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05 de Janeiro de 2024

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   05/01/2024

O Produto Interno Bruto (PIB) global deve desacelerar para 2,4% em 2024 e provavelmente manterá crescimento abaixo da tendência pré-pandemia de 3% por período prolongado, de acordo com o relatório Situação Econômica Global e Perspectivas (WESP, na sigla em inglês), publicado nesta quinta-feira, 4, pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas.

O relatório estima que a economia global tenha expandido 2,7% em 2023 e projeta que, após período de desaceleração em 2024, a atividade deve retomar o mesmo nível em 2025. Segundo a organização, a resiliência do ano passado apenas mascara riscos e vulnerabilidades – como a ameaça de fragmentação geopolítica, custos mais elevados de empréstimo e altos níveis de dívida.

“Apesar da economia global evitar uma recessão em 2023, perspectivas de crescimento para muitos países em desenvolvimento continuam fracas e tornam a recuperação da pandemia mais elusiva”, pontua a ONU.

Sobre países desenvolvidos, o relatório projeta que o PIB dos Estados Unidos, a maior economia do mundo, deve desacelerar de estimados 2,5% em 2023 para 1,4% em 2024, conforme poupanças domésticas se esgotem e os impactos do aperto monetário sejam sentidos pela economia. Neste cenário, a ONU prevê um arrefecimento do mercado de trabalho, enfraquecimento de gastos com consumo e ritmo lento de investimentos. “Enquanto a probabilidade de um pouso forçado diminuiu consideravelmente, a economia dos Estados Unidos ainda enfrenta riscos de baixa de eventual deterioração do emprego, setor imobiliário e mercados financeiros”, alerta.

Na Europa, as perspectivas apontam um ambiente “desafiador” diante de inflação e taxas de juros elevadas. A ONU projeta que o PIB da zona do euro deve acelerar de alta de 0,5% em 2023 para 1,2% em 2024 e 1,5% em 2025. Antes, a organização esperava crescimento de 0,8% em 2023 e de 1,5% em 2024. O corte nas projeções considera os efeitos atrasados das condições financeiras apertadas e a retirada de medidas de suporte fiscal para a economia, limitando a recuperação econômica a uma possível aceleração nos gastos dos consumidores. Para o Reino Unido, a expectativa também é de crescimento fraco nos próximos anos, com projeção estimada de 0,5% em 2023, 0,4% em 2024 e 1,0% em 2025.

Segunda maior economia do mundo, a China continuará desacelerando no curto prazo. Apesar de expandir o PIB de 3,0% em 2022 para 5,3% em 2023, a recuperação econômica da gigante asiática foi mais gradual do que o esperado e uma combinação de fraqueza contínua do setor imobiliário e demanda externa enfraquecida devem continuar pressionando a atividade para baixo. A ONU projeta que o PIB chinês desacelerará para 4,7% em 2024 e 4,5% em 2025. Entretanto, a projeção para 2024 representa um aumento de 0,2 ponto porcentual dos 4,5% previstos anteriormente.

Ainda na Ásia, a organização ampliou as projeções para o crescimento do Japão e prevê alta de 1,7% em 2023 (de 1,2% anteriormente), 1,2% em 2024 (de 1,0% anteriormente) e de 1,1% em 2025. Conforme o relatório, a aceleração da inflação no país pode sinalizar uma saída da tendência de deflação nos próximos anos. Já a Índia crescerá 6,2% em 2024 e 6,6% em 2025, mantendo o ritmo mais rápido de crescimento entre grandes economias do mundo e impulsionando o PIB do sul asiático de 5,2% em 2024 para 5,7% em 2025.

Globo Online - RJ   05/01/2024

Líderes de governos, do setor privado e da academia brasileiros e chineses vão se reunir na cidade chinesa de Shenzhen na semana que vem durante o Brazil China Meeting — uma iniciativa LIDE e Valor, com apoio institucional de O GLOBO e CBN — para discutir e analisar possibilidades para ampliar a cooperação mútua no campo econômico.

Cerca de 160 participantes irão debater, de 10 a 13 de janeiro, investimentos em energia renovável, tecnologia, indústria automobilística, mobilidade, infraestrutura, agronegócio e ESG, além das relações econômicas e comerciais entre os dois países.

O evento ocorre no ano que marca o cinquentenário das relações diplomáticas entre Brasil e China. Nesse período, uma sólida parceria foi desenvolvida, e as perspectivas apontam para o fortalecimento crescente dos laços.

O volume de negócios entre Brasil e China, principal parceira comercial do país, tem grande dimensão: em 2022 foram US$ 150,1 bilhões, tendo o Brasil exportado US$ 89,4 bilhões e importado US$ 60,7 bilhões, com superávit de US$ 28,7 bilhões.

Os resultados de 2023 apontam para um desempenho histórico: de janeiro a novembro, a exportação agropecuária para o país asiático foi de US$ 41,8 bilhões — 44% do total vendido no período aos chineses, de US$ 95,4 bilhões. A soja, com US$ 37,2 bilhões e alta de 20% em relação a igual período de 2022, liderou os embarques. Petróleo bruto e minério de ferro também têm participação de peso. No período somaram, respectivamente, US$ 18,3 bilhões e US$ 17,1 bilhões em vendas.

Outros destaques são milho — no ano passado a China tornou-se o principal importador do grão brasileiro — e carnes, que cresceram após os chineses liberarem as compras de alguns frigoríficos.

Segurança alimentar

O primeiro painel do encontro, na próxima quarta-feira (10), focado em agronegócios, vai discutir a parceria estratégica entre os dois países com foco na segurança alimentar da China e terá a presença da ex-ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (2015-2016) Katia Abreu, de Francisco Matturro, ex-secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (2022), e de Li Jian, secretário executivo de Comércio da cidade chinesa de Tianjin.

O segundo painel discute mineração, com Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), e Dauter Oliveira, diretor de desenvolvimento para Ásia da Vale. Yang Jingnang, presidente executivo do grupo Avic BJ, Mário Ma, presidente da Hikvision Brasil, e Patrick Burnett, presidente da Inovetech, discutirão no painel focado em tecnologia o impulso à inovação a partir de investimentos chineses no Brasil.

Investimentos chineses voltam a ser discutidos em uma mesa sobre infraestrutura e mobilidade, com participação de Deng Yong, presidente da CRCC, Liao Jun, presidente do Grupo CRCC Internacional, Yin Xinglei, vice-presidente da CREC Internacional, e João Andrade, presidente do Grupo Future.

Indústria de veículos

Outro painel será sobre indústria automobilística, com Stella Li, CEO da BYD Americas. O presidente da Paper Excellence Brasil, Claudio Cotrim, vai discorrer sobre o tema “ESG: Formatos, Ações e Cooperação entre Brasil e China”. Os presidentes da CGN Brasil Energia, Likui Fang, e da State Grid Brazil, Sun Tao, falarão sobre energias renováveis.

Os governadores Wilson Lima (Amazonas) e Gladson Cameli (Acre), o vice-governador Felício Ramuth (São Paulo) e o secretário da Fazenda da cidade de São Paulo, Luis Felipe Arellano, devem apresentar grandes projetos no Brasil que podem receber investimentos chineses. Estão previstas ainda visitas a companhias como BYD, TCL e Tencent.

O Estado de S.Paulo - SP   05/01/2024

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve ter crescido 3,1% em 2023, mas o ritmo de avanço provavelmente irá desacelerar significativamente este ano, para 1,6%, segundo o relatório Situação Econômica Global e Perspectivas (WESP, na sigla em inglês), publicado pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira, 4.

A ONU atribui a esperada desaceleração em 2024 ao impacto defasado de altas de juros no consumo e nos investimentos e à demanda externa mais fraca.

Em meados do ano passado, a ONU previa aumento bem menor do PIB brasileiro em 2023, de 1%, mas ganho mais robusto em 2024, de 2,1%.

Na primeira projeção para 2025, a ONU espera que a economia do Brasil volte a ganhar força e avance 2,3%, favorecido pelo novo arcabouço fiscal e pela ênfase renovada em investimentos que envolvam recursos públicos e privados.

Para a América Latina e Caribe, a ONU estima que o crescimento econômico da região tenha desacelerado a 2,2% em 2023, ante 3,8% em 2022, e deve manter a tendência este ano, com alta prevista de 1,6%.

Em relação à Argentina, a ONU acredita que o PIB do país sofreu contração de 2,5% em 2023, “devido a uma significativa queda no consumo e um tombo nos investimentos”, e que a recessão terá continuidade este ano. Para o México, a previsão é de expansão de 2,3% do PIB em 2024, após avanço estimado em 3,5% em 2023.

Cenário global

Além da divulgação do cenário brasileiro, a instituição também divulgou o cenário mundial. O Produto Interno Bruto (PIB) global deve desacelerar para 2,4% em 2024 e provavelmente manterá crescimento abaixo da tendência pré-pandemia de 3% por período prolongado.

O relatório estima que a economia global tenha expandido 2,7% em 2023 e projeta que, após período de desaceleração em 2024, a atividade deve retomar o mesmo nível em 2025. Segundo a organização, a resiliência do ano passado apenas mascara riscos e vulnerabilidades — como a ameaça de fragmentação geopolítica, custos mais elevados de empréstimo e altos níveis de dívida.

CNN Brasil - SP   05/01/2024

O Ministério da Fazenda mantém a meta de atingir superavit primário equivalente a 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026 e crê que este resultado é suficiente para estabilizar a dívida pública.

“A depender do cenário, um superavit primário em torno de 1% é suficiente para garantir uma trajetória de estabilização da dívida. Nós [equipe econômica do governo] sinalizamos que devemos alcançar esta estabilização, tudo correndo bem, em 2026, para entrar em 2027 em estabilidade”, diz o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em entrevista à CNN.

Cero destaca que — para além do resultado primário — a trajetória da dívida depende da atividade econômica do país, visto que é medida em relação ao PIB, e ao patamar dos juros, que define o custo da rolagem dessas obrigações.

A trajetória ascendente da dívida, atualmente em 74,7% do PIB, preocupa analistas.

Em março deste ano, quando apresentado o novo marco fiscal — que traz as metas de primário para o mandato —, o governo indicou que com o fechamento da curva de juros e cumprimento das metas de primário, a dívida podeira beirar 73,5% do PIB já em 2026.

As metas previstas foram de déficit zero em 2024; superávit de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% em 2025. Para este ano, contudo, o governo encontrou impasses no Congresso Nacional na tentativa de aprovar medidas que elevem a arrecadação e permitam equiparar receitas e despesas do Orçamento.

Em novembro, o diretor de pesquisa econômica para América Latina do Goldman Sachs, Alberto Ramos, afirmou que o ajuste projetado pela Fazenda não é suficiente para estabilizar a dívida pública do Brasil. Na sua visão, seria ideal elevar o primário para cerca de 2% do PIB.
Meta zero em 2024

Ainda durante a entrevista, Ceron indicou que receitas não prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024, que somam cerca de R$ 30 bilhões, devem compensar possíveis “frustrações” na arrecadação projetada para 2024 — ajudando a perseguir a meta de zerar o primário.

“A combinação das duas receitas tem bom potencial para geral algo pelo menos em torno dos R$ 30 bilhões. O que ajuda a suprir alguma lacuna que aconteça em receitas previstas, que podem não vir em sua integralidade”, disse.

Uma das “duas” receitas mencionadas por Ceron diz respeito a depósitos da Caixa Econômica Federal, que estavam previstos para reforçar o cofre do governo já neste ano, mas por questões operacionais devem ficar para 2024. A operação deve totalizar entre R$ 12 bilhões e R$ 14 bilhões — com “margem baixíssima de variação”, segundo o secretário.

A segunda medida fora do Orçamento é o marco de preço de transferência, já tramitada, que muda regras para tributação de transações comerciais entre empresas do mesmo grupo econômico que operam em diferentes países. A Receita Federal estima arrecadar R$ 20 bilhões com a medida, mas o valor pode variar ao longo do exercício.

Mesmo parte das normas arrecadatória da Fazenda que vingou no Congresso, como a tributação de fundos offshore e exclusivos, acabou desidratada. Com isso, as receitas previstas na peça orçamentária poderiam ser frustradas.

Agência Brasil - DF   05/01/2024

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) registrou deflação (queda de preços) de 0,43% em novembro de 2023, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador mede a variação dos preços dos produtos na saída das fábricas brasileiras.

A deflação veio depois de três altas de preços consecutivas. Em outubro, por exemplo, a inflação foi 1,07%. Com o resultado de novembro, o IPP acumulou taxas de deflação de 4,89% nos 11 primeiros meses de 2023 e de 6,09% em 12 meses.

Treze das 24 atividades da indústria apresentaram deflação em novembro, com destaque para indústrias extrativas (-7,09%), outros produtos químicos (-1,36%) e veículos (-0,12%).

Por outro lado, dez atividades registraram inflação, com destaque para alimentos (0,56%) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,83%). O setor de borracha e plástico manteve os mesmos preços de outubro.

Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, houve deflações de 0,40% em bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo; de 0,66% em bens intermediários, ou seja, os insumos industrializados usados no setor produtivo; e de 0,18% em bens de consumo semi e não duráveis. Os bens de consumo duráveis tiveram inflação de 0,31%.

Infomoney - SP   05/01/2024

Pelo calendário do horóscopo chinês, em fevereiro acaba o ano do coelho de água começa o ano do dragão de madeira. Quem segue a superstição, acredita que se encerra um período de cautela e reflexão e entra em vigor um ano de crescimento, progresso e abundância. Mas as projeções econômicas para a China são menos otimistas do que supõe o calendário lunar.

Economistas de todo o mundo acreditam que a segunda economia global ainda vai padecer dos mesmos males atuais. E que o crescimento de 2024 e adiante será inferior ao de 2023.

O próprio presidente Xi Jinping admitiu em seu discurso na véspera de Ano Novo que o momento é desafiador. Entre os “ventos contrários” citados pelo líder estavam a condição das empresas e as dificuldades que as pessoas têm enfrentado para conseguir emprego e satisfazer necessidades básicas.
Até que a China até que não se saiu de todo mal no ano que acabou. Com boa parte da economia sofrendo em 2022 com as pesadas restrições de circulação de pessoas motivadas por uma estratégia de eliminar os riscos de alastramento da pandemia de covid-19, a reabertura em 2023 trouxe esperanças da volta dos bons tempos. O PIB, que avançou apenas 3,0% no ano retrasado, girou em torno de um projetado crescimento de 5% no ano passado.

Mas, antes mesmo de o coronavírus mudar a vida das pessoas em todo o mundo, a China já mostrava que estava entrando num “novo normal”, com declínio gradual de suas taxas de crescimento e de rendimento per capita desde 2010.

Estudo recente do FMI lembrou que, além da natural consolidação da renda média no país e das esperadas reduções do ganho demográfico, o crescimento anterior foi caracterizado por investimentos excessivo e pela acumulação de dívida.

Alicia García Herrero, pesquisadora sênior do think tank europeu Bruegel, destacou em artigo que desaceleração estrutural chinesa é clara. “Olhando retrospectivamente, pode-se perceber que o crescimento do PIB da China caiu basicamente para metade em apenas 10 anos, passando de um crescimento superior a 10% em 2012 para atingir a meta de 5% em 2023, escreveu.

Em suas projeções, o FMI prevê que essa realidade não vai se alterar nos próximos anos. A estimativa par 2024 é de uma alta de 4,2% no PIB, com a economia abrandando até atingir 3,4% de taxa de crescimento em 2028. Isso por fatores como a redução do bônus demográfico, com a diminuição da população em idade ativa, e um declínio do crescimento da produtividade, incluindo aí uma redução no dinamismo de necessária reformas.

Garcia Herrero diz que é esperada uma desaceleração estrutural para qualquer economia que atinja os US$ 10 mil dólares per capita, mas que a economia chinesa começou a abrandar muito antes de atingir este valor de referência.

Para ela, essa perda de velocidade está menos relacionada a aspectos relacionada à pandemia – uma vez que a desaceleração se acelerou antes da crise sanitária, entre 2012 a 2019 – e mais ligada aos desequilíbrios estruturais do país.

No artigo, ela lembra que, ironicamente, foram esses mesmos desequilíbrios que contribuíram para o milagre econômico da China, conduzindo ao problema mais sensível do país: poupanças excessivamente elevadas e consumo teimosamente baixo. De fato, a média de poupança chinesa ainda oscila em torno de 45% do PIB, o que significa que uma enorme quantidade de fundos está senso investida todos os anos de uma forma não necessariamente eficaz.
Dívidas nas províncias

Há exemplos para ilustrar esses desafios. A região montanhosa de Guizhou se tornou famosa por abrigar algumas das pontes mais altas do mundo. Assim, os enormes investimentos em infraestrutura necessários retiraram a província do mapa da pobreza, as a um custo elevado:  Guizhou tem hoje uma dívida pública de cerca de 137% do seu PIB. Essa história é comum em diversas outras províncias chinesas.

Não é um problema pequeno. Para a Oxford Economics, os esforços para resolver questões de dívida dos governos locais colocará um ônus crescente sobre as ferramentas financiadas centralmente para políticas anticíclicas, enquanto a pressão de cima para baixo para concretizar o crescimento em 2024 será provavelmente menos aguda.

Para o UBS, esse “novo normal” chinês veio para ficar, tanto por conta da diminuição da força de trabalho como pelos limites estruturais ao crescimento, mas existe uma intenção de uma opção pela qualidade no futuro.

O banco de investimentos comentou em relatório que, a longo prazo, os gastos dos consumidores, a liderança na transição de carbono e atualizações na cadeia de abastecimento devem fornecer motores de crescimento duráveis e de qualidade.

O Goldman Sachs, por sua vez, espera algum benefício em 2024 vindo de estímulos fiscais e monetários adicionais, mas reconhece que o país ainda enfrenta os ventos contrários da longa desalavancagem do mercado imobiliário e dos problemas demográficos. “Uma recuperação sustentada depende provavelmente de uma mudança maior na direção política”, comentou o banco em sua análise sobre o ano que começa.

Sobre esses estímulos, a Azimuth Brasil Wealth Management comenta que a esperada distensão monetária global pode permitir que a China finalmente possa utilizar a política monetária para ajudar sua economia.

“Até agora, por causa da elevação das taxas de juros globais, a China encontrava-se na prática impossibilitada de baixar os juros, mesmo tendo inflação muito baixa, pelo risco de depreciação significativa da sua moeda. Isto é, a China pode se beneficiar do novo ambiente global de juros menores para impulsionar a recuperação da sua economia. Porém, não podemos esquecer que ainda há um enorme problema de excesso de endividamento no setor imobiliário, que deve continuar restringindo o crescimento”, diz relatório da Azimuth.

Para a gestora de investimentos, porém, não é razoável esperar por grandes esforços de consolidação fiscal, até porque a redução das taxas de juros diminui a necessidade ou a urgência de tais ajustes. “Julgamos que o tema fiscal voltará a aparecer com mais evidência nos estágios finais do ciclo de afrouxamento monetário”, prevê.

Infomoney - SP   05/01/2024

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços do Brasil recuou de 51,2 em novembro para 50,5 em dezembro, informou nesta quinta-feira (4) a S&P Global. Embora tenha permanecido acima da linha média de 50,0, que separa a expansão da atividade da contração, o nível foi o mais baixo em três meses.

Com esse dado, o PMI composto, que agrega serviços e indústria, se manteve estável em 50,0 em dezembro.

Segundo os dados da pesquisa, as despesas de negócios no setor de serviços aumentaram acentuadamente, embora na menor proporção em quase três anos e meio, enquanto os aumentos contínuos nos encargos empurraram a inflação de preços para um pico de sete meses.
Ainda assim, no todo, as empresas permaneceram fortemente otimistas em relação às perspectivas da atividade de serviços para 2024.

Segundo a S&P Global, embora a resiliência da demanda tenha sustentado as vendas em algumas empresas, outras indicaram escassez de novos pedidos.

Oferecendo uma trégua para as empresas de serviços, a inflação dos custos de insumos caiu para o seu ponto mais baixo em quase três anos e meio em dezembro. A taxa geral de aumento ficou abaixo de sua média de longo prazo, mas permaneceu acentuada. Várias empresas declararam que as contas de energia, alimentos, combustível e água tinham aumentado desde novembro.

Pollyanna De Lima, diretora associada da S&P Global Market Intelligence, comentou em nota que que os dados do PMI de dezembro registraram um desempenho trimestral ligeiramente melhor para o setor privado brasileiro do que o observado nos três meses até setembro.

“A economia de serviços registrou expansão ao longo do quarto trimestre, embora o crescimento tenha perdido força em dezembro. Do outro lado do espectro, o setor industrial registrou uma quarta queda consecutiva na produção”, comparou.

Segundo ela, embora os fabricantes tenham observado um ressurgimento das pressões sobre os custos em dezembro, eles relutaram em aumentar os preços cobrados na prestação de serviços em meio aos esforços contínuos para se manterem competitivos e garantirem novos pedidos.

“Os provedores de serviços mantiveram o poder de precificação, aumentando seus preços em maior escala, apesar da inflação de custos ter recuado. Considerando o ambiente de demanda frágil, as vendas de serviços, e com isso a atividade, podem ser impactadas de forma negativa no curto prazo.”

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   05/01/2024

Os contratos futuros do minério de ferro na bolsa de Dalian subiram pela quarta sessão consecutiva nesta quinta-feira, sustentados por esperanças persistentes de mais estímulos e necessidades de reabastecimento das siderúrgicas na China, principal mercado consumidor do minério, embora a redução das margens do aço tenha limitado os ganhos.

O contrato de maio do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou o dia com alta de 0,3%, a 1.016 iuanes (142,09 dólares) a tonelada.

O banco central da China concedeu 350 bilhões de iuanes em empréstimos a bancos de apólices por meio de programa de crédito suplementar (PSL) em dezembro, alimentando as expectativas de maior apoio ao setor imobiliário do país, que enfrenta dificuldades.

“É provável que o PSL seja usado para os ‘três grandes projetos’, impulsionando o sentimento”, disseram os analistas da Everbright Futures em uma nota.

Os três grandes projetos referem-se à construção de moradias populares, reforma de vilas urbanas e construção de infraestrutura pública para uso duplo.

Os analistas do Citi escreveram em uma nota que os formuladores de políticas intensificariam o apoio aos “três grandes projetos”, beneficiando a demanda por aço e minério de ferro.

Enquanto isso, os ganhos de preço do principal ingrediente da fabricação de aço diminuíram com o alívio das preocupações sobre uma interrupção no fornecimento da Austrália.

A Fortescue informou na quarta-feira que vários vagões de minério de ferro foram descarrilados dos trilhos da empresa no sábado em suas operações na Austrália Ocidental.

O quarto maior produtor de minério de ferro do mundo disse na quinta-feira que as operações ferroviárias foram retomadas na quarta-feira, conforme previsto.

O minério de ferro de referência para fevereiro na Bolsa de Cingapura, no entanto, caía 1,13%, a 141,05 dólares por tonelada, arrastado por um dólar mais forte, já que os investidores reavaliaram suas expectativas quanto à escala de cortes de taxas pelo Federal Reserve este ano após a divulgação da ata da reunião de dezembro.

CNN Brasil - SP   05/01/2024

As indústrias do petróleo e da mineração tornaram-se alvos frequentes de novos impostos e taxas aplicados pelas três instâncias de governo — União, estados e municípios — que estão aumentando significativamente sua carga tributária no Brasil.

A última ofensiva aos dois setores, que juntos representam quase 20% do PIB, ocorreu em dezembro e gera incertezas para a continuidade de seus negócios.

No dia 15, a Câmara dos Deputados aprovou o texto final da reforma tributária, com o estabelecimento de um imposto seletivo que incidirá sobre a extração de recursos naturais. A alíquota prevista é de até 1% sobre o “valor de mercado” do produto.

Em seguida, no dia 21, o governador Cláudio Castro (PL) sancionou uma lei que cria uma taxa de fiscalização ambiental sobre as atividades de petróleo e gás em todo o território fluminense. A taxa será de R$ 43.329 mensais por área de concessão.

“Isso está tirando a competitividade de projetos no Brasil”, diz o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), Roberto Ardenghy, que calcula um impacto de R$ 600 milhões anuais somente com a cobrança no Rio de Janeiro.

“Estamos claramente sob ataque especulativo”, acrescenta o presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, em referência à multiplicação de impostos e taxas pagas pelo setor.

A própria reforma tributária, além de ter criado o imposto seletivo sobre a extração de recursos naturais, reconheceu constitucionalmente fundos estaduais de infraestrutura criados a partir da cobrança de taxas sobre produtos primários e semielaborados.

Quatro estados — Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará — já faziam essa cobrança. O Supremo Tribunal Federal (STF) já rejeitou pedido de liminar contra a taxa, mas ainda precisava julgar o mérito. Agora, os fundos foram “constitucionalizados” até 2043.
Ofensiva contra a mineração

A mineração, um dos setores mais afetados, também têm sido objeto de taxas de controle e fiscalização das atividades minerais (TRFMs) que se multiplicaram nos últimos anos.

A cobrança em quatro estados — Minas Gerais, Pará, Mato Grosso do Sul e Amapá — gerou uma arrecadação de R$ 2,8 bilhões somente em 2022.

Segundo estudo da LCA Consultores elaborado para o Ibram, oito municípios paraenses replicaram a cobrança da TRFM.

Embora a arrecadação seja irrisória, em valores, a multiplicação da taxa preocupa as empresas porque existem cerca de 2,6 mil municípios com atividades mineradoras no país e a conta ainda pode crescer muito. “O temor é que isso viralize”, afirma Jungmann.

Para o executivo, que foi ministro dos governos Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer, há uma sequência de fatores que faz da mineração alvo mais fácil das autoridades para a cobrança de tributos: os ganhos expressivos para a balança comercial; o desconhecimento da sociedade sobre a estrutura tributária; e a receptividade do Poder Judiciário em ações contra o setor após os desastres de Mariana e de Brumadinho.

“É uma pena porque a mineração no Brasil já enfrenta uma das cargas totais de impostos mais altas do mundo. No momento em que o planeta fala em descarbonização e acelera novos processos que dependem de metais para a transição energética, no momento em que temos uma janela para o futuro absolutamente ímpar, estamos plantando insegurança jurídica”, avalia Jungmann;
Petróleo e gás

A indústria de petróleo e gás paga, direta ou indiretamente, 69% de sua receita bruta ao governo de diferentes formas: impostos e tributos, royalties, participações especiais, Cide — e agora também pode ter as faturas do imposto seletivo e das taxas de fiscalização.

Embora seja um produtor relevante e em ascensão no mercado global, lembra Ardenghy, o Brasil “não é o único no mundo” e corre risco de afastar interessados ao sobretaxar a exploração dos recursos naturais.

Na Guiana, considerada o novo eldorado do setor, essa mordida não chega a 20%. Na Namíbia, é de 14%.

Após a sanção da nova taxa de fiscalização no Rio de Janeiro, o IBP informou que pretende levar o assunto à Justiça. Entre os questionamentos, está o fato de que as concessões de áreas petrolíferas são federais — não estaduais.

De acordo com Ardenghy, os altos preços do petróleo não devem servir como justificativa para o aumento da tributação. “As cotações podem estar pontualmente elevadas, mas são extremamente voláteis. Em 2020, por exemplo, chegamos a ter preços negativos — com fornecedores pagando para compradores retirarem o produto de seus estoques”.

O executivo lembra que o Rio de Janeiro tem 250 campos de petróleo, nas bacias de Campos e de Santos, e que o setor representa 52% do PIB do estado.

Jungmann, do Ibram, aponta um aparente paradoxo: as taxas de fiscalização criadas em alguns estados e municípios superam o orçamento disponível de secretarias estaduais do meio ambiente ou até o de prefeituras inteiras em algumas localidades onde a cobrança foi aplicada.

A tese é que, no fim das contas, essas novas taxas têm objetivo essencialmente arrecadatório e não de aperfeiçoar os sistemas de fiscalização ambiental — justificativa para sua criação.

Apesar da insatisfação, Ibram e IBP ainda não falam em judicializar o imposto seletivo. A estratégia de ambas as entidades é amenizar o aperto tributário durante a tramitação do projeto de lei complementar que regulamentará a reforma.

AUTOMOTIVO

Globo Online - RJ   05/01/2024

Com queda de juros e maior oferta de crédito, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entidade que representa as concessionárias de veículos, projeta crescimento de 12% das vendas de automóveis e comerciais leves este ano, em relação a 2023, totalizando 2,4 milhões de unidades. O presidente da entidade, José Maurício Andreta Júnior, acredita que mesmo com um Produto Interno Bruto (PIB) menor projetado para 2024, o setor automotivo terá um desempenho mais positivo do que em 2023.

— Acredito que no meio do ano vamos refazer as projeções para mais do que os 12% de crescimento nas vendas que estamos estimando agora para automóveis e comerciais leves. Para caminhões, prevemos crescimento de 10% nas vendas e para ônibus 20% — disse Andreta.

Em 2023, as vendas de automóveis e comerciais leves totalizaram 2,1 milhões de unidades, segundo a Fenabrave divulgou nesta quinta-feira superando 2022, quando as vendas somaram 1,9 milhão de unidades. Foi uma alta de 11,33%, sendo que o segundo semestre teve vendas 33% maiores do que nos primeiros seis meses do ano, já refletindo o início da queda da taxa de juros. Hoje, apenas 30% dos veículos vendidos são financiados. No passado, esse percentual era de 70%.

Em dezembro passado, o número de unidades vendidas chegou a 236,5 mil frente aos 201,6 mil de novembro, alta de 17,33%. Já em relação a dezembro de 2022, quando foram comercializadas 202,1 mil unidades, a alta foi de 17,04%.

Andreta Júnior disse que, além de maior oferta de crédito e juros mais baixos, os programas para o setor automotivo lançados pelo governo também devem ajudar a alavancar as vendas. No final de 2023, o governo federal lançou o programa para incentivar a Mobilidade Verde e Inovação (Mover) visando a descarbonização da frota brasileira. No total, a estimativa é que o programa atinja a marca de R$ 19 bilhões em créditos concedidos às companhias que se enquadrarem a ele.

O governo também retomou o imposto de carros elétricos importados como forma de incentivar o investimento no Brasil para a produção desses veículos. E encaminhou ao Congresso um projeto de lei que permite a utilização da chamada "depreciação acelerada" para estimular setores econômicos a investirem em máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos novos. Serão destinados R$ 3,4 bilhões ao programa.

A "depreciação acelerada" é uma espécie de antecipação de receita para as empresas. Toda vez que adquire um bem de capital, a indústria pode abater seu valor nas declarações futuras de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL). Isso é feito ao longo dos anos, mas com as máquinas adquiridas a partir de 2024, o abatimento poderá ser feito em apenas duas etapas - 50% no primeiro ano, 50% no segundo.

— Toda a cadeia foi consultada para o programa, que vai trazer escala reduzindo a ociosidade e a renovação da frota. Com a importação, corremos o risco de desnacionalização da indústria nacional. Com escala, há inclusive a possibilidade de reduzir um pouco o valor dos carros de entrada, que atualmente está entre R$ 80 mil e R$ 70 mil. Vejo todas as condições se formando para um bom ano — disse Andreta.

Preços mais baixos

Ele observa, entretanto, que o programa Mover leva um tempo até ganhar essa escala. Ele disse que o brasileiro quer comprar carro zero e que se for possível trazer os valores um pouco mais para baixo é possível ampliar as vendas.

— Não estou falando em depenar carros. O brasileiro que comprar carro zero e se trouxermos um pouco mais para baixo os valores de R$ 80 mil a R$ 70 mil dos veículos de entrada, alargamos essas vendas —afirmou, lembrando que 2024 será o início da retomada para o setor.

Money Times - SP   05/01/2024

Os carros elétricos bateram recorde de vendas em 2023, atingindo o patamar de 94 mil eletrificados, mostram dados da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico). Superando as previsões, os números mostram que em 2023 foram 93.927 emplacamentos, um crescimento de 91% sobre as vendas de 2022, de 49.245.

Apenas no mês de dezembro, o número quase triplicou, dos 5.587 vistos em 2022 para 16.279 registrados no último mês do ano anterior. De acordo com a ABVE, os números de 2023 consolidam uma virada do mercado de eletrificados no Brasil, no rumo dos veículos elétricos plug-in (PHEV e BEV).

Os plug-in (que têm recarga externa das baterias) representaram 56% das vendas de eletrificados leves no ano, com 52.359 unidades, ultrapassando os híbridos convencionais HEV a gasolina e HEV flex, com 41.568, que até 2022 dominavam esse segmento.

Em dezembro, os dados da associação mostram que os plug-in atingiram 70% das vendas totais de eletrificados, 11.371, de um total de 16.279, impulsionados pelo desempenho da BYD e GWM, que lançaram novos modelos com essas tecnologias.

Para o presidente da ABVE, Ricardo Bastos, o resultado observado em 2023 reflete um conjunto de fatores, entre eles o anunciado aumento do imposto de importação de veículos elétricos e híbridos a partir de janeiro, que provocou uma antecipação das vendas no último bimestre.

“Os números indicam principalmente uma sensível evolução desse mercado este ano, com os veículos plug-in chegando a dois terços das vendas em dezembro, confirmando a confiança e a preferência cada vez maior do consumidor pelas novas tecnologias.”

Impostos sobre eletrificados

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu no ano anterior pelo retorno gradual de alíquotas do Imposto de Importação para veículos elétricos e híbridos a partir deste mês, atendendo ao pleito de montadoras tradicionais estabelecidas no país.

No caso dos carros híbridos, a alíquota do imposto começa com 12% em janeiro de 2024; sobe a 25% em julho de 2024; avança a 30% em julho de 2025; e atinge o topo, de 35%, em julho de 2026. Os importadores podem trazer veículos do exterior isentos do imposto até o montante de US$ 130 milhões até julho de 2024. O valor cai para US$ 97 milhões até julho de 2025 e recua a US$ 43 milhões até julho de 2026.

Para híbridos plug-in, a alíquota será de 12% em janeiro, 20% em julho, 28% em 2025 e 35% em 2026. A cota neste segmento é de US$ 226 milhões até julho de 2024, US$ 169 milhões até julho de 2025 e de US$ 75 milhões até julho de 2026.

No caso dos veículos 100% elétricos, atualmente isentos do imposto, a taxação será de 10% em janeiro, avançando a 18% em julho, 25% em julho de 2025 e 35% um ano depois. Os valores máximos sem incidência do imposto são de US$ 283 milhões, US$ 226 milhões e US$ 141 milhões de dólares, respectivamente, de acordo com as mesmas datas.

Para o presidente da ABVE, mesmo o aumento da carga tributária, a tendência de crescimento vista em 2023 deverá se manter. “Em 2024, ainda estamos avaliando o efeito das novas alíquotas do imposto de importação, mas já posso antecipar que ainda assim teremos boas surpresas”, concluiu.

Valor - SP   05/01/2024

Como a volta do Imposto de Importação vai impactar o mercado de carros elétricos

O Brasil tem 51 modelos de carros eletrificados à venda e os preços devem subir neste começo de ano, com a volta do Imposto de Importação para elétricos, híbridos e híbridos plug-in. Portanto, o ano será de muitos desafios para o segmento. A tributação final será de 35% para as três categorias, porém, será implementada de forma gradual, a partir deste mês, até 2026.

Apesar de retomar o imposto, o governo atribuiu uma cota para que as fabricantes possam trazer carros com isenção. A expectativa era que a distribuição das cotas fosse divulgada em dezembro, mas ainda não foi anunciada.

De acordo com o governo, a intenção é “desenvolver a cadeia automotiva nacional, acelerar o processo de descarbonização da frota brasileira e contribuir para o projeto de neoindustrialização do país”. A volta do imposto acontece oito anos após o governo zerar a alíquota.

Nenhuma fabricante instalada no país produz veículos elétricos atualmente, mas isso já tem data para mudar. A chinesa BYD comprou a fábrica que pertenceu à Ford entre 2001 e 2021 em Camaçari (Bahia) e confirmou que vai fabricar dois elétricos, o Dolphin e Yuan Plus, e um híbrido, o Song Plus. O investimento inicial é de R$ 3 bilhões e o começo da produção está previsto para o segundo semestre. A partir de 2025 o objetivo é fabricar 150 mil unidades por ano. É provável que o Dolphin tenha um volume de produção maior do que o dos outros.

Entre os híbridos nacionais há somente o Toyota Corolla, Corolla Cross, Caoa Chery Tiggo 5x e Tiggo 7 Pro - os dois últimos têm um sistema híbrido leve, de menor complexidade e eficiência energética. A GWM, que comprou a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis (São Paulo), pretende nacionalizar o SUV híbrido Haval H6, mas ainda sem data prevista.

Os três carros elétricos mais baratos do Brasil são: Caoa Chery iCar (R$ 119.990), o Renault Kwid E-Tech (R$ 123.490) e o chinês Jac E-JS1 (R$ 126.900). O Dolphin é um pouco mais caro do que o trio e parte de R$ 149.800. Se a alíquota inicial de 10% foi integralmente repassada, os preços iriam para: Caoa Chery iCar (R$ 131.989), Kwid E-Tech (R$ 135.839), Jac E-JS1 (R$ 138.600) e Dolphin (164.780). Porém, é pouco provável que isso aconteça e o repasse deve ser menor inicialmente. Portanto, fica aqui o alerta: se ainda não comprou, não demore.

O desafio das fabricantes é justamente adotar uma estratégia para não elevar muito os valores repentinamente, para que um mercado que decolou em 2023 não sofra retrocesso em 2024. O que deve acontecer para minimizar o impacto é repasse gradual, como é o caso da Volvo. Privilegiando o volume de vendas, a marca, neste primeiro momento, vai adotar táticas diferentes para seus carros elétricos. O EX30, que chega em meados do ano, terá um repasse menor de imposto que o de XC40 e o C40. A fabricante estipulou um aumento de 5% para o inédito SUV de entrada, que tem a meta de responder por mais da metade das vendas da Volvo em 2024. Quem comprou o modelo na pré-venda, inclusive, já vai arcar com o reajuste.

O EX30 foi anunciado com preços entre R$ 220 mil e R$ 280 mil. Os novos valores devem ficar entre R$ 230 mil e R$ 295 mil. “Esperamos não perder nenhuma das 2 mil reservas do carro”, diz Marcelo Godoy, presidente da Volvo Brasil. Já nos outros dois modelos o repasse será de 10%.

Além do reajuste, é provável que o volume inicial de carros importados neste início de ano seja menor, para as fabricantes sentirem a reação do mercado. Com a soma de tudo isso, pelo menos no 1º trimestre devemos ter queda nos emplacamentos até o mercado se adaptar.

Para 2024 vários carros elétricos já estão confirmados para o Brasil, como o BYD Seagull, que vai se chamar Mini Dolphin e será o mais barato do segmento.

FERROVIÁRIO

Monitor Digital - RJ   05/01/2024

O Banco de Desenvolvimento da China disse nesta quinta-feira liberou 105,5 bilhões de iuanes (US$ 14,9 bilhões) em empréstimos em 2023 para financiar a construção de infraestrutura ferroviária.

Os fundos apoiaram o lançamento de cerca de 2.300 km de novas linhas ferroviárias, informou o banco estatal em um comunicado à imprensa. No ano passado, o Banco de Desenvolvimento da China priorizou áreas-chave, como ferrovias de alta velocidade e interurbanas em regiões importantes, fortaleceu a coordenação com departamentos do governo central, a China State Railway Group Co. e outras empresas principais, e forneceu ativamente apoio financeiro de médio e longo prazo e outros serviços, afirmou.

De acordo com o banco, ele continuará a fornecer apoio financeiro estável no futuro para a construção de um sistema de transporte moderno no país, com foco na construção de uma rede ferroviária de alta velocidade.

O Banco de Desenvolvimento da China é um dos três bancos de política na China responsável por arrecadar fundos para projetos de infraestrutura de grande escala. Estabelecido pela Lei de Bancos de Políticas de 1994, o banco é descrito como o motor que impulsiona as políticas de desenvolvimento econômico do governo nacional.

As dívidas emitidas pelo Banco de Desenvolvimento da China são de propriedade de bancos locais e tratadas como ativos livres de risco de acordo com as regras de adequação de capital propostas da República Popular da China (ou seja, o mesmo tratamento que os títulos do governo da RPC). O banco é o segundo maior emissor de títulos na China depois do Ministério das Finanças. Em 2009, representava cerca de um quarto dos títulos em iuan do país e é o maior credor em moeda estrangeira.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   05/01/2024

E o Terminal Portuário bate recorde em movimentação de minério de ferro.

Mais uma vez, o Porto Sudeste consolida a estratégia de conciliar o desenvolvimento decorrente da operação portuária com alternativas que signifiquem o bem-estar da comunidade e o respeito ao meio ambiente. Em fevereiro de 2023, a expectativa era a de superar 20 milhões de toneladas de cargas movimentadas, no entanto, com muito trabalho de equipe, dedicação e comprometimento, o terminal bateu recorde de movimentação de minério de ferro, superando 26 milhões de toneladas no ano. Foram mais de 1.840 trens descarregados e 155 navios atracados.

—De 2022 para cá, saímos de uma movimentação de 17 milhões de toneladas/ano para quase 26 milhões. Isso representa um grande avanço, consolidando o crescimento do Porto Sudeste enquanto solução logística no país. Participar dessa evolução e ver tudo isso tomar forma é emocionante e, ao mesmo tempo, emblemático— comentou Robson Maia, gerente de operações de granéis sólidos, nascido e criado em Itaguaí.

O resultado é fruto de investimentos na melhoria portuária, como por exemplo, a aprovação do novo calado, concedida em abril pela Marinha do Brasil, passando de 17,80 para 18,30 metros. Essa é a profundidade máxima em que os navios podem ficar submersos ao entrar e sair do terminal portuário. O acréscimo de 50 centímetros representa um aumento de carga de até 30 mil toneladas por navio. A embarcação Golden Amreen, das Ilhas Marshall, que no dia 19 de abril, foi a primeira a deixar o Porto Sudeste com seis mil toneladas de minério de ferro a mais do que os navios da classe Capesize costumavam sair. A mudança também promoveu mais segurança nas condições de navegação e redução do tempo de entrada e saída de navios do terminal.

Iniciativas socioambientais premiadas — Sinergia também presente na integração cidade-porto. As práticas socioambientais foram premiadas, consolidando a estratégia ESG implementada no terminal. Dentre os projetos voltados para a comunidade, o Impacta ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, promovidos pela ONU) — Incentivo à leitura saiu vencedor do Prêmio Firjan de Sustentabilidade na categoria Promoção da Agenda de 2030.

Outro projeto reconhecido foi o sistema Tratamento e Reaproveitamento de Águas. Em 2023, do total de água utilizada na operação, 90% foram provenientes das estações de tratamento instaladas. Com o aumento do consumo de água de reuso, mais água para o entorno, para o ecossistema e para a comunidade é disponibilizada.

Compromisso com o futuro —No primeiro semestre de 2023, a empresa já havia apresentado um Estudo de Riscos Climáticos conduzido pela Way Carbon — iniciativa dentro do setor portuário. Comprometido com o futuro da sociedade, o terminal portuário colocou como meta reduzir, em dez anos, mais de 50% das emissões de GEE de escopos 1 e 2 provenientes das operações.

—Pioneirismo, responsabilidade, segurança e respeito – palavras que podem definir o ano de 2023 do Porto Sudeste. Ficamos muito felizes por todos os resultados alcançados, que só foram possíveis porque temos um time de profissionais que acredita e investe no crescimento sustentável e na cidadania. Seguiremos com nosso compromisso de atuarmos para o desenvolvimento da região, para que a nossa empresa seja sempre uma extensão da nossa comunidade — comentou Ulisses Oliveira, diretor de assuntos corporativos e sustentabilidade do Porto Sudeste.

Exame - SP   05/01/2024

Foi inaugurada recentemente a nova rota Tianjin-América do Sul, em que o navio Luanda partiu transportando contêineres de produtos da região de Pequim-Tianjin-Hebei em uma viagem marítima para Colômbia, Equador, Peru, Chile e outros países sul-americanos. A rota ampliará ainda mais a conectividade marítima do Porto de Tianjin, expandirá a rede global de transporte de contêineres e aprimorará a função do porto como um hub de transporte marítimo internacional no norte da China. A rota também fortalece o papel do Porto de Tianjin como “porta de entrada marítima” e ponto de interseção marítima e terrestre da Iniciativa do Cinturão e Rota na região Beijing-Tianjin-Hebei, promovendo o crescimento diversificado do comércio entre a China e as economias emergentes da América do Sul.

A nova rota Tianjin-América do Sul da parte oeste recém-inaugurada contará com 10 navios cargueiros de contêineres de 3500 a 4500 TEUs em operação semanal, proporcionando uma rota marítima mais rápida para produtos sazonais característicos da América do Sul, como camarão-branco-do-pacífico, carne bovina congelada, frutas tropicais, vinho tinto, grãos, bem como para a exportação da China de produtos químicos, vidro, aço laminado, bicicletas e veículos automotores.

Acelerando o comércio China-América do Sul

Isso acelerará o comércio entre a região norte da China e os países e regiões da América do Sul, facilitando o desenvolvimento conveniente da Iniciativa do “Cinturão e Rota” no mar e contribuindo para a construção de uma nova passagem logística internacional para empresas do interior da China, como a Great Wall Motors.

Para garantir a segurança e eficiência da primeira viagem desta nova rota, o Grupo Portuário de Tianjin coordenou com as autoridades portuárias, a Alfândega de Tianjin, a Administração Marítima de Tianjin, a Alfândega Geral de Tianjin e outras unidades portuárias. Eles comunicaram ativamente com a empresa de navegação, otimizaram o desembaraço aduaneiro, desenvolveram planos de operação científicos de acordo com as características do navio inaugural e a realidade da produção, fortaleceram a coordenação de recursos, como guias, rebocadores e despacho, comprimindo o tempo de operação auxiliar do navio, aprofundando os serviços de rota e garantindo de maneira abrangente a qualidade dos serviços da nova rota.

Infomoney - SP   05/01/2024

Já está em vigor a Lei 14.787/23, que prorroga para 2028 a vigência do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária (Reporto). O regime especial se encerraria em 31 de dezembro de 2023.

A norma tem origem no Projeto de Lei 5610/23, aprovado pela Câmara dos Deputados em 22 de dezembro último. A proposta, originária do Senado. foi publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de dezembro.

Criado pela Lei 11.033/04, o Reporto prevê incentivos fiscais para investimentos em portos, como compra de máquinas e equipamentos. Esse regime especial permite que os beneficiados comprem equipamentos com desoneração de IPI, PIS, Cofins e Imposto de Importação (II).

Em 2008, concessionárias de transporte ferroviário foram incluídas entre as empresas que podem ser beneficiárias do programa. O Reporto vem sendo prorrogado desde 2007 pelo Congresso Nacional.

Valor - SP   05/01/2024

Módulo é do tipo AHTS, sigla em inglês para Anchor Handling Tug Supply, com a função de manusear âncoras de grandes navios

A CBO assinou, no último mês de dezembro, um contrato de quatro anos de duração com a Petrobras, pelo uso da embarcação A.H Liguria.

A embarcação é do tipo AHTS, sigla em inglês para Anchor Handling Tug Supply, que possui a função de manusear âncoras de grandes navios e oferece suporte em operações de petróleo e gás.

A empresa deverá disponibilizar a embarcação até março de 2024 para início de contrato. A Liguria foi fabricada em 2008, tem área de 568 metros quadrados e 2.944 toneladas.

Veja tudo sobre o balanço da Petrobras e outros indicadores financeiros, além de todas as notícias sobre a companhia no Valor Empresas 360

Portos e Navios - SP   05/01/2024

Modelo chegará a prever obras necessárias para profundidade de até 18 metros

A Autoridade Portuária de Santos (APS) iniciou, com o contrato assinado com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), estudos para o aprofundamento do canal de navegação do Porto de Santos para 17 metros. Cláusulas neste sentido foram incluídas no contrato, cujo extrato foi publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (4).

O contrato entre a APS e a Unicamp, assinado em 22 de dezembro, tem como objetivo a execução de estudo de obras de proteção costeira. “É um compromisso da autoridade portuária garantir que as obras no porto não afetem a balneabilidade das praias de Santos”, explica o presidente da APS, Anderson Pomini. “O aprofundamento do canal de navegação é uma necessidade de mercado para manter o Porto de Santos competitivo, mas isso precisa ser feito garantindo as condições das praias”, conclui Pomini.

A APS se comprometeu a expandir o projeto-piloto de proteção costeira implantado pela Prefeitura de Santos na Ponta da Praia, com objetivo de propor soluções para recuperação das praias de Aparecida e Embaré. O objetivo da APS é também conhecer as necessidades de obras para a profundidade de até 18 metros.

Serão realizadas simulações hidrodinâmicas para avaliar as diferenças do comportamento das correntes no canal de acesso e avaliar as suas interferências com as obras de melhoria das condições de navegação do Porto, a partir dos dados de variação batimétrica e volumes dragados. O contrato prevê 15 meses de trabalho para apresentação das conclusões pela universidade.

Portos e Navios - SP   05/01/2024

Consolidado de janeiro a novembro mantém crescimento, indicando recorde histórico de movimentação em 2023

O setor aquaviário movimentou 105,6 milhões de toneladas em novembro de 2023. Os dados são do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O número representa um crescimento de mais de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O aumento foi impulsionado pela movimentação de minério de ferro e de petróleo (óleo bruto), com mais de 33 milhões e 19 milhões de toneladas movimentadas, respectivamente. Em termos percentuais, o aumento foi de 7,2% e 18,9%.

A carga conteinerizada ficou em terceiro lugar do pódio de movimentação no mês, com 10,9 milhões de toneladas movimentadas, o que representa um crescimento percentual de 9,7% em comparação a novembro de 2022.

Terminais privados

Os Terminais de Uso Privado (TUPs) registraram 68,1 milhões de toneladas movimentadas em novembro de 2023. O número representa um aumento de 5,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O destaque positivo das instalações de uso privado foi o Terminal de Angra dos Reis (Tebig) localizado em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, com 6,2 milhões de toneladas, o que mostra uma variação positiva de 16,2% quando comparado a novembro de 2022.

Já o TUP que mais movimentou foi o Terminal Ponta da Madeira, no Maranhão, com 13,9 milhões de toneladas. Apesar do alto volume, houve decréscimo de 7,6% na movimentação em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O Terminal de Tubarão, no Espírito Santo, fecha o pódio dos que mais movimentaram no mês com crescimento de 19,4% em comparação a novembro de 2022. A instalação portuária movimentou mais de 6 milhões de toneladas neste período.

Portos organizados

Os portos organizados operaram 37,5 milhões de toneladas durante o mês de novembro, o que representa um aumento de 18,8% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Mais uma vez o grande destaque fica para o Porto de Santos com 12,2 milhões de toneladas movimentadas, representando um aumento de 28,7% quando comparado a novembro de 2022. O Porto Organizado foi responsável por 32,5% de toda a movimentação portuária pública do período.

Os portos de Itaguaí (RJ) e Paranaguá (PA) fecham os destaques positivos dos portos organizados que mais movimentaram no período com, respectivamente, 5,0 milhões de toneladas e 4,9 milhões de toneladas movimentadas. Em termos percentuais, o aumento respectivo foi de 19,9% e 30,1%, quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

Consolidado

Entre janeiro e novembro de 2023 o setor portuário movimentou cerca de 1,186 bilhão de toneladas. Isso representa um crescimento de 6.34% em comparação com o mesmo período de 2022.

A carga mais movimentada até o momento é o Minério de Ferro, com 348,7 milhões de toneladas movimentadas de janeiro a novembro, um aumento acumulado de 6,5% na comparação.

Entre as cargas que merecem destaque no consolidado até novembro estão: Petróleo (Óleo bruto) com 199,5 milhões de toneladas (variação positiva de mais de 10%); Soja com 124,2 milhões de toneladas (aumento 27,3%) e Milho com 62,8 milhões de toneladas (crescimento de 19,4%).

Provável recorde histórico

O ano de 2023 deverá ultrapassar o recorde histórico de movimentação portuária. Para que a projeção se concretize, a movimentação portuária de dezembro deverá ser maior que 33 milhões de toneladas.

Desde 2010, o total de carga movimentada em dezembro apresenta tendência de crescimento, com 72 milhões de toneladas em 2010, chegando a quase 104 milhões de toneladas em 2022.

PETROLÍFERO

Valor Investe - SP   05/01/2024

Analistas projetam o barril do petróleo perto dos US$ 80. Veja em quais empresas o banco aposta

As empresas de petróleo e gás devem reportar quedas nos lucros do quarto trimestre de 2023, diante dos preços mais baixos do petróleo durante o período, margens de refino mais baixas e os custos sazonalmente mais elevados, apontou um relatório do banco britânico Barclays.

Após abrirem em firme alta, as ações da Shell fecharam com variação positiva de 0,06% na bolsa de Londres. A BP fechou em alta de 0,32%. A ADR da Petrobras inverteu e cai 0,72% em Nova York.

As cotações acompanham os preços do barril de petróleo Brent, que passaram de uma alta de 1% pela manhã, para queda de 0,70% nesta tarde, negociado a US$ 77,76.

Segundo os analistas do Barclays, as perdas serão parcialmente mitigadas pela alta nos preços do gás natural no mercado internacional.

“Os lucros do setor devem cair 8% na comparação com o terceiro trimestre, mas os pagamentos de dividendos podem continuar neste ano”, dizem os analistas.

“Os preços do petróleo e do gás estão em queda desde o final de outubro, refletindo tanto os receios da oferta e da demanda apesar de haver uma incerteza geopolítica considerável”, dizem.

Os analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, no entanto, afirmam que com o barril do petróleo perto dos US$ 80 e com os preços do gás natural e margens de refino ainda acima das médias históricas, ainda pode haver uma continuação da tendência da forte geração de caixa em 2024.

O Jefferies afirmou em relatório que os produtores europeus de petróleo e gás têm potencial para aumentar sua produção e que parecem estar em melhor posição para prosperar em 2024.

O banco de investimentos também ajustou suas recomendações sobre algumas ações do setor, como Var Energi, International Petroleum, Aker BP, Kosmos Energy, Energean e Harbour Energy, que tiveram recomendação de compra. Capricorn Energy, Pharos Energy e EnQuest foram mantidas em compra.

“A variável-chave para o desempenho das ações de empresas de exploração e produção de petróleo é o crescimento da produção visível e sem riscos”, escrevem os analistas.

Conteúdo originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico

Infomoney - SP   05/01/2024

O petróleo fechou em baixa nesta quinta-feira, 4, sob pressão em meio aos reajustes nas expectativas para os juros dos Estados Unidos e à alta nos estoques americanos de gasolina. A sessão foi marcada por volatilidade, enquanto os investidores monitoram os desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2024 caiu 0,70% (-US$ 0,51), a US$ 72,19 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), cedeu 0,84% (-US$ 0,66), a US$ 77,59 o barril.

O petróleo sofreu pressão de dados fortes de emprego e do setor de serviços dos EUA, que injetaram cautela nos mercados ao tornar investidores menos otimistas com cortes de juros agressivos pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

A commodity acelerou queda depois de o governo americano divulgar números semanais de estoque, que revelaram recuo maior que o esperado nos inventários de petróleo, mas alta de 10,9 milhões de barris nos de gasolina.

Paralelamente, o petróleo recebia apoio dos desdobramentos dos conflitos no Oriente Médio, com recentes explosões na Líbia e no Irã, ataques dos Houthis no Mar Vermelho e ameaças do Hezbollah.

A Capital Economics acredita que os preços de energia cairão em 2024. No entanto, a consultoria considera que os grandes movimentos de queda já ficaram para trás. “A oferta não foi diretamente afetada, mas o conflito Israel-Hamas, juntamente com as tensões no Mar Vermelho, aumentaram a volatilidade nos mercados energéticos”, comentou a Capital em relatório. “Esperamos que os preços do petróleo diminuam este ano, à medida que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) aumenta a produção, especialmente no segundo semestre do ano.”

Infomoney - SP   05/01/2024

Os estoques comerciais de petróleo bruto dos Estados Unidos (excluindo os pertencentes à Reserva Estratégica do país) recuaram diminuíram 5,503 milhões de barris na semana encerrada em 29 de dezembro em relação à semana anterior, informou nesta quinta-feira (4) do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês).

O consenso de analistas previa uma queda menor dos estoques, de 3,200 milhões de barris na semana.

Com um total de 431,1 milhões de barris, os estoques de petróleo bruto dos EUA estão cerca de 2% abaixo da média de cinco anos para esta época do ano.
Os estoques totais de gasolina para motores aumentaram 10,9 milhões de barris em relação à semana passada e estão ligeiramente acima da média de cinco anos para esta época do ano. Já os estoques de gasolina acabada diminuíram, enquanto os estoques de componentes misturados aumentaram na semana passada.

O Departamento de Energia também divulgou que os estoques de combustíveis destilados aumentaram 10,1 milhões de barris na semana passada e estão cerca de 6% abaixo da média de cinco anos para esta época do ano.

As importações de petróleo bruto dos EUA foram em média 6,9 milhões de barris por dia na semana passada, um aumento de 619 mil barris por dia em relação à semana anterior.

Nas últimas quatro semanas, as importações de petróleo bruto atingiram em média cerca de 6,6 milhões de barris por dia, 7,0% mais do que no mesmo período de quatro semanas do ano passado.

As importações totais de gasolina para motores (incluindo gasolina acabada e componentes de mistura de gasolina) na semana passada foram em média 659 mil barris por dia, e as importações de combustíveis destilados foram em média 194 mil barris por dia.

Os insumos das refinarias dos EUA foram em média 16,7 milhões de barris por dia durante a semana encerrada em 29 de dezembro de 2023, o que foi 121 mil barris por dia a mais do que a média da semana anterior.

As refinarias operaram com 93,5% de sua capacidade operacional na semana passada.

A produção de gasolina diminuiu na semana passada, atingindo uma média de 8,8 milhões de barris por dia. Já a produção de combustíveis destilados aumentou na semana passada, com uma média de 5,2 milhões de barris por dia.

Valor - SP   05/01/2024

Treze plataformas poderão processar até 225 mil barris de petróleo por dia, com tecnologias para reduzir emissões de gases

Parte da estratégia da Petrobras para aumentar a produção de petróleo e gás natural no país, em especial no pré-sal, passa pela implantação de plataformas de alta capacidade de processamento. As 13 unidades que vão entrar em produção até 2029 têm capacidade de produzir entre 180 mil e 225 mil barris de petróleo por dia, além de processar entre 10 milhões e 12 milhões de metros cúbicos diários (m3 /dia) de gás natural.

Juntas as plataformas podem somar investimentos estimados pelo mercado entre US$ 25 bilhões (R$ 122,7 bilhões) e US$ 32,5 bilhões (R$ 159,5 bilhões), considerando média entre US$ 2 bilhões e US$ 2,5 bilhões por unidade. A Petrobras não informa números.

A nova geração de plataformas vai atuar no pré-sal da Bacia de Santos. Os navios-plataformas (FPSO, na sigla em inglês) estão em fase de construção em diversas partes do mundo, tendo parte dos módulos construídos em estaleiros nacionais, ou em licitação. O plano estratégico 2024-2028 prevê que a companhia terá produção de 4,6 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/dia) em 2028. Em 30 de setembro, a produção da empresa fechou em 2,88 milhões de boe/dia.

Três unidades entraram em operação comercial em 2023: são as FPSO Guanabara, Carioca e Sepetiba, todas afretadas e operando no campo de Mero (ver quadro). Sepetiba começou a produção no último dia de 2023. São unidades maiores, construídas sobre cascos de navios e com tecnologias para processamento e separação de gás e óleo na própria planta. “Com isso, as unidades se tornam mais complexas”, disse Márcia Gusmão, gerente-geral de engenharia de sistemas de superfície da Petrobras. A vida útil dessas unidades aumentou em relação a outras gerações, passando de 25 anos para 30 anos, afirmou Gusmão.

O modelo adotado pela Petrobras é mesclar afretamento com frota própria. Grande parte dos módulos das plataformas está sendo feita no Brasil, o que tem garantido trabalho aos estaleiros no país, afirmou. Cada plataforma tem, em média, 17 módulos, com conteúdo local mínimo de 25%.

Plataformas de petróleo se tornaram mais complexas”

— Márcia Gusmão

As novas plataformas virão com tecnologias que possibilita maior descarbonização da produção, como a que permite processar e separar contaminantes de gás natural, em especial gás carbônico e dióxido de enxofre. Uma das ações que tornam a geração da plataforma mais eficiente está na captação da água do mar em maiores profundidades para resfriamento em plantas de processo.

Outras tecnologias para a descarbonização incluem a recuperação dos gases dos tanques de carga (reenvio dos gases para reprocessamento, evitando lançamento na atmosfera) e a própria reinjeção do CO2 que é tratado na plataforma, prática que reduz as emissões e aumenta o fator de produtividade do campo, destacou. Gusmão salienta que as iniciativas para a descarbonização das atividades nas plataformas de alta capacidade evoluíram a ponto de haver uma redução de 30% entre as primeiras unidades construídas e as últimas, que ainda serão implantadas.

Das 13 novas unidades, três estão operacionais e dez ainda vão ser entregues. Destas, ainda há duas em fase final de licitação. A Petrobras recebeu propostas para a construção da P-84 e P-85, com previsão de iniciar produção em 2029. Gusmão diz que a companhia está em fase de negociação com as participantes e deve divulgar o resultado final este mês. As unidades vão atuar nos campos de Atapu e Sépia, com capacidade de produzir, cada uma, 225 mil barris/dia de petróleo e 10,3 milhões de m3 /dia de gás natural.

As duas FPSOs serão do tipo “all-electric”, que usam eletricidade para movimentar motores, no lugar das turbinas a gás natural. A tecnologia não era utilizada antes por causa de limitações impostas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que foram revogadas em 2021. O uso do gás era mais ineficiente. Além disso, entre 70% e 90% das emissões de gases de efeito estufa estão concentradas na geração de eletricidade para funcionamento da plataforma.

Valor - SP   05/01/2024

Commodity recuou na tarde desta quinta-feira (4), em movimento amparado pelos estoques elevados nos Estados Unidos

Depois de os atentados terroristas do Irã na quarta-feira (3) terem aumentado as incertezas geopolíticas no Oriente Médio, o que se refletiu em altas nos preços do petróleo, a commodity recuou na tarde desta quinta-feira (4), em movimento amparado pelos estoques elevados nos Estados Unidos.

O petróleo tipo Brent chegou a cair mais de 2% na tarde de ontem (4) após a divulgação do aumento dos estoques de óleo e derivados dos Estados Unidos, o que pode indicar uma queda da demanda. No fim do dia, a commodity fechou em queda de 0,93%, aos US$ 77,41. Em sete dias, a queda acumulada é de 2,68%.

A pressão nos preços veio também da revisão para baixo dos preços de petróleo para 2024 e 2025 divulgada pelo Morgan Stanley. Embora o banco de investimento tenha afirmado que os preços do Brent poderão atingir média de US$ 80 por barril no primeiro trimestre, a instituição estima que um preço de US$ 77 é o mais provável na metade do ano.

Na quarta-feira (3), os preços do petróleo fecharam com alta de 3% após ataques no Irã matarem 100 pessoas e deixarem mais de 200 feridas. As explosões acirraram a crise na região após a interrupção do transporte de petróleo pelo Mar Vermelho, a morte de um dos principais líderes do grupo terrorista Hamas, no Líbano, e a suspensão da produção de petróleo em um dos principais campos da Líbia.

O grupo radical Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do atentado terrorista na cidade de Kerman, no sul do Irã. O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, disse que os responsáveis pelos ataques “não devem duvidar que esta tragédia terá uma resposta dura”.

Mercado trabalha com preço entre US$ 75 e pouco acima de US$ 80”

— Décio Oddone

João Victor Marques, pesquisador da FGV Energia, afirma que, ainda que as incertezas sobre os ataques gerem momentos de volatilidade sobre as cotações do petróleo, o efeito é momentâneo porque a realidade macroeconômica se sobrepõe: “É incerta a capacidade dos ataques no Oriente Médio elevarem os preços do petróleo de forma sustentada porque a conjuntura macroeconômica global se sobrepõe. Ainda que gere aumentos nos preços, a partir do momento em que a pressão se dilui, a força da conjuntura macro volta a atuar.”

Marques explica que o ataque do Irã não tem relação direta com a guerra entre Israel e Hamas, que ainda está acontecendo. Na visão do pesquisador, os grupos extremistas das regiões ao redor utilizam o conflito em andamento em Israel como uma justificativa para outros ataques: “O conflito em Israel é um facilitador para a dispersão de ataques no Oriente Médio nos últimos meses, como os que foram feitos pelas milícias Houthi, no Iêmen, contra embarcações no Mar Vermelho. O cenário ajuda a dar visibilidade a outras causas em paralelo, que são defendidas por esses grupos.”

O recrudescimento das tensões no Oriente Médio também pode se refletir no Brasil ao testar a estratégia comercial da Petrobras para os derivados de petróleo, bem como influir no caixa de petroleiras que exportam óleo cru, caso haja novos eventos geopolíticos que elevem a volatilidade da commodity.

Os picos da cotação do petróleo chegaram a impulsionar as ações das principais petroleiras do mundo ao longo do dia. Mas, com a queda da commodity, os papéis também recuaram: A ação da Shell caiu 0,85% ontem, mesma variação do papel preferencial da Petrobras aqui no Brasil, enquanto a inglesa BP recuou 0,67%.

No caso dos combustíveis, a estratégia comercial adotada pela Petrobras desde maio do ano passado distanciou-se da chamada paridade de preço de importação (PPI), com mexidas no preço que consideram fatores internos e oportunidades comerciais para a petroleira. No entanto, o cálculo não deixou de considerar a cotação do Brent e do dólar na formação dos preços dos derivados. O óleo diesel teve duas reduções em dezembro. A segunda, anunciada em 26 de dezembro, se deu para compensar o retorno da cobrança de PIS/Cofins sobre o combustível, a partir do primeiro dia deste ano. A gasolina, porém, segue sem reajustes nas refinarias da companhia desde 20 de outubro.

Para Edmar de Almeida, professor e pesquisador de energia da PUC-Rio, uma eventual fuga do controle dos conflitos geopolíticos pode trazer o risco da Petrobras não repassar a alta de preços internacionais para o mercado brasileiro, intervindo na formação de preços como forma de evitar altas mais expressivas. Na visão dele, a estatal terá que verificar o balanço entre os ganhos com a exportação de petróleo e as vendas no mercado interno: “O risco para a Petrobras é de uma intervenção no mercado interno de combustíveis”, avalia.

Até o momento, segundo ele, os preços dos barris estão “comportados”, com as tensões resultantes dos conflitos já precificadas, sem provocar maiores reflexões. “Os preços já têm o componente geopolítico precificado, mas o mercado ainda não enxerga um conflito generalizado na região”, disse Almeida.

Décio Oddone, especialista em energia do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e diretor-presidente da Enauta, avaliou que uma eventual alta duradoura nos preços do petróleo no mercado externo pode beneficiar petroleiras, com maior receita de comercialização do insumo, bem como Estados brasileiros, com a maior arrecadação de royalties. No primeiro caso, as companhias, tanto de grande porte quanto as independentes, tenderiam a lucrar mais ante um cenário de óleo mais caro. O Brasil, salientou, tem no petróleo um dos principais itens da pauta de exportações.

Além disso, com um barril mais valorizado, a União passa a ganhar mais com arrecadação de Imposto de Renda e de participações especiais, pagas pelas petroleiras pela exploração dos campos de petróleo. E há ainda, no caso dos Estados, maior receita com royalties. O mercado, aponta Oddone, tem trabalhado com um preço do petróleo na faixa entre US$ 75 e pouco acima de US$ 80 ao longo de 2024, por conta de uma demanda mais fraca e incertezas quanto à oferta.

Porém, Oddone salientou que a cotação pode variar em caso de mudanças significativas do cenário geopolítico no Oriente Médio: “É muito difícil de prever, [o comportamento dos preços] depende de como vai se comportar a demanda e o quadro geopolítico.”

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   05/01/2024

As vendas de máquinas agrícolas, entre tratores e colheitadeiras, recuaram 29,1% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2022. No total, 3,7 mil unidades foram entregues a produtores rurais durante o mês, o que representa uma queda de 25,6% frente a outubro.

O balanço foi divulgado nesta quinta-feira, 4, pela Fenabrave, associação que, além das concessionárias de automóveis, representa revendedores de equipamentos usados no campo. Segundo a entidade, as vendas de tratores refletem a instabilidade climática e seus efeitos sobre a produção agrícola.

“Com perspectivas de atraso ou até perda de safras em algumas regiões, o mercado de equipamentos para o campo segue em compasso de espera”, comentou o presidente da Fenabrave, José Maurício Andreta Júnior.

Ao contrário das vendas de carros, que podem ser atualizadas diariamente com base nos licenciamentos de veículos, os números de máquinas agrícolas precisam ser levantados com os fabricantes. Por isso, as estatísticas têm defasagem de um mês em relação ao balanço das vendas de automóveis, divulgadas hoje pela associação com dados já relativos a dezembro.

Nos 11 primeiros meses do ano passado, as vendas de tratores e máquinas agrícolas caíram 13,3%, somando 53,2 mil unidades de janeiro a novembro.

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