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06 de Junho de 2024

SIDERURGIA

IstoÉ Dinheiro - SP   06/06/2024

Após mais de seis anos, a Argentina suspendeu a sobretaxa antidumping de até 47,19% aplicada às exportações brasileiras de talheres de aço inoxidável. A medida era aplicada desde abril de 2018, porque o governo do país vizinho alegava que o produto brasileiro prejudicava a competitividade do similar argentino.

Em 2023, as autoridades argentinas iniciaram processo de revisão da medida, com participação ativa do governo brasileiro, que prestou todos os esclarecimentos. Os ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) mantiveram diálogo com as empresas nacionais envolvidas e atuaram de modo constante no processo.

Mesmo com a medida antidumping, a Argentina foi o terceiro principal destino das exportações brasileiras de talheres de aço inoxidável em 2023. As exportações brasileiras superaram US$ 6,5 milhões e somaram mais de 522 toneladas, representando 11,6% do volume total das exportações brasileiras dessas mercadorias.

Em nota conjunta, o Itamaraty e o Mdic informaram que a suspensão da medida torna as exportações de talheres do Brasil mais competitivas para aquele mercado e abre novas oportunidades para mais produtores brasileiros. “Trata-se de resultado positivo para o setor e para a relação econômico-comercial do Brasil com a Argentina”, destacou o comunicado.

Prática autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), a tarifa antidumping consiste na sobretaxação de produtos produzidos abaixo do nível de custo. Esse tipo de medida tem como objetivo proteger a indústria nacional de concorrência desleal com produtos importados.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   06/06/2024

Puxada pelo setor de serviços, a economia brasileira acelerou e cresceu 0,8% no primeiro trimestre deste ano na comparação com os últimos três meses de 2023. O número foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira, dia 4.

O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses deste ano ficou dentro do esperado pelos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, cujo intervalo variava de alta de 0,4% a 1,2% e veio um pouco acima da mediana das previsões, que era de avanço de 0,7%.

Na análise pelo lado da oferta, o setor de serviços cresceu 1,4%, puxado pelo comércio, que registrou alta de 3%. A indústria encolheu 0,1%. Tradicionalmente com resultados positivos no início do ano, a agropecuária avançou 11,3%.

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias cresceu 1,5% e foi beneficiado pela força do mercado de trabalho, diante do cenário de baixo desemprego e aumento da renda, e pelos impulsos fiscais, como o pagamento dos precatórios, além do reajuste real do salário mínimo.

Apesar do bom início de ano, os números da economia brasileira devem ser afetados pela tragédia no Rio Grande do Sul. Uma análise ainda preliminar da Tendências indica que o impacto das enchentes que atingiram o Estado deve tirar 0,3 ponto do crescimento brasileiro em 2024.

Afinal, como devemos enxergar esse aumento de 0,8% no PIB do país? Quais são os prognósticos para a economia brasileira até o fim do ano? No 'Estadão Notícias' de hoje, vamos conversar sobre o assunto com Silvio Campos Neto, sócio e economista da Tendências Consultoria.

O 'Estadão Notícias' está disponível no Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google podcasts, ou no agregador de podcasts de sua preferência.

O Estado de S.Paulo - SP   06/06/2024

A alta do dólar este ano deveria servir de alerta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT de que algo está errado na economia. Se é verdade que o movimento é global, também é verdade que as perdas da moeda brasileira são mais acentuadas, e isso acontece por motivos internos. A política fiscal não consegue apresentar soluções para eliminar o déficit primário, e o racha na última reunião do Copom colocou em xeque também as decisões da política monetária.

Desde o último encontro do Copom, em 8 de maio, a moeda americana saltou 4,5%, saindo de R$ 5,07 para R$ 5,30. E desde os R$ 4,85 da virada do ano, a alta chega a 9%. A valorização sobre outras moedas emergentes no ano são bem mais contidas: contra o peso mexicano, por exemplo, o dólar sobe 3,18%; contra o rand sul-africano, 3,5%; em relação ao peso chileno, 3,47%, só para citar três exemplos.

Em estudo recente, o departamento econômico do Itaú Unibanco mostrou que o dólar está em alta em todo o mundo. Esse movimento deve persistir e ainda pode se intensificar. O “dólar multilateral”, calculado pelo Fed para mostrar a força da moeda americana sobre moedas de parceiros comerciais dos EUA, está próximo das máximas históricas.

E há basicamente dois motivos para isso: juros mais altos nos EUA por mais tempo e aumento do risco geopolítico, com a guerra da Ucrânia, na Faixa de Gaza, e as tensões comerciais entre americanos e chineses. Esse é o pano de fundo externo, mas que conta apenas uma parte da história em relação ao real.

Internamente, os problemas são mais do que conhecidos e aumentam a percepção de risco em relação ao Brasil. O arcabouço fiscal tem uma bomba-relógio programada para estourar no ano eleitoral de 2026, que são o crescimento dos gastos obrigatórios que podem levar a uma paralisia da máquina pública.

Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento batem cabeça sobre qual seria a solução para o problema, mas a verdade é que nenhuma das duas pastas tem o aval da Presidência ou da Casa Civil para tocar as medidas em estudo adiante.

No Banco Central, a próxima reunião do Copom será decisiva para a credibilidade da política monetária. E o aumento do dólar coloca mais pressão para que a Selic permaneça em 10,5% ao ano daqui a duas semanas. A dúvida é se os quatro indicados pelo presidente Lula vão arcar com o custo político de votar pela interrupção dos cortes. A repetição do placar da última reunião consolidaria a visão de que há alas políticas dentro do colegiado.

No mercado financeiro, a leitura das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que ele não hesitará em implodir de vez o arcabouço para aumentar despesas e tentar a reeleição. Se o presidente seguir por esse caminho, o resultado para a economia será catastrófico e ajudará a alavancar a candidatura de um nome da oposição. Ou o PT acha que pode ganhar novamente a Presidência com o real a cada dia mais fraco?

O Estado de S.Paulo - SP   06/06/2024

O governo Lula continua apostando em crescimento do PIB deste ano de alguma coisa em torno de 2,5%. Mas há tensões novas conspirando contra esse resultado. É preciso ver quais são para atacá-las.

O dado mais significativo das Contas Nacionais reveladas nesta terça-feira foi o forte avanço do consumo das famílias, de 1,5% em relação ao trimestre anterior, que guarda correspondência, na ótica da demanda, com o crescimento de 1,4% do setor de serviços.

Um punhado de fatores empurrou esse crescimento: a melhora do mercado de trabalho, que propiciou aumento da renda; o reajuste real do salário mínimo e das aposentadorias; o despejo de R$ 90 bilhões no pagamento de dívidas precatórias; e o aumento das despesas gerais do setor público (gastança e rombo fiscal).

A contrapartida desse efeito é o aumento da inflação dos serviços, principal preocupação do Banco Central na definição da política monetária. Se vier ou uma parada na redução dos juros ou, até mesmo, um certo aumento, será inevitável o impacto sobre este setor que mostrou forte dinamismo no primeiro trimestre.

O segundo fator que pode tirar sustentação ou, em certo sentido, até dar sustentação nesse dinamismo do PIB é a tragédia que despencou sobre o Rio Grande do Sul. Ainda está longe de serem avaliadas as perdas de patrimônio e de produção de um dos Estados mais dinâmicos do País: na indústria, na agropecuária e nos serviços, especialmente no comércio. Noção melhor do impacto desses prejuízos sobre a renda será sentida no segundo trimestre e se estenderá aos seguintes. Mas não dá para deixar de contrapor a esses dados os efeitos positivos da enorme transferência direta de recursos do governo federal que deverão alcançar entre R$ 65 bilhões e R$ 80 bilhões, sem contar com adiamento no pagamento das dívidas públicas.

Aumentarão substancialmente no Estado as despesas com materiais de construção para infraestrutura e reconstrução de habitações, com a compra de aparelhos domésticos e veículos destinados à reposição das perdas.

Em alguma medida, também contribuirão para aumento das vendas do varejo, indenizações pagas pelas seguradoras, desde que não aleguem cláusula de calamidade para fugir dessas obrigações. Mas esse efeito será mais bem contabilizado a partir do terceiro trimestre.

Embora mostre bom crescimento no trimestre, o volume de poupança e o de investimento em relação ao PIB continua muito baixo, de 16,3% e de 16,9%, respectivamente. Continua muito aquém dos 22% do PIB que poderiam garantir crescimento futuro sustentável do PIB.

O Estado de S.Paulo - SP   06/06/2024

A indústria brasileira começou o segundo trimestre em queda, influenciada, principalmente, pelo mau desempenho da extração de minério de ferro e petróleo. A produção industrial registrou uma retração de 0,5% em abril ante março, devolvendo metade do ganho acumulado nos dois meses anteriores de avanços, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados nesta quarta-feira, 5, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Apesar desse resultado negativo no mês, a gente tem predominância de taxas de crescimento quando a gente observa as atividades e categorias econômicas”, ponderou André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.

Quanto às categorias econômicas, houve retração na fabricação de bens intermediários (-1,2%), mas expansão nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (0,1%), bens de consumo duráveis (5,6%) e bens de capital (3,5%, que sinalizam investimentos).

“Esses movimentos podem estar relacionados aos cortes na taxa básica de juros iniciados no ano passado”, justificou a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, em comentário.

Na passagem de março para abril, 18 das 25 atividades industriais pesquisadas registraram expansão na produção, com destaque para a elevação de 13,2% na fabricação de veículos automotores. Considerando os dados da pesquisa e demais indicadores econômicos antecedentes já divulgados, a gestora de recursos XP Investimentos calcula que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha um crescimento de 0,3% no segundo trimestre deste ano, após a alta de 0,8% verificada no primeiro trimestre. A estimativa já incorpora os esperados efeitos negativos sobre a economia decorrentes das enchentes no Rio Grande do Sul.

“Daqui para frente, acreditamos que o setor (industrial) registrará períodos de oscilação, fechando o ano com leve alta. Na nossa visão, a indústria deve contribuir pouco com o crescimento de 2,2% que projetamos para o PIB em 2024", projetou Claudia Moreno.

Em abril ante março, apenas sete atividades industriais mostraram recuos na produção, mas três desses segmentos possuem peso significativo na estrutura industrial brasileira: extrativas, produtos alimentícios e derivados do petróleo. Juntos, os três respondem por quase 45% de toda a produção industrial nacional. As indústrias extrativas têm uma fatia de cerca de 15% da Pesquisa Industrial Mensal, enquanto os alimentícios respondem por outros 15%. O segmento de derivados do petróleo e biocombustíveis detém um peso entre 13% e 14% da pesquisa.

Além da predominância de atividades em campo positivo, o IBGE ressalta que a indústria manteve tendência de crescimento em todas as demais comparações temporais.

“A gente consegue enxergar nesse resultado negativo elementos positivos. Tem a indústria de transformação se mantendo no campo positivo pelo quinto mês consecutivo”, acrescentou Macedo.

A produção da indústria de transformação cresceu 0,3% em abril ante março. Já as indústrias extrativas recuaram 3,4% no período.

Nos últimos cinco meses de crescimentos consecutivos, a indústria de transformação teve um ganho acumulado de 2,3%. No mesmo período, a indústria geral teve um crescimento acumulado de 0,6%, ou seja, as perdas nas indústrias extrativas reduziram a média global.

Macedo lembra que as extrativas vinham de uma expansão bem acentuada em 2023, iniciando 2024 num ritmo menor, em função da base de comparação elevada e de um ambiente em que o “preço no mercado internacional está mostrando menor intensidade”. No mês de abril, houve redução na produção tanto do petróleo quanto do minério de ferro.

“Muitas decisões estratégicas de maior ou menor produção estão associadas à questão de preços”, confirmou Macedo.

No entanto, o pesquisador pondera que elementos macroeconômicos ainda contribuem para um “entendimento de um comportamento ligeiramente positivo para o setor industrial” como um todo, entre eles a melhora do mercado de trabalho, com aumento na ocupação e na massa de rendimento, e a redução dos juros, com reflexos sobre o nível de endividamento.

Para o economista Matheus Pizzani, da corretora de investimentos CM Capital, a conjuntura internacional adversa puxou para baixo o desempenho da produção industrial brasileira no mês de abril: a menor demanda internacional por produtos da extrativa acabou pesando mais do que a recuperação de outros segmentos industriais pelo lado da oferta.

A projeção da CM Capital, por ora, é de novo recuo na produção industrial de maio, -0,1%, mas o número pode ser ainda mais negativo, devido aos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul.

“É um Estado que representa 6% de toda nossa indústria e tem um parque industrial muito diversificado”, observou Pizzani.

Os efeitos do desastre que se abateu sobre o Rio Grande do Sul aparecerão nos dados da produção de maio, mas não afetaram a coleta de informações para a Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física de abril, nem para a média nacional nem para o resultado local, afirmou André Macedo, do IBGE. As informações da produção industrial brasileira referentes a abril foram levantadas ao longo do mês de maio, já em meio às enchentes.

“Não teve nenhum tipo de problema com as informações relativas ao mês de abril”, assegurou Macedo. “O Rio Grande do Sul vai ter seu dado divulgado na Pesquisa Industrial Regional também com percentual (de coleta) próximo ou parecido com o que a gente normalmente divulga os dados. Para essa divulgação do mês de abril a gente não teve nenhum tipo de problema para publicar as informações.”

O pesquisador afirmou que os porcentuais de coleta e de imputação para os resultados do Brasil e do Rio Grande do Sul se mantiveram dentro do padrão histórico. Para a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física referente a abril, entre 93% e 94% da coleta foi realizada, sendo que os demais 6% foram trabalhados via imputação, mesma fatia de meses anteriores. Para a Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, Macedo conta que a coleta gira em torno de 90% a 93%, sendo os demais dados imputados.

“A princípio não tivemos nenhum problema adicional que justificasse ação. As faltas que tivemos para esse mês estão dentro do contexto histórico da pesquisa, e as imputações foram feitas da forma que são realizadas. A despeito de toda a gravidade da situação que o Rio Grande do Sul passou e está passando, a coleta ocorreu dentro do seu padrão histórico, não afeta divulgação dos resultados do Brasil e local”, disse ele.

A coleta da PIM-PF é feita por questionário eletrônico, preenchido e enviado online pelos informantes.

“Isso poderia estar sendo inviabilizado, mas não foi nem o caso”, ressaltou.

O IBGE deu início no último dia 3 à coleta referente ao mês de maio, que se estenderá por todo o mês de junho.

“O primeiro sintoma que pudesse sugerir uma imputação maior do que essa média histórica seria retificações muito acentuadas, mas não imagino que isso vá acontecer. O mês de abril está reprisando seu padrão histórico”, concluiu.

Os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional referentes a abril serão divulgados pelo IBGE no próximo dia 14. As informações da produção industrial de maio, com assimilação dos prejuízos provocados pelas chuvas à indústria gaúcha, serão divulgadas em 3 de julho.

MINERAÇÃO

IstoÉ Dinheiro - SP   06/06/2024

Após pressão de diversas entidades ambientalistas por maior fiscalização sobre as atividades da Empresa de Mineração Pau Branco (Empabra), um grupo de parlamentares da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) fez uma visita técnica nessa segunda-feira (3). A mineradora é responsável pela Mina Granja Corumi, encravada na Serra do Curral, um dos principais cartões postais de Belo Horizonte.

A extração mineral no local atualmente está proibida. No entanto, em outubro do ano passado, a Agência Nacional de Mineração (ANM) permitiu a retirada de 800 mil toneladas de minério que já haviam sido beneficiados e estavam estocados. Com a grande movimentação de caminhões, moradores das comunidades vizinhas e ativistas do Fórum Pemanente São Francisco e do Projeto Manuelzão passaram a questionar se os órgãos públicos estavam acompanhando os trabalhos e se havia garantias de que a Empabra não teria voltado a extrair minério.

As suspeitas de atividade ilegal ganharam força em vistoria da prefeitura de Belo Horizonte no mês passado, que levou à interdição total da mina e de todas as atividades da empresa. Houve autuação por crime ambiental e foi aplicada multa de R$ 64,9 mil.

“Foi constatada a retirada de minério fino depositados em pilhas, desassoreamento das estruturas de drenagem (sumps), retirada de minério em taludes conformados, com possíveis avanços em terreno natural (minério in situ) e indícios de atividade de lavra, além de transporte”, informou a prefeitura. Segundo o Executivo municipal, o escoamento de minério para possível venda não contaria com o devido licenciamento ambiental tanto em âmbito estadual quanto municipal.

A mina Granja Corumi existe desde a década de 1950. Com a Serra do Curral tombada como patrimônio de Belo Horizonte em 1990, as atividades no local foram reduzidas. Em 2007, a Empabra firmou um compromisso com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para elaborar um plano de recuperação da área degradada. Na época, denúncias indicavam riscos para a integridade do Parque Estadual da Baleia. Diante do descumprimento parcial do acordo, as atividades da mineradora foram embargadas temporariamente pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) em 2018.

No ano seguinte, o relatório final de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada pela Câmara de Vereadores de Belo Horizonte chegou a pedir a suspensão definitiva da extração de minério na Mina Granja Corumi. O documento, de 324 páginas, sugeriu ao MPMG que fosse solicitado bloqueio judicial dos bens da Empabra até a resolução das questões trabalhistas e a recuperação da área degradada.
Minério estocado

A retirada do minério estocado foi autorizada pela ANM em outubro do ano passado como parte do processo de recuperação da área. A Empabra alegou que a manutenção no local desse minério já extraído poderia gerar novos danos. Ao mesmo tempo em que deu a permissão, a ANM cobrou um plano para obras emergenciais, com o intuito de evitar deslizamentos, vazamentos e outros problemas no período chuvoso.

A deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL), que coordenou a visita técnica, questionou as atividades da mineradora. “Até agora não vimos nenhuma medida de recuperação de área degradada. O que a gente viu foi a retirada de material para a mineração. E nos perguntamos por que os caminhões estavam saindo justamente no período noturno. Será que é para não ser visto o material que está sendo retirado aqui?”. Para acompanhar a visita, a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALMG convidou também deputados federais e vereadores de Belo Horizonte, além de representantes das entidades ambientais.

Segundo nota divulgada pela Empabra, o controle da mineradora foi assumido em 2013 pela empresa Green Metals com o objetivo de recuperar a área da Mina Granja Corumi. A ideia é formar um corredor ecológico integrando o Parque Estadual da Baleia ao Parque das Mangabeiras. Ações de restauração teriam sido realizadas até 2018, quando a Semad embargou as atividades no local. De acordo com a mineradora, a paralisação gerou novos problemas como erosão a acúmulo de materiais, que estavam sendo enfrentados desde o aval da ANM no ano passado até a nova suspensão determinada no mês passado pela prefeitura de Belo Horizonte.

“Em 23 de abril de 2024, a Empabra protocolou o Plano de Fechamento da Mina, visando a transformar a área em um espaço público integrado ao Parque das Mangabeiras e ao Parque Estadual da Baleia. Os principais objetivos incluem a criação de um corredor ecológico, a ampliação da zona de amortecimento, a reintegração ecológica e a preservação da biodiversidade”, acrescenta a nota.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   06/06/2024

A Associação Brasileira de Equipamentos para Construção e Mineração (Sobratema) realizará no dia 25 de julho, a partir das 15h, o Webinar Sobratema Atualização das Tendências no Mercado da Construção, com o intuito de apresentar uma avaliação do mercado de máquinas para construção no primeiro semestre de 2024 e apontar tendências e perspectivas para o segundo semestre do ano.

A palestra principal será ministrada pelo consultor Mario Miranda, coordenador do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, que fará uma contextualização desse setor, após a realização da M&T Expo, principal feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração da América Latina, em abril deste ano, bem como das projeções mais otimistas para a economia brasileira.

Em novembro do ano passado, o Estudo de Mercado da Sobratema estimou para um crescimento nas vendas para 2024 da ordem de 7% para o segmento de máquinas da linha amarela, após a queda de 21% apresentada em 2023 ante 2022. No caso das vendas totais de máquinas para construção, projeção de alta é de 6% de unidades vendidas neste ano.

Durante o Webinar Sobratema Atualização das Tendências no Mercado da Construção, Luciano Rocha, diretor comercial da Armac, e Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema se reúnem à Miranda para discutir os principais temas que norteiam o mercado de máquinas em uma roda de debates.

O evento terá transmissão pelo Canal da Sobratema no YouTube e é direcionado para os profissionais das áreas da construção, de locação e de equipamentos, fornecedores e prestadores de serviço, instituições financeiras, agentes públicos e representantes de entidades setoriais.

Valor - SP   06/06/2024

"Revisamos os nossos números e esperamos uma queda de 8% no setor de máquinas e equipamentos para o fim do ano de 2024”, afirma diretora de competitividade da associação

A Formação Bruta de Capital Fixo, conhecida como a medida de investimentos no PIB, cresceu 4,1% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, mas nem todos os subsetores agregados nesse indicador se saíram bem. Segundo a diretora de competitividade, economia e Estatística da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Cristina Zanella, o crescimento foi puxado pelos investimentos em construção.

“Esperávamos que o ano começaria mais pujante com o direcionamento de queda da taxa de juros, mas isso não aconteceu. Já até revisamos os nossos números e esperamos uma queda de 8% no setor de máquinas e equipamentos para o fim do ano de 2024”, afirma Zanella.

Segundo levantamento interno da Abimaq, no primeiro trimestre deste ano em comparação ao trimestre imediatamente anterior, o consumo de maquinas e equipamentos cresceu 1,2%, mas a receita do setor caiu 4,5%.

Zanella relata que a importação de máquinas e equipamentos cresceu 10%, mas a produção local não teve a mesma demanda e vive um momento difícil.

“O problema é na questão das máquinas produzidas localmente. Quando olhamos para o nosso faturamento direcionado ao mercado doméstico, encolheu 24% nesse primeiro trimestre comparado com o mesmo trimestre do ano passado, por exemplo”, afirma a diretora da Abimaq. As exportações [de máquinas] sustentaram um pouco os nossos números, mas o mercado doméstico foi muito ruim”, acrescenta.

A executiva da Abimaq explica que a demanda na indústria de transformação por máquinas e equipamentos produzidos dentro do Brasil esteve muito baixa por causa da taxa de juros elevada. “O câmbio passou a ser favorável para o produtor local [favorecendo as exportações] e as nossas taxas de juros aqui estão elevadas. Por outro lado, quando se importa uma máquina, geralmente se faz financiamento e as taxas de juros lá fora estão mais baratas. Por isso preferem comprar máquinas e equipamentos lá fora do que internamente”, explica.

Para Zanella, não há expectativa de que esse cenário seja revertido ao longo do ano. “Esperávamos que a taxa Selic fosse para 9%, mas agora já vimos que não vai. Isso é ruim para o mercado porque a taxa básica de juros é o direcionamento para as outras taxas. Ela vai continuar alta e isso inibe os investimentos em máquinas”, diz.

AUTOMOTIVO

Automotive Business - SP   06/06/2024

O plano de expansão da infraestrutura de carregadores de carros elétricos nos Estados Unidos se mostra um fiasco. Isso mesmo com um generoso aporte realizado pelo governo.

Apesar do investimento de US$ 5 bilhões pelo prazo de cinco anos, apenas oito estações de recarga foram inauguradas após os primeiros dois anos de vigência do plano. Para piorar, estes pontos estão localizados em apenas oito estados, sendo que o plano deveria ter abrangência nacional.

A promessa do governo era de construir estações de recarga a cada 80 quilômetros de rodovias interestaduais. Apesar de ser um programa federal, cada estado tem autonomia para distribuir os recursos recebidos diretamente da Casa Branca.

Além disso, as empresas escolhidas por cada estado para construir os pontos de recarga precisam obedecer regras estaduais, o que eventualmente atrasa ou até inviabiliza a construção de novas estações.
Projeção é de que estações funcionem só em 2027

Segundo levantamento realizado pelo instituto EVAdoption, 23 estados iniciaram os trâmites para viabilizar a construção dos pontos de recarga. Dez deles concluíram a primeira rodada de candidaturas, sendo que um deles ainda aceita inscrições de empresas interessadas em participar da seleção.

Dez estados fecharam uma data limite para inscrições e seis não forneceram um prazo. Entre os estados mais rápidos no processo estão Ohio, Nova York, Colorado e Pensilvânia. Idaho, Mississipi, Nevada, Carolina do Sul, Dakota do Sul e Wyoming lideram entre os mais lentos.

Segundo Loren McDonald, CEO da EVAdoption, o prazo médio para o início das candidaturas até a inauguração da primeira estação de recarga é de dois anos.

Com o programa de carregadores de elétricos nos EUA se desenvolvendo a ritmo de tartaturga, McDonald acredita que a maioria dos pontos de carregamento financiados pelo programa de desenvolvimento da Infraestrutura Nacional de Veículos Elétricos esteja operando normalmente apenas em 2027.
Plano é construir meio milhão de carregadores até 2030

Apenas após o pleno funcionamento desses pontos espalhados pelas rodovias é que o dinheiro restante vai financiar a construção de novas estações em áreas urbanas e rurais.

A administração de Joe Biden espera que 500 mil carregadores públicos para carros elétricos estejam operando até 2030 nos EUA. Atualmente, 64 mil estações estão em funcionamento com 174 mil plugues para recarga. Isso significa que, para cada plugue, existem 19 veículos movidos a eletricidade no país.

Segundo dados fornecidos pelo Departamento de Energia dos EUA, a maioria dos carregadores elétricos está situada em áreas urbanas.

Valor - SP   06/06/2024

A Honda Motor anunciou na quarta-feira o início da produção do primeiro veículo de passageiros movido a célula de combustível construído por uma montadora nos Estados Unidos.

A marca japonesa exibiu o novo utilitário esportivo crossover CR-V e:FCEV em um evento para a mídia em sua fábrica em Marysville (Ohio) para marcar o início da fabricação. A Honda produziu veículos com célula de combustível pela última vez no Japão em 2021 e não o havia feito nos Estados Unidos antes.

O novo modelo deve ser lançado nos Estados Unidos este ano e será exportado para o Japão já no verão. Ele pode viajar 600 quilômetros com um reabastecimento de três minutos de seu tanque de hidrogênio e possui uma bateria elétrica plug-in com alcance de 60 km para áreas sem postos de abastecimento de hidrogênio.

O sistema de célula de combustível, feito em uma fábrica conjunta da Honda e da General Motors em Michigan, é duas vezes mais durável que as células de combustível anteriores da Honda a um terço do custo. O veículo em si também compartilha um design com um SUV Honda existente, reduzindo os custos em comparação com seus modelos anteriores de célula de combustível construídos para esse fim.

Atualmente, os Estados Unidos não têm montadoras produzindo veículos de passageiros movidos a hidrogênio do nível de célula de combustível para cima. A infraestrutura de combustível de hidrogênio do país também é deficiente, com postos de abastecimento limitados a certas áreas, como a Califórnia.

A Lei de Redução da Inflação, aprovada em 2022, inclui veículos de célula de combustível em seus incentivos fiscais para veículos elétricos e outros automóveis ecologicamente corretos. O novo modelo da Honda pode se qualificar.

A Honda pretende que todos os novos automóveis que vender em 2040 sejam modelos de emissão zero, ou seja, elétricos e de célula de combustível. Ela planeja investir 10 trilhões de ienes (US$ 64 bilhões) em elétricos e desenvolvimento de software na década até o ano fiscal de 2030 e está gastando US$ 11 bilhões para construir instalações de produção e uma cadeia de suprimentos no Canadá.

A montadora planeja expandir suas ofertas de veículos de célula de combustível na América do Norte, adicionando caminhões à linha também.

Valor - SP   06/06/2024

Ainda assim, a produção de veículos está 2% abaixo do patamar do pré-pandemia, em fevereiro de 2020

A produção de veículos automotores, reboques e carrocerias disparou 13,2% em abril, ante março, segundo a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento veio após queda de 4,6% em março, ante fevereiro.

O gerente da pesquisa, André Macedo, destacou a melhoria do comportamento da indústria automobilística em 2024, com altas em janeiro (4,4%), fevereiro (3,5%) e abril (13,2%).

“Há uma melhora na produção recente de automóveis, caminhões, autopeças e ônibus. E esse movimento está relacionado ao mercado doméstico, influenciado pelo comportamento positivo do mercado de trabalho, com o aumento de pessoas ocupadas e da massa de rendimentos; flexibilização da política monetária com redução da taxa de juros; e queda da inadimplência. São fatores importantes e que devem ser considerados”, disse.

Ainda assim, a produção de veículos está 2% abaixo do patamar do pré-pandemia, em fevereiro de 2020.

O momento positivo da indústria automobilística em abril já tinha sido apontado pelos dados da Associação Nacional da Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que apontou alta de 16,7% da produção de automóveis em abril, ante março, para 167.402 unidades.

Valor - SP   06/06/2024

Pioneira na tecnologia no país, montadora se prepara para começar a nacionalizar baterias

Maggio: “Produzir aqui tem a ver, cada vez mais, com a tecnologia híbrida” — Foto: Ana Paula Paiva/Valor

De agora em diante, todos os carros produzidos pela Toyota no Brasil terão uma versão híbrida. O aumento de oferta de modelos eletrificados permitirá elevar o índice de nacionalização das baterias. Segundo Evandro Maggio, presidente da Toyota no país, a nacionalização começará com a montagem das baterias com componentes importados.

Parece pouco. Mas representa um passo importante que a Toyota dá no país como parte do plano de investimentos de R$ 11 bilhões, até 2030. Segundo Maggio, o ciclo será dividido em duas partes. A primeira, de R$ 5 bilhões, será direcionada ao lançamento de dois novos carros e à construção da segunda fábrica da montadora em Sorocaba (SP).

Quando os dois modelos estiverem no mercado e a nova fábrica pronta, será iniciada a segunda etapa dos investimentos, dos R$ 6 bilhões restantes, para desenvolver novas plataformas de veículos.

Até lá, estará encerrado o processo de fechamento da fábrica em Indaiatuba (SP), bem como a transferência de toda a operação e dos empregados que aceitarem a mudança para a fábrica de Sorocaba, que fica a 50 quilômetros de Indaiatuba. A empresa ainda não definiu, diz Maggio, o que fará com a fábrica, a despeito de notícias de que marcas chinesas estariam interessadas na unidade.

Segundo Maggio, o programa federal Mover, aprovado pelo Senado ontem, foi um dos estímulos para o investimento. “O programa substitui a tributação dos veículos com base em cilindrada pelo critério de eficiência energética”, diz, referindo-se à nova regra, que estabelece variação de incentivos fiscais conforme o nível de emissões do veículo.

Mover inova ao deixar de tributar carros pela cilindrada de motor”

— Evandro Maggio

A Toyota pretende manter a estratégia que a diferencia no país desde 2019. A marca foi pioneira no desenvolvimento e produção de híbridos movidos a etanol. A Toyota não quer perder espaço agora, quando as concorrentes anunciam planos de produzir o mesmo tipo de veículo.

O híbrido flex começa a se tornar uma especialidade brasileira. Aproveita a tecnologia híbrida (veículos que têm um motor elétrico e outro a combustão) para agregar as vantagens de descarbonização proporcionadas pelo etanol.

O primeiro novo modelo será lançado em 2025 - um compacto, com preços abaixo dos híbridos que a marca vende no país (Corolla sedã e Corolla Cross). Segundo Maggio, 40% das vendas dos dois modelos são de versões híbridas. “Produzir aqui tem a ver, cada vez mais, com a tecnologia híbrida.”

O executivo mantém segredo em relação ao segundo modelo a ser lançado e os que virão na sequência, quando a nova fábrica estiver pronta. “Vamos criar linhas integradas”, diz. “E a escala nos permitirá começar a nacionalizar as baterias”, completa.

Segundo o executivo, a unidade de Sorocaba, inaugurada em 2012, já começou as obras de terraplenagem para receber a segunda construção, que será, como diz, “espelhada” na já existente.

A montadora também busca manter o posto de maior exportadora de veículos do país, título que durante muito tempo pertenceu à Volkswagen. Total de 40% da produção é enviado a outros países, a maioria na América Latina.

No mercado brasileiro, a Toyota ocupou o quarto lugar nas vendas de carros e comerciais leves no acumulado até maio, com participação de 8,5%, segundo dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave).

Maggio é presidente da Toyota do Brasil desde março, quando a empresa anunciou o novo investimento. Ele é o primeiro brasileiro a assumir o cargo desde que a montadora construiu sua primeira fábrica no país, há 66 anos, em São Bernardo do Campo (SP), também fechada recentemente.

Não é só isso que o diferencia entre os executivos do setor, que costumam ingressar na indústria automobilística depois de passar por cursos de engenharia, administração ou finanças.

Depois de concluir a faculdade de Letras, em 1988, ele foi trabalhar na Scania como tradutor. Mas seu conhecimento extrapolava o de idiomas. O pai tinha uma oficina mecânica em São Bernardo e, por isso, ele conhecia bem os veículos. Ao traduzir manuais para oficinas, que vinham da Suécia em inglês, começou a notar falhas técnicas. De tanto recorrer aos engenheiros para desvendar as inconsistências, ele foi convidado a se juntar à equipe técnica.

Para aprender mais, decidiu cursar tecnologia da produção. À medida que as funções mudaram adicionou outro curso universitário: finanças e controladoria. Da Scania, foi para a Iveco e em 2005 começou na Toyota.

Passou por áreas como planejamento de produção, recursos humanos, pesquisa, vendas e, por fim, diretor de compras, cargo que acumula com a presidência. Em 2018, foi para o Japão, onde trabalhou, durante um ano, na divisão da Lexus, marca de luxo da Toyota.

Com jeito humilde, Maggio atribui a recente promoção à nova fase do grupo japonês, “que passou a valorizar e estimular a liderança de profissionais da região”.

Durante encontro com um grupo de jornalistas, Maggio foi questionado sobre o recente escândalo envolvendo Toyota e outras montadoras japonesas, que admitiram a falsificação de dados de testes ou testes inadequados, inclusive de colisão. O assunto ainda está em debate.

Maggio disse que nenhum dos testes envolveu veículos produzidos no Brasil e lembrou que em entrevista recente, o presidente global da Toyota, Akio Toyoda, pediu desculpas. “Esta má conduta abala os alicerces do sistema de certificação; por isso é algo que devemos abster-nos de fazer como fabricantes de automóveis”, disse Toyoda. Em comunicado, a empresa, maior fabricante automóveis do Japão, disse ter usado “métodos que diferem dos padrões governamentais”.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Grandes Construções - SP   06/06/2024

A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulga a nova edição do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, pesquisa de opinião realizada com as lideranças das empresas associadas.

Os dados destacam as perspectivas do setor sobre desempenho, utilização da capacidade instalada e as intenções de investimento das indústrias de materiais de construção para os próximos meses.

A pesquisa indica que o mês de maio apresentou um desempenho bom e muito bom para 52% dos associados da Abramat, enquanto 40% consideraram o período regular e apenas 8% ruim e muito ruim.

Considerando o mês de junho, a expectativa é de um período bom e muito bom para 64%. Já para 32% a expectativa é de regularidade, enquanto 4% consideram que será um mês muito ruim para os negócios.

Sobre as pretensões de investimento no médio prazo (próximos 12 meses), a pesquisa de maio apontou que 76% das indústrias associadas pretendem investir no período. O número é 13p.p. maior do que apontado em maio de 2023.

O nível de utilização da capacidade instalada está em 78% na média das empresas, que mostra crescimento de 8p.p. em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu 70%.

“O setor está otimista e ao mesmo tempo cauteloso, com fatores como a medida do Governo Federal para compensar a manutenção da desoneração da folha de pagamento que visa restringir o uso de créditos tributários do PIS/Cofins, bem como as consequências da tragédia climática no Rio Grande do Sul, além das discussões no Congresso em relação aos projetos de lei complementares à Reforma Tributária. De todo modo, há pontos que contribuem para uma expectativa positiva, como obras de infraestrutura e retomada mais forte de programas como o Minha Casa Minha Vida. Seguindo esse caminho, poderemos ter o crescimento de 2% para o setor em 2024, conforme estimado pela FGV”, explica Rodrigo Navarro, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção.

FERROVIÁRIO

Infomoney - SP   06/06/2024

A Vale (VALE3) divulgou comunicado no qual reafirma que segue em discussões com o Ministério dos Transportes sobre os contratos das concessões da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).

Essas concessões já são operadas pela Vale e as conversas discutem as condições gerais para otimizar os planos de investimentos nos contratos das duas operações.
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“A Vale manterá o mercado atualizado sobre qualquer compromisso relevante assumido no âmbito das negociações, em linha com a legislação aplicável”, segundo comunicado enviado nesta quarta-feira (5) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No início desta quarta, a Vale anunciou acordo de R$ 1,8 bilhão para melhorar a eficiência da frota de locomotivas que atua na ferrovia que liga suas operações de mineração de ferro em Carajás (PA) com portos exportadores.

IstoÉ Dinheiro - SP   06/06/2024

O governo de São Paulo publicou nesta semana o decreto que oficializa o ‘SP nos Trilhos’, programa que cuidará dos projetos de novas linhas de transporte férreo no Estado, como trem, veículo leve sobre trilhos (VLT) e metrô. De acordo com o decreto, o plano ficará sob a coordenação da Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI), em cooperação com outras pastas, e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

O texto não cita a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô). O secretário de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, no entanto, justificou ao Broadcast Político que o projeto foca o transporte ferroviário por superfície com a interiorização do sistema férreo.

Ainda que o metrô não seja mencionado no decreto, o governo de São Paulo cita as linhas 19 e 20 como integrantes do plano.

“O Metrô e a CPTM sempre vão existir”, continuou Benini, sobre notícias de que a ausência da companhia poderia ser um sinal de que o governo pretenderia desestatizar o Metrô como um todo. Segundo ele, o texto do decreto foi feito com foco na CPTM porque seu principal ponto é a interiorização da malha ferroviária e o Metrô “fará a parte dele”.

Para o secretário, inclusive, considerando as expertises das empresas, é essencial que elas continuem atuando. Em nota, a SPI justificou que, apesar de a Companhia do Metropolitano não estar no decreto, “quando os estudos envolverem o transporte subterrâneo e/ou metroviário, o Metrô, como empresa pública, também participará da elaboração dos respectivos projetos”.

Segundo o secretário, a ausência do Metrô no decreto não passa de uma “tecnicidade” e, se for necessário, o texto pode ser alterado.

Um dos pontos do decreto que fica sob a responsabilidade da SPI, além da avaliação jurídica, é a elaboração de estudos para “viabilidade técnica e econômico-financeira”. Para isso, o Banco Interamericano de Investimentos (BID) será contratado, disse o secretário.

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística e a de Transportes Metropolitanos ficam responsáveis pelo fornecimento de informações e dados a respeito da situação e do planejamento dos sistemas de transporte. Já a Secretaria de Turismo e Viagens vai auxiliar com informações sobre o fluxo de turismo ferroviário.

A CPTM, segundo o decreto, fará a “identificação de áreas, linhas e infraestruturas ferroviárias, existentes ou pendentes de implantação, de potencial relevância para os projetos”, além de também ser responsável pelos estudos técnicos de viabilidade econômica e jurídica.

Ao todo, os projetos do governo envolvendo o tema – mais de 40 propostas, com nove delas já qualificadas (com a viabilidade avaliada) – somam investimentos estimados em R$ 194 bilhões e mais de mil quilômetros de malha férrea.

Dos nove projetos já qualificados pela SPI, o Trem Intercidades (TIC) Eixo Norte (São Paulo-Campinas) será implementado pelo consórcio C2 Mobilidade após a formalização do acordo de concessão nesta quarta. Os demais são os TICs Eixo Oeste (São Paulo-Sorocaba), Eixo Leste (São Paulo-São José dos Campos) e eixo Sul (São Paulo/Santos); as linhas 10 e 14 (ABC Leste), e 11, 12 e 13 (Alto Tietê) de trens urbanos; as linhas 19 e 20 de metrô e os VLTs de Campinas e Sorocaba.

O decreto também reúne propostas que ainda estão em avaliação, como os TICs São José dos Campos-Taubaté, Sorocaba-Campinas-Ribeirão Preto, Campinas/Araraquara, empreendimentos de construção e ampliação dos sistemas de metrô e trens urbanos e novos trechos do VLT da Baixada Santista, entre outros.

Rodoviário

Valor - SP   06/06/2024

A medida da primeira instância antecipa tutela, ou seja, concede liminar dando 60 dias para o poder público reassumir o serviço

A 1ª Vara Federal de Petrópolis determinou, em julgamento de ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF), que a União e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) retomem o controle da rodovia BR-040 no trecho de subida da serra de Petrópolis (RJ), que começa na Baixada Fluminense.

A medida da primeira instância antecipa tutela, ou seja, concede liminar dando 60 dias para o poder público reassumir o serviço, que hoje é realizado pela concessionária Concer. O descumprimento desse item da liminar gerará multa diária de R$ 1 milhão.

O contrato de concessão firmado em 1995 previa a exploração do serviço por 25 anos, ou seja, até 2021. O prazo, no entanto, foi prorrogado por termo aditivo, segundo a Justiça Federal.

A Concer afirmou que vai recorrer da decisão pois, segundo ela, há decisões favoráveis à companhia em instâncias superiores da Justiça Federal sobre os mesmos temas e que também consideraram os problemas a que o usuário estará sujeito se a concessionária sair da rodovia dessa forma.

A ordem liminar também obriga a União e a ANTT a realizarem, em 180 dias, licitação para concluir as obras da estrada Nova Subida da Serra (NSS). Alternativamente, a licitação poderá ser feita para escolha de uma nova concessionária para finalizar a rodovia.

No julgamento do mérito da ação, a Justiça Federal declarou a nulidade do termo aditivo, assinado em 2014, que previa o custeio das obras da NSS por meio de repasses diretos da União, a título de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato. Foram feitas duas transferências de recursos federais, um em dezembro de 2014 e outro em abril do ano seguinte, totalizando R$ 460 milhões, em valores atualizados.

Na sentença, o juiz federal César Manuel Granda Pereira, que a assina, entendeu que esse custeio de despesas não previstas no PER não é possível sem prévia licitação pública: “Houve clara burla à regra constitucional de obrigatoriedade de licitação e com consequências negativas para o usuário da rodovia que até a presente data se vê privado da NSS, bem como do interesse público que, mesmo ante o dispêndio de elevada monta de recursos, não se chegou a operar uma obra com utilidade para a coletividade”, escreveu o magistrado. Ele também apontou como grave o fato de que as obras foram iniciadas sem definição da origem dos recursos para sua execução.

Ainda na sentença, o juiz federal condenou a Concer a elaborar o projeto executivo da nova via. Além disso, a empresa deverá concluir a parte da obra cujos recursos estavam previstos originalmente no programa de exploração da rodovia. Já a ANTT deve fiscalizar e assegurar que a pista atual “continue operando perfeitamente integrada ao sistema rodoviário, mantida, conservada e monitorada como os demais segmentos da BR-040”, até ser substituída pela futura NSS.

A atual estrada de subida da Serra de Petrópolis foi inaugurada em 1928. Por seus 20 quilômetros trafegam diariamente, em média, 12 mil veículos, dos quais cerca de 20% são caminhões.

NAVAL

Portos e Navios - SP   06/06/2024

A Portos do Paraná comemora o investimento de R$ 100 milhões em dezenas de programas ambientais e sociais no litoral paranaense, no período entre 2019 e 2023. Ao todo, cinco linhas seguem em atuação: o apoio ao público jovem, saneamento básico, turismo e cultura socioambiental, fortalecimento da pesca artesanal e também das associações comunitárias.

Os projetos são reportados diretamente ao Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) através de relatórios periódicos e estão ligados diretamente às demandas repassadas pelas comunidades. “A relação entre a Portos do Paraná e as comunidades está cada vez mais próxima, fluida e acontecendo de maneira cada vez mais integrada. Um dos projetos ambientais mais recentes que estamos desenvolvendo é o convênio com a Universidade Federal do Paraná, para implementar o tratamento de esgoto em todas as casas de moradores da Ilha de Eufrasina”, enfatizou o diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana.

O programa busca melhorar a qualidade de vida dos moradores e preservar a baía de Paranaguá, substituindo os sistemas rudimentares de tratamento de esgoto, instalados em um ambiente rochoso e com grande declive, por sistemas ecológicos e de baixo custo. Além disso, serão aplicadas oficinas de produção de produtos de limpeza ecológicos com os moradores e feito o monitoramento da balneabilidade das águas.

Entre as ações educacionais, o destaque vai para o Programa de Educação Ambiental (PEA), que reúne 11 projetos de cunho socioambiental, e traz os princípios e práticas da permacultura. 1.397 pessoas foram beneficiadas somente no ano passado.

Um dos principais projetos da Portos do Paraná é o Porto Escola – Educação para Sustentabilidade, em que a Portos do Paraná realiza palestras para os alunos do 5º ano das redes municipais de ensino de Paranaguá e Antonina sobre meio ambiente e funcionamento do porto, seguida de uma visita guiada ao cais. Desde o início, em 2015, mais de 12 mil alunos já participaram do projeto.

Os projetos “Selo Verde” e “Compostar para Cultivar” também auxiliam nas demandas ambientais das comunidades. O primeiro funciona como um sistema de certificação de boas práticas ambientais para comércios da região, incentivando melhorias no sistema de gestão de resíduos sólidos das comunidades participantes.

Já o projeto “Compostar para Cultivar” busca incentivar e promover a compostagem, bem como a prática de hortas agroecológicas. O projeto atua desde 2021 com compostagem residencial e promoveu a instalação de composteiras nas duas escolas da Ilha do Mel, totalizando cerca de uma tonelada de resíduo ao ano, que deixa de ser destinado ao aterro sanitário.

Além dos investimentos em programas sociais e ambientais, os portos paranaenses buscam reduzir a emissão de gases de efeito estufa. Para isto, a Fundación Valenciaport, que é referência mundial na área, está realizando um diagnóstico e irá desenvolver o Plano de Descarbonização da Portos do Paraná.

Além da elaboração do projeto, a empresa pública também é signatária da Aliança Brasileira para Descarbonização de Portos e está alinhada aos Objetivos do Desenvolvimento de Sustentável (ODS) da ONU. A parceria entre a Portos do Paraná e o centro espanhol de pesquisa e inovação teve início oficialmente em 2020, quando a empresa pública firmou um termo de cooperação técnica com a Fundación.

A Portos do Paraná também aderiu aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU). São 17 propósitos que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados no mundo.

InfraRoi - SP   06/06/2024

A CLI Sul, unidade de negócios da CLI em Santos, anunciou o início dos trabalhos de engenharia para investimentos de R$ 565 milhões no Porto de Santos (SP) com a assinatura do aditivo ao contrato de arrendamento com o Ministério de Portos e Aeroportos. As melhorias devem permitir um aumento entre 2 milhões e 2,5 milhões de toneladas por ano na capacidade de movimentação do terminal. Isso beneficiará toda a cadeia logística, os produtores rurais no interior do país e as exportações do Brasil.

A iniciativa representa um avanço significativo para o desenvolvimento e aprimoramento das operações portuárias no Brasil, com a adoção de tecnologias mais sustentáveis e práticas operacionais eficientes. O terminal passará por uma renovação completa com investimentos, por exemplo, em um novo armazém que aumentará a capacidade do terminal em 100 mil toneladas, um novo parque de moegas contando com quatro pontos de descarga de caminhões e novas esteiras mais eficientes, que geram muito menos pó.

PETROLÍFERO

Valor Investe - SP   06/06/2024

Convite foi feito em requerimento apresentado pelo presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Confúcio Moura (MDB/TO), mas não se trata de convocação

A nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, foi convidada para “prestar esclarecimentos sobre os planos de investimentos da empresa para os próximos anos” na Comissão de Infraestrutura do Senado.

Segundo a Agência Senado, a solicitação foi feita em requerimento apresentado pelo presidente da comissão, senador Confúcio Moura (MDB/TO), mas não se trata de convocação.

No requerimento, Moura ressalta que os investimentos da Petrobras “são essenciais para viabilizar projetos que impactam diretamente a qualidade de vida da população e a eficiência econômica do país”.

O senador justifica o convite a Magda diante um cenário que pode marcar uma mudança nos rumos da gestão da Petrobras. Segundo Moura, a substituição de Jean Paul Prates na presidência da companhia pelo governo Lula foi motivada por divergências quanto à velocidade dos investimentos e a apresentação de resultados rápidos.

Moura também observa que analistas políticos preveem uma ampliação dos investimentos da Petrobras nos próximos anos, refletindo a visão do governo de que a empresa deve contribuir para impulsionar a economia nacional. No entanto, o senador destaca que ainda há incertezas sobre as prioridades desses investimentos e sobre a destinação dos lucros da companhia.

O Petróleo - SP   06/06/2024

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, conhecida como OPEP+, recentemente anunciou a extensão de seus cortes na produção de petróleo até 2025, uma decisão que teoricamente deveria sustentar ou aumentar os preços do petróleo no mercado global. Contrariando as expectativas, os preços do petróleo experimentaram uma queda significativa, deixando analistas e investidores questionando a eficácia das medidas do cartel.

Em um movimento que era largamente antecipado, a OPEP+ decidiu manter a retenção de aproximadamente 6 milhões de barris por dia do mercado, uma estratégia que eles esperavam que fosse fortalecer os preços. No entanto, após o anúncio, tanto o Brent quanto o WTI, dois dos principais índices de referência do petróleo, sofreram quedas de mais de US$ 4 por barril em um único dia, um indicativo de que o mercado pode estar cético quanto às projeções de demanda do cartel.

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Os cortes, que são uma resposta à demanda estagnada e à volatilidade do mercado, são vistos como uma tentativa de estabilizar ou elevar os preços, garantindo um equilíbrio entre oferta e demanda. No entanto, a decisão de possivelmente reduzir esses cortes no final do ano se as condições de mercado melhorarem parece ter instigado uma reação negativa entre os traders, que agora veem uma potencial sobreoferta no horizonte.

Além disso, a promessa de um aumento na produção por parte dos Emirados Árabes Unidos, a partir de janeiro do próximo ano, só acrescenta à incerteza. A mudança concederá aos EAU uma cota maior, adicionando 300.000 barris por dia ao mercado. Essa medida, junto com relatórios de uma demanda mais fraca nos principais mercados consumidores, como os Estados Unidos, onde os preços da gasolina caíram, sugere que a estratégia da OPEP+ pode estar em descompasso com as condições reais do mercado.

Dados recentes indicam que o crescimento da demanda de petróleo está muito aquém das necessidades para sustentar os planos da OPEP+. Com os preços do petróleo abaixo dos níveis desejados e a perspectiva de uma demanda global fraca persistindo, a OPEP+ se encontra em uma posição delicada, tendo que equilibrar cortes sustentados com a pressão interna dos membros que desejam uma maior participação no mercado.

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Este cenário deixa a OPEP+ com poucas opções além de manter os cortes enquanto aguarda uma recuperação na demanda, uma estratégia que, apesar de necessária, pode não ser sustentável a longo prazo. A reação dos mercados reflete uma visão cada vez mais comum de que, sem um aumento significativo na demanda, mesmo os esforços concertados dos principais produtores de petróleo podem não ser suficientes para impulsionar os preços a níveis mais lucrativos.

Valor - SP   06/06/2024

Segundo especialistas, principais incertezas até o fim do ano são sobre riscos geopolíticos

A cotação do petróleo se recuperou ontem, após as quedas do início da semana, enquanto os investidores alinham as expectativas para os próximos meses. Com o anúncio da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) de manter os cortes de produção até 2025, mas com retorno gradual dos níveis a partir de outubro, os preços da commodity caíram e chegaram perto dos US$ 76,80 por barril na terça-feira (4), com a preocupação sobre o balanço entre oferta e demanda.

O corte de 2 milhões de barris por dia dos países do cartel ajudou a apoiar os preços do petróleo acima dos US$ 80 nos últimos meses, mas a notícia da retomada gradual fez a cotação recuar abaixo desse patamar.

O Brent, que começou o ano cotado a US$ 75,86, chegou a US$ 87,89 na máxima do ano, no começo de abril. Nesta quarta (5), a commodity fechou o dia cotada aos US$ 78,04. No ano, a alta acumulada é de 1,47%.

O UBS BB projeta que o Brent irá fechar o ano cotado a cerca de US$ 83,20. Para o Itaú BBA, a cotação deve terminar 2024 em US$ 85. Segundo o banco, o mercado petrolífero está relativamente confortável, com elevada capacidade disponível concentrada em alguns países da Opep+. “De acordo com as nossas estimativas, cada redução de 1 milhão de barris por dia na oferta ou aumento na procura eleva os preços do petróleo em US$ 10 /barril. O principal risco para o nosso cenário é a instabilidade geopolítica no Oriente Médio, responsável por mais de 25% da oferta global. Os conflitos geograficamente limitados que afetam a produção num determinado país tendem a ser absorvidos pela capacidade ociosa da Opep. No entanto, um conflito generalizado desencadearia um grande desequilíbrio na oferta e na procura em nível mundial”, diz relatório do Itaú.

Para Francis Osborne, chefe da área de previsões da Argus, o mercado estava em baixa antes da decisão da Opep por conta de preocupações macroeconômicas sobre taxas de juros globais e da fraqueza da economia chinesa. Na visão de Osborne, a fraqueza dos preços do petróleo é momentânea: “Esperamos que a cotação retorne em breve e fique perto dos US$ 90 no segundo semestre deste ano.”

A decisão da Opep, segundo o analista, elimina incertezas sobre o cartel nos próximos meses, o que abre espaço para que os preços voltem a subir. “Vemos as últimas decisões tomadas pela Opep como construtivas. O cartel também diz que continua monitorando o mercado e estará preparado para tomar novas medidas conforme necessário para manter um mercado estável. Com uma estrutura de mercado rígida e eliminados potenciais pontos de conflitos, não há razão para pensar que os preços não aumentarão.”

Mahatma dos Santos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo e Gás (Ineep), estima que a commodity se mantenha até o fim do ano na mesma faixa de preço que opera desde o começo de 2024, entre US$ 75 e US$ 85 por barril, caso não haja surpresa geopolítica.

Para o especialista, além das forças de oferta e demanda equilibradas pela decisão da Opep e os dados macroeconômicos globais, a sazonalidade também tem influenciado no balanço das cotações da commodity: “Ainda que tenha um aumento dos preços desde o início do ano, a queda em maio foi de quase 8%. Essa reversão reflete também a sazonalidade, com a chegada do verão na Europa, que reduz a demanda por petróleo e derivados no continente.”

AGRÍCOLA

ABC Mais - RS   06/06/2024

A AGCO retornou as atividades na unidade de Canoas nesta semana. Para simbolizar a retomada da produção, que ocorreu na segunda-feira (3), a empresa decorou o trator MF 4400, produzido na unidade, com a bandeira do Rio Grande do Sul e trechos do Hino rio-grandense, homenageando seus colaboradores. Fundada em 1990, com sede em Duluth, Geórgia, EUA, a AGCO teve vendas líquidas de aproximadamente US$ 14,4 bilhões em 2023.

A fábrica produz tratores das marcas Massey Ferguson e Valtra. Em nota, a AGCO informou que segue "dedicada a prestar apoio e assistência aos colaboradores e às comunidades impactadas, desenvolvendo soluções que minimizem os impactos negativos, promovam a segurança e auxiliem na reconstrução do Rio Grande do Sul."

AGCO é líder global em design, fabricação e distribuição de máquinas agrícolas e tecnologias agrícolas de precisão. A AGCO agrega valor aos agricultores e clientes OEM por meio de seu portfólio de marcas diferenciadas, incluindo marcas principais como Fendt®, GSI®, Massey Ferguson®, PTx e Valtra®. A linha completa de equipamentos, soluções agrícolas inteligentes e serviços da AGCO ajuda os agricultores a alimentar o mundo de forma sustentável.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   06/06/2024

A John Deere, maior fabricante de máquinas agrícolas do mundo, vai realizar demissões, após registrar queda nas vendas e nos lucros no segundo trimestre fiscal deste ano, segundo uma carta da direção da companhia enviada a funcionários divulgada pela agência Bloomberg.

Em um comunicado enviado aos funcionários na semana passada, a John Deere admitiu que demissões estão a caminho, o que parece ter se tornado inevitável em meio à queda da demanda — particularmente na América do Sul, onde o Brasil é um destaque negativo.

Na carta, John May, CEO da John Deere, não abriu mais detalhes sobre as demissões. A extensão dos cortes deve ser conhecida por volta de julho, quando se encerra o terceiro trimestre fiscal.

Globalmente, a Deere possui em torno de 83 mil funcionários. Desse total, 33,8 mil trabalham nos Estados Unidos e Canadá. Regionalmente, a América do Sul é a segunda mais importante para os resultados da fabricante americana.

No último ano fiscal, os Estados Unidos foram responsáveis por 55,6% (US$ 34,1 bilhões) do faturamento e a América do Sul, por 13,3% (US$ 8,2 bilhões).

A decisão de demitir sinaliza que a redução dos estoques de máquinas pode estar mais difícil do que se esperava. Há um mês e meio, a John Deere já havia cortado as projeções para os resultados do atual ano fiscal, pela segunda vez.

Na América do Sul, as vendas de máquinas agrícolas da companhia devem cair de 15% a 20% no exercício fiscal que termina em outubro. Nos Estados Unidos e Canadá, a expectativa era de uma queda também intensa, mas menor (de 10% a 15%), segundo as projeções da Deere. No primeiro semestre do ano fiscal, que já teve os resultados divulgados, a queda das vendas foi significativa. No período (novembro a abril), as vendas da John Deere somaram US$ 24 bilhões, queda de 12%. Na América do Sul, a queda foi ainda maior, de 33%.

A situação mais apertada se refletiu nas ações da John Deere. Desde janeiro, os papéis da fabricante de máquinas caíram 6,3%.

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