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25 de Novembro de 2025

SIDERURGIA

Valor - SP   25/11/2025

O bloco tem afirmado reiteradamente que não permitirá que outros países/governos ditem a regulação interna sobre o setor de tecnologia

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, declarou, nesta segunda-feira (24), que a União Europeia (UE) precisa mudar suas regras digitais para, então, viabilizar um acordo a fim de reduzir as tarifas sobre aço e alumínio. Segundo Lutnick, a delegação americana está em constante diálogo com o lado europeu para alcançar a flexibilização das regras de tecnologia do bloco. “Em troca disso, vamos propor um acordo interessante para aço e alumínio”, afirmou à Bloomberg.

O comissário de Comércio da UE, Maros Sefcovic, afirmou que as regras tecnológicas do bloco europeu não são discriminatórias. “Elas não são direcionadas a empresas americanas, mas sabemos que este é um dos temas que os EUA querem discutir. Estamos preparados para responder a essa questão, assim como os EUA estão preparados para responder às nossas demandas”, afirmou.

O secretário e o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, estão em Bruxelas para uma primeira visita desde o estabelecimento do acordo comercial entre o governo americano e a UE.

O tratado estabeleceu uma tarifa de 15% sobre a maioria dos bens europeus, enquanto a UE se comprometeu a eliminar tarifas sobre produtos industriais americanos e alguns itens agrícolas e alimentícios. Ambos os lados também se comprometeram a continuar negociações acerca das tarifas setoriais sobre aço e alumínio, fixadas em 50%.

A principal preocupação das autoridades europeias diz respeito ao alcance do escopo das tarifas. Desde o estabelecimento do acordo, o governo americano ampliou significativamente a lista de itens sobre abrangência das tarifas.

O requisito imposto pelos EUA, porém, coloca a UE numa posição difícil. O bloco tem afirmado reiteradamente que não permitirá que outros países/governos ditem a regulação interna sobre o setor de tecnologia.

Ao mesmo tempo, lideranças dos países-membros do bloco pedem que a autoridade europeia tome providências para mitigar as taxas. “Em relação ao aço e alumínio, precisamos obter alívio adicional”, disse a ministra da Economia da Alemanha, Katherina Reiche, à imprensa.

“Muitas máquinas produzidas não podem ser entregues aos EUA e nossas empresas estão sofrendo quedas consideráveis nas vendas”, completou.

O porta-voz da Comissão Europeia, Thomas Regnier, afirmou, em coletiva de imprensa, que o bloco não acatará negociação sobre as regras do setor tecnológico e tributação como parte das negociações com a delegação americana.

Além do encontro com representantes comerciais europeus, Lutnick e Greer se reuniram também com a vice-presidente da UE para soberania tecnológica e segurança, Henna Virkkunen.

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   25/11/2025

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 4,46% para 4,45%. A taxa está 0,05 ponto porcentual abaixo do teto da meta, de 4,50%. Há um mês, era de 4,56%. Considerando apenas as 105 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida diminuiu de 4,46% para 4,43%.

A projeção para o IPCA de 2026 caiu de 4,20% para 4,18%. Há um mês, era de 4,20%. Considerando apenas as 105 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana recuou de 4,19% para 4,17%.

O Banco Central espera que o IPCA some 4,6% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no último ciclo de comunicações do Comitê de Política Monetária (Copom). No horizonte relevante, o segundo trimestre de 2027, o colegiado espera que a inflação em 12 meses seja de 3,3%.

Na última decisão, o Copom manteve a Selic em 15%, pela terceira vez consecutiva. Na ata, o colegiado afirmou que sua avaliação atual é de que “a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.

Voltou a repetir, porém, que seguirá vigilante e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados. “(O Copom) não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, disse.

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,00% pela 22ª semana consecutiva.

Considerando apenas as 89 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para a Selic no fim deste ano também seguiu em 15,0%.

A mediana para a Selic no fim de 2026 caiu de 12,25% para 12,00%. Há um mês, era de 12,25%. Considerando só as 87 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana diminuiu de 12,13% para 12,00%.

A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 41ª semana seguida. Já a mediana para a Selic no fim de 2028 caiu de 10% para 9,75%, depois de 47 semanas de estabilidade.

PIB

A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 permaneceu em 2,16%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando apenas as 73 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa seguiu em 2,15%.

O Banco Central diminuiu a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 2,1% para 2,0%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre. Segundo a autarquia, a redução ocorreu devido aos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, e a sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Esses fatores, porém, foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, disse.

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 também ficou estável, em 1,78%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando só as 73 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 1,78%.

A mediana para o crescimento do PIB de 2027 seguiu em 1,88%. Quatro semanas antes, era de 1,83%. Já a estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,00%, pela 89ª semana seguida.

IstoÉ Dinheiro - SP   25/11/2025

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,800 bilhão na terceira semana de novembro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 24, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,939 bilhões e importações de US$ 5,139 bilhões.

No ano, de janeiro a novembro de 2025, o superávit soma um total de US$ 56,464 bilhões, resultado de US$ 310,974 bilhões em exportações e US$ 254,509 bilhões em importações. No mesmo período do ano passado, o superávit acumulado estava em US$ 69,540 bilhões.

No mês de novembro até a terceira semana, comparado ao mesmo período de 2024, as exportações cresceram 3,5% e somaram US$ 21,243 bilhões. O desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 32,8% em Agropecuária, que somou US$ 4,391 bilhões; queda de 14,4% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 4,783 bilhões e, por fim, crescimento de 3,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 11,933 bilhões.

As importações cresceram 10,4% nas três primeiras semanas de novembro e totalizaram US$ 17,173 bilhões na mesma comparação, com queda de 3,3% em Agropecuária, que somou US$ 300,7 milhões; queda de 2,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 844,1 milhões e, por fim, crescimento de 11,6% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 15,917 bilhões.

O Estado de S.Paulo - SP   25/11/2025

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira, 24, que quem está na autoridade monetária não pode se dar ao direito de se incomodar com eventuais críticas por parte do governo em relação ao nível da taxa de juro.

“Se você está numa posição que você tem muita gente que é afetada pela sua atuação, pode existir pressão e pode existir gritaria. Se você não vai se dar bem com isso, o Banco Central não é um local adequado”, disse Galípolo durante o almoço anual da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.

Ele também destacou que é natural que sempre haja argumentações em favor “dos dois lados” em relação à condução da política monetária e que é natural que o próprio governo traga o seu ponto de vista. “É um debate que é sempre legítimo, democrático, e se o governo não puder falar, não puder debater, não puder propor, quem vai poder?”, indagou o presidente do BC.

Na avaliação de Galípolo, quando se encerra um ciclo de alta nos juros, é esperado que se iniciem apostas de quando a taxa Selic começará a cair. Em um cenário como esse, seguiu o presidente do BC, também já é esperado que surjam incômodos com as decisões da autarquia, independente de quais sejam e em que momentos são tomadas.

O presidente do BC voltou a defender a atuação técnica da instituição e disse que a autoridade monetária não deve se “emocionar” com o clamor popular, referindo-se a críticas aos juros altos.

“Acho que é importante o Banco Central não se emocionar e não ser uma instituição preocupada em fazer movimentos por questão de mídia ou de mobilização”, disse.

Em sua fala, o presidente do BC disse que a preocupação da autoridade monetária deve ser cumprir o mandato de levar a inflação à meta com rigor técnico, sem se preocupar com a “questão midiática”. O papel da autarquia, pontuou, é seguir critérios técnicos, com transparência para a população. Em relação aos próximos passos da política monetária, o banqueiro central mencionou apenas que o BC segue “dependente dos dados” e ciente do seu compromisso com a meta de inflação.

Após citar os desafios enfrentados durante o ano — entre eles, questionamentos sobre a eficácia da política monetária e a estabilidade financeira —, Galípolo frisou que o BC lidou com problemas cumprindo “exatamente” o que dizem a norma e o regimento legal. Nesse ponto, fez um agradecimento especial ao diretor de Fiscalização do Banco Central, Ailton Aquino, pelo “trabalho espetacular desde o início”. Conforme Galípolo, o BC vai sempre reagir e tomar decisões diante de desafios.
Fiscalização

Galípolo disse que o trabalho de fiscalização da autarquia nunca tem um ponto final de chegada e que, por isso, trata-se de uma tarefa contínua. “A obra de supervisão nunca está completa, não só da supervisão. O trabalho do Banco Central não tem ponto de chegada; é um ponto contínuo, é um movimento contínuo”, afirmou.

A fala aconteceu em um painel mediado pela comunicação da Febraban, no momento em que o presidente do BC foi questionado sobre a situação da liquidação do Banco Master. Além de frisar que a autarquia tem um papel contínuo de fiscalização, Galípolo respondeu que, em relação a questões que envolvem segurança e estabilidade do sistema financeiro, é preciso agradecer ao trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal.

Foi muito importante o trabalho de cooperação e colaboração da maneira que a lei prevê, de quando o Banco Central deve notificar, como foi identificado e notificado pela Diretoria de Fiscalização e Supervisão. É muito gratificante estar dentro do Estado e ver as instituições de Estado funcionando da maneira que elas devem”, disse ele.

Ainda em relação à capacidade de fiscalização do BC, Galípolo defendeu que é preciso aumentar o perímetro regulatório das instituições sujeitas ao monitoramento do BC. Ele também voltou a defender a agenda de autonomia financeira do BC, um tópico que, segundo ele, ainda não avançou na medida que ele gostaria.

Infomoney - SP   25/11/2025

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira que a diretoria da autoridade monetária ainda está insatisfeita com o nível da inflação, que ainda não convergiu para a meta de 3%, acrescentando que é por isso que os juros seguem em patamar restritivo.

“Gostaríamos que a inflação estivesse convergindo mais rápido, mas existe um custo, um trade-off” para fazer isso, afirmou Galípolo em evento promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em São Paulo.

“Ainda estamos insatisfeitos, não estamos onde gostaríamos, por isso seguimos com patamar restritivo de juros”, acrescentou em outro momento.
Galípolo disse ainda que o BC fará o que for necessário para cumprir seu mandato de levar a inflação à meta. Ele acrescentou que a direção da política monetária é a desejada para o cumprimento do mandato do BC, de conduzir a inflação à meta.

“Toda vez que for necessário, o BC vai usar a taxa de juros”, reforçou.

A taxa básica Selic está atualmente em 15% ao ano, e os agentes do mercado financeiro especulam sobre quando o BC iniciará o ciclo de cortes, considerando o processo de desinflação no Brasil.

Economistas consultados pelo BC no relatório Focus divulgado nesta segunda-feira reduziram de 12,25% para 12% a projeção para a Selic ao final de 2026, sem prever corte da taxa na última reunião deste ano, em dezembro.

Ao tratar do tema de estabilidade financeira, Galípolo destacou que os bancos são instituições “falíveis”, e que é importante que o BC aprenda e evite a repetição de erros de passado.

Sem citar o banco Master, que teve sua liquidação extrajudicial decretada pelo BC este mês, Galípolo disse ainda que o BC “seguiu o gabarito” ao tratar da questão da estabilidade financeira este ano.

IstoÉ Dinheiro - SP   25/11/2025

A arrecadação total de tributos federais somou R$ 261,9 milhões em outubro, o maior valor já registrado para o mês. O resultado representa expansão real (acima da inflação do período) de 0,92% em relação ao mesmo período do ano passado.

Já no acumulado dos dez primeiros meses do ano, as receitas federais chegam a R$ 2,4 trilhões, representando acréscimo real de 3,2% na comparação com igual período de 2024.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (24) pela Receita Federal, em Brasília.

“Importante observar que se trata do melhor desempenho arrecadatório, tanto para outubro quanto para o período acumulado”, frisou a instituição.

Os valores se referem a tributos federais, como Imposto de Renda de pessoas físicas e empresas, receita previdenciária, Imposto sobre Importação, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), PIS/Cofins, entre outros. Arrecadação com royalties e depósitos judiciais, que não são apurados pela Receita Federal, também entram na conta.

Destaques

Ao detalhar a evolução dos tributos, a Receita Federal destacou o IOF, que somou R$ 8,1 milhões em outubro de 2025, alta de 38,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado.

“Esse desempenho pode ser justificado pelas operações relativas à saída de moeda estrangeira e pelas operações de crédito destinadas a pessoas jurídicas, ambas decorrentes de recentes alterações na legislação”, cita a Receita.

Em junho deste ano, o governo aumentou a cobrança em algumas operações de crédito, por meio do Decreto 12.499/2025. A medida foi derrubada posteriormente.

Outro destaque apontado pela Receita foi o IRRF-Capital (cobrança de imposto em cima de lucro com aplicações financeiras). A arrecadação chegou a quase R$ 11,6 milhões, representando acréscimo real de 28,01% ante outubro de 2024.

A Receita explica que o desempenho está relacionado ao lucro que investidores tiveram em aplicações de renda fixa e Juros sobre Capital Próprio (JCP) - forma de uma empresa dividir parte do lucro com os acionistas.
Desaceleração

Apesar do recorde nos dez primeiros meses do ano, que representou salto de 3,2% na comparação com o mesmo período de 2024, o desempenho mostra desaceleração, ou seja, o crescimento da arrecadação tem perdido força.

Em julho de 2025, a evolução chegou a ser de 4,41%, mas a diferença positiva foi se reduzindo mês a mês.

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, reconhece que esse comportamento arrecadatório é um reflexo da desaceleração econômica no país.

“A gente continua crescendo, porém a taxas decrescentes, a taxas menores.”

Ele acrescenta que o resultado não é surpresa, pois acompanha projeções do próprio Ministério da Fazenda e de agentes do mercado financeiro.

“Já se previa uma certa contração na atividade econômica”, afirma Malaquias, que chama atenção para a resiliência de alguns fatores, como o setor de serviços e a massa salarial dos trabalhadores.
Freio dos juros

A perda de fôlego citada é um efeito direto da política monetária (controle da taxa de juros) exercida pelo Banco Central (BC). A taxa básica de juros da economia, a Selic, está em 15% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006 (15,25%).

O BC mantém o juro alto como forma de esfriar a economia e puxar para baixo a inflação, que está há 13 meses acima da meta do governo, de 3% ao ano com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, podendo ir até 4,5%.

Em outubro, a inflação oficial acumulava 4,68% em 12 meses, porém em trajetória de desaceleração.

“A arrecadação tributária é um dos termômetros da atividade econômica. Quando a arrecadação vai bem, a gente costuma dizer que a atividade econômica, responsável pela maior parte do resultado da arrecadação, também está indo bem”, conclui Malaquias.
Arrecadação com bets explode

A arrecadação das atividades de exploração de jogos de azar e apostas subiu quase 10.000% em outubro de 2025 na comparação com o mesmo mês de 2024.

A explicação está na regulamentação da atividade das casas de apostas virtuais, as chamadas bets, que passou a valer apenas em 2025.

A comparação ficou extremamente alta pois essas plataformas pagavam bem menos impostos. Em outubro de 2024, a arrecadação proveniente dessas atividades foi de R$ 11 milhões, valor que saltou para R$ 1 bilhão em outubro de 2025.

No acumulado dos dez primeiros meses de 2025 ante o mesmo período de 2024, a evolução foi de mais de 16.000%, indo de R$ 49 milhões para R$ 8 bilhões.

Diário do Comércio - MG   25/11/2025

A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 permaneceu em 2,16%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando apenas as 73 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa seguiu em 2,15%.

O Banco Central diminuiu a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 2,1% para 2,0%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre. Segundo a autarquia, a redução ocorreu devido aos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, e a sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Esses fatores, porém, foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, disse.

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 também ficou estável, em 1,78%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando só as 73 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 1,78%.

A mediana para o crescimento do PIB de 2027 seguiu em 1,88%. Quatro semanas antes, era de 1,83%. Já a estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,00%, pela 89ª semana seguida.

Veja - SP   25/11/2025

O mercado entra nesta semana com os olhos grudados no IPCA-15 e no comportamento do dólar — dois fatores que hoje valem mais para a Selic do que qualquer discurso político. Os dados das duas primeiras semanas de novembro mostram inflação escorregando para baixo, ainda que a passos de formiga. Tanto que o próprio Focus trouxe nova redução na projeção: de 4,46% para 4,45% em 2025, já abaixo do teto da meta de 4,5%. Mas, como lembrou Alisson Correia, da Dom Investimentos, o ritmo “ainda é lento demais”, e o consumo típico de Black Friday e dezembro entra como risco adicional no radar. Por isso, o BC deve manter a Selic em 15% na reunião do Copom, em 9 e 10 de dezembro.

A turma que aposta no primeiro corte já em janeiro vem crescendo. Alisson está nesse grupo — acredita em um recuo inicial de 0,25 ponto logo no começo de 2026, desde que a inflação siga cedendo e não haja reversão repentina na curva. Marcelo Siqueira, da A7 Capital, vai na mesma linha: vê “chance concreta” de corte, desde que a inflação de serviços continue desacelerando e que a ata do Copom mostre espaço para flexibilização. Ambos reforçam que não há Selic sem câmbio — e é aí que a história complica. Fim de ano tem historicamente saída de recursos, remessas corporativas e fluxo offshore, o que empurra o dólar para cima.

E se o dólar subir demais, o espaço para cortar juros diminui. A moeda americana já dá sinais de inquietação e deve oscilar até dezembro. Alisson calcula que ela pode “beliscar R$ 5,45”, mas não vê cenário para disparada — graças ao carry trade, à taxa alta que ainda atrai recursos especulativos e ao fluxo positivo acumulado no ano. O recado final dos dois especialistas é simples: o corte em janeiro depende de uma combinação delicada entre inflação cedendo, dólar comportado e consumo doméstico sem surpresas. Qualquer solavanco — externo ou interno — pode empurrar o Copom para março.

IstoÉ Dinheiro - SP   25/11/2025

O diretor do Federal Reserve (Fed, o banco centra norte-americano) Christopher Waller afirmou que defende um corte nas taxas de juros na próxima reunião do BC dos Estados Unidos, prevista para 10 de dezembro, considerando sua preocupação com o mercado de trabalho. A declaração foi realizada em entrevista para a Fox Business nesta segunda-feira, 24.

“Desde a última reunião do Fed, os dados disponíveis sugerem pouca mudança, com a inflação não sendo um grande problema, mas o mercado de trabalho enfraquecido”, disse o membro do Fed.

Waller diz não acreditar não haverá recuperação nas próximas semanas e destaca que a maioria dos dados do setor privado indica que o mercado está enfraquecido, já que também não há, segundo ele, evidências de que as empresas estão prestes a realizar contratações em massa. “Se os dados mostrarem uma recuperação, podemos ser mais cautelosos”, ponderou.

Por outro lado, em relação à inflação, ele cita que a inflação subiu “um pouco”, mas que irá cair e, excluindo tarifas, está em torno de 2,4% ou 2,5%. “O impacto da inflação causada pelas tarifas não é tão grande, será um evento isolado”, acrescentou.

O diretor defende uma abordagem “reunião a reunião” para o encontro em janeiro, já que a “enxurrada” de indicadores econômicos será responsável por indicar a trajetória a ser seguida pelo Fed.

Waller, que é cotado para possivelmente assumir o cargo de Jerome Powell na presidência do Fed, afirmou que teve uma “ótima reunião” com o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, responsável por guiar as entrevistas dos candidatos. “Conversei com Bessent há 10 dias e tivemos uma ótima reunião sobre economia e mercado. A administração está procurando alguém com experiência que saiba como desempenhar a função”, disse.

Infomoney - SP   25/11/2025

O secretário-executivo do ministério da Fazenda, Dario Durigan, salientou nesta segunda-feira, 24, em encontro com banqueiros que o governo federal contribuiu de forma decisiva à consolidação fiscal.

Após declarar que o País atingiu os melhores resultados das contas públicas em uma década, Durigan disse que o governo projeta para o ano que vem o primeiro superávit primário em vários anos.

“Contra todo o ceticismo, cumprimos a meta de resultado primário em 2024, e vamos cumprir mais uma vez em 2025, não sem muito trabalho. Projetamos para 2026 o primeiro superávit em muitos anos que o Brasil não tem”, assinalou o número 2 da Fazenda em discurso realizado durante almoço promovido anualmente pela Febraban, a federação dos bancos.
Durigan pontuou que, apesar dos resultados melhores, é preciso estar sempre atento à questão fiscal. Em sua fala, ele sustentou que a economia, depois de muito tempo, volta a exibir um momento positivo.

Nesse sentido, citou o crescimento da atividade em ritmo não visto desde a primeira década dos anos 2000, a retomada dos investimentos públicos em infraestrutura e a geração de quase 5 milhões de empregos formais desde 2023.

Conforme Durigan, a política econômica deu o tom de prosperidade, seguindo uma orientação de conjugar três compromissos fundamentais: a responsabilidade fiscal, a justiça social e a sustentabilidade ecológica.

O secretário observou que o governo promoveu o maior ajuste fiscal dos últimos 30 anos, combinando aumento de receita com contenção de despesas. De 2023 a 2024, citou, o ajuste fiscal foi de 1,7 ponto porcentual do PIB pelo critério do Tesouro Nacional. Pelo critério do Banco Central, acrescentou, o ajuste foi de 2,03 pontos porcentuais do PIB.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   25/11/2025

Os preços futuros do minério de ferro se recuperaram nesta segunda-feira, interrompendo uma sequência de duas sessões de perdas, com sinais de políticas de apoio na China e novas interrupções no fornecimento alimentando o sentimento de alta.

O contrato mais negociado de janeiro do minério de ferro na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China
O minério de ferro de referência de dezembro na Bolsa de Cingapura subiu 0,87%, para US$104,85 a tonelada.
Os preços do minério de ferro se firmaram na semana passada, depois que a mídia estatal chinesa sinalizou que Pequim pode implementar políticas de apoio ao setor imobiliário, incluindo subsídios hipotecários para compradores de primeira viagem, descontos maiores no imposto de renda para mutuários e custos menores de transação imobiliária, disseram analistas do ANZ.

As recentes interrupções no lado da oferta deram suporte aos preços do minério de ferro, impactando o sentimento do mercado de curto prazo, disse a corretora Galaxy Futures.

O comprador estatal chinês de minério de ferro ordenou que as usinas siderúrgicas suspendessem as compras de um tipo de minério de ferro da BHP na semana passada, somando-se a outra proibição já em vigor e intensificando uma disputa sobre um novo contrato.

Ainda assim, com os estoques elevados e a demanda diminuindo no inverno, a China Iron & Steel Association espera que os preços domésticos do aço permaneçam sob pressão no futuro próximo, de acordo com seu último relatório mensal.

Enquanto a produção global de aço caiu 5,9% em outubro no comparativo anual, a produção de aço bruto na China, maior produtora e consumidora, recuou 12,1%, segundo dados da Associação Mundial do Aço.

Os estoques totais de minério de ferro nos portos da China aumentaram 0,03% na comparação semanal, para cerca de 139,6 milhões de toneladas em 21 de novembro, segundo dados da SteelHome.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   25/11/2025

As obras de modernização das usinas de pelotização 1 e 2 da Samarco, no Complexo de Ubu, em Anchieta (ES), seguem em ritmo acelerado.

Entre as empresas contratadas para a intervenção, a Orguel se destaca pelo volume dos equipamentos fornecidos: mais de 260 toneladas de módulos Mecanflex e andaimes tubulares equipados, além de 13 plataformas elevatórias utilizadas em áreas de difícil acesso.

As plataformas elevatórias estão sendo usadas na desmontagem de equipamentos instalados a mais de 40 metros do solo.

Já o Mecanflex - sistema modular que se adapta a múltiplos níveis e direções -, junto aos andaimes tubulares, é empregado na montagem de passarelas, escadas, escoramentos e plataformas de trabalho, garantindo segurança, versatilidade e produtividade nas frentes de serviço.
“Estamos preparados para atuar em praticamente todos os segmentos da indústria, incluindo a mineração. Nossas soluções de acesso oferecem segurança e eficiência, permitindo que as equipes avancem com a revitalização das usinas 1 e 2 da Samarco dentro dos prazos e padrões técnicos exigidos”, explica Sérgio Guerra, CEO da Orguel.

As duas usinas, inauguradas em 1977 e 1997, estavam em hibernação desde o rompimento da barragem de Fundão, em 2015, somando quase uma década sem manutenção.

“Uma obra dessa magnitude, sobre estruturas que ficaram tanto tempo inativas, requer planejamento meticuloso, engenharia de precisão e um rígido controle de segurança. Nosso papel é garantir o acesso confiável e eficiente que permite à Samarco avançar com qualidade em cada etapa do projeto”, reforça Guerra.

Além da modernização das unidades de pelotização, o projeto da Samarco em Ubu prevê a implantação de novas áreas de filtragem, uma estação de tratamento de efluentes industriais e sistemas de peneiramento.

Atualmente, as usinas 3 e 4 do complexo estão em operação, enquanto as usinas 1 e 2 têm previsão de retorno em janeiro de 2028, marcando a retomada total da capacidade produtiva.

Para atingir 100% de sua produção, a Samarco planeja investir R$ 3,5 bilhões em Ubu - parte de um plano global de R$ 13 bilhões destinado à recuperação plena de suas operações no Espírito Santo e em Minas Gerais.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Infomoney - SP   25/11/2025

O ritmo de lançamentos imobiliários no Brasil foi mais moderado no terceiro trimestre de 2025, diante da pressão da inflação no setor de construção. É o que mostrou o Índice de Lançamentos Imobiliários (ILI). Desenvolvido pelo DataZAP – área especializada em inteligência de dados do Grupo OLX – o novo indicador monitora os projetos desde o pré-lançamento até a entrega das chaves em 11 regiões brasileiras e, no terceiro trimestre, os preços dos lançamentos subiram 1,73%, ficando ligeiramente abaixo do Índice Nacional da Construção Civil (INCC), que registrou alta de 1,98% no período.

Isso ajudou a reduzir o volume de lançamentos em algumas regiões, tornando a dinâmica regional bastante desigual. Enquanto cidades como Rio de Janeiro e Campinas registraram valorizações expressivas, outras capitais, como Belo Horizonte e Fortaleza, tiveram quedas de preços.

O preço médio dos lançamentos no país chegou a R$ 12.565 por metro quadrado. Porto Alegre permanece entre os mercados mais caros, com R$ 16.461 por metro quadrado, seguida por Curitiba com R$ 14.833. Mas o maior destaque ficou com o Rio de Janeiro, cujo preço mediano avançou 15,07%, com o metro quadrado atingindo R$ 14.387. Campinas vem logo atrás, com valorização de 11,65%.
Segundo Gabriela Domingo, especialista em inteligência de mercado do Grupo OLX, os dois mercados têm motores distintos. Em Campinas, o impulso veio principalmente dos produtos mais econômicos, que valorizaram cerca de 18%. Já no Rio de Janeiro, o movimento tem origem no aumento da demanda nos segmentos de médio-alto padrão e luxo.

“Quando há mais lançamentos em faixas de preço mais elevadas, o valor médio tende a subir. Isso reflete maior confiança do setor e uma demanda aquecida entre compradores de maior poder aquisitivo”, explica Gabriela.
São Paulo desacelera

Por outro lado, mercados fortes como São Paulo registraram queda trimestral de 1,03%, mas ainda segue como o maior e mais aquecido mercado do país, com 123 mil unidades lançadas em 12 meses. No trimestre, a cidade registrou preço médio de R$ 12.884 por metro quadrado, uma valorização anual de 5,70%.

Segmentos de médio-alto e alto padrão também foram responsáveis pelo avanço paulista, com altas de 6,49% e 6,41%, respectivamente. Já os imóveis econômicos subiram 4,14%.
Juros altos

Apesar de o crédito continuar caro, o setor segue mostrando resiliência, segundo Gabriela. Ela explica que os juros pesam, mas de forma desigual. “Financiamentos mais caros afetam especialmente os imóveis de médio e alto padrão. Já os segmentos econômico e de luxo têm mostrado demanda aquecida”, afirma.

O comportamento do mercado no trimestre confirma a avaliação, com modelos econômicos e unidades de luxo puxando os índices de forma positiva.

Tendências

O ILI mostra que mercados como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte devem seguir atraindo incorporadoras interessadas em projetos de maior valor agregado. Esse movimento tende a se intensificar com a reformulação das regras do crédito habitacional, anunciada em outubro.

“A nova estrutura deve impulsionar lançamentos voltados à classe média e estimular compradores de renda mais alta”, diz Gabriela. Além disso, o mercado já trabalha com a expectativa de queda da Selic no primeiro trimestre de 2026, o que pode baratear o crédito a partir do 2º ou 3º trimestres do próximo ano e impulsionar novas ondas de lançamentos.

O Estado de S.Paulo - SP   25/11/2025

O crescimento das vendas de imóveis econômicos, mesmo diante do patamar elevado da taxa de juros no Brasil, tem atraído incorporadoras de alto padrão para o segmento. A lógica de negócios é simples: as vendas de apartamentos por meio do programa Minha Casa, Minha Vida se dá com taxa de juros de financiamento controlada, permitindo que tanto os compradores consigam encaixar as parcelas no orçamento familiar quanto que as incorporadoras vendam rapidamente as unidades construídas, evitando o custo de carregar estoque.

Diante desse cenário, a Marquise, de Fortaleza (CE), trará a São Paulo a marca M.Lar para atuar no segmento de baixa renda. A empresa já desenvolveu um projeto de luxo na Vila Nova Conceição, com apartamentos de R$ 6,6 milhões, e agora prepara o terreno para construir imóveis financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida. O movimento de ingressar no segmento de moradia popular já foi feito pela gigante dos imóveis de luxo Cyrela, que tem a unidade Vivaz para lançar apartamentos de até R$ 500 mil.

Uma das CEOs da Marquise, Carla Pontes, conta que a entrada em São Paulo foi planejada com ousadia e responsabilidade. Além disso, ela afirma que estudou o mercado antes de colocar o pé no acelerador nos projetos de moradia popular.

A marca M.Lar foi criada separadamente da Marquise para dar clareza ao posicionamento de mercado, uma vez que se dirige a um público diferente do segmento de alto padrão. No entanto, a estratégia é vincular a M.Lar fortemente ao nome e à credibilidade do grupo. A empresa está formando um banco de terrenos há cerca de um ano para garantir lançamentos encadeados.

“Teremos um foco grande em terrenos que tenham boa infraestrutura de mobilidade. Isso é um atrativo importante para o segmento econômico, assim como a qualidade do produto em si. Temos uma tradição de produtos premium, e levaremos essa qualidade dentro da especificação do imóvel econômico”, afirma Carla.

Os empreendimentos da companhia em SP terão duas torres de apartamentos, com plantas de 30 a 50 metros quadrados (m²) — todas elas com sacadas, uma demanda do público do segmento econômico. Na área de lazer, a empresa incluirá itens seguindo a tendência de condomínios-clubes, como piscina, churrasqueira, lavanderia, bicicletários, espaço de coworking e salão de festas.

O primeiro empreendimento será na Água Branca, zona oeste da cidade, e terá apartamentos de até R$ 350 mil. Chamado M.Lar Santa Marina, o projeto terá duas torres com 668 unidades e está situado ao lado da futura estação Santa Marina da Linha 6–Laranja do Metrô. As plantas terão de 37 m² a 49 m², com dois dormitórios e varanda.

Segundo dados do Secovi-SP, nos últimos 12 meses até agosto, os imóveis econômicos representam 60% das vendas da cidade, ante 53% de um ano antes, um aumento de 36%. No total, foram 66 mil unidades. Em lançamentos, os projetos econômicos dispararam 35% nos últimos 12 meses, indo para 74,8 mil unidades (60% dos lançamentos, ante 61% de um ano atrás.

Os projetos do MCMV deslancharam desde que as novas regras do programa passaram a valer, em 2023, com redução dos juros e aumento dos subsídios e facilitação. Neste ano, a criação da faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida ampliou as possibilidades de projetos ao subir o limite de preço dos imóveis para R$ 500 mil, mas muitos projetos ainda não saíram do papel devido ao ciclo inerente aos empreendimentos imobiliários.
One Innovation

A incorporadora One Innovation, conhecida por estúdios de alto padrão, também criou uma nova marca para atuar no segmento econômico, chamada Moby Life.

Segundo Paulo Petrin, vice-presidente da One Innovation, a nova unidade de negócios é considerada um produto defensivo no portfólio da empresa. Como as taxas de juros no financiamento do MCMV são controladas, os apartamentos econômicos não dependem tanto da situação econômica macro nem sofre com choques de juros elevados, o que o mantém acessível mesmo em cenários desafiadores.

Petrin conta que os empreendimentos serão diferentes daqueles feitos sob a marca principal da companhia. Em vez de ter um quarto e não ter vaga de garagem, os apartamentos terão dois quartos, com plantas de 35 m² a 40 m², sendo entre 10% e 20% deles com vaga.

Os empreendimentos serão menores, focando em condomínios mais bem localizados, geralmente com um máximo de duas torres e cerca de 500 a 600 unidades, evitando os “mega-condomínios” de 1,5 mil ou 2 mil unidades que estão se tornando mais comuns na capital, como o projeto da MRV em Pirituba (zona norte), que terá 11 mil apartamentos.

A Moby Life continua focada nas Zonas Sul e Oeste de São Paulo, mas se afastando das regiões ultra nobres onde a One Innovation atua.

“Na zona sul, teremos projetos na Aclimação, na região da Ana Rosa, indo em direção ao Parque da Aclimação. Vamos adentrar uns 300 metros nos bairros para poder buscar terrenos mais acessíveis”, afirma Petrin.

O executivo conta que já tem seis terrenos comprados para fazer lançamentos de empreendimentos a partir de 2026. A expansão dos negócios da Moby Life acontece mais de um ano após um projeto-piloto de R$ 80 milhões de Valor Geral de Vendas (VGV) na Barra Funda. Para 2026, o foco é levar o VGV para um valor entre R$ 400 e R$ 500 milhões. Novos projetos serão tocados com parceiros, como a You.Inc e a Kallas.

Petrin diz ainda que a Moby Life deve se tornar uma parte importante do faturamento da One Innovation devido ao cenário macroeconômico que dificulta o financiamento de imóveis fora do programa de habitação social.

“Ela (a nova marca) vai ficar cada vez mais relevante porque existe uma grande demanda de habitação. (Comprar imóvel) ficou realmente muito difícil para a classe média, em função da taxa de juros. Quando o consumidor vai para o banco privado fica difícil por causa dos juros, mas acreditamos que com a taxa caindo esse mercado vai voltar a ganhar relevância porque essa demanda está reprimida há muito tempo”, afirma Petrin.

Em outubro, o governo federal anunciou uma nova política de crédito habitacional com novas regras para o direcionamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e um aporte imediato de cerca de R$ 35 bilhões para financiamentos.

A medida também prevê a liberação inicial de 5% dos depósitos compulsórios da poupança aportados no Banco Central e o aumento no teto do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) para R$ 2,25 milhões, com limite da taxa de juros de 12% ao ano.

O objetivo do projeto é o acesso da classe média ao financiamento de imóveis, beneficiando as famílias que recebem de R$ 12 mil a R$ 20 mil. É consenso de mercado que as vendas para a classe média estão andando de lado, enquanto os empreendimentos para os consumidores de baixa e alta rendas estão sustentando as vendas de imóveis no País.

No entanto, há escassez de projetos em grandes cidades como São Paulo, uma vez que a classe média saiu do radar de muitas incorporadoras nos últimos anos, especialmente após a escalada dos juros, que passaram de 2% ao ano em 2021 para 15% em 2025.

FERROVIÁRIO

Valor - SP   25/11/2025

Companhia francesa com fábrica em Taubaté diz que concorrência chinesa é injusta e afirma que permanência no país está em xeque

Com o avanço da chinesa CRRC sobre o mercado de trens brasileiro, a francesa Alstom, que tem fábrica em Taubaté (SP), afirma que a competição nem sempre tem sido justa no Brasil e pressiona o governo de São Paulo por regras de conteúdo local nos leilões. O grupo se prepara para disputar a concessão das linhas 10 e 14 da CPTM, que deverá ser licitada em 2026 - com a participação dos chineses na disputa.

“Às vezes, sentimos que a competição não é justa. Se você olhar o que os chineses fizeram, dos 112 trens que venceram nos últimos dois, três anos, muito poucos serão produzidos localmente. A maioria será importada. Nos perguntamos se de fato o governo quer favorecer a indústria local”, afirmou Bernard Peille, diretor-geral da empresa na América Latina, ao Valor.

“A competição é totalmente justa, mas somente se todos jogarem com as mesmas regras. Por exemplo, o Brasil importa trens da China, mas não pode exportar trens para a China. Esse é o tipo de injustiça que está acontecendo”, disse.

Procurada pela reportagem, a CRRC não respondeu.

Peille afirma que a Alstom tem pedido regras de conteúdo local nas licitações, além de medidas para que a tributação dos trens produzidos no país não seja superior à dos importados. “Estamos tentando ter algo mais vantajoso para brasileiras. Precisamos do governo para nos apoiar.”

O grupo, que é francês, está no país há 17 anos e, em 2015, investiu em uma nova fábrica em Taubaté. Segundo o executivo, a produção no Brasil tem 50% de seus fornecedores localmente.

Porém, regras de conteúdo local não estão sob cogitação, disse o secretário de Parceria em Investimentos de São Paulo, Rafael Benini. Ele afirmou que o governo prioriza reduzir o gasto do Estado, e que o custo mais elevado dos trens é pago pela população.

“A política de conteúdo local traz ineficiências econômicas. O que traz empresas para cá [Brasil] é criar uma demanda constante, é o que estamos fazendo.”

Em relação à CRRC, Benini afirmou que a chinesa está instalando uma planta em Araraquara (SP), e que o grupo chinês, por conta do financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), terá que cumprir regras de nacionalização da produção, mas de forma gradual.

Hoje, a fábrica da Alstom está em plena atividade, com quatro projetos em produção, porém, apenas um é local: o da Linha 6-Laranja de São Paulo. Os demais são de exportação, para a linha 7 de Santiago do Chile, o metrô de Bucareste e o metrô de Taiwan. Segundo Peille, isso é um problema. “Há muita exportação, não há produção local suficiente. Mas, com os projetos [de compra de novos trens] que virão, esperamos voltar a atender o mercado brasileiro.”

Hoje, além do leilão das linhas 10 e 14 do governo paulista, o grupo mira o contrato de fornecimento de trens para a extensão da linha 6 em São Paulo.

Caso não haja uma renovação do portfólio local, o executivo diz que a estratégia da Alstom no Brasil poderá ser revista. “As políticas e regras precisam ajudar. Se não há apoio nenhum, fica extremamente difícil, porque sabemos como funciona a concorrência com a China, os preços são super rebaixados.”

NAVAL

Portos e Navios - SP   25/11/2025

A TCP foi autorizada a operar com calado de até 13,30 metros. De acordo com a empresa, que administra o Terminal de Contêineres de Paranaguá (PR), a ampliação permite transportar cerca de 400 TEUs adicionais de contêineres cheios por embarcação. A atualização foi formalizada pela Portos do Paraná, por meio da portaria, e aprovada pela Marinha do Brasil e pela praticagem. O alteração contou com estudos de simulação contratados pela TCP, conduzidos em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), a partir da conclusão da última campanha de derrocagem promovida pela autoridade portuária.

Os novos limites de calado foram definidos conforme o porte das embarcações e divididos em duas condições operacionais: maré zero e maré positiva. Para navios de até 300 metros de comprimento (LOA), o calado a maré zero passa de 12,80 para 13,00 metros, podendo chegar a 13,30 metros com 30 centímetros de maré positiva. Já os navios de 336 a 366 metros mantêm o limite de 12,80 metros em maré zero, mas passam a operar com 13,10 metros com 30 centímetros de maré positiva e com o calado máximo de 13,30 metros quando a maré alcançar 50 centímetros — níveis superiores aos praticados por terminais catarinenses, que operam com calados entre 11,00 m e 12,20 m, dependendo do porte das embarcações.

A TCP destacou já opera navios de 366 metros desde janeiro de 2024, quando recebeu o MSC Natasha XIII, primeiro porta-contêineres desse porte a atracar em um terminal brasileiro. Embarcações da mesma dimensão passaram a escalar Paranaguá desde então, mas ainda não utilizavam sua capacidade plena devido às restrições de profundidade.

Com o novo calado autorizado pela Portos do Paraná, esses navios devem escalar o terminal com regularidade e passarão a deixar o terminal mais carregados, com melhor aproveitamento de lastro, carga e janela de maré. “Quanto maior o calado autorizado, mais carga o navio consegue transportar por viagem, gerando ganho direto de eficiência para armadores, importadores e exportadores, sem acréscimo de custos operacionais”, explicou Rafael Stein, superintendente institucional e jurídico da TCP.

A aprovação desses novos parâmetros está sustentada pelos estudos técnicos conduzidos no Centro de Simulação e Treinamento em Manobras Marítimas da Escola Politécnica da USP, que utilizou modelagem matemática avançada e simuladores de alta precisão para testar cenários de atracação e desatracação em diversas condições de vento, corrente e maré, incluindo embarcações de até 368 metros de LOA e 51 metros de boca. As simulações contaram com a participação de equipes técnicas da TCP, Portos do Paraná, Marinha do Brasil e Sindicato dos Práticos.

Os estudos também indicaram a necessidade da instalação de um sensor adicional nos marégrafos utilizados para monitoramento das condições de maré, investimento que foi realizado em parceria entre a TCP e a Paranaguá Pilots. Para a Portos do Paraná, essa medida reforça a confiabilidade das informações fornecidas aos práticos, garantindo maior precisão na definição das janelas de atracação e aumentando a segurança da navegação.

Para Julio Verner, presidente do Sindicato dos Práticos, o estudo e os investimentos recentes foram fundamentais para ampliar o calado operacional com segurança. "Essa evolução assegura condições ideais para operações com embarcações de grande porte, reduz riscos em manobras complexas e consolida Paranaguá como um porto preparado para atender às exigências da nova geração de navios. É um avanço que alia tecnologia, planejamento e segurança”, comentou Verner.

Desde 2024, o calado operacional do canal de acesso passou de 12,10 para 12,80 metros a maré zero após a remoção de aproximadamente 20 mil metros cúbicos de rochas nas Pedras Palanganas. O material, fragmentado, foi doado a municípios do litoral para obras públicas. Todo o processo foi executado com medidas preventivas, mitigatórias e monitoramentos periódicos da fauna, flora e qualidade da água. O diretor de operações da Portos do Paraná, Gabriel Perdonsini Vieira, afirmou que um dos grandes diferenciais esse ano foi o aumento do nosso calado operacional. "Passamos a ter 13,3m para exportação e importação de granéis sólidos e agora o aumento para 13,3m no segmento de contêineres. Este é um grande diferencial, pois traz mais competitividade e com certeza influencia nos excelentes resultados de movimentação. Estamos aumentando o calado operacional para embarcar e receber mais cargas e atracar navios maiores, tornando assim o nosso complexo cada vez mais atrativo e mais competitivo", ressaltou Vieira.

Em outubro, foi realizado o leilão de concessão do canal, que prevê ampliar a profundidade para 15,5 metros nos cinco primeiros anos de contrato, além de modernizar a sinalização náutica, executar novas dragagens, promover ações ambientais e aprimorar a infraestrutura aquaviária. O investimento estimado do Porto de Paranaguá é de R$ 1,23 bilhão, acompanhado de uma redução de 12,63% na taxa Inframar paga pelas embarcações, benefício que depende do cumprimento das metas previstas no contrato.

“Com a futura ampliação do canal para 15,5 metros, Paranaguá se posicionará entre os principais portos de águas profundas da América do Sul. A autorização atual já gera ganhos imediatos e é um passo decisivo para receber a nova geração de porta-contêineres que deve dominar as rotas globais nos próximos anos”, acrescentou Stein, da TCP. O terminal encerrou o primeiro semestre de 2025 com 744.650 TEUs movimentados, segundo o estatístico aquaviário da Agência Nacaional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Portos e Navios - SP   25/11/2025

Os portos públicos da região sul registraram no terceiro trimestre de 2025 crescimento de 14,02% na movimentação, em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), foram movimentadas 37 milhões de toneladas. Os maiores volumes foram verificados no Porto de Paranaguá, no Paraná, com 19,1 milhões de toneladas, e em Rio Grande, no Rio Grande do Sul, com 9,1 milhões de toneladas.

A movimentação de contêineres nos portos públicos da região chegou a 8,4 milhões de toneladas e teve aumento de 62,46% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Somado ao volume movimentado em portos privados, o total da movimentação foi de 15,2 milhões de toneladas.

Nos portos públicos, as exportações cresceram 13,55% e as importações, 8,59%. Os adubos e os fertilizantes, com 5,9 milhões de toneladas, foram os produtos mais movimentados na importação. Já na cabotagem, o aumento de movimentação foi de 29,65% nesses terminais.

O Estado de S.Paulo - SP   25/11/2025

Membros da equipe da Casa Civil começaram a atuar diretamente nas discussões sobre o modelo do leilão do Tecon 10, novo terminal de contêineres de Santos. A ampla concorrência está em julgamento no Tribunal de Contas da União (TCU), com linhas divergentes em disputa.

A informação de que a Casa Civil defende que a disputa seja aberta a todos os interessados foi revelada pela Folha de S.Paulo. O Estadão/Broadcast apurou que o movimento existe, mas não massificado. Nome do alto escalão do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) diz que há alinhamento com a Casa Civil desde antes de o projeto ser enviado ao TCU e refuta divergências. A reportagem solicitou posicionamentos da Casal Civil e do MPor; tão logo esses se manifestem, terão suas posições publicadas.

Mas o consenso teria se revertido porque, mesmo diante de uma série de relatórios técnicos que dizem que a ampla concorrência deve ser garantida, há tendência de a maioria dos ministros votar para restringir a participação dos atuais operadores do Porto de Santos.

Entre as posições pela abertura a todos os interessados estão documentos do Ministério da Fazenda e da equipe técnica do próprio TCU. Há projeções, por isso, de que o processo será alvo fácil de judicialização.

O Tecon 10 é considerado estratégico por exigir R$ 6,45 bilhões em investimentos e ampliar a capacidade do Porto de Santos, responsável por cerca de 30% do comércio exterior brasileiro. A demanda pela expansão é histórica, com registro de prejuízos milionários para empresas que dependem do atual espaço que, insuficiente, leva operadores a esperarem dias para atracar seus navios.

Conforme relatado à reportagem, mais que defender a ampla concorrência — na contramão ao projeto elaborado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a Casa Civil está colhendo a tendência de votos e dialogando sobre esses. Pelo retrospecto da relação entre a equipe palaciana e a Corte de Contas, há chances de a Casa Civil conquistar mudanças de posições, avalia um membro do TCU.

Um integrante-chave do MPor afirmou à reportagem que o movimento de parte do ministério palaciano, se existir, é inexpressivo e orquestrado por pessoas que querem tumultuar o processo.

O mesmo membro disse que essa oposição não faria sentido já que, antes de o processo ser remetido ao TCU, o modelo que restringe participações recebeu o aval da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos, da Casa Civil.

Julgamento

O julgamento foi iniciado na semana passada com duas linhas divergentes. O relator, ministro Antonio Anastasia, defende o modelo aberto, até aqui, isolado em sua tese. O relator revisor, ministro Bruno Dantas, vê necessidade de restringir os atuais operadores de Santos em uma primeira tentativa de leilão, o que seria necessário para evitar concentração de mercado.

A análise foi suspensa por pedido de vista do ministro Augusto Nardes e está prevista para ser retomada na próxima semana. Dantas foi seguido pelo ministro Walton Alencar, que antecipou o voto.

O ministro Jorge Oliveira também comunicou que acompanhará a tese, mas não formalizou por pedido do presidente Vital do Rêgo, que apelou aos colegas para aguardar a retomada do julgamento.

O cenário da semana passada, conforme mostrou o Estadão/Broadcast, era de que Anastasia seria acompanhado por no máximo outros dois ministros: Benjamin Zymler, que crava a interlocutores que acompanhará o colega e, talvez, o presidente da Corte de Contas, Vital do Rêgo, que até então se dizia indeciso.

Já o apoio ao voto de Dantas tendia a ser bem mais amplo. Interlocutores diziam que ele seria acompanhado também pelos ministros Aroldo Cedraz e Jhonatan de Jesus. Dessa forma, Antonio Anastasia amargaria no mínimo seis votos contrários. Caso Vital do Rêgo também decida pela tese de Dantas, o placar final ficará em sete a dois.

Agora, com a atuação — de parte ou integral — da Casa Civil, um observador do processo diz que vê possibilidade de empate. Nesse caso, como o colegiado é formado por nove ministros, a decisão final ficaria com o presidente Vital do Rêgo — que nesse cenário tenderia a votar com o relator.

O Ministério de Portos e Aeroportos não é obrigado a seguir a definição do TCU sobre o leilão. No entanto, o titular da pasta, ministro Silvio Costa Filho, reitera publicamente há meses que seguirá o que for estabelecido na Corte de Contas.

Monitor Digital - RJ   25/11/2025

O Congresso Nacional analisa projeto (PLN 32/25) que abre crédito especial no Orçamento de 2025 de R$ 500 milhões para uma nova programação do Comando da Marinha. O objetivo é construir navios de escolta para proteger tráfego marítimo brasileiro. O texto será analisado ainda pela Comissão Mista de Orçamento e pelo Plenário do Congresso Nacional.

De acordo com a Agência Câmara, o crédito viabilizará que a União participe do capital da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) e permita a continuidade do Programa Fragatas Classe Tamandaré durante o ano de 2026.

Segundo o Ministério da Defesa, os recursos serão usados para construir navios de escolta dotados de sistemas e sensores para proteção do tráfego marítimo.

“As fragatas Classe Tamandaré também vão patrulhar as águas brasileiras. Elas reforçarão a fiscalização de atividades econômicas, como petróleo e pesca, e ajudarão no combate a crimes transfronteiriços e ambientais”, explica a mensagem que acompanha o projeto. O governo explica que a proposta utiliza a Lei Complementar 221/25, que permite descontar despesas com projetos estratégicos em defesa nacional do cálculo da meta de resultado primário e do limite anual de gastos. Sancionada na semana passada, a lei destina R$ 30 bilhões para esses projetos estratégicos nos próximos seis anos.

PETROLÍFERO

Valor - SP   25/11/2025

Segundo Magda Chambriard, companhia vai investir mais em combustíveis renováveis: “Estamos pensando fortemente no retorno do etanol"

A presidente da Petrobras, Madga Chambriard, disse nesta segunda-feira (24), em evento realizado em Belo Horizonte, que a Petrobras pretende acompanhar o crescimento do setor energético no Brasil até 2050, mantendo a sua participação de 31% na geração de energia primária no país.

“Pelo menos até 2050, a Petrobras pretende crescer junto com o Brasil, mantendo esse nível de 31% de geração de energia primária. Quando se olha para a frente, vê-se a demanda de energia no Brasil crescendo pelo menos 60% em 25 anos. Se queremos manter nossos 31%, a gente tem que crescer junto e aumentar o nosso fornecimento de energia primária em pelo menos 60% até 2050”, afirmou Chambriard.

A executiva disse que, dessa participação de 31%, 30% vêm de combustíveis fósseis e 1% de fontes de energia renovável. Chambriard observou que o plano de investimentos atual da Petrobras prevê atingir o pico da produção do pré-sal em torno de 2030 a 2032.

“Até lá, vai ser fácil crescer no Brasil. Vamos crescer botando combustível fóssil. A partir do pico, vamos ter que repor reservas. Vamos fazer isso buscando novas áreas para buscar e explorar petróleo. Não há futuro para empresa de petróleo sem exploração”, afirmou, fazendo menção à exploração da Margem Equatorial.

Ela acrescentou que, junto a isso, a Petrobras vai investir mais em combustíveis renováveis. “Estamos pensando fortemente no retorno do etanol. Vamos estar incrementando a produção de biodiesel. E vamos mais adiante exacerbar nossos investimentos em eólica, solar, hidrogênio etc. Está tudo previsto no nosso plano de negócios”, disse a presidente.

Para os próximos dez anos, o foco principal, segundo ela, serão os combustíveis fósseis e moléculas, sobretudo etanol e biodiesel. Ela citou a produção de diesel coprocessado com 5% a 10% de óleo vegetal, cuja venda é em parceria com a Vale. A executiva também citou o desenvolvimento de combustível de aviação (SAF) com 1% de óleo vegetal e a venda de combustível de navegação com 24% de óleo vegetal, vendido para Cingapura.

“Quando olhamos para 2050, esses 31% de participação, com 30% de fóssil e 1% de renovável, se tornarão 23% de fóssil e 8% de renovável”, diz Chambriard.

A executiva disse ainda que a Petrobras previu investimento de US$ 15 bilhões de 2025 a 2029 em combustíveis renováveis, dos quais US$ 3 bilhões devem ser aplicados no ano que vem.

A empresa tem planos de investir ainda pouco mais de R$ 20 bilhões (US$ 5,12 bilhões) na renovação e ampliação da sua frota de navios.

Chambriard participou do evento Elo9os Energia, realizado pelo Grupo Itatiaia.

TN Petróleo - RJ   25/11/2025

Em seu Boletim de Produção e Exploração de Petróleo e Gás nº 8, referente ao terceiro trimestre de 2025, o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) alerta que as atividades exploratórias de petróleo e gás natural continuam a desempenhar um papel essencial no Brasil, mesmo diante do avanço da transição energética.

"Embora a transição esteja em curso, ela não se dará de forma imediata", informa o Boletim, que destaca também a importância de recente autorização do IBAMA para a perfuração do poço Morpho, no bloco FZA-M-059, na Bacia da Foz do Amazonas, e faz um histórico dos trabalhos exploratórios que se iniciaram na Margem Equatorial em 1970.

Para o Ineep, a decisão do IBAMA expressa a retomada de atividades exploratórias em novas fronteiras, o que é fundamental para a reposição das reservas e a segurança energética futura. "Essa perfuração ganha peso adicional diante das projeções de declínio da produção do pré-sal a partir do início da década de 2030 e da atual relação reserva/produção do país em torno de 13 anos. Nesse cenário, a perfuração do poço Morpho pode representar um passo estratégico para o conhecimento geológico da Bacia da Foz do Amazonas e para a segurança energética do Brasil", adianta o instituto.

A partir de dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Ineep informa que, desde a década de 1970, todas as bacias da Margem Equatorial, que se estende do estado do Amapá ao Rio Grande do Norte, já registraram poços perfurados com notificações de descobertas. Além disso, a Petrobras desenvolveu quatro Planos de Avaliação de Descoberta (PAD) que indicaram que a região mantém potencial a ser desenvolvido.

"O desafio que se impõe ao país é construir uma estratégia capaz de compatibilizar o avanço das operações de óleo e gás com os compromissos da transição energética justa. No caso da Margem Equatorial, trata-se também de assegurar que os possíveis recursos se traduzam em desenvolvimento efetivo para os estados e municípios da região de modo a reduzir os desequilíbrios regionais", comenta o Ineep no Boletim.

IstoÉ Dinheiro - SP   25/11/2025

A produção de petróleo e gás natural do Brasil bateu novo recorde em outubro, atingindo 5,248 milhões de barris de óleo equivalente (boed), segundo dados preliminares da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O montante deixa para trás o recorde de 5,160 milhões de boed batido em julho deste ano. Em relação a setembro, o aumento foi de 2,7%.

Levando em conta apenas o petróleo, a produção atingiu 4,024 milhões de barris diários de petróleo (bdp) em outubro, alta de 2,9% em relação ao mês anterior. Já o gás natural teve incremento de 2,2%, para 194,5 milhões de metros cúbicos diários.

A região do pré-sal aumentou a sua participação na produção total em outubro, para 81,42% (de 81,1% um mês antes), totalizando 4,273 milhões de boed, 3,2% a mais do que no mês anterior.

Já a produção de petróleo somou 3,306 milhões de bpd, ou 3,11% acima de setembro, e a de gás natural foi de 153,6 milhões de m3/d, alta de 3,6% na mesma comparação, informou a ANP.

Infomoney - SP   25/11/2025

Os contratos futuros do petróleo encerraram a sessão desta segunda-feira, 24, em alta, com investidores digerindo as narrativas da Rússia e Estados Unidos para o conflito na Ucrânia bem como as expectativas para a reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) no fim da semana.

O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em alta de 1,34% (US$ 0,78), a US$ 58 84 o barril. Já o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), avançou 1,25% (US$ 0 78), a US$ 62,72.

Mais cedo, a commodity apresentou baixa, com o presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizando possível progresso nas negociações entre Rússia e Ucrânia. O petróleo, contudo, voltou a subir após o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmar que Moscou ainda não recebeu informações oficiais das negociações em Genebra sobre um plano para a paz no Leste Europeu.
A principal porta-voz da Comissão Europeia, Paula Pinho, enfatizou nesta segunda que ainda há “muito trabalho” a ser feito antes de um acordo final, embora as conversas recentes tenham “produzido progresso construtivo”. Para o Deutsche Bank, o desdobramento geopolítico mais significativo no conflito talvez seja a resposta da Ucrânia ao “ultimato”, embora os EUA pareçam ter indicado durante o fim de semana que há alguma margem para negociação.

Desenvolvimentos relacionados a um potencial acordo de paz são importantes para o mercado de petróleo, especialmente em meio à significativa incerteza sobre o impacto das sanções recentemente impostas às petrolíferas russas Rosneft e Lukoil, dizem os analistas do ING.

A ANZ relembra que ainda há preocupações com o aumento da oferta no mercado pela Opep e que, independentemente de um acordo ser alcançado ou não na Ucrânia, há dúvidas crescentes sobre a eficácia das sanções norte-americanas.

Valor - SP   25/11/2025

Isso poderá ocorrer porque as petroleiras estão bombeando petróleo em um ritmo recorde, e a demanda não acompanha

As petroleiras estão bombeando petróleo em um ritmo recorde, e a demanda não acompanha. Essa dinâmica pode continuar até 2027, segundo a estrategista do J.P. Morgan, Natasha Kaneva. E, se isso acontecer, os preços do petróleo podem cair para até US$ 30 por barril no fim de 2027, cerca de metade do valor atual. A US$ 30, poucos projetos nos EUA seriam lucrativos.

Kaneva, que lidera a equipe global de commodities do banco, acredita que é improvável que o petróleo caia de fato para US$ 30. Historicamente, preços muito baixos levam produtores a reduzir a perfuração ou convencem a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) a cortar a oferta no mercado. Quando isso ocorre, a oferta diminui e os preços se recuperam. Sua projeção para o Brent, referência global, é de US$ 58 em 2026 e US$ 57 em 2027.

“A perspectiva para os próximos dois anos é, essencialmente, uma questão de aritmética básica”, escreveu.

O Brent subiu 1,3% nesta segunda-feira (24), para US$ 63,37.

A demanda por petróleo vem crescendo, e deve continuar aumentando. Mas a oferta está subindo mais que o dobro desse ritmo e começa a pressionar o mercado. Os preços do petróleo acumulam queda de 15% neste ano.

Em 2024, a oferta superou a demanda em cerca de 1,3 milhão de barris por dia. Para 2026, Kaneva estima que o excesso de oferta saltará para 2,8 milhões, e para 2,7 milhões em 2027.

Projetos de perfuração de xisto vão pressionar mais os preços

A perfuração de xisto nos Estados Unidos tem sido o principal motor do crescimento da produção nos últimos três anos, mas projetos em outros países deverão assumir esse papel em breve. Grandes projetos offshore no Brasil e na Guiana devem impulsionar fortemente a expansão da oferta em 2026 e 2027. Juntos, esses dois países devem adicionar entre 500 mil e 700 mil barris de produção adicional por ano, uma parcela pequena, mas significativa, de um mercado de cerca de 106 milhões de barris por dia.

Kaneva, no entanto, não acredita que os produtores deixarão o excesso de oferta chegar a esse ponto. “Ajustes são esperados tanto do lado da oferta quanto da demanda; porém, o maior peso para reequilibrar o mercado quase certamente recairá sobre a oferta”, escreveu.

Ela destaca que, com preços do Brent em torno de US$ 51, muitos produtores de xisto nos EUA teriam de reduzir a produção porque não estariam lucrando o suficiente. A administração Trump também poderia aproveitar os preços baixos para intensificar a aplicação de sanções contra Irã e Rússia, retirando barris do mercado.

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