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05 de Junho de 2024

SIDERURGIA

Valor - SP   05/06/2024

Medida veio em resposta a um pedido da Aperam South America, maior produtora de aço inoxidável da América Latina

Cerca de um mês depois de fixar cotas para importação de 11 tipos de produtos siderúrgicos, o governo brasileiro decidiu estender a aplicação do direito definitivo de antidumping sobre dois tipos de aço inoxidável com origem na China. A medida veio em resposta a um pedido da Aperam South America, maior produtora de aço inoxidável da América Latina.

Conforme a siderúrgica, os chineses elevaram as exportações de aços inoxidáveis dos tipos 200 e 410 — agora também alvos de tarifa antidumping — para evitar sobretaxa similar, imposta desde 2013 pelo país, a outros dois tipos de aço inoxidável, 304 e 430, que têm propriedades diferentes.

Em nota, o diretor comercial da Aperam, Rodrigo Damasceno, afirma que “o desfecho da investigação demonstra a capacidade técnica do governo de analisar casos complexos de burla a medidas de defesa comercial em vigor”.

“Entendemos que a decisão do governo foi sensata e tende a contribuir para uma projeção mais otimista no médio prazo, embora não seja possível falar em uma recuperação imediata sem antes avaliar os reais efeitos dessas medidas”, diz.

Em sua decisão, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) aponta que, embora o volume importado de laminados a frio que já eram alvo do antidumping tenha crescido 278,8% no período analisado, as importações dos outros dois tipos de aço inoxidável saltaram 514,4% no mesmo intervalo.

No fim do ano passado, a Aperam anunciou a suspensão da terceira etapa de seu pacote de investimentos no país, previsto para os anos de 2024 e 2025, diante do excesso de oferta de aço inoxidável no mercado doméstico provocada pela forte entrada de produtos chineses. Conforme Damasceno, ainda não é possível dizer que os investimentos serão descongelados.

“Não podemos dizer agora que o plano de investimento será retomado, pois precisamos entender o verdadeiro impacto dessa medida no mercado de aço inoxidável brasileiro e isso leva algum tempo, pelo menos seis meses. Mas, sem dúvidas, é um sinal bastante positivo”, afirma.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   05/06/2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 4, que a pasta continua com a previsão de crescimento em torno de 2,5% da atividade econômica neste ano, após a divulgação de que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,8% no primeiro trimestre.

Em entrevista à imprensa durante sua visita a Roma, Haddad lembrou que a previsão inicial, de crescimento de 2,2%, foi sendo elevada gradualmente. Além disso, destacou a melhora das projeções do mercado ao PIB deste ano.

A avaliação do ministro é a de que o PIB do primeiro trimestre veio “forte”, em linha com a previsão da Secretaria de Política Econômica (SPE) aos três primeiros meses de 2024. “Continuamos mantendo a projeção de crescimento para o ano na casa de 2,5%. Aliás, a maioria das casas está revendo o PIB brasileiro para cima”, afirmou.

As declarações foram dadas ao lado do ministro de Finanças da Espanha, Carlos Cuerpo, com quem Haddad teve uma reunião bilateral na embaixada do Brasil em Roma.

Ele avaliou que os investimentos começaram a reagir. “A possibilidade (de crescimento mais forte) existe, sobretudo se investimentos crescerem, como ficou claro hoje no PIB”, declarou.

Sobre o eventual impacto do crescimento mais forte do que o inicialmente previsto nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom), Haddad disse que, desde o ano passado, a inflação cai mesmo com o País em crescimento. “Estamos gerando empregos e estamos com o olho na inflação”, acrescentou.

Segundo ele, os impactos na atividade econômica do País causados pela tragédia climática no Rio Grande do Sul ainda estão sendo avaliados. “Ainda temos uma pequena incerteza, que é o impacto do ocorrido no Rio Grande do Sul sobre o crescimento econômico e as contas nacionais. Temos ainda uma avaliação a ser feita, que está em curso, com o fechamento do mês de maio”, afirmou. “Vamos divulgar ao longo do mês (o impacto) para tentar isolar o problema e saber quanto que vai impactar”, acrescentou.

O ministro lembrou que o Rio Grande do Sul representa 7% da economia nacional. “É relevante para o Brasil.”
Metas de inflação

O ministro disse que o governo deseja manter a inflação baixa e que as metas continuem sendo perseguidas pelo Banco Central (BC). “O Banco Central tem meta de inflação, não tem outra meta”, frisou o ministro. “Essa é minha crença, de que os diretores (do BC) vão se guiar por essa missão institucional do Banco Central”, declarou.

Após lembrar que o ciclo de cortes de juros começou em agosto, Haddad citou as discussões técnicas que acontecem atualmente no BC sobre qual será a taxa terminal, ou seja, em qual ponto a autoridade monetária deve parar de reduzir a Selic.

O ministro ressaltou que “a realidade dos fatos” é que a inflação vem se comportando bem, mantendo-se abaixo de 4% consistentemente, desde que os juros começaram a cair. Ele considerou que as preocupações com as expectativas de preços nos próximos anos são discretas e bastante superáveis.

Também avaliou que a deterioração das expectativas está relacionada às incertezas sobre o início dos cortes de juros nos Estados Unidos e na Europa. Haddad pontuou, porém, que na Europa os cortes devem começar antes, citando expectativas no mercado de até quatro rodadas de redução dos juros, de 0,25 ponto porcentual cada, ainda neste ano na zona do euro.

Em relação às decisões do Federal Reserve, o ministro avaliou que houve muitos equívocos de comunicação e de percepção nos últimos meses, após lembrar que o mercado iniciou o ano prevendo o primeiro corte de juros nos Estados Unidos em junho, ou mesmo março.

“Tenho muita confiança técnica no Banco Central. Temos pessoas qualificadas que vão tomar a melhor decisão levando em conta todos esses fatores”, assinalou Haddad ao abordar as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom).

IstoÉ Dinheiro - SP   05/06/2024

O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve ter dificuldades para colocar os juros nos níveis esperados pelo mercado este ano, afirma o economista-chefe do C6 Bank, Felipe Salles, na edição desta semana do Broadcast nas Redes.

Salles alerta para os sinais de persistência da inflação nos Estados Unidos, principalmente no setor de serviços. O mercado de trabalho ainda aquecido também impõe obstáculos aos cortes de juros, na visão dele. “Os salários estão crescendo em ritmo superior à produtividade, o que acaba virando custo para as empresas, que é repassado por meio da inflação”, explica.

O quadro pode complicar os planos do banco central americano ao desancorar as expectativas de preços e amplificar o custo para a volta das métricas inflacionárias à meta, acrescenta Salles. Neste ambiente, o economista entende que o Fed não pode descartar completamente nem a possibilidade de ter que voltar a aumentar a taxa básica, embora esse não seja o cenário mais provável.

Segundo o economista, o prolongamento da política monetária restritiva por parte do Fed deve continuar fortalecendo o dólar, o que pode travar o processo de redução da Selic no Brasil. O real, no entanto, tem enfrentado pressão mais aguda que a de outros países emergentes, como resultado da escalada da dívida pública brasileira. “O fiscal é uma fragilidade”, diz.

A trajetória do endividamento também é preocupante nos EUA, no entendimento de Salles. Para ele, o debate sobre a necessidade de um ajuste fiscal ainda não está maduro em Washington D.C., enquanto a polarização política intensa dificulta a formação de consenso. “É uma situação que, na minha opinião, requer bastante cuidado”, comenta.

IstoÉ Online - SP   05/06/2024

O mercado aprofunda a precificação de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) entregará uma redução acumulada de 50 pontos-base nos juros este ano – dois cortes se considerado o ritmo de 25 pontos-base por ajuste. O movimento aparece na plataforma do CME Group que monitora o comportamento da curva futura, que captou a mudança em meio a uma série de dados econômicos nos Estados Unidos.

Pouco antes do fechamento deste texto, a ferramenta apontava 40,6% de chance de o banco central americano baixar a taxa básica em meio ponto porcentual até dezembro, comparado com 37,8% ontem. Assim, a possibilidade de nem haver afrouxamento monetário em 2024 caiu de 10,8% para 7,4%.

Investidores também ampliaram a majoritária aposta de que o ciclo de relaxamento começará em setembro, de cerca de 60% na véspera para 65,7% agora. Mas houve também aumento na ainda minoritária probabilidade de o começo do alívio ser antecipado para julho, agora em 18,5%.

A revisão estende uma tendência que já havia começado na última sexta-feira, quando o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) apontou inflação mais comportada em abril. Nesta manhã, a confiança por cortes de juros aumentou depois que o relatório Jolts indicou menor abertura de postos de trabalho também em abril.

Infomoney - SP   05/06/2024

O dólar tem ganhado força nas últimas sessões e se aproxima dos R$ 5,30 – e, para os economistas do Itaú, a divisa deve seguir forte, com probabilidade inclusive de subir ainda mais nos próximos meses, também em meio a tensões geopolíticas.

Esse cenário mais desafiador fez a instituição elevar as projeções para a moeda. Para este ano, a expectativa é que a cotação termine a R$ 5,15, ante os R$ 5 previstos anteriormente, e de R$ 5,20 para R$ 5,25 no próximo ano.

“Para os países emergentes, um dólar mais forte deverá contribuir para ciclos de redução das taxas de juro mais contidos. Notamos que as moedas dos países com diferenciais de taxas de juro relativamente baixos em comparação com os padrões históricos são os que mais se desvalorizaram neste ano. Um deles é o real brasileiro, que têm movimentos com uma alta correlação histórica com o dólar”, avaliaram, em relatório, os economistas do banco.

No ano até o dia 3 de junho, o dólar acumula uma alta de 7,85%. Nesta terça-feira, a moeda é negociada a R$ 5,289, alta de 1,09% por volta das 15h15 (horário de Brasília).

O cenário externo também deverá contribuir para a condução da política monetária no Brasil. O Itaú espera que o ciclo de redução da Selic termine com a taxa básica em 10,25%, meio ponto percentual acima da projeção anterior.

Na avaliação dos economistas, são dois os principais fatores que tem levado o dólar para um patamar superior. O primeiro é a divergência da política monetária nos Estados Unidos, em que a economia continua resiliente mesmo com inflação mais elevada, o que faz com que o corte de juros seja adiado.

“Especificamente, desde o início do ano, a Fed tem adiado o ciclo de corte das taxas num contexto de inflação persistente e atividade resiliente. Por outro lado, em outras economias desenvolvidas, os sinais de queda da inflação são um pouco mais claros, o que deverá permitir um início mais precoce da flexibilização monetária, como é o caso do BCE”, de acordo com o relatório.

O segundo fator é o aumento do risco geopolítico, que inclui o Oriente Médico, a guerra na Ucrânia e o aumento da tensão comercial entre China e Estados Unidos.

Nesse cenário, a avaliação é que o dólar pode subir em torno de 1,5% até o final do ano. O movimento pode ser intensificado com as tensões geopolíticas. Um dos indicadores analisados para medir esse risco é a relação entre ouro e cobre. Para cada aumento de 10%, já é um potencial de valorização do dólar de 2%.

O Estado de S.Paulo - SP   05/06/2024

O desempenho da economia brasileira no primeiro trimestre, segundo analistas, acabou reforçando a visão mais cautelosa que o Banco Central vem adotando na condução da política monetária. Segundo dados divulgados nesta terça-feira, 4, pelo IBGE, o PIB brasileiro cresceu 0,8% no primeiro trimestre, puxado essencialmente pelo setor de serviços.

De acordo com Laiz Carvalho, economista para o Brasil do BNP Paribas, esse crescimento é um reflexo direto do aquecimento do consumo das famílias. “Estamos vendo uma demanda muito forte das famílias, pelo mercado de trabalho aquecido, salários mais altos e, em geral, maior renda disponível”, disse a economista.

Esse cenário, segundo ela, deve fazer com que as expectativas para a inflação de serviços à frente fiquem mais altas, trazendo impactos de alta também para as projeções de inflação cheia. “O número em si do PIB de hoje não muda nada para o BC, mas reforça essa visão mais cautelosa. Temos visto nos últimos discursos e comunicações (do BC) uma preocupação com as expectativas de inflação futuras. E essa atividade forte é um dos elementos que devem impactar as projeções”, disse.

O BNP, por ora, projeta mais dois cortes de 0,25 ponto porcentual na taxa Selic, que encerraria o ano, nesse caso, em 10%. A estimativa, contudo, tem viés de alta. “Vemos as expectativas de inflação cada vez mais distantes da meta (de inflação) de 3%. Não mudamos o cenário ainda, mas pode ser que, se houver corte de juro em junho, seja o último corte”, disse.

Na avaliação da consultoria Capital Economics, o crescimento do PIB até surpreendeu no primeiro trimestre, mas parece refletir mais uma recuperação temporária da economia. Por isso, segundo a consultoria, tudo indica que o ritmo de alta vai desacelerar daqui para a frente e que a atividade deve fechar o ano com expansão de 1,5% a 1,8%.

Mas, apesar de considerar que o ritmo de expansão da economia no primeiro trimestre não vai se manter, o economista-chefe de mercados emergentes da consultoria, William Jackson, reconhece que ele impõe riscos para a política monetária. “O crescimento da economia, e do consumo das famílias em particular, vai levantar (ainda mais) preocupações sobre a inflação no Banco Central, sugerindo que a nossa projeção de Selic no fim do ano, de 9,75%, tem cada vez mais riscos para cima”, disse.

“Os indicadores antecedentes apontam para um segundo trimestre mais fraco - o PMI industrial caiu fortemente em maio e o indicador de confiança do consumidor também recuou nos últimos meses. As enchentes no Rio Grande do Sul podem pesar no crescimento. E duvidamos que a força da produção agrícola vista no primeiro trimestre seja sustentável”, diz o economista-chefe de mercados emergentes da consultoria, William Jackson.

A força da demanda doméstica no primeiro trimestre também foi destacada pela economista-chefe para o Brasil da Galapagos Capital, Tatiana Pinheiro. Para ela, isso confirma o tom duro adotado pelo Banco Central (BC) desde o último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom).

Segundo Tatiana, o crescimento de 1,6% na demanda doméstica no primeiro trimestre ficou bem acima de todas as últimas leituras. Em 2022, o crescimento trimestral médio da demanda doméstica foi de 0,9%. Em 2023, desacelerou a 0,4% no primeiro semestre e 0,2% no segundo.

“Agora, esse primeiro trimestre interrompe o ciclo de desaceleração da demanda doméstica”, disse. “O BC já tinha falado sobre isso na comunicação, que a economia veio fora da expectativa no primeiro trimestre. Ele já disse isso na última decisão, em que trocou a velocidade dos cortes para 0,25 ponto e deu um tom bastante duro para a condução da política monetária daqui para a frente.”

A economista pondera, no entanto, que a tendência é de esfriamento da economia. Parte da forte expansão da demanda vista até agora, segundo ela, é explicada por três fatores: o pagamento de precatórios em atraso, o reajuste acima da inflação do salário mínimo e o mercado de trabalho resiliente. Nenhum desses elementos parece capaz de continuar influenciando muito a economia, ela diz.

“E temos o impacto do desastre climático no Rio Grande do Sul, que vai se manifestar no segundo trimestre e que não conhecemos”, diz Pinheiro. “Provavelmente, a expansão fiscal, por causa desse desastre, não vai compensar esse efeito. O segundo trimestre deve ser bastante fraco por causa do impacto da contabilização do desastre climático, e o terceiro e quarto trimestres, sem impulsos, não devem crescer nesse mesmo ritmo de 1,6% para a demanda doméstica.”

Por conta disso, ela espera crescimento de 1,8% para o PIB de 2024 e afirma que, se não fosse o desastre no Rio Grande do Sul, teria aumentado a projeção. Para a taxa Selic, ela espera que o Banco Central promova apenas mais um corte de 0,25 ponto porcentual, e pause o ciclo com os juros em 10,25%. O ciclo seria retomado em 2025, quando a taxa deve cair a 9,5%.

O Estado de S.Paulo - SP   05/06/2024

Depois de dois trimestres de estagnação (-0,1% no terceiro e 0,1% no quarto), a economia brasileira voltou a crescer em um ritmo mais forte no primeiro trimestre deste ano, com uma alta de 0,8% em relação ao período anterior. A composição do crescimento foi boa, puxada não só pelo consumo das famílias, que subiu 1,5%, mas também pelos investimentos, que saltaram 4,1%, enquanto o consumo do governo ficou zerado.

Pela ótica da produção, também há boas notícias. A indústria de transformação voltou a crescer, com uma alta de 0,7%, depois de dois trimestre estagnada. Os serviços avançaram 1,4%, em uma sequência de 15 trimestres consecutivos de alta, no pós-pandemia. Já a agricultura saltou 11,3%, consolidando o primeiro trimestre como grande momento do ano para o setor.

O economista Sérgio Vale, da MB Associados, prevê mais uma alta de 0,8% no segundo trimestre, em relação ao primeiro – outro número bom – e vai revisar de 2% para 2,2% a sua projeção para o ano. O grande problema, diz, é que nada indica que esse ritmo seja sustentável.

Os recentes ruídos envolvendo o Banco Central desancoraram as expectativas de inflação, o que levará o Copom a manter a Selic mais alta do que se previa anteriormente. Isso vai impactar a concessão de crédito, afetando o consumo de bens duráveis e também os investimentos. Além disso, há os efeitos da tragédia do Rio Grande do Sul, que manterão o estado com baixa atividade econômica.

Mesmo com a alta no trimestre, os investimentos permanecem em patamar baixo como proporção do PIB. Na comparação com o primeiro trimestre de 2023, houve redução, de 17,1% para 16,9%, o menor nível desde 2020. Vale explica que pode ter ocorrido uma queda nos preços nominais dos investimentos, o que afeta esse indicador.

Ainda assim, é cedo para apostar que os investimentos entraram em um ciclo consolidado de alta. A taxa de poupança também caiu, de 17,5% para 16,2%. A grosso modo, a economia está queimando poupança para consumir, e não para investir.

Na taxa acumulada em 12 meses, os investimentos ainda estão negativos em 2,7%, enquanto o PIB como um todo cresce 2,5%. Já o consumo das famílias cresce 3,2% enquanto o consumo do governo salta 2,1%. O consumo, não o investimento, tem sido o motor do PIB.

O risco fiscal continua sendo o grande calcanhar de Aquiles da economia. A equipe econômica ainda não consegue passar confiança de que voltará a registrar superávits primários neste governo – e, com isso, ninguém consegue projetar com segurança quando a dívida pública começará a cair.

As falas do presidente Lula e de vários integrantes do PT contra a economia de mercado, a mudança na Petrobras, a falta de gestão do setor elétrico pelo Ministério de Minas e Energia são outros componentes que afugentam investidores.

O governo pode e deve comemorar o bom número deste início do ano. Mas ainda tem um longo dever de casa a fazer para que o crescimento forte se torne sustentável.

IstoÉ Online - SP   05/06/2024

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,09% em maio, desacelerando ante o ganho de 0,33% de abril, mas ganhando força em relação ao acréscimo de 0,04% observado na terceira quadrissemana do mês passado, segundo dados publicados nesta terça-feira, 4, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

O resultado de maio veio dentro das estimativas de instituições de mercado consultadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de baixa de 0,12% a alta de 0,20%, mas superou a mediana, de +0,05%.

Entre janeiro e maio, o IPC-Fipe acumulou inflação de 1,61%. No período de 12 meses até maio, o índice avançou 2,66%, vindo praticamente em linha com o esperado.

No quinto mês de 2024, os sete componentes do IPC-Fipe subiram em ritmo mais fraco ou passaram a cair: Habitação (de 0,14% em abril a 0,02% em maio), Alimentação (de 0,40% a 0,28%), Transportes (de 0,74% a 0,01%), Despesas Pessoais (de 0,16% a -0,14%), Saúde (de 0,84% a 0,65%), Vestuário (de 0,11% a -0,06%) e Educação (de 0,02% a 0,01%).

Veja abaixo como ficaram os componentes do IPC-Fipe em maio:

– Habitação: 0,02%

– Alimentação: 0,28%

– Transportes: 0,01%

– Despesas Pessoais: -0,14%

– Saúde: 0,65%

– Vestuário: -0,06%

– Educação: 0,01%

– Índice Geral: 0,09%

MINERAÇÃO

Comex do Brasil - SP   05/06/2024

O Brasil será destaque na edição 2024 da Exponor, uma das principais feiras latino-americanas voltadas à indústria de mineração e energia. Mais uma vez, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) vai liderar uma delegação de empresas ao evento, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e com o apoio da Embaixada do Brasil em Santiago. A Exponor 2024 que começou na segunda-feira (3) e irá até a quinta-feira (6), em Antofagasta, conhecida como a capital mineira do Chile e do mundo.

Por sua atuação relevante no setor de mineração, Brasil é o país convidado de honra desta edição. Mais de 40 mil visitantes são esperados para o evento, que promete ser uma vitrine importante para as últimas tendências do setor e promover oportunidades de negócios valiosas a nível nacional e internacional. A feira contará com cerca de 1100 expositores, de 32 países, atuantes no setor de máquinas, equipamentos e serviços de mineração.

Do Brasil, participam as empresas Bariontec Filtragem; Conexled; Core case; Estival; Frontec; Iconmaq; Kraper Tranformadores; Metal-Check; Netzsch; Neuman & Esser; PCP Steel; Pequi Cepillos; Pieralsi do Brasil LTDA; Porta cabos; Prensso Máquinas; RD-Flex Acoplamentos; Ringfeder Henfel; RTK GNSS – Geocontrol; Tecnnic; TKA Cranes; Vulkan; e White Metal Cojinetes.

“Essas empresas vão apresentar o que o Brasil tem de melhor em termos de tecnologia de mineração, com muita inovação, tecnologia e sustentabilidade. O Chile é um país bastante tradicional em mineração, assim como o Brasil, e o que a gente vai buscar, na Exponor, é justamente unir essas duas competências, com a nossa tecnologia e com as demandas deles, para que a gente possa atuar ainda mais nesse mercado”, afirmou a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza.

Máquinas e aparelhos para mineração estão entre os produtos que o Brasil mais exporta para o Chile, com destaque para as funções de peneirar, separar, lavar, esmagar, moer, misturar ou amassar terras, pedras ou minérios.

Exponor

Realizada a cada dois anos em Antofagasta, no Chile, a Exponor tem por objetivo gerar e fortalecer redes de negócio para os setores de mineração e energia em nível internacional. Na última edição, a feira teve participação de 730 expositores de 28 países e contou com mais de 40 mil visitantes. A Exponor tem recebido o pavilhão brasileiro desde 2011, no âmbito do projeto setorial Brasil Machinery Solutions, executado em parceria com a Abimaq.

Em 2022, as empresas Fewtec, Henfel, Netzsch, Neuman & Esser, Porta Cabos e Steinert foram as representantes brasileiras durante a Exponor. Ao todo, as companhias realizaram 134 novos contatos comerciais e estimaram negócios da ordem de US$1,08 milhão nos 12 meses subsequentes à feira.

Revista Mineração - SP   05/06/2024

A Vale abriu inscrições para o Programa Desenvolver, iniciativa que busca estudantes e pesquisadores que queiram colaborar com soluções inovadoras para a indústria da mineração.

Os interessados podem se inscrever até 15 de junho e devem estar cursando graduação, pós-graduação (mestrado, doutorado ou especialização).

O objetivo é atrair talentos para executar, com uma base de dados real, o processo de análise da qualidade da informação, modelagem geológica e a estimativa dos teores de interesse de uma mina de minério de ferro da Vale.

Os três melhores projetos receberão prêmios equivalentes a até R$ 7 mil, além de um curso de capacitação, passagens e hospedagem para participarem de uma visita técnica e do evento de encerramento do programa, quando farão a apresentação do trabalho desenvolvido.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas individualmente ou em grupos de até três pessoas pelo site.

De acordo com o líder do projeto, Victor Miguel, a iniciativa faz parte da estratégia da Vale de fomentar o ecossistema de inovação, estreitando a relação entre a empresa e as universidades.

“O principal objetivo do Programa Desenvolver é engajar estudantes e universidades para que, por meio de um olhar externo sobre bases de informações de uma mina de minério de ferro da Vale, possam contribuir com a criação de soluções inovadoras para desafios reais da indústria”, explica.

O projeto deve ser desenvolvido de forma remota no período de 24 de junho a 5 de agosto. Os três primeiros colocados (sejam em inscrições individuais ou em grupo) ganham um curso de capacitação técnica, a oportunidade de participarem de visita técnica e de um evento de encerramento para apresentação do trabalho desenvolvido.

Os custos de deslocamento e estadia serão pagos pela Vale para os três primeiros colocados. Além disso, o programa fornece os seguintes prêmios:
Primeiro colocado: Prêmio de R$7.000 convertidos em itens como celulares, relógios, tablets e outros. Segundo colocado: Prêmio de R$5.000 convertidos em itens como celulares, relógios, tablets e outros. Terceiro colocado: Prêmio de R$3.000 convertidos em itens como celulares, relógios, tablets e outros.

Investing - SP   05/06/2024

Os contratos futuros de minério de ferro ampliaram as quedas nesta terça-feira, atingindo os níveis mais baixos em quase sete semanas, com sinais de enfraquecimento da demanda de curto prazo e das perspectivas de consumo de médio a longo prazo na China, principal mercado consumidor do minério, e com a persistência de estoques elevados no porto.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com queda de 2,11%, a 834 iuanes (115,11 dólares) a tonelada, o menor valor desde 17 de abril, após uma queda de mais de 2% na segunda-feira.

O minério de ferro de referência para julho na Bolsa de Cingapura caiu 2,21%, atingindo o valor mais baixo desde 17 de abril, para 108,2 dólares a tonelada, eliminando totalmente ganhos anteriores, graças às expectativas crescentes de que o Federal Reserve dos EUA reduza as taxas de juros após dados econômicos mais suaves do que o esperado.

"Algumas siderúrgicas reduziram a aquisição de matérias-primas, incluindo minério de ferro, após uma queda mais acentuada na produção de metais quentes na semana passada e um aumento nos estoques de aço devido à diminuição da demanda downstream", disse Zhuo Guiqiu, analista da Jinrui Futures.

Os volumes de transações de minério de ferro nos principais portos caíram 17% em relação à sessão anterior, para 735.000 toneladas na segunda-feira, segundo dados da consultoria Mysteel.

"Os estoques nos portos permaneceram altos. Além disso, a expectativa de um controle de produção de aço bruto no final do ano exacerbou a preocupação com a queda do consumo de minério, enviando ventos contrários aos preços", acrescentou Zhuo.

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As mudanças na oferta de aço têm estado em foco depois que Pequim reiterou, na semana passada, sua intenção de controlar ainda mais a produção de aço bruto este ano e quando a demanda recuou em meio às temperaturas mais altas e à previsão de chuvas fortes nas regiões do sul.

Os preços da principal matéria-prima para a fabricação de aço perderam mais de 6% em relação à semana passada, mesmo com a divulgação de mais estímulos regionais para o mercado imobiliário, a fim de estimular o setor em dificuldades.

Outros ingredientes de fabricação de aço na bolsa de Dalian recuaram, com o carvão metalúrgico e o coque caindo 0,57% e 0,9%, respectivamente.

Valor - SP   05/06/2024

Governo chinês sinalizou que será mais rigoroso no controle das emissões de poluentes e vai limitar a produção de aço

Os preços do minério de ferro iniciaram junho em rota de correção acelerada, e recuaram mais de 7% em apenas dois dias em meio à piora das perspectivas de demanda na China. Maior produtor mundial de aço, o país asiático é também o principal consumidor da matéria-prima.

As notícias de que o governo chinês deve endurecer as regras para cumprimento de metas ambientais, que incluem limites à taxa de operação das siderúrgicas locais (que usam carvão e são altamente poluentes), voltaram a alimentar dúvidas quanto à demanda da commodity. Nesse ambiente, o minério atingiu o menor preço em quase dois meses no mercado transoceânico, em torno de US$ 107 por tonelada.

De acordo com o analista Daniel Sasson, do Itaú BBA, já havia expectativa de menor produção de aço na China em 2024. O banco mesmo estimava redução de cerca de 1,5% na produção siderúrgica chinesa neste ano. Mas o tom das notícias recentes reforçou a cautela dos investidores. “É mais uma questão de sentimento do que de mudança radical de demanda no curto prazo”, diz.

Nesta terça-feira (4), no norte do país asiático, segundo o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com queda de 2,6%, para US$ 106,80 a tonelada. Com esse desempenho, a principal matéria-prima do aço passou a exibir desvalorização de 7,3% em junho, no mercado transoceânico. No ano, as perdas chegam a 24%.

Os futuros do minério de ferro também voltaram a registrar queda significativa na bolsa chinesa de Dalian. Os contratos para setembro, os mais negociados, caíram 2,11%, a 834 yuan (US$ 115,14) a tonelada.

O plano da China para o período de 2021 a 2025 contempla, entre outras medidas, alcançar 15% da produção de aço via rota elétrica - usando sucata e energia elétrica -, substituindo em parte o minério de ferro e o carvão, com vistas à redução das emissões. Hoje, essa taxa está em 10%. “Ninguém acredita muito que será possível ir de 10% a 15% em um ano. Mas o simples fato de os chineses apontarem que querem realmente seguir essa direção e limitarem a produção de aço, como vêm fazendo desde 2021, deu uma desanimada nas perspectivas”, explica Sasson.

De acordo com a Worldsteel, que reúne dados de mais de 70 países, os chineses produziram 85,9 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos em abril, bem abaixo das 100 milhões de toneladas médias que chegou a produzir por mês em um passado recente. Frente a abril de 2023, a redução foi de 7,2%.

Para este ano, o Itaú BBA projeta preço médio de US$ 110 por tonelada de minério de ferro, contra US$ 120 em 2023. O valor projetado implica em preço médio de US$ 105 por tonelada entre o segundo e o quarto trimestres deste ano.

Máquinas e Equipamentos

Valor - SP   05/06/2024

Presidente da Volvo CE para a América Latina vê gargalo no financiamento ao comprador, mas confia na adoção de elétricos

A América do Sul foi responsável por 3,3% das vendas líquidas da fabricante de máquinas de linha amarela Volvo CE no primeiro trimestre, com receita de 759 milhões de coroas suecas (R$ 369,7 milhões). O valor ficou estável na comparação com o início de 2023, mas foi a única área geográfica que não retrocedeu no indicador.

O presidente da Volvo CE para a América Latina, Luiz Marcelo Daniel, afirma que o mercado de máquinas para construção espera um crescimento de até 5% nas vendas no Brasil em 2024, apesar da queda de 11% em abril - em fevereiro, a queda era de 25%.

São dados melhores do que a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) projeta para o geral do mercado, uma queda de 7%.

O principal gargalo para aumentar as vendas de máquinas de construção está no financiamento ao cliente, aponta Daniel, e uma solução para o problema fica mais distante com a incerteza sobre o corte nos juros. “Quando você financia bem de capital com custo de bem de consumo, você obviamente restringe a possibilidade de escalabilidade”, diz o executivo.

Com financiamento mais caro, os clientes preferem postergar o investimento, utilizar maquinário antigo e não receber o incremento de produtividade que as novas tecnologias poderiam oferecer.

Não há subsídio que dê conta disso, destaca. “Ninguém vai trabalhar e botar um negócio em pé pensando em subsídio, o negócio tem que ser baseado em premissas reais de mercado”, diz.

Em nível global, a Volvo CE tem uma meta de atingir 35% de venda de máquinas elétricas até 2030. Daniel analisa que o mercado latino tem potencial para atingir essa marca e até superá-la, por causa da matriz elétrica e pelos usos mais comuns do maquinário na região, como em pedreiras e para logística de grãos, que seriam compatíveis com a eletrificação.

A companhia fabrica máquinas no Brasil, em Pederneiras (SP). Metade da produção é exportada, principalmente para a América do Norte. Isso começou há três anos, conta Daniel, quando uma nova linha de caminhões articulados passou a ser montada na fábrica. Mais usados nos EUA do que no Brasil, o custo do maquinário se mostrou competitivo o suficiente para compensar a exportação.

Do que é produzido no país, 20% é direcionado para a agropecuária, parcela que tem subido a cada ano - era de 15% em 2018, conta o presidente, e deve chegar a 25% nos próximos anos. Também é mais representativo do que para a Volvo CE no mundo, onde o agro tem de 5% a 7% de participação.

Além da agropecuária, as máquinas da companhia são usadas para mineração, em pedreiras, em logística e na construção civil, seja em obras de infraestrutura ou em canteiros de edificações.

O futuro do negócio envolve menos a venda de maquinário “solto” e mais a comercialização de plataformas de soluções que visem o aumento de produtividade. A empresa tem divisões focadas em monitorar o uso dos equipamentos e identificar gargalos na produção. O monitoramento também pode ser feito em máquinas concorrentes.

A companhia, que é parte do grupo Volvo, registrou lucro operacional equivalente a R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre, na operação global, queda de 20% na base anual.

Valor - SP   05/06/2024

Companhia tem meta ambiciosa de elevar participação desses produtos nas vendas totais; hoje representam apenas 1,5%

A fabricante de máquinas de linha amarela Volvo CE (Equipamentos para Construção, na sigla em inglês) fez uma forte aposta na eletrificação dos produtos. A companhia tem o compromisso de chegar em 2030 com 35% de máquinas do tipo. Será uma caminhada longa, já que, hoje, 98,5% do maquinário vendido é a diesel.

“Queríamos ser percebidos como líderes da eletrificação nos equipamentos de construção, vai ser importante no longo prazo”, afirmou o presidente global da companhia, Melker Jernberg, em coletiva de imprensa durante evento bienal da marca, no fim de maio, em Eskilstuna, na Suécia.

Até o momento, a adoção dos modelos elétricos tem sido mais lenta do que o previsto pela empresa, assumiu o executivo, pontuando que companhias e cidades estão com menos “ambição” para incentivar a eletrificação.

A expectativa da Volvo CE, no entanto, é de que a curva de adoção de máquinas elétricas se acentue. “Vai se tornar urgente nos próximos anos, vamos continuar investindo nisso”, disse. Além de lançar mais produtos com essa tecnologia, a companhia tenta convencer seu consumidor de que vale a pena trocar uma máquina a diesel por um modelo elétrico.

No evento, foram lançados oito modelos de máquinas da Volvo CE, incluindo a primeira escavadeira movida a eletricidade feita pela empresa.

Jernberg destacou que a companhia tem entrado em uma nova etapa da eletrificação, com equipamentos maiores. A empresa ressalta que os modelos são mais silenciosos do que as máquinas a combustão e emitem menos partículas, o que é útil em obras urbanas e no uso na pecuária.

A Volvo CE também fabrica unidades portáteis de recarregamento das máquinas.

Questionado sobre a autonomia dos veículos e sua capacidade de aguentar um dia inteiro de obras, Jernberg afirmou que o tipo de uso do maquinário na construção, agropecuária e mineração, que envolve muitas paradas ao longo do dia, permite o carregamento apenas à noite, por exemplo. As unidades portáteis podem ser usadas para uma recarga rápida. Há ainda a opção de manter algumas máquinas ligadas à rede elétrica por cabos, se o trabalho for estacionário.

A empresa investe em outras tecnologias de redução de emissões, como máquinas que rodam a biodiesel e, no futuro, a hidrogênio. Luiz Marcelo Daniel, presidente da Volvo CE para a América Latina, afirma que o etanol poderia ser usado como fonte de hidrogênio.

No evento, Jernberg chamou a atenção para a situação “estranha” do mundo em 2024, com 64 países passando por eleições, os conflitos na Ucrânia e na Palestina, e a guerra comercial entre China e Estados Unidos, citando a taxa de 100% anunciada no mês passado pelo governo Biden sobre carros elétricos chineses.

Segundo ele, a Volvo CE defende um mercado aberto e de competição justa, mas não é isso o que tem sido visto pelo mundo. “Provavelmente há uma série de motivos para isso [tarifas aos produtos chineses]. Só posso dizer que deve ser um jogo justo e, se for o caso, esse tipo de proteção não é necessário.”

Além da Volvo CE, o grupo Volvo tem divisões de caminhões e ônibus. Já os carros pertencem à Volvo Cars, comprada pela Ford em 1999 e vendida pelos americanos ao grupo chinês Geely em 2010.

A repórter viajou a convite da Volvo CE

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   05/06/2024

Alex Lawrence, um revendedor de Salt Lake City especializado em carros elétricos usados, observou uma mudança no último ano nos tipos de clientes que estão entrando em seu showroom. Eles costumavam ser profissionais abastados que podiam gastar US$ 70 mil em uma caminhonete de luxo Rivian.

Recentemente, disse Lawrence, os clientes estão comprando Teslas usados por pouco mais de US$ 20 mil (R$ 105 mil), após aplicar um crédito fiscal federal de US$ 4 mil (R$ 21,12 mil).

“Estamos vendo pessoas mais jovens”, disse Lawrence. “Estamos vendo mais pessoas de colarinho azul e de colarinho branco de nível básico. O preço de compra do carro de repente se tornou acessível.”

Considerados por políticos conservadores e outros críticos como brinquedos da elite liberal, os veículos elétricos estão rapidamente se tornando mais acessíveis. Os preços estão caindo devido ao aumento da concorrência, aos custos mais baixos das matérias-primas e à fabricação mais eficiente.

Os créditos tributários federais de até US$ 7,5 mil (R$ 39 mil) para carros elétricos novos, muitas vezes aumentados por milhares de dólares em incentivos estaduais, fazem com que os preços caiam ainda mais.

Ao mesmo tempo, a tecnologia está melhorando rapidamente e tornando os veículos elétricos mais práticos. Os carros que podem percorrer mais de 300 milhas (482 km) com uma bateria totalmente carregada estão se tornando comuns, e os tempos de carregamento estão caindo para menos de 30 minutos. O número de carregadores rápidos, que podem recarregar uma bateria em menos de meia hora, cresceu 36% de abril de 2023 a abril de 2024.

As montadoras, incluindo Tesla, Ford, General Motors e Stellantis, proprietária da Jeep, anunciaram planos para veículos elétricos que seriam vendidos novos por apenas US$ 25 mil (R$ 132 mil).

“O mercado de veículos elétricos atingiu um ponto de inflexão”, disse Randy Parker, executivo-chefe da Hyundai Motor America, que começará a produzir veículos elétricos em uma fábrica na Geórgia até o final do ano. “Os primeiros usuários já chegaram. Eles já têm seus carros. Agora estamos começando a ver a transição para um mercado de massa.”

Tudo isso é uma boa notícia para os defensores dos veículos elétricos e para o governo Biden, cuja meta até 2030 é que metade dos carros novos vendidos sejam elétricos. Mesmo que os republicanos ganhem o controle da Casa Branca e do Congresso e cumpram as promessas de desmantelar os subsídios aos veículos elétricos, eles talvez não consigam desfazer as forças de mercado que pressionam os preços para baixo.

“Pode haver alguns contratempos no ritmo exato e na escala das vendas de veículos elétricos se houver grandes mudanças nas políticas, mas eu não esperaria que o mercado de veículos elétricos ficasse estagnado”, disse Peter Slowik, que lidera a pesquisa sobre carros de passeio no Conselho Internacional de Transporte Limpo, uma organização de pesquisa. “A maioria das montadoras está comprometida com um futuro totalmente elétrico, e muitas estão planejando um cronograma que vai muito além da próxima administração.”

Os carros elétricos, cujas vendas diminuíram nos últimos meses, ainda são mais caros do que os modelos a gasolina, custando em média US$ 55,252 (R$ 291 mil) nos Estados Unidos em abril, de acordo com estimativas da Kelley Blue Book. Isso representa uma queda de 9% em relação a abril de 2023, mas ainda é cerca de US$ 6,7 mil (R$ 35 mil) a mais do que a média de todos os veículos.

Mas o grupo de Slowik estima que os carros e veículos utilitários esportivos capazes de percorrer 400 milhas (643 km) com a bateria cheia custarão menos do que os carros com motores de combustão interna em 2030, mesmo antes de considerar os subsídios do governo. (As caminhonetes, que exigem baterias maiores, levarão um pouco mais de tempo, não atingindo a paridade para modelos de 400 milhas até 2033).

Esses cálculos não consideram os custos mais baixos de combustível e manutenção que fortalecem o argumento financeiro dos veículos elétricos. A eletricidade é quase sempre mais barata por milha do que a gasolina, e os veículos movidos a bateria não precisam de troca de óleo, filtros de ar do motor ou velas de ignição.

Para as pessoas que dirigem muito, os carros elétricos podem já ser um negócio melhor. Ao mesmo tempo, alguns fabricantes de automóveis estão oferecendo grandes descontos nos modelos elétricos como um atrativo para os compradores.

Embora os preços estejam claramente em tendência de queda, há riscos. A China fornece mais da metade das baterias de íon-lítio usadas nos carros vendidos nos Estados Unidos, de acordo com a Interact Analysis, uma empresa de pesquisa. Essas baterias ficarão mais caras porque o governo Biden anunciou em maio que aumentaria as tarifas sobre elas de 7,5% para 25%.

Muitas empresas estão construindo fábricas de baterias nos Estados Unidos e no Canadá, mas a maioria delas não produzirá baterias suficientes para substituir a China por vários anos.

As matérias-primas são outro risco. O preço do lítio e de outros materiais necessários para as baterias despencou nos últimos 12 meses, tornando os carros elétricos mais baratos. Mas os preços das commodities podem subir novamente.

A recente desaceleração no crescimento das vendas de carros elétricos fez com que a Tesla, a Ford e outras empresas adiassem os planos de expansão da fabricação. No entanto, muitos analistas esperam que as vendas aumentem à medida que o excesso de modelos faça com que os preços caiam e a rede de recarga cresça. Os preços altos e o medo de não conseguir encontrar um lugar para recarregar são os dois principais motivos pelos quais as pessoas hesitam em comprar um veículo elétrico, segundo pesquisas.

Para muitas pessoas, o preço do carro não é a única despesa a ser considerada. As pessoas que moram em apartamentos dependem geralmente de tomadas de recarga públicas. A recarga pública, além de ser menos conveniente, tende a ser mais cara do que a recarga em casa.

Ainda assim, as forças que estão empurrando os preços para baixo são poderosas. Os custos de fabricação estão caindo à medida que as montadoras tradicionais, que demoraram a vender veículos elétricos, começam a aplicar suas décadas de experiência em produção em massa à nova tecnologia.

Ainda este ano, por exemplo, a General Motors começará a vender uma versão elétrica do seu veículo utilitário esportivo Chevrolet Equinox que terá uma autonomia de mais de 300 milhas (482 km) e será vendido por menos de US$ 30 mil (R$ 158 mil) após o crédito fiscal federal de US$ 7,5 mil (R$ 39 mil). E a empresa planeja vender um carro ainda mais barato, um novo Chevrolet Bolt, no próximo ano.

O Equinox e o Bolt serão construídos na plataforma Ultium da G.M., um conjunto de componentes que pode ser usado em diversos veículos, incluindo picapes e Cadillacs de luxo. A GM, que cortou custos usando as mesmas baterias e peças para diferentes modelos, disse que seus veículos elétricos se tornarão lucrativos no segundo semestre deste ano.

Os carros elétricos ainda custam mais para serem fabricados do que os carros com motores de combustão interna, disse Prateek Biswas, analista da Wood Mackenzie, uma empresa de pesquisa. Mas os custos diminuirão à medida que as empresas aprenderem a produzir os carros de forma mais eficiente, disse Biswas - por exemplo, eliminando os minerais raros dos motores elétricos ou substituindo a fiação de cobre por alumínio.

Ao mesmo tempo, o custo de fabricação de um carro a gasolina está aumentando devido a regulamentações de emissões mais rígidas. “Em algum momento, será mais fácil simplesmente adotar os veículos elétricos”, disse Biswas.

A concorrência também está se intensificando. A Toyota e outras montadoras japonesas com reputação de fornecer veículos confiáveis e acessíveis estão oferecendo veículos elétricos tardiamente. A Honda planeja começar a produzi-los em uma fábrica em Ohio no próximo ano.

Haverá mais de 100 modelos totalmente elétricos à venda nos Estados Unidos até o próximo ano, de acordo com a Cars.com, uma plataforma de vendas online, o dobro do número disponível no ano passado. “Estamos em um ponto em que qualquer pessoa que queira um carro elétrico por um determinado preço pode realmente adquirir um carro elétrico”, disse Rebecca Lindland, diretora sênior de dados do setor na Cars Commerce, que opera a Cars.com.

Os preços dos carros usados são indiscutivelmente mais importantes do que os preços dos carros novos. A maioria das pessoas compra carros usados. Um mercado de usados vibrante aumenta enormemente o número de pessoas que podem considerar um veículo elétrico.

Os modelos da Tesla, Nissan ou GM estão em circulação há três anos ou mais, gerando estoque para as concessionárias à medida que os proprietários originais compram novos veículos. Mais da metade dos veículos elétricos usados no mercado é vendida por menos de US$ 30 mil (R$ 158 mil), de acordo com a Recurrent, uma empresa de pesquisa que se concentra no mercado de veículos elétricos usados.

Jesse Lore, proprietário da Green Wave Electric Vehicles em North Hampton, N.H., vendeu recentemente um Chevy Bolt usado por US$ 15 mil (R$ 79,2 mil). Após aplicar um crédito fiscal federal para veículos elétricos usados, o preço ficou em US$ 11 mil (R$ 58 mil). Além da atração dos preços acessíveis, observou ele, seus clientes gostam do fato de os veículos elétricos serem mais silenciosos do que os modelos a gasolina, melhores para o meio ambiente e mais rápidos porque o motor elétrico gera torque instantâneo.

“O carro é mais divertido do que o que eles estão dirigindo agora”, disse Lore.

Infomoney - SP   05/06/2024

Os licenciamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus subiram 10,1% em maio na comparação com o mesmo mês do ano passado, embora tenham mostrado queda de 12% ante abril, segundo dados divulgados nesta terça-feira (4) pela associação de concessionárias, a Fenabrave.

Os emplacamentos somaram 194.257 mil unidades, com mais um forte desempenho dos veículos híbridos, que tiveram crescimento de 45% nas vendas em maio sobre um ano antes, para 8,5 mil unidades.

Enquanto isso, os elétricos saltaram de 615 unidades emplacadas em maio de 2023 para 5.175 veículos.

No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, os licenciamentos mostram crescimento de 15%, para 929,55 mil veículos.

A Fenabrave decidiu manter sua projeção de vendas para o ano, de alta de 12%, para 2,585 milhões de veículos, citando os impactos das enchentes no Rio Grande do Sul.

“Considerando que os impactos das enchentes ainda estão sendo contabilizados e que o efeito reposição poderá ocorrer para os veículos perdidos durante as chuvas, a Fenabrave manterá as projeções de emplacamentos de veículos para 2024, ao menos até o fechamento do primeiro semestre”, afirmou a entidade em comunicado à imprensa.

Segundo o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior, as “condições favoráveis do crédito” mantiveram o mercado de veículos aquecido no restante do país.
Impacto de enchentes no Rio Grande do Sul

O executivo avaliou que ainda é cedo para se ter uma noção precisa do impacto das chuvas no Rio Grande do Sul no mercado de veículos este ano.

“O Estado respondeu por cerca de 4% dos licenciamentos do Brasil até abril. Sabemos que houve perdas, mas parte dessa frota poderá ser reposta nos próximos meses, considerando os sinistros ainda não registrados”, afirmou.

A Fenabrave afirmou que, das 722 concessionárias de veículos no Rio Grande do Sul, cerca de 300 foram afetadas pelas chuvas.

Para além das enchentes no sul do país, as vendas de ônibus novos foram destaque negativo em maio, desabando 24,8% sobre um ano antes e caindo 23% frente a abril deste ano, para 1.683 unidades. O desempenho aprofundou a queda acumulada no ano para 18,6%.

“Até agora, as prefeituras não têm efetivado os pedidos do Programa Caminho da Escola como havíamos estimado. A renovação natural da frota talvez possa ajudar a impulsionar o setor”, disse o presidente da Fenabrave, que estima para o ano um crescimento de 20% nas vendas do segmento, para 29.546 unidades.

Valor - SP   05/06/2024

Em maior, a montadora de Elon Musk se manteve como a 2ª maior vendedora de veículos elétricos na China; a rival BYD vendeu 330.488 unidades, 3º mês seguido que fica acima dos 300 mil carros vendidos

As vendas da Tesla na China cresceram em maio, com os programas de incentivo do governo e o interesse do público no Salão do Automóvel de Pequim impulsionando a demanda por veículos elétricos. A montadora de Elon Musk vendeu 72.573 modelos fabricados na China no mês passado, crescimento de 17% na comparação anual, segundo dados preliminares da China Passenger Car Association. No entanto, sobre abril, houve queda de 6,5%.

Os dados da CPCA mostram que as venda totais de carros elétricos cresceram 35% no mês passado na China, a 910 mil unidades, na comparação anual. Sobre o mês de abril, a alta foi de 16%.

Um programa de incentivo do governo chinês para troca de veículos e o lançamento de novos modelos no Salão do Automóvel de Pequim acabaram aumentando o interesse do público em maio, segundo a associação.

A Tesla se manteve como a segunda maior vendedora de veículos elétricos na China. A rival BYD vendeu 330.488 unidades, terceiro mês seguido que fica acima dos 300 mil carros vendidos.

A Geely Auto ficou em terceiro lugar, com 58.673 veículos elétricos vendidos, seguida da Changan Automobile em quarto, com 55,8 mil. A Li Auto teve 35.020 carros elétricos vendidos em maio e a Seres, investida da Huawei, 32.377.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   05/06/2024

“Já o segmento de obras de edificações manteve-se aquecido e contribuiu para a elevação do PIB setorial”, comentou o vice-presidente de economia do SindusCon-SP

A diminuição do consumo de materiais de construção por parte das famílias foi a principal responsável pela queda de 0,5% da construção civil no PIB do primeiro trimestre, segundo análise do vice-presidente de economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan.

“Já o segmento de obras de edificações manteve-se aquecido e contribuiu para a elevação do PIB setorial, na comparação com o primeiro trimestre de 2023”, comentou, em nota, destacando o crescimento de 2,1% da construção civil em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

De acordo com o Sinduscon-SP, as atividades imobiliárias aumentaram 1% no primeiro trimestre de 2024, comparado ao último trimestre de 2023. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve crescimento de 3,9%.

Zaidan também celebrou o crescimento trimestral de 4,1% da Formação Bruta de Capital Fixo, medida do PIB que capta os investimentos na economia brasileira. “Depois de quedas consecutivas nos três trimestres anteriores, esse aumento é uma sinalização positiva.”

Contudo, lembrou que a taxa de investimento ficou em 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023.

Especialistas apontam que, para aumentar o potencial de crescimento da economia brasileira a longo prazo no nível adequado, a taxa de investimento precisaria estar próxima de 25% ou, pelo menos, acima de 20%.

FERROVIÁRIO

Revista Ferroviaria - RJ   05/06/2024

O governo de São Paulo publicou, nesta segunda-feira (3), o decreto que oficializa o SP Nos Trilhos, programa que prevê 40 projetos de novas linhas ou estações de metrô, trem e VLT no estado, anunciado por Tarcísio de Freitas (Republicanos) na semana passada. O documento explica que o programa será tocado pela Secretaria de Parcerias e Investimentos (SPI), junto com outras pastas como Transportes Metropolitanos, Meio Ambiente e a CPTM, mas deixa o Metrô de fora.

A ausência do Metrô em um projeto estratégico do governo faz parte de um contexto de esvaziamento das funções da companhia, que deve ter todas as suas linhas privatizadas na gestão Tarcísio. O governador já afirmou que pretende conceder as linhas 1 (Azul), 2 (Verde), 3 (Vermelha) e 15 (Prata) do Metrô para a iniciativa privada, e segundo o GLOBO apurou, o governo não descarta a possibilidade da desestatização da empresa pública como um todo.

O governo tem dito que tanto Metrô quanto CPTM não devem operar mais as linhas diretamente e leva em consideração os prejuízos que as estatais acumularam nos últimos anos. Entretanto, o discurso oficial é de que as companhias ficarão a cargo do planejamento de transporte do estado. O decreto desta segunda, entretanto, deixa o Metrô fora desse planejamento e não detalha sua participação no planejamento de novas linhas.

Segundo o decreto, a SPI terá o apoio das secretarias de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística; dos Transportes Metropolitanos; e da Secretaria de Turismo e Viagens, e poderá pedir informações a outros órgãos públicos e privados. Não há nenhuma menção, entretanto, à Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), ainda que alguns dos projetos citados por Tarcísio como parte do programa sejam linhas metroviárias, como a 19 (Celeste) e a 20 (Rosa).

Estas duas linhas já têm estudos dentro do Metrô, sendo que a primeira está mais avançada, com projeto básico e traçado definidos. A linha 19 ligará Guarulhos ao Anhangabaú, no Centro da capital, enquanto a 20 ligará Santa Marina, na Zona Oeste de São Paulo, até Santo André, no ABC Paulista. O SP Nos Trilhos prevê investimentos estimados em R$ 194 bilhões e mais de mil quilômetros de malha férrea.

Em nota, a SPI informou que o principal foco do SP nos Trilhos é o transporte ferroviário por superfície e ligação entre cidades, por isso é citada apenas a CPTM no decreto. “Entretanto, quando os estudos envolverem o transporte subterrâneo e/ou metroviário, o Metrô, como empresa pública, também participará da elaboração dos respectivos projetos”, destacou a pasta.

Desde o ano passado, Tarcísio vem falando de suas intenções de privatizar as linhas de metrô e trem no estado, ao mesmo tempo que tem prometido usar essas concessões como forma de viabilizar a construção de novas linhas e modais, como é o caso dos Trens Intercidades (TIC), que são ramais de média velocidade que ligarão a capital a cidades do interior. O primeiro deles é o TIC Campinas, que já foi licitado e teve o contrato assinado na semana passada. A previsão é que o modal seja inaugurado em 2030.

Outros ramais anunciados pelo governador são os TIC São José dos Campos, o Sorocaba e outro que fará o trajeto da capital até Santos, no litoral, além de VLTs ligando Campinas-Hortolândia-Sumaré, que dará acesso ao Aeroporto Viracopos, e o que fará o trajeto entre Sorocaba e Iperó, município vizinho.

Valor - SP   05/06/2024

Segundo a companhia, há planos de ampliar o modelo de contrato para a manutenção de outras partes da operação ferroviária e também para a concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas

A Vale firmou, nesta terça-feira (4), um contrato de R$ 1,8 bilhão com a empresa Wabtec para a manutenção da frota de locomotivas da Estrada de Ferro Carajás. O acordo valerá por dez anos, e a remuneração se dará de acordo com os indicadores atingidos na operação.

“Estamos indo para um modelo de performance. A Wabtec está sendo contratada para elevar a performance, com parâmetros muito claros definidos no contrato”, afirma Marco Braga, diretor de suprimentos da Vale.

Uma das metas do contrato é elevar em 36% a quilometragem média entre falhas das locomotivas, que terá que passar a 120 mil quilômetros. Outro objetivo é a ampliação da disponibilidade física das máquinas, hoje de 90%, para 94%. “A grande vantagem é a confiabilidade do sistema”, diz ele.

A companhia vem negociando há três anos o acordo com a Wabtec, que assumirá toda a gestão da manutenção da frota, tanto com a troca de peças quanto com a implementação de sistemas e novas tecnologias para tornar o processo mais eficiente.

Segundo Braga, há planos de ampliar o modelo de contrato para a manutenção de outras partes da operação ferroviária e também para a concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas, também operada pela Vale. Porém, ele afirma que se trata de um acordo que demanda um alinhamento muito grande com a empresa fornecedora, que terá acesso amplo à operação da ferrovia. “É uma relação muito estratégica”, diz ele.

NAVAL

Portos e Navios - SP   05/06/2024

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) realizará audiência pública em 10 de junho para receber contribuições visando o aprimoramento da proposta de alteração da Resolução 85, de 2022, para regulamentar a revisão extraordinária dos contratos de concessão nos portos públicos.

O item que regulamenta o mecanismo de Proposta Apoiada da Resolução 61, de 2021, também receberá aperfeiçoamento. Esse dispositivo permite que sejam alterados alguns pontos dos contratos de concessão, como investimentos previstos desde que acordado com os usuários.

A audiência pública será transmitida pelo canal do YouTube da agência. O período para a realização das contribuições escritas se estende até o dia 19 de junho, por meio de formulário eletrônico disponível no site da Antaq.

O Petróleo - SP   05/06/2024

Egito e Brasil se preparam para ingressar no setor de reciclagem de navios, visando diversificar suas economias e reduzir a dependência de sucata importada. Autoridades assinam memorandos de entendimento para estabelecer estaleiros de desmantelamento e reciclagem.

Autoridades do Egito e do Brasil estão explorando novas oportunidades no setor naval, assinando memorandos de entendimento para estabelecer estaleiros de reciclagem de navios. Essas iniciativas visam diversificar as economias locais e reduzir a dependência de sucata importada, abrindo novos destinos finais para embarcações desativadas.

Egito investe em infraestrutura naval

O Ministério dos Transportes do Egito firmou um memorando de entendimento com a El Wehda Industrial Company para desenvolver um estaleiro de desmantelamento de navios no porto de Damietta. Com uma área coberta de aproximadamente 155 mil metros quadrados, o estaleiro terá capacidade para receber navios de até 230 metros de comprimento. Essa iniciativa faz parte dos esforços do governo egípcio para reduzir sua dependência de sucata importada e fortalecer sua indústria naval.

Brasil explora potencial no porto central

No Brasil, autoridades locais assinaram um memorando de entendimento com a Modern American Recycling Services para explorar a viabilidade de estabelecer um estaleiro de reciclagem e descomissionamento de navios no Porto Central. Com essa parceria, o Brasil busca não apenas criar novas oportunidades econômicas, mas também enfrentar questões ambientais relacionadas ao descomissionamento de embarcações.

Embora as iniciativas do Egito e do Brasil representem uma nova abordagem para o gerenciamento de navios no final de sua vida útil, elas também enfrentam desafios significativos. Questões ambientais, regulatórias e de segurança precisam ser abordadas de forma abrangente para garantir a sustentabilidade desses empreendimentos. No entanto, com um planejamento cuidadoso e investimentos adequados, esses países podem se tornar importantes players no mercado global de reciclagem de navios, contribuindo para uma economia mais diversificada e sustentável.

O Egito e o Brasil estão abrindo novos horizontes no setor de reciclagem de navios, buscando reduzir sua dependência de sucata importada e impulsionar suas economias locais. Com investimentos em infraestrutura naval e parcerias estratégicas, esses países estão se preparando para desempenhar um papel significativo no mercado global de reciclagem de navios, ao mesmo tempo em que enfrentam desafios importantes relacionados a questões ambientais e de segurança.

PETROLÍFERO

O Petróleo - SP   05/06/2024

A DOF anuncia contrato adjudicado do Skandi Vitória com a Petrobras, fortalecendo a infraestrutura de gasodutos no Brasil. Saiba mais sobre esse importante desenvolvimento.

A DOF, como parte de um processo de licitação em andamento, anunciou um contrato significativo concedido pela Petrobras para o navio de apoio a gasodutos (PLSV) Skandi Vitória, com um contrato firme de 3 anos, com opções adicionais a partir de 2025.

A embarcação, de construção e bandeira brasileira, é de propriedade da DOFCON Navegação Ltda., uma joint venture entre DOF Subsea (50%) e TechnipFMC (50%).

Mons S. Aase, CEO do Grupo DOF, expressou satisfação com o contrato: “Temos o prazer de anunciar este prêmio na licitação de PLSV em andamento e continuar a discussão com a Petrobras sobre a licitação de PLSV em andamento.”

Impacto no setor de energia brasileiro

O contrato adjudicado entre a Petrobras e o Grupo DOF para o Skandi Vitória marca um avanço significativo no fortalecimento da infraestrutura de gasodutos no Brasil. Com uma duração de três anos e opções adicionais, o acordo promete estabilidade e suporte essencial para as operações da indústria de energia do país.

O fato de o Skandi Vitória ser uma embarcação de construção brasileira e de bandeira nacional destaca o compromisso com o desenvolvimento da tecnologia nacional e o estímulo à economia local. Além disso, a joint venture entre DOF Subsea e TechnipFMC demonstra uma parceria estratégica que visa impulsionar o setor de petróleo e gás no Brasil.

Perspectivas futuras

Com o contrato firmado, espera-se que o Skandi Vitória desempenhe um papel fundamental na execução de projetos de gasodutos da Petrobras, contribuindo assim para a expansão e modernização da infraestrutura energética do país. Essa parceria também pode abrir portas para novas oportunidades de colaboração entre empresas nacionais e internacionais no setor de energia brasileiro.

Petro Notícias - SP   05/06/2024

A Petrobrás está intensificando seus trabalhos exploratórios na Bacia de Campos. A empresa iniciou recentemente a perfuração do poço 4-BRSA-1392D-ESS, no campo de Jubarte, em lâmina d’água de 968 metros. A atividade está sendo realizada com o navio-sonda Brava Star, da Constellation. O novo poço é classificado como Exploratório Pioneiro Adjacente, que é perfurado para testar a ocorrência de petróleo ou gás natural em área adjacente a uma descoberta, em prospecto com similaridade geológica e proximidade geográfica.

O campo de Jubarte, descoberto em 2001, faz parte do Parque das Baleias, juntamente com os campos Baleia Anã, Cachalote, Caxaréu, Pirambú e Mangangá. Em 2019, a Petrobrás e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) celebraram um acordo para a prorrogação do prazo de concessão até 2056 do novo campo de Jubarte unificado, que viabiliza a implantação do novo sistema de produção do Projeto Integrado do Parque das Baleias, além de projetos complementares na área.

Como noticiamos no mês passado, o novo FPSO de Jubarte, batizado de Maria Quitéria, iniciou sua viagem rumo ao Brasil. A plataforma deverá chegar ao país durante o segundo trimestre de 2024. O FPSO será interligado a 17 poços, sendo nove produtores de óleo e oito injetores de água, por meio de infraestrutura submarina composta por dutos flexíveis, umbilicais eletro-hidráulicos e árvores de natal molhadas.

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   05/06/2024

As vendas de máquinas agrícolas caíram 18,5% em abril, na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou nesta terça-feira, 4, a Fenabrave, associação que representa revendedores de equipamentos usados no campo. No total, 4 mil tratores de rodas e colheitadeiras de grãos foram vendidos em abril.

Na comparação com março, quando foram vendidas 3,8 mil unidades, o número representa um aumento de 5,1%, atribuído pela Fenabrave ao início da nova safra.

“Talvez a realização de grandes eventos do setor possa contribuir para a melhora dos resultados deste ano, mas isso dependerá do volume e da taxa de juros a serem anunciados para o novo Plano Safra 2024/2025, sendo ainda prematuro avaliar os impactos no segmento”, disse o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior.

Enquanto as vendas de carros podem ser atualizadas diariamente com base nos licenciamentos de veículos, os números de máquinas agrícolas precisam ser levantados com os fabricantes. Por isso, as estatísticas têm defasagem de um mês em relação ao balanço das vendas de automóveis, divulgado nesta terça pela Fenabrave com dados relativos a maio.

No acumulado de janeiro a abril, as vendas de máquinas agrícolas somaram 12,7 mil unidades, 33,5% a menos do que nos quatro primeiros meses de 2023.

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