Este ano de 2024 têm sido bastante desafiador para todos nós brasileiros. Especificamente no setor siderúrgico, estamos assistindo a elevação constante das importações de aços, o que vem causando muita preocupação e um debate acalorado entre empresários, políticos e consumidores. A chegada massiva do aço chinês com preços significativamente mais baixos do que os produtos nacionais levantam questões sobre práticas comerciais desleais e impactos negativos a nossa economia local.

Estamos convencidos de que essa disparidade de preços acontece por uma série de fatores, incluindo economias de escala, baixos custos de mão de obra e subsídios do governo chinês para a indústria do aço. Na prática, esses elementos combinados permitem que o aço chinês chegue ao Brasil com preços muito competitivos, na maioria das vezes abaixo do custo de produção das siderúrgicas nacionais.

O momento deve ser de serenidade com análises críticas e imparciais sobre o tema. Se estivermos pensando na construção de ambientes mais favoráveis às gerações futuras, temos que enfrentar os problemas estruturais da industrialização nacional, e não ficarmos debatendo oportunidades pontuais de mercado. O que pode trazer ganhos vantajosos a curto prazo, no futuro vai representar grandes prejuízos a economia nacional, especialmente às empresas de pequeno porte.

Enquanto Instituição de representação classista, é nosso dever colocar esse debate sobre a mesa, exigindo das partes governamentais a aplicação rigorosa das leis de comércio internacional. Isso vai significar num futuro próximo a garantia de emprego e renda para milhares de trabalhadores que fazem parte da cadeia produtiva da siderurgia nacional. Trata-se de uma escolha: Vamos trabalhar efetivamente para reindustrialização do país ou vamos aceitar passivamente a condição de sermos comerciantes dos produtos industrializados da China.