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15 de Maio de 2025

SIDERURGIA

Infomoney - SP   15/05/2025

A Gerdau (GGBR4) anunciou que, em reunião de Diretoria realizada nesta terça-feira (13), foi aprovada a realização da 19ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, em série única, no valor total de R$ 1,375 bilhão.

A operação será realizada por meio de oferta pública, utilizando o rito de registro automático de distribuição conforme a Resolução CVM nº 160, de 13 de julho de 2022.

A colocação contará com a intermediação de instituições financeiras que integram o sistema de distribuição de valores mobiliários, e ocorrerá sob o regime de garantia firme de colocação para a totalidade dos valores captados, tendo como público-alvo investidores profissionais.
Segundo comunicado, os recursos líquidos obtidos pela companhia com a emissão serão utilizados para gestão ordinária de seus negócios.

Valor - SP   15/05/2025

“A indústria brasileira é competitiva, mas precisamos ser protegidos contra competição desleal”, destaca Gustavo Werneck

Para o CEO da Gerdau, Gustavo Werneck, há lentidão na tomada de decisão do governo brasileiro sobre como lidar com as tarifas impostas pelos Estados Unidos, o que não seria um problema novo. “Está relacionado à falta de recursos técnicos nos órgãos competentes”, diz, citando um gargalo dentro do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), embora haja “boa vontade” em resolver as questões.

Ele criticou, especificamente, o preço do gás natural no país, que seria mais de cinco vezes maior do que nos Estados Unidos. As tarifas americanas não estão afetando a produção da Gerdau no Brasil, segundo o executivo. Por aqui, o problema é a entrada de produtos estrangeiros que não estão seguindo normas da Organização Mundial do Comércio (OMS), afirma. “A indústria brasileira é competitiva, mas precisamos ser protegidos contra competição desleal”, disse, de países que vendem aço por preço “abaixo do minério de ferro”.

A Gerdau atua nos Estados Unidos há 40 anos, mas aumentou seus investimentos em 2018, segundo Werneck. A empresa tem, hoje, 11 fábricas no país e no Canadá. De acordo com o CEO, o racional por trás das decisões tomadas pelo governo de Donald Trump está presente nos livros que o político e empresário já publicou, citando as obras “A Arte da Negociação” e “A Arte do Retorno”.

Por trás de políticas como a guerra tarifária está a ideia de investir mais em segurança nacional, o que, desde 2018, na primeira administração de Trump, se traduziu em retomar a indústria naval americana. Ali, a Gerdau viu uma oportunidade para expandir sua capacidade de produção de aço no país, contou Werneck. “Entendemos que a indústria é prioridade para Trump”. O CEO participou do Summit Brazil USA, evento promovido pelo Valor em Nova York, e integrou painel sobre as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, na visão das empresas.

— Foto: Vanessa Carvalho/Valor

ECONOMIA

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2025

Após a divulgação da ata da reunião de maio do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado está dividido quanto aos próximos passos da política monetária. Entre 41 casas que responderam à pesquisa do Estadão/Broadcast, 21 apostam em uma nova alta na Selic, de 0,25 ponto percentual. Outras 19 instituições anteveem o juro básico parado em 14,75% no próximo encontro. Uma instituição prevê aumento de 0,5 ponto percentual.

Em levantamento realizado na semana passada, após a divulgação do comunicado da reunião, a aposta majoritária (24 de 44 casas) era de juro parado em 14,75%. Uma alta de 0,25 ponto em junho estava no cenário de 19 instituições.

Com isso, as medianas passaram a indicar Selic de 15% nas reuniões de junho, julho, setembro e novembro, ante estimativa intermediária de 14,75% para todos esses encontros na pesquisa anterior.

Também houve elevação da mediana para a Selic no fim deste ano (14,75% para 14,88%). A estimativa intermediária para o fim de 2026 permaneceu em 12,50%

Selic em análise

A ata da reunião de maio do Copom manteve as portas abertas tanto para uma nova alta na Selic em junho quanto para manter o juro parado no atual nível, na avaliação de analistas consultados pelo Estadão/Broadcast.

Para parte do mercado, o documento reforçou as indicações da semana passada, de que o BC pretende parar o quanto antes o ciclo de aperto monetário. Outra parcela de analistas, porém, observou que a ata recolocou na mesa a chance de uma nova alta na Selic em junho ao sinalizar que ainda não há consenso no colegiado de que o balanço de riscos para a inflação é neutro.

Além disso, questões novas, como o acordo de redução de tarifas entre Estados Unidos e China, podem levar à mudança de cenários e projeções até a próxima reunião do colegiado.

Em relatório, a equipe econômica do Itaú Unibanco, chefiada pelo economista Mário Mesquita, frisou que, embora a porta para uma nova alta na Selic ainda não esteja fechada, a barra colocada pelo BC para isso está alta.

Entre os destaques do documento, o banco cita que os membros do Copom “parecem operar sob uma convicção muito forte” de que a política monetária está em um nível bastante contracionista e que o colegiado está confiante de que a economia já está desacelerando.

Na avaliação do economista-chefe da Ativa Investimentos, Étore Sanchez, o BC utilizou a ata da reunião de maio para construir um “encadeamento de ideias” em que ficou clara a opção pelo encerramento do ciclo de altas na Selic a partir de agora. Ele destaca que, embora a autoridade monetária tenha frisado o “incômodo” com a desancoragem das expectativas de inflação, a ata deixou clara a visão do BC de que os principais efeitos do aperto monetário ainda serão sentidos.

“A construção narrativa é de que a política monetária já trouxe impactos, ainda que incipientes sobre a atividade, mas que isso ainda vai ser sentido em maior magnitude à frente”, diz Sanchez, que, por isso, projeta que a Selic deve ficar estacionada em 14,75% ao menos até meados de 2026.

O economista-chefe do C6 Bank, Felipe Salles, por sua vez, segue apostando em uma Selic de 15% em junho. Na avaliação dele, o comunicado da semana passada pendia mais para o fim do ciclo do aperto, enquanto o documento de hoje teve um tom mais hawkish, ou seja, mais agressivo no aperto, apontando para um maior equilíbrio entre as duas possibilidades.

Dentre os trechos da ata que corroboram essa visão, Salles aponta o parágrafo referente ao balanço de riscos. “Na ata, o comitê disse que aparentemente houve uma discussão sem um consenso. Alguns consideraram o balanço como neutro, mas uma parte do colegiado que ainda o viu como levemente assimétrico”, explica.

Adicionalmente, Salles destaca que a big picture do documento foi a sinalização de que o colegiado não está disposto a cortar o juro básico tão cedo. “Chama a atenção o comitê ter enfatizado bastante o termo ‘período prolongado’ para falar do nível contracionista do juro. É uma forma de reduzir essa discussão sobre um corte em breve”, afirma.

Já o Bradesco atenta para elementos novos no radar, com destaque para o acordo de redução de tarifas entre Estados Unidos e a China. Em relatório, o banco mencionou que a ata é consistente com o atual call da casa, de Selic parada em 14,75%, mas que a “diminuição da intensidade do choque global com o acordo entre EUA-China”, aliado a possíveis dados mais robustos da atividade doméstica, “podem levar o BC a reavaliar o cenário”.

Os possíveis efeitos de uma trégua entre americanos e chineses também foram citados pelo JPMorgan. Em relatório o banco destacou que a ata deu bastante peso à questão internacional, partindo do princípio de que haverá uma desaceleração considerável da economia dos EUA, mas que essa visão já pode estar desatualizada. “Pensamos que uma reversão (mesmo que parcial) nas expectativas do comitê para o crescimento global reforçará as chances de um aumento de 0,25 ponto na próxima reunião”, escreveu o JPMorgan.

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2025

A trégua comercial provisória entre Estados Unidos e China, assinada nesta segunda-feira, produziu grande alívio na economia global, mas não eliminou as incertezas. Ao contrário, acrescentou outras.

O prazo de 90 dias – para que tudo seja novamente revisto – deixa a espada pendurada no alto por um fio de teia de aranha. A qualquer momento poderá despencar de lá e provocar o estrago anterior.

Mais do que isso, não se sabe que tipo de concessões o governo Trump pode ter arrancado ou ainda vai arrancar do governo Xi Jinping. Passou a exigir que a China importasse mais petróleo e cereais dos Estados Unidos e, assim, cortasse fornecimentos de outras procedências, inclusive do Brasil?

Ou impôs a compra de títulos do Tesouro (treasuries) na recomposição futura das reservas da China? Que outros pleitos colocou sobre a mesa na área cambial, nos investimentos da China em outros países, especialmente na nova Rota da Seda, na produção de chips, microprocessadores e componentes eletrônicos, no desenvolvimento da Inteligência Artificial ou, ainda, no fornecimento de ímãs de terras raras para os Estados Unidos?

Há quem suponha que, na condição de experiente negociador, Donald Trump tenha optado pela tática do seu feitio: tenha se dedicado inicialmente a amedrontar seus parceiros comerciais para que, num segundo momento, obtenha as concessões desejadas. Outros imaginam que a encrenca fiscal dos Estados Unidos e o forte momento de rejeição dos treasuries e a derrubada das cotações do dólar que se seguiu ao tarifaço levou Trump a certo recuo, porque temeu pela redução do interesse pelo dólar, como moeda global de reserva.

No primeiro caso, se o tarifaço prevalecer, seu custo será em inflação e em desaceleração da atividade econômica mundial.

No segundo, trata-se de uma política contraditória. Ou seja, uma rejeição por ativos em dólares com objetivo de formação de reservas tenderia a valorizar o dólar. E, no entanto, se pretende aumentar as exportações e trazer de volta a manufatura industrial, o governo Trump teria de favorecer certa desvalorização do dólar.

Enfim, as incertezas não só persistem como as novas condições produzem outras mais. Parece improvável que grandes empresas tenham elementos confiáveis para decidir por investimentos dentro ou fora dos Estados Unidos. É uma paralisia que tende a persistir por mais de 90 dias, o prazo de validade declarado do novo acordo entre Estados Unidos e China.

Essas incertezas pairam também sobre a economia brasileira, objeto de nova análise nesta sexta-feira.

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2025

O acordo comercial com a China, anunciado pelo governo Lula nesta segunda-feira, 12, é visto “com muita cautela” pela Fiesp, relatou à coluna o vice-presidente da entidade, Rafael Cervone. A federação das indústrias pretende se reunir com representantes do governo federal para entender como ocorrerão os investimentos chineses bilionários no País.

“Temos que tomar muito cuidado com a isonomia competitiva quando se fazem acordos que estimulam a entrada de produtos chineses no Brasil. Na indústria automobilística, por exemplo, às vezes um produtor estrangeiro tem vantagens tributárias que nós, brasileiros, não temos. Isso é ridículo. Vai contra os interesses do País. Concorremos de maneira desleal”, explicou Cervone.

Nesta segunda, 12, o governo Lula anunciou R$ 27 bilhões em investimentos chineses no Brasil. O acordo inclui a expansão das operações das montadoras chinesas GWM e GAC no País e a entrada das gigantes do delivery Meituan e de bebidas Mixue no mercado nacional, além de investimentos em mineração, energia renovável e tecnologia sustentável.

Para o vice-presidente da Fiesp, “o Brasil tem de ser cauteloso nos acordos que faz”. “Estamos vivendo uma polarização entre duas superpotências – China e Estados Unidos. O Brasil, na minha avaliação, não deve escolher lados. Temos que ter muito cuidado, até porque ambos são grandes parceiros comerciais”, afirma. Cervone defende ser necessário que o governo federal converse com a indústria antes de implementar acordos.

Infomoney - SP   15/05/2025

Alexandre Maluf, economista da XP, participou do Morning Call da XP nesta quarta (14), e apontou que 70% do mercado acredita que parou o ciclo de alta da Selic e 30%, que o Comitê de Política Monetária (Copom) ainda vai elevar um pouco mais do que já está (14,75%).

A perspectiva da XP é que haja aumento de 0,25 ponto percentual (pp) dos juros no próximo encontro dos diretores do Banco Central, nos dias 17 e 18 de junho.

“A gente acredita que os dados a serem divulgados até a próxima reunião vão força-los a entregarem alguma alta”, disse o economista.
“Mas uma coisa é consenso: a gente vai ter que conviver com juros mais altos por mais tempo”, acrescentou. Isso leva a uma discussão do mercado não somente para prever quando os juros param de subir, mas quando exatamente será feito o primeiro corte.
Cenário incerto

O problema é que com o cenário internacional muito incerto associado às pressões inflacionárias e fiscais no Brasil impõem dificuldades de se saber exatamente até quando a Selic se manterá alta.

“Tanto pelo cenário global quanto pelo cenário de atividade resiliente e expectativa de inflação muito desancorada (no Brasil) requerem um trabalho monetário mais duro e juros mais alto por mais tempo”, explicou Maluf.

“Os juros devem ir a 15% em junho, patamar esse que pode ficar até o segundo trimestre de 2026 e daí iniciar um ciclo de corte, chegando a 12,5% no final do ano que vem”, crê o economista.
Tarifas

Alexandre Maluf comentou que há uma preocupação no Brasil das projeções econômicas refletirem o que está acontecendo lá fora.

“Desde que a guerras tarifárias (de importação adotadas pelo governo Trump nos EUA) se acirrou, alguns fatores se consolidaram. Primeiro, um dólar um pouco mais fraco e também o petróleo”, explicou. Isso, segundo ele, motivou revisão recente da XP na parte de câmbio, com valorização do real frente ao dólar. “Isso mudou a inflação também”, disse.

Ele vê ainda a atividade econômica no Brasil com viés de alta, com mercado de trabalho surpreendendo para cima e todas as medidas de estímulo acontecendo. Para o economista, isso é outro fator importante a ser observado na economia e que muda o rumo dos juros.

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2025

O Ministério da Fazenda negou que Fernando Haddad possa deixar o cargo no ano que vem, mas já circulava por Brasília a informação de que esse cenário estaria, sim, sendo cogitado. Lula ainda não definiu se vai ser candidato à reeleição, e a saída de Haddad antes de abril de 2026 colocaria o ministro em uma posição estratégica para o partido, podendo tanto ser candidato à Presidência, em caso de desistência de Lula, quanto tentar uma vaga para o Senado ou governo de São Paulo.

Se isso estiver definido, como mostraram o jornal O Globo e o portal G1, o candidato mais provável para ocupar o seu lugar seria o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dário Durigan.

Durigan tem sido um dos principais defensores da política fiscal do governo e compreende a necessidade de que as contas públicas voltem para o azul. É um fiscalista e, se dependesse dele, várias medidas de cortes de despesas já teriam sido implementadas e enviadas para o Congresso Nacional.

O problema é que, embora tecnicamente seja capacitado, ele não tem o mesmo peso político de Haddad para conter a ofensiva de gastos que virá da Casa Civil e do Ministério de Relações Institucionais, via ministros Rui Costa e Gleisi Hoffmann, às vésperas das eleições presidenciais.

A Fazenda perderia o capitão do time na reta final do campeonato. O risco para um descontrole fiscal nos últimos meses de governo ficaria maior, e ainda amparado pela mesma postura adotada pelo governo Bolsonaro em 2022.

Desde que assumiu a Fazenda, Haddad tem sido o fiador da política fiscal do governo Lula, uma espécie de cavaleiro solitário, diante do papel ofuscado que o vice-presidente Geraldo Alckmin, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, têm desempenhado.

Ambos são os principais representantes da frente ampla que derrotou o bolsonarismo, mas, na prática, atuaram pouco para ajudar na implementação de uma política econômica racional e que se distanciasse da visão arcaica e distorcida dos principais quadros do PT.

Haddad criou um novo arcabouço fiscal para o País, com a promessa de impedir que os gastos primários aumentem a um ritmo maior do que 2,5% ao ano acima da inflação. Essa nova regra do teto de gastos não conseguiu passar confiança, não porque fosse fácil de ser cumprida, mas porque o presidente Lula nunca endossou a política de contenção de despesas.

Com isso, o mercado financeiro sempre colocou no preço a implosão da regra, pressionada principalmente pelo crescimento dos gastos atrelados ao reajuste real do salário mínimo nos próximos.

Sem Haddad na Fazenda, o risco para o País aumenta.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   15/05/2025

Os contratos futuros de minério de ferro atingiram uma máxima em mais de cinco semanas nesta quarta-feira, impulsionados pelas medidas dos Estados Unidos e da China para reduzir as tarifas após um acordo comercial, aumentando as esperanças de uma solução duradoura para a disputa comercial.

O contrato de setembro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com alta de 2,43%, a 737 iuanes (US$102,16) a tonelada, maior fechamento desde 7 de abril.

O minério de ferro de referência para junho na Bolsa de Cingapura subiu 2,3%, para US$101,8 a tonelada, valor mais alto desde 3 de abril.
Na terça-feira, a China disse que reduzirá suas tarifas sobre as importações dos EUA para 10% por 90 dias, a partir de quarta-feira.

Os EUA também concordaram em cortar a tarifa “de minimis” para remessas de baixo valor da China para até 30%.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse em uma entrevista transmitida na terça-feira que ele poderia se ver tratando diretamente com o presidente chinês Xi Jinping sobre os detalhes finais de um acordo comercial entre os EUA e a China.

Enquanto isso, a empresa chinesa de minério de ferro Shougang Hierro Peru suspendeu as operações depois que parte de sua infraestrutura de expedição entrou em colapso no porto de embarque, e os reparos provavelmente levarão de quatro a cinco meses.

Isso significa que o grupo Shougang, controlador da mineradora e de uma importante siderúrgica chinesa, terá que comprar mais cargas de minério de ferro no mercado spot para sustentar a produção, disseram analistas e traders.

Diário do Comércio - MG   15/05/2025

A LGA Mineração, empresa que atua com o beneficiamento de minério de ferro em Congonhas, na região Central do Estado, investiu R$ 100 milhões para modernizar sua planta industrial. Com o aporte, a unidade ganhou uma nova britagem, um sistema de moagem inovador, melhorias no circuito de concentração e um novo filtro prensa.

Os focos da modernização foram a flexibilidade do abastecimento de matérias-primas e processamento, o aumento da qualidade do minério final e o ganho em eficiência logística e ambiental. Com a iniciativa, a mineradora busca se preparar para competir em um mercado que exige qualidade, rastreabilidade e impacto ambiental positivo.

Batizado de 3,5M, o projeto que engloba o investimento, tem como premissa estratégica a capacidade de processar minerais brutos com menor teor de ferro, além de mais abundantes, muitos deles desprezados por outros players da região, e transformá-los em concentrados com mais de 65% de ferro. A ideia é atender as siderúrgicas com metas de descarbonização.

“O novo sistema de produção vai além da produtividade: reduz emissões, reutiliza recursos e transforma passivos minerais em insumos valiosos”, diz o CEO da LGA, Paulo Soares.

“Nossa localização no centro do quadrilátero ferrífero nos permite acessar diversos tipos de ROM [minério em estado bruto, isso é, extraído da mina, sem ter passado por beneficiamento]. O que o projeto traz é justamente a tecnologia para processar qualquer tipo de minério disponível. Isso nos coloca em posição estratégica e reduz nossa exposição a riscos de suprimento”, afirma o diretor comercial da empresa, Wellington Ceciliano.
Mineradora já sente efeitos positivos do projeto

O 3,5M entrará em plena operação apenas no segundo semestre deste ano, mas a LGA Mineração já sente os benefícios do projeto. Em 2024, mais de 60% da produção da mineradora superou os 62% de ferro, com um aumento de 15% no volume produzido em relação ao ano anterior. No mesmo período, a empresa também elevou sua fatia no mercado internacional, com mais de 15% das vendas destinadas indiretamente à exportação.

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“Deixamos de disputar vendas no mercado spot e passamos a ser procurados como fornecedor regular. O mercado busca a LGA”, diz Ceciliano.

A empresa espera que, com o sistema em pleno funcionamento, 100% da produção ultrapasse a faixa de 62% de ferro, com parte significativa acima dos 65%. Esses produtos são mais valorizados pelo mercado, geram menor consumo energético e menos emissão de CO2 nas etapas seguintes da cadeia, sendo importante para a descarbonização da siderurgia.

O diretor financeiro da LGA Mineração, Antônio Henriques, diz que o investimento também traz ganhos indiretos. Segundo ele, o aporte reduz a dependência de blends (mistura de minérios, para chegar à qualidade e composição desejada), amplia a previsibilidade de suprimentos, dá maior segurança ao fluxo de caixa e torna a mineradora menos vulnerável às oscilações da matéria-prima e mais atrativa comercialmente.
Investimentos em sustentabilidade

Alinhado a uma agenda sustentável, a LGA também tem investido na redução da circulação de caminhões, seja pela melhoria da qualidade do minério lavrado, que exige menos transporte para blending, ou com o uso de circuitos logísticos fechados que evitam deslocamentos vazios. Nesse sentido, a empresa informou que ainda está avaliando um projeto de terminal ferroviário para a unidade, o que diminuiria emissões e custos.

Revista Mineração - SP   15/05/2025

Brasil e China assinaram o Plano de Ação de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Mineração (2025–2026). A assinatura foi realizada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, juntamente com a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China (NDRC, na sigla em inglês).

Entre as ações previstas pelo plano está a criação da Aliança de Investimento em Mineração China-Brasil e a realização do Seminário de Alto Nível Brasil-China sobre Mineração Sustentável. Além disso, a iniciativa prevê a realização do Diálogo sobre Mecanismos de Financiamento para Mineração Verde, com foco na inovação, sustentabilidade e agregação de valor às cadeias de minerais estratégicos.

A iniciativa busca fortalecer a parceria estratégica entre os dois países na área de mineração e é resultado do memorando de cooperação assinado em 2024. “Esse documento representa um passo decisivo para acelerar o avanço tecnológico, atrair investimentos e fortalecer a mineração sustentável como vetor de crescimento econômico e transição energética. Vamos unir forças em projetos que geram desenvolvimento, inovação e segurança energética, atendendo a agenda global de descarbonização”, afirmou o ministro Alexandre Silveira.

O plano de cooperação também contempla reuniões e visitas periódicas para o intercâmbio de políticas, experiências, tecnologias e informações sobre investimentos no setor de mineração e treinamentos para funcionários do governo e especialistas técnicos.

Em abril, Silveira esteve na China para preparar a agenda presidencial e avançar em articulações relacionadas a temas estratégicos para a transição energética e o desenvolvimento tecnológico do país.

Máquinas e Equipamentos

Monitor Digital - RJ   15/05/2025

A aplicação de equipamentos compactos deve crescer nos próximos anos devido as boas perspectivas nas áreas de infraestrutura, construção civil, habitação de interesse social e saneamento. Para demonstrar o potencial desse mercado, a Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema) promoverá o ‘Conexões e Negócios’, no próximo dia 22, a partir das 17h30, no Rancho Português (SP), que oferecerá uma oportunidade de relacionamento e negócios, com apresentações de cases do setor.

“Os miniequipamentos apresentam alta produtividade, bom custo-benefício e oferecem maior acessibilidade para executar diferentes trabalhos. Por isso, sua aplicação está consolidada em grandes centros urbanos, mas há ainda muito espaço para crescer, principalmente em locais mais afastados do Brasil”, avalia Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema.

Nesse sentido, ele afirma que toda cidade pode ter um equipamento compacto. “Mas, para que isso aconteça é importante disseminar o conhecimento sobre os benefícios dessas máquinas, quebrando paradigmas culturais. Assim o evento da Sobratema é estratégico para o mercado, pois trabalha justamente o aspecto do conhecimento, aliado ao networking e negócios”, acrescenta.

Em relação aos setores que podem alavancar o uso de equipamentos compactos, Daniel cita o setor de saneamento, neste momento, como possível carro-chefe para uso de miniescavadeiras e minicarradeiras, que se tornaram ainda mais versáteis pela disponibilidade de diversos acessórios e implementos hidráulicos.

Para ampliar sua utilização, Daniel pondera que existem desafios a serem superados, como o câmbio, pois os miniequipamentos são importados assim como suas peças, e a escassez de mão de obra para operar as máquinas, mas também para realizar sua manutenção, o que implica diretamente na assistência técnica oferecida pelo dealer aos seus clientes.

De acordo com o Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, divulgado no ano passado, as vendas de miniescavadeiras e minicarregadeiras devem registrar uma elevação de 5% e 6%, respectivamente, neste ano em relação a 2024. Entretanto, Daniel comenta que dados atualizados do estudo apontam que a comercialização equipamentos compactos deve ser superior ao estimado no ano passado. “Temos perspectivas positivas neste ano. No pimeiro trimestre, as vendas de miniescavadeiras, por exemplo, estão em alta, registrando um percentual acima dos 50% em relação ao mesmo período do ano anterior”, destaca Daniel.

A programação do ‘Conexões e Negócios’ contará com a palestra do CEO da Audit Consult, Paulo Henrique, sobre as mudanças tributárias e seus impactos no mercado de locação de máquinas e equipamentos, e as apresentações técnicas de representantes da Avant, Bobcat/Mason, Caterpillar, LiuGong, Yanmar e Zoomlion.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2025

O Parlamento Europeu aprovou a proposta da Comissão Europeia que adia para 2027 a obrigatoriedade de cumprimento das metas de emissões de CO2 inicialmente previstas para 2025. Com a mudança, os fabricantes poderão calcular sua média de emissões com base no período de 2025 a 2027 - e não mais apenas no desempenho de 2025.

A decisão foi aprovada por ampla maioria: 458 votos a favor, 101 contra e 14 abstenções. Na prática, ela dá às montadoras dois anos extras para adequar suas linhas de produtos à meta de redução de 15% nas emissões, em relação ao intervalo 2020-2024. Isso significa que a média de emissões da frota vendida por cada grupo automotivo deverá ser de no máximo 93,6 g/km de CO2 até 2027.

A medida chega em boa hora para muitas marcas que ainda lutam para eletrificar suas gamas com eficiência. Sem esse adiamento, grupos como o Volkswagen poderiam enfrentar multas de até € 1,5 bilhão (quase R$ 8,3 bilhões), segundo estimativas internas.

Já a Stellantis chegou a sinalizar que cortaria a produção de modelos a combustão caso não houvesse flexibilização. O CEO da Renault, Luca de Meo, também demonstrou preocupação, prevendo multas que poderiam somar até € 15 bilhões para o setor como um todo.

Limites de emissões ficarão mais rígidos

O novo prazo alivia, mas não elimina os desafios. A partir de 2030, a União Europeia exigirá emissões médias de apenas 49,5 g/km por frota, com o objetivo de zerar completamente as emissões de veículos novos até 2035.

A meta não proíbe diretamente motores a combustão, mas, na prática, torna-os inviáveis, a menos que tecnologias como combustíveis sintéticos ou motores a hidrogênio avancem significativamente até lá.

Mesmo com as metas adiadas, a pressão sobre os fabricantes permanece alta. Modelos esportivos ou de alta cilindrada, como o Honda Civic Type R ou o Toyota GR Yaris, já enfrentam taxações elevadas em países como Holanda e França.

O impacto, aliás, tem sido tão grande que marcas como Mazda tiveram de retirar versões maiores de seus modelos - como o motor 2.0 do MX-5 Miata - do mercado europeu.

Fabricantes premium também têm recorrido a soluções híbridas para manter desempenho sem extrapolar as metas. É o caso do novo BMW M5, que ganhou um V8 híbrido plug-in para não comprometer sua performance - uma solução vista por muitos puristas como um sacrifício necessário.

Já a Mercedes-Benz foi além, substituindo o tradicional V8 do C63 por um controverso quatro cilindros híbrido, o que gerou forte reação negativa e levou a marca a retomar o desenvolvimento de um novo V8 para futuros modelos da AMG.

Apesar dos desafios técnicos e comerciais, o recado está dado: a transição energética da indústria automotiva europeia é inevitável. O adiamento da meta de 2025 para 2027 apenas estende o prazo - mas não muda o destino.

Veja - SP   15/05/2025

A produção de veículos leves no Brasil cresceu 6,7% entre janeiro e abril, alcançando o melhor resultado para o período desde 2019, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa as montadoras instaladas no país. Em abril, o avanço foi de 20,1% sobre março.

No mesmo ritmo, as vendas diretas — voltadas a empresas, locadoras, produtores rurais, taxistas e pessoas com deficiência (PCDs) — cresceram 12,4% no trimestre, respondendo por 46,5% dos emplacamentos de veículos leves, conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que representa as concessionárias em todo o país.

Apesar do otimismo com os dados de produção e exportação, a própria Anfavea monitora com apreensão o impacto da taxa básica de juros (Selic), hoje em 14,75% ao ano — o maior patamar em quase duas décadas. Segundo a entidade, juros elevados podem afetar o ritmo dos emplacamentos no segundo semestre.

Para o Grupo Vigorito, concessionária mais antiga em operação no Brasil, que completa 100 anos em 2025, o momento confirma a recuperação do setor. “A retomada da produção mostra que a indústria voltou a operar com otimismo. E o varejo começa a sentir isso na ponta, com mais fluxo, mais crédito e um consumidor que volta a planejar”, afirma Hermes Schincariol Júnior, diretor-superintendente do grupo.

Ele também destaca o papel do financiamento. Segundo a Fenabrave, a oferta de crédito cresceu 25% no início do ano, com 65% de aprovação de fichas e queda da inadimplência de 4,7% para 4,4%. “Com crédito mais acessível e inadimplência em queda, o consumidor volta a pensar na troca do carro com mais segurança. As vendas diretas puxaram o mercado neste início de ano, e temos ampliado nossas soluções para perfis como empresas, PCDs e frotistas”, completa o executivo.

CONSTRUÇÃO CIVIL

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2025

A Prefeitura de São Paulo enviou ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o prospecto do próximo leilão de Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) da Operação Consorciada Urbana Faria Lima.

Segundo consta no site da CVM, a Prefeitura pretende ofertar 218,5 mil títulos pelo valor mínimo de R$ 17,6 mil. Se tudo isso for vendido, o certame poderá gerar R$ 3,846 bilhões de arrecadação para os cofres públicos. A oferta na bolsa será coordenada pelo Banco do Brasil.

Neste momento, ainda não há uma data para o leilão. Antes disso, o prospecto será examinado e autorizado pela CVM. A expectativa do mercado é que o certame ocorra no início do segundo semestre. Até lá, os termos da oferta podem passar por alterações. Por ora, outros detalhes do prospecto ainda não estavam disponíveis para consulta no site da CVM.

Incorporadoras e investidores têm muito apetite por Cepacs com o intuito de concretizar empreendimentos em terrenos que já foram adquiridos na região - que é o ‘filé mignon’ do mercado imobiliário paulistano.

Mais Altos

Os Cepacs são títulos que permitem às incorporadoras erguerem prédios acima dos limites originais de cada bairro. Ou seja: eles viabilizam que um terreno receba edifícios mais altos, com mais apartamentos ou áreas comerciais. Já os recursos arrecadados pelos cofres públicos vão para obras de infraestrutura, urbanismo e moradias.

Ao dar entrada no pedido da oferta pública, a Prefeitura afastou uma das maiores preocupações do empresariado, que era uma possível subida no preço dos Cepacs a ponto de inviabilizar novos empreendimentos. No entanto, o valor definido pela Prefeitura ficou igual ao do último leilão, realizado em 2021.

Naquela ocasião, foram vendidos 10,3 mil títulos (83% do total), sem ágio, movimentando R$ 183 milhões. Já no leilão anterior, de 2019, houve um pico de procura que fez o valor disparar. Foram vendidos 93 mil títulos, com ágio de 170%, passando de R$ 6,5 mil para R$ 17,6 mil, e arrecadação de R$ 1,6 bilhão.

FERROVIÁRIO

O Estado de S.Paulo - SP   15/05/2025

O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, defendeu a construção da Ferrogrão. Trata-se da EF 170, uma ferrovia de 933 quilômetros (km) de extensão que deverá ligar Sinop (MT) a Itaituba (PA). O custo estimado do projeto é de R$ 28 bilhões.

“Temos de acelerar a Ferrogrão. Vou trabalhar no Supremo para liberar”, disse Alckmin a uma plateia formada por representantes do agronegócio e produtores rurais, durante o 3º Congresso Abramilho, evento realizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho).

O governo aguarda a retomada da Ferrogrão a partir do “destravamento” da ação no Supremo Tribunal Federal (STF) que envolve a ferrovia. Uma liminar concedida pelo STF mantém suspensos, desde 2021, os estudos exigidos para a finalização do projeto de construção da nova ferrovia.

Os entraves giram em torno de impactos ambientais, com destaque para a possível necessidade de supressão de área do Parque Nacional do Jamanxim, reserva localizada no Pará. Outra razão para a suspensão dos estudos era a falta de diálogo com comunidades tradicionais próximas da ferrovia, o que fere tratado internacional do qual o Brasil é signatário.

No ano passado, a União entregou ao STF uma manifestação que diz ser possível passar pela área de proteção ambiental respeitando a faixa de domínio da BR-163/MT, o que reduziria os impactos. Recentemente, a União também entregou documentos ao STF que buscam provar que a demanda pela consulta a líderes de comunidades foi alcançada. Ainda, a União prometeu destinar R$ 715 milhões em contrapartidas ambientais - o que representa cerca de 3,5% dos investimentos previstos para as obras.

Apesar da expectativa do Executivo, a construção da Ferrogrão é alvo de divergências na Esplanada. Enquanto o Ministério da Agricultura e o Ministério dos Transportes apoiam o projeto, o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério dos Povos Indígenas são terminantemente contrários. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), por sua vez, espera lançar o edital de leilão da ferrovia ainda em 2026 após a aprovação do novo traçado da obra pelo STF.

A ferrovia, demandada há décadas pelo setor produtivo, deve servir como corredor de escoamento da produção agrícola. O governo estima que a Ferrogrão pode reduzir R$ 7,9 bilhões em desperdícios por ano devido à melhora na logística, além de evitar a emissão de cerca de 3,4 milhões de toneladas de CO2 por ano durante os 69 anos da concessão.

Automotive Business - SP   15/05/2025

A tuneladora TBM 02, popularmente conhecida como tatuzão, chegou à futura estação Colégio Militar, em Fortaleza (CE), após escavar 1,7 km. Com isso, está concluído o primeiro túnel da nova Linha Leste do metrô da capital cearense, que será a primeira linha de metrô totalmente subterrânea do Nordeste.

Com 120 metros de comprimento e pesando mais de 1.000 toneladas, a TBM 02, que está localizada a aproximadamente 30 metros de profundidade, foi responsável por implantar 1.156 anéis de concreto (as chamadas aduelas) nas paredes do túnel, que tem seis metros de diâmetro.

As obras são executadas pela Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra). A primeira fase da Linha Leste compreende 7,3 km de extensão e cinco estações: Tirol, Moura Brasil, Chico da Silva, Colégio Militar, Nunes Valente e Papicu.

O trecho concluído agora é o que liga a estação Chico da Silva à Colégio Militar. Essa primeira fase será importante para criar uma malha de transporte na cidade, já que haverá interligação com a Linha Sul em Chico da Silva e com o VLT em Papicu.

Embora a Linha Leste esteja em projeto há anos, a construção só começou pra valer em 2018, com o Consórcio FTS (formado pelas empresas Agis e Sacyr) à frente. Nos últimos quatro anos, inclusive com o trecho finalizado agora, apenas cerca de 1 km foi escavado.

Além do trecho citado, o projeto ainda inclui mais cinco estações rumo ao sul da cidade, totalizando 12 km de extensão. A primeira fase deve ser concluída em 2028 e, quando a linha estiver pronta, será capaz de transportar 150 mil pessoas por dia.

Após chegar ao Colégio Militar, a TBM 02 passará por um processo de manutenção, que vai durar aproximadamente três meses. Na sequência, o equipamento volta a escavar em direção à futura estação Nunes Valente.

A previsão, de acordo com o titular da Seinfra, é que a tuneladora chegue ao local até o fim de 2025.

O metrô de Fortaleza (Metrofor) atualmente tem três linhas combinando trens movidos a eletricidade, trens a diesel e VLT, e transporta 100 mil passageiros por dia.

Rodoviário

Exame - SP   15/05/2025

Com R$ 13,1 bilhões em investimentos previstos, a Via Araucária se prepara para iniciar, entre o final de maio e junho, a construção do Contorno Norte de Curitiba, projeto desafiador que marca o início de um ciclo de obras sem precedentes no Paraná, de acordo com Sergio Santillán, CEO da Via Araucária e também da Eixo SP, controladas pelo grupo Pátria, em entrevista ao EXAME Infra. A concessão abrange 487 quilômetros de rodovias federais e estaduais e prevê a duplicação de mais de 300 quilômetros até o sétimo ano do contrato, com um ritmo de entregas estimado em 75 quilômetros por ano.

"Isso nunca foi visto antes. Infelizmente, será um caos [de obras e interferências], mas é isso que vai levar a infraestrutura do Paraná a um novo patamar", afirma Santillán no programa realizado pela EXAME em parceria com a empresa Suporte.

Segundo o executivo, cada quilômetro do trecho concedido terá algum tipo de intervenção, com foco no escoamento da safra, integração com o Porto de Paranaguá e melhoria da mobilidade entre os principais polos regionais.

A concessão opera sob o modelo de Sociedade de Propósito Específico (SPE) e foi estruturada em ciclos, com foco em obras estruturais nos primeiros sete anos. A tarifa de pedágio ofertada pela Via Araucária foi de R$ 8,72 a cada 100 quilômetros, com um desconto de 18,25% em relação ao valor-teto estipulado no edital.

'Prestação de serviço, não só pedágio'

Santillán destaca no EXAME Infra que um dos principais desafios é superar o trauma do programa anterior de concessões, encerrado de forma abrupta e mal recebido pela população. "Até hoje se escuta que 'concessionária é sinônimo de pedágio'. Nosso objetivo é mudar essa percepção, mostrar que concessão é prestação de serviço".

Logo nos primeiros meses de contrato, a Via Araucária afirma ter revitalizado mais de mil quilômetros de faixas de rolamento, implantado mais de 70 quilômetros de elementos de segurança e renovado toda a sinalização horizontal.

O exemplo mais simbólico foi a revitalização da Serra do Purunã, ponto crítico da malha rodoviária próximo a Curitiba. "Não era uma obrigação contratual, mas não tínhamos condições morais de iniciar a cobrança sem atacar esse gargalo. Em um mês, recuperamos pavimento, sinalização e segurança, com impacto direto: redução de 50% nas mortes e 30% nos feridos".

Apetite estratégico, mas com prudência

Além da Via Araucária e da Eixo SP, o grupo Pátria estuda novas oportunidades no setor. Os lotes do Paraná continuam sendo estratégicos para o fundo, mesmo após a perda da disputa do Lote 3 para a CCR, hoje Motiva, no ano passado.

Santillán confirma que o grupo está analisando os dois leilões restantes no estado este ano — os lotes 4 e 5. "Temos sinergia com o Lote 1 e participaremos com responsabilidade. Estudo, sim, mas sem ultrapassar os limites do que é permitido e recomendado".

Para o executivo, o principal desafio da nova rodada de concessões não está apenas na execução das obras, mas em garantir que a infraestrutura acompanhe o crescimento da demanda. "Já estamos vendo quase o dobro de movimento entre uma Páscoa e outra. Isso é reflexo direto de uma rodovia mais segura. Com infraestrutura melhor, empresas voltam a se posicionar no Paraná".

O especialista diz que alguns órgãos locais temem, no entanto, se a malha vai suportar o crescimento no médio e longo prazo, o que também preocupa a concessionária.

NAVAL

Portal Fator Brasil - RJ   15/05/2025

Desempenho recorde no período em comparação ao meso período de 2024..

Com uma movimentação total de 9.802.155 toneladas entre janeiro e março de 2025, o Porto do Rio Grande atingiu o maior volume já registrado em um primeiro trimestre. O avanço de 15,54% em relação ao mesmo período de 2024 consolidou o terminal como o principal vetor de crescimento da atividade portuária no Rio Grande do Sul, que encerrou o período com um total de 10.128.069 toneladas movimentadas, representando uma elevação de 12% no comparativo anual.

O desempenho recorde foi impulsionado principalmente pelo aumento de 900,33% na movimentação de milho, que passou de 78.391 toneladas para 784.169 toneladas, ocupando a quarta posição entre os produtos mais movimentados. Também apresentaram variação positiva expressiva o sulfato (336,28%), o cloreto de potássio (100,68%), o fosfato (67,52%), as carnes (55,80%), a soja em grão (22,61%) e a celulose (16,64%). Mesmo com volume superior a 1,5 milhão de toneladas, o trigo — que figura entre as principais cargas movimentadas ao lado do farelo de soja e da celulose — registrou retração de 28,37% na comparação com o primeiro trimestre de 2024.

Na movimentação de contêineres, o Porto do Rio Grande somou 226.357 TEUS, um crescimento de 32,97% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, 87.642 TEUS referem-se a exportações e 84.961 TEUS a importações.

O volume exportado pelo complexo rio-grandino chegou a 5.782.277 toneladas. Os principais destinos foram China (899 mil t), Vietnã (873 mil t), Arábia Saudita (474 mil t), Indonésia (435 mil t) e Coreia do Sul (277 mil t). Os Estados Unidos, que figuraram entre os principais destinos no ano passado, ocuparam a sexta colocação neste início de ano, com 245.402 toneladas. Nas importações, o porto movimentou 2.127.142 toneladas, com destaque para cargas provenientes da China (490 mil t), Argentina (378 mil t) e Estados Unidos (122 mil t).

Nos demais portos administrados pela Portos RS, a movimentação total no primeiro trimestre foi de 277.466 toneladas em Pelotas, com predominância das operações com toras de madeira e clínquer. Em Porto Alegre, foram movimentadas 48.448 toneladas no período, com predominância de cargas de fertilizantes, trigo e sal. Em ambas as unidades, observou-se uma redução nos volumes operados em comparação com o mesmo período de 2024.

O desempenho registrado no primeiro trimestre reflete a relevância do Porto do Rio Grande na logística de escoamento e abastecimento da produção gaúcha, consolidando sua posição como principal elo entre o setor produtivo e os mercados internacionais.

Portos e Navios - SP   15/05/2025

A APM Terminals Pecém anunciou, nesta quarta-feira (14), a renovação de sua licença de operação até 2049, prorrogando em 15 anos sua permanência no Porto do Pecém, no Ceará. O novo ciclo da empresa inclui investimentos de R$ 200 milhões voltados à modernização, aumento de capacidade e redução de emissões. A iniciativa reforça o compromisso com o desenvolvimento logístico e econômico do Ceará e da região Nordeste.

Segundo Daniel Rose, diretor-presidente da APM Terminals Suape (PE) e Pecém (CE), o planejamento contínuo ao longo dos últimos dois anos e a parceria com o Complexo do Pecém e o governo do estado foram essenciais para viabilizar a expansão. O novo investimento contempla a aquisição de um quarto guindaste STS e a substituição de equipamentos a diesel por seis e-RTGs e caminhões elétricos. A instalação ocorrerá em paralelo à obra de ampliação do terminal, que adicionará um novo berço de atração de 350 metros ao cais, elevando a extensão total de 600 para 800 metros.

Com conclusão prevista da obra para o final de 2028, a previsão é de que as operações ampliadas comecem em meados de 2029. A capacidade do terminal será ampliada de 650 mil TEUs para 850 mil TEUs. A substituição da frota também faz parte da estratégia de sustentabilidade da empresa, com expectativa de reduzir em 70% as emissões de carbono até 2030. A APM Terminals opera uma extensa rede portuária global e integra o grupo AP Moller-Maersk, presente em mais de 130 países.

PETROLÍFERO

Valor - SP   15/05/2025

Petroleira estatal da Arábia Saudita afirmou ter firmado 34 memorandos com companhias como Exxon Mobil, Nvidia e Amazon abrangendo desde compras de gás natural liquefeito até inteligência artificial

A petroleira estatal da Arábia Saudita, Aramco, disse nesta quarta-feira (14) ter assinado acordos com empresas dos Estados Unidos com valor potencial de US$ 90 bilhões, abrangendo desde compras de gás natural liquefeito até inteligência artificial.

A Saudi Arabian Oil, mais conhecida como Aramco, afirmou ter firmado 34 memorandos de entendimento e acordos com grandes empresas como Exxon Mobil, Nvidia e Amazon.

Os acordos foram anunciados após um fórum de investimentos entre Estados Unidos e Arábia Saudita realizado em Riad na terça-feira (13), durante a visita de quatro dias do presidente Trump ao Oriente Médio.

A Aramco afirmou que os acordos e memorandos preliminares abrangem colaborações e parcerias relacionadas às suas atividades de “upstream” (exploração e produção) e “downstream” (refino, distribuição e venda), tecnologia, serviços técnicos e finanças.

A empresa saudita fechou um acordo final para comprar 1,2 milhão de toneladas por ano de gás natural liquefeito durante um período de 20 anos do projeto de exportação Rio Grande LNG da NextDecade no Texas, e assinou um acordo com a Exxon para avaliar a modernização de sua refinaria Samref na Arábia Saudita, segundo informou.

A Aramco também firmou um acordo preliminar com a Nvidia para desenvolver infraestrutura avançada de computação industrial com inteligência artificial e assinou acordos de transformação digital com a Amazon e a Qualcomm.

Empresas de serviços para campos petrolíferos como SLB, Halliburton e Baker Hughes também assinaram acordos com a Aramco, disse a companhia saudita.

A Aramco não detalhou o valor potencial de cada acordo.

TN Petróleo - RJ   15/05/2025

"O gás natural é essencial para garantir segurança energética para o desenvolvimento global e para melhorar a vida das pessoas". Com esta mensagem, o vice-presidente da Associação Internacional de Gás (International Gas Union – IGU), Andreas Stegher, defendeu nesta quarta-feira (14), no Rio de Janeiro, durante o Seminário de Gás Natural, do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o gás natural como estratégico no processo de evolução energética, em um mix com fontes de energia renovável para assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível para todos.

"A disponibilidade de renováveis está aumentando no mundo e isso é bom. Mas, temos que entregar energia 24h por dia e de forma flexível e segura. Por isso, o gás natural é um combustível essencial para o setor de energia no contexto da transição", disse o executivo da associação que representa 90% do consumo de gás no mundo em cerca de 70 países. Stegher vai assumir a presidência da IGU este mês, na Conferência Mundial de Gás, que acontece de 19 a 23 de maio, em Beijing, na China.

O executivo destacou a importância de reconhecer as especificidades regionais para o desenvolvimento do mercado global de gás e nas estratégias de descarbonização. "Acho que a indústria brasileira está em um ótimo caminho e há formas de seguir adiante. Precisamos de mais investimentos no médio e longo prazo, e para isso acontecer precisamos estabilidade e previsibilidade das regras e de suporte financeiro", observou Stegher. "Estamos ainda numa indústria, onde há declínio natural da produção. Se não investir em nova oferta, há risco de queda de oferta enquanto a demanda continuará aumentando", completou.

Nesse contexto, o presidente do IBP, Roberto Ardenghy, e a Sylvie D'Apote, diretora executiva de Gás Natural do IBP, destacaram a agenda do evento como uma oportunidade para avançar no desenvolvimento do setor de gás no Brasil. "O crescimento do evento acompanha a evolução do mercado no Brasil. Esse evento tem mais de 40 anos. 10 anos atrás tínhamos menos de 200 pessoas. Agora, são mais de 800 participantes e 67 palestrantes do Brasil e do mundo que trazem uma visão bem ampla sobre o mercado", disse Ardenghy. "Aumentou também a presença feminina. Na última edição, quase metade do público foram mulheres. É um sinal dos tempos", observou Sylvie.

Marcio Guimaraes, diretor de Dutos e Terminais da Transpetro, ressaltou que o trabalho vem sendo realizado nas últimas décadas e envolve diferentes atores, incluindo órgãos reguladores, fiscalizadores. Para o executivo, o acesso à infraestrutura da Petrobras tem contribuído para o crescimento do mercado que está cada vez mais dinâmico, trazendo oportunidades para diversos agentes. "Quanto mais integrada for a malha, mais eficiente tende a ser. Precisamos nos conectar, ser mais complementares em vez de competidores", afirmou.

Oferta de gás natural
Segundo Álvaro Tupiassu, gerente-executivo de Gás e Energia da Petrobras, os projetos como Rota 3, Raia e SEAP (Sergipe Águas Profundas) vão ampliar a oferta nacional e reduzir as importações. "Além disso, hoje temos diversificação de agentes, tanto na oferta como na demanda, o que ajuda a desenvolver novos contratos", disse ele, no painel 'Crescimento da oferta nacional de gás natural: perspectivas e desafios', que reuniu também executivos da Equinor, PRIO e Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP).

"É importante dar continuidade à agenda regulatória e ter uma agência forte que consiga implantar essa agenda. Ter mais agentes é necessário para um mercado mais competitivo", afirmou Claudia Brun, vice-presidente de Novas Cadeias de Valor da Equinor, que lidera a operação do projeto Raia. Já o gerente de Trading e Shipping da PRIO, Gustavo Hooper, destacou o investimento no campo de Wahoo. "É o nosso primeiro investimento em exploração e o projeto terá um conteúdo significativo de gás. Estamos investindo em torno de US$ 5 bilhões", completou.

Já Marcio Felix, presidente da ABPIP, chamou a atenção para a diversidade de produção de gás onshore no país e o crescimento previsto para os próximos anos. "Temos a previsão de uma produção de gás natural em 2028 de 29 milhões de metros cúbicos, quase uma Bolívia em terra".

Vaca Muerta: exportação de 27 milhões m³ de GNL por dia até 2028
No Painel "Competitividade das novas fontes de gás natural importado: Argentina e GNL", o diretor geral da Pan American Energy, Alejandro Dupuy, disse que a empresa já tem um projeto de dois navios para liquefação e exportação de GNL para comercializar o gás de Vaca Muerta, na Argentina, para o restante do mundo, com capacidade que pode alcançar 6 milhões de toneladas anuais equivalentes a 27 milhões de m3/dia até 2028. Outros quatro navios estão no pipeline da companhia no longo para exportação de GNL provenientes do gás de Vaca Muerta.

Segundo Marisa Basualdo, gerente jurídica de negócios da TotalEnergies Gas para o Cone Sul, pioneira em trazer o gás de Vaca Muerta para o Brasil, o processo de viabilização do negócio levou mais de 1 ano e meio. "Foram conversas com autoridades e todos os elos do setor para licenciamento e promoção de workshops com análise de ambientes regulatórios", explicou ela.

Edson Real, diretor comercial da New Fortress Energy, comentou que é fundamental analisar algumas variáveis, como preço e disponibilidade do gás natural, para alcançar uma demanda firme e integrar toda região do continente com o gás de Vaca Muerta. Angélica Laureano, diretora presidente da TBG, destacou que o movimento de migração para o mercado livre foi um incentivo adicional para a entrada de novos fornecedores nos últimos quatro anos para o segmento de gás natural.

O Seminário de Gás Natural 2025 é patrocinado pela Petrobras, Equinor, Galp, Origem, Shell Energy, NTS, PanAmerican Energy, Prio, Repsol Sinopec Brasil, TAG, TBG, TotalEnergies, Eneva, Naturgy, Edge, Faveret, Machado Meyer, New Fortress Energy, além da participação do Governo Federal. O evento ainda conta com os seguintes parceiros de mídia: eixos, Petro&Química e Tn Petróleo.

O Seminário de Gás Natural 2025 é patrocinado pela Petrobras, Equinor, Galp, Origem, Shell Energy, NTS, PanAmerican Energy, Prio, Repsol Sinopec Brasil, TAG, TBG, TotalEnergies, Eneva, Naturgy, Edge, Faveret, Machado Meyer, New Fortress Energy, além da participação do Governo Federal. O evento ainda conta com os seguintes parceiros de mídia: eixos, Petro&Química e TN Petróleo.

TN Petróleo - RJ   15/05/2025

A Comgás, maior distribuidora de gás encanado da América Latina, abriu chamada pública em 28 de abril para contratar suprimento de gás natural, visando atender seus consumidores do mercado cativo, com foco em obter mais flexibilidade e competitividade. As empresas interessadas em participar da chamada pública deverão apresentar proposta comercial até 28 de maio, de acordo com as definições do edital e modelo de proposta comercial disponíveis no site da Comgás: Link

Gás natural

O gás natural tem inúmeros benefícios. Além de ter um fornecimento constante e eficiente, é seguro por ser mais leve que o ar, se dissipar com facilidade em caso de vazamento e eliminar a necessidade de armazenamento e transporte de gás em botijões ou cilindros. Isso reduz o risco de acidentes e aumenta a segurança geral, especialmente em residências e edifícios comerciais. Em sua área de concessão, a Comgás disponibiliza suporte com atendimento emergencial 24h por dia e 7 dias por semana, por meio de seus canais de atendimento, além de pagamento apenas após o consumo.

Sobre a Comgás - A Comgás possui mais de 23 mil quilômetros de rede de distribuição de gás encanado em 96 municípios, abastecendo os segmentos industrial, comercial, residencial e automotivo, além de viabilizar projetos de cogeração e disponibilizar gás para usinas de termogeração. A companhia atende mais de 2,6 milhões de clientes em sua área de concessão no estado de São Paulo: a Região Metropolitana de São Paulo, a Região Administrativa de Campinas, a Baixada Santista e o Vale do Paraíba.

AGRÍCOLA

Monitor Digital - RJ   15/05/2025

“Residências de Ciência e Tecnologia China-Brasil sobre Mecanização Agrícola Familiar traz novas esperanças para agricultores brasileiros.” No dia 12 de maio, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, fez essa declaração na Universidade Agrícola da China (UAC), durante a visita do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, à China. O comentário refere-se ao treinamento que estudantes de doutorado e mestrado da UAC realizam junto a agricultores familiares no Brasil.

Em 2021, a professora Yang Minli, da Faculdade de Engenharia da UAC, descobriu que embora o Brasil seja uma potência agrícola mundial, o setor enfrenta uma grande polarização. Por um lado, empresas exportadoras vendem soja, milho e outros produtos agrícolas para o mundo, tornando o Brasil o “celeiro do mundo”. Por outro lado, a agricultura familiar, responsável por fornecer 70% dos alimentos consumidos no país, sofre com baixa mecanização, baixa produtividade e baixa renda dos agricultores, deixando muitos ainda presos na fome.

O nível de mecanização da agricultura familiar no Brasil é de apenas 12%, no norte é de apenas 10% e na Amazônia é de apenas 3%. Os agricultores familiares da região nordeste do Brasil representam cerca de 55% de todos os agricultores familiares do Brasil, mas apenas 0,2% deles usam equipamentos agrícolas avançados, e há uma necessidade muito urgente de mecanização agrícola.

Para resolver essa contradição estrutural, Yang Minli começou a organizar a expansão das pequenas e médias empresas chinesas de maquinário agrícola no Brasil para alcançar resultados vantajosos para ambas as partes. Sua proposta logo recebeu apoio de setores relevantes tanto da China quanto do Brasil.

Com o apoio político e financeiro, os primeiros 31 tratores, semeadeiras, drones agrícolas e outros equipamentos chineses chegaram ao Brasil e foram instalados em uma fazenda demonstrativa de cooperação em mecanização agrícola em Apodi, no estado do Rio Grande do Norte.

Era necessário treinar os locais para usar as máquinas. Em novembro de 2024, as Residências de Ciência e Tecnologia foram oficialmente inauguradas. Doutorandos e mestrandos da UAC começaram a chegar em grupos ao Brasil para ensinar os agricultores a operar os equipamentos e ajustar os parâmetros das máquinas de acordo com as variedades de arroz e as condições de crescimento locais.

“Com a ajuda da mecanização agrícola e das residências, a eficiência na produção de alface e coentro em Apodi aumentou de 6 a 7 vezes, e a renda familiar dos agricultores subiu quase 80%”, afirmou Yang Minli.

Em outro estado, o Ceará, o projeto ajudou 42 famílias a abandonar métodos agrícolas rudimentares, reduzindo o uso de sementes em cerca de 50% enquanto aumentava a produtividade em aproximadamente 40%.

“A relação entre China e Brasil é de extrema importância neste novo mundo que está sendo construído. Esperamos que não ocorram retrocessos, embora desafios se apresentem. Almejamos que ocorram avanços, que possamos retomar o multilateralismo e o livre comércio, e podemos alcançar isso juntos. Como membros do Sul Global, China e Brasil dedicam especial atenção à modernização agrícola”, disse Paulo Teixeira, acrescentando que o Brasil apoiará as empresas chinesas de maquinário agrícola a investirem no Brasil por meio de redução e isenção de tarifas, apoio ao crédito, incentivo a joint ventures e outros aspectos.

Sob mecanismo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fundo de Investimento para Cooperação Industrial na América Latina da China (CLAIFUND) e Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, o Brasil dará apoio financeiro substancial e sustentável a empresas chinesas qualificadas. O país também introduziu uma série de incentivos para atrair investimentos estrangeiros, especialmente da China. Os temas incluem isenções tarifárias por até 12 meses para bens de capital e bens de tecnologia e informação, disse Paulo Teixeira, acrescentando que o governo brasileiro também oferece subsídios especiais e apoio de crédito a juros baixos para empresas e pessoas físicas que compram máquinas agrícolas de pequena escala.

A Chongqing Xinyuan Agricultural Machinery Co., Ltd. concentra-se em maquinário agrícola de pequena escala para áreas montanhosas. Wang Ziqiang, diretor de vendas, disse que as máquinas da empresa estão sendo testadas pelos agricultores brasileiros há um ano, atendendo às necessidades dos agricultores locais e aumentando a produtividade em quase 60%. “Nosso próximo lote de equipamentos deverá ser enviado ao Brasil no próximo mês”, disse ele.

Segundo Teixeira, a China é o maior comprador de produtos agrícolas brasileiros, com importações que chegaram a US$ 49 bilhões no ano passado. Enquanto isso, o Brasil também é um grande importador de produtos agrícolas chineses, já que os dois países continuam a aprofundar o comércio e a cooperação tecnológica no setor.

Como maior produtor e exportador de soja do mundo, o Brasil exportou cerca de 73% de sua soja para a China no ano passado, totalizando 73 milhões de toneladas, de acordo com Aprosoja Brasil. No início de abril deste ano, a China assinou um contrato para a compra de 2,4 milhões de toneladas de soja.

Luiz Zarref, coordenador da América Latina da Associação Internacional de Cooperação Popular, disse que o objetivo dos intercâmbios sino-brasileiros não é apenas resolver problemas no setor agrícola, mas também fortalecer a cooperação e desempenhar um papel mais amplo na plataforma internacional, e que os quase 4 milhões de pequenos agricultores brasileiros da associação seriam diretamente beneficiados.

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