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06 de Fevereiro de 2024

ECONOMIA

Agência Brasil - DF   06/02/2024

As contas externas do Brasil apresentaram em 2023 uma redução de US$ 19,6 bilhões no déficit na comparação com 2022, informou nesta segunda-feira (5) o Banco Central (BC). Esse foi o menor resultado em 3 anos. No ano passado, o déficit em transações correntes somou US$ 28,6 bilhões, o que representa 1,32% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos bens e serviços produzidos no país), ante US$ 48,3 bilhões, 2,47% do PIB em 2022. Em dezembro passado, as transações correntes do balanço de pagamentos apresentaram déficit de US$ 5,8 bilhões, ante déficit de US$ 7,5 bilhões em dezembro de 2022.

Os dados fazem parte do relatório de estatísticas do setor externo com informações sobre as transações correntes do Brasil. Os números consideram o comércio da balança comercial, relacionando exportações e importações; os serviços adquiridos por brasileiros no exterior e também pela renda, como remessa de juros, lucros e dividendos do Brasil para outros países.

Segundo o BC, a redução de US$ 19,6 bilhões no déficit deveu-se especialmente à ampliação de US$ 36,4 bilhões no superávit da balança comercial e à redução de US$ 2 bilhões no déficit de serviços, “compensados parcialmente pelos aumentos nos déficits de renda primária, US$ 15,9 bilhões, e renda secundária, US$ 2,9 bilhões”.

No ano passado, a balança comercial apresentou superávit de US$ 344,4 bilhões, aumento de 1,2% em relação a 2022, o que representa o maior valor da série histórica. Já as importações somaram US$ 263,9 bilhões, recuo de 10,9% em relação ao ano anterior. A balança comercial de bens também foi superavitária em US$ 7,3 bilhões em dezembro de 2023, ante saldo positivo de US$ 2,9 bilhões em dezembro de 2022.

“As exportações de bens totalizaram US$ 29,1 bilhões, aumento de 7,4% na comparação interanual, enquanto as importações de bens recuaram 9,8%, na mesma base de comparação, totalizando US$ 21,8 bilhões”, disse o BC.
Reservas

As reservas internacionais somaram US$ 355 bilhões em dezembro de 2023, incremento de US$ 6,6 bilhões em relação ao mês anterior. O aumento decorreu, principalmente, de contribuições positivas de variações por preços, US$ 4,5 bilhões, e de variações por paridades, US$ 1 bilhão. As receitas de juros somaram US$ 669 milhões.

No ano de 2023, o déficit na conta de serviços somou US$ 37,6 bilhões, recuo de 5,1% comparativamente ao déficit em 2022, de US$ 39,6 bilhões. Os destaques foram a redução das despesas líquidas de transportes, de US$ 6,5 bilhões, e os aumentos das despesas líquidas de serviços culturais, pessoais e recreativos, de US$ 2,4 bilhões; telecomunicação, computação e informações de US$ 1,6 bilhão.

Em dezembro passado, o déficit de serviços totalizou US$ 3,8 bilhões, ante déficit de US$ 3,6 bilhões em dezembro de 2022.

No ano de 2023, o déficit em renda primária totalizou US$ 72,4 bilhões, 28,1% acima do déficit de US$ 56,5 bilhões ocorrido em 2022. As despesas líquidas de lucros e dividendos de investimento direto e em carteira somaram US$ 45 bilhões em 2023, 21,5% acima dos US$ 37,1 bilhões observados em 2022.

“Nessa comparação, as despesas brutas decresceram US$ 1,6 bilhão, enquanto as receitas recuaram US$ 9,6 bilhões. As despesas líquidas de juros somaram US$ 27,7 bilhões em 2023, aumento de 41,4% em relação aos US$ 19,6 bilhões em 2022. Em 2023 houve crescimentos de 33,7% nas receitas de juros, para US$ 10 bilhões, e de 39,3% nas despesas brutas de juros, para US$ 37,7 bilhões”, informou o BC.

Em relação aos investimentos diretos no país (IDP), as saídas líquidas foram de US$ 389 milhões em dezembro de 2023, em linha com as saídas líquidas observadas em dezembro de 2022, de US$ 479 milhões. Os ingressos líquidos em participação no capital atingiram US$ 924 milhões, compostos por US$ 4,9 bilhões em participação no capital, exceto lucros reinvestidos, e US$ 4 bilhões negativos em lucros reinvestidos. As operações intercompanhia totalizaram saídas líquidas de US$ 1,3 bilhão.

No ano de 2023, o IDP totalizou US$ 62 bilhões (2,85% do PIB), ante US$ 74,6 bilhões (3,82% do PIB) em 2022. O ingresso líquido em participação no capital exceto lucros reinvestidos reduziu US$ 5 bilhões (US$ 31,6 bilhões em 2023 ante US$ 36,6 bilhões em 2022), enquanto os lucros reinvestidos cresceram US$ 662 milhões (US$ 21,2 bilhões em 2023 ante US$ 20,6 bilhões em 2022). O ingresso líquido em operações intercompanhia recuou US$ 8,4 bilhões (US$ 9,1 bilhões em 2023, ante US$ 17,5 bilhões em 2022).

Os investimentos diretos no exterior (IDE) apresentaram, no ano de 2023, aplicações líquidas de US$ 28,3 bilhões, ante US$ 33,4 bilhões em 2022.

Os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram ingressos líquidos de US$ 8,6 bilhões, com saídas líquidas de US$ 1,1 bilhão em ações e fundos de investimentos e ingressos líquidos de US$ 9,8 bilhões em títulos de dívida. Em 2022, esses ingressos líquidos foram de US$ 7,7 bilhões.

IstoÉ Dinheiro - SP   06/02/2024

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, voltou a reiterar que um corte na taxa de juros dos Estados Unidos em março “não é o mais provável”. Na semana passada, o Fed manteve os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano e avisou que só cortará a taxa básica quando estiver confiante de que a inflação caminha de forma sustentada para a meta de 2% ao ano.

“Não é provável que esta comissão (Fomc) atinja o nível de confiança a tempo da reunião de março, que será daqui a sete semanas. Esse não é o mais provável”, disse Powell, em entrevista ao programa 60 Minutes da CBS, gravada na última quinta-feira, 1º de fevereiro, e divulgada no fim da noite do domingo, 4.

Segundo Powell, a maioria dos membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) acredita ser apropriado o início do afrouxamento da política monetária com corte nas taxas de juros ainda neste ano.

“É certamente o cenário base. Estamos apenas tentando escolher o momento certo, dado o contexto geral”, afirmou o presidente do BC norte-americano, acrescentando que o Fed está avaliando o momento para redução da política restritiva com “cuidado”. “É uma decisão muito importante”, pontuou.

Questionado sobre a surpresa do mercado financeiro com a manutenção da taxa de juros, Powell afirmou que acompanha o mercado, mas que o objetivo do Fed é cumprir a atribuição dada pelo Congresso de máximo emprego e estabilidade de preços.

“A situação geral, que vemos agora, é de um forte crescimento econômico. Temos um mercado de trabalho saudável, com desemprego historicamente baixo, e temos uma inflação em queda. Há todos os motivos para pensar que [irá] continuar melhorando desde que não haja eventos em todo o mundo que perturbem isso”, avaliou Powell.

Infomoney - SP   06/02/2024

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos subiu de 50,5 em dezembro a 53,4 em janeiro, informou nesta segunda-feira (5) o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). O consenso LSEG de analistas previa uma aceleração menor, para 52.

O subíndice de emprego avançou fortemente, de 43,8 em dezembro a 50,5 agora; enquanto o de preços acelerou a 64, de 56,7 no mês passado.

Enquanto isso, o subíndice de novas encomendas subiu a 55, contra 52,8 no mês passado. Os dados de dezembro foram sazonalmente ajustados, segundo o ISM.

Infomoney - SP   06/02/2024

O Brasil registrou investimentos diretos no país (IDP) de US$ 62,0 bilhões  em todo o ano de 2023, o equivalente a 2,85% do PIB), informou nesta segunda-feira (5) o Banco Central. O dado foi inferior aos US$ 74,6 bilhões (3,82% do PIB) contabilizados em 2022.

Segundo o BC, o ingresso líquido em participação no capital – exceto lucros reinvestidos – recuou US$ 5,0 bilhões (de US$ 36,6 bilhões em 2022 para US$ 31,6 bilhões em 2023), enquanto os lucros reinvestidos cresceram US$ 662 milhões (de US$20,6 bilhões para US$21,2 bilhões, na mesma comparação).

O ingresso líquido em operações intercompanhias recuou US$ 8,4 bilhões (US$9,1 bilhões em 2023, ante US$17,5 bilhões em 2022).
Especificamente em dezembro, os investimentos diretos somaram saídas líquidas de US$ 389 milhões, em linha com as saídas líquidas observadas em dezembro de 2022, de US$ 479 milhões.

No mês, o ingressos líquidos em participação no capital atingiram US$ 924 milhões, compostos por US$ 4,9 bilhões em participação no capital exceto lucros reinvestidos, e US$ 4,0 bilhões negativos em lucros reinvestidos. As operações intercompanhias totalizaram saídas líquidas de US$ 1,3 bilhão.

Os investimentos diretos brasileiro no exterior (IDE) apresentaram aplicações líquidas de US$ 1,5 bilhão em dezembro de 2023, ante US$ 2,7 bilhões em dezembro de 2022. No ano todo de 2023, os fluxos de IDE totalizaram aplicações líquidas de US$ 28,3 bilhões, ante US$ 33,4 bilhões em 2022.

Ainda segundo o BC, os investimentos em carteira no mercado doméstico totalizaram saídas líquidas de US$8 32 milhões em dezembro de 2023, compostos por ingressos líquidos de US$ 51 milhões em ações e fundos de investimento e saídas líquidas de US$ 883 milhões em títulos de dívida.

No ano fechado de 2023, esses ingressos líquidos somaram US$ 8,6 bilhões, com saídas líquidas de US$1,1 bilhão em ações e fundos de investimentos e ingressos líquidos de US$ 9,8 bilhões em títulos de dívida – ante ingressos líquidos de US$ 7,7 bilhões em 2022.
Reservas internacionais

As reservas internacionais do Brasil somaram US$ 355,0 bilhões em dezembro de 2023, o que representou um incremento de US$ 6,6 bilhões em relação ao mês anterior.

O aumento decorreu, principalmente, de contribuições positivas de variações por preços, US$ 4,5 bilhões, e de variações por paridades, US$ 1,0 bilhão. As receitas de juros somaram US$ 669 milhões.

IstoÉ Dinheiro - SP   06/02/2024

O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Minneapolis, Neel Kashkari, afirmou nesta segunda-feira, 5, que nota “progresso significativo” na luta contra a inflação nos Estados Unidos. Em artigo publicado no site da distrital, Kashkari argumentou também que o quadro na economia dos EUA dá tempo aos dirigentes para avaliar os próximos dados, antes de determinar o momento de começar a cortar os juros.

Sem direito a voto nas decisões de política monetária em 2024, Kashkari diz que, desde setembro, a inflação “tem caído muito mais rápido que a maioria das previsões esperavam”, enquanto o crescimento “tem se mostrado notavelmente resiliente, inclusive acelerando no segundo semestre de 2023”.

Kashkari considera que o núcleo da inflação “está fazendo rápido progresso para retornar à nossa meta”, em quadro de Produto Interno Bruto (PIB) ainda forte. O mercado de trabalho “tem continuado também forte”.

Segundo ele, mesmo com a política monetária apertada, aparentemente avanços do lado da oferta têm apoiado a produção e levando a um equilíbrio maior entre oferta e demanda, o que reduz a inflação.

A política monetária, além disso, tem tido um papel muito importante para manter as expectativas de inflação ancoradas, comentou o dirigente.

Sobre o quadro geral, considerou que “os dados não são totalmente positivos, e há alguns sinais de fraqueza econômica que eu levo a sério”. Ele mencionou a inadimplência em alta “a partir de níveis muito baixos” em empréstimos para a compra de veículos e também em cartões de crédito, bem como a “continuada fraqueza no setor imobiliário comercial.

Segundo Kashkari, é possível que, ao menos durante a recuperação pós-pandemia, a postura na política monetária que representa o nível neutro tenha sido elevada.

A implicação disso, para ele, é que o Fed tem tempo para avaliar os próximos dados, antes de começar a cortar os juros, “com um risco menor de que uma política muito apertada possa fazer a recuperação econômica desandar”.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   06/02/2024

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa de Dalian caíram nesta segunda-feira, em meio à cautela persistente devido ao aumento dos estoques nos portos e à preocupação com o setor imobiliário na China, principal mercado consumidor do minério.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian da China encerrou as negociações do dia com queda de 0,63%, a 943 iuanes (131,02 dólares) por tonelada.

Já na Bolsa de Cingapura, o índice de referência do minério teve ligeira recuperação com o aumento das compras. O contrato de março do minério de ferro em Cingapura subiu 0,33%, a 126,70 dólares por tonelada.
Sinais mistos do mercado obscureceram as perspectivas da demanda.

Os vários esforços de estímulo econômico de Pequim e uma expectativa de aumento da demanda após o feriado do Ano Novo Lunar podem dar suporte aos preços, mas o pessimismo persistente em meio às dificuldades dos mercados imobiliário e acionário na segunda maior economia do mundo limitou os ganhos de preços.

A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China disse em um comunicado no domingo que intensificaria a implementação de medidas de estabilização do mercado, a mais recente promessa após uma onda de medidas para apoiar o setor imobiliário e restaurar a confiança do mercado.

O aumento dos estoques pesou sobre o sentimento. O estoque de minério de ferro em 35 portos monitorados pelo Shanghai Metals Market (SMM) totalizou 126,26 milhões de toneladas na semana de 2 de fevereiro, um aumento de 1,32% em relação à semana anterior, em razão de maior quantidade de chegadas.

A maioria das usinas siderúrgicas chinesas demonstrou pouco interesse em fazer compras nos mercados spot, “tendo realizado a maior parte de seus negócios de reabastecimento nas semanas anteriores”, disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities.

Normalmente, as siderúrgicas estocam matérias-primas nas semanas que antecedem um feriado de uma semana na China para atender às necessidades de produção durante o período.

Infomoney - SP   06/02/2024

O ano de 2024 começou com uma visão otimista de boa parte dos analistas para as ações da Vale (VALE3), mas as ações acumulam perdas de cerca de 14% até o fechamento da última sexta-feira (2), em meio a uma onda de notícias negativas para a companhia. Isso envolve tanto aspectos macro, como a recente queda do minério, como envolvendo a própria empresa, com novos passivos no radar e incertezas sobre o novo CEO.

Abaixo, estão listados os fatores a monitorar que têm pressionado as ações da mineradora no ano:
Incertezas sobre mudança de gestão

A tentativa do Governo Federal de emplacar Guido Mantega como diretor executivo (CEO) da mineradora pode ter ficado para trás após o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, segundo notícias, ter desistido da indicação.

As incertezas, por sua vez, continuam. Além da tentativa de Lula de emplacar Mantega elevar o temor de investidores estrangeiros quanto aos riscos de interferência política na economia durante o terceiro mandato do presidente, a saga para eleger o substituto de Eduardo Bartolomeo segue como um ponto de indefinição.

Houve reunião do conselho da mineradora na última sexta-feira e a expectativa é de que o conselho volte a se reunir nos próximos dias. Foi cogitada a extensão do mandato do Bartolomeo por mais 1 ano, para o conselho ganhar tempo em acomodar um novo nome, de forma a não a ceder às pressões. Foi considerando, inclusive, que o novo nome venha a ser um CEO não brasileiro, indicado pela lista das consultorias de Head Hunter.

2. Queda do minério com Evergrande

O minério de ferro começou o ano com uma performance positiva, com expectativas de estímulos na China e esperança de abastecimento dos estoques antes do feriado. O contrato futuro da commodity com vencimento mais próximo chegou a bater os US$ 140 por tonelada. Contudo, seguidos dados mais fracos da China e principalmente a falência da Evergrande (reacendendo preocupações sobre o setor imobiliário) levaram a uma nova baixa da commodity, acumulando assim uma baixa de 6,5% do minério no ano.

Os vários esforços de estímulo econômico de Pequim e uma expectativa de aumento da demanda após o feriado do Ano Novo Lunar podem dar suporte aos preços, mas o pessimismo persistente em meio às dificuldades dos mercados imobiliário e acionário na segunda maior economia do mundo limita os ganhos de preços.

Em relatório assinado por analistas liderado por Lucas Laghi, a XP menciona que a Vale, por enquanto, ainda está precificando suas vendas com desconto de mais de 20% em relação ao spot – o que pode mudar. “De acordo com nossa análise proprietária, vemos a Vale precificando o minério de ferro em US$ 104 a tonelada, enquanto a CSN Mineração, por exemplo, está em US$ 139”, diz.

3. Cobranças no radar

Do lado mais negativo, a XP também destacou que, no fim de janeiro, a Vale foi condenada pela Justiça a pagar, junto da BHP e da Samarco, joint venture das duas primeiras companhias, R$ 47,6 bilhões por conta do desastre em Mariana. “Embora os termos deste novo potencial acordo de reparação permaneçam pouco claros, estimamos um potencial impacto negativo de 3 a 12% nas ações, considerando diferentes cenários”, contextualizam.

Outra quantia que pode sair do caixa da mineradora são R$ 25,7 bilhões referentes a concessões ferroviárias, por conta de renovações antecipadas da Estrada de Ferro Carajás (EFC) e da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). O governo alega que a antecipação resultou em vantagem indevida a favor da Vale.

“Embora acreditemos que os termos para um acordo final ainda estejam longe de ser concluídos, percebemos vários investidores usando o case da Rumo [RAIL3] como referência”, pondera a equipe de Laghi. O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), disse no fim de janeiro que o governo está aberto a discutir caminhos com a mineradora para receber apenas parte dos valores cobrados de outorga pela renovação antecipada de concessões ferroviárias.

De acordo com compilação LSEG, os analistas ainda estão positivos com as ações VALE3. Segundo 19 casas que cobrem o papel, 13 recomendam compra, 5 recomendam posição neutra e 1 tem recomendação de venda. O preço-alvo médio é de R$ 91,36, uma alta de 38% em relação ao fechamento de sexta (com um upside maior em meio à queda recente das ações). A XP tem recomendação neutra e vê uma tendência de baixa para a commodity, apoiada pela menor demanda pela produção de aço na China, o que torna a casa mais cautelosa sobre o potencial de alta para as ações.

Globo Online - RJ   06/02/2024

O conselho de administração da Vale está dividido sobre a realização de um processo seletivo para o cargo de CEO ou a recondução de Eduardo Bartolomeo ao comando da mineradora, segundo fonte próxima às discussões.

Após uma reunião de quatro horas, via videoconferência, na última sexta-feira, o conselho vai se reunir agora para bater o martelo sobre qual caminho seguir. Parte dos conselheiros defende que o encontro se dê já na quarta-feira, mas a reunião ainda não foi marcada e pode ficar para depois.

De acordo com essa fonte, acionistas estrangeiros como BlackRock e Capital, assim como conselheiros como o ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, defendem uma solução rápida, com a recondução de Bartolomeo sem processo seletivo, para um mandato cuja duração ainda não foi definida. Essa posição também seria tacitamente aceita por Luiz Henrique Guimarães, indicado pela Cosan — gigante sucroalcooleira de Rubens Ometto —, embora o executivo se apresente como um dos candidatos mais fortes ao cargo de Bartolomeo.

Já acionistas como a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, são contra e defendem um processo seletivo conduzida por uma firma de headhunter. Bartolomeo não estaria vetado desse processo, claro, mas teria que competir com outros nomes para ser considerado para a vaga. (O governo Lula, que já quis que o cargo fosse ocupado pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, é contra a recondução de Bartolomeo.)

Na reunião de sexta, que terminou de maneira inconclusiva, o ponto mais tenso foi a recepção do relatório do comitê de pessoas que avaliou o mandato de Bartolomeo. Segundo o interlocutor do colegiado ouvido pela coluna, parte dos conselheiros questionou os pontos negativos levantados pelo relatório, como suposta falta de interlocução de Bartolomeo com o poder público e fragilidades em sua visão estratégica para companhia — especialmente quanto à competição com outras gigantes globais, como a Rio Tinto, que deu o pontapé na mina de Simandou, na Guiné, maior projeto do tipo no mundo e cujo minério de ferro terá qualidade equivalente ao de Carajás.

O relatório foi produzido por um time formado por quatro dos 13 conselheiros da Vale.

Volta ao jogo

A indefinição é, por ora, uma vitória para Bartolomeo, que vem fazendo campanha junto aos acionistas para continuar no cargo, com direito, segundo fontes, à contratação de uma firma de relações públicas para projetar sua imagem junto à imprensa.

Embora tenha reconhecidamente elevado a segurança das operações da Vale após as tragédias de Mariana e Brumadinho, o executivo entrou na mira do governo Lula e até de alguns acionistas, que viam na sucessão a chance de nomear algum executivo mais alinhado com sua visão para a companhia.

Por causa disso, seu nome era quase dado como descartado até algumas semanas atrás. Agora, ao que parece, o executivo ganhou alguns acionistas de peso a seu favor.

Money Times - SP   06/02/2024

A Vale (VALE3) estendeu o movimento de queda na bolsa nesta segunda-feira (5). Marcando o sexto pregão consecutivo de perdas, a ação da mineradora recuou para o patamar dos R$ 65. No ano, os papéis da companhia já acumulam uma desvalorização de 15%.

Com um início de ano tão negativo, teria a Vale atingido o fundo? Para João Paiva, analista de Renda Variável e Estruturados da Arton Advisors, ligada ao BTG Pactual, pode ser cedo demais para comemorar.

Ao Money Times, o especialista afirma que acredita que a ação deve continuar pressionada no curto prazo, podendo cair mais, inclusive.

“A gente sabe que o mercado, no curto prazo, vai ser muito mais reativo a boatos”, diz.

Além da recente correção nos preços do minério de ferro, pesam sobre as ações da Vale as incertezas envolvendo a diretoria da companhia. O mercado aguardava com expectativa a reunião extraordinária do conselho de administração da Vale realizada na última semana e que definiria o nome do próximo CEO.

A dúvida que paira é se Eduardo Bartolomeo, atual presidente-executivo da mineradora, será reconduzido no cargo, depois de o nome de Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, ter sido descartado.

No fim, não houve decisão sobre o assunto, estendendo por mais alguns dias os ruídos políticos na gestão da empresa.

Conselheiros da Vale estariam divididos entre fazer um processo seletivo para o cargo de CEO e renovar o mandato de Bartolomeo, de acordo com fonte próxima às discussões para O Globo.

Mercado está fazendo muito barulho com Vale?

Embora os ruídos recentes pesem para as ações, Paiva avalia que o mercado está jogando muito pessimismo em cima da mineradora.

Sobre a cadeira de CEO, o especialista da Arton lembra que o risco Mantega não existe mais. Paiva acredita que é cedo para tirar conclusões, e a possibilidade de mudança de presidente, a depender do nome escolhido, não é necessariamente uma notícia negativa para a Vale.

Da mesma forma, em relação ao caso de condenação de quase R$ 50 bilhões contra Vale, Samarco e BHP pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG), no pior dos cenários, a companhia pagaria o valor integral corrigido pelo CDI e ainda ficaria bastante confortável. Afinal, a Vale é uma empresa de desalavancada, comenta.

“Não sei por quanto tempo o mercado pode permanecer irracional”, diz Paiva.
Queda de VALE3 só torna ação mais atrativa

O mercado segue bem pessimista com Vale. A queda recente e o gap que se formou entre o preço da ação e o preço do minério de ferro, que, apesar da correção, segue em patamares elevados (US$ 130/tonelada), tornaram a mineradora um case atrativo na bolsa, de acordo com Paiva.

O analista diz que a Arton deixou de buscar proteção e está agora na ponta comprada quando o assunto é Vale, tendo como principal motivo o desconto do papel.

Paiva afirma que, olhando para um horizonte de longo prazo, os fundamentos da companhia parecem bons. Ao longo dos próximos trimestres, a Vale deve entregar melhora de resultados. Além disso, é um ativo gerador de caixa e que tem como uma de suas vantagens competitivas em relação aos pares globais o fato de seu custo caixa ser um dos menores do mundo.

Diário do Comércio - MG   06/02/2024

As cidades de Minas Gerais afetadas pela atividade mineral receberam da Agência Nacional de Mineração (ANM) mais de R$ 42,3 milhões de royalties da mineração no início deste mês. O valor é referente à cota-parte das arrecadações de novembro e dezembro. Foram destinados R$ 22,8 milhões para 475 municípios e R$ 19,5 milhões para 479 localidades nos respectivos meses.

Do total relativo à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (Cfem) distribuída pelo órgão regulador, cerca de R$ 27 milhões foram para regiões de Minas Gerais que possuem ferrovias para o escoamento dos minerais. Pouco mais de R$ 14,5 milhões para municípios que dispõem de outras estruturas que atendam ao setor, além de R$ 236,2 mil para cidades com dutovias.

Tanto em novembro quanto dezembro, as cidades mineiras afetadas pelo setor que embolsaram os maiores volumes de royalties da mineração foram: Governador Valadares, no Vale do Rio Doce; São João del-Rei, na região Central; e Andrelândia, no Sul do Estado. Caíram nos cofres dos municípios, ao todo, R$ 3,4 milhões, R$ 2,6 milhões e R$ 1,9 milhão, respectivamente.

No Brasil, a ANM distribuiu, no total dos dois meses, quase R$ 157,2 milhões de Cfem para as regiões impactadas pela atividade. Os recursos se dividiram em R$ 84,8 milhões relativos à arrecadação do 11º mês de 2023, destinados para 2.078 municípios, e R$ 72,4 milhões do último mês do ano, enviados para 2.082 localidades. O maior montante foi transferido para Marabá, no Pará, que recebeu, na somatória, um depósito de mais de R$ 5 milhões.

Tentativa falha de regularização das parcelas em atraso

Os repasses efetuados no começo de fevereiro se referiam às parcelas em atraso e, conforme a autarquia federal, foram feitos após processo de construção e publicação da Resolução ANM nº 143/2023, encerrada em novembro do exercício passado, e finalização das fases de recursos de primeira e segunda instâncias das listas de municípios aptos a receberem os recursos. Em dezembro, a partir da conclusão do processo, o órgão já havia depositado outros valores vencidos.

Segundo o consultor de Relações Institucionais e Econômicas da Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), Waldir Salvador de Oliveira, as prestações atrasadas de julho até novembro foram pagas, de uma vez só, no último mês do ano. A partir dessa tentativa de regularização por parte do governo federal, ficou estabelecido que os royalties minerais seriam transferidos para os cofres das cidades todos os meses, o que, na prática, não se concretizou.

“Era para ter tido um pagamento em dezembro e outro em janeiro, mas não teve. Houve, agora, em fevereiro, esses dois depósitos referentes a novembro e dezembro. E nessa semana deveria ser creditado mais um, mas não sabemos se vai acontecer pela mesma razão de sempre: a ANM continua sucateada e impossibilitada de fazer o dever de casa como precisa ser feito”, salientou.

“Achamos que vamos conviver com esses atrasos por muito tempo até que um dia o País cuide da gestão de mineração. Não temos nenhuma segurança de que vamos passar a receber formalmente os pagamentos todos os meses. E sempre fazemos a ressalva de que isso não é culpa dos funcionários da ANM. A agência não tem a estrutura, modernidade e agilidade que deveria ter para conseguir fazer os repasses em dia”, ponderou o consultor da Amig.
Ibram pede reunião com Haddad para debater sobre a mineração

Buscando melhorias para o setor mineral, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) disse, na última semana, que solicitou uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para debater sobre a área. A ideia da entidade é detalhar o plano de investimentos de 2024 a 2028, reivindicar políticas públicas e tratar do fortalecimento de órgãos como a própria ANM.

Máquinas e Equipamentos

IstoÉ Dinheiro - SP   06/02/2024

A Caterpillar teve lucro líquido de US$ 2,68 bilhões no quarto trimestre de 2023, acima dos US$ 1,45 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira, 5. Em termos ajustados, a empresa teve lucro de US$ 5,23 por ação, superando projeção de analistas consultados pela Factset, de US$ 4,76 por ação.

A receita entre outubro e dezembro de 2023 da empresa de equipamentos para construção e mineração ficou em US$ 17,07 bilhões, um crescimento de 2,85% na comparação anual e levemente acima da previsão de analistas, de US$ 17,06 bilhões.

Após o balanço, a ação da Caterpillar avançava 6,30% no pré-mercado em Nova York, às 8h55 (de Brasília).

PETROLÍFERO

Petro Notícias - SP   06/02/2024

A Enauta anunciou hoje (5) que o Sistema Antecipado de produção do campo de Atlanta, na Bacia de Santos, está em plena produção, atingindo, em janeiro/24, mais de 21 mil boe por dia em média com a operação de 3 poços produtores. Atualmente estão em operação os poços #5, #4 e #2, sendo que a produção desse último foi retomada em 1º de janeiro.

Em paralelo, a companhia também fez novos avanços na implantação do Sistema Definitivo de produção de Atlanta. Em 21 de janeiro, o primeiro sistema submarino de bombeio multifásico (MPP), fabricado pela OneSubsea, foi embarcado na Noruega com destino ao Brasil.

“A MPP será instalada para apoiar a produção de petróleo e gás de Atlanta e sua entrega no prazo se destacava como o principal desafio para realização do cronograma de primeiro óleo do FPSO Atlanta previsto para agosto de 2024”, detalhou a companhia.

Em janeiro, a Enauta registrou uma produção total de 25,7 mil barris de óleo equivalente por dia, o que representa um aumento de 3,2% em relação ao mês de dezembro.

IstoÉ Dinheiro - SP   06/02/2024

Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 5, em meio à confluência de temores por ofertadas causados pelas tensões geopolíticas com os sinais de resiliência da economia dos EUA. O cenário se sobrepôs à escalada do dólar no exterior, diante da expectativa por um Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais cauteloso no processo de relaxamento monetário.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do WTI para março encerrou a sessão com ganho de 0,69% (o equivalente a US$ 0,50), a US$ 72,78. Na Intercontinental Exchange (ICE), o do Brent para abril subiu 0,85% (ou US$ 0,66), a US$ 77,99 por barril.

Em entrevista veiculada no domingo à noite na rede americana CBS, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou expectativa por três cortes de juros este ano e afastou as chances de uma redução em março. Os comentários induziram uma postura defensiva nos mercados, que se traduziu em avanço generalizado do dólar.

No final da manhã, o movimento se intensificou depois que duas leituras de índices de gerentes de compras (PMI) apontaram resiliência do setor de serviços nos EUA. Na pesquisa do Instituto para Gestão da Oferta (ISM), em particular, o componente de preços pagos registrou, em janeiro, o maior aumento mensal desde agosto de 2012.

A tendência no câmbio pesou sobre as commodities no geral, mas o petróleo encontrou espaço para recuperação no começo da tarde.

A avaliação é de que a atividade forte nos EUA tende a ser positiva para a demanda, em um momento no qual tensões no Mar Vermelho ameaçam comprimir a oferta. No final de semana, uma coalizão liderada por EUA e Reino Unido conduziu mais uma rodada de ataques a alvos do grupo Houthis no Iêmen.

Para a Fitch, o prêmio geopolítico deve continuar a influenciar os preços ao longo deste ano, mas os prospectos econômicos globais em algum ponto vão ter uma piora, o que limitará o rali de commodities. “O crescimento da demanda global de matérias-primas, incluindo petróleo, cobre e alumínio, deverá enfraquecer em 2024, devido ao crescimento econômico global e à previsão de crescimento do PIB da China de menos de 5%, à medida que o seu mercado imobiliário luta para se estabilizar”, prevê a agência.

O Estado de S.Paulo - SP   06/02/2024

Em apenas oito anos, os Estados Unidos deixaram de vender quase nada de gás natural no exterior para se tornarem o fornecedor número 1 do mundo, uma mudança notável que beneficiou as empresas de petróleo e gás e fortaleceu a influência americana no exterior. Mas os ativistas do clima temem que o aumento das exportações de gás natural liquefeito piore o aquecimento global.

No mês passado, o governo Biden disse que iria pausar o processo de licenciamento para novas instalações que exportam gás natural liquefeito a fim de estudar seu impacto sobre as mudanças climáticas, a economia e a segurança nacional. Mesmo com a pausa, os Estados Unidos continuam no caminho certo para quase dobrar sua capacidade de exportação até 2027 devido aos projetos já autorizados e em construção. Mas quaisquer expansões além dessa data estão agora em dúvida.

No centro do debate sobre a permissão de mais exportações está uma questão espinhosa: com os governos de todo o mundo se comprometendo a fazer a transição para longe dos combustíveis fósseis, de quanto mais gás natural o mundo precisa?

O boom de exportação de gás dos Estados Unidos inicialmente pegou muitos formuladores de políticas de surpresa. No início dos anos 2000, o gás natural era relativamente escasso no país, e as empresas estavam gastando bilhões de dólares para construir terminais para importar gás de lugares como Catar e Austrália.

O fracking (técnica de perfuração do solo) mudou tudo isso. Em meados dos anos 2000, os perfuradores dos EUA aperfeiçoaram os métodos para liberar vastas reservas de gás natural barato das rochas de xisto. Ao mesmo tempo, os preços do gás natural começaram a subir em outras partes do mundo, especialmente depois que o Japão fechou suas usinas nucleares após o derretimento do reator de Fukushima em 2011 e começou a exigir mais combustível.

Isso levou a uma reversão surpreendente. As empresas americanas, lideradas pela Cheniere Energy, começaram a gastar bilhões a mais para converter terminais de importação em terminais de exportação, e as remessas de gás dos EUA para outros países começaram a aumentar.

‘Grande crescimento da demanda’

O gás natural é mais facilmente transportado por gasoduto. Para atravessar os oceanos, o gás precisa ser resfriado a 126 °C abaixo de zero, transformando-se em um líquido. O processo de fabricação e transporte do gás natural liquefeito aumenta a complexidade e o custo, mas se a diferença entre os preços do gás natural nos EUA e os preços no exterior for grande o suficiente, ele será lucrativo.

“Tudo se resume à economia”, disse Kenneth Medlock, diretor sênior do Center for Energy Studies da Rice University. “A produção continua crescendo nos Estados Unidos, o que mantém os preços baixos. E então continuamos a ver um grande crescimento da demanda no resto do mundo.”

O boom das exportações transformou o papel dos Estados Unidos na geopolítica energética.

A Europa se tornou o maior importador de gás americano nos últimos anos, permitindo que o continente reduzisse em mais da metade sua dependência do gás russo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.

No futuro, espera-se que a Europa reduza seu apetite por gás adicionando mais fontes de energia renovável, como energia eólica e solar. Espera-se que os principais mercados em crescimento para o gás natural sejam os países asiáticos em rápido crescimento, como China, Índia, Paquistão, Bangladesh e Vietnã, que desejam usar o combustível para eletricidade, aquecimento ou fins industriais.

Porém, à medida que as exportações dos EUA continuam a disparar, os críticos levantam preocupações sobre o impacto da mudança climática decorrente do transporte e da venda de mais gás em todo o mundo.
Uma questão climática complexa

A última vez que o Departamento de Energia estudou essa questão, em 2019, concluiu que o gás natural liquefeito dos EUA geralmente produzia menos emissões de gases de efeito estufa do que outros tipos de carvão ou gás usados em todo o mundo.

Isso significa que mais exportações poderiam, na verdade, ser benéficas para a mudança climática se o gás dos EUA substituísse esses outros combustíveis fósseis. (Quando o gás é escasso, alguns países, como o Paquistão e Bangladesh, optaram recentemente por queimar mais carvão).

No entanto, alguns ambientalistas contestaram essas conclusões, argumentando que a análise não levou totalmente em conta todos os vazamentos de metano que podem acompanhar a produção de gás natural e que não estudou se um excesso de gás poderia deslocar a energia renovável mais limpa em vez do carvão. Espera-se que o Departamento de Energia estude essas questões enquanto suspende as autorizações para novos projetos.

Enquanto isso, o boom do gás nos EUA está longe de terminar, mesmo com a pausa na concessão de licenças.

Desde 2016, as empresas de energia dos EUA construíram sete grandes instalações no Texas, Louisiana, Maryland e Geórgia que podem exportar cerca de 322,8 milhões de metros cúbicos de gás natural liquefeito por dia, segundo a Administração de Informações sobre Energia.

Outros cinco projetos ao longo da Costa do Golfo já estão autorizados e em construção e poderão exportar mais 274 milhões de metros cúbicos por dia até 2027 — quase dobrando a capacidade de exportação dos Estados Unidos. Outras três instalações estão sendo construídas atualmente no México, que receberão o gás dos EUA por gasoduto e depois o enviarão para o exterior.

A pausa, no entanto, poderá afetar quase uma dúzia de projetos propostos nos Estados Unidos e no México que, se construídos, poderão aumentar a capacidade de exportação em mais 283 milhões de metros cúbicos por dia, de acordo com pesquisa da Clearview Energy Partners, uma empresa de consultoria. Ainda não se sabe se esses projetos serão levados adiante.

Com tantos projetos em andamento, os especialistas dizem que será crucial garantir que os vazamentos de metano da produção de gás sejam mantidos o mais baixo possível. (O governo Biden apresentou várias novas regulamentações sobre o metano).

“Essa é uma área em que podemos realmente obter uma vitória em termos de emissões, talvez mais do que atrasar ou até mesmo acabar com um projeto de fornecimento futuro”, disse Ben Cahill, membro sênior do Center for Strategic and International Studies. “Porque é o que fazemos com as emissões dos projetos que sabemos que estão conosco hoje.”

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   06/02/2024

As vendas de máquinas agrícolas caíram 16,2% no ano passado, frente ao resultado de 2022. No total, 56,7 mil unidades, entre tratores de rodas e colheitadeiras de grãos, foram comercializadas em 2023. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira, 5, pela Fenabrave, a associação que representa as concessionárias.

O resultado, comenta a entidade, foi afetado pela instabilidade climática, que levou a atrasos e até perda de safras, atrapalhando o planejamento dos produtores rurais. Além disso, complementa a Fenabrave, a queda no preço das commodities agrícolas reduziu o poder de compra no campo.

Só em dezembro, foram vendidas 3,5 mil máquinas agrícolas, uma queda de 42,6% frente ao mesmo mês de 2022. Na comparação com novembro, o recuo foi de 5,3%.

Ao contrário das vendas de carros, que podem ser atualizadas diariamente com base nos licenciamentos de veículos, os números de máquinas agrícolas precisam ser levantados com os fabricantes. Por isso, as estatísticas têm defasagem de um mês em relação ao balanço das vendas de automóveis, divulgadas hoje pela associação com dados já relativos a janeiro.

“Acredito que a queda no ano foi até um pouco menor do que a esperada dentro desse cenário. Além disso, 2022 foi bastante positivo para o agronegócio, o que colocou uma base de comparação alta”, ponderou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior.

Canal Rural - SP   06/02/2024

Em seu discurso, o ministro Teixeira destacou a importância da mecanização para o desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil e a necessidade de ampliar o acesso dos agricultores a máquinas e equipamentos adequados à realidade local.

“Este é o momento pra convidar o embaixador da China a instalar uma empresa produtora de máquinas agrícolas para que consigamos dar um salto na mecanização dessa agricultura pungente, potente e nordestina que ensina o Brasil e o mundo a trabalhar nesse contexto de mudanças climáticas”, disse Paulo Teixeira.

O embaixador Zhu Qingqiao se mostrou receptivo ao convite e destacou o interesse da China em fortalecer a parceria com o Brasil na área da agricultura.

“Nós temos uma meta comum de promover ainda mais a mecanização, a prosperidade para todos e, em seguida, ampliar para as áreas de comercio, investimentos, social, ciência, tecnologia e inovação e trazer benefícios para todo o povo de todas as regiões e de todas as camadas sociais”, afirmou o embaixador.

Máquinas agrícolas da China

Atualmente, 30 equipamentos agrícolas de pequeno porte fabricados na China estão passando por testes no Rio Grande do Norte.

O primeiro contêiner chegou no dia 16 de janeiro, com 14 máquinas, entre trator de esteira, cultivador, plantadeira, colheitadeira e semeadoura de alta precisão, além de equipamentos como arado de disco e um reboque para trator.

“É apenas o começo dessa parceria para incrementar a mecanização da agricultura familiar, responsável pela maior parte dos alimentos que chega à mesa do povo brasileiro, principalmente do Nordeste, responsável por mais de 50% dessa produção”, afirmou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra.

O acordo, fechado entre brasileiros e a Universidade Agrícola da China, prevê um período de testes para identificar os itens do maquinário que se adaptam ao dia a dia da produção em território nacional.

Auto Industria - SP   06/02/2024

Em sua 36ª edição, o Show Rural Coopavel 2024 abre suas portas ao público nesta segunda-feira, 5, estendendo-se até sexta-feira, 9. A feira que reúne expositores de todas as áreas do agronegócio acontece em área de 72 hectares no km-577 da BR-277, em Cascavel, PR.

Entre os expositores, destaque para a presença das montadoras de veículos tanto de pesados como de comerciais leves e dos principais fabricantes de máquinas agrícolas instalados no País.

Assim como na última edição, que gerou mais de R$ 5 bilhões em volume de negócios, é grande a expectativa dos expositores quanto aos resultados positivos do evento deste início de ano.

A New Holland, por exemplo, aproveita a feira do Paraná para mostrar uma nova linha de plantadeiras leves e semeadeiras, que ampliam ainda mais o portfólio de soluções da marca voltadas para todos os perfis de agricultores.

Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, 5 (foto acima), a empresa informa que as novas PL 4000 (de 7 a 13 linhas) para grãos graúdos, como soja e milho  e a P3000, semeadeiras para grãos finos como trigo, cevada, centeio, são fruto de uma parceria com a ICV Agro Parts. A comercialização estará disponível exclusivamente por meio da rede de concessionários New Holland.

“Esse segmento de plantadeiras menores e semeadeiras tem um enorme potencial de mercado e esta nova linha de produtos dará mais opções ao agricultor para escolher o produto ideal para a sua operação agrícola”, comenta explica Flávio Mazetto, diretor de Marketing de Produto da New Holland Agriculture para a América Latina.

A Massey Ferguson, por sua vez, apresenta as novas colheitadeiras híbridas HD (foto acima), que contam com a exclusiva transmissão Heavy Duty, que proporciona até 25% a mais de capacidade de rampa, mesmo em terrenos com elevada inclinação.

“O mercado brasileiro de colheitadeiras está aquecido e com uma demanda por um equipamento com maior eficiência operacional e melhor custo-benefício”, destaca Ederson Soares, coordenador de Marketing de Produto. “Os novos modelos resultam do nosso compromisso em aumentar continuamente a produtividade e a sustentabilidade no campo, reduzindo a emissão de poluentes por meio do menor consumo de combustível”.

Atrações em pesados e picapes

Por meio da sua divisão financeira, a Volvo vai oferecer condições especiais para a aquisição de seus veículos durante a Coopavel. A montadora mostra o FH 540, caminhão líder em vendas no mercado brasileiro por cinco anos consecutivos, além dos modelos VM 290cv 4×2 City, VM 290cv 6×4, VM 6X2 e VM 360cv 8X2 série especial 20 anos.

Ram e Nissan escolheram a feira paranaense para destacar suas picapes. A primeira mostra toda a gama de produtos da marca, desde a premiada Rampage, produzida em Goiana, PE, até a importada 3500, “a maior e mais capaz picape à venda no Brasil”, segundo comunicado da fabricante;.

Já a Frontier será  a protagonista do estande da Nissan na 36ª Coopavel, em Cascavel, Paraná. Além da picape, também estarão em exposição os Sentra e novo Versa e o SUV Kicks.

A Ford, além de expor a linha completa de picapes, SUVs e veículos comerciais, aproveita o evento para realizar test-drive da nova Ranger nas versões LTD, XLT e XL. Será possível dirigir as picapes numa pista especial de 1.200 m² com diferentes tipos de obstáculos para experimentar os seus recursos todo-terreno.

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