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07 de Março de 2024

SIDERURGIA

Infomoney - SP   07/03/2024

A CSN – Companhia Siderúrgica Nacional – (CSNA3) registrou um lucro líquido atribuível aos sócios controladores de R$ 851,1 milhões no quarto trimestre de 2023 (4T23), alta de mais de quatro vezes (+332,5%) ante o lucro de R$ 196,8 milhões registrado no 4T22. Em 2023, o lucro caiu caiu 81,4% na base anual, para R$ 402,6 milhões

O lucro antes de juros impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado totalizou R$ 3,626 bilhões no 4T23, avanço anual de 16%. No ano, o Ebitda foi de R$ 11,907 bilhões, queda de 14% frente 2022.

A receita líquida de vendas, por sua vez, subiu 7,9% na mesma base de comparação, para R$ 12,005 bilhões; em 2023, a alta foi de 2,4%, para R$ 45,437 bilhões.
A dívida líquida consolidada atingiu R$ 30,686 bilhões, com o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/Ebitda dos últimos doze meses alcançando 2,58 vezes, o que representa uma redução de 5 pontos-base em comparação ao trimestre anterior, “ressaltando os esforços da companhia em reduzir o seu nível de endividamento”, apontou.

“Este foi o segundo trimestre consecutivo de redução da alavancagem e a perspectiva é de seguir com essa trajetória de queda ao longo de 2024 à medida em que a CSN avança na melhora operacional dos seus segmentos e na evolução da sua estrutura de capital. Adicionalmente, a CSN manteve a sua política de carregar um caixa elevado, que neste trimestre atingiu o patamar de R$ 17 bilhões”, destacou a siderúrgica.

Valor - SP   07/03/2024

Para Corte Especial finalizar o julgamento, falta ministros analisarem pedido de nulidade e definirem o cálculo da taxa

A 1ª Turma da Câmara Superior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) derrubou uma cobrança de R$ 4 bilhões recebida pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) referente a multa qualificada — que pode chegar a 150% sobre o valor que teria deixado de ser pago — de uma autuação fiscal recebida pela empresa. A decisão dos conselheiros foi unânime.

A multa qualificada foi aplicada em uma autuação que cobra IRPJ e CSLL sobre ganho de capital relativo a uma suposta venda, pela empresa, de 40% das ações da sua controlada com a Namisa para um grupo de investidores japoneses. Na Turma baixa, a cobrança dos tributos foi mantida, sem a multa. Depois disso, enquanto a empresa levou à discussão ao Judiciário, a Fazenda recorreu à Câmara Superior do Carf sobre a multa.

Para a Receita Federal, ocorreu simulação. Os estrangeiros teriam comprado participação maior do que a formalizada e o valor integralizado na Namisa e repassado à CSN, por meio de adiantamento de contrato de prestação de serviços, seria o pagamento, sobre o qual deveria incidir a tributação (ganho de capital). O valor em discussão foi indicado pela empresa em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A procuradora Livia da Silva Queiroz, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), afirmou, na sustentação oral, que a discussão é simulação e não mera divergência de interpretação jurídica. “O ganho foi disfarçado em adiantamento de contrato de prestação de serviços”, afirmou.

De acordo com a procuradora, a Namisa adiantou o pagamento de R$ 7 bilhões para a prestação de serviços por 30 anos na CSN, o que gerou um passivo e pagamento de juros (R$ 1,9 bilhão), mas somente parte disso foi repassada para a Namisa. “Era uma dívida impagável”, afirmou. Segundo a procuradora, houve alienação de contrato social que foi disfarçada como contrato de prestação de serviços com adiantamento de pagamento.

O advogado da CSN, Ricardo Krakowiak, do escritório Krakowiak Advogados, destacou na sustentação oral que o lançamento foi cancelado na Delegacia Regional de Julgamento (DRJ), assim como a multa qualificada. A cobrança do principal cobrado pelo Fisco foi restabelecida na Turma baixa, mas lá mesmo a multa qualificada já foi cancelada.

O advogado explicou que não se tratou de simulação, mas de negócio para que um consórcio de empresas estrangeiras participasse da operação de mineração da CSN, o que foi feito por meio de uma holding que investiu na Namisa. A CSN e a Namisa celebraram contrato de fornecimento de minério viabilizando que os estrangeiros tivessem acesso ao minério. Segundo o advogado, as empresas estrangeiras fizeram um aporte na holding, que aportou na Namisa e esta repassou para a CSN pagar a parcela fixa inicial pela obrigação de fornecer.

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Câmara Superior do Carf mantém autuações fiscais bilionárias sobre uso de ágio interno

Votação

O caso acabou sendo decidido por uma questão processual. O relator, conselheiro Fernando Brasil de Oliveira Pinto, representante da Fazenda, não conheceu o recurso da PGFN. Entendeu que não há similitude com os paradigmas apresentados, segundo o relator. Para a Câmara Superior do Carf julgar um processo é necessário que a parte apresente uma decisão sobre a mesma situação em sentido contrário (paradigma).

A conselheira Edeli Pereira Bessa, também da representação da Fazenda Nacional, afirmou que, na prática, simulação cada um tem uma, daí a dificuldade nos casos. “Não sei se temos algum paradigma que analise objetivamente a questão para que possa ser aplicado ante outro caso decidido em função das circunstâncias da operação”, afirmou ela.

“Temos tido muita dificuldade em conhecer os recursos sobre multa qualificada. É muito difícil fazer o paralelo entre os casos”, afirmou Luiz Tadeu Matosinho Machado, da representação da Fazenda (processo nº 19515.723039/2012-79).

Para Corte Especial finalizar o julgamento, falta ministros analisarem pedido de nulidade e definirem o cálculo da taxa

ECONOMIA

Globo Online - RJ   07/03/2024

A indústria brasileira começou o ano com queda de 1,6%, puxada pela menor extração de petróleo e minério de ferro e pela redução na fabricação de açúcar. O dado corresponde à passagem de dezembro para janeiro, após dois meses em que o setor registrou taxas positivas: dezembro (1,6%) e novembro de 2023 (0,6%). É o que apontam os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do IBGE, divulgada nesta quarta-feira.

Recuo na extração de petróleo

Duas das quatro categorias e 6 dos 25 ramos investigados pela pesquisa mostraram recuo na produção. As principais quedas ficaram com indústrias extrativas, com recuo de 6,3%, e produtos alimentícios, com retração de 5%.

Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, a queda na extrativa foi puxada pela menor extração de petróleo e minério de ferro e interrompeu dois meses de alta na produção, quando acumulou expansão de 6,7%.

Já o setor alimentício registrou queda por conta da redução da fabricação de açúcar, "eliminando parte da expansão de 11,3% acumulada no período entre julho e dezembro”, analisa.

Outras contribuições negativas vieram de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-6,4%) e de produtos têxteis (-4,2%).

— Mesmo com o setor industrial marcando uma variação negativa mais intensa desde abril de 2021, quando assinalou perda de 1,9%, verifica-se perfil disseminado de taxas positivas, alcançando 18 dos 25 ramos industriais pesquisados — explica Macedo.

O que esperar da indústria em 2024?

A melhora do emprego, renda e o bom desempenho da indústria extrativa fizeram o setor industrial crescer 1,6% em 2023. Para 2024, a expectativa é de que o desempenho também seja puxado pela indústria extrativa, especialmente pela produção de petróleo e gás.

Já a indústria de transformação deve ser beneficiada pela melhora do ambiente de emprego e renda, além da continuidade do ciclo de queda dos juros.

As obras do PAC também podem reduzir a capacidade ociosa do setor e acelerar os investimentos, que caíram em 2023. Mas o segmento continua com dificuldades estruturais em função da baixa competitividade.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV Ibre ficou estável em fevereiro, em 97,4 pontos.

"Aparentemente, a nova política industrial ainda não teve um impacto forte nas expectativas do setor que parece estar aguardando seu desdobramento e ações relacionadas, mas o maior otimismo em relação ao emprego parece ser um sinal positivo” avalia Stéfano Pacini, economista do FGV Ibre.

Exame - SP   07/03/2024

A China anunciou esta semana que tem como meta crescer 5% em 2024. Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro chinês Li Qiang falou sobre seu objetivo de "transformar" o modelo econômico do país. Ele se comprometeu a expandir o consumo doméstico, enquanto reduz o excesso de capacidade industrial, os riscos da dívida do governo local e apoia apenas determinados projetos do setor imobiliário. Como é possível manter as duas promessas?

A dívida municipal para projetos de infraestrutura, excessos imobiliários e investimento em manufatura têm sido alguns dos pilares-chave do crescimento econômico da China. Contê-los pode significar também um crescimento menor a curto prazo, dizem analistas.

Não é a primeira vez que o gigante asiático tenta uma empreitada semelhante. Em 2013, o presidente Xi Jinping apresentou uma série de planos de reforma econômica e social em uma agenda de 60 pontos que pintou um quadro de longo prazo de mercados livres e crescimento impulsionado pelo consumo.

Desde então, no entanto, a China apertou sua conta de capital e supervisão de mercado, e redobrou o investimento liderado pelo Estado.

A reação morna do mercado às promessas de Li na última terça-feira contrasta com o rali de 2013 que seguiu a agenda de reforma de Xi. Investidores e consumidores estão céticos em relação à implementação dos planos, o que pode agravar uma crise de confiança no exterior e em casa.

Muitos dos planos de 2013 vieram contra o imperativo da estabilidade, que Li também destacou em seu relatório. Em 2015, a China passou por um susto com a saída de capitais, descobrindo o quão poderosos e disruptivos os mercados podem ser.

Em 2017, os planos de relaxar as regras de residência da era Mao Tsé Tung, que bloqueiam muitos migrantes rurais dos serviços públicos urbanos e os incentivam a economizar em vez de gastar, sofreram um grande revés. Autoridades em cidades grandes lançaram campanhas contra o influxo de "população de baixo nível", citando a estabilidade social.

À medida que a mudança para um crescimento impulsionado pelo consumo e pelo mercado perdeu força e a ameaça de uma desaceleração acentuada pairava, a China se apoiou no mercado imobiliário e nos gastos com infraestrutura para atingir as metas de crescimento.

Quando a bolha imobiliária estourou em 2021, as receitas dos governos locais com o desenvolvimento de terras despencaram, tornando os níveis de dívida em muitas cidades insustentáveis.

Algumas das respostas políticas das cidades endividadas destacam a dificuldade de mudar as engrenagens do crescimento. Cortar os salários dos servidores públicos e aumentar as multas às pequenas empresas para aumentar as receitas vai contra o objetivo de impulsionar o consumo.

Mas aumentar o crescimento da renda das famílias quando as receitas estão caindo requer que os fundos sejam retirados de outras partes das economias municipais, entre os mais ricos estão as empresas estatais e seus contratados.

Autoridades chinesas anunciaram na terça-feira planos específicos que contribuem para aumentar o consumo. Eles planejam aumentar as pensões dos agricultores em 20 yuans (US$ 2,78) por mês para 103 yuans. Eles também planejam reduzir os custos de creche e melhorar os cuidados com idosos como parte de uma "estratégia nacional proativa em resposta ao envelhecimento populacional".

Li anunciou um "novo modelo" para desenvolver imóveis, focado em habitações subsidiadas pelo governo para pessoas de baixa renda. Alguns analistas também esperam que a China anuncie subsídios para as famílias atualizarem os eletrodomésticos - uma medida única que anteciparia alguns planos de gastos.

A China também sinalizou esforços para relaxar ainda mais os registros urbanos, permitindo que mais trabalhadores migrantes tenham acesso a serviços públicos básicos.

Alguns analistas também apontam para o impulso da China para novas forças produtivas para mover seu complexo manufatureiro para cima na cadeia de valor como importante para os rendimentos das famílias, dadas as altas taxas de desemprego juvenil.

Isso significa que a dívida chinesa - agora cerca de três vezes seu produto interno bruto - deve aumentar para financiar o investimento em indústrias de alta tecnologia e gerenciar o ritmo da desaceleração imobiliária e a reestruturação das dívidas municipais.

A dívida do governo central da China era de 23,8% do PIB, segundo dados do Fundo Monetário Internacional. Em comparação, os governos locais e suas empresas de financiamento deviam cerca de 80%.

Em seu relatório, Li Qiang disse que o governo central emitirá 1 trilhão de yuans em títulos ultralongos especiais este ano, em uma medida que os analistas viram como um sinal de que Pequim está disposta a assumir uma parcela maior do ônus de atingir as metas de crescimento.

No entanto, essa pode não ser uma solução de longo prazo, disse Juan Orts, economista da China na Fathom Consulting, à agência Reuters. Ele prevê que o país esteja avançando em direção a uma estagnação semelhante à do Japão, diz que essa não é uma solução a longo prazo. "Não importa de onde venha a dívida, ela ainda está pesando sobre a economia", disse Orts.

IstoÉ Dinheiro - SP   07/03/2024

A China sinalizou nesta quarta-feira, 6, que pretende oferecer mais liquidez para sustentar sua economia e também adiantou números sobre a balança comercial, marcando uma nova tendência de anúncios inesperados sobre políticas e dados da segunda maior economia do mundo.

Em coletiva de imprensa, o presidente do banco central chinês (PBoC, pela sigla em inglês), Pan Gongsheng, disse nesta quarta-feira que há espaço para cortar compulsórios bancários, prometendo impulsionar os preços ao consumidor e manter a estabilidade do yuan.

Economistas comentaram que é raro o presidente do PBoC sinalizar possível relaxamento monetário, o que normalmente é antecipado por funcionários de governo de escalão mais elevado, incluindo o primeiro-ministro chinês. Em janeiro, Pan surpreendeu ao anunciar uma redução de compulsórios em conversa com repórteres.

Na mesma coletiva desta quarta, o presidente da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR) disse que as exportações chinesas haviam avançado cerca de 10% no primeiro bimestre de 2024 em relação a igual período do ano passado. Posteriormente, o ministro do Comércio, Wang Wentao, afirmou que as exportações e importações do país aumentaram 8,2% nos primeiros dois meses do ano.

As autoridades não especificaram se os dados da balança comercial eram em yuans ou dólares. A China tradicionalmente divulga dados conjuntos da balança comercial de janeiro e fevereiro para atenuar distorções ligadas ao feriado do ano novo lunar. A pesquisa oficial sobre a balança comercial do primeiro bimestre está prevista para a madrugada desta quinta-feira (7).

É a segunda vez este ano que dados econômicos importantes são revelados com antecedência. Em janeiro, o premiê chinês, Li Qiang, deu uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 ao discursar durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.

A antecipação dos dados comerciais veio um dia depois de a China estabelecer uma ambiciosa meta de crescer cerca de 5% em 2024, a mesma do ano passado. Fonte: Dow Jones Newswires.

Agência Brasil - DF   07/03/2024

Beneficiada pelas exportações de petróleo e pela safra de algodão, soja e café, a balança comercial – diferença entre exportações e importações – fechou fevereiro com superávit de US$ 5,447 bilhões, divulgou nesta quarta-feira (6) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O resultado é o melhor para meses de fevereiro, e representa alta de 111,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Com o resultado de fevereiro, a balança comercial acumula superávit de US$ 11,942 bilhões nos dois primeiros meses deste ano, o maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989. O valor representa alta de 145,9% em relação aos mesmos meses do ano passado.

Em relação ao resultado mensal, as exportações subiram, enquanto as importações ficaram relativamente estáveis. No mês passado, o Brasil vendeu US$ 23,538 bilhões para o exterior, alta de 16,3% em relação ao mesmo mês de 2023. Esse é o maior valor exportado para meses de fevereiro desde o início da série histórica. As compras do exterior somaram US$ 17,67 bilhões, avanço de 2,4%.

Do lado das exportações, a safra recorde de café e soja e a recuperação do preço do açúcar e do minério de ferro compensaram a queda internacional no preço de algumas commodities (bens primários com cotação internacional). Além disso, as exportações de petróleo bruto subiram 119,7%, beneficiadas pelo atraso na contabilização de algumas exportações.

Do lado das importações, o recuo nas compras de petróleo, de derivados e de compostos químicos foi o principal responsável pelo elevado saldo na balança comercial.

Após baterem recorde em 2022, depois do início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuam desde a metade de 2023. A principal exceção é o minério de ferro, cuja cotação vem reagindo por causa dos estímulos econômicos da China, a principal compradora do produto.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 20,9%, enquanto os preços caíram 3,8% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 13,3%, mas os preços médios recuaram 10,4%.
Setores

No setor agropecuário, a safra de grãos e de algodão pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 34,5% em fevereiro na comparação com o mesmo mês de 2023, enquanto o preço médio caiu 17,1%. Na indústria de transformação, a quantidade subiu 6%, com o preço médio recuando 0,6%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 61%, enquanto os preços médios aumentaram apenas 1,9%.

Os produtos com maior destaque nas exportações agropecuárias foram algodão bruto (498,1%), café não torrado (71,5%) e soja (4,5%). Em valores absolutos, o destaque positivo é o algodão, cujas exportações subiram US$ 406,5 milhões em relação a fevereiro do ano passado. A safra recorde fez o volume de embarques de algodão aumentar 497,8%, mesmo com o preço médio subindo apenas 0,04%.

Na indústria extrativa, as principais altas foram registradas em óleos brutos de petróleo (119,7%) e minério de ferro (41,4%) minérios preciosos (que saltou de zero para US$ 39 milhões). No caso do ferro, a quantidade exportada aumentou 21,4%, e o preço médio subiu 16,5%.

Em relação aos óleos brutos de petróleo, também classificados dentro da indústria extrativa, os preços médios recuaram 6,1% em relação a fevereiro do ano passado, enquanto a quantidade embarcada aumentou 134%.

Na indústria de transformação, as maiores altas ocorreram em açúcares e melaços (201,2%), carne bovina (32,2%) e farelos de soja e outros alimentos para animais (9,8%). A crise econômica na Argentina, principal destino das manufaturas brasileiras, também influenciou no crescimento das exportações dessa categoria. As vendas para o país vizinho caíram 30% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado.

Em relação às importações, os principais recuos foram registrados nos seguintes produtos: cevada não moída (50,8%), soja (44%) e látex e borracha natural (38,8%), na agropecuária; minérios de cobre (100%) e óleos brutos de petróleo (16,8%), na indústria extrativa; compostos organo-inorgânicos (21,8%) e adubos ou fertilizantes químicos (32%), na indústria de transformação.

Em relação aos fertilizantes, cujas compras do exterior ainda são impactadas pela guerra entre Rússia e Ucrânia, os preços médios caíram 25,5%, e a quantidade importada recuou 8,8%.
Estimativa

Apesar da desvalorização das commodities, o governo projeta superávit de US$ 94,4 bilhões este ano, com queda de 4,5% em relação a 2023. A próxima projeção será divulgada em abril.

Segundo o MDIC, as exportações subirão 2,5% este ano, encerrando o ano em US$ 348,2 bilhões. As importações avançarão 5,4% e fecharão o ano em US$ 253,8 bilhões. As compras do exterior deverão subir por causa da recuperação da economia, que aumenta o consumo, em um cenário de preços internacionais menos voláteis do que no início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

As previsões estão um pouco mais otimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 80,98 bilhões neste ano.

O Estado de S.Paulo - SP   07/03/2024

Pequim estava agitada com a política nesta terça-feira, 5. A reunião legislativa anual da China - o Congresso Nacional do Povo, quando os líderes do Partido Comunista apresentam suas soluções para os males nacionais — foi aberta para os negócios.

O evento é uma oportunidade para os líderes sinalizarem a direção da economia e delinearem como e onde o governo gastará dinheiro no próximo ano.

No entanto, apesar de terem um objetivo elevado, eles ofereceram pouco. As autoridades sinalizaram que não estavam prontas para nenhuma ação de destaque para reavivar uma economia abalada por uma crise imobiliária, pela perda de confiança do consumidor e pelas pressões financeiras de governos locais endividados. Apesar de sua relutância em gastar, os principais líderes da China disseram que a economia cresceria cerca de 5% este ano.

A meta de crescimento e outras políticas foram apresentadas em um relatório entregue à sessão anual da legislatura. O relatório foi apresentado pelo número 2 do governo chinês, Li Qiang, e é o principal evento em uma reunião de uma semana dominada por autoridades e leais ao partido.

Todos concordam: a meta é ambiciosa

Havia uma palavra que os economistas usavam universalmente para descrever a meta de crescimento de 5% da China: ambiciosa.

Isso não teria sido possível no passado. Durante décadas, a economia da China foi sinônimo de crescimento muito maior, às vezes até com dois dígitos. Mas três anos de medidas rigorosas contra a pandemia cobraram seu preço, e o agravamento da crise imobiliária levou ao colapso de dezenas de incorporadoras. Com a falta de ação dos líderes chineses, alguns especialistas agora estão céticos quanto à possibilidade de a China conseguir um crescimento de 5% este ano.

“É um conjunto de metas irrealista e sem surpresas”, disse Logan Wright, diretor de pesquisa de mercados da China do Rhodium Group, uma empresa especializada em pesquisas sobre a China.

Ainda é possível que a crise imobiliária diminua este ano, disse Wright, “mas as medidas políticas aqui descritas não terão muito a ver com isso”.
Espere, não há uma ‘bazuca’?

Algumas pessoas acreditavam — ou, pelo menos, esperavam — que os relatórios de terça-feira indicariam que a China estava pronta para tomar medidas maiores para ressuscitar a economia, por exemplo, socorrendo os governos locais, resgatando as empresas imobiliárias que não entraram em colapso ou oferecendo ajuda às famílias para estimular os gastos.

Em vez disso, o governo disse que disponibilizaria uma quantia de dinheiro semelhante à do ano passado em títulos especiais para os governos locais. Ele não ofereceu novas medidas para o mercado imobiliário e falou apenas sobre a necessidade de aumentar a confiança do consumidor.

“Eles poderiam ter feito mais, e o apoio poderia ter sido maior”, disse Tao Wang, economista-chefe do UBS para a China. “Eles precisam de um apoio mais explícito do governo central”, disse ela.

Não foram apenas os economistas que ficaram desanimados. Os investidores que esperavam que a China usasse as grandes armas também ficaram decepcionados. Em Hong Kong, onde os investidores estrangeiros podem fazer apostas nas maiores empresas da China, o índice Hang Seng caiu 2,6%.

“Quem estiver procurando a bazuca política ficará desapontado”, disse Andrew Polk, cofundador da Trivium China, uma empresa de pesquisa e consultoria. “Mas”, acrescentou ele, “esse dado já foi lançado há algum tempo”.
Quando se trata de militares, há dinheiro para gastar

Os principais líderes da China delinearam planos para expandir os gastos militares em 7,2% em 2024, chegando a cerca de US$ 231 bilhões. A porcentagem de aumento foi a mesma do ano passado e deu continuidade a uma expansão de décadas dos gastos militares da China, que agora são os segundos maiores do mundo, depois dos Estados Unidos.

Os gastos da China com navios de guerra, caças a jato e outras armas têm como objetivo principal a projeção de poder na Ásia, inclusive consolidando o domínio do país sobre o disputado Mar do Sul da China e ameaçando Taiwan, a ilha democrática autogovernada que Pequim diz ser seu território.

Em seu relatório para a legislatura, Li repetiu a advertência de longa data da China contra “atividades separatistas que visam à ‘independência de Taiwan’”, acrescentando que Pequim “será firme na promoção da causa da reunificação da China”.

Os comentários vagos de Li refletem como os líderes chineses estão esperando que o presidente eleito de Taiwan, Lai Ching-te, assuma o cargo em maio antes de considerarem quaisquer grandes movimentos, o que poderia incluir mais operações militares ao redor da ilha, disse Ou Si-fu, pesquisador do Instituto de Defesa Nacional e Pesquisa de Segurança, um grupo de reflexão em Taipei sob o guarda-chuva do Ministério da Defesa de Taiwan.

Mas os gastos pesados e contínuos da China com suas forças armadas mostraram que Xi Jinping, o principal líder do país, continuaria a se preparar para um possível conflito, nem que fosse para mostrar a Washington que o país estava levando a sério a afirmação de seus interesses.

“Como o relacionamento com os Estados Unidos não é bom, é claro que a China não pode demonstrar muita fraqueza”, disse Ou.
Entrevista à imprensa cancelada

A China convidou jornalistas de todo o mundo e distribuiu vistos que, na maioria dos casos, tornaram-se difíceis de obter. Para muitos correspondentes estrangeiros, o Congresso Nacional do Povo deste ano foi a primeira vez que o governo chinês permitiu que eles entrassem na China para fazer reportagens desde a pandemia.

No entanto, o partido também fez uma mudança abrupta na forma como se comunicaria no congresso. Na segunda-feira, o partido disse que estava descartando uma tradição de longa data: a entrevista à imprensa do primeiro-ministro. Essa era uma das poucas oportunidades que os jornalistas tinham de interagir com as principais autoridades. A decisão de acabar com a entrevista, anunciada na véspera do conclave legislativo, foi vista por muitos como mais um afastamento da transparência.

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

O Estado de S.Paulo - SP   07/03/2024

O resultado do PIB de 2023, com crescimento de 2,9%, foi quase quatro vezes maior do que as projeções do início do ano passado. Nesse sentido, é algo a comemorar. Mas como o futuro é mais importante que o passado, o que importa agora é a perspectiva para 2024, com projeções que caminham para se acomodar em algo como 2% - um resultado razoável, mas nada espetacular.

O PIB brasileiro cresceu firme no primeiro semestre de 2023, com altas de, respectivamente, 1,3% e 0,8% no primeiro e segundo trimestres, ante os trimestres anteriores na série dessazonalizada. Esse desempenho foi muito puxado pelo agropecuária (principalmente) e pelo setor extrativo. Já no terceiro e quarto trimestres, o PIB não cresceu nessa base de comparação: zero e zero.

O economista Ricardo Barboza, pesquisador associado do IBRE-FGV e professor do IBMEC, nota que houve, na verdade, desaceleração na margem ao longo de todo o ano passado, o que se nota tomando as taxas com duas casas decimais. Do primeiro ao quarto trimestre, 1,32%, 0,84%, 0,03% e -0,04%. "Liga uma luz amarela", comenta o pesquisador.

Essa desaceleração faz com que o chamado carregamento estatístico seja muito baixo para 2024, de apenas 0,2%. Isso significa que, se o PIB parasse de crescer e se mantivesse, ao longo deste ano, no mesmo nível do último trimestre de 2023, haveria crescimento em 2024 de 0,2%. Esse número costuma ser maior.

Barboza nota que a hipótese de o PIB não crescer em 2024 soa meio absurda, mas, no caso, isso é exatamente o que aconteceu no segundo semestre de 2023 - quer dizer, talvez não seja tão absurda assim, embora ele pessoalmente preveja crescimento do PIB de 2% este ano.

O economista destaca alguns pontos no resultado do PIB de 2023. O PIB se mantém 0,7% acima da tendência pós-pandemia (isto é, o nível em que estaria caso não tivesse havido Covid-19 e a economia tivesse continuado a crescer no ritmo dos anos até 2019). Isso indica que a Covid não deixou cicatrizes econômicas significativas - ou, pelo menos, nada que tenha aparecido até agora - o que talvez, na sua visão, se deva à forte reação, "de livro-texto", da política monetária e fiscal à crise sanitária.

Outro aspecto que chamou a atenção de Barboza foi a queda da taxa de investimento de 1,3 ponto porcentual (pp) de PIB entre 2022 e 2023, de 17,8% para 16,5% do PIB, o quinto pior número desde o início da série em 1996. Barbosa nota que a taxa de investimento de 2023 está 2,6pp do PIB abaixo daquela de 2009, na crise financeira global, de 19,1%, que foi considerada suficientemente alarmante para levar à criação pelo BNDES do volumoso Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Ele deixa claro que não advoga um novo PSI, mas quis, com o exemplo, apenas realçar quão baixa é a atual taxa de investimento.

Dessa forma, em relação a 2024, o economista considera que um dos fatores determinantes - e que divide opiniões entre economistas - do crescimento maior ou menor do PIB é justamente o desempenho do investimento.

É uma questão difícil, sobre a qual ele mesmo tem dúvidas, mas o pesquisador lista alguns fatores favoráveis: redução da incerteza (o índice da FGV caiu abaixo da média histórica), a retomada da construção pesada pelo novo PAC, e, mais especificamente, a melhora do mercado de caminhões, que em parte contam como investimento. Neste último caso, em função do efeito base de 2023, que foi um ano ruim por causa da antecipação de compras em 2022 antes de uma mudança de regras de fabricação ligadas ao meio ambiente que encareceu os caminhões.

Em termos dos fatores que historicamente são muito determinantes do PIB no Brasil, Barboza nota que a política fiscal deve ser contracionista (o governo tenta zerar o primário depois de déficit acima de 2% em 2023); a monetária continuará em processo de relaxamento, mas num ritmo pelo qual o ano deve fechar com o juro real ainda acima do neutro; e o preço internacional das commodities (quanto mais elevado, mais favorável ao Brasil), pelo nível atual, registra queda ante 2023.

Pelo lado positivo, o mercado de trabalho se mantém robusto, dando suporte ao consumo, que corresponde a mais de 60% do PIB.

Livio Ribeiro, sócio fundador da consultoria BRCG e pesquisador associado do IBRE, nota que 2023 foi "um ano de duas velocidades" no PIB brasileiro, com a desaceleração do segundo semestre devendo-se em grande parte à perda de força da agropecuária e da extrativa.

Ele também chama a atenção, como Barboza, para o baixo carregamento estatístico para 2024, e se preocupa com o fato de que o governo parece estar fazendo um pivô estratégico na direção de políticas de estímulo via crédito público e "limpeza de balanços" (medidas de alívio de endividamento para empresas e famílias).

Mas o economista pondera que impulsionar a demanda doméstica não significa necessariamente impulsionar o PIB, porque parte pode "vazar" na forma de aumento das importações (e isso inclui também os investimentos, que em parte são importação de máquinas).

Tudo depende, portanto, da composição entre serviços e bens (estes normalmente mais importáveis que os serviços, mas também a depender do tipo de bem) dessa demanda doméstica excedente gerada. Na sua opinião, é o que pode determinar se o PIB em 2024 vai mais para um nível em torno de 1,5% ou de 2%.

O setor externo - isto é, exportações (contribuição positiva) e importações (negativa) - foi responsável por 2pp do crescimento de 2,9% do PIB brasileiro em 2023 (0,9pp veio da demanda doméstica). Pelos cálculos da BRCG, de Ribeiro, a contribuição do setor externo em 2024 deve cair para 0,3pp (num intervalo de 0,2-0,5pp). Já a agropecuária, que levou o PIB nas costas em 2023, deve até recuar em 2024.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   07/03/2024

Os preços futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian caíram nesta quarta-feira, pressionados por um mercado de aço persistentemente fraco e pela falta de estímulos de grande porte na China, principal mercado consumidor do minério.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 0,23%, a 881,5 iuanes (122,44 dólares) a tonelada.

“Os traders voltaram à realidade após a importante reunião e os preços do minério de ferro podem sentir mais pressão da fraqueza do mercado de aço”, disseram analistas da Sinosteel Futures em uma nota.
Na terça-feira, os formuladores de políticas da segunda maior economia do mundo definiram as principais metas econômicas para o ano durante a reunião anual do parlamento — o Congresso Nacional do Povo –, que foi observada de perto pelo mercado.

Os principais números ficaram, em grande parte, em linha com as expectativas do mercado, decepcionando aqueles que esperavam um estímulo maior que beneficiaria o consumo de metais.

“A declaração sobre a política imobiliária não é nova”, disseram os analistas do Goldman Sachs em uma nota.

“Estimamos que as despesas fiscais orçamentárias relacionadas à infraestrutura possam desacelerar para +3,8% na base anual em 2024, de +5,1% em 2023, principalmente devido ao crescimento mais lento dos gastos com projetos relacionados à economia de energia e proteção ambiental”, acrescentaram em uma nota separada.

No entanto, o minério de ferro de referência para abril na Bolsa de Cingapura subia 0,75%, a 115,30 dólares por tonelada.

Outros ingredientes siderúrgicos em Dalian registravam perdas, com o carvão metalúrgico e o coque caindo 2,33% e 1,99%, respectivamente.

Os índices de referência do aço na Bolsa de Futuros de Xangai caíram em meio à demanda fraca. O vergalhão recuou 0,70%, a bobina laminada a quente perdeu 0,77%, o fio-máquina caiu 1,25% e o aço inoxidável retraiu 0,80%.

“A recuperação da demanda de aço tem sido lenta, em parte porque alguns canteiros de obras no sul da China ainda não retomaram as operações no momento devido ao clima adverso”, disseram analistas da Galaxy Futures em uma nota.

Investing - SP   07/03/2024

Dois drones ucranianos atingiram instalações de combustível em uma das maiores usinas de minério de ferro da Rússia, nesta quarta-feira, embora ninguém tenha ficado ferido e a usina estivesse funcionando normalmente, disseram autoridades russas e o proprietário da usina.

O governador de Kursk, Roman Starovoit, afirmou que um segundo drone havia atingido a usina de minério de ferro Mikhailovsky GOK, de propriedade da Metalloinvest, a maior produtora de minério de ferro da Rússia, cerca de duas horas depois de ter anunciado um primeiro ataque.

Ele postou nas mídias sociais que as defesas aéreas russas estavam em operação e pediu que as pessoas mantivessem a calma.

Imagens de vídeo não verificadas nos canais russos do Telegram mostraram fumaça preta subindo para o céu e danos na usina, aparentemente após o primeiro ataque.

Uma fonte da agência de inteligência militar GUR, da Ucrânia, disse à Reuters que ela foi responsável pelo ataque.

"Hoje, como resultado de um ataque de drones no distrito de Zheleznogorsky, um tanque de combustível no depósito de combustível e lubrificantes da Usina de Mineração e Processamento Mikhailovsky pegou fogo", disse a Metalloinvest em um comunicado após o primeiro ataque.

A empresa afirmou em declarações separadas, após os dois ataques, que a usina estava funcionando normalmente.

"Não houve vítimas. As medidas necessárias estão sendo tomadas atualmente para extinguir o incêndio."

Starovoit culpou Kiev pelos ataques à usina no distrito de Zheleznogorsky, na região de Kursk, conhecida por suas minas de ferro e localizada a cerca de 90 km da fronteira ucraniana. Mais tarde, ele disse que havia o risco de ataques com mísseis na área.

A Mikhailovsky GOK é uma das maiores instalações de mineração e processamento de minério de ferro da Rússia. Por meio de mineração a céu aberto, a Mikhailovsky GOK está desenvolvendo um depósito de minério de ferro com reservas comprovadas de 10,4 bilhões de toneladas, de acordo com a Metalloinvest.

Ataques de drones ucranianos atingiram repetidamente as refinarias de petróleo russas e outras infraestruturas econômicas nas últimas semanas. A região de Kursk tem sido alvo de ataques regulares durante a guerra.

IstoÉ Dinheiro - SP   07/03/2024

O diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, destacou que a exportação de minério de ferro em fevereiro registrou avanços tanto no volume embarcado quanto nos preços. Em volume, a alta em comparação com igual mês em 2023 foi de 21,4%, enquanto que, no preço, o aumento foi de 16,5%.

Outro item das exportações ressaltado por Brandão foi o petróleo. Nesse caso, a queda de preços (-6,1%) foi compensada por uma forte alta de volume vendido, de 134%.

Questionado sobre a tendência verificada em fevereiro, o diretor do MDIC afirmou que o óleo bruto deve “provavelmente” ser um dos destaques das exportações brasileiras neste ano.

Já na agricultura, também houve queda de preços nas exportações de fevereiro, com recuo de 20,7% na soja e de 3,1% no café. Mesmo assim, os valores vendidos cresceram em ambos os casos (4,5% e 71,5%, respectivamente), puxados pelo aumento de volume exportado – com alta de 31,7% no caso da soja e avanço de 77,1% para o café.

Nos destinos, novamente o destaque foi a China, para onde os embarques cresceram 39,7%, embora os preços tenham recuado 4%. Já para a Argentina as vendas registraram queda, de 30% em fevereiro, também ante igual período do ano passado.

Segundo Brandão, o recuo se deve principalmente à redução na exportação de soja e de energia elétrica ao país neste período. Os dois itens responderam por cerca da metade da queda de aproximadamente US$ 400 milhões registrada no último mês em embarques para os argentinos, explicou o técnico.

Brandão foi questionado ainda sobre a alta de importação de bens intermediários registrada em fevereiro, de 2,8%, e se o movimento poderia indicar um ponto de inflexão para a indústria.

Ele disse que o avanço ainda é pontual e que é preciso acompanhar o indicador para verificar se a tendência será mantida nos próximos meses. Avaliou, por sua vez, que o aumento já pode ser um sinal de “melhora” da produção interna.

Infomoney - SP   07/03/2024

A CSN Mineração (CMIN3) registrou lucro líquido de R$ 1,35 bilhão no quarto trimestre de 2023, uma alta de 56,02% na comparação com o mesmo período de 2022, refletindo a melhora no resultado operacional, com maiores preços e volumes, confirmando o excelente momento vivido pela companhia.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 2,759 bilhões no período, um avanço de 54,56% na base anual.

No último trimestre do ano passado, a receita líquida alcançou R$ 5,01 bilhões, valor 43% superior ao visto em igual intervalo do ano anterior.
O resultado financeiro ficou negativo em R$ 345 milhões no trimestre, praticamente em linha ante o mesmo período de 2022.

Ao final do último trimestre do ano passado, a CSN Mineração possuía um fluxo de caixa ajustado positivo em R$ 1,14 bilhão, desempenho superior ao apresentado no trimestre passado, em consequência do forte Ebtida alcançado no período que mais do que compensou o aumento nas despesas financeiras.

A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por Ebtida, ficou negativa em 0,15 vez.

AUTOMOTIVO

Valor - SP   07/03/2024

O ambiente econômico do país pesou nas avaliações da Stellantis e de outras empresa, que costumam fazer investimentos de longo prazo

Durante um tempo parecia que os fabricantes de veículos estavam prestes a desistir de produzir no Brasil. Era, pelo menos, o que alguns fatos indicavam no início da década.

O mais marcante foi o da Ford, que decidiu fechar todas as fábricas no país entre 2020 e 2021. Em seguida, a Mercedes-Benz também fechou a fábrica de automóveis que havia construído no interior de São Paulo sob o argumento de que a instalação não comportava as linhas mais modernas de carros de uma nova era, a da eletrificação.

Ainda em 2020, a Audi também decidiu interromper a produção que tinha na fábrica da parceira Volkswagen no Paraná para avaliar as condições do país e do mercado. Paralelamente, começaram a surgir especulações de que a General Motors também sairia do país. Primeiro, a partir de uma declaração da presidente global da companhia, Mary Barra, que dava a entender que a operação não seria mantida se continuasse a dar prejuízos.

Outras montadoras se limitavam a fazer apenas investimentos pontuais. A Renault, por exemplo, anunciou um programa menor, que durou um ano, até ter uma ideia mais clara do que aconteceria com o mercado no pós-pandemia.

A covid-19 teve uma parte de responsabilidade pelo marasmo que tomou conta do setor. Assim como a crise dos semicondutores, que paralisou fábricas inteiras durante muitos dias em vários meses dos anos de 2021, 2022 e parte de 2023.

Mesmo assim, chamava a atenção ver a indústria automobilística anunciando pesados investimentos em fábricas de elétricos nos países desenvolvidos enquanto pouco se avançava por aqui.

Houve quem dissesse, entre os que se arriscam a fazer análises sobre o setor, que o imenso parque de fabricantes de veículos e de autopeças instalado no Brasil estava fadado a virar sucata.

Mas, de repente esse cenário mudou completamente. Começou pelas marcas chinesas. BYD e Great Wall Motor (GWM) decidiram se instalar no país. A GWM comprou a fábrica que era da Mercedes e a BYD ficou com a da Ford na Bahia. Paralelamente, a Audi decidiu retomar seu espaço e voltar a produzir no Paraná.

A partir do fim do ano passado, começaram a despontar novos ciclos das mais veteranas. A operação brasileira da Renault foi inserida num plano global da companhia.

Começou, então, um vaivém de altos executivos do setor em Brasília. Os chefes globais dessas empresas decidiram vir ao país para pessoalmente contar as novidades ao governo brasileiro.

Desde novembro, já passaram pelo Palácio do Planalto o CEO da Nissan, Makoto Uchida, o chefe da divisão internacional da GM, Shilpan Amin, e nesta quarta-feira foi a vez do CEO da Stellantis, Carlos Tavares.

O anúncio de investimento de R$ 30 bilhões no Brasil nos próximos cinco anos mostra não apenas um passo decisivo da Stellantis para manter sua liderança na América Latina, região importante para sua atividade, como confirma que o Brasil definitivamente não vai sair do mapa da indústria automobilística.

Pelo menos até a próxima década. “Nos vemos em 2030”, disse hoje Tavares numa entrevista. Nesse período, o Brasil terá tudo para continuar entre os dez maiores produtores de veículos do mundo. Ocupou o oitavo lugar em 2022. O ranking de 2023 ainda não foi anunciado.

O ambiente econômico do país pesou nas avaliações dessas empresas, que costumam fazer investimentos de longo prazo. Os executivos também gostaram de poder contar com incentivos fiscais do governo em programas que premiam inovação e redução de emissões, como o recém-lançado Mover.

No caso das grandes empresas, como Stellantis, Toyota, Volkswagen, Renault e talvez GM, os recursos serão direcionados à produção de carros híbridos – com um motor elétrico e outro a combustão que pode ser abastecido com etanol.

A solução ajuda a colocar o Brasil no mapa da eletrificação sem maiores traumas para o atual parque produtivo e sem transformar o carro em algo inacessível para a maioria dos brasileiros.

O Estado de S.Paulo - SP   07/03/2024

Com o anúncio feito nesta quarta-feira, 6, pelo grupo Stellantis, o volume de investimentos programados pelas montadoras ultrapassou a casa dos R$ 95 bilhões, o maior ciclo da história. A dona de marcas como Fiat, número um em vendas no Brasil, Jeep, Peugeot e Citroën, afirmou hoje que vai investir R$ 30 bilhões no Brasil até 2030. As cifras podem ser ainda maiores. Pelos cálculos da Anfavea, entidade representante da indústria automotiva, a previsão é de mais de R$ 100 bilhões de investimentos até 2029.

Os números vigorosos têm sido uma constante ao longo do tempo. Foi na década de 90, com a abertura comercial do País, que o setor deu seu maior salto na expansão da capacidade produtiva. Nessa época, as montadoras apostaram na produção de veículos de menor porte, com aumento da escala técnica e capacitação da mão de obra local. A estratégia colocou o Brasil no 10º lugar do ranking dos maiores produtores mundiais.

Em 2012, num impulso protecionista da ex-presidente Dilma Rousseff, o programa Inovar Auto atraiu cerca de R$ 85 bilhões para estimular a modernização e competitividade da indústria até 2030. Mas não conseguiu alcançar os objetivos. Não houve avanços tecnológicos significativos e ainda deixou o setor com elevada ociosidade.

Há dois meses, o governo Lula lançou mais um novo programa federal de apoio à indústria automotiva, o Mover. Alvo de críticas em seu lançamento, o plano já colhe os frutos dos investimentos prometidos pelas montadoras na negociação do programa. Mesmo sem colocar na conta o anúncio da Stellantis, que promete ser o maior de todos, o governo já conta, e celebra, mais de R$ 65 bilhões a serem desembolsados no País por dez fabricantes.

Esses recursos são, em sua maior parte, a contrapartida ao Mover, acrônimo de Mobilidade Verde, como foi batizado o programa que até 2028 vai liberar R$ 19,3 bilhões para as montadoras produzirem carros que sejam mais seguros e poluam menos.

No caso da Stellantis, os investimentos são fruto não apenas do Mover, mas também da prorrogação dos incentivos regionais, que beneficiam sua fábrica em Pernambuco. Em novembro, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), disse que a manutenção dos incentivos - conquistada pela Stellantis após uma queda de braço com Volkswagen, GM e Toyota na tramitação da reforma tributária - assegurava pelo menos US$ 1,5 bilhão, ou R$ 7,4 bilhões pela cotação atual, apenas na operação da Stellantis em Goiana, no norte pernambucano.

O objetivo do governo com o Mover é dar um empurrão numa corrida na qual o Brasil está atrasado: a eletrificação. Cada vez mais, a partir de agora, o motor elétrico vai fazer par com o propulsor movido à gasolina ou etanol.

Previsões de consultorias como a A&M e a Bright Consulting indicam que até o fim desta década metade dos automóveis vendidos no Brasil terá algum grau de eletrificação: do carro puramente elétrico, cuja adoção tende a ser mais lenta, aos mild-hybrids, ou híbridos leves, que devem ser a maioria na primeira etapa de transição tecnológica. Na indústria, contudo, ainda há uma avaliação de que será difícil alcançar essa marca.

Em evento nesta semana, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que a regulamentação do Mover deve ser publicada até o fim do mês. “Temos que recuperar a indústria brasileira”, disse ele. “O Brasil teve um processo de desindustrialização precoce ocasionado por juros altos, pelo câmbio e por impostos. Precisamos de iniciativas verdes e sustentáveis para a descarbonização da matriz e a formação de uma indústria exportadora.”
Balanço

Na terça-feira, 5, a Toyota confirmou R$ 11 bilhões em investimentos no Brasil, como antecipado no domingo pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Antes da montadora japonesa, investimentos também bilionários foram anunciados para até 2028 por Volkswagen (R$ 16 bilhões), General Motors (R$ 7 bilhões) e Hyundai (R$ 5,45 bilhões), assim como por Renault (R$ 5,1 bilhões), Caoa (R$ 4,5 bilhões) e Nissan (R$ 2,8 bilhões), que ampliaram seus ciclos de investimento no fim do ano passado.

Além dessas montadoras, as chinesas BYD e GWM vão investir, respectivamente, R$ 3 bilhões e R$ 10 bilhões para montar carros híbridos e elétricos em fábricas adquiridas de marcas que desistiram de produzir automóveis no Brasil: Ford e Mercedes-Benz.

Valor - SP   07/03/2024

Montadora anunciou programa de investimentos para o Brasil de R$ 30 bilhões até 2030

Carlos Tavares, presidente mundial da Stellantis: “Se repassarmos esse custo (do carro 100% elétrico) a classe média vai nos dizer: não posso comprar” — Foto: Wenderson Araujo/Valor

O presidente mundial da Stellantis, Carlos Tavares, percebeu que se vender apenas carros 100% elétricos em todo o mundo, a indústria automobilística perderá a maior parte da sua clientela, formada pela classe média. Por isso, para não perder de vista as metas de descarbonização, ele tem buscado meios de oferecer um tipo de eletrificação mais acessível a esse público. No Brasil, a possibilidade de usar o etanol em carros híbridos foi o que levou a montadora a decidir investir R$ 30 bilhões no país nos próximos cinco anos.

Trata-se do maior entre todos os programas de investimentos que as montadoras têm, seguidamente, anunciado nas últimas semanas. Com o da Stellantis, o total anunciado pelas montadoras de veículos leves (automóveis e comerciais) no Brasil para a década atual já chega a R$ 87,8 bilhões. Desse total, R$ 67,2 bilhões representam a soma de planos anunciados há menos de três meses.

A Stellantis, uma empresa criada há três anos da fusão de Fiat, Chrysler, Peugeot e Citroën, entre outras, se junta a Volkswagen, Toyota e CAOA Chery, que já definiram claramente que seus novos investimentos serão aplicados no desenvolvimento de carros híbridos a etanol. General Motors, Renault, Nissan e Hyundai tendem a ir no mesmo sentido, que Tavares apontou como “uma solução inteligente”.

O executivo lembra que hoje produzir um carro totalmente elétrico custa entre 30% e 40% mais. “Se repassarmos esse custo a classe média vai nos dizer: não posso comprar”, afirma. “Se ignorar o custo, a reestruturação de uma empresa que emprega 260 mil pessoas no mundo representaria um desastre social”, completa.

Daí, afirma Tavares, a necessidade de buscar soluções regionais. “Só nos resta encontrar soluções inteligentes como o carro flex que já existe no Brasil”, afirma. A tecnologia flex, que permite o uso de etanol ou gasolina, incorporada à eletrificação que o carro híbrido oferece, ajuda a promover a descarbonização a preços mais acessíveis.

“Estamos a assistir a fragmentação do mundo, o que não é uma boa solução para a humanidade; mas essa é outra discussão”, afirma o executivo português que está no comando da Stellantis desde que a empresa foi criada e que antes disso, na presidência de Peugeot e Citroën, já havia se tornado uma das celebridades da indústria automobilística mais respeitadas do mundo.

Ele lembra que enquanto europeus já demonstraram interesse por elétricos, os americanos ainda hesitam. Já no Brasil existe o potencial do etanol. E os africanos? “Como encontrar uma tecnologia segura, limpa e acessível para os africanos sem partir para biocombustíveis que possam comprometer a oferta de alimentos?”, questiona.

Segundo o executivo, os preços dos carros elétricos poderiam se equiparar aos modelos à combustão já entre 2026 e 2027. Mas ele teme que a regionalização do mundo comprometa a necessária escala para que isso aconteça.

Tavares lembra o que aconteceu recentemente na Europa, quando alguns governos, como o alemão, retiraram subsídios que chegavam a € 7 mil para o consumidor que trocasse o automóvel por um 100% elétrico. “A classe média desapareceu”.

A América Latina é, para nós, hoje, uma região estável”

— Carlos Tavares

“A mensagem do consumidor foi: teremos carro elétrico sem problemas, mas precisamos dos subsídios. Sem subsídio não há volume e sem volume não há escala e sem escala não podemos reduzir os preços. E se não houver volume não haverá impacto ambiental. É uma máquina encravada.” O executivo lembra que os países estão endividados, com altas taxas de juros e ninguém quer ouvir falar em aumento de impostos.

Mas de que adiantará um híbrido que aceita etanol se o consumidor preferir a gasolina? Tavares diz que a Stellantis já oferece carros que funcionam só com etanol. “Mas somos apenas um dos atores para que isso funcione”. Ele sugere uma participação maior do governo para promover o biocombustível.

A Argentina também receberá investimentos da Stellantis. Aparentemente, a direção da empresa não pretendia revelar o valor nesta quarta-feira, na entrevista que concedeu em Brasília logo após encontro com o governo. Mas diante da insistência dos jornalistas para saber o nível de interesse em manter o ritmo de atividades no país vizinho, o presidente da Stellantis na América Latina, Emanuele Cappellano, revelou que também a Argentina receberá, em breve, investimento equivalente a R$ 2 bilhões.

Segundo Cappellano, até 2030, a renovação de produtos e lançamento de novos carros das marcas da Stellantis no Brasil vai somar 40 modelos. Desse total, 20% serão 100% elétricos.

Tavares veio ao Brasil para pessoalmente anunciar o novo investimento ao governo. Tanto durante a reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice, Geraldo Alckmin, como depois, na conversa com os jornalistas, o executivo enalteceu o programa Mover, que oferece incentivos fiscais federais à indústria automotiva em troca de compromissos em pesquisa, inovação e redução de emissões.

“É um programa extremamente inteligente que se torna um dos pontos de força para o país que tem feito reformas estruturais e programas para a indústria”, afirmou.

“A América Latina é, para nós, hoje, uma região estável”, destacou Tavares ao referir-se aos motivos que levaram a companhia a anunciar o robusto investimento. O ciclo anterior, que somou os programas das marcas que compõem a Stellantis no país, totalizou R$ 16 bilhões para o período entre 2018 e 2025.

A jornalista viajou a convite da Stellantis

CONSTRUÇÃO CIVIL

Construção Latino-americana - SP   07/03/2024

Incerteza parece ser a palavra precisa para resumir a situação atual no mundo e, em todos os mercados, esta incerteza vem de múltiplas direções. Há convulsões geopolíticas significativas, inflação persistente, grave escassez de competências e materiais e regulamentação de sustentabilidade cada vez mais rigorosa.

De acordo com o que afirmou Alan Manuel, CEO do grupo Currie & Brown no documento Como navegar em 2024: equilibrar desafios com oportunidades , estes factores, entre outros, estão a aumentar os custos de construção em todo o mundo. “Prevemos aumentos em cada uma das nossas regiões operacionais em 2024. Isto segue-se a um aumento geral nos custos de construção de 3,64% em 2023”, afirma.

Embora a volatilidade dos custos seja um desafio significativo para a indústria da construção, também não é nova. Nos cinco anos até 2023, os custos globais de construção aumentaram 21%.

A indústria enfrenta a necessidade de parar de lidar com os problemas de forma reativa e começar a abordar em conjunto esta tendência de longo prazo. E Manuel pergunta: “O que podemos fazer agora para abordar os factores que geram custos e criar maior certeza de custos no futuro?”

Esta questão está no centro do último relatório da Currie & Brown, que não só apresenta os seus mais recentes dados e inteligência de mercado, mas também analisa as tendências dominantes a longo prazo que estão a transformar a indústria, tais como novas formas de trabalhar, a necessidade de sustentabilidade e digitalização.

Segundo o executivo, cada uma dessas tendências apresenta desafios, mas também oferece oportunidades para impulsionar a eficiência operacional e mitigar o impacto dos aumentos de custos. “Focar nestas áreas em 2024 e além será fundamental para navegar na atual incerteza e criar ambientes construídos melhores e mais sustentáveis para todos”, diz ele.
Certeza, sustentabilidade e futuro

Mas como navegar num 2024 tão complexo? Onde estão as oportunidades?

As organizações podem gerir potenciais interrupções adaptando-se e investindo em novas formas de trabalhar. Inovações como a construção modular ou novos modelos de aquisição podem resolver alguns dos riscos comuns em 2024. A combinação de novas ideias com conhecimento e experiência aprofundados irá desbloquear oportunidades e gerar crescimento.

No que diz respeito à sustentabilidade e à descarbonização, o documento é enfático ao indicar que a indústria da construção tem um papel fundamental e procura formas de construir de forma mais inteligente e melhor, incorporando agora práticas sustentáveis e adaptando-se às políticas em evolução.

Além disso, as organizações devem planear e investir em tecnologias que melhorem o retorno do investimento e que possam antecipar e gerir desafios futuros. “O uso adequado de dados, insights e tecnologia ajudará as organizações a entregar resultados melhores e mais rápidos com valor duradouro”, afirma o relatório.
Infraestrutura impulsiona crescimento na América Latina

Espera-se que as infraestruturas impulsionem o crescimento na América Latina e o relatório destaca o México, a Colômbia e o Peru como atores-chave neste impulso. No entanto, o setor enfrenta os mesmos desafios que ameaçam a indústria global.

Na Colômbia, prevê-se um aumento nos custos de construção entre 8 e 9,5% em 2024. Esta tendência ascendente deve-se à escassez de materiais essenciais, como o aço e o cobre, juntamente com a procura crescente por parte de um grupo de mão-de-obra qualificada e limitada.

Além disso, segundo Currie & Brown, os custos no México deverão aumentar entre 1,8% e 2,3%, enquanto no Peru são esperados aumentos de 1,2% a 2,3%.

“Navegar pela incerteza económica e política na América Latina exigirá agilidade e vontade de adaptação às mudanças nas condições do mercado. O conhecimento local aliado a informações baseadas em dados pode revelar oportunidades de crescimento”, disse Carlos Garza, Diretor de Análise Financeira e Planejamento na Cidade do México.
E os custos no resto do mundo?

O relatório oferece uma análise abrangente dos custos de construção em diversas regiões do mundo. Quanto aos Estados Unidos, a atividade de construção deverá permanecer estável em 2024, com estimativas de aumentos de custos variando entre 3% e 6%.

Na Europa, a actividade de construção deverá permanecer estável ao longo do ano, embora factores macroeconómicos possam desencadear um declínio da actividade. Em termos de aumento de custos, espera-se que o crescimento fique entre 4% e 6%.

Apesar da escassez de mão-de-obra e de recursos, a indústria da construção continua a crescer no Médio Oriente, impulsionada em parte por ambiciosos planos de desenvolvimento governamentais. Espera-se que os custos de construção aumentem entre 2% e 3% nos Emirados Árabes Unidos e entre 5% e 7% na Arábia Saudita.

Na Ásia-Pacífico, as projeções variam consideravelmente. Prevê-se um aumento de custos entre 1,8% e 2,3% na China, enquanto um aumento muito mais acentuado, que poderá situar-se entre 10% e 20%, é esperado no Japão. Por outro lado, a Índia e a Austrália registariam aumentos de custos mais moderados, variando entre 5% e 7% e 5,5% e 6,5%, respetivamente.

Valor - SP   07/03/2024

Índice de refinanciamento avançou 8,1% e o índice de compra subiu 10,6%

Os pedidos de hipotecas subiram 9,7% na semana terminada em 1 de março, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (06) pela Mortgage Bankers Association's (MBA). Com a alta, o índice MBA de pedidos de hipoteca subiu de 171,5 para 188,2.

O índice de refinanciamento avançou 8,1%, de 395,9 para 428,1 pontos. Já em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador registrou queda de 2%. O índice de compra subiu 10,6% para 141,1, de 127,6 no período anterior e recuou 8% no ano.

“Os dados mais recentes sobre a inflação não foram marcadamente melhores nem piores do que o esperado, o que foi suficiente para reduzir um pouco as hipotecas, com a taxa fixa de 30 anos recuando ligeiramente na semana passada para 7,02%”, disse Mike Fratantoni, vice-presidente sênior e economista-chefe do MBA.

Segundo ele, o volume de compras aumentou de forma expressiva, mostrando mais uma vez quão sensível é o segmento de novos compradores de casas a mudanças relativamente pequenas na direção dos juros.

NAVAL

Globo Online - RJ   07/03/2024

O governo vai conceder à iniciativa privada 35 projetos no segmento de portos, que totalizam investimentos de R$ 14,5 bilhões entre 2024 e 2026. O valor não contempla as outorgas. Estão previstos projetos de armazenamento de cargas sólidas e líquidas, canais, entre outros projetos. A concessão de um porto, o de Paranaguá, no Paraná, só deve acontecer em 2025. Pela primeira vez, o governo também pretende conceder hidrovias.

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Campos Filho, a carteira toral de concessões do ministério no setor de portos soma R$ 78,5 bilhões, considerando projetos já concedidos e as concesões que ainda vão acontecer. Ele disse que cerca de R$ 60 bilhões desse total virão do setor privado. O ministro afirmou que o desafio do ministério é acelerar essa carteira, incluindo portos, mas sem ceder totalmente a autoridade portuária.

— Serão 35 leilões previstos nos próximos anos, mas eu gostaria de fazer todos este ano — afirmou o ministro.

A carteira de concessões previstas para os próximos três anos foi apresentada a investidores em evento realizado em parceria com Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) na B3, em São Paulo.

O ministro observou que há R$ 41 bilhões em investimentos nos chamados Terminais de Uso Privado (os chamados TUPs) empreendimentos em que a atividade portuária ocorre sob o regime da iniciativa privada e o terminal é outorgado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ). Outros R$ 23 bilhões são de contratos que já estão em vigor e que estão sendo revistos ou prorrogados.

Para este ano, estão previstos leilões de 16 projetos em três lotes (abril, agosto e novembro/dezembro), totalizando R$ 8 bilhões em investimentos. Há empreedimentos para estocagem de carga a granel e líquida no Pará, ceará, Pernambuico e Rio de Janeiro.

Porto só em 2025

A expectativa é que o primeiro leilão de concessão de um porto, entretando, aconteça apenas em 2025, com o porto de Paranaguá, no Paraná, com o modelo a ser adotado servindo a outros portos a serem concedidos nos próximos anos. Em 2025, serão concedidas 11 novos projetos, com investimento previsto de R$ 4,9 bilhões e em 2026 mais 8 empreendimentos, com R$ 1,6 bilhão em investimento.

Em 15 dias, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, prometeu apresentar um planejamento estratégico para o Porto de Santos, no litoral de São Paulo. O terminal seria privatizado no governo anterior, mas o atual governo interrompeu o processo.

Segundo o ministro, nos últimos anos, foram investidos apenas R$ 82 milhões de recursos públicos no terminal. Agora, disse o ministro, nos próximos quatro anos, serão aplicados R$ 10 bilhões em investuimentos, com participação da iniciativa privada, para modernização do terminal, construção do túnel Santos-Guarujá através de uma PPP, além de obras de perimetragem, estacionamento, entre outras.

O ministro disse que o momento econômico do país é positivo, citando queda de juros "que devem chegar a 8% este ano". Ele disse que esse movimento ajuda na queda dos juros futuros, o que beneficia investidores. Ele citou ainda com indicadores econômicos positivos a queda da inflação e o crescimento de 2,9% da economia do país, ano passado.

— E sobretudo previsibilidade, que é o que o Brasil precisa. Retomamos o diálogo internacional, nossas notas de crédito estão melhorando e o país voltou a ficar entre as dez economias maiores do mundo. O mundo tem quase US$ 3 trilhões à procura de projetos — afirmou o ministro.

Ele disse que o governo não tem preconceito em fazer Parcerias Público Privadas (PPPs) com a iniciativa privada, como alguns críticos afirmam no mercado. Tanto que dos R$ 1,7 trilhão de investimentos previsto no no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), mais de R$ 800 bilhões virão da iniciativa privada. O ministro afirmou que o governo quer, cada vez mais, conversar com o setor privado. Para o setor portuário do Brasil, nunca houve um planejamento, afirmou Silvio Campos.

Hidrovias no pipeline

Pela primeira vez, serão feitas audiências públicas para a concessão de hidrovias no país, consideras a última fronteira da infraestrutura do país, e o primeiro leilão deve acontecer em junho de 2025, com a Hidorvia do Madeira, segundo Eduardo Nery, diretor geral da Antaq. Ele disse que o país tem 42 mil quilômwetros de rios navegáveis, mas usa apenas 19 mil.

— É o modal mais sustentável e tem custo de implementação mais baixo — afirmou.

A ideía é fazer este ano quatro audiências públicas. A Hidrovia do Rio Madeira já é operacional, assim como a Hidrovia do Paraguai, que também está na lista de concessões. Em seguida, devem entrar a Hidrovia Uruguai/ Brasil (que liga as lagoas dos Patos e Mirim, no Sul do país) e a Barra Norte, no Amazonas. Em seguida, seriam concedidas novas hidrovias em seis eixos considerados prioritários pelo governo.

Valor - SP   07/03/2024

A procura por transportadores de automóveis na China está aumentando rapidamente, impulsionada pelas exportações de veículos de novas energias

A BYD, montadora líder chinesa em veículos elétricos, planeja aumentar sua frota de navios de transporte de automóveis para oito unidades, no prazo de dois anos, para aumentar sua capacidade de exportação.

“A BYD vai implantar sete navios de automóveis nos próximos dois anos para aliviar a escassez de capacidade de transporte para exportações dos veículos”, disse o fundador e presidente da empresa, Wang Chuanfu, em fevereiro.

Em janeiro, um navio que transportava veículos elétricos da BYD partiu para a Europa do Porto Logístico Internacional de Xiaomo, em Shenzhen. O BYD Explorer No. 1, um navio roll-on/roll-off (RORO), foi fabricado pela CIMC Raffles, uma afiliada de construção naval da China International Marine Containers.

O navio tem capacidade para 7 mil veículos e foi encomendado pela empresa de navegação Zodiac Maritime, com sede em Londres. É o primeiro transportador de automóveis construído num estaleiro chinês exclusivamente para a exportação de veículos produzidos internamente, disse o CIMC Raffles.

A CSSC Offshore & Marine Engineering, uma subsidiária da China State Shipping Corporation, também planeja construir dois navios capazes de transportar 7 mil veículos da BYD. A construção dos dois navios já começou em Guangzhou.

Com o aumento das taxas de fretamento das transportadoras de automóveis, a BYD também espera reduzir os custos de transporte garantindo seus próprios navios.

A China exportou 4,9 milhões de veículos em 2023, um aumento de 58% em relação a 2022, e ultrapassou o Japão para se tornar o maior exportador mundial. As exportações de veículos de novas energias, incluindo elétricos e híbridos plug-in, aumentaram 78%, para 1,2 milhão de unidades.

A BYD aumentou as vendas de veículos de novas energias no exterior todos os meses do ano passado, atingindo 240 mil unidades no ano inteiro.

Contudo, a capacidade de transporte não acompanhou a rápida expansão das exportações. Em novembro, havia 40 navios para automóveis de propriedade de armadores chineses, segundo a empresa britânica Clarksons Research.

A capacidade combinada de todos os 40 navios é de aproximadamente 110 mil veículos, muito abaixo do 1,6 milhão do Japão, dos 930 mil da Noruega e dos 490 mil da Coreia do Sul.

As exportações de automóveis do Japão atingiram o auge na década de 1960 e aumentaram de 1,1 milhão de unidades em 1970 para 6 milhões de unidades em 1980. Os construtores navais japoneses, bem como os da Europa e da Coreia do Sul, acompanharam o ritmo produzindo cada vez maiores transportadores de automóveis, incluindo navios RORO inovadores.

Na China, a procura por transportadores de automóveis está aumentando rapidamente, impulsionada pelas exportações de veículos de novas energias. Até novembro, os armadores chineses tinham feito encomendas de 37 porta-automóveis com uma capacidade combinada de 290 mil unidades, o nível atual mais elevado do mundo.

As empresas chinesas de construção naval, armadores e transportadores – incluindo fabricantes de automóveis – estão trabalhando em conjunto para aumentar as exportações.

A China está se concentrando na Europa para as exportações de veículos de novas energias. Os consumidores da região tendem a ser ambientalmente conscientes e os fabricantes de automóveis locais ainda não introduziram quaisquer sucessos entre os veículos elétricos.

Outras montadoras chinesas também estão correndo para garantir capacidade de transporte. Um navio RORO encomendado pela estatal SAIC Motor e construído pela CSSC também partiu para a Europa em janeiro.

A SAIC planeja assegurar 14 embarcações, incluindo navios de grande porte que podem transportar 9 mil carros, nos próximos três anos, através da SAIC Anji Logistics, uma empresa de logística afiliada. A SAIC disse que “apoiará a aceleração das exportações de marcas chinesas”.

A tendência de aumento das exportações deverá continuar, com a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis projetando que as exportações em 2024 cresçam 12%, para 5,5 milhões de unidades.

Ao mesmo tempo, a Europa está cautelosa com o influxo de veículos elétricos chineses e abriu uma investigação sobre os subsídios do governo chinês para veículos elétricos. Num esforço para amenizar essas preocupações, a BYD anunciou planos para construir uma fábrica na Hungria dentro de três anos.

Embora haja preocupações de que o aumento da produção local possa levar a um excesso de oferta de transportadoras de automóveis, Masashi Hodotsuka, do Instituto de Pesquisa do Japão, disse: “Em vez de cada montadora operar exclusivamente navios de automóveis, elas podem reduzir os riscos transportando conjuntamente as marcas umas das outras”.

IstoÉ Dinheiro - SP   07/03/2024

Acelerar as carteiras de investimentos no Brasil é um dos principais desafios do governo e do Ministério de Portos e Aeroportos, disse nesta quarta-feira, 6, o chefe da pasta, Silvio Costa Filho. Ele voltou a defender a conciliação entre aportes públicos e privados para impulsionar os projetos de infraestrutura em portos e aeroportos.

“Precisamos estar com portos e aeroportos estruturados para o Brasil se consolidar economicamente”, afirmou o ministro em evento sobre investimentos em portos e hidrovias promovido nesta quarta-feira na B3.

No encontro, foi anunciado que a União espera leiloar 16 áreas em portos pelo País em 2024, total de R$ 8 bilhões em investimentos. O primeiro está previsto para acontecer em abril na B3.

Até o fim do mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o plano é levantar cerca de R$ 14,5 bilhões por meio de 35 leilões de áreas portuárias.

Entre os projetos, o ministro destacou os relacionados a granéis sólidos e líquidos, pelos quais há uma forte demanda.

Segundo Costa Filho, a ideia é impulsionar o setor portuário, enquanto nunca houve um planejamento estratégico para portos no Brasil, apesar da relevância econômica do segmento. As atividades no setor portuário cresceram 6% ano passado ante alta de 2,9% da economia brasileira como um todo.

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   07/03/2024

A PetroReconcavo, produtora independente de óleo e gás em bacias terrestres, com 24 anos de atuação no segmento, anunciou os resultados financeiros e operacionais referentes ao 4T23 e consolidado do ano de 2023, registrando um aumento de 22% em relação ao ano anterior. A produção média no ano atingiu 26 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/dia), com um pico de produção de 29 mil boe/dia em outubro. O Ativo Bahia apresentou um crescimento de 32% com foco em investimentos em reativação de poços enquanto o Ativo Potiguar apresentou um crescimento de 14% realizando investimentos em fraturamentos hidráulicos e perfurações de novos poços. Além disso, houve a incorporação dos ativos da Maha Energy Brasil, que contribuíram com 9% do crescimento total da produção.

A Companhia afirma que, ao longo de 2023, os resultados financeiros foram impactados por problemas de escoamento da produção no Rio Grande do Norte especialmente no 4T23 quando o EBITDA atingiu R$ 247 milhões. No ano, o EBITDA atingiu R$ 1,3 bilhão, sendo o EBITDA potencial ajustado de R$ 1,5 bilhão, considerando os efeitos das restrições extraordinárias de escoamento. De acordo com o CFO, , mesmo em um cenário adverso de inflação, taxas de juros e câmbio elevado, a Companhia manteve um ritmo de alavancagem saudável, terminando o ano com uma posição de caixa de R$ 507 milhões: “Tivemos uma robusta geração de caixa operacional que nos permitiu investir em projetos para aumento da produção além de pagar dividendos aos acionistas. Em 2024 os pagamentos de aquisições feitas irão diminuir significativamente, o que irá possibilitar investimentos em novas oportunidades no setor.”

Segundo o CEO da PetroReconcavo, José Firmo, a companhia possui uma expertise ímpar na revitalização e recuperação secundária de campos maduros no Brasil. “Ao longo dos últimos anos a PetroReconcavo desenvolveu uma frota de Sondas e Serviços que hoje garante autonomia, eficiência e flexibilidade únicas no setor de Óleo e Gás, sendo um grande diferencial competitivo. Olhando para frente, temos uma visão de futuro ambiciosa de cada vez mais desenvolver a competência técnica da equipe para melhorar ainda mais a carteira de projetos da Companhia, com criação de valor.” explica o CEO. A Companhia registrou lucro líquido de R$ 187 milhões no 4T23, o que corresponde a um aumento de 29% em comparação com o trimestre anterior. Já o acumulado registrado do ano foi de R$ R$ 709 milhões. A receita líquida anual foi de R$ 2,8 bilhões, com uma redução de 5% em relação ao ano de 2022, e de R$ 689 milhões no trimestre. Destaque para o pagamento bruto total de proventos no ano de R$ 290 milhões, com aumento na distribuição de 31% na comparação com 2022.

Valor - SP   07/03/2024

Companhia também anunciou o encerramento das negociações para compra de ativos da Nion Energy e Petroil

A Azevedo & Travassos assinou um acordo com a GBC Participações para avaliar a aquisição da sua subsidiária Phoenix Óleo e Gás Natural.

A Phoenix é detentora de sete contratos de concessões em campos de terra localizados na Bacia Potiguar, localizados a cerca de 40 quilômetros de Mossoró (RN).

O acordo dá à companhia exclusividade sobre a Phoenix e seus ativos por 60 dias, contados a partir de hoje, com possibilidade de extensão por igual período.

O memorando de entendimentos tem por objetivo estabelecer as bases contratuais para que a Azevedo & Travassos possa aprofundar e finalizar a auditoria dos ativos.

A aquisição, caso venha se concretizar, faz parte do plano da companhia em retomar operações de explorações de óleo e gás como avenida de crescimento.

Os ativos em questão são considerados estratégicos, tanto por serem maduros e parcialmente desenvolvidos, quanto pela sua localização.

A Azevedo & Travassos diz que os ativos da Phoenix têm um volume de óleo recuperável estimado em mais de 3,8 milhões de barris e diversos poços já perfurados.

Fim das negociações

A Azevedo & Travassos disse nesta quarta-feira (6) que encerrou as negociações para a compra dos ativos da Nion Energy e Petroil.

Segundo a empresa, após extensivas negociações, mesmo após terminado o período de exclusividade, sua diretoria entendeu que os ativos não atingiram as expectativas negociais necessárias.

O acordo com a Petroil havia sido assinado originalmente em agosto e previa futura parceria comercial estratégica visando a exploração de oito campos de petróleo da empresa, com futura opção de compra parcial ou total dos ativos.

Já o acordo com a Nion Energy havia sido assinado em outubro, prevendo a possibilidade de aquisição total ou parcial da empresa bem como certos ativos operacionais de produção de petróleo e gás. A Nion Energy é detentora de seis contratos de concessão.

Veja tudo sobre o balanço, indicadores financeiros e notícias da Azevedo & Travassos no Valor Empresas 360

TN Petróleo - RJ   07/03/2024

Assim como em 2022, o setor de gás natural do Brasil continuou avançando no ano de 2023 no sentido da formação de um mercado mais aberto, dinâmico e competitivo. O cumprimento das atribuições advindas da Nova Lei do Gás permanece sendo a base pela qual a ANP contribui para a continuidade desses avanços.

Entre as medidas tomadas pela Agência, destacam-se a outorga de autorizações a novos comercializadores, carregadores e importadores, a publicidade de dados por meio de seus painéis dinâmicos e boletins mensais, a progressiva padronização dos contratos de serviço de transporte e, ainda, a discussão e regulamentação dos dispositivos do novo marco legal.

Em relação ao novo marco legal, foi publicada a Resolução ANP n° 961/2023, que alterou as Resoluções ANP nº 51/2016, simplificando o processo de oferta e contratação de capacidade de transporte em gasodutos de transporte, adequando-o aos ditames da Nova Lei do Gás.

Conforme amplamente reconhecido, um mercado mais aberto e dinâmico traz benefícios para a sociedade, uma vez que incentiva a redução de preços, tendo em vista o aumento da competição promovido pela atuação de um maior número de agentes concorrendo pela comercialização do gás natural.

Região Nordeste é destaque

A Região Nordeste continua a ter destaque no processo de abertura do mercado de gás natural. No final de 2022, os vendedores independentes (não Petrobras) foram responsáveis por aproximadamente 75% das vendas, proporção que cresceu para 81% ao final de 2023 (novembro), conforme ilustra o gráfico abaixo, que apresenta o volume de vendas de gás natural por região do Brasil para mercado não-térmico atendidos pela malha integrada de gasodutos de transporte.

Considerando o mesmo segmento de mercado e a malha integrada da Região Nordeste, o preço médio sem impostos dos demais vendedores foi cerca de 30% menor que o praticado pela Petrobras, nas operações em que o agente vendedor entregou o gás no city-gate da distribuidora ou no ponto de entrega do consumidor livre. Em todo o Brasil, considerando também a malha integrada e o mesmo segmento de mercado, o preço praticado por terceiros foi 14% inferior ao da Petrobras.

Redução da participação da Petrobras

O Nordeste segue sendo a região em que há o maior percentual de vendedores independentes, mas a participação da Petrobras continua apresentado redução em todo o país. Em 2021, empresas, que não a Petrobras, forneciam cerca de 1% do gás vendido às distribuidoras e consumidores livres. Em 2022, esse número foi de aproximadamente 17% e, em 2023, saltou para 22%.

Em 2023, continuou em crescimento o número de contratos de compra e venda de gás natural.

Além disso, o percentual desses contratos em que a Petrobras era o agente vendedor diminuiu: em 2021, foram assinados 80 contratos ou aditivos com a Petrobras como agente vendedor, contra 71 com outras empresas. Já em 2022, foram assinados 61 contratos ou aditivos com a Petrobras como agente vendedor, contra 198 com outras empresas e, em 2023, foram assinados 112 contratos ou aditivos com a Petrobras e 346 com outros agentes.

O número de empresas efetuando carregamento de gás natural na rede integrada se manteve em rota ascendente. Cresceu de três, em 2021, para 15 em 2022 e 19 em 2023 (até novembro). Assim como em 2022, entre as ações da ANP que resultaram nesse cenário estão a aprovação de novos produtos de capacidade de transporte, de seus respectivos contratos e tarifas aplicáveis, além das autorizações para a entrada das novas empresas na atividade de carregamento. A Agência permanece atuando para que essas outorgas e aprovações ocorram de forma célere, de modo a dinamizar e dar maior flexibilidade aos serviços de transporte, fomentando a entrada de novos agentes.

A partir desse cenário, é possível verificar que a transição para o mercado de gás mais aberto, dinâmico e competitivo, uma evolução gradativa, como aconteceu em outros países, permanece em curso. A continuidade desse processo é fundamental para a promoção de menores preços aos consumidores.

TN Petróleo - RJ   07/03/2024

A ANP atualizou, com dados relativos a 2023, a relação de empresas de pequeno e médio portes que atuam na exploração e produção de petróleo e gás natural no Brasil disponível em seu site. Segundo dados de 2023, há 25 empresas consideradas de pequeno porte e 10 de médio porte. Os dados são atualizados anualmente pela Agência.

A Resolução ANP 32/2014 estabelece os critérios para que uma empresa de exploração e produção de petróleo e gás natural seja enquadrada como de pequeno ou de médio porte.

As empresas enquadradas como pequenas e médias, segundo os parâmetros da ANP, podem solicitar à Agência redução da alíquota de royalties devidos nos campos dos quais são titulares. A concessão da redução está sujeita a análise pela ANP e ao cumprimento de outros requisitos estabelecidos na Resolução ANP 853/2021.

O que são empresas de pequeno e médio portes

De acordo com a Resolução ANP 32/2014, entre outros requisitos, a empresa de pequeno porte deve ter qualificação de Operador C ou D, em pelo menos um contrato de concessão e produção média anualizada inferior a 1.000 boe/d (mil barris de óleo equivalente por dia) de petróleo ou gás natural, no país e no exterior;

Já a empresa de médio porte deve ter qualificação de Operador B ou C em pelo menos um Contrato de Concessão e produção média anualizada inferior a 10.000boe/d (dez mil barris de óleo equivalente por dia) de petróleo ou gás natural, no País e no Exterior.

O que são operadoras B, C e D:

Operadora B – qualificada para operar em blocos situados em águas rasas, terra e em áreas com acumulações marginais;

Operadora C – qualificada para operar em blocos situados em terra, em áreas não-remotas e em áreas com acumulações marginais;

Operadora D – qualificada para operar em áreas com acumulações marginais

Valor - SP   07/03/2024

As restrições à oferta ajudaram a sustentar o preço do petróleo nos últimos 18 meses, que reduziu a sua produção em 2 milhões de barris por dia, suportando a maior parte dos custos

A decisão dos membros da Opep+ de prolongar os cortes voluntários na produção de petróleo até julho apenas adiou a difícil questão de quanto tempo a Arábia Saudita está disposta a suportar o peso da redução da produção global, dizem analistas.

A série de cortes, que começou em novembro de 2022, face à veemente oposição dos EUA, reduziu a produção de petróleo bruto em cerca de 5,3 milhões de barris por dia, ou cerca de 5% da oferta global.

Estas restrições à oferta ajudaram a sustentar o preço do petróleo nos últimos 18 meses, mas deixaram a Arábia Saudita, que reduziu a sua produção em 2 milhões de barris por dia, suportando a maior parte dos custos. Ao fazê-lo, cedeu cota de mercado a produtores não pertencentes à Opep, incluindo os EUA e o Canadá, que deverão produzir níveis recorde este ano, segundo a Agência Internacional de Energia.

“Para a Arábia Saudita, que tem investido consistentemente dezenas de bilhões de dólares por ano nas suas [atividades] ‘upstream’ ao longo da última década, a capacidade ociosa tem um custo diário – precisa de voltar a funcionar”, disse Ben Hoff, global chefe de estratégia de commodities do Société Générale.

O Reino “pode, de forma relativamente rápida e no momento da sua escolha, trazer de volta cerca de 3 milhões de barris por dia de fornecimento ocioso [e] esta potencialidade paira sobre o mercado como a espada de Dâmocles”, disse ele.

No momento, os investidores estão otimistas quanto à ameaça. O preço do petróleo bruto pouco mudou na segunda-feira. O Brent, referência global, caiu 0,3%, enquanto o WTI, equivalente nos EUA, recuou 0,8%.

O Brent também sofreu uma calmaria desde que os cortes foram anunciados pela primeira vez no final de novembro, sendo negociado entre US$ 73 e US$ 84 por barril, apesar da guerra em Gaza e da interrupção do tráfego de petroleiros através do Mar Vermelho.

Mas a Arábia Saudita está presa entre a concorrência internacional e as ambições internas. O país manteve-se parado enquanto os EUA e o Irã aumentavam a sua produção no ano passado.

A produção dos EUA aumentou cerca de 1,5 milhão de barris por dia, para um recorde de 13,5 milhões de barris por dia em 2023, enquanto a do Irã aumentou para uma média de cerca de 3,9 milhões de barris por dia, de cerca de 3 milhões de barris por dia no ano anterior, disse Claudio Galimberti, diretor de pesquisa da Rystad Energy para a América do Norte. “Estes são dois dos inimigos jurados da Arábia Saudita no que diz respeito à produção de petróleo”, disse ele.

Ao mesmo tempo, analistas dizem que uma medida da Arábia Saudita para voltar a juntar-se à concorrência poderia deprimir ainda mais o preço do petróleo e potencialmente reduzir os seus ambiciosos projetos internos. O país embarcou numa série de grandes programas de gastos, das novas cidades ao futebol, para diversificar a sua economia. É necessário um preço elevado do petróleo para ajudar a pagá-los. Sem os cortes agressivos de produção do país, o preço do petróleo poderia ter caído para até US$ 65 por barril, disse Galimberti. “A Arábia Saudita está basicamente assumindo todo o mercado e isso é doloroso, mas sem eles seria ainda mais doloroso”, disse ele.

Em janeiro, a estatal Saudi Aramco interrompeu um plano para expandir a capacidade de produção de petróleo do Reino, numa medida que alguns especialistas consideraram como um reconhecimento de que já possui um amplo potencial não utilizado. Nitesh Shah, chefe de commodities e pesquisa macroeconômica do provedor de ETF WisdomTree, disse que Riad espera que os EUA e outros produtores reduzam em breve suas taxas de produção.

“Os principais países da Opep verão a [sua] participação de mercado restaurada ao longo do tempo, mas a Arábia Saudita precisa primeiro cuidar da manutenção dos gastos fiscais no curto prazo. Isso é importante para a sua própria estabilidade política”, disse ele.

Riad usou a sua força política e econômica para forçar alguns membros da Opep+ a partilhar o fardo dos cortes. Mas embora os compromissos da Rússia correspondam a um corte de aproximadamente 1 milhão de barris ao dia, outros membros reduziram muito menos e o cumprimento das metas de produção reduzidas foi misto. Angola abandonou o cartel em dezembro devido a esta questão.

“Sinto que o mercado está avaliando algo entre zero e 5% de probabilidade de que [a Arábia Saudita] simplesmente se canse de todos os outros países aproveitarem seus cortes [mas] achamos que as chances são superiores a 20%”, disse Vikas Dwivedi, estrategista de energia global da Macquarie.

Helima Croft, chefe de pesquisa de commodities da RBC Capital Markets, que visitou Riad no mês passado, disse que as autoridades sauditas de energia estavam relaxadas quanto à manutenção dos cortes por mais tempo. “Eles os trarão de volta quando os preços não forem direcionados para o sul”, disse ela.

O Ministério da Energia saudita disse no domingo que depois de junho o seu chamado corte voluntário de 1 milhão de barris por dia seria reduzido “gradualmente, sujeito às condições do mercado”.

A escalada da guerra em Gaza continua a ser uma ameaça sempre presente à relativa tranquilidade do mercado do petróleo, mas a decisão de continuar os cortes voluntários de produção desviou a atenção dos traders para a próxima reunião da Opep+, no início de junho. Christyan Malek, chefe global de estratégia energética do J.P. Morgan, espera que a Opep+ comece a remover os cortes de oferta a partir de julho, à medida que a demanda da Ásia retornar no segundo semestre do ano. “Agora estamos analisando não se, mas quando eles devolverão os barris”, disse ele.

No entanto, tais previsões pressupõem que a Arábia Saudita será capaz de manter a coesão entre os membros da Opep+ e orientar um retorno gradual dos barris em falta ao mercado. “Há uma linha tênue entre ser um herói e ser um otário”, disse Dwivedi, do Macquarie. “Acho que eles estão certos e sabem disso.”

Valor - SP   07/03/2024

É a primeira vez que uma carga de petróleo da União foi vendida diretamente para uma refinaria

A Refinaria de Mataripe venceu nesta quarta-feira (6) o processo de venda direta da Pré-Sal Petróleo (PPSA) para uma carga de 500 mil barris de petróleo do campo de Atapu, na Bacia de Santos, oriundo de contrato de partilha de produção.

Segundo a PPSA, é a primeira vez que uma carga de petróleo da União foi vendida diretamente para uma refinaria. A carga estará disponível para a Refinaria de Mataripe em abril.

Todas as empresas que atuam no pré-sal foram convidadas, além da Prio e de Mataripe, da Acelen. Além da refinaria, Galp e Petrobras apresentaram propostas.

O modelo de venda direta tem sido adotado para a comercialização de cargas “spot”, com preços baseados na cotação do petróleo do tipo Brent.

A primeira carga de Atapu foi comercializada em janeiro de 2023, cuja vencedora do processo foi a Galp Energia. A segunda carga foi comercializada em agosto, com vitória da Equinor no processo. As duas primeiras rodadas de venda direta também comercializaram, cada uma, 500 mil barris.

Contrato de partilha

No contrato de partilha de produção, o Estado brasileiro é proprietário do petróleo e gás natural produzidos em áreas do pré-sal, de modo que as petroleiras atuam como operadoras. A PPSA é a responsável pela gestão de 17 contratos no regime de partilha.

Nos leilões passados e na chamada oferta permanente de partilha (OPP), as petroleiras disputam áreas no pré-sal e o critério para vitória é da oferta à União do excedente em óleo.

Excedente em óleo é a parcela da produção de petróleo e/ou gás natural a ser repartida entre a União e a empresa vencedora, segundo critérios definidos no contrato e o percentual ofertado na rodada.

IstoÉ Online - SP   07/03/2024

Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, 6, na sequência de sinalizações sobre a política monetária nos Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, indicou que os dados de inflação persistente e contratações de janeiro não alteraram o plano do banco central americano de cortar a taxa de juros neste ano, ainda que tenha reiterado a necessidade de mais evidências antes de dar um primeiro passo.

O Brent chegou a superar US$ 84 no pregão. O direcional do dia também contou com dados mistos de estoques de petróleo nos EUA e aumento de preços da commodity pela Arábia Saudita a clientes asiáticos, o que foi lido como sinal de demanda firme.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril fechou em alta de 1,25% (US$ 0,98), a US$ 79,13. O Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 1,12% (US$ 0,92), a US$ 82,96 o barril.

O presidente do BC norte-americano afirmou que autoridade monetária não está esperando que a inflação volte precisamente à marca de 2% para começar a relaxar sua postura. Em vez disso, segundo ele, o Fed busca evidências de que o índice de preços está a caminho de volta à meta “de maneira sustentável”. Powell participou de audiência na Câmara dos Representantes norte-americana.

Os contratos aceleram os ganhos mais cedo, depois que o Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques de petróleo subiram, como era esperado, mas os de gasolina e destilados caíram bem mais do que se previa.

Em um sinal de melhora da demanda, a Arábia Saudita aumentou o preço do seu principal produto – o petróleo árabe leve – para clientes asiáticos. A gigante petrolífera estatal Aramco fixou o preço oficial de venda do produto para a Ásia em abril em US$ 1,70 por barril acima da média de Omã/Dubai, ante US$ 1,50 por barril em março. O preço é considerado um barômetro de como os sauditas avaliam as perspectivas de demanda. A Aramco também elevou outros preços referenciais para abril.

Sobre a demanda chinesa, a agência de análise de risco Fitch Ratings projetou, em relatório, que o crescimento da procura por gasolina pelo país diminuirá à medida que as vendas internas de automóveis movidos por combustíveis continuem em queda.

A lentidão da atividade industrial e a recessão no setor imobiliário também devem pesar sobre a procura de óleo diesel. Já a expansão da procura por querosene pode ser apoiada pelo aumento dos voos internacionais e da procura de viagens de longa distância, apesar da sua pequena participação no total de produtos refinados.

AGRÍCOLA

Cultivar - RS   07/03/2024

A Yanmar reúne em seu estande na Expodireto Cotrijal um diversificado portfólio de tratores compactos, com até 100 cavalos de potência. Os modelos em exposição na feira combinam eficiência, durabilidade e custo-benefício, tornando-os uma excelente opção para os produtores, principalmente, diante dos desafios atuais do agronegócio.

“Neste momento, com a falta de acesso ao crédito rural ou pelas taxas elevadas de juros, entre outros fatores, a parceria com banco de fábrica é fundamental. Juros subsidiados são uma alternativa para atender os produtores rurais, principalmente, da agricultura familiar. Os produtores que buscam aumentar a produtividade e a eficiência de suas operações, não podem deixar de investir em tecnologia e maquinário. E com banco de fábrica, é possível ter acesso a máquinas compactas, com as menores taxas, sem comprometer tanto as finanças do agricultor”, destaca Fernando Figueiredo, gerente Comercial Agrícola da Yanmar South America.

No portfólio de tratores da Yanmar, por exemplo, é possível encontrar modelos de 26 até 100 cavalos de potência. Alguns destes modelos estarão disponíveis na Expodireto Cotrijal. Para a feira, a marca evidencia os modelos Solis 26, incluindo o modelo com transmissão 9x9, e os Solis 60, 80 e 105. O trator Yanmar Solis 105 e o Solis 26 com transmissão 9x9, especialmente, estarão pela primeira vez em exposição no evento.
Novo trator Yanmar Solis 105

O modelo Solis 105 passa a ser o maior trator fabricado pela Yanmar no Brasil. Equipado com um motor 4105 e transmissão ITAT 12x12, ambos da Sonalika, conferindo 105 cavalos de potência, o novo Yanmar Solis 105 é capaz de lidar com as tarefas mais difíceis do campo. Ele possui bomba de óleo tripla, onde duas seções são dedicadas ao sistema hidráulico, que garantem maior vazão, e uma seção dedicada ao sistema de direção, que compartilha o óleo da transmissão, eliminando o reservatório e fluido da direção. Conta também com radiador de óleo para maior performance do sistema hidráulico.

Entre os principais diferenciais, destaque para o levante hidráulico MITA, que é capaz de levantar até 3.500kg na rótula. O sistema de braços inferiores, reguladores e estabilizadores é de engate rápido, o que facilita o acoplamento de implementos. Ele também é equipado com dois cilindros auxiliares, que garantem mais desempenho ao equipamento, além de uma alavanca de controle externa para o levantamento dos braços inferiores, proporcionando ao operador o ajuste do hidráulico na traseira do trator.

Com um reservatório de combustível com capacidade para 117 litros, o Yanmar Solis 105 confere comodidades à operação, como a possibilidade de ajustar a altura do volante da direção; maior visibilidade em operações noturnas por meio dos faróis dianteiros tipo projetor, e das luzes traseiras e de trabalho em LED. “Potente e eficiente, o novo Yanmar Solis 105 é confortável para dirigir e equipado com uma variedade de recursos para maximizar a produtividade dos pequenos e médios agricultores”, enfatiza Figueiredo.
Yanmar Solis 26, com transmissão 9x9

O trator Yanmar Solis 26 é mais uma opção para os produtores rurais brasileiros, principalmente, para aqueles que necessitam de um trator estreito e baixo. O modelo já é amplamente conhecido no mercado, mas sua nova versão traz ainda mais vantagens, como sua transmissão 9x9, com reversor sincronizado; gama de velocidades alta, média e baixa, transmissão constant Mesh, embreagem simples e embreagem de segurança interna à transmissão, para utilização de implementos de alta inércia. Além disso, possui uma nova plataforma de operação, que é mais plana e proporciona mais comodidade ao operador.

O modelo possui 26 cv de potência e foi desenvolvido para operação com pá frontal. Versátil, o equipamento permite atuar nas mais distintas aplicações, como por exemplo, em operações de manutenção, como pulverização de culturas adensadas anuais, como as de tomate e vagem, e também perenes, como café, uva, pêssego e caqui; bem como operação em estufas, onde o espaço é reduzido; e até mesmo em instalações agropecuárias, como aviários e currais. O tanque de combustível deste modelo possui 22 litros.

As alavancas para trocas de marchas e de gama de velocidades do modelo, também é outra novidade no equipamento. Elas foram reposicionadas para facilitar a direção e proporcionar ainda mais conforto à operação. “Os tratores Yanmar Solis já são reconhecidos no mercado agrícola brasileiro. Prova disso são as mais de 10 mil unidades vendidas no país nestes últimos cinco anos, onde cinco mil unidades foram comercializadas somente no último ano”, conclui Figueiredo.
Miniescavadeiras Yanmar

Líder no mercado brasileiro de miniescavadeiras há mais de seis anos consecutivos, a Yanmartambém reúne em seu estande equipamentos de construção civil que podem ser utilizados no campo, auxiliando e maximizando a produção agrícola.

Entre as máquinas em exposição, a marca evidencia as miniescavadeiras ViO17 e a ViO20. “Na construção civil, as miniescavadeiras já são indispensáveis. E agora, elas também estão revolucionando o campo. Porém serem versáteis, elas podem ser um investimento estratégico para o agricultor executar inúmeras tarefas, que vão desde a abertura de valas e canteiros, até o preparo do solo e auxílio na colheita”, avalia o gerente Comercial de Construção Civil e Produtos de Força da YANMAR South America, Anderson Oliveira.

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