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06 de Dezembro de 2023

SIDERURGIA

Portal Fator Brasil - RJ   06/12/2023

Maior empresa brasileira produtora de aço discutirá matriz de produção sustentável, protagonismo do aço com baixa emissão de carbono e transição energética na conferência promovida pela Organização das Nações Unidas em Dubai.

Como reflexo de seu compromisso com as mudanças climáticas e em ser parte das soluções para os desafios da sociedade, a Gerdau, maior empresa brasileira produtora de aço, marcará presença na 28ª edição da Conferência das Partes, a COP28, que ocorre em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, entre 30 de novembro e 12 de dezembro. Promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o evento tem como objetivo revisar os posicionamentos e ações de cada país em relação à agenda climática, incluindo a redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a aceleração na mudança para fontes de energia limpas.

Durante a COP28, a Gerdau participará ativamente de quatro painéis: ao lado do Governo de Minas Gerais e da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) do Minas Gerais Day, que apresentará cases de sucesso de ações de sustentabilidade e enfrentamento às mudanças climáticas; junto à CNI (Confederação Nacional da Indústria) debaterá o ‘Comércio Internacional e descarbonização: o impacto do CBAM e o EU – Deforestation’; com a Amcham (American Chamber of Commerce) sobre as ‘Práticas empresariais no Brasil e a sua contribuição para as metas brasileiras;’ e, por fim, junto com o IBRAM e a CNI será discutido as ‘Estratégias e oportunidades na descarbonização da mineração brasileira – cases de sucesso’. Para a conferência, a companhia levará detalhes sobre matriz de produção sustentável, que a permite produzir um aço com baixa emissão de carbono, e as oportunidades do aço como elemento-chave na evolução da transição energética.

Para Mauricio Metz, diretor industrial da Gerdau, a presença da companhia na COP28 ressalta o papel das organizações na liderança de discussões e reflexões junto aos diversos públicos. —Com quase 123 anos de história, a Gerdau está comprometida em ser parte das soluções aos desafios e dilemas da sociedade, atuando de forma colaborativa na construção de um futuro mais sustentável para todo o planeta. Em razão de uma matriz de produção sustentável, produzimos aço, atualmente, com uma das menores médias de emissões de gases de efeito estufa da indústria global do aço e possuímos uma meta de redução para 2031, com a qual estamos evoluindo —afirma.

Hoje, a companhia possui uma das menores médias de emissão de gases de efeito estufa (CO2), de 0,86 t de CO2 por tonelada de aço, o que representa aproximadamente a metade da média global do setor, de 1,91 toneladas de CO2 por tonelada de aço, segundo os dados de 2022 divulgados pela World Steel Association (worldsteel). Em 2031, as emissões de carbono da Gerdau devem diminuir para 0,83 t de CO2 por tonelada de aço.

Investing - SP   06/12/2023

A CSN (BVMF:CSNA3) informou nesta terça-feira que acertou a recompra de 117 milhões de dólares em bonds com vencimento em 2026.

A recompra havia sido anunciada no final de novembro, e a oferta envolvia até o total dos 300 milhões de dólares de principal aberto dessa emissão.

A CSN disse nesta terça-feira que ao fim do prazo previsto recebeu ofertas de vendas totalizando 117 milhões de dólares em principal, tendo aceitado todas. A expectativa é que o pagamento ocorra em 8 de dezembro, de acordo com a empresa.

Na prática, a siderúrgica está rolando sua dívida em dólar, uma vez que levantou, também no final do mês passado, 500 milhões de dólares com bonds de vencimento em 2030. A CSN disse que utilizaria os recursos para financiar a recompra e para propósitos corporativos gerais.

Diário do Comércio - MG   06/12/2023

A norte-americana Harsco Metals Ltda, que atua no tratamento de resíduos de siderurgia, vai investir R$ 220 milhões em Minas Gerais. O protocolo de intenções foi assinado ontem com o governo do Estado, segundo informações do vice-governador, Mateus Simões (Novo), em entrevista exclusiva ao DIÁRIO DO COMÉRCIO.

De acordo com Simões, que é um dos representantes do governo mineiro na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai, nos Emirados Árabes, a nova unidade deverá gerar 760 postos de trabalho na região Central do Estado. “Eles precisam estar próximos às empresas siderúrgicas e da mineração. A empresa vai promover a economia circular no Estado”, observa.
As obras do investimento da nova unidade da Harsco em Minas Gerais devem começar no início do próximo ano, conforme Simões.

Informações publicadas pelo governo estadual apontam que os aportes serão feitos em Timóteo, no Vale do Aço, onde a companhia já conta unidade coletora de resíduos das principais siderúrgicas da região.

Ainda de acordo com Simões, uma empresa que atua na produção de biocombustíveis para a aviação decidiu investir em Minas Gerais. “Nós vamos ter um detalhamento deste investimento no dia 7”, disse.

Projetos sustentáveis

No processo de descarbonização da economia, Minas vem recebendo investimentos significativos de empresas como novos métodos de produção. Também no setor da siderurgia, a Boston Metal mantém um plano de R$ 500 milhões no município de Coronel Xavier, no Campo das Vertentes.

Conforme publicado anteriormente, o processo será feito por meio de uma tecnologia inovadora denominada de eletrólise de óxido fundido (MOE). A previsão é de geração de cerca de 200 empregos diretos e mais de 1.000 indiretos.

Esta será a primeira planta produtiva da startup nascida no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos. No País, a empresa mantém uma escala menor para demonstração do MOE e realização de pesquisas, sendo o foco principal a produção de aço verde. Apoiada por gigantes como Bill Gates, Vale, BHP, BMW e ArcelorMittal, a companhia é liderada pelo ex-presidente da mineradora CBMM, o brasileiro Tadeu Carneiro.

O projeto será dividido em três etapas. A primeira se refere à fase piloto, com término previsto ainda para este ano. A segunda se trata da fase de demonstração, estimada para o ano que vem. A última corresponde à fase final, ou seja, o projeto todo instalado em 2026. Ainda segundo ele, a planta em Minas Gerais ocupará cerca de três hectares de uma área total de 20 hectares.

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   06/12/2023

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2023. Trata-se da terceira taxa positiva depois da queda de 0,1% verificada no quarto trimestre do ano passado.

Com o resultado, o PIB está novamente no maior patamar da série histórica, ficando 7,2% acima do nível pré-pandemia, registrado nos três últimos meses de 2019.

Entre janeiro e setembro, o acumulado aponta alta de 3,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em valores correntes, o Brasil gerou R$ 2,741 trilhões no terceiro trimestre.

Os dados que integram o Sistema de Contas Nacionais Trimestrais foram divulgados nesta terça-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Setores

Entre os três grandes setores econômicos, dois cresceram taxas iguais no trimestre: Indústria e Serviços avançaram 0,6%. A agropecuária, por outro lado, recuou 3,3% no mesmo período.

O setor de Serviços representa cerca de 67% da economia brasileira. Segundo a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, os maiores destaques foram as atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados, com alta de 1,3%, principalmente, na área de seguros; e as imobiliárias, com crescimento igual, em decorrência do aumento no número dos domicílios.

Em sentido oposto, o setor de transporte, armazenagem e correio teve queda de 0,9%. “Essa queda vem após oito trimestres de altas e é relacionada ao transporte de passageiros”, comentou Rebeca.

No setor da Indústria, a única alta ficou por conta do setor de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%). A alta no consumo de energia foi determinante para o resultado.

“Está sendo um ano bom para o setor, sem problemas hídricos e com bandeira verde. Também foi muito quente, o que favoreceu o consumo de eletricidade e de água”, completou a coordenadora.

Conforme o IBGE, as indústrias extrativas (0,1%) e as de transformação (0,1%) ficaram estáveis. A única atividade a cair no período foi a construção (-3,8%). No acumulado do ano, a construção recuou 0,9% frente ao mesmo período do ano anterior.

“Essa atividade cresceu nos dois anos anteriores, mas 2023 não está sendo um ano bom, com juros altos e queda na ocupação, na produção de insumos típicos e no comércio de material de construção”, observou a coordenadora.

Por fim, a queda de 3,3% na Agropecuária foi a primeira do setor, depois de cinco trimestres com taxas positivas. Para Rebeca Palis, a Agropecuária atingiu seu maior patamar no trimestre anterior e neste houve a saída da safra da soja, a maior lavoura brasileira, que é concentrada no primeiro semestre. Segundo ela, o desempenho do terceiro trimestre era esperado.

“Então há a comparação de um trimestre em que há um grande peso da soja com outro em que ela não pesa quase nada. Portanto, essa queda era esperada, mas está sendo um bom ano para a atividade, que está acumulando alta de 18,1% até o terceiro trimestre”, disse.
Demanda

Na comparação com o trimestre anterior, o período de julho a setembro registrou recuo de 2,5% nos investimentos, que são a Formação Bruta de Capital Fixo. Foi a quarta queda consecutiva do indicador. Na avaliação de Rebeca Palis o desempenho é um reflexo da política monetária contracionista, com queda na construção e inclusive na produção e importação de bens de capital.

“Todos os componentes que mais pesam nos investimentos caíram neste trimestre”, relatou.
Consumo de famílias

A Despesa de Consumo das Famílias cresceu 1,1% e a do Governo 0,5%, na comparação com o segundo trimestre. Entre os fatores que explicam a alta estão os programas de transferência de renda do governo, as melhorias no mercado de trabalho, a inflação mais baixa e o crescimento do crédito. Apesar disso, os juros permanecem elevados e as famílias continuam endividadas.

“A inflação vem se desacelerando e os juros continuam em patamar elevado, prejudicando o consumo das famílias, especialmente nos bens duráveis”, avaliou.
Setor externo

Na comparação com o segundo trimestre de 2023, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 3%, mas as Importações de Bens e Serviços tiveram movimento contrário e caíram 2,1%.

Nas exportações, os destaques foram agropecuária, extrativa mineral, derivados do petróleo, produtos alimentícios e serviços; enquanto nas importações, o resultado sofreu impacto das quedas relevantes em máquinas e equipamentos, produtos químicos, derivados de petróleo e produtos farmacêuticos.

“A exportação foi muito influenciada positivamente por esse recorde que a gente está tendo nas safras de soja e milho, então, o que destaca mais dentro da exportação é a agropecuária e depois a parte de extrativa mineral que no acumulado do ano é a atividade que mais cresceu em 2023 depois da agro, e na importação a gente vê bens de capital caindo”, informou a coordenadora.
Comparação anual

Conforme as Contas Nacionais, favorecido pelos resultados positivos dos três grandes setores, o PIB cresceu 2% em relação ao mesmo trimestre de 2022. A agropecuária subiu 8,8% no período, influenciada pelo aumento na estimativa de algumas culturas com safra relevante no terceiro trimestre, como o milho, a cana-de-açúcar, o algodão herbáceo e o café, e ainda da pecuária.

As atividades industriais cresceram 1% ante o terceiro trimestre do ano passado. A maior variação positiva foi na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (7,3%), com o impacto do maior consumo de eletricidade no ano. As indústrias extrativas aumentaram 7,2%, mas as atividades de construção e das indústrias de transformação, registraram quedas de 4,5% e 1,5%, respectivamente.

O setor de Serviços cresceu 1,8% na comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo o IBGE, todas as atividades tiveram alta: atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7%), atividades imobiliárias (3,6%), informação e comunicação (1,6%), transporte, armazenagem e correio (1,6%), outras atividades de serviços (1,1%), comércio (0,7%) e administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%).

Na demanda, a Despesa de Consumo das Famílias aumentou 3,3%, também influenciada pelos auxílios governamentais e pela melhora no mercado de trabalho. A Despesa de Consumo do Governo subiu 0,8% no período. A Formação Bruta de Capital Fixo, que são os investimentos, caiu 6,8% no terceiro trimestre de 2023. O motivo foi a queda na produção interna de bens de capital, construção e na importação de bens de capital.

Na mesma comparação, as Exportações de Bens e Serviços subiram 10%, mas as Importações de Bens e Serviços perderam 6,1% no terceiro trimestre de 2023. Os melhores desempenhos nas exportações foram agropecuária, extrativa mineral, derivados do petróleo, produtos alimentícios e serviços. No entanto, nas importações, máquinas e equipamentos, produtos químicos, derivados de petróleo e produtos farmacêuticos registraram os recuos mais relevantes.
Contas Nacionais

O IBGE informou que o Sistema de Contas Nacionais aponta os valores correntes e os índices de volume por trimestres para o PIB a preços de mercado, impostos sobre produtos, valor adicionado a preços básicos, consumo pessoal, consumo do governo, formação bruta de capital fixo, variação de estoques, exportações e importações de bens e serviços.

“No IBGE, a pesquisa foi iniciada em 1988 e reestruturada a partir de 1998, quando os seus resultados foram integrados ao Sistema de Contas Nacionais, de periodicidade anual”, concluiu.

Exame - SP   06/12/2023

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia que a variação de 0,1% do produto interno bruto (PIB) no terceiro trimestre surpreendeu. Ele projeta um crescimento acima de 3% neste ano e na faixa de 2,5% em 2024.

Mas deixou seu recado claro: "Quero alertar para o seguinte: a taxa de juro real no Brasil atingiu o seu patamar mais alto em meados de junho. Então, foi o pior momento da taxa de juro em termos reais", afirmou em entrevista a jornalistas durante a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. "O BC começou a cortar a taxa somente em agosto. Tivemos um PIB positivo, mas fraco. Com os cortes na Selic, esperamos que esse ano fechemos o PIB em mais de 3% de crescimento e um crescimento na faixa de 2,5% no ano que vem."

Para Haddad, o Banco Central precisa fazer o "trabalho dele", repercutindo as já repisadas críticas do Executivo e do governo de Luiz Inácio Lula da Silva à taxa de juro.

Próxima reunião do Copom

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece na próxima semana, entre os dias 12 e 13. No início de novembro, o comitê reduziu os juros em 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano. Foi a terceira queda consecutiva da Selic — amplamente esperada pelo mercado. Os diretores do Banco Central (BC) tomaram a decisão após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizar que o governo deve abandonar a meta de zerar o déficit público em 2024, o que pode frear a queda de juros.

Em ata, a autoridade monetária mandou um recado claro para o governo sobre o aumento da incerteza fiscal com o debate sobre a mudança da meta de zerar o déficit público. Os diretores do Banco Central (BC) afirmaram que o objetivo a ser perseguido pelo Ministério da Fazenda é importante para ancoragem das expectativas de inflação é para a queda de juros.

"O Comitê vinha avaliando que a incerteza fiscal se detinha sobre a execução das metas que haviam sido apresentadas, mas nota que, no período mais recente, cresceu a incerteza em torno da própria meta estabelecida para o resultado fiscal, o que levou a um aumento do prêmio de risco. Tendo em conta a importância da execução das metas fiscais já estabelecidas para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária, o Comitê reafirma a importância da firme persecução dessas metas", informou o BC, na ata.

Globo Online - RJ   06/12/2023

A Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, avaliou que o resultado do PIB do terceiro trimestre, de 0,1% em relação ao segundo trimestre, veio acima do esperado pelo mercado financeiro e "ligeiramente" melhor que a própria projeção da pasta (zero). Para o quarto trimestre, a expectativa é de "retomada do crescimento na margem (em relação ao trimestre anterior).

"Para o quarto trimestre, a perspectiva é de retomada do crescimento na margem. De acordo com o cenário da SPE, na comparação interanual a Agropecuária deve seguir desacelerando, mas a Indústria e os Serviços voltam a mostrar expansão no ritmo de crescimento", disse a pasta em nota.

Com o resultado do terceiro trimestre, o "carregamento estatístico" para este ano está em 3%, segundo a SPE. Isso significa que, caso a economia fique estagnada no quarto trimestre, o crescimento anual ficará em 3%.

Segundo a SPE, o resultado do PIB brasileiro no terceiro trimestre foi o quinto melhor entre os países do G20, atrás dos Estados Unidos (1,3%), México (0,9%), Indonésia (0,8%) e Coreia do Sul (0,1%).

Com o resultado do PIB do terceiro trimestre, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBTC) teve o quarto trimestre consecutivo de retração, na comparação com o trimestre anterior. Com isso, a taxa de investimento ficou em 16,6%, abaixo da média histórica de 18%. Segundo a SPE, isso reflete uma piora no segmento de máquinas e equipamentos, além das restrições provocadas pela Selic elevada.

"Na comparação interanual, a retração se tornou mais acentuada, de -1,8% para -6,8% na passagem entre trimestres, repercutindo tanto a intensificação na queda da produção de máquinas e equipamentos como a maior retração da construção civil. A política monetária, ainda contracionista, também explica essa tendência", diz a SPE.

A pasta destaca que no quarto trimestre a indústria deve começar a se beneficiar dos cortes de juros, e os serviços devem refletir a melhora na massa real de rendimentos, a queda de inflação, assim como a melhora do crédito. Já a agricultura deve continuar desacelerando, depois de um início de ano muito forte.

Money Times - SP   06/12/2023

Na semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para a sua última reunião do ano. A expectativa do mercado, que também já foi sinalizada pelo Banco Central, é de que deve ter mais um corte de 0,50 ponto percentual na Selic.

Atualmente, a taxa básica de juros está no patamar de 12,25% ao ano. Se o reajuste para baixo se confirmar, a Selic termina o ano em 11,75%, dentro da projeção do Relatório Focus. Dados da economia estão ajudando a autoridade monetária a manter o ritmo de afrouxamento, como é o caso da inflação.

No entanto, nesta terça-feira (5), o presidente Roberto Campos Neto alertou os mais otimistas de que o jogo da política monetária ainda não está ganho e há incertezas no ambiente.

“A gente tem de fato uma inflação que está convergindo para o que o Banco Central esperava. Nesse último número a inflação cheia veio um pouquinho acima, mas o qualitativo da inflação tem sido benigno, então a gente entende que, por ora, consegue seguir com esse espaço [para corte de juros]. O problema não é nem tanto o espaço, mas a incerteza”, disse durante um evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.

Segundo o presidente do BC, desde a última reunião do Copom, houve uma mudança marginal na perspectiva do cenário global, que aparentemente começou a “engatar desaceleração”. No entanto, os demais bancos centrais precisarão manter as suas taxas elevadas por mais tempo, o que acaba impactando o Brasil.

Campos Neto ainda disse que a inflação de serviços brasileira ficou abaixo da dos Estados Unidos pela primeira vez em muitos anos, o que abre espaço para o BC cair os juros e continuar perseguindo essa convergência. “A gente entende que o processo de desinflação não está ganho, mas está se encaminhando conforme o esperado”, completou.

Ele destacou que ainda vê espaço para cortes de 0,50 pp, mas lembra que isso é válido “sempre duas reuniões à frente”. Ou seja, até janeiro, a Selic deve ser reduzia a 11,25%. Depois, disso, os dirigentes do Banco Central precisam avaliar se vale a pena continuar com o ritmo ou reduzir o passo.

O Estado de S.Paulo - SP   06/12/2023

A visível melhora no núcleo da inflação, indicando uma dinâmica mais benigna dos preços no futuro, levou parte dos analistas a falar em aceleração do ritmo de corte da taxa Selic pelo Copom, de 0,50 ponto porcentual para 0,75 ponto, mas essa aposta encontra aparentemente dois lados opostos no Banco Central.

Na semana passada, em um evento, o diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, sancionou essa aposta ao relatar que, em conversas recentes, tem sentido no mercado um sentimento de que haveria espaço para acelerar os cortes de juros. As suas declarações tiveram um impacto imediato na precificação dos próximos passos do Copom.

Galípolo e o diretor de Fiscalização do BC, Ailton Aquino, foram indicados pelo presidente Lula. E Galípolo é cotado para substituir Roberto Campos Neto no comando da instituição quando o mandato deste acabar, no fim de 2024. Mais ainda: a suspeita no mercado é a de que quando dois novos diretores, também indicados por Lula, assumirem os seus cargos em janeiro, a política monetária do BC será mais agressiva nos cortes de juros, refletindo o desejo do governo.

No outro lado do debate está o diretor de Política Econômica, Diogo Guillen, que tem reforçado que o ritmo de redução da Selic em 0,50 ponto é adequado, reforçando o compromisso de trazer a inflação de volta à meta.

No seu último comunicado, o Copom sinalizou uma redução de 0,50 ponto nas suas próximas reuniões, o que foi interpretado como o ritmo que será adotado na decisão da semana que vem e também no encontro de janeiro. Para os mais cautelosos, ainda há incertezas fiscais e as expectativas inflacionárias de médio prazo seguem acima da meta.

Só que com os últimos resultados da inflação e o endosso de Galípolo ao sentimento de parte do mercado sobre acelerar o ritmo de corte, paira uma dúvida sobre qual será o desfecho da reunião do Copom na próxima semana. Ou seja, mesmo se mantiver o corte em 0,50 ponto, poderá o Copom sinalizar que está aberto a acelerar esse ritmo em janeiro?

É bom lembrar que, quando o Copom iniciou o atual ciclo de afrouxamento monetário, em agosto, a decisão por baixar a Selic em 0,50 ponto foi apertadíssima: cinco votos contra quatro, sendo que os derrotados queriam começar esse ciclo com um corte mais modesto, de 0,25 ponto. Galípolo foi um dos que votaram por 0,50 ponto. Guillen estava no grupo minoritário a favor de 0,25 ponto. Campos Neto foi o voto de desempate e, na ocasião, apoiou Galípolo. E agora, de que lado ele ficará?

MINERAÇÃO

IstoÉ Dinheiro - SP   06/12/2023

de 315 milhões de toneladas (mt) para 2023; entre 310 e 320 mt em 2024; entre 340 e 360 mt para 2026; e acima de 360 mt para 2030 em diante.

Para pelotas e briquetes, a estimativa de produção é de 37 mt para 2023; entre 37 e 42 mt para 2024; entre 50 e 55 mt para 2026; e para aproximadamente 100 mt para 2030 em diante.

Em níquel, as projeções são de aproximadamente 165 mil toneladas (kt) para 2023, entre 160 e 175 kt para 2024, entre 210 e 230 kt para 2026; e acima de 300 kt em 2030 em diante.

Já para cobre, a estimativa é de 325 kt para 2023, entre 320 e 355 kt para 2024; entre 375 e 410 kt para 2026; e cerca de 900 kt para 2030 em diante.

Componentes all-in

O prêmio no minério de ferro deve ficar em cerca de US$ 3 por tonelada neste ano; entre US$ 3 e US$ 4 por tonelada em 2024; entre US$ 8 e US$ 12 em 2026; e acima de US$ 18 de 2030 em diante.

O custo caixa C1 do minério de ferro, excluindo a compra de terceiros, deve ficar próximo de US$ 22,5 por tonelada em 2023; entre US$ 21,5 e US$ 23,0 por tonelada em 2024; e atingir patamar menor de US$ 20 por tonelada em 2026.

O custo all-in do minério de ferro deve somar cerca de US$ 56 por tonelada; entre US$ 53 e US$ 57 por tonelada em 2024; e atingir cerca de US$ 45 por tonelada em 2026.

Já o custo all-in do níquel deve ficar próximo de US$ 16.200 por tonelada neste ano; ir para a faixa de US$ 14.500 e US$ 16.000 em 2024; e para US$ 11.500 e US$ 13.500 para 2026.

Por fim, o custo all-in do cobre deve ficar próximo de US$ 3.400 por tonelada em 2023; entre US$ 4.000 e US$ 4.500 por tonelada em 2024; e na faixa de US$ 3.500 e US$ 4.00 por tonelada em 2026.

Capex

Em termos de investimentos de capital, o total estimado é de US$ 6,0 bilhões para 2023 e de cerca de US$ 6,5 bilhões para 2024 em diante, sendo que, destes, o crescimento de investimento deve ser de US$ 1,8 bilhão neste ano e entre US$ US$ 2,0 bilhões e US$ 2,5 bilhões para 2024 em diante.

Além disso, o capex de soluções para siderurgia deve ficar entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4,0 bilhões para 2024 em diante. Já o capex de metais para transição energética deve somar US$ 2,5 bilhões e US$ 3,0 bilhões, segundo a mineradora.

Os gastos fixos de soluções de minério de ferro, por sua vez, deve ficar em US$ 6,3 bilhões em 2023 e em US$ 6,1 bilhões em 2024.

Brumadinho e Mariana

Em relação aos compromissos de Brumadinho e Mariana, o total para 2023 deve ser de US$ 2,9 bilhões; para 2024, de US$ 3,0 bilhões; para 2025, de US$ 3,0 bilhões; para 2026, de US$ 1,9 bilhão; para 2027, de US$ 1,3 bilhão. Já a média para o período entre 2028 e 2035 deve ser de US$ 400 milhões.

Ebitda

Em termos de Ebitda, a sensibilidade em 2026 deve variar de US$ 15,2 bilhões até US$ 31,0 bilhões, dependendo das seguintes premissas: média anual de preço do minério de ferro (referência de 62% de Fe) variando de US$ 90/t até US$ 130/t; média anual de preço do níquel (LME) variando de US$/t 16.000/t até US$ 24.000/t; média anual de preço do cobre (LME) variando de US$ 7.000/t até US$ 11.000/t.

Fluxo de caixa livre

A sensibilidade do Free Cash Flow yield em 2026 da Vale deve variar de 5,2% até 23,2%, dependendo das seguintes premissas: média anual de preço do minério de ferro (referência de 62% de Fe) variando de US$ 90/t até US$ 130/t; média anual de preço do níquel (LME) variando de US$/t 16.000/t até US$ 24.000/t; média anual de preço do cobre (LME) variando de US$ 7.000/t até US$ 11.000/t.

Retorno do pipeline de projetos

Já o retorno do pipeline de projetos entre 2024 e 2026 deve ser de US$ 4 bilhões aproximadamente, segundo a Vale, que considera uma taxa interna de retorno média ponderada de 30+% para os projetos de Solução de Siderurgia e de 15+% para Metais de Transição Energética.

Valor - SP   06/12/2023

O vice-presidente executivo de finanças afirmou que a mineradora distribuiu US$ 29 bilhões aos acionistas desde 2020

O vice-presidente executivo de finanças da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou hoje que a empresa pagou a maior taxa de retorno aos investidores na indústria de mineração desde 2020.

Pimenta, que participa do Vale Day 2023, em Londres, acrescentou que a mineradora distribuiu US$ 29 bilhões aos acionistas desde 2020.

*O repórter viajou a convite da Vale

Valor - SP   06/12/2023

Esse cenário representa uma restrição para que alguns investidores entrem na companhia

O vice-presidente executivo de finanças da Vale, Gustavo Pimenta, afirmou que a existência de barragens em nível 3 de risco representa uma restrição para que alguns investidores entrem na companhia. Pimenta participa nesta terça-feira do Vale Day 2023, em Londres.

Mais cedo, no mesmo evento, o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou que a meta da companhia é não ter nenhuma barragem em nível 3 de risco — que é o patamar mais elevado — até 2025.

“Não ter mais barragens no nível 3 até 2025 vai permitir acesso a uma base mais ampla de investidores e índices”, frisou Pimenta aos investidores.

O executivo destacou ainda a meta da companhia para os custos com a produção de minério de ferro. Pimenta lembrou que o objetivo da companhia é de um custo C1, da mina ao porto, abaixo de US$ 20 por tonelada em 2026. Este ano, disse o executivo, esse custo caixa C1 para o minério de ferro deve ficar em cerca de US$ 22,50 por tonelada.

*O repórter viajou a convite da Vale

Infomoney - SP   06/12/2023

A China pode ser o maior importador mundial de minério de ferro, mas mesmo essa posição não significa que o governo de Pequim tenha o poder de ditar os preços do insumo siderúrgico, disse o CEO da Vale (VALE3).

Os comentários de Eduardo Bartolomeo chegam em um momento em que a China parece intensificar sua batalha de décadas para aumentar o controle sobre o mercado de minério de ferro da Vale e de suas duas rivais australianas, a BHP e a Rio Tinto, que juntas dominam a produção global.

Um grupo centralizador das compras de minério de ferro, criado no ano passado para coordenar as negociações da enorme indústria siderúrgica do país, criticou nas últimas semanas os preços da commodity, que considera muito elevados, e defendeu um sistema de cotações aperfeiçoado.

Enquanto isso, o principal órgão de planejamento econômico da China intensificou uma campanha para esfriar o rali do mercado neste ano.

Mas a Vale está confiante de que os preços continuarão a ser definidos pelo equilíbrio entre a oferta e a demanda, disse Bartolomeo em entrevista à Bloomberg News.

Para as mineradoras, isso é uma boa notícia, e o CEO prevê um mercado cada vez mais apertado no futuro. “A regra da economia irá guiar o preço, a regra significa oferta e demanda”, afirmou Bartolomeo em Londres, antes do encontro anual com investidores da empresa. “Eles não podem impor algo.”

O minério de ferro desafiou as previsões de queda ao subir cerca de 16% nas últimas seis semanas, impulsionado pelos esforços do governo de Pequim para apoiar o setor imobiliário intensivo em aço, que enfrenta uma crise. O metal é negociado atualmente em torno de US$ 129 a tonelada e tem se mantido acima do patamar-chave de US$ 100 a tonelada neste ano.

A China, que produz mais da metade do aço mundial, alarmou a indústria do minério de ferro no ano passado quando criou a China Mineral Resources Group, a nova estatal que tenta aumentar sua influência sobre os preços. Há muito tempo Pequim se queixa de que as mineradoras detêm demasiado poder, já que a oferta está muito concentrada entre os três principais produtores.

Para a própria Vale, o minério de ferro é mais importante do que nunca.
Depois de vender diversos ativos em setores como siderurgia e fertilizantes, a empresa agora colocou seu negócio de metais básicos em uma estrutura corporativa separada, com gestão autônoma, embora continue controlada pela Vale. Como resultado, a mineradora brasileira tem focado ainda mais no minério de ferro, há muito tempo sua maior e mais lucrativa divisão.

Bartolomeo assumiu o comando da Vale após o rompimento da barragem em Brumadinho em 2019, que resultou na morte de 270 pessoas.

Após a tragédia, a Vale perdeu o título de maior fornecedora de minério de ferro para a Rio Tinto. O mandato de Bartolomeo termina em maio, e o processo sucessório já começou.

O executivo disse que uma decisão sobre a possível renovação deve ser feita com quatro meses de antecedência, e que ele deseja continuar como CEO. “É claro que quero ficar”, afirmou, adicionando que gostaria de ver os resultados da reestruturação que iniciou a partir de 2019.

Acordo saudita

No início deste ano, a Vale anunciou a venda de parte da empresa de metais básicos a investidores, incluindo a Arábia Saudita, que concordou em comprar uma fatia de 10% como parte dos esforços para diversificar os negócios além do petróleo, em um acordo que avaliou a unidade em US$ 26 bilhões.

A Vale passou anos em busca de opções para extrair mais valor para a divisão. A mineradora afirma que vai estudar opções para capitalizar a Vale Base Metals dentro de dois a três anos, quando projetos no Canadá, Brasil e Indonésia devem começar a amadurecer. A empresa vai precisar de até US$ 30 bilhões na próxima década para expandir o negócio.

Os acordos potenciais poderiam incluir uma oferta pública inicial, bem como uma nova venda de participação. “Estamos abertos ao que criar mais valor”, disse o diretor financeiro da Vale, Gustavo Pimenta.

O cenário positivo de Bartolomeo para o minério de ferro se alinha com as projeções da Rio Tinto, a única empresa que produz mais do ingrediente siderúrgico. A Rio Tinto espera que a demanda aumente quase 25% até 2050, mesmo com o pico de consumo chinês.

Produtores de minério procuram novas áreas de crescimento depois de se apoiarem na forte demanda da China durante as últimas duas décadas.

A Vale, que atualmente vende cerca de 63% de seu minério de ferro para a China, pretende baixar esse percentual para menos de 50% com o objetivo de diminuir a dependência do país asiático. Bartolomeo, assim como o CEO da Rio Tinto, Jakob Stausholm, vê um pico da produção no país em breve, mas espera crescimento contínuo em outros mercados, especialmente na Índia e outras partes da Ásia.

Ao mesmo tempo, outras fontes de produção de minério de ferro serão limitadas até que uma nova e enorme mina na Guiné seja iniciada no final desta década. “O mercado está realmente apertado”, disse Bartolomeo. “Não há oferta chegando.”

Valor - SP   06/12/2023

Em 2021, foi celebrado um acordo judicial para reparação integral de Brumadinho no total de R$ 37,7 bilhões

O presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, afirmou hoje que a empresa quer chegar a um acordo no caso de Mariana semelhante ao que a companhia conseguiu em Brumadinho. O executivo participa do Vale Day 2023, em Londres.

Também no evento, o vice-presidente executivo de finanças da mineradora, Gustavo Pimenta, ressaltou que o foco em Mariana tem sido em executar os 42 programas conduzidos pela Fundação Renova. “Buscamos uma solução para Mariana porque é bom para todo mundo, mas chegar a um acordo final é complexo porque envolve vários atores”, disse Pimenta.

A negociação de Mariana diz respeito ao rompimento em 2015 da barragem da Samarco, joint venture entre Vale e BHP Billiton. As duas empresas tentam um acordo global com as autoridades federais e estaduais, no Brasil, para encerrar o caso.

Esse acordo tenta replicar modelo seguido após o rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em 2019, que matou 270 pessoas. Em 2021, foi celebrado um acordo judicial para reparação integral de Brumadinho no total de R$ 37,7 bilhões.

A Vale entende que um possível acordo sobre Mariana, no Brasil, tiraria “materialidade” de outro processo sobre o tema aberto no Reino Unido, em 2018, e do qual a BHP tornou-se ré. Em 2022, a BHP pediu que a Vale tivesse participação financeira proporcional caso a companhia britânica viesse a ser condenada na ação coletiva movida no Reino Unido.

Em 24 de novembro deste ano, a Vale informou que o Tribunal de Apelação inglês recusou pedido da empresa de ouvir recurso sobre a competência desse tribunal para julgar a ação de contribuição movida pela BHP contra a mineradora brasileira.

“Importante esclarecer que o mérito da referida ação não foi ainda apreciado e tampouco julgado”, disse a Vale, na ocasião. E acrescentou: “A Vale, como acionista da Samarco, entende que as soluções criadas pelos acordos no Brasil, em especial o TTAC [Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta], estão aptas a endereçar os pleitos do processo estrangeiro.”

*O repórter viajou a convite da Vale

Infomoney - SP   06/12/2023

O conselho de administração da Vale (VALE3) aprovou em reunião no dia 1º de dezembro uma revisão na política de sucessão do presidente da mineradora, segundo ata do encontro publicada nesta terça-feira pela companhia.

Em comunicado separado, a Vale disse que o processo de sucessão deve ser iniciado entre quatro e seis meses antes do vencimento do prazo de gestão (mandato) do presidente.

O mandato do CEO atual da Vale, Eduardo Bartolomeo, vence em maio de 2024, segundo a empresa.
Caso a deliberação do conselho seja pela manutenção do presidente em exercício, a consequente renovação do seu prazo de gestão e de contrato será realizada em comum acordo com o mesmo, segundo informações da política de sucessão aprovada.

De acordo com a Vale, se houver deliberação do conselho pelo início do processo sucessório, deve-se realizar a contratação de empresa de padrão internacional, reconhecida por sua expertise na seleção de executivos globais.

O conselho deverá considerar os candidatos internos mapeados no processo sucessório da companhia para o processo de seleção e avaliação.

A Vale afirmou ainda que o presidente da companhia será selecionado entre os nomes propostos em lista tríplice elaborada pela empresa de seleção de executivos, entre outros procedimentos.

O objetivo da política é assegurar a perenidade dos negócios da companhia, considerando as melhores práticas de governança corporativa e a legislação vigente, disse a Vale.

Máquinas e Equipamentos

InfraRoi - SP   06/12/2023

A Volvo lançou uma nova escavadeira para os segmentos de pedreiras, obras de infraestrutura pesada e mineração. O modelo EC350DL conta com o motor Volvo D8 com alta eficiência de combustível e o modo ECO, de forma a mitigar suas emissões de gases. Isso ocorre porque há um maior controle de potência da bomba hidráulica, que é do tipo eletro-hidráulico, para maior precisão no controle da vazão do sistema, melhorando a eficiência do equipamento.

Segundo a fabricante, a estrutura principal da máquina absorve os impactos transferidos do conjunto de escavação. As sapatas das esteiras têm larguras diferentes que aumentam a estabilidade e a flutuação. Para uma durabilidade superior, toda a estrutura de sustentação e os suportes de motor são reforçados.

A estrutura sólida se estende também para o braço, lança e para a caçamba do tipo V4ED de 2,33 metros cúbicos, reforçada para trabalhos severos. Opcionalmente, o recurso de flutuação da lança permite que ela flutue sobre o solo apenas com uso da força gravitacional. A opção libera fluxo hidráulico para outros circuitos e garante assim ciclos mais rápidos.

A EC350DL oferece 10 modos de trabalho. O operador pode selecionar de acordo com a aplicação. Ela inclui agora o modo G4, que melhora ainda mais a eficiência do combustível e o desempenho.

Para garantir o conforto da cabine, o assento possui vários ajustes que facilitam ao operador encontrar a posição ideal, assim como melhor visibilidade. A recirculação do ar dentro da cabine promete um ambiente climatizado de forma homogênea. São 14 aberturas espalhadas por toda a cabine para aumentar o conforto e a produtividade do condutor.

Já para facilitar a manutenção, o radiador, o intercooler e o trocador de calor do óleo hidráulico ficam lado a lado em uma única camada para maximizar a eficiência, evitar o entupimento e auxiliar na limpeza. Os filtros são agrupados e os pontos de lubrificação são fáceis de acessar pelo nível do solo por meio de portas grandes e largas. O mesmo ocorre para a caixa de distribuição elétrica, com todos os fusíveis e relés, também de acesso fácil a partir do nível do solo.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   06/12/2023

Quase três anos após anunciar o fechamento de suas fábricas no País e passar a ser importadora de modelos da marca, a Ford registra seu segundo ano de lucro na América do Sul, onde o Brasil era responsável por cerca de 70% das vendas. Além de comercializar apenas modelos premium, a empresa exporta serviços de tecnologia.

Sem revelar o resultado financeiro da região, o presidente da Ford América do Sul, Daniel Justo, afirma que a região vai gerar lucro para o grupo pelo segundo ano seguido. Quando comunicou ao mercado sobre o encerramento da produção local, a montadora alegou que operava com prejuízos há vários anos.

Após o fechamento, a partir de janeiro de 2021, das fábricas de Camaçari (BA), Taubaté (SP) e da Troller em Horizonte (CE) — as operações da unidade de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, já tinham sido encerradas dois anos antes —, a Ford decidiu manter seu centro tecnológico na Bahia e seu laboratório e pista de testes em Tatuí (SP).

Atualmente, 35% do desenvolvimento de sistemas tecnológicos usados em várias aplicações pelo grupo no mundo são de responsabilidade da filial brasileira, informa Justo. O centro tecnológico emprega 1,5 mil engenheiros, dos quais 85% trabalham em serviços que são exportados.

“Mandamos as notas fiscais para Detroit (nos EUA, onde está a matriz da companhia) e trazemos os dólares para o Brasil com esses serviços”, diz Justo. Nesta terça-feira, 5, ele se reuniu em São Paulo com um grupo de jornalistas. As exportações de serviços geram faturamento de R$ 500 milhões.

A estratégia da Ford em focar vendas apenas de modelos importados premium, com preços que variam de R$ 210 mil (Territory) a R$ 576,5 mil (Mustang Mach 1), também está dando certo. O grupo tem em seu portifólio cinco picapes, dois SUVs, o esportivo Mustang e três comerciais leves.

Neste ano, até novembro, a marca vendeu 25,3 mil veículos, 38% a mais ante igual período de 2022. A previsão de Justo é de alta de 40% até o encerramento do ano. Para 2024, a expectativa é de crescimento de dois dígitos, diz o executivo, sem detalhar números.

Fábrica agora é da BYD

Nesta terça-feira, 5, a Ford informou que a reversão da propriedade da fábrica de Camaçari foi finalizada e, a partir de agora, o imóvel pertence oficialmente ao governo da Bahia. A Ford informa que o processo foi “conduzido com o objetivo de viabilizar o crescimento econômico e social para a comunidade baiana.”

A fábrica já estava nas mãos da chinesa BYD desde 9 de outubro, quando a empresa promoveu evento para o lançamento simbólico da pedra fundamental. O grupo vai investir R$ 3 bilhões na planta onde terá três unidades para produção de automóveis híbridos e elétricos, ônibus e caminhões e, futuramente, de processamento de lítio. O repasse do prédio pelo governo à BYD foi feito por meio de contrato de concessão.

Pela devolução das instalações, a Ford recebeu R$ 220 milhões, segundo o governo baiano, para cobrir gastos de prédios e infraestrutura feitos pelo grupo americano. Hoje, foi paga a última parte desse valor.

Quando anunciou o encerramento das operações, advogados que cuidavam do caso informaram que a montadora iria pagar cerca de R$ 2,5 bilhões como indenização ao governo da Bahia por fechar a fábrica após ter recebido incentivos fiscais desde o início de suas operações, em 2001.

A fábrica da Troller, no Ceará, continua à venda, mas, por enquanto, não há previsão de fechamento de negócio, diz o vice-presidente da Ford na América do Sul, Rogelio Golfarb.

Valor - SP   06/12/2023

Grupo troca comando no momento que elétrico importado volta a ser tributado

Godoy assume a presidência da montadora no país em janeiro, quando retorna a cobrança do Imposto de Importação sobre veículos carregáveis em tomadas — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

O economista Marcelo Godoy se tornará o presidente da Volvo Car Brasil, que só vende carros elétricos e híbridos “plug-in” importados, num momento desfavorável para esse segmento. Em janeiro, quando o executivo assumirá o cargo, veículos carregáveis em tomadas, que eram isentos de Imposto de Importação, voltarão a ser tributados. Mas a Volvo não quer que a medida estrague sua estratégia de eletrificação no país. Por isso, decidiu repassar menos da metade do custo com o aumento do imposto em 2024.

O aumento de zero para 35% (alíquota para carros importados) será escalonado até julho de 2026. Mas terá impacto nos preços logo na primeira metade de 2024. A alíquota dos puramente elétricos passa para 10% em janeiro e 18% em julho, enquanto que a dos híbridos “plug-in” vai a 12% e 20% no mesmo período. A Volvo decidiu elevar os preços da sua linha em 7,7%, em média.

“Vamos absorver parte do custo para deixar claro nosso objetivo comercial”, destaca Godoy. Segundo ele, não há intenção de recuar na estratégia da eletrificação, que tornou-se um diferencial da marca.

A Volvo, que importa toda a sua linha, especializou-se em dois tipos de carros: o 100% elétrico e o híbrido “plug-in”, que também tem um motor a combustão, mas pode ser carregado em tomada. Em janeiro de 2022, o Brasil se tornou o segundo país, depois da Noruega, onde a montadora sueca passou a vender somente carros carregáveis em tomadas.

A volta do Imposto de Importação, depois de seis anos de isenção, não foi uma surpresa para os importadores. Godoy afirma que esperava, no entanto, que as alíquotas voltassem a subir de forma mais escalonada do que a que foi definida pelo governo.

“Entendo que o imposto zero não era sustentável. Mas o aumento foi feito de forma muito rápida, teria que ser mais espaçado”, destaca. “Tirar a proteção não vai ajudar a construir o mercado. E não substitui uma política industrial para fomentar a eletrificação no país”, completa o executivo de 43 anos, que começou a trabalhar na Volvo há oito.

Godoy, até aqui diretor financeiro da Volvo Car, assume o lugar deixado por Luis Rezende, um amigo antigo, que foi escalado para assumir o comando das operações da empresa em todos os mercados onde a montadora sueca não tem fábricas. Isso soma 60 países em todos os continentes.

A amizade de ambos vem de longa data, dos tempos de faculdade na Fundação Santo André, no ABC. Tudo começou numa partida de futsal, na qual Godoy garante ter goleado o time de Rezende. A amizade começou quando os dois jovens decidiram jogar no mesmo time. E isso se propagou no trabalho.

Tanto Godoy como Rezende tiveram uma infância pobre. Godoy decidiu começar a trabalhar para ajudar nos gastos em casa assim que o pai de morreu, quando ele tinha 12 anos. Trabalhou em gráfica e como “office boy” na imobiliária de um tio.

A opção pela faculdade de Economia foi quase por acaso. Ele lembra as frustradas tentativas de entrar em instituições públicas. A opção inicial era Direito. Mas a mensalidade em Santo André era subsidiada. E assim ele foi o único de “uns 15 primos”, pelas suas contas, que conseguiu concluir o ensino superior.

Vamos absorver parte do custo para deixar claro nosso objetivo comercial”

— Marcelo Godoy

Não insistir no Direito foi uma decisão acertada. “Eu teria desistido”, diz. Godoy já acumula 25 anos de experiência na área financeira em várias empresas.

O próximo desafio é conseguir elevar as vendas da Volvo no Brasil entre 85% e 100% em 2024, como foi planejado pelo grupo este ano, independentemente dos efeitos da elevação do Imposto de Importação.

A grande aposta para esse salto é o lançamento de um modelo de faixa de preços abaixo da média em que a Volvo está habituada a atuar. Com início de vendas programado para a segunda metade do próximo ano, o compacto EX teve preço de pré-lançamento de R$ 220 mil. Com a volta do imposto, o reajuste de preço nesse modelo será o menor, de 5%. Nos demais, cuja faixa inicial de preços supera os R$ 300 mil, será 10%.

Antes mesmo de assumir o novo cargo, Godoy já estará envolvido em outra discussão polêmica em torno dos elétricos. O governo vai oferecer aos importadores cotas de veículos isentos da tributação. Mas ainda não definiu como isso vai funcionar.

O assunto será discutido numa reunião nesta sexta-feira (8), em Brasília, que incluirá representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, importadores e montadoras.

Cada parte levará seus argumentos para justificar um pedaço dessas cotas. Godoy, no entanto, não conta com esse benefício para calcular preços. A Volvo sai em desvantagem por não ter operação industrial no Brasil.

“Vamos absorver uma parte do custo do aumento do imposto como uma forma de a matriz, de uma marca que não tem fábrica no país, investir, no médio prazo, no crescimento e na eletrificação”, diz.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Money Times - SP   06/12/2023

Além de continuar gradualmente sua reabertura, a China tem reforçado também sua circulação de economia interna para reativar o consumo, emprego, renda e atividade industrial no mercado doméstico.

A primeira reunião do recém-criado comitê central financeiro concentrou a discussão em finanças imobiliárias. Várias medidas foram aprovadas para recuperar o setor imobiliário, que junto com toda sua cadeia produtiva, corresponde aproximadamente 18% do PIB chinês.

Mesmo que a demanda ainda esteja bem abaixo da expectativa, já há bons incentivos para facilitar a compra.

Potenciais compradores de imóveis, por exemplo, podem adquirir mais de uma propriedade sem perder o benefício de dar pouca entrada e pegar empréstimos bancários baratos de longo prazo e com baixo valor de entrada. Os habitantes da área rural também podem começar a comprar propriedade nas cidades.

No entanto, poucos apoios foram oferecidos para o lado de oferta. Muitas construtoras não conseguem finalizar a obra ou iniciar um empreendimento que já foi vendido por falta de dinheiros. Vale lembrar que essas empresas usaram os pagamentos dos compradores para arrematar novos terrenos estratégicos, que hoje valem muito menos devido ao período de crise.

Com baixo valor de garantia real, os bancos começaram a restringir os créditos. As construtoras já vêm sofrendo com a dificuldade de gerar fluxos de caixa operacional, pois não conseguem vender no ritmo e nem nos preços que planejavam.

Sem novos empréstimos ou refinanciamentos bancários, essas empresas não conseguem executar suas obras prometidas. Algumas construtoras fraudulentas pioraram ainda mais a reputação do setor imobiliário, consequentemente, puxam junto as condições de crédito para setor.
Mais oferta de crédito para construtoras

Na semana passada, o governo chinês divulgou medidas que aliviam parcialmente as restrições de “três linhas vermelhas” de 2020 para aumentar liquidez e giro para as incorporadoras e construtoras.

Os bancos chineses, por exemplo, não têm mais restrição para apoiar as construtoras e incorporadoras qualificadas com empréstimos direcionais de curto prazo para finalizar as obras e empreendimentos inacabados.

O objetivo é criar mecanismos de direcionar empréstimos carimbados por empreendimento “pendente” e dar maior poderes aos credores e bancos em liderar a reestruturação das dívidas das construtoras sérias em dificuldade para garantir a finalização das obras com entrega garantidas para os proprietários do imóvel. Isso vai ajudar reestabelecer confiança dos potenciais compradores e investidores, aumentando volume e preços de compras e vendas na negociação.

Além disso, a volta de novos apoios de financiamento também vai ajudar as construtoras em reativarem os projetos de urbanização dentro das maiores cidades. Por exemplo, reconstrução e demolição de bairros antigos para reativar a economia local. As novas moradias vão atrair novos moradores, comércios e polo de serviços para esses bairros.

O mercado financeiro também já começa a perceber a boa intenção do regulador chinês em amenizar o impacto negativo da crise imobiliária na economia. Mesmo sabendo que este tipo de crise sempre demora pelo menos de 5 a 10 anos para resolver, essa boa perspectiva de recuperação do setor no longo prazo tem ajudado as incorporadoras em crise financeira a chegar um acordo viável com seus credores.

Recentemente, a Sunac China, uma das maiores incorporadoras, concluiu um acordo com seus credores externos e internos para executar seu plano de recuperação.

Já a Country Garden conseguiu reestruturar suas dívidas com credores domésticos, enquanto a negociação com credores estrangeiros continua, a Country Garden conseguiu reestruturar suas dívidas com credores domésticos.
E o Brasil com isso?

No curtíssimo prazo, não há efeito imediato desse pacote de incentivo imobiliário na economia real. Por outro lado, essa boa perspectiva da recuperação vai ajudar a reduzir a volatilidade e especulação financeira sobre os preços de minério de ferro e de aços no mercado futuros.

Também terá efeitos sobre as ações das empresas produtoras, uma vez que essas commodities estão com excesso de estoque na China.

Já efeito positivo concreto dessas mediadas só vai aparecer na economia chinesa a partir do segundo semestre de 2024.

As construtoras e as incorporados que conseguirem um novo capital de giro no primeiro semestre, começam a finalizar as obras e entregar os imoveis a partir de segundo semestre.

Essa reativação vai reduzir excesso de estoque de materiais de construção, estabilizar os preços e injetará mais confiança para toda cadeia produtiva relacionada com setor de construção civil, móveis e decorações, contribuindo para crescimento do PIB chines de 2024.

FERROVIÁRIO

Portal Fator Brasil - RJ   06/12/2023

Sob a expectativa do lançamento do Plano Nacional de Ferrovias, a Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (Amport) defende a continuidade dos estudos e plena operação da EF-170, conhecida como Ferrogrão, tema de grande importância para quem trabalha e vive nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.

O Ministério dos Transportes avançou nos debates sobre a EF-170 nos últimos dias, ao anunciar a criação de um canal exclusivo para encaminhamento de sugestões ao Grupo de Trabalho designado para acompanhar os processos e estudos relacionados à ferrovia. O canal está aberto à toda a comunidade, assegurando plena participação social. —Vimos com bons olhos este avanço, pois é de extrema importância a participação de toda a sociedade civil no processo de desenvolvimento da Ferrogrão —disse Flávio Acatauassú, diretor-presidente da Amport.

Segundo a entidade, a ferrovia possibilitará a redução substancial dos custos de logística de transporte ao ligar o município de Sinop, no Mato Grosso, aos Portos de Miritituba, no Pará, promovendo geração de impostos, empregos para a população local e consequente elevação da qualidade de vida e do IDH da região do Arco Amazônico. —É preciso avançar. O país não pode mais prescindir de uma obra estruturante deste porte, que descarbonizará a cadeia logística utilizada e trará inúmeros benefícios não só para a região, como para toda a economia do país. Defendemos que todos os estudos sejam finalizados e tenham os seus resultados respeitados, mas é fundamental que o processo de implantação da Ferrogrão prossiga— declarou Flávio.

O executivo afirma também que a movimentação de cargas na região é intensa e apresenta crescimento ascendente, sendo fundamental a integração dos modais ferroviário e hidroviário para atender a esta demanda. —No primeiro semestre de 2023 já movimentamos 30% a mais que em 2022. E a tendência é que este número continue crescendo. Hoje, temos uma capacidade instalada de 58 milhões de toneladas e temos projeções de expansão de mais de 42 milhões de toneladas nos próximos dez anos. Desta forma, a Ferrogrão é peça fundamental para que consigamos escoar a produção do agro, principalmente milho, soja, algodão, açúcar e etanol, bem como para a movimentação de combustíveis, fertilizantes e produtos manufaturados na Zona Franca de Manaus com qualidade e eficiência—.

PETROLÍFERO

Valor - SP   06/12/2023

Empresa tem oito blocos de petróleo em duas bacias: seis em Barreirinhas e duas em Potiguar

A Shell vai estudar a participação de leilões de áreas de petróleo na Margem Equatorial, caso o governo decida que é importante abrir espaço para a exploração de petróleo na região. Segundo o presidente da companhia, Cristiano Pinto da Costa, é importante analisar o potencial da Margem Equatorial diante do que se verifica na Guiana e no Suriname, países que estão mais adiantados na exploração das reservas na região.

A companhia tem oito blocos de petróleo em duas bacias na nova fronteira petrolífera que vai da costa do Amapá até o Rio Grande do Norte. Seis estão localizados na Bacia de Barreirinhas e dois na Bacia Potiguar, a mesma onde está localizado o poço que será perfurado pela Petrobras. Costa ressaltou que “o maior ator” do país no segmento, a Petrobras, incluiu no novo plano estratégico 16 poços localizados na Margem, mais um sinal da importância da área.

“Só tem uma forma de descobrir [se a área é viável]: é furando poços. Perfuramos o pré-sal e tiramos 3 milhões de barris por dia sem um acidente”, afirmou Costa em entrevista a jornalistas para balanço do ano. Porém, o executivo acrescentou que a empresa ainda não tem licenciamento para perfurar os blocos nas duas bacias: “Não temos nenhum plano de perfuração na Margem Equatorial em 2024.”

Na visão de Costa, ainda há espaço para explorar novas fronteiras petrolíferas, como a Margem Equatorial, mesmo diante de discussões sobre a redução da atividade, um dos temas da COP 28. Ele citou análises segundo as quais o pico de consumo de hidrocarbonetos se dará na metade da década de 2030. Nesse contexto, apesar de haver uma migração mais acelerada para fontes renováveis e descarbonização, não se consegue substituir “de uma hora para outra um sistema de fornecimento de energia construído nos últimos 100 anos.”

Um dos pilares do acordo firmado em março com a Petrobras, disse, é o da expansão de parcerias em exploração e produção para além do pré-sal, avançando em temas como projetos sociais e descarbonização. Costa salientou que as duas companhias já tinham acordos tecnológicos firmados há anos, mas as conversas aceleraram após trocas recentes no comando delas- Jean Paul Prates foi anunciado presidente da Petrobras no início do ano, assumindo em abril e Costa tornou-se presidente da Shell Brasil um pouco antes, em agosto de 2022.

Outro projeto sob avaliação é a exploração do campo de Gato do Mato. A Shell espera decidir sobre o desenvolvimento do ativo até o primeiro trimestre de 2025. O campo, no pré-sal da Bacia de Santos, teve o projeto suspenso e “voltou para a prancheta” para revisão completa por causa da inflação de custos no mercado de petróleo.

Originalmente, Gato do Mato contaria com um navio-plataforma (FPSO, na sigla em inglês), capaz de processar 100 mil barris de petróleo por dia. O campo é controlado por Shell (50%), Total (20%) e Ecopetrol (30%). A empresa reduziu o escopo do projeto e um dos próximos passos será a cotação da FPSO para o campo, antes de fechar a decisão sobre se vai prosseguir com o desenvolvimento de Gato do Mato.

A Shell estima fechar o ano com média de produção de 400 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) no Brasil e espera manter a média no ano que vem. Em julho, a Shell verificou pico de produção de 458 mil boe/dia. Um dos projetos que devem entrar em operação no fim deste ano, para manter a média é o campo de Mero 2, no qual atua também em parceria com a Petrobras, cuja FPSO, Sepetiba, deve entrar em operação ainda em dezembro.

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