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09 de Janeiro de 2024

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   09/01/2024

A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu, passando de 1,52% para 1,59%. A estimativa está no boletim Focus desta segunda-feira (8), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a projeção para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país) - é de crescimento de 2%, a mesma projeção para 2026.

O Focus continua trazendo as previsões para 2023, já que os números ainda estão sendo consolidados. O mercado estima que o PIB de 2023 fique em 2,92%. O resultado do quarto trimestre, com o consolidado do ano, será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1º de março.

Superando as projeções, no terceiro trimestre do ano passado a economia brasileira cresceu 0,1%, na comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o IBGE. No ano, a alta acumulada foi 3,2%.

Com o resultado, o PIB está novamente no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique neste mesmo patamar.

Inflação

Nesta edição do Focus, a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerada a inflação oficial do país – para 2024 se manteve em 3,9%. Para 2025 e 2026, a projeção da inflação também permaneceu no mesmo patamar, em 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2024 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Para o mercado financeiro, a inflação do ano passado deve ficar em 4,47%. Os dados de 2023 serão divulgados pelo IBGE na próxima quinta-feira (11).

Em novembro de 2023, o aumento de preços dos alimentos pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,28%, segundo o IBGE. O percentual foi maior que a taxa de setembro, que teve alta de 0,24%.  A inflação acumulada em 2023 atingiu 4,04%. Nos últimos 12 meses, o índice consolidado está em 4,68%.

A meta definida pelo CMN para 2023 é 3,25%, também com tolerância de 1,5 ponto percentual. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é 17%.

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 11,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre de 2023, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

O comportamento dos preços fez o BC cortar os juros quatro vezes no semestre passado, em todas as reuniões do Copom. Em ata divulgada, o colegiado informou que continuará a promover novos cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões, mas não detalhou quando vai parar de reduzir a taxa Selic. Segundo o BC, o momento dependerá do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. A primeira reunião do Copom neste ano ocorre em 30 e 31 de janeiro e os analistas esperam que a Selic seja reduzida a 11,25%. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano, nos dois anos.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, até agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

IstoÉ Dinheiro - SP   09/01/2024

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) pode subir até 1% em janeiro, de acordo com o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) André Braz. Esse avanço não foge da sazonalidade do primeiro mês do ano, e deve ser resultado das já esperadas pressões de alta dos alimentos e dos cursos formais de educação, ressalta Braz.

Na primeira quadrissemana de janeiro, o IPC-S avançou a 0,40%, ante alta de 0,29% em dezembro, conforme divulgou a FGV pela manhã nesta segunda-feira, 8. O grupo Educação, leitura e recreação subiu 1,02% nesta leitura, após 0,42% em dezembro, enquanto o grupo Alimentação acelerou de 1,01% para 1,34%.

Nas contas de Braz, os cursos formais de educação subiram, em média, 1,66% no período, um pouco acima do esperado. Com isso, o prognóstico do economista é que a inflação média dos cursos formais possa atingir até 7% ao final do mês, o que representa uma pressão total de 0,30 ponto porcentual no IPC-S fechado.

“Mostra de certa forma a resiliência da inflação de serviços”, afirma o economista.

Em relação aos alimentos, Braz destaca que a principal pressão se deu pelos itens in natura, devido a uma redução de oferta, na esteira de condições climáticas mais adversas para a produção de determinadas culturas. “Em contrapartida, a parte de proteína animal e carnes está bem comportada, com avanços inferiores aos observados em dezembro”, pondera.

Os combustíveis também têm ajudado a moderar a inflação em janeiro, afirma o economista, com destaque para a gasolina, que ampliou o ritmo de deflação na primeira leitura do mês (-0,53% para -0,75%). “O preço internacional do petróleo vem se sustentando em patamares baixos. Enquanto seguirmos com esse cenário, veremos o preço dos combustíveis bem comportados por aqui”, afirma.

Money Times - SP   09/01/2024

Depois de retratar o que aconteceu com o gigante asiático em 2023, nesta perspectiva sobre a China em 2024, irei me concentrar no crescente aumento do envolvimento do país asiático no cenário internacional.

Para tanto, é preciso considerar duas vertentes: a Iniciativa Cinturão e Rota (BRI, na sigla em inglês), que completou 10 anos no ano passado e adentra neste ano rumo a sua segunda década; e as três iniciativas globais, que tratam do Desenvolvimento, da Segurança e da Civilização.

No caso da BRI, a China estabeleceu quatro novas áreas de cooperação que devem estar no foco em 2024. São elas:

Aliás, a prevenção de riscos e as garantias de segurança também estão na agenda da BRI, já que muitos dos mais de 150 países que fazem parte da Nova Rota da Seda enfrentam problemas de instabilidade e até terrorismo, visando proteger seus cidadãos.

Iniciativas globais da China para 2024

Porém, esses temas são centrais nas três iniciativas globais da China. Tratam-se das iniciativas globais de desenvolvimento, segurança e civilização, que foram concebidas com o objetivo de reformar a governança global.

As três iniciativas da China tem um roteiro explícito, elaborado pelo presidente chinês Xi Jinping, delineando a ambição chinesa no cenário global. Portanto, é algo que o mundo todo deveria tomar nota.

O tema abrangente da China e a linha de argumento são claros:
a humanidade está em uma encruzilhada; a interdependência é inevitável; a nova era pede novas ideias; as grandes iniciativas da China são baseadas na sua história e experiência; é uma nova visão clara para construir um mundo melhor.

As três iniciativas, segundo a China, oferecem soluções para grandes problemas relativos à paz mundial e ao desenvolvimento socioeconômico global. Por isso, o mundo deveria prestar atenção.

Como exemplo, a Iniciativa de Desenvolvimento Global (GDI, na sigla em inglês) da China baseia-se na infraestrutura, indo desde projetos no âmbito da BRI, mas com ênfase em ações de progresso social, como redução da pobreza, segurança alimentar, saúde, além de industrialização, financiamento e desenvolvimento verde, economia digital e conectividade.

Estas ações refletem, como afirma a China, uma “abordagem centrada nas pessoas” e uma “parceria igual, equilibrada e inclusiva”, fomentando estratégias globais para o desenvolvimento.

O presidente Xi destacou que os princípios do GDI estão orientados para a inovação e focados em ações voltadas a resultados, que tragam “benefícios para todos”.

Nos últimos dez anos, a China assinou por meio da BRI mais de 200 acordos de cooperação com 152 países – o que abrange mais de três quartos do planeta – e com 32 organizações internacionais, estabelecendo mais de 3 mil projetos (concluídos e em andamento), com investimentos totais de US$ 2 trilhões.
De olho no futuro chinês

A meu ver, é fundamental levar a sério a visão global da China para 2024, através das iniciativas de desenvolvimento, segurança e civilização, que vão além de uma rota marítima e terrestre de comércio e fluxo de bens, serviços e pessoas.

O derradeiro sucesso desta investida global será decidido não no “tribunal da retórica e argumentação” dos meios de comunicação, mas no mercado global de projetos e resultados.

Portanto, são os países em desenvolvimento que irão colocar à prova esta iniciativa, que está aberta para todos verem. Afinal, nada é mais importante para os países em desenvolvimento do que a infraestrutura, tida como a base de toda a economia.

IstoÉ Online - SP   09/01/2024

O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu 2,3 pontos na passagem de novembro para dezembro, para 77,3 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o IAEmp cresceu 0,3 ponto.

“Depois de uma sequência de resultados negativos, o IAEmp encerra 2023 com sinalização positiva. Ainda é cedo para comemorar o resultado, principalmente pelo patamar que o indicador se encontra. O ritmo para 2024 ainda está em aberto e vai depender muito de como a atividade econômica vai reagir ao longo do ano. Para manter a trajetória positiva e aumentar as expectativas sobre contratação, são necessários sinais claros de retomada e redução de incerteza no país”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

O IAEmp sugere expectativa de geração de vagas adiante, quanto maior o patamar, mais satisfatório o resultado. O indicador é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela FGV. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.

Em dezembro, seis dos sete componentes do IAEmp contribuíram positivamente para o resultado. O melhor desempenho no mês foi do item Tendência dos Negócios da Indústria, que contribuiu com 1,3 ponto.

Outras contribuições positivas relevantes foram dos componentes Emprego Local Futuro da Sondagem do Consumidor, com impacto de 0,5 ponto; Situação Atual dos Negócios da Indústria, 0,4 ponto; e Situação Atual dos Negócios dos Serviços, com 0,3 ponto.

O único componente com contribuição negativa foi o de Tendência dos Negócios de Serviços, com -0,6 ponto.

Infomoney - SP   09/01/2024

A mediana das expectativas de inflação nos Estados Unidos diminuiu em todos os horizontes, segundo a Pesquisa de Expectativas do Consumidor de dezembro de 2023, divulgada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) nesta segunda-feira (8).

Para o prazo de um ano à frente, as expectativas recuaram de 3,4% em novembro para 3,0% no último mês do ano, atingindo assim o nível mais baixo registado desde janeiro de 2021.

Para o horizonte de três anos à frente, as projeções caíram de 3,0% para 2,6%, entanto as expectativas para cinco anos à frente cederam de 2,7% para 2,5%.
Para o mercado de trabalho, o crescimento médio dos salários esperado com um ano de antecedência diminuiu 0,2 ponto percentual, para 2,5%, o nível mais baixo desde abril de 2021.

As expectativas médias de desemprego – ou a probabilidade média de que a taxa de desemprego nos EUA seja mais elevada daqui a um ano – diminuíram 1,4 ponto percentual, para 37,0%, permanecendo abaixo da média dos últimos 12 meses da série de 39,5%.

A probabilidade média percebida de perder o emprego nos próximos 12 meses também diminuiu ligeiramente em 0,2 ponto percentual, para 13,4%, permanecendo acima da média dos últimos 12 meses da série. Já a probabilidade média de abandonar o emprego voluntariamente nos próximos 12 meses aumentou 0,8 ponto percentual, para 20,4%.

Enquanto isso, a probabilidade média percebida de se encontrar um emprego (se o emprego atual foi perdido) aumentou marginalmente, para 55,9% em dezembro, de 55,2% em novembro.

A mediana esperada para o crescimento da renda familiar caiu 0,1 ponto percentual no mês, para 3,0%, permanecendo acima do nível pré-pandemia de fevereiro de 2020, de 2,7%. A série tem se movido dentro de uma faixa estreita de 2,9% a 3,3% desde janeiro de 2023.

Já a mediana das expectativas de crescimento das despesas das famílias diminuiu 0,2 p.p., para 5,0%, atingindo o nível mais baixo desde setembro de 2021. Ainda assim, a série permanece bem acima do nível pré-pandemia de fevereiro de 2020, de 3,1%.

MINERAÇÃO

Money Times - SP   09/01/2024

Os contratos futuros do minério de ferro caíram pela terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira, atingindo seu nível mais baixo em uma semana, com alguns investidores desfazendo posições compradas para registrar lucros em meio à contração da demanda e das margens do aço.

O minério de ferro de maio mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou o dia com queda de 1,1%, a 992,5 iuanes (138,65 dólares) a tonelada, o menor valor desde 2 de janeiro.

O minério de ferro de referência para fevereiro na Bolsa de Cingapura caía 0,71%, a 137,6 dólares a tonelada, também atingindo o valor mais baixo desde 2 de janeiro.

“Espera-se que a produção de metais quentes permaneça em um nível relativamente baixo, com muitas usinas ainda sofrendo perdas, o que pesará sobre a demanda por minério de ferro”, disseram analistas da Soochow Futures em uma nota.

No entanto, as perdas foram limitadas pela expectativa de que as usinas retornarão ao mercado spot para reabastecer as matérias-primas a fim de atender às necessidades de produção durante a semana do feriado do Ano Novo Lunar, disseram os analistas.

Os preços do minério de ferro devem permanecer voláteis, já que o mercado continua a reagir a mudanças de política de Pequim, com qualquer recuperação adicional de preços dependendo do estímulo econômico da China, escreveram os analistas do ING Bank em uma nota.

“O risco baixista para 2024 é se o efeito do estímulo for mais fraco do que o esperado”, disseram eles.

Outros ingredientes de fabricação de aço em Dalian também registraram perdas, com o carvão metalúrgico e o coque caindo 4,54% e 2,62%, respectivamente.

Os preços mais baixos das matérias-primas fizeram com que os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai caíssem. O vergalhão perdeu 1,43%, a bobina laminada a quente caiu 1,34%, o fio-máquina recuou 0,77% e o aço inoxidável retraiu 0,58%.

“Os fundamentos do aço estão fracos, já que, embora uma leve redução seja observada do lado da oferta, a demanda sazonalmente lenta e os custos de produção mais altos comprimiram as margens do aço”, disse Kevin Bai, analista da consultoria CRU Group, com sede em Pequim.

“Esperamos que a oferta e a demanda fracas no mercado de aço provavelmente durem até o feriado do Ano Novo Lunar.”

Valor - SP   09/01/2024

Demasiado caro para ser desenvolvido por uma só mineradora, o projeto é agora uma parceria entre a Rio Tinto, o governo da Guiné e pelo menos sete outras empresas, sendo cinco da China

A largada do maior projeto de mineração do mundo, um desenvolvimento ferroviário, portuário e de minério de ferro de US$ 20 bilhões em um canto remoto na África Ocidental, deverá começar neste ano, depois de uma espera de 27 anos, marcada por escândalos, contratempos e vários previsões frustradas de lançamento.

A Rio Tinto, primeiro, ganhou uma licença de exploração em 1997 nas montanhas de Simandou, no sudeste da Guiné, a 550 km da capital no litoral. Desde então, o país de 13 milhões de habitantes passou por dois golpes de Estado, quatro chefes nacionais e três eleições presidenciais.

Nesse período, a Rio Tinto, cujas ações são negociadas no Reino Unido, teve seis executivos-chefes, perdeu metade da licença, travou longas batalhas judiciais contra várias empresas rivais, chegou a acordos com autoridades americanas para encerrar acusações de corrupção e até tentou desistir totalmente o projeto, mas não conseguiu vendê-lo.

Finalmente, em 2024, assim que os parceiros chineses estatais da Rio Tinto recebam a última aprovação de Pequim, a mineradora anglo-australiana pretende dar a largada no projeto mais complexo de sua história.

“Não há nada desse porte e tamanho aí afora”, disse Bold Baatar, da Rio Tinto, em entrevista recente ao “Financial Times”.

Embora seja oficialmente o chefe do setor de cobre, Baatar tem sido o executivo responsável por conduzir os complexos contratos comerciais do projeto nos últimos sete anos.

Demasiado caro para ser desenvolvido por uma só mineradora, o projeto é agora uma parceria entre a Rio Tinto, o governo da Guiné e pelo menos sete outras empresas, sendo cinco da China. A Rio Tinto construirá uma mina de minério de ferro, conhecida como projeto Simfer, em parceria com um consórcio liderado pela maior produtora de alumínio do mundo, a Chinalco.

Uma segunda mina, conhecida como projeto WCS, será construída pela Baowu, a maior produtora de aço do mundo, em parceria com um consórcio encabeçado pelo Winning International Group, de Cingapura.

Ao mesmo tempo, os sócios financiarão em conjunto a construção de uma ferrovia de 552 km, que serpenteará o interior montanhoso da Guiné até o mar, e a de um porto de águas profundas na costa atlântica do país.

A Rio Tinto e o consórcio Chinalco também precisam financiar um ramal ferroviário adicional de 70 km, para conectar sua mina à linha principal. A participação da Rio Tinto no custo total é estimada em US$ 6,2 bilhões, mais do que todo o investimento em bens de capital da empresa em alguns dos últimos cinco anos.

De acordo com Baatar, a complexa estrutura de parceria em Simandou serve de modelo para uma “nova era de codesenvolvimento”, que será necessária para produzir as enormes quantidades de metal que a economia verde do futuro precisa para sair do papel.

Depois de 150 anos de mineração industrial pelo mundo, os depósitos de minério de acesso mais simples e fácil já estão quase todos operacionais. Agora, restam os projetos complexos, que exigem mais engenhosidade e grandes volumes de capital.

“Historicamente, quando você olha para o setor de mineração, cada mina tinha sua própria infraestrutura”, disse Baatar. Em Simandou, “as cifras do capital são grandes demais para qualquer parte sozinha”, acrescentou.

Há sete anos, após uma sucessão de problemas, a Rio Tinto tentou sair do projeto e quis vender sua participação para a Chinalco por até US$ 1,3 bilhão. No fim das contas, Pequim, cujo aval para investimentos e desinvestimentos de estatais chinesas no exterior é necessário, nunca aprovou o negócio e o projeto permaneceu no balanço patrimonial da Rio Tinto.

A diferença entre 2016 e hoje é que o minério de alta qualidade de Simandou agora é ainda mais atraente, dada a necessidade de reduzir as emissões de carbono na produção de aço, segundo Baatar.

“A mudança fundamental nos últimos anos é que há muito mais consenso no mundo quanto às mudanças climáticas", disse.

A produção de aço costuma usar o carvão de coque em altos-fornos para produzir ferro a partir do minério e, depois, transformá-lo em aço, um processo que resulta em altíssimas emissões de carbono, equivalentes a cerca de 8% do total mundial.

Para reduzir as emissões, a indústria vem explorando abordagens alternativas, como a tecnologia do ferro de redução direta (DRI, na sigla em inglês), também conhecido como ferro-esponja, na qual o minério é tratado usando hidrogênio e monóxido de carbono, em vez de carvão de coque. Tais processos exigem minério de ferro de alta qualidade, cada vez mais difícil de encontrar em grandes quantidades.

O minério que a Rio Tinto planeja extrair de Simandou tem um teor médio de ferro superior a 65%, um dos mais altos do mundo. Baatar o chama de o "caviar do minério de ferro".

Simandou tem potencial para ajudar a reduzir as emissões de carbono da indústria siderúrgica chinesa, segundo Baatar.

“Acreditamos que uma parte do corpo de minério que estamos analisando é muito adequada para o ferro de redução direta”, acrescentou. “A única maneira de a indústria siderúrgica descarbonizar mundialmente é se a China descarbonizar.”

A China produziu 1 bilhão de toneladas de aço em 2022, o equivalente a mais da metade da produção mundial, de acordo com a Associação Mundial do Aço. O segundo maior produtor, a Índia, fez 154 milhões de toneladas.

As obras de terraplenagem ao longo do corredor ferroviário já começaram e, uma vez que Pequim aprove o investimento da Chinalco, a Rio Tinto planeja iniciar a construção da mina. A expectativa é que as primeiras remessas de minério comecem em 2025 e que a produção total chegue a 60 milhões de toneladas por ano em 2028, o que representa cerca de 5% do mercado mundial de minério de ferro transportado via marítima.

Para aumentar a complexidade, a Guiné está sob governo militar desde 2021, quando uma junta liderada pelo coronel Mamady Doumbouya depôs Alpha Condé em um golpe, depois que o presidente mudou a Constituição para concorrer a um terceiro mandato.

Baatar não se mostrou abalado com a política. “Operamos na Guiné há mais de 50 anos, passando por diversos governos e formas de governo. Existe uma forte tradição de memória institucional e compromisso em honrar os contratos estabelecidos.”

Globo Online - RJ   09/01/2024

A ineficácia da fiscalização de barragens de rejeitos de mineração é a principal causa das tragédias de Mariana, em 2015, e Brumadinho, em 2019. No período entre os dois desastres, em 2018, 60 mil moradores de cinco bairros de Maceió (AL)começaram a ser forçados a abandonar suas casas pelo afundamento do solo, resultado de erros na extração do sal-gema. Tais tragédias teriam sido evitadas a tempo se houvesse fiscalização mais eficaz da Agência Nacional de Mineração (ANM).

A ANM é um caso típico de gestão insatisfatória dos recursos humanos pelo Estado. Enquanto categorias do funcionalismo usufruem privilégios injustificáveis e em várias repartições há servidores em excesso, um corpo técnico competente faz enorme falta noutras. “É inviável a gente fiscalizar o que tem de ser fiscalizado”, disse ao GLOBO o diretor da Associação dos Servidores da Agência Nacional de Mineração (ASANM), Ricardo Peçanha. “Por isso fazemos [as inspeções] por amostragem e, mesmo assim, é menos do que deveríamos, porque não temos gente.”

Peçanha compara o trabalho da ANM ao da Receita Federal diante das declarações de Imposto de Renda: “As empresas de mineração fazem um relatório anual, e cruzamos com outros bancos de dados. Quando identificamos inconsistência, aí, sim, vamos a campo”. Nem sempre, como se constata, têm chegado a tempo. O método de fiscalização por amostragem, embora seja o único viável diante das condições, é criticado por depender de dados pouco confiáveis, fornecidos pelas empresas de consultoria que preenchem os relatórios.

A ANM conta com um quadro de 664 servidores, quando, pelo projeto original, deveria ter 2.121. Hoje há apenas 237 fiscais para o Brasil todo. Minas Gerais, onde se concentra a exploração mineral no país, tem cerca de 400 barragens de rejeitos, a maioria próxima a cidades. Apesar do caráter corporativo da pauta da ASANM, fica evidente que a equipe é insuficiente para realizar um trabalho técnico com a profundidade necessária em Minas e no resto do país.

Informações divulgadas em 2019 sobre falhas de fiscalização em Brumadinho e Mariana levaram o Ministério Público a firmar um acordo com a União e a ANM. O objetivo era melhorar a qualidade das inspeções de todas as barragens consideradas inseguras e realizar um plano de reestruturação da fiscalização. Não houve avanços. Quatro anos depois, em 2023, o Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou uma Lista de Alto Risco da Administração Pública, incluindo a ANM — por insuficiência de materiais de tecnologia da informação, déficit orçamentário, falta de pessoal e também de transparência.

Por tudo isso, o quadro de fiscais da agência precisa ser ampliado. Até para que a falta de pessoal não seja usada como desculpa para justificar a leniência. E o governo deveria conferir a urgência necessária à reforma administrativa, capaz de reorganizar o Estado, extinguir gastos inúteis, levar funcionários públicos aonde são mais necessários e evitar, assim, novas tragédias.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   09/01/2024

Grupo fechou 2023 com 5 mil unidades vendidas e vê potencial para 10 mil por ano

Adriano Merigli, presidente no país desde março passado, prevê crescimento de 10% nas vendas neste ano, após fechar 2023 estável em relação a 2022 — Foto: Rogério Vieira/Valor

A fabricante inglesa de máquinas JCB planeja duplicar de tamanho no Brasil nos próximos cinco anos, passando das atuais 5 mil unidades anuais para perto de 10 mil produtos. O plano de expansão de R$ 120 milhões, que eleva a capacidade de produção para 10 mil máquinas ano na fábrica de Sorocaba (SP), será concluído em 2024, e novo pacote de investimentos deve ser anunciado ainda neste primeiro trimestre.

O Brasil ocupa hoje a quarta posição no ranking mundial da fabricante de máquinas da chamada linha amarela, que atende tradicionalmente a construção pesada ligada à infraestrutura e o agronegócio. São, principalmente, retroescavadeiras, pás carregadeiras, escavadeiras e manipuladores telescópicos. A liderança mundial na companhia em unidades é da Índia, com quase 50% das vendas, seguida dos Estados Unidos e Reino Unido.

“Queremos transformar o Brasil na nova Índia”, diz Adriano Merigli, presidente da companhia no Brasil desde março de 2023, após carreira de 29 anos na Volvo. O desafio é grande. Se na Índia a JCB é sinônimo de máquinas amarelas, como diz o executivo, aqui a concorrência é maior e inclui companhias de peso como as americanas Caterpillar e John Deere, a japonesa Komatsu e a chinesa XCMG.

A empresa fechou 2023 com vendas estáveis, na casa das 3,5 mil máquinas no mercado interno, o que é considerado um bom desempenho pelo presidente, já que o setor encerrou o ano com queda de 10% a 15%, com 31 mil unidades comercializadas no Brasil. A expectativa inicial da empresa, no entanto, era de crescimento de 10% nas vendas. Apesar do encolhimento do mercado geral no ano passado, Merigli destaca que foi o segundo melhor da história do setor, atrás das 35 mil unidades de 2022.

O que explica a estabilidade da companhia diante de queda do mercado como um todo é o mix de produtos. O presidente diz que as quedas maiores ocorreram em escavadeiras e pás carregadeiras, onde a JCB tem menor presença, em torno de 3% a 5% do total. Já a linha de retroescavadeiras, onde os ingleses estimam ter 30% do mercado e a liderança, as vendas ficaram estáveis.

Para a JCB tanto o mercado interno como o externo terminaram o ano no zero a zero. Da produção total, historicamente 70% fica no Brasil e 30% é exportado. O primeiro trimestre foi fraco no mercado interno, o segundo melhorou um pouco e a reação só ocorreu no segundo semestre. Já as exportações foram afetadas por queda de mercados tradicionais como Argentina e Chile, mas compensadas principalmente pelo México, e ficaram na casa de 1,5 mil unidades.

Queremos transformar o Brasil na nova Índia (maior mercado da JCB)”

— Adriano Merigli

Não houve mudança significativa no perfil dos clientes no ano passado. Construção respondeu por 35% das vendas, agronegócios por 25% e a locação por outros 25%. A tendência, na opinião do executivo, é de que a locação cresça forte nos próximos anos, com o Brasil repetindo um movimento já consolidado nos Estados Unidos e Europa. “O cliente tende a ter um mix de equipamentos próprios e alugados.”

Para 2024 a empresa trabalha com um cenário de volta dos investimentos em infraestrutura e continuidade da força o agronegócio, apesar das incertezas dos efeitos causados por enchentes no Sul e secas no Centro-Oeste nas próximas safras. A expectativa é que o mercado cresça até 5%.

Já a JCB tem como meta a expansão de 10% nas vendas, com foco nos dois segmentos onde tem participação de 3% a 5% com investimento no pós-venda. “Jogaremos nos outros 95%”, diz o presidente para justificar uma estimativa acima da média do mercado. “Mas vamos atuar de forma mais estruturada. Terminamos o ano com 58 distribuidores e vamos aumentar esse número no primeiro semestre.”

Para que essa previsão seja atingida, destaca o executivo, é importante que a taxa de juros continue baixando. “Não é nem tanto a taxa, porque conseguimos oferecer taxas mais agressivas que o mercado para nossos clientes. O importante é a oferta de mais crédito pelos bancos comerciais. Já sentimos esse movimento de retorno, mas ainda é pequeno.”

Perto de 50% dos financiamentos de máquinas já são realizados pelo JCB Finance, parceria com o banco DLL e Rodobens Consórcios. O modelo de consórcio para a empresa ainda está engatinhando e hoje representa apenas 3% das vendas totais.

Sobre um dos maiores problemas enfrentados pela indústria durante a pandemia, a desestruturação da cadeia de fornecedores, Merigli afirma que o cenário de falta de peças e insumos ficou no passado. E não existe hoje fila de espera para qualquer tipo de modelo da JCB.

O grupo inglês produz no Brasil hoje 26 modelos de máquinas, de um total de cerca de 300 em todo o mundo. Das vendas no país, aproximadamente 18% são de produtos importados, ainda sem escala para produção local.

No Reino Unido, sede da companhia, já começaram a ser testadas máquinas movidas a hidrogênio. “É a tecnologia escolhida pela JCB para o futuro. Máquinas elétricas serão apenas as pequenas. As maiores serão a hidrogênio”, afirma o presidente. Ele acredita que para o Brasil, pelo potencial que tem para produção desse tipo de combustível, a máquina a hidrogênio é questão de tempo.

Terra - SP   09/01/2024

A recente publicação feita pela Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), revelou que a perspectiva para o setor de máquinas para construção em 2024 é positiva, indicando um possível revigoramento após uma estimativa de queda de 13% nas vendas em 2023. Segundo o inédito Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, a expectativa é de que a demanda alcance 52,4 mil unidades comercializadas, comparadas às 60,3 mil unidades registradas em 2022.

O levantamento, apresentado durante o 18º Tendências no Mercado da Construção por Mario Miranda, coordenador do Estudo de Mercado, sugere um crescimento de 6% nas vendas de máquinas para construção no próximo ano. Especificamente para a linha amarela, destinada à movimentação de terra, a previsão é de um aumento de 7% em 2024, contrastando com a retração estimada de 21% neste ano em comparação com 2022, quando foram comercializadas 31 mil unidades.

O conteúdo publicado mostrou que existe um otimismo no mercado de máquinas para construção em 2024, com 76% dos empresários entrevistados acreditando em um crescimento nessa área no próximo ano. No setor da construção, conforme divulgado no conteúdo, a expectativa também é positiva para 54% dos entrevistados.

José Antônio Valente, diretor da empresa de franquia de locação de equipamentos Franquias Trans Obra afirmou que é importante observar que o estudo não apenas identifica as tendências atuais, mas também oferece insights valiosos para orientar o planejamento estratégico das empresas do setor. "A análise também destaca a importância de fatores específicos, como a redução projetada de 21% nas vendas da linha amarela em 2023. Isso sinaliza desafios específicos que o setor enfrenta e destaca a necessidade de estratégias adaptativas para mitigar essas quedas".

Sobre o assunto, Miranda disse que, em termos de vendas, os dois segmentos com maior Market share - construção (37%) e a locação (26%) - somam 63%. As empresas que relataram crescimento neste ano, a média de elevação foi de 16%.

Ainda na publicação, Eurimilson Daniel, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), também comentou sobre o assunto. "Vemos uma inteligência estratégica por parte dos usuários de máquinas, sobretudo as construtoras, que estão intercalando o uso de sua frota com a locação. Por isso, o percentual de frota parada caiu para 19%, quando era de 57% em 2017", explicou sobre o tema.

Ainda sobre a publicação realizada pela Sobratema, que pode ser consultada no link informado no início desta matéria, é possível observar informações sobre crédito, destacado pelos entrevistados no Estudo de Mercado, Luís Artur Nogueira que ponderou sobre a taxa Selic, afirmando que pode continuar caindo, podendo chegar abaixo dos 10% em 2024, dependendo do cumprimento ou não do novo arcabouço fiscal, e da situação geopolítica entre países no mundo atualmente.

Website: https://franquiatransobra.com.br/

FERROVIÁRIO

Portos e Navios - SP   09/01/2024

O transporte de cargas nas ferrovias que cortam Santa Catarina cresceu 5,18% em 2023. No total, 6,7 milhões de toneladas foram movimentadas, cerca de 330 mil toneladas a mais do que em 2022. As informações são da Gerência de Ferrovias da Secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias (SPAF) estadual junto às empresas concessionárias que atuam na malha ferroviária catarinense.

“O resultado revela que o setor tem condições de crescer e contribuir ainda mais com a logística catarinense. Com operações produtivas e somando novos projetos que poderão dobrar a malha catarinense, as ferrovias poderão ampliar a eficiência logística que Santa Catarina oferece para o Brasil”, afirma o secretário da SPAF, Beto Martins.

O crescimento da safra de grãos em 2023 foi um dos fatores que contribuíram para o dado positivo do setor. Foram 3,5 milhões de toneladas de grãos. A lista do que é transportado pelas ferrovias segue com 2,5 milhões de toneladas de carvão mineral, 546 mil toneladas de cargas conteinerizadas, 151 mil toneladas de combustíveis e 24 mil toneladas de fertilizantes.

Pela Rumo Logística foram transportadas 3,6 milhões de toneladas e pela Ferrovia Tereza Cristina foram 3,1 milhões de toneladas.

Em relação ao resultado nacional, o Brasil deve fechar o ano com 525 milhões de toneladas transportadas, o que mantém a participação de Santa Catarina em 1,3% em 2023 e o mesmo desempenho de 2022. O Estado tem 763 km de ferrovias em atividade, o que representa 4,4% da malha do país.

Rodoviário

Valor - SP   09/01/2024

No ano passado foram licenciados pouco mais de 151 mil produtos, contra 154,7 mil emplacamentos em 2022, segundo a Anfir; segmento de pesados avançou 8,63% e o de leves, encolheu 15,2%

O mercado de implementos rodoviários fechou 2023 com queda de 2,39% na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados na manhã desta segunda-feira (8) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir). No ano passado foram licenciados pouco mais de 151 mil produtos, contra 154,7 mil emplacamentos em 2022.

O segmento de pesados, reboques e semirreboques, teve desempenho positivo no período, com a entrega de 90,3 mil unidades, crescimento de 8,63% em relação aos 82,1 mil implementos licenciados em 2022. Com forte influência do agronegócio e construção civil, os dois principais clientes e 2023, nesse segmento atuam as maiores companhias do setor, algumas de capital aberto.

Já as vendas no segmento de leves, chamado no jargão do setor de carrocerias sobre chassis, ficaram no vermelho no balanço do ano. Foram emplacadas 60,7 mil unidades, queda de 15,2% sobre os 71,6 mil licenciamentos de 2022. Tradicionalmente muito pulverizado, esse segmento atende principalmente o transporte de cargas fracionadas e em percursos menores, como os grandes centros urbanos.

Para 2024 as apostas do setor para crescer são a realização da Fenatran (Salão Internacional do Transporte Rodoviário de Cargas) e a retomada das obras de infraestrutura anunciadas no PAC-Programa de Aceleração do Crescimento. A associação, no entanto, não divulgou expectativa de crescimento para o ano.

A Anfir defende a continuidade da redução de juros para facilitar a oferta e o acesso ao crédito para aquisição dos implementos. “É de grande importância também que a redução da taxa Selic não siga dissociada de ações que levem à redução da inadimplência e do endividamento das empresas, como também a uma gestão mais preocupada com os gastos públicos”, afirmou em nota o presidente da associação, José Carlos Spricigo.

Diário do Comércio - MG   09/01/2024

As estradas de Minas Gerais receberão investimentos de R$ 3 bilhões neste ano, entre aportes do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de Minas Gerais (DER-MG) e das concessionárias de rodovias privatizadas. As obras serão para recuperar trechos, construir pontes e pavimentar locais ainda sem asfalto. Além disso, são estudadas cinco novas concessões, que, somadas, têm estimativa de captar ao menos R$ 11 bilhões em recursos. A expectativa da Secretaria de Estado de Infraestrutura, Mobilidade e Parcerias (Seinfra) é que de uma a duas novas concessões venham a leilão ainda em 2024.

“A gente tem a expectativa de, para 2024, o DRE-MG também ter R$ 1,5 bilhão de orçamento para fazer investimentos em novas obras. Obras que já estão em andamento para terminar e novas obras por todo o Estado. A nossa previsão de 2023 foi R$ 1,5 bilhão executado. E 2024 a gente parte de uma base de mais R$ 1,5 bilhão de execução, por parte do DRE-MG”, declarou o secretário de Estado de Infraestrutura, Pedro Bruno Barros.

O secretário revela que a previsão deste ano de aportes das concessionárias também parte da mesma base do ano anterior. Em 2023, elas foram responsáveis pelos outros R$ 1,5 bilhão em investimentos, com destaque para a duplicação de 90 quilômetros da BR-135, considerada a maior obra rodoviária em andamento no País no ano passado.

Barros afirma que os investimentos de novas concessões, como no Triângulo Mineiro e no Sul de Minas, ampliaram o volume investido pelas concessionárias, junto com rodovias concedidas há mais tempo. A expectativa agora é que o resultado se repita com concessões realizadas ano passado, como o início da operação da concessão do trecho Varginha-Furnas.

“A nossa expectativa, com todos esses lotes de rodovia, mais o próprio Rodoanel, é que a gente tenha mais R$ 1,5 bilhão de investimento em 2024. Então a gente fecha essa perspectiva para 2024, de R$ 3 bilhões de investimentos (totais) nas estradas”, disse.

A Seinfra trabalha agora para conseguir o licenciamento ambiental e as desapropriações necessárias para o Rodoanel Metropolitano. A meta da secretaria é iniciar as obras entre o final deste ano e início de 2025.

A malha rodoviária do Estado é a maior entre as Unidades Federativas (UFs). O governo estadual é responsável por 26 mil quilômetros.
Novas concessões de rodovias podem atrair R$ 11 bilhões em investimentos

A Seinfra estuda disponibilizar mais cinco lotes de concessão: o Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), um no Noroeste de Minas, outro na Zona da Mata, mais um em Ouro Preto e, por fim, um na região de Itabira. A expectativa é que ao menos um ou dois desses projetos sejam levados a leilão ainda este ano.

O lote de Ouro Preto está em fase avançada de desenvolvimento. O projeto prevê um aporte de recursos antes da concessão oriundos do acordo de Mariana. Como o acordo ainda não foi firmado, o projeto não foi finalizado.

O DER-MG tem hoje 43 obras em andamento no Estado. A previsão é que outras 22 sejam licitadas para os próximos meses.
Investimentos públicos como complemento

Pedro Bruno explica que os aportes do DER-MG são mais “pulverizados” que os das rodovias privatizadas. Uma concessão concentra alto volume de investimentos em grandes segmentos. Com o mesmo valor, o departamento estadual realiza diversas obras pelo Estado em localidades menores. O secretário explica que a estratégia é que seja mesmo assim.

“O foco do Estado é complementar. Todos os corredores que têm grande fluxo de tráfego, que tem viabilidade de ser concedido, a gente está buscando a concessão. Quando faço isso, desonero o Estado de investir naqueles trechos – quem vai fazer será ser um parceiro privado – e com isso me permite investir naqueles trechos que tem menor fluxo. Aí consigo atender, ampliar a cobertura no Estado”, declara Barros, que ressalta a difícil situação fiscal do governo, com pouco espaço para investimentos vultosos.

NAVAL

O Estado de S.Paulo - SP   09/01/2024

Sete entre 10 dos portos mais movimentados do mundo estão na China, de acordo com a classificação Cem Portos 2023 (One Hundred Ports) do jornal britânico Lloyd’s List, baseada no volume total de contêineres (Unidades Equivalentes a Vinte Pés - TEUs, na sigla em inglês) movimentados por cada porto em 2022. O único brasileiro da lista de 100 portos é o Porto de Santos, que está em 40º lugar.

O gigante porto de contêineres de Shanghai, na China, liderou as classificações do Lloyd’s List pelo 13º ano seguido. Em 2022, o complexo movimentou 47,3 milhões de TEUs durante 2022, aproximando-se cada vez mais da marca de 50 milhões de TEUs. De acordo com a publicação, a posição do porto é praticamente inalcançável.

Em segundo lugar está o porto de Singapura, que movimentou cerca de 37,3 milhões de TEUs naquele ano, cerca de 10 milhões a menos que o primeiro colocado. Em seguida, em terceiro lugar, está o porto Ningbo-Zhoushan, também na China. Em 2022, o porto movimentou cerca de 33,35 milhões de TEUs.

Depois dele, até o sexto lugar, todos são chineses: Shenzhen, Qingdao e Guangzhou. Na sétima posição está Busan, na Coreia do Sul, seguindo por mais dois chineses em oitavo e nono lugar, Tianjin e Hong Kong, respectivamente. A predominância asiática acaba no décimo lugar, ocupado por Rotterdam, na Holanda.

Porto de Santos

O único brasileiro da lista é o Porto de Santos, o 40º porto mais movimentado do mundo em 2022, segundo a classificação do jornal. Naquele ano, o porto movimentou 4,98 milhões de TEUs, com um aumento de 3,2% em relação ao ano anterior.

O Porto de Santos é o principal porto brasileiro em valores de carga movimentadas, responsável historicamente por no mínimo 25% do comércio exterior brasileiro. É também o maior complexo portuário da América Latina e opera ampla variedade de cargas nacionais e internacionais.

IstoÉ Dinheiro - SP   09/01/2024

A movimentação em portos do Rio Grande do Sul cresceu 13,88% em 2023 em comparação com o ano anterior, com um total de 44,836 milhões de toneladas de cargas movimentadas, sendo 29,312 milhões de toneladas de granéis sólidos, a maioria. Segundo dados da Autoridade Portuária dos Portos do RS, o aumento foi de 14,4% na unidade Rio Grande, 5,27% na unidade de Pelotas e de 2,65% na unidade de Porto Alegre.

Ao todo, passaram pelas hidrovias gaúchas 3.691 embarcações, sendo 2.971 delas com destino ao Porto do Rio Grande, 571 para o Porto de Pelotas e outras 149 em direção ao Porto de Porto Alegre.

De acordo com a nota da entidade, o desempenho foi o segundo melhor resultado dos últimos cinco anos. “A expectativa é de que os próximos sejam de números ainda maiores, em razão dos investimentos em infraestrutura e da estratégia de internacionalização da marca, colocada em prática desde a consolidação da mudança de natureza jurídica”, disse a autoridade portuária no comunicado.

Durante o período, também foram realizadas obras “estruturantes que deram maior mobilidade, agilidade e modernidade para o principal porto marítimo do Estado”, afirmou a nota, destacando que este foi o primeiro ano completo de atuação como empresa pública. “Algumas delas já foram concluídas e outras, como a do novo Portão 2, devem ser finalizadas e entregues em breve à comunidade portuária”, concluiu o comunicado.

PETROLÍFERO

Valor - SP   09/01/2024

Corte dos preços foi maior do que o mercado esperava

O petróleo teve forte queda nesta segunda-feira, apagando todo o ganho acumulado na primeira semana do ano. O movimento ocorreu após a Saudi Aramco, petroleira estatal da Arábia Saudita, anunciar um corte de preços para as suas entregas previstas para o mês que vem.

O barril do petróleo WTI - referência americana - com entrega prevista para fevereiro recuou 4,12%, a US$ 70,77. Já o barril do Brent - referência global - para março cedeu 3,35%, a US$ 76,12.

Em anúncio feito ontem (7), a Saudi Aramco reduziu o custo oficial do seu petróleo com destino a Ásia em US$ 2 por barril, aos preços mais baratos desde novembro de 2021, de acordo com a agência Reuters.

A Saudi Aramco também reduziu em US$ 2 o preço do seu barril para compradores nos Estados Unidos e na Europa. Agora, o preço do petróleo saudita está US$ 1,50 por barril mais barato do que a produção de Dubai e do Omã. De acordo com os analistas Warren Patterson e Ewa Manthey, do ING, o corte dos preços foi maior do que o mercado esperava.

Michael Hewson, analista-chefe da CMC Markets, também credita a forte queda da commodity à produção recorde de petróleo de xisto nos Estados Unidos. A maior oferta americana e os cortes de preços dos sauditas vêm na esteira das preocupações do mercado com a demanda por petróleo em 2024, à medida que a economia global caminha para uma desaceleração após um longo período de juros altos em boa parte do mundo.

Para o banco BBVA, porém, o ano terá apenas um enfraquecimento “ligeiro” nas economias avançadas e na China, que será compensado por um crescimento melhor do restante dos países emergentes e permitirá que o Produto Interno Bruto (PIB) global cresça cerca de 3%, taxa próxima do que foi registrado em 2023.

Na opinião de Rafael Doménech, analista do banco espanhol, a economia global começa 2024 em um patamar mais positivo do que esperava no começo do ano passado. “Se há um ano o debate era sobre o quanto a taxa de desemprego teria de aumentar e a profundidade da recessão para esfriar um mercado de trabalho restrito, com vagas de emprego em níveis recordes, as chances de uma aterrissagem suave aumentaram consideravelmente”, diz ele sobre a economia dos Estados Unidos.

Já para a China, maior importador de petróleo do mundo, Doménech espera a continuação do processo de “gestão da desaceleração ordenada com sintomas de deflação”, o qual ele considera uma tendência estrutural de longo prazo, após décadas de crescimento robusto do gigante asiático.

08/01/2024 17:18:27

AGRÍCOLA

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   09/01/2024

Passadas as festividades do Natal e do Ano Novo, o assunto que vem à tona para os brasileiros nos primeiros dias de janeiro é o pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).

Atualmente, a obrigação é restrita aos donos de carros, motos e ônibus e possui valores diferentes de alíquotas em cada Estado. Para os proprietários rurais, a notícia é boa, as máquinas agrícolas continuam isentas da cobrança.

A dispensa do pagamento é denominada “isenção por profissão” e engloba veículos que executam diariamente atividades profissionais, explica Vinicius Amadeu Santana, analista da Secretaria da Fazenda de Santa Catarina.

“A isenção é concedida para as máquinas que transitarem nos limites da propriedade agrícola, exceto se o tráfego em via pública se der para se deslocar para o local de atividade. O direito deve ser previamente reconhecido pela Secretaria da Fazenda, via processo protocolado pelo requerente de forma totalmente digital”, afirma.

A lista das isenções ainda completa-se com taxistas, motoristas de aplicativo, donos de vans escolares e ônibus de transporte e pessoas com grau moderado, grave ou gravíssimo de deficiência, ou autismo.

Apesar da isenção do IPVA, é obrigatória aos agricultores a participação no Registro Oficial de Tratores e Máquinas Agrícolas (Renagro) desde outubro de 2022.

A inscrição do maquinário que circula em via pública tem o objetivo de garantir a propriedade do veículo, segurança na comercialização e melhorar a rastreabilidade e fiscalização para coibir furtos e roubos.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, o Renagro, regulamentado pelo decreto n.º 11.014/2022, equivale ao Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).

O registro é feito pelo aplicativo IDAgro, disponível no sistema Android, iOS e pelo computador.

Peabirus - SP   09/01/2024

Com uma área de 2,24 milhões de hectares destinada à cafeicultura, a safra de 2023 no Brasil, caracterizada pelo ciclo de baixa bienalidade, resultou em um crescimento de 6,8% ou 3.440,5 mil sacas de café beneficiadas, para um volume de 54.360,6 mil sacas, relativamente à safra 2022, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Para auxiliar na otimização da produção e colheita no campo, a Jacto, multinacional brasileira de máquinas, serviços e soluções agrícolas, conta no seu portfólio atual com duas colhedoras de café automotrizes: K 3500, a maior e mais robusta do mercado, além da compacta e versátil K 3000, reforçando seu compromisso histórico com a cafeicultura brasileira desde o lançamento da K 3, a primeira colhedora de café do mundo, prestes a completar 45 anos em 2024.

“A Jacto tem uma relação muito especial com o café. Estamos prestes a completar 45 anos desde que lançamos a primeira colhedora de café do Brasil e do mundo. Somos gratos e honrados em termos crescido juntamente com a cafeicultura brasileira. A K 3500 segue sendo a maior e mais robusta colhedora de café do mercado e reforçamos o nosso compromisso com esta cultura com os novos recursos da K 3000”, comenta Fernando Gonçalves, presidente da Jacto.

Lançamento mais recente da marca, a K 3000 é uma colhedora de café automotriz, com reservatório de café de 2000 litros, potência de 84 cv, altura livre de colheita de 3,1 metros e capacidade de correção de inclinação lateral de até 30%. Tem a capacidade para colher em diferentes tipos de terrenos, inclusive os de mais difícil acesso.

“É uma máquina leve, de largura máxima de 3,2 metros, com grande capacidade de manobra em espaços reduzidos e que pode trabalhar com qualidade e segurança em terrenos inclinados em até 30%”, destaca Paulo Guirao, gerente de negócios de colhedoras de café da Jacto.

A colhedora de café é equipada com o novo recolhedor da Jacto, que tem altura mínima do solo de 210 mm e conta com lâminas em novo formato e aplicadas em maior quantidade. Além disso, as lâminas são fixas com apenas três parafusos, podendo ser desmontadas individualmente para manutenção.

“Este novo recolhedor permitirá ao cafeicultor colher de forma mais eficiente as lavouras novas, onde os primeiros ramos produtivos estão mais pertos do solo. Também vai reduzir a perda de café para o chão, uma vez que as lâminas são mais sobrepostas e ficam mais tempo fechadas durante a passagem do tronco de café”, analisa Guirao.

A colhedora de café também possui um novo sistema de regulagem do freio dos derriçadores, permitindo ajustá-los simultaneamente ou de forma independente, trazendo maior precisão na regulagem e agilidade na preparação para colheita.

Cabine confortável e compacta

A colhedora de café K 3000 possui um moderno display touchscreen, monitor das câmeras e um joystick com as principais funções. Todas as funções de ligar/desligar além das regulagens e monitoramentos estão centralizadas neste sistema, ao alcance do operador.

A cabine é confortável e compacta para menor interferência com a planta. Possui assento com regulagem de altura e profundidade, apoio para braço e console ergonômico para operação do joystick. A coluna da direção é articulável para melhor posicionamento do volante. Tem climatizador e preparação para som.

O motor diesel eletrônico de 84 cv da K 3000 é de fácil acesso para manutenção e associado à transmissão hidrostática 33 Full Traction, permite ao cafeicultor enfrentar com desempenho, segurança e economia as mais diversas condições de trabalho. Em sintonia com as normas brasileiras de emissão de poluentes, atende MAR-I e está homologado para trabalhar com Biodiesel B10 (até 10% na mistura).

Maior produtividade e robustez

A colhedora de café K 3500 possui o motor mais potente do mercado, com 132 cv. Com controle eletrônico, que possibilita um controle automático de rotação e demanda de torque, proporciona menor consumo de combustível e menores níveis de emissão de poluentes. Aliado à transmissão 44 Full Traction, essa máquina pode colher as lavouras mais robustas em velocidades que podem chegar à 2,5 km/h.

A máquina conta com um sistema de derriça que foi desenvolvido para que equipamento tenha o máximo de desempenho e baixos índices de danos às plantas. Os transportadores têm capacidade para 14.000 litros de café por hora.

O sistema de direção patenteado tem o menor raio de giro que permite maior agilidade e rapidez nas manobras garantindo maior rendimento operacional e segurança em relevos mais acentuados. Além disso é equipada com cabine com ar-condicionado, banco com suspensão pneumática, apoio de braço com joystick, display de câmeras e de operações facilidades que auxiliam e proporcionam maior conforto para o operador.

Exame - SP   09/01/2024

Apesar de safras gigantes, os produtores rurais brasileiros estão em contenção de gastos, e isso é uma má notícia para os fabricantes de maquinário agrícola.

A receita dos fabricantes de máquinas e equipamentos agrícolas no Brasil encolheu em torno de 20% em 2023 — o primeiro declínio anual desde 2016 e a maior queda em quase uma década, segundo estimativa da Abimaq. E a entidade não prevê uma melhora este ano.

A queda das vendas é um golpe para fabricantes de tratores e colheitadeiras como Deere & Co. e CNH Industrial, e mostra como o setor agrícola enfrenta dificuldades mesmo depois que o Brasil ultrapassou os Estados Unidos como maior exportador mundial de milho. O problema é que as safras de milho e soja foram tão grandes que os preços despencaram, o que tornou mais difícil pagar por equipamentos caros a juros altos.

“Tudo isso assustou os produtores”, disse Endrigo Dalcin, um produtor do Mato Grosso que desistiu de acrescentar um novo trator à sua frota no ano passado. “Não comprei nenhuma máquina nova no ano passado e acho que também não vou comprar nada este ano.”

Queda dos preços

O Brasil foi mais duramente atingido pela queda dos preços do que outros produtores globais. Os preços do milho no mercado físico de Mato Grosso caíram mais do que em Iowa, o maior estado produtor nos EUA. A soja seguiu uma tendência semelhante.

A situação não está melhorando. A seca prejudica as lavouras e leva os produtores a adiar as vendas da safra passada até que estejam confiantes em relação à produção deste ano.

“Eles simplesmente não estão vendendo”, disse Scott Wine, CEO da CNH. “Eles não querem vender em um mercado com preços de commodities mais fracos — eles vão esperar.”

Esses produtores que estão adiando suas vendas “não têm tanto dinheiro disponível para comprar equipamento”, acrescentou.

Fornecedoras

A Deere, maior fornecedora mundial de máquinas agrícolas, prevê que as vendas do setor de tratores e colheitadeiras caiam 10% este ano na América do Sul. A demanda no Brasil enfraqueceu muito mais rápido do que o esperado no segundo semestre de 2023, disseram executivos da empresa em uma teleconferência de resultados no final de novembro. As vendas no varejo de colheitadeiras caíram cerca de 25% e as de tratores grandes caíram quase 10%.

As expectativas de juros mais baixos também contribuem para as vendas fracas. A Selic deve cair de 11,75% para cerca de 9% até o final deste ano, o que dá aos agricultores a perspectiva de financiar a compra de equipamento a taxas mais baixas se esperarem.

Os custos de manter estoques de equipamentos são muito mais altos no Brasil do que nos EUA, e os fabricantes irão reduzir a produção por conta disso, segundo Chris Ciolino, analista da Bloomberg Intelligence.

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