FORGOT YOUR DETAILS?

Seja bem-vindo ao INDA!

Olá, seja bem-vindo
ao INDA!

31 de Outubro de 2023

SIDERURGIA

Exame - SP   31/10/2023

Na sexta-feira, mais de 100 empresários, congressistas e membros dos governos federal e estadual se reuniram em São Paulo para um evento do Movimento Brasil Competitivo. Em pauta, as oportunidades e os desafios para o Brasil destravar suas vantagens quando o assunto é energia limpa e meio ambiente. Num painel com executivos e executivas de empresas como Cosan, Natura e Tigre o tema era a neoindustrialização verde. Mas um desabafo de Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, que compunha a bancada, roubou a cena (é possível conferi-lo aqui, a partir de 1h56m).

“A coisa mais importante para descarbonizar o setor industrial é ter indústria. Se não tem indústria, não precisa descarbonizar nada. Eu sinceramente estou num momento em que acredito que estamos indo pelo caminho mais fácil que é não ter indústria no Brasil”, disparou Werneck, dando o tom do que viria pela frente nos próximos 10 minutos.

Num discurso de indignação, ele usou a palavra “dramático” cinco vezes para ilustrar a situação da indústria nacional e elencou as dificuldades sofridas pelo setor siderúrgico com a enxurrada de aço chinês que tem chegado ao país.

“Me lembro em 2015, por exemplo, nós tomamos uma decisão muito significativa de investir R$ 5 bilhões em equipamentos para produção de aços planos em nossas usinas em Minas Gerais, na crença de que a gente teria uma indústria naval no Brasil, que nunca veio. Na crença de que teríamos no longo prazo um fornecimento de aço muito significativo para o setor de energia eólica. Nesse momento, não tenho mais nenhum cliente de energia eólica. Todos se foram”, disse.

E continuou. “Estamos passando por um momento muito difícil de desindustrialização e ela é mais crítica num ano como este no qual temos um recorde de importação de aço chinês no Brasil.”

No primeiro semestre deste ano, a receita da Gerdau caiu 6,2%. Com o menor crescimento no mercado interno, a China tem colocado o pé no acelerador nas exportações, com subsídios que tornam o preço do produto final por vezes menores que o custo dos produtores locais. Hoje, as importações diretas e indiretas correspondem a 29% do mercado brasileiro de aço, metade disso vinda dos chineses.

Werneck tem sido cada vez mais vocal sobre o impacto da competição e tem batido ponto em Brasília para pleitear o estabelecimento de uma alíquota de 25% para a importação de produtos siderúrgicos – um pedido que não agrada consumidores intensivos em aço, como a indústria automotiva e de máquinas. Até agora, o governo só concordou em retirar incentivos à importação, com antecipação para 1º de outubro do fim da redução de 10% na alíquota de imposto de importação sobre 12 produtos de aço que só acabaria em 31 de dezembro.

No evento do Movimento Brasil Competitivo – formado há 22 anos e do qual Jorge Gerdau, da família controladora, é chairman –, Werneck também foi enfático sobre o papel das importações de carros chineses sobre a indústria automotiva. Recentemente, a Gerdau concluiu um investimento de US$ 250 milhões na usina de Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, para a produção de aços limpos, mais leves e resistentes e utilizados principalmente pela indústria de carros híbridos e elétricos.

“Fizemos investimentos muito significativos na esperança de que essa indústria aconteceria. E nos deparamos com uma situação em que clientes tradicionais produtores de automóveis no Brasil, como a Ford, deixam o Brasil”, afirmou. “Temos uma penetração muito forte de veículos importados. Tem essa BYD, Build Your Dreams [montadora chinesa]. Talvez ela tenha construído o sonho de alguém, mas certamente não é o meu, porque para um veículo desse a gente não vende sequer um quilo de aço.”

“Em um momento no qual precisamos criar condição para a camada da população brasileira entre 18 e 25 anos que tem um desemprego na faixa de 25%, eu estou na infelicidade de ter demitido 700 pessoas este ano”.

Segundo o executivo, a Gerdau consegue produzir um aço com um décimo das emissões de carbono da China, por conta tanto da matriz energética brasileira quanto o uso de carvão vegetal nos alto-fornos e da grande utilização de sucata de aço no seu processo.

“Estamos num momento dramático, o que é uma pena porque conseguimos construir uma capacidade produtiva muito competitiva do ponto de vista ambiental e estamos vendo isso ser colocado em xeque”, afirmou.

Ainda que o foco tenha ficado na competição com a China e na necessidade do que chamou de “medidas de curto prazo” para preservar a competitividade nacional – leia-se aumento de alíquotas –, o CEO da Gerdau falou também sobre as dificuldades tributárias.

“Hoje aqui no Brasil e tenho 118 pessoas na minha área tributária. Na América do Norte, incluindo México, Estados Unidos e Canadá, eu tenho quatro”, afirmou. As operações têm tamanho semelhante – e, nos últimos dois anos, a divisão americana superou inclusive a brasileira em receita pela primeira vez nos 122 anos da companhia.

Num contraste aparente com o discurso, ele encerrou afirmando que se mantém “otimista” e que a companhia vem buscando sempre os melhores benchmarks internacionais e iniciativas de eficiência operacional para manter a competitividade.

“Do muro para dentro, dificilmente se encontrará hoje uma indústria no mundo que é tão competitiva como a nossa no Brasil. Mas tudo quando sai dos muros de nossas empresas fica complexo demais.”

Valor Investe - SP   31/10/2023

Com isso, a valorização acumulada, os ganhos da commodity estão em 4,7% no ano. Movimento da commodity ampara decisão do Citi de elevar a recomendação da Vale

O Ibovespa, que operou entre ganhos e perdas no pregão de hoje, só não tombou mais porque as ações de mineradoras e siderúrgicas ajudaram a segurar o principal índice acionário. Ao final do dia, as ações Usiminas PNA (3,21%) lideram os ganhos com alta de 4,49%, negociadas a R$ 6,51, os papéis da CSN ON avançaram 2,42%, a R$ 5,07 e os papéis da Vale fecharam estáveis a 0,90%, R$ 68,18 refletindo a valorização do minério de ferro, que subiu 2,5% na bolsa de Dalian.

Os preços do minério de ferro seguem em alta no início desta semana, refletindo o otimismo dos investidores com a nova rodada de estímulo econômico na China. No mercado à vista, a commodity alcançou o maior nível em cinco semanas. Os futuros, por sua vez, alcançaram a melhor cotação desde abril.

No norte do país asiático, segundo índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro encerrou o dia com alta de 0,9%, para US$ 122,90 a tonelada, depois de avançar 2,4% na sexta-feira.

Com isso, a valorização acumulada pela commodity em outubro chegou a 2,6%. No ano, os ganhos estão em 4,7%.

Na Bolsa de Commodity de Dalian (DCE), os contratos mais negociados, com entrega em janeiro, fecharam o dia com alta de 2,5%, para 900 yuan (cerca de US$ 123) por tonelada.

Para o Citi, o minério de ferro está entrando em um período sazonalmente forte, impulsionado pelas reservas das siderúrgicas da China. Por isso, elevou a recomendação da Vale de neutra para compra e aumentou o preço-alvo por recibo de ação (ADR) de US$ 14 para US$ 16.

Para além dos fatores externos, as ações da Usiminas podem subir com perspectiva de geração de caixa e retomada em forno, diz BTG

Os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner escrevem ainda têm pouca visibilidade em relação aos resultados, mas a assimetria de preços parece criar uma tendência de alta, uma vez que o pior cenário já está precificado. Ass ações estão materialmente mais baratas por conta da fraqueza operacional e problemas na reforma do alto forno em Ipatinga (MG).

No entanto, o cenário agora começa a mudar, com a Ternium assumindo o controle da Usiminas, a manutenção do alto forno já indo para sua fase final e sinais de melhoria na geração de caixa.

“Considerando que a Usiminas tem um balanço bem estruturado, com caixa líquido, vem gerando caixa neste segundo semestre e está perto de um realinhamento operacional importante, acreditamos que as ações estão assimétricas”, comenta o banco.

Os resultados de quarto trimestre da Usiminas ainda devem ser fracos, com queda nos preços do aço e custos controlados, mas que isso já está precificado e é aguardado pelos investidores. A surpresa pode vir no fluxo de caixa, apontam.

Infomoney - SP   31/10/2023

A CSN (CSNA3) adquiriu, na última sexta-feira (27), 18,61% do capital social da Panatlântica detidos pela Talavera Administração e Participação. O valor da operação não foi revelado.

Com isso, a siderúrgica passará a deter ações de emissão da Panatlântica representativas de 29,91% do capital social da Panatlântica, companhia que atua no mercado de aços planos.
Também em razão da operação, será celebrado entre a LP Aços e a CSN um novo acordo de acionistas da Panatlântica.

Money Times - SP   31/10/2023

Este pode ser um momento prudente para cobrir posições “short” (vendidas) em Usiminas (USIM5), defende o BTG Pactual, em relatório divulgado nesta segunda-feira (30).

O BTG destaca que, desde o corte de recomendação para “neutro”, em agosto de 2022, o preço da ação da Usiminas está “significativamente mais baixo”, ao mesmo tempo que as obras de manutenção parecem bem encaminhadas e a companhia tem apresentado melhor geração de fluxo de caixa.

“Considerando que a Usiminas está com um balanço muito confortável (próximo ao caixa líquido) e gerando fluxo de caixa positivo (segundo semestre de 2023) em meio a um investimento transformacional do alto-forno em Ipatinga, acreditamos que o risco-retorno parece assimétrico (para cima)”, dizem Leonardo Correa, Caio Greiner e Bruno Lima, do time de análise do banco.

Por volta das 14h20, as ações da companhia saltavam 4,33%, liderando as altas do Ibovespa.

O BTG reconhece que o call de zerar posições vendidas serve para apenas uma parte dos investidores, dada a volatilidade e a visibilidade ainda baixa da tese.

“Mas sentimos que há muitos investidores que ainda estão vendidos a descoberto nas ações”, pondera.

Novo controlador muda o jogo?

Um dos pontos levantados pelo BTG diz respeito à mudança de administração da Usiminas, após a Ternium adquirir o controle da empresa.

Na opinião dos analistas, os investidores têm “atribuído muito pouco crédito, se houver, a quaisquer esforços potenciais de recuperação na Usiminas”.

“Reconhecemos que até o momento há pouca informação e visibilidade do novo CEO (Marcelo Chara) sobre os próximos passos e estratégia, mas a Ternium é inegavelmente uma das melhores operadoras de siderurgia do mundo”, afirmam.

“Considerando que a Usiminas agora será totalmente consolidada nas finanças da Ternium, acreditamos que isso é do melhor interesse do grupo para a recuperação da Usiminas o mais rápido possível”, completa a equipe.

Sobre a expectativa de novos resultados fracos no quarto trimestre do ano, considerando uma queda potencial de 4-5% nos preços médios realizados e custos estáveis trimestralmente, o BTG lembra que 2023 é praticamente um ano não-recorrente para a companhia em termos de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização). Além disso, a administração deu a entender que a Usiminas continuará liberando capital de giro relevante no quarto trimestre, o que pode ajudar materialmente na geração de caixa, acrescenta.

“Em última análise, não vemos risco de alavancagem na Usiminas e acreditamos que esta travessia do segundo semestre de 2023 está vindo melhor do que temíamos”, conclui.

A recomendação para as ações segue neutra até que haja mais visibilidade em relação à trajetória de recuperação da Usiminas. O preço-alvo sugerido é de R$ 8.

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   31/10/2023

A Califórnia Brasil está comemorando 15 anos de atuação no programa Hardox Wearparts da SSAB, rede mundial de centro de serviços de desgaste com capacidade técnica para processar os aços de alta resistência da siderúrgica e que fornece peças e reformas de equipamentos e/ou implementos.

“Essa parceria tem sido essencial para fornecermos ao nosso cliente produtos de alta qualidade e durabilidade”, diz Mauricio Pozzi Monteiro, CEO da Califórnia Brasil.

“Hoje, depois de 20 anos de relacionamento e 15 de parceria, entendemos que todas as conquistas de posições de mercado, conhecimento técnico e crescimento da Califórnia, de modo geral, aconteceram em boa parte pelo suporte da SSAB como parceiro”, avalia.

A Califórnia Brasil é especializada no processamento de aços resistentes ao desgaste por abrasão e tem a meta de atingir 10% de participação de mercado nacional. Como membro do programa, a Califórnia Brasil aplica os materiais da SSAB em uma gama enorme de segmentos relacionados ao desgaste por abrasão, desde componentes de máquinas agrícolas, passando por peças nos equipamentos de reciclagem e finalizando com partes e peças para o setor de mineração.

Fundada em 1986, iniciou suas atividades como distribuidora de produtos siderúrgicos. Em 2004 se aproximou da SSAB para o desenvolvimento do uso do aço Hardox para aplicações e processamento e, em 2008, ingressou no programa Hardox Wearparts da siderúrgica. Hoje, é uma indústria metalmecânica especialista em soluções de engenharia para o mercado de componentes em aço que sofrem desgaste por abrasão.

Mais de 500 empresas fazem parte do programa Hardox Wearparts em mais de 80 países, sendo oito localizadas no Brasil.

Investing - SP   31/10/2023

Analistas do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) avaliam que este pode ser um "momento prudente" para investidores cobrirem suas posições vendidas em ações da Usiminas (BVMF:USIM5), conforme veem os preços dos papéis em níveis significativamente mais baixos, bem como obras de manutenção bem encaminhadas e melhor geração de fluxo de caixa.

"Reconhecemos que este é um apelo para apenas um punhado de investidores -- dada a elevada volatilidade e a baixa visibilidade --, mas sentimos que há muitos investidores que ainda estão vendendo as ações a descoberto", afirmaram Leonardo Correa e Caio Greiner em relatório a clientes.

"Considerando que a Usiminas está com um balanço muito confortável -- próximo ao caixa líquido -- e gerando FCF positivo -- segundo semestre de 2023 -- em meio a uma reforma transformacional do alto-forno em Ipatinga, acreditamos que o trade parece assimétrico -- para cima. "

Na B3 (BVMF:B3SA3), por volta de 11:50, as ações da Usiminas avançavam 3,21%, a 6,43 reais, entre os melhores desempenhos do Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, que tinha variação negativa de 0,05%. Na máxima da sessão até o momento, os papéis chegaram a 6,60 reais.

Mesmo "entusiasmados" com o case de alto risco, os analistas do BTG, o maior banco de investimentos da América Latina, reiteraram a recomendação "neutra" para os papéis, "por enquanto, até que haja mais visibilidade no caminho da recuperação em 2024", conforme o relatório com data de domingo.

Eles cortaram a recomendação das ações da Usiminas para "neutra" em agosto de 2022, citando baixa visibilidade dos lucros, obras de manutenção futuras em Ipatinga e contratempos operacionais. O preço-alvo é de 8 reais para a ação.

Na semana passada, quando divulgou seu balanço do terceiro trimestre, executivos da companhia afirmaram esperar condições de mercado ainda desfavoráveis para recuperação de seu desempenho no quarto trimestre, após registrar no terceiro trimestre o primeiro Ebitda negativo desde o final de 2015.

O diretor financeiro da companhia, Thiago Rodrigues, contudo, afirmou que a "visão é de ainda ser um trimestre difícil... mas dentro do esperado, com visão positiva para 2024".

Na ocasião, o CEO da companhia, Marcelo Chara, afirmou que a reativação do alto-forno 3, da usina da empresa em Ipatinga (MG), paralisado desde abril, deve ocorrer "nos próximos dias", e que a expectativa da empresa é que resulte em ganho de eficiência e redução de custos a partir do próximo ano

ECONOMIA

IstoÉ Online - SP   31/10/2023

O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 30, pelo Banco Central trouxe leve alteração na projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. A mediana para a alta da atividade em 2023 oscilou de 2,90% para 2,89%, contra 2,92% há um mês. Considerando apenas as 63 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2023 passou de 2,90% para 2,84%.

Para 2024, o Relatório Focus também trouxe estabilidade na estimativa de crescimento do PIB, que continuou em 1,50% na semana, mesmo patamar de um mês atrás. Considerando apenas as 61 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB de 2024 também seguiu em 1,50%.

Em relação a 2025, a mediana continuou em 1,90%, mesmo nível de quatro semanas antes. O Boletim ainda trouxe a estimativa de crescimento para 2026, que se manteve em 2,00%, mesmo nível de um mês atrás.

O governo espera que o crescimento do PIB este ano alcance 3,2%. Já no Banco Central, a estimativa atual é de 2,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro.

Relação dívida/PIB

O Boletim Focus trouxe manutenção na projeção para o endividamento público neste ano na edição publicada nesta segunda. A estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2023 seguiu em 60,60%, ante 60,50% de um mês atrás.

Para o déficit primário em relação ao PIB este ano, a mediana continuou em 1,10%, mesmo nível de um mês antes. O Ministério da Fazenda buscava entregar um resultado deficitário de 1,0% do PIB em 2023, mas o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, admitiu na semana passada que o resultado deve ser um pouco pior.

Já a estimativa do Focus para o déficit nominal este ano seguiu em 7,50% do PIB, ante 7,40% de um mês atrás. O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

2024

Para o próximo ano, a estimativa para a dívida líquida passou de 63,90% para 63,68% do PIB, ante 63,90% de quatro semanas antes. Já o déficit primário esperado para 2024 piorou de 0,75% para 0,78% do PIB. O déficit nominal projetado na Focus passou de 6,80% para 6,82% do PIB. Há um mês, os porcentuais eram de 0,75% e 6,57%, respectivamente.

No fim de agosto, o governo apresentou o projeto de lei orçamentária de 2024 ao Congresso. A peça prevê superávit de R$ 2,8 bilhões em 2024 (0% do PIB), mas depende da arrecadação de R$ 168,5 bilhões em medidas extras, entregues ao Parlamento junto com o Orçamento. Na última sexta-feira, 27, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva avisou que o governo “dificilmente chegará à meta zero”, até porque o chefe do Executivo “não quer fazer cortes em investimentos e obras”.

Déficit em conta corrente

Os economistas do mercado financeiro alteraram a estimativa de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos para 2023 no Boletim Focus desta semana.

A projeção deficitária passou de US$ 39,70 bilhões para US$ 38,30 bilhões, ante US$ 43,30 bilhões de um mês atrás. Para o próximo ano, a estimativa de déficit saiu de US$ 51,00 bilhões para US$ 47,80 bilhões, ante US$ 51,35 bilhões há quatro semanas.

Em relação ao superávit da balança comercial em 2023, a projeção avançou de US$ 74,35 bilhões para US$ 74,95 bilhões, contra US$ 72,10 bilhões há um mês. Para 2024, a mediana superavitária passou de US$ 61,80 bilhões para US$ 60,60 bilhões, de US$ 60,95 bilhões quatro semanas antes.

Os analistas consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) avaliam que o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o rombo em transações correntes neste e no próximo ano.

A mediana das previsões para o IDP em 2023 despencou de US$ 79,40 bilhões para US$ 72,00 bilhões. Há quatro semanas, estava em US$ 80,00 bilhões. Para 2024, a estimativa foi mantida em US$ 80,00 bilhões pela 39ª vez.

Agência Brasil - DF   31/10/2023

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define, na próxima quarta-feira (1°/11), a taxa básica de juros, a Selic. Na sétima reunião de 2023, que começa amanhã (31), a expectativa é que o órgão reduza a taxa dos atuais 12,75% ao ano para 12,25% ao ano, segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do BC com analistas de mercado.

Este deverá ser o terceiro corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

Os membros do Copom já previam cortes de 0,5 ponto percentual nas reuniões do segundo semestre. Na ata do último encontro, em setembro, o órgão manteve a avaliação que esse é o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista (juros que desestimulam a economia) necessária para controlar a inflação.

A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano.
Inflação

Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação é 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%.

Em setembro, o aumento de preços da gasolina pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,26% [https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-10/inflacao-de-setembro-fica-em-026], segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi acima da taxa de agosto, que teve alta de 0,23%.

A inflação acumulada este ano atingiu 3,50%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 5,19%, ficando acima dos 4,61% dos 12 meses imediatamente anteriores.

Ainda na última ata, o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação [http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-09/incerteza-nos-mercados-e-expectativa-de-inflacao-em-alta-preocupam-bc] acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Infomoney - SP   31/10/2023

Os juros futuros encerraram a segunda-feira em forte alta, dado o aumento do risco de mudança da meta fiscal, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não ter defendido, pelo menos com a contundência esperada, o compromisso de zerar o déficit primário no ano que vem. Na sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia colocado o objetivo em xeque.

Em outra frente, o governo finalmente anunciou os indicados para as duas diretorias do Banco Central, com o nome do coordenador do IPC-S da Fundação Getulio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, sendo bem recebido.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) janeiro de 2025 fechou em 11,155%, de 10,977% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2026 subiu de 10,79% para 11,05%. O DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 11,22% no fechamento da sessão, de 10,94% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2029 avançou de 11,35% para 11,60%.
Já na sexta-feira, havia causado estragos na curva a avaliação de Lula sobre a área fiscal, ao dizer que a meta de primário “não precisa ser zero”, citando, na sua percepção, um custo alto demais, como a necessidade de cortes em investimentos, e que ela dificilmente seria atingida.

Nesta segunda-feira, após reunir-se com Lula, Haddad chamou uma entrevista coletiva. Disse ter apresentado a Lula várias alternativas para buscar o equilíbrio fiscal e, que, se tiverem o aval do presidente, serão apresentadas ao Congresso, incluindo a possibilidade de antecipação de medidas que eram previstas só para 2024. Mas quando questionado pelos jornalistas sobre a questão da meta de déficit zero propriamente dita, ele respondeu que “a ‘minha meta’ está mantida para buscar equilíbrio fiscal de todas as formas justas e necessárias”, antes de deixar o auditório enquanto ainda era questionado pelos repórteres.

Não passaram despercebidos o uso da primeira pessoa, o que para alguns analistas foi lido como um sinal de isolamento do ministro dentro do governo, nem a irritação de Haddad na entrevista. “Estava nitidamente desconfortável, adotando tom mais ríspido em suas respostas aos jornalistas, algo que destoa do modo cortês do ministro da Fazenda”, destaca Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos. “Algo mais profundo está velado nesse quebra-cabeça, visto que há uma clara mudança de ‘modus operandi’ do Executivo junto ao Legislativo.”

Até as taxas curtas, que em semana de Copom oscilavam perto da estabilidade na primeira etapa, passaram a subir efetivamente à tarde, dado o impacto na precificação das apostas para o ciclo da Selic. Por volta as 16 horas, o corte de 50 pontos-base nesta quarta-feira estava amplamente precificado, mas para o Copom de dezembro a curva apontava -42 pontos, ou seja, 30% probabilidade de desaceleração do ritmo para 25 pontos. Para o fim de 2023, a projeção estava entre 11,75% e 12,00%, enquanto a precificação de Selic no fim de 2024 estava pouco abaixo de 11%.

Sobre os indicados para o BC, agradou bastante o nome de Picchetti para a diretoria de Assuntos Internacionais no lugar de Fernanda Guardado, cujo mandato expira em 31 de dezembro. Havia algum receio de que a diretora, considerada da ala mais hawkish, fosse substituída por alguém de perfil heterodoxo e, por isso, a indicação do professor foi recebida com alívio. Doutor em Economia pela University of Illinois e mestre em Economia pela USP, especializado em econometria, Picchetti é uma das maiores autoridades do País no tema da inflação e, na avaliação do mercado, é um nome de perfil técnico para o Copom, uma vez aprovado pelo Senado.

Para a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta no lugar de Mauricio Moura, que também deixa a pasta no fim do ano, o governo indicou Rodrigo Teixeira, antigo funcionário do BC e que trabalhou com Haddad na prefeitura de São Paulo, e também no governo federal. Hoje, está na Casa Civil.

BOL - SP   31/10/2023

A atividade industrial na China registrou contração em outubro, após uma leve recuperação em setembro, segundo os dados oficiais divulgados nesta terça-feira.

O índice de gestão de compra do setor industrial - um indicador crucial da produção industrial - foi de 49,5 em outubro, abaixo da marca de 50 pontos que separa a expansão da contração, informou o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS).

O indicador atingiu o terreno positivo (50,2) em setembro, depois de cinco meses consecutivos de queda.

"Em outubro (...) a prosperidade do setor industrial voltou manufatureiro voltou a registrar queda", afirmou o NBS.

A segunda maior economia do planeta enfrenta uma recuperação incerta após a pandemia de covid-19, com um consumo interno frágil e uma crise do setor imobiliário que afetam o crescimento.

Pequim anunciou na semana passada que emitirá um trilhão de yuanes (137 bilhões de dólares, 685 bilhões de reais) em títulos soberanos para impulsionar os gastos em infraestruturas, o mais recente de uma série de estímulos econômicos.

A economia da China cresceu 4,9% no terceiro trimestre, acima do esperado. As autoridades do país estabeleceram a meta de 5% para 2023, que seria um dos menores índices em várias décadas.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   31/10/2023

O preço do minério de ferro ampliou ganhos nesta segunda-feira, com os futuros mais ativos na bolsa de Dalian batendo o nível psicológico chave de 900 iuanes (122,98 dólares) a tonelada métrica, impulsionado pela demanda sólida e pelo otimismo após a decisão do principal consumidor, a China, de implementar estímulos fiscais.

O minério de ferro janeiro mais negociado na bolsa de Dalian encerrou o dia com alta de 2,51%, a 900 iuanes a tonelada, o maior valor desde 3 de abril.
O principal órgão parlamentar da China aprovou uma emissão de títulos soberanos de 1 trilhão de iuanes e também um projeto de lei para permitir que os governos locais antecipem parte de suas cotas de títulos de 2024, como os mais recentes esforços para estimular sua economia.

A Baoshan Iron and Steel, a maior siderúrgica listada da China, disse que espera que a demanda de aço no país encontre forte suporte dos setores de infraestrutura tradicionais e novos no último trimestre deste ano e em 2024.

O suporte também vem “da forte demanda remanescente por minério de ferro, já que menos usinas do que o esperado cortaram a produção, apesar das margens continuamente reduzidas”, disseram analistas da Sinosteel Futures em uma nota.

Exame - SP   31/10/2023

O minério de ferro atingiu a cotação mais alta em mais de cinco semanas depois que a Vale (VALE3) sinalizou tendência de alta para os preços.

Os futuros da matéria-prima em Singapura avançaram até 1,9% nesta segunda-feira, 30, para US$ 121,95 a tonelada, após ganho de mais de 6% na semana passada.

Vale vê riscos positivos para minério de ferro

A Vale vê riscos positivos para o minério diante da disposição clara do governo chinês de apoiar projetos de infraestrutura, segundo o vice-presidente executivo de soluções de minério de ferro da empresa, Marcello Spinelli.

O mercado de minério de ferro está muito equilibrado e não há aumento de oferta vindo de nenhuma região, disse Spinelli em teleconferência na sexta-feira, quando os mercados na Ásia já estavam fechados.

O otimismo aumentou na semana passada, com o anúncio de estímulo fiscal do governo em Pequim, incluindo emissões de dívida adicionais de cerca de 1 trilhão de iuanes (US$ 140 bilhões). O gasto adicional se concentrará em infraestrutura.

O mercado também avalia o risco de paralisação dos maquinistas de trens da BHP na região de Pilbara, no oeste da Austrália. Um sindicato que representa cerca de 500 trabalhadores votou a favor de uma greve por melhores condições de trabalho.

Veja - SP   31/10/2023

A Vale vai investir 25 milhões de dólares, até 2027, no projeto do ICMBio e do Instituto Chico Mendes sobre genoma de espécies ameaçadas de extinção no Brasil.

O investimento será usado na aquisição, capacitação e operação de equipamentos de tecnologia avançada necessários ao sequenciamento do genoma das espécies.

Máquinas e Equipamentos

Revista Manutenção e Tecnologia - SP   31/10/2023

Principal feira de máquinas e equipamentos para construção e mineração da América Latina, a M&T Expo deve superar R$ 3 bilhões em volume de negócios para os mais de 600 expositores do evento.

Organizada pela Messe München do Brasil com apoio institucional Sobratema, a feira acontece de 23 a 26 de abril de 2024, no São Paulo Expo, na capital paulista.

Em encontro realizado no dia 22 de outubro no Sicepot/RS, a gerente de projetos da Messe München do Brasil, Thaisa Miyasaki, assinalou que ao menos 90% do espaço de 70 mil m2 já foram reservados por expositores.

Além de lançamentos de máquinas, equipamentos, peças, componentes e serviços, a feira prevê a realização de eventos de conteúdo, demonstração de máquinas e cursos de capacitação.

Segundo Rui Toniolo, diretor regional da Sobratema para os estados de SC e RS, o foco principal é a participação das empresas.

“Na M&T Expo serão apresentadas as principais inovações tecnológicas da atualidade, além de oferecer um alto potencial de networking, que é por onde se movimentam os negócios”, disse ele no encontro.

O presidente do Sicepot/RS, Rafael Sacchi, afirmou que o setor conta com um leque de oportunidades em termos de investimentos, cenário em que a M&T Expo se destaca ao revelar o futuro em termos de máquinas e equipamentos.

Somente o Daer, disse ele, aplicou, cerca de R$ 600 milhões até outubro, com previsão de alcançar R$ 850 milhões até o final do ano, o que contabilizaria uma média de R$ 800 milhões no triênio 2021-2023, o que ele considera ainda distante da potencialidade do setor.

“Não existe desenvolvimento social sem infraestrutura, mas infelizmente o Brasil ainda está distante de atingir o necessário”, afirmou Sacchi, ao lembrar que o país não investe nem 1% do PIB no setor.

“O avanço dos investimentos em relação ao PIB, como ocorre em outros países, é fundamental para que o mercado de máquinas consiga prosperar”, observou.

AUTOMOTIVO

O Estado de S.Paulo - SP   31/10/2023

A falta de infraestrutura de carregadores deve atrasar a expansão do mercado de carros elétricos nos Estados Unidos, enquanto na Europa a discussão é o alto custo dos modelos, que começam a perder incentivos dados pelos governos nos últimos anos para estimular a compra.

Também há receio entre as montadoras de falta de matéria-prima e componentes, em especial, baterias, cuja produção é concentrada na Ásia. Com esse cenário, indústrias do setor automotivo ampliam os debates sobre uma revisão dos prazos para atendimento das metas de descarbonização na área de transporte.

Boa parte da indústria automobilística acredita que a mudança para a produção de veículos 100% elétricos não é viável nos prazos atuais. A primeira etapa prevê o fim da produção de carros a combustão entre 2030 e 2035 e, a segunda, de zero emissões de carbono no setor de transporte até 2050.

As montadoras afirmam estar comprometidas com investimentos na descarbonização, mas dizem haver um descompasso com as cadeias de suprimento de baterias, de matérias-primas (minerais), de infraestrutura de recarga e de energia renovável.

“Já estamos desenvolvendo, produzindo e vendendo carros elétricos e híbridos”, afirma John Bozzella, presidente da Organização Internacional dos Fabricantes de Veículos (Oica), entidade com sede na França que representa montadoras do mundo todo. “Somos os líderes desse time, mas são necessários todos os jogadores para atingir metas ambiciosas.”

Segundo ele, as vendas de EVs (veículos elétricos, na sigla em inglês) cresceram rapidamente, mas a infraestrutura não. “A indústria automotiva e outros setores não estão convencidos, ainda, de que haverá carregadores suficientes, assim como componentes, matéria-prima e energia sustentável.”

Bozzella esteve em São Paulo de quinta-feira, 26, a sábado, 28, para a Assembleia Geral da Oica, que ocorre anualmente e, pela primeira vez, foi realizada no Brasil. Ele defende que os governos criem estratégias regulatórias para a redução de emissões de CO2 para todos os setores envolvidos. “Sem isso, não haverá condições para atingir emissão zero em 2050."

O evento foi organizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que aproveitou para mostrar aos representantes dos demais países as propostas de descarbonização do Brasil com combustíveis renováveis, como o etanol.

Participaram do evento dirigentes de associações de montadoras da África do Sul, Alemanha, Austrália, Áustria, Coreia do Sul, EUA, França, Holanda, Itália, Japão, Noruega, Portugal, Reino Unido e Suécia. Essas entidades representam empresas responsáveis pela produção de 60 milhões de veículos ao ano. Uma ausência importante foi a da China.

Menos incentivos

Bozzela também preside a Aliança para Inovação Automotiva, que reúne fabricantes de vários segmentos do setor automotivo dos EUA. Ele confirma que, no país, faltam postos de recarga. A consultoria Cox Automotive prevê vendas de 1 milhão de carros elétricos nos EUA neste ano. No primeiro semestre, já foram vendidas 557 mil unidades.

Embora as vendas estejam em alta, já há registros, nos EUA, de consumidores que estão trocando modelos elétricos por híbridos — que combinam um motor a combustão com uma bateria e não precisam ser abastecidos na tomada.

O presidente da Oica diz que já há desaquecimento de vendas de elétricos em alguns países, em parte porque os governos estão reduzindo ou retirando incentivos para a compra, que inicialmente ficavam na faixa de US$ 7,5 mil.

Na União Europeia, há um processo de revisão de metas para a descarbonização. Alemanha, Itália, Polônia e República Tcheca pediram exceções para manter a venda de carros a combustão além de 2035.

Pelo menos a reivindicação da Alemanha foi atendida até agora, desde que os veículos usem combustíveis sintéticos (produzido a partir da combinação de gás de hidrogênio e dióxido de carbono por meio de processos químicos). Eles poluem menos que o diesel e a gasolina, mas não são zero emissão.

Experiência brasileira

O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, afirma que não vê o Brasil em atraso no processo de descarbonização porque o País dispõe de combustíveis “verdes”, como etanol e biocombustíveis, além de ter 80% de sua matriz energética renovável. “Será uma transição mais conservadora”, diz.

“Hoje, percebemos que há uma preocupação (por parte de outros países) com medidas que foram tomadas nesse processo de novas tecnologias”, afirma Leite. Segundo ele, os membros da Oica estão interessados em conhecer mais sobre as alternativas do País.

Lá fora, diz Leite, a opção foi pelos carros elétricos porque não tem outra opção, mas há um entendimento de que os prazos são curtos para mudar todo o sistema produtivo. A própria China, que saiu na frente, hoje tem 20% de suas vendas totais voltada aos carros elétricos, participação que ele considera pequena diante do tamanho do mercado.

Ele ressalta que, no Brasil, ao fazer a medição das emissões pelo ciclo completo de produção do combustível (do plantio da cana ao escapamento do carro), o País está avançado em termos de emissões com o uso do etanol. Na Europa, por exemplo, onde países como a Alemanha tem sua energia elétrica baseado no carvão, o carro elétrico não seria considerado de emissão zero na medição feita pelo Brasil.

“Cada região tem uma realidade diferente e é preciso entender isso”, afirma o presidente da Anfavea.

Para Bozzella, a experiência brasileira “naturalmente será diferente do resto do mundo”. Em sua opinião, cada mercado precisa discutir com os governos o que é mais eficiente. “Temos de ser sensíveis às diferentes condições, mas é importante criar políticas necessárias para essa transição, pensando inclusive no que vai ocorrer com o mercado”, diz.

Valor - SP   31/10/2023

Montadora é a última das grandes empresas do setor automotivo americano a chegar a um acordo com o United Auto Workers

A General Motors (GM) chegou a um novo acordo trabalhista com a United Auto Workers (UAW), sindicato da indústria automobilística dos EUA, para encerrar a paralisação que já dura mais de seis semanas, segundo fontes revelaram ao “The Wall Street Journal”.

A montadora é a última das grandes empresas do setor automotivo americano a chegar a um acordo, Ford e Stellantis encerraram a disputa com a UAW na última semana. Isso põe fim a uma greve histórica que fez mais de 45 mil trabalhadores nos EUA cruzarem os braços.

Na noite de sábado (28), o sindicato havia convocado uma paralisação da fábrica da GM no Tennessee, expandindo a briga com a montadora mesmo com as negociações avançando e após ter assinado acordos com Ford e Stellantis.

Os termos do acordo que GM e UAW ainda não foram divulgados, mas fontes afirmam que devem se alinhar ao que o sindicato americano assinou com as outras duas companhias do setor.

O canal “CNBC” afirma que o acordo com a GM terá a duração de quatro anos e meio e inclui um reajuste de 25% para os salários. Os salários iniciais terão reajuste de 68%, a US$ 28 a hora.

CONSTRUÇÃO CIVIL

Money Times - SP   31/10/2023

Depois de falar de modo geral sobre como a China pode enfrentar os desafios econômicos e tratar especificamente da demanda doméstica, desta vez, o foco desta coluna concentra-se em um dos setores chineses que é destaque no noticiário do mercado financeiro há algum tempo: o setor imobiliário.

Desde a crise da Evergrande, em 2021, as incorporadoras chinesas têm sofrido com dívidas enormes, baixa demanda e queda nos preços dos imóveis.

A própria Evergrande, que junto com a Country Gardens responde por cerca de 40% das vendas de casas no país, vive uma situação problemática: a primeira declarou falência e a segunda está à beira da inadimplência.

É difícil não exagerar ao tratar da importância do setor imobiliário na economia da China. Atualmente, a construção civil representa cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) da China, ante cerca de 10% em 2000. As construtoras e incorporadoras são uma importante fonte de receitas para os governos locais, através da concessão de empréstimos e vendas de terrenos.

Além disso, os imóveis agora representam quase dois terços da riqueza das famílias na China. Não é nenhum segredo de Estado que o crescimento da China tem dependido excessivamente de investimentos em infraestrutura, que são cada vez menos produtivos, e do setor imobiliário, que está muito endividado e vulnerável.

De acordo com cálculos do The Wall Street Journal, na década de 1990, foram necessários cerca de US$ 3 de investimento para a China produzir US$ 1 de crescimento do PIB; agora custa cerca de US$ 9. Portanto, houve uma forte redução da produtividade, que não pode ser sustentada.

Mãos à obra pelo setor imobiliário

O governo chinês certamente reconhece a necessidade crítica de estabilizar o setor imobiliário, porém sem fornecer garantias que possam distorcer os mercados.

As lideranças chinesas defendem o bom uso da “caixa de ferramentas políticas” para melhor atender às necessidades de moradia e promover o “desenvolvimento saudável” do setor imobiliário.

As medidas incluem:

Diminuir o risco ao setor financeiro, reduzir a dívida do governo local e proteger as instituições financeiras, pequenas e grandes, também fazem parte do plano.

Nessa nova ferramenta política, os mutuários com empréstimos pessoais para a primeira habitação podem solicitar à instituição financeira a substituição do financiamento existente a juros menores. Além disso, em 2024 e 2025, os contribuintes que venderem as casas que possuem e voltarem a adquirir um imóvel dentro do prazo de um ano após a venda receberá uma restituição do imposto sobre a renda pessoal pago na operação.

Nas cidades, Shenzhen procurou reforçar o mercado imobiliário, revertendo limites rígidos para a compra de casas que haviam sido adotadas para conter a especulação. A megacidade do sul também flexibilizou os critérios de elegibilidade para a compra de casa, afetando alguns divorciados.

Outras cidades grandes, como Pequim, Xangai e Guangzhou, além de capitais de províncias, como Wuhan e Xi’an, agora concedem aos compradores de primeira viagem a opção de hipoteca da primeira casa, independentemente de terem casa própria anteriormente. A província de Jilin também tem novos incentivos para encorajar os agricultores a comprar casas em vilas e cidades.
A caixa de ferramentas chinesa

Serão todas essas medidas capazes de aumentar a compra de imóveis de forma sustentada ou terão vida curta?
Meu palpite é de que o governo continuará, como é seu método, a monitorizar e avaliar, corrigindo o curso com novas políticas, conforme necessário.

Embora a “caixa de ferramentas” se concentre em melhorar a vida das pessoas, incluindo a construção de habitação a preços acessíveis e serviços públicos, a grande visão da China é estabelecer um novo modelo de desenvolvimento para o setor imobiliário a longo prazo.

Valor - SP   31/10/2023

Desafio de empresas é encontrar soluções sustentáveis para que métodos de baixo custo também garantam qualidade

A Alea, empresa de construção off-site (fora do canteiro de obra) da Construtora Tenda, entende que a melhor forma para erguer casas populares e acessíveis para o público de baixa renda é a inovação. Isso a levou a criar um método construtivo próprio (Wood Frame) no Brasil que utiliza perfis de madeira para obras rápidas e sustentáveis. “A Alea não utiliza aço nos radiers [fundação rasa que se assemelha à placa ou laje, construída sobre o solo e abaixo da obra], apenas concreto com fibra, que garante diminuição de custos”, explica Luis Martini, COO de empresa.

De acordo com ele, trata-se de um produto acessível para pessoas, por exemplo, das faixas 1 e 2 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), já que é feito por meio de uma tecnologia inovadora desenvolvida pela empresa em escala industrial, que entrega maior conforto térmico e acústico aos usuários, além de ser sustentável. Para isso, explica Martini, a empresa utiliza madeira de reflorestamento como material estrutural, que possui pegada de carbono negativa, “sequestra” CO2 do ar para crescer e o estoca dentro das paredes da casa.

Além de ser mais sustentável, segundo Martini, a tecnologia Wood Frame promove “maior conforto térmico, menor consumo de energia e mais qualidade de vida para os clientes”. Dessa forma, acrescenta o executivo, a companhia utiliza tecnologia de ponta para famílias de baixa renda e oferece um produto com qualidade superior quando comparado aos que estão no mercado.

Martini informa que a fábrica desse produto da Alea em Jaguariúna (SP) tem capacidade de produzir uma unidade a cada 36 minutos, o equivalente a dez mil casas por ano. Quando transportadas para as obras, cada casa pré-montada (paredes e telhados) pode ser executada e erguida em até duas horas, ficando pendentes apenas os detalhes de acabamento da obra para o canteiro.

Segundo o executivo, todos os projetos do conceito de moradia de Alea têm tido uma venda sobre oferta (VSO) média de 56% por trimestre. Esse indicador mede o percentual da oferta vendida no mês de referência da pesquisa. Ou seja, é a relação em unidades das vendas líquidas no período sobre a oferta inicial mais os lançamentos do período. “A empresa já entregou, até o momento, mais de mil casas, e a expectativa é lançar até duas mil unidades ainda em 2023, feitas e entregues por um time de mais de 300 pessoas”, informa Martini.

Já a C.A.C. Engenharia, com foco nos mercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, concentrou seu método em paredes de concreto moldadas no local para a construção de edificações com base na NBR 16055/2022 (norma brasileira da Associação Brasileira de Normas Técnicas), cuja revisão abriu uma gama maior de possibilidades de aplicação do sistema construtivo.

“Os setores e as padronizações dos processos e produtos nos permitem uma produção em larga escala e uma montagem mais rápida no canteiro de obras, o que aumenta a capacidade de produção e melhora a qualidade do produto”, diz Cristiano Coluccini, CEO da construtora.

Na questão de sustentabilidade, o executivo informa que a companhia utiliza indicadores ambientais com o objetivo de controlar rigorosamente o consumo de água e de energia, além de verificações dos resíduos no canteiro de suas obras com separação e coleta seletiva. “Nos nossos novos empreendimentos, estamos destinando áreas exclusivas de reúso de águas pluviais e a plantação de árvores frutíferas”, explica Coluccini.

Ele lembra que a adoção de novos procedimentos e o uso de inteligência artificial para o controle de qualidade de suas obras, além de definição de padrões de segurança e treinamento, permitiram redução de custos, aumento de produtividade e maior conhecimento e reconhecimento de seus clientes.

O grupo ADN, cujas operações abrangem praticamente todo o interior de São Paulo, aponta que, num momento em que se vem verificando um aumento considerável nos custos do metro quadrado de área construída, a solução passa pelo aumento da eficiência construtiva, pela tecnologia e pela transformação do canteiro de obra em linhas de montagem, com peças e partes do imóvel sendo produzidas off-site.

“Para isso, precisamos pesquisar e desenvolver materiais mais baratos e duráveis, ter um planejamento de obra mais eficiente e ter uma venda planejada e condições de pagamento que casem com o tempo de obra”, explica Kamila Kotsubo, líder de sustentabilidade e inovação do grupo ADN. Na sua avaliação, esse é um dos principais e maiores desafios da indústria da construção, que busca como criar um modelo mais rentável e escalável.

“Vemos algumas empresas com avanços importantes nesse campo, novas fábricas sendo montadas e a própria Caixa Econômica Federal embarcando novos métodos construtivos no programa Minha Casa, Minha Vida”, diz Kotsubo. Ela explica que a empresa conta com um setor dedicado a pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) focado em estudar o que há de mais inovador no mercado: novos métodos construtivos, novos materiais e novas formas de planejar e gerir.

“O monitoramento tecnológico é constante, além da inovação aberta. Nosso time de PD&I fica fisicamente inserido em um centro de inovação tecnológico, onde estão informações de empresas que oferecem soluções e startups com novas ideias que surgem todos os dias”, explica a executiva.

Para ela, essa relação com o ecossistema é fundamental na busca por soluções para minimizar custos e aumentar a qualidade dos produtos. Segundo Kotsubo, a empresa mantém contato constante com startups, avalia as novas ideias por meio de provas, testa e as implementa. “A inovação aberta é, sem dúvida, um ótimo caminho para inovarmos no setor da construção civil”, diz.

Na área de controle de geração de resíduos, a empresa trabalha com logística reversa e soluções coletivas para minimizar impactos ambientais. Na parte de energia, a ADN está finalizando a implementação de fonte 100% renovável (eólica e solar) em suas obras.

Valor - SP   31/10/2023

Do projeto à execução, inovações tecnológicas combinadas a novos materiais produzem obras sustentáveis e mais eficientes

Tecnologia BIM (Building Information Modeling), realidade virtual, gestão de projetos e drones, por um lado, e materiais como hidrocerâmica, concreto biorreceptivo, madeira transparente, grafeno, bioconcreto, espuma de alumínio e telhas solares, por outro, vêm conseguindo uma transformação sem precedentes na construção civil, na avaliação de representantes do setor.

Apontada como importante atividade econômica, além de ser grande empregadora, a construção civil é também um dos setores que mais consomem recursos naturais (30%) e energia (40%). Também contribui com 30% das emissões de gases de efeito estufa no mundo, segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Nesse cenário um tanto preocupante, o desenvolvimento de tecnologias e a adoção de materiais de baixo impacto ambiental estão permitindo à indústria da construção melhorar seus impactos em relação ao meio ambiente e reduzir custos e tempo, além de apresentar obras cada vez mais sustentáveis e eficientes.

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) diz que investir em inovação, em tecnologia e em novos materiais é uma estratégia inteligente, sustentável e importante para agregar valor aos projetos, reduzir custos operacionais e garantir vantagens competitivas. “Há um maior comprometimento da indústria da construção com a agenda ambiental”, aponta Renato Correia, presidente da Cbic.

Para ele, a adoção das práticas ESG (ambientais, sociais e de governança) é um caminho sem volta. “O setor aposta na eficiência energética dos empreendimentos, incentiva construções verdes e o uso sustentável de materiais, de energia e de água, além da gestão de resíduos para garantir canteiros de obras mais limpos e eficientes”, explica.

Correia diz que o setor está voltado para a descarbonização e, por isso, tem buscado ferramentas de medição da emissão de gases de efeito estufa. “Hoje, contamos com uma calculadora de consumo energético e emissões de carbono, o CECarbon, conduzida pelo SindusCon-SP, entidade associada à Cbic. O recurso permite mensurar o impacto desses indicadores e a forma de reduzi-los.”

Já a indústria brasileira de materiais de construção, segundo Laura Marcellini, diretora técnica da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), vem inovando continuamente para reduzir impactos ambientais de seus processos produtivos, com medidas como a implantação de sistemas de reúso de água, substituição de fontes de energia por outras renováveis e otimização do consumo de água e energia, entre outras.

“As empresas têm divulgado metas e ações individuais e setoriais voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa e objetivos de neutralidade de carbono, com destaque nos segmentos de cimento e aço”, acrescenta Marcellini. Ela destaca também elementos inovadores em vedações, revestimentos, esquadrias, vidros e coberturas com comportamento térmico mais eficiente que diminuem o consumo de energia, seja para resfriar ou aquecer ambientes.

“Se compararmos as soluções em produtos que temos hoje com as que tínhamos dez anos atrás, fica nítida a evolução da oferta no que diz respeito à incorporação de [alta] tecnologia e sustentabilidade”, afirma a executiva da Abramat.

A Plaenge, construtora voltada para obras de alto padrão e maior valor agregado, informa que adotou em grande escala a tecnologia BIM em sua forma mais avançada (BIM 5D), que inclui modelagem, planejamento e controle de custos de todos os seus empreendimentos. “Nosso propósito é ampliar eficiência, reduzir o desperdício e mudar a percepção do nosso segmento, que é visto como consumidor de recursos naturais”, diz Marcelo Resquetti, diretor da empresa.

O investimento anual da Plaenge em inovação é de pouco mais de R$ 44 milhões, além de parcerias estratégicas como a estabelecida com a Porsche Consulting para otimizar seus processos comerciais e a personalização. Iniciativas como a lean construction (reduz desperdícios e aumenta a produtividade das obras) e o uso de inteligência artificial (IA) para impulsionar a eficiência e sustentabilidade também foram adotadas.

Resquetti destaca os resultados significativos obtidos, como a cadeia de suprimentos integrada digitalmente, permitindo aos principais fornecedores acompanhar a data exata de entrega de insumos em seus mais de 70 canteiros em execução. Se uma obra antecipa seu cronograma em 15 dias, o fornecedor de piso cerâmico, de elevador ou de aço reprograma sua entrega automaticamente, já que consegue acompanhar esse processo digitalmente. “Essa operação em escala resulta em redução de estoque, produtividade com mais espaço e organização no canteiro, além de maior assertividade no investimento em suprimentos”, afirma o diretor da Plaenge.

O BIM também foi adotado pela MRV&CO, que, na avaliação de Reinaldo Sima, diretor de tecnologia da informação e de inovação da empresa, exerce papel central para criação de produtos com mais qualidade, menor custo e melhor experiência para os clientes. Segundo ele, a inovação na execução de obras da companhia ocorre tanto no âmbito dos processos, com a adoção do método lean construccion, quanto na digitalização das ordens de produção e qualidade.

“Hoje, possuímos diferentes produtos digitais para cada etapa de execução, o que garante integração, qualidade e produtividade. E estamos caminhando rapidamente para ter uma jornada de produção totalmente digital, com características de processos e gestão que se assemelham muito aos de uma indústria”, afirma.

Sobre os processos construtivos da MRV&CO, Sima explica que a empresa aplica a tecnologia de parede de concreto, que trouxe inovação ao canteiro e aumento de produtividade. Ele destaca ainda a inovação com os kits pré-montados para as obras, a estratégia de modularização e, mais recentemente, o movimento, do off-site (fora do canteiro de obra).

“O portfólio de inovação, por ser priorizado pelos vetores estratégicos da companhia, tem impacto direto na geração de resultado de negócio nos indicadores-chave de mercado. Neste ano essas iniciativas trouxeram recuperação no volume de vendas, recuperação da margem bruta de novas vendas e a geração de caixa”, afirma Sima, sem citar números.

 

FERROVIÁRIO

Exame - SP   31/10/2023

Celeiro do mundo, o Brasil é uma referência global que vem assumindo o seu papel de “Potência Verde” por conta dos recursos naturais de energia limpa e pela produção cada vez maior de commodities agrícolas (como soja e milho). Além disso, o nosso país é visto como um exemplo de biodiversidade incomparável. Essas características únicas fazem o setor nacional de infraestrutura criar projetos transformacionais que precisam ser sustentáveis em sua essência. Não é uma jornada fácil, pois os desafios existentes exigem que empresas de logística inovem de forma frequente para mitigar os impactos ambientais. Medidas inovadoras e tecnologias preditivas foram os exemplos levados pela Rumo para a ACLIE 2023, a Conferência Africana voltada à Infraestruturas Lineares e Ecologia, realizada neste ano, em setembro, no Quênia.

Em meio a um evento com intercâmbio intenso de soluções adotadas em modais diversos de transportes na África, Ásia e Europa, a América do Sul se destacou por mostrar que em suas ferrovias são aplicadas soluções como as “passagens de escape para quelônios”, desenvolvidas e implementadas pela própria Rumo. Por meio de uma estrutura instalada entre os dormentes, em locais previamente mapeados como pontos críticos ao aprisionamento e morte desses animais, a empresa brasileira tem conseguido reduzir a mortalidade de cágados e jabutis, grupo muito presente nas regiões Centro-Oeste (Goiás) e Sul (principalmente no Rio Grande do Sul).

Na palestra apresentada para engenheiros e especialistas ambientais em infraestrutura linear na ACLIE, as representantes da Rumo mostraram suas experiências de campo e o primeiro modelo de predição de atropelamentos de fauna aplicado para ferrovias no Brasil. A metodologia envolve o uso de softwares específicos e permite a projeção do número, das espécies e dos locais onde animais poderão ser atropelados em uma ferrovia, antes mesmo de ser instalada. Com isso, mesmo na fase de projeto, já é possível indicar quais são os melhores locais para a instalação de passagens de fauna e cercamento, visando a redução do risco de atropelamentos.

A recente entrega da Ferrovia Norte-Sul ampliou o uso das tecnologias, pois ao passar por novas geografias do país o trem acaba se tornando o novo elemento no habitat de grandes e médios mamíferos, répteis e aves diversas. A construção da nova ferrovia estadual de Mato Grosso já incorpora, desde sua concepção, as práticas aprendidas em estados como São Paulo, Goiás e Rio Grande do Sul. Principalmente porque o traçado futuro de 743 quilômetros, que ligará o norte mato-grossense a todo o Brasil, possui uma fauna extremamente biodiversa. Já foram mapeados animais como o lobo-guará, o tamanduá-bandeira, a anta, a queixada, a onça-pintada e o tatu-canastra.

A Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo apresenta quatro programas direcionados exclusivamente para a proteção à fauna. Dentre eles, o monitoramento do ecossistema nas áreas próximas, e que visa avaliar a resposta da fauna local frente ao processo de instalação do empreendimento. Atualmente neste estudo temos registrados mais de 700 espécies de animais. Através do conhecimento sobre a composição da fauna, também será possível entender previamente a comunidade de animais que poderá utilizar as estruturas de passagens de fauna que serão implementadas. Quando concluída, a nova via férrea terá mais de 150 dispositivos de passagens de fauna (superiores e inferiores) e um viaduto vegetado, que está sendo projetado e será referência para a infraestrutura ferroviária do país, além de ser o primeiro no estado de Mato Grosso.

As lições aprendidas na atuação ambiental da Rumo e expostas na ACLIE nos trouxe algumas certezas e novas (e boas) dúvidas. As certezas se referem ao fato de que o trabalho feito em prol do meio ambiente tem um valor inestimável, devido à importância de manter os animais do ecossistema terrestre convivendo de forma saudável com a ferrovia. Já as dúvidas nascem do intercâmbio com profissionais de outros países e com outras experiências, que trazem soluções ricas que nos fazem pensar em como adaptá-las à nossa realidade. E o mundo melhor sempre começa com um sonho, seguido de muito trabalho e dedicação diária.

NAVAL

Porto Gente - SP   31/10/2023

A qualidade da administração depende da aplicação dos recursos humanos

O que se assiste nos anúncios festivos do programa de obras do atual ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (PRB), para aprofundar o canal de acesso ao Porto de Santos e ligar a seco as suas margens, por túnel submerso, não há correspondência na aptidão da equipe gestora do projeto de uma obra gigantesca. A começar pelo currículo e decisões do presidente da Autoridade Portuária, o advogado Anderson Pomini, que trata a competência na engenharia como disputa de poder político na gestão de obras. Públicas. Assim, destituiu, sem motivo nem esclarecimento, o engenheiro Carlos Eduardo Bueno Magano.

Trata-se de obras de porte, complexas e de capital intensivo, com estimativa de R$13 bilhões em 10 anos, envolvendo múltiplos interesses e competências como estrutura do Porto de Santos, o principal elo de cadeias logísticas do hemisfério sul, gerador de riqueza e trabalho. Nessa conjuntura de jogo político forte, atua o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (PRB), os prefeitos de Santos, Rogério Santos (ex-PSDB-PRB) e de Guarujá, Valter Suman (PSB), deputados da região, o ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho (PRB) e o presidente Lula (PT).

No âmbito regulatório, atuam na esfera estadual: Cetesb, Artesp; na federal: Antaq. Um rol de exigências e metas a serem atendidas e atingidas, em um período de pouco mais de três anos. Em um contexto político, de verbas e obras, sob o olhar atento da sociedade que irá votar na eleição próxima e não acredita que desta vez essa obra venha a sair, como tantas vezes já prometida. Isto exige análises técnica e política realistas, da parte da Autoridade Portuária, para superar impasses e concretizar.

Por que, afinal, o presidente do Porto de Santos, Anderson Pomini, destituiu no último 20/9, sem motivo nem esclarecimento, o engenheiro Carlos Eduardo Bueno Magano? Trata-se de um profissional de referência internacional, com uma longa e brilhante carreira funcional e que ocupou cargos de diretor no Porto de Santos. É uma competência indispensável para mediar o êxito desse projeto exigente de profundo rigor técnico. Dados que destacam negativamente o gesto ocorrido e de forma inaceitável.

Essas perguntas aguardam respostas. É uma indagação que passa para a robusta história do Porto de Santos, que não se cala, da qual Magano faz parte e escreveu trechos gloriosos. Todas as obras anunciadas são necessárias e desejadas. Decerto, não são tarefas triviais e impõem capacitação. Entretanto, o que se assiste é a inconsequência política onerosa que se repete há décadas. Portanto, ela deve ser freada a tempo. O debate está posto.

Portos e Navios - SP   31/10/2023

Embarques de milho, soja e açúcar representaram 44% do total movimentado pelo porto no acumulado do ano

A movimentação de cargas no Porto de Santos, em setembro, estabeleceu novo recorde histórico mensal e ultrapassou, pela primeira vez, a marca de 16 milhões de toneladas.

As cargas conteinerizadas totalizaram, em setembro, 397.520 TEUs, queda de 18,3%, e no acumulado do ano 3,5 milhões de TEU, menos 7,4%.

O porto movimentou 16,2 milhões de toneladas em setembro, um crescimento de 19% sobre o mesmo período do ano passado (13,6 milhões de toneladas), o porto superou, também, a maior marca mensal anterior, registrada em junho deste ano (15,6 milhões de toneladas).

Esse desempenho elevou o movimento acumulado no ano para 127,6 milhões de toneladas, um aumento de 3,1% e a maior marca para o período.

Em setembro, as exportações somaram 12,3 milhões de toneladas, 26,9% a mais do que o desempenho verificado no mesmo mês de 2022 (9,7 milhões de toneladas). Já as importações apresentaram ligeira queda de 0,7%, somando 3,8 milhões de toneladas. No acumulado do ano, os embarques totalizaram 95,7 milhões de toneladas, um crescimento de 6,3%, enquanto as importações chegam a 31,8 milhões de toneladas, queda de 5,3%.

A performance das commodities do agronegócio, como o milho, soja e açúcar foi determinante para o crescimento apontado na movimentação do complexo portuário de Santos. O milho somou 4,0 milhões de toneladas em setembro e quase dobrou a movimentação em relação ao mesmo mês do ano passado (2,1 milhões de toneladas), crescimento de 91,9%. A soja cresceu 47,3%, totalizando 863,4 mil toneladas e o açúcar chegou a 2,7 milhões de toneladas, aumento de 32,7%. No acumulado do ano o milho soma 11,6 milhões de toneladas (mais 35,9%), a soja 28,6 milhões de toneladas (mais 17,3%) e o açúcar 15,6 milhões de toneladas (mais 8,1%). A soma dessas três commodities representam 44% da movimentação global do Porto de Santos, acumulada de janeiro a setembro.

Em setembro, destacaram-se nas operações de descargas o adubo (834,8 mil toneladas), mais 31,4%; o enxofre (195,6 mil toneladas), mais 146,5%; o sal (135,0 mil toneladas), mais 56,4%; e a soda cáustica (109,4 mil toneladas), mais 53%.

Os granéis sólidos somaram em setembro 9,5 milhões de toneladas, aumento de 52%, devido o desempenho do milho, soja, açúcar e adubo. No acumulado do ano somam 70,4 milhões de toneladas, um acréscimo de 11,7%.

Os granéis líquidos, em setembro, atingiram 1,7 milhão de toneladas, aumento de 2%, com destaque para o movimento de óleo combustível (mais 22,4%), óleo diesel (mais 49,9%), soda cáustica (mais 53%) e gasolina (mais 83,1%). No acumulado de janeiro a setembro os granéis líquidos somaram 14,2 milhões de toneladas, queda de 0,5%.

As atracações de navios no ano somam 4.040, crescimento de 3,5%.

PETROLÍFERO

Valor - SP   31/10/2023

O recurso será destinado à modernização da unidade na à ampliação da sua capacidade produtiva, atualmente de 170 mil barris por dia para 240 mil barris por dia

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse em coletiva de imprensa em Belo Horizonte que a companhia vai investir US$ 2,5 bilhões até 2030 na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O recurso será destinado à modernização da unidade na à ampliação da sua capacidade produtiva, atualmente de 170 mil barris por dia para 240 mil barris por dia.

Prates disse que a companhia decidiu dar um fôlego novo à Regap, assim como a outras refinarias. “A Petrobras havia parado de investir nas oito refinarias no governo passado, quando havia interesse de venda. Nós íamos perder essas refinarias. Mas conseguimos impedir a venda, principalmente da Regap e de Canoas”, afirmou o executivo.

Prates disse que a parada programada para manutenção já foi iniciada em outubro, com investimento de R$ 500 milhões e contratação de 3 mil trabalhadores locais.

Ainda como parte dos investimentos, a Regap terá instalada uma usina solar com capacidade para gerar 11 megawatts de energia fotovoltaica (MW), que equivale a 80% do seu consumo atual.

O executivo observou que a Regap é hoje a empresa que mais gera impostos para Minas Gerais, com um faturamento no ano passado de R$ 45 bilhões. “É mais que uma Fiat, que a Vale em Minas, que qualquer siderúrgica”, afirmou. Prates também disse que a Petrobras trabalhará para fortalecer o vínculo com fornecedores locais. A companhia possui 15 mil fornecedores cadastrados em Minas Gerais.

Money Times - SP   31/10/2023

Os contratos futuros de petróleo terminaram a sessão desta segunda-feira (30) com fortes perdas, ecoando temores de desaceleração econômica nas principais economias do mundo.

Ao fim da sessão,  o Brent e o WTI perderam mais de 3%. Com isso, o WTI, a referência negociada nos Estados Unidos, retorna a níveis anteriores ao início do conflito Hamas-Israel, em 7 de outubro; já o Brent retorna à cotação vista no dia 12 de outubro.

O recuo do petróleo ocorre em um momento de assentamento das tensões geopolíticas, com Israel postergando a invasão terrestre em Gaza e o autoridades do Irã moderando o discurso sobre uma participação direta do país no conflito que completa hoje 23 dias.

Ainda assim, proxies do regime de Teerã — como o Hezbollah, no Líbano, e milícias armadas na Síria — continuam trocando hostilidades com o Exército israelense, mantendo o temor de que o conflito escalone para uma guerra regional.

Ademais, a deterioração das relações diplomáticas entre Israel e Turquia e o incidente envolvendo perseguição a judeus em aeroporto no Cáucaso russo também deixam observadores internacionais preocupados.

O Banco Mundial divulgou um relatório sobre a encruzilhada do petróleo. Para os analistas da instituição, o cenário provável é que o conflito permaneça concentrado nas linhas de Gaza, o que pode confinar o petróleo à média de US$ 81 por barril.

O banco, no entanto, não descarta a possibilidade de uma “espiral do caos” na região, com o envolvimento de outros atores. Para o pior dos casos, os analistas do Banco Mundial imaginam uma disparada de 75% do preço do petróleo ao longo de 2024, aos US$ 157 por barril.

Petróleo: desaceleração das economias fica no radar em semana de decisões monetárias

Fora do escopo da guerra, investidores da commodity voltaram a dar maior peso aos sinais de desaceleração econômica nas economias ocidentais.

Depois de ter crescido 4.9% no terceiro trimestre, a expectativa é que os Estados Unidos ingressem em uma trajetória de crescimento econômico de baixa magnitude, com piora nos indicadores de consumo.

Nesse sentido, investidores devem aguardar atenciosamente a decisão monetária do Federal Reserve, marcada para esta quarta-feira (1). Qualquer sinalização mais hawkish deverá proporcionar mais pressão de venda sobre os contratos, à medida que a escalada dos juros coíbe a atividade econômica.

Além do Fed, o Banco da Inglaterra e o Banco do Japão divulgam suas decisões nesta semana. Investidores também deverão olhar com atenção dados macroeconômicos da China.

Valor - SP   31/10/2023

Para o banco, as companhias serão beneficiadas pela maior produção e o aumento nos preços do Brent

O Bank of America (BofA) espera que a maioria das empresas latino-americanas de petróleo e gás apresentem bons resultados no terceiro trimestre de 2023, beneficiados pela maior produção e o aumento nos preços do petróleo - o Brent aumentou 13% no trimestre para uma média de US$ 86 o barril.

“Do lado da distribuição de combustíveis, também esperamos que as empresas reportem margens muito fortes, impulsionadas por ganhos de estoques (a Petrobras anunciou aumentos nos preços do diesel e da gasolina de 25,8% e 16,3% em agosto, respectivamente), pelo ambiente mais saudável devido a uma dinâmica de oferta/demanda mais equilibrada e aos maiores volumes de vendas no trimestre”, diz o relatório assinado por Caio Ribeiro e Leonardo Marcondes.

Para a Petrobras, o BofA projeta resultados sequenciais mais fortes, com Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado de US$ 14,3 bilhões, um aumento de 22% no trimestre, embora uma queda de 19% no comparativo anual.

“Os principais fatores para o desempenho mais forte em termos trimestrais são os preços mais elevados do petróleo e a maior produção. Adicionalmente, esperamos também que a Petrobras anuncie dividendos de aproximadamente R$ 1,35 por ação, o que implica um rendimento de dividendos de 3,8% no trimestre”, diz o texto.

O BofA tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 45 para as ações ON e PN, e de US$ 18 para a ADR.

Para a 3R Petroleum, o BofA estima um Ebitda de R$ 786 milhões, um aumento de 294% contra o segundo trimestre e alta de 333% anuais. O aumento do Ebitda dos 3R pode ser explicado principalmente pelo aumento dos preços do petróleo e pela conclusão da aquisição do Polo Potiguar no 2º trimestre.

O BofA tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 45 por ação.

Já para a PetroRecôncavo, o BofA estima um Ebitda de R$ 355 milhões, um aumento de 11% ante o segundo trimestre. O aumento sequencial pode ser explicado principalmente pelos preços mais elevados do petróleo e por uma produção mais elevada. O Bank of America tem preço-alvo de R$ 29 e recomendação de compra para a ação da empresa.

Para a Prio, o Ebitda esperado pelo banco americano é US$ 620 milhões, um avanço de 47% no trimestre e de 111% anual. O trimestre forte será impulsionado por preços mais elevados do petróleo e maiores vendas de petróleo, em função de novos poços no campo de Frade e a conclusão da aquisição de Albacora Leste no primeiro trimestre deste ano. O BofA tem recomendação de compra para ação e preço-alvo de R$ 68.

Por fim, para a Vibra o banco estima que a empresa reporte margens muito fortes neste trimestre.

“Estimamos uma margem de R$ 190 por metro cúbico (aumento de 88% trimestral e 113% anual) - implicando um Ebitda ajustado de R$ 1,78 bilhão (aumentos de 96% no comparativo trimestral e de 95% anual). Estimamos volumes em aproximadamente 9,4 milhões de metros cúbicos, um aumento de 4% na comparação trimestral, mas uma queda de 9% na comparação anual”, diz o relatório.

Para a Vibra, o Bofa tem preço-alvo de R$ 25 por ação e recomendação de compra.

Associe-se!

Junte-se a nós e faça parte dos executivos que ajudam a traçar os rumos da distribuição de aço no Brasil.

INDA

O INDA, Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço, é uma Instituição Não Governamental, legalmente constituída, sem fins lucrativos e fundada em julho de 1970. Seu principal objetivo é promover o uso consciente do Aço, tanto no mercado interno quanto externo, aumentando com isso a competitividade do setor de distribuição e do sistema Siderúrgico Brasileiro como um todo.

Rua Silvia Bueno, 1660, 1º Andar, Cj 107, Ipiranga - São Paulo/SP

+55 11 2272-2121

contato@inda.org.br

© 2019 INDA | Todos os direitos reservados. desenvolvido por agência the bag.

TOP