Diário do Comércio - MG 04/06/2025
Siderúrgicas de Sete Lagoas e região planejam paralisar suas atividades das 6h às 18h desta terça-feira (3). O movimento, segundo o empresário do setor, Willian Reis, tem como objetivo fazer um alerta sobre as condições do mercado no País, que convive com vários problemas: concorrência com produtos importados, juros altos, aumento nas tarifas para aço e alumínio anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, além da elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
"Com um conjunto de entraves, o setor está vivendo no limite, estamos chegando perto do colapso. As empresas não conseguem mais cortar custos", ressalta Reis. Ele conta que a adesão à paralisação somou 18 siderúrgicas de Sete Lagoas e redondezas, que incluem Matozinhos, Pedro Leopoldo, Curvelo e Maravilhas. Essas 18 empresas empregam por volta de 3,5 mil pessoas.
Somente em Sete Lagoas, na região Central do Estado, o empresário destaca que a atividade conta com aproximadamente 5 mil postos de trabalho direto, em 23 empresas do segmento. "É muita responsabilidade manter os empregos diante desse cenário", observa o empresário, que frisa que a ação dessa terça-feira (3) é fruto dos empresários do setor, sem qualquer tipo de liderança.
O Brasil é um dos principais exportadores de aço e alumínio para os Estados Unidos e vem negociando com o governo norte-americano a adoção de cotas sem tarifas, até agora sem resultados concretos.
Além da questão das tarifas, o setor convive há anos com a disputa de mercado dentro do País com o produto importado, tanto que o Instituto Nacional de Distribuidores de Aço (Inda) defendeu no mês passado uma taxa de 25% para as importações do aço chinês, para proteger a indústria nacional.
O fato é que mesmo com a imposição de cotas e o aumento de tarifas por parte do governo federal, em junho do ano passado, para limitar a entrada do aço importado no País, no acumulado do ano até abril, o crescimento das importações continua e foi de 31,7%, passando de 827,3 mil toneladas importadas de janeiro a abril de 2024 para 1,08 milhão de toneladas no mesmo período deste ano.
Jornal de Brasília - DF 05/06/2025
O aumento das tarifas dos EUA sobre aço e alumínio que chegam ao país pode obrigar as siderúrgicas brasileiras a venderem seus produtos ainda mais barato no mercado americano. Nesta quarta-feira (4), entrou em vigor decreto de Donald Trump, fixando as taxas a 50%, o dobro dos 25% determinados desde março.
Em maio, o CEO da ArcelorMittal Brasil, Jorge Oliveira, disse à reportagem que as tarifas de 25% haviam obrigado a empresa a vender suas placas de aço (produto semiacabado) entre 5% e 7% mais barato, justamente para atender o mercado americano e conseguir competir com siderúrgicas do sudeste asiático, que em alguns casos conseguem ter preços mais competitivos que as brasileiras.
Antes das tarifas de Trump, o Brasil recebia trato diferente no mercado americano. Até então, as siderúrgicas brasileiras podiam vender 3,5 milhões de toneladas de aço semiacabado para os EUA sem pagar tarifas -restabelecer cotas mínimas é uma das tentativas do governo brasileiro para contornar os prejuízos das tarifas americanas. Agora qualquer quantidade de aço que entra no país é taxada em 25%. Isso coloca as empresas brasileiras de igual para igual com as de outros países.
A explicação para a variação menos intensa passa pelo perfil de produção de aço pelas siderúrgicas dos EUA. Os americanos fabricam sobretudo produtos acabados que alimentam indústrias manufatureiras e de construção e, para isso, dependem de placas de aço importadas de outros países, principalmente do Brasil, o maior fornecedor desse tipo de produto ao mercado americano. A usina da ArcelorMittal no Alabama, aliás, é uma das maiores importadoras de aço dos EUA.
Isso explica também o poder de negociação que as siderúrgicas brasileiras têm com seus clientes, ainda que sejam do mesmo grupo. “Se a tarifa tornar a venda para os EUA inviável, o problema dos EUA fica pior ainda, porque eles não têm placa”, afirma Carlos Jorge Loureiro, presidente do Inda (Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço).” Eles compram a placa porque não tem alternativa nos EUA, já que não existe sobra de placa lá.
IstoÉ Dinheiro - SP 26/06/2025
Estoques internos elevados, portos lotados e preços internacionais em queda devem continuar compondo um cenário de queda de preços no mercado brasileiro de aço plano nos próximos meses, em um ano no qual a importação da liga deve bater recorde, previu o setor distribuidor de laminados planos nesta quarta-feira.
“Estou vendo possibilidade de o [preço no] mercado interno cair ainda mais ante o que caiu desde janeiro”, disse o presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, em entrevista a jornalistas.
“Os estoques estão altíssimos”, acrescentou, citando que os preços de aço plano desde janeiro acumulam queda de 15% a 16%, em média, no mercado brasileiro.
Importação de aço em alta
Segundo os dados do Inda, a importação de aço plano no Brasil em maio disparou 71,5% sobre um ano antes, para 417,9 mil toneladas, volume que foi “chocante” para o setor distribuidor, disse Loureiro.
O executivo comentou que, apesar do governo federal ter ampliado a lista de produtos siderúrgicos sujeitos à alíquota de 25% de imposto de importação, a compra do exterior segue vantajosa.
“Alguns colegas estão comprando material (importado) mesmo pagando os 25%”, disse Loureiro. “Esse material está entrando com vantagem muito grande”, afirmou.
No final de maio, o governo federal decidiu renovar por 12 meses o sistema criado no ano passado para tentar defender a indústria siderúrgica nacional de importações, e incluiu no esquema que envolvia 19 produtos mais quatro que vinham sendo usados para contornar a tarifa de 25%.
Diário do Comércio - MG 26/06/2025
Realizada no último mês, a renovação das medidas de proteção tarifária para reduzir o volume de importação de produtos de aço e fortalecer a indústria nacional continua sem surtir efeitos. Prova disso é que o País deve bater recorde de importações neste ano, segundo o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aços Planos (Inda).
A avaliação é do presidente do Inda, Carlos Loureiro, que há vários meses critica a política comercial brasileira. Nesta quarta-feira (25), ele disse que a medida de proteção tarifária “não resolveu nada e continuará sem resolver”.
As medidas têm sido adotadas desde o ano passado pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex). A alíquota de 25% foi mantida para 19 produtos importados de aço, que já eram atendidos pela medida, e ainda foi estendida para outros quatro produtos, totalizando 23.
Mesmo assim, essas medidas continuam sendo consideradas insuficientes pela entidade para proteger o mercado nacional e devem manter a pressão sobre a indústria brasileira nos próximos meses.
“Alguns colegas estão comprando material importado mesmo pagando os 25%. Esse material está entrando no País ainda com uma vantagem muito grande [em relação aos produtos brasileiros]”, diz Loureiro.
Conforme os números do Inda, a importação no quinto mês deste ano avançou 71,5%, na comparação com o ano anterior, passando de 243 mil toneladas para 418 mil toneladas, volume considerado “chocante” pelo dirigente. De janeiro a maio, o aumento foi de 40,8%.
Queda de preço e alta das importações
O cenário atual de estoque elevado, portos sobrecarregados e preços internacionais em queda deve continuar fazendo com que os preços caiam no mercado brasileiro de aços planos nos próximos meses e que as importações aumentem ainda mais.
“Só no porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, há mais de 900 mil toneladas para serem internalizadas. Em junho, o número de importação vai nos surpreender, e tudo leva a crer que esses números continuarão altos não só em junho, mas também em julho e agosto. A perspectiva é que a gente tenha, neste ano, um volume recorde de importação”, analisa o presidente do Inda.
De acordo com os números divulgados pelo instituto, no mês de maio, havia um estoque de produtos suficiente para 3,3 meses, o que representa um volume 17% maior em relação aos estoques de maio do ano anterior.
Ao todo, 1,1 milhão de toneladas de aço estão em estoque atualmente, enquanto em 2024 eram 915 mil toneladas. O número é considerado altíssimo pelo instituto. “Praticamente todos os distribuidores estão com o preço de estoque médio acima do preço de reposição. Isso significa um prejuízo acumulado, já que o que vale no preço de venda é o preço de reposição”, explica Loureiro.
Safras & Mercado - RS 26/06/2025
As vendas de aços planos em maio contabilizaram alta de 4,2% sobre o mesmo mês de 2024, atingindo o montante de 328,9 mil toneladas, segundo dados apresentados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira. Em relação a abril, quando foram vendidas 317,3 mil toneladas, houve alta de 3,7%. De janeiro a maio, as vendas de aços planos cresceram 1,6% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 1,620 milhão de toneladas.
Em maio de 2025, as compras de aços planos registraram alta de 8,1% perante ao mesmo mês de 2024, com volume total de 339,5 mil toneladas contra 314,2 mil toneladas registrado em maio de 2024. Frente a abril, as compras cresceram 6,1% em relação aos 320,1 mil toneladas de abril de 2025. De janeiro a maio, as compras de aços planos cresceram 2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a 1,678 milhão de toneladas.
Em número absoluto, o estoque de maio obteve alta de 1,0% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 1.071,9 mil toneladas contra 1.061,3 mil. O giro de estoque fechou em 3,3 meses.
As importações encerraram o mês de maio com alta de 42,5% em relação ao mês anterior, com volume total de 417,9 mil toneladas contra 293,3 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (243,6 mil ton.), as importações registraram alta de 71,5%. De janeiro a maio, as importações cresceram 40,8%, atingindo o montante de 1,507 milhão de toneladas. Deste volume, 73,9% são procedentes da China, chegando a 1,192 milhão toneladas.
O presidente do Inda, Carlos Jorge Loureiro, destacou o alto volume dos estoques nas mãos dos importadores, o que exerce uma competição grande e desigual para os fabricantes brasileiros. “Não há perspectiva de melhora. O porto de São Francisco do Sul tem cerca de 900 mil toneladas aguardando a liberação. Em 2025, deveremos ter um volume recorde de importação. Atualmente, 32% do aço fornecido aos distribuidores e consumidores finais são importados, e deve manter o ritmo alto diante da queda do dólar, que acaba estimulando os importadores”, apontou Loureiro.
O presidente do Inda lembrou que o governo federal renovou as cotas, no valor de 25% sobre o aço importado, para combater o dumping de outros países. “Os preços nas usinas brasileiras têm sofrido muita pressão para tentar se manter competitivos diante da invasão dos importados. De janeiro a maio, o preço do aço produzido no Brasil recuou 15%”, lembrou Loureiro.
No mês passado, o Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex) renovou as medidas tarifárias adotadas no ano passado para reduzir o surto de importação de produtos de aço, com objetivo de continuar fortalecendo a indústria nacional nesse setor.
Portal Fator Brasil - RJ 27/06/2025
E o aumento frente ao mesmo mês no ano passado, chegou aos 71,5%, e tem expectativas de que junho chegue a 4% a mais frente o mês anterior.
As compras do mês de maio registraram alta de 6,1% perante a abril, com volume total de 339,5 mil toneladas contra 320,1 mil. Frente a maio do ano passado (314,2 mil toneladas ), apresentou alta de 8,1%, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Distribuidores de Aço (Inda), no dia 25 de junho (quarta-feira), através da coletiva de imprensa, em videoconferência.
Vendas — Segundo a direção da Inda, as vendas de aços planos em maio contabilizaram alta de 3,7% quando comparada a abril, atingindo o montante de 328,9 mil toneladas contra 317,3 mil. Sobre o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 315,6 mil toneladas, registrou alta de 4,2%.
Estoques — Em número absoluto, o estoque de maio obteve alta de 1,0% em relação ao mês anterior, atingindo o montante de 1.071,9 mil toneladas contra 1.061,3 mil. O giro de estoque fechou em 3,3 meses.
Importações — As importações de (Chapas Grossas, Laminados a Quente, Laminados a Frio, Chapas Zincadas a Quente, Chapas Eletro- Galvanizadas, Chapas Pré-Pintadas e Galvalume), encerraram o mês de maio com alta de 42,5% em relação ao mês anterior, com volume total de 417,9 mil toneladas contra 293,3 mil. Comparando-se ao mesmo mês do ano anterior (243,6 mil toneladas), as importações registraram alta de 71,5%.
As projeções para junho de 2025 — Para o presidente Executivo do Instituto, Carlos Jorge Loureiro, que apresentou os números de fechamento do mês de maio de 2025, a expectativa da rede associada é de que as compras e vendas tenham uma alta de 4% em relação a maio.
Globo Online - RJ 03/06/2025
A Secretaria de Comércio Exterior abriu uma investigação para averiguar a existência de dumping nas importações de folhas metálicas de aço carbono vindas da Alemanha, do Japão e dos Países Baixos. A informação foi divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) no Diário Oficial desta segunda-feira.
O dumping é uma prática considerada predatória, que consiste em vender produtos em outros países por um preço inferior ao praticado no próprio mercado, podendo até mesmo ser comercializado abaixo do custo de produção. A prática tende a prejudicar a competitividade da indústria local.
O documento, informou a Secretaria, tem como objetivo analisar provas colhidas entre julho de 2023 e junho de 2024, com o que chamou de “período de análise de dano” de cinco anos, entre julho de 2019 e junho de 2024.
Valor - SP 04/06/2025
Camex estendeu por mais 12 meses o mecanismo que estipula tarifa de importação de 25% e cotas de importação para dez Nomenclaturas Comuns do Mercosul (NCMs) que já estavam enquadradas
A renovação, pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), da política de cotas de importações de aço foi bem recebida, mas mercado e agentes do setor acreditam que medidas adicionais de proteção deveriam ser adotadas pelo governo brasileiro.
Na semana passada, a Camex estendeu por mais 12 meses o mecanismo que estipula tarifa de importação de 25% e estabelece cotas de importação para dez Nomenclaturas Comuns do Mercosul (NCMs) que já estavam enquadradas. Além disso, incluiu outras quatro NCMs que eram consideradas "NCMs de fuga", utilizadas para evitar as cotas e restrições tarifárias.
Essas "NCMs de fuga" foram incluídas na lista de medidas depois que o governo federal identificou um crescimento expressivo nas suas importações. A conclusão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços foi de que esses produtos estavam sendo utilizados como substitutos para aqueles tarifados a maior. Agora, 23 NCMs estão abarcadas pela medida de imposição de cotas tarifárias.
"Avanço incremental"
A Ativa Corretora ressalta que a renovação da política de cotas tarifárias "representa um avanço incremental". Mas, em comentário enviado a clientes, destaca que essa renovação ainda deve se mostrar insuficiente para restabelecer condições equânimes de competitividade frente às importações.
Para a corretora, pelo lado positivo, a política mantém um limite quantitativo à entrada de produtos com tarifas reduzidas, evitando uma pressão ainda maior sobre o mercado siderúrgico doméstico. Além disso, a ampliação da cobertura de NCMs também atua como um fator mitigador frente às práticas recorrentes de evasão através de "NCMs de fuga".
IstoÉ Online - SP 04/06/2025
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (3) um decreto que aumenta as tarifas sobre as importações de aço e alumínio de 25% para 50%. A medida está prevista para entrar em vigor amanhã (4).
No documento, o governo americano defende que o objetivo da ação, que teve como foco dois setores considerados estratégicos para Washington, é garantir a segurança nacional do país.
"Considerei necessário aumentar as tarifas alfandegárias sobre aço e alumínio para ajustar as importações e garantir que elas não coloquem em risco a segurança nacional", informou o texto.
Ainda de acordo com o republicano, as novas tarifas impostas "serão mais eficazes no combate ao excesso de produção de baixo custo de países estrangeiros, que está minando a competitividade das indústrias de aço e alumínio dos Estados Unidos".
"Embora as taxas alfandegárias impostas até agora tenham fornecido suporte essencial aos preços no mercado americano, elas não permitiram que essas indústrias se desenvolvessem e mantivessem uma taxa de utilização da capacidade de produção suficiente para sua sustentabilidade e tendo em vista as necessidades da defesa nacional", afirma o decreto.
As taxas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio nos EUA estavam de pé desde 12 de março. Além disso, o novo decreto confirma uma promessa feita por Trump na semana passada.
Grandes Construções - SP 06/06/2025
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) manifesta preocupação com a entrada em vigor, no dia 4 de junho, da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre a importação de aço e alumínio.
A medida afeta tanto a indústria nacional como o setor produtivo norte-americano, que tanto depende da matéria-prima brasileira. O Brasil é um dos principais fornecedores dos bens de alto valor agregado ao mercado dos EUA.
O governo americano já havia anunciado, em 10 de fevereiro, a imposição de tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio a partir de 12 de março. A medida publicada ontem intensificou a escalada tarifária para esses bens, ao aumentar a alíquota para 50%.
“Dobrar a taxação sobre o aço e o alumínio é um retrocesso nas relações comerciais entre nossos países. Continuamos defendendo que o diálogo é o melhor caminho para reverter medidas desproporcionais como essa e restabelecer um ambiente de confiança e cooperação mútua, para evitar que as cadeias produtivas em ambos países sejam ainda mais prejudicadas”, afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban.
Ele reforça que, em conjunto com as federações de indústria e associações setoriais, a CNI tem atuado junto ao governo brasileiro em busca de respostas firmes e de soluções para resolver a situação. Só em 2024, por exemplo, 60% das exportações brasileiras de aço e 16,8% de alumínio tiveram os EUA como destino, segundo dados do Instituto Aço Brasil e da Associação Brasileira de Alumínio (Abal).
Valor - SP 06/06/2025
O dumping é uma prática desleal de comércio que consiste em vender, a outros países, produtos com preço abaixo do custo de produção ou do preço no mercado de origem
O Brasil abriu na última terça-feira a maior investigação antidumping de sua história, disse nesta quinta-feira a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres. O alvo são 25 produtos siderúrgicos importados da China. As averiguações deverão demorar 18 meses.
“As pessoas me perguntam muito se isso tem a ver com os Estados Unidos”, comentou a secretária.
O governo americano levantou suspeitas de que o Brasil estaria exportando para lá produtos siderúrgicos trazidos da China, numa espécie de triangulação.
“Na verdade, o período coberto por essa análise é anterior a essas alterações tarifárias”, disse. “Mas, no contexto de mudanças importantes no cenário internacional para o setor siderúrgico, essa investigação é especialmente oportuna, eu diria.”
A decisão do governo brasileiro de coibir supostas práticas desleais de comércio por parte da China pode influenciar o diálogo com os Estados Unidos em torno da elevação das tarifas sobre o aço. A administração de Donald Trump fixou nesta semana uma taxação de 50% para importações de aço e alumínio. Antes, em março, essa tarifa havia sido estabelecida em 25%.
A taxação incide sobre produtos de todas as origens. O governo brasileiro tem investido em diálogo com o governo dos EUA. Os principais argumentos são que as indústrias dos dois países são complementares e que o comércio bilateral é superavitário para os Estados Unidos.
IstoÉ Dinheiro - SP 16/06/2025
O presidente Donald Trump assinou nesta sexta-feira um decreto que autoriza a fusão das gigantes do aço US Steel e Nippon Steel, após as empresas chegarem a um acordo sobre as garantias de segurança nacional dos Estados Unidos.
O acordo encerra uma saga sobre a propriedade de um ativo nacional-chave desde que os dois grupos industriais anunciaram, em 2023, um plano para que a Nippon Steel adquirisse a US Steel por US$ 14 bilhões. A operação foi bloqueada pelo ex-presidente Joe Biden, por se tratar, segundo ele, de um assunto de segurança nacional.
No mês passado, Trump expressou seu apoio a uma “associação planejada” entre os dois grupos. “A US Steel PERMANECERÁ nos Estados Unidos e manterá sua sede na grande cidade de Pittsburgh”, publicou na rede Truth Social, na ocasião.
Em comunicado conjunto, US Steel e Nippon Steel comemoraram a decisão: “Trump aprovou a associação histórica entre as empresas, que permitirá investimentos na fabricação de aço nos Estados Unidos, protegendo e criando mais de 100.000 postos de trabalho.
“Adicionalmente ao decreto do presidente que aprovou a parceria, as empresas assinaram o Acordo de Segurança Nacional (NSA, sigla em inglês) com o governo dos Estados Unidos”, que prevê novos investimentos, de cerca de US$ 11 bilhões, até 2028, detalharam.
O anúncio foi feito após uma revisão do acordo pelo Comitê sobre Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos, responsável por analisar as implicações para a segurança nacional das aquisições estrangeiras de empresas americanas.
Valor - SP 18/06/2025
Investigação está sendo aberta porque foram apresentados elementos suficientes que indicam a prática de dumping nas exportações da matéria-prima originária da China e da Rússia
O governo brasileiro vai investigar a existência de dumping nas exportações originárias da China e da Rússia para o Brasil de fio-máquina de aço carbono. A decisão consta de circular da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU).
Segundo circular, a investigação está sendo aberta porque foram apresentados elementos suficientes que indicam a prática de dumping nas exportações e de dano à indústria doméstica resultante de tal prática. A análise dos elementos de prova de dumping considerou o período de julho de 2023 a junho de 2024. Já o período de análise de dano considerou o período de julho de 2019 a junho de 2024.
A circular informa que o fio-máquina é matéria-prima na produção de diferentes tipos de produtos, como arames em geral, arames para lã de aço, fixadores (porcas, parafusos, prisioneiros), suspensão (molas helicoidais, haste de amortecedor, barra estabilizadora, grampos), forjaria, tire cord (steel cord e bead wire), cabos, linha branca, pinos bolas, eletroferragens, conexões hidráulicas e pneumáticas, barras para construção mecânica, eletrodos e solda MIG, ainda, tem aplicações na agropecuária, indústria moveleira e construção civil e clipes que são comumente utilizados pela indústria de embalagens e papelaria.
Diário do Comércio - MG 24/06/2025
Obstáculo enfrentado pelo setor siderúrgico brasileiro já há algum tempo, as importações de aço no Brasil não param de crescer e, em maio deste ano, alcançaram um patamar recorde. Dados do Instituto Aço Brasil mostram que o País importou 699,7 mil toneladas no período, o maior volume em toda a série histórica da entidade – com início em 2013.
Para efeitos de comparação, em relação ao mesmo intervalo do ano passado, as importações expandiram 24,8%. Já no confronto com o mês imediatamente anterior, aumentaram 28,7%.
Conforme as estatísticas, a China foi a origem de 428,5 mil toneladas, ou seja, 61,2% do aço importado pelo Brasil. Os embarques do país asiático cresceram 53,9% e a participação no total comprado pelos brasileiros aumentou 11,6 pontos percentuais (p.p.).
Com o resultado de maio, as importações de aço chegaram a 2,93 milhões de toneladas no acumulado de 2025, quantidade equivalente a uma alta anual de 26,8%. Neste caso, os chineses foram responsáveis por enviar 1,91 milhão de toneladas, ou 51,9%, o que representa incrementos de 51,9% em volume e 10,8 p.p. em market share.
Vale lembrar que, desde junho de 2024, vigora no Brasil uma medida de defesa à siderurgia nacional com a tentativa de reduzir o nível de compras externas. O sistema implementado, o de cota-tarifa, não surtiu o efeito esperado. Apesar da ineficiência, o setor solicitou a renovação do mecanismo para o governo federal, justificando que era o mínimo a ser feito.
A barreira comercial, que venceria no mês passado, foi renovada por mais 12 meses nos mesmos moldes de sua criação, incluindo uma margem adicional de 30% calculada com base na média de importações ocorridas entre 2020 e 2022. No entanto, incluiu mais quatro produtos, elevando de 19 para 23, a lista de tipos de aço sujeitos à sobretaxa de 25%.
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CNN Brasil - SP 03/06/2025
A atividade industrial do Brasil registrou contração em maio pela primeira vez em 17 meses, afetada pela fraqueza da demanda, embora a confiança ainda permaneça elevada, de acordo com a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI).
Divulgado nesta segunda-feira (2), o PMI de indústria do Brasil, compilado pela S&P Global, caiu em maio a 49,4, nível mais baixo desde dezembro de 2023 e indicando deterioração das condições operacionais. Em abril, o indicador estava em 50,3. O nível de 50 separa crescimento de contração.
O levantamento apontou que maio registrou níveis mais baixos de novas encomendas e de produção em relação a abril. A queda na produção foi a primeira em quatro meses e a mais intensa desde julho de 2023.
Os fabricantes brasileiros também notaram queda nas encomendas de exportação em maio, ainda que menos intensa do que em abril. Houve particularmente vendas menores para clientes da América do Sul e dos Estados Unidos.
Ainda assim, expectativas de que as condições adversas terão vida curta impulsionaram a confiança e sustentaram a criação de empregos no setor em maio.
CNN Brasil - SP 09/06/2025
A entrada de produtos chineses no Brasil bateu recorde nos cinco primeiros meses deste ano e levou o governo a acender o sinal de alerta e renovar medidas de defesa comercial.
O receio das autoridades brasileiras aumentou diante da possibilidade de redirecionamento das exportações chinesas ao Brasil, em meio aos crescentes atritos comerciais entre Pequim e Washington.
O próprio vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que está “olhando com uma lupa” para as importações.
“A indústria precisa estar atenta para que esse movimento não resulte numa enxurrada de produtos seja despejada no Brasil. Estamos com uma lupa nas importações. É defesa comercial total. Não é protecionismo, mas sim proteção legítima”, disse em evento realizado pelo setor industrial no final de maio.
De janeiro a maio, o Brasil importou US$ 29,5 bilhões em produtos chineses, contra US$ 23,3 bilhões no mesmo período de 2024 — um aumento de 26%.
Já no lado das exportações brasileiras para Pequim, houve uma queda de cerca de 10% no mesmo período.
É importante destacar que, em fevereiro, o Brasil importou da China uma plataforma de petróleo avaliada em US$ 2,6 bilhões. Esse tipo de compra pontual impacta diretamente a balança comercial entre os dois países.
Por causa desse peso específico, a balança comercial brasileira chegou a registrar um raro déficit de US$ 300 milhões no mês.
O Estado de S.Paulo - SP 10/06/2025
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 5,46% para 5,44%. Agora, está 0,94 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Considerando apenas as 63 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida passou de 5,42% para 5,34%.
A projeção para o IPCA de 2026 permaneceu em 4,50% pela quarta semana consecutiva, colada ao teto da meta. Considerando apenas as 60 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana também ficou em 4,50%.
O Banco Central espera que o IPCA some 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio. O fim do ano que vem é o horizonte relevante do colegiado.
Na última decisão, de 7 de maio, o comitê aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, de 14,25% para 14,75% — o maior nível desde julho de 2006. O Copom volta a se reunir nos dias 17 e 18, terça e quarta-feira da próxima semana.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo.
O Estado de S.Paulo - SP 27/06/2025
O Banco Central (BC) aumentou a sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025, de 1,9% para 2,1%. Os números constam do Relatório de Política Monetária (RPM) do segundo trimestre, publicado nesta quinta-feira, 26. A previsão está abaixo da mediana do último relatório Focus, de 2,21%.
A mudança incorpora novas projeções para o PIB agropecuário (6,5% para 8,0%), de serviços (1,5% para 1,8%) e industrial (2,2% para 1,9%). Pelo lado da demanda, a autarquia ajustou as previsões para o consumo das famílias (1,5% para 2,1%) e do governo (1,6% para 1,2%), Formação Bruta de Capital Fixo (2,0% para 2,8%), importações (4,0% para 3,5%) e exportações (4,0% para 3,5%).
"Apesar da revisão altista, permanece a expectativa de desaceleração da atividade econômica ao longo do trimestre corrente e do segundo semestre. Essa moderação esperada decorre da manutenção de uma política monetária restritiva, do reduzido grau de ociosidade dos fatores de produção, da perspectiva de moderação do crescimento global e da redução do impulso da agropecuária registrado no primeiro trimestre", citou o BC no RPM.
CNN Brasil - SP 02/06/2025
As montadoras norte-americanas, incluindo a Tesla, precisam construir veículos inteiros, incluindo todas as suas peças, nos Estados Unidos, em vez de fabricar peças no exterior, disse o presidente Donald Trump nesta sexta-feira.
Os comentários de Trump, em uma coletiva de imprensa que marcou o último dia oficial do CEO da Tesla, Elon Musk, na Casa Branca como conselheiro, foram em resposta a uma pergunta sobre as tarifas que prejudicam empresas como a Tesla, que importam autopeças de outros países.
"Ele vai acabar construindo todo o seu carro aqui. Praticamente ele faz isso", disse Trump referindo-se a Musk. "Todas as montadoras também fabricarão suas peças aqui."
"Costumava me incomodar o fato de eles fabricarem uma peça no Canadá, uma peça no México, uma peça na Europa e enviarem para todos os lugares, e ninguém sabia o que diabos estava acontecendo", disse Trump. "Mas no próximo ano, eles terão que construir tudo nos Estados Unidos. É isso que queremos."
O governo Trump impôs este ano uma tarifa de 25% sobre veículos e autopeças importados que, segundo a indústria automotiva, afetará as cadeias de suprimentos e aumentará os preços dos carros.
Embora muitas montadoras norte-americanas importem veículos fabricados fora dos Estados Unidos, a Tesla constrói seus veículos elétricos no país. Muitas de suas peças essenciais, no entanto, são importadas.
A Tesla não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
Auto Industria - SP 03/06/2025
As vendas de veículos no mercado interno estabeleceram em maio o melhor resultado mensal de 2025. Os emplacamentos de 213,5 mil unidades no mês passado representaram crescimento de 8,6% sobre as 196,6 mil unidades de abril e expressivo avanço de 16,6% sobre maio de 2024, quando foram negociados 183 mil veículos.
Os brasileiros já compraram 926,8 mil automóveis e comerciais leves nos primeiros cinco meses do ano, 6,1% a mais do que em igual período do ano passado.
Mais uma vez a Fiat sustentou a ponta das vendas, com 21,6% dos emplacamentos de maio, ainda que com ligeiro decréscimo de 0,2 ponto porcentual. Foi seguida pela Volkswagen, que deteve 17,4% de participação e a maior variação positiva — 1 ponto porcentual.
Valor - SP 04/06/2025
No acumulado do ano, o crescimento alcançou 6,08%, num total de 985,9 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus
O mercado de veículos continua em expansão. Mas os dirigentes do setor se dizem preocupados com as vendas dos próximos meses em razão da alta do juros e do IOF. Em maio, foram licenciados 225,6 mil veículos, uma alta de 16,21% na comparação com o mesmo mês do ano passado.
No acumulado do ano, o crescimento alcançou 6,08%, num total de 985,9 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (3), pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos (Fenabrave), que representa os concessionários e apura as informações junto aos órgãos de trânsito.
Boa parte do crescimento nas vendas foi puxada pelos veículos leves. Os licenciamentos dos carros e comerciais leves registraram aumento de 17,05%. Apesar do bom resultado, o mercado cresceu, em grande parte, por conta dos faturamentos diretos, de empresas que estão em processo de renovação de suas frotas, segundo disse, por meio de nota, o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior.
Globo Online - RJ 06/06/2025
As exportações de veículos chegaram a 51,5 mil unidades embarcadas em maio, quase o dobro do volume registrado em igual período do ano passado. No ano, elas ultrapassaram 200 mil unidades, uma alta de 56,6%. Os dados são do balanço mensal da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
“Tivemos bons resultados de exportações em função do aquecimento do mercado argentino, e uma boa média diária de vendas domésticas em maio, de 10,7 mil unidades. O recuo na produção, porém, indica perda de participação de vendas para os importados, além de certa cautela dos fabricantes em relação à expectativa de vendas nas próximas semanas”, avaliou o presidente da Anfavea, Igor Calvet.
No sentido contrário da balança comercial, as importações continuam ganhando terreno, alcançando a marca de 190 mil no acumulado do ano, 39,7 mil unidades apenas em maio.
Já a venda de veículos automotores atingiu a marca de 986,1 mil unidades de janeiro a maio de 2025, o que representa uma elevação de 6,1%, com relação ao mesmo período do ano passado.
No mês de maio, o emplacamento de veículos registrou crescimento de 8,1%, com 225,7 mil unidades comercializadas no mercado interno.
Jornal de Brasília - DF 12/06/2025
A produção de motos teve crescimento de 7,5% no mês passado, frente ao mesmo período de 2024, chegando a 172,5 mil unidades, o maior volume para maio em 14 anos. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira, 11, pela Abraciclo, a entidade que representa as montadoras do polo industrial de Manaus (AM), onde estão instaladas as maiores fábricas de motocicletas do País.
Na margem – ou seja, de abril para maio -, houve leve queda de 0,4% na produção de motos. Com isso, o volume produzido desde o início do ano chegou a 846,6 mil motocicletas, o que corresponde a uma alta de 11,1% na comparação com os cinco primeiros meses de 2024 e também o melhor resultado, entre iguais períodos, desde 2011.
Conforme a Abraciclo, as vendas de motos em maio, de 193,4 mil unidades, foram as melhores já registradas para o mês na série estatística. Na comparação com maio do ano passado, as vendas subiram 17,6%. Frente a abril, a alta foi de 5,9%.
O total dos cinco primeiros meses do ano, de 850,1 mil motos, também representa o maior das vendas na série histórica, com alta de 10,8% em relação ao mesmo período de 2024.
Os números mostram que o mercado de motos continua aquecido, na esteira da expansão dos serviços de entrega (delivery) e da busca dos consumidores por veículos mais baratos e econômicos no consumo de combustível.
CNN Brasil - SP 06/06/2025
O Secovi-SP divulgou nesta quinta-feira (5) que houve crescimento de 32,9% nas vendas de imóveis no Estado de São Paulo no 1º trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já em relação ao lançamento de novas unidades, foi registrada queda de 18,6%.
A pesquisa divulgada contempla 41 cidades do interior, da Baixada Santista e da Região Metropolitana de São Paulo, situadas nos principais polos econômicos do Estado.
"Tivemos um bom primeiro trimestre ao longo desse início de ano praticamente todas as regiões. Só houve queda expressiva em Marília, Jundiaí, Presidente Prudente, Franca e Barretos", explicou Guilherme Werner, sócio consultor da Brain Inteligência Estratégica.
As habitações do Minha Casa, Minha Vida representaram 48% das vendas e 52% dos lançamentos no 1º trimestre. A região de Piracicaba foi a que mais vendeu locações do MCMV no período, enquanto a Baixada Santista a que menos teve vendas a partir do programa social do governo.
InfraRoi - SP 18/06/2025
O Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil registrou queda de 0,8% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com os últimos três meses de 2024. A retração ocorre após o setor ter encerrado o ano passado com crescimento expressivo de 2,3% no quarto trimestre. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com análise pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
O resultado não surpreendeu o setor, que já esperava o recuo por causa da elevação acentuada da taxa de juros, que "gera incertezas, encarece o crédito e inibe os investimentos", segundo a CBIC. Desde setembro de 2024, o Banco Central deu início a um ciclo de aumento da taxa Selic, que saltou de 10,50% ao ano para 14,75% – maior patamar em quase 20 anos.
Apesar do recuo na comparação trimestral, o setor apresenta desempenho positivo quando analisado o mesmo período do ano anterior, com crescimento de 3,4%. Para a CBIC, isso mostra que o ritmo da construção, embora menor que no final do ano passado, ainda segue superior ao do início de 2024.
Números do mercado imobiliário puxam PIB da construção
Os números do mercado imobiliário continuam robustos e sustentam parte do otimismo no setor. No primeiro trimestre de 2025, foram lançadas 84.924 unidades habitacionais, crescimento de 15,07% na comparação com o mesmo período de 2024. O programa Minha Casa, Minha Vida foi responsável por mais da metade desses lançamentos (52,68%). As vendas também avançaram 15,69%, totalizando 102.485 unidades comercializadas.
Grandes Construções - SP 02/06/2025
O governo federal anunciou um pacote de R$ 1,5 bilhão em investimentos para os portos públicos da Bahia - Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus - por meio do Novo PAC.
O objetivo é ampliar a infraestrutura logística, fortalecer a competitividade regional e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado.
Durante a cerimônia de anúncio, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou o impacto estratégico dos investimentos, que devem gerar empregos e ampliar a capacidade logística.
Também participaram do evento o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, o governador Jerônimo Rodrigues e o diretor-presidente da Codeba, Antonio Gobbo.
No Porto de Aratu-Candeias, a ATU 12 investirá R$ 400 milhões na modernização do terminal de granéis minerais, enquanto a ATU 18 executa contrato de R$ 120 milhões e propôs mais R$ 535 milhões para granéis vegetais. A Ultracargo, por sua vez, aplicará R$ 305,7 milhões em um novo píer de líquidos e ampliação de armazenagem, permitindo atender navios maiores.
No Porto de Salvador, os investimentos focam em modernização tecnológica e ampliação da infraestrutura para aumentar a eficiência do terminal.
Em Ilhéus, serão destinados R$ 129,6 milhões para reativar o Moinho de Trigo, inativo há 17 anos.
A dragagem devolveu ao porto 10 metros de profundidade, com nova etapa prevista para 14 metros, permitindo atracação de navios maiores. A expectativa é consolidar os portos como hubs logísticos regionais.
A Tribuna - SP 03/06/2025
O Trem Intercidades (TIC) – Eixo Sul, que vai ligar a cidade de São Paulo à Baixada Santista e ao restante do litoral paulista por meio de uma linha ferroviária, já está na fase de estudos. O trajeto terá entre 80 e 130 quilômetros, e a viagem está prevista para durar aproximadamente 1h30. O projeto deve receber um investimento estimado em R$ 15 bilhões.
A Secretaria de Parcerias em Investimentos do Estado de São Paulo (SPI) informou que os estudos de viabilidade do Trem Intercidades (TIC) – Eixo Sul estão em andamento. A previsão é que essa etapa seja concluída até o primeiro semestre de 2027.
O projeto faz parte do programa SP nos Trilhos, que, de acordo com o Governo de São Paulo, reúne mais de 40 iniciativas voltadas à expansão das redes de metrôs e trens metropolitanos, além da implantação dos Trens Intercidades (TICs) e de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs).
De acordo com a secretaria, o projeto foi aprovado em junho de 2024, mas ainda precisa cumprir várias etapas, como estudos complementares, consultas públicas, elaboração do edital, realização do leilão e assinatura do contrato, antes de sair efetivamente do papel.
O percurso poderá ter entre 80 e 130 quilômetros de extensão, com tempo estimado de viagem de 90 minutos. A expectativa é beneficiar diretamente nove municípios e impactar positivamente a vida de aproximadamente 1,8 milhão de pessoas, além de colaborar para a redução da sobrecarga no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI).