FORGOT YOUR DETAILS?

Seja bem-vindo ao INDA!

Olá, seja bem-vindo
ao INDA!

07 de Fevereiro de 2024

SIDERURGIA

Portal Fator Brasil - RJ   07/02/2024

Em fase de pré-lançamento, startup corporativa conecta a indústria a tecnologia pioneira para a impressão de peças metálicas como alternativa sustentável de produção.

A Belgo Arames inicia 2024 com a criação do primeiro hub brasileiro de impressão de peças 3D em arame de aço para a indústria, o 3D Part. Em fase de pré-lançamento, a startup corporativa oferece solução pioneira para a indústria que tem a necessidade de criar uma peça de forma mais rápida se comparada à manufatura tradicional ou precisa repor peças danificadas, que muitas vezes são importadas e demoram para chegar ao país. Além disso, a solução é uma alternativa sustentável, pois gera menos resíduos. Do jeito convencional, o descarte de aço na produção de peças pode chegar a 80%. Com a tecnologia 3D cai para 20%.

—Com o investimento nessa tecnologia, a Belgo cria uma possibilidade disruptiva para sanar uma dor da indústria brasileira e fomenta o mercado com inovações da Indústria 4.0. A tecnologia que empregamos para a impressão 3D é a de Manufatura Aditiva por Deposição à Arco (MADA) e conta com a garantia de qualidade da Belgo, que cumpre também com as certificações de segurança e de desempenho obrigatórios —diz André Ghion, diretor de Marketing, Inovação e Estratégia da Belgo Arames.

O hub de impressão de peças 3D em arame de aço da Belgo faz a conexão entre a demanda do cliente e parceiros tecnológicos, contribuindo com sua expertise em MADA e matéria-prima, além de todo o conhecimento da líder em produção de arame de aço do país.

A fase de pesquisa e viabilidade técnica de mercado envolveu uma equipe multidisciplinar, composta por pesquisadores, especialistas em solda, engenheiros, e profissionais das áreas comerciais, de design thinking, marketing, inovação e logística. Segundo Ghion, já foi investido R$ 1,2 milhão nesse projeto.

Atualmente, o hub de impressão 3D da Belgo trabalha com tecnologia para atender a confecção de peças de até 30 cm³. Até o fim de 2024, a expectativa é ampliar a impressão para até 100 cm³. “As primeiras impressões já estão sendo feitas em Minas Gerais e estamos prontos para atender indústrias de todos os portes. Os primeiros ensaios foram promissores, e a Belgo acredita na consolidação desse novo mercado nos próximos anos”, afirma Ghion.

Empresas interessadas na solução oferecida pela 3D Part podem entrar em contato com a Belgo Arames via formulário disponível no site 3dpart.belgo.com.br.

IstoÉ Dinheiro - SP   07/02/2024

Uma acirrada disputa em torno da importação de aço transformou-se em uma guerra aberta em um setor gigantesco da economia e que concentra algumas das maiores empresas do país. De um lado, postam-se as siderúrgicas brasileiras, que defendem maior taxação sobre a entrada de aço chinês no Brasil, movimento que tem se intensificado nos últimos meses. De outro, posicionam-se empresas compradoras desse aço, que argumentam que a taxação pode gerar custos altamente prejudiciais à indústria de bens de capital. Na semana passada, uma declaração do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), José Velloso, funcionou como gasolina atirada a uma fogueira que já ardia em fogo brando.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Velloso acusou as siderúrgicas brasileiras de “fazer chantagem” e, nominalmente, atacou o presidente da maior delas, a Gerdau. Velloso chamou o executivo Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, de “moleque” e disse que seus argumentos em defesa da proteção ao aço brasileiro são “mentiras”. As declarações caíram como uma bomba em um setor marcado pela discrição e reserva nos posicionamentos, surpreendendo desde representantes do governo que lidam com o assunto no Ministério do Desenvolvimento Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) a membros da Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Nunca vimos uma disputa nesse setor escalar a esse tom. É até o caso de se questionar a legitimidade de uma liderança que faz essas acusações”, diz uma fonte ligada à entidade.

A guerra do aço tem origem em um pleito apresentado pelo Instituto Aço Brasil junto ao MDIC para elevar a alíquota de importação de vários produtos, entre eles um tipo de aço específico utilizado pelas indústrias brasileiras de máquinas. O instituto pede a elevação da taxa atual – que varia entre 11% e 12% – para 25%.

O presidente do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, e o presidente da Abimaq, José Velloso, falaram à Dinheiro sobre a briga entre os setores, um embate que deve ir longe.

Siderúrgicas temem “invasão chinesa”

O setor da siderurgia nacional, que concentra gigantes como a Gerdau e a CSN, teme que o país seja inundado por aço chinês. Com a economia do país asiático crescendo menos e o setor de construção civil desaquecido por conta da recente quebra da Evergrande, o presidente do Instituto Aço Brasil reforça que o aço chinês já é taxado em 25% em países como Estados Unidos, México e pela União Europeia. Ele teme que empresas paralisem plantas e aumente o desemprego no setor.

“O que estamos vivendo é a tempestade perfeita. Temos as vendas internas do setor caindo, exportações caindo, importações subindo de forma exponencial e o setor com ociosidade de 40%, que é muito alto. Se nada for feito você terá como consequência demissões e fechamento de plantas”, explicou Lopes.

A indústria da siderurgia afirma que há 564 milhões de toneladas de aço excedente para exportação e 191 milhões são chineses. Lopes afirma que a China está exportando atualmente 100 milhões de toneladas, o que significa duas vezes mais que a capacidade do Brasil.  Lopes também chama os argumentos da Abimaq de “narrativas” e que as entidades que criticam o aumento da alíquota não tem nenhuma representatividade.

“Quem está do lado da coalizão da Abimaq não tem representatividade. A Associação da Indústria Ferroviária: não tem expansão da malha ferroviária no Brasil. A Associação da indústria Naval já foi muito forte e você não tem nada hoje. O grupo que  eu coordeno representa 43% do PIB e tem indústria de cimento, brinquedo e várias outras”, afirmou.
“O aço mais caro do mundo”

O autor das pesadas críticas contra as siderúrgicas, José Velloso representa o setor dos produtores de máquinas, um dos maiores consumidores de aço no país. Em tom mais comedido que o adotado há duas semanas e evitando polemizar sobre os ataques da entrevista à Folha de S.Paulo, ele justifica que o aço do Brasil é o mais caro do mundo para pequenas indústrias.

Estudo feito pela entidade que preside, a Abimaq, mostra que o aço produzido no país chega a ser 42% mais caro que o importado nacionalizado. Segundo a associação, a tonelada do aço laminado a quente chega a custar US$ 1.210 no Brasil, contra US$ 794 na média dos países. A entidade cita como fonte dos dados a CRU Group, empresa privada especialista em inteligência de negócios.

Frente ao argumento de que a manutenção das taxas sobre o aço chinês pode levar a indústria da siderurgia demitir trabalhadores, Velloso esboça outro cenário nefasto em que o aumento nas alíquotas teria efeito deletério sobre a inflação, já que produtos como geladeira e automóveis podem ficar mais caros.

“Se a entrada do aço chinês vai gerar desemprego no setor da siderurgia, a taxação vai ter um impacto econômico muito maior. O setor que representamos gerou 396 mil empregos em 2022, contra  126 mil da siderurgia. Se as barreiras para a entrada do aço importado aumentarem, a situação pode piorar ainda mais”, avalia Velloso.

Na próxima quinta-feira, 8, há expectativa de que o Gecex do Ministério da Indústria e Desenvolvimento tome uma posição sobre a contenda ou solicite mais informações. A guerra, ao que tudo indica, está só começando.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   07/02/2024

As previsões do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos em 2024 ficaram estáveis, de acordo com a edição do Boletim Focus, divulgado nesta terça-feira (6), em Brasília. A pesquisa - realizada com economistas - é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).

Para este ano, a expectativa para o crescimento da economia permaneceu em 1,6%. Já para 2025, o Produto Interno Bruto (PIB - a soma dos bens e serviços produzidos no país - deve ficar em 2%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro também projeta expansão do PIB em 2%, para os dois anos.

Superando as projeções, no terceiro trimestre do ano passado a economia brasileira cresceu 0,1%, na comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o IBGE. Entre janeiro e setembro, a alta acumulada foi de 3,2%.

Com o resultado, o PIB está novamente no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível de antes da pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019. Os dados do quarto trimestre de 2023, com o consolidado do ano, serão divulgados pelo IBGE em 1º de março.

No caso do dólar, a previsão de cotação está em R$ 4,92 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5.

Inflação

A previsão para este ano do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerada a inflação oficial do país – permaneceu em 3,81% nesta edição do Focus. Para 2025, a estimativa de inflação é de 3,5%. Para 2026 e 2027, as previsões também são de 3,5% para os dois anos.

A estimativa para 2024 está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Para 2025 e 2026, as metas de inflação estão fixadas em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Em dezembro de 2023, a inflação do país foi de 0,56%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o IPCA fechou o ano passado com alta acumulada de 4,62%. Os dados de janeiro serão divulgados pelo IBGE na quinta-feira (8).

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela quinta vez consecutiva, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões.

Em comunicado, o Copom indicou que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista “necessária para o processo desinflacionário”. O órgão informou que a interrupção dos cortes dependerá do cenário econômico “de maior prazo”.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.
Taxa de juros

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

Globo Online - RJ   07/02/2024

A ata de Copom da reunião da semana passada, divulgada nesta terça-feira, mostrou que foi unânime a decisão dos membros do colegiado em manter o meio ponto de corte no juros nas próximas reuniões. Em comparação ao texto da reunião de dezembro, mostraram atenção com a dinâmica dos rendimentos reais e o potencial impacto na inflação de serviço. Lembrando que o aumento da renda do trabalhador em 2023 foi de 7,2%, a maior da série histórica da PNAD do IBGE. O motivo apontado é a expansão do trabalho formal no ano passado.

A atenção foi mostrada no parágrafo 9: ."O Comitê também discutiu, em maior profundidade, a relação entre o mercado de trabalho e os preços na economia. Destacou-se a causalidade recíproca entre os preços e a dinâmica de rendimentos, suas respectivas defasagens e as elasticidades de impacto de um sobre outro. O Comitê seguirá atento à dinâmica dos rendimentos nas diversas pesquisas para melhor avaliar o grau de ociosidade no mercado de trabalho e seus potenciais impactos sobre a inflação de serviços".

Em outro trecho, diz o Comitê afirma que vai seguir monitorando com "bastante atenção as diferentes variáveis do mercado de trabalho, em particular com um acompanhamento minucioso da dinâmica dos rendimentos reais, que apresentaram maior crescimento nos últimos meses".

"O Comitê também discutiu, em maior profundidade, a relação entre o mercado de trabalho e os preços na economia. Destacou-se a causalidade recíproca entre os preços e a dinâmica de rendimentos, suas respectivas defasagens e as elasticidades de impacto de um sobre outro. O Comitê seguirá atento à dinâmica dos rendimentos nas diversas pesquisas para melhor avaliar o grau de ociosidade no mercado de trabalho e seus potenciais impactos sobre a inflação de serviços. Notou-se que um mercado de trabalho mais apertado, com reajustes salariais acima da meta de inflação, pode potencialmente retardar a convergência da inflação, impactando notadamente a inflação de serviços e de setores mais intensivos em mão de obra. Em contraposição, uma recomposição favorável de preços relativos, uma dinâmica benigna de commodities ou uma menor inflação de serviços poderiam potencialmente contribuir para um processo desinflacionário mais célere".

Para Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, a mensagem principal foi que os membros não querem se comprometer com alterações no guide de política monetária.

- Das alterações, avaliamos que a conjuntura e a leitura dos membros trouxe um veio marginalmente mais duro no que toca a inflação e atividade, mas conforme escrito pelos próprios membros no final do trecho B da ata: "Em sua conclusão, o Comitê avalia que o cenário prospectivo de inflação não se alterou."

Para ele, a ata não traz grandes novidades, exigindo um esforço grande para que se entenda sobre o potencial veio mais duro da conjuntura. Na sua avaliação o recado do Copom está bem dado, é de fato preciso cautela, não cabe mudanças no ritmo de cortes.

Outro destaque é que o Copom começa a ver os resultados do afrouxamento dos juros no mercado de crédito. Salienta: "Em que pesem as condições monetárias restritivas, enfatizou-se que já se observa a transmissão do ciclo de afrouxamento monetário para o mercado de crédito. Observam-se sinais de maior concessão de crédito em algumas linhas e redução das taxas de juros correntes de novas concessões, auxiliados também por incipiente aumento do apetite na oferta de crédito em certas linhas por parte das instituições financeiras. Nota-se também um maior dinamismo no mercado de capitais desde a última reunião".

Investing - SP   07/02/2024

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou nesta terça-feira que é difícil pensar em convergência para metas de inflação sem a queda dos preços de serviços.

Em evento promovido pelo BTG Pactual (BVMF:BPAC11), Campos Neto afirmou ainda que países emergentes estão registrando núcleos de inflação mais baixos do que o padrão histórico.

Pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira mostra que os analistas consultados seguem prevendo alta de 3,81% do IPCA em 2024 e de 3,50% em 2025. A projeção para ambos os anos segue acima do centro da meta oficial, que é de 3,0%, mas abaixo do teto, de 4,50%.

CNN Brasil - SP   07/02/2024

A política monetária é um dos principais temas de discussão dentro do mercado financeiro em 2024. Na avaliação de Luis Stuhlberger, CEO da Verde Asset Management, os bancos centrais estão seguindo uma postura conservadora e demorando para reduzir as taxas de juros.

Stuhlberger explica que o receio ocorre por conta da “desmoralização” que as instituições sofreram durante a pandemia, quando houve uma “demora” para que o ciclo de alta das taxas fosse iniciado.

A avaliação foi feita nesta terça-feira (6) durante sua participação no CEO Conference 2024, evento do BTG Pactual em São Paulo. A conferência reúne investidores, autoridades e gestores para discutir os cenários e perspectivas econômicas.

Quem corroborou a análise do chefe da Verde foi o sócio-fundador da SPX Capital, Rogério Xavier.

“Os BCs estão conservadores, erraram barbaramente na ida e não querem errar na volta. Mas estão claramente fora da curva”, disse Xavier.

Em sua avaliação, as economias estão com receio de uma possível inflação gerada pelo mercado de trabalho aquecido, uma vez que em países como é o caso dos Estados Unidos, o setor segue aquecido, ainda que a inflação esteja em uma trajetória benigna.
China, Estados Unidos e a inflação global

Outro foco presente no painel Top Gestoras do Mercado foi o cenário de inflação global. Na avaliação dos gestores, o processo para atingir a desinflação está na reta final.

“Esperávamos que o ‘last mile’ fosse muito mais difícil do que foi”, disse Stuhlberger, que observa um cenário positivo no longo prazo “com os EUA voltando ao cenário observado entre 2010 a 2020 de emprego robusto e inflação controlada”.

Rogério Xavier pontuou sobre o processo de desinflação de bens. A avaliação é de que o excesso de exportações da China contribui para a pressão nos preços do segmento.

No entanto, o economista alerta para os efeitos negativos e entende que a China passa por um período de “esgotamento do modelo econômico”.

“Estão exportando um excedente para o mundo inteiro, isso derruba o preço dos bens. Para nós (Ocidente) é o paraíso, mas para a China está se endividando cada vez mais e sem retorno”, explicou.

Os gestores também observam com cautela a relação de ambos os países caso confirmada uma eventual vitória do ex-presidente Donald Trump nas eleições de novembro.

O receio se dá pela possibilidade de Trump elevar as tarifas de importação de produtos chineses, desencadeando impactos significativos na economia asiática.

“O problema caso o Trump ganhe é a decisão de subir as tarifas de importação, isso deixaria a China sem ter o que tem de melhor hoje, a economia. Esse é o um desafio”, comentou o gestor da Verde.

O Estado de S.Paulo - SP   07/02/2024

O dólar registrou em 2023 sua primeira queda anual em três anos em relação a uma cesta de divisas de países desenvolvidos e tudo parecia que esse poderia ser o roteiro de 2024, mas o surpreendente desempenho do mercado de trabalho e da atividade econômica nos Estados Unidos em janeiro pode marcar uma nova tendência de valorização global da moeda americana.

Em 2023, o índice DXY, que mede a variação do dólar em relação a outras moedas fortes, encerrou com uma perda de 2,5%, embora essa queda tenha sido maior nos últimos meses do ano, quando o mercado passou a fazer uma aposta mais agressiva de cortes dos juros americanos pelo Federal Reserve (Fed) em 2024, incluindo uma primeira redução da taxa básica já em março.

Na virada do ano, essa toada parecia prosseguir. Mas agora muita coisa mudou. Primeiro, o Fed sinalizou que um corte de juros em março está fora de questão. Depois, os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho, em particular os dados sobre ganhos salariais, forçaram um adiamento das apostas sobre o primeiro corte de juros de março para maio. E mesmo a probabilidade de isso acontecer em maio não é garantida.

Um número crescente de analistas vem mudando a visão sobre o que vai acontecer com a economia americana neste ano. Não faz muito tempo, a esmagadora maioria dos analistas previa uma recessão nos EUA em 2024, até como consequência do ciclo de alta de juros, com a taxa básica atualmente na faixa entre 5,25% e 5,0%. Como os indicadores do mercado de trabalho começaram a mostrar maior resiliência, os analistas passaram então a apostar no chamado “pouso suave”: uma desaceleração, mas não uma contração prolongada e profunda.

Mas, diante das últimas leituras dos dados de atividade, já há quem aposte que não haverá nem sequer “pouso” e que o PIB americano corre o risco até de voltar a se acelerar. Em janeiro, foram criadas 353 mil vagas de empregos nos EUA, quando o mercado esperava um número bem menor, de 195 mil. O monitor do PIB do Fed de Atlanta – uma referência para investidores – aponta um crescimento de 4,2% neste primeiro trimestre, após a expansão de 3,3% no quarto trimestre de 2023. Não à toa, o índice DXY fechou, na segunda-feira passada, no maior nível em onze semanas.

O risco é de o Fed postergar os cortes de juros ou de reduzir menos a taxa do que a aposta do mercado. Ou que o PIB americano cresça a um ritmo mais acelerado do que na Europa, na China e no resto do mundo. Nesse contexto, de juros mais apertados e de PIB robusto, o dólar é o vencedor.

IstoÉ Dinheiro - SP   07/02/2024

A alta no custo da mão de obra na construção impediu uma desaceleração mais significativa da inflação do setor no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de janeiro, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 6.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou de um avanço 0,31% em dezembro para uma elevação de 0,27% em janeiro.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de uma alta de 0,40% em dezembro para uma elevação de 0,12% em janeiro. O custo dos Materiais e Equipamentos passou de um aumento de 0,43% em dezembro para alta de 0,07% em janeiro, enquanto os Serviços saíram de avanço de 0,11% para aumento de 0,62%.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de uma elevação de 0,18% em dezembro para uma alta de 0,48% em janeiro.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   07/02/2024

Os contratos futuros de minério de ferro fecharam em queda nesta terça-feira, arrastados pela diminuição do reabastecimento do produto antes do feriado entre as siderúrgicas e pela perspectiva sombria de demanda na China, principal mercado consumidor do minério, que está enfrentando uma crise imobiliária e tombo do mercado de ações.

O minério de ferro de maio mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China, encerrou as negociações do dia com perda de 0,63%, a 939 iuanes (130,57 dólares) por tonelada, fora das mínimas alcançadas pela manhã.

O minério de ferro de referência de março na Bolsa de Cingapura caía 0,75%, a 125,15 dólares por tonelada, o valor mais baixo desde 18 de janeiro.

Não houve nenhuma mudança drástica nos fundamentos recentemente, e o mercado de minério tem sido mais influenciado pelo sentimento do mercado macro, disseram os analistas da Everbright Futures em uma nota.

O que pressiona ainda mais para baixo o mercado de minério é a demanda morna por aço devido ao clima e à redução da atividade de estoques antes do feriado de uma semana do Ano Novo Lunar, que começa em 10 de fevereiro.

“Com o feriado que se aproxima, a estocagem de matérias-primas entre as usinas siderúrgicas basicamente terminou. A atividade do mercado ficará paralisada”, disseram os analistas da consultoria Shanghai Metals Market em uma nota de pesquisa.

O enfraquecimento dos preços ocorreu apesar de mais incorporadoras imobiliárias em dificuldades na China terem tido seus projetos adicionados às chamadas listas brancas das autoridades locais, refletindo a rápida expansão de uma política governamental destinada a injetar liquidez no setor atingido pela crise.

Mas a relutância dos bancos em conceder empréstimos ao setor é um grande obstáculo para as incorporadoras que mais precisam de recursos.

Outros ingredientes siderúrgicos na Bolsa de Dalian tiveram comportamentos mistos, com o carvão metalúrgico subindo 0,18%, enquanto o coque caiu 0,32%

Valor - SP   07/02/2024

Os preços do minério de ferro tocaram o menor nível em três meses no mercado à vista nesta terça-feira, em meio à piora das expectativas quanto à demanda da commodity às vésperas do Ano Novo Lunar chinês e à percepção de que a crise prolongada no setor imobiliário da China seguirá contendo o consumo doméstico de aço.

No norte do país asiático, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou a terça-feira com baixa de 1,2%, a US$ 125,50 por tonelada.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em maio, recuaram 0,6%, para 939 yuans (cerca de US$ 130,60) por tonelada.

Valor Investe - SP   07/02/2024

J.P. Morgan atualizou as estimativas para a companhia após incorporar resultados operacionais do último trimestre de 2023 e novas premissas macroeconômicas para 2024

O J.P. Morgan cortou o preço-alvo de Vale (VALE3) de R$ 105 para R$ 102, reiterando recomendação de compra.

O papel encerrou o pregão de hoje na B3 com alta de 1,77%, cotado a R$ 66,67.

Os analistas Rodolfo Angele e Tathiane Martins Candini atualizaram estimativas para a companhia, incoporando resultados operacionais de quarto trimestre e novas premissas macroeconômicas.

O banco projeta lucro por ação de US$ 2,41 para a Vale em 2023, ante US$ 2,43 na projeção anterior. Para 2024, a estimativa de lucro por ação da mineradora brasileira foi mantida em US$ 2,47.

Eles reiteram a visão positiva em torno da companhia, vendo que sinais de melhoria na economia da China deve manter preços do minério de ferro em US$ 125 a tonelada no primeiro trimestre e US$ 115 a tonelada em 2024.

“Os valores atuais das ações parecem descontados, acumulando queda de 22,1% desde janeiro de 2022, sendo superada pela performance do minério de ferro no período”, afirmam. Somente em 2024, os papéis da mineradora recuam 14,5%.

Este conteúdo foi publicado originalmente no Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

Valor - SP   07/02/2024

A Austrália irá propor a criação de padrões internacionais para uma mineração ambientalmente correta, numa tentativa de obter preços mais elevados para os seus minerais.

“É um projeto de longo prazo, mas não há dúvida de que vou conseguir algo”, disse a ministra dos Recursos, Madeleine King, ao “Nikkei Asia” durante uma visita a Tóquio na semana passada.

King disse que proporá a ideia na Convenção PDAC 2024, um evento comercial da indústria mineral, no Canadá, em março.

Ela afirmou que um dos objetivos da Austrália é "ver como podemos conversar com nossos parceiros internacionais sobre diferentes meios de diferenciação de preços para refletir os altos padrões de produção".

Ela disse que deseja cooperar com nações que pensam da mesma forma, incluindo o Canadá, que “também tem altos padrões de trabalho e ambientais”. Ela acrescentou que o seu governo discutiu a questão com a Agência Internacional de Energia.

Seus comentários ocorrem no momento em que a indústria mineral australiana enfrenta a queda dos preços de metais como o níquel e o lítio, dois ingredientes-chave nas baterias para veículos elétricos.

Várias mineradoras de níquel australianas anunciaram no mês passado que estavam desacelerando ou interrompendo suas operações devido aos preços fracos. A queda segue-se a uma desaceleração do mercado de veículos elétricos e ao excesso de oferta de países como a Indonésia.

Uma norma internacional sobre ética e ambiente poderia ajudar a reforçar a competitividade dos minerais da Austrália, que são relativamente caros em comparação com os da Ásia.

A Indonésia proibiu as exportações de minério de níquel não processado em 2020, o que foi visto como um esforço para vender o mineral com algum nível de processamento, com melhor margem de lucro.

A medida conseguiu atrair investimentos da China e permitir que a Indonésia aumentasse a produção do seu níquel mais barato.

King disse que o governo australiano considerará opções para proteger os negócios locais, mas reconheceu que competir com o níquel indonésio será “desafiador”.

"Não vamos sacrificar padrões ambientais e de governança para poder competir neste mercado", disse King. “Temos que trabalhar duro para garantir que os elevados padrões que temos sejam reconhecidos” por clientes e parceiros. Ela acrescentou que o sucesso dessas políticas dependerá, em parte, das decisões das tradings e dos fabricantes de baterias quanto ao “quão responsáveis querem ser no mercado”.

Recentemente, os fabricantes de baterias enfrentaram pressão principalmente dos mercados europeus para reduzir as emissões de dióxido de carbono nas suas cadeias de fornecimento, incluindo a mineração.

A Austrália, que também está tentando reforçar as suas capacidades de processar os minerais, não adotará políticas semelhantes à proibição da Indonésia de exportar minerais não processados, disse King. “Temos que ganhar confiança para podermos ter o investimento internacional de que necessitamos”, disse ela.

“Os governos têm de tomar estas decisões difíceis, e eu compreendo isso”, disse King sobre a decisão de Jacarta. "Não é o que eu teria feito."

AUTOMOTIVO

Infomoney - SP   07/02/2024

A Ford registrou prejuízo líquido de US$ 526 milhões no quarto trimestre de 2023, ou de US$ 0,13 por ação. O resultado reverte lucro de US$ 1,4 bilhão apurado em igual período de 2022. Entretanto, em termos ajustados, houve lucro por ação (EPS) de US$ 0,29. Analistas ouvidos pela FactSet previam EPS de US$ 0,12. O resultado representa uma queda em relação a igual período de 2022, quando a empresa teve EPS de US$ 0,32, ou de US$ 0,51 em termos ajustados.

A Ford ampliou a receita em 4%, a US$ 46 bilhões no quarto trimestre de 2023, ante US$ 44 bilhões no quarto trimestre de 2022.

Já em relação ao ano completo de 2023, a fabricante de carros registrou lucro líquido de US$ 4,3 bilhões. O EPS foi de US$ 1,08, e o EPS ajustado foi de US$ 2,01.
A Ford disse que espera lucro antes de juros e imposto de renda (EBIT) ajustado de US$ 10 bilhões a US$ 12 bilhões no ano inteiro de 2024.

Após a divulgação dos números, a ação da Ford subia 6,50% no after hours em Nova York às 18h37 (de Brasília).

Valor - SP   07/02/2024

A China está encorajando os seus fabricantes de veículos elétricos (VEs) a expandir a sua presença no estrangeiro, incluindo a criação de parcerias com instituições de investigação e países estrangeiros para construir clusters industriais.

As empresas são incentivadas a estabelecer centros de pesquisa e desenvolvimento no exterior e a colaborar com empresas de transporte marítimo para integrar recursos de armazenamento e logística em mercados estrangeiros, disse o Ministério do Comércio em comunicado nesta quarta-feira.

O ministério disse que otimizaria o apoio ao crédito, incentivando os bancos a apoiar financeiramente as empresas da cadeia de fornecimento de VEs no país e no exterior. Os bancos também serão incentivados a expandir a escala das liquidações transfronteiriças em yuan.

As medidas fazem parte dos esforços de Pequim para fortalecer a sua cota de mercado na indústria automotiva e de veículos elétricos, aumentando as exportações dos seus veículos elétricos e híbridos. A BYD da China, a empresa apoiada por Warren Buffett, ultrapassou recentemente a Tesla para se tornar o maior fabricante mundial de VEs em vendas, depois de ter vendido quase cinco vezes 242 mil unidades em 2023. Está expandindo os showrooms em toda a Europa, à medida que visa mais vendas lá este ano.

As organizações industriais também são incentivadas a reforçar a investigação nos mercados externos e a orientar os novos veículos energéticos e as empresas da sua cadeia de abastecimento para otimizar a cooperação internacional com base no tamanho do mercado, no potencial comercial, na estrutura de consumo e nos riscos do país, disse o ministério.

As ações chinesas de VEs estão mistas nas negociações de Hong Kong na quarta-feira, após uma recuperação durante a noite nos EUA. Ao meio-dia, as ações da BYD subiam 2,4%, enquanto Li Auto e Xpeng caíam 0,1% e 0,45% em Hong Kong, respectivamente.

Valor - SP   07/02/2024

Recursos serão destinados ao seu primeiro elétrico fabricado no país, outros modelos movidos a bateria e uma linha de montagem de baterias na fábrica de Kentucky

A Toyota Motor vai aumentar o investimento em uma fábrica em Kentucky, nos EUA, em US$ 1,3 bilhão, enquanto se prepara para iniciar a produção no país de um SUV totalmente elétrico de três fileiras no próximo ano.

A montadora japonesa disse na terça-feira (06) que os gastos adicionais são destinados ao seu primeiro elétrico fabricado nos EUA e outros modelos movidos a bateria não especificados, além de uma linha de montagem de baterias na fábrica. As células para essa produção serão fornecidas por uma nova instalação de propriedade da Toyota na Carolina do Norte.

“O anúncio de hoje reflete nosso compromisso com a eletrificação de veículos e com o reinvestimento adicional em nossas operações nos EUA”, disse Kerry Creech, presidente da Toyota Kentucky, em comunicado.

A Toyota adotou uma abordagem mais cautelosa na introdução de veículos totalmente elétricos do que concorrentes como a Volkswagen e a General Motors. Os seus esforços de eletrificação têm se concentrado principalmente em modelos híbridos gás-elétricos. A empresa vende atualmente dois EVs nos EUA – o bZ4X e o Lexus RZ 450e – ambos fabricados no Japão.

O investimento eleva os gastos totais na fábrica de Georgetown, em Kentucky, para quase US$ 10 bilhões desde 1986. Os recursos “reforçam o compromisso da Toyota com veículos de alta qualidade e estabilidade no emprego a longo prazo”, afirmou Creech.

A unidade de Kentucky é a fábrica de montagem de veículos mais antiga da montadora nos EUA. Emprega cerca de 9.400 trabalhadores e é uma das várias instalações não sindicalizadas que tem sido alvo do United Auto Workers em um esforço de negociação coletiva.

O investimento adicional nos EUA ocorre num momento em que a Toyota está em alta, poucas horas depois de ter aumentado a orientação de lucros para o ano inteiro e registado fortes ganhos de lucro no trimestre mais recente.

NAVAL

Investing - SP   07/02/2024

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou nesta terça-feira, 6, ter aprovado um financiamento de R$ 495 milhões para a modernização da infraestrutura logística do Porto de Paranaguá, no Paraná. O projeto, que prevê um investimento total de R$ 647 milhões, será executado pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA).

As obras incluirão a implementação de um sistema de recepção e descarga ferroviária de grãos e farelos nos terminais destinados à exportação, com adequação do sistema rodoviário e ferroviário na região leste do porto.

"Atualmente, a matriz logística da APPA sofre com uma participação de aproximadamente 80% do transporte de cargas realizado por caminhões, gerando congestionamentos e poluição na região", justificou o banco, em nota à imprensa.

De acordo com o banco de fomento, o projeto contribuirá para aumentar a capacidade de recepção ferroviária de granéis e melhorar a circulação viária no porto. As alterações no tráfego reduziriam em cerca de 70% as emissões de gás carbônico na região portuária, calculou o BNDES.

"Os principais impactos esperados com a operação de modernização do Porto de Paranaguá contemplam o aumento da capacidade de recepção ferroviária de granéis de sete para 24 milhões de toneladas anuais; a eliminação da necessidade de locomotivas e vagões realizarem manobras complexas; e a melhoria na circulação viária da região portuária, com a redução de 16 para cinco cruzamentos da linha férrea com as vias urbanas e com a expectativa de diminuição significativa no tráfego de caminhões", enumerou o banco de fomento.

O projeto liberaria ainda áreas internas nos terminais para possíveis melhorias operacionais, eliminando ramais ferroviários individuais e diminuindo o tempo de permanência de vagões, locomotivas e caminhões para descarga.

O financiamento se enquadra no projeto BNDES Azul (BVMF:AZUL4), que envolve apoio a iniciativas relacionadas à economia do mar.

O banco tem cerca de R$ 22 bilhões em carteira relacionados à economia azul, sendo R$ 13,6 bilhões para projetos de docagem, embarcações de apoio, estaleiros e navios petroleiros e R$ 7,7 bilhões para projetos de transporte marítimo, portos, terminais e embarcações.

A carteira para o setor de turismo marinho e costeiro soma R$ 296,7 milhões, os projetos de recuperação de manguezais totalizam R$ 47 milhões.

Diário do Comércio - MG   07/02/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que está recuperando a Petrobras e prometeu investir na indústria naval como forma de ampliar o investimento no Rio de Janeiro.

“Estamos recuperando a Petrobras e vamos recuperar a indústria naval desse País. Vamos voltar a construir navios aqui, fazer plataforma e sonda. Vamos voltar a investir no Rio de Janeiro, porque o estado não nasceu para ficar nas páginas policiais”, disse o presidente.

A declaração foi dada durante discurso no evento de entrega de unidades habitacionais do Minha Casa, Minha Vida, em Magé (RJ), na Baixada Fluminense.

“Eu voltei [à Presidência] e vou lhe dizer que vamos investir no Rio de Janeiro mais do que todo e qualquer outro presidente já investiu”, disse Lula, se dirigindo diretamente ao governador do estado, Cláudio Castro (PL). O presidente veio ao Rio nesta semana para participar de agendas na Baixada Fluminense e no Rio de Janeiro. Em Magé, Lula inaugurou dois conjuntos residenciais do Minha Casa, Minha Vida. Ele também prometeu que irá construir campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), na cidade e em São Gonçalo, Teresópolis, Cidade de Deus e Complexo do Alemão.

“[O Rio] não nasceu para ser dominado pelo crime organizado, porque o crime organizado é uma minoria. A maioria dos cariocas é gente decente, gente de bem, gente de família e de trabalhador”, afirmou Lula.
Saúde e educação

Em seguida, Lula seguiu para Belford Roxo, também na Baixada Fluminense, para anunciar investimentos nas áreas da saúde e da educação. O presidente prometeu R$ 40 milhões para a construção de um hospital oncológico na cidade. A verba será destinada para procedimentos de alta e média complexidade, além de atendimento básico.

Já na área da educação, Lula vai anunciar a construção da sede definitiva do campus do IFRJ em Belford Roxo. A verba destinada é de R$ 15 milhões do Ministério da Educação. Desde 2016, a unidade funciona em um espaço provisório.

Na cidade, o presidente participou da inauguração da Escola Municipal Arthur Araújo Lula da Silva. O nome da unidade é uma homenagem ao neto do presidente, morto em 2019 por uma infecção generalizada.

Segundo o governo federal, a construção desses imóveis estava parada desde 2017 e só foi retomada em maio do ano passado. “Não é possível [esse atraso]. No Brasil, tem gente que tem casa e não precisa de casa. Mas tem uma parte da população que não tem casa e nem sequer dinheiro para pagar aluguel. É dessa gente que o governo tem que cuidar”, disse o presidente.

Além dos apartamentos em Magé, foram entregues 200 imóveis em Paracatu (região Noroeste de Minas Gerais), 152 em Euclides da Cunha (BA) e 144 em Santo Antônio da Posse (SP). (Italo Nogueira/FolhaPress e ABr)

Valor - SP   07/02/2024

Chamamento para STS 08 gera críticas de Petrobras e outros grupos; APS defende processo inovador e promete leilão

A nova concessão de um terminal de combustíveis no Porto de Santos, o STS 08, tem sido alvo de disputa e questionamentos no setor. A Autoridade Portuária de Santos (APS) abriu, nos últimos dias de 2023, um chamamento público - processo simplificado de seleção - para identificar interessados no terminal. De um lado, a Petrobras critica o processo, pois tenta negociar a incorporação da área sem necessidade de concorrência. De outro, empresas e analistas do setor questionaram a opção da APS pelo chamamento, e não uma licitação regular. Trata-se de um contrato de 25 anos, com possibilidade de prorrogação de até 70 anos, e receitas estimadas de R$ 2,8 bilhões.

O chamamento público, que teve como objetivo identificar interessados na área, só daria origem a uma contratação caso fosse recebida uma única proposta. Neste caso, ficaria dispensado o leilão. Porém, como há mais de um interessado, a APS diz que deverá abrir uma licitação.

O procedimento causou estranheza a algumas empresas e analistas do setor. O edital foi publicado no dia 26 de dezembro. Inicialmente o prazo máximo para a manifestação de interesse era de 30 dias. Um grupo, representado pelo escritório de advocacia Demarest, chegou a pedir a impugnação do edital destacando o prazo curto para a análise, o período do ano e a complexidade do projeto. Porém, naquele momento, a APS negou. A Petrobras também tentou impugnar o edital com esse argumento, mas não teve sucesso. Apenas após um mandado de segurança impetrado pela Petrobras, o prazo máximo foi adiado para 5 de março.

A APS rebate as críticas e defende o procedimento. A companhia afirma que o chamamento público é um mecanismo inovador previsto em lei e que deverá ser usado outras vezes, “visto que se mostrou eficiente para avaliar a disposição do mercado” no caso do STS 08. “Caso não houvesse interessados, faríamos o adensamento [incorporação ao terminal vizinho da Petrobras]. Mas agora que comprovamos o potencial e o interesse pela área, vamos para o leilão.” A APS diz que o chamamento “ foi muito bem recebido”.

Uma lei de 2020 permitiu que, após uma tentativa de leilão sem interessados, seja possível fazer contrato sem licitação, caso seja comprovada a existência de apenas um interessado, por meio de chamamento público. Foi o caso do STS 08, que teve uma primeira tentativa de licitação em 2021, que não atraiu ofertas. Na ocasião, a Petrobras conquistou o terminal vizinho, o STS 08A, mas não fez oferta pelo STS 08.

Fontes que acompanham o caso, que falaram sob condição de anonimato, afirmam que o chamamento não é ilegal, mas que se trata de processo novo e pouco utilizado, e por isso foi considerado inadequado para o porte e a complexidade do projeto.

Petrobras busca incorporar área sem leilão; grupos criticam processo de seleção atípico

Além disso, a percepção é que o procedimento abriu margem para incerteza jurídica. Ao todo, foram feitos quatro pedidos de impugnação ao chamamento: um da Petrobras e outros três de grupos representados por advogados. Além dos questionamentos ao processo, houve críticas a aspectos mais operacionais do projeto, como às regras de atracação nos berços ligados ao terminal.

No caso da Petrobras, além das críticas ao prazo exíguo e à ausência de audiência pública, a estatal se disse surpreendida pela abertura do chamamento, dado que estava negociando com o governo a incorporação do terminal. Na ação do mandado de segurança, a empresa já sinalizou que deverá judicializar o processo. Procurada, a estatal não respondeu.

Sobre a negociação com a Petrobras, a APS diz que “a proposta não se mostrou vantajosa ao poder público, principalmente pela ausência de investimentos”.

Antes do leilão de 2021, a Petrobras operava toda a área do STS 08 e do STS 08A, por meio de sucessivos contratos temporários, interrompidos pelas licitações, que dividiram o terminal em dois.

Para fontes do setor, há uma diferença entre o cenário de 2021 e o atual. Além do ambiente econômico, o novo edital reduz obrigações. O valor do arrendamento, pago à autoridade portuária, caiu de R$ 1,5 milhão por mês para R$ 195 mil, assim como a outorga variável, que foi de R$ 9 por tonelada movimentada para R$ 4.

PETROLÍFERO

Valor - SP   07/02/2024

O contrato futuro de petróleo Brent para abril fechou em alta de 0,76%, a US$ 78,59 por barril, enquanto o WTI para março subiu 0,73%, a US$ 73,31 o barril

Os preços do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (6) impulsionados por dados positivos para a commodity tanto de oferta como de demanda. No radar também estão os conflitos no Oriente Médio que podem criar gargalos na oferta.

O contrato futuro de petróleo Brent, a referência global, para abril anotou alta de 0,76%, a US$ 78,59 por barril, enquanto o WTI, a referência americana, para março subiu 0,73%, a US$ 73,31 o barril.

Do lado da oferta, a boa notícia é que o Departamento de Energia (DoE) dos EUA está prevendo uma redução no crescimento da produção americana de petróleo, para 170 mil barris diários. A previsão anterior era de um crescimento mensal de 290 mil barris diários. Em seu cenário mensal de curto prazo, o DoE projetou uma produção de petróleo de 13,21 milhões de barris diários por dia.

Já o Bank of America (BofA) projetou que a demanda global por petróleo deve continuar crescendo até 2030, puxada pelo forte consumo de petroquímicas e de companhias áereas (combustível de avião).

Segundo o BofA, a demanda global por petróleo atingiu um recorde 10,3 milhões de barris diários no terceiro trimestre de 2023, com um aumento médio de 3,3 milhões de barris por dia em cada um dos três anos desde que a pandemia derrubou o consumo para 92 milhões de barris em 2020.

O mercado aguarda, amanhã, o dado de estoques dos EUA do Departamento de Energia. A expectativa é de que os estoques de petróleo cresceram 1,3 milhão de barris para 423,2 milhões, na semana encerrada na última sexta-feira (2). O consenso é de que os estoques de gasolina subiram 300 mil barris para 254,4 milhões, no mesmo período.

Valor Investe - SP   07/02/2024

Megainvestidor investiu US$ 245,7 milhões em mais de 4,3 milhões de ações da Occidental Petroleum entre os dias 1º e 5 de fevereiro

O megainvestidor Warren Buffett investiu US$ 245,7 milhões em mais de 4,3 milhões de ações da Occidental Petroleum (OXY; Nyse) entre os dias 1º e 5 de fevereiro, de acordo com um documento regulatório publicados na noite de segunda-feira, informa a agência Dow Jones.

A petrolífera americana divulga os lucros do quarto trimestre no dia 14 de fevereiro. A ação da petrolífera britânica BP subiram mais de 5% nesta terça-feira, com lucros melhores do que o esperado no quarto trimestre. Os resultados da Exxon Mobil e Chevron também surpreenderam na semana passada.

A Chevron aumentou seu dividendo trimestral em 8% após recomprar 5% de suas ações em 2023. O papel valorizou 3,7% nos últimos 30 dias. Buffett tem uma participação de quase 5,9% na empresa.

A Berkshire Hathaway, empresa de investimentos de Buffett, aumentou substancialmente a sua participação no mercado petrolífero internacional ao longo do ano passado e a Occidental está entre as suas principais participações. Segundo a FactSet, a empresa detém 27,77% da petrolífera de Houston.

Warren Buffett — Foto: Reprodução/Twitter

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   07/02/2024

A AGCO, fabricante norte-americana de máquinas agrícolas de marcas como Valtra e Massey Ferguson, obteve lucro líquido de US$ 339 milhões, ou US$ 4,53 por ação, no quarto trimestre de 2023. O resultado representa aumento de 5,2% ante igual período de 2022, quando a companhia lucrou US$ 322,2 milhões, ou US$ 4,29 por ação. Em termos ajustados, o lucro passou de US$ 4,47 para US$ 3,78 por ação.

As vendas líquidas da companhia somaram US$ 3,801 bilhões no período, baixa de 2,5% ante o reportado em igual intervalo de 2022.

Na América do Norte, as vendas da AGCO aumentaram 8,3% no quarto trimestre na comparação com um ano antes, para US$ 891,7 milhões. Já as vendas na América do Sul recuaram 38,9% na mesma comparação, para US$ 412 milhões.

Em relação às vendas anuais, houve recuo de 3% na América do Norte, ante o ano anterior, em virtude dos resultados mais baixas em equipamentos menores, apesar do forte crescimento de tratores de alta potência e colheitadeiras, disse a AGCO.

Já na América do Sul, as vendas de tratores diminuíram 8% em 2023, com a demanda no varejo brasileiro negativamente afetada por falta de financiamento no programa de empréstimos subsidiados pelo governo.

Na Europa/Oriente Médio, as vendas somaram US$ 2,259 bilhões, aumento de 3,3% ante o quarto trimestre de 2022. Na região Ásia/Pacífico/África, houve avanço de 11,3%, para US$ 238 milhões no período.

Durante 2023, as vendas na Europa Ocidental recuaram 4%, com o sentimento do agricultor afetado negativamente pelo conflito na Ucrânia e pela inflação mais alta nos custos de insumo, disse a companhia.

Em relação ao acumulado do ano de 2023, a AGCO reportou lucro líquido de US$ 1,171 bilhão, ou US$ 15,63 por ação, ante os US$ 874,7 milhões reportados em 2022 (US$ 11,87 por ação).

O lucro líquido ajustado ficou em US$ 15,55 por ação, em comparação com US$ 12,42 por ação no ano anterior. A receita subiu 13,9% em igual intervalo, para US$ 14,41 bilhões.

Para 2024, a companhia espera vendas líquidas de US$ 13,6 bilhões e lucro de US$ 13,15 por ação. A fabricante de máquinas espera que isso ocorra com os volumes de vendas mais baixos, preços modestamente positivos, assim como a valorização de moedas estrangeiras.

“As margens operacionais projetadas são de aproximadamente 11%, refletindo o efeito das vendas mais baixas, menores volumes de produção e investimentos relativamente estáveis em engenharia e outras iniciativas tecnológicas para apoiar as estratégias de agricultura de precisão e digitais da AGCO”, disse a companhia em nota.

Associe-se!

Junte-se a nós e faça parte dos executivos que ajudam a traçar os rumos da distribuição de aço no Brasil.

INDA

O INDA, Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, é uma Instituição Não Governamental, legalmente constituída, sem fins lucrativos e fundada em julho de 1970. Seu principal objetivo é promover o uso consciente do Aço, tanto no mercado interno quanto externo, aumentando com isso a competitividade do setor de distribuição e do sistema Siderúrgico Brasileiro como um todo.

Rua Silvia Bueno, 1660, 1º Andar, Cj 107, Ipiranga - São Paulo/SP

+55 11 2272-2121

contato@inda.org.br

© 2019 INDA | Todos os direitos reservados. desenvolvido por agência the bag.

TOP