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07 de Dezembro de 2023

SIDERURGIA

Diário do Comércio - MG   07/12/2023

A desaceleração da economia chinesa está impactando a silvicultura no Estado, segundo a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri. “Os anos de 2020, 21 e 22 foram bons. Em 2023, sentimos o impacto, assim como várias outras atividades do agro”, analisa.

Ela explica que o mercado da madeira em Minas Gerais tem dois pilares importantes, um deles é a madeira destinada à produção de papel celulose. O outro é voltado para a produção do carvão vegetal que abastece a metalurgia, gusa, ligas e produção de aço.

A dirigente conta que o aumento da importação do aço, em especial o da China, está tendo reflexos negativos não só para as siderúrgicas nacionais, bem como para a atividade de silvicultura, cujo dia nacional é comemorado hoje (7).

Para Adriana Maugeri, uma das saídas é estabelecer, assim como foi feito pela União Europeia e nos Estados Unidos, uma taxa nos moldes do Mecanismo de Ajuste de Carbono na Fronteira (CBAM, da sigla em inglês para Carbon Border Adjustment Measure). De acordo com ela, a medida também iria incentivar a descarbonização.

De acordo com ela, grande parte do aço chinês que chega ao Brasil foi feito com maior emissão de gás de efeito estufa na comparação com o nacional, já que uma grande parcela do aço brasileiro é feita com carvão vegetal, com sucata. “O nosso aço é verde”, observa.

Apesar das dificuldades, a dirigente diz que a perspectiva das grandes empresas não é de prejuízo, já que o setor “é muito resiliente e historicamente já passou por muitas crises”.
2024

A presidente da Amif diz que está com receio dos rumos do próximo ano para a siderurgia nacional, se nada for feito com relação à concorrência com o aço estrangeiro, que, consequentemente, impacta o setor de carvão vegetal.

“O setor de celulose também está prevendo um ano difícil para 2024, já que justamente os mercados consumidores da commodity estão passando por dificuldades”, diz.

De acordo com ela, o preço da celulose está muito baixo, sendo um dos menores dos últimos anos. Dessa forma, o setor está fazendo ajuste de custos para se tornar mais competitivo.

“A indústria de embalagens é forte no Brasil. Só que o setor de celulose, assim como a questão do aço, está sofrendo com a invasão do papel imune que vem da Ásia”, frisa.

O Brasil é o maior exportador mundial de celulose e a produção de madeira em tora para papel e celulose foi recorde em 2022, atingindo 99,7 milhões de metros cúbicos. O segundo maior volume da série havia ocorrido em 2018, quando a produção alcançou 92,7 milhões de metros cúbicos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A dirigente diz que a silvicultura tem vários anúncios de investimentos previstos para o próximo ano que estão sendo avaliados neste momento. “Eles devem anunciar em 2024 alguma adaptação”, observa. Ela acrescenta que se governo se manifestar de forma positiva, todo o cenário temerário muda da noite para o dia.

Minas Gerais é o maior produtor e consumidor mundial de carvão vegetal, segundo a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri. “Isso é motivo de orgulho, porque ele é um dos principais insumos para a descarbonização”, observa.

O Estado responde por 87,7% do volume nacional, conforme dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com a dirigente, mais de 80% da produção é consumida no Estado, por causa do relevante parque siderúrgico. O restante do que é produzido vai para outros estados. “O carvão é utilizado tanto como fonte de calor quanto como biorredutor”, diz.
Estado tem a maior área de floresta plantada do País

O Estado possui a maior área cultivada de floresta plantada no Brasil: são mais de 2,3 milhões de hectares de florestas cultivadas em mais de 203 municípios do Estado. “Sessenta por cento desse total está na mão de pequenos e médios produtores, o que mostra o potencial de inclusão social da atividade, da fixação do homem no campo”, diz a presidente da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), Adriana Maugeri.

No País, são cerca de 10 milhões de hectares. A indústria florestal brasileira realiza o plantio de 1,5 milhão de árvores por dia, conforme dados da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).

No ano passado, o valor da produção florestal no País atingiu o recorde de R$ 33,7 bilhões, com alta de 11,9% em relação a 2021, e produção em 4.884 municípios. O valor da produção da silvicultura (florestas plantadas) continua superando o da extração vegetal, o que ocorre desde o ano 1998.

Minas Gerais continua com o maior valor da produção da silvicultura, que cresceu 2,6%, chegando a R$ 7,5 bilhões em 2022, ou 27,3% do total da silvicultura. Os dados são da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os 10 municípios com as maiores áreas de florestas plantadas do Brasil, cinco estão em Mato Grosso do Sul; três, em Minas Gerais; um, no Rio Grande do Sul; e um, na Bahia.
João Pinheiro

Na região Noroeste de Minas, João Pinheiro foi líder do ranking em 2021, sendo o terceiro município com maior valor da produção da silvicultura, gerando R$ 497,5 milhões e constituindo destaque nacional na produção de carvão, com 437,8 mil toneladas, apesar da redução de 7,8% em termos de volume, na comparação com o ano anterior.

O município tem a maior extensão territorial de Minas Gerais e população menor que 75 cidades do Estado. São 10.727,097quilômetros quadrados e 46.801 habitantes, conforme dados do Censo 2022, do IBGE.

ECONOMIA

Infomoney - SP   07/12/2023

O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 0,50% em novembro, desacelerando um pouco após ter avançado 0,51% em outubro, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (6) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice acumula queda de 3,91% no ano e de -3,62% em 12 meses. Em outubro de 2022, o indicador tinha mostrado queda de 0,18% em outubro, mas acumulava alta de 6,02% em 12 meses.

Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços do FGV/Ibre, a inflação ao produtor avançou no mês em resposta ao comportamento dos preços de commodities importantes, com destaque para o minério de ferro (de 2,81% para 3,07%), óleo diesel (de 2,33% para 4,14%) e farelo de soja (de 1,72% para 5,60%).

Além disso, vários serviços apareceram como maiores influências, especialmente os serviços bancários (de 0,12% para 2,19%).

“Já na construção civil, os preços de materiais, equipamentos e serviços arrefeceram, apresentando uma taxa de variação de 0,09% para -0,10%”, disse Braz em nota.
IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,63% em novembro, acelerando ante a alta de 0,57% no mês anterior. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,30% em outubro para 0,01% em novembro.

A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja variação passou de 0,07% para -1,50%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,35% em novembro, contra alta de 0,46% em outubro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,58% em outubro para 0,52% em novembro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 1,47% para 1,18%.

O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,39% em novembro, ante 0,41%, no mês anterior.
O estágio das Matérias-Primas Brutas teve alta de 1,42% em novembro, após variar 0,85% em outubro. Contribuíram para este movimento os itens: soja em grão (de -2,34% para 0,93%), leite in natura (-6,71% para -4,08%) e café em grão (0,20% para 5,70%).

Em sentido oposto, os destaques foram os itens: bovinos (de 8,33% para 0,26%), cana-de-açúcar (2,30% para 0,20%) e algodão em caroço (-2,44% para -4,38%).
IPC

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) desacelerou para 0,27% em novembro, ante 0,45% em outubro.

Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (de 4,07% para 1,38%), Transportes (-0,03% para -0,38%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,33% para -0,02%), Vestuário (0,19% para -0,11%) e Comunicação (-0,03% para -0,09%).

As principais contribuições para este movimento partiram dos itens: passagem aérea (24,87% para 6,56%), gasolina (-0,61% para -2,22%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,50% para -1,19%), roupas (0,12% para -0,27%) e tarifa de telefone residencial (-0,30% para -0,50%).

Em contrapartida, os grupos Alimentação (de 0,05% para 0,47%), Despesas Diversas (0,08% para 1,24%) e Habitação (0,00% para 0,29%) apresentaram avanço em suas taxas de variação.

Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: hortaliças e legumes (0,88% para 6,01%), serviços bancários (0,12% para 2,19%) e aluguel residencial (-0,83% para 0,62%).
Núcleo e índice de Difusão

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,33% em novembro, ante 0,30% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 33 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 23 apresentaram taxas abaixo de -0,04%, linha de corte inferior, e 10 registraram variações acima de 0,64%, linha de corte superior.

O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 54,52%, 1,94 pontos percentuais acima do registrado em outubro, quando o índice foi de 52,58%.
INCC

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,07% em novembro, ante 0,20% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de outubro para novembro: Materiais e Equipamentos (0,03% para -0,15%), Serviços (0,61% para 0,29%) e Mão de Obra (0,36% para 0,32%).

Globo Online - RJ   07/12/2023

No PIB divulgado ontem, o número mais preocupante foi o de investimento, o mais animador foi o de consumo. E eles têm explicação. Como se sabe, o Produto Interno Bruto teve um alta no terceiro trimestre com 0,1% em relação ao trimestre anterior. Apesar de ser muito pouco, indicar uma estagnação, foi melhor do que previa a maior parte do mercado. Dentro do indicador há números bons, mas um índice negativo chama especial atenção: a queda na taxa de investimento que representa o quanto está sendo destinado ao aumento da capacidade produtiva brasileira. A redução foi de 2,5% em relação ao trimestre anterior e de 6,8% comparado ao mesmo período do ano passado. O que explica a queda dos investimentos? Uma das principais razões é que os juros estão muito altos no Brasil. Como a inflação caiu, os juros estão no mesmo patamar.

Ontem, o ministro Fernando Haddad reclamou dos juros altos, e com razão. Apesar do ciclo de corte da Selic ter se iniciado em agosto, e juros virem caindo 0,5 ponto percentual a cada reunião, a previsão de inflação que começou o ano em 6% caiu para cerca de 4%. Caiu 1,5 ponto os juros, mas a inflação também caiu. Isso significa que em termos práticos, os juros reais não caíram. É o juro real que empresário vai calcular na hora de fazer investimento.

Isso explica, em parte a queda na taxa de investimento pelo quatro trimestre consecutivo. Outra razão são as incertezas na economia. Quando há mais previsibilidade na economia, tem mais investimento. O investimento depende de decisões, marcos regulatórios, e ainda há muita incerteza sobre a implementação das reformas propostas pelo governo. Está tudo muito confuso em relação as tentativas do governo de mudar o marco regulatório do saneamento, por exemplo.

A Reforma Tributária vai ser importante - mesmo que entre só 2026, 2027, 2028 - quando for totalmente aprovada, permitirá que os empresários façam as contas e verifiquem qual vai ser o retorno do capital.

O investimento precisa de ambiente de negócio e precisa de juros mais baixos. E os juros estão altos demais e o ambiente de negócios está mudando para melhor, mas ainda não está claramente definido. Há muita coisa a sendo discutida no Congresso, sendo alterada. Tudo isso junto faz com que o investimento se retraia.

Agora tem a notícia boa nesse PIB que é o aumento do consumo das famílias. Vi alguns analistas criticarem o crescimento “puxado pelo consumo”, mas isso é ótimo, significa que as pessoas estão tendo dinheiro para gastar. E porque que as pessoas estão tendo dinheiro? Porque a inflação caiu, aumentou a renda disponível das famílias, aumentou o salário mínimo, o valor e a extensão de programas sociais. Tudo isso se reflete em aumento de consumo, principalmente, de baixa renda, beneficia o Nordeste, por exemplo. Então é bom que o consumo das famílias cresça, mas não é bom que o investimento fique caindo.

Quando você olha outros números do país a previsão de crescimento era de 0,5%, no início do ano, agora a projeção dos economistas é de 3%. Então foi melhor que o esperado. O sinal do investimento caindo é ruim porque é um indicação de crescimento futuro, por isso preocupa.

O quarto trimestre deve se manter estagnado ou até cair um pouco. O crescimento da economia terá sido concentrado no primeiro semestre. Mas para o ano que vem há boas expectativas exatamente porque os juros vão continuar caindo. Os juros caindo afeta positivamente a indústria, a construção civil e pode continuar a alimentar o consumo das famílias com a ampliação do crédito.

Agência Brasil - DF   07/12/2023

As contas públicas fecharam o mês de outubro com saldo positivo, mas com redução de 45,4% na comparação com outubro do ano passado em razão do aumento de gastos do Governo Central em ritmo maior que o crescimento das receitas.

O setor público consolidado – formado pela União, pelos estados, municípios e empresas estatais – registrou superávit primário de R$ 14,798 bilhões no mês de outubro, ante superávit de R$ 27,095 bilhões em outubro de 2022.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Banco Central (BC). O superávit primário representa o resultado positivo das contas do setor público (despesas menos receitas), desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.

Em 12 meses – encerrados em outubro – as contas acumulam déficit primário de R$ 114,184 bilhões, o que corresponde a 1,08% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país).

Em 2022, as contas públicas fecharam o ano com superávit primário de R$ 125,994 bilhões, 1,27% do PIB.
Esferas de governo

Em outubro, a conta do Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) teve superávit primário de R$ 19,456 bilhões ante superávit de R$ 30,244 bilhões em outubro de 2022.

A variação negativa é resultado do aumento maior de despesas ante a arrecadação. A receita líquida subiu 0,6%, enquanto as despesas totais cresceram 10,1%, principalmente por causa do Bolsa Família e dos gastos com a Previdência Social.

O montante do déficit difere do resultado divulgado pelo Tesouro Nacional, de superávit de R$ 18,277 bilhões em outubro porque, além de considerar os governos locais e as estatais, o BC usa metodologia diferente, que leva em conta a variação da dívida dos entes públicos.

Já os governos estaduais registraram déficit no mês de outubro, de R$ 2,409 bilhões, ante déficit de R$ 3,209 bilhões em outubro de 2022. A melhora ocorreu em razão do crescimento de 7,3% das receitas com o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal fonte de arrecadação dos governos estaduais e municipais. As transferências da União para esses entes caíram 5%.

Os governos municipais também tiveram resultado negativo de R$ 1,443 bilhão em outubro deste ano. No mesmo mês de 2022, o déficit foi menor, de R$ 652 milhões para esses entes. Nesse caso, a redução das transferências da União explica a piora.

No total, os governos regionais – estaduais e municipais – tiveram déficit de R$ 3,852 bilhões em outubro de 2023, equilibrado diante do resultado negativo de R$ 3,861 bilhões no mesmo mês do ano passado.

As empresas estatais federais, estaduais e municipais – excluídas as dos grupos Petrobras e Eletrobras – tiveram déficit primário de R$ 805 milhões no mês de outubro, contra superávit de R$ 711 milhões no mesmo mês de 2022.
Despesas com juros

Os gastos com juros ficaram em R$ 61,947 bilhões em outubro deste ano, contra R$ 41,569 bilhões em outubro de 2022.

Nesse resultado, há os efeitos das operações do Banco Central no mercado de câmbio (swap cambial, que é a venda de dólares no mercado futuro) que nesse caso contribuíram para a piora da conta de juros na comparação anual.

Os resultados dessas operações são transferidos para o pagamento dos juros da dívida pública como receita quando há ganhos e como despesa quando há perdas.

No mês de outubro deste ano, a conta de swaps teve ganhos menores, de R$ 1,8 bilhão contra ganhos R$ 12,8 bilhões em outubro de 2022.

Por outro lado, na comparação interanual, a queda da inflação ajuda a reduzir os juros. Também contribuem para a evolução dessa conta o aumento do estoque da dívida em si e o efeito da taxa básica de juros, a Selic, em alta no período.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Banco Central elevou a Taxa Selic por 12 vezes consecutivas, em ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis.

Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. Em agosto deste ano, o BC iniciou o ciclo de redução e, hoje, a Selic está em 12,25%.

O resultado nominal das contas públicas – formado pelo resultado primário e os gastos com juros – aumentou na comparação interanual. Em outubro, o déficit nominal ficou em R$ 47,148 bilhões contra o resultado negativo de R$ 14,474 bilhões em igual mês de 2022.

Em 12 meses, o setor público acumula déficit R$ 834,292 bilhões, ou 7,88% do PIB. O resultado nominal é levado em conta pelas agências de classificação de risco ao analisar o endividamento de um país, indicador observado por investidores.
Dívida pública

A dívida líquida do setor público – balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 6,351 trilhões em outubro, o que corresponde a 60% do PIB.

Em setembro, o percentual da dívida líquida em relação ao PIB estava no mesmo patamar (R$ 6,310 trilhões), apesar do aumento nominal da dívida.

Essa estabilidade refletiu sobretudo os impactos dos juros nominais apropriados (aumento de 0,6 ponto percentual), do superávit primário (redução de 0,1 ponto percentual), da desvalorização cambial de 1% no mês (redução de 0,1 ponto percentual), e do efeito da variação do PIB nominal (redução de 0,4 ponto percentual).

Em outubro deste ano, a dívida bruta do governo geral (DBGG) – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 7,913 trilhões ou 74,7%, com aumento em relação ao mês anterior (R$ 7,826 trilhões ou 74,4% do PIB). Assim como o resultado nominal, a dívida bruta é usada para traçar comparações internacionais.

Infomoney - SP   07/12/2023

A balança comercial dos Estados Unidos teve déficit de US$ 64,3 bilhões em outubro, com alta de 5,1% ante o déficit de US$ 61,2 mil bilhões dm setembro (dado revisado), informou nesta quarta-feira (6) do Departamento do Comércio. O dado veio praticamente em linha com o consenso Refinitiv, que previa déficit de US$ 64,2 bilhões no mês.As exportações de bens e serviços dos EUA somaram US$ 258,8 bilhões em outubro, caindo 1%, ou US$ 2,6 bilhões ante o mês anterior, enquanto as importações aumentaram 0,2%, totalizando US$ 323,0 bilhões – US$ 500 milhões a mais que em setembro.

No acumulado do ano, o déficit de bens e serviços caiu US$ 161,4 bilhões (-19,8%) em relação ao mesmo período de 2022. As exportações cresceram 1,1% no ano e as importações caíram 4,0%.

O Estado de S.Paulo - SP   07/12/2023

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu insignificante 0,1% no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior e, no entanto, muita gente comemorou porque esperava uma desaceleração mais acentuada.

Outro motivo que puxou as comemorações foi o de que, apesar da queda já aguardada deste último trimestre, o avanço esperado para todo o ano de 2023 pode beirar os 3%, graças à impressionante disparada da agropecuária no primeiro trimestre, quando cresceu incríveis 12,5%.

Mas a questão central não passa por aí. Passa pelo que vem pela frente, que é o de um PIB especialmente medíocre. A força de arrasto, também chamada herança estatística (carry-over) para 2024 não deve ser superior a 0,3%. As projeções são de que 2024 não deve produzir crescimento maior do que 1,5%.

Pesam sobre esse resultado mais fraco o desempenho provavelmente negativo da agropecuária pelo impacto do El Niño em todo o território nacional e a queda dos preços das commodities. Mas conta, também, o mergulho tanto da poupança nacional quanto do investimento.

A poupança foi de 16,9% da renda no segundo trimestre e recuou para 15,7% no terceiro. Enquanto isso, o investimento caiu de 17,2% do PIB para 16,6%. Para que possa sustentar um avanço da atividade econômica de cerca de 3% ao ano, o investimento deverá ser de pelo menos 22% do PIB.

Tanto dentro do governo Lula quanto no PT, a explicação recorrente para a queda do investimento é o juro alto que estaria desestimulando a tomada de financiamentos, porque o retorno do capital aplicado mal compensa o custo dos empréstimos. Mas isso não é inteiramente verdadeiro. O investimento já foi bem mais alto, mesmo quando os juros básicos (Selic) estavam em 13,75% ao ano. Afora isso, os juros altos contribuíram para a queda da inflação e para a maior preservação do poder aquisitivo do brasileiro.

A principal explicação, tanto para o recuo da poupança nacional quanto do investimento, é a atual política econômica distributivista que vem dando prioridade ao consumo das famílias e ao avanço das despesas públicas. É a economia da mão pra boca, que vem ajudando a derrubar o desemprego, agora em 7,6% da força de trabalho no trimestre móvel terminado em outubro, menor nível desde fevereiro de 2015 – embora sem aumento significativo da produtividade da mão de obra, mas que não assegura impulso firme para o PIB futuro.

Esta não é a retomada de polêmica dos tempos do governo militar sobre o que é mais importante: garantir o crescimento do bolo ou comer o bolo. Trata-se de ter bolo para comer e, ao mesmo tempo, de garantir seu crescimento futuro.

O Estado de S.Paulo - SP   07/12/2023

Economia só voltará a crescer de forma consistente se houver mais investimentos e maior produtividade

O comportamento da economia brasileira voltou a surpreender no terceiro trimestre deste ano. Ainda que o resultado tenha sido tímido, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% ante o segundo trimestre – pouco, mas suficiente para animar os investidores, que esperavam uma variação negativa.

De acordo com a coordenadora de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Rebeca Palis, desta vez o agronegócio puxou a economia para baixo. Depois de impulsionar o PIB na primeira metade do ano, o agro caiu 3,3% no terceiro trimestre ante o período imediatamente anterior. Indústria e serviços cresceram 0,6%; e o comércio, 0,3%.

Na comparação interanual, no entanto, Palis destacou que o desempenho do agronegócio foi fundamental para impulsionar a economia como um todo. O PIB avançou 2% em relação ao terceiro trimestre de 2022; no mesmo período, o agro avançou 8,8%; a indústria, 1%; serviços, 1,8%; e o comércio, 0,7%.

Na ótica da demanda, o destaque positivo foi o consumo das famílias, que aumentou 1,1% entre o segundo e o terceiro trimestres e 3,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, os investimentos, medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), caíram 2,5% na margem e despencaram 6,8% na comparação interanual.

Nos dois casos, não houve surpresas. Como explicou o economista-chefe da Ágora Investimentos, Dalton Gardimam, trata-se do resultado de uma política econômica que privilegia o consumo e pune investimentos. No governo, no entanto, o resultado foi comemorado. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse que o País não crescerá menos de 3% neste ano.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, reconheceu que o PIB foi fraco, mas atribuiu o resultado às taxas de juros reais, que teriam atingido o nível mais alto em junho – antes, portanto, de o Banco Central (BC) iniciar o ciclo de redução da Selic, em agosto. “Com os cortes nas taxas de juros, nós esperamos que neste ano fechemos o PIB com mais de 3% de crescimento e esperamos um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem. Mas o BC precisa fazer o trabalho dele”, afirmou Haddad.

A reação do ministro é natural, mas injustificável. Sem a elevação dos juros, o País não teria debelado a inflação, que continua a assombrar economias mais desenvolvidas, como a norte-americana. Não é possível conter a inflação sem causar impactos na economia: é este, precisamente, o custo do controle dos preços.

Culpar os juros pelo baixo crescimento, no entanto, é ilusório. O passado prova que reduzir os juros de forma artificial não garante nada além de voos de galinha e preços elevados, que penalizam, sobretudo, os mais pobres. A economia não voltará a crescer de forma consistente sem aumento dos investimentos e da produtividade, o que requer reformas estruturais.

Ajudaria muito se as políticas monetária e fiscal remassem na mesma direção. É papel de Haddad aproveitar o resultado do PIB para convencer o presidente Lula da Silva sobre os riscos do aumento do gasto público e dos estímulos artificiais ao crédito.

IstoÉ Dinheiro - SP   07/12/2023

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, projetou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China deve ficar abaixo da marca de 4% em algum momento nos próximos anos, com consequências para a economia global. Georgieva participou de evento no think tank Council on Foreign Relations, em Washington D.C., nos EUA.

De qualquer forma, Georgieva considera que o governo chinês dispõe dos instrumentos necessários para assegurar a retomada da atividade chinesa a uma trajetória mais robusta.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   07/12/2023

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian subiram nesta quarta-feira, impulsionados por dados econômicos positivos e pela demanda persistentemente forte, e à medida que as preocupações com a supervisão dos mercados pela China para garantir a estabilidade dos preços começaram a desaparecer.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange (DCE) da China fechou em alta de 1,9%, a 980 iuanes (136,92 dólares) por tonelada.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para janeiro subiu 2%, a 129,05 dólares por tonelada.

Em 30 de novembro, a DCE disse que aumentará a supervisão do mercado de minério de ferro para garantir uma operação segura e estável do mercado. Isso ocorreu após um anúncio, em 24 de novembro, de que a China reforçaria a supervisão e conteria a alta dos preços.
No entanto, a influência da supervisão do mercado está diminuindo, apesar de sua eficácia inicial no controle de preços, com os analistas observando um impacto cada vez menor, já que os agentes do mercado ignoram cada vez mais sua importância.

Enquanto isso, a confiança está voltando ao mercado em meio aos esforços para impulsionar o problemático setor imobiliário da China.

As importações de minério de ferro da China também têm sido relativamente robustas até o momento em 2023.

As quedas nas exportações chinesas provavelmente diminuíram em novembro, segundo pesquisa da Reuters na quarta-feira, em meio a sinais mistos de que as fábricas da segunda maior economia do mundo podem estar se recuperando após uma queda brusca na demanda.

A Rio Tinto anunciou na quarta-feira a antecipação do início da produção de seu projeto de minério de ferro Simandou, na Guiné, de 2026 para 2025, o que acrescentará cerca de 5% ao suprimento global transoceânico quando entrar em operação.

Infomoney - SP   07/12/2023

Em um contexto de recuperação dos preços do minério de ferro, mas ainda com incertezas sobre a força da demanda da China, a Vale (VALE3) realizou o seu Investor Day em Londres na última terça-feira (5), trazendo algumas projeções abaixo do esperado sobre produção para 2024, enquanto vê uma inflação desacelerando a ritmo mais lento e investimentos mais altos.

“Destacamos os investimentos, que devem ser maiores para 2024, na ordem de US$ 6,5 bilhões, 8% acima do projetado para 2023. Já os custos continuam elevados em 2024, em linha com o reportado ao longo deste ano”, apontou a Levante Corp em relatório.

Ao mesmo tempo, a mineradora focou no evento em sua visão de negócios até o ano de 2026. Se para o próximo ano a companhia prevê produzir entre 310 milhões e 320 milhões de toneladas de minério de ferro, ante aproximadamente 315 milhões de toneladas estimadas em 2023, para 2026 o objetivo é aumentar a produção de minério de ferro para 350 milhões de toneladas ao ano.

O aumento da capacidade de produção deve ocorrer através das unidades de Vargem Grande, Capanema e S11D, no Pará.

Com relação aos custos totais de minério de ferro, a empresa estima que fiquem por volta de US$ 55 por tonelada em 2024 e espera atingir um patamar de US$ 45 por tonelada em 2026.

Já os custos de cobre deverão permanecer ao longo dos próximos anos, enquanto os custos do níquel devem apresentar tendência de queda em 2024, e redução de cerca de 25% em 2026.

Outro tema de grande relevância destacado pela mineradora é a recuperação operacional da Vale Base Metals (VBM).

A Vale estimou produção de 165 mil toneladas de níquel em 2023, ante meta de 160-175 mil toneladas para o ano. Para 2024, a companhia estimou intervalo também entre 160 mil e 175 mil toneladas.

Já para o cobre, a mineradora estimou produção de 325 mil toneladas em 2023, ante meta de 315-325 mil toneladas para o ano, enquanto para 2024 prevê intervalo entre 320 mil e 355 mil toneladas em 2024.

Recentemente, a companhia realizou um spin off de sua unidade de metais básicos, em iniciativa que visa trazer mais ferramentas para destravar valor de seus ativos.

A companhia tem boas perspectivas para o crescimento da demanda por esses metais para a fabricação de baterias para carros elétricos, enquanto o mundo busca formas de eletrificar os transportes, rumo à transição energética.

Segundo analistas do RBC, as metas de produção para metais básicos ficaram “bem abaixo” de suas projeções e do consenso de analistas e “sugerem que a tão esperada recuperação ainda demorará um pouco mais”.

Durante o evento, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou que quer deixar como legado uma companhia com mais segurança e citou diversas iniciativas nessa linha. Além disso, afirmou que a empresa quer assinar acordo de reparação sobre rompimento de barragem da Samarco em Mariana, ocorrido em 2015, em termos similares ao alcançado em Brumadinho.

A estimativa fornecida sobre desembolsos relacionados a Brumadinho/Samarco deve permanecer em cerca de US$ 3 bilhões até 2025, e ser gradualmente reduzida até 2028, quando deverá atingir uma média anual de US$ 400 milhões (2028-35). Para 2026, a projeção é de US$ 1,9 bilhão.

A Vale também reforçou sua abordagem disciplinada de alocação de capital; desde 2020 já pagou yield de dividendos de 46%.

Em relatório, a XP destacou os três pontos principais sobre o evento: (i) um guidance atualizado para diversas métricas, com números um pouco piores em relação às suas estimativas no curto prazo (principalmente em custos mais elevados, menores volumes de cobre e maiores investimentos); (ii) mais detalhes sobre seus projetos de expansão para alcançar aumento de produção de minério de ferro, cobre e níquel esperado até 2026; e (iii) mais detalhes sobre o processo de reparação de Mariana e Brumadinho.

“Por fim, embora o guidance atualizado tenha sido um pouco mais fraco em relação às nossas estimativas, acreditamos que os fundamentos da indústria siderúrgica na China deverão apoiar os preços do minério de ferro (e, portanto, as ações da Vale) em níveis mais elevados no curto prazo, refletindo indicações recentes mais expressivas de estímulos do governo na China e uma perspectiva restrita de oferta e demanda para o minério de ferro”, destacam os analistas da casa.
Na mesma linha, o Bradesco BBI também vê que a dinâmica dos preços do minério de ferro deve permanecer forte, com a demanda chinesa resiliente e a demanda global (ou seja, excluindo a China) melhorando em 2024.

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VALE3: Análise técnica da Vale aponta que ações estão em região de suporte

“Do lado negativo, a orientação de volume não atingiu nossas estimativas, enquanto os volumes de médio prazo de metais básicos (2026) também foram revistos em baixa”, pontua.

Além disso, a orientação de Custo dos Produtos Vendidos (CPV) caixa para o negócio de metais básicos também ficou acima do que se esperava, enquanto os custos C1 (que é o custo de produção e frete da mina até o porto) para o minério de ferro ficaram em linha com o esperado (em torno de US$ 22,25/tonelada para 2024, considerando o ponto médio do guidance).

Para o BTG Pactual, apesar das projeções fornecidas pela companhia poderem resultar em “fontes marginais de decepção”, levando em conta volumes mais baixos de níquel, investimentos pouco mais altos e uma deflação de custos possivelmente menos agressiva para 2024, a abordagem da administração é positiva. Isso por evitar o dilema de “promessas excessivas” e de entregas abaixo das expectativas posteriormente.

“Acreditamos que as metas de longo prazo parecem altamente factíveis (somente depende da execução da empresa). Embora acreditemos que a administração está falando sobre um caminho para 2026, vemos espaço limitado para progresso material nos principais KPIs [indicadores de desempenho] até 2024 (volumes e custos de minério de ferro amplamente estáveis ano a ano)”, aponta a equipe de análise.

O banco ressalta assim que o avanço na história do equity da Vale (numericamente) deverá ocorrer em 2026, e acredita que houve um progresso tangível no estabelecimento dos fundamentos para uma empresa muito mais lucrativa no futuro. “Entretanto, considerando que os mercados de minério de ferro estão apertados (o mercado transoceânico está em déficit) e os preços estão ajudando – acreditamos que os lucros da Vale deverão acelerar até 2024 e esperamos que as ações
‘recuperem’ os fundamentos”, reforça.
Visões em geral positiva para as ações

Assim, enquanto as projeções para o curto prazo ainda parecem mornas para a empresa, analistas destacam no geral uma visão positiva para as ações, apesar de cortarem algumas estimativas.

O Goldman Sachs cortou o preço-alvo do ADR (recibo de ações, na prática os ativos negociados da empresa nos EUA) de US$ 19,50 para US$ 18,50 de forma a incorporar as novas projeções de produção, custos e investimentos para os próximos anos após o evento, mas manteve recomendação de compra. Com o novo preço-alvo, o potencial de valorização da mineradora brasileira é de 25% em relação ao fechamento da véspera.

“Não houve surpresa nas projeções para minério de ferro – a produção e o custo ficarão estáveis em 2024, mas reduzimos o preço-alvo em 5% devido a uma produção pior do que esperávamos, além da expectativa de custos para metais básicos em 2024 e 2026, que permanecerá instável e pode queimar caixa, além desembolso acima do esperado relacionado ao acidente da Samarco”, apontou o banco.

A Levante segue com visão positiva, ressaltando que, mesmo com a companhia esbarrando em problemas operacionais, a fortaleza da Vale segue sendo o minério de ferro de elevada pureza, que continua garantindo à mineradora uma alta rentabilidade.

“A gestão espera aumentar a diversificação do seu faturamento, através dos negócios de metais ligados à transição energética, predominantemente níquel e cobre, isso deve ocorrer com maior intensidade entre 2026 a 2030, por meio de projetos que ainda estão em fase de execução”, aponta ainda.

A casa de research avalia que, em linhas gerais, a Vale segue negociando com um valuation atrativo e com boas perspectivas para os próximos anos, sendo impulsionada pelas metas de crescimento de PIB (Produto Interno Bruto) da China que atualmente giram em torno de 5% ao ano. Por conta das pretensões de crescimento do governo chinês, o minério de ferro, principal produto da companhia, continua com demanda elevada no mercado internacional.

O Bradesco BBI mantém a VALE3 como principal recomendação no setor. “Acreditamos que a forte dinâmica do minério de ferro deverá continuar a impulsionar os resultados da Vale, enquanto a empresa continua a buscar medidas de eficiência nas divisões de minério de ferro e de metais básicos”, avalia, ressaltando ainda o valuation atrativo.

A Vale continua sendo a principal tese no setor de mineração & siderurgia também para o BTG. Assim como a Levante, o banco lembra que a Vale passou por uma série de contratempos operacionais nos últimos trimestres, o que tem impactado o sentimento sobre a tese. Mas a equipe de análise avalia estar cada vez mais confiante de que o pior momento operacional da empresa ficou para trás e que a produção/volumes e o desempenho dos custos deverão continuar a melhorar gradualmente no futuro.

“Acreditamos que há muito pouco benefício micro (execução) precificado nas ações neste momento”, aponta. Assim, prevê que o 4T melhorará em todas as frentes: volumes, preços e custos – melhor momentum de resultados dentro da sua cobertura.

“A Vale também continua sendo um dos nossos nomes preferidos para exposição à reaceleração da economia chinesa, à medida que o governo se esforça para atingir sua meta de crescimento de aproximadamente 5% para o ano (as medidas de estímulo deverão continuar a ser desencadeadas). Os preços do minério de ferro continuam se mantendo bastante atraentes (já em cerca de US$ 130 a tonelada), com perspectivas de demanda saudável por parte da indústria siderúrgica chinesa”, aponta.

Já para a XP, o evento atenua parcialmente as preocupações com custos para a Vale, com o anúncio recente de dividendos de US$ 2,0 bilhões refletindo o conforto da empresa na geração de fluxo de caixa e na conclusão da transação da Vale Metais Básicos, em nossa opinião. Porém, dadas (i) expectativas mais baixas para os preços do minério de ferro no futuro e (ii) a Vale já está precificando preços mais baixos do minério de ferro, a casa reitera visão neutra sobre as ações.

Petro Notícias - SP   07/12/2023

A executiva Ana Sanches assumiu oficialmente a presidência da Anglo American no Brasil. Ela ocupava a posição de Diretora Financeira das divisões Técnica, Sustentabilidade, Projetos e Desenvolvimento na sede global da companhia, em Londres, e, agora, será responsável por comandar os negócios de minério de ferro (Minas-Rio), em Minas Gerais e Rio de Janeiro, e de níquel (Codemin e Barro Alto), em Goiás. Ana Sanches retornou ao Brasil no início de novembro como parte do plano de transição junto ao executivo Wilfred Bruijn, que deixou o posto em vista de um novo ciclo profissional. Ela é brasileira e está há 11 anos na Anglo American, tendo trabalhado na área financeira por nove anos no Brasil e por dois anos e meio na Inglaterra. “Seguiremos focados rumo a uma transformação do setor mineral, em busca de processos operacionais ainda mais eficazes, inovadores e seguros. Esperamos ser cada vez melhores nas relações com as comunidades e ainda mais responsáveis com a preservação ambiental, sempre pautados por nosso propósito de reimaginar a mineração para melhorar a vida das pessoas“.

Ana Sanches é mineira, graduada em Economia pela UFMG e Ciências Contábeis pela Fumec, e possui 26 anos de experiência em finanças, auditoria, planejamento estratégico e desenvolvimento de novos negócios. Tem MBA em Finanças pelo Ibmec e Educação Executiva pela Harvard Business School, Columbia University e London School of Economics. Ingressou na Anglo American em 2012, durante a implementação do projeto Minas-Rio, e, de 2015 a 2021, foi Chief Financial Officer (CFO) das operações de minério de ferro e níquel no Brasil. Em 2021, se mudou para Londres, na Inglaterra, e, além de seu cargo de CFO na sede global da empresa, acumulou também, em 2022, o papel de diretora interina da área de Projetos de Capital do grupo. Em suas experiências prévias à Anglo American, trabalhou por oito anos como auditora externa na Arthur Andersen e na Deloitte. Trabalhou ainda na Holcim (indústria de cimento), como controller das operações no Brasil.

A companhia gera cerca de 12 mil empregos, entre diretos e terceiros, e investimentos no país de, aproximadamente, R$ 12 bilhões, previstos até 2027. Em relação à sustentabilidade, a nova CEO reforça a importância do Plano de Mineração Sustentável, que guia as ações da empresa nos pilares ambiental, social e governança. “Temos a meta de reduzir 30% da emissão de gases do efeito estufa em nossas plantas operacionais, até 2030. Em alinhamento a esses objetivos do plano, realizamos a assinatura de contratos de compra e de autoprodução de eletricidade, o que possibilitou uma matriz de energia elétrica 100% renovável nas operações do Brasil.” Sobre os desafios de assumir a nova função, Ana Sanches destaca que a Anglo American completou, em 2023, 50 anos de história no Brasil, e os negócios de minério de ferro e níquel ocupam um papel estratégico na empresa, operacional e financeiramente: “Orgulhosos do nosso passado e atentos aos desafios do presente e do futuro, manteremos o compromisso de desenvolver uma mineração responsável, de alta performance e com resultados sustentáveis. Tudo isso com a dedicação e o empenho de todos os nossos empregados e parceiros, e em alinhamento ao planejamento estratégico da empresa globalmente e aqui no Brasil.“

Money Times - SP   07/12/2023

A atualização do guidance da Vale (VALE3) veio ligeiramente pior que as estimativas de analistas. Basicamente sem grandes surpresas, as projeções para o minério de ferro ficaram praticamente estáveis para 2024, a uma faixa entre 310-320 milhões de toneladas métricas.

A XP Investimentos apontou que os volumes de cobre devem aumentar a um ritmo mais lento que o esperado, com uma produção estimada entre 320-355 mil toneladas para 2024, abaixo do patamar de 370 mil toneladas vista pelos analistas da corretora.

Em paralelo, o custo caixa C1 deve continuar em níveis mais elevados em 2024, entre US$ 21,50-23 a tonelada, enquanto os investimentos esperados para o próximo ano, principalmente voltados para expansão, superaram as expectativas.

Por outro lado, o guidance de produção de minério de ferro a longo prazo (2030 para frente) segue em 360 milhões de toneladas. Para a divisão de metais básicos, espera-se volumes de mais de 300 mil toneladas para níquel e em torno de 900 mil toneladas para cobre.

Vale continuará surfando preços altos do minério de ferro

Apesar de o guidance não ter encontrado as estimativas dos analistas, existe uma perspectiva positiva em relação aos fundamentos da indústria que devem beneficiar a Vale.

No Vale Day 2023, a mineradora sinalizou a expectativa de que tanto a oferta quanto a demanda de minério de ferro permanecerão restritas o curto prazo, considerando:

Na avaliação do Bradesco BBI, a “forte” dinâmica do minério de ferro deve continuar impulsionando os resultados da Vale, ao passo que a empresa segue buscando medidas de eficiência nas divisões de minério de ferro e metais básicos.

Conforme analistas começaram a ganhar mais confiança com a recuperação da economia chinesa e do desempenho operacional da Vale, teses da mineradora foram atualizadas com perspectivas mais positivas.

Além da forte dinâmica do minério de ferro, o BBI destaca que o valuation da companhia segue atraente, com a ação negociada a 4,6 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda) para 2024.

O Bank of America tem recomendação de compra para o ADR (American Depositary Receipt, ou recibos de depósitos de ações). Como as outras instituições, o banco estrangeiro cita um ambiente favorável para o minério de ferro, com preços esperados, em média, a US$ 125/tonelada em 2024 (e US$ 150/tonelada para o primeiro trimestre do ano que vem), além da atratividade do papel.

O Goldman Sachs, após a atualização do guidance, cortou o preço-alvo estimado para os próximos 12 meses do ADR a US$ 18,50 por papel, de US$ 19,50 anteriormente, mas manteve a recomendação de compra.

O Goldman Sachs elevou recentemente a recomendação com base em cinco pontos:
mercado equilibrado para o minério de ferro em 2024; momentum operacional positivo; exposição relativamente baixa por parte do investidor; valuation atrativo (é a tese mais barata entre os gigantes do setor); e expectativa de manutenção dos estímulos por parte do governo chinês.

Mais cautelosa, a XP segue neutra com as ações da Vale, levando em conta expectativas mais baixas para os preços do minério de ferro no futuro e com a Vale já precificando preços menores.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   07/12/2023

As empresas beneficiadas estavam evitando falar sobre o tema após conseguirem êxito em votação no Senado sobre a Reforma Tributária, realizada em novembro

As empresas contempladas pelo regime automotivo que concede incentivos para quem produz nas regiões Nordeste e Centro-Oeste iniciam uma nova ofensiva pela manutenção dos benefícios previstos na Reforma Tributária.

Nesta quinta-feira (7), os grupos Stellantis (que produz modelos Fiat, Jeep e RAM em Pernambuco), Caoa (Chery e Hyundai em Goiás) e HPE (Mitsubishi em Goiás) assinam uma carta aberta publicada em diversos jornais em que defendem as isenções fiscais.

A publicação ocorre às vésperas da nova votação da Reforma Tributária na Câmara dos Deputados. Ainda não há data definida para a análise do texto no plenário, mas a expectativa é que as mudanças no sistema tributário sobre consumo sejam promulgadas neste ano.

"Estamos traçando a rota que o país seguirá rumo ao crescimento econômico e bem-estar social", diz o texto. "É a oportunidade de lançar as bases de um Brasil no qual todas as regiões são produtivas e geram desenvolvimento."

O texto diz ainda que o processo de desenvolvimento proporcionado pelo regime automotivo não deve ser interrompido até que "atinja a maturidade".

As empresas beneficiadas estavam evitando falar sobre o tema após conseguirem êxito em votação no Senado sobre a Reforma Tributária, realizada em novembro.

Antes, a prorrogação dos incentivos havia sido barrada na Câmara, devendo terminar em 2025. Mas então veio a possibilidade de incluir a extensão nas novas regras fiscais do país.

As montadoras instaladas nas regiões Sul e Sudeste até se conformaram com uma possível prorrogação até 2032 das isenções, já que havia cláusula prevendo uma limitação: apenas carros eletrificados seriam contemplados. Isso resolveria o problema da BYD, que já havia confirmado a produção na Bahia.

Mas o jogo virou novamente às vésperas da votação da reforma no Senado. Um artigo incluído de última hora adicionou os carros flex convencionais na regra, e a empresa mais favorecida foi a Stellantis. Veio então a primeira carta, no dia 8 de novembro.

"Precisamos da exclusão imediata dos parágrafos 3, 4 e 5 do artigo 19 da Reforma Tributária, que representam um retrocesso do ponto de vista tecnológico e ambiental, além de uma renúncia fiscal prejudicial ao desenvolvimento do país", dizia o texto conjunto divulgado pelas montadoras GM, Toyota e Volkswagen.

As empresas defendem que, apesar do maior gasto com logística, a produção da Stellantis na região Nordeste permite uma redução de custos de aproximadamente 20% na comparação com as empresas instaladas nas regiões Sul e Sudeste.

A discussão volta a esquentar com a proximidade da nova votação da Reforma Tributária na Câmara. Os rivais apelidaram o regime automotivo do Nordeste de "Bolsa Fiat", em alusão à principal marca do grupo.

A Stellantis se defende com dados sobre a geração de recursos a partir da produção na cidade pernambucana de Goiana. Em um documento interno ao qual a “Folha de S. Paulo” teve acesso, há a relação de aportes distribuídos por diferentes regiões.

Segundo a empresa, o polo de Goiana movimentou em 2022 um total de R$ 20 bilhões em compras de componentes de fornecedores de todo o país.

Os gastos foram distribuídos da seguinte forma: R$ 6,2 bilhões em Pernambuco, R$ 6 bilhões em Minas Gerais, R$ 5 bilhões em São Paulo, R$ 1,2 bilhão na região Sul, R$ 1,1 bilhão no Rio de Janeiro e R$ 341 milhões na Bahia.

A Stellantis afirma em seu documento que não remete dividendos para a matriz desde 2014, quando ainda não era beneficiária do incentivo. "De 2015 [ano do início de atividades do Polo Automotivo de Pernambuco] a 2023 foram realizados quase R$ 30 bilhões de ingressos de investimentos nas plantas de Minas Gerais e Pernambuco."

A empresa afirma ainda que as vendas dos produtos feitos em Goiana geram R$ 2 bilhões de ICMS para outros Estados.

Do lado dos benefícios fiscais recebidos pelo grupo Stellantis, o principal é a redução de 75% no valor a ser pago em imposto de renda.

Em 2019, esse incentivo fiscal representou aproximadamente R$ 5 bilhões, segundo cálculo da montadora. O valor foi reduzido nos últimos dois anos devido à pandemia, mas novos números não foram revelados.

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Online - SP   07/12/2023

O Produto Interno Bruto (PIB) do setor da construção deve fechar 2023 com uma alta de apenas 1,2%, de acordo com a estimativa revisada e divulgada hoje pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O resultado ficou abaixo da previsão inicial de uma alta de 2,4%, divulgado em dezembro do ano passado. Em junho deste ano, as entidades já haviam revisado a projeção para um crescimento de 1,5%, dado a piora do cenário.

Os novos dados previstos para o encerramento deste ano mostram que a atividade no setor sofreu uma desaceleração relevante em comparação com os dois anos anteriores, visto que o PIB da construção teve expansões de 6,5% em 2022 e de 12,6% em 2021.

“Em 2023, estamos vendo uma queda (desaceleração no crescimento) muito vigorosa”, afirmou o presidente do Sinduscon-SP, York Stefan, durante apresentação à imprensa. “Parte da responsabilidade por isso é da taxa de juros alta, que afeta a economia brasileira como um todo e a construção civil também”, afirmou.

A coordenadora de estudos da construção da FGV, Ana Maria Castelo, afirmou na apresentação que o desempenho do PIB setorial em 2023 foi frustrado, principalmente, pela queda no consumo de materiais pelas famílias. Além dos juros altos, as famílias também estão bastante endividadas, o que dificultou a aquisição de materiais, que geralmente depende de linhas de crédito.

Outro ponto é que a pandemia antecipou muitas compras de materiais para obras e reformas domésticas ao longo de 2020 e 2021, gerando uma ‘ressaca’ nos trimestres seguintes. “O mercado de trabalho como um todo melhorou, mas isso não se transformou em maior consumo de materiais pelas famílias. Talvez isso seja uma ressaca da pandemia, quando vimos um pico de reformas. Depois da pandemia, a renda das famílias foi para outros bens e serviços”, disse Castelo.

A pesquisadora da FGV observou ainda que os reajustes esperados para destravar novos projetos dentro do Minha Casa Minha Vida (MCMV) saíram apenas em julho, enquanto a previsão inicial do setor era que isso estivesse em vigor desde o começo do ano. “Os ajustes no programa acabaram vindo com certa demora em relação às expectativas”.

Castelo chamou atenção que o PIB da construção teve queda de 3,8% no terceiro trimestre de 2023 na comparação com o trimestre anterior do mesmo ano, conforme dados divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “É um número bastante ruim”, frisou, acrescentando que isso ainda deve gerar uma nova queda na ordem de 1,5% para o PIB setorial no quarto trimestre por efeito de carregamento estatístico.

Infomoney - SP   07/12/2023

Os pedidos de hipotecas nos Estados Unidos aumentaram 2,8% na semana encerrada em 1º de dezembro ante a semana anterior, de acordo com dados da pesquisa semanal da Mortgage Bankers Association (MBA). No período, a taxa de juros média do contrato para hipotecas de 30 anos recuou de 7,37% para 7,17%, o patamar mais baixo dede agosto.O índice de refinanciamento aumentou 14% em relação à semana anterior e também ficou 10% superior ao da mesma semana do ano anterior. O índice de compras ajustado sazonalmente diminuiu 0,3% em relação à semana anterior, enquanto o índice não ajustado subiu 35% na semana. Mas ainda está 17% inferior ao da mesma semana do ano anterior.

Joel Kan, vice-presidente e economista chefe adjunto da MBA, comentou que a inflação mais suave e os mercados financeiros antecipando o potencial fim do ciclo de aumento do Fed estão por trás do recente declínio nas taxas do setor.

“O nível geral de pedidos de refinanciamento ainda é muito baixo, mas os aumentos recentes podem sinalizar que 2023 foi o ponto mais baixo deste ciclo para a atividade de refinanciamento, consistente com a nossa previsão. Os pedidos de compra permaneceram mais baixos do que há um ano, prejudicados pelo baixo estoque e pelas condições de acesso ainda desafiadoras”, afirmou.

FERROVIÁRIO

Infomoney - SP   07/12/2023

O Ministério dos Transportes criou grupo de trabalho (GT) para apresentar uma “proposta de solução consensual” referente à concessão ferroviária outorgada à concessionária Rumo Malha Oeste. Em julho de 2020, a Rumo pediu adesão ao processo de devolução da concessão da Malha Oeste, que liga os Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O pleito continua sob análise da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e não há novidades sobre o processo, segundo o diretor de RI & Tesouraria da companhia, Gustavo Marder, disse no mês passado.

A portaria que cria o GT está no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (6).

De acordo com o ato, a proposta a ser elaborada pelo GT deverá se pautar na “defesa do interesse público, com comprovada vantajosidade”, e na “viabilidade técnica e jurídica.

Presidida pelo Ministério dos Transportes, a equipe será composta pela ANTT e a Infra S.A. “O Grupo de Trabalho produzirá relatório com o resultado da análise do cenário possível e viável para solução consensual do contrato de concessão”, diz a portaria. “O relatório final, acompanhada dos demais elementos, instruirá a solicitação de solução consensual formulada perante o Tribunal de Contas da União”, acrescenta.

Os trabalhos do grupo terão duração de 90 dias, prorrogável, uma vez, por igual período.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   07/12/2023

Navio Hinrich Oldendorff foi abastecido com mistura que inclui óleo residual de cozinha.

A Vale, em parceria com a Oldendorff Carriers, iniciou sua primeira viagem com biocombustível em um navio mineraleiro. O teste está sendo feito em um navio Newcastlemax, a serviço da Vale, que partiu do Rio de Janeiro para a Ásia transportando uma carga completa de minério de ferro.

O Hinrich Oldendorff, construído em 2016 com capacidade para 209 mil toneladas, foi carregado com o biocombustível em Cingapura no dia 16 de outubro, na viagem de lastro para o Brasil. No dia 29 de novembro(quarta-feira), o navio carregou o minério de ferro da Vale no Terminal da Ilha de Guaiba (TIG), em Mangaratiba (RJ), e consumirá o biocombustível no trecho carregado do Brasil para a Ásia.

O biocombustível B24 a bordo é composto por óleo combustível e por biodiesel produzido a partir de resíduo de óleo vegetal de cozinha (286 toneladas), que representa cerca de 24% da mistura. O produto fornecido está em conformidade com a Diretiva para Energias Renováveis da União Europeia (EU RED) e é certificado pela International Sustainability & Carbon Certification (ISCC). A economia esperada de carbono equivalente (COâ‚‚eq) no ciclo de vida do combustível (well to wake) é de cerca de 18%, ou cerca de 785 toneladas de COâ‚‚ equivalente, contribuindo para a redução de emissões de Escopo 3 da Vale.

O uso de biocombustível na viagem de transporte de carga faz parte do programa Ecoshipping, uma iniciativa de P&D desenvolvida pela área de navegação da Vale para reduzir as emissões de gases de efeito estufa do transporte marítimo, em linha com as ambições estabelecidas pela Organização Marítima Internacional (IMO). O programa está testando e desenvolvendo soluções para o uso de combustíveis alternativos para o transporte marítimo, além de liderar novas tecnologias de eficiência energética.

—Estamos felizes em ter grandes parceiros de transporte marítimo comprometidos em apoiar nossas iniciativas e fazer isso acontecer, pois colaborações e parcerias genuínas serão a chave do sucesso”, disse Michelle Gonzalez, gerente -geral de Afretamento, Contratos de Longo Prazo e Operações da Vale.

A Oldendorff Carriers já realizou testes de biocombustível em embarcações menores e para viagens mais curtas, mas esta será a primeira viagem completa da Oldendorff consumindo biocombustível em um Newcastlemax. —Estamos muito satisfeitos pelo fato de a Vale ter escolhido a Oldendorff Carriers para sua primeira viagem com biocombustível. Estamos ansiosos para explorar outras oportunidades junto com a Vale para promover o progresso dos setores de transporte marítimo e de mineração na obtenção de metas de sustentabilidade— afirma Patrick Hutchins, CEO da Oldendorff Carriers.

Vale —A Vale é uma empresa global de mineração que existe para melhorar vidas e transformar o futuro. Juntos. Uma das maiores produtoras mundiais de minério de ferro e níquel e uma importante produtora de cobre, a Vale tem sede no Brasil e atua em todo o mundo. Suas operações compreendem sistemas logísticos integrados, incluindo aproximadamente 2.000 quilômetros de ferrovias, terminais marítimos e 10 portos distribuídos em todo o mundo.

A Vale tem a ambição de ser reconhecida pela sociedade como referência em segurança, a melhor operadora e a mais confiável, uma organização orientada aos talentos, líder em mineração sustentável, e referência em criação e compartilhamento de valor.

Oldendorff Carriers — A Oldendorff Carriers é uma empresa de navegação familiar com 102 anos de existência que opera uma frota de cerca de 700 navios graneleiros. A empresa é representada por 21 escritórios em todo o mundo, incluindo 11 projetos de transbordo de granéis, empregando uma força de trabalho de mais de 4.500 pessoas de 60 países.

PETROLÍFERO

TN Petróleo - RJ   07/12/2023

A ANP realizará, no próximo dia 13/12, as sessões públicas do 4º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC) e do 2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP). Os eventos ocorrerão às 9h (OPC) e às 14h (OPP) e terão transmissão ao vivo pelo canal da ANP no YouTube (https://www.youtube.com/user/ANPgovbr).

4º Ciclo Oferta Permanente de Concessão

Estarão em oferta na sessão pública do 4º Ciclo da OPC a área com acumulação marginal de Japiim e 33 setores com blocos exploratórios, localizados em nove bacias sedimentares: Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Pelotas, Potiguar, Recôncavo, Santos, Sergipe-Alagoas e Tucano.

Veja aqui os setores, na ordem em que serão licitados no dia 13/12: https://www.gov.br/anp/pt-br/canais_atendimento/imprensa/noticias-comunicados/4o-ciclo-da-oferta-permanente-de-concessao-divulgada-a-sequencia-da-licitacao.

Ao todo, 21 empresas apresentaram declarações de interesse e garantias de oferta para esses setores. Além disso, há 87 empresas inscritas na OPC aptas a apresentar ofertas na sessão pública. Contudo, as empresas que não tenham apresentado declarações de interesse acompanhadas de garantias de oferta somente poderão apresentar ofertas em consórcio com empresas que tenham declarado interesse.

2º Ciclo da Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP)

No 2º Ciclo da OPP, estão em oferta os seguintes blocos, localizados no Polígono do Pré-Sal: Cruzeiro do Sul, Esmeralda, Jade, Tupinambá (Bacia de Santos) e Turmalina (Bacia de Campos).

Seis empresas estão qualificadas e, portanto, aptas a apresentar ofertas no dia da sessão pública. A lista pode ser consultada em https://www.gov.br/anp/pt-br/rodadas-anp/oferta-permanente/opp/2o-ciclo-oferta-permanente-partilha/qualificacao.

No caso da Oferta Permanente de Partilha da Produção, a qualificação é realizada antes da sessão pública e somente as empresas qualificadas podem apresentar ofertas (diferentemente da Oferta Permanente de Concessão, em que a qualificação é realizada posteriormente, somente para as licitantes vencedoras).

O que é a Oferta Permanente

A Oferta Permanente é, no momento, a principal modalidade de licitação de áreas para exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil. Nesse formato, há a oferta contínua de blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais localizados em quaisquer bacias terrestres ou marítimas.

Desse modo, as empresas não precisam esperar uma rodada de licitações "tradicional" para ter oportunidade de arrematar um bloco ou área com acumulação marginal, que passam a estar permanentemente em oferta. Além disso, as companhias contam com o tempo que julgarem necessário para estudar os dados técnicos dessas áreas antes de fazer uma oferta, sem o prazo limitado do edital de uma rodada.

Nessa modalidade, as licitantes inscritas podem manifestar interesse para quaisquer blocos, áreas ou setores, desde que apresentem declarações de interesse, acompanhadas de garantia de oferta, nos termos dos editais vigentes. Apresentada uma ou mais declarações, e aprovada toda a documentação, a Comissão Especial de Licitação (CEL) divulga cronograma para realização de um ciclo.

Atualmente, há duas modalidades de Oferta Permanente: Oferta Permanente de Concessão (OPC) e Oferta Permanente de Partilha da Produção (OPP), de acordo com o regime de contratação (concessão e partilha).

Saiba mais sobre a Oferta Permanente: https://www.gov.br/anp/pt-br/rodadas-anp/oferta-permanente.

Qual a diferença entre a Oferta Permanente de Concessão e a Oferta Permanente de Partilha da Produção?

Conforme o nome sugere, na Oferta Permanente de Concessão (OPC) são ofertados blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais no regime de concessão. Assim, podem ser ofertados blocos e áreas localizados em quaisquer bacias terrestres ou marítimas, com exceção dos blocos localizados no polígono do Pré-Sal e de áreas consideradas estratégicas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Até o momento, foram realizados três ciclos da OPC, entre 2020 e 2022, resultando na assinatura de 121 contratos de blocos/áreas no regime de concessão.

Já a Oferta Permanente de Partilha de Produção (OPP) tem por objeto contratar, sob o regime de partilha de produção, as atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural em blocos localizados no polígono do Pré-Sal e de áreas estratégicas, assim determinadas pelo CNPE. Foi realizado um ciclo da OPP, em dezembro de 2022, resultando em quatro contratos de partilha de produção.

CNN Brasil - SP   07/12/2023

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou nesta quarta-feira (6) ao Oriente Médio, onde vai se reunir com os líderes dos Emirados Árabes Unidos e da Arábia Saudita.

Nos encontros, segundo o próprio Kremlin, Putin vai discutir a produção de petróleo pela OPEP+ e as guerras na Ucrânia e entre Israel e o Hamas.

A OPEP+ é um grupo ampliado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, um cartel criado para controlar os preços do produto através de cortes na produção.

Além dos países que originalmente criaram a OPEP, na década de 1960, o grupo ampliado conta atualmente com a Rússia e outras noves nações, e é responsável por 40% da produção mundial.

O governo brasileiro se envolveu numa polêmica, durante a COP28, a Cúpula Global do Clima, que também está sendo realizada nos Emirados Árabes Unidos, ao primeiro indicar que participaria da OPEP+, e depois pontuar que seria para convencer os produtores que os combustíveis fósseis vão chegar ao fim.

Não há nenhuma indicação de que Putin compareça à COP28, um evento que vem tentando forçar os países a produzirem e consumirem menos petróleo.

Putin já se encontrou com o presidente dos Emirados Árabes, Sheikh Mohammed Bin Zayed Al Nahyan, e vai se reunir também, em Riade, com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman – conhecido como MBS.

Os encontros com os líderes árabes acontecem pouco depois de os preços do petróleo terem caído, apesar da promessa da OPEP+ de reduzir ainda mais a produção.

A última visita de Putin ao Oriente Médio aconteceu em julho de 2022, quando ele se encontrou com o líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, no Irã.

As viagens de Putin ficaram muito mais raras depois que ele foi indiciado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra cometidos na Ucrânia.

Caso ele visite alguns dos países que reconhecem a jurisdição do tribunal, ele pode ser preso.

Arábia Saudita e Emirados Árabes não reconhecem a corte, o que dá salvo conduto ao líder russo.

Infomoney - SP   07/12/2023

A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou nesta quarta-feira (6) que enviou um navio-sonda para retomar a exploração da Margem Equatorial brasileira, trecho da costa que se estende do Rio Grande do Norte ao Amapá. A embarcação perfurará o poço de Pitu Oeste, na Bacia Potiguar.

O navio-sonda deixou o Rio de Janeiro na terça-feira (5) e deve começar a perfuração ainda neste mês. A previsão é que o trabalho dure de 3 a 5 meses.
De acordo com a estatal, a autorização para perfurar poços exploratórios em águas profundas da Bacia Potiguar foi concedida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em outubro deste ano.

O Pitu Oeste é o terceiro poço da concessão BM-POT-17, que já foi explorada anteriormente, sendo a última perfuração em 2015.

A Petrobras informou que ainda que pretende perfurar o poço Anhangá, em outra concessão da Bacia Potiguar (POT-M-762).

“Em nosso Plano Estratégico 2024-2028, está previsto US$ 3,1 bilhões em investimentos em atividades exploratórias na Margem Equatorial. Esse esforço já dá a medida da confiança em que depositamos no potencial dessa faixa do litoral brasileiro, muito promissora e fundamental para garantirmos a segurança energética do país”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, por meio de nota.

AGRÍCOLA

CNN Brasil - SP   07/12/2023

O valor bruto da produção agropecuária deve cair 2,1% e alcançar R$ 1,217 trilhão em 2024, segundo estimativas divulgadas nesta terça-feira (5) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Para o segmento agrícola, as projeções recém-anunciadas pela CNA apontam um valor bruto da produção 3,4% abaixo do nível verificado em 2023, devido às incertezas causadas pelo fenômeno climático El Niño.

Para a pecuária, é esperado um crescimento de 0,8% — associado principalmente à reação dos preços da arroba do boi.

Em evento na sua sede em Brasília, a CNA apresentou nesta manhã um balanço do setor em 2023 e as perspectivas para 2024.

De acordo com os números apresentados pela entidade, apesar da produção recorde de grãos de 322,8 milhões de toneladas na safra 2022/23, a margem de lucro do produtor rural brasileiro diminuiu.

Os custos de produção elevados e a queda no preço das commodities comprometeram a receita dos produtores neste ano.

A margem bruta da soja, por exemplo, teve queda de 68% na comparação com a safra 2021/22. Para o milho primeira safra e segunda safra, o tombo foi ainda maior.

Na pecuária de leite, o impacto também foi sentido. Com o movimento de retração de preços maior do que o de custos, a margem de lucro dos produtores foi 67,4% menor em outubro de 2023, em relação ao mesmo período do ano passado.

Diante das incertezas crescentes para 2024, com mudanças na temperatura média e nos índices de chuvas por causa do El Niño, a CNA ressalta a necessidade de maior volume de recursos para o seguro rural, que hoje está em pouco mais de R$ 1 bilhão.

Na avaliação da entidade, seriam necessários R$ 3 bilhões para cobrir uma área de aproximadamente 14 milhões de hectares contra o risco de quebra de safra, assim como ocorreu em 2021.
Comércio exterior

Em 2023, segundo a CNA, há previsão de recorde das exportações do agronegócio brasileiro. A expectativa é que, até o fim do ano, sejam embarcados US$ 164 bilhões.

Para 2024, prevê um cenário “desafiador”, principalmente no âmbito geopolítico. A CNA chama a atenção para potenciais desavenças no Mercosul — com uma postura mais liberalizante do novo presidente da Argentina, Javier Milei, e com a insistência do Uruguai em negociar um acordo próprio com a China.

Uma preocupação adicional é a Lei Antidesmatamento da União Europeia, sancionada em 2023, que entrará em vigência no fim de 2024. Há riscos de barreiras comerciais sobre produtos agropecuários brasileiros sob a alegação de que a cadeia produtiva inclui insumos provenientes de áreas sem comprovação de desmatamento zero.

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