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08 de Julho de 2024

SIDERURGIA

Portal Fator Brasil - RJ   08/07/2024

Para construção civil e geral. A maior produtora de aço no Brasil investiu em capacidade para telas soldadas especiais e adicionou novos aços 1045 + e TF18L em sua linha produtiva.

Atenta às demandas dos mercados da construção civil e indústria, a ArcelorMittal, líder em aços e maior produtora de aço no Brasil, tem desenvolvido soluções com foco em desempenho para melhoria de performance. A empresa incluiu dois novos produtos em seu portfólio e aumentou a sua capacidade para as telas soldadas especiais. As novidades foram mapeadas nos últimos anos a partir de avaliações de maquinário, pedidos de clientes, estudos dos setores atendidos e tendências dos principais segmentos.

Para Paula Couri, diretora de Marketing e Produtos da ArcelorMittal Aços Longos Brasil, os novos produtos e os investimentos em capacidade reforçam o compromisso da empresa de oferecer soluções em aço para racionalização, desempenho e competitividade dos clientes. —Os novos produtos, associados ao aumento de capacidade, deixam nosso portfólio, que inclui ainda soluções e serviços, cada vez mais completo. Acompanhamos de perto os desafios do desenvolvimento sustentável, investindo em soluções inovadoras, pioneiras e ecoeficientes visando a aplicação direta em diversos setores, com foco do cliente e alinhado às principais tendências globais —destaca.

Novidades – A ArcelorMittal investiu no aumento de sua capacidade para a linha de Telas Soldadas Especiais, uma solução produzida sob medida, de acordo com as necessidades de projetos e aplicação, para atender demandas customizadas. Elas proporcionam ganhos técnicos e econômicos para o cliente, principalmente nos setores prediais, infraestrutura e indústrias de pré-fabricados de concreto.

Com diversas aplicações — como pisos industriais, lajes, contenções, tubos & aduelas, paredes de concreto, pavimentos, elementos pré-fabricados e obras de infraestrutura —, as Telas Soldadas Especiais contam com diâmetros, espaçamentos, franjas, comprimentos e larguras diferentes dos modelos padronizados das telas soldadas. Os principais ganhos são melhor desempenho, maior produtividade, racionalização de materiais e processos, eliminação de perdas, economia de tempo, diminuição dos custos diretos do produto e gastos globais da construção. Além disso, são versáteis e podem ser produzidas com aço CA60, CA50 e com o novo aço CA70 de Alta Resistência, bem como com o XCarb, aço de baixa emissão de CO2 da ArcelorMittal.

Para o setor automotivo e a indústria em geral, a empresa aprimorou o aço 1045, que ganhou uma versão Plus com melhor usinabilidade – uma interação aprimorada entre o processo de fabricação e as características do material da peça – em relação ao modelo padrão. Ele pode ser submetido a corte, furação, torneamento e fresamento com mais facilidade, garantindo a qualidade e eficiência do processo de usinagem.

Outra novidade é o TF18L, um aço desenvolvido para o processo de trefilação fina. Fabricado com aço de baixo teor de carbono, a solução possui a capacidade de sofrer deformação plástica durante o processo sem quebrar (trefilabilidade). Dessa forma, os clientes podem produzir sem constantes paradas de máquinas aumentando a produtividade e eficiência do processo, além de reduzir custos com manutenção.

Portal Fator Brasil - RJ   08/07/2024

Pela MIT Technology Review. Maior empresa brasileira produtora de aço destacou o case da implantação da tecnologia 5G na unidade de Ouro Branco (MG) ao receber o selo Innovative Workplaces Brasil 2024.

A Gerdau é a única empresa do setor de produção de aço entre as vinte empresas mais inovadoras do Brasil, segundo a terceira edição do ranking da MIT Technology Review Brasil. A maior empresa brasileira produtora de aço recebeu o selo “Innovative Workplaces Brasil 2024”, concedido pela plataforma de conteúdo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em evento ocorrido no dia 04 de julho (quinta-feira), em São Paulo (SP).

A Gerdau é uma empresa com 123 anos de história, que sempre promoveu a inovação como parte essencial de sua cultura e estratégia para criar valor para todos os seus. stakeholders. Além disso, a produtora de aço é uma organização ambidestra, capaz de definir a melhor combinação do novo com o tradicional, gerando mais valor para nossos clientes e ganhos para os negócios da companhia frente a seus desafios.

—Receber o selo Innovative Workplaces de um dos principais veículos de fomento à inovação é um reconhecimento dos esforços dos nossos mais de 30 mil colaboradores e colaboradoras. Hoje, somos uma empresa com um mindset ágil, capaz de inovar e de se transformar continuamente. Para moldar o mundo que queremos, vamos continuar investindo em tecnologia e empoderando pessoas que constroem o futuro— afirmou Gustavo França, diretor global de TI e digital Gerdau.

O case de destaque inscrito pela Gerdau na premiação foi sobre a implementação da tecnologia 5G, por meio de uma rede privativa dedicada, na unidade de Ouro Branco (MG), a maior da companhia no mundo. O projeto desenvolvido em parceria com a Embratel criou uma infraestrutura digital habilitadora para o desenvolvimento da indústria de aço do futuro, incluindo a instalação de diversas torres para cobrir mais de 8.300 mil metros quadrados da planta da Gerdau. Essa estrutura de tecnologia permitiu à Gerdau acelerar em Ouro Branco a implementação dos conceitos da indústria 4.0, alavancando automatização, produtividade, flexibilidade, visibilidade, rastreabilidade, uso de dados e segurança nos processos, incluindo planejamento, produção e logística.

A MIT Technology Review reconhece as empresas que se destacaram no ecossistema de inovação do país por meio da análise de ações e iniciativas em áreas como gestão, produtos e serviços, marketing e processos. Além disso, são realizadas entrevistas com os executivos de cada uma delas. Essa edição avaliou duas mil empresas de todos os tamanhos e segmentos, desde startups até multinacionais.

Lançada no Brasil em outubro de 2020 com uma proposta inovadora no cenário editorial nacional, a MIT Technology Review é reconhecida pelo jornalismo de autoridade em tecnologia. Sua reputação deriva de 121 anos de tradição em relatórios sobre novas tecnologias e de sua ligação exclusiva com a principal universidade mundial em pesquisa e inovação.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   08/07/2024

Metade do que o governo conseguiu de espaço extra para gastar na última década foi usada para pagar emendas parlamentares. As despesas do Orçamento da União e o histórico de mudanças na Constituição mostram que, a cada folga orçamentária que o Executivo negociou com o Congresso, teve que pagar um “pedágio” para as indicações dos congressistas entre 2015 e 2023. Em 2024, a previsão segue a mesma tendência.

A equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda uma agenda de revisão de gastos. Especialistas indicam a necessidade de corte de despesas para sustentar o arcabouço fiscal. No último dia 26, o presidente Lula questionou a necessidade de cortes. “O problema não é que tem que cortar, o problema é saber se precisa efetivamente cortar ou se a gente precisa aumentar a arrecadação.”

Após alertas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e reações do mercado financeiro com alta do dólar, Lula voltou atrás e reforçou o compromisso com a responsabilidade fiscal. “Aqui, neste governo, responsabilidade fiscal não são palavras, mas é um compromisso desse governo desde 2003", afirmou o petista no Palácio do Planalto, na quarta-feira, 3.

Em entrevista ao Estadão, a secretária nacional de Planejamento, Virgínia de ngelis, afirmou que a revisão de gastos precisa deixar claro quais são os objetivos do corte de despesas pretendido pelo Executivo, sob risco de o novo espaço fiscal ser ocupado por mais emendas parlamentares.

“Quando você faz a revisão, ela não é simplesmente para gerar espaço fiscal; é gerar espaço fiscal para quê? Se for para pagamento de serviço da dívida, isso tem que estar muito claro. Se for para realocar em prioridades do governo, são quais prioridades?”, disse a secretária. “Se a gente não tiver clareza sobre isso, podemos ter um novo aumento do porcentual de emendas impositivas individuais, por exemplo.”

O efeito acontece desde 2015, quando as emendas individuais (aquelas indicadas por cada deputado e senador no Orçamento) começaram a ser pagas de forma impositiva. Atualmente, aproximadamente 20% dos recursos livres da União, incluindo manutenção dos serviços públicos e investimentos, ficam com o Congresso e são os parlamentares que escolhem para onde vai o dinheiro, sem tutela do Executivo, que controla o caixa e os pagamentos.

Entre 2015 e 2023, as despesas não obrigatórias (investimentos, manutenção de serviços públicos e custeio dos órgãos federais) aumentaram em R$ 65,3 bilhões, com sucessivas mudanças nas regras fiscais e nos limites de gastos. As emendas, por sua vez, ficaram com R$ 32,3 bilhões desse crescimento, capturando 50% do aumento. Em 2024, o espaço adicional no Orçamento da União deve chegar a R$ 100,2 bilhões em nove anos, com 47% sendo destinado às emendas.

Aumento de emendas acompanhou mudanças na Constituição e crescimento de gastos

O governo conseguiu aprovar o teto de gastos em 2016, limitando o crescimento de despesas da União à inflação do ano anterior, mas as emendas continuaram capturando mais recursos dentro desse espaço. Em 2019, as emendas de bancada (indicadas pelo conjunto de parlamentares de cada Estado) também passaram a ter pagamento impositivo.

Em 2020, o Executivo federal começou a pagar o orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão com dinheiro distribuído pelo governo em troca de apoio político, e a emenda Pix sem transparência, em caso também revelado pelo Estadão.

O antigo teto sofreu uma série de “furos”, com alterações na Constituição para abrir espaço fiscal, que vieram acompanhadas de mudanças ampliando os recursos nas mãos dos parlamentares. Foi o que ocorreu com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, em 2021, e da PEC do Auxílio Brasil, em 2022, que deram folgas para os gastos do governo, mas também foram custeadas com aumento de emendas.

O fenômeno se intensificou no governo do presidente Lula. Em 2022, após a vitória do petista nas eleições, o Congresso aprovou a PEC da Transição, com aumento de recursos para a nova gestão, a pedido da equipe de transição. Desta vez, novamente, as verbas parlamentares capturaram uma parcela dos recursos extras, aumentando de tamanho com o crescimento das emendas individuais e as emendas de comissão. Em 2023, veio o novo arcabouço fiscal, mais flexível que o teto, e o governo deu aval para um aumento ainda maior de emendas, que se concretizou em 2024.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu, na abertura do ano legislativo, em fevereiro, o poder dos parlamentares definirem para onde vão os recursos da União. Ele afirmou que o Orçamento não pode ser só do Executivo, que “não gasta a sola de sapato percorrendo os pequenos municípios brasileiros como nós parlamentares, senadores e deputados.” Antes das eleições, Lula classificou o Congresso com o “pior da história” em função das emendas, mas deu aval para a continuidade do orçamento secreto, sob nova roupagem, e bateu recordes em liberação de recursos indicados por deputados e senadores.

Em 10 anos, a maior parte das emendas (49%) foi direcionada para a saúde. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que as indicações direcionadas para essa área beneficiaram mais as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, mas houve inconstância dos montantes recebidos por localidades. Roraima, por exemplo, gastou 191,30 reais por habitante com dinheiro de emendas para custeio dos serviços de saúde em 2022, enquanto São Paulo gastou 30,40 reais. Ao mandar uma emenda, o critério é político, e o dinheiro não vai necessariamente para quem mais precisa.

“Esse montante de recursos de emendas não pode crescer dessa forma. É preciso ter um limite e a alocação deve observar a forma como o sistema de saúde se organiza”, diz a pesquisadora Fabiola Sulpino Vieira, uma das autoras do estudo. “O governo já faz uma orientação sobre onde recurso deveria ser colocado, mas a indução precisa ser mais forte e organizada. Por parte do parlamentares, é preciso entender que ampliar o recurso por emenda pode gerar desequilíbrios na oferta de serviços para a população.”

Infomoney - SP   08/07/2024

Os dados de criação de empregos fora do setor agrícola dos Estados Unidos em junho confirmam que há uma desaceleração do mercado de trabalho e os economistas dizem que aumentaram as chances de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) cogitar iniciar seu ciclo de cortes de juros já na reunião de setembro. Mas essa posição não é consenso, uma vez que os indicadores de inflação têm se mostrado voláteis.

De fato a probabilidade e de o Fed cortar os juros em setembro, subiu de 68,4% na terça-feira (3) para 73,6% hoje, segundo a ferramenta FedWatch, do CME Group. Há um mês, essa chance estava em 57,2%.

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Para André Valério, economista sênior do Inter, mesmo com o dado de junho ficando acima das projeções – o payroll de 206 mil vagas ficou acima dos 190 mil empregos estimados pelo consenso de analistas – há indícios de desaceleração do mercado de trabalho.

Entre os fatores, ele cita que a taxa de desemprego aumentou na margem, de 4% para 4,1%, e que houve revisões para baixo nas duas últimas divulgações que, somadas, retiraram 111 mil empregos previamente anunciados.

“Com o resultado de junho e as revisões dos resultados prévios, a média móvel de 3 meses de adição de novos empregos ficou abaixo dos 200 mil empregos pela primeira vez em mais de dois anos, indicando que a tendência é de desaceleração do mercado de trabalho americano, como sugerem, também, os outros dados de emprego, principalmente os pedidos de seguro-desemprego”, explicou.

Ele destaca que, além disso, os salários aumentaram 0,3%, em linha com o esperado, mantendo tendência de desaceleração na variação anualizada, que saiu de 4,1% para 3,9% em junho. A variação de 3 meses anualizada também sugere tendência de desaceleração na alta dos salários.

Para Valério, o mercado de trabalho será a variável determinante para o início do ciclo de cortes nos juros americanos, uma vez que o Fomc, na figura de Jerome Powell, tem se mostrado mais sensível a dados negativos de atividade do que de inflação. “Mantida essa tendência, esperamos que o Fed dê início ao ciclo de cortes na reunião de setembro, condicionada à não reaceleração da inflação, o que não é o cenário base”, prevê.

Matheus Pizzani, economista da CM Capital, também avalia que, em termos de composição, o indicador de novas vagas apresentou uma característica majoritariamente benigna durante o mês de junho. “Destaque para a geração de 49 mil vagas no setor de saúde e cuidados pessoais, número bem abaixo da média mensal dos últimos 12 meses do grupo, que é de 64 mil vagas”, detalha.

Pizzani lembra ainda que as 206 mil novas vagas ficaram abaixo do número de maio, quando 218 mil empregos foram criados – com este último tendo sido revisado para baixo após uma estimativa inicial de 272 mil empregos.

E além da alta da taxa de desemprego para 4,1%, ele cita que a taxa de participação ficou em 62,6% da população economicamente ativa, ratificando que o crescimento do desemprego, ainda que leve, não se deu de maneira artificial.

“Sob a ótica da política monetária, o resultado do payroll de junho reforça a perspectiva mais positiva para a condução dos juros no decorrer do ano. Os setores mais sensíveis aos ciclos econômicos não foram os principais responsáveis por puxar o resultado do mês de junho, reforçando a percepção de um comportamento mais brando por parte do nível de atividade econômica e um maior balanceamento entre a oferta e demanda por mão de obra.”

Para Pizzani, cresceu a perspectiva por um primeiro corte de juros na reunião de setembro do Fed, algo que pode se materializar caso as próximas divulgações do payroll e dos principais indicadores de inflação (CPI e PCE) mantenham a mesma composição benigna vista nas últimas semanas.

Na avaliação de Felipe Salles, economista chefe do C6 Bank, as revisões que geraram um saldo “negativo” de mais de 100 mil vagas nos últimos três meses, a elevação do desemprego e a desaceleração dos ganhos por hora apontam na mesma direção: o mercado de trabalho americano continua forte, mas os sinais de desaquecimento estão mais presentes.

“Se o mercado de trabalho americano seguir essa trajetória de desaceleração nos próximos meses, acreditamos que o ciclo de corte de juros começará este ano”, afirma, sem precisar uma data.

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, também acredita que os resultados reforçam a tese de que a reunião do Fed em setembro será decisiva para um possível corte de juros. “O que pode beneficiar o Brasil indiretamente, aliviando a pressão sobre o Banco Central, considerando os debates sobre um possível aumento de juros aqui em setembro”, destaca.
Corte só em dezembro?

A avaliação de Francisco Nobre, economista da XP, é que, no geral, os dados mostram que o mercado de trabalho está atingindo um melhor equilíbrio. Isso combinado com os números mais fracos do Jolts divulgados no início desta semana, que mostraram uma recuperação nas vagas de emprego de 7,92 milhões para 8,14 milhões, a proporção de empregos abertos para pessoas desempregadas ficou estável em 1,20.

“Esta medida regressou aos níveis pré-pandemia, embora ainda um pouco superior à média histórica (0,8). Ainda aponta para algum excesso de procura de trabalhadores, embora tenha diminuído consideravelmente desde o seu pico, de 2,0. Isto sugere que o mercado de trabalho continua a regressar gradualmente ao equilíbrio num contexto de política monetária restritiva”, explica.

A XP ainda acredita que o Fed vai cortar os juros pela primeira vez em dezembro, embora já atribua um risco descendente à essa visão. Segundo Nobre, ainda existe algum aperto no mercado de trabalho, especialmente quando se olha para o crescimento anual dos salários, o que deverá continuar a pressionar a inflação dos serviços nos próximos meses.

“No entanto, o mercado de trabalho abrandou consideravelmente desde o ano passado e a taxa de desemprego já está acima do nível que o Fed esperava que terminasse o ano, de acordo com o SEP [o sumário de projeções] de junho. Acreditamos que a mais recente dinâmica do mercado de trabalho irá certamente ajudar no ciclo de flexibilização da Fed que está por vir.”

Sobre a data de início da flexibilização da política monetária, o economista da XP diz que a probabilidade de o Fed cortar mais cedo está aumentando na margem. Ele lembra que ainda há uma quantidade considerável de dados a serem publicados até setembro, incluindo três CPIs, dois PCEs e dois payroll.

“Se os dados permanecerem bem-comportados até então, provavelmente será suficiente para o Fed cortar. No entanto, parece que o Fed se tornou mais cauteloso desde os dados agressivos do primeiro trimestre. Se os dados se tornarem voláteis novamente, o Fed provavelmente esperará um pouco mais. Em qualquer caso, o ciclo de flexibilização da Fed está finalmente a consolidar-se.”

Andressa Durão, economista do ASA, também é cautelosa sobre a possibilidade de o corte de juros começar em setembro, embora reconheça que os dados de mercado de trabalho divulgados hoje corroborem a narrativa de uma economia enfraquecendo. “Na nossa visão, os próximos dados de inflação não devem colaborar. Mantemos o cenário de apenas um corte de juros no ano, na reunião de dezembro”, estima.

O Estado de S.Paulo - SP   08/07/2024

As forças do mercado levaram rapidamente o presidente Lula a recuar da sua sanha populista de confronto com o Banco Central. Mas o que a maioria das pessoas não percebe é que o próprio sistema presidencialista multipartidário brasileiro cria enormes constrangimentos que reduzem os graus de liberdade de qualquer governante de desviar de uma crença que se torna dominante.

É economicamente e politicamente proibitivo desviar do equilíbrio macroeconômico que emergiu do Plano Real. Atores políticos, agentes econômicos e cidadãos desenvolveram fortes preferências pela estabilidade macroeconômica. Os anos intermináveis de hiperinflação e os seguidos planos que frustraram as expectativas de domá-la de forma sustentável geraram uma verdadeira aversão na sociedade ao descontrole dos preços.

O Plano Real foi um choque tão virtuoso no jogo político que foi capaz de se desdobrar em uma série de instituições que amarraram as mãos dos governos, mesmo daqueles que não tinham muito apreço pelo controle inflacionário, levando-os, inclusive, a implementar políticas de inclusão social, mas com responsabilidade.

O sistema político brasileiro, formado por inúmeros pontos de veto partidários e institucionais, não é eficiente. Não oferece respostas rápidas a problemas prementes. Por isso, gera uma sensação de mal-estar generalizado que, em situações extremas, pode levar até a estágios de cinismo cívico seguido de alheamento das pessoas com a política e as suas próprias instituições.

Mas, por outro lado, esse sistema tem uma virtude imanente de gerar custos quase que intransponíveis para que o governante não desvie da crença dominante. Governos que se atrevem a desviar e a colocar tal crença em risco são punidos eleitoralmente e/ou pelas organizações de controle.

Foi assim, por exemplo, com a ex-presidente Dilma Rousseff. Seu governo negligenciou os pilares do Plano Real ao aumentar de forma irresponsável os gastos públicos, interferir de forma indevida em vários mercados (como preços de combustíveis e de eletricidade), empreender contabilidade criativa e dar continuidade a uma gerência de coalizão monopolista que concentrava poderes e recursos no seu próprio partido.

O impeachment da ex-presidente foi a solução encontrada para lidar com as negligências que levaram o Brasil a uma rápida deterioração de sua economia. O mais interessante, entretanto, foi perceber que o sistema levou o governo seguinte a se mover rapidamente para restaurar políticas consistentes com a crença dominante de inclusão social responsável que haviam sido então negligenciadas.

O Estado de S.Paulo - SP   08/07/2024

A profunda crise do setor de construção de imóveis na China deverá reduzir a participação do consumo e dos investimentos no crescimento do país em 2024 ante o ano passado. Por outro lado, o enfraquecimento da demanda interna será compensado em parte neste ano pelo aumento das exportações, sobretudo para os EUA, Europa e países asiáticos.

Economistas entrevistados pelo Estadão/Broadcast em Hong Kong e Sydney esperam que a confiança dos consumidores chineses continuará baixa no curto prazo devido à reestruturação do segmento imobiliário, pois 60% da poupança das famílias no país são investidos em imóveis. Ao mesmo tempo, eles acreditam que a força do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA e a expectativa de melhora do nível de atividade da Europa no segundo semestre manterão o bom ritmo das exportações, vitais para a produção industrial e a geração de empregos no país oriental.

Em 2023, o PIB da China subiu 5,2%, sendo que o consumo privado contribuiu com 4,3 pontos porcentuais, os investimentos com 1,5 ponto porcentual e as exportações líquidas tiveram um impacto negativo de 0,6 ponto porcentual. Mas, para a expansão do PIB de 5% neste ano, 3,5 pontos porcentuais devem vir do consumo; as exportações terão uma participação positiva de 0,5 ponto porcentual e a formação bruta de capital fixo contribuirá com 1 ponto porcentual, estima Lin Li, diretora de pesquisa de mercados globais para a Ásia do banco MUFG.

Para Lin, terão efeitos muito pequenos as tarifas sobre produtos importados da China impostas pelos EUA, especialmente sobre veículos e baterias elétricas, pois atingirão US$ 18 bilhões em mercadorias, apenas 0,53% de todas as exportações do país oriental.

A decisão da União Europeia de adotar a partir desta sexta-feira tarifas de importação sobre automóveis elétricos chineses, que variam de 17,4% a 37,6% dependendo da montadora, não deve afetar substancialmente as vendas externas destes carros, pois o custo de fabricação na China é bem menor do que no velho continente. “Tal fato ocorre devido a subsídios concedidos pelo governo, cadeias de produção mais eficientes naquele país e despesas inferiores de energia com gás natural importado da Rússia”, afirmou Alicia Garcia-Herrero, economista-chefe para a Ásia e Pacífico do banco Natixis.

Apesar da perspectiva de desaceleração da economia americana no segundo semestre, o PIB dos EUA deve continuar vigoroso nos próximos trimestres e ajudará nas exportações do país asiático. Também será importante a melhora gradual do nível de atividade na zona do euro no curto prazo com a distensão da política monetária. “Além disso, a adoção da inteligência artificial pelo mundo eleva a produção de equipamentos eletrônicos pela China, que são fornecidos para indústrias em Taiwan e Coreia do Sul”, afirmou Lin.

O favorável desempenho das exportações da China leva a administração do presidente Xi Jinping a não ter pressa para a emissão de 1 trilhão de renminbis de bônus especiais do governo para estimular a economia em 2024, que ocorrerá entre maio e novembro. “Se as vendas externas não estivessem tão bem neste ano, tal emissão de títulos públicos aconteceria em um prazo mais curto”, afirmou Michelle Lam, economista do banco Société Générale. Ela estima que as exportações da China subirão 4,7% neste ano, acima da alta de 0,6% em 2023.

Pacote

O governo da China adotou em maio um pacote de medidas para tentar estabilizar o setor de construção de imóveis, entre as quais a concessão de 300 bilhões de renminbis para prefeituras comprarem imóveis novos e torná-los casas populares.

“Este conjunto de ações ajudará o setor no segundo semestre, especialmente em cidades de médio porte onde há um grande estoque de residências novas não adquiridas”, comentou Carlos Casanova, economista sênior para a Ásia do banco suíço Union Bancaire Privée (UBP). “Mas o segmento de imóveis passa por uma profunda reestruturação, que levará anos para ser concluída e continuará a afetar a confiança dos consumidores.”

Os investimentos em propriedades na China baixaram 9,6% em 2023 e devem diminuir cerca de 5% neste ano, prevê Lin Li, do banco MUFG. A construção de novas residências caiu 20,4% no ano passado e poderá ter uma retração de 15% a 20% em 2024, ela estima.

Com problemas estruturais para o avanço do setor de imóveis, o governo da China deve continuar neste ano a expandir os gastos, especialmente em infraestrutura e subsídios para empresas produtoras de veículos elétricos e painéis solares. O déficit público total, que envolve os governos central e locais, como proporção do PIB deve subir de 6% em 2023 para 7% em 2024, prevê Michelle Lam, do Société Générale.

Para especialistas, a administração Xi Jinping precisará implementar medidas estruturais para estimular o consumo. “É preciso um programa amplo para reduzir o desemprego dos jovens, combinando o conhecimento adquirido nas universidades com a demanda do mercado de trabalho”, afirma Katrina Ell, diretora de pesquisas para a Ásia e Pacífico da Moody ‘s Analytics. “É necessário também o governo garantir a liquidez das incorporadoras para concluir a construção de empreendimentos.”

IstoÉ Dinheiro - SP   08/07/2024

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de Nova York, John Williams, afirmou que houve progresso “significativo” na tarefa da instituição de colocar a inflação na meta de 2% nos Estados Unidos, embora tenha acrescentado que “ainda há um caminho pela frente” até concretizar esse objetivo. Durante discurso em evento do Banco Central da Índia, em Mumbai, ele destacou as incertezas sempre presentes para o trabalho da política monetária, a considerou que o momento atual não destoa, com várias incertezas, o que reforça a necessidade de avaliar todos os dados disponíveis para a tomada de decisões.

Com direito a voto nas decisões de política monetária, Williams afirmou que a inflação nos EUA “está agora em cerca de 2,5%, portanto temos visto progresso significativo para baixá-la”. Mas acrescentou que “ainda temos caminho pela frente até atingir nossa meta de 2% em uma base sustentável”, dizendo que “estamos comprometidos para cumprir a tarefa”.

Williams também destacou a importância de expectativas de inflação bem ancoradas, um dos pilares da atuação moderna dos bancos centrais. Segundo ele, é agora evidente que nos anos 1960 e 1970 as expectativas de inflação no curto e no longo prazos estiveram desancoradas, subindo junto com a inflação. “Isso tornou ainda mais difícil para os formuladores da política manter preços estáveis, em meio aos choques daquele período.”

Os dirigentes de bancos centrais ajudam a ancorar as expectativas ao assumir a responsabilidade de entregar a estabilidade de preços, “comprometendo-se publicamente com uma meta de inflação” e adotando as medidas necessárias para garantir a estabilidade dos preços. Mas Williams notou que é preciso reconhecer “o alto grau de incerteza na economia”. Na sua avaliação, “quando a incerteza é extrema, as políticas focadas em manter a inflação a inflação perto da meta não dependem muito de variáveis difíceis de mensurar, como as taxas naturais de desemprego e dos juros”, com foco em estabilizar a inflação e o desemprego.

Na avaliação dele, as expectativas de longo prazo devem seguir consistentes com a meta de inflação, e os desvios nas expectativas de curto e médio prazo devem ser temporários e seguir consistentes com a meta. Nos últimos anos, houve alta “considerável” nas expectativas, sobretudo no curto prazo. “Mas, apesar a severidade dos choques, as expectativas de inflação no longo prazo seguiram notavelmente estáveis e próximas da meta de 2%”, destacou. As expectativas no médio prazo retornaram aos níveis pré-pandemia em 2022 e as de curto, em 2023, recordou o dirigente.

Williams ainda defendeu a importância de que a política monetária possa reagir a choques e incertezas. “Os dirigentes baseiam suas decisões na totalidade dos dados”, afirmou, lembrando que quando o quadro muda é crucial discutir as razoes para isso e explicar como o BC antecipa que a economia prosseguirá, em sua comunicação. O dirigente notou que a incerteza é constante na economia, e acrescentou que isso deve continuar nos próximos anos. Nesse contexto, accountability, transparência e expectativas de inflação bem ancoradas são cruciais para o trabalho do banco central, disse o presidente do Fed de Nova York.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   08/07/2024

Os contratos futuros do minério de ferro recuaram nesta sexta-feira, com a queda na produção de metais quentes pesando sobre o sentimento, mas os preços ainda se encaminhavam para um segundo ganho semanal consecutivo devido às esperanças persistentes de mais estímulos por parte da China, o maior mercado consumidor do minério.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 2%, a 845,5 iuanes (116,3 dólares) a tonelada, depois de atingir uma máxima de mais de um mês na quinta-feira. Na semana, o contrato registrou um aumento de 3,2%.

O minério de ferro de referência para agosto na Bolsa de Cingapura caiu 3,3%, para 110,2 dólares a tonelada, com um aumento de 3,6% até o momento nesta semana.

Os preços do principal ingrediente da fabricação de aço devolveram alguns ganhos do início da semana, após uma onda de realização de lucros em meio à menor produção de metal quente, produto de alto-forno que normalmente é usado para medir a demanda de minério.

A produção média diária de metal quente entre as siderúrgicas pesquisadas pela Mysteel caiu pela segunda semana consecutiva (-0,1%), para cerca de 2,39 milhões de toneladas em 4 de julho, segundo dados da consultoria.

A alta no preço do minério de ferro, que recentemente suprimiu as margens de algumas siderúrgicas, também contribuiu para a cautela do mercado, disseram os analistas.

“Algumas usinas mostraram menos interesse em aumentar a produção depois de sofrerem perdas. E esperamos um espaço limitado de alta para a produção de metais quentes à frente”, disseram os analistas da Galaxy Futures em nota.

“Após a terceira plenária, o mercado de ferrosos provavelmente sofrerá alguma pressão de baixa. Além disso, não acreditamos que haverá impulso robusto de alta após uma onda de rápida recuperação dos preços”, disseram os analistas da Galaxy.

A reunião terceira plenária será realizada de 15 a 18 de julho, com foco no aprofundamento das reformas e na promoção da modernização da China.

Investing - SP   08/07/2024

Grupos comerciais de mineração nos Estados Unidos estão se preparando para pressionar Washington pelo renascimento e expansão do Bureau of Mines. Essa medida visa consolidar a abordagem do governo dos EUA para regular e apoiar a produção de minerais críticos. A campanha de lobby deve ser lançada este mês, antes das convenções políticas de ambos os principais partidos.

A iniciativa busca alinhar a supervisão da mineração dos EUA com países como a Austrália, onde as agências de mineração se reportam diretamente aos chefes de governo. As decisões de mineração nos EUA são atualmente gerenciadas por várias agências, levando a um ambiente político fragmentado. O Bureau of Land Management, o Fish and Wildlife Service e a Mine Safety and Health Administration estão entre as entidades envolvidas na política de mineração.

O Bureau of Mines foi fechado em 1996 em meio a reduções orçamentárias, mas seus proponentes argumentam que seu retorno poderia unificar a formulação de políticas nas administrações presidenciais, melhorando a eficiência e a transparência. Essa unificação é vista como crítica para reforçar a competitividade dos EUA, especialmente contra a China, que é um player dominante no mercado de minerais críticos. Esses minerais, incluindo lítio e cobre, são essenciais para a eletrônica e para a crescente indústria de baterias de veículos elétricos.

Rich Nolan, chefe da National Mining Association, expressou os desafios impostos pelo atual sistema disperso, defendendo uma abordagem mais centralizada. A Associação Americana de Exploração e Mineração e a Sociedade de Mineração, Metalurgia e Exploração também fazem parte do esforço para ressuscitar o departamento.

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A Sociedade de Mineração, Metalurgia e Exploração está desenvolvendo um documento de posição que será usado para se envolver com os membros do Congresso. Embora o sucesso imediato não seja esperado, as esperanças são altas para o próximo Congresso, que acontecerá de 2025 a 2027. As necessidades de financiamento para um escritório renovado ainda não foram estimadas.

Mitch Krebs, CEO da Coeur Mining, uma empresa de mineração de prata com sede em Chicago e listada na NYSE:CDE, expressou apoio à iniciativa, destacando os benefícios potenciais de simplificar o processo de licenciamento.

No entanto, há ceticismo sobre a eficácia de restabelecer o Bureau of Mines. Os críticos, incluindo Michelle Michot Foss, do Instituto Baker de Políticas Públicas da Rice University, questionam se o retorno do departamento levaria a melhorias significativas no setor de mineração, observando que o Bureau of Mines original não supervisionava o licenciamento de minas.

A proposta exigiria que o bureau fosse elevado a uma agência em nível de gabinete para se reportar diretamente ao presidente, necessitando da aprovação do Congresso. A Casa Branca ainda não comentou a campanha.

O Bureau of Mines, estabelecido em 1910 após desastres de mineração, expandiu seu papel em 1960 para incluir inspeções de minas, pesquisa mineral e operações cruciais para os empreendimentos espaciais da NASA. Seu fechamento em 1996, devido a um acordo orçamentário entre os republicanos e o então presidente Bill Clinton, foi visto por alguns, incluindo a ex-líder do bureau Rhea Graham, como uma desvalorização da ciência nas prioridades nacionais.
A Reuters contribuiu para este artigo.

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AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   08/07/2024

A inclusão do carro elétrico na lista dos produtos a serem submetidos ao Imposto Seletivo (“Imposto do Pecado”) é uma dessas aberrações protecionistas.

Esse imposto servirá para sobretaxar itens considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. No caso do carro elétrico, a alegação é a de que o descarte da bateria poderá vir a ser um problema ambiental. Não vai aí nenhuma consideração para o fato de que essas baterias estão cada vez mais eficientes e, mais alguns anos, deverão passar por processos de reciclagem que, na prática, devem eliminar eventuais problemas ambientais.

Ora, a demanda pelo carro elétrico vem aumentando porque é a melhor forma de reduzir as emissões do setor automotivo. Há alguns anos, temia-se que o carro elétrico seria movido, na Europa e na Ásia, por energia elétrica produzida por combustíveis fósseis. Nesse caso, o CO2, que não seria mais ejetado na atmosfera pelo escapamento dos carros, continuaria sendo liberado pelas chaminés das termoelétricas. Mas isso praticamente acabou. A energia de fonte fóssil está sendo rapidamente substituída por de fontes renováveis.

Por trás dessa iniciativa de considerar o carro elétrico um reles poluidor está a enorme vacilação das montadoras brasileiras, hoje atrasadas no processo de modernização dos seus produtos. Não sabem que rumo tomar nessa transição energética.

Essa não é uma proteção baseada na cobrança de altas tarifas alfandegárias, como as definidas recentemente pela Comissão Europeia. Pune a produção de veículos elétricos até mesmo no Brasil, ao contrário do que se passa no resto do mundo, que vem incentivando a troca de veículos a combustão.

Agora, a principal atingida é a montadora chinesa BYD, que está instalando um Complexo em Camaçari, Bahia, capaz de produzir 150 mil veículos elétricos por ano, e iniciou em Manaus a instalação de fábrica de baterias de fosfato ferro-lítio. Mas esse protecionismo baseado no pensamento desenvolvimentista do século passado e acatado por lideranças do governo acabará por inibir os avanços em direção à derrubada da pegada de carbono.

Não só por aqui, também na Europa e nos Estados Unidos, as montadoras tradicionais não escondem sua aflição com a agressividade com que os carros chineses vêm conquistando mercado. São mais avançados em design, tecnologia embarcada e preço. Não cola mais a alegação de que tiram proveito da exploração de mão de obra barata. A norte-americana Tesla também produz carros na China.

A questão central é a baixa competitividade dos veículos (não só os elétricos) produzidos no resto do mundo, problema que, no Brasil, chega ao paroxismo, como se sabe desde os tempos do presidente Collor, que denunciou as “carroças” produzidas por aqui.

CNN Brasil - SP   08/07/2024

O sonho de um carro elétrico projetado e fabricado no Brasil foi adiado mais uma vez. Se no passado remoto a Gurgel teve o seu protótipo elétrico que nunca chegou ao mercado, outro modelo mais recente teve o mesmo fim. A Lecar, fundada em 2022, anunciou que não vai mais ter carros elétricos, mas ainda aposta nos híbridos.

Criada pelo empresário capixaba Flávio Figueiredo Assis, que chama a si mesmo de “Elon Musk brasileiro“, a empresa decidiu abandonar o segmento e redirecionar seus esforços para a produção de veículos híbridos. No lugar de um motor elétrico, o carro será movido por uma “inovação“, segundo o idealizador.

“Ao longo do período de desenvolvimento do carro, dos testes feitos e estudos internacionais já publicados, chegamos à conclusão de que o carro híbrido é mais vantajoso para a sociedade do que o elétrico em diversos quesitos, o que nos fez redirecionar nosso posicionamento e os planos para o mercado”, anunciou o empresário.

“A ideia, agora, é que nossa tecnologia híbrida flex a etanol com tração 100% de motor elétrico, proporcione 1mil km com 30 litros de etanol. Temos o primeiro carro elétrico sem tomada do mundo”, acrescentou.

No entanto, essa solução não é nova e já está está disponível no Brasil. O novo Honda Civic híbrido atua exatamente desta forma: tem um motor 2.0 a gasolina e dois elétricos. Na prática, o motor a combustão trabalha na maior parte do tempo gerando energia para o elétrico que movimenta o carro.

Além disso, o termo “híbrido flex” indica que o Lecar 459 funcionará também com gasolina, e não somente a etanol.

A Lecar defende que os veículos híbridos são uma opção mais viável e acessível para a população brasileira. Embora já existam modelos híbridos razoavelmente bem-sucedidos no mercado, os preços ainda são elevados.

“Nossa nova missão, a partir de agora, será reverter essa realidade, trazendo modelos híbridos muito mais aderentes à realidade brasileira e que caibam no bolso da população, contribuindo para uma verdadeira revolução inovadora na mobilidade nacional”, disse Flávio Assis.

A empresa possui sede em Alphaville, em Barueri (SP), e está implantando uma unidade fabril em Caxias do Sul (RS). Segundo o criador, a Lecar segue trabalhando em seu protótipo híbrido e deve anunciar em breve uma nova previsão de lançamento no mercado.

A decisão da Lecar de abandonar os veículos elétricos em favor dos híbridos reflete uma tentativa de se adaptar às realidades do mercado brasileiro. No entanto, a falta de experiência nesse mercado altamente competitivo e outras variáveis complexas envolvidas no projeto levantam dúvidas sobre a capacidade da empresa de executar seus planos com sucesso.

Especialistas do setor avaliam que o carro híbrido é muito mais complexo de projetar e fabricar do que um elétrico, tanto que até hoje somente a Toyota tem esse tipo de tecnologia fabricada no país.

A promessa de um carro híbrido acessível e eficiente é atraente, mas a trajetória até sua realização ainda é longa e incerta. A Lecar terá que superar muitos desafios em termos de infraestrutura, tecnologia e regulação para alcançar o objetivo de lançar o “primeiro carro híbrido brasileiro“.

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Dinheiro - SP   08/07/2024

O grupo de trabalho que prepara a regulamentação da reforma tributária na Câmara dos Deputados decidiu reduzir a taxação sobre o setor de construção civil e imobiliário. As alíquotas cobradas de incorporadoras e construtoras terão uma redução de 40% em relação à tributação de referência, estimada em 26,5% pelo Ministério da Fazenda.

Já nas operações de aluguel, cessão onerosa e arrendamento – sempre entre pessoas jurídicas -, haverá uma redução de 60% em relação à alíquota-padrão. Pela proposta original elaborada pelo Ministério da Fazenda, a redução para ambas as modalidades era de 20%.

Os deputados também decidiram incluir a construção civil dentro do regime diferenciado do setor imobiliário, o que não havia sido previsto pelo Ministério da Fazenda. As medidas atenderam ao segmento produtivo, que alegou que a tributação, como proposta pelo Executivo, iria elevar o preço dos imóveis.

A tributação será calculada sobre o valor da operação, e não mais com base no valor de referência do imóvel. Mas as construtoras e incorporadoras não poderão se apropriar de créditos do IBS e da CBS – novos tributos que serão criados com a reforma – gerados pelo fornecedor de serviços nas aquisições de materiais de construção.

O relatório também ampliou os redutores sociais. Na versão enviada pela Fazenda, seria aplicado um redutor de R$ 100 mil por bem imóvel. Os deputados criaram um redutor extra de R$ 30 mil para a compra de terrenos que tenham como destino o loteamento para a construção de residências populares, além de um redutor de R$ 400 para aluguéis. Esses redutores descontam o valor sobre o qual será calculada a tributação. O parecer da Câmara dos Deputados estabeleceu que eles deverão ser corrigidos pela inflação (IPCA).

Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Corrêa, houve avanço em alguns pontos do texto. “Porém, em relação à carga de impostos, a regulamentação se mostra insuficiente para a obtenção da neutralidade tributária, o que deve impactar o acesso à habitação, por exemplo”, disse.

Dúvida

Quanto ao pagamento de IVA sobre a locação de imóveis por pessoas físicas, o projeto prevê a não incidência, desde que o imóvel não seja utilizado predominantemente em suas atividades econômicas.

“A locação normal não está sujeita ao IBS e ao CBS”, afirma Marcel Alcades, sócio da área tributária do escritório Mattos Filho. No entanto, ele aponta que essa redação gera dúvidas, especialmente para aqueles cuja maior fonte de renda são os aluguéis de imóveis. “Por exemplo: um aposentado que recebe R$ 2 mil por mês de aposentadoria, mas tem cinco imóveis alugados. Logicamente que a maior parte da renda dele vem dos imóveis. Do jeito que o texto está redigido, ele abre caminho para essa pessoa ser tributada”, diz Alcades, alertando que esse ponto pode gerar judicialização.

Texto cria a figura do ‘nanoempreendedor’

Os deputados do grupo de trabalho para regulamentação da reforma tributária decidiram criar mais um limite de isenção tributária, desta vez voltada aos “nanoempreendedores” – aqueles que faturam até R$ 40,5 mil de receita bruta por ano.

“Criamos novas possibilidades. O nanoempreendedor é uma inovação. Hoje, o MEI é isento até R$ 81 mil. O nanoempreendedor ficará isento até R$ 40,5 mil”, disse o deputado Moses Rodrigues (União Brasil-CE).

“Muitas pessoas defenderam que os nanoempreendedores, aqueles que vendem de porta em porta, não fossem tributados pelo IVA (Imposto sobre Valor Agregado, que unificará cinco tributos). Aqueles que vendem produtos da Avon e da Natura, por exemplo. Isso foi atendido”, disse Hildo Rocha (MDB-MA).

Segurança

O principal objetivo da mudança, de acordo com técnicos da consultoria da Câmara, foi dar maior segurança às pessoas físicas que atuam como revendedoras. Isso porque o Fisco, ao verificar a contabilidade da empresa, poderia chegar ao empreendedor e isso poderia gerar uma autuação. Com a nova isenção do IVA, eles alegam que não haverá esse risco.

Segundo o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), outro integrante do grupo de trabalho, após a entrega desse texto inicial começará o diálogo dentro das bancadas partidárias para a alteração do parecer.

O Estado de S.Paulo - SP   08/07/2024

A Aelo realizou ainda outra pesquisa, em parceria com a ECCONIT Consultoria Econômica, que ajuda a traçar um amplo perfil do mercado de loteamentos urbanos no Brasil. Essa envolve um grupo de economistas com larga experiência em estudos setoriais com foco na construção civil e foi realizada entre os meses de setembro e dezembro.

Com base em uma amostragem de 67 empresas loteadoras distribuídas pelo País, obteve-se um perfil que revela que o Estado de São Paulo ainda concentra a maioria dos empreendedores do setor. Do total, São Paulo concentra 50% dessas empresas, seguido por Minas (18,2%), Goiás (6,1%), Bahia (6,1%) e Ceará (3%). Pelo segmento de atuação, 40 dessas empresas atuam no ramo de loteamentos fechados, 53 de residenciais abertos e 20 de loteamentos mistos.

Estima-se que o número de lotes lançados em 2023 teve queda de 10% em relação a 2022, passando de 111.131 para 100.002 lotes em nível nacional. A pesquisa da ECCONIT revelou valores médios do metro quadrado praticados nos últimos dois anos no País, de R$ 397 para loteamentos abertos e R$ 626 nos loteamentos fechados. A média de lotes por empreendimento é de 826.

A pesquisa também apontou que, nos últimos dois anos, 9,6% dos contratos de loteamentos foram objeto de distrato. No caso do Estado de São Paulo, esse indicador foi de 8,8%.

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Em nível nacional, a pesquisa indicou que o tempo médio de aprovação dos empreendimentos, considerando todas as etapas, é de 43,3 meses nos últimos 5 anos. No Estado, esse prazo médio é de 46.8 meses. Já o tempo médio de venda dos lotes a partir do lançamento foi estimado pela ECCONIT em 29,4 meses nos últimos cinco anos em termos nacionais. Em São Paulo, esse tempo é um pouco superior: 30,6 meses. Das empresas pesquisadas, 64,1% apontaram a aprovação pelas prefeituras como principal fator de demora na aprovação dos projetos, seguido pelo licenciamento ambiental (29,9%) e registro dos empreendimentos (6%).

De acordo com a pesquisa da ECCONIT, os custos com infraestrutura são os que mais afetam o valor final dos lotes. Os dados indicam que 4,04% desses gastos são com infraestrutura, 20,7% com serviços terceirizados, 18,6% com insumos e 4,8% com compensações ambientais.

Quando questionados sobre as principais dificuldades para os negócios, os loteadores apontam majoritariamente para as questões burocráticas e de aprovação dos projetos. Segundo a pesquisa, 96,9% dos entrevistados disseram que o maior entrave atualmente para o setor é o excesso de burocracia em diferentes instâncias de governo. Outros obstáculos mencionados foram dificuldades com as concessionárias, falta de financiamento à atividade, custo dos terrenos, carga tributária elevada e falta de mão de obra.

A partir dos dados, a ECCONIT definiu algumas sugestões de ações necessárias para os empreendedores do mercado de loteamentos. Entre elas destacam-se a definição de regras claras e objetivas de responsabilização dos agentes envolvidos, a maior integração entre as esferas de governo e entre os entes municipais responsáveis pela análise dos projetos, transparência e digitalização dos processos e busca de linhas de crédito para obras de infraestrutura urbana.
Metro quadrado mais valorizado ainda é da região metropolitana

No caso de loteamentos abertos, o maior valor do metro quadrado foi registrado na região metropolitana de São Paulo (R$ 795), seguida por Franca (R$ 705), Campinas (R$ 703) e São José dos Campos (R$ 677). Para comercialização de áreas em loteamentos fechados, o metro quadrado médio mais caro foi apurado na região de Franca ( R$ 1.412). Depois aparecem as regiões metropolitanas de São Paulo (R$ 1.381), Ribeirão Preto (R$ 1.034) e Campinas (R$ 1.004) – todos acima da média do Estado.

O estudo “Mercado de Loteamentos”, também com foco no Estado, revela que, com relação a vendas no quarto trimestre de 2023, houve um aumento de 22% na região na comparação com o trimestre anterior. O preço médio do metro quadrado é de R$ 573 nos loteamentos abertos e de R$ 958 nos fechados. Do total de unidades lançadas , 69,7% são de terrenos em loteamentos abertos e 30,3% em loteamentos fechados.

Agência Brasil - DF   08/07/2024

O governo federal financiará a entrada da compra de imóveis na faixa 3 do programa federal Minha Casa, Minha Vida (MCMV) aos moradores do Rio Grande do Sul que perderam ou tiveram as habitações comprometidas pelas as enchentes de maio.

O governo federal custeará até R$ 40 mil do valor de entrada do financiamento habitacional. A medida busca agilizar o atendimento às famílias desalojadas. O anúncio foi feito pelo ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, em reunião com prefeitos, em Porto Alegre (RS), nessa quinta-feira (4).

Pimenta explicou que prefeituras e o governo estadual também poderão contribuir para ampliar o valor subsidiado aos desabrigados pelas chuvas.

Na faixa 3 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), a família a ser beneficiada com o financiamento do imóvel precisa ter renda mensal bruta entre R$ 4.400,01 e R$ 8 mil, nas áreas urbanas. Para localidades rurais, a renda familiar anual deve ser entre $ 52.800,01 e R$ 96 mil.

Uma portaria do Ministério das Cidades com os detalhes do programa deve ser publicada na próxima semana.
Faixa 1 e 2 do MCMV

O anúncio do custeio de até R$40 mil por habitação da faixa 3 do MCMV se soma às compras pelo governo federal de imóveis já prontos, novos e usados, destinados a famílias desalojadas pelas enchentes, das faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Nesse caso, a renda familiar mensal deve ser de até R$ 4.400. O cadastramento das famílias aptas a receber o imóvel é realizado pelas prefeituras, em site específico da Caixa Econômica Federal. O limite do valor de compra e venda é de até R$ 200 mil por imóvel. Essas moradias serão custeadas integralmente pelo governo federal.

O ministro Paulo Pimenta estima que as primeiras entregas devem ocorrer ainda neste mês.  “Nós queremos entregar, ainda no mês de julho, as primeiras 2 mil casas. O presidente Lula determinou que as pessoas que se enquadram nas faixas 1 e 2 do Minha Casa Minha Vida tenham 100% do imóvel custeado pelo Governo Federal.”

Até o momento, o banco público já recebeu a oferta de cerca de 4,7 mil unidades habitacionais, O cadastramento de imóveis pode ser feito pelo site do Minha Casa Minha Vida - Reconstrução. A Caixa realizará vistorias nas habitações e, quando aprovadas, destinará as moradias ao socorro dos desalojados.

Pelas regras do programa, podem ofertar imóveis proprietários particulares (pessoas física e jurídica) de imóveis novos ou usados; construtoras com imóveis em estoque; instituições financeiras com ativos mantidos para venda; empresas do ramo da construção civil com imóveis em estoque ou em fase de finalização em até 120 dias.

Os imóveis usados devem estar disponíveis para ocupação imediata e sem qualquer restrição para a venda. Unidades em construção devem estar finalizadas e legalizadas para entrega em até 120 dias, a contar da disponibilização ao programa.
Imóveis Rurais

Outra medida adicional é a construção de 2 mil unidades habitacionais em áreas rurais atingidas pelos desastres naturais no estado. O Ministério das Cidades tem recebido propostas de entidades e sindicatos rurais interessados em fazer a construção dos imóveis. O governo pagará até R$ 86 mil para construção de cada uma das moradias rurais.

A medida contempla, exclusivamente, as famílias identificadas que tiveram moradias destruídas ou interditadas definitivamente em função dos desastres climáticos, em áreas rurais de municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública, formalmente reconhecidos pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

Valor - SP   08/07/2024

Empresa lançou um produto com grafeno, um nanomaterial de carbono, que pode ser adicionado em pastas de cimento, argamassas e concretos

A Gerdau Graphene, startup do grupo Gerdau que foi pioneira no desenvolvimento e comercialização de produtos com nanomateriais de carbono, como o grafeno, está se posicionando para disputar um mercado de R$ 1,1 bilhão na construção civil.

Com o lançamento de uma dispersão de grafeno à base de água, que pode ser adicionada em pastas de cimento, argamassas e concretos, a empresa põe na rua uma nova linha de produtos dedicados a essa indústria, motivada também pelo reaquecimento do setor. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que previa aumento de 1,3% do produto interno bruto (PIB) do setor em 2024, elevou sua estimativa para 2,3%.

“Nosso cliente [potencial] está em toda a cadeia da construção civil, desde a construtora até a concreteira”, diz a diretora de inovação da Gerdau Graphene, Valdirene Peressinotto.

Conforme a executiva, a linha de produtos com grafeno em dispeção aquosa vai mirar, inicialmente, em um mercado estimado em R$ 300 milhões. Desde o ano passado, contudo, a empresa já oferecia outra solução para a construção civil, uma adição mineral ainda sem grafeno, cujo mercado potencial é de R$ 800 milhões.

Além de contribuir para o menor consumo de água e outros materiais, o aditivo de grafeno confere maior desempenho ao concreto de alta consistência e proporciona ganhos de resistência e durabilidade.

Mais resistente que o aço e bom condutor térmico, o grafeno é composto 100% de carbono e pode ser aplicado em diferentes materiais. Por enquanto, o portfólio da Gerdau Graphene atende aos mercados de tintas e vernizes, polímeros (sobretudo resinas termoplásticas) e construção civil. Mas a empresa planeja trabalhar também com óleos e lubrificantes no futuro.

Com sete produtos hoje e planos de chegar a dez até o fim do ano, a Gerdau Graphene, que nasceu dentro da Gerdau Next, braço de novos negócios do grupo siderúrgico, tem o maior portfólio comercial do mundo de produtos com grafeno, material desenvolvido há apenas 20 anos.

A empresa ainda não revela volume de vendas e receitas, mas prevê alcançar o ponto de equilíbrio entre receitas e despesas (“breakeven”) entre o fim deste ano e o início do ano que vem. De acordo com o diretor de Novos Negócios da Gerdau Next, Elder Rapachi, a Gerdau Graphene responde pelo maior desembolso em pesquisa e desenvolvimento da operação.

“O que foi feito na Graphene é inédito no mundo, por conseguir usar o grafeno e transformá-lo em um produto comercial”, afirma o executivo. Mais de dez empresas compõem a Gerdau Next, criada em 2021 com o objetivo de diversificar o portfólio da siderúrgica para segmentos correlatos ao aço.

Rodoviário

Monitor Digital - RJ   08/07/2024

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou as condições de apoio para as concessões da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares, MG, e no trecho da BR-040 conhecido como Rota dos Cristais, que liga a capital mineira ao entroncamento com a BR-050, em Goiás. Os leilões das duas rodovias estão marcados para os dias 29 de agosto e 26 de setembro deste ano, respectivamente.

As concessões têm como objetivo a implementação de projetos de recuperação, implantação de melhorias e ampliação da capacidade de tráfego, além de conservação, manutenção e operação das rodovias. Ambas terão prazo de 30 anos e, somadas, representarão investimentos superiores a R$ 10 bilhões nos dois estados.

Após uma tentativa no ano passado, o projeto de concessão da BR-381 foi remodelado, com escopo redesenhado e aumento do retorno, considerando as dificuldades geológicas do trajeto a ser concedido. A expectativa é que a revitalização e melhorias previstas proporcionem maior fluidez e segurança na via, conhecida por seu alto número de acidentes.

A Rota dos Cristais, por sua vez, inaugura a Quinta Etapa do Programa de Concessões de Rodovias Federais, que implementa diversos aprimoramentos regulatórios desenvolvidos a partir das experiências anteriores. Esta nova fase também busca incorporar inovações tecnológicas, tais como o sistema de cobrança eletrônica free flow, isto é, sem necessidade de parada em cabines ou barreiras físicas, e o desconto na tarifa para veículos com tag, dispositivo de detecção para pagamento para pagamento automático.

O Governo Federal, na esteira do Novo PAC, dispõe de uma carteira de projetos de novas 32 concessões rodoviárias federais com expectativa de serem leiloadas até 2026. Elas se somam às concessões estaduais em estruturação, reforçando as perspectivas de crescimento ao setor.

“A divulgação antes dos leilões das condições financeiras indicativas oferecidas pelo BNDES reduz a incerteza, favorecendo a competição nas disputas”, explicou a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa. “O Banco tem sido decisivo para que o notável amadurecimento do setor, que vive um novo ciclo de investimentos, financiando os principais projetos e estruturando concessões”.

Em caso de efetivação do apoio, o vencedor do leilão poderá, a seu critério, aderir ou não às condições propostas antecipadamente pelo BNDES ou às condições vigentes na ocasião da aprovação da operação. “As cartas mostram a disposição e o compromisso do BNDES com o pipeline de investimentos das concessões rodoviárias federais, ajudando a viabilizar o apoio a esses investimentos”, ressaltou o superintendente de Infraestrutura do BNDES, Felipe Borim.

CNN Brasil - SP   08/07/2024

O grupo CCR vai investir R$ 250 milhões na recuperação das rodovias que administra no Rio Grande do Sul. As obras serão executadas pela concessionária ViaSul na BR-386, na BR-448 e na BR-290 (Freeway).

Os trabalhos compreendem a recuperação de encostas comprometidas, a restauração de pontes e recomposição do asfalto danificado após as enchentes que devastaram o estado.

A previsão da CCR é que os trabalhos sejam concluídos até o começo do segundo semestre de 2025.

Das três estradas, a mais afetada foi a BR-386, conhecida como Rodovia da Produção, uma das ligações mais importantes entre Porto Alegre e o interior gaúcho. Durante as chuvas, ela teve mais de 100 pontos de desabamento de encostas, das quais 20 classificadas como críticas.

Em diversos pontos ao longo dos 473,4 quilômetros de concessão da ViaSul, a qualidade do pavimento ficou comprometida pelas inundações. Além disso, uma ponte sobre o rio Taquari foi severamente afetada pela força da correnteza.

O grupo CCR informou à CNN que duas apólices de seguro estão sendo acionadas. A primeira delas visa compensar danos materiais e de infraestrutura. Outra diz respeito aos lucros cessantes, ou seja, à perda de receitas com a suspensão da cobrança de pedágio na BR-386.

Mesmo assim, acrescentou a companhia, não está descartado um pedido posterior de reequilíbrio econômico-financeiro da concessão à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

A sinalização dada pelo governo federal, segundo a CCR, é de que se trata de um evento de “força maior” (as inundações no Rio Grande do Sul). Isso ensejaria uma compensação contratual, o que pode ocorrer via aumento de tarifas ou alongamento do prazo de concessão, por exemplo.
Infraestrutura resiliente

Os trabalhos de recuperação das rodovias pela ViaSul vão incorporar premissas de uma infraestrutura mais resiliente às mudanças climáticas. Rompe-se, assim, a mera lógica de reprodução da engenharia usada no século 20.

Boa parte das encostas era revestida com cobertura vegetal para evitar a erosão do solo. Diante do contexto atual, os novos taludes serão concebidos com estruturas de contenção mais robustas, tornando essas estruturas mais resistentes ao novo regime de chuvas.

As obras darão continuidade às ações que a ViaSul vem implementando desde o início de maio, quando precisou liberar emergencialmente as pistas com segurança para o fluxo de veículos.

Com a redução do nível de precipitação de chuvas, a partir do dia 2 de maio, a concessionária  se mobilizou para iniciar os trabalhos de liberação das pistas. Uma série de ações foi executada nesta etapa, como vistoria geotécnica, desvio das águas, análises de topografia, escavação de alívio, implantação de barreiras e sondagens, e limpeza e desobstrução das vias.

No dia 7 de maio, segundo a CCR, todas as rodovias já estavam em plenas condições de tráfego para qualquer tipo de veículo, ainda que com restrição de velocidade, possibilitando que cidades inteiras que estavam ilhadas pudessem receber ajuda humanitária.

NAVAL

O Estado de S.Paulo - SP   08/07/2024

O Estado de São Paulo pode ganhar um “home port” para receber os transatlânticos de cruzeiro que viajam pelo mundo. A prefeitura de São Sebastião, no litoral norte, negocia com o governo do Estado tirar o projeto do papel.

“Vai funcionar como um aeroporto, com check-in para os passageiros e alfândega, mas um aeroporto de navios, com píer e berços (terminais) de partida e chegada. Hoje, os navios de cruzeiro enfrentam limitações para ancorar na costa paulista”, disse o prefeito Felipe Augusto (PSDB).

O município de São Sebastião está entre dois dos maiores polos econômicos do País, São Paulo e Rio de Janeiro, e já é um dos principais destinos turísticos do Estado, com mais de 50 praias.

Os navios turísticos, no entanto, só passam pelo litoral na alta temporada, que vai do final de novembro ao início de abril. O home port, segundo o prefeito, atrairia esse turismo durante o ano todo. “Agora, por exemplo, estamos no inverno, mas o mar está bem azul e com sol pleno, sem uma nuvem no céu. É o período perfeito para as viagens de navio”, disse.

Home port, ou porto de origem na tradução do inglês, é o local de partida e chegada dos navios de passageiros para viagens de ida e volta.O projeto da prefeitura prevê a instalação da estrutura, que inclui o terminal de passageiros, depósitos de suprimentos e berços de atracação, na Praia Grande, na região central da cidade.Será construído um túnel para acesso ao píer, que terá também heliporto. Ainda não há prazo para o início das obras.

No home port, segundo o prefeito, os navios terão serviços de reabastecimento, o que permitirá que seja usado pelos transatlânticos europeus que viajam para Uruguai, Argentina e Chile.

Os passageiros terão acesso a estacionamento, serviços de hotelaria, free-shopping, aquário e museu, além de espaços de lazer. “Vamos receber o turista europeu de cruzeiro que viaja para outros destinos durante o inverno lá”, detalhou.

Augusto já visitou instalações semelhantes em outros países e apresentou o projeto de São Sebastião em Miami, nos Estados Unidos.

No Brasil, estão em fase de execução os projetos do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, e do BC Port, em Balneário Camboriú (SC).

Em São Paulo, os navios de cruzeiro fazem escala em Ilhabela e podem receber passageiros em Santos, mas apenas durante a temporada. “Santos tem o porto com foco em cargas, então há um segmento de passageiros de cruzeiros que podemos atender”, disse.

A expectativa é de que o home port paulista atraia 700 mil turistas de cruzeiros por ano.

“No mundo são mais de 100 navios de turismo e, tendo navio o tempo todo, não só na temporada, vamos atender a capital, a Grande São Paulo, todo o interior e estados vizinhos. Quem mora em São Paulo, Campinas e Jundiaí vem de carro, pega o navio, faz a viagem pela costa brasileira e depois volta para casa. O turista de Araçatuba ou Campo Grande (MS) pode vir de avião até São José dos Campos e pegar um carro. É uma logística bem simples”, explicou.

O plano inicial projeta o primeiro berço com capacidade até para navios como o Icon of the Seas, da Royal Caribbean International, o maior navio de passageiros do mundo, com 365 metros de comprimento.

O projeto prevê que o homeport pode ampliar a capacidade para receber até quatro navios juntos. Inicialmente, segundo o prefeito, será atendido um transatlântico por vez.

O projeto foi apresentado ao governador Tarcísio de Freitas durante visita dele à cidade do litoral, no início de junho, para o 7º Conexidades.

“Que bom seria se a gente trouxesse para cá um receptivo para turistas, para navios de cruzeiros. Tenho certeza de que cabe em São Sebastião. Daqui a pouco vamos inaugurar os Contornos da Tamoios e a logística vai melhorar”, disse Tarcísio, ao discursar no evento. A obra, que facilita o acesso ao litoral norte, deve ser inaugurada em novembro deste ano.

Segundo o prefeito, o governador manifestou interesse em encampar a proposta. “Já entregamos o projeto ao secretário de Turismo do Estado, Roberto de Lucena, e agora vamos definir qual a modalidade a ser adotada para implantação, se por meio de Parceria Público Privada (PPP) ou Estado, ou ainda Estado e município”, explicou.

A Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP) informou que o corpo técnico da pasta, juntamente com o município de São Sebastião, estuda os aspectos técnicos e de negócios do projeto do Home Port, proposto pelo município. A pasta não citou prazo para a conclusão do estudo.

A Tribuna - SP   08/07/2024

A Portos RS, que administra os portos do Rio Grande do Sul, começou na quarta-feira (3) a dragagem urgente de recuperação do trecho mais crítico do canal de acesso ao Porto do Rio Grande. A obra está sendo executada dentro de um contrato entre a Portos RS e a empresa Van Oord.

A gestora do porto diz que serão investidos R$ 21,5 milhões para a retirada de 593 mil metros cúbicos de sedimentos e a previsão é de que o serviço seja concluído em até 20 dias.

As enchentes contribuíram para o assoreamento da hidrovia e do canal de acesso ao Porto do Rio Grande. No entanto, esta obra compreenderá apenas um trecho de aproximadamente três quilômetros. Uma dragagem mais ampla deverá ser realizada em breve para o restabelecimento das profundidades, explica a Portos RS.

Monitor Digital - RJ   08/07/2024

Nesta segunda-feira (8), a Transpetro anunciará a licitação para os primeiros navios do programa de ampliação e renovação da frota da companhia, subsidiária da Petrobras. Hoje, a Transpetro possui 26 navios próprios, e a Petrobras tem mais de 100 embarcações estrangeiras afretadas. O anúncio finalmente concretiza promessa feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda durante a campanha eleitoral.

Já faz mais de um ano quando Sérgio Bacci, presidente da maior subsidiária da petrolífera, concedeu sua primeira entrevista coletiva em que garantiu que a empresa quer mais navios próprios, e pretendia, inclusive, realizar concursos públicos.

Sobre o financiamento desses navios, o executivo afirmou que virá dos recursos do Fundo de Marinha Mercante via BNDES. “Não vou reeditar o Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef)”, avisou o executivo, em maio de 2023. Os 26 navios que compõem hoje a frota própria da Transpetro foram construídos via Promef.

Três meses depois, em agosto de 2023, Bacci informou que a Transpetro iria lançar um edital para contratar 25 navios, que serão construídos no Brasil, para ampliar sua frota própria. O lançamento do edital, previu na ocasião, durante a feira Navalshore, deveria acontecer em janeiro de 2024.

Destravar a construção de navios no Brasil pela Petrobras e combater o afretamento exagerado de petroleiros e gaseiros construídos e registrados em outros países são as duas bandeiras do Fórum pela Retomada da Construção Naval, realizado em fevereiro de 2024, no Rio de Janeiro.

“O afretamento se tornou regra na Petrobras e vem causando danos ao Brasil na geração de empregos locais e no desenvolvimento da economia, além de nos deixar perigosamente dependentes de outros países e vulneráveis em situações de crise internacional”, alertou o Fórum, em reunião das entidades participantes no Centro do Rio de Janeiro, para discutir as bases para uma ampla mobilização nacional.

“Não é possível que o Brasil continue à mercê de gerentes de escalão inferior com motivações equivocadas, que não seguem a legislação e se mostram incapazes de perceber os danos que estão causando ao País”, observou o presidente do Sindmar e da Conttmaf, Carlos Müller.

O dirigente sindical fez um alerta ao comentar as declarações que o presidente Lula vem fazendo desde o período da transição governamental, nas quais ressalta a importância de a construção naval e a marinha mercante caminharem juntas.

“A maior empresa do Brasil, que responde por 70% de todas as cargas movimentadas na costa do País, não está alinhada com o crescimento da frota em bandeira brasileira”, avaliou, então, Müller, acrescentando que o plano estratégico da Petrobras não previa ações para reduzir a dependência externa.

A mudança de comando na petroleira, com a saída de Jean Paul Prates e a posse de Magda Chambriard como presidente, parece ter ajudado a destravar os planos. Magda realizou, nos últimos dias, várias trocas nas gerências executivas da estatal, o que deve agilizar a política de encomendas de embarcações e plataformas.

Valor - SP   08/07/2024

Portaria deverá estabelecer os critérios para emissão de papéis incentivados e de infraestrutura, novo instrumento, criado em janeiro deste ano, que dá incentivo fiscal ao emissor

O Ministério dos Portos e Aeroportos publicou nesta sexta-feira no Diário Oficial da União a abertura de consulta pública de 15 dias da minuta de portaria que estabelece os critérios para emissão de debêntures incentivadas e de infraestrutura, novo instrumento, criado em janeiro deste ano, que dá incentivo fiscal ao emissor.

A minuta estabelece que são prioritários em logística e transportes projetos de hidrovias; portos, inclusive de uso privado, estações de transbordo de carga e instalações portuárias de turismo; e aeródromos e instalações aeroportuárias de apoio, exceto privados de uso privativo. Esses projetos precisam ser fruto de contrato de concessão, arrendamento ou autorização e devem contemplar ações de implantação, ampliação, recuperação, adequação ou modernização.

A minuta estabelece ainda que se enquadram como prioritárias “ações e intervenções complementares ao projeto de investimento que tenham a finalidade de reduzir ou mitigar emissões de gases de efeito estufa”, mas pontua que serão “sujeitos a aprovação ministerial prévia”.

Segundo o texto submetido à consulta pública, o valor da emissão poderá ser no máximo equivalente às despesas de capital dos projetos, incluindo outorga e aportes em contas vinculadas.

Projetos desenvolvidos no âmbito dos contratos de arrendamento e concessões federais e de concessão de serviço público de titularidade dos entes subnacionais estão dispensados de aprovação ministerial prévia. Os demais precisam consultar o órgão antes, conforme a minuta.

O texto destaca que os benefícios sociais ou ambientais do projeto estarão sempre entre os critérios avaliados pelo ministério. Estabelece ainda que o projeto só será considerado aprovado após publicação de portaria específica do Ministério de Portos e Aeroportos detalhando todo o programa. Essa portaria terá vigência de dois anos.

A fiscalização da “implementação física dos projetos” ficará a cargo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

PETROLÍFERO

Portal Fator Brasil - RJ   08/07/2024

Investimento total de R$ 465 milhões, no total foram substituídos 68 quilômetros de dutos no trecho do Oleoduto Paulínia (Replan) ao Terminal Terrestre de Barueri (SP).

A Transpetro inaugurou no dia 05 de julho (sexta-feira) um novo trecho do Oleoduto Paulínia-São Paulo (Opasa 16), em São Paulo (SP). O empreendimento teve investimento de R$ 465 milhões e substituiu 68 quilômetros de tubos do ativo que liga a Refinaria de Paulínia (Replan) ao Terminal Terrestre de Barueri. A nova infraestrutura aumenta a segurança, a eficiência operacional e traz avanços tecnológicos que permitem aumentar em até 60% a capacidade de movimentação.

Essa é a maior obra de engenharia de dutos terrestres realizada no Brasil nos últimos dez anos. O projeto foi conduzido integralmente pelas equipes técnicas da Transpetro, com o apoio da Petrobras, e foi concluída em 15 meses, com 25 frentes de serviço simultâneas, criação de 670 empregos diretos, 197 equipamentos mobilizados, e substituição de 5.682 tubos.

—A inauguração do novo duto Opasa representa um marco na infraestrutura de transporte de combustíveis no Brasil. Na última década, não tivemos histórico no país da construção de um duto terrestre similar, com essa extensão e tecnologia. Além de possibilitar a geração de frentes de emprego, a execução de uma obra tão complexa como essa, conduzida por trabalhadores e trabalhadoras da Transpetro, evidencia nossa capacidade técnica única e expertise tecnológica. A Transpetro está comprometida em ser uma empresa com soluções logísticas cada vez mais eficientes, gerando valor tanto para a sociedade quanto para nossos clientes —ressaltou o presidente da companhia, Sérgio Bacci.

O novo empreendimento substituiu o duto original por nova estrutura dotada de tecnologias mais avançadas de revestimento e isolamento térmico. A nova condição possibilita ainda ampliar em até 60% a capacidade do oleoduto, de aproximadamente 200 milhões de litros por mês para movimentação de óleo combustível. A entrega deste projeto complementa uma primeira etapa de obras, quando foram substituídos 31 quilômetros de tubos do Opasa 16.

—Nossas equipes foram responsáveis por todas as fases da obra, desde o projeto de engenharia até a etapa de construção e montagem. Tivemos 25 frentes de serviço simultâneas em nove municípios entre Paulínia e Barueri, com 670 empregos diretos durante a execução. Essa inauguração reforça o objetivo da companhia de assegurar maior confiabilidade, disponibilidade operacional e movimentação mais eficiente, nesse caso para a Replan, maior refinaria do país. Garantir o escoamento seguro e eficiente do óleo de combustível produzido na Replan é também garantir os níveis de produção e escoamento dos demais derivados, como a gasolina e o diesel, que são tão essenciais para a nossa economia —destacou o diretor de Dutos e Terminais, Márcio Guimarães.

—A obra de substituição do Opasa 16, conduzida com excelência pelo time da Transpetro, faz parte do Portfólio de investimentos da Petrobras que garantem a Logística como um diferencial competitivo da Companhia. Temos buscado oportunidades semelhantes em todo o país, integrando de forma segura e eficiente todos os elos da cadeia produtiva para gerarmos valor para nossos clientes e para a sociedade, contribuindo para a geração de emprego e renda e ajudando no crescimento do país —afirmou o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Cláudio Schlosser.

O Estado de S.Paulo - SP   08/07/2024

A incidência do imposto seletivo, conhecido como “imposto do pecado”, sobre o petróleo deve causar um aumento de 0,11 ponto porcentual no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial que mede a inflação no País. Os cálculos são de um estudo da consultoria LCA encomendado pelo Instituto Pensar Energia, e obtido pela Coluna do Estadão.

O grupo de trabalho da regulamentação da reforma tributária na Câmara apresentou seu relatório na última quinta-feira, 04, com a inclusão do imposto do pecado sobre petróleo. O texto ainda precisa ser aprovado em plenário antes de seguir para o Senado.

“A taxação da indústria de petróleo e gás natural pelo imposto seletivo é uma aberração. Em vez de coibir um comportamento danoso à sociedade, acabará asfixiando um setor produtivo”, afirmou o presidente do Instituto Pensar Energia, Marcos Cintra, que é executivo do setor de petróleo, gás e energia.

AGRÍCOLA

O Estado de S.Paulo - SP   08/07/2024

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta sexta-feira, 5, que o Plano Safra 2024/25, lançado na quarta pelo governo federal, tem 40% mais recursos comparados ao do governo anterior, elaborado ainda sob a gestão do então presidente Jair Bolsonaro. Para a safra que se iniciou em 1º de julho, o Ministério da Agricultura destinou R$ 400,59 bilhões para a agricultura empresarial, 10% mais do que a safra anterior, cuja política já havia sido estipulada pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Em discurso durante cerimônia de entrega de máquinas agrícolas na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), em Porto Alegre (RS), Fávaro disse ainda que os recursos para equalização de juros pelo Tesouro Nacional serão 32% maiores do que na safra 2022/23, ainda sob Bolsonaro, e 19,8% maiores do que a safra 2023/24.

“Teremos 40% mais recursos em um cenário de custos 23% mais baixos, conforme cálculos ponderados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)”, comemorou o ministro. “Com 40% mais recursos e 23% menos custos, certamente teremos um Plano Safra 63% mais eficiente e abrangente, com maior cobertura e mais disponibilidade de recursos aos produtores.”

Em relação às instituições financeiras que poderão operar as linhas do Plano Safra 2024/25, Fávaro disse que neste ano 25 vão trabalhar com o crédito rural subsidiado (ante 21 no ano passado), “para que o produtor tenha mais opções e competitividade”, disse o ministro.

O titular da Agricultura lamentou não ter conseguido “a amplitude desejada” nos recursos para o seguro rural no Plano Safra 2024/25. “Mas, em um momento de escolha (de distribuição dos recursos), a prioridade tem de ser o Rio Grande do Sul, que é o Estado que mais precisa.”

Fávaro lembrou que, no ano-safra passado, foram destinados ao Estado R$ 134,4 milhões para subvenção ao prêmio do seguro rural, em recursos ordinários. Este ano, este valor subiu 17%, para R$ 157,4 milhões. Em relação aos recursos extraordinários, o montante subiu 174%, para R$ 210,9 milhões. “Isso permitirá que o Rio Grande do Sul tenha, neste ano-safra, R$ 368,8 milhões só para o seguro rural.”

O ministro disse ainda que o número de produtores gaúchos que devem contratar a subvenção ao prêmio do seguro rural este ano suba para 26 mil, de 12 mil na safra passada, ou 117% mais. Já a área de abrangência coberta pelo seguro rural no Rio Grande do Sul deve saltar de 669 mil hectares em 2023/24 para 1,2 milhão de hectares. Quanto ao total assegurado, Fávaro citou que passará de R$ 5,5 bilhões em 2023/24 para R$ 11 bilhões em 2024/25 no RS.

Os porcentuais de subvenção ao prêmio do seguro rural no Rio Grande do Sul também foram aumentados, disse Fávaro. Para a soja, por exemplo, em municípios em situação de calamidade pública, a subvenção sairá de 20% para 40%. Para as demais culturas, de 40% para 60%.

“Nos municípios gaúchos em estado de emergência, a subvenção para o prêmio do seguro rural da soja sairá de 20% para 30%”, continuou o ministro. “Para as demais culturas, de 40% para 50%”, descreveu. “Esta é uma forma de dar um mínimo de segurança às famílias produtoras”, finalizou.

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