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Diário do Comércio - MG   24/10/2025

Assim como havia ocorrido em agosto, as importações de aços planos caíram 16,6% em setembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, para 241,4 mil toneladas, conforme dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgados nesta quinta-feira (23). Além de o mercado estar mais fraco, a expectativa de implementação de um antidumping contra a China também influenciou o resultado, de acordo com o presidente-executivo da entidade, Carlos Jorge Loureiro.

Segundo ele, a expectativa é que o Brasil anuncie, entre dezembro e fevereiro, a adoção de medidas antidumping contra laminados a frio e revestidos provenientes da China. Com isso, os produtos comprados agora estariam sujeitos à aplicação do mecanismo, devido ao tempo de transporte entre os países.

"Isso tem feito com que os importadores se retraiam um pouco em relação ao fechamento de novos negócios, enquanto não ficar devidamente esclarecido se teremos ou não o antidumping", afirmou Loureiro ao apresentar os dados do setor no mês.

O executivo avalia que, sem a implementação do antidumping, as importações de aços planos poderão voltar a subir, ainda que em volumes menores que os registrados anteriormente. Ele acredita que os desembarques não serão "zerados", pois há produtos que o país consome em quantidade superior à que produz, tornando a importação necessária.

"O galvalume, por exemplo, é um produto cujo consumo brasileiro gira em torno de 80 mil toneladas por mês, enquanto a produção nacional é de cerca de 45 mil toneladas. Ele continuará sendo importado, independentemente de qualquer medida antidumping", ressaltou.

"É claro que, se houver um antidumping contra a China, o galvalume passará a ser importado não mais dos chineses, mas de outros países, como a Coreia do Sul. O que pode ocorrer é uma mudança na origem das importações, para nações que também praticam preços competitivos, embora não em níveis de dumping", explicou.

Conforme Loureiro, também está prevista a implementação de medidas antidumping contra laminados a quente provenientes da China. A medida, porém, deve ser adotada apenas em meados de maio ou junho de 2026.

No acumulado de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período do ano passado, as importações de aços planos subiram 25,9%, para 2,6 milhões de toneladas. No entanto, o ritmo de crescimento dos desembarques diminuiu consideravelmente em comparação ao pico alcançado no primeiro semestre (46,5%).

Tarifa dos Estados Unidos não trouxe impacto às exportações

De acordo com o Inda, as exportações de aços planos no nono mês de 2025 totalizaram 667,3 mil toneladas. O volume de produtos acabados para o mercado externo foi baixo: do total vendido, 576,4 mil toneladas foram de placas, com os Estados Unidos (EUA) comprando 457,4 mil toneladas.

Para o presidente-executivo do instituto, o resultado mostra que o "tarifaço" dos EUA contra o Brasil não afetou as negociações. "O problema da tarifa dos Estados Unidos não está diminuindo a exportação de placas, devido a necessidade que eles têm, com a ausência de produção local", esclareceu.

Reuters - SP   24/10/2025

O setor de distribuição de aços planos no Brasil pode ver ainda neste fim de ano um novo aumento nos preços cobrados pelas usinas siderúrgicas nacionais, em meio a um ambiente em que o consumo segue morno, mas as importações mostram recuo, afirmou o presidente da associação de distribuidores, Inda, nesta quinta-feira.

"Está se falando de eventualmente mais uma perna (de reajuste) em novembro ou dezembro. As usinas estão muito firmes... Existem algumas conversas de haver um novo aumento", disse o presidente do Inda, Carlos Loureiro, em entrevista a jornalistas sobre o desempenho do setor em setembro.

Segundo ele, os aumentos de 7% a 8% em laminados a quente e de 3% a 4% nos laminados a frio e zincados anunciados no final de setembro para outubro foram "realmente implantados pelas usinas" e a grande maioria dos associados do Inda conseguiram repassá-los aos clientes integralmente ou "uma boa parte" deles.

"Acredito que em novembro o novo aumento será repassado. As margens estão muito ruins. Não repassar aumento de preço hoje é cortar na carne", acrescentou.

As vendas dos distribuidores de aços planos em setembro somaram 361,7 mil toneladas, um crescimento de 10,6% sobre um ano antes e expansão de 7,2% ante agosto.

Mas Loureiro afirmou que o aumento das vendas ocorreu em meio à expectativa dos aumentos de preços que viriam em outubro. Tanto que as compras dos distribuidores de material das usinas no período subiram 10% ante agosto e 5,4% na comparação anual, a 360 mil toneladas.

Com isso, os estoques do setor no mês passado ficaram praticamente estáveis ante agosto e saltaram 11,2% sobre setembro de 2024, a 1 milhão de toneladas.

"O mercado não está brilhante, mas está com certo consumo", disse Loureiro. "A demanda que se tem com ou sem aumento (de preços) vai acontecer porque o consumo é inelástico. Não se deixa de produzir um carro porque subiu R$500 o preço da tonelada de aço."

E com a antecipação vista em setembro, o Inda espera que as vendas de aços planos pelos distribuidores em outubro fiquem estáveis ante o mês anterior.

Os movimentos no mercado interno coincidem com uma redução no fluxo das importações de aços planos ao país. Em setembro, o volume importado caiu quase 17% sobre um ano antes, para 241,4 mil toneladas, reduzindo a alta no acumulado do ano para 25,9%, segundo os dados do Inda.

Loureiro afirmou que essa redução no fluxo é sentida na principal porta de entrada de material siderúrgico importado ao país, o Porto de São Francisco do Sul (SC). Segundo o executivo, o volume de aço em navios esperando liberação e descarregado no porto baixou para cerca de 500 mil toneladas ante picos de meses atrás que chegaram a passar de 1 milhão de toneladas.

"O que incentiva importação é mercado...Mas também temos tido informações sobre essa perspectiva de entrada de dumping em laminados a frio e revestidos entre dezembro e fevereiro", disse Loureiro citando expectativa do setor siderúrgico sobre novas medidas de defesa comercial do Brasil contra aço chinês.

O presidente do Inda explicou que essa expectativa de adoção de medidas antidumping cria risco aos importadores que estejam negociando a chegada de novas cargas ao Brasil, dado o tempo do transporte da carga até o país. "Qualquer fechamento hoje de contrato de importação está sujeito (ao risco) de sofrer dumping quando chegar...por isso os importadores estão se retraindo um pouco", comentou.

Não à toa, as importações de laminados a frio em setembro despencaram 61,3% sobre um ano antes, a 20,7 mil toneladas, reduzindo o acumulado do ano para alta de 22,2%, segundo os dados do Inda.

Segundo Loureiro, enquanto a expectativa sobre a medida antidumping para os laminados a frio e revestidos é de que seja adotada pelo governo entre dezembro e fevereiro, para laminados a quente a espera é para "provavelmente maio ou junho". O executivo acrescentou que a medida do dumping deveria ser "nunca menor do que US$150 a US$200".

Terra - SP   27/10/2025

A Usiminas está avaliando pagar dividendo aos acionistas neste ano, embora tenha acumulado resultado negativo bilionário nos nove primeiros meses de 2025, afirmou o vice-presidente financeiro da produtora de aços planos, nesta sexta-feira.

"Não temos uma decisão ainda...Estamos avaliando a possibilidade de distribuição de dividendos este ano", afirmou o vice-presidente de finanças, Thiago Rodrigues, em conferência com analistas após a publicação do balanço de terceiro trimestre da companhia mais cedo.

A Usiminas acumula até setembro um resultado negativo de R$3 bilhões, com uma margem líquida negativa em 15,1%. No terceiro trimestre, a empresa realizou testes de recuperabilidade de ativos siderúrgicos que resultaram em um impacto contábil negativo de mais de R$2 bilhões.

As ações da companhia exibiam queda de 1,4% às 12h19, enquanto o Ibovespa subia 0,44% e a rival CSN mostrava ganho de 0,3%.

Questionado sobre o baixo nível de alavancagem financeira do grupo, de 0,16 vez ao final de setembro, Rodrigues comentou que a Usiminas se sente confortável com uma relação dívida líquida sobre Ebitda ajustado abaixo de uma vez.

Já sobre os custos do grupo, o executivo comentou que a Usiminas deve voltar a apresentar redução no quarto trimestre, apoiada em preços de matérias-primas e "ganhos de eficiência". No terceiro trimestre, o custo do produto vendido da divisão de siderurgia da empresa foi de R$4.982 por tonelada, uma queda de 2,9% ante o segundo trimestre. Um ano antes, o chamado CPV/tonelada da Usiminas foi de R$5.164.

ANTIDUMPING

Uma das principais esperanças de melhora de resultados da companhia, o processo antidumping do Brasil contra produtores chineses de aços laminados a frio e revestidos não deve ter uma decisão definitiva em novembro, afirmou o vice-presidente comercial, Miguel Camejo, durante a conferência.

O executivo, porém, afirmou que a empresa tem otimismo de que o governo federal tome uma decisão definitiva de aplicar o direito antidumping entre fevereiro e março do próximo ano.

"Estamos confiantes sim", disse Camejo sobre uma decisão positiva do governo federal, que nos últimos meses adotou algumas medidas de defesa comercial do setor. "São processos muito sólidos e foram confirmados nas determinações preliminares publicadas pelo ministério", disse o executivo referindo-se ao Ministério da Indústria e Comércio. "A margem de dumping (foi) confirmada com tarifas acima de US$500 dólares por tonelada tanto para frio como para revestidos", acrescentou.

A informação já havia sido mencionada na véspera pelo presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), Carlos Loureiro, que citou que, no caso dos laminados a quente, a expectativa é de uma decisão definitiva entre maio e junho do próximo ano.

Questionado sobre preços de aços no Brasil, Camejo disse que a Usiminas segue "monitorando" novos aumentos após reajustes aplicados em outubro entre 4% e 7%, que vieram na sequência de preços em setembro que ficaram de 2% a 3,5% abaixo da média do terceiro trimestre por conta de "queda no mercado spot e pior mix" de produtos vendidos.

Ainda sobre preços, Camejo mencionou que a Usiminas mantém negociações iniciais com montadoras para contratos de longo prazo que vencem em janeiro, grupo que compõe 30% do setor. O restante tem contratos com a empresa que vencem em abril.

SIDERURGIA

Valor - SP   06/10/2025

O Japão vai expandir o escopo das tarifas antidumping para incluir exportações indiretas via terceiros países, à medida que a superprodução da China continua prejudicando indústrias domésticas.

O problema central é a superprodução chinesa de aço e outros materiais. A China mantém uma capacidade de produção que excede a demanda interna, que vem diminuindo devido à crise imobiliária, e exporta o excedente a preços baixos.

Em março, o Japão aplicou tarifas antidumping provisórias sobre a China para eletrodos de grafite, usados principalmente para fundir sucata de ferro em fornos elétricos de arco. Embora as importações da China tenham caído, aumentaram as importações de terceiros países que não possuem capacidade de produção desses eletrodos.

É possível que a China esteja exportando eletrodos de grafite inacabados para terceiros países, onde são transformados em produtos acabados e depois exportados para o Japão.

Produtos chineses estão cada vez mais sendo exportados para o Japão via terceiros países, como Índia ou países do Sudeste Asiático. As indústrias japonesa de aço e química exigem medidas para impedir exportações indiretas.

A Organização Mundial do Comércio (OMC) reconhece as tarifas antidumping como uma forma de evitar a importação de produtos com preços baixos que causem prejuízo às indústrias locais. Se for comprovado que os produtos são exportados a preços injustamente mais baixos que os preços domésticos, a diferença pode ser adicionada como tarifa.

IstoÉ Dinheiro - SP   08/10/2025

A União Europeia apresentou, nesta terça-feira (7), propostas para dobrar as tarifas aduaneiras à importação de aço, imitando o presidente americano, Donald Trump, em uma tentativa de proteger a indústria do bloco – em dificuldades – da concorrência chinesa de baixo custo.

"Em 2024, foram eliminados 18 mil postos de trabalho diretos na indústria siderúrgica, o que é excessivo e devia cessar", ressaltou o vice-presidente da Comissão Europeia (braço executivo do bloco), Stéphane Séjourné, ao apresentar estas medidas à imprensa.

Em primeiro lugar, a Comissão pretende reduzir em 47% as cotas de aço estrangeiro que podem ser importadas a cada ano para a UE livres de tarifas.

Estas cotas livres de impostos seriam reduzidas, assim, a 18,3 milhões de toneladas, ou seja, o volume total de aço que a União Europeia importava em 2013, antes que o mercado se visse desequilibrado de forma duradoura pelo desenvolvimento de um importante excesso de capacidade de produção.

"Em nome de todos os funcionários da ArcelorMittal na Europa, me sinto sinceramente aliviado", disse Aditya Mittal, diretor da gigante da siderurgia, agradecendo à UE por "ter compreendido a gravidade da situação e agido com firmeza e de forma adequada".

"O excesso de capacidade mundial é cinco vezes superior ao consumo anual de aço da UE", lembrou o Comissário do Comércio, Marcos Sefcovic.

Além disso, as importações que superarem as cotas terão as tarifas dobradas, passando de 25% a 50%.

Deste modo, vão atingir níveis similares aos impostos por Estados Unidos e Canadá, segundo as propostas da Comissão, que deverão ser validadas pelos 27 países-membros da UE e pelo Parlamento Europeu.

Por último, os importadores de produtos de aço transformado serão obrigados a declarar em qual país o metal inicial "foi fundido e moldado", uma cláusula que visa a evitar evasões das barreiras tarifárias.

Valor - SP   09/10/2025

A medida permanecerá em vigor até 31 de dezembro

O governo da Argentina suspendeu os impostos de exportação sobre alumínio, aço e derivados até o fim de 2025. A resolução foi publicada no Diário Oficial do país.

A medida permanecerá em vigor até 31 de dezembro ou até que países envolvidos nas negociações reduzam suas tarifas abaixo de 45%.

Segundo o decreto, a medida é uma resposta do governo às "práticas de diversos países que, por meio da aplicação de tarifas de importação de magnitude significativa, têm restringido o acesso dos produtos de alumínio e aço ao comércio internacional, configurando uma forma de protecionismo que afeta diretamente a competitividade das exportações argentinas."

A resolução começa a valer a partir desta quinta-feira, abrangendo as exportações que sejam realizadas a partir dessa data.

IstoÉ Dinheiro - SP   13/10/2025

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) iniciou investigação por dumping em fios de aço – de alto teor de carbono, de alta resistência, de seção circular, encruados a frio por trefilação, com superfície lisa ou entalhada, de relaxação baixa ou normal – provenientes de Egito, Espanha e Malásia.

De acordo com circular publicada no Diário Oficial da União (DOU), a análise dos elementos de prova de dumping considerou o período de outubro de 2023 a setembro de 2024.

Já o período de análise de dano à indústria nacional considerou o período de outubro de 2019 a setembro de 2024.

Grandes Construções - SP   16/10/2025

Em setembro, as exportações de sucata ferrosa apresentaram alta e atingiram 99.700 toneladas, aumento de 77,5% em comparação às 56.164 toneladas do mesmo mês de 2024.

De janeiro a setembro, as vendas externas somam 673 mil toneladas, crescimento de 20,6% em relação ao mesmo período de 2024, com 558 mil toneladas, conforme dados divulgados pelo Ministério da Economia (Secex).

As empresas recicladoras exportam apenas volumes excedentes não consumidos internamente.

Atualmente, há baixo interesse na aquisição de sucata ferrosa por parte das usinas siderúrgicas no Brasil, em razão, principalmente, da importação de aço da China e da política de tributação imposta pelo governo dos EUA nas exportações, segundo o Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa).

Para Clineu Alvarenga, presidente do Inesfa, com o mercado interno retraído e queda de preços da sucata ferrosa, a alternativa tem sido as exportações de volumes excedentes, como forma de manter a subsistência das empresas do setor e estimular a coleta pelos catadores e adequada destinação do insumo pelos recicladores.

Grandes Construções - SP   16/10/2025

As obras do Senna Tower, que será o edifício residencial mais alto do mundo, tiveram início no dia 29 de setembro em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina.

O arranha-céu terá 550 m de altura e 150 andares, superando todos os empreendimentos residenciais já construídos no planeta.

Ao todo, serão 228 unidades residenciais, entre mansões suspensas, apartamentos, coberturas duplex e megacoberturas triplex de até 903 m².

O projeto traz exclusividades e tecnologias inovadoras, como o uso de uma estrutura de aço inédita no Brasil, com vergalhão de aço de alta resistência CA70/S, desenvolvido pela empresa ArcelorMittal.

Criado especialmente para obras de grande porte, o material tem limite de resistência 40% maior que o aço convencional, garante a empresa.

"Com as barras, construímos uma malha de aço que vai dar sustentação ao prédio. Esse tipo específico de material racionaliza o uso do aço, tornando a obra mais leve", afirma Luiz Fernando Negresiolo, executivo da ArcelorMittal.

Segundo estimativas, serão utilizadas entre 25 mil e 35 mil toneladas de aço na obra.

Diário do Comércio - MG   17/10/2025

Em setembro de 2025, ante o mesmo período de 2024, as importações brasileiras de aço diminuíram 31,9%, para 446 mil toneladas, conforme dados do Instituto Aço Brasil (IABr), divulgados nesta quinta-feira (16). Foram 410 mil toneladas importadas de laminados (-14,6%) e 36 mil toneladas de semiacabados para venda (-79,4%).

Esse foi o segundo mês consecutivo de queda nos desembarques, após sete altas seguidas. Em agosto, na comparação com um ano antes, houve um recuo de 24%. Procurada, o IABr não respondeu se fatores específicos motivaram as retrações.

O analista de investimentos da plataforma AGF, Pedro Galdi, avalia que "a redução expressiva das importações no mês pode indicar um movimento de recomposição de estoques internos ou efeito de preços mais competitivos no mercado doméstico".

Embora as compras externas tenham caído nos dois últimos meses, entre janeiro e setembro deste ano, em relação a igual intervalo do exercício anterior, houve crescimento de 9,7%, para 5,1 milhões de toneladas. Foram 4,5 milhões de toneladas importadas de laminados (+25,8%) e 600 mil toneladas de semiacabados para venda (-41,2%).

O volume acumulado de desembarques é o maior para o período desde 2013, quando o Aço Brasil iniciou a série histórica do levantamento. O instituto prevê que as importações – somente de laminados – cheguem a 5,3 milhões de toneladas neste ano, uma alta de 11,2%.

Cabe destacar que as siderúrgicas têm pressionado o governo federal para que novas medidas de defesa comercial sejam implementadas. As empresas alegam enfrentar uma concorrência desleal contra alguns países, sobretudo a China. As usinas dizem que a cota-tarifa imposta pelo Brasil não foi eficaz. Há cortes de pessoal e de investimentos pelo setor.

Brasil Mineral - SP   24/10/2025

Apenas a China produziu 76,5 milhões de toneladas, 4,6% a menos que em setembro do ano passado, enquanto a Índia produziu 13,6 milhões de toneladas no mês, um incremento de 13,2% sobre o mesmo mês do último ano.

A worldsteel divulgou que a produção mundial de aço bruto alcançou 141,8 milhões de toneladas em setembro de 2025, uma queda de 1,6% em relação ao mesmo mês do último ano. A Ásia e a Oceania produziram 102,9 milhões de toneladas em setembro, um recuo de 2,1% sobre setembro de 2024. Apenas a China produziu 76,5 milhões de toneladas, 4,6% a menos que em setembro do ano passado, enquanto a Índia produziu 13,6 milhões de toneladas no mês, um incremento de 13,2% sobre o mesmo mês do último ano. Japão e Coreia do Sul produziram 6,4 milhões de toneladas e 5 milhões de toneladas de aço bruto em setembro, respectivamente, com quedas de 3,7% e 2,4% na comparação com o mesmo mês de 2024.

CNN Brasil - SP   24/10/2025

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na noite desta quinta-feira (24) que todas as negociações comerciais com o Canadá foram encerradas após o que ele acusar o país de utilizar uma "propaganda fraudulenta" com um suposto anúncio do ex-presidente Ronald Reagan falando negativamente sobre tarifas.
Trump impôs tarifas sobre aço, alumínio e automóveis canadenses no início deste ano, levando Ottawa a responder da mesma forma. Os dois lados estão em negociações há semanas sobre um possível acordo para os setores de aço e alumínio.

"Com base em seu comportamento flagrante, TODAS AS NEGOCIAÇÕES COMERCIAIS COM O CANADÁ ESTÃO ENCERRADAS", escreveu Trump no Truth Social.

O primeiro-ministro de Ontário, Doug Ford, disse no início desta semana que o anúncio de sua província com mensagens anti tarifárias chamou a atenção de Trump.

O anúncio mostrava Reagan, um republicano, criticando tarifas sobre produtos estrangeiros, enquanto dizia que elas causavam perdas de empregos e guerras comerciais.

"Ouvi dizer que o presidente ouviu nosso anúncio. Tenho certeza de que ele não ficou muito feliz", disse Ford na terça-feira (21).

A Fundação Presidencial Ronald Reagan emitiu um comunicado na noite de quinta-feira afirmando que o anúncio do governo de Ontário estava "usando áudio e vídeo seletivos" de Reagan e que a fundação estava revisando suas opções legais.

ECONOMIA

O Estado de S. Paulo - SP   01/10/2025

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) permaneceu em 77,5% de julho (dado revisado) para agosto, informou o Banco Central. Em valores nominais, passou de R$ 9,555 trilhões para R$ 9,620 trilhões.

Pelo conceito do Fundo Monetário Internacional (FMI), a DBGG passou de 89,8% do PIB em julho (dado revisado) para 91,0% no mês passado. O BC começou a divulgar a estatística este ano.

O pico da série da dívida bruta no critério do BC foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), devido às medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

A DBGG — que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o BC e as empresas estatais — é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) — que considera as reservas internacionais do Brasil — aumentou de 63,6% do PIB em julho (dado revisado) para 64,2% em agosto. Em reais, atingiu R$ 7,969 trilhões.

O setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais, à exceção de Petrobras e Eletrobras) tem déficit primário de R$ 61,792 bilhões no acumulado de janeiro a agosto de 2025, segundo o Banco Central. O montante equivale a 0,74% do Produto Interno Bruto (PIB).

O Estado de S. Paulo - SP   03/10/2025

A elevação da taxa básica de juros no País interrompeu o ciclo de recuperação da indústria brasileira de maior intensidade tecnológica na primeira metade deste ano, aponta o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi). A manutenção da política monetária contracionista e efeitos adversos advindos do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano Donald Trump a produtos brasileiros devem resultar num desempenho ainda pior no segundo semestre deste ano.

No geral, a parte da indústria de transformação mais voltada a atender o mercado doméstico, incluindo várias atividades fabricantes de bens duráveis para consumo e bens de capital para investimentos, sentiu mais intensamente o peso do aumento dos juros e do enfraquecimento da demanda interna, apontou o Iedi.

Os ramos mais intensivos em tecnologia, que possuem maior produtividade e geram empregos mais qualificados, foram os que pisaram mais fortemente no freio.

Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a produção industrial brasileira de alta tecnologia saiu de um avanço de 14,9% no quarto trimestre de 2024 para alta de 1,6% no primeiro trimestre de 2025, descendo a seguir para um recuo de 3,3% no segundo trimestre deste ano.

No total da indústria de transformação, a produção saiu de aumento de 4,6% no quarto trimestre de 2024 para alta de 2,6% no primeiro trimestre deste ano e queda de 0,7% no segundo trimestre.

No segundo trimestre, os destaques negativos foram os desempenhos das atividades farmacêutica (-6,1%), equipamentos de rádio, TV e comunicação (-2,0%) e aeronaves (-1,8%), acrescentou o Iedi.

"Houve uma contenção da demanda interna importante nesse segundo trimestre. A política monetária começa claramente a fazer efeito sobre o dinamismo econômico", afirmou Rafael Cagnin, economista-chefe do Iedi.

Houve desaceleração intensa também na produção da indústria de média-alta tecnologia, que saiu de elevação de 11,9% no quarto trimestre de 2024 para alta de 7,8% no primeiro trimestre de 2025 e aumento de 2,9% no segundo trimestre deste ano. O freio atingiu os ramos de veículos, máquinas e equipamentos, químicos e máquinas e materiais elétricos.

IstoÉ Dinheiro - SP   03/10/2025

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,65% em setembro, acelerando significativamente em relação ao ligeiro acréscimo de 0,04% de agosto e também ante o ganho de 0,34% da terceira quadrissemana do mês passado, segundo dados publicados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quinta-feira.

O resultado de setembro superou o teto das estimativas de instituições de mercado consultadas pelo Projeções Broadcast, que variavam de altas de 0,38% a 0,59%, com mediana de 0,49%.

Entre janeiro e setembro, o IPC-Fipe acumulou inflação de 3,02%. Nos 12 meses até setembro, a alta do índice foi de 5,41%, também superior ao teto das projeções, de 5,34%.

A leitura de setembro foi principalmente influenciada pelos itens Habitação, que subiu 1,66% após modesta alta de 0,18% em agosto, e Transportes, que avançou 1,01%, revertendo queda de 0,97% do mês anterior. Além disso, a categoria Vestuário caiu em ritmo mais lento no mês passado, de 0,03%, depois de recuar 0,06% em agosto.

Entre os demais componentes do IPC-Fipe, os custos acentuaram queda ou reduziram alta de um mês para o outro: Alimentação (de -0,11% em agosto a -0,52% em setembro), Despesas Pessoais (de 0,68% a 0,52%), Saúde (de 1,06% a 0,80%) e Educação (de 0,01% a 0,00%).

O Estado de S. Paulo - SP   06/10/2025

A despeito da política monetária contracionista e da entrada em vigor do tarifaço norte-americano contra exportadores brasileiros, a produção industrial nacional cresceu 0,8% em agosto ante julho, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados nesta sexta-feira, 3, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O bom desempenho, que interrompeu uma sequência de quatro meses sem expansão significativa, superou as expectativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta mediana de 0,3%.

"Apesar do resultado positivo em agosto, a desaceleração da atividade, as altas taxas de juros e o ambiente externo mais incerto devem continuar impactando o setor ao longo dos próximos meses de 2025. No entanto, vetores altistas, como as medidas do governo voltadas ao estímulo da demanda, podem atenuar uma perda de ritmo mais acentuada para a atividade ao longo do ano", avaliou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que prevê um avanço de 0,9% na produção industrial brasileira em 2025.

A alta na indústria em agosto foi a mais intensa para esse período do ano desde 2020, quando tinha crescido 2,9%.

"O setor industrial volta a ter um crescimento mais importante. Ele não elimina a perda dos meses anteriores, elimina apenas uma parte da perda acumulada (de 1,2%), mas volta para o campo positivo, também com disseminação de resultados positivos entre as atividades. É uma melhor situação do que a gente vinha observando até então", afirmou André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE.

Exame - SP   06/10/2025

O Brasil reforça sua aposta em colocar em marcha uma "nova indústria" mais verde, produtiva, inovadora e digital, como estratégia para aumentar sua competitividade no mercado internacional.

Para isso, o governo está realizando investimentos de cerca de US$ 56,27 bilhões até 2026 para o desenvolvimento de um novo plano industrial.

A informação foi destacada durante um ato oficial pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, que enfatizou a necessidade de fortalecer a indústria nacional, sobretudo diante da concorrência asiática.

IstoÉ Dinheiro - SP   07/10/2025

Influenciado pela importação de uma plataforma de petróleo de Cingapura, o superávit da balança comercial encolheu em setembro. No mês passado, o país exportou US$ 2,99 bilhões a mais do que importou, queda de 41,1% em relação a setembro de 2024 (superávit de US$ 5,08 bilhões). Esse foi o pior superávit para o mês em dez anos.

O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). De janeiro a setembro, a balança comercial acumula superávit de US$ 45,478 bilhões, queda de 22,5% em relação ao resultado do mesmo período do ano passado.

Em setembro, as exportações bateram recorde, totalizando US$ 30,53 bilhões, alta de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. As importações somaram US$ 27,541 bilhões, aumento de 17,7% na mesma comparação.

No mês passado, o volume de mercadorias exportadas cresceu 10,2%, enquanto os preços médios recuaram 2,5% em relação a setembro de 2024. Nas importações, o volume de bens comprados (em toneladas) subiu 6,2%, com o preço médio aumentando 1,6%.

Globo Online - RJ   07/10/2025

A exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram -20,3% com queda de US$ -0,7 bilhões. Entre os produtores com maiores queda (em valores absolutos) estão o ferro gusa (-41%), carne bovina (-58%), açúcar e melaço (-77%), armas e munições (-92%), tabaco (95%) café torrado (-29%), celulose (-27,3%), minério de ferro (100%, não houve nenhum embarque), torneira e válvulas (-87,6%), tubo (-95%). Entre estes, o ferro gusa, celulose, minério de ferro e produtos siderúrgico com aço não foram atingidos pelo tarifaço, mesmo assim tiveram queda.

A tendência é continuar caindo. É uma barreira tarifária muito grande, não só para o Brasil, mas as próprias seções 232, em que são colocadas tarifas para grande parte das importações dos Estados Unidos, do mundo, todos os produtos de aço, toda a proposta. Essas medidas estão dentro da seção 232, que vale para o mundo inteiro, e atualmente a própria importação dos Estados Unidos vai cair. E tem alguns produtos que, mesmo não tarifados, estão caindo. Isso muito provavelmente está relacionado à atividade econômica. É claro que esse choque de capital reduz o consumo nos Estados Unidos. Então, a tendência aqui é de uma desaceleração da economia também, com preços mais altos. E, possivelmente, há esse efeito da demanda também, não só do choque da tarifa nos Estados Unidos. E sim, mantendo esse cenário esperado de exportação, até porque a gente vinha em um nível bastante alto. Era recorde no ano passado - afirma o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão.

Em agosto, a queda foi de queda de 16,5%, revisado pelo MDIC. Em relações a importações para os Estados Unidos, subiram 14,3% com aumento de US$ 0,5 bilhões.

Apesar da queda, houve superávit comercial de US$ 2,99 bilhões, queda de 41,1% ao observado no mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o superávit soma US$ 45,48 bilhões – 22,5% abaixo do registrado entre janeiro/setembro de 2024. As exportações somaram US$ 30,531 bilhões, enquanto as importações alcançaram US$ 27,541 bilhões, variações de +7,2% e +17,7%, respectivamente, em relação a setembro de 2024

O Estado de S. Paulo - SP   08/10/2025

A Organização Mundial do Comércio (OMC) elevou as projeções para o crescimento do comércio global de mercadorias neste ano, mas cortou a do próximo, em relatório divulgado nesta terça-feira, 7. Segundo a organização, o ajuste reflete que o impacto completo das tarifas dos Estados Unidos será sentido apenas em 2026.

O comércio global de mercadorias crescerá 2,4% em 2025, estima a OMC, nível bem acima do previsto em agosto, de 0,9%, e distante da contração de 0,2% apontada no relatório original, de abril. Em 2026, contudo, a organização espera desaceleração a 0,5%, abaixo do estimado em agosto (1,8%) e em abril (2,5%).

Segundo a OMC, esta "inversão de cenários" ocorre após o comércio global de mercadorias crescer mais rápido que o esperado no primeiro semestre de 2025, conforme importadores americanos tentavam se antecipar aos aumentos de tarifas. O comércio também teve apoio de condições macroeconômicas "favoráveis": a desinflação, política fiscal expansiva e mercados de trabalho apertados impulsionaram a renda e os gastos nas maiores economias.

"O avanço do comércio de mercadorias irá desacelerar em 2026, à medida que a economia global arrefece e o impacto completo das tarifas seja sentido por um ano inteiro", destaca o relatório.

Já o comércio global de serviços crescerá 4,6% em 2025 e 4,4% em 2026, segundo a OMC, desacelerando em relação ao avanço de 6,8% em 2024. A projeção também foi revisada em comparação ao levantamento de abril, que considerava a influência de tarifas dos EUA, levemente mais forte que os 4% e 4,1% previstos, respectivamente.

IstoÉ Dinheiro - SP   08/10/2025

O Banco Mundial divulgou, nesta terça-feira (7), que a economia brasileira crescerá 2,4% em 2025, enquanto as projeções para 2026 são de 2,2%. A América Latina e o Caribe crescerão 2,3% este ano, um leve aumento em relação a 2024, mas novamente o pior desempenho regional do mundo.

A região cresceu 2,2% no ano passado. Em sua projeção anterior para 2025, divulgada em abril, o BM previa um crescimento de 2,1%, dois décimos percentuais a menos do que a nova previsão.

Para 2026, o crescimento será de 2,5%, de acordo com os cálculos atualizados da entidade.

Este ano "espera-se que a taxa de crescimento regional aumente ligeiramente", explicou a instituição, embora tenha alertado que "várias economias individuais estão enfrentando revisões para baixo em suas projeções".

Infomoney - SP   08/10/2025

O faturamento das fábricas brasileiras caiu 5,3% em agosto, de acordo com os Indicadores Industriais divulgados nesta terça-feira, 7, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O desempenho negativo em relação a julho já considera os dados dessazonalizados.

Na comparação com agosto do ano passado, a queda nas vendas do setor foi de 7,6%. Mesmo com a quarta queda no indicador em seis meses, o desempenho de janeiro a agosto deste ano ainda é 2,9% melhor que o registrado nos primeiros oito meses de 2024.

Já o emprego industrial ficou estagnado pelo quarto mês consecutivo. Na comparação com agosto do ano passado, o crescimento é de 1,5%, com alta de 2,2% no acumulado de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. Em paralelo, a massa salarial real na indústria caiu 0,5% no mês e recua 2,0% no ano, enquanto o rendimento médio real dos trabalhadores do setor tem quedas de 0,6% e 4,1%, respectivamente.

O Estado de S. Paulo - SP   10/10/2025

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou setembro com alta de 0,48%, ante um recuo de 0,11% em agosto, informou nesta quinta-feira, 9, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa acumulada pela inflação no ano ficou em 3,64%. O resultado acumulado em 12 meses foi de 5,17% até setembro, ante taxa de 5,13% até agosto.

O porcentual de setembro ficou abaixo da mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, de 0,52%, com intervalo entre 0,46% e 0,58%.

O grupo Habitação foi o responsável pela maior variação (2,97%) e maior impacto (0,45 p.p.) no índice de setembro. Foi a maior alta do grupo desde fevereiro de 2025 (4,44%). "Considerando os meses de setembro, a alta do grupo foi a maior desde 1995, quando subiu 4,51%", afirmou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.

A principal influência veio da energia elétrica residencial, que saiu de -4,21% no mês anterior para 10,31% em setembro, registrando o maior impacto individual (0,41 p.p.) na taxa de setembro.

O Estado de S. Paulo - SP   13/10/2025

O presidente Donald Trump disse nesta sexta-feira, 10, que imporia uma tarifa de 100% sobre todos os produtos da China em resposta às restrições anunciadas por Pequim nesta semana sobre minerais críticos, especialmente as terras raras — estratégicas para tecnologias de ponta, dos carros elétricos à indústria bélica. As declarações levam a uma nova escalada de tensões entre as maiores economias do mundo.

No Truth Social, o republicano escreveu que as tarifas entrariam em vigor em 1º de novembro e seriam impostas "além" de outras tarifas sobre exportações chinesas, que em muitos casos já estão na casa dos dois dígitos. Os Estados Unidos também imporiam controles de exportação sobre softwares críticos, disse ele.

O anúncio ocorreu após uma publicação na manhã desta sexta-feira na qual o presidente americano ameaçou retaliar e cancelar uma reunião com o líder chinês, Xi Jinping, programada há semanas.

O presidente chamou as restrições impostas pela China esta semana às suas exportações de terras raras de "sinistras e hostis" e disse que elas "tornariam a vida difícil para praticamente todos os países do mundo". Ele acrescentou que havia planejado se encontrar com Xi em duas semanas em uma conferência econômica internacional na Coreia do Sul, "mas agora parece não haver razão para isso".

"Uma das políticas que estamos calculando neste momento é um aumento massivo de tarifas sobre produtos chineses que entram nos Estados Unidos", escreveu ele. "Há muitas outras contramedidas que também estão sendo seriamente consideradas."

Os mercados estremeceram, com o índice S&P 500 caindo mais de 2%.

IstoÉ Dinheiro - SP   14/10/2025

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,523 bilhão na segunda semana de outubro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 13, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,928 bilhões e importações de US$ 5,404 bilhões.

No ano, de janeiro a outubro de 2025, o superávit soma um total de US$ 47,977 bilhões, resultado de US$ 269,363 bilhões em exportações e US$ 221,386 bilhões, bilhões em importações.

O superávit do acumulado deste ano é 17,4% menor que o do mesmo período de 2024 (quando estava em US$ 62,794 bilhões).

Globo Online - RJ   14/10/2025

As exportações da China cresceram no ritmo mais rápido em seis meses, superando amplamente as previsões — um sinal de resiliência que dá a Pequim uma posição mais forte na mais recente guerra comercial com os Estados Unidos.

As exportações aumentaram 8,3% em setembro em relação ao ano anterior, chegando a US$ 328,6 bilhões, o maior total mensal de 2025 até agora, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas, divulgados nesta segunda-feira. O avanço foi superior à estimativa mediana de 6,6% em uma pesquisa da Bloomberg com economistas, e mostra que ainda não há sinais de desaceleração no fluxo recorde de produtos que deixam os portos chineses.

Os embarques para os Estados Unidos despencaram 27% — no sexto mês consecutivo de quedas de dois dígitos —, mas essa retração foi mais do que compensada pelo forte crescimento das vendas para regiões como a União Europeia. No total, as exportações para destinos fora dos EUA aumentaram 14,8%, o ritmo mais rápido desde março de 2023.

— As exportações da China permaneceram resilientes apesar das tarifas americanas, graças à diversificação de mercados e à forte competitividade — disse Michelle Lam, economista para a Grande China do Societe Generale SA. — O impacto limitado das tarifas dos EUA sobre o comércio total até agora provavelmente encorajou a China a adotar uma postura mais firme nas negociações comerciais entre os dois países.

IstoÉ Dinheiro - SP   15/10/2025

O Fundo Monetário Internacional (FMI) melhorou a projeção de crescimento do Brasil este ano, mas passou a ver uma desaceleração mais intensa em 2026, citando o impacto das tarifas dos Estados Unidos e apontando sinais de moderação da atividade, mostrou relatório divulgado nesta terça-feira, 14.

O relatório Perspectiva Econômica Global mostrou que o FMI prevê agora expansão de 2,4% do Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) este ano, 0,1 ponto percentual a mais do que na projeção feita em julho. Mas para 2026 a conta foi reduzida em 0,2 ponto, a 1,9%.

"No Brasil, sinais de moderação estão aparecendo em meio às políticas monetária e fiscal apertadas", ressaltou o FMI.

A projeção do FMI para a economia brasileira este ano é ligeiramente melhor do que a do governo, que prevê uma expansão de 2,3%. Para 2026, entretanto, o Ministério da Fazenda está mais otimista, com uma estimativa de crescimento de 2,4%.

No segundo trimestre, a atividade econômica do Brasil cresceu 0,4% sobre os primeiros três meses do ano, de acordo com dados do IBGE, um resultado que confirmou as expectativas de enfraquecimento em meio à política monetária restritiva. O IBGE divulgará os dados do PIB no terceiro trimestre em 4 de dezembro

Exame - SP   16/10/2025

Os preços ao consumidor voltaram a cair em setembro na China, mais do que o esperado, em um contexto de gastos baixos dos lares e pressão deflacionista persistente.

O gigante asiático enfrenta dificuldades com suas exportações e um consumo interno fraco desde a pandemia de Covid-19, devido, em particular, à crise prolongada no setor imobiliário.

Deflação e suas implicações para a economia chinesa

O índice de preços ao consumidor (IPC), um indicador-chave da inflação, caiu 0,3% em setembro em comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Escritório Nacional de Estatísticas.

A queda foi maior do que o previsto por economistas consultados pela agência Bloomberg (-0,2%), mas menor do que a registrada em agosto (-0,4%).

Embora apreciada pelos consumidores, a deflação é considerada um fenômeno perigoso para a economia, pois incentiva as famílias a adiar as compras, na esperança de que os preços caiam ainda mais.

Globo Online - RJ   17/10/2025

A economia brasileira voltou a crescer em agosto, mas menos do que os analistas esperavam. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) — uma espécie de prévia do PIB — subiu 0,4% em relação a julho, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira.

O resultado ficou abaixo das projeções do mercado, que esperavam um avanço de cerca de 0,7%, segundo levantamento do Valor Data com 20 consultorias e instituições financeiras. As estimativas variavam entre 0,1% e 1,1%.

O IBC-Br é usado pelo Banco Central para acompanhar o ritmo da economia e ajuda a orientar as decisões sobre a taxa de juros no país.

CNN Brasil - SP   20/10/2025

Uma projeção do CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgada nesta sexta-feira (17) aponta que as importações brasileiras irão atingir um número recorde em 2025. Segundo informe trimestral da confederação, a medida pode afetar a balança comercial do país, influenciada por preços mais baixos praticados no exterior e maior demanda do Brasil por importados.

A CNI estima que o Brasil gaste US$ 287,1 bilhões em importações, um aumento de 4,8% quando comparado a 2024. A balança comercial brasileira — diferença entre o valor das exportações e o das importações de um país durante um período específico — continuaria em superávit, contudo, em US$ 60,5 bilhões, 8,2% inferior ao passado.

Em 2024, a balança comercial brasileira foi superavitária, marcando US$ 74,6 bilhões. As importações marcaram com US$ 262,5 bilhões, com destaque para os bens de capital.

O relatório também destaca que apenas até setembro deste ano as compras brasileiras de produtos do exterior já acumularam US$ 212,3 bilhões, 8,2% a mais do que o mesmo intervalo de tempo há um ano.

IstoÉ Dinheiro - SP   20/10/2025

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,7% em agosto ante julho, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV). Na comparação com agosto de 2024, houve crescimento de 1,3% em agosto de 2025. A taxa acumulada em 12 meses até agosto foi de 2,7%.

Segundo a FGV, embora o consumo das famílias mostre enfraquecimento, a atividade econômica exibe "notável resiliência".

"Os três grandes setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços), contribuíram positivamente para o crescimento de 0,7% da economia em agosto, na comparação com julho. Ressalta-se, contudo, que pela ótica da demanda, houve retração do consumo das famílias pelo terceiro mês consecutivo; componente que representa mais de 60% do PIB. Este padrão mostra sinais de enfraquecimento de um componente que teve papel de destaque como um dos principais motores do crescimento da economia brasileira nos últimos anos. Tais resultados reforçam que há pontos de atenção relevantes na economia, porém, também há notável resiliência, que se reflete no crescimento de 0,7%", apontou Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB – FGV, em nota oficial.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

No trimestre móvel terminado em agosto de 2025 ante o trimestre encerrado em agosto de 2024, o PIB avançou 1,4%. Sob a ótica da demanda, o consumo das famílias ficou estável (0,0%) nesse tipo de comparação.

O Estado de S. Paulo - SP   20/10/2025

A gestora Pátria Investimentos anunciou o fechamento da captação de seu quinto fundo especializado em aportes em projetos de infraestrutura, o Pátria Infraestrutura V. Foram R$ 15,4 bilhões (ou cerca de US$ 2,9 bilhões), no que se tornou o maior fundo para o setor já criado na América Latina.

"Essa captação, bem maior do que a anterior, é um termômetro do interesse dos investidores globais na América Latina, que tem um gargalo monumental em infraestrutura", afirma André Sales, sócio-gerente do Pátria Investimentos e CEO do Pátria Infraestrutura. O fundo anterior, o Pátria Infraestrutura IV, havia captado R$ 10 bilhões, no segundo semestre de 2020.

Com R$ 266 bilhões em ativos sob gestão, o Pátria tem R$ 40 bilhões apenas alocados em projetos do setor. Já investiu em mais de 30 empresas da área, principalmente em Brasil, Chile e Colômbia. Entre os segmentos investidos, estão estradas, data centers, operações de dessalinização de água, energia renovável e mobilidade elétrica.

Como a maior parte dos projetos de infraestrutura são erguidos com base em financiamentos de longo prazo (os chamados project finance, no jargão do mercado), que respondem por 75% do capital investido, o Pátria V tem capacidade movimentar R$ 60 bilhões em obras na região.

Segundo Sales, parte relevante dos investidores de fundos anteriores fizeram novos aportes no Pátria Infraestrutura V, mas também há novos investidores. Muitos deles são da Ásia, bem como Europa, Estados Unidos, além da própria América Latina. Entre os tipos de investidores há fundos soberanos, de pensão, patrimoniais (endowments), gestoras de ativos, seguradoras e instituições de desenvolvimento financeiro.

Cada fundo de infraestrutura do Pátria tem ciclos de duração que levam de três a cinco anos para a execução dos investimentos e, em média, de 12 anos entre o aporte e a saída do negócio. Os fundos Pátria II e III já foram totalmente desinvestidos e o IV deve iniciar o processo de desinvestimento gradual a partir do próximo ano.

Exame - SP   20/10/2025

A indústria brasileira é o setor mais afetado pela política monetária contracionista adotada pelo Banco Central em 2025, segundo o Informe Conjuntural do 3º trimestre divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A taxa básica de juros mantida em 15% ao ano tem encarecido o crédito, restringido investimentos e provocado queda na produção de segmentos sensíveis ao financiamento, como a indústria de transformação e a construção civil.

De acordo com o relatório, o PIB da indústria de transformação deve crescer apenas 0,7% neste ano, menos da metade da estimativa anterior. A construção civil também perdeu força e deve avançar 1,9%, ante a projeção de 2,2%, diante da redução nas vendas de materiais, menor produção de insumos e queda da confiança empresarial.

No documento, a CNI destaca que, sem o desempenho positivo da indústria extrativa, o resultado do setor industrial seria negativo.

IstoÉ Dinheiro - SP   21/10/2025

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,108 bilhão na terceira semana de outubro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 20, o valor foi alcançado com exportações de US$ 7,085 bilhões e importações de US$ 5,976 bilhões.

No ano, de janeiro a outubro de 2025, o superávit soma um total de US$ 48,776 bilhões, resultado de US$ 276,143 bilhões em exportações e US$ 227,367 bilhões em importações.

O Estado de S. Paulo - SP   21/10/2025

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) aprovaram R$ 14 bilhões em financiamentos a projetos de inovação entre janeiro e setembro deste ano, no âmbito do plano Nova Indústria Brasil (NIB), segundo dados antecipados com exclusividade ao Estadão/Broadcast.

Para efeito de comparação, as aprovações nesses primeiros nove meses do ano já se igualam ao montante aprovado em todo o ano de 2023, lembrou o banco de fomento.

"A inovação está transformando a base produtiva nacional ao impulsionar novas tecnologias, aumentar a produtividade e fortalecer cadeias estratégicas. Com esses investimentos, o País está gerando empregos qualificados, ampliando a competitividade e colocando a indústria brasileira em um novo patamar de desenvolvimento", declarou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, em nota.

Desde 2023, as duas instituições já aprovaram R$ 57,7 bilhões em crédito para projetos inovadores (R$ 33,4 bilhões da Finep e R$ 24,3 bilhões do BNDES), montante 209% superior às aprovações de crédito para inovação na indústria entre os anos de 2019 e 2022, quando somaram R$ 18,6 bilhões, informou o banco de fomento. Os recursos têm como objetivo apoiar projetos de digitalização, modernização, desenvolvimento de tecnologias, como o carro voador da Eve, inteligência artificial e semicondutores.

Monitor Digital - RJ   22/10/2025

As empresas nos EUA terão ao menos US$ 1,2 trilhão a mais em despesas em 2025 do que o previsto em 1º de janeiro. Boa parte deste fardo trilionário decorre das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump aos demais países. Cerca de 2/3 desses custos, equivalente a mais de US$ 900 bilhões, serão repassados aos consumidores.

As informações constam do estudo "Matemática de margem – Uma despesa de US$ 1,2 trilhão se propaga pelas cadeias de suprimentos em 2025", de Drew Bowers e Daniel J. Sandberg, da S&P. A análise agrega previsões de mais de 15 mil analistas de aproximadamente 9 mil empresas de capital aberto, representando US$ 111 trilhões dos US$ 130 trilhões do mercado global de ações.

"Desde 1º de janeiro de 2025, as previsões de receita consensuais para o ano fiscal de 2025 aumentaram em US$ 600 bilhões, enquanto as expectativas de lucro caíram em US$ 300 bilhões, criando uma ‘cunha’ de US$ 907 bilhões. A divergência implica que as empresas estão renunciando à margem de lucro para compensar o aumento dos custos, com parte do ônus repassado aos clientes", analisam Bowers e Sandberg.

Ao estender a análise para além das empresas cobertas pelos analistas, o valor chega a US$ 1,2 trilhão em 2025. "Como as empresas sem cobertura de analistas tendem a ser menores e menos diversificadas, o valor de US$ 1,2 trilhão deve ser visto como um piso, não um teto", adverte o estudo.

Aproximadamente dois terços do ônus dos custos incrementais estão sendo repassados aos consumidores por meio de preços mais altos, enquanto um terço é absorvido internamente por meio de lucros menores. "Com a produção real em declínio, os consumidores estão pagando mais por menos, sugerindo que essa parcela de dois terços representa um limite inferior para seu verdadeiro ônus.

Infomoney - SP   22/10/2025

Os dados da balança comercial da Argentina em setembro mostraram que a China passou o Brasil como principal parceiro comercial, algo que segundo especialistas não acontecia desde novembro de 2022. Especialistas disseram que isso ocorreu pela liberação momentânea das chamadas "retenciones" do agronegócio pelo governo, o que elevou as vendas especialmente de soja para o mercado chinês.

Os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos da Argentina (Indec) mostraram que o país vizinho exportou para o parceiro asiático o equivalente a US$ 1,293 bilhão (15,9% do total), ante US$ 1,170 bilhão (14,4% do total) para o Brasil. E os argentinos compraram US$ 1,816 bilhão de produtos chineses (25,2% das importações), ante US$ 1,722 bilhão (23,9%) do Brasil.

A corrente de comércio, portanto, foi de US$ 3,10 bilhões com a China e de US$ 2,892 bilhões com o Brasil.
A prova do aproveitamento da janela de vendas agrícolas foi que as exportações argentinas para a China subiram 201,7% em setembro ante o mesmo mês do ano passado. Na mesma comparação, as exportações para o Brasil caíram 11,1%.
Fonte: Indec

As vendas para o Brasil no mês caíram US$ 146 milhões devido principalmente às menores exportações de manufaturados industriais. Lideraram essa conta produtos como veículos de carga, trigo e centeio e carros de passeio.

Enquanto isso, os argentinos compraram 12,5% a mais em produtos brasileiros na comparação de setembro de 2025 com o mesmo mês do ano passado. Os produtos que mais se destacaram foram carros de passeio, tratores e semirreboques e veículos de carga.

Infomoney - SP   24/10/2025

O governo federal acumula déficit primário de R$ 100,9 bi, de janeiro até setembro. O valor, embora menor se comparado ao mesmo período do ano passado, acende um alerta sobre o cumprimento da meta orçamentária.

Isso porque o último trimestre trará desafios, como a necessidade de um esforço fiscal adicional de R$ 27,1 bilhões, para cumprir o limite inferior da meta e fechar as contas dentro da tolerância legal. Para chegar ao déficit zero (centro da meta), seriam necessários R$ 58,1 bilhões.

A estimativa considera a perda de arrecadação após a MP 1303 "caducar", e ao resultado das empresas estatais, que ficou abaixo do esperado, segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal de outubro da Instituição Fiscal Independente (IFI).

Dívida pública do Brasil atingirá 82% do PIB em 2026, aponta projeção do IFI

"O alcance das metas previstas nas diretrizes orçamentárias (LDO 2025) demandará um esforço fiscal adicional estimado pela IFI em R$ 27,1 bilhões no último trimestre do ano, consideradas as deduções legais previstas (precatórios e outros abatimentos) e a tolerância de 0,25% do PIB em relação ao centro da meta, como prevista na Lei Complementar nº 200. Pesaram neste quadro desafiador a perda de eficácia da Medida Provisória nº 1.303, de 2025, e a piora no déficit primário das empresas estatais", diz o relatório, assinado pelos diretores da IFI, Marcus Pestana e Alexandre Andrade.
Queda da MP 1303 e R$ 10 bilhões a menos

De acordo com o relatório, o governo federal esperava recolher R$ 10,6 bilhões ainda este ano com a MP 1303, que ficou vigente entre 11 de junho e 8 de outubro, mas "caducou" no Congresso porque os deputados não quiseram votar o texto, levando à derrubada da norma.

Essa perda de arrecadação pode ser compensada com a imitação da execução das despesas discricionárias, apontam os diretores, mas representa um risco adicional para o cumprimento da meta deste ano e de 2026, de acordo com o texto.

Money Times - SP   27/10/2025

O IPCA-15 de outubro, que subiu 0,18% e veio abaixo das projeções do mercado, reforça um cenário mais positivo para a inflação, segundo Rafael Passos, sócio da Ajax Asset.

No entanto, no Giro do Mercado, apresentado pela jornalista Paula Comassetto, o especialista afirmou que o Banco Central (BC) ainda deve manter uma postura cautelosa antes de iniciar o ciclo de cortes de juros.

"Esse quadro é mais favorável do lado inflacionário, mas eles ainda continuam com um peso relevante na hora em que olham a expectativa de inflação", disse.

Segundo ele, o Banco Central deve manter a Selic em 15% por mais tempo, com início do ciclo de corte apenas no primeiro trimestre de 2026.

Passos também comentou o impacto do ambiente internacional, com o Federal Reserve (Fed) caminhando para continuar o ciclo de cortes de juros. O movimento, segundo ele, tende a favorecer o real e a facilitar o trabalho do Comitê de Política Monetária (Copom).

"O real vem se apreciando, surfando esse maior diferencial de juros. Essa expectativa de continuidade de corte (nos EUA) é muito positiva, ajuda o trabalho do Copom para começar a iniciar esse ciclo de afrouxamento", afirmou.

Analista espera que Petrobras (PETR4) traga números fortes

O sócio da Ajax Asset também comentou sobre a Petrobras (PETR4), que deve divulgar ainda nesta sexta-feira (24) o relatório de produção e vendas do terceiro trimestre de 2025 (3T25). Para Passos, os números devem vir bem mais positivos do que no primeiro semestre.

Apesar da perspectiva otimista para a produção, ele ponderou que o aumento de investimentos pode pressionar o fluxo de caixa e reduzir a distribuição de dividendos.

O Estado de S. Paulo - SP   27/10/2025

O ministro Mauro Vieira (Itamaraty) disse nesta segunda-feira, dia 27, que o governo americano concordou com uma cronograma de negociações com o Brasil para chegar a um acordo sobre o tarifaço contra o Brasil, nas próximas semanas.

As reuniões na Malásia não foram suficientes para suspensão das tarifas impostas pelos EUA, como pedido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Donald Trump.

Vieira comentou a reunião de negociação realizada nesta manhã, no horário local da Malásia, a mando de Trump e Lula. Segundo ele, os dois países concordaram com um cronograma de negociação.

Essa era a saída política prevista nos bastidores da diplomacia, caso não houvesse uma concessão maior para suspender o tarifaço, como antecipou o Estadão.

O ministro não anunciou a suspensão das tarifas temporariamente durante esse tempo, como requisitou Lula ao presidente americano. O governo brasileiro não quis estabelecer um prazo, para dar senso de urgência e não prolongar demais a negociação.

"Concordamos em trabalhar para construir um acordo satisfatório para ambas as partes nas próximas semanas. Acordamos um cronograma de reuniões entre as equipes de negociadores com foco nos setores mais afetados pelas tarifas", declarou o chanceler brasileiro.

Eles deixaram o hotel do presidente Lula por volta das 8h da manhã. Do lado brasileiro, participaram o ministro Vieira, o secretário-executivo Márcio Elias Rosa, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e o embaixador Audo Faleiro, assessor-chefe adjunto da Assessoria Especial da Presidência.

"Deveremos ter um acordo nas próximas semanas", disse Elias Rosa. "Os aspectos políticos já não estão mais na mesa, aquilo que nunca poderia ter estado. Hoje fazemos a discussão de um acordo comercial e não de outra natureza."

IstoÉ Dinheiro - SP   28/10/2025

A estimativa do mercado financeiro do Brasil para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,70% para 4,56%, em 2025.

A previsão foi publicada no boletim Focus desta segunda-feira (27), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a projeção de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos do país.

Para 2026, a projeção da inflação também caiu, de 4,27% para 4,20%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,82% e 3,54%, respectivamente.

IstoÉ Dinheiro - SP   29/10/2025

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,767 bilhão na quarta semana de outubro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta terça-feira, 28, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,803 bilhões e importações de US$ 5,036 bilhões.

No acumulado de janeiro a outubro de 2025, o superávit soma US$ 50,407 bilhões, resultado de US$ 282,811 bilhões em exportações e US$ 232,403 bilhões em importações.

Outubro

No mês, até a quarta semana de outubro, o superávit na balança foi de US$ 4,929 bilhões.

Até a quarta semana de outubro, comparado ao mesmo período de outubro de 2024, as exportações cresceram 4,4% e somaram US$ 25,018 bilhões. O desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 20,2% em Agropecuária, que somou US$ 5,524 bilhões; crescimento de 8,1% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 5,586 bilhões e, por fim, queda de 2,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 13,764 bilhões.

Já as importações caíram 2,6% nas quatro semanas de outubro e totalizaram US$ 20,089 bilhões na mesma comparação, com alta de 2,2% em Agropecuária, que somou US$ 390 milhões; queda de 31,5% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 861 milhões e, por fim, queda de 0,8% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 18,709 bilhões.

Veja - SP   29/10/2025

A balança comercial brasileira acumula superávit de US$ 50,41 bilhões no acumulado do ano até outubro, uma queda de 17,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 28, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O resultado foi influenciado principalmente pelo avanço mais forte das importações, que subiram 8%, para US$ 232,40 bilhões, em comparação ao aumento de 2,4%nas exportações, que totalizaram US$ 282,81 bilhões. O movimento indica que o consumo e o investimento internos começam a se reaquecer, mas também pressiona o saldo comercial, que havia atingido recordes históricos em 2023.

No mês de outubro, o país registrou superávit de US$ 4,93 bilhões, alta de 47,3% sobre o mesmo mês do ano anterior. A corrente de comércio mensal teve leve expansão de 1,1%, para US$ 45,11 bilhões. As exportações cresceram 4,4%, somando US$ 25,02 bilhões, enquanto as importações caíram 2,6%, totalizando US$ 20,09 bilhões.

O desempenho do mês foi novamente sustentado pelo agro e pela indústria extrativa, que compensaram o enfraquecimento da indústria de transformação. Até a quarta semana de outubro, a agropecuária registrou avanço de 20,2%, com US$ 5,52 bilhões em embarques, impulsionada pela soja, milho e carnes. A indústria extrativa cresceu 8,1%, para US$ 5,59 bilhões, refletindo o aumento das exportações de minério de ferro e petróleo. Já a indústria de transformação recuou 2%, para US$ 13,76 bilhões, impactada pela desaceleração de economias parceiras e pelas barreiras tarifárias. Especialistas avaliam que o setor industrial tem sido o mais afetado pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos desde agosto, em especial nos segmentos de aço, alumínio, calçados e café processado.

CNN Brasil - SP   30/10/2025

Os juros altos têm um custo que vai muito além dos números dos boletins econômicos. Eles limitam o crédito, freiam o consumo, inibem o investimento produtivo e comprometem a geração de empregos. Em outras palavras: travam o Brasil.

Na prática, a política monetária restritiva tem impedido que famílias e empresas avancem. Para o setor produtivo, o impacto é direto — menos acesso a capital de giro, projetos parados e perda de competitividade. Para os trabalhadores, o resultado é a desaceleração da economia e a redução das oportunidades de renda.

"Não existe crescimento sustentável com juros estratosféricos. Não há espaço para inovação, reindustrialização e crédito acessível. O que se vê é a paralisia dos investimentos produtivos, com sequelas para toda a sociedade", afirma Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Jornal de Brasília - DF   30/10/2025

Donald Trump anunciou seu tarifaço em abril com a promessa de ressurgimento da indústria dos Estados Unidos. Na prática, o efeito tem sido o oposto: há sufocamento da importação de produtos intermediários de que a manufatura americana depende para produzir, vender internamente e exportar.

O resultado tem sido a queda do emprego industrial.

Quase dois terços das exportações dos EUA são de suprimentos industriais e de bens de capital (máquinas e equipamentos), que dependem de importados para ser produzidos. A queda nas vendas para fora deu-se pela perda de competitividade dos americanos, que agora pagam por insumos mais caros. O fato sugere que os EUA estão se afastando das cadeias de fornecimento globais.

Intencionalmente ou não, as tarifas de Trump foram concentradas em bens intermediários e matérias-primas importadas, como a sobretaxa de 50% sobre aço e alumínio, além de uma média de 45% para as compras chinesas, que incluem montanhas de peças e componentes para a manufatura.

As importações de suprimentos americanos para a sua indústria (como esses metais e componentes chineses) representam 22% das compras totais dos EUA e caíram US$ 14,4 bilhões entre março e julho (último dado disponível).

"Em termos relativos, outros países estão ganhando competitividade na indústria em relação aos produtos dos EUA porque Trump aumentou o custo para as empresas americanas produzir", afirma Richard Baldwin, pesquisador do National Bureau of Economic Research, órgão que monitora recessões nos EUA, e professor da IMD Business School, que tem acompanhado esses dados.

Como outros países não subiram tarifas sobre seus insumos industriais, o movimento de Trump resultou no que Baldwin chama de "aperto manufatureiro" (manufacturing squeeze). Canadá e México estariam entre alguns dos beneficiados pela contração da produção e exportações americanas, com aumento de suas participações no mercado global.

O emprego industrial nos EUA declina desde o governo Richard Nixon (1969-1974) e passou a cair mais rapidamente após o lançamento das tarifas de Trump. Entre abril e agosto, 42 mil vagas foram fechadas no setor.

Infomoney - SP   30/10/2025

Os Estados Unidos e a China fecharam uma trégua comercial de um ano após a primeira reunião entre Donald Trump e Xi Jinping em seis anos, durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), em Busan, na Coreia do Sul. O acordo, anunciado na madrugada desta quinta-feira (30), suspende restrições e tarifas que vinham elevando a tensão entre as duas maiores economias do mundo.

Segundo comunicado conjunto, Washington e Pequim adiaram por um ano a implementação de medidas que afetariam setores estratégicos. A China suspendeu os controles de exportação sobre terras raras, enquanto os EUA congelaram a ampliação de restrições tecnológicas a subsidiárias de empresas chinesas.

Trump afirmou que o "problema das terras raras foi resolvido" e descreveu o encontro como "incrível". O presidente disse ainda que as negociações serão revisadas anualmente, mas podem se estender por mais tempo. O entendimento evita a reativação de tarifas que superariam 100% em alguns produtos.

Como parte do acordo, os EUA reduziram de 20% para 10% as tarifas sobre produtos chineses ligados ao fentanil, enquanto Pequim se comprometeu a intensificar o combate à exportação de precursores químicos do opioide. O corte tarifário diminui a taxa média sobre exportações chinesas para 45%.

O Ministério do Comércio da China confirmou que as duas partes também suspenderam por um ano as tarifas aplicadas reciprocamente a embarcações e empresas de logística, e que houve consenso sobre cooperação agrícola, incluindo a retomada das compras chinesas de soja americana.

O comunicado chinês mencionou ainda um compromisso de "resolver adequadamente" questões envolvendo a operação do TikTok nos EUA. Trump declarou que Pequim aceitou a ideia de permitir controle americano sobre a plataforma no território norte-americano.

Os dois governos informaram que Trump visitará a China em abril de 2026 e que Xi fará uma visita recíproca aos EUA.

O Estado de S. Paulo - SP   31/10/2025

As contas do governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) tiveram déficit primário de R$ 14,497 bilhões em setembro, informou o Tesouro Nacional. Em agosto, o rombo havia sido de R$ 15,564 bilhões.

O resultado ficou ligeiramente abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava déficit primário de R$ 15,0 bilhões. Todas as estimativas do mercado eram negativas, de R$ 16,0 bilhões a R$ 3,0 bilhões.

O resultado de setembro representa o maior déficit para o mês desde 2020, quando, em meio à pandemia de covid-19, as contas públicas tiveram rombo de R$ 103,927 bilhões. Em setembro de 2024, as contas do governo central ficaram negativas em R$ 5,438 bilhões, em valores reais, sem correção pela inflação.

As despesas do governo central tiveram alta real de 5,7% em setembro, frente ao mesmo mês de 2024. A receita total cresceu 2,7% na mesma base de comparação.

De janeiro a setembro de 2025, o governo central tem déficit primário de R$ 100,385 bilhões — o melhor para o período desde 2022, quando houve superávit de R$ 37,668 bilhões, em números corrigidos pelo IPCA. No mesmo período de 2024, o resultado era negativo em R$ 103,573 bilhões, sem correção pelo IPCA. As despesas têm alta real de 2,8% no acumulado do ano, até setembro, e as receitas totais, de 3,8%.

No acumulado de 12 meses até setembro, o déficit primário do governo central soma R$ 35,6 bilhões, o equivalente a 0,32% do Produto Interno Bruto (PIB). As despesas obrigatórias somam 17,25% do PIB, e as discricionárias, 1,49%.

A meta fiscal de 2025 é de déficit zero, com tolerância de 0,25% do PIB para mais ou para menos. No último Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, o governo previa atingir um rombo de R$ 30,2 bilhões nas contas públicas. O limite inferior da meta é um déficit de R$ 31 bilhões. O limite de despesas para 2025 é fixo em R$ 2,249 trilhões neste ano.

IstoÉ Dinheiro - SP   31/10/2025

O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) passou a cair 0,36% em outubro, depois de ter registrado alta de 0,42% no mês anterior, um recuo maior do que o esperado, mostraram dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 30.

Com o resultado do mês, o índice – também chamado de "inflação do aluguel" – passou a acumular em 12 meses avanço de 0,92%, bem abaixo da inflação oficial do país medida pelo IPCA.

A expectativa em pesquisa da Reuters era de queda de 0,22% em outubro.

Entenda o índice

O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.

Valor - SP   31/10/2025

País perde 21 postos em lista e cai para a 59ª posição no 2º trimestre, em cenário de juros altos e endividamento das famílias

O Brasil caiu da 38ª posição do primeiro trimestre para 59ª no segundo trimestre em ranking de desempenho da indústria de transformação, em comparação entre 79 países, segundo estudo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) antecipado com exclusividade ao Valor. O trabalho foi produzido a partir de dados da Unido (United Nations Industrial Development Organization, agência da ONU para promover o desenvolvimento industrial).

O juro é, sem qualquer surpresa, a principal razão citada por economistas para a mudança do posicionamento do Brasil na classificação a curto prazo, além do maior nível de endividamento das famílias. A diferença de desempenho da atividade industrial do país e de outras nações, no entanto, também é explicada por fatores mais estruturais que tradicionalmente afetam o setor no país, como baixa produtividade, burocracia, problemas de infraestrutura e carga tributária elevada e complexa, apontam.

Os dados mostram o desempenho até o segundo trimestre, mas dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física (PIM-PF), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que a trajetória de desaceleração se manteve nos últimos meses.

Para especialistas, o fim de 2025 e o começo de 2026 ainda são de apreensão. E, mesmo que expectativas mais otimistas sobre redução de juros nos primeiros meses de 2026 se confirmem, o efeito positivo ainda deve demorar a aparecer na atividade industrial.

MINERAÇÃO

Revista Mineração - SP   16/10/2025

As importações de minério de ferro pela China em setembro atingiram recorde para um único mês, com um aumento de 10,6% em relação ao mês anterior. O resultado reflete a melhora na demanda e preços mais altos, que fizeram com que as mineradoras aumentassem os embarques.

No total, a China importou 116,33 milhões de toneladas de minério de ferro no mês passado, ficando acima de 100 milhões de toneladas pelo quarto mês consecutivo. Os dados são da Administração Geral de Alfândega e o volume importado em setembro superou em 11,7% as 104,13 milhões de toneladas registradas no mesmo mês de 2024.

Os preços do minério de ferro permanecem acima dos US$ 100 por tonelada desde julho. O preço médio do produto subiu 5,3% em julho na comparação com o mês anterior e, em seguida, avançou 2,5% em agosto e 3,6% em setembro, segundo dados da consultoria Steelhome.

A demanda na China, maior consumidora de minério de ferro, também aumentou depois que algumas usinas retomaram a produção após as restrições impostas por um desfile militar no início de setembro.

A produção média diária de metal quente, normalmente um indicador da demanda de minério, subiu para 2,42 milhões de toneladas no final de setembro, de 2,4 milhões de toneladas no final de agosto, segundo dados da consultoria Mysteel.

Nos três primeiros trimestres de 2025, as importações de minério de ferro da China totalizaram 917,69 milhões de toneladas, mantendo-se estáveis em relação ao ano anterior.

Infomoney - SP   16/10/2025

Os contratos futuros do minério de ferro caíram nesta quarta-feira pela segunda sessão consecutiva, impulsionados por preocupações com as perspectivas de demanda decorrentes do agravamento da disputa comercial entre China e EUA e do aumento dos estoques de aço na China.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na terça-feira que Washington estava considerando encerrar alguns laços comerciais com a China.

Em outro sinal de tensões entre as duas maiores economias do mundo, que pesaram sobre o sentimento do mercado e pressionaram os preços das commodities, EUA e China começaram a cobrar, na terça-feira, taxas portuárias adicionais das empresas de transporte marítimo um do outro.
O contrato de janeiro do minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian (DCE) da China encerrou as negociações do dia com perda de 1,46%, a 776,5 iuanes (US$108,97) por tonelada. O contrato atingiu uma mínima de mais de um mês na terça-feira.

O minério de ferro de referência para novembro na Bolsa de Cingapura caiu 0,45%, para US$104,7 por tonelada.

Também pesou sobre os preços do principal ingrediente siderúrgico o acúmulo de estoques de aço, o que pode pressionar as cotações do produto, reduzir as margens de lucro e enfraquecer o apetite das usinas por novas matérias-primas.

"Os dados mais recentes mostraram que os estoques de aço continuaram a acumular, alimentando preocupações sobre as perspectivas de demanda de minério", disse Zhuo Guiqiu, analista da corretora Jinrui Futures.

"A produção de metais quentes pode sofrer novas quedas em meio a perdas cada vez maiores em algumas usinas."

No curto prazo, entretanto, a demanda de minério permaneceu forte, dando suporte aos preços, de acordo com analistas da Everbright Futures.

A produção diária de aço bruto entre as siderúrgicas associadas nos primeiros 10 dias de outubro subiu 7,5% em relação ao nível correspondente de 10 dias em setembro, segundo dados da Associação de Ferro e Aço da China.

Valor - SP   22/10/2025

A maior fonte de faturamento foi o minério de ferro, que movimentou R$ 39,8 bilhões no período, alta de 27% em relação ao terceiro trimestre do ano passado

O setor mineral encerrou o terceiro trimestre com faturamento de R$ 76,2 bilhões, o que representou um aumento de 34% em relação ao mesmo intervalo de 2024. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

A maior fonte de faturamento foi o minério de ferro, que movimentou R$ 39,8 bilhões, alta de 27% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. O faturamento com ouro, por sua vez, cresceu 58%, para R$ 9,6 bilhões. E a receita com cobre avançou 85% no período, para R$ 7,3 bilhões.

Em relação aos Estados, Minas Gerais liderou em faturamento, com R$ 30 bilhões registrados, seguido pelo Pará (R$ 26,5 bilhões) e Goiás (R$ 3,4 bilhões).

A arrecadação total de impostos e tributos aumentou 34,4%, para R$ 26,3 bilhões. A arrecadação de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) ficou estável em R$ 2 bilhões.

Júlio Nery, diretor de assuntos minerários do Ibram, disse que o período seco favoreceu o aumento da produção, especialmente das minas de ferro a céu aberto. "O preço do ouro também influenciou bastante no aumento do faturamento", afirmou Nery.

CNN Brasil - SP   28/10/2025

O minério de ferro, o mais importante da mineração nacional, deve ser contemplado pela Política Nacional dos Minerais Críticos, que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados.

Segundo fontes do Congresso e do governo ouvidas pela CNN Brasil, há um consenso entre o Executivo e o Legislativo para enquadrar o ferro como um minério "estratégico" para o Brasil na versão final do texto, que deve ser apresentada ainda em novembro pelo relator, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).

Com isso, o ferro, responsável por 52% do faturamento e 65% das exportações do setor mineral, passaria a ter acesso aos benefícios tributários que serão incluídos na proposta.

A justificativa que será utilizada é que o ferro integra dois grupos: o de minerais essenciais para produtos e processos de alta tecnologia e o de minerais fundamentais para a balança comercial, por garantirem superávit.

Nos bastidores, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é um dos principais defensores da ideia. Ele tem se aproximado do setor privado e considera válidos os argumentos apresentados pelas mineradoras. A Vale e a Anglo American são duas que têm feito a interlocução, segundo relatos de mineradoras ouvidas pela reportagem.

A Fazenda, no entanto, tem reiterado em todas as reuniões sobre o tema ser contrária à concessão de novos benefícios fiscais. O ministério reconhece a relevância do setor para a economia nacional, mas avalia que ampliar incentivos iria na contramão da política econômica em vigor.

AUTOMOTIVO

Automotive Business - SP   03/10/2025

A Fenabrave, que é a associação que representa o setor de distribuição de veículos no país, revisou para baixo as suas projeções de vendas para o segmento de automóveis em 2025.

Na quinta-feira, 2, a entidade apresentou o seu último prognóstico para o ano, o qual mostrou um mercado de carros e comerciais leves 3% maior do que aquele registrado no ano passado, somando 2,559 milhões de unidades.

Na última projeção realizada pela entidade, em julho, a aposta era de que o mercado de leves encerraria o ano 5% maior do que no ano passado.

O panorama está de certa forma mais pessimista do que aquele que as montadoras projetaram em agosto. Para a Anfavea, o mercado de leves será 5,6% maior ante 2024.

Os motivos que justificam a revisão das expectativas para baixo, no entanto, são os mesmos: crédito caro e escasso, além da inflação.

Infomoney - SP   03/10/2025

As vendas de veículos tiveram no mês passado crescimento de 2,9% frente a setembro de 2024, somando 243,3 mil unidades, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. Na comparação com agosto, a alta nos emplacamentos foi de 8%, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira, 2, pela Fenabrave, a entidade que representa as concessionárias de automóveis.

Com o resultado, as vendas acumuladas desde o início de 2025 chegam a 1,91 milhão de veículos, 2,8% acima do volume vendido nos nove primeiros meses do ano passado, confirmando uma desaceleração após a alta de 14% do ano passado.

Valor - SP   08/10/2025

Segundo a pesquisa, as cidades de Santiago, São Paulo e Bogotá lideram os investimentos

A América Latina investiu mais de R$ 23 bilhões, equivalentes a US$ 4,4 bilhões, em ônibus elétricos entre 2017 e 2025. É o que aponta levantamento feito pela Parceria Zebra, coliderada pela rede global de cidades C40 e pelo Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT).

O relatório levou em conta as frotas de Brasil, Chile, Colômbia e México. Segundo a pesquisa, as cidades de Santiago (Chile), São Paulo e Bogotá (Colômbia) lideram os investimentos, representando quase 75% do total.

Em números totais, o país que tem a maior frota de e-ônibus é o Chile, com 2.696, seguido por Colômbia, com 1.590; e Brasil, com 898. Em último lugar está o México, com 407.

Globo Online - RJ   09/10/2025

Após uma dura queda em agosto, causada sobretudo pelo mercado de caminhões, o setor automotivo brasileiro voltou a crescer em setembro. As vendas de veículos aumentaram 7,9% em relação ao mês anterior, alcançando 243,2 mil unidades, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Na comparação com o mesmo mês de 2024, o aumento foi de 2,9%. Segundo a entidade, o Programa Carro Sustentável alavancou as vendas em 24%. A medida do governo federal busca estimular a produção e o consumo de veículos menos poluentes.

— Houve recuo de mais de 8% nas vendas dos produtos nacionais no varejo, que só não foi maior por conta do Programa Carro Sustentável — disse o presidente da Anfavea, Igor Calvet.

Calvet acrescentou que dois mercados ainda geram incertezas para o setor: os Estados Unidos e a Argentina. No caso americano, há sinais de que a relação com o Brasil pode caminhar para a estabilidade. Já a Argentina, apesar das turbulências políticas, tem ampliado suas compras de veículos brasileiros.

Fenômeno vai de 0 a 100 km/h em 2,4s e supera 350 km/h

Apesar do bom desempenho nas vendas, a produção desacelerou. O país fabricou 243,4 mil veículos em setembro, uma queda de 1,5% em relação a agosto, influenciada principalmente pela redução na produção de caminhões e outros veículos pesados. Frente ao mesmo mês do ano passado, houve um avanço de 5,8%.

Em agosto, a indústria havia produzido 247 mil unidades, crescimento de 3% sobre julho, mas a queda nas vendas foi de 7,3%.

Segundo Calvet, a retração no segmento de caminhões segue sendo um grande problema para o setor. No acumulado de janeiro a setembro, as vendas de veículos pesados caíram mais de 20%. A taxa Selic em 15% ao ano também tem freado o mercado.

Jornal de Brasília - DF   09/10/2025

Entre janeiro e setembro deste ano, o Brasil já exportou mais veículos do que em todo o ano de 2024, divulgou nesta quarta-feira, 8, a Anfavea, entidade que representa as montadoras do País. Nos primeiros nove meses deste ano, os embarques somaram 430,8 mil veículos, ante pouco mais de 398 mil unidades em todo o ano passado.

Nos primeiros nove meses deste ano, as exportações cresceram 51,6% na comparação com igual período de 2024. Os números refletem, sobretudo, a retomada das compras da Argentina aos veículos brasileiros. Apesar do crescimento dos embarques neste ano, o cenário dos próximos meses ainda inspira alguma preocupação, conforme detalhou o presidente da entidade, Igor Calvet.

Ele destaca, sobretudo, o fim do acordo comercial de exportações de veículos do Brasil para a Colômbia.

Valor - SP   14/10/2025

Indústria automotiva brasileira tem sentido os efeitos do aperto monetário, apontado como fator que tem freado o ritmo de produção do setor

Os embarques brasileiros de veículos para a Colômbia, terceiro principal destino das exportações do Brasil, cresceram 55,2% no acumulado deste ano. A alta não é por acaso: Terminou, em 30 de setembro, o acordo bilateral entre os dois países que previa a venda anual de até 50 mil veículos do Brasil sem tarifas de importação.

Para o presidente da Anfavea, Igor Calvet, o salto dos embarques para aquele país foi influenciado por um movimento de antecipação das exportações, diante da expectativa do fim do acordo, em vigor desde 2017.

"O que nós temos agora são ainda 11 mil veículos da cota remanescente dos dois primeiros anos do acordo, que poderão ser usados, na visão brasileira, até o final de 2026. Há ainda uma discussão jurídica, sobretudo por parte dos colombianos, de que esse volume restante deve ser usado até o final deste ano", disse ele, na quarta-feira (8), em coletiva que apresentou os dados de setembro do setor.

De todo modo, a dúvida que paira é se os veículos brasileiros, que agora serão taxados em 16,1%, continuarão competitivos para o mercado colombiano ou se serão substituídos pelos veículos de outros países com os quais a Colômbia já possui acordos de livre comércio.

Money Times - SP   16/10/2025

As vendas globais de veículos elétricos e híbridos plug-in aumentaram 26% em setembro em relação ao ano anterior, atingindo um recorde de 2,1 milhões de unidades, impulsionadas pela forte demanda na China e por uma corrida tardia por incentivos fiscais nos Estados Unidos, segundo dados da empresa de pesquisa de mercado Rho Motion divulgados nesta quarta-feira (15).

A China foi responsável por cerca de dois terços das vendas globais, com cerca de 1,3 milhão de unidades, enquanto a América do Norte também atingiu um recorde, com norte-americanos correndo para garantir incentivos antes que expirassem, disse o gerente de dados da Rho Motion, Charles Lester.

A China é o maior mercado de automóveis do mundo e responde por mais da metade das vendas globais de veículos eletrificados, que nos dados da Rho Motion incluem veículos elétricos e híbridos plug-in.

A Europa também atingiu um novo recorde, ajudada pelos incentivos na Alemanha e pela forte demanda no Reino Unido. O lançamento de uma versão mais barata do Model Y, da Tesla, no continente deve intensificar ainda mais a concorrência nos próximos meses.

As vendas globais de veículos elétricos e híbridos plug-in aumentaram 26%, atingindo um recorde de 2,1 milhões de unidades em setembro, segundo dados da Rho Motion.

Valor - SP   16/10/2025

As vendas de veículos, motocicletas, partes e peça cresceram 2,3% de julho para agosto, pelos dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o varejo ampliado – do qual o segmento faz parte – avançou 0,9%. Em igual base de comparação, o aumento do varejo restrito – que não inclui veículos nem construção – foi de 0,2%.

Na avaliação do gerente da pesquisa, Cristiano Santos, o programa do governo Carro Sustentável e o aumento do crédito para aquisição de veículos explicam o desempenho de agosto.

"O Programa Carro Sustentável, que dá incentivos para compra de carros menos poluentes, começou em meados de julho e isso contribuiu positivamente para as vendas. Além disso, houve aumento do crédito", afirmou.

Em julho, o segmento já tinha registrado ritmo mais intenso de expansão que os demais. As vendas de veículos subiram 1,4%, enquanto houve alta de 1,8% no varejo ampliado e recuo de 0,2% no varejo restrito.

No mês de agosto, o crédito à pessoa física para aquisição de veículos aumentou 0,5. Neste caso, Santos ponderou que nem sempre tem ocorrido uma relação direta entre o nível elevado de juros da economia e o impacto entre o crédito.

"Os juros estão até contraditórios. A alta de juros tem efeito no crédito e aí no consumo. Mas esse mês o crédito voltou a crescer, tanto para pessoa física para veículos", disse

O Estado de S. Paulo - SP   20/10/2025

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto para impor tarifas sobre importações de veículos médios e pesados, peças e ônibus, com o objetivo manifesto de fortalecer a indústria americana e proteger a segurança nacional.

O documento, divulgado pela Casa Branca, cita a tarifa de 25% sobre importações de caminhões médios e pesados e peças de caminhões — alíquota anunciada pelo republicano no início de outubro.

De acordo com a nota, a tarifa sobre peças de caminhões médios e pesados se aplicará a peças-chave, incluindo motores, transmissões, pneus e chassis. Ainda, o texto menciona uma tarifa de 10% sobre importações de ônibus, incluindo ônibus escolares, ônibus de trânsito e ônibus de turismo.
Como ficam as outras tarifas

O governo Trump explica que os produtos sujeitos a tarifas sob o decreto não estarão sujeitos a tarifas setoriais adicionais ou existentes sobre aço, alumínio, cobre, automóveis e peças de automóveis, e madeira. "Eles também não estarão sujeitos a tarifas recíprocas ou às tarifas impostas ao Canadá, México, Brasil ou Índia", acrescenta.

Globo Online - RJ   24/10/2025

A Europa pode enfrentar uma nova crise de semicondutores nos próximos dias, com impacto direto sobre a indústria automotiva, após a escalada de um conflito diplomático entre a Holanda e a China envolvendo a fabricante de chips Nexperia.

De acordo com a Bloomberg, tensão começou quando o ministro holandês da Economia, Vincent Karremans, de 38 anos, decidiu vetar a influência dos acionistas chineses na empresa, sediada em Nijmegen, alegando riscos à segurança nacional. A decisão foi tomada após pressões dos Estados Unidos, que vêm impondo restrições comerciais à Nexperia por sua ligação com a chinesa Wingtech Technology, controlada parcialmente por entidades ligadas ao Estado chinês.

A reação de Pequim foi imediata: o governo chinês bloqueou a comunicação entre a Nexperia e sua fábrica na China, o que já começou a afetar o fornecimento de chips para clientes do setor automotivo no Japão e na Europa. A empresa alertou que não poderá garantir a entrega de componentes essenciais a fabricantes como Volkswagen e Stellantis caso a situação não se normalize rapidamente.

A intervenção holandesa, inédita desde a Guerra Fria, foi possível graças à aplicação de uma lei de 1952 sobre a disponibilidade de bens essenciais, que permite ao Estado assumir controle temporário de empresas estratégicas em caso de emergência. O caso levou à destituição do executivo Zhang Xuezheng, fundador da Wingtech, acusado de transferir operações da empresa para fora da Europa e firmar contratos suspeitos avaliados em até US$ 130 milhões.

Segundo o Ministério da Economia da Holanda, as medidas foram necessárias para evitar que "a expertise europeia da Nexperia desaparecesse completamente", o que teria consequências "incalculáveis" para o setor de semicondutores europeu.

Analistas alertam que as montadoras europeias podem ser forçadas a interromper linhas de produção em até 10 dias se o fornecimento não for retomado.

O Estado de S. Paulo - SP   24/10/2025

Muita gente pergunta se os carros elétricos vão dominar a frota nacional. A resposta é, clara: não. Pelo menos no futuro próximo. Afinal, além de todo um jogo de interesses por trás dos motores a combustão (desde plantações de cana-de-açúcar, à exploração de petróleo e postos de combustíveis), tem ainda o fato da infraestrutura longe do ideal e, também, o alto custo. Para se ter ideia, o carro elétrico mais barato do Brasil (Renault Kwid E-Tech) ainda custa salgados R$ 21.300 a mais do que o modelo mais em conta com motor flex, o Renault Kwid. Mas o aumento gradual nas vendas de modelos eletrificados (termo que engloba propulsão elétrica e as híbridas convencional e plug-in), sim. Isso já é notável, e tende a crescer ainda mais.

De acordo com projeção realizada pela Strategy&, consultoria estratégica da PwC Brasil, o Brasil terá 35 milhões de veículos eletrificados no Brasil até 2040. A empresa afirma que, a partir de 2027 (com a ampliação da produção local, já encabeçada por BYD e GWM, e a entrada de mais fabricantes no Brasil), o crescimento em ritmo acelerado deve registrar aumento anual médio de 106% - pelo menos até 2029.

As vendas de eletrificados no acumulado do ano (janeiro a setembro) tiveram aumento de 20,4% na comparação com o mesmo período do ano passado. No total, foram 147.602 emplacamentos de elétricos, híbridos e híbridos plug-in em todo o País.

CNN Brasil - SP   30/10/2025

As montadoras globais estão se esforçando para encontrar chips e verificando se os fornecedores têm estoques suficientes, já que uma crescente crise no fornecimento de semicondutores relacionada à empresa holandesa Nexperia ameaça a produção de automóveis em todo o setor.

Pequim proibiu as exportações de produtos da Nexperia a partir da China depois que o governo holandês assumiu o controle operacional da fabricante de chips no mês passado, citando preocupações com a transferência de tecnologia para sua controladora chinesa, a Wingtech -- algo apontado pelos Estados Unidos como um possível risco à segurança nacional.

A Nissan e a Mercedes-Benz estão entre as montadoras que tentam lidar com uma situação de fornecimento incerta. A Nissan afirma ter chips suficientes até a primeira semana de novembro -- daqui a poucos dias.

Já a produção da Honda em uma fábrica no México foi suspensa na terça-feira (28), e a empresa já começou a ajustar a fabricação nos Estados Unidos e no Canadá, disse um porta-voz.

Segundo um funcionário do governo brasileiro, algumas fábricas podem ter que interromper as operações dentro de duas a três semanas se a crise continuar.

Os chips da Nexperia são amplamente utilizados em componentes automotivos, tornando a crise de fornecimento o mais recente desafio para um setor que já enfrenta tarifas americanas e restrições chinesas às terras raras.

O Estado de S. Paulo - SP   31/10/2025

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 10,3 bilhões em crédito para o setor automotivo brasileiro entre janeiro de 2023 e setembro de 2025, segundo levantamento antecipado com exclusividade ao Estadão/Broadcast.

O montante é 112% superior ao crédito de R$ 4,9 bilhões aprovado entre os anos de 2019 e 2022, comparou o banco de fomento. De janeiro a setembro de 2025, o BNDES aprovou R$ 5 bilhões para o setor automotivo, já assegurando o maior valor anual desde 2016, quando as aprovações no ano somaram R$ 4,7 bilhões.

"O apoio do BNDES ao setor automotivo contribui, especialmente, para impulsionar os veículos híbridos, que articulam o biocombustível brasileiro e os motores elétricos, que estão atraindo grandes investimentos em pesquisa e desenvolvimento e que representam um gigantesco potencial para o Brasil. Além disso, o setor gera empregos de qualidade, impulsiona a inovação tecnológica e movimenta uma ampla rede de fornecedores que fortalece a economia nacional como um todo", diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.

As aprovações foram destinadas ao financiamento de toda a cadeia automobilística, desde o segmento de autopeças até montadoras. Os recursos incluíram crédito também para a inovação e para impulsionar as exportações do setor.

Valor - SP   31/10/2025

Com crescimento de 62% no Norte e 26% no Nordeste, o Brasil soma 16,8 mil eletropostos públicos, em expansão alinhada ao avanço da frota de veículos elétricos

Viajar pelas rodovias do Brasil com a segurança de que o seu carro ou caminhão não vai parar no meio do nada. Este é o sonho de qualquer motorista – principalmente se o veículo for elétrico. Hoje, o país conta com 16.880 pontos de recarga de acesso público, segundo levantamento concluído em agosto pela Tupi Mobilidade, do setor de recarga, e a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE). O crescimento foi de 14% em seis meses e de quase 5.000% em seis anos – eram apenas 350 unidades em 2019.

"Cerca de 8% da infraestrutura nacional de recarga, ou 1,3 mil pontos, está nas rodovias", destaca Davi Bertoncello, diretor-executivo da Tupi e vice-presidente de marketing e comunicação da ABVE. "O número cresce com a chegada de atores no segmento de eletrificação e de programas como o Mover, ação federal voltada ao desenvolvimento de tecnologias de baixas emissões."

Segundo Bertoncello, a ampliação dos recursos de recarga acompanha o crescimento do mercado automotivo, mas há desafios regionais. A frota nacional de elétricos "plug-in" soma 302,2 mil unidades, ou uma média de 18 veículos por eletroposto, compara.

De acordo com o mapeamento da ABVE, as estações de energia estão presentes em 1.499 municípios, um aumento de 10% ante o mês de fevereiro. O salto no número de pontos no período foi maior no Norte (+62,2%) do que no Nordeste (+25,8%).

"Precisamos ampliar o ritmo de expansão nas rodovias", diz Bertoncello, que estima que o Brasil atinja a marca de 20 mil pontos até o início de 2026. "A quantidade de unidades pode escalar com a obrigatoriedade do benefício em novos contratos de concessão e repactuação."

MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Agência Brasil - DF   02/10/2025

A receita de vendas da indústria de máquinas e equipamentos atingiu R$ 200,8 bilhões nos oito primeiros meses do ano (janeiro a agosto), 10,6% acima do registrado no mesmo período de 2024. O resultado, no entanto, mostra uma desaceleração no crescimento das vendas em 2025: no acumulado até julho, a elevação, em comparação ao ano anterior, era de 13,6%. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (1º), são da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

No mês de agosto, já com o início do tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil, a receita de vendas recuou 5,6% em relação ao mesmo mês de 2024 e atingiu R$ 26,5 bilhões.

"Esse desempenho na receita do setor veio em linha com as expectativas. Para os próximos meses a tendência é de manutenção da desaceleração, reflexo da política monetária contracionista e agravada pelo tarifaço sobre os produtos da indústria de máquinas e equipamentos", disse a entidade, em nota.

De janeiro a agosto, a receita das vendas internas do setor somou R$ 153,2 bilhões, 12,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Já as exportações do setor totalizaram US$ 8,3 bilhões nos oito primeiros meses de 2025, uma leve queda de 0,1% na comparação com o mesmo período de 2024.

"Apesar da estabilidade, houve, entre os grupos de produtos exportados, incremento nas vendas de máquinas agrícolas, de máquinas para bens de consumo não duráveis e de componentes. O maior crescimento ocorreu nas vendas para os países da América do Sul e em maior escala na Argentina, Chile e Peru", apontou a entidade em nota.

Minuto Rural - SP   06/10/2025

O desempenho da indústria brasileira de máquinas e equipamentos (M&E) em agosto de 2025 evidencia um cenário econômico desafiador, marcado por uma combinação de retração pontual e crescimento acumulado que, embora positivo, desacelera. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), o consumo aparente caiu 10,7% em relação a agosto de 2024 e 4,7% ante o mês anterior — uma retração de 14,8% quando ajustada sazonalmente.

Essa desaceleração não é isolada: a receita líquida total recuou 5,6% no comparativo anual, e a receita interna teve queda ainda mais expressiva, de 13,2%, refletindo os efeitos de uma política monetária contracionista.
Apesar do crescimento acumulado de 10,6% nas receitas do ano até agosto, os sinais de enfraquecimento são claros. A indústria vem perdendo ritmo mês a mês, evidenciando que o impulso inicial pode não ser suficiente para sustentar a trajetória ao longo do segundo semestre.
No comércio exterior, as exportações apresentaram alta de 33,6% em relação a agosto de 2024, com destaque para mercados da América do Sul — especialmente Argentina, Chile e Peru. Por outro lado, os Estados Unidos, que respondem por cerca de 26% das exportações do setor, reduziram suas compras em 7,5%, acentuando a vulnerabilidade do setor frente a oscilações externas.

"Quando os investimentos em máquinas e equipamentos recuam, não é apenas a indústria que desacelera — é o próprio motor do crescimento econômico nacional que começa a falhar."

IstoÉ Dinheiro - SP   30/10/2025

Um dos setores mais afetados pelas tarifas de 50% do governo americano contra produtos brasileiros, a indústria de máquinas e equipamentos teve queda de 13,1% nas exportações aos Estados Unidos em setembro, na comparação com o mesmo mês de 2024.

Na margem – ou seja, ante agosto, quando as tarifas já tinham sido elevadas -, a queda foi de 10%, segundo balanço divulgado hoje pela Abimaq, a entidade que representa as fábricas de bens de capital mecânicos.

As maiores quedas, de agosto para setembro, foram registradas nos embarques de componentes (-28,9%), máquinas para agricultura (-20,6%) e máquinas para a indústria de transformação (-18,5%).

Como as vendas aos Estados Unidos já vinham caindo antes do tarifaço do presidente Donald Trump, as exportações ao país acumulam queda de 8,2% no período de janeiro a setembro. Desde janeiro do ano passado, a participação dos Estados Unidos nas exportações de máquinas e equipamentos produzidos no Brasil caiu de 31% para 21%.

Terra - SP   30/10/2025

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos teve crescimento em setembro, com a receita líquida de vendas subindo 11,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$27,2 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pela associação de fabricantes, Abimaq.

Em relação às exportações, houve alta de 1,8% na comparação com o mesmo mês de 2024, enquanto no acumulado anual, o setor ficou no mesmo patamar de 2024. Os principais destinos das exportações brasileiras de máquinas e equipamentos mudaram neste ano, com as vendas para a América do Norte caindo 8,9%, enquanto a Europa e a América do Sul cresceram 4,8% e 18,5%, respectivamente. Na América do Sul, o destaque foi a Argentina, com aumento de 44,3% nas importações de máquinas brasileiras, puxado pelos setores de agricultura e construção civil.

Para os Estados Unidos, houve queda de 10% em setembro em relação ao mês anterior. No ano, a queda acumulada foi de 8,2%, diante do impacto do salto nas tarifas de importação criadas pelo governo norte-americano contra produtos brasileiros.

"O impacto do tarifaço é muito recente", disse o coordenador de economia e estatística da Abimaq, Leonardo Gatto, em coletiva de imprensa sobre os resultados. Segundo o profissional, as empresas do setor não devem fazer desinvestimentos. "Elas vão esperar o que vai ocorrer nos próximos meses, mas não esperamos impactos muito fortes no final do ano."

A Abimaq estimava uma queda geral de 15% nas suas exportações neste ano, partindo da premissa de que as exportações para os EUA tenderiam a zero com o tarifaço."Mas isso não se concretizou", destacou Gatto. Agora, a associação projeta uma queda de 4,2% nas exportações totais no ano. Nas exportações para os EUA, prevê queda de 24,4%.

Associação enfatizou que se o tarifaço de Donald Trump "perdurar muito, o impacto será mais agressivo".

Na véspera, o Senado dos EUA, liderado pelos republicanos, aprovou uma legislação que anula as tarifas de importação impostas contra o Brasil.

Valor - SP   30/10/2025

A Abimaq, entidade que representa os fabricantes de máquinas e equipamentos, retomou a projeção de crescimento mais ambiciosa para o setor em 2025 e acredita que a queda das exportações para os Estados Unidos será menor do que a inicialmente prevista, apesar da tarifa de 50% anunciada pela administração contra produtos de segmentos da indústria brasileira.

Segundo Leonardo Gatto Silva, coordenador de competitividade, economia e estatística da Abimaq, as projeções, revisadas em setembro, indicam que a queda nas exportações para os EUA será de 24,4% no quarto trimestre de 2025, na comparação com os três meses anteriores. Mais cedo neste ano, a entidade chegou a dizer que a tendência seria de queda total das exportações mensais para aquele país. Já a retração nas exportações totais do país em 2025 deve ser de 4,2%, e não mais de 15,1%.

A entidade também revisou a projeção de crescimento da receita líquida de 2025, que voltou a ser de 7,6%, e não mais de 5%.

"O que ocorre? Muitas empresas já tinham projetos [com os EUA] em andamento. E quando elas têm projetos em andamento, não param de vender de uma hora para outra. Elas conseguem vender e absorvem um pouco desse custo, que às vezes é dividido entre a empresa aqui no Brasil e a empresa nos Estados Unidos", disse Silva, em apresentação a jornalistas nesta quarta-feira (29), quando divulgou dados do desempenho do setor em setembro.

Ele afirmou ainda que há casos em que empresas multinacionais optam por planos de realocação, vendendo de outras fábricas, em outras regiões, para os EUA, deixando as unidades do Brasil para alocar a venda em outras regiões, como Europa ou outros países.

CONSTRUÇÃO CIVIL

IstoÉ Dinheiro - SP   08/10/2025

A alta mais branda no custo do material de construção e da mão de obra desacelerou a inflação da construção no Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de setembro, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira, 7.

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) passou de um avanço de 0,52% em agosto para uma elevação de 0,17% em setembro.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de uma alta de 0,29% em agosto para uma elevação de 0,17% em setembro. O custo dos Materiais e Equipamentos passou de um aumento de 0,26% em agosto para elevação de 0,18% em setembro, enquanto os Serviços saíram de alta de 0,52% para elevação de 0,16%.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra saiu de uma elevação de 0,83% em agosto para uma alta de 0,16% em setembro.

O Estado de S. Paulo - SP   08/10/2025

A nova política de crédito habitacional do governo federal prevê a liberação imediata de R$ 20 bilhões em recursos da poupança e a criação de um novo modelo de financiamento com regras mais flexíveis para os bancos. O lançamento do programa, uma das principais apostas na busca de reeleição, será na próxima sexta-feira, 10, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Paulo, sede do governo do seu provável principal adversário nas urnas em 2026.

Os bancos poderão usar parte dos depósitos compulsórios, desde que ampliem a concessão de crédito para a compra da casa própria. O detalhamento foi obtido pelo Estadão/Broadcast com pessoas a par do assunto.

Essa liberação imediata acontece porque a nova política de crédito habitacional não depende de uma lei aprovada no Congresso, seja por meio de um projeto de lei, seja via medida provisória. A mudança será feita a partir de regulações internas do governo

Monitor Digital - RJ   10/10/2025

Em setembro, o Índice Nacional da Construção Civil (SINAPI) variou 0,50%. A taxa é 0,29 ponto percentual (p.p) abaixo da registrada em agosto, que foi 0,79%. O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 5,58%, resultado acima dos 5,42% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2024, o índice foi de 0,35%. Os dados foram divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O custo nacional da construção, por metro quadrado, que em agosto fechou em R$ 1.863, passou para R$ 1.872,24 em setembro, sendo R$ 1.068,14 relativos aos materiais e R$ 804,10 à mão de obra.

A parcela dos materiais variou 0,38%, apresentando queda tanto em relação ao mês anterior (0,50%), quanto ao índice de setembro de 2024 (0,49%), 0,12 e 0,11 pontos percentuais respectivamente.

"Já a mão de obra, com menos acordos coletivos firmados em comparação ao mês anterior, ficou com variação de 0,65%, apresentando queda de 0,53 ponto percentual quando comparada a agosto (1,18%), e alta de 0,49 ponto percentual em relação a setembro de 2024 (0,16%)", explica o gerente da pesquisa, Augusto Oliveira.

Valor - SP   10/10/2025

O financiamento poderá ser solicitado por famílias residentes em áreas urbanas com renda mensal bruta familiar de até R$ 9.600

A linha de crédito para reforma de casas do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) vai oferecer financiamento entre R$ 5 mil a R$ 30 mil, de acordo com portaria publicada pelo Ministério da Cidades. O programa, que será lançado oficialmente nesta sexta, é uma das apostas eleitorais do governo Lula para 2026.

O financiamento poderá ser solicitado por famílias residentes em áreas urbanas com renda mensal bruta familiar de até R$ 9,6 mil. Os recursos poderão ser usados para gastos com materiais de construção, mão de obra, projeto e orientação técnica da reforma.

As famílias serão divididas em duas faixas, com taxa de juros diferentes. A faixa 1 terá taxa nominal de 1,17% ao mês e será destinada a famílias com renda bruta mensal até R$ 3,2 mil. A faixa 2 terá taxa nominal de 1,95% ao mês, para famílias com renda de R$ 3.200,01 até R$ 9,6 mil.

De acordo com as regras publicadas, as famílias poderão contratar somente um financiamento por vez, sendo vedada a contratação de novo financiamento enquanto houver contrato vigente.

O valor da parcela de financiamento ficará limitado a 25% da renda familiar, e o prazo de amortização da dívida será no mínimo de 24 meses e no máximo de 60 meses, com prestações calculadas pelo Sistema de Amortizações Constantes (SAC) ou Tabela Price, a critério do agente financeiro.

IstoÉ Dinheiro - SP   20/10/2025

O aumento mais brando no custo da mão de obra da construção desacelerou a inflação do setor dentro do Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) de outubro, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-10) passou de uma elevação de 0,42% em setembro para uma alta de 0,21% em outubro.

O Índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 0,22% em setembro para um avanço de 0,25% em outubro. Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram alta de 0,27% em outubro, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,15% no mês.

Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de um aumento de 0,71% em setembro para uma elevação de 0,16% em outubro.

Valor - SP   21/10/2025

Mesmo com salário médio mais alto, setor não atrai trabalhador e já espera desaceleração

No momento em que o país vive a mais baixa taxa de desemprego já registrada - 5,6% no trimestre móvel até agosto, segundo o IBGE -, a construção civil tem enfrentado dificuldade para contratar. Mesmo com aumento da média salarial do setor para níveis

recordes e acima de outros segmentos da economia, a construção tem se mostrado pouco atrativa para os trabalhadores. Embora o saldo de contratações tenha sido positivo, agosto registrou o pior resultado para o mês desde 2021.

O cenário indica desaceleração da atividade na construção - agravada por juros elevados e crédito mais caro - e pressão sobre a inflação. Os salários têm alto peso nos custos do setor e devem puxar os preços da construção, apontam economistas.

De acordo com o relatório de outubro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), antecipado com exclusividade ao Valor, em agosto, o saldo líquido de empregos formais na construção chegou a 17,3 mil, o segundo pior resultado entre 2021 e 2025. Embora o número revele alta de 25,5% em relação a agosto de 2024, é 51,8% menor do que o registrado em 2022, de 35,9 mil empregos.

O dado de janeiro a agosto de 2025 é ainda pior, com queda de 9,4% no saldo de empregos em relação ao mesmo período de 2024, um total de 194,5 mil postos formais. O resultado é o pior desde janeiro de 2021. Em relação a 2023, a queda das contratações na construção foi de 12,6%.

Os números da construção civil, tanto em agosto quanto no acumulado dos oito primeiros meses do ano, refletem o comportamento do mercado de trabalho formal no país. As contratações formais de todos os setores caíram 38,4% em agosto de 2025 ante o mesmo mês de 2024, registrando o pior resultado para o período desde 2020. De janeiro a agosto, o saldo de empregos formais somou cerca de 1,5 milhão de vagas, queda de 13,8% em relação ao mesmo intervalo de 2024, quando foi criado 1,74 milhão de postos.

Na avaliação da economista e pesquisadora do Ibre Janaína Feijó, o setor tem um comportamento que mostra certa resiliência, por manter saldos entre demissões e contratações positivos, ao mesmo tempo em que enfrenta "desaceleração persistente", de caráter mais estrutural do que conjuntural - movimento que ameaça segmentos dependentes de expansão física, inovação tecnológica e modernização.

Infomoney - SP   22/10/2025

O Ministério das Cidades solicitou ao Conselho Curador do FGTS a liberação de R$ 160,5 bilhões para o orçamento de 2026, destinados a financiamentos nos setores de habitação, saneamento, mobilidade urbana e infraestrutura.

O valor representa um aumento de cerca de 5% em relação ao montante de R$ 152 bilhões autorizado para 2025, segundo afirmou o ministro Jader Filho ao jornal O Globo.

"Não é só o Minha Casa, Minha Vida. Parte disso é para saneamento, mobilidade e obras de infraestrutura nas cidades", disse o ministro, destacando a expansão do volume de recursos, que era de R$ 66 bilhões em 2023.
Do total solicitado, R$ 144,5 bilhões deverão ser destinados ao setor habitacional, principalmente ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV) — um crescimento de 1,8% em relação a 2025.

A demanda por crédito imobiliário tem sido tão elevada que, em 2024, o governo precisou remanejar R$ 10 bilhões adicionais para o programa após o esgotamento das verbas previstas.

O fortalecimento da política habitacional é uma das apostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para estimular a economia e recuperar apoio da classe média e de baixa renda

O Estado de S. Paulo - SP   28/10/2025

O corte na projeção de alta no Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil em 2025, passando de 2,3% para 1,3%, não representa o fim do ciclo de crescimento do setor. Em vez disso, a expectativa é que a construção volte a ganhar fôlego no próximo ano.

"Achamos que o PIB da construção em 2026 vai crescer mais do que neste ano", afirmou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, em apresentação à imprensa. "O menor ritmo de atividade na construção neste ano não significa fim de ciclo de crescimento, nem que há um baixo nível de atividade", complementou a economista-chefe da CBIC, Ieda Vasconcelos.

Os representantes da CBIC explicaram que o corte nas projeções para este ano é um reflexo do efeito dos juros altos sobre a economia brasileira, que tem reduzido o desenvolvimento de novos projetos, as contratações e, principalmente, a compra de materiais de construção pelas famílias para fins de reformas e obras domésticas.

Já para o ano que vem, a previsão é que o PIB da construção se recupere, tendo em vista o início do ciclo de corte da Selic e as medidas governamentais adotadas para estimular as atividades do setor. "Para o futuro, vemos algumas ações para corrigir isso (problemas causados pelos juros altos)", afirmou Correia.

A construção civil atingiu a marca de 3,051 milhões de pessoas empregadas com carteira de trabalho em agosto, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, e está perto de bater o recorde registrado em outubro de 2013, quando eram 3,074 milhões.

Todos os três segmentos do setor aumentaram o número de trabalhadores na comparação entre agosto deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. O incremento foi observado na construção de edifícios (3,02%), nas obras de infraestrutura (1,75%) e nos serviços especializados (3,98%).

Nos últimos 12 meses encerrados em agosto de 2025, o setor criou 89 mil novos empregos. Apesar de positivo, houve uma perda de fôlego no ritmo de contratações. O montante foi menor do que nos 12 meses anteriores a agosto de 2024, quando foram criadas 148,5 mil vagas. Essa desaceleração reflete o efeito do juro alto, que inibe o desenvolvimento de novos projetos e as contratações.

Valor - SP   29/10/2025

Na média móvel trimestral, o índice cedeu 0,4 ponto

O Índice de Confiança da Construção (ICST) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre) caiu 0,7 ponto em outubro, para 91,6 pontos. Na média móvel trimestral, o índice cedeu 0,4 ponto.

"O Índice de confiança retornou ao patamar de agosto, puxado pelas expectativas que não sustentaram o crescimento do mês anterior", avaliou a Coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, Ana Maria Castelo.

Segundo ela, na comparação com setembro, o sinal positivo veio do indicador de evolução recente da atividade, que engatou duas melhoras consecutivas, sugerindo retomada. Mas, em relação ao início do ano, houve redução do ritmo de crescimento. Na comparação interanual, há uma piora expressiva do cenário setorial, com as expectativas sofrendo maior revés. Um movimento observado nos três segmentos setoriais.

"Assim, o ano caminha para fechar com menor crescimento, mas com um mercado de trabalho que permanece bastante aquecido", observou.

A queda do ICST de outubro refletiu a piora das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA-CST) ficou estável ao manter-se em 91,9 pontos, e o Índice de Expectativas (IE-CST) recuou 1,4 ponto, atingindo 91,5 pontos.

Entre os componentes do ISA-CST, o indicador de situação atual dos negócios diminuiu 0,5 ponto, para 91,4 pontos, e indicador de volume de carteira de contratos avançou 0,5 ponto, chegando aos 92,3 pontos. Por sua vez, os dois componentes o IE-CST caíram: o indicador de demanda prevista nos próximos três meses retraiu 0,9 ponto, para 93,1 pontos, e o indicador de tendência dos negócios nos próximos seis meses recuou 1,8 ponto, para 89,9 pontos.

O Nuci da Construção registrou avanço de 1,2 ponto percentual (p.p.), atingindo 80,0%. Os Nucis de Mão de Obra e de Máquinas e Equipamentos aumentaram 1,3 e 0,5 p.p., para 81,7% e 74,2%, respectivamente.

FERROVIÁRIO

Valor - SP   31/10/2025

Iniciativa do BNDES e do Ministério das Cidades prevê 194 projetos para 21 regiões metropolitanas do país, visando dobrar a rede de transporte urbano até 2054

O Brasil está calculando a rota dos deslocamentos urbanos pelos próximos 30 anos. Liderado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Ministério das Cidades, o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU) pretende desenhar um novo mapa para a circulação de pessoas em 21 regiões metropolitanas – que, juntas, concentram 40% da população do país. O diagnóstico, iniciado em maio de 2024 e com conclusão prevista para o fim de 2025, vai levar a um plano com 194 projetos de transporte público coletivo de média e alta capacidade (TPC-MAC), com investimento total entre R$ 500 bilhões e R$ 600 bilhões até 2054.

Cerca de 40 projetos, com valor total estimado em R$ 100 bilhões, serão tocados já em 2026. "Alguns vão receber investimentos para a execução das obras e outros, para o aprofundamento da modelagem", afirma Denis Andia, secretário nacional de mobilidade urbana do Ministério das Cidades. "Caberão inovações nos formatos de financiamento e operação, mas, a princípio, seguiremos os moldes atuais. Teremos recursos do governo federal, do BNDES e de parcerias público-privadas (PPPs)." Essas iniciativas do ENMU são complementares aos valores já previstos no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para o subeixo de Mobilidade Urbana Sustentável: R$ 44 bilhões até 2030, sendo R$ 26,2 bilhões até 2026.

Andia afirma que a carteira de projetos do ENMU terá prioridade de análise para novas rodadas do PAC. "No plano de 2024, nós tínhamos, a princípio, R$ 15 bilhões em recursos para infraestrutura e só aportamos R$ 9,9 bilhões. Por quê? Porque não tínhamos projeto. Agora teremos", afirma. "Esse estudo procura sanar uma deficiência histórica no planejamento público, que costuma trabalhar com horizontes de quatro anos. Com uma visão calcada em dados sobre as necessidades e as prioridades no país inteiro, poderemos canalizar melhor os recursos federais, estaduais e municipais."

NAVAL

Valor - SP   15/10/2025

Os Estados Unidos e a China começaram nesta terça-feira a cobrar taxas portuárias adicionais de empresas de transporte marítimo, tornando o alto mar uma frente importante na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Um retorno a uma guerra comercial total parecia iminente na semana passada, depois que a China anunciou uma grande expansão de seus controles de exportação de terras raras e o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou aumentar as tarifas sobre os produtos chineses para três dígitos.

Porém, após o fim de semana, ambos os lados procuraram tranquilizar operadores e investidores, destacando a cooperação entre suas equipes de negociação e a possibilidade de encontrarem um caminho a seguir.

A China disse que começou a cobrar taxas especiais sobre navios de propriedade, operados, construídos ou com bandeira dos EUA, mas esclareceu que os navios construídos na China estarão isentos das taxas.

Em detalhes publicados pela emissora estatal CCTV, a China definiu disposições específicas sobre isenções, que também incluem navios vazios que entram em estaleiros chineses para reparos.

As taxas portuárias extras impostas pela China serão cobradas no primeiro porto de entrada em uma única viagem ou nas cinco primeiras viagens em um ano, seguindo um ciclo de cobrança anual que começa em 17 de abril.

No início do ano, o governo Trump anunciou planos de cobrar taxas dos navios ligados à China para afrouxar o controle do país sobre o setor marítimo global e reforçar a construção naval dos Estados Unidos

A China revidou na semana passada, dizendo que iria impor suas próprias taxas portuárias aos navios vinculados aos EUA a partir do mesmo dia em que as taxas dos EUA entrassem em vigor.

Analistas preveem que a transportadora de contêineres Cosco, de propriedade da China, será a mais afetada, arcando com quase metade do custo esperado de US$3,2 bilhões desse segmento com essas taxas em 2026.

Monitor Digital - RJ   16/10/2025

A movimentação portuária em agosto, primeiro mês após a entrada em vigor do tarifaço imposto pelos Estados Unidos, foi 7,8% superior à registrada no mesmo período do ano passado. A carga transportada entre janeiro e agosto também foi recorde, atingindo 914,8 milhões no acumulado do ano, um crescimento de 2,8% em relação aos números de 2024. As informações do Estatístico Aquaviário da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) confirmam a alteração de rotas

provocada pelas restrições impostas pela elevação das tarifas pelos EUA e mostram que o Brasil soube se ajustar ao tarifaço. Houve crescimento acentuado de exportações para outros destinos como Índia (volume 348% maior), México (97%), Argentina (50%) e China (12%), nosso maior parceiro comercial, e queda de 17% no volume exportado para os Estados Unidos. As exportações cresceram 3,2% no mês em relação a agosto de 2024.

"O recorde na movimentação de carga nos portos do país, aliado ao aumento da exportação de produtos, reforça o interesse do Brasil frente a outros mercados internacionais. Nós estamos trabalhando para expandir ainda mais o volume de carga no modal aquaviário, pois isso se reflete no aumento de emprego e da renda do povo brasileiro", destacou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

De acordo com os dados da Antaq, o crescimento de agosto foi maior nos terminais privados (11%), mas o porto público que teve maior alta no mês foi Itajaí, em Santa Catarina (412%), em decorrência da retomada das atividades pelo Governo Federal. No acumulado de 2025, Itajaí já dobrou a movimentação de todo o ano passado, chegando a 2,5 milhões de toneladas

Houve recorde também no transporte de longo curso (exportação e importação), atingindo 95,4 milhões de toneladas, no transporte de cabotagem (entre portos brasileiros), com 28,2 milhões de toneladas, e no transporte interior (entre portos fluviais), chegando a 8,1 milhões de toneladas.

Por tipo de carga, o maior crescimento registrado em agosto foi em granel líquido (25%), volume recorde para o mês (32,5 milhões de toneladas). Somente em petróleo e derivados, passaram pelos portos brasileiros 22,5 milhões de toneladas em agosto, um crescimento de 33,4% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O relatório também aponta crescimento de 11,3% na exportação de minério de ferro em agosto (42,2 milhões de toneladas), e de 3,4% na exportação de milho (10,7 milhões de toneladas).

IstoÉ Dinheiro - SP   16/10/2025

O governo dos Estados Unidos anunciou uma nova rodada de tarifas de 100% a 150% sobre produtos chineses ligados aos setores marítimo, logístico e de construção naval. A ação busca "reduzir a dependência de fontes chinesas" e "fortalecer a segurança econômica e de cadeias de suprimentos" do país, segundo documento que será publicado na quinta-feira, 16, no Federal Register, o diário oficial dos EUA.

De acordo com o texto, as novas tarifas entram em vigor em 9 de novembro e abrangem uma ampla gama de equipamentos usados em portos e transporte intermodal. Entre os produtos afetados estão guindastes "ship-to-shore" (STS), aqueles usados para descarregar contêineres de embarcações, e chassis intermodais e suas partes, como trailers e semirreboques empregados no transporte de cargas marítimas e ferroviárias.

A tarifa também se aplica a equipamentos "fabricados, montados ou contendo componentes de origem chinesa", inclusive aqueles produzidos "por empresas controladas ou substancialmente influenciadas por nacionais chineses".

A medida também altera a forma de cobrança da taxa sobre navios estrangeiros transportadores de veículos, que passa a ser calculada com base em toneladas líquidas, em vez da antiga métrica por unidade de automóvel.

O valor foi fixado em US$ 46 por tonelada, limitado a cinco cobranças por embarcação ao ano. A regra vale para navios construídos fora dos EUA, enquanto embarcações do governo americano e as inscritas no Maritime Security Program ficarão isentas até abril de 2029

InfraRoi - SP   24/10/2025

O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) promoveu uma série de leilões de concessões na última quarta-feira (22/10) na B3, em São Paulo. Na ocasião, foram leiloados a concessão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (PR) e de dois terminais portuários — para movimentação de passageiros, em Maceió (AL), e para operação offshore de petróleo, no Rio de Janeiro. O total de investimentos garantidos no leilão é de R$ 1,32 bilhão.

O Porto de Paranaguá vai concentrar quase todo o investimento. O Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCGD) venceu o leilão e vai investir R$ 1,22 bilhão, sendo responsável pela dragagem e ampliação do calado dos atuais 13,5 metros para 15,5 metros. A obra vai permitir o acesso de navios de grande porte e ampliação da capacidade operacional do porto, elevando a movimentação de cargas e o escoamento da produção.

O aprofundamento do canal possibilitará a operação de navios de contêineres de grande porte, de até 366 metros, e de graneleiros com capacidade para 120 mil toneladas. A previsão é de que cada centímetro a mais no calado do canal de acesso corresponde a um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio.

PETROLÍFERO

CNN Brasil - SP   06/10/2025

A Opep+ (Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados) decidiu neste domingo (5) aumentar sua produção de petróleo em 137 mil barris por dia a partir de novembro, o incremento é o mesmo decidido em outubro.

Arábia Saudita, Rússia, Iraque, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã já previam manter o acréscimo do mês anterior. Em comunicado, a OPEP+ pondera que o nível de 1,65 milhão de barris por dia pode ser retomado a depender das condições de mercado.

"Os países continuarão a monitorar e avaliar de perto as condições do mercado e, em seus esforços contínuos para apoiar a estabilidade do mercado, reafirmaram a importância de adotar uma abordagem cautelosa e manter total flexibilidade para pausar ou reverter os ajustes voluntários adicionais de produção", afirma o comunicado.

Os membros da OPEP+ avaliaram que a decisão proporcionará uma oportunidade para que os países acelerem sua compensação, além de reiterarem seu compromisso coletivo com a Declaração de Cooperação, incluindo os ajustes voluntários adicionais de produção que serão monitorados pelo Comitê Ministerial Conjunto de Monitoramento (JMMC).

IstoÉ Dinheiro - SP   16/10/2025

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 15, enquanto as tensões entre EUA e China se estendem, apesar das expectativas para o encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo chinês, Xi Jinping. Os preços da commodity também são pressionados por preocupações de excesso de oferta.

O petróleo WTI para novembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou em queda de 0,73% (US$ 0,43), a US$ 58,27 o barril. Já o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), recuou 0,77% (US$ 0,48), a US$ 61,91 o barril.

Nesta quarta, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que as negociações sino-americanas sobre comércio continuam e que ainda espera um encontro entre Trump e Xi no fim de outubro, na Coreia do Sul. No entanto, em evento, ele não descartou a possibilidade de Washington usar "muitas medidas" contra Pequim, elevando as tensões entre os dois países.
Para o Ritterbusch, a menos que haja um grande avanço nas discussões entre as duas principais potências econômicas do mundo nas próximas semanas, o cenário aponta para que o WTI seja movido para uma nova faixa de negociação mais baixa, limitada por cerca de US$ 55 na baixa e US$ 61,50 na alta. "No geral, prevemos algumas grandes oscilações de preço à frente", acrescenta.

Valor - SP   16/10/2025

Empresas correm contra o tempo para emitir a documentação necessária, o que está causando atrasos, cancelamentos, e o aumento dos custos de frete do transporte marítimo.

As tarifas retaliatórias impostas pela China sobre o setor portuária, que entraram em vigor nesta quarta-feira (15), estão provocando uma disrupção no comércio de petróleo, à medida que empresas de logística correm contra o tempo para emitir a documentação necessária, o que está provocando atrasos e cancelamentos, além do aumento dos custos de frete do transporte marítimo.

As taxas foram anunciadas na última sexta-feira pelo governo chinês, em mais um episódio na nova escalada na guerra comercial entre Pequim e Washington, às vésperas do encontro entre Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul.

Por conta das tarifas, alguns dos proprietários das embarcações estão revendo suas estruturas corporativas para reduzir participação acionária de pessoas físicas e/ou jurídicas de origem americana.

Algumas empresas com mais de 25% de capital norte-americano começaram a retirar China e Hong Kong da lista de destinos para os quais estão dispostas a navegar, afirmaram.

Está surgindo um mercado de dois níveis: um para navios que continuarão indo à China — e que estão cobrando prêmios mais altos — e outro para aqueles que não irão, que buscam alternativas criativas, como transferências de carga entre navios em alto-mar, disseram os comerciantes e corretores. Alguns navios totalmente carregados estavam parados em portos chineses desde quarta-feira.

As taxas chinesas, que respondem a uma medida similar de Washington, desestabilizaram o comércio de petróleo na Ásia, enquanto transportadoras e comerciantes tentam avaliar sua exposição às cobranças e buscar informações sobre isenções e exceções. As tarifas representam mais de US$ 6 milhões por viagem de petroleiros supergrandes à China — um valor impressionante que afetará os armadores norte-americanos e, em última instância, o consumidor chinês.

Money Times - SP   23/10/2025

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs nesta quarta-feira sanções relacionadas à Ucrânia contra a Rússia pela primeira vez em seu segundo mandato, tendo como alvo as empresas petrolíferas Lukoil e Rosneft, à medida que sua frustração aumenta com o presidente russo, Vladimir Putin, em relação à guerra.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse que estava preparado para tomar outras medidas, conforme pediu a Moscou que concordasse imediatamente com um cessar-fogo na guerra da Rússia na Ucrânia, que começou em fevereiro de 2022.

"Dada a recusa do presidente Putin em acabar com essa guerra sem sentido, o Tesouro está sancionando as duas maiores empresas petrolíferas da Rússia que financiam a máquina de guerra do Kremlin", disse o secretário do Tesouro, Scott Bessent, em um comunicado. "Incentivamos nossos aliados a se juntarem a nós e a aderirem a essas sanções."

As sanções são uma grande mudança de política para Trump, que não havia imposto sanções à Rússia por causa da guerra e, em vez disso, se baseou em medidas comerciais. Trump impôs tarifas adicionais de 25% sobre os produtos da Índia em retaliação à compra de petróleo russo com desconto.

Valor - SP   23/10/2025

Fusões e aquisições entre produtores de petróleo e gás dos Estados Unidos totalizaram US$ 9,7 bilhões no terceiro trimestre de 2025, cerca de 19% a menos que os US$ 12 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior e o terceiro trimestre consecutivo de queda, de acordo com a Enverus.

"Preços do petróleo em torno de US$ 60 ou menos dificultaram a vida dos vendedores", especialmente das empresas apoiadas por private equity que produzem principalmente petróleo em vez de gás natural, afirma Andrew Dittmar, analista da empresa de análise de dados focada em energia.

"A maioria das oportunidades restantes de fusões e aquisições de xisto precisa de preços mais fortes para justificar que as empresas de capital aberto paguem pelos locais não desenvolvidos", afirma Dittmar.

Cerca de 1,8 mil locais de xisto pertencentes a empresas apoiadas por private equity podem gerar um retorno de 10% com os preços de referência do petróleo nos EUA a US$ 50 o barril, enquanto 6,7 mil locais exigem preços mais altos, acrescenta.

Globo Online - RJ   24/10/2025

Grandes empresas petrolíferas estatais da China suspenderam as compras de petróleo russo transportado por via marítima após a imposição de sanções dos Estados Unidos contra as gigantes Rosneft e Lukoil, principais produtoras de petróleo da Rússia. A informação foi confirmada por diversas fontes comerciais à agência Reuters nesta quinta-feira.

A decisão marca um novo golpe nas exportações de Moscou, que já enfrentam pressão com as refinarias da Índia — atualmente o maior comprador do produto transportado por mar — prestes a cortar drasticamente suas importações de petróleo bruto da Rússia. A medida atende às sanções impostas pelos Estados Unidos após o fracasso das negociações para encerrar a guerra na Ucrânia.

De acordo com as fontes ouvidas pela Reuters, empresas petrolíferas nacionais chinesas como PetroChina, Sinopec, CNOOC e Zhenhua Oil vão se abster de negociar petróleo russo transportado por via marítima pelo menos no curto prazo, devido à preocupação com as sanções americanas.

A China, que importa cerca de 1,4 milhão de barris de petróleo russo por dia por via marítima, compra a maior parte do volume por meio de refinarias independentes, geralmente pequenas operadoras. Já as compras de empresas estatais variam muito.

A Unipec, braço comercial da Sinopec, interrompeu as compras de petróleo russo na semana passada, depois que o Reino Unido incluiu a Rosneft, a Lukoil e diversos navios de frota paralela — além de entidades chinesas, incluindo uma grande refinaria — em sua lista de sanções.

A Rosneft e a Lukoil, que antes mantinham relações comerciais diretas com clientes asiáticos, passaram a vender a maior parte de seu petróleo por meio de intermediários, para tentar contornar as restrições ocidentais.

Enquanto isso, ainda segundo a Reuters, refinarias independentes chinesas devem interromper temporariamente as compras para avaliar o impacto das novas sanções, mas não devem encerrar totalmente o comércio.

IstoÉ Dinheiro - SP   27/10/2025

A produção de petróleo da Petrobras no Brasil cresceu 18,4% no terceiro trimestre ante igual período do ano passado, permitindo um recorde de exportações da commodity pela estatal, com o avanço operacional de novas plataformas e menor volume de paradas programadas, apesar de declínio em campos maduros.

A Petrobras produziu uma média de 2,52 milhões de barris de petróleo por dia (bpd) no país entre julho e setembro, versus 2,13 milhões de bpd nos mesmos três meses de 2024, mostrou a empresa em seu relatório de produção e vendas, nesta sexta-feira.

Na comparação com o segundo trimestre, houve uma alta de 8% na produção de petróleo da Petrobras no Brasil.

O avanço, segundo a Petrobras, ocorreu principalmente com o atingimento do topo de produção do FPSO Almirante Tamandaré, que entrou em produção em fevereiro deste ano, no campo de Búzios, e aumento da capacidade de produção do FPSO Marechal Duque de Caxias, no campo de Mero.

"O FPSO Almirante Tamandaré é a primeira plataforma de alta capacidade da Petrobras e alcançou o topo de produção de 225 mil bpd em apenas seis meses, reafirmando nossa excelência técnica e a potência do campo de Búzios", disse em nota Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação.

Além disso, houve avanço na produção dos FPSOs Maria Quitéria, no campo de Jubarte, Anita Garibaldi e Anna Nery, nos campos de Marlim e Voador, e Alexandre de Gusmão, no campo de Mero.

Durante o terceiro trimestre, entraram em operação 11 novos poços produtores, sendo 7 na Bacia de Campos e 4 na Bacia de Santos, informou o relatório.

Somente no pré-sal, a Petrobras produziu 2,12 milhões de bpd nos meses de julho e setembro, alta de 16,2% na comparação com o mesmo período do ano passado e avanço de 6,6% em relação ao segundo trimestre.

As exportações de petróleo da estatal somaram recorde 814 mil bpd no terceiro trimestre, alta de 36,1% ante o mesmo período do ano passado e avanço de 18% na comparação com o segundo trimestre.

A China, principal destino das exportações de petróleo da Petrobras, representou 53% das vendas externas da empresa, contra 39% no mesmo período de 2024 e 51% no segundo trimestre.

Os países da Ásia (fora a China) somaram 19%, enquanto a Europa representou 15% e os Estados Unidos, 3%.

RODOVIÁRIO

Jota - DF   08/10/2025

O Brasil tem mais de 1,7 milhão de quilômetros de rodovias. Mas só cerca de 12% desse total é pavimentado, segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT) [1]. Nas rodovias estaduais, o cenário é ainda mais desafiador. Cerca de 75% da malha sob gestão dos estados apresenta algum tipo de deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria (perfil do traçado, curvas, drenagem etc.), conforme levantamento da Pesquisa CNT de Rodovias 2024.

O reflexo aparece na vida e no bolso de todos: elevado custo logístico, perda de competitividade e riscos para motoristas, passageiros e cargas nas estradas estaduais.

Os estados enfrentam forte dificuldade para reverter esse quadro. O espaço fiscal é curto, engessado por despesas obrigatórias. O ICMS, principal fonte de arrecadação própria, sofre oscilações cíclicas que comprometem qualquer planejamento de longo prazo. Projetos rodoviários combinam com previsibilidade orçamentária, algo raro nas contas estaduais.

O cenário deixa claro a necessidade de fontes alternativas de financiamento e de modelos de gestão capazes de promover com eficiência a recuperação e manutenção das estradas estaduais.

É nesse contexto que se insere a recente iniciativa do governo federal, por meio do Decreto 12.626, publicado em 17 de setembro. A norma criou uma política nacional para apoiar projetos estaduais e distritais de recuperação e manutenção de rodovias, por meio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).

Na prática, significa que a União passará a apoiar os estados a atrair investimentos privados para enfrentar o problema histórico da falta de investimentos na malha viária local.

CNN Brasil - SP   09/10/2025

O agronegócio estima serem necessários, pelo menos, R$ 4,9 bilhões em investimentos anuais para adequar as estradas vicinais de regiões prioritárias a um padrão mínimo de qualidade. As vias, que conectam áreas rurais, são consideradas essenciais para o escoamento da produção agrícola.

O valor foi calculado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). O estudo considera 177 mil quilômetros de estradas terciárias em regiões altamente prioritárias. De acordo com o levantamento, custo anual de manutenção nesse padrão é de R$ 35 mil por km.

Já para elevar todos os 367 mil km de estradas terciárias ao padrão mínimo, o investimento necessário é de R$ 10 bilhões por ano.

Por outro lado, para elevar a qualidade dos 101 mil km de estradas vicinais do padrão ‘ruim’ para ‘superior’, nas regiões altamente prioritárias, a CNA calcula um investimento de R$ 12,6 bilhões. O custo para manutenção nesse patamar é de R$ 131 mil por km/ano.

As estradas vicinais são vias não pavimentadas, geralmente de terra ou com revestimento natural, que conectam áreas rurais entre si ou aos grandes corredores logísticos, facilitando o escoamento da produção até os portos ou centros de distribuição. Por essas vias, passam cerca de 1,4 toneladas de carga.

Valor - SP   23/10/2025

Estados e governo federal planejam investimentos e concessões contra gargalos

Estados e governo federal programam concessões e investimentos nas estradas do Centro-Oeste, que enfrenta dificuldades para escoar a crescente produção agrícola em uma rodoviária que em sua maioria (68,2%) foi classificada como regular, ruim ou péssima pela Pesquisa CNT de Rodovias 2024, organizada pela Confederação Nacional do Transporte. "As condições ruins limitam a fluidez, aumentam o tempo de transporte e comprometem a competitividade da região", diz Fernanda Rezende, diretora-executiva da entidade.

Apenas 31,8% das vias - o trabalho analisou todas as federais pavimentadas e as principais estaduais - receberam conceito bom ou ótimo. O piso é um dos pontos mais críticos: só 4,4% da malha tem pavimento perfeito, enquanto mais da metade está desgastada e quase um terço tem trincas e remendos. "Isso evidencia uma baixa qualidade que exige investimento urgente", prossegue Rezende.

Goiás, com 21,2 mil km de vias estaduais, usa o Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), abastecido com alíquotas de 0,50% a 1,65% cobradas de produtos agropecuários, para bancar parte dos R$ 3,6 bilhões previstos em rodovias para este ano, o triplo do volume registrado em 2019.

O Mato Grosso, com 2.360 km de vias estaduais, afirma que em 2024 foram investidos R$ 4,6 bilhões na malha e faz licitações para reparos em 673 km de vias. O Distrito Federal (quase 2 mil km de pistas) anunciou 110 km de estradas rurais pavimentadas. O Mato Grosso do Sul não se manifestou.

Uma alternativa são as concessões. A região foi alvo de dois leilões federais acirrados, a Rota Verde e a Rota do Agro, vencidos pelo consórcio liderado pela Azevedo Investimentos e cuja previsão de investimentos totaliza mais de R$ 7 bilhões. "O Centro-Oeste terá a maior taxa de crescimento do PIB nos próximos 30 anos, impulsionado pela expansão agrícola da soja e do milho. Estamos no início de uma nova fase no país, com complementaridade entre rodovias e ferrovias", afirma Vaney Iori, diretor-geral da companhia.

No levantamento da CNT, rodovias concedidas têm desempenho superior às sob gestão pública, que têm 74,8% classificadas como regulares, ruins ou péssimas. No caso das concessões, são 53,1%

Diário do Comércio - MG   24/10/2025

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), projeta R$ 200 bilhões de investimentos contratados em rodovias cedidas à iniciativa privada até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em dezembro de 2026.

Ele esteve na B3 para o leilão do lote quatro de rodovias do Paraná, realizado, em São Paulo, nesta quinta-feira (23). O certame foi vencido pelo Consórcio Infraestrutura PR, composto por EPR Participações e o fundo de investimento Perfin.

Segundo o ministro, até o fim de 2025 vai acontecer um novo leilão rodoviário a cada semana. No próximo dia 30, será licitado mais um lote de estradas paranaenses.

"É um conjunto de leilões muito arrojado. É algo muito significativo que o país tenha feito 24 leilões desde o início de concessão, em 1998, até 2022 e nós vamos terminar este ano com 22 leilões e faremos mais 14 no ano que vem", disse Renan Filho.

A última concessão deste ano será, de acordo com o Ministério dos Transportes, a Fernão Dias (BR-381), ligando São Paulo a Belo Horizonte

Valor - SP   31/10/2025

Em menos de três anos, volume contratado supera em R$ 52 bilhões o total de quase três décadas, impulsionado por novos modelos regulatórios e maior segurança jurídica

O ritmo dos leilões de concessões de rodovias ganhou tração no Brasil. Entre 2023 e setembro de 2025, foram realizados 17 certames, somente para vias federais. Mais cinco devem acontecer até dezembro. O setor avança também em editais regionais, com contratos assinados em Estados como São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso. Segundo especialistas, os bons ventos na infraestrutura rodoviária são resultantes de ofertas públicas baseadas em contratos que garantem maior segurança jurídica, regras transparentes e previsibilidade dos investimentos acordados.

O Ministério dos Transportes (MT) estabeleceu como meta para 2025 a realização de 15 leilões para concessões ao setor privado. De janeiro a setembro, foram feitos oito, e cinco estão agendados para até o fim do ano. A previsão é que os 13 leilões resultem em investimentos de R$ 135 bilhões e em 1,3 mil quilômetros (km) de duplicações. "Entre 2023 e setembro de 2025, foram realizados 17 leilões, com investimentos contratados de R$ 181 bilhões", destaca a secretária nacional de transporte rodoviário da pasta, Viviane Esse. Para efeito de comparação, entre 1993 e 2022, os 29 leilões realizados somaram R$ 129 bilhões. "Ou seja, em dois anos e nove meses [de 2023 a setembro de 2025] foram contratados R$ 52 bilhões a mais do que o volume realizado em quase 30 anos", compara.

AGRÍCOLA

IstoÉ Dinheiro - SP   03/10/2025

As vendas de tratores tiveram crescimento de 13,4% em agosto, frente ao mesmo mês de 2024, somando 5,2 mil unidades. Na comparação com julho, o número corresponde a uma leve queda de 1,1%, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira, 2, pela Fenabrave, associação que, além das concessionárias de carros, representa revendedores de equipamentos usados no campo.

No acumulado de janeiro a agosto, as vendas de tratores tiveram crescimento de 18,2%, totalizando 33,9 mil unidades. Segundo a Fenabrave, o desempenho está sendo puxado por máquinas de menor potência, usadas, principalmente, em pequenas e médias propriedades rurais.

O balanço da Fenabrave mostra também que 215 colheitadeiras de grãos foram vendidas em agosto, praticamente repetindo o volume (214) de um ano antes. Em relação a julho, houve queda de 23,8% nas vendas de colheitadeiras.

Nos oito primeiros meses do ano, as vendas de colheitadeiras, de 2 mil unidades na esteira da safra recorde de grãos, tiveram alta de 13% frente ao mesmo período de 2024.

Agrolink - RS   14/10/2025

O agronegócio brasileiro passa por um reposicionamento estratégico global, sendo o terceiro maior exportador agrícola do mundo e ampliando sua influência por meio de práticas sustentáveis e tecnologia. Com 70% da produção destinada ao mercado interno, o setor ainda tem espaço para expansão, mas seu futuro dependerá de liderança em inovação, responsabilidade socioambiental e presença ativa em fóruns internacionais, como a COP-30.

O 1º AgroLegal Summit, promovido pela AASP, reuniu especialistas para debater marcos regulatórios, tecnologia, LGPD e segurança jurídica no campo, consolidando-se como um fórum qualificado para discutir questões decisivas para o futuro do setor. "A segurança Jurídica no campo é tão importante quanto a produtividade. O AgroLegal Summit nasce como um fórum qualificado para debater marcos regulatórios, propriedade rural, tecnologia, LGPD e outras questões decisivas para o futuro do agronegócio brasileiro.", comenta Antônio Freitas, Diretor da AASP e Coordenador do 1º AgroLegal Summit.

Durante o evento, foram analisados o crescimento do Brasil no agro, baseado em produtividade, tecnologia e políticas agrícolas eficientes, e o impacto do Tarifaço, que apresenta oportunidades para abertura de novos mercados e redefinição de estratégias comerciais. O país exporta atualmente 30% da produção agrícola e registrou recorde histórico em exportação de carne bovina, alcançando 144 países.

"Essa é a primeira grande reunião mundial, depois da nova gestão Trump. É a primeira vez que mais de 100 chefes de Estado irão se reunir", explica. "Essa COP não será para negociar nada novo, ou criar algo novo, mas sim para ter novos rumos nessa reaproximação geopolítica que acontece no mundo", finaliza.

IstoÉ Dinheiro - SP   14/10/2025

As exportações brasileiras de produtos agropecuários alcançaram em setembro o recorde de US$ 14,954 bilhões, informou o Ministério da Agricultura, em nota. O valor, o maior para o mês já registrado na série histórica, é 6,1% superior ao obtido em setembro de 2024, o equivalente a um aumento de US$ 864 milhões ante os US$ 14,090 bilhões registrados um ano antes. O setor representou 49% dos embarques totais do País no último mês, em comparação com 49,5% de setembro de 2024.

Em nota, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou os 444 mercados abertos para produtos agropecuários desde o início de 2023. "Os resultados de setembro mostram, mesmo diante de um cenário externo desafiador, a competitividade do agronegócio brasileiro e o acerto na estratégia reforçada a partir de 2023 de abertura, ampliação e diversificação de mercados e produtos", afirmou o ministro.

O aumento foi influenciado, principalmente, pela alta de 7,4% dos volumes embarcados que compensou o recuo de 1,1% dos preços médios internacionais, segundo nota técnica da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais da pasta.

IstoÉ Dinheiro - SP   20/10/2025

O Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária em 2025 deve atingir R$ 1,409 trilhão, prevê o Ministério da Agricultura. O número fica acima dos R$ 1,406 trilhão estimados pela pasta no mês passado. Em relação a 2024, há crescimento de 11,1%. Para 2024, o ministério também revisou sua projeção de R$ 1,263 trilhão para R$ 1,268 trilhão, aumento de 1,1% ante o ano anterior.

As projeções constam de boletim mensal da Secretaria de Política Agrícola do Ministério. Os dados foram compilados pela reportagem. O VBP é o faturamento bruto dos estabelecimentos rurais, considerando a produção agrícola e pecuária e a média de preços recebidos pelos produtores rurais de todo o País.

Do total previsto para 2025, R$ 929,402 bilhões devem vir das lavouras, equivalente a 66% do total e incremento estimado de 10,6% ante 2024. Outros R$ 479,640 bilhões estão relacionados à produção pecuária, correspondente a 34% do total e alta de 12,3% em comparação com o ano passado. Em 2024, conforme projeções do ministério, o VBP agrícola recuou 3% e o da pecuária cresceu 10,4%

SEGS.com.br - SP   31/10/2025

Modelo de autofinanciamento ganha força no agronegócio e injeta mais de R$ 9 bilhões em créditos para novos tratores, colheitadeiras e implementos

O consórcio consolidou-se em 2025 como um dos motores do agronegócio brasileiro. De janeiro a setembro, o setor de máquinas agrícolas apresentou um avanço expressivo em praticamente todos os indicadores e alcançou o melhor desempenho da série histórica, segundo levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC).

Com crescimento de 47% nos créditos concedidos, que somaram R$ 9,13 bilhões, o segmento mostra que o produtor rural tem recorrido cada vez mais à modalidade para financiar tratores, colheitadeiras e implementos de forma planejada, sem juros e com prazos longos. Mesmo com queda de 16,8% nas adesões, o volume total de negócios aumentou 15,2%, chegando a R$ 19,7 bilhões, impulsionado pelo tíquete médio de R$ 257,19 mil, alta de 46,9% em relação a 2024.

Para Fernando Lamounier, sócio da Multimarcas Consórcios, tais características acabam sendo fatores decisivos para que haja novos meios de investimento. "Embora existam opções de financiamento, os altos juros tornam-nas as opções muitas vezes inviáveis. Já o consórcio se ajusta perfeitamente às necessidades do setor, conquistando uma crescente credibilidade. Por isso, cada vez mais, os produtores, ao planejar suas compras, optam por essa modalidade como uma solução econômica para alcançar seus objetivos", afirma o especialista.

O número de consorciados contemplados cresceu 7,5%, totalizando 36,4 mil cotas, enquanto o total de participantes ativos subiu para 465,8 mil, avanço de 9,3% sobre o ano anterior. O desempenho confirma a importância do consórcio como instrumento de financiamento produtivo no campo, ampliando o acesso a máquinas e equipamentos de alto valor e contribuindo diretamente para a modernização e produtividade das propriedades rurais.

O levantamento da ABAC mostra ainda que o consórcio vem ampliando sua presença em toda a cadeia de veículos pesados, segmento que engloba caminhões, máquinas e implementos agrícolas, embarcações e aeronaves. No total, o setor movimentou R$ 38,6 bilhões em créditos comercializados e registrou R$ 17,9 bilhões em créditos disponibilizados, crescimento de 47% em relação ao ano passado.

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