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02 de Julho de 2024

SIDERURGIA

Valor - SP   02/07/2024

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a "análise dos elementos de prova de dumping considerou o período de outubro de 2022 a setembro de 2023"

O governo federal iniciou nesta segunda-feira (01) investigação sobre prática de dumping nas exportações de cordoalhas de aço para pneus com origem na China “e de dano à indústria doméstica resultante de tal prática”. A decisão foi publicada em circular, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), no Diário Oficial da União (DOU).

Na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), o produto corresponde ao número 7312.10.10.

“A análise dos elementos de prova de dumping considerou o período de outubro de 2022 a setembro de 2023”, diz a pasta. “Já o período de análise de dano considerou o período de outubro de 2018 a setembro de 2023.”

ECONOMIA

IstoÉ Dinheiro - SP   02/07/2024

Pela oitava semana seguida, a previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – teve elevação, passando de 3,98% para 4% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (1º), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 3,85% para 3,87%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está acima da meta de inflação, mas ainda dentro de tolerância, que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua, assim, o CMN não precisa mais definir uma meta de inflação a cada ano. Na semana passada, o colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em maio, pressionada pelos preços de alimentos e bebidas, a inflação do país foi 0,46%, após ter registrado 0,38% em abril. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), em 12 meses, o IPCA acumula 3,93%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 10,5% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e o aumento das incertezas econômicas fizeram o BC interromper o corte de juros iniciado há quase um ano. Na última reunião, em junho, por unanimidade, o colegiado manteve a Selic nesse patamar após sete reduções seguidas.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, em um ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas. Com o controle dos preços, o BC passou a realizar os cortes na Selic.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 no patamar que está hoje, em 10,5% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,5% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida novamente, para 9% ao ano, para os dois anos.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceu em 2,09%.  Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,98%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2%, para os dois anos.

Superando as projeções, em 2023 a economia brasileira cresceu 2,9%, com um valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento foi 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,20 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,19.

Veja - SP   02/07/2024

“Alguns estudos acadêmicos mostram que o impacto da variação do câmbio na inflação pode se dar em até um ano e meio, e no Brasil o IPCA pode variar até 20% da alta total do dólar”, afirma Felipe Martins Passero, CFA e sócio da InvestSmartXP. Segundo o especialista, a alta recente do dólar pode ter impactos em grupos de alimentos, combustíveis e energia nos próximos 18 meses. O dólar vem em uma trajetória de alta nas últimas semanas, alcançando a marca dos R$ 5,60 na última sexta-feira. A deterioração do câmbio acompanha a piora nas expectativas para o quadro fiscal brasileiro, à medida que a agenda arrecadatória da equipe econômica encontra dificuldades para avançar.

Esta semana, a agenda de indicadores econômicos é fraca no Brasil, mas o mercado se mantém ocupado com a piora nas previsões para IPCA e dólar. Divulgado nesta manhã, o Boletim Focus mostrou que as expectativas do mercado para o IPCA ao fim de 2024 subiram para 4% (na semana passada, eram 3,8%). Para o dólar, a previsão é de R$ 5,20 (antes, R$ 5,15).

Já no mercado americano a agenda da semana é cheia, apesar do feriado de 4 de julho, que mantém as bolsas fechadas na quinta-feira. Entre os principais eventos, teremos discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, ata da última reunião do Fomc e divulgação do relatório Payroll, de dados do mercado de trabalho.

Camila Barros entrevista Felipe Martins Passero, CFA e sócio da InvestSmartXP.

Investing - SP   02/07/2024

O relatório do banco enfatiza uma queda recente na inflação, observando que o núcleo do índice de preços de Despesas de Consumo Pessoal (PCE) subiu em seu ritmo mais mínimo este ano. Essa desaceleração ecoa o padrão anterior visto no Índice de Preços ao Consumidor (IPC).

A diminuição dos gastos do consumidor também está desempenhando um papel na diminuição da inflação. Os números atualizados mostram uma menor taxa de crescimento dos gastos reais do consumidor, sugerindo uma diminuição na atividade de gastos que contribui para atenuar as pressões inflacionárias.

O UBS também se refere a indicadores adicionais de desaceleração da atividade econômica, como estimativas ajustadas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e uma diminuição nas encomendas de bens manufaturados de longa duração. Um aumento no número de pedidos de seguro-desemprego em andamento indica ainda um enfraquecimento no mercado de trabalho.

O banco afirma que a estratégia do Federal Reserve de tomar decisões com base em dados econômicos significa que os próximos indicadores econômicos, especialmente o relatório de emprego de junho, serão muito importantes. As autoridades do Federal Reserve estão cientes do esforço contínuo para controlar a inflação, mas também levam em conta o impacto tardio de aumentos passados nas taxas de juros.

O UBS sugere que esses fatores preparam o terreno para uma redução nas taxas de juros no final do ano, com os próximos indicadores econômicos provavelmente influenciando o Federal Reserve a agir. Os analistas esperam que os mercados financeiros comecem a considerar reduções adicionais das taxas para 2025, o que resultaria em rendimentos mais baixos dos títulos até o final do ano. Eles preveem um rendimento do Tesouro de 10 anos de 3,85%.

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Nesse mercado, o UBS acha atraentes estratégias envolvendo um mix de diferentes tipos de investimentos em renda fixa. Eles aconselham manter um investimento primário em títulos de alta qualidade, ao mesmo tempo em que investem em partes do mercado de títulos com retornos mais altos para aproveitar a probabilidade de taxas de juros reduzidas e expansão econômica constante.

Este artigo foi criado e traduzido com o auxílio de inteligência artificial e revisado por um editor. Para obter mais informações, consulte nossos Termos e Condições.
UBSG: Será que esse gigante do mercado está enfrentando desafios?

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Infomoney - SP   02/07/2024

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do Brasil avançou de 52,1 em maio para 52,5 em junho, refletindo um aumento mais acelerado na produção e nos estoques de insumos, informou nesta segunda-feira (1) a S&P Global.

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Segundo os dados da pesquisa, o crescimento das vendas em toda a indústria brasileira foi contido por condições econômicas adversas, a atual fragilidade cambial e o adiamento de pedidos que se seguiu à crise climática no Rio Grande do Sul, especialmente pelo setor agrícola.

Assim, as empresas teriam alavancado os pedidos em atraso para sustentar a produção em junho.

Outro obstáculo encontrado pelos participantes da pesquisa incluiu uma intensificação das pressões sobre os custos, decorrente da desvalorização do real em relação ao dólar americano e perdas de safras.

As taxas de inflação dos custos de insumos e preços de bens finais atingiram as maiores altas em 23 meses.

Para Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, a maior desvalorização do real em relação ao dólar em dois anos foi um fator-chave que contribuiu para aumentar as pressões sobre os preços no setor industrial. “A pesquisa PMI mostrou que a inflação dos custos, que atingiu o nível mais alto desde meados de 2022, restringiu o crescimento das vendas e da produção em junho”, comentou em nota.

A diretora também destacou que as empresas procuraram proteger as margens aumentando consideravelmente os preços de venda e tentaram conter as despesas restringindo as compras de insumos e a criação de empregos.

“Embora a depreciação da taxa de câmbio pudesse ter impulsionado as exportações, o aumento nos preços parece ter enfraquecido a competitividade internacional. Os pedidos do exterior ainda aumentaram, mas apenas marginalmente”, constatou.

Ainda segundo Pollyanna, olhando pelo lado bom, os fabricantes continuaram a criar empregos a uma taxa substancial, corroborando dados estatísticos oficiais sobre desemprego que mostram um dos números mais baixos em nove anos. “A confiança nos negócios também aumentou em junho, o que poderia estimular investimentos e o crescimento econômico geral nos próximos meses.”

CNN Brasil - SP   02/07/2024

O Comitê de Política Monetária (Copom) tem “compromisso absoluto” com a meta de inflação, mas o custo da desinflação fica elevado se o quadro fiscal não ajuda, disse nesta segunda-feira o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes.

“O Copom tem compromisso absoluto para entregar inflação na meta. Agora, quando o fiscal não ajuda, o custo da desinflação fica muito elevado, e a economia real sofre”, disse.

Falando em live semanal do BC, que teve como tema os 30 anos do Plano Real, Gomes ponderou que houve avanços recentemente em relação às contas públicas do país, ressaltando que há um esforço grande para que o Brasil recupere a credibilidade fiscal.

Para ele, de forma retrospectiva, a perna do tripé macroeconômico brasileiro – baseado em câmbio flutuante, meta de inflação e meta fiscal – “que mais fraquejou” nos últimos anos foi a relativa ao fiscal.

“Se a política fiscal está sempre expansionista, coloca muita pressão nas outras duas pernas do tripé macroeconômico, o que pode levar a desvalorizações ou coloca muita pressão na política monetária, os juros têm que fazer o trabalho. E aí a desinflação fica muito custosa”, disse.

“Para o futuro, a gente tem que colocar um tripé equilibrado, que combine esses três elementos”, afirmou.

Após adotar uma série de iniciativas arrecadatórias e passar a observar resistências do Congresso a novas medidas fiscais pelo lado da receita, o governo vem sendo pressionado a revisar gastos públicos.

Mas parte das ideias é rejeitada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como as desvinculações de benefícios sociais da política de ganhos reais do salário mínimo.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na última sexta-feira (28) que ajustes fiscais muito focados em ganho de receita são menos eficientes e podem ter como resultado menor investimento, menor crescimento econômico e inflação mais alta.

Na apresentação, Gomes ainda afirmou ser “fundamental” que a autonomia operacional do BC evolua de forma complementar para uma autonomia financeira.

Proposta sobre o tema tramita no Congresso com apoio da diretoria do Banco Central, mas encontra oposição de membros do governo.

O Estado de S.Paulo - SP   02/07/2024

O diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, Renato Gomes, disse que a responsabilidade fiscal é a perna do tripé macroeconômico que “mais fraquejou” até agora. Desde 2009, quando o País começou a ter dificuldades para entregar superávits primários consistentes, a política fiscal do Brasil tem sido “no mínimo inconstante”, afirmou.

“Ela (política fiscal) sofre de, vamos dizer assim, uma crônica falta de credibilidade, e isso reflete em grande parte os resultados desapontadores que nós tivemos em muitos desses anos”, disse, em uma live do BC para comentar os 30 anos do real.

Sem credibilidade da política fiscal, o custo de se levar a inflação para a meta fica mais elevado, disse. O diretor do BC também afirmou que é necessário fazer com que a política fiscal torne-se mais contracíclica, isto é, seja expansionista quando a economia está fraca e contracionista quando a atividade cresce com mais vigor.

“Se a política fiscal está sempre expansionista, você coloca muita pressão nas outras duas pernas do tripé macroeconômico, o que pode levar a desvalorizações ou colocar muita pressão na política monetária”, afirmou. Ele lembrou que desinflacionar a economia apenas via política monetária é mais custoso em termos de atividade.

Gomes disse ainda que, hoje, há um “grande esforço” para recuperar a credibilidade fiscal do Brasil. Reiterou, também, que o Comitê de Política Monetária (Copom) tem o “compromisso absoluto” em fazer com que a inflação convirja para a meta, cujo centro é de 3%.
Pressões indevidas

O diretor do Banco Central disse ainda que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede a autonomia financeira e orçamentária à autarquia serve para protegê-la de “pressões indevidas.”

“Isso complementa a autonomia operacional, que nós já conquistamos, e, vamos dizer assim, insula o Banco Central de estrangulamentos ou pressões indevidas”, afirmou.

Segundo Gomes, a autonomia financeira é uma “evolução natural da governança da moeda”, prevista na lei de fundação do BC e na lei de autonomia operacional. “É um projeto que une a diretoria e que essencialmente é um projeto de melhoria institucional, é um projeto de Estado”, disse, afirmando que não há “coloração partidária.”

O diretor lembrou que, nos últimos anos, o BC tem assumido mais responsabilidades envolvendo a inclusão financeira. Ele citou agendas como o Pix, Open Finance e Drex entre essas iniciativas. Segundo Gomes, a autonomia é importante para garantir que o BC possa entregar essas medidas com excelência.

“Vai prover os recursos orçamentários necessários para que a gente treine pessoal, para que a gente consiga trazer do mercado os melhores profissionais, para que a gente estanque uma certa sangria de servidores que nós estamos tendo nos últimos anos e também que a gente consiga entregar essa agenda de tecnologia”, disse.

O Estado de S.Paulo - SP   02/07/2024

Próximo do prazo estipulado para a votação do projeto de lei complementar da reforma tributária, muitos temas seguem pendentes. Entre eles está o da criação de um tribunal específico para julgar contenciosos que devem surgir principalmente no período de transição do atual sistema para o novo, que estabelece o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) Dual.

A proposta está sob responsabilidade do Comitê Gestor do IBS, órgão que será responsável pela cobrança do novo imposto, pelo repasse dos recursos para Estados e municípios e por soluções de conflitos administrativos. Nesse último caso, o objetivo é evitar que diferentes tribunais possam julgar um mesmo caso, mantendo assim a complexidade do sistema atual.

“Se forem mantidos os tribunais de hoje, pode ser que ocorram decisões discrepantes sobre um mesmo tema, o que vai ser muito ruim para a consolidação dessa legislação”, diz Tércio Chiavassa, sócio e coordenador da área tributária do escritório Pinheiro Neto Advogados.

Especialista na área de Direito Processual, Chiavassa também avalia que, em razão do convívio das duas formas de cobrança de tributos durante o período de transição, será possível a autuação de empresas para além dos sete anos previstos para a implementação total do novo sistema tributário. “As empresas vão carregar esse fardo até 2038, quando o sistema anterior morre de verdade”, explica. Ainda assim, ele vê a Reforma como positiva. “Com as mudanças, o Brasil se tornará mais competitivo”, afirma. A seguir, trechos da entrevista.

Qual sua avaliação sobre o texto da reforma tributária?

A reforma tributária está na pauta há muitos anos. Desde que entrei no escritório, há 31 anos, ouço falar que vai ter uma reforma, mas acho que desta vez ela amadureceu. Nos últimos dois anos, o Congresso permitiu que houvesse uma discussão mais aprofundada sobre o tema, e projetos foram fundidos. Embora o projeto original não fosse esse, chegou-se ao chamado IVA Dual (Imposto sobre Valor Agregado), que é a soma do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços, que vai substituir o imposto estadual ICMS e o municipal ISS) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços, que substituirá os tributos federais PIS e Cofins). Num primeiro momento estamos falando, portanto, de uma reforma do consumo. A reforma da renda e dos salários vai ficar para um segundo momento.
O que muda para os contribuintes?

Essa reforma tem o que chamamos de neutralidade. O objetivo é tentar fazer com que se tenha uma cadeia de consumo com oneração apenas na ponta, ou seja, do início até chegar ao consumidor final vai ter uma neutralidade tributária para tentar fazer com que a carga diminua, o que nos parece viável. O coração dessa reforma é o split payment, modelo que vai permitir o recolhimento instantâneo dos tributos em pagamentos eletrônicos. Se tudo der certo, já começaremos a ter uma carga tributária menor em 2026 (quando tem início o período de transição do modelo atual para o IVA Dual, com implementação total até 2033). Estudos indicam para uma alíquota de 26,5% mas, à medida que a sonegação diminuir, poderemos ver alíquotas menores, o que será muito bom para a população e para as empresas. Hoje, a sonegação é de 20% a 25% e tende a cair para menos de 10% (em relação ao que é devido).

Alguns setores reclamam de aumento de custos, por exemplo para manter duas equipes de trabalho, uma para lidar com o modelo atual de tributação e outra com o novo modelo.

Não há dúvida de que num primeiro momento haverá aumento de custo de compliance para as empresas. No caso do IBS, o prazo se inicia em 2026 e, quando terminar, em 2033, ainda poderá haver autuações em relação ao recolhimento pelo modelo atual, pois a fiscalização é válida até cinco anos após o pagamento. É possível, então, que as empresas carreguem esse fardo até 2038, quando ainda poderão ser fiscalizadas em relação aos anos anteriores. O sistema anterior morre de verdade só em 2038.

Hoje perdem-se muitos dias por ano só fazendo o compliance tributário, e isso também vai mudar. E estamos falando só da parte da reforma que envolve o consumo, mas ainda terá a parte da folha de salários e da renda, que também oneram demais as empresas.

Após mais de 30 anos de discussão, essa reforma está alinhada com o que o País precisa hoje?

Realmente demorou demais, mas por outro lado este é um modelo bastante moderno pensando na comparação com IVAs que temos em outros lugares do mundo. Nos parece que o modelo é positivo e, para quem esperou todo esse tempo, vale esperar um pouco mais para essa transição. Fala-se em sete anos, mas a CBS estará plenamente funcionando em três anos. O IBS vai demorar um pouco mais porque estamos falando de mais de 5 mil municípios, cada um hoje com legislação própria, e nessa parte vamos ter uma evolução tremenda. Além de mais fácil, o cenário será mais justo. Nos próximos anos as empresas terão de se ajustar na questão da logística porque a guerra fiscal vai acabar e, provavelmente, elas vão ter ganho de escala e redução de custos. Hoje perdem-se muitos dias por ano só fazendo o compliance tributário, e isso também vai mudar. E estamos falando só da parte da reforma que envolve o consumo, mas ainda terá a parte da folha de salários e da renda, que também oneram demais as empresas. Com as mudanças, o Brasil se tornará mais competitivo.
A guerra fiscal acaba mesmo?

Não há dúvida de que acaba. É claro que vamos ter de acompanhar, neste período de aprovação dos projetos de lei, se haverá ou não exceções. Como a tributação ocorrerá no destino, haverá uma repartição da receita entre os entes federativos. A guerra fiscal incomodou muito nos últimos anos, era um problema enorme principalmente com o ICMS, mas também com o ISS. Isso fez com que nos últimos anos tivéssemos inúmeras batalhas judiciais e até hoje há pendências no Supremo Tribunal e no Superior Tribunal de Justiça.
A perspectiva é de redução de ações na Justiça envolvendo questões tributárias. O sr. acredita nisso?

Ainda aguardamos o projeto de lei já encaminhado ao Congresso para a criação do Comitê Gestor do IBS e possíveis leis que vão tratar da existência de um tribunal para lidar com questões do IVA Dual. Ele seria composto por juízes de tribunais estaduais e federais e voltado especificamente para essas discussões, o que vemos com bons olhos. Se forem mantidos os tribunais de hoje, pode ser que ocorram decisões discrepantes sobre um mesmo tema, o que vai ser muito ruim para a consolidação dessa legislação. É algo que ainda não apareceu no Congresso, mas esperamos que surja em breve. Esperamos realmente que o tribunal seja criado porque fecharíamos o ciclo e teríamos menos discussões judiciais sobre o tema.
Do que está mais adiantado no projeto, quais pontos podem gerar mais judicialização? Já há setores pedindo equidade de alíquotas ou para ficar de fora da lista de bens sujeitos ao imposto seletivo, por exemplo.

Claro que estamos vendo um embate em várias categorias tentando garantir uma redução na carga ou que não haja um aumento da carga atual. A reforma tem de observar os princípios da Emenda Constitucional 132, do ano passado, que vão orientar todo o sistema tributário nacional. Um deles é o da justiça tributária, cujo conteúdo ainda vai ser interpretado pelos tribunais. Vamos supor que venha um imposto seletivo sobre mineração. Dentro desses princípios de justiça tributária, o setor poderá questionar se é correto ser mais agravado que outro. Não tenho dúvidas de que há possibilidades de discussão desses termos no judiciário. E é bom lembrar que estamos num momento em que o Judiciário, tanto o STJ, quanto o Supremo, estão mais alinhados aos interesses do governo. Não sabemos como vai ser o termômetro quando essas discussões surgirem, provavelmente não de imediato, mas durante o próximo governo. Como não sabemos quem será o presidente e o novo Congresso, é cedo para prever, mas, respondendo diretamente à sua pergunta, é possível que haja questionamentos por parte de setores que se sentirem prejudicados.

Terá de ser muito bem calibrado (o Imposto Seletivo) para não inviabilizar determinados setores, como os de mineração, bebidas. As próprias empresas desses setores também estão devolvendo para a população de outra forma, pois são grandes empregadoras.

O que o sr. vê de mais importante na reforma?

Tem uma série de virtudes, e uma delas é a garantia para as empresas de que terão os saldos credores respeitados. Por exemplo, os créditos de ICMS acumulados decorrente de exportação, que são ativos das empresas. Pode ser que no dia a dia haja problemas e seja necessário algum ajuste, mas as indicações são positivas.

E de negativo?

Algumas questões ainda estão sendo debatidas, e não sabemos como será a lei aprovada no Congresso. Mas um tema que sempre surge é o da Zona Franca de Manaus, que acreditamos que deve ser preservada. O projeto prevê isso, mas é possível que ocorram alterações, o que seria preocupante. Também a questão dos prestadores de serviços, pois algumas categorias podem ter uma carga tributária bastante majorada, inicialmente os profissionais liberais - engenheiros, médicos, advogados, por exemplo. Ainda é algo sensível a ser discutido no Congresso porque, ao invés de uma otimização para essa categoria, pode haver um agravamento da sua carga tributária. Outro ponto que deve ser debatido e melhorado é a questão da Cfem na mineração (compensação paga pelo uso econômico dos recursos minerais nos respectivos territórios). Há possibilidade de haver uma carga tributária maior nesse setor, e tem ainda municípios querendo aumentar a alíquota da Cfem. Pelo que está se propondo haveria uma carga eventualmente maior, além do IVA, e isso pode prejudicar um setor importante para a economia. Isso deve ser melhor sopesado.
Qual sua opinião sobre o Imposto Seletivo?

É uma nova forma de onerar mais os setores que prejudicam o meio ambiente e a saúde. Sem dúvida existe um mérito nisso, mas acho que terá de ser muito bem calibrado para não inviabilizar determinados setores, como os de mineração, bebidas. Acho que as próprias empresas desses setores também estão devolvendo para a população de outra forma, pois são grandes empregadoras. Assim, ao mesmo tempo que há um determinado interesse de um lado, há o interesse na preservação do emprego, pois não queremos acabar no caos social. Por isso tem de ser feito com inteligência, não de forma afobada com base meramente em ideologia.

O presidente da Câmara, Arthur Lira, estabeleceu prazo até o dia 11 para a votação do projeto de lei complementar da reforma, uma semana do recesso parlamentar. O sr. acredita que vai dar tempo?

A sensação pessoal é de que o Lira está muito otimista, pois, como tudo, se acontecer vai ser no último momento, com pressão forte. Eu diria que, no cenário atual, o termômetro é de que a chance é de 50%-50%, mas vejo muita gente apostando que, se deixar para o segundo semestre, vai acabar ficando para 2025 por causa das eleições municipais.

Infomoney - SP   02/07/2024

O setor manufatureiro dos Estados Unidos contraiu pelo terceiro mês consecutivo em junho e uma medida dos preços pagos por insumos caiu para o nível mais baixo em seis meses em meio à demanda fraca por bens, indicando que a inflação pode continuar a diminuir.

O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) informou nesta segunda-feira que seu PMI manufatureiro caiu de 48,7 em maio para 48,5 no mês passado. Uma leitura abaixo 50 indica contração no setor manufatureiro, que responde por 10,3% da economia.

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Economistas consultados pela Reuters previam que o PMI subiria para 49,1. O setor manufatureiro está sendo pressionado por taxas de juros mais altas e pela diminuição da demanda por bens.

Dados do governo da semana passada mostraram que a produção manufatureira contraiu a uma taxa anualizada de 4,3% no primeiro trimestre, com a maior parte do declínio vindo de bens duráveis.

O Federal Reserve tem mantido sua taxa de juros de referência na faixa atual de 5,25% a 5,50% desde julho passado. Os mercados financeiros esperam que o banco central dos EUA inicie seu ciclo de afrouxamento em setembro, embora as autoridades tenham adotado recentemente uma perspectiva mais dura.

O Fed aumentou sua taxa de juros em 525 pontos-base desde 2022 para conter a inflação.

O subíndice de novos pedidos da pesquisa do ISM subiu de 45,4 em maio para uma leitura ainda moderada de 49,3. A produção nas fábricas diminuiu pela primeira vez desde fevereiro, com o subíndice de produção caindo de 50,2 em maio para 48,5.

Diante da fraqueza das encomendas, a inflação nos portões das fábricas foi muito mais branda no mês passado. A medida da pesquisa sobre os preços pagos pelos fabricantes caiu para 52,1, a leitura mais baixa desde dezembro, em comparação com 57,0 em maio.

MINERAÇÃO

O Estado de S.Paulo - SP   02/07/2024

A Vale informou nesta segunda-feira, 1º, que Vera Marie Inkster renunciou ao cargo de membro do conselho de administração da empresa. Não foram apresentados os motivos para a decisão. Segundo a companhia, que está em processo de escolha de um novo CEO, o colegiado está trabalhando em sua substituição. Em momento oportuno, será convocada uma Assembleia-Geral para deliberar a respeito de sua recomposição, disse a mineradora.

É a segunda renúncia no conselho de administração da Vale neste ano. Em março, José Luciano Duarte Penido, conselheiro independente, escreveu uma carta após sua saída em que afirmava que o processo sucessório do comando da mineradora vinha sendo “conduzido de forma manipulada” e não atendia ao “melhor interesse da empresa”. Segundo ele, a companhia sofria “evidente e nefasta influência política”. A Vale divulgou um comunicado afirmando que seguia rigorosamente seu estatuto.

A renúncia desta segunda-feira causou apreensão ao mercado. Na avaliação do Citi, o episódio levanta importantes preocupações de governança corporativa. “Os acionistas da Vale são mais bem atendidos por um conselho independente, em nossa opinião. Ao mesmo tempo em que respeitamos o governo como uma parte interessada importante ao lado dos funcionários e das comunidades”, escrevem os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott, em relatório de atualização dos números da companhia. O banco mantém a recomendação de compra para as ações da Vale.

Nesta segunda, os papéis da mineradora na Bolsa fecharam em alta de 1,48%. O desempenho contou com o apoio do minério, que subiu 2,5% em Dalian, na China. Exportadoras, de forma geral, têm se beneficiado também da escalada do dólar frente ao real.

Para analistas, a alta nas ações não foi mais expressiva devido à notícia da renúncia. Para a Ativa Investimentos, a saída foi mais um ruído negativo para o processo de sucessão que está ocorrendo na Vale. “A saída do segundo conselheiro em menos de quatro meses indica a existência de pensamentos muito diferentes na companhia e mostra que o dissenso segue prevalecendo em assuntos de interesse de seu conselho”, diz a Ativa.

A Vale vem sendo alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No mês passado, o petista afirmou que a companhia foi “rifada” no processo de privatização e alegou não ser possível dialogar com a empresa. “Poderíamos ter aqui, do nosso lado, a Vale, que foi privatizada e rifada por 899 mil pequenos fundos, e que você não tem um dono para conversar, para discutir”, afirmou.

O processo para escolha do novo presidente da Vale, que sucederá Eduardo Bartolomeo a partir de 1º de janeiro de 2025, já foi lançado no mercado. Executivos de empresas começaram a ser sondados por consultorias de headhunting de renome internacional, segundo apurou o Estadão com pessoas próximas ao processo e especialistas. O cronograma de definição e contratação do novo comandante da mineradora está previsto para durar até o final de novembro. O governo chegou a tentar emplacar o nome do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega para o cargo, mas acabou recuando da ideia devido à repercussão negativa.

Infomoney - SP   02/07/2024

Os preços futuros do minério de ferro subiram nesta segunda-feira, atingindo os níveis mais altos em quase duas semanas, ajudados por dados de atividade fabril melhores do que o esperado na China, principal mercado consumidor de minério, e pela esperança de mais medidas de estímulo na segunda maior economia do mundo no final deste mês.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 2,5%, a 840 iuanes (115,58 dólares) a tonelada, o nível mais alto desde 18 de junho.

O minério de ferro de referência de agosto na Bolsa de Cingapura subia quase 1,7%, a 108,4 dólares a tonelada, o maior valor desde 20 de junho.

O índice dos gerentes de compras (PMI) do setor industrial da Caixin/S&P Global subiu para 51,8 em junho, de 51,7 no mês anterior, marcando o maior aumento desde maio de 2021 e superando as previsões dos analistas de 51,2.

O PMI oficial de manufatura ficou inalterado em relação a maio, em 49,5 em junho, mostraram dados no domingo, abaixo da marca de 50 que separa o crescimento da contração e em linha com a previsão mediana de 49,5 em uma pesquisa da Reuters.
A expectativa de que a produção de metais quentes tenha uma queda significativa recuou após os mais recentes estímulos imobiliários em Pequim, disseram os analistas da Jinrui Futures em uma nota.

A capital da China, Pequim, divulgou na semana passada medidas para reduzir o custo da compra de imóveis, cortando as taxas de juros das hipotecas e a taxa mínima de entrada.

Além disso, alguns investidores e traders estão com esperanças de que mais estímulos possam ser anunciados na tão adiada reunião terceira plenária, a ser realizada de 15 a 18 de julho.

Revista Mineração - SP   02/07/2024

Depois de quase um ano de negociações, os grupos empresariais de Minas Gerais Agéo, do empresário Argeu Geo, AVG, de Rodrigo Gontijo e o banco Master, de Daniel Vorcaro acertaram a aquisição da mineradora Itaminas, do empresário, fundador e controlador do Inhotim, Bernardo Paz.

O valor da transação não foi divulgado, mas é estimado na cifra dos bilhões. O próximo passo do acordo é a homologação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Em março de 2021 o grupo Itaminas tinha uma dívida com a União (negociada) que atingia a cifra de R$ 1,683 bilhão.

Com 65 anos de atuação no mercado, o grupo Itaminas está entre os principais produtores de minério de ferro de Minas Gerais. Em 2022, a mineradora produziu 6,4 milhões toneladas, com uma receita operacional de R$ 1,2 bilhão.

As operações de minério de ferro do grupo estão localizadas no município de Sarzedo (MG) e a Itaminas vinha conduzindo um programa de expansão da capacidade que previa um investimento de R$ 34,3 milhões em 2023.

Infomoney - SP   02/07/2024

A CSN Mineração (CMIN3) aprovou na última sexta-feira (28) um novo programa de recompra de até 100 milhões de ações, representativas de 9,41% das ações em circulação da mineradora.

O programa será encerrado no dia 19 de dezembro de 2025.

De acordo com comunicado, o programa tem por objetivo a aquisição de ações ordinárias para permanência em tesouraria e posterior alienação ou cancelamento.

AUTOMOTIVO

Globo Online - RJ   02/07/2024

As fabricantes de carros com operação no Brasil estão em campanha contra o que chamam de "afluência descontrolada" de carros chineses no país. Em ofício enviado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao qual o GLOBO teve acesso, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) diz que há um "avanço contumaz" das importações de carros. A China, argumenta a entidade, é a força motriz para o movimento, que coloca em risco investimentos de R$ 130 bilhões já anunciados pelas montadoras.

A carta faz parte de uma ofensiva das empresas para sensibilizar o governo federal a aplicar medidas para barrar os importados, mais especificamente os elétricos chineses, que hoje contam com vantagens tributárias.

Segundo a Anfavea, ainda que o mercado brasileiro de veículos leves tenha crescido nos primeiros cinco meses do ano, a enxurrada de importações vem minando a recuperação das fabricantes nacionais. Dados da associação apontam para a alta de mais de 500% nas importações, com os chineses representando 82% do volume total.

Diante disso, a entidade pede que o governo haja em duas frentes. De um lado, estabeleça o "aumento imediato" do imposto de importação para 35% para todos os veículos. De outro, defina uma cota de importação por empresa, no volume médio de 4.800 veículos por ano.

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Pela política automotiva atual, o imposto de importação para carros elétricos sobe nesta segunda-feira para 18% e irá crescer gradualmente, chegando a 35% somente em 2026, quando esses veículos irão se igualar aos importados com motor à combustão. O objetivo da Anfavea, contudo, é que a alíquota máxima já possa estar em vigor neste mês.

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As montadoras dizem que não se opunham à alta gradual, mas o cenário mudou. No ofício a Lula, a entidade lembra que, neste momento, Europa e Estados Unidos estão sobretaxando carros chineses. Diante disso, as montadoras asiáticas estão em busca de mercados para desaguar seu excesso de produção. Sem barreiras à entrada aqui, o Brasil se torna um dos alvos preferenciais, distorcendo a concorrência.

Além disso, enquanto os chineses inundam o mercado brasileiro, as exportações das fabricantes nacionais caíram significativamente.

O presidente da Anfavea, Márcio Lima Leite, negou que o pedido da Anfavea ao governo seja uma forma de compensar as montadoras por sua perda de competitividade lá fora. Segundo ele, ainda que as fabricantes tenham perdido participação em alguns países, os dados apontam para o encolhimento dos principais mercados compradores dos carros produzidos aqui, caso de Argentina, México e Chile.

Para Leite, o que está em jogo é a manutenção dos investimentos no Brasil.

– Não estamos diante de uma estratégia de marca ou de uma briga contra as chinesas. Todas as empresas que fabricam aqui possuem unidades na China. A nossa estratégia é de defesa da produção local – disse o executivo, que é vice-presidente da Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, Peugeot e Citroen.

Procuradas, as chinesas GWM e a BYD não quiseram comentar.

CONSTRUÇÃO CIVIL

CNN Brasil - SP   02/07/2024

O setor da construção civil criticou a aplicação da tributação sobre valor agregado na proposta atual da reforma tributária em tramitação no Congresso. Representantes do segmento ouvidos pela CNN apontaram que, mantido o texto atual, os encargos das atividades do setor poderão dobrar de valor.

“[A indústria da construção] defende uma melhor calibragem das alíquotas previstas na regulamentação da reforma, de forma que ela permita isonomia de tratamento para todos os segmentos do setor”, afirma Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que reúne 96 entidades do setor.

Em um documento de circulação interna da CBIC, ao qual a CNN teve acesso, um estudo aponta que a carga tributária da habitação pode subir de 23,2% até 103,7% com a atual proposta de regulamentação, que aplica redução de 20% sobre a alíquota padrão conjunta do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição Social sobre Bens e Serviço (CBS), de 27,5%.

O que se aponta é que com essa variação, pode haver um impacto em cascata no setor.

“O retorno diminui, o que diminui o incentivo de empreender. Para ter o retorno adequado, é necessário aumentar o preço do produto, e quem se prejudica é o comprador do imóvel”, avalia o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França.

“Com o aumento da carga tributária, é impossível continuar operando sem repassar o preço para o consumidor”.

O encarecimento pode levar o consumidor a segurar na hora de investir em um novo imóvel. E com a queda da demanda, o impacto da tributação alta reverbera no trabalhador.

“A proposta atual aumenta brutalmente a carga tributária na habitação, loteamento, intermediação e administração de condomínios. Sendo assim, com aumento dos custos tributários, muitas famílias ficarão sem condições de adquirir sua casa própria, e as empresas terão que reduzir investimentos, com consequente queda no emprego do setor”, explica Ely Wertheim, presidente executivo do Secovi-SP, o sindicato da habitação do estado de São Paulo.

O levantamento apresentado pela CBIC aponta que o valor médio do lote pode passar de R$ 150 mil para R$ 171,3 mil após a reforma. Enquanto isso, o valor médio do aluguel passaria de R$ 3.500 para R$ 3.887.

Desse modo, a CBIC defende que seja aplicado um redutor de 60% da alíquota para o setor.

“Quando se aplica 60% de redução sobre a mesma alíquota, tem-se neutralidade tributária, ou seja, o tributo de hoje ficará igual ao de depois da reforma. Assim, nossa expectativa é encontrar uma solução que não alavanque os preços da construção, especialmente para o segmento da habitação”, afirma Renato Correia.

“Não pedimos nenhum tipo de benefício, mas sim a manutenção da carga atual, que na média é de 8% sobre a receita total, para não impactar os compradores de imóveis em geral. Isso, pois o investimento na construção é essencial para enfrentarmos o déficit habitacional no país”, conclui.

Em 2022, o déficit habitacional do Brasil totalizou 6.215.313 de domicílios, de acordo levantamento da Fundação João Pinheiro (FJP), publicado em maio.

O cálculo é realizado em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, tomando como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Necessidade de calibragem

A Constituição Federal de 1988 estabelece a moradia como um dos direitos sociais do brasileiro.

A CBIC defende a calibragem da proposta de tributação para não ser impactado o acesso à moradia.

“A experiência internacional demonstra um tratamento específico ao setor da construção e ao mercado imobiliário porque ele tem características próprias. Há um grande período de maturação de projeto à execução da obra. E o impacto social tanto da habitação como da infraestrutura é significativo”, indaga Correia.

E entre os potenciais impactados estão os beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

“Com o aumento da tributação, teremos o desenquadramento do programa MCMV porque os imóveis ficarão mais caros, e as famílias não conseguirão comprovar renda para comprar”, aponta Ely Wertheim, do Secovi-SP.

“O programa tem faixas de preço dos imóveis e renda dos compradores. Na medida em que os preços subam por conta da proposta, os imóveis que superem R$ 350 mil ficam fora do programa, ou seja, desenquadrados. Assim como os compradores precisarão ter mais renda do que hoje, e aí também ficam fora do programa, ou seja, também desenquadrados”, explica.

A CBIC afirma que dialoga com o governo federal para buscar contornar a situação, uma vez que “o acesso à habitação em geral pode ser impactado se não houver uma calibragem na tributação”, segundo Correia.

Infomoney - SP   02/07/2024

Os gastos com construção nos Estados Unidos caíram inesperadamente em maio uma vez que as taxas de hipoteca mais altas pesaram sobre a construção de residências unifamiliares.

O Departamento do Comércio informou nesta segunda-feira (1) que os gastos com construção caíram 0,1% após um aumento revisado para cima de 0,3% em abril.

Economistas consultados pela Reuters previam alta de 0,2%.

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Os gastos com construção aumentaram 6,4% em maio em relação ao mesmo período do ano anterior.

Os gastos com projetos de construção privada caíram 0,3% em maio, depois de terem aumentado 0,4% no mês anterior. O investimento em construção residencial recuou 0,2%, depois de alta de 0,9% em abril. Os gastos com novos projetos de construção unifamiliar diminuíram 0,7%.

As taxas hipotecárias subiram em maio, prejudicando a confiança dos construtores, a construção e as vendas de casas.

A oferta de moradias melhorou consideravelmente já que os custos mais altos dos empréstimos sufocam a demanda, o que pode limitar o crescimento de novas construções.

Em maio, o estoque de casas usadas foi o maior desde agosto de 2022, enquanto a oferta de novas moradias foi a mais elevada em mais de 16 anos.

O investimento residencial deve ter desacelerado acentuadamente no segundo trimestre, depois de registrar um crescimento de dois dígitos no trimestre de janeiro a março.

FERROVIÁRIO

Portos e Navios - SP   02/07/2024

A VLI promove em 5 de julho cerimônia de entrega das primeiras das 12 locomotivas ES-43BBI adquiridas junto à Wabtec Brasil que incrementarão a frota atual da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) sob sua administração. O evento acontecerá na planta industrial da fabricante em Contagem (MG).

Adquiridas a partir de um investimento de R$ 300 milhões, as locomotivas atenderão ao aumento da demanda por transporte de cargas no corredor Sudeste da companhia, por onde grãos, açúcar, fertilizantes e outros produtos são escoados entre Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Os equipamentos foram projetados para ferrovias de bitola métrica e produzidas na indústria mineira, com tecnologia de ponta. As locomotivas têm maior capacidade de transporte com menor consumo de combustível, gerando alta produtividade aos trens.

Com a concretização deste negócio, a VLI acumula a aquisição de 23 locomotivas em um período de pouco mais de um ano, com investimentos que ultrapassam R$ 500 milhões. Em março deste ano, a companhia anunciou a aquisição de oito novos modelos, também fabricados no Brasil, com previsão de entrega para o final de 2025.

Rodoviário

Agência Brasil - DF   02/07/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou, nesta segunda-feira (1º), trecho de duplicação e adequação de obras da BR 116, entre Santa Bárbara e Feira de Santana, na Bahia, incluindo o Contorno Rodoviário Oeste em Feira de Santana, onde ocorreu a cerimônia. Durante o evento, o governo também anunciou R$ 2,4 bilhões em investimentos para a infraestrutura rodoviária do estado e autorizou contratação de 1.075 moradias em Feira de Santana, pelo Minha Casa, Minha Vida.

Em discurso, Lula destacou os projetos do governo federal pelo país e disse que “fará o necessário” para o povo baiano. As obras na BR 116 incluem, além da duplicação de 40,3 quilômetros, a implantação de vias laterais e a restauração da pista existente, a construção de duas interseções, sete retornos operacionais duplos, oito passarelas de pedestres, duas pontes e 13 viadutos. O Lote 6, inaugurado hoje, teve investimento de R$ 467 milhões do governo federal.

Lula também falou sobre a ferramenta ComunicaBR, uma plataforma online que permite acompanhar dados sobre as entregas das principais obras do governo federal em cada município e estado, mês a mês. Para o presidente, a divulgação sobre os usos do dinheiro público é um “compromisso moral, político e ético” do seu governo, além de dar transparência sobre a participação do governo federal nas políticas públicos dos governos locais.

“Muitas vezes, você vai no estado, chega lá você financia uma estrada, uma ponte, você manda ambulância, e o governador não fala do governo federal, a prefeitura não fala do governo federal. O que queremos mostrar com isso é que, só é possível esse país dar certo, se a gente fizer uma governança com participação dos três entes federados, a prefeitura é importante, o estado é importante e o governo federal é importante”, disse Lula.

“Todas as políticas públicas nesse país, 90% delas, tem o dedo do governo federal. E é bom que seja assim, eu sei que as prefeituras muitas vezes não têm o dinheiro para fazer as coisas, então o governo federal precisa passar dinheiro para prefeitura, sim. E é por isso que a gente quer mostrar”, acrescentou.
Obras autorizadas

Durante o evento, também foi assinada a autorização do início dos serviços do Lote 5, de duplicação e adequação de capacidade da BR-116, na Bahia. O trecho de 53,2 quilômetros de extensão, entre os municípios de Teofilândia e Santa Bárbara terá um investimento de aproximadamente R$ 324,6 milhões para a execução de novas pistas, ruas laterais, viadutos, pontes e passarelas de pedestres.

Outra autorização feita hoje foi a execução dos serviços remanescentes da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), entre Bom Jesus da Lapa e São Desidério. O governo federal fará aporte de R$ 365 milhões para a continuidade da instalação de trilhos. “Com o avanço, o Ministério dos Transportes dá ainda mais um passo para licitar outro importante segmento ferroviário, a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (FICO), visando facilitar o escoamento da produção agropecuária pelo Porto de Malhado, em Ilhéus”, explicou a Presidência da Pepública, em comunicado.

Foram autorizados, ainda, os serviços em dois empreendimentos na BR-030/BA, para a pavimentação de 247 quilômetros. “A rodovia tem importante relevância para o escoamento de grãos e assume papel significativo na ligação entre produtores e a ferrovia Oeste-Leste com destino ao Porto de Ilhéus, além de fortalecer o turismo no sul da Bahia”, destacou o governo.

Com previsão de R$ 817 milhões em investimento, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) vai pavimentar 194 quilômetros da BR-030/BA, entre os municípios baianos de Cocos e Mambaí. Já em Maraú, estão autorizados os trabalhos para pavimentar 52,9 quilômetros, com investimento de R$ 248 milhões.

Duas licitações também foram divulgadas, a primeira para a continuidade das obras remanescentes de duplicação da BR-101/BA, no trecho de 83,6 quilômetros de Entre Rios até a divisa com Sergipe, com investimento de R$ 425,4 milhões. Já a duplicação do Contorno Leste de Feira de Santana, na BR-324/BA (Rodoanel), está com tudo pronto para ter a licitação lançada em julho, com R$ 185 milhões em investimentos.

“A obra, quando concluída, dará fim a um dos maiores gargalos rodoviários da Bahia. No trecho, que hoje é de pista simples, trafegam em média 35 mil veículos por dia, boa parte de veículos de carga”, explicou.
Regularização de moradias

Durante o evento com o presidente Lula, foram assinados também contratos de beneficiários do Programa Periferia Viva: Regularização Fundiária e Melhoria Habitacional, que tem como objetivo promover o direito à moradia adequada à população de baixa renda por meio da concessão de financiamento em condições especiais de subsídio. Os recursos são do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS), tendo como agente operador a Caixa Econômica Federal. O público-alvo do programa são famílias com renda mensal de até R$ 2 mil

Antes da cerimônia, o presidente visitou, em Feira de Santana, a nova sede do Colégio Estadual de Tempo Integral Professora Ana Angélica Vergne de Morais. A escola foi batizada em homenagem à professora e fundadora da Universidade Estadual de Feira de Santana, morta em janeiro do ano passado.

Ainda nesta tarde, Lula vai a Salvador para um outro pacote de anúncios nas áreas de energia, habitação, educação, saúde e patrimônio histórico baiano.

NAVAL

Portos e Navios - SP   02/07/2024

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, assinam nesta terça-feira (2) termo de repasse de recursos da União para conclusão de obras no Porto de Suape.

Durante a cerimônia, Costa Filho fará anúncio de investimentos no Porto do Recife.

A assinatura do Termo de Repasse faz parte da concretização dos anúncios feitos pelo Governo Federal para obras do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no estado de Pernambuco. Os investimentos aplicados serão utilizados na execução da quarta etapa do molhe de Suape e dragagem do canal interno do porto.

Porto Gente - SP   02/07/2024

Há uma evidente e antiga carência de planejamento estratégico moderno do Porto de Santos. Apesar do seu quadro técnico competente e tantas universidades ao seu redor, falta plano para promover o processo de desenvolvimento desse importante complexo portuário, baseado na visão de longo e curto prazos, respectivamente nos níveis estratégico e operacional. Consequentemente, prevalecem os interesses imediatos, de prazos curtos e funcionalidade, não raramente, de baixa qualidade, desproporcional com a evolução global do setor. Ante infraestrutura obsoleta e demandas sofisticadas num crescendo está posta uma pressão que dificulta alcançar cenários futuros competitivos, que já ocorrem nos principais portos do mundo.

O improdutivo dessa grave situação resulta, principalmente, do processo de decisão anacrônico, que deve ser tratado com prioridade e regionalização dos portos brasileiros. Um conceito ainda não bem percebido e que se traduz por evolução dos 45 primeiros portos do mundo. O seu primeiro passo, no Brasil, é a recente delegação de competência. Portanto, convém que essa modelagem seja uma das prioridades do governo Lula, para que o principal porto do hemisfério sul consiga atingir o futuro, ante as transições logísticas que ocorrem globalmente. Como diretriz estratégica, seja paradigma para uma reforma portuária nacional que faça história.

Este tema foi bandeira dos dois governos Fernando Henrique Cardoso (FHC). No final do segundo mandato, como ele divulgou em Santos, por ocasião da entrega do porta-aviões, NA São Paulo, à Mariinha do Brasil, foi manchete do principal jornal da cidade: “FHC vai regionalizar o Porto de Santos”. Segundo circulou no meio político, não ocorreu por imposição da vitória do presidente Lula. E que hoje, muito provavelmente, deve ter uma visão diferente e apoia a descentralização das decisões portuárias, como mostra a recente delegação.

Essa decisão de regionalizar, hoje é distinta do que teria sido no governo Fernando Henrique. Pois, ela tem mais conformidade com a modernidade ágil da tecnologia, para produzir, movimentar e distribuir. Sem dúvida, o modelo atual, de gestão sem planejamento estratégico suficiente, expõe um processo de administração incompatível com a visão para construir o porto do futuro, focado em competitividade, com parâmetros avançados. Razão deste modelo de administração portuária ter sido implantado com gestão regionalizada, na Europa, desde os anos 80.

Está posta luz sobre uma estruturação, tão importante e polêmica, operada por meio de um modelo político de gestão por demais controverso e distinto das melhores estratégias portuárias do mundo. Tudo isso aponta para que essa reforma deve abranger o papel efetivo da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ. De fato, o governo Lula ainda tem faixa política estreita para implantar, plenamente, a regionalização dos portos. Considerando que no futuro próximo, assim como foi na transposição do rio São Francisco, serão encaradas novas instituições e novas teorias, ideologias e problemas.

O Petróleo - SP   02/07/2024

A Svitzer, líder global em serviços de rebocadores, firmou um contrato com o Estaleiro Rio Maguari para a construção de três novos rebocadores, sublinhando seu compromisso crescente com o mercado brasileiro. Este investimento significativo visa expandir a capacidade da empresa de atender tanto clientes existentes quanto novos, promovendo eficiência e segurança nos serviços portuários.

O Brasil desempenha um papel crucial no comércio global, especialmente nos setores de grãos, petróleo e metais. Sua vasta produção agrícola garante segurança alimentar para importadores globais, enquanto suas reservas de petróleo e metais são fundamentais para o desenvolvimento industrial internacional. A Svitzer reconhece essa importância ao investir em novos rebocadores, facilitando ainda mais o crescimento econômico e infraestrutural do país.

Características avançadas dos novos rebocadores

Os rebocadores da Série 2300 Rampart, com 23,2 metros de comprimento e tração de amarração de mais de 70 toneladas, serão equipados com capacidade de combate a incêndios Fifi-1. Esses recursos avançados não só aumentam a capacidade operacional da Svitzer, mas também garantem serviços portuários seguros e eficientes em face das crescentes demandas logísticas do Brasil.

Compromisso estratégico e impacto econômico

Arjen van Dijk, Diretor Geral da Svitzer Americas, enfatizou a importância estratégica deste investimento, sublinhando o compromisso contínuo da empresa em adaptar-se às demandas dinâmicas do mercado brasileiro. O investimento não apenas fortalece a oferta de serviços da Svitzer, mas também sustenta o crescimento econômico e o desenvolvimento infraestrutural do Brasil.
Perspectivas de Crescimento no Mercado Brasileiro

Daniel Reedtz Cohen, Managing Director da Svitzer Brasil, destacou as oportunidades contínuas de crescimento no país, especialmente nos setores de energia verde e exportação agrícola. Com o aumento do número de portos e novos terminais em construção, a expansão da frota da Svitzer reflete seu compromisso em atender às demandas emergentes dos portos brasileiros de maneira eficaz e sustentável.

Colaboração local e compromisso ambiental

A colaboração com o Estaleiro Rio Maguari, sediado em Belém, reforça o compromisso da Svitzer em utilizar recursos e expertise locais. Além de impulsionar a indústria naval brasileira, essa parceria garante que os novos rebocadores sejam construídos conforme os mais altos padrões, prontos para enfrentar os desafios dinâmicos da indústria marítima brasileira.

PETROLÍFERO

O Petróleo - SP   02/07/2024

A China estabeleceu uma nova entidade estatal destinada a consolidar esforços na exploração de reservas ultraprofundas de petróleo e gás. A iniciativa, liderada pelo grupo estatal de energia China National Petroleum Corp (CNPC), visa enfrentar os desafios de extrair recursos não convencionais, conforme anunciou a CNPC na segunda-feira.

Atendendo ao apelo do Presidente Xi Jinping para a criação de “novas forças produtivas”, o objetivo principal do novo órgão é fortalecer a segurança energética do país. A entidade reunirá a expertise e recursos de grandes produtores de petróleo e outras importantes empresas estatais.

Empresas Envolvidas

Além da CNPC e da Sinopec, as duas maiores produtoras de petróleo e gás da China, a nova entidade integrará sete outros grupos estatais. Entre eles estão a China Aerospace Science and Industry Corp, Baowu Group (do setor siderúrgico), Sinomach (construtora de equipamentos), Dongfang Electric Group e Minmetals.

Exploração de Reservas Ultraprofundas

O foco principal será a perfuração de poços que alcançam até 10.000 metros de profundidade, em áreas como a bacia do Tarim, na região noroeste de Xinjiang. A CNPC e a Sinopec já têm operações significativas nessa região e buscarão também explorar petróleo de xisto e gás em jazidas de carvão.
Importância para a China

Sendo a maior importadora de petróleo bruto do mundo, a China depende de importações para cerca de três quartos de suas necessidades energéticas. Investimentos bilionários têm mantido a produção doméstica acima de 4 milhões de barris por dia, um patamar considerado crucial para sustentar as atividades industriais e militares do país.
Desafios Enfrentados

Embora as grandes petrolíferas estatais tenham conseguido aumentar a produção em aproximadamente 2% ao ano desde 2018, elas ainda enfrentam desafios significativos. A produção em campos maduros está em declínio, e a extração de gás e óleo de xisto apresenta dificuldades geológicas e custos elevados.

A criação deste novo órgão representa um esforço estratégico da China para consolidar e fortalecer suas capacidades de exploração de petróleo e gás, assegurando a segurança energética em um cenário global competitivo.

O Petróleo - SP   02/07/2024

No segundo semestre de 2024, os preços do petróleo global devem manter uma estabilidade relativa, conforme indicado por uma pesquisa recente da Reuters. As expectativas apontam para um preço médio de US$ 83,93 por barril para o petróleo Brent, ligeiramente abaixo das previsões anteriores. Enquanto isso, o petróleo dos EUA é projetado em US$ 79,72 por barril, refletindo um pequeno aumento em relação aos números anteriores.
Tendências de Preços e Fatores Influenciadores

Analistas destacam que os preços do petróleo estão em um padrão lateral, com fatores de oferta e demanda exercendo influência limitada. Norbert Rücker, analista do Julius Baer, observa que os níveis de armazenamento estão dentro das expectativas sazonais, enquanto os eventos geopolíticos no Oriente Médio geram breves picos de volatilidade.

Perspectivas de Demanda e Oferta

Para o crescimento da demanda, espera-se um aumento de 0,99 a 1,4 milhões de barris por dia em 2024, impulsionado principalmente pelo consumo sazonal e condições econômicas globais. Em contrapartida, a produção de petróleo por países fora da OPEP está em ascensão, o que pode compensar qualquer redução nos cortes de produção da OPEP+.
Decisões da OPEP e Geopolítica

A OPEP+ planeja reduzir gradualmente os atuais cortes de produção, o que poderia resultar em um pequeno excedente de mercado até o final de 2025. Decisões futuras dependerão das dinâmicas geopolíticas no Oriente Médio e do consumo sazonal durante o verão.

Embora haja incertezas, analistas não descartam a possibilidade de os preços ultrapassarem os US$ 90 por barril, dependendo dos desenvolvimentos geopolíticos e das decisões estratégicas da OPEP+. A estabilidade relativa dos preços reflete um equilíbrio delicado entre oferta crescente e demanda em evolução.

Portos e Navios - SP   02/07/2024

A empresa de perfuração offshore Transocean, sediada na Suíça, deu início à operação de seu novo navio de perfuração para águas ultraprofundas para a Petrobras.

Após um acordo de compra no final de 2022 para a aquisição do navio de perfuração "Deepwater Aquila" (antigo "West Aquila") por US$ 200 milhões da Hanwha Ocean, antiga Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering (DSME), a empresa suíça deu início a uma oferta privada com vencimento em 2028 para financiar parcialmente a construção, aquisição e melhoria ou alteração da nova plataforma de águas ultraprofundas de sétima geração.

Este navio-sonda é uma das duas sondas originalmente encomendadas em 2013 pela Seadrill. A Transocean possui e opera oito dos 12 navios-sonda de águas ultraprofundas do mundo, com capacidade para 1,4 mil toneladas curtas de gancho, após trazer a sonda "Deepwater Aquila" para seu grupo.

A sonda, que deveria ser entregue pelo estaleiro em outubro de 2023, ganhou um contrato de três anos em setembro de 2024 com a Petrobras a uma taxa de US$ 448 mil. O trabalho estava programado para começar em junho de 2024 e terminar em junho de 2027.

Valor - SP   02/07/2024

O mercado se prepara para o aumento da demanda que costuma ocorrer durante o verão nos Estados Unidos, em especial a partir do feriado do dia 4 de julho

O petróleo subiu ao redor de 2%, nesta segunda-feira (1º), acelerando a alta no começo da tarde à medida que o mercado se prepara para o aumento da demanda que costuma ocorrer durante o verão nos Estados Unidos, em especial a partir do feriado de Independência em 4 de julho.

O contrato futuro do petróleo WTI, a referência americana, para agosto subiu 2,26%, a US$ 83,38 por barril, maior nível desde 26 de abril. Já o contrato do Brent, a referência global, para setembro avançou 1,88%, a US$ 86,60, preço mais alto desde 29 de abril.

Às vésperas do início da temporada de verão nos Estados Unidos, o mercado de petróleo tem mostrado maior otimismo com os fatores para a demanda e oferta globais. Além do esperado aumento sazonal do consumo nos Estados Unidos por conta das viagens, a tensão geopolítica no Oriente Médio e a extensão dos cortes da oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) têm dado apoio aos preços.

“Esses fatores de risco aumentados adicionarão um prêmio para a remessa de petróleo e gás, o que deve se refletir no mercado futuro, especialmente quando entramos em uma semana de feriado, em que as negociações estão um pouco mais fracas e os investidores, mais nervosos”, diz Phil Flynn, analista da The Price Futures Group.

AGRÍCOLA

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   02/07/2024

A Oxbo do Brasil Equipamentos Agrícolas, fabricante de máquinas e soluções para o setor de agricultura, construirá uma unidade de produção de colheitadeiras em Uberaba, no Triângulo Mineiro.

Com um aporte de R$ 50 milhões, a planta vai gerar, a princípio, 70 empregos diretos, fora os indiretos. O começo das operações está previsto para ocorrer já no início de 2025.

A empresa ficará instalada em uma área de mais de 96 mil m², no Distrito Industrial II. A fábrica contará com a implementação dos processos de manufatura (solda, pintura e montagem), a nacionalização de máquinas agrícolas e o lançamento de novos produtos.

A expectativa é que o faturamento anual do complexo alcance a casa dos R$ 100 milhões.

O grupo holandês Ploeger Oxbo Internacional, que desenvolve, produz, distribui e oferece suporte a soluções mecanizadas para nichos de mercado agrícolas em todo o mundo, é o controlador da Oxbo Brasil.

A controladora possui sete instalações de fabricação, em países como a Holanda, Estados Unidos e Reino Unido, e locais para serviços diretos, vendas e peças.

A subsidiária brasileira tem unidade produtiva na cidade de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. Em Aparecida de Goiânia, Goiás, a companhia dispõe de um centro de distribuição de peças e serviços.

O município mineiro de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, abriga um empreendimento semelhante da produtora de máquinas agrícolas, sendo o único em Minas Gerais.

Na semana passada, a companhia e a Prefeitura de Uberaba assinaram o protocolo de intenções do investimento.

O processo de negociação durou mais de dois anos e foi mediado pela Agência de Promoção de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Invest Minas), instituição vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG).

Além dos incentivos oferecidos pelo governo estadual e também pela gestão municipal, a escolha por Uberaba, de acordo com o gerente-executivo da Oxbo do Brasil, Leonir Vargas Belarmino, foi em razão da forte produção de café na região. Isso porque a empresa fabrica colheitadeiras da cultura e o município possui uma posição estratégica para atender a demanda pelos equipamentos.

Em entrevista ao Diário do Comércio, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Rui Ramos, disse que a empresa estava interessada em vir para o Estado e procurou o município em busca de um terreno que já tivesse uma construção.

Após muitas tratativas, a companhia adquiriu uma área da Amanco, onde anteriormente funcionou uma fábrica de tubos. Conforme ele, a fabricante pretende começar a reforma e as adequações da estrutura em julho.

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