumes mais baixos e um ambiente de custos pressionado”, diz a equipe da XP, chefiada por Lucas Laghi.

Os preços do minério de ferro e do carvão, que subiram no quarto trimestre, também devem pressionar as siderúrgicas em suas margens. Quanto aos Estados Unidos, a sazonalidade, por conta do outono e do inverno, tende a ser um detrator dos resultados, bem como os impactos dos juros mais altos.

Mas o fato de o preço do minério ter subido – com estímulos econômicos na China e com companhias do gigante asiático repondo seus estoques – deve ajudar a CSN e a Usiminas, que têm certa exposição à commodity, e, principalmente, a Vale. “As mineradoras devem se beneficiar de volumes sazonalmente mais fortes e maiores realizações de preços, dada a alta nos preços de referência e os efeitos positivos provisórios”, fala o BofA.
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Confira o calendário de resultados do 4º tri de 2023 da Bolsa brasileira Temporada de balanços do 4º tri: em quais ações e setores ficar de olho?

A XP pontua que, nos seus cálculos, o preço médio da tonelada do minério de ferro vendida pela Vale subiu US$ 12 frente ao terceiro trimestre, chegando a US$ 117.

Do outro lado, no entanto, a corretora expõe que um desempenho pior das operações de metais básicos deve trazer um leve impacto para os resultados da mineradora. O consenso é de receita de US$ 13,05 bilhões (+ 22,9%), Ebitda de US$ 6,3 bilhões (+51,5%) e lucro de US$ 3,9 bilhões (+38,2%).

CSN e Usiminas, por fim, também devem surfar na alta do minério de ferro. No terceiro trimestre, 39% da receita da CSN vieram do minério, com a CSN Mineração, contra 48% do aço. Na Usiminas, o minério correspondeu por 11,8% do faturamento total.  O consenso da LSEG para a siderúrgica é de R$ 11,5 bilhões de receita (+3,4%), R$ 3,1 bilhões de Ebitda (+11,5%) e R$ 1,04 bilhão de lucro líquido (revertendo prejuízo).

Para a Usiminas, a XP enxerga o resultado melhorando, por conta de volumes melhores e eficiência de custo, com a entrada de operação do Alto Forno 3. O consenso da LSEG projeta uma receita de R$ 6,3 bilhões para a Usiminas  (-5,8%), com Ebitda de R$ 16,9 milhões (estável na base trimestral) e prejuízo de R$ 121,7 milhões (-42,5%).

IstoÉ Dinheiro - SP   09/02/2024

A Vale informou nesta quinta-feira, 8, que assinou um Memorando de Entendimento (MoU) com a Hydnum Steel para desenvolver soluções de baixo carbono para a produção de aço. O acordo inclui a avaliação conjunta da possibilidade de construção de uma planta de briquetes de minério de ferro no projeto principal da Hydnum Steel para aço verde em Puertollano, na Espanha.

A fábrica da Hydnum começará a produzir 1,5 milhão de toneladas de aço laminado em 2026 e está projetada para ter uma capacidade anual de 2,6 milhões de toneladas a partir de 2030.

Para o diretor de Desenvolvimento de Produtos e Negócios da Vale, Rogério Nogueira, juntar-se à Hydnum neste projeto é mais um passo importante para o objetivo de reduzir as emissões de escopo 3, referentes à cadeia de valor, em 15% até 2035.

“A combinação do nosso briquete inovador e de baixo carbono com o aço verde produzido pela Hydnum apoiará nossa meta de atingir zero emissões no processo siderúrgico”, afirma em nota.

Já o diretor de Estratégia da Hydnum Steel, Fernando Pessanha, destaca que a siderúrgica contribui para uma mudança tecnológica inexorável na indústria siderúrgica mundial. “Demonstra que a produção de aço verde de alta qualidade não é apenas competitiva, mas também benéfica para o futuro do nosso planeta”.

A Vale observa que a Hydnum Steel será desenvolvida com tecnologia de última geração, concebida para substituir o uso de combustíveis fósseis por hidrogênio verde, contribuindo assim para a descarbonização do setor.

Para a Vale, este MoU reforça a sua confiança na utilização do hidrogênio para permitir a descarbonização da siderurgia.

“A Vale assinou acordos para estudar soluções de descarbonização em conjunto com mais de 50 clientes, que respondem por cerca de 35% das emissões de escopo 3 da empresa. Algumas dessas soluções incluem a construção de plantas de briquetes próximas às instalações dos clientes”, lembra a empresa.

O briquete é um produto desenvolvido pela Vale em seu centro tecnológico em Minas Gerais. É produzido a partir da aglomeração em baixa temperatura de minério de ferro de alta qualidade, utilizando uma solução tecnológica de aglomerantes, o que confere ao produto final alta resistência mecânica. Pode ser utilizado como fonte metálica na rota de redução direta, possibilitando a produção de aço verde. Também pode ser utilizado no alto-forno, reduzindo em 10% as emissões de CO2.

A empresa lembra que além do compromisso de reduzir 15% das emissões líquidas de escopo 3 até 2035, a Vale busca reduzir suas emissões absolutas de escopo 1 e 2 em 33% até 2030 e atingir zero líquido até 2050, em linha com o Acordo de Paris, liderando o caminho para a mineração sustentável.

Revista Mineração - SP   09/02/2024

A mineira Vertown atua com gestão e rastreabilidade dos resíduos, inclusive de aço, e reaproveitou mais de 6,7 milhões de resíduos em 2023.

Para aprimorar a rastreabilidade de resíduos gerados em toda a cadeia produtiva, entre eles os resíduos de aço, a startup mineira Vertown acaba de fechar uma rodada de investimentos com os fundos de Corporate Venture Capital (CVC) Açolab Ventures, da ArcelorMittal, e Irani Ventures.

A tecnologia desenvolvida pela Vertown auxilia as empresas a destinarem melhor seus resíduos, reduzindo as emissões de CO2  em compliance com a legislação.

Com o aporte, a startup vai acelerar a estratégia de crescimento e criar novos produtos para auxiliar na redução de emissões de CO2 e custos em todo o processo de gestão de resíduos.

“Existe um grande potencial para crescer no mercado e uma alta demanda para suprir dentro das empresas que estão atentas a questões sustentáveis. Nosso plano é chegar a 25 milhões de toneladas de resíduos processados nos próximos dois anos e ganhar ainda mais escala”, afirma o CEO da Vertown, Guilherme Arruda.

Para a Açolab Ventures, fundo da ArcelorMittal, que liderou a rodada, o investimento na startup de ESG está alinhado com a ideia da criação do CVC, que é destinar recursos a startups que compartilhem da mesma visão de futuro da produtora de aço e que tenham solução validada, desenvolvam novos negócios, produtos e serviços ou incorporem novas tecnologias para aumentar a competitividade e enriquecer a proposta de valor da cadeia do aço.

“A ArcelorMittal está em sintonia com as tendências globais e quer ser protagonista em iniciativas que estejam alinhadas ao seu propósito de ‘Aços inteligentes para as pessoas e o planeta’. O aporte reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento do país trazendo novas tecnologias e soluções para as empresas endereçarem o ESG”, avalia o gerente geral de inovação e Açolab da ArcelorMittal, Rodrigo Carazolli.

Já o diretor de pessoas, estratégia e gestão da Irani, Fabiano Alves de Oliveira, destaca que sustentabilidade e inovação são parte fundamental do propósito da companhia de valorizar soluções que tragam benefícios mais amplos do que apenas à empresa.

“Queremos, cada vez mais, contribuir com iniciativas inovadoras que tenham uma forte preocupação com o meio ambiente e com a sociedade como um todo. O desenvolvimento de startups como a Vertown permite tanto que ela faça melhorias no processo de gestão de resíduos quanto o acesso de mais empresas a esta tecnologia”, completa.

A Vertown conta com mais de duas mil unidades organizacionais utilizando sua plataforma em todo país, incluindo países da América Latina.

Guilherme Arruda explica que, atualmente no Brasil, mais de 40% dos resíduos são destinados de forma incorreta e a legislação, apesar de estar melhorando e ficando cada vez mais restritiva, ainda não é tão aplicada no país.

“Hoje o gerador de resíduos é responsável por ele em todo o seu ciclo de vida e a nossa tecnologia garante toda a rastreabilidade do processo incluindo indicadores e gráficos para que as empresas consigam acompanhar e melhorar seu processo desde a geração até a destinação do resíduo”, destaca o CEO da startup.

Por meio dessa plataforma, as empresas destinam seus resíduos de forma mais eficiente e sustentável usando tecnologia avançada de rastreabilidade com blockchain e geração de insights com o uso de inteligência artificial.

“Tudo isso vem trazendo excelentes resultados para o negócio e também para os nossos clientes. Somente em 2023, nossa solução registrou mais de 6,7 milhões de toneladas de resíduos coletados”, destaca Arruda.

Valor - SP   09/02/2024

Demanda superou US$ 600 milhões, segundo fontes; recursos serão usados para “fins corporativos gerais” e refinanciamento de dívidas

A siderúrgica CSN captou US$ 200 milhões com a reabertura de uma emissão de bonds com vencimento em 2030. A demanda superou US$ 600 milhões garantindo uma redução da taxa de 8,5% para 8,3%, segundo fontes que acompanharam a operação.

Os recursos serão usados para “fins corporativos gerais” e refinanciamento de dívidas, incluindo o pré-pagamento de obrigações que vencem em 2024 e 2025. No ano passado, quando captou US$ 500 milhões, a empresa usou parte do dinheiro para recomprar outros títulos, que venceriam em 2026.

Atualmente, a maior parte das dívidas da CSN, cerca de 41%, é com bancos, mas a companhia tem trabalhado para aumentar a participação do mercado de capitais nas fontes de financiamento, segundo disse a gestão da empresa em apresentação aos investidores. Hoje, os bonds respondem por 34% da dívida e as debêntures são cerca de 25%.

A agência de classificação de risco Fitch atribuiu a nota ‘BB’/’RR4’ à proposta de emissão da CSN, considerando a escala e a presença da companhia em setores como o siderúrgico e de energia, mas também o desafio da empresa “de reduzir a base de dívidas enquanto otimiza o retorno aos acionistas.”

Já a Moody’s disse que a reabertura dos bonds não afetou o rating da companhia siderúrgica, atualmente em “Ba2”. “A transação faz parte da estratégia de gestão de passivos da CSN e os recursos serão usados parcialmente para o pré-pagamento da dívida (..) melhorando assim a liquidez enquanto amplia ainda mais o cronograma de amortização da dívida da empresa”, afirmaram os analistas em relatório.

A CSN deve ser a última brasileira a emitir títulos no exterior nessa primeira temporada de ofertas do ano, que vai de janeiro a meados de fevereiro.

Com a proximidade da divulgação de resultados financeiros, as companhias entram no chamado “período de silêncio” nos próximos dias e novas operações só devem aparecer a partir de março.

A janela de 2024 foi a mais movimentada em comparação aos últimos anos. No total, foram emitidos cerca de US$ 7,3 bilhões em títulos brasileiros desde o começo de janeiro – praticamente metade do volume das operações feitas em todo o ano de 2023, que chegou a US$ 15 bilhões.

A proximidade do início dos cortes de juros nos Estados Unidos e o fato de os últimos anos terem sido mais fracos em termos de emissão garantiu a demanda pelos títulos agora em 2024, segundo bancos que atuam nessas operações.

O impulso, em termos de volume, veio da emissão soberana de US$ 4,5 bilhões junto a investidores estrangeiros, a maior emissão do país desde 2005. Além do Tesouro, também emitiram bonds a Cosan, a 3R, a Ambipar, a FS e a Azul.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   09/02/2024

O IPCA, índice oficial de inflação do País, ficou em 0,42% em janeiro, uma queda de 0,14 ponto porcentual em relação ao resultado de dezembro (0,56%), segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 8, pelo IBGE. Com esse resultado, nos últimos 12 meses o IPCA acumula alta de 4,51%, abaixo dos 4,62% observados nos 12 meses encerrados em dezembro. Em janeiro de 2023, a variação havia sido de 0,53%.

O número de janeiro veio um pouco acima do que projetava o mercado. A mediana da pesquisa feita pelo Projeções Broadcast apontava um avanço de 0,35% no mês.

De acordo com o IBGE, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em janeiro. A maior variação (1,38%) veio do grupo Alimentação e Bebidas, que registrou aceleração em relação ao resultado de dezembro (1,11%). Na sequência, destaca-se a alta de Saúde e cuidados pessoais (0,83%). Por sua vez, o grupo Transportes registrou queda no índice de janeiro (-0,65%). “Os demais grupos ficaram entre o -0,08% de Comunicação e o 0,82% de Despesas pessoais”, diz o IBGE, em nota.

No caso do grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio subiu 1,81%, influenciada pelas altas da cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%). Já a alimentação fora do domicílio, com alta de 0,25%, desacelerou em relação ao mês anterior (0,53%). “Tanto o lanche (0,32%) como a refeição (0,17%) tiveram altas menos intensas que as registradas em dezembro (0,74% e 0,48%, respectivamente)”, diz o IBGE.

Em Saúde e cuidados pessoais, os itens de higiene pessoal subiram 0,94%, influenciados pelas altas do produto para pele (2,64%) e do perfume (1,46%), de acordo com o instituto. O plano de saúde (0,76%) e os produtos farmacêuticos (0,70%) também registraram alta em janeiro.

No grupo Habitação, “o resultado da energia elétrica residencial (-0,64%) foi influenciado pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,79%), Fortaleza (-0,27%) e Salvador (-9,11%), a partir de 1º de janeiro, bem como pela apropriação do reajuste de 13,00% nas tarifas em Rio Branco (5,00%), a partir de 13 de dezembro”.

Já em relação ao grupo Transportes, houve queda na passagem aérea, subitem com maior impacto individual no índice do mês (-15,22% e -0,15 ponto porcentual no indicador). “Em relação aos combustíveis (-0,39%), houve recuo nos preços do etanol (-1,55%), do óleo diesel (-1,00%) e da gasolina (-0,31%), enquanto o gás veicular (5,86%) registrou alta. O subitem táxi apresentou alta de 1,25% devido aos reajustes, a partir de 1º de janeiro, de 4,21% no Rio de Janeiro (3,95%) e de 4,61% em Salvador (4,31%).”

Globo Online - RJ   09/02/2024

A inflação subjacente é aquela que revela qual é a verdadeira tendência da inflação. Isto porque, retira do cálculo da taxa os itens que têm uma flutuação de preços maior durante o ano. Por isso, esse é o indicador acompanhado pelo Banco Central do Brasil quando analisa a taxa de juros brasileira. A Ata do Copom, divulgada na última terça-feira, destaca riscos para o ritmo de desaceleração da inflação brasileira, o que levou o comitê a manter o ritmo de corte da Selic em 0,50 ponto percentual e descartar uma aceleração do ritmo da redução como defendia o governo. Em conversa com o economista André Braz, coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, ele explica como funciona essa dinâmica de inflação e juros. Ele avalia que o mercado exagera nas suas preocupações. Ele não acredita que a meta da inflação seja atingida, mas aposta que o IPCA ficará sim dentro da meta, possibilitando uma Selic próxima dos 8% no fim deste ano.

O que é inflação subjacente? Qual a diferença da inflação sobre a qual falamos usualmente?

Na apuração do IPCA de janeiro, a influência dos alimentos in natura foi muito grande. Hortaliças, legumes e frutas sobem muito de preço no verão, por questões climáticas, o que leva a aumento de preço. Mas qual é o risco desse aumento de preço para inflação? Quase zero, porque é um aumento sazonal. Isso quer dizer que na medida que a gente se aproxima do outono, os preços vão cair. Então, por conta disso, é um jogo de soma a zero, sobe no verão, cai no inverno, então não tem risco para a política monetária um aumento dos alimentos em natura e os núcleos de inflação. Quando se tira esses efeitos temporários da taxa, se pode ver a verdadeira tendência.

E qual é a tendência hoje?

Quando a gente olha os principais núcleos de inflação que são estimados lá pelo Banco Central, a gente vê que a inflação já está em desaceleração há mais de um ano. Um dos núcleos muito usado é o chamado de médias aparadas consolidação, está em franca desaceleração. Tem os núcleos por exclusão também que simplesmente excluem os alimentos cujos preços são mais voláteis e também estão em desaceleração. Então boa parte dos núcleos está com inflação abaixo de 4% já, está 3.9%. Umas metodologias estão com 3,5%, outras estão com 3,8%. Então independente do nível que cada uma delas, boa parte está em desaceleração. Isso indica que o processo inflacionário está sendo gradualmente vencido, que a expectativa de inflação deste ano já mostra que é menor do que a que fechou 2023. Pelo Boletim Focus, a maioria dos analistas de mercado projeta uma inflação para o final do ano de 3,8%, lembrando que a do ano passado foi 4,6%. Então estamos falando de uma desaceleração de quase um ponto percentual.

Como isso afeta a política monetária?

A inflação subjacente mostra que tirando essas pressões temporárias que não são duradouras, como a de alimentos in natura, a inflação média fica mais baixo do que a atual, em 4,5% na variação em 12 meses . Se a maioria dos núcleos está abaixo da inflação de 4,5%, isso mostra que o processo inflacionário está sendo gradualmente vencido. E que há sinal verde aí para continuidad da política de corte de juros, ainda que a gente tenha um cenário aí com vários desafios, que começa com o el Niño, com guerras entre Rússia e Ucrânia, Israel e Hamas, além das questões relativas à política fiscal. A inflação não deve ficar na meta, que é 3%. As expectativas é que feche em 3,9%, ainda dentro do intervalo de tolerância, que vai até 4,5%.

Isso abre espaço para que o Banco Central continue a cortar juros?

Sim. A expectativa é de que a Selic, que hoje está em 11,25!, termine o ano em torno de 9%. É claro que tem muita água para rolar debaixo da ponte. Pode ser que aconteça alguns problemas no meio do caminho e os juros não recuem tão rapidamente assim. Mas eu acho que há espaço para isso acontecer, para fecharmos o ano com juros bem mais baixo do que abrimos em 2023 e 2024.

Diante desse cenário, porquê a preocupação com serviços relatada pelo BC e apontada hoje pelos analistas de mercado?

Os serviços desaceleram mais lentamente porque aqui no Brasil a gente tem alguns serviços com cara de preços administrados. Quando eles sobem, não caem mais. Por exemplo, as mensalidades escolares que serão o grande destaque da inflação de fevereiro, trata-se de um serviço que quando aumenta de preços, não cai mais, fica alto o ano inteiro. Isso é uma inflação na veia permanente. Outros serviços que têm essa característica é o aluguel e o condomínio , à medida que sobe não volta mais. É diferente de um serviço que que segue a lei da oferta e da procura, como passagem aérea, que subiu mais de 80% no acumulado de quatro meses e agora recua. A mesma coisa com refeição em restaurante, nada impede que o que o menu fique mais barato, por uma questão de concorrência, como no salão de beleza, que pode fazer uma promoção ou mesmo uma redução de preço para enfrentar a concorrência.

Os serviços regidos por contrato têm um comportamento mais rígido. Acaba sendo um desafio para a política monetária exatamente porque como eles são indexados desaceleram mais lentamente. Então você vê que serviço está bem acima da inflação média e isso ocupa um espaço grande no IPCA, porque 30% do IPCA são serviços livres. Então 1/3 da inflação tem resistência à desaceleração mesmo com juro alto. E esse é um problema para autoridade monetária. Como faço a política monetária para alcançar esse segmento e fazer com que encontre espaço para desacelerar ainda para a meta de inflação de 3%.

Isso vai acontecer numa velocidade diferente dos outros núcleos de inflação é isso?

Sim e gera impaciência, gera incerteza e o mercado fica de olho. A maioria dos núcleos desacelerou, o que indica que o processo inflacionário está sendo gradualmente vencido. Mas o mercado financeiro é nervoso. O resultado vem ligeiramente acima da expectativa, já é ruim e tal, mas nem tudo está perdido. Estamos num período de ajuste, transição, mas acho que, no final das contas, os resultados são positivos e a gente vai ter uma no fim do ano, uma inflação menor do que a gente tem hoje. E haverá espaço para corte de juros, mesmo que sem a aceleração desejada por alguns setores da economia.

IstoÉ Dinheiro - SP   09/02/2024

O índice de preços ao consumidor na China registrou queda de 0,8% em janeiro, o retrocesso mais expressivo em 14 anos, segundo os dados publicados nesta quinta-feira (8) pelo Escritório Nacional de Estatísticas.

Este foi o quarto mês consecutivo de deflação na segunda maior economia mundial, onde a recuperação pós-covid mais lenta que o esperado provocou a desaceleração do consumo.

A queda de preços foi muito mais expressiva que a previsão dos analistas entrevistados pela agência Bloomberg, que projetavam um recuo de 0,5%.

Desde o segundo semestre de 2009, período de uma crise financeira global, os preços na China não registravam uma queda tão significativa.

O país registrou índice de preços de 2,1% em janeiro de 2023.

Este indicador aumentará a pressão sobre as autoridades para a adoção de mais estímulos econômicos. A redução das taxas de juro e as medidas para impulsionar o crédito provocaram poucos resultados até o momento.

“A China precisa adotar ações de maneira rápida e agressiva para evitar o risco de que a expectativa do risco de deflação se instale entre os consumidores”, afirmou Zhiwei Zhang, presidente e economista chefe da empresa Pinpoint Asset Management.

A deflação provoca riscos a longo prazo para a economia porque leva os consumidores a adiar as compras e aguardar por uma queda ainda maior dos preços.

O cenário enfraquece a demanda e forças as empresas a reduzir a produção, congelar contratações e, inclusive, demitir funcionários.

A tendência na China contrasta com a de outras grandes economias, onde a inflação elevada representa um problema para famílias e empresas, o que obriga os bancos centrais a elevar as taxas de juros.

Monitor Digital - RJ   09/02/2024

O índice de preços ao produtor (IPP) da China, que mede os custos dos produtos na porta da fábrica, caiu 2,5% ano a ano em janeiro de 2024, informou o Departamento Nacional de Estatísticas (DNE) nesta quinta-feira.

A queda diminuiu em relação à queda de 2,7% em dezembro. Na base mensal, o IPP de janeiro caiu 0,2%, mostraram os dados.

“Devido a fatores como oscilações nos preços internacionais das commodities e a entrada de algumas indústrias domésticas na entressafra, o IPP caiu em janeiro. No entanto, as quedas ano a ano e mês a mês reduziram”, disse a estatística do DNE, Dong Lijuan.

Os preços dos meios de produção caíram 0,2% na comparação mensal, contribuindo com 0,17 ponto percentual para a queda geral do IPP mensal de janeiro, mostraram dados do DNE.

Entre as principais indústrias, o IPP da indústria de extração de petróleo e gás caiu 0,8% mês a mês, enquanto o setor de processamento de petróleo, carvão e outros combustíveis caiu 1,7% em relação ao mês anterior.

O IPP da indústria de mineração e lavagem de carvão subiu 0,1% mês a mês devido ao aumento da demanda por aquecimento em algumas regiões.

O índice de preços ao consumidor da China, principal indicador de inflação, subiu 0,3% mês a mês em janeiro de 2024, mostraram dados do DNE. Fim

Diário do Comércio - MG   09/02/2024

Após cair 1,3% em 2022, a produção industrial de Minas Gerais cresceu 3,4% em 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A performance mineira foi superior à do País, que ficou estável no período (0,2%). O resultado ainda representou a segunda maior influência positiva sobre o indicador nacional, atrás apenas do Rio de Janeiro, com alta de 4,5%.

A indústria extrativa teve uma expansão produtiva de 7,6% e sustentou o crescimento do Estado. A analista de pesquisas por empresas do IBGE em Minas Gerais, Alessandra Coelho de Oliveira, destaca que o minério de ferro foi o produto que mais contribuiu para o avanço do segmento.

Na indústria de transformação mineira, o crescimento da produção foi de 1,8%. Neste caso, conforme a especialista, os principais influenciadores foram as atividades de metalurgia e a fabricação de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, ainda que a fabricação de produtos de borracha e de material plástico tenha apresentado a maior variação anual (13,5%).

Em contrapartida, a fabricação de produtos químicos retraiu 11,9% e não deixou a produção industrial do Estado crescer mais. O mesmo ocorreu com os produtos de minerais não metálicos, com baixa de 3,4%. As outras oito atividades analisadas pelo IBGE registraram expansão.

Com relação às outras localidades pesquisadas, o Rio Grande do Norte teve o maior incremento produtivo, de 13,4%. No total, dez das 18 regiões avaliadas apresentaram alta na produção industrial. Já a retração mais significativa foi observada no Ceará, com queda de 4,9%.
Fatores locais impulsionam indústria mineira

Ao avaliar os números do ano passado, o economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Izak Carlos Silva, reiterou que a produção da indústria mineira se sobressaiu frente à nacional, tanto no resultado geral quanto por segmentos. “Tudo que foi bem no Brasil também foi no Estado e tudo que foi mal no Brasil foi muito bem no Estado”, resumiu.

De acordo com o especialista, as atividades de petróleo e gás derrubaram o desempenho do País, enquanto o aumento da produção de minério de ferro estimulou a performance de Minas Gerais. Um dos motivos para tal crescimento, conforme ele, foi o menor volume de chuvas em dezembro – abaixo da média histórica – que puxou a indústria extrativa do Estado para cima no fim do ano.

Quanto à indústria de transformação, o economista-chefe do BDMG destaca que o resultado mineiro foi melhor do que o do País em 10 dos 13 segmentos estudados pelo IBGE. Ele salienta que os segmentos mais associados a financiamentos performaram mal no Brasil porque o crédito estava caro, contudo, desempenharam bem em Minas Gerais em razão de fatores locais.

“Desde o início da pandemia, temos observado um ganho de produtividade maior em Minas Gerais do que no Brasil, especialmente na indústria. Nós tivemos expansão de investimentos privados e vimos quantos aportes foram atraídos e anunciados no Estado. Consequentemente, tivemos um aumento da confiança do empresário local maior do que no País”, ponderou.
Expectativas positivas para 2024

Para 2024, as projeções do especialista são de que a produção industrial mineira continue em uma crescente e, novamente, em ritmo superior à média nacional. Silva avalia que a descompressão das condições financeiras e a redução da taxa de juros deve impactar positivamente toda a indústria brasileira, mas os fatores locais, como os citados ganhos de produtividade, expansão da confiança empresarial e do investimento privado, devem sustentar um maior avanço estadual.

E o otimismo não para por aí. O economista também espera uma reversão do quadro do segmento de bens duráveis, que não foi bem em 2023 por conta do alto custo de financiamento, com o cenário macroeconômico favorável e queda da Selic. Conforme ele, isso deve favorecer ainda mais a indústria de Minas Gerais, já que o peso dessas atividades é bastante relevante no Estado.

IstoÉ Dinheiro - SP   09/02/2024

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Richmond, Tom Barkin, comentou nesta quinta-feira que um eventual retorno da inflação para a meta de 2%, sem desaceleração dos atuais níveis robustos de demanda, pode sinalizar uma elevação nos juros neutros. O dirigente afirmou que ainda não é possível saber qual é o nível neutro dos juros ou para onde levar as taxas, de acordo com os modelos disponíveis atualmente, uma vez que a economia não respondeu como o esperado ao aperto monetário agressivo do BC americano.

“Quando chegar o momento, teremos que alterar os juros cuidadosamente e analisar”, respondeu ele, ao ser questionado sobre o tema, em evento do Clube Econômico de Nova York.

Com direito a voto nas decisões monetárias do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) deste ano, Barkin evitou afirmar com precisão qual seria este momento de alteração dos juros. Para ele, a queda sustentada da inflação será responsável por motivar a normalização da política monetária.

“Vamos aprender muito nos próximos seis meses sobre a trajetória da inflação”, observou o dirigente, acrescentando que “ninguém quer uma nova aceleração” dos preços.

Ele ainda descartou a possibilidade de riscos de contração dos preços americanos ligados de alguma forma à deflação na China, ao ser questionado no evento.

E caso a inflação persista acima de 2%, o dirigente afirma que não terá “problema em reverter curso e retomar o aperto dos juros, se necessário”.

Barkin reiterou que o Fed não mudará a meta da inflação em 2% até alcançá-la, para garantir a estabilidade de preços e a credibilidade do banco central. “Podemos reconsiderar depois disso, mas vale lembrar que esta não é uma meta nova e, em geral, o nível ideal da inflação global também está em torno de 2%”, pontuou.

Setor bancário

O presidente do Federal Reserve de Richmond reconheceu que o setor imobiliário comercial é um risco, mas ponderou que este já é um ponto no radar dos bancos, ao ser questionado no evento do Clube Econômico de Nova York. Barkin revelou que alguns de seus contatos demonstraram algumas dificuldades em relação a quedas em depósitos e margens de lucro. “O setor imobiliário comercial expande estes riscos, particularmente devido à exposição de escritórios. Outras partes têm se saído bem, mas escritórios seguem com taxas elevadas de desocupação”, apontou.

O dirigente ponderou que, apesar disso, o sistema bancário segue resiliente de modo geral, considerando os resultados dos testes de estresse do banco central.

“Contudo, vale lembrar que participam dos testes os bancos com grandes volumes de capital. Para além disso, nunca sabemos com certeza absoluta quais bancos estão expostos aos riscos ou não”, alertou Barkin.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   09/02/2024

Os contratos futuros do minério de ferro na China subiram nesta quinta-feira para uma máxima de quase uma semana, estimulados pela esperança de melhor demanda do mercado imobiliário já que a China sinalizou algum apoio ao setor em dificuldades.

O minério de ferro mais negociado para maio na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) fechou em alta de 2,4%, a 963,50 iuanes (133,90 dólares) por tonelada. No início da sessão, atingiu 967,50 iuanes, o maior valor desde 2 de fevereiro.

O contrato mais ativo do minério de ferro para março, na Bolsa de Cingapura subiu 2,4%, para 128 dólares por tonelada.
A China pretende aumentar o financiamento para projetos residenciais nos próximos dias, como parte de suas medidas de apoio ao setor. A construção civil é responsável pela maior parte da demanda de aço e minério de ferro.

Entretanto, a relutância dos bancos em conceder empréstimos ao setor atingido pela crise continuará sendo um grande obstáculo para as incorporadoras em dificuldades que mais precisam de novos financiamentos.

“Uma queda nos estoques de minério de ferro nas principais usinas siderúrgicas chinesas, que atingiram o nível mais baixo em mais de dois anos, também alimentou o otimismo de que uma fase de reabastecimento poderia impulsionar os preços após o fim do feriado do Ano Novo Lunar, que dura uma semana”, disseram os analistas do ANZ em uma nota.

Os preços de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai (SHFE) tiveram comportamentos mistos nesta quinta-feira.

A bolsa de Dalian e a SHFE estarão fechadas para um feriado nacional na China de 9 a 16 de fevereiro.

IstoÉ Dinheiro - SP   09/02/2024

A Anglo American reduziu sua produção de minério de ferro em 12% no quarto trimestre de 2023 ante o mesmo intervalo do ano anterior, para 13,8 milhões de toneladas, em função principalmente de uma desaceleração programada em sua principal mina de minério na África do Sul. A operação Minas-Rio no Brasil, por outro lado, atingiu volume recorde de 6,6 milhões de toneladas entre outubro e dezembro. Por volta das 8h05 (de Brasília), a ação da mineradora sul-africana avançava 1,2% na Bolsa de Londres.

Em relatório divulgado nesta quinta-feira, 8, a Anglo também informou que sua produção de cobre sofreu queda; relató anual de 6% no quarto trimestre, para 230 mil toneladas, em função de uma redução de 16% nos resultados do Chile.

Já a produção geral da Anglo no quarto trimestre recuou 7% na comparação anual, em linha com as expectativas da empresa. Ao longo de 2023, no entanto, a produção aumentou em torno de 3% em relação ao ano anterior.

Para 2024, a Anglo reiterou previsão de recuo de 4% na produção total.

Diário do Comércio - MG   09/02/2024

Moradores da cidade mineira de Itatiaiuçu, que vivem nas proximidades de uma barragem de rejeitos de minério de ferro da ArcelorMittal considerada alto risco de colapso, acompanham apreensivos a construção pela empresa de um muro que visa conter uma onda gigante de lama na hipótese de um rompimento.

Ainda que a empresa afirme que removeu moradores da área de risco e já tenha até acertado indenizações com centenas de famílias, o medo faz parte do cotidiano da população, uma situação que deve perdurar pelo menos até setembro de 2025, quando a obra do muro de contenção tem previsão de ser concluída.

Os riscos em Itatiaiuçu chamam a atenção para outras cerca de 30 barragens sem garantia de estabilidade no Brasil e reverberam temores com um eventual desastre após dois grandes colapsos em Minas Gerais. Em 2015, em Mariana, e em 2019, em Brumadinho, centenas de pessoas morreram após a lama do rejeito de mineração da Samarco e da Vale destruir comunidades e atingir rios e florestas.

Construída em 1987 e desativada desde 2012, a barragem da ArcelorMittal que atendia a Mina de Serra Azul contém atualmente mais de 5 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério de ferro, segundo dados da Agência Nacional de Mineração (ANM).

A estrutura está também embargada por não ter atestado sua estabilidade — algo que ocorre atualmente no Brasil com 7% das 453 barragens de mineração inseridas na Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB) e que são obrigadas a entregar o documento.

“A gente sofre muito medo, muita angústia de estar debaixo de uma barragem, que tem risco 3 de rompimento”, disse à Reuters o comerciante Wilson Vieira de Souza, referindo-se ao mais alto grau de risco para barragens em classificação feita pela ANM.

“Várias pessoas passaram mal, muitas pessoas adoeceram, muitas pessoas já morreram e ainda a gente está aqui nessa briga com essa mineradora que vem causando tantos danos para a gente aqui desta comunidade.”

O comerciante deu entrevista à Reuters no distrito de Pinheiros, que abriga o muro de contenção em construção e está repleto de placas indicativas de rota de fuga para o caso de um eventual rompimento.

As tragédias anteriores estão frescas na memória dos moradores de Minas Gerais, um Estado que vive dividido historicamente entre os retornos econômicos trazidos pelas mineradoras e os impactos da atividade no meio ambiente e em suas comunidades.

“Se ela (a barragem) estourar lá em cima, nós ficamos ilhados aqui embaixo, a lama não deixa (sair), estoura asfalto, estoura tudo, igual foi em Brumadinho, estourou tudo e a gente fica naquela situação”, disse o aposentado Milton Teixeira Reis, morador do distrito de Pinheiros.

Outra grande preocupação de autoridades com um eventual rompimento é com a possibilidade de contaminação de afluentes que desembocam no rio Manso, responsável por 40% do abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte, segundo a secretária do Meio Ambiente da cidade de Rio Manso, Marina Amaral Ferreira.

“As medidas que nós vemos para diminuir o impacto ambiental que será causado pelo possível rompimento seria a construção de uma barreira de contenção, que a mineradora já vem construindo, mas que ao meu ver e da população o andamento ainda está muito fraco”, afirmou.
Obra até 2025

Procurada, a ArcelorMittal afirmou que em 2019 realocou preventivamente todos os moradores residentes dentro da Zona de Autossalvamento (ZAS), “de modo a garantir total segurança das pessoas”.

Segundo a companhia, das 58 famílias que foram realocadas provisoriamente em imóveis alugados pela empresa, 41 se encontram em residências definitivas. Até o final de janeiro, 606 famílias fecharam acordos de indenização individuais com a empresa, adicionou.

“Não há nenhum morador em risco”, afirmou, em uma resposta por email, pontuando ainda que a barragem é monitorada 24 horas por dia.

O muro de contenção em construção, segundo a ArcelorMittal, será capaz de conter todo o rejeito em um caso de eventual rompimento e está previsto para ser concluído em setembro de 2025, o que permitirá o início dos trabalhos de descaracterização da barragem.

A companhia disse ainda estar cumprindo acordo firmado com a comissão de atingidos e com os ministérios públicos federal e estadual, com critérios para indenizações de moradia, atividades econômicas e agropecuárias, danos morais e parte dos danos coletivos. (Washington Alves, Lais Oliveira e Marta Nogueira).

Infomoney - SP   09/02/2024

Em uma pré-reunião do conselho de administração da Vale realizada nesta quinta-feira (8), os integrantes acabaram antecipando a discussão sobre o futuro presidente da mineradora. Na conversa, dois grupos apresentaram divergência sobre a manutenção de Eduardo Bartolomeo no comando da empresa.

De um lado, a japonesa Mitsui, que detém 6,31% da Vale, e a Cosan defenderam a hipótese de uma prorrogação do contrato de Bartolomeo por cerca de um ano até que a posição seja assumida no futuro por Luis Henrique Guimarães, que foi nomeado conselheiro em abril de 2023 alguns meses depois de deixar a liderança do grupo Cosan, ficando apenas em conselhos de controladas e investidas. Do outro lado estão Previ, com 8,71% da mineradora, e Bradesco, que não pretendem endossar a ideia de um mandato “tampão” para o atual CEO e defendem sua substituição por um executivo com perfil experiente na gestão de grandes empresas do mercado. O atual contrato de Bartolomeo, por três anos, expira no final de maio.

Investing - SP   09/02/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a Vale (BVMF:VALE3) nesta quinta-feira cobrando ações de reparação e compensação por rompimentos de barragens de rejeitos de minério de ferro em Minas Gerais e defendeu a realização de um "acordo justo" por Mariana (MG).

Durante entrevista à Rádio Itatiaia, em meio à visita ao Estado de Minas Gerais, Lula acusou a mineradora de fingir "que nada aconteceu" em Brumadinho e Mariana. E afirmou que a discussão sobre o caso ainda "não chegou na minha mesa".

O rompimento de barragem da Samarco -- joint venture da Vale com o grupo BHP -- ocorreu em novembro de 2015, mas até hoje mineradoras e autoridades federais e estaduais não conseguiram entrar em um consenso para um acordo definitivo de reparação.

"A Vale ainda não resolveu o problema de Mariana, não resolveu o problema de Brumadinho", disse Lula.

"É preciso brigar para que a gente faça um acordo justo e que o povo da região afetada seja o grande beneficiário dos recursos."

O rompimento de Mariana liberou uma onda gigante de lama que deixou 19 mortos e centenas de desabrigados, além de atingir o importante rio Doce, em toda a sua extensão, até o mar do Espírito Santo.

Em Brumadinho, uma barragem da Vale colapsou em janeiro de 2019, matando 270 pessoas, além de causar diversos danos socioambientais. Nesse caso, um acordo coletivo definitivo de 37,7 bilhões de reais foi assinado com autoridades federais e estaduais.

Não foi a primeira vez que Lula criticou a atuação da Vale na reparação de danos. Em janeiro, quando o desastre de Brumadinho completou cinco anos, Lula afirmou que a empresa "nada fez para reparar a destruição causada".

As novas críticas de Lula nesta quinta-feira ocorrem após o presidente ter tentado buscar meios para que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega assumisse o comando da mineradora, conforme a Reuters publicou em janeiro.

No fim do mês passado, porém, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, negou que o presidente tenha tratado sobre sucessão na Vale e afirmou que o presidente "nunca" se disporia a fazer interferência em uma empresa com capital aberto.

REPARAÇÃO DE DANOS E CRÍTICAS À RENOVA

As negociações para um acordo de repactuação de um termo inicial para reparação dos danos por Mariana -- assinado entre as mineradoras e autoridades ainda em 2016 -- devem ser retomadas neste mês.

O termo inicial, que contou à época com a assinatura do governo federal, no segundo mandato de Dilma Rousseff, não fixou um volume de recursos global a ser empenhado e deixou para frente diversas etapas a serem cumpridas, sendo alvo de críticas por diversas partes.

O presidente também acusou a mineradora de criar "uma fundação para fazer casa, que não fez casa", referindo-se à Fundação Renova (BVMF:RNEW11), fruto do termo de 2016, criada para gerir as reparações em Mariana, tanto coletivas como individuais.

Até dezembro passado, tinham sido destinados 34,7 bilhões de reais às ações de reparação e compensação a cargo da Renova, informou a Vale anteriormente.

Enquanto um acordo final não é fechado, a Justiça Federal decidiu no mês passado em primeira instância condenar a Samarco e suas donas ao pagamento de 47,6 bilhões de reais por danos morais coletivos no caso de Mariana (MG).

Já no caso de Brumadinho já foram indenizadas mais de 15,4 mil pessoas do municípios e outros próximos, totalizando 3,5 bilhões de reais em pagamentos de indenizações cíveis e trabalhistas, além do fechamento do acordo coletivo de 37,7 bilhões de reais com autoridades.

Procurada, a Vale afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentará as declarações de Lula.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   09/02/2024

A direção da Anfavea, entidade que representa as montadoras instaladas no País, informou nesta quinta-feira, 8, que o setor vive o maior ciclo de investimentos da sua história, na esteira do anúncio, no fim do ano passado, do novo regime automotivo. Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, entre investimentos de montadoras e de fornecedores de peças, estão previstos mais de R$ 100 bilhões até 2028 ou 2029.

Durante a apresentação dos resultados das montadoras em janeiro, Leite destacou que os investimentos começaram a se materializar após o lançamento do Mover, nome do programa desenhado para o setor com incentivos fiscais de R$ 19,3 bilhões até 2028 para a produção de carros mais seguros e menos poluentes. Só neste ano, os estímulos são de R$ 3,5 bilhões.

Desde o anúncio do programa, a Volkswagen ampliou seu plano de investimentos em R$ 9 bilhões, para R$ 16 bilhões até 2028, e a General Motors (GM) anunciou investimentos de R$ 7 bilhões no período de 2024 a 2028. Nas próximas semanas, é esperado que a Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën, lance também novos investimentos.

Ao listar os motivos do novo ciclo de investimentos, o presidente da Anfavea citou a redução dos juros, a aprovação da reforma tributária e a menor volatilidade do câmbio, além da demanda reprimida e o retorno do imposto nas importações de carros híbridos e elétricos, medida adotada pelo governo para forçar a nacionalização das novas tecnologias.

Respondendo críticas ao Mover, Leite considerou que o programa tem valor baixo, mecanismos inteligentes e traz previsibilidade aos investimentos da indústria automotiva. “Vamos chegar a mais de R$ 100 bilhões de investimentos. Isso é muito emprego, pesquisa e desenvolvimento. Isso é fundamental para um país produtor, traz um direcionamento para a indústria”, declarou Leite. Ele ponderou que a premissa dos novos investimentos é que não haverá aumento da carga tributária no País.

Antes do presidente da Anfavea, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, informou que a pasta trabalha para anunciar a regulamentação do Mover após o Carnaval. Na regulamentação, serão definidas as metas a serem perseguidas pela indústria para ter acesso aos benefícios do programa.

“Tenho certeza que vamos ter investimentos muito relevantes”, disse Alckmin, que abriu nesta quinta a apresentação do balanço mensal da Anfavea. O ministro chamou a atenção para a longa cadeia de produção de veículos, que abrange indústrias como aço, plástico e borracha, ao justificar a necessidade de um programa especial ao setor.

O vice-presidente salientou que investimentos de R$ 41 bilhões já foram anunciados pela indústria de veículos. “Temos esperança de que os investimentos se aproximem de R$ 100 bilhões”, disse.

Em sua intervenção, Alckmin também fez menções à reforma tributária, que, frisou, muda o patamar do País, desonerando tanto exportações quanto investimentos, ao acabar com a cumulatividade tributária. Disse ainda que o governo vem trabalhando em desburocratizar o comércio e ampliar acordos comerciais, junto do crédito para exportações, para ter uma indústria exportadora.
Produção em janeiro

A produção da indústria de veículos ficou em janeiro estagnada no volume de um ano atrás, refletindo a queda nas exportações e o avanço das importações no mercado doméstico. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, foram produzidos 152,6 mil veículos, praticamente repetindo, com leve queda de 0,1%, o número do mesmo mês de 2023.

Na comparação com dezembro, o recuo foi de 11,1%, conforme balanço divulgado nesta quinta pela Anfavea.

As vendas de veículos no Brasil em janeiro, de 161,6 mil unidades, subiram 13,1% na comparação anual. Ante dezembro, que teve o maior volume de veículos vendidos em um mês em quatro anos, houve queda de 35%. É normal o mercado perder força no início do ano, quando a renda das famílias está comprometida com gastos como matriculas escolares e o pagamento de IPVA e IPTU.

Apesar do número positivo, a Anfavea informa que os carros importados tiveram em janeiro a maior participação nas vendas dos últimos dez anos. A cada dez veículos vendidos, praticamente dois (19,5%) vieram de fora do País, sendo que os carros chineses responderam por um quarto das importações.

Com a corrida dos consumidores para aproveitar os carros em estoque que não pegaram a volta gradual do imposto de importação sobre veículos híbridos e elétricos, a participação dos modelos eletrificados, que têm a China como grande fornecedor, alcançou o recorde de 7,9% em janeiro.

Já as exportações começaram 2024 com queda de 43% na comparação com o mesmo período de 2023, em desempenho atribuído à desaceleração econômica em vizinhos como Argentina, Colômbia e Chile, que estão entre os principais destinos dos carros brasileiros no exterior. As montadoras embarcaram ao exterior 18,8 mil veículos no mês passado, o que representa uma queda de 26,6% frente a dezembro.

O balanço da Anfavea mostra ainda que as montadoras criaram 950 vagas de trabalho no mês passado, empregando agora 99,9 mil pessoas. As projeções da entidade, atualizadas no início do mês passado, apontam para um crescimento de 6,2% da produção de veículos neste ano, como resultado de um aumento de 6,1% das vendas internas e de 0,7% das exportações.

O Estado de S.Paulo - SP   09/02/2024

O setor automotivo comemora a alta de 13,1% nas vendas de veículos em janeiro, na comparação com o mesmo mês de 2023. A Coluna do Estadão teve acesso aos dados, que serão divulgados nesta quinta-feira, 8, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Apesar do otimismo com o índice, um aspecto gerou cautela no setor: o aumento de 19,5% entre modelos importados de automóveis e comerciais leves, na maior variação em dez anos, grande responsável por embalar a variação positiva.

A conclusão é que os veículos elétricos chineses e modelos argentinos, em especial picapes, estão capturando boa parte desse crescimento do mercado automotivo.

Para agentes do setor, a Medida Provisória (MP) de 30 de dezembro que lançou o Mover, o programa do governo Lula de estímulo à indústria automotiva, até impulsionou o anúncio de investimentos, como da GM e da Volkswagen. Mas o impacto real para as montadoras brasileiras ainda deve demorar.

Os números da Anfavea serão apresentados em coletiva de imprensa na presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, e padrinho do Mover. Entre outros dados de janeiro, a associação divulgará o aumento de 6,5 mil para 7,6 mil emplacamentos diários, em média. O total foi de 162 mil unidades. Também ganhará destaque na apresentação o recorde de participação de modelos híbridos e elétricos, com 7,9% de todos os veículos licenciados em janeiro.

Alckmin se reuniu nesta semana com representantes da indústria automotiva. Ouviu deles a preocupação com a regulamentação do Mover, que depende da edição de decretos e, principalmente, da conversão da MP em lei pelo Congresso. Um outro temor do segmento é com a possibilidade de as mudanças no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) resultarem em aumento da carga tributária.

Pelo texto da MP, as alíquotas serão definidas de acordo com os requisitos de eficiência energética dos veículos, que passarão a valer a partir de 1º de janeiro de 2025. No MDIC, há pressa para a regulamentação em razão da noventena, o prazo de noventa dias para vigorar uma mudança na cobrança de impostos.

Valor - SP   09/02/2024

Por outro lado a receita com exportações da indústria automobilística cai 12,7% em janeiro

A venda de veículos continua em recuperação, como efeito, principalmente da queda nas taxas de juros, o que favorece o mercado de automóveis. Em janeiro, foram licenciados em todo o país 161,1 mil veículos, o que representou aumento de 13,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Com 152,2 mil unidades, a venda de automóveis cresceu 16,5%. Já os segmentos de caminhões e ônibus continuam em queda, com retrações de 21,4% e 32,8%, respectivamente, nas vendas do mês passado em comparação com janeiro de 2023.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) lembra que em janeiro de 2023 o emplacamento de caminhões e ônibus ficou acima do normal porque refletiu vendas antecipadas em dezembro, quando os frotistas buscaram fugir dos aumentos de preços provocados pela nova lei de emissões, que entrou em vigor em janeiro.

Segundo a Anfavea, os licenciamentos de todos os tipos de veículos em janeiro alcançaram o melhor desempenho para o mês desde 2021, com média diária de vendas de 7,6 mil veículos, 13,1% acima das 6,5 mil em janeiro de 2023.

Exportações

Com impacto direto na produção, que ficou igual à de um ano atrás, a exportação de veículos continua em queda. Em janeiro, a receita obtida pela indústria automobilística com vendas ao exterior caiu 12,7% em relação há um ano, num total de US$ 620 milhões. Foram embarcados 19 mil veículos, uma retração de 43% na comparação com o mesmo mês de 2023.

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, apontou a retração econômica em países vizinhos como um dos principais fatores. Segundo o dirigente, em janeiro, as exportações do Brasil para a Argentina e para o México caíram 19% em ambos. Já para a Colômbia e Chile, as retrações chegaram a 79% e 60%, respectivamente.

O resultado também está relacionado ao aumento da concorrência de países fora do Mercosul, principalmente a Ásia.

Valor - SP   09/02/2024

Segundo o dirigente da Anfavea, a ideia, com essa medida, é o Brasil aproveitar linhas de montagem que serão descontinuadas em outros países

Em fase de regulamentação, o Mover (antigo Rota 2030), programa federal de incentivos fiscais para a indústria automotiva, vai permitir a importação de linhas de montagem usadas.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, o assunto está sendo tratado com cautela para “não prejudicar a indústria de máquinas”.

Segundo o dirigente, a ideia, com essa medida, é o Brasil aproveitar linhas de montagem que serão descontinuadas em outros países.

Na Europa e Estados Unidos muitas linhas de carros a combustão deixam de existir para dar lugar às de modelos elétricos.

Ao comentar o assunto durante a apresentação dos resultados do setor em janeiro, o dirigente demonstrou preocupação, por outro lado, com a importação de veículos novos, que representou, em janeiro 19,5% das vendas, acima dos 14,3% de um ano atrás. “A importação (de veículos) tem que ser em patamar que não prejudique a indústria”, destacou o presidente da Anfavea.

Leite apontou o aumento da participação dos importados no mercado interno como um efeito da elevação do imposto de importação nos carros híbridos e elétricos. A maior parte das marcas que trazem esses modelos reforçou estoques em dezembro, na véspera da elevação do tributo.

Valor - SP   09/02/2024

Ao todo foram 12,02 mil unidades vendidas no mês passado, contra 4,5 mil em janeiro de 2023.

A venda de carros híbridos e elétricos em janeiro totalizou 12,02 mil unidades. O volume representa aumento de 167% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram licenciados 4,5 mil unidades dos chamados eletrificados.

Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), o mês passado foi o melhor janeiro e o segundo melhor mês de toda a série histórica da entidade.

Em janeiro, entrou em vigor a volta do imposto de importação dos carros 100% elétricos, isentos desde 2016, e o aumento das alíquotas para híbridos, reduzidas durante o mesmo período. Em 2023, foram vendidos 93,2 mil veículos híbridos e elétricos. Mas a maior parte das marcas manteve preços em janeiro em razão dos estoques acumulados antes do aumento da tributação.

Os veículos 100% elétricos, chamados de BEV (Battery Electric Vehicle) representaram 36% do total de veículos eletrificados emplacados, que incluem os híbridos, chamados de HEV (Hybrid Electric Vehicle), e os PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle), que são híbridos que permitem carregamento das baterias em tomadas.

Na comparação com janeiro de 2023, o crescimento dos BEVs foi de 477%. Janeiro também registrou vendas de 3,9 mil híbridos plug-in, um crescimento de 139% sobre janeiro de 2023, com uma participação de 32,5% sobre as vendas totais de eletrificados no mês.

Já os veículos híbridos convencionais não plug-in totalizaram 3,7 mil emplacamentos em janeiro, ou 31% do total de eletrificados.

O BYD Dolphin GS foi o modelo 100% elétrico mais emplacado no mês, com 1,5 mil unidades, seguido do híbrido plug-in BYD Song Plus GS, com 1,5 mil.

O Estado de São Paulo liderou as vendas de eletrificados leves, seguido por Rio de Janeiro. São Paulo foi a cidade que mais emplacou híbridos e elétricos, seguida por Brasília e Rio.

As cinco montadoras que mais emplacaram eletrificados leves em janeiro foram:

1º - BYD: 4.298

2º - GWM: 2.315

3º - Toyota: 1.593

4º - CAOA Chery: 752

5º - Volvo: 668

Já os cinco modelos mais emplacados foram:

1º - BYD Dolphin GS 180EV (BEV)

2º - BYD Song Plus GS (PHEV)

3º - Toyota Corolla Cross XRX Hybrid (HEV flex)

4º - GWM Haval H6 Prem (HEV)

5º - BYD Seal AWD GS 590EV (BEV)

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Online - SP   09/02/2024

As vendas de materiais de construção em janeiro de 2024 tiveram queda de 2% em relação ao mesmo mês de 2023 e recuaram 1,7% em relação a dezembro. No acumulado dos últimos 12 meses até janeiro, as vendas encolheram 1,9%.

Os dados, já deflacionados, foram divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Neste início de ano, a queda nas vendas foi maior no setor de materiais básicos (como areia, cimento, vergalhão, entre outros), com baixa de 2,5% em janeiro na comparação anual. Por sua vez, os materiais de acabamento apresentaram queda de 1,2% nas vendas.

Para 2024, a previsão da Abramat e da FGV é de crescimento de 2,0% no faturamento total deflacionado dos materiais de construção em relação a 2023.

Apesar do começo de ano negativo, a expectativa é de uma recuperação ao longo do ano em razão da retomada de obras públicas e de infraestrutura e do avanço de lançamentos residenciais do Minha Casa Minha Vida.

Outros fatores que aumentam a expectativa de uma recuperação são: a queda na taxa básica de juros, a manutenção da inflação sob controle e os nível crescentes de pessoas empregadas, aumentando a capacidade de consumo de materiais.

“Todos esses fatores podem contribuir para que possamos ter um ano vigoroso para nosso setor”, comenta Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, em nota.

Rodoviário

Valor - SP   09/02/2024

Alternativa é estudada caso próximo leilão de trecho da BR-381 fracasse pela quarta vez

Renan Filho, ministro dos Transportes: no trecho sob responsabilidade do governo da BR-381, em Minas Gerais, não haverá praça de pedágio — Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), afirmou nesta quinta (8) em Belo Horizonte (MG) que o governo federal vai usar o Exército para fazer a duplicação do trecho da BR-381 entre a capital mineira e Governador Valadares, na chamada “rodovia da morte”, caso o próximo leilão da pista fracasse.

Segundo ele, o novo edital para o leilão ficará pronto em abril. Essa será a quarta tentativa de realizar a concessão do trecho. Obras caras e desapropriações, sobretudo na região de Belo Horizonte, afugentam investidores.

O uso do Exército, segundo Renan Filho, foi mencionado pelo próprio presidente Lula, que esteve ontem em Belo Horizonte com ministros para anunciar investimentos no Estado. "É um caminho ou outro", disse Renan.

Para tentar resolver o problema, o governo anunciou que a parte mais complicada do projeto, a que envolve com desapropriações e custo maior, será realizada pelo governo. Esse trecho da rodovia, de aproximadamente 50 km, fica entre Belo Horizonte e Caeté.

A maior parte das desapropriações fica dentro de Belo Horizonte. Aproximadamente 2.000 famílias terão que ser realocadas. Os cálculos iniciais do governo apontam para investimento de R$ 1 bilhão, segundo o ministro.

Cálculos iniciais do governo apontam para investimento de R$ 1 bilhão em desapropriações

No trecho sob responsabilidade do governo não haverá praça de pedágio, disse Renan Filho. Ainda não está definido, porém, se a conservação dessa parte, depois de concluída a concessão até Governadores Valadares, ficará sob responsabilidade da União ou será entregue à concessionária que administrará toda a rodovia.

O modelo híbrido de concessão proposto pelo governo já era discutido na gestão Lula e ganhou força após o fracasso da última tentativa de leilão da rodovia. Marcado para 24 de novembro do ano passado, ele acabou não sendo realizado por não ter havido interessados na concessão.

A "rodovia da morte", que ganhou o apelido pelo alto número de acidentes, é a via mais utilizada no trajeto entre Minas e o Espírito Santo, além de fazer a ligação com a região leste do Estado.

Os problemas na via são antigos. A BR-381 começou a ser construída em 1952. Em 1998, durante a gestão de Eduardo Azeredo (PSDB), o governo de Minas assumiu a responsabilidade de realizar obras na rodovia em acordo com o governo federal. A manutenção, porém, não foi feita. No ano seguinte, já sob a administração de Itamar Franco, à época no PMDB, o acordo foi desfeito.

Em 2009, as obras foram colocadas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), já no segundo mandato de Lula. As primeiras obras de maior porte começaram a ser realizadas em 2014, durante o governo Dilma Rousseff (PT).

Há trechos duplicados, mas as obras não foram concluídas, em grande parte, em trechos onde as intervenções custariam mais.

Em julho do ano passado, o TCU (Tribunal de Contas da União) autorizou a desestatização do trecho, o que possibilitou o agendamento do leilão fracassado em novembro de 2023.

O relatório do tribunal prevendo a concessão já citava obras de maior complexidade e desapropriações. "Os principais desafios são o gerenciamento dos riscos geológicos, realizar a desocupação e a realocação de pessoas da faixa de domínio da região metropolitana de Belo Horizonte e a execução das obras de capacidade e melhorias em relevo montanhoso", apontou o documento.

PETROLÍFERO

O Estado de S.Paulo - SP   09/02/2024

RIO - Bem-vista pelo mercado, a possível fusão entre as petroleiras independentes Petroreconcavo e 3R Petroleum na produção em terra faria surgir a terceira maior operadora de petróleo do País, com produção de mais de 80 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) já em 2024, só atrás de Petrobras e da Prio em operação própria.

Os rumores, que ganharam materialidade nas últimas duas semanas, fizeram as ações da 3R subir 10% no último mês até esta quarta-feira, 7. Já o papel da Petroreconcavo se valorizou 7,8% no período.

Redução de gastos com pessoal e infraestrutura, além de balanço comum mais equilibrado, com espaço para novas consolidações, são os argumentos que animam as partes nos bastidores. Mas haveria, também, arestas a serem aparadas na mesa de negociação, que deve ser estabelecida caso a 3R acolha a proposta de sociedade de iguais da Maha Energy, que hoje tem 5% de participação na 3R por meio de derivativos e 15% da subsidiária 3R Offshore, empresa que permaneceria independente.

Em carta recebida pela 3R ainda em 18 de janeiro, a Maha propõe uma fusão de iguais do onshore da 3R com a Petroreconcavo. A dívida relacionada à operação onshore da 3R (US$ 1,7 bilhão) se somaria ao baixo endividamento da atual concorrente (US$ 187 milhões), o que levaria a uma alavancagem de 1,4 vez o Ebitda composto, estimado em US$ 1,1 bilhão para a nova empresa em 2024.

Ainda pela proposta, a nova petroleira onshore ficaria sob o comando do corpo executivo da Petroreconcavo, mas com board misto. A 3R contratou assessoramento do Itaú para avaliar o desenho de fusão proposto. Segundo fontes, a Petroreconcavo também se movimenta, mas aguarda a formalização da proposta pela 3R.
Impasses

A aresta mais óbvia a ser superada passa pela precificação das duas empresas, já que hoje a Petroreconcavo tem valor patrimonial superior ao da 3R em sua operação onshore. Outra diz respeito a diferenças na visão de negócio delas.

De acordo com relatório do UBS BB, partindo da precificação da participação da Maha Energy na subsidiária 3R Offshore e considerando a precificação análoga na 3R Petroleum, a operação onshore da 3R teria valor entre 20% e 30% inferior ao da Petroreconcavo (US$ 1,42 bilhão). Ainda assim, o analista chefe de Petróleo e Gás Natural do UBS BB, Luiz Carvalho, diz que essa diferença não é encarada pelo banco como adequada para orientar a transação.

“Com base em nosso valuation (avaliação) atual para cada companhia, teríamos um racional de 53/47 para o deal (acordo), o que é bem próximo dos 50/50 propostos”, pondera o especialista. O relatório do UBS BB reforça que a eventual fusão parece positiva, dadas as “relevantes sinergias comerciais, de infraestrutura e operacionais entre as operações”.

Fontes de mercado argumentam que o desequilíbrio nos valores de mercado seria mais do que compensado pela inclusão de infraestruturas da 3R, como o terminal, unidade de processamento de gás (UPGN) e a refinaria Clara Camarão no balaio da nova empresa.

Hoje, a Petroreconcavo precisa das instalações da 3R para escoar petróleo e processar gás. Uma pessoa a par da operação diz que, se a fusão não for à frente, em questão de poucos meses o uso do terminal pode virar objeto de litígio judicial.

Para além disso, diz, “saltam aos olhos” as sinergias operacionais relacionadas à perfuração, operação e revitalização de poços, devido à proximidade dos campos de produção das duas empresas, tanto no Rio Grande do Norte quanto na Bahia.
‘Apoio filosófico’

Uma pessoa a par das tratativas dentro da 3R afirma que os maiores acionistas da companhia — incluindo a Gerval Investimentos (Gerdau), que tem 8,4% das ações e o BTG Pactual, com 5,8% — estariam alinhados à ideia da fusão proposta pela Maha. Segundo essa fonte, haveria “apoio filosófico” grande à tese entre acionistas e, no momento, seriam discutidos pormenores para que uma proposta seja levada à Petroreconcavo.

Apesar do alinhamento, o Estadão/Broadcast apurou que a Maha Energy busca acelerar as tratativas nos moldes por ela propostos. Uma apresentação sobre a proposta da Maha em seu site aponta “corrida competitiva” e onda de fusões e aquisições no setor de “magnitude raramente vista desde as megafusões da década de 1990 e início de 2000".

A mesma apresentação traz um calendário, com data final para formalização da proposta à Petroreconcavo em 28 de fevereiro; finalização da negociação e acordos com Petroreconcavo ao longo do segundo trimestre; e obtenção de aval de autoridades e credores no terceiro trimestre deste ano. Mas hoje a avaliação é que as discussões poderiam andar de forma mais célere dentro da 3R.

Outro executivo ouvido pelo Estadão/Broadcast acha que a fusão vai prosperar, mas aponta que diferenças entre as visões de negócio das partes é um obstáculo. Segundo ele, a 3R tem um pé maior no mercado financeiro e não se furta à lógica de curto e médio prazo, com mudanças frequentes na composição acionária, endividamento e estrutura de capital mais complexa.

Já a Petroreconcavo é definida como uma empresa baiana, tradicional do setor, com participação do Opportunity (23,4%) e do grupo Perbras (4,2%), além de PetroSantander (19,6%) e outros grandes acionistas. Na leitura do executivo, trata-se de empresa mais afeita ao longo prazo. “Eles vão ter que chegar a um meio-termo para a nova empresa”, diz.

Ele destacou, ainda, que a proposta de momento não pegou ninguém de surpresa, nem nas empresas envolvidas e nem no restante do setor, visto que o movimento já havia sido ventilado no passado recente. Ele observou, também, que pode haver alguma resistência do corpo executivo da 3R, que perderia poder na nova empresa. “Para o acionista pode ser ótimo, mas a 3R que sobrar vai ficar com ativos offshore que são poucos e desafiadores”, disse.

Procurada, a 3R informou que a proposta encaminhada pelo acionista (Maha) será analisada por seu conselho de administração. E acrescentou que contratou instituição financeira (Itaú) para “suportar a análise da operação, assim como da melhor estrutura societária para implementação da potencial transação, caso venha a ser concretizada”. A Petroreconcavo não retornou à reportagem.

O Estado de S.Paulo - SP   09/02/2024

A Petrobras fechou 2023 com uma produção média de 2,684 milhões de barris diários (boe) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), número 3,7% acima do que foi registrado em 2022. No quarto trimestre do ano passado, a produção da companhia atingiu a média de 2,935 milhões de boed, uma alta de 10,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Em relação ao terceiro trimestre de 2023, período de julho a setembro, houve alta de 2% no quarto trimestre. As informações constam no relatório de produção da companhia, divulgado nesta quinta-feira, 8.

Segundo a Petrobras, a alta no quarto trimestre de 2023 se deve, principalmente, ao ramp-up (aumento da produção) das plataformas P-71, no campo de Itapu; FPSO Almirante Barroso, no campo de Búzio; e dos FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi, nos campos de Marlim e Voador.

Também contribuiu para o resultado do período as entradas de quatro novos poços de projetos complementares nas Bacias de Campos e Santos. Isso foi “parcialmente compensado” pelo declínio natural de campos maduros, informou a estatal.

A produção comercial de óleo e gás foi de 2,572 milhões de boe/d no quarto trimestre de 2023, alta de 10,6% ante o quarto trimestre de 2022, e alta de 1,4% contra a média dos três meses imediatamente anteriores.

A produção de petróleo foi de 2,361 milhões de barris por dia (bpd) no quarto trimestre deste ano, 11,8% maior do que no quarto trimestre de 2022. Já em relação ao trimestre até setembro, a alta foi de 1,9%.

A produção de gás natural totalizou 540 mil boe/d, alta de 8% na comparação com um ano antes, e mais 2,9% em relação ao terceiro trimestre de 2023.

No pré-sal, foram extraídos, em média, 1,937 milhão de bpd de outubro a dezembro, alta de 18,2% ante o quarto trimestre de 2022 e mais 3,5% contra o terceiro trimestre do ano passado.
Exportações

Em 2023, as exportações da Petrobras aumentaram 13% em relação a 2022, puxadas por petróleo e gasolina, e as importações reduziram em 18%, principalmente devido à menor importação de diesel, aumento de produção e otimização operacional das refinarias, disse a companhia.

Já no quarto trimestre do ano passado, as exportações subiram 11,6%, para 885 mil barris por dia (bpd), sendo 634 mil bpd de petróleo. As vendas de petróleo para os Estados Unidos quase dobraram no período, passando de 7% no quarto trimestre de 2022 para 13% de outubro a dezembro do ano passado.

As vendas para a China representaram 44% do total, praticamente estável em relação ao quarto trimestre de 2022. A Europa ficou com 28% das exportações da empresa.

As importações caíram no quarto trimestre, para 264 mil bpd, queda de 39,4% contra o mesmo período do ano anterior.

AGRÍCOLA

Tribuna do Planalto - GO   09/02/2024

A gigante chinesa WeiChai Holding Group, líder mundial na fabricação de motores e máquinas agrícolas, iniciou o processo de instalação de sua primeira unidade na América Latina, em Itumbiara, na região Sul de Goiás. O governador Ronaldo Caiado oficializou a chegada da multinacional nesta quinta-feira (08/02), após liderar uma série de negociações desde setembro de 2023. A indústria é a primeira de um total de seis grandes empresas do país asiático que devem se estabelecer no estado.

O governador ressaltou o impacto internacional da chegada da indústria em Goiás, que também é a quarta maior produtora de ônibus e caminhões da China. “Itumbiara passa a oferecer a capacidade produtiva e de expansão tecnológica dessa grande empresa para a América Latina toda. É algo que muda o conceito da cidade”, salientou o chefe do Executivo goiano. “Não existe avanço sem tecnologia, pesquisa e inovação. É isso que a China está mostrando para o mundo”, continuou Caiado.

A instalação da WeiChai conta com apoio da Stemac Grupos Geradores, indústria brasileira que atualmente importa os motores da multinacional chinesa. Com a parceria, a Stemac disponibiliza parte de suas instalações para a construção de um centro de montagem e distribuição dos motores da empresa asiática, o que vai representar significativa redução de custo e otimização da fabricação de geradores. A indústria também vai garantir assistência técnica e peças de reposição. “A chegada da WeiChai é um marco para o desenvolvimento industrial de Goiás. 88 dias depois que a comitiva do governo esteve na China, a WeiChai já é uma realidade em nosso estado”, ressaltou a coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado.

Em um segundo momento, a expectativa é iniciar a fabricação 100% local dos motores, com vistas ao abastecimento do mercado brasileiro e de outros países. O projeto executivo está em fase de elaboração. “Essa nova fábrica será uma porta de entrada para produtos da Weichai na América Latina. Ela vai abastecer segmentos importantes como a mineração, agricultura, embarcações e outros maquinários”, explicou o secretário da Indústria e Comércio, Joel Sant’Anna Braga Filho.

O presidente da Stemac, João Luiz Buneder, comemorou o feito histórico. “Foi um grande esforço conjunto. Estamos celebrando uma etapa que representa a grandeza da industrialização no estado de Goiás”, destacou. “Hoje essa luta avança depois de um bom tempo de debates. Esse trabalho todo dependia de tratativas difíceis e o governador Ronaldo Caiado conseguiu que elas fossem feitas”, ressaltou o prefeito Dione Araújo.

Atuação global
A WeiChai faz parte do grupo Shandong Heavy Industry, principal produtor de equipamentos industriais da China, detentor de marcas como Baudouin Moteurs, PSI, Sinotruk, entre outras. Ao todo, a WeiChai possui 100 mil funcionários e fatura cerca de US$ 52 bilhões por ano com a comercialização de seus produtos em mais de 150 países. A multinacional também é proprietária das marcas italianas Ferretti, de iates, e Lovol, de máquinas de construção e equipamentos agrícolas.

Tratativas
As tratativas iniciaram em setembro de 2023, quando uma comitiva da WeiChai e da Stemac foi recebida no Palácio das Esmeraldas, em Goiânia. O acordo foi consolidado pelo governador durante missão à China, em novembro, que também garantiu a instalação em Itumbiara da Chint Power, multinacional de energia renovável, e de outras quatro indústrias no estado. “É inédito isso. Uma missão que vai a um país e consegue, em quatro meses, ter resultados concretos. Itumbiara vai ser uma referência no mundo nessa área”, afirmou Caiado.

O vice-presidente da WeiChai, Guo Shan Gan, pontuou a importância da condução das tratativas pela gestão gestual. “O governador apresentou as políticas de atrativos fiscais para a empresa, e decidimos colocar nossos pés em solo brasileiro”, salientou Gan, que veio ao Brasil para o anúncio da instalação. Também participaram do evento secretários de Estado; vereadores; prefeitos; deputados estaduais e representantes de entidades de classe, como a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg).

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