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Diário do Comércio - MG   19/11/2025

Usinas siderúrgicas resolveram adiar para janeiro um reajuste de 5% a 8% em seus produtos planos que seria aplicado em dezembro, em meio à expectativa de uma queda sazonal do mercado interno dezembro e pressão de importadores para internalizar milhares de toneladas de aço antes da possível imposição de medidas de defesa comercial pelo Brasil.

"O novo aumento (de preço) em dezembro foi posto de lado", disse o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, em entrevista a jornalistas nesta terça-feira (18).

"O pessoal está anunciando novo reajuste para janeiro… é uma maneira de forçar para que dezembro não seja um mês tão ruim, pois quando se posterga o aumento, o pessoal vai tentar ajustar estoques ainda nos preços antigos", acrescentou.

Apesar das importações de aço plano pelo Brasil terem recuado 9,2% em outubro ante o mesmo mês de 2024, o Inda avalia que há ainda grande quantidade de aço a ser descarregada em portos brasileiros, o que deve pressionar o mercado nacional até abril ou maio, disse Loureiro.

Segundo ele, o principal porto de entrada de aço plano no país, de São Francisco do Sul (SC), tem cerca de 500 mil toneladas em terra e esperando desembarque.

"Um navio chegou em 24 de outubro com 45 mil toneladas e esse navio está previsto descarregar em 25 de novembro…ainda tem volume grande de material que está chegando que vai fazer pressão forte nos próximos três a quatro meses", disse o presidente do Inda.

Revista Oeste - SP   24/11/2025

A produção brasileira de aço bruto em outubro caiu 2,7% em relação ao ano passado. Segundo a Aço Brasil, a produção chegou a 2,988 milhões de toneladas, queda de 2,7% sobre o resultado de um ano antes. As vendas de aço no mercado interno, enquanto isso, foram de 1,814 milhão de toneladas, recuo de 6,5% na comparação anual. Por sua vez, as siderúrgicas resolveram adiar para janeiro um reajuste de 5% a 8% em seus produtos planos que seria aplicado em dezembro. A expectativa de uma queda sazonal do mercado interno e a pressão de importadores para internalizar milhares de toneladas de aço antes da possível imposição de medidas de defesa comercial pelo Brasil motivaram a decisão. Segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), há ainda uma grande quantidade de aço a ser descarregada em portos brasileiros, o que deve pressionar o mercado nacional até abril ou maio.

SIDERURGIA

Valor - SP   03/11/2025

Redução de 22% na projeção para 2026 reflete disciplina de capital, afirma Gustavo Werneck

O presidente da Gerdau, Gustavo Werneck, destacou, nesta sexta-feira (31), a redução de 22% na projeção de investimentos para 2026, para R$ 4,7 bilhões, em comparação ao previsto para 2025. "Seguimos focados em projetos de competitividade e na disciplina de capital, especialmente diante do cenário desafiador no Brasil", afirmou ele, em teleconferência com analistas, um dia após a divulgação do balanço.

O executivo também disse que, no trimestre, o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) atingiu R$ 2,7 bilhões, alta de 7% ante o período anterior, e o fluxo de caixa livre foi de R$ 1 bilhão. Já o lucro líquido no período caiu 24%, para R$ 1,1 bilhão, ou R$ 0,54 por ação.

Segundo Werneck, a companhia encerrou o terceiro trimestre de 2025 com resultados sólidos, e a estratégia de internacionalização tem sido decisiva para compensar a fraqueza do mercado brasileiro.

Diário do Comércio – MG 11/11/2025

Balanço das principais empresas do segmento confirmam o cenário, apesar da queda de 17,9% nos desembarques no País, entre julho e setembro deste ano, conforme dados do Instituto Aço Brasil

As principais siderúrgicas que atuam no Brasil divulgaram recentemente o balanço do terceiro trimestre e, conforme especialistas do mercado financeiro, a importação de aço prejudicou os negócios de parte das empresas no mercado interno. Os números foram afetados, apesar do recuo de 17,9% nos desembarques do País, entre julho e setembro, ante igual período do ano passado, de acordo com dados do Instituto Aço Brasil (IABr).

Como exemplo do efeito negativo das importações, a Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais (Usiminas) registrou uma queda de 7% nas vendas internas na comparação anual, enquanto a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) apresentou uma retração de quase 10%. Em relação ao segundo trimestre, as duas empresas reportaram avanços, de 2% e de 4,4%, respectivamente, mas o desempenho do grupo fluminense, por exemplo, decorreu de uma postura mais combativa em termos de precificação para ganho de competitividade.

Por consequência, sobretudo da baixa nas negociações no Brasil, a Usiminas teve, no terceiro trimestre, uma receita líquida de vendas na siderurgia 1,3% inferior à que alcançou no mesmo intervalo de 2024. No caso da CSN, a performance foi 12,4% pior.

Em contrapartida, a Gerdau, que é relativamente menos sensível à importação de aço se comparada a Usiminas e a CSN, por produzir mais aços longos do que planos – principal alvo das compras externas brasileiras –, conseguiu expandir as vendas no mercado interno, não somente no confronto com o trimestre imediatamente anterior, mas também frente ao mesmo período do exercício passado. Os respectivos avanços foram de 7,7% e 3,6%.

O especialista da Valor Investimentos, Virgílio Lage, diz que as importações agravaram os resultados. Ele afirma que o fluxo de material importado "comprimiu preços e margens" das operações das siderúrgicas no Brasil, como as próprias empresas citaram nos relatórios.

Valor - SP   12/11/2025

China respondeu por 61,1% das importações brasileiras de produtos de aço de janeiro a setembro de 2025

O alto volume de aço exportado pela China continua a ser um problema para o setor siderúrgico da América Latina, dizem especialistas da indústria reunidos no congresso da Associação Latino-americana do Aço (Alacero), em Cartagena das Índias, na Colômbia. Jorge Oliveira, presidente da Alacero, disse nesta terça-feira (11) que o cenário está mais preocupante do que nos últimos anos e que ainda há mais dúvidas do que respostas para resolver as questões decorrentes da entrada do produto chinês na região: "A realidade mostra que, apesar dos esforços, o mercado de aço da América Latina está em deterioração por conta da capacidade global excedente de produtos da Ásia."

Oliveira, que também é presidente da ArcelorMittal no Brasil, disse que empresas latinas têm sido obrigadas a reavaliar investimentos e reduzir produção: "A maior produtora de aço do Chile [Huachipato] fechou operações. Essas tensões geopolíticas afetam toda a cadeia de insumos e os preços das commodities e de logística. Precisamos buscar respostas efetivas para enfrentar esse ambiente desafiador."

A preocupação com a entrada do produto chinês em países latino-americanos se confirma nos números. Entre janeiro e setembro deste ano, as importações totais de aço do Brasil (de todas as origens) somaram 5,075 milhões de toneladas, 9,7% acima das 4,628 milhões de toneladas de igual período do ano passado, conforme dados do Instituto Aço Brasil.

Já as importações de produtos de aço com origem na China cresceram 25,9% no mesmo período, em comparação com nove meses de 2024, somando 3,1 milhões de toneladas. Os chineses representaram 61,1% das importações brasileiras de produtos de aço de janeiro a setembro de 2025, aumento de 7,9 pontos percentuais ante igual período do ano anterior.

De janeiro a setembro de 2025, a produção brasileira de aço caiu 1,7%, para 24,982 milhões de toneladas, também segundo o Aço Brasil, ante 25,419 milhões de toneladas de igual período de 2024.

Segundo a Alacero, a China produz em 20 dias o equivalente a um ano de operação da indústria siderúrgica de toda a América Latina. Quando se trata de Brasil, o país asiático produz em 12 dias o mesmo volume produzido pela indústria brasileira em um ano.

"A América Latina está perdendo a possibilidade de desenvolvimento. As barreiras de defesa da região são muito baixas", disse Ezequiel Tavernelli, diretor-executivo da Alacero. Ele prosseguiu: "As economias latinas estão se ‘primarizando’. As indústrias da região estão vendendo mais produtos primários do que manufaturados. Os países não estão se industrializando."

Na visão do diretor-executivo da Alacero, a China pode se tornar um problema social para países da América Latina como resultado dos efeitos que uma desaceleração da siderurgia pode ter sobre a cadeia produtiva: "A indústria do aço gera empregos, movimenta logística e abastece outras indústrias. Muitos setores são afetados ao mesmo tempo."

Valor - SP   13/11/2025

Mesmo com uma maior aproximação entre Lula (PT) e Donald Trump nos últimos meses, há espaço para avanços, avalia Philip Bell, da Associação de Fabricantes de Aço dos Estados Unidos

O presidente da Associação de Fabricantes de Aço dos Estados Unidos (SMA, na sigla em inglês), Philip Bell, acredita que a relação entre governos brasileiro e americano ainda pode melhorar. Ao Valor, Bell afirmou que, mesmo com uma maior aproximação entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump nos últimos meses, há espaço para avanços. Ele também observou que o Brasil precisa de mecanismos para proteger a própria indústria, em clara alusão à China.

"Trump era um grande fã de [Jair] Bolsonaro, mas as coisas mudaram. O Brasil é importante para a economia global e para a indústria de aço. É fundamental termos um relacionamento saudável. Há um enorme potencial para melhora", disse Bell, após participar do congresso anual da Associação Latino-americana de Aço (Alacero), na Colômbia.

Questionado sobre se essa relação melhor entre os países poderia reduzir as tarifas americanas sobre o aço importado do Brasil, que ainda é taxado com 50% desde junho pela medida da Casa Branca chamada seção 232, Bell deixou a decisão para os chefes de Estado.

"Isso diz respeito a Lula e Trump, e não a mim. Acredito que o Brasil tem muito a fazer no campo de comércio exterior. Muitos na indústria brasileira [do aço], ainda que não gostem do que nós estamos fazendo, acreditam que o Brasil deveria fazer algo parecido com nossas tarifas para ajudar a indústria interna", afirmou.

IstoÉ Dinheiro - SP   19/11/2025

A Comissão Europeia introduziu cotas de importação em certas ligas metálicas usadas na fabricação de aço para proteger os produtores domésticos de uma enxurrada de importações mais baratas.

As medidas incluem cotas tarifárias específicas por país para algumas ferroligas, – ligas feitas pela combinação de ferro com outros elementos – limitando o volume de importações que podem entrar na UE sem tarifas, disse a Comissão nesta terça-feira.

Sob as novas regras, um sistema de preço de referência será aplicado. Se o preço das ferroligas importadas cair abaixo de um preço de referência estabelecido, uma tarifa será imposta. Esta tarifa será igual à diferença entre o preço de referência e o preço real de importação. No entanto, se o preço do metal importado atender ou exceder a referência, nenhuma taxa será cobrada.

As medidas devem expirar em 17 de novembro de 2028.

O bloco também informou hoje que planeja restringir importações de sucata de alumínio em 2026. Fonte: Dow Jones Newswires.

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Valor - SP   25/11/2025

O bloco tem afirmado reiteradamente que não permitirá que outros países/governos ditem a regulação interna sobre o setor de tecnologia

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, declarou, nesta segunda-feira (24), que a União Europeia (UE) precisa mudar suas regras digitais para, então, viabilizar um acordo a fim de reduzir as tarifas sobre aço e alumínio. Segundo Lutnick, a delegação americana está em constante diálogo com o lado europeu para alcançar a flexibilização das regras de tecnologia do bloco. "Em troca disso, vamos propor um acordo interessante para aço e alumínio", afirmou à Bloomberg.

O comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, afirmou que as regras tecnológicas do bloco europeu não são discriminatórias. "Elas não são direcionadas a empresas americanas, mas sabemos que este é um dos temas que os EUA querem discutir. Estamos preparados para responder a essa questão, assim como os EUA estão preparados para responder às nossas demandas", afirmou.

O secretário e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, estão em Bruxelas para uma primeira visita desde o estabelecimento do acordo comercial entre o governo americano e a UE.

O tratado estabeleceu uma tarifa de 15% sobre a maioria dos bens europeus, enquanto a UE se comprometeu a eliminar tarifas sobre produtos industriais americanos e alguns itens agrícolas e alimentícios. Ambos os lados também se comprometeram a continuar negociações acerca das tarifas setoriais sobre aço e alumínio, fixadas em 50%.

A principal preocupação das autoridades europeias diz respeito ao alcance do escopo das tarifas. Desde o estabelecimento do acordo, o governo americano ampliou significativamente a lista de itens sobre abrangência das tarifas.

O requisito imposto pelos EUA, porém, coloca a UE numa posição difícil. O bloco tem afirmado reiteradamente que não permitirá que outros países/governos ditem a regulação interna sobre o setor de tecnologia.

Ao mesmo tempo, lideranças dos países-membros do bloco pedem que a autoridade europeia tome providências para mitigar as taxas. "Em relação ao aço e alumínio, precisamos obter alívio adicional", disse a ministra da Economia da Alemanha, Katherina Reiche, à imprensa.

"Muitas máquinas produzidas não podem ser entregues aos EUA e nossas empresas estão sofrendo quedas consideráveis nas vendas", completou.

O porta-voz da Comissão Europeia, Thomas Regnier, afirmou, em coletiva de imprensa, que o bloco não acatará negociação sobre as regras do setor tecnológico e tributação como parte das negociações com a delegação americana.

Grandes Construções - SP   26/11/2025

A produção de aço no Brasil registrou crescimento expressivo em outubro deste ano, na comparação mensal, mas recuou em relação ao mesmo período de 2024.

Os dados foram divulgados na semana passada pelo Instituto Aço Brasil, entidade que representa o setor siderúrgico nacional.

No mês passado, segundo o levantamento da Aço Brasil, a produção no setor aumentou 6,1% em relação a setembro de 2025, para cerca de 3 milhões de toneladas.

Já em relação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 2,7%.

Vendas - Ainda de acordo com o levantamento, as vendas de aço no mercado interno recuaram 6,5% em outubro, para 1,81 milhão de toneladas. Houve quedas nos segmentos de laminados planos (-7,3%) e longos (-5,5%), utilizados por setores como o automotivo e na construção civil, respectivamente.

Entre janeiro e outubro de 2025, as vendas internas tiveram queda de 0,3%, para 17,86 milhões de toneladas.

Exportações - Com o recuo no mercado interno, a produção siderúrgica do país se apoiou, principalmente, nas exportações, que aumentaram 28% e chegaram a 907 mil toneladas.

Os maiores destaques foram os produtos semiacabados, cujas vendas externas subiram 29% em relação a outubro do ano passado.

No acumulado do ano até outubro, as exportações do setor têm alta de 4,6%, com 8,74 milhões de toneladas.

Diário do Comércio - MG   28/11/2025

A indústria siderúrgica brasileira registrou um faturamento de cerca de R$ 123,1 bilhões entre janeiro e setembro deste ano, conforme dados do Instituto Aço Brasil (IABr). O resultado representou uma queda de 2,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

O valor faturado no mercado interno chegou a R$ 93,7 bilhões, alta de 2,2%, enquanto no externo atingiu R$ 28 bilhões, decréscimo de 14,7%. Já o montante alcançado com outros tipos de receitas foi de R$ 1,4 bilhão, avanço de 19,9%.

O analista de investimentos da plataforma AGF, Pedro Galdi, avalia que o recuo no faturamento do setor veio da impossibilidade de as usinas ajustarem preços ao longo do ano. A concorrência com o aço importado, de menor valor, impediu reajustes das siderúrgicas.

Segundo o especialista, como as margens continuam pressionadas, o que as empresas têm executado para contornar a situação é reduzir custos, despesas operacionais e programas de investimentos ou diminuir o quadro de pessoal, como no caso da Gerdau.

"Não acredito que as coisas irão melhorar, a menos que realmente venham as medidas protecionistas", afirma. "Lembrando que as usinas pleiteiam isso com o governo federal há mais de um ano e, até o momento, nada foi feito", pondera.

Enquanto aguardam ações de defesa comercial mais efetivas, a siderurgia nacional observou as importações subirem 9,7% nos três primeiros trimestres de 2025, ante igual intervalo de 2024. O volume de aço que entrou no mercado brasileiro foi de 5,1 milhões de toneladas, dos quais 3,1 milhões de toneladas, 61,1%, foram enviados pela China.

Somente de aços especiais-ligados, os desembarques cresceram 273,2%, para 987,2 mil toneladas. Dentro dessa categoria, as compras de chapas e bobinas de outros aços ligados do exterior totalizaram 714,6 mil toneladas, refletindo um aumento significativo de 583%
Setor acelera volume de exportações, mas receita cai

As importações avançaram, mas as exportações também. De acordo com os números da entidade, no acumulado dos primeiros nove meses, os embarques chegaram a 7,8 milhões de toneladas, acréscimo de 2,4% na comparação ano a ano. Os Estados Unidos (EUA), embora tenham colocado uma sobretaxa para o aço brasileiro que entra no país, responderam pela maior parte dos envios, 5,1 milhões de toneladas, 65,6%.

Outros mercados também tiveram destaque, como a Argentina, que recebeu 522,9 mil toneladas, 6,7%, e o Peru, com 266,7 mil toneladas, 3,4%. Conforme Galdi, desde que o governo norte-americano anunciou tarifas sobre o produto do Brasil, em fevereiro, as usinas nacionais passaram a buscar novos mercados fora dos EUA.

Na contramão do volume, o valor exportado pela indústria do aço retraiu 10,8% no mesmo comparativo. A receita com as exportações no período foi de US$ 5,4 bilhões.

ECONOMIA

Money Times - SP   03/11/2025

A atividade industrial da China encolheu pelo sétimo mês consecutivo em outubro, afetada por uma queda nos novos pedidos de exportação, à medida que o impulso obtido após meses de antecipação de embarques para escapar das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, finalmente se esgotou.

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) oficial caiu para 49,0 em outubro, ante 49,8 em setembro, atingindo o menor nível em seis meses, segundo a pesquisa do Birô Nacional de Estatísticas divulgada nesta sexta-feira (31). O índice permaneceu abaixo da marca de 50, que separa crescimento de contração, e ficou abaixo da previsão de 49,6 em pesquisa da Reuters.

Os formuladores de políticas chineses haviam apostado que os produtores acelerariam os embarques para os EUA, a maior economia consumidora do mundo, ao longo dos três primeiros trimestres de 2025, antecipando possíveis tarifas de três dígitos sobre produtos chineses, como forma de compensar a fraca demanda doméstica.

Mas analistas já alertavam que a estratégia era insustentável, representando, na prática, um empréstimo de crescimento futuro para manter a aparência de estabilidade na segunda maior economia do mundo.

Fabricantes chineses intensificaram esforços para alcançar novos clientes na Europa, América Latina, Oriente Médio e África, mas estão cada vez mais vendendo com prejuízo, sem encontrar outros mercados capazes de absorver os cerca de US$ 400 bilhões em produtos que antes eram adquiridos pelos EUA.

"Considerando que estamos buscando um pouco mais de estímulo no quarto trimestre, com investimentos impulsionados por instrumentos de financiamento político e novos títulos do governo, fiquei um pouco surpreso com a queda do PMI neste mês", disse Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit.

"As exportações parecem ter sido o principal fator negativo neste mês. Isso pode indicar um reflexo da antecipação anterior dos pedidos de exportação", acrescentou.

Infomoney - SP   03/11/2025

Cresceu a aposta no mercado de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode encerrar o ano no teto da meta de inflação – de 4,5% – ou muito próximo dela, conforme o último boletim Focus, que indica mediana de 4,56%, e a última pesquisa Projeções Broadcast, que já aponta uma inflação de 4,51%. A perspectiva de moderação no IPCA no encerramento do ano reforça a aposta pelo início do ciclo de flexibilização monetária já em janeiro, segundo economistas, embora esse não seja o cenário-base da maioria.

O mercado de trabalho resiliente e a inflação de serviços em níveis altos – ainda que esteja em desaceleração e apresentando uma melhora qualitativa – podem ser um freio para o Banco Central na decisão de reduzir ou não a taxa Selic em janeiro.

A economista Andréa Ângelo, da Warren Investimentos, considera que a desaceleração dos serviços aumenta a aposta por uma queda de juros em janeiro, de 0,25 ponto porcentual. Segundo ela, o qualitativo do IPCA mostrou melhora em setembro e na leitura do IPCA-15 de outubro. Contudo, a parte de serviços intensivos no trabalho, ligado ao mercado de trabalho, foi a única que voltou a acelerar neste mês.

Para o head de macroeconomia da Kínitro Capital, João Savignon, o cenário atual para a inflação aumenta a probabilidade de uma eventual antecipação do ciclo de cortes da taxa Selic, mas avalia que ainda é cedo para o Copom baixar a guarda e antecipar o ciclo de redução da taxa Selic. "É preciso aguardar o efeito positivo da dinâmica para gerar uma expectativa inflacionária menor, especialmente para 2027, que é o horizonte do BC. A autarquia precisa consolidar o ganho de credibilidade", observa. A Kínitro prevê o primeiro corte na Selic entre março e abril, mas não descarta um início em janeiro.

O economista Fabio Romão, da 4intelligence, considera que a projeção do IPCA a 4,5% em 2025 será a mais frequente no mercado, visto que o cenário para ela se concretizar ficou mais provável. "Certamente as apostas de o primeiro corte na Selic ser em janeiro vão crescer, mas ainda não veremos uma moderação no mercado de trabalho neste ano", observa.

Para ele, o IPCA deve fechar abaixo da meta – a projeção da 4intelligence é de alta de 4,52% – mas os serviços devem continuar em níveis incômodos para o BC, rodando em 6% no fim deste ano. Para 2026, o economista projeta IPCA de 4,2% e inflação de serviços de 5,4%. "É mais difícil ver uma descompressão em serviços como vimos em alimentação", diz. A 4intelligence projeta o primeiro corte na Selic em março de 2026, de 0,25 ponto porcentual.

O Estado de S. Paulo - SP   03/11/2025

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 77,5% em agosto para 78,1% em setembro, informou o Banco Central. Em valores nominais, passou de R$ 9,620 trilhões para R$ 9,748 trilhões.

Pelo conceito do Fundo Monetário Internacional (FMI), a DBGG passou de 91% do PIB em agosto para 90,5% no mês passado. O BC começou a divulgar a estatística este ano.

O pico da série da dívida bruta no critério do BC foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), devido às medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

A DBGG — que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o BC e as empresas estatais — é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

O setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, à exceção de Petrobras e Eletrobras) teve déficit primário de R$ 17,452 bilhões em setembro, após um saldo negativo de R$ 17,255 bilhões em agosto.

O rombo foi levemente maior do que indicava a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, negativa em R$ 17,30 bilhões. Todas as estimativas do mercado apontavam para um rombo, de R$ 19,660 bilhões a R$ 15,50 bilhões.

CNN Brasil - SP   04/11/2025

O ICE (Índice de Confiança Empresarial) do Ibre/FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas) recuou 0,1 ponto em outubro ante setembro, para 89,5 pontos, na série com ajuste sazonal.

Na métrica de médias móveis trimestrais, o índice teve queda de 0,7 ponto.

"A leve queda da confiança sugere a continuidade da fase de desaceleração do ritmo de atividade econômica em outubro. Além do recuo no índice que mede a percepção sobre a situação atual dos negócios, observou-se uma redução mais acentuada da confiança em segmentos que até recentemente demonstravam alguma resiliência, como a Indústria de Transformação e, sobretudo, a Construção", avaliou o pesquisador, Aloisio Campelo Jr., do Ibre/FGV, em nota oficial.

"A boa notícia veio do Índice de Expectativas, que voltou a subir, após quatro quedas consecutivas", completou ele.

O ISA-E (Índice de Situação Atual Empresarial) cedeu 0,5 ponto, para 92,8 pontos.

O recuo foi puxado pela piora na satisfação com a situação atual dos negócios (-0,7 ponto, para 91,5 pontos) e pela avaliação do nível de demanda atual (-0,4 ponto, a 94,1 pontos).

Já o IE-E (Índice de Expectativas Empresariais) avançou 0,3 ponto, para 86,2 pontos, após uma sequência de quatro meses de quedas.

Dentro do IE-E, o otimismo com a demanda nos três meses seguintes subiu 1,9 ponto, para 85,3 pontos, enquanto a perspectiva para os negócios em seis meses caiu 1,3 ponto, para 87,4 pontos.

Entre os quatro grandes setores, Comércio foi o único a mostrar melhora relevante (+1,5 ponto), enquanto recuaram a Indústria (-0,7 ponto), Construção (-0,7) e Serviços (-0,1).

Em outubro, 45% dos 49 segmentos pesquisados reportaram alta da confiança.

"O destaque negativo é o setor da Construção, onde apenas 18% dos segmentos registraram alta da confiança no mês", apontou a FGV.

A coleta de dados para a edição de outubro ocorreu entre 1º e 27 do mês.

O Estado de S. Paulo - SP   05/11/2025

A produção industrial caiu 0,4% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira, 4, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a setembro de 2024, a produção subiu 2,0%.

No acumulado do ano, a indústria subiu 1,0%. No acumulado em 12 meses, houve alta de 1,5%, ante aumento de 1,6% até agosto.

O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou alta de 0,1% em setembro.

No terceiro trimestre de 2025 ante o segundo trimestre do ano, a produção industrial brasileira cresceu 0,1%. O resultado significa o terceiro trimestre consecutivo positivo,

na série em comparação ao trimestre imediatamente anterior, com ajuste sazonal.

No quarto trimestre de 2024, a produção tinha recuado 0,1%, voltando ao positivo no primeiro trimestre de 2025, alta de 0,2%, e no segundo trimestre de 2025, elevação de 0,2%.

A queda de 0,4% na produção industrial nacional em setembro ante agosto foi puxada, sobretudo, pela retração nas atividades de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), indústrias extrativas (-1,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,5%).

Na passagem de agosto para setembro, houve recuos em 12 dos 25 ramos industriais pesquisados. Houve influência negativa relevante também de artigos do vestuário e acessórios (-2,9%), produtos químicos (-0,4%), produtos diversos (-2,7%) e outros equipamentos de transporte (-1,9%).

Na direção oposta, entre as 13 atividades com avanços, o principal impacto positivo foi de produtos alimentícios (1,9%). Outras altas significativas ocorreram em fumo (19,5%), produtos de madeira (5,5%), produtos de borracha e de material plástico (1,3%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (1,7%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (2,0%), artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (2,3%), bebidas (1,1%) e metalurgia (0,5%).
Comparação anual

O aumento de 2,0% na indústria brasileira em setembro de 2025 ante setembro de 2024 foi puxado, sobretudo, pelos avanços nos produtos alimentícios (7,1%) e indústrias extrativas (5,2%).

Em setembro de 2025 ante setembro de 2024, houve crescimento na produção de 16 dos 25 ramos investigados. Houve contribuições positivas relevantes também de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10,2%), celulose, papel e produtos de papel (5,9%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (12,0%), impressão e reprodução de gravações (26,0%), máquinas e equipamentos (4,7%), produtos têxteis (11,8%), produtos do fumo (35,0%), outros equipamentos de transporte (8,6%) e produtos de borracha e de material plástico (3,1%).

Segundo Macedo, do IBGE, houve influência do efeito calendário, uma vez que setembro de 2025 teve um dia útil a mais que igual mês do ano anterior.

IstoÉ Dinheiro - SP   05/11/2025

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,27% em outubro, desacelerando significativamente em relação ao acréscimo de 0,65% de setembro e também ante o ganho de 0,52% da terceira quadrissemana do mês passado, segundo dados publicados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta terça-feira.

Entre janeiro e outubro, o IPC-Fipe acumulou inflação de 3,30%. Nos 12 meses até outubro, a alta do índice foi de 4,86%. No 10º mês do ano, quatro dos sete componentes do IPC-Fipe subiram em ritmo mais lento: Habitação (de 1,66% em setembro a 0,22% em outubro), Transportes (de 1,01% a 0,32%), Despesas Pessoais (de 0,52% a 0,26%) e Saúde (de 0,80% a 0,37%). Por outro lado, os itens restantes ganharam força de um mês para o outro: Alimentação (de -0,52% a 0,38%), Vestuário (de -0,03% a 0,10%) e Educação (de 0,00% a 0,03%).

O Estado de S. Paulo - SP   05/11/2025

A China anunciou nesta quarta-feira, 5, que vai prorrogar por mais um ano a suspensão da tarifa adicional de 24% imposta sobre produtos importados dos Estados Unidos, mantendo a tarifa geral de 10%.

Uma declaração publicada no site do Ministério das Finanças, citando o Conselho de Estado em Pequim, afirma que "a tarifa de 24% sobre produtos dos EUA permanecerá suspensa por mais um ano, e uma tarifa de 10% será mantida".

A declaração indica que a suspensão segue "o consenso alcançado nas consultas econômicas e comerciais entre a China e os Estados Unidos" e entrará em vigor em 10 de novembro.

Os presidentes Xi Jinping e Donald Trump se reuniram na última semana na Coreia do Sul e prorrogaram a frágil trégua comercial por mais um ano, após várias rodadas de negociações.

Na terça, 4, Trump formalizou um acordo pelo qual Washington deve reduzir tarifas adicionais sobre as importações chinesas de 20% para 10%, também com vigência a partir de 10 de novembro.

Em um comunicado separado, a China anunciou, no mesmo dia, que havia suspendido as tarifas de até 15% sobre a soja e outros produtos agrícolas americanos.

O Estado de S. Paulo - SP   06/11/2025

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira, 5, manter a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano, conforme esperado pelo mercado.

A decisão do colegiado, unânime, ocorreu um dia após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que, se fosse diretor do BC, votaria pela queda dos juros. Hoje, o ministro reclamou que debater juros virou "tabu" e diz sentir

obrigação de opinar sobre o tema.

Essa é a terceira reunião consecutiva em que a autarquia mantém o nível da Selic. De setembro de 2024 até a reunião de junho deste ano, o BC aumentou a taxa em 4,50 pontos, o segundo maior ciclo de alta dos últimos 20 anos, perdendo apenas para a alta de 11,75 pontos entre março de 2021 e agosto de 2022, que ocorreu após o fim da pandemia.

O BC não mudou a sinalização de que a Selic deve ficar neste patamar por "período bastante prolongado".

"O Comitê avalia que a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta", disse o colegiado em comunicado. "O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado."

O Estado de S. Paulo - SP   07/11/2025

Diante do tarifaço imposto pelo governo Donald Trump aos produtos brasileiros, as exportações para os Estados Unidos caíram 37,9% em outubro em comparação ao mesmo mês de 2024 - totalizando US$ 2,217 bilhões, o menor volume desde 2020.

Os números foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) nesta quinta-feira, 6.

Esta é a terceira queda consecutiva nas vendas aos EUA, neste que foi o terceiro mês de vigência da alíquota de 50% aplicada por Trump ao País. No ano (de janeiro a outubro de 2025), as vendas de produtos brasileiros aos EUA caíram 4,5%, somando US$ 31,460 bilhões, ante US$ 32,949 bilhões no mesmo período de 2024.

Já as importações de produtos americanos cresceram 9,6% em outubro em relação ao mesmo mês de 2024. Nos dez meses de 2025, as compras vindas dos EUA cresceram 11,6%, o equivalente a US$ 38,297 bilhões. Neste período, a balança comercial com os EUA apresentou déficit de US$ 6,84 bilhões.

Já as exportações de produtos brasileiros para a China cresceram 33,4% em outubro, somando US$ 9,209 bilhões no mês). Nos dez primeiros meses do ano, as vendas para o país asiático cresceram 1,7%, totalizando US$ 84,733 bilhões.

Pelo lado das importações, houve queda de 3,2% nas compras vindas da China em outubro (totalizando US$ 6,438 bilhões) e alta de 13,0% (US$ 59,852 bilhões) no acumulado do ano.

O Estado de S. Paulo - SP   07/11/2025

O governo dos Estados Unidos formalizou, por meio da assinatura de uma ordem executiva, a decisão de suspender por um ano a elevação de tarifas aplicada sobre importações da China, no âmbito do acordo econômico firmado entre os dois países após encontro entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul.

O documento, que deverá publicado nesta sexta-feira, 7, no Federal Register (o diário oficial dos EUA), aponta que o país manterá a suspensão das tarifas recíprocas até 10 de novembro de 2026. A elevação da tarifa estava prevista para entrar em vigor em 10 de novembro de 2025.

O texto destaca que a decisão vem em linha com os compromissos assumidos por Pequim nas semanas anteriores. A Casa Branca avalia que o pacto "ajudará a corrigir práticas comerciais não recíprocas e a reduzir o déficit comercial dos EUA".

Segundo o decreto de Trump, o governo americano destaca que a China se comprometeu a adiar e eliminar "controles coercitivos de exportação" sobre terras raras e outros minerais críticos, além de suspender tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA até 31 de dezembro de 2026. Em contrapartida, Washington decidiu "continuar a suspensão das tarifas recíprocas elevadas" impostas em 2025.

O Estado de S. Paulo - SP   07/11/2025

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 3,2% em 2023, segundo dados anuais definitivos do Sistema de Contas Nacionais, divulgados nesta quinta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB somou R$ 10,9 trilhões naquele ano, o PIB per capita foi de R$ 51.693,92.

"Nesta publicação, o Sistema de Contas Nacionais terá como base os resultados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, já que o IBGE está com o projeto de reformulação da série do Sistema de Contas Nacionais, ano base 2010 para ano base 2021. Com isso, estamos publicando as tabelas atualizadas somente até 2023, quando houver informação, e as notas técnicas", ponderou Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, em nota oficial.

Sob a ótica da oferta, o PIB dos Serviços cresceu 2,8% em 2023, o da Indústria teve elevação de 1,7%, enquanto o da Agropecuária saltou 16,3%.

Pelo lado da demanda, o consumo final cresceu 3,4%: o consumo final das famílias subiu 3,2%, enquanto o consumo do governo avançou 3,8%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos do PIB) encolheu 3% em 2023, após ter aumentado 1,1% em 2022. A taxa de investimento foi de 16,4% no ano de 2023.

Na ótica da demanda, o crescimento de 3,2% do PIB teve contribuição de 2,0 pontos porcentuais da demanda interna, puxada pelo consumo das famílias, e 1,3 ponto porcentual da demanda externa, que também subiu, já que as exportações brasileiras de bens e serviços cresceram mais do que as importações.

O valor adicionado bruto cresceu 3,4% no ano de 2023, com contribuição de 1,9 ponto porcentual dos Serviços, 0,4 ponto porcentual da Indústria, e 1,1 ponto porcentual da Agropecuária.

O IBGE ressaltou, em nota, que a divulgação detalhada do PIB anual definitivo está temporariamente suspensa, mantendo-se apenas estimativas agregadas, em razão da transição para a nova base 2021.

Money Times - SP   07/11/2025

As exportações da China despencaram inesperadamente em outubro, à medida que os pedidos do exterior diminuíram após meses de antecipação de embarques para escapar das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, enquanto compradores aguardavam para ver como se desenrolaria um mês volátil nas relações comerciais entre Estados Unidos e China.

Os embarques externos da China encolheram 1,1% no mês passado, o pior desempenho desde fevereiro, revertendo o aumento de 8,3% registrado em setembro e ficando bem abaixo da previsão de crescimento de 3,0% em uma pesquisa da Reuters, segundo dados alfandegários divulgados nesta sexta-feira (7).

O resultado foi influenciado por uma base de comparação elevada em outubro do ano passado, quando as exportações cresceram no ritmo mais rápido em mais de dois anos, à medida que fábricas aceleravam o envio de estoques para grandes mercados, antecipando o retorno triunfal de Trump à Casa Branca.

As importações também cresceram em ritmo bem mais lento, de apenas 1,0%, em comparação com 7,4% em setembro e abaixo da previsão de alta de 3,2%.

Indicadores preliminares mostraram que a economia perdeu parte do ímpeto no mês passado. O PMI caiu para o nível mais baixo em seis meses, sugerindo que o restante do mundo já havia absorvido tantos produtos chineses quanto podia no momento, com donos de fábricas relatando queda acentuada em novos pedidos de exportação.

As tensões entre China e Estados Unidos aumentaram inesperadamente no início de outubro, depois que Trump ameaçou impor tarifas de 100% sobre produtos chineses, em resposta à decisão de Pequim de ampliar dramaticamente seus controles de exportação sobre metais de terras raras.

O clima se acalmou após o encontro entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping, na semana passada, na Coreia do Sul, quando ambos os lados concordaram em estender a trégua comercial, que expiraria em 10 de novembro, por mais um ano.

Ainda assim, os produtos chineses destinados aos EUA continuarão sujeitos a uma tarifa média de cerca de 45%, acima dos 35% que alguns economistas apontam como o limite que elimina as margens de lucro dos fabricantes chineses.

Economistas estimam que a perda do mercado americano reduziu o crescimento das exportações em cerca de 2 pontos percentuais, o que equivale a aproximadamente 0,3% do PIB.

Monitor Digital - RJ   10/11/2025

Um relatório de think tanks sobre o plano de desenvolvimento econômico e social da China para o período do 15º Plano Quinquenal (2026–2030) foi divulgado nesta sexta-feira em um seminário sobre a compreensão da quarta sessão plenária do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), em Beijing.

Intitulado "O Estágio Crítico para Basicamente Realizar a Modernização Chinesa – Plano Estratégico para o Desenvolvimento Econômico e Social da China no Período do 15º Plano Quinquenal", o relatório foi divulgado em conjunto pelos think tanks chineses do Instituto de História e Literatura do Partido do Comitê Central do PCCh e da Agência de Notícias Xinhua.

O relatório resume as principais conquistas no desenvolvimento econômico e social durante o período do 14º Plano Quinquenal (2021-2025) e delineia os planos estratégicos de desenvolvimento econômico e social para o período do 15º Plano Quinquenal.

O 14º Plano Quinquenal da China: repercussões globais e o desafio do 15º | Monitor Mercantil

Os 14 planos quinquenais da China implementados nas últimas décadas impulsionaram significativamente o desenvolvimento econômico e social do país, trazendo os dois milagres do rápido crescimento econômico e da estabilidade social de longo prazo, de acordo com o relatório dos think tanks.

Desde que o 1º Plano Quinquenal (1953–1957) estabeleceu as bases industriais para o desenvolvimento, a China cresceu e se tornou a segunda maior economia do mundo, de acordo com o documento.

A preços constantes, o PIB da China em 2023 foi 223 vezes maior que o de 1952, enquanto o PIB per capita aumentou 89 vezes no mesmo período.

IstoÉ Dinheiro - SP   11/11/2025

O mercado financeiro manteve quase todas as previsões para os próximos meses para IPCA, PIB e Selic de 2025. De acordo com o relatório Focus, que reúne as previsões das instituições financeiras, a mediana para o IPCA deste ano permaneceu em 4,55%. A taxa está 0,05 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Há um mês, era de 4,72%. A projeção para o IPCA de 2026 seguiu em 4,20%. Há um mês, era de 4,28%.

A previsão do Banco Central, no entanto, é que o IPCA some 4,6% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no último ciclo de comunicações do Comitê de Política Monetária (Copom). No horizonte relevante, o segundo trimestre de 2027, o colegiado espera que a inflação em 12 meses seja de 3,3%.

Na última decisão, o Copom manteve a Selic em 15%, pela terceira vez consecutiva. O colegiado afirmou, no comunicado, que sua avaliação atual é de que "a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta".

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

Se a inflação ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo. Isso aconteceu após a divulgação do IPCA de junho, no dia 10 de julho. A autoridade monetária publicou uma carta aberta informando que espera queda da taxa abaixo de 4,50% no fim do primeiro trimestre de 2026.

Diário do Comércio - MG   12/11/2025

A inflação apurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) fechou outubro em 0,03%, mostrando redução em relação ao 0,52% de setembro. Com o resultado, o acumulado de 12 meses fica em 4,49%. Nos 12 meses encerrados em setembro, o índice chegava a 5,1%.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em outubro, os produtos alimentícios pesquisados pelo IBGE tiveram variação nula (0%). Já os não alimentícios subiram 0,04%.
Conta de luz ajuda

O grupo de produtos e serviços que mais puxou o INPC para baixo foi a habitação (-0,32%), que representou impacto de menos 0,06 ponto percentual.

A explicação está na migração da bandeira tarifária vermelha patamar 2 para 1. No 2, há cobrança adicional de R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos. Já no nível 1, vigente em outubro, o extra é de R$ 4,46.

A cobrança extra é determinada pela Aneel para custear usinas termelétricas em tempos de baixa nos reservatórios das hidrelétricas. O adicional é necessário, pois a energia gerada pelas termelétricas é mais cara que a hidrelétrica.
Salários

O INPC é muito utilizado como indexador para cálculo de reajuste anual de salários de diversas categorias.

O salário-mínimo, por exemplo, além de outras métricas, leva o INPC anual de novembro para chegar ao valor no ano seguinte. O seguro-desemprego, o benefício e o teto do INSS são reajustados com base no resultado de dezembro.

Globo Online - RJ   14/11/2025

As tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros provocaram forte deterioração no comércio bilateral e pressionaram a balança comercial do Brasil entre agosto e outubro de 2025. O déficit com os EUA subiu para US$ 4,7 bilhões, uma alta de 341%, ou US$ 3,6 bilhões, em relação ao mesmo período do ano passado, quando o saldo negativo fora de cerca de US$ 1,1 bilhão, segundo dados do Monitor Macroeconômico da Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.

O recuo de 24,9% nas exportações brasileiras para o mercado americano explica a ampliação do déficit. Os produtos atingidos pela tarifa de 50% — carne bovina, café, maquinaria, açúcar e madeira — sofreram as maiores quedas, entre 17,3% e 78,8% em valor exportado.

Embora parte do comércio tenha sido redirecionada para China e México, no caso da madeira os Estados Unidos permaneceram como principal destino, o que mostra que a diversificação ainda não compensou totalmente as perdas.

Entre os bens sujeitos à tarifa de 10%, o minério de ferro teve a retração mais severa, de 83,3%, com a China assumindo o posto de principal destino. O aço também foi duramente atingido, com queda de 60,2% e perda de posição dos Estados Unidos, que passaram de segundo para terceiro maior comprador, atrás da Argentina.

A única exceção positiva foi o alumínio, cujas exportações para o mercado americano aumentaram 314,3% em volume, ampliando a participação brasileira nesse segmento.

Apesar do choque tarifário, o relatório destaca sinais de resiliência na pauta exportadora. O Brasil ampliou suas vendas para a Ásia — especialmente China, Cingapura e Índia — e para as Américas, com destaque para Argentina e México. A participação chinesa nas exportações totais subiu de 25% para 29% no período.

O impacto das tarifas ocorre num contexto de desaceleração moderada da economia.

Agência Brasil - DF   19/11/2025

A economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em comparação com o segundo trimestre e acumula avanço de 2,5% no período de 12 meses. Especificamente na passagem de agosto para setembro, o comportamento foi estável, ou seja, variação nula.

Os dados fazem parte do Monitor do PIB, estudo mensal elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV (Fundação Getúlio Vargas), divulgado nesta terça-feira (18).

A pesquisa faz estimativas sobre o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), indicador do conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país.

A informação entre trimestres e meses seguidos é dessazonalizada, isto é, foram excluídas variações sazonais, de forma que seja possível comparar períodos diferentes.

Em termos monetários, a FGV estima o PIB brasileiro no acumulado até o terceiro trimestre em R$ 9,370 trilhões.

Acompanhe a cobertura completa da EBC na COP30.

De acordo com a economista Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, o setor de serviços e o consumo das famílias, maiores componentes do PIB, ficaram estagnados, "e os outros componentes pouco contribuíram para um desempenho mais forte da economia".

Ao analisar os dados interanuais – que apresentam menos volatilidade que os períodos imediatamente seguidos – a FGV constata que o consumo das famílias, que vinha crescendo anualmente praticamente acima de 3% desde 2021, apresentou visível desaceleração ao longo de 2025, registrando apenas 0,2% de expansão no terceiro trimestre, comparado ao mesmo período de 2024.

"Apesar do resultado levemente positivo, o consumo de bens apresentou desempenho negativo, tanto em duráveis, como em não duráveis. O consumo de serviços, apesar de positivo, desacelerou significativamente no último trimestre", frisa o estudo.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que mede a capacidade produtiva da economia, recuou 0,4% na comparação entre os terceiros trimestres de 2024 e 2025, muito impactado pelo comportamento fraco do setor de máquinas e equipamentos. É a primeira queda desde o trimestre móvel terminado em janeiro de 2023.

IstoÉ Dinheiro - SP   24/11/2025

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (21) que 22% das exportações brasileiras para os Estados Unidos permanecem sujeitas às sobretaxas impostas pelo governo norte-americano. A declaração foi dada no Palácio do Planalto, um dia após a Casa Branca retirar 238 produtos da lista do chamado tarifaço.

Segundo Alckmin, a nova decisão representa o maior avanço até agora nas negociações bilaterais. Ele destacou que, no início da imposição das tarifas, 36% das vendas brasileiras ao mercado norte-americano estavam submetidas a alíquotas adicionais.

"Gradualmente, tivemos decisões que ampliaram as isenções. Com a retirada dos 238 produtos, reduzimos para 22% a fatia da exportação sujeita ao tarifaço", disse.

A medida anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, revoga a tarifa extra de 40% para uma lista de itens majoritariamente agrícolas, como café, carne bovina, banana, tomate, açaí, castanha de caju e chá. A isenção tem efeito retroativo a 13 de novembro e permitirá o reembolso de produtos já exportados.

Impacto nas exportações

Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) indicam que, tomando como base os US$ 40,4 bilhões exportados pelo Brasil aos EUA em 2024:

US$ 8,9 bilhões seguem sujeitos à tarifa adicional de 40% (ou 10% mais 40%, dependendo do produto); US$ 6,2 bilhões continuam enfrentando a tarifa extra de 10%; US$ 14,3 bilhões estão livres de sobretaxas; US$ 10,9 bilhões permanecem sob as tarifas horizontais da Seção 232, aplicadas a setores como siderurgia e alumínio.

De acordo com a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, a parcela das exportações brasileiras totalmente livre de tarifas adicionais aumentou 42% desde o início da crise.

Ela ponderou, no entanto, que o setor industrial continua sendo o mais afetado e exige maior atenção por parte do governo. "Para a indústria, a busca de mercados alternativos é mais complexa do que para commodities", afirmou.

Aeronaves da Embraer, por exemplo, seguem sujeitas à tarifa de 10%.

Diário do Comércio - MG   25/11/2025

A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 permaneceu em 2,16%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando apenas as 73 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa seguiu em 2,15%.

O Banco Central diminuiu a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 2,1% para 2,0%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre. Segundo a autarquia, a redução ocorreu devido aos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, e a sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Esses fatores, porém, foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, disse.

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 também ficou estável, em 1,78%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando só as 73 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 1,78%.

A mediana para o crescimento do PIB de 2027 seguiu em 1,88%. Quatro semanas antes, era de 1,83%. Já a estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,00%, pela 89ª semana seguida.

Exame - SP   26/11/2025

A probabilidade de o Federal Reserve cortar as taxas de juros em 25 pontos-base em dezembro subiu para 83%, segundo dados do Polymarket reportados pelo Foresight News. Enquanto isso, a chance de não haver corte diminuiu para 16%. Anteriormente, essa probabilidade estava em torno de 67% a 73%, mostrando uma crescente convicção sobre o corte.

Após um período de estabilidade durante a maioria do ano de 2025, ocorreram dois cortes consecutivos de 25 pontos-base. O primeiro corte foi em setembro de 2025, reduzindo a taxa para o intervalo entre 4,00% e 4,25%. O segundo corte aconteceu em outubro de 2025, abaixando a taxa para a faixa entre 3,75% e 4,00%.

Pistas sobre um novo corte

Uma entrevista de Christopher Waller, diretor do Federal Reserve de Nova York, ajudou a retomar o sentimento de que os juros americanos vão voltar a cair. À Fox News, Waller disse que um novo corte em dezembro é oportuno.

Na última ata, o Fomc, o Comitê de Mercado Aberto do Federal Reserve, justificou o corte de outubro graças a uma inflação ainda distante da meta e um mercado de trabalho desaquecido. Na ocasião, o documento também jogou luz sobre a reunião de dezembro.

"Ao discutir o curso da política monetária no curto prazo, os participantes expressaram pontos de vista bastante diferentes sobre qual decisão seria mais apropriada na reunião de dezembro", diz a ata. A maioria do colegiado julgam apropriada uma nova redução em dezembro, mas "muitos indicaram não ver necessariamente como apropriado um outro corte de 25 pontos-base".

O documento também aponta que uma parte do colegiado espera dados que mostrem uma evolução da economia para justificar um novo corte. Porém, na atual conjuntura, alguns diretores acreditam que não há por que mexer mais nos juros em 2025.

Conforme a ata, uma parte do colegiado acredita que as tarifas de importação impostas pelo governo americano vão adicionar pressão sobre itens do núcleo inflacionário nos próximos trimestres. Os diretores do Fed acompanham de perto o desenvolvimento de negócios em seus distritos e compartilharam relatos de empresários e empreendedores que estão prontos para subir preços por conta de custos relacionados às tarifas.

O Estado de S. Paulo - SP   27/11/2025

As contas do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) tiveram saldo positivo de R$ 35,527 bilhões em outubro, informou o Tesouro Nacional. Em setembro, houve déficit de R$ 14,497 bilhões.

O resultado de outubro ficou praticamente em linha com a mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava superávit primário de R$ 36,875 bilhões. As estimativas do mercado iam de R$ 12 bilhões a R$ 43,4 bilhões.

O superávit primário de outubro de 2025 foi menor do que o registrado no mês em 2024, de R$ 41,046 bilhões.

As despesas do governo central tiveram alta real de 9,2% em outubro, frente ao mesmo mês de 2024. As receitas cresceram 4,5% na mesma base de comparação.

Infomoney - SP   27/11/2025

A confiança da indústria no Brasil apresentou queda em novembro diante da piora da avaliação da situação atual, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.

O Índice de Confiança da Indústria (ICI) caiu 0,7 ponto na comparação com o mês anterior e atingiu 89,1 pontos, de acordo com os dados da FGV.

‘Em novembro a confiança da indústria caiu pela oitava vez no ano, ampliando o sentimento de pessimismo no setor’, explicou o economista da FGV IBRE Stéfano Pacini, em nota.
‘O resultado da sondagem retrata a complexidade do ambiente macroeconômico para o setor industrial que sofre com a política monetária contracionista. Apesar do bom momento do mercado de trabalho, a indústria segue pessimista com a demanda e o alto nível de estoques, indicando estar distante de um reaquecimento da atividade’, completou.

O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, caiu 4,6 pontos, para 89,6 pontos, segundo a FGV. Segundo Pacini, as empresas reportaram nível elevado de estoques e avaliações piores sobre a demanda.

O Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, teve alta de 3,4 pontos, para 88,8 pontos, após cinco meses de quedas.

Buscando levar a inflação à meta de 3%, o Banco Central tem mantido a Selic em 15% ao ano, maior patamar em 20 anos, sem dar indicações em suas comunicações oficiais sobre quando poderá cortar os juros. A autoridade monetária volta a se reunir em 9 e 10 de dezembro, com expectativa de nova manutenção da taxa básica de juros.

MINERAÇÃO

Brasil Mineral - SP   06/11/2025

O desempenho reforça o excelente momento operacional vivido pela companhia, com uma gestão cada vez mais eficiente em ativos que não tiveram aumentos de

capacidade.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) produziu um novo recorde histórico de 11.911 mil toneladas de minério de ferro - incluindo compras de terceiros - no terceiro trimestre de 2025, um crescimento de 2,8% em relação ao trimestre anterior e de 4,1% na comparação anual. O desempenho reforça o excelente momento operacional vivido pela companhia, com uma gestão cada vez mais eficiente em ativos que não tiveram aumentos de capacidade. A CSN segue bem-posicionada e confiante no cumprimento de seu guidance anual de produção e compras, esperando ficar na banda superior de suas estimativas projetadas de 42 a 43,5 milhões de toneladas. A vendas alcançaram 12.396 mil toneladas no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 4,8% em relação ao trimestre anterior e de 4,3% na comparação com o mesmo período de 2024. Essa foi a primeira vez na história que a CSN superou o montante de 12 milhões de toneladas em um único trimestre, o que ressalta os ganhos significativos de eficiência no escoamento da produção, com o Tecar tendo alcançado pela primeira vez a marca de 4 milhões de toneladas embarcadas em um único mês.

A Receita Líquida Ajustada totalizou R$ 4.405 milhões no trimestre, incremento de 29,3% quando comparado com o trimestre anterior e de 48,2% na comparação anual. Todo esse resultado reflete a combinação de volumes recordes de embarques com a melhora no preço realizado, em linha com a tendência favorável de demanda verificada no mercado chinês, enquanto o lucro bruto atingiu R$ 1.760 milhões no período, um crescimento de 71.1% em relação ao trimestre anterior, com uma Margem Bruta de 39,9%, ou 9,8% acima da verificada no 2T25. Tal melhora na rentabilidade reflete toda a excelência operacional verificada no período ao combinar volumes recordes com uma melhor realização de preço, seguindo a tendência favorável do Platts no período. Na comparação com o 3T24, o crescimento de rentabilidade foi na mesma magnitude, com a margem bruta subindo 9,3 p.p. e refletindo essa dinâmica mais forte de faturamento apresentada no trimestre.

Investing - SP   10/11/2025

As importações de minério de ferro pela China em outubro superaram 100 milhões de toneladas pelo quinto mês consecutivo, sustentadas por embarques robustos impulsionados pelos preços mais altos e pela demanda resiliente do maior consumidor do mundo.
A China trouxe 111,3 milhões de toneladas do principal ingrediente de fabricação de aço no mês passado, segundo dados da Administração Geral de Alfândega divulgados nesta sexta-feira.

O volume de outubro aumentou em relação aos 103,84 milhões de toneladas do mesmo mês de 2024 e foi o segundo maior total mensal até agora neste ano, apesar de uma queda de 4,32% em relação a um recorde mensal em setembro.

Os principais fornecedores aumentaram os embarques para cumprir metas anuais, enquanto os preços mais altos do minério no mês passado também incentivaram algumas mineradoras de alto custo a aumentar a oferta, disse Xinli Chu, analista da corretora China Futures.

Os preços do minério de ferro no mercado transoceânico subiram quase 4% em outubro, apoiados por apostas em um acordo comercial entre a China e os Estados Unidos.

Como os preços se mantiveram bem acima do nível-chave de US$100, mineradoras de maior custo foram incentivadas a ampliar a oferta, especialmente quando a perspectiva de preços para o próximo ano era de baixa, disseram analistas.

Enquanto isso, a demanda permaneceu firme na China, com a produção média diária de metal quente mantendo-se em 2,4 milhões de toneladas, 3% maior do que no mesmo período de 2024, segundo dados da consultoria Mysteel.

AUTOMOTIVO

IstoÉ Dinheiro - SP   03/11/2025

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) comemorou a abertura de diálogo com a China para liberar as exportações de semicondutores ao Brasil. O governo chinês concordou em analisar a concessão de autorização especial às empresas brasileiras que estiverem com dificuldades para importar os chips.

A medida abre caminho para o fim do embargo às importações de semicondutores da Nexperia, que pode levar ao desabastecimento dos fornecedores de autopeças no país e a consequente paralisação da indústria automotiva.

Segundo informe feito neste sábado, 1º de novembro, à Anfavea pelo Embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao, as empresas brasileiras poderão solicitar exceção ao embargo por meio da Embaixada ou diretamente com o Ministério do Comércio da China. A China concederá a licença para importação a partir da análise de cada caso.
A Anfavea agradece o empenho do vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, que prontamente se dispôs a buscar uma solução diante do quadro exposto pela Anfavea de riscos concretos ao setor automotivo.

"A rápida resposta do governo brasileiro frente ao alerta feito pela Anfavea permitiu a abertura de canais de diálogo antes de o pior cenário se concretizar, que é o de paralisação de fábricas no país. Vamos acompanhar os desdobramentos nos próximos dias e dar suporte às empresas da cadeia de suprimentos para que possam restabelecer as compras dos semicondutores o mais rápido possível e normalizar o envio de peças às fabricantes", afirmou Igor Calvet, presidente da Anfavea.

CNN Brasil - SP   04/11/2025

Quando o presidente Donald Trump introduziu sua política tarifária no início deste ano, parecia um desastre para as montadoras.

No entanto, mesmo com as tarifas americanas sobre carros e peças importadas, o momento acabou se mostrando bastante favorável para as empresas automobilísticas.

A maioria das montadoras, inclusive as americanas, importa alguns carros e grande parte das peças. Porém, as estimativas de custos alarmantes das empresas diminuíram à medida que as tarifas foram sendo gradualmente reduzidas.

Mais importante para o resultado financeiro das montadoras é que as penalidades por não cumprir as regras de eficiência de combustível praticamente desapareceram. Essas economias regulatórias podem eventualmente compensar o custo das tarifas.

No geral, pode-se argumentar que os lucros da indústria automobilística podem acabar maiores do que eram antes de Trump assumir o cargo em janeiro.

Um resultado surpreendente, já que os enormes investimentos das montadoras em veículos elétricos nos últimos anos também estavam sendo prejudicados pela decisão de Trump de cancelar o apoio federal a esse tipo de veículo com o qual elas contavam ao fazer essa aposta massiva.

"É definitivamente favorável", disse Jeff Schuster, um analista automotivo independente, sobre as mudanças desde que as tarifas automotivas foram anunciadas em março.

"Há tantos elementos em movimento que é difícil isolar. Mas as coisas estão certamente melhores do que qualquer um esperava", disse.

CNN Brasil - SP   04/11/2025

A China concordou em permitir a exportação de chips essenciais para a produção automotiva, evitando paralisações generalizadas que haviam sido previstas pelo setor.

Os chips são fornecidos pela Nexperia, uma fabricante de semicondutores de propriedade chinesa sediada nos Países Baixos. A empresa é uma fornecedora crucial para a indústria automotiva global, sendo responsável por 40% dos chips automotivos no segmento que inclui transistores e diodos, segundo a empresa de pesquisa TechInsights.

Após o governo holandês assumir o controle da Nexperia há algumas semanas e remover seu CEO chinês, citando preocupações com a segurança nacional, Pequim suspendeu as remessas da China.

Grupos comerciais do setor automotivo nos Estados Unidos e na Europa temiam que a disputa comercial os levasse a ficar sem os chips necessários. Isso poderia aumentar os preços dos carros, como aconteceu nos anos seguintes à pandemia.

O Ministério do Comércio da China declarou em comunicado que "a interferência inadequada do governo holandês nos assuntos internos da empresa levou ao caos atual na cadeia global de suprimentos."

No entanto, após o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês Xi Jinping na semana passada, Pequim anunciou que permitiria que os clientes solicitassem isenções do controle de exportação recentemente imposto e obtivessem os chips necessários.

"Como um país importante e responsável, a China considera plenamente a segurança e a estabilidade das cadeias de suprimentos domésticas e internacionais", segundo um comunicado divulgado no sábado pelo Ministério do Comércio da China.

"Vamos considerar de forma abrangente a situação real das empresas e conceder isenções para exportações elegíveis."

Jornal de Brasília - DF   11/11/2025

O alinhamento entre o governo brasileiro e autoridades chinesas para garantir o abastecimento de chips no mercado nacional começa a reduzir a pressão sobre as montadoras de veículos.

Na avaliação da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o risco de falta desses componentes ainda existe, mas as tratativas diplomáticas realizadas nos últimos conseguiram aplacar o estresse no setor, que já analisava a possibilidade iminente de paralização de linhas de produção.

"Na sexta-feira, as fabricantes de veículos começaram a ser avisadas pelos fornecedores de que a autorização para importação de chips está sendo retomada aos poucos. Com isso, o risco de paralisação em nossas fábricas diminuiu", diz Igor Calvet, presidente da Anfavea.

Dois fatores contribuíram para isso, segundo o executivo. Primeiro, houve a liberação pela China da importação de chips por empresas que operam no Brasil e que têm fábrica em solo chinês. Outra ação é a "licença especial" concedida pelos chineses às empresas brasileiras, para terem uma linha direta de acesso aos componentes.

"A situação melhorou, mas é importante dizer que ainda não foi normalizada. Se não houver interrupção novamente nas importações, nossa indústria tende a não ser afetada", comentou Calvet.

Há cerca de uma semana, o governo chinês concordou em analisar a concessão de uma autorização especial às empresas brasileiras que estiverem com dificuldades para importar os chips.

A medida abriu caminho para o fim do embargo às importações de semicondutores da empresa Nexperia, que podia levar ao desabastecimento dos fornecedores de autopeças no país.

A iniciativa do governo chinês ocorreu após conversas do vice-presidente e ministro do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Geraldo Alckmin, com a Embaixada da China no Brasil. Alckmin pediu prioridade no fornecimento dos chips às fábricas do Brasil.

Valor - SP   12/11/2025

Segundo a Abraciclo, que representa 97% do mercado, outubro foi o melhor mês do ano; 2025 caminha para ser 3º melhor ano na história do setor

A produção de motos no Brasil em outubro cresceu 21,8% na comparação anual, atingindo 188,8 mil unidades montadas. Segundo números divulgados, na manhã desta terça-feira (11), pela Abraciclo, associação que representa 11 montadoras do Polo Industrial de Manaus e responsáveis por 97% do mercado, outubro foi o melhor mês do ano. Na comparação com setembro, o setor cresceu 11,6%.

Ao contrário dos últimos dois anos, em 2025, o setor não sofreu com as consequências da seca em Manaus. Em 2023 e 2024, os fabricantes enfrentaram problemas de logística pelo baixo nível dos rios na região e houve casos de paralisação de algumas linhas de montagem por falta de insumos e peças.

No acumulado do ano, o setor apresenta expansão de 14% sobre os dez primeiros meses de 2024, com 1,685 milhão de motocicletas produzidas. A expectativa da Abraciclo para 2025 é de crescimento de 11,5% na produção, chegando a 1,95 milhão de motocicletas montadas no Polo Industrial de Manaus.

2025 caminha para ser 3º melhor ano na história do setor

Mantido o bom desempenho do setor em novembro e dezembro e confirmada a expectativa da Abraciclo, o ano de 2025 deve ser o terceiro melhor na história do setor, que já passou a marca de 2 milhões de motos produzidas em 2008 e 2011.

As vendas no mercado interno justificam o aquecimento da produção. E outubro, foram emplacadas 209,8 mil motocicletas, alta de 25,8% sobre o mesmo mês do ano passado. Na comparação com setembro, a expansão é de 1,9%. Foi o melhor outubro da história do setor.

No acumulado de dez meses, a soma é de 1,824 milhão de motocicletas licenciadas, volume 15,6% superior ao mesmo período de 2024. A estimativa da Abraciclo é de emplacar 2,1 milhões de motocicletas neste ano, alta de 11,9% sobre o ano passado.

As exportações do setor também apresentam crescimento no ano, mas a base de comparação é historicamente baixa. Em outubro, foram embarcadas 5.568 unidades, crescimento de 87,9% sobre o mesmo mês de 2024 e de 5,9% na comparação com setembro. No ano, são 35.058 motocicletas exportadas, alta de 30,7% sobre os primeiros dez meses de 2024.

O Estado de S. Paulo - SP   13/11/2025

Quem foi atrás do preço de carros novos nos últimos pode ter tomado um susto. A tabela média dos veículos subiu nada menos do que 125% de 2016 para cá, valor bem maior do que a variação da inflação, que foi de 63,9%. Mas há uma boa notícia: o ritmo de aumento no preço dos veículos começa a desacelerar.

Entre janeiro e outubro de 2025, o valor público dos carros novos aumentou 2,40%, para média de R$ 159.684. Enquanto isso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), subiu 3,64%. Essa é a primeira vez em cinco anos que a inflação geral é superior à relacionada apenas ao carro. Os dados foram compilados pela consultoria Bright Consulting.

Para o COO da empresa, Murilo Briganti, essa movimentação reflete o acirramento da concorrência no mercado brasileiro. Com a chegada de uma série de novas montadoras, incluindo marcas chinesas com estratégias agressivas de preço, a média da tabela dos veículos acaba pressionada para baixo.

O Estado de S. Paulo - SP   14/11/2025

A produção de veículos teve queda de 0,5% em outubro frente ao mesmo período de 2024. No total, foram produzidas 247,8 mil unidades de veículos no País no mês passado. Na comparação na margem, ou seja, com setembro deste ano, porém, houve um crescimento de 1,8% na fabricação de veículos, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus.

Divulgado nesta quinta-feira, 13, pela Anfavea, a entidade que representa as montadoras, o balanço mostra que no acumulado do ano até outubro, houve 2,23 milhões de veículos montados, 5,2% acima do volume registrado no mesmo período de 2024.

Já as vendas do mês passado, de 260,7 mil veículos, caíram 1,6% no comparativo com outubro de 2024. Na passagem de setembro para outubro deste ano, as vendas cresceram 7,2%. Com isso, as vendas no acumulado do ano até outubro atingiram 2,17 milhões de veículos, 2,2% acima do observado no mesmo período de 2024.

As exportações, por sua vez, somaram 40,6 mil veículos no mês passado, uma queda de 6,8% em relação a outubro de 2024. Na comparação com setembro deste ano a queda foi ainda mais intensa, de 22,7% nas exportações.

Desde o início do ano, 471,4 mil veículos foram exportados, um crescimento de 43,8% ante os dez primeiros meses de 2024. A Argentina é o principal destino das vendas de veículos ao exterior e vem puxando o resultado.

O balanço da Anfavea mostra ainda que houve perda de 500 vagas de emprego nas montadoras em outubro. O setor agora emprega 110,9 mil trabalhadores.

Automotive Business - SP   14/11/2025

As vendas em queda livre no mercado de caminhões, puxado pelo mau desempenho comercial do segmento de pesados, levou a indústria a classificar o momento como o de colapso iminente, revelou na quinta-feira, 13, Igor Calvet, presidente da Anfavea.

Já estamos ouvindo dos fabricantes que a situação é de iminente colapso, com reflexos na produção e no emprego, disse o representante da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, durante a apresentação do balanço do setor em outubro.

O colapso visto pela indústria é ilustrado pelos números da indústria. A produção total realizada até outubro caiu 7% ante igual período no ano passado, saindo das linhas 108,7 mil unidades fabricadas nos dez meses do ano.

A produção menor é fruto de vendas 8% mais baixas no mercado doméstico entre janeiro e outubro, na comparação com o resultado registrado em mesmo intervalo em 2024. Foram vendidas no período 94,7 mil unidades.

As exportações deram algo de fôlego às montadoras, mantendo as linhas ocupadas. Foram embarcadas 24 mil unidades até outubro, 73% a mais sobre igual período no ano passado.

A Anfavea afirma que já foi feito todo o possível para que algo aconteça para melhorar o ambiente interno das vendas. O possível, no caso, foi articulação em Brasília (DF) para engrossar o discurso de que os juros precisam cair para que os financiamentos e o crédito voltem a ser viáveis.

Diferentemente dos automóveis, cujas vendas só não foram menores por causa do programa Carro Sustentável, o segmento de caminhões não teve nenhum fomento que viabilizasse as compras. Do jeito que está o frotista está adiando a renovação da frota, contou Calvet.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   17/11/2025

Já faz alguns meses que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) alerta para o mau desempenho da indústria brasileira de caminhões, que tem registrado queda de produção e vendas.

Com o fechamento do resultado até outubro o presidente executivo Igor Calvet foi mais enfático: disse na quinta-feira, 13, que o alerta mudou de categoria e que o segmento está em "iminente colapso".

"Não existe horizonte de recuperação para os próximos meses, principalmente no segmento de pesados, que representa 45% do mercado. Já escutei de alguns executivos da indústria que estamos em iminente colapso e vou usar esta expressão hoje. É uma expressão forte, mas estamos alertando sobre esta situação há alguns meses."

De janeiro a outubro foram produzidos 108,8 mil caminhões, queda de 7,3% na comparação com iguais meses do ano passado. Esta queda só não foi maior porque os segmentos de leves e médios tiveram desempenho um pouco melhor, mas ainda assim a indústria deixou de produzir 8,6 mil unidades no ano.

Os dados de outubro mostram de forma mais clara a atual situação, com 10,2 mil unidades produzidas, volume 31,3% menor do que o fabricado em igual mês do ano passado e 0,5% maior do que o produzido em setembro.

"Os números mostram o que falamos há cinco ou seis meses, refletem o tamanho da nossa preocupação, pois a queda na comparação anual foi muito grande".

No acumulado do ano foram vendidos 94,7 mil caminhões, queda de 8,3% com relação ao mesmo período de 2024. A demanda por veículos pesados, que representam 45% do mercado, porém, caiu mais de 20% de janeiro a outubro. Estes índices demonstram, mais uma vez, a preocupação da Anfavea:

"Temos um problema sério que precisa ser solucionado. Como Anfavea estamos mais uma vez mostrando o cenário complicado do segmento de caminhões e trabalhando para que ele se estabilize e se recupere. A taxa Selic em 15% é um impeditivo para a compra de novos caminhões e as empresas estão adiando os seus investimentos, mesmo com PIB positivo e um volume de safra relevante".

Em outubro as vendas somaram 10,7 mil unidades, queda de 12,7% com relação a idêntico mês do ano passado e alta de 8,8% na comparação com setembro.


Auto Industria - SP   17/11/2025

Os estoques de veículos nas concessionárias e montadoras encerraram outubro com 410,4 mil unidades. O número é ligeiramente menor do que o contabilizado no último dia de setembro, quando as empresas abrigavam 414,1 mil veículos.

A diferença mais perceptível entre os dois cenários está no maior escoamento de produtos importados para os clientes finais nesse período. Enquanto em setembro, eles somavam 222,3 mil nos pátios, um mês depois eram 215,1 mil. Na mesma comparação, o número de unidades fabricadas aqui cresceu de 191,8 mil para 195,2 mil.

Os importados, portanto, respondiam por quase 53,6% dos estoques de setembro e recuaram para 52,5%. Já a participação dos nacionais cresceu mais de um ponto porcentual, para 46,4%.

A Anfavea, de qualquer modo, faz questão de destacar que, considerado o ritmo de vendas de outubro, os estoques de veículos nacionais seriam consumidos em 26 dias, enquanto os de importados necessitariam de 130 dias para que fossem esgotados. Na média dos dois segmentos, são 42 dias.

A entidade que congrega as montadoras com fábricas no País mostra-se preocupada particularmente com o avanço dos automóveis de passeio trazidos de fora nos emplacamentos originados pelo varejo, que encolheram de 875 mil de janeiro a outubro de 2024 para 846 mil este ano, 3,3% menos.

O Estado de S. Paulo - SP   18/11/2025

Há poucos anos, a Ford Motor achava que tinha um grande sucesso em mãos com a picape elétrica F-150 Lightning.

Mas, no final de setembro, o Congresso e o presidente Donald Trump eliminaram os créditos fiscais federais para a compra de veículos elétricos, o que levou a uma queda acentuada nas vendas, especialmente de modelos grandes e caros como o Lightning.

Agora, o futuro da Lightning está em dúvida. A Ford interrompeu a produção da picape, cujo preço inicial é de US$ 55 mil e pode chegar a mais de US$ 85 mil nas versões premium com recursos adicionais, e não informa quando ou se a produção será retomada.

Os problemas enfrentados pelo Lightning fazem parte de uma mudança maior. Durante muitos anos, grande parte dos veículos elétricos comprados pelos americanos eram modelos de luxo, como o Tesla Model S, o GMC Hummer e o Porsche Taycan, que normalmente custam mais de US$ 80 mil.

Mas isso está mudando rapidamente. As vendas de veículos elétricos caros estagnaram e os compradores estão se voltando para modelos como o Chevrolet Equinox e o Hyundai Ioniq 5, que têm preços iniciais em torno de US$ 35 mil.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Valor - SP   12/11/2025

Custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.877,29 no antepenúltimo mês de 2025

A inflação medida pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) se situou em 0,27% em outubro, após ficar em 0,50% em setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro de 2024, o indicador foi de 0,53%. Esse foi um dos menores resultados do ano, ficando atrás apenas da taxa registrada em fevereiro (0,23%).

Com o resultado, o indicador registrou elevação de 5,30% nos 12 meses até outubro, ante 5,58% até setembro.

O custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.877,29 em outubro, sendo R$ 1.071,42 relativos aos materiais e R$ 805,87, à mão de obra. Em setembro, esse custo nacional totalizava R$ 1.872,24.

Assim, em outubro, a parcela dos materiais subiu 0,31%, ante 0,38% em setembro. Em outubro de 2024 essa parcela havia aumentado 0,79%.

Já a parcela da mão de obra, com apenas um acordo coletivo captado, avançou 0,22% em outubro, ante aumento de 0,65% em setembro. Em outubro de 2024, essa fatia tinha subido 0,16%.

Money Times - SP   14/11/2025

As ações de Direcional (DIRR3), Moura Dubeux (MDNE3) e MRV(MRVE3) operam de forma mista nesta quinta-feira (13), na esteira da divulgação dos resultados do terceiro trimestre (3T25).

Por volta das 12h (horário de Brasília), os papéis DIRR3 e MDNE3 recuavam 0,67% e 1,08%, cotados a R$ 17,91 e R$ 30,17, respectivamente, enquanto MRVE3 avançava 0,74%, negociada a R$ 8,20 na B3.

Direcional (DIRR3)

Entre as construtoras, analistas apontam a Direcional como o destaque positivo do trimestre no segmento de baixa renda, com previsão de crescimento em lançamentos, vendas e receita bruta.

Entre julho e setembro, a companhia registrou lucro líquido de R$ 230 milhões, alta de 43% na comparação anual, e retorno sobre patrimônio líquido (ROE) anualizado de 38%.

Em relatório, o BTG Pactual avaliou que os resultados foram impulsionados por um "desempenho financeiro acima das expectativas".

A receita líquida da empresa atingiu R$ 1,16 bilhão, avanço de 27% em um ano, com forte performance comercial.

Já a margem Ebitda ajustada foi de 26,1%, crescimento de 170 pontos-base, refletindo a diluição de custos fixos.

O BTG, que mantém uma visão positiva para o segmento de baixa renda, amparada pela boa dinâmica do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), também apontou que a construtora deve pagar dividendos robustos no 4T25. Os proventos devem ser impulsionados, principalmente, pelo recebimento dos recursos da venda da Riva, estimados em R$ 1 bilhão.

"A Direcional combina forte momento de resultados, expectativa de dividendos elevados e valuation atrativo de 8 vezes o múltiplo P/L projetado para 2026", destacou o relatório.

O banco possui recomendação de compra para as ações DIRR3, com preço-alvo de R$ 20, o que implica potencial valorização de aproximadamente 11%.

O Estado de S. Paulo - SP   17/11/2025

Representantes de construtoras aproveitaram a concentração de políticos na COP-30 nesta semana para fazer lobby contra um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na nova Lei de Licitações. A disputa envolve regras em leilões para obras e serviços de engenharia acima de R$ 1,5 milhão. O segmento defendia a obrigatoriedade de se adotar, nesses casos, um modelo de disputa fechado, sem possibilidade de concorrência aberta, mas o governo argumentou que a medida poderia ferir a competitividade.

No modelo fechado de licitações, defendido pelo setor, as propostas iniciais são submetidas em sigilo, sem conhecimento dos concorrentes. O modo aberto, por sua vez, permite lances públicos e sucessivos das empresas, ou seja, todos os participantes do leilão podem ver os valores dos lances uns dos outros.

O presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, chegou a procurar, em Belém (PA), o líder do governo Lula no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), para argumentar a favor da derrubada do veto. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrema) também encampam o pleito.

"O modelo atual, em formato de pregão, tem gerado propostas inexequíveis, abandono de obras e aumento da insegurança jurídica no setor. O próprio TCU já se posicionou contrário ao uso do pregão eletrônico para obras e serviços de engenharia, reforçando a demanda do setor", afirma Renato Correia.

Ao vetar o trecho que determinava que as licitações de obras acima de R$ 1,5 milhão deveriam ocorrer sempre no modo de disputa fechado, o governo argumentou que a medida contraria o interesse público. Segundo o Executivo, proibir o uso do modelo de disputa aberto, por exemplo, feriria os princípios de competitividade e transparência.

A nova Lei de Licitações foi sancionada com vetos por Lula em dezembro de 2023 e pode entrar na pauta da próxima sessão conjunta do Congresso, que está marcada para 27 de novembro.

IstoÉ Dinheiro - SP   26/11/2025

O Índice de Confiança da Construção (ICST) registrou um aumento de 1,0 ponto em novembro de 2025, alcançando 92,6 pontos, o maior nível desde julho deste ano, informou nesta terça-feira, 25, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa recuperação ocorreu após uma queda de 0,7 ponto em outubro.

"A confiança no setor apresentou uma recuperação significativa em novembro, sobretudo por conta da melhora nas expectativas para os próximos meses. Contudo, ainda não é suficiente para alcançar o patamar do início do ano", destacou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre.

Os componentes do índice refletiram o sentimento positivo geral: o Índice de Situação Atual (ISA-CST) avançou 0,6 ponto, atingindo 92,5 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-CST) elevou-se em 1,5 ponto, alcançando 93,0 pontos. O indicador de situação atual dos negócios cresceu 1,5 ponto, alcançando 92,9 pontos, enquanto o indicador de demanda prevista nos próximos três meses subiu 1,4 ponto, totalizando 94,5 pontos.

Apesar do crescimento na confiança, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) registrou uma queda de 2,4 pontos percentuais, fixando-se em 77,6%. Esse declínio também foi observado nos componentes de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos, que reduziram 2,8 e 1,2 pontos percentuais, respectivamente, para 78,9% e 73,0%.

A coleta de dados para a edição de novembro de 2025 foi realizada entre os dias 1 e 19 deste mês, envolvendo 701 empresas do setor. A próxima divulgação ocorrerá em 23 de dezembro de 2025.

FERROVIÁRIO

IstoÉ Dinheiro - SP   26/11/2025

O Ministério dos Transportes lançou nesta terça-feira, 25, o Plano Nacional de Desenvolvimento Ferroviário, o mais robusto deste tipo já elaborado no País. O governo diz que o objetivo central é destravar a expansão da malha, somando recursos públicos e privados.

Com previsão de R$ 140 bilhões diretos na infraestrutura de trilhos, os projetos podem somar R$ 600 bilhões considerando os demais investimentos necessários para o pleno funcionamento do modal. O calendário estabelecido pelo Executivo prevê oito leilões ferroviários ao longo do próximo ano.

Entre os projetos previstos no calendário está a Ferrogrão, marcado por disputa judicial em curso no Supremo Tribunal Federal (STF). A pasta de Transportes prevê a publicação do edital em maio e o leilão em setembro.

Para o Ministério dos Transportes, a expansão pretendida busca um modelo de transporte mais eficiente, sustentável e competitivo, modernizando a logística nacional, impulsionando a competição entre portos, o desenvolvimento econômico e a integração territorial. O plano introduz um conjunto de normas, diretrizes, parâmetros e métodos estruturais.

NAVAL

Portos e Navios - SP   07/11/2025

A administração do Complexo do Pecém (CE) informou, nesta quinta-feira (6), que nos 10 primeiros meses de 2025 a movimentação de contêineres no porto atingiu 582.238 TEUs, superando o total movimentado em 2024, que foi de 555.350 TEUs. Em toneladas, o volume de cargas de janeiro a outubro chegou a 17.045.228, 7% a mais que o registrado no ano passado.

Um dos responsáveis pelo resultado foi o aumento em outubro de 34,3% da movimentação de contêineres, na comparação com o mesmo período do ano passado. No mês, foram movimentados 70.456 TEUs, o maior volume mensal registrado em 22 anos de operação do terminal cearense, contra 52.465 TEUs do décimo mês de 2024.

A autoridade portuária creditou os resultados do mês passado, que influenciaram o volume total, à rota semanal para a Ásia iniciada em abril, que reduziu em 50% o tempo de transporte, de 60 para cerca de 30 dias. Segundo a empresa, a linha, operada pela MSC em parceria com a APM Terminals, foi responsável por quase metade do crescimento registrado no segmento em 2025.

Cresceu também o volume de carga refrigerada, principalmente para os Estados Unidos, com 54% a mais que o registrado no ano anterior e superando o total destinado à Europa, rota em que o incremento ficou em 39%. Já na cabotagem, o aumento da movimentação no ano ficou em 15%, puxado por cargas que chegam pela nova ligação com a Ásia e que, depois de transbordadas em Pecém, são levadas para outros destinos no Brasil, com destaque para Manaus (AM).

IstoÉ Dinheiro - SP   10/11/2025

Os portos brasileiros movimentaram 120,4 milhões de toneladas de cargas em setembro, marcando um duplo recorde. Esse foi o maior volume para o mês na série histórica, representando um aumento de 4,84% em relação ao ano passado. Entre janeiro e setembro foram 1,04 bilhão de toneladas, 3,25% mais que no mesmo período de 2024 e também o melhor desempenho dessa parcial em toda a série histórica.

Segundo os dados do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), houve ainda desempenho histórico na navegação de longo curso, cabotagem e navegação interior. A primeira foi responsável pela movimentação de 87,7 milhões de toneladas de cargas, um aumento de 3,35%; a movimentação de cabotagem atingiu 25,1 milhões de toneladas, um crescimento de 1,28%; e a navegação interior movimentou 7,5 milhões de toneladas, uma alta de 50%.

Outros recordes entre os segmentos aconteceram nas movimentações de granéis sólidos e líquidos, e nas cargas conteinerizadas. Foram movimentados 72,8 milhões de toneladas de granéis sólidos no nono mês do ano, um crescimento de 4,72%, enquanto os granéis líquidos movimentaram 28,3 milhões, um aumento de 6,49%.

As cargas conteinerizadas atingiram movimentação de 14,1 milhões, uma alta de 7,12%, isso representa 1,3 milhão de TEUs – desse total, 0,9 milhão de toneladas foram movimentadas em longo curso e 0,4 milhão por cabotagem. Por fim, a carga geral movimentou 5,2 milhões de toneladas (-6,85%).

Ao longo do mês de setembro, as cargas que tiveram a maior movimentação foram: Minério de Ferro, com movimentação de 36,6 milhões de toneladas e crescimento de 1,92%; Petróleo e Derivados (Óleo Bruto) que atingiu movimentação de 18,8 milhões e alta de 8,85%; e Milho que movimentou 10,1 milhões e avançou 12,89%.

PETROLÍFERO

CNN Brasil - SP   04/11/2025

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) confirmou que a produção de petróleo e gás natural no Brasil superou os 5 milhões de boed (barris de óleo equivalente por dia) em setembro, conforme antecipou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), atingindo 5,114 milhões de boed.

A marca foi impulsionada pela produção do pré-sal, que bateu novo recorde ao alcançar 4,143 milhões de boed.

No caso do petróleo, foram extraídos em território nacional em setembro, 3,915 milhões de bpd (barris por dia), um aumento de 0,5% na comparação com agosto e de 12,7% em relação ao mesmo mês de 2024.

Já a produção de gás natural foi de 190,60 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d). Isso representou um aumento de 0,9% em comparação ao mês anterior e de 12,1% com relação a setembro de 2024, informou a ANP.

No pré-sal, a produção de petróleo somou 3,209 milhões de bpd e a de gás natural, 148,3 milhões de m3/d, representando 81,1% do total nacional.

Segundo a ANP, em setembro o aproveitamento de gás natural foi de 97,9%. Foram disponibilizados ao mercado 66,24 milhões de m³/d e a queima foi de 4,10 milhões de m³/d. A queima reduziu em 16,1% se comparada ao mês anterior e cresceu 12,8% na comparação com setembro de 2024.

Petro Notícias - SP   05/11/2025

Os oito países da OPEP+ (Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã) concordaram em aumentar a produção do grupo em 137 mil barris por dia no mês de dezembro. A medida foi anunciada após reunião virtual do cartel realizada no domingo (2). Contudo, em razão da sazonalidade, os países optaram por manter a produção inalterada entre janeiro e março de 2026, pausando assim a expansão da produção durante o primeiro trimestre de 2026.

O período entre janeiro e março é normalmente um período de demanda mais fraca. Os oito países comprometeram-se a cumprir integralmente a Declaração de Cooperação e realizarão reuniões mensais para monitorar o mercado, a conformidade e o progresso das compensações, com o próximo encontro marcado para 30 de novembro de 2025.

Em outubro, os preços do petróleo recuaram para o patamar mais baixo em cinco meses, atingindo cerca de US$ 60 por barril no último dia 20, em meio a preocupações com um possível excesso de oferta. Desde então, porém, se recuperaram para aproximadamente US$ 65 por barril, impulsionados pelas sanções impostas à Rússia e pelo otimismo em torno das negociações comerciais dos Estados Unidos com seus parceiros.

Valor - SP   06/11/2025

O excesso de oferta de petróleo tem ajudado a amortecer o impacto das interrupções comerciais causadas pelas sanções

As sanções contra a Rússia e o Irã estão criando volumes recordes de petróleo armazenado em navios, o que está impedindo o excesso de oferta nos mercados globais, afirmou nesta quarta-feira o CEO do Gunvor Group.

A União Europeia, o Reino Unido e os Estados Unidos impuseram uma série de sanções contra a Rússia devido à guerra na Ucrânia — sendo que o último embargo americano, em outubro, mirou as duas maiores produtoras de petróleo russas: Rosneft e Lukoil.

O excesso de oferta de petróleo tem ajudado a amortecer o impacto das interrupções comerciais causadas pelas sanções, mantendo os mercados estáveis e reduzindo a volatilidade dos preços, disse Torbjörn Törnqvist, CEO da Gunvor Group, empresa suíça de comércio de commodities, durante a conferência de energia ADIPEC, em Abu Dhabi.

No entanto, ele acrescentou que as sanções também resultaram em uma "enorme quantidade" de petróleo deslocado, parte do qual está sendo armazenado em petroleiros.

"Isso é algo sem precedentes, pelo tamanho dessa operação. Portanto, obviamente, se todas as sanções fossem suspensas, o mercado ficaria claramente com excesso de oferta”, afirmou Törnqvist.

Os preços globais do petróleo caíram em outubro pelo terceiro mês consecutivo, devido ao temor de excesso de oferta, já que a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e seus aliados estão aumentando a produção, enquanto produtores fora do grupo também expandem a oferta.

A oferta de petróleo pode superar a demanda em 2 milhões de barris por dia no próximo ano, afirmou Marco Dunand, CEO e cofundador da Mercuria, também presente na conferência. No entanto, ele ressaltou que as sanções ocidentais continuam sendo um fator imprevisível, capaz de conter o crescimento da oferta.

"Isso provavelmente significa que, de um excedente de 2 milhões de barris por dia, passamos para algo mais próximo de 1 milhão de barris por dia”, disse Dunand

"É verdade que os estoques globais de petróleo estão baixos. Também é verdade que há muito petróleo no mar, então o excesso de oferta está se formando lentamente e deve atingir o mercado nos próximos meses."

Infomoney - SP   07/11/2025

A Petrobras obteve junto ao órgão ambiental federal Ibama uma permissão para ampliar a capacidade de seis plataformas de produção de petróleo em um total de 115 mil barris por dia (bpd), informou a companhia nesta quinta-feira, em apresentação publicada ao mercado.

O impacto dessa ampliação para a Petrobras contribuirá com um aumento de 90 mil bpd em sua capacidade de produção como concessionária, uma vez que a companhia conta com sócios nessas unidades.

Dentre os seis navios-plataforma que obtiveram avanço em sua capacidade, está o FPSO Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, que passou de 225 mil bpd para 270 mil bpd.
O empenho em elevar a produção da companhia contribuiu com um recorde nas exportações de petróleo no terceiro trimestre e um crescimento do lucro no período, apesar do recuo do preço do petróleo ao longo do ano.

Diário do Aço - MG   07/11/2025

A Petrobras divulgou, na noite desta quinta-feira (6), que teve um lucro líquido de R$ 32,7 bilhões no terceiro trimestre de 2025. Segundo a empresa, o resultado foi impulsionado pela produção de óleo e gás de 3,14 milhões de barris de óleo equivalentes por dia. O lucro do período é 23% maior do que o do trimestre anterior.

Ainda de acordo com a empresa, o desempenho operacional levou a companhia a registrar um fluxo de caixa operacional de R$ 53,7 bilhões (US$ 9,9 bilhões).

"Os resultados também foram favorecidos por uma ligeira elevação do preço do petróleo em relação ao último trimestre", apontou a empresa em divulgação publicada na página na internet.

"A Petrobras está gerando resultados financeiros positivos e retorno aos seus acionistas, mesmo diante do novo patamar de preços do petróleo", disse o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Fernando Melgarejo.

Infomoney - SP   10/11/2025

A Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou resultado do terceiro trimestre de 2025 (3T25) e dividendos de R$ 12,2 bilhões (cerca de US$ 2,3 bilhões) na noite da última quinta-feira (6).

As expectativas para os resultados, aponta a XP Investimentos, eram elevadas, considerando a queda nos preços do petróleo, o fluxo de caixa decepcionante no 2T25 e a expectativa em torno do novo plano estratégico.

"Ainda assim, a Petrobras entregou resultados acima do esperado", aponta a equipe de análise. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado totalizou US$ 11,95 bilhões (+17% trimestre a trimestre), superando as estimativas da casa e as do consenso em 5%", apontam Regis Cardoso e João Rodrigues, analistas da XP. O lucro líquido foi de aproximadamente US$ 6,1 bilhões, 37% acima da estimativa da XP.
Para o Morgan Stanley, os resultados operacionais foram fortes, impulsionados pelo crescimento da produção, e levaram a um aumento sequencial do FCF (fluxo de caixa livre) para US$ 2 bilhões (após arrendamentos), em comparação com os US$ 800 milhões do 2T25.

A Genial Investimentos ressalta o resultado operacional e financeiro robusto no 3T25, com expansão de margens, forte geração de caixa e execução acelerada de projetos estratégicos. A receita líquida consolidada somou R$ 127,9 bilhões, avanço de 7,4% trimestralmente, impulsionada pelo aumento de 8% na produção total e exportações recordes de 814 kbpd (mil barris por dia), que compensaram parcialmente o Brent ainda em patamar moderado após um trimestre marcado por grande volatilidade no preço da commodity.

Valor - SP   14/11/2025

ANP critica alteração prevista em MP, já ala econômica vê receita maior com nova regra

A mudança no preço de referência do petróleo, prevista na medida provisória da reforma do setor elétrico, tem gerado divergências entre agentes do setor de óleo e gás e até mesmo dentro do governo. Enquanto refinarias privadas, municípios produtores de petróleo e Ministério da Fazenda defende, a manutenção da proposta, que tem potencial para elevar a arrecadação federal, a Petrobras, o Ministério de Minas e Energia (MME), a Casa Civil e a Agência Nacional de Petróleo (ANP) tendem a sugerir o veto da mudança, apurou o Valor.

O preço de referência do petróleo é um valor calculado pela ANP que serve como base para a cobrança de royalties e outras participações governamentais, não sendo o preço de venda do barril. Com a decisão do Congresso, esse preço poderá ser definido de duas maneiras: a partir de cotações realizadas por agências de informações de preços internacionais com base nos preços médios de comercialização ou regulamentado por decreto presidencial. A decisão sobre o que prevalecerá caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que tem até o dia 24 de novembro para sancionar o texto.

Em nota técnica ao MME, a ANP recomendou a rejeição da medida que redefine o cálculo do preço do petróleo para pagamento de royalties. No documento, obtido pelo Valor, a agência argumenta que a nova sistemática é inexequível, pois desconsidera a diversidade dos petróleos nacionais, depende de dados restritos de poucas agências privadas e rompe a coerência do modelo de participações governamentais "Além disso, gera insegurança jurídica, eleva o risco de judicialização e pode reduzir a arrecadação de royalties e participações especiais", afirma.

O Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) também vem manifestando preocupação com a alteração nas regras. A avaliação é que a proposta pode afastar investimentos e resultar em perdas de arrecadação.

IstoÉ Dinheiro - SP   19/11/2025

A diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) prorrogou por até oito meses a autorização que permite à Petrobras vender o gás da Unidade de Tratamento de Gás Natural de Caraguatatuba (UTGCA). A decisão, unânime, dá três meses para a estatal apresentar um plano para que a UTGCA trate o gás natural e atenda à especificação da agência, de produzir gás com teor mínimo de 85% de metano.

A proposta dá três meses para a estatal entregar o plano de adequação da UTGCA, mais três para análise técnica da ANP e dois para decisão da diretoria. O desenho do cronograma teve contribuições dos diretores Pietro Mendes e Symone Araújo. O processo tem como relator o diretor Daniel Maia.

A estatal apresentou para a agência um relatório técnico-econômico pedindo a prorrogação da Autorização 279/2025, que vence no próximo dia 21 de novembro, alegando mudanças estruturais no mix de produção e risco de restrição de oferta. O relatório projetou que sem autorização especial haveria uma redução significativa na capacidade de escoamento do gás do pré-sal pela rota 1, com restrição estimada de 3,3 milhões de metros cúbicos por dia em 2025, podendo atingir até 5,5 milhões de metros cúbicos por dia no horizonte de 2027 a 2030.

Segundo a companhia, uma das dificuldades do aumento progressivo da participação do gás oriundo do pré-sal, hoje 72% da corrente, enquanto a planta foi projetada para 50%. A unidade opera com sistema de resfriamento a propano em estágio único, que possui limitações termodinâmicas possui limitações termodinâmicas e de capacidade que impede elevar o teor de metano para o patamar exigido.

Ao se manifestar sobre o processo, a diretora Symone Araújo enfatizou e que desde 2007, quando se começou a discutir a ampliação da UTG de Caraguatatuba antes mesmo de sua estreia operacional em 2010, a Petrobras promete adaptar a planta para processar o gás rico do pré-sal. "Até hoje, 18 anos depois, a Petrobras não apresentou uma solução. Continuamos na mesma situação e o blend do pré-sal cada vez maior. O que faremos quando tivermos, exclusivamente, escoando pelo hub de Mexilhão", indagou.

IstoÉ Dinheiro - SP   25/11/2025

A produção de petróleo e gás natural do Brasil bateu novo recorde em outubro, atingindo 5,248 milhões de barris de óleo equivalente (boed), segundo dados preliminares da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O montante abandona o recorde de 5,160 milhões de boed batido em julho deste ano. Em relação a setembro, o aumento foi de 2,7%.

Levando em conta apenas o petróleo, a produção atingiu 4,024 milhões de barris diários de petróleo (bdp) em outubro, alta de 2,9% em relação ao mês anterior. Já o gás natural teve incremento de 2,2%, para 194,5 milhões de metros cúbicos diários.

A região do pré-sal aumentou a sua participação na produção total em outubro, para 81,42% (de 81,1% um mês antes), totalizando 4,273 milhões de boed, 3,2% a mais do que no mês anterior.

Já a produção de petróleo somou 3,306 milhões de bpd, ou 3,11% acima de setembro, e a de gás natural foi de 153,6 milhões de m3/d, alta de 3,6% na mesma comparação, informou a ANP.

O Estado de S. Paulo - SP   28/11/2025

A reunião do conselho de administração (CA) da Petrobras acabou por volta das 20h na noite desta quinta-feira, 27, apurou o Estadão/Broadcast. Foram cerca de seis horas de análise do Plano de Negócios para os próximos cinco anos (2026-2030).

O valor do capex (investimento em ativos de longo prazo, como equipamentos, imóveis e infraestrutura para manter ou expandir a capacidade de produção), conforme pessoas a par da decisão, será de US$ 109 bilhões, 1,8% a menos do que o plano anterior.

A expectativa dos analistas é do novo plano manter o foco em Exploração e Produção (E&P) e reduzir os planos de curto/médio prazo para a energia de baixo carbono.

As ações preferenciais da companhia, as mais líquidas, encerraram o pregão desta quinta-feira, na B3, com valorização de 0,53%, na máxima de R$ 32,40.

RODOVIÁRIO

Grandes Construções - SP   04/11/2025

A rodovia Fernão Dias (BR-381), principal ligação entre São Paulo e Belo Horizonte, será leiloada no dia 11 de dezembro, na B3, em São Paulo.

O novo contrato de concessão prevê R$ 15,3 bilhões em investimentos e vigência de 15 anos, com término estimado em 2040.

A licitação representa uma nova etapa na gestão da estrada, considerada uma das mais perigosas do país por órgãos de trânsito e especialistas em transporte rodoviário.

O trecho, que corta 33 municípios e soma 569 quilômetros, voltará a ser administrado por um operador privado sob supervisão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Ministério dos Transportes.

O processo foi aprovado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) após análise técnica do edital.

Exame - SP   13/11/2025

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que com os leilões do próximo ano o Brasil terá mais de R$ 25 bilhões de investimentos contratados em rodovias ligados a agenda de sustentabilidade.

"Já temos contratados US$ 2,6 bilhões e no próximo ano vamos ultrapassar US$ 4 bilhões. Isso significa R$ 25 bilhões para ações de inovação no que concerne sustentabilidade. São projetos com zero emissão de carbono nos próximos 30 anos", disse em conversa com a EXAME durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Segundo Renan, o Ministério dos Transportes tem o maior pipeline de concessões do mundo em infraestrutura, com 2,5% dos recursos de todos os contratos já destinados à descarbonização, sustentabilidade e resiliência das obras.

Ministro das Cidades quer dinheiro de Brics e UE em fundo para municípios

"Estamos com um pipeline de projeto que é o maior do mundo, que já tem sustentabilidade implementada nele e, mais ainda, já destina parte do modelo econômico — 2,5%, que não é pouca coisa — para o cumprimento pelas próprias concessionárias. É um avanço", disse.

O ministro reforçou que em um contexto de COP em que o objetivo é implementar, o modelo de concessões do governo federal é único e já consegue garantir o financiamento.

"Isso é muito importante, porque é novo. Ninguém faz. Você vê na COP o grande debate é: implementar primeiro, e o segundo é: financiar. Esse é o debate do mundo", afirmou.

AGRÍCOLA

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   04/11/2025

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA-SP), já apoiou a aquisição de 850 tratores e implementos para produtores rurais paulistas desde 2023, e a meta é alcançar mil máquinas até o final de 2025.

Em três anos de gestão, o Programa Pró-Trator consolidou-se como uma das principais políticas de modernização da frota agrícola e de incentivo à produtividade no campo.

Com a subvenção dos juros pelo Estado, os produtores têm acesso a financiamentos com taxas muito abaixo das praticadas no mercado, o que torna o crédito mais acessível e acelera o desenvolvimento das propriedades rurais.

"O Pró-Trator é mais do que um programa de crédito, é uma política de fortalecimento da agricultura familiar e do apoio à produção de alimentos, em quantidade e qualidade. Com o apoio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), estamos levando dignidade para o trabalho no campo, garantindo que o produtor tenha condições reais de crescer, gerar renda e melhorar sua qualidade de vida. Cada trator entregue representa mais autonomia, mais eficiência e mais futuro para o agro paulista." comenta o secretário Guilherme Piai.

A parceria conta com a operacionalização junto às cooperativas de crédito conveniadas, o que ampliou o alcance da política de crédito, permitindo que mais produtores invistam em tecnologia e mecanização com juros mais baixos e condições adequadas à sua realidade produtiva.

Agrolink - RS   05/11/2025

O modelo de autofinanciamento ganhou protagonismo no agronegócio brasileiro em 2025. Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o setor de máquinas agrícolas registrou crescimento de 47% nos créditos concedidos, somando R$ 9,13 bilhões de janeiro a setembro, que é o melhor resultado da série histórica. O movimento mostra que produtores estão recorrendo cada vez mais ao consórcio para adquirir tratores, colheitadeiras e implementos, aproveitando a ausência de juros e os prazos mais longos para pagamento.

Mesmo com queda de 16,8% nas adesões, o volume total de negócios avançou 15,2%, atingindo R$ 19,7 bilhões, impulsionado pelo aumento de 46,9% no tíquete médio, que chegou a R$ 257,19 mil. Para Fernando Lamounier, sócio da Multimarcas Consórcios, o modelo tornou-se uma alternativa viável diante dos altos juros do crédito tradicional. O número de cotas contempladas cresceu 7,5%, totalizando 36,4 mil, e o de participantes ativos subiu 9,3%, alcançando 465,8 mil.

A pesquisa da ABAC também aponta expansão do consórcio em outros segmentos de veículos pesados, como caminhões, embarcações e aeronaves. Nos caminhões, os créditos somaram R$ 7,34 bilhões, alta de 47,1%, com 29,3 mil consorciados contemplados, o equivalente a um em cada quatro caminhões vendidos no país, segundo a Fenabrave.

"Embora existam opções de financiamento, os altos juros tornam-nas as opções muitas vezes inviáveis. Já o consórcio se ajusta perfeitamente às necessidades do setor, conquistando uma crescente credibilidade. Por isso, cada vez mais, os produtores, ao planejar suas compras, optam por essa modalidade como uma solução econômica para alcançar seus objetivos", afirma Fernando Lamounier, sócio da Multimarcas Consórcios.

IstoÉ Dinheiro - SP   05/11/2025

As vendas de tratores tiveram crescimento de 27,5% em setembro, frente ao mesmo mês de 2024, somando 6 mil unidades. Na comparação com agosto, a alta foi de 15,7%, segundo levantamento divulgado hoje pela Fenabrave, associação que, além das concessionárias de carros, representa revendedores de equipamentos usados no campo.

No acumulado de janeiro a setembro, as vendas de tratores tiveram crescimento de 19,6%, totalizando 39,9 mil unidades. Enquanto as vendas de carros podem ser atualizadas diariamente com base nos licenciamentos de veículos, os números de máquinas agrícolas precisam ser levantados com os fabricantes. Por isso, as estatísticas têm defasagem de um mês em relação ao balanço das vendas de automóveis, divulgado hoje pela Fenabrave com dados já relativos a outubro.

Conforme o presidente da associação, Arcelio Junior, é possível que as revendas estejam repondo estoques de máquinas agrícolas diante da expectativa de uma ótima safra. "Contudo, as altas taxas de juros praticadas no mercado, o atual nível de endividamento dos produtores rurais e a baixa rentabilidade podem ser fatores impeditivos para que estes mesmos resultados sejam observados no varejo até o fim deste ano", pondera Arcelio Junior.

Agrolink - RS   13/11/2025

Segundo análise do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, o agronegócio paulista manteve desempenho positivo no comércio exterior nos dez primeiros meses de 2025, registrando superávit de US$ 19,07 bilhões. O resultado decorre de exportações que somaram US$ 23,92 bilhões e importações de US$ 4,85 bilhões. Conforme o levantamento, a participação do setor nas exportações totais do estado entre janeiro e outubro foi de 40,8%, enquanto as importações representaram 6,6% do total.

Em 2024, o setor havia alcançado um recorde no valor do superávit, impulsionado por uma demanda internacional atípica por produtos do complexo sucroalcooleiro. Em 2025, esse grupo manteve liderança entre os principais segmentos exportadores, com participação de 30,8% do total e receita de US$ 7,37 bilhões. O açúcar respondeu por 92,7% do montante e o etanol por 7,3%. O setor de carnes ocupou a segunda posição, com 15,1% das vendas externas e receita de US$ 3,60 bilhões, seguido pelos produtos florestais, com 10,3% e US$ 2,47 bilhões. O grupo dos sucos respondeu por 10,1%, somando US$ 2,43 bilhões, e o complexo soja representou 9,2% das exportações, com US$ 2,21 bilhões. Segundo o IEA, esses cinco grupos concentraram 75,5% das vendas externas do agronegócio paulista. O café ficou em sexto lugar, com 6,3% de participação e receita de US$ 1,51 bilhão.

As variações de valores em relação ao mesmo período de 2024 indicaram aumento nas exportações de café, carnes e soja, com altas de 42,8%, 24,7% e 0,8%, respectivamente. Em contrapartida, o complexo sucroalcooleiro, os produtos florestais e os sucos registraram quedas de 31,3%, 6,9% e 0,8%. De acordo com o Instituto, essas variações refletem as oscilações nos preços e nos volumes exportados.

Canal Rural - SP   24/11/2025

A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) lamenta que o setor não foi contemplado, mas avalia o movimento do governo norte-americano com otimismo. "Infelizmente, o setor de máquinas e equipamentos não foi citado na ordem executiva. Mas a decisão representa um passo para melhorar as relações entre Estados Unidos e Brasil", afirma José Velloso, presidente-executivo da entidade.
Preocupação do setor persiste

A decisão de Trump, apesar de positiva, ainda preocupa o setor. Velloso lembra que a expectativa era de que pelo menos a ordem executiva mencionasse uma trégua das tarifas durante as negociações.

"O pedido do Brasil era ue, a partir do início das tratativas, a tarifa adicional de 40% ficasse suspensa, permitindo que os produtos brasileiros entrassem no mercado americano sem esse custo extra enquanto o diálogo estivesse em andamento", explica.

As negociações entre os dois países, no entanto, continuam. Com isso, o presidente-executivo da Abimaq espera que uma eventual suspensão temporária seja contemplada durante as discussões.

Infomoney - SP   24/11/2025

A retirada do tarifaço de 40% pelos Estados Unidos sobre produtos agrícolas brasileiros alcançou mais 249 itens agropecuários exportados para o país, segundo cálculos feitos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) confirmados por interlocutores do governo.

Considerando o total de Nomenclaturas Comuns do Mercosul (NCMs) de produtos exportados do agronegócio brasileiro ao mercado norte-americano, disponibilizado no Agrostat (sistema de estatísticas de comércio exterior do agronegócio brasileiro, gerido pelo governo federal), de 789 itens, ao todo 257 produtos agropecuários estão excluídos da sobretaxa de 50%.

O Broadcast cruzou os códigos da Tabela Tarifária Harmonizada dos Estados Unidos (HTSUS), conforme listado no anexo da ordem executiva do governo norte-americano, com os códigos das Nomenclaturas Comuns do Mercosul (NCMs) que constam no Agrostat.
Na primeira lista de exceções ao tarifaço dos Estados Unidos, publicada na Ordem Executiva de 31 de julho, apenas 8 NCMs de produtos agropecuários foram contempladas com exceção à sobretaxa de 40%.

Considerando as ordens executivas publicadas pela Casa Branca na quinta-feira, 20, e na sexta-feira, 13, ao todo, 257 itens foram excetuados da sobretaxa de 40% imposta sobre produtos brasileiros e da alíquota recíproca de 10%. Esses 257 itens, portanto, estão isentos de tarifas adicionais e sujeitos apenas às alíquotas específicas em vigor antes da escalada tarifária.

Na quinta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a ampliação da lista de isenções da tarifa de 40% para incluir mais produtos agrícolas do Brasil, em meio aos avanços nas negociações entre os dois países. Na prática, a decisão retira a sobretaxa de itens importantes para o setor exportador do País, como o café e a carne bovina, entre outros produtos, como frutas (abacaxi, açaí, banana), cortes de madeira.

"A Casa Branca confirmou a retirada da tarifa adicional de 40% que incidia sobre uma série de produtos agropecuários brasileiros como carne bovina, café, açaí, manga, cacau e outros itens, somando mais 249 produtos incluídos na lista de exceções", afirmou o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Luis Rua.

Canal Rural - SP   26/11/2025

Em comum, as três sintetizavam os desafios das mais de 30 marcas nacionais presentes no evento, recorde até então: o atendimento às normas técnicas do Velho Mundo, os entraves logísticos e o estabelecimento de um nome que se faça lembrar em meio ao de gigantes que fornecem para os produtores do norte do globo há mais de um século.

O executivo internacional de vendas da Colombo, Breno Masalskiene, conta que já nos primeiros dias de feira, a empresa conquistou abertura de dois novos mercados: Romênia e Hungria. Assim, a empresa passa a exportar máquinas, como as colhedoras de feijão, responsáveis por 80% das vendas e que são comercializadas a uma média de 60 mil euros, e as de amendoim, a 16 nações europeias.

"Porém, até então, o nosso maior mercado europeu é a Polônia, onde já vendemos mais de 200 colhedoras de feijão em cinco anos. Como faz fronteira, também temos conseguido entrar na Ucrânia, porém, na Itália, França e em Portugal a nossa presença já é mais ativa, com uma forte representatividade. Nosso foco é o de aumentar mais cinco países europeus nos próximos anos", afirma.

Como adaptação para vender no continente, Masalskiene cita a adesivação de segurança como a mudança mais significativa: cada parte operacional da máquina precisa ter identificação e conter uma lista de possíveis riscos durante o manuseio. "Fora isso temos um freio a ar, o freio europeu, já que para conseguirmos certificar a máquina e vendê-la na Europa, é preciso passar por um teste de freio", detalha.

Tal teste consiste em engatar a máquina a um trator, movimentá-la a 30 km/h e efeturar uma freada brusca. "Também precisamos ter as placas de segurança na traseira da máquina para que o produtor possa transportá-la na estrada, além de um engate de três pontos. A largura máxima da máquina deve ser de 3,20 metros, valor limite para poder rodar nas rodovias europeias", completa.
Cazaquistão, Mongólia e Biolorrúsia

O diretor comercial da Stara, Márcio Elias Fülber, conta que cerca de 15% do faturamento da companhia advém das exportações, sendo que para a Europa, os destaques das remessas vão para Cazaquistão, Mongólia e Biolorrúsia.

Já para atender a países com PIB mais elevado, exemplos de Alemanha, França e Inglaterra, o executivo ressalta que a empresa teria de fazer adaptações mais profundas em sua linha, como a largura das máquinas, a velocidade de transporte e os sistemas de frenagem, diferentemente do que ocorre em outros locais do Hemisfério Norte, que não consideram tais adequações como obrigatórias.

Cultivar - RS   27/11/2025

Durante o mês de setembro, as vendas internas de tratores e colheitadeiras tiveram uma alta de 27,3% em relação ao mesmo período de 2024, segundo relatório recente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Esse avanço em volume, mesmo diante de uma leve queda registrada na receita total do setor, reforça a tendência de recuperação da demanda doméstica com foco na modernização no campo.

"O resultado positivo nas vendas mostra que o produtor segue confiante e atento às oportunidades de modernizar suas atividades no campo. Mesmo em um cenário de cautela, há uma busca constante por tecnologia e eficiência no campo", comenta Cláudio Esteves, diretor comercial da Valtra, marca global de máquinas agrícolas pertencente ao grupo AGCO.

Entre as operações da Valtra, o destaque em 2025 ficou para o segmento de cana-de-açúcar, uma das culturas mais representativas do agronegócio nacional. A marca também mantém bom desempenho na faixa de média potência. "A Valtra é reconhecida pela robustez e confiabilidade dos equipamentos, atributos valorizados especialmente nas lavouras de cana e grãos, que exigem alta performance e durabilidade", explica Esteves.

A pluralidade de alternativas para aquisição também tem sustentado o ritmo de investimentos no setor. O consórcio de máquinas agrícolas, por exemplo, se consolidou como uma opção viável para produtores de diferentes perfis. "O consórcio tem atraído produtores de diferentes perfis, justamente por permitir um investimento planejado e sem juros, o que se encaixa bem na dinâmica do agronegócio", ressalta Cláudio Esteves.

De janeiro a setembro, o setor de máquinas agrícolas registrou crescimento de 47% nos créditos concedidos via consórcio, alcançando R$ 9,13 bilhões, conforme levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

O desempenho positivo nas vendas diretas e no consórcio reforça a confiança do produtor rural e indica um novo ciclo de renovação de frota e mecanização no campo. Com o avanço das vendas e a consolidação de novas formas de investimento, o setor de máquinas agrícolas deve encerrar 2025 com crescimento próximo a 8% na receita, conforme projeção da Abimaq.

Canal Rural - SP   27/11/2025

De forma geral, a data mobiliza grande parte da sociedade. Pesquisa de Intenção de Compra – Black Friday 2025, realizada por Tray, Bling, Octadesk e Vindi, mostra que 70% dos consumidores se planejam financeiramente para o período.

O levantamento mostrou ainda que 32% dos entrevistados deixam para decidir na última hora, o que reforça a importância de as empresas divulgarem ações ao longo de todo o mês, mas também de campanhas com ofertas relâmpago.

Para se ter uma ideia do potencial da data, em 2024 o e-commerce brasileiro faturou mais de R$ 4,5 bilhões durante a Black Friday, impulsionando diferentes setores, inclusive o agro.

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