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29 de Novembro de 2023

SIDERURGIA

Petro Notícias - SP   29/11/2023

A empresa de automação ABB editou um relatório que analisa a descarbonização da indústria do aço em âmbito mundial. O documento destaca que o setor está apostando em diferentes rotas tecnológicas para viabilizar a descarbonização do metal, cuja produção demanda 8% da energia mundial e gera até 9% das emissões de CO2. As estratégias de descarbonização mais promissoras, diz o texto, são a adoção de hidrogênio verde na produção, eletrólise com eletricidade renovável e o minério beneficiado com maior teor de ferro, já presentes, inclusive, em empresas importantes do setor. De acordo com o documento, a metalúrgica sueca SSAB já usa hidrogênio verde, eletricidade de origem renovável e minério de ferro de gradação superior para produzir aço sem carvão em seus altos-fornos.

O texto cita ainda o processo criado pela americana Boston Metal para fundir óxidos por eletrólise, sem carvão, a partir de eletricidade de origem renovável e minério de ferro para produzir aço liquefeito. Relaciona também o método produtivo da indiana Tata Steel, que usa minério de ferro em pó em vez de coque, sinter e paletes para produzir ferro gusa, como avanço resultante na queda de 20% das emissões do processo. O documento da ABB ressalta, no entanto, que o aço verde vai demandar várias outras tecnologias, cujo desenvolvimento vai requerer investimento e colaboração de toda cadeia produtiva.

O texto lembra também que a descarbonização vai ocorrer num cenário de forte demanda por aço, que vai crescer 30% até 2050, quando o setor ambiciona ser neutro em emissões. Para ler o relatório na íntegra, acesse: https://new.abb.com/metals/what-does-the-journey-to-fossil-free-steel-look-like

Diário do Aço - MG   29/11/2023

Na tarde desta terça-feira (28), a Usiminas, com apoio do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Vale do Aço (CIMVA), realizou o lançamento do Programa Usiminas Mobiliza pelos Caminhos do Vale 2024. A cerimônia ocorreu no Teatro Zélia Olguin, em Ipatinga, e contou com a participação de representantes da empresa e das administrações municipais da região.

A iniciativa destina o agregado siderúrgico para a recuperação de estradas rurais de municípios do Leste mineiro, proporcionando melhorias para a infraestrutura da cidade e para a vida dos moradores. Desta forma, o programa facilita o acesso à educação e à saúde, além de impulsionar o desenvolvimento socioeconômico por meio do escoamento da produção agrícola, pois, por meio das estradas, os munícipes conseguem chegar às escolas e hospitais com mais segurança.

Como contrapartida, as administrações municipais e instituições promovem programas socioambientais junto às comunidades. Em 2023, 57 prefeituras estão sendo contempladas com aproximadamente 700 mil toneladas de agregado siderúrgico.

Lucas Lima Mesquita, gerente-geral de Meio Ambiente da Usiminas, destacou o sucesso da parceria entre a siderúrgica e os municípios da região e explicou que o agregado siderúrgico será destinado aos participantes do projeto ao longo de todo o ano de 2024.

“O edital é válido para o processo de doação dos agregados siderúrgicos durante todo o ano, de janeiro a dezembro, e para 2025 teremos mais um edital”, afirmou.

O produto passa por um processo de tratamento e após ser beneficiado, é destinado aos municípios. A empresa estima que em janeiro o agregado siderúrgico já será distribuído. A expectativa é que cerca de 700 mil toneladas sejam designadas ao programa.

Acesso à saúde e educação
Desde o ano de 2017, o município de Antônio Dias, que tem quantidade expressiva de estradas vicinais, participa do programa. O prefeito Benedito de Assis Lima, o Ditinho (PSD), explicou como os moradores da região rural têm sido beneficiados.

“Nós diminuímos a inadimplência dos alunos na escola, melhoramos a acessibilidade dos alunos do meio rural e facilitamos a escoação da produção rural”, declarou.

Hamilton Rômulo (PSDB), prefeito de Belo Oriente, disse que o programa beneficia diretamente a vida dos munícipes. “É importante para nossa agricultura, para nossas vidas, para o meio ambiente. É um programa que vem atender todo escoamento da produção rural e, em contrapartida, cuidar do meio ambiente, da parte social, da cidade e dos munícipes”, afirmou.

Para além da questão econômica, há também o lado social dos cidadãos contemplados diante da melhoria das estradas.

“Esse programa atinge a Constituição Federal, o direito de ir e vir do cidadão. Quando eu assumi a minha cidade não tinha o programa, e muitas vezes quando chovia, os pais não podiam mandar os alunos para escola porque o ônibus não passava, muita das vezes o acamado não recebia o atendimento médico, o cidadão não podia sair para alimentar sua família. Hoje, todo mundo de Belo Oriente tem acessibilidade e tem o direito constitucional de ir e vir devido ao programa”, concluiu Hamilton.

Resultados
Desde 2015, quando ocorreu a primeira edição do programa, entre outros resultados, o Mobiliza pelos Caminhos do Vale já mapeou quase 5.900 nascentes e garantiu a proteção de 1.650 na região do Vale do Aço, além de contribuir para a recuperação de mais de 5.500 km de estradas rurais foram recuperadas, beneficiando mais de 1,3 milhão de pessoas.

Valor - SP   29/11/2023

O consumo de aço – um indicador da economia – caiu 20% na economia mais industrializada da África nos últimos sete anos

A ArcelorMittal South Africa Ltd. fechará seu negócio de produtos de aços longos e cortará até 3.500 empregos, desferindo mais um golpe na terceira maior economia do continente.

Os deficientes sistemas de energia e de transportes da África do Sul estão frustrando os esforços para retomar a economia, com cortes de eletricidade e estrangulamentos logísticos que prejudicam a base industrial do país. O consumo de aço – um indicador da economia – caiu 20% na economia mais industrializada da África nos últimos sete anos, informou a empresa na terça-feira num comunicado. Os produtos de aço longo são utilizados principalmente na construção.

A siderúrgica, controlada pela ArcelorMittal SA, empregava cerca de 9,3 mil trabalhadores.

Os cortes de empregos são outro revés para as perspectivas eleitorais do presidente Cyril Ramaphosa. A África do Sul tem sofrido uma crise no mercado de trabalho, com empresas como a Anglo American Plc e a Sibanye Stillwater Ltd. também despedindo trabalhadores.

“O conselho e a gestão da ArcelorMittal África do Sul chegaram a este ponto depois de terem esgotado todas as opções possíveis”, disse o CEO, Kobus Verster, no comunicado. “Temos o dever de garantir que o negócio se mantenha sustentável no longo prazo.”

O cenário não está favorável para a companhia. A fraca procura na Europa tem reduzido os seus lucros, ao mesmo tempo que a empresa deve perder as suas fábricas de aço e minas no Cazaquistão, após um acidente que matou 46 pessoas.

Infomoney - SP   29/11/2023

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) depositará nesta quarta-feira (29) um total de R$ 985 milhões em proventos intermediários, à conta de reserva de lucros e a título de antecipação do dividendo mínimo obrigatório.

Os valores chegarão aos investidores na forma de dividendos, isentos de Imposto de Renda.

Os acionistas receberão R$ 0,74 por ação, desde que estejam nos registros da companhia no dia 20 de novembro, que foi a “data com” – data limite para ter um papel na carteira e ter direito aos proventos anunciados.
Nesta quarta, o Carrefour (CRFB3) também distribui R$ 179 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), o equivalente a R$ 0,085 por ação, para detentores que tinham papéis da empresa no dia 15 de Junho de 2023. O JCP, diferente dos dividendos, tem incidência de tributação à alíquota de 15%.

Outra companhia que paga JCP hoje é a Porto Seguro (PSSA3). A empresa depositará R$ 56 milhões, correspondendo a R$ 0,087 por ação, para acionistas registrados em 31 de outubro de 2022. Isso conclui o pagamento dos lucros apurados no exercício social encerrado em 31 de dezembro do ano passado.

Confira o calendário completo de proventos na agenda de dividendos de novembro do InfoMoney.

ECONOMIA

Infomoney - SP   29/11/2023

O presidente do Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês), Pan Gongsheng, pediu mais esforços para transformar a economia, ao advertir contra a dependência de infraestrutura e do setor imobiliário, no momento em que o regime busca um novo caminho para a segunda maior economia global. Ao falar em conferência financeira em Hong Kong, ele ressaltou a necessidade de alimentar novos indutores de crescimento.

Embora “o modelo tradicional bastante dependente de infraestrutura e do setor imobiliário possa gerar crescimento maior”, ele retarda ajustes estruturais e mina a sustentabilidade da expansão econômica, afirmou Pan, durante discurso nesta terça-feira.

O foco da China agora deve ser em gerar investimento de alta qualidade e sustentável, acrescentou ele, em uma transformação econômica que será “longa e difícil”, mas “é uma jornada que precisamos tomar”.
Diante de um Produto Interno Bruto (PIB) da China que já superou 120 trilhões de yuans, o equivalente a cerca de US$ 18 trilhões, seria difícil manter uma taxa de crescimento de 8% ou 10% adiante, avaliou.

Nesta segunda-feira (27) o PBoC disse esperar que a economia atinja a meta oficial de crescer 5% neste ano.

O presidente do PBoC mostrou um tom otimista sobre as perspectivas de crescimento chinês, ao dizer que está confiante de que o país pode gerenciar um crescimento saudável e sustentável em 2024 e para além dele, apoiado por novos drivers, como a energia renovável e uma série de medidas de apoio recentes.

O PBoC também continuará a manter política monetária acomodatícia, disse Pan. Ele espera que a inflação ao consumidor comece a reagir, após quedas recentes diante dos preços do alimento, sobretudo a carne de porco. Economistas esperam que o BC corte juros até o fim deste ano, para dar mais liquidez ao mercado. Fonte: Dow Jones Newswires.

Agência Brasil - DF   29/11/2023

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do país, foi de 0,33% em novembro deste ano. A taxa ficou acima do 0,21% da prévia do mês anterior, mas abaixo do 0,53% da prévia de novembro de 2022.

O dado foi divulgado nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA-15 acumula 4,30% no ano e 4,84% em 12 meses.

Oito dos nove grupos de despesa pesquisados pelo IBGE apresentaram alta de preços na prévia da inflação oficial de novembro, com destaque para alimentação e bebidas: 0,82%.

Essa foi a primeira alta de preços dos alimentos desde a prévia de maio deste ano, ou seja, em cinco meses.
Alta

A alimentação no domicílio teve aumento de custo de 1,06%, em razão das altas de preços de produtos como cebola (30,61%), batata-inglesa (14,01%), arroz (2,60%), frutas (2,53%) e carnes (1,42%). A alimentação fora do domicílio subiu 0,22%, com aumentos de preços de 0,22% da refeição e 0,35% do lanche.

Também tiveram altas de preços relevantes na prévia de novembro os grupos de despesas pessoais (0,52%), devido ao aumento do pacote turístico (2,04%), hospedagem (1,27%) e serviço bancário (0,63%); e de transportes (0,18%), este puxado pela passagem aérea (19,03%) e por táxi (2,60%).

Comunicação foi o único grupo de despesas a apresentar deflação (queda de preços) no período: -0,22%. Os demais grupos tiveram as seguintes taxas de inflação: vestuário (0,55%), artigos de residência (0,24%), habitação (0,20%), saúde e cuidados pessoais (0,08%) e educação (0,03%).

CNN Brasil - SP   29/11/2023

O presidente do banco central da China disse nesta terça-feira (28) que a política monetária permanecerá expansionista para dar suporte à economia no momento.

Além disso, Pan Gongsheng reforçou a necessidade por reformas estruturais ao longo do tempo para reduzir a dependência da infraestrutura e do setor imobiliário para o crescimento.

A autoridade afirmou em uma conferência em Hong Kong que o impulso econômico dos últimos meses sugere que a China atingirá sua meta de crescimento para 2023 de cerca de 5%.

“Estou confiante de que a China terá um crescimento saudável e sustentável em 2024 e nos anos seguintes”, acrescentou.

Pan disse que espera que a inflação ao consumidor aumente nos próximos meses, já que as quedas nos preços dos alimentos, especialmente da carne suína, não serão sustentadas.

Os preços ao consumidor da China caíram em outubro, com indicadores da demanda doméstica apontando para uma fraqueza não vista desde a pandemia, enquanto a deflação nos portões de fábrica se aprofundou.

O governo lançou uma série de medidas este ano para sustentar recuperação econômica pós-pandemia, afetada por uma crise no setor imobiliário chinês, riscos de dívidas de governos locais, crescimento global lento e tensões geopolíticas.

Em outubro, a China revelou um plano para emitir 1 trilhão de yuanes (cerca de R$ 690 bilhões) em títulos soberanos até o final do ano, elevando a meta de déficit orçamentário de 2023 para 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB), em relação aos 3% originais.

O banco central também implementou cortes modestos nas taxas de juros e injetou mais dinheiro na economia nos últimos meses, comprometendo-se a manter o suporte.

“No futuro, o Banco do Povo da China continuará a manter sua política monetária expansionista para dar suporte à economia”, disse Pan.

O Estado de S.Paulo - SP   29/11/2023

A menos de quatro semanas do início do recesso de fim de ano do Congresso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, corre contra o tempo para conseguir a aprovação de pelo menos oito itens da pauta econômica até o dia 22 de dezembro - ou seja, uma proposta a cada três dias.

Na contabilidade do apertado calendário dos próximos 25 dias da Câmara e do Senado, a tendência das lideranças é concentrar a maior parte das decisões para os últimos dias antes do recesso parlamentar, nas chamadas votações do “fim do mundo”.

É como os técnicos da área econômica costumam chamar esse período de votações decisivas na reta final do ano, quando muitos “jabutis” acabam sendo aprovados. O custo para o governo conseguir os votos fica sempre mais caro quanto menos tempo se tem para aprovar as propostas.

A tarefa da equipe econômica não será só aprovar a agenda econômica, mas também barrar a inclusão de medidas de última hora que retirem receitas ou aumentem despesas, como tem acontecido nos últimos anos. Boa parte dos jabutis só é conhecida no início do ano seguinte.

Em nome da pauta econômica, Lula já entregou o comando da Caixa, e o Congresso quer quase R$ 10 bilhões a mais de emendas parlamentares, subindo o valor para um total de R$ 46 bilhões, além de blindá-las dos bloqueios com um cronograma para empenho.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) quer que o governo dê o comando da Funasa para os Republicanos e não para o PSD. Essa negociação pode entrar na barganha política.

Para acalmar os partidos sobre a Funasa, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) apresentou uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prorrogando os contratos até dezembro de 2024. Era um pedido dos partidos para os contratos que vencem agora em dezembro, e os prefeitos estão pressionando para não perder.

A agenda econômica

Na lista dos oito itens da pauta econômica com impacto nas contas do governo (veja a lista abaixo), estão a votação dos vetos que o presidente fez dos projetos do novo arcabouço fiscal, das mudanças no Carf e da desoneração da folha de pagamentos.

A votação desses três vetos têm impacto decisivo nas contas do governo em 2024. No caso da desoneração da folha, o custo adicional pode chegar a R$ 20 bilhões.

Empresários dos setores beneficiados pela prorrogação da desoneração até 2027, aprovada pelos parlamentares, já tinham iniciado uma movimentação no Congresso, na semana passada, pelo adiamento da sessão de votação dos vetos diante do risco de o presidente Lula confirmar o novo veto, o que de fato aconteceu.

Os projetos de taxação dos fundos exclusivos (dos super-ricos) e offshore (no exterior) e das apostas esportivas estão com votação adiantada no Senado e têm o apoio do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele apresentou projeto e conseguiu apoio de Lula e Haddad para repactuação da dívida de R$ 160 bilhões do seu próprio Estado, Minas Gerais. No mesmo dia que Pacheco apresentou a sua proposta, que inclui a federalização da Cemig, a pauta começou a andar.

Fora do País por 11 dias, em viagem oficial, o ministro Haddad segue em contato permanente com sua equipe. Os dois pontos mais sensíveis no momento são as negociações da Medida Provisória (MP) da subvenção e a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, com uma emenda ao texto apresentada por Randolfe para reduzir o limite do contingenciamento (bloqueio preventivo de despesas) para um patamar em torno de R$ 23 bilhões.

A negociação da MP, que altera a sistemática de aproveitamento de créditos de impostos federais com base em incentivos concedidos pelos Estados a grandes empresas via ICMS, está avançando com Lira. No Ministério da Fazenda, há otimismo de que a MP será aprovada depois que o presidente da Câmara assumiu o papel de “relator informal”.

O relator escolhido é o deputado Luiz Fernando Faria (PSD-MG), do mesmo partido e Estado do presidente do Senado. A comissão mista da MP deve ser instalada nesta quarta-feira, 29.

Um integrante da equipe econômica disse ao Estadão, na condição de anonimato, que os “quase dez itens” serão aprovados até final do ano e que as negociações avançaram muito desde a semana passada.

O governo já dá como certo que o relator da proposta, deputado Danilo Forte (União-CE), acatará a emenda do senador Randolfe, abrindo espaço para um bloqueio menor. Forte, no entanto, está irritado com notícias de que aceitou a emenda em troca de uma regulamentação favorável para as empresas de energia eólica no seu Estado, o Ceará.

O bloqueio menor de despesas – a projeção anterior era de R$ 53 bilhões – foi uma garantia dada por Haddad a Lula para a manutenção da meta de zerar o déficit das contas públicas no ano que vem.

Em nota, o relator nega que tenha firmado esse acordo. “Aquele que inferir que minha luta pela Energia Limpa e pelo Nordeste possa me levar a comprometer o regramento fiscal e orçamentário do País na LDO está redondamente enganado”, disse ele. Interlocutores do relator afirmam que ele ainda não tomou a decisão. O relator aguarda uma definição sobre os vetos presidenciais.

Com o atraso na LDO, as discussões do projeto de Orçamento de 2024, a chamada LOA (Lei Orçamentária Anual), vão sendo postergadas. O prazo para apresentação de emendas foi estendido até 1º de dezembro e os prefeitos fazem fila nos gabinetes para terem seus pedidos abraçados pelos deputados e senadores.

A aprovação final da reforma tributária, mesmo com a possível supressão de trechos em que não houve acordo entre Câmara e Senado, também está na pauta.

O deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, lista as três grandes prioridades na Casa. Primeiro, votar a MP 1185, depois a reforma tributária e o combo LDO-LOA. “Essencial para o País é a votação da 1185. Se nós votarmos ela, eu me dou por satisfeito, com sentimento de dever cumprido”, afirma.

Ele está confiante de que a LDO será votada com a “emenda Randolfe”. Segundo ele, o que falta é a definição dos valores das emendas de bancada e de comissão. “Vamos acordar o conteúdo e o valor das emendas, de qual modalidade, se é dos ministérios ou se é de comissão e vamos aprovar a emenda do Randolfe, porque é essencial”, destaca

Economista-chefe da Warren Rena, Felipe Salto avalia que Haddad terá sucesso com os projetos de aumento de arrecadação, porque o ministro está conseguindo negociar aqueles mais difíceis para criar algumas flexibilizações.

“Na MP da Subvenção, ele está conseguindo resolver o passado com o parcelamento. É bom, porque pode viabilizar uma correção que é importante”, diz Salto. Ele ressalta que, hoje, o Estado escolhe dar o benefício e a União paga a conta sem ter escolhido. Na sua avaliação, é natural que haja esse acúmulo de projetos no fim do ano e os temas fiscais acabem ficando para última hora, aos “45 minutos do segundo tempo”.

“O problema é que tem a LDO e o Orçamento também”, diz o economista, que vê com preocupação as tentativas de renegociação de dívidas dos Estados com a União. “Esse é um tema que me preocupa. Alguns Estados não cumprem o prometido, que é fazer o ajuste fiscal“, diz. No caso de Minas, ele questiona quanto vale a Cemig em relação ao tamanho da dívida de Minas Gerais, que “é de três dígitos”.

Para o deputado Mauro Benevides (PDT-CE), que chegou a ser cotado para ser o relator da MP 1185, a cobrança da retroatividade dos passivos será difícil de passar. “Retroatividade não está passível de aceitar”, admite. Mas o pedetista não vê problemas de prazos para aprovar a pauta. “Eu aprendi no parlamento que, quando se faz acordo na reunião de líderes ao meio-dia, às 18h a matéria está aprovada”, ressalta.

Veja a lista da pauta mais urgente da agenda econômica:

Fundos dos ‘super-ricos’

O projeto que muda a tributação de investimentos feitos em fundos exclusivos e fora do País, chamados de offshore, dos super ricos foi aprovado na Câmara e avançou no Senado após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, acertar apoio para renegociação da dívida do seu Estado, Minas Gerais. Outros Estados podem ser beneficiados com a mudança, como Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Receita prevista em 2024: 20 bilhões.

Apostas esportivas

O projeto, que regulamenta as apostas esportivas eletrônicas no Brasil, já foi aprovado na Câmara e está agora no Senado. A receita prevista no Orçamento de 2024 é de R$ 730 milhões. O potencial, porém, é maior, porque, na tramitação na Câmara, os deputados ampliaram a taxação das chamadas “bets” também para cassinos online.

Parlamentares calculam que, em um mercado totalmente regulado, o potencial arrecadatório da medida pode variar de R$ 12 bilhões a R$ 18 bilhões. Isso, porém, não valerá para o ano que vem; será gradual. Além disso, o relator no Senado reduziu as alíquotas do imposto. A nova estimativa de arrecadação ainda não foi fechada.

Subvenção

A MP restringe a possibilidade de empresas abaterem de impostos federais incentivos fiscais concedidos pelos Estados. O governo negocia um parcelamento de débitos do passado (retroatividade) com descontos e amplia o conceito do que pode ser definido como investimento.

A receita prevista é R$ 35, 3 bilhões em 2024. Esse valor, por um lado, pode diminuir com a ampliação do conceito de investimento. Mas o governo também pode ter uma receita adicional com a retroatividade É a proposta mais importante para a equipe econômica aumentar a arrecadação.

Juros sobre Capital Próprio (JCP)

O governo não desistiu de aprovar mudanças no uso do Juros sobre Capital Próprio (JCP), que é uma forma de remuneração das empresas aos acionistas que pode ser abatida do imposto a pagar. Se antes a ideia era acabar com essa possibilidade de dedução, o governo costura agora uma proposta “minimalista” para restringir o que considera abuso das grandes empresas no uso desse instrumento.

Se houver acordo, a medida poderá ser incluída na MP da subvenção. A receita inicial esperada era de R$ 10,5 bilhões. Com a mudança na proposta, porém, o valor deve cair.

Reforma tributária

A proposta foi aprovada na Câmara e alterada no Senado com aumento de exceções, o que vai exigir uma nova votação dos deputados. O Congresso pode promulgar a reforma de maneira fatiada, com as partes em que há acordo entre a Câmara e o Senado. A Câmara também pode suprimir as mudanças do texto.

Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)

O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, que contém a meta fiscal de zerar o déficit em 2024 e dá os parâmetros para a elaboração do Orçamento, já deveria ter sido aprovada antes do recesso de meio do ano. Mas o projeto sequer passou na Comissão Mista de Orçamento (CMO).

O avanço da proposta depende ainda de vários acordos, inclusive sobre a blindagem das emendas parlamentares e a decisão sobre a regra de limite do contingenciamento que o governo pode fazer.

Lei Orçamentária Anual (LOA)

A Lei Orçamentária é a mais atrasada e deve ser o último projeto a ser aprovado no ano. Depende dos acordos da LDO e de quanto o ministro Haddad vai conseguir de aumento de receitas para melhorar o resultado das contas públicas 2024. Sem receitas suficientes e com a meta de zerar o déficit, o mais provável é que o projeto se transforme numa peça de ficção, repetindo o passado.

Vetos presidenciais

A votação dos vetos presidenciais de três projetos serão decisivos para a pauta econômica: arcabouço fiscal, mudanças no Carf (Conselho Administrativo De Recursos Fiscais), desoneração da folha de pagamentos e marco de garantias. Boa parte das negociações passam por esses vetos. Um dos vetos do presidente atinge dispositivo do novo arcabouço fiscal que proibia a retirada de despesas do novo limite de gastos

Diário do Comércio - MG   29/11/2023

O aumento de gastos em ritmo maior que o crescimento das receitas fez o superávit primário do governo central – Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – cair cerca de 40% em outubro. No mês passado, o resultado ficou positivo em R$ 18,277 bilhões, contra superávit de R$ 30,592 bilhões obtido em outubro de 2022. O superávit caiu 40,3% em valores nominais e 43% em termos reais, quando se desconta a inflação.

O superávit primário representa o resultado positivo das contas do governo sem os juros da dívida pública. Tradicionalmente, o mês de outubro registra superávit por causa do pagamento trimestral de tributos pelas instituições financeiras.

Em valores nominais, o resultado de outubro foi o quarto melhor da história, só perdendo para outubro de 2022, de 2020 e de 2016. Em valores reais (corrigido pela inflação), foi o oitavo maior superávit para o mês. O superávit recorde para meses de outubro foi registrado em outubro de 2016, quando houve resultado positivo de R$ 40,872 bilhões por causa da repatriação de recursos no exterior ocorrida na época.

Apesar da queda em relação ao ano passado, o resultado veio melhor do que o esperado pelas instituições financeiras. Segundo a pesquisa Prisma Fiscal, divulgada todos os meses pelo Ministério da Fazenda, os analistas de mercado esperavam resultado positivo de R$ 17 bilhões em outubro.

Com o resultado de outubro, o governo central acumula déficit primário de R$ 75,09 bilhões em 2023. Em valores nominais, esse é o terceiro maior déficit acumulado, só perdendo para o os dez primeiros meses de 2020 (resultado negativo de R$ 680,865 bilhões) e de 2017 (-R$ 104,493 bilhões). Em valores reais (corrigido pela inflação), é o sexto maior déficit da série.

O resultado primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano estabelece meta de déficit primário de R$ 231,5 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central).

Em janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um pacote que pretende aumentar a arrecadação e revisar gastos para melhorar as contas públicas e diminuir o déficit para cerca de R$ 100 bilhões em 2023. Na semana passada, a Secretaria de Política Econômica informou que a previsão oficial de déficit primário está em R$ 177,4 bilhões para este ano, podendo chegar a R$ 203,4 bilhões se considerada a metodologia do Banco Central.

Receitas líquidas aumentaram 5,5% em outubro

Na comparação com outubro do ano passado, as receitas subiram, mas as despesas aumentaram em volume maior por causa do Bolsa Família e dos gastos com a Previdência Social. No último mês, as receitas líquidas subiram 5,5% em valores nominais. Descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta chega a 0,6%. No mesmo período, as despesas totais subiram 15,4% em valores nominais e 10,1% após descontar a inflação.

Se considerar apenas as receitas administradas (relativas ao pagamento de tributos), houve alta de 0,3% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, já descontada a inflação. No entanto, houve reduções no Imposto de Importação, por causa principalmente da queda do dólar e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por causa da compensação de tributos decorrente de uma decisão do Supremo Tribunal Federal de 2021, retroativa a 2017.

Em relação às receitas não administradas pela Receita Federal, os maiores recuos foram registrados nas receitas de royalties, que caíram R$ 3,31 bilhões (-15,1%) descontada a inflação no mês passado na comparação com outubro de 2022. Atualmente, a cotação do barril internacional está em torno de US$ 82 após ter chegado a US$ 120 no meio do ano passado, por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Despesas

Turbinados pelo novo Bolsa Família, os gastos com programas sociais subiram R$ 6,8 bilhões acima da inflação em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Também subiram os gastos com a Previdência Social (+R$ 2,3 bilhões) e gastos discricionários (não obrigatórios) com a saúde (+R$ 3 bilhões) e a defesas (+R$ 1,4 bilhão).

Os gastos com o funcionalismo federal caíram 1,3%, descontada a inflação nos dez primeiros meses do ano comparados com o mesmo período do ano passado. Apesar do aumento de 9% concedido aos servidores do Poder Executivo Federal, aprovado no fim de abril pelo Congresso, o pagamento de precatórios e de demais dívidas judiciais ao funcionalismo caiu R$ 4,53 bilhões no ano.

Em relação aos investimentos (obras públicas e compra de equipamentos), o governo federal investiu R$ 51,01 bilhões nos dez primeiros meses do ano. O valor representa alta de 53,9% acima do IPCA em relação ao mesmo período de 2022. Nos últimos meses, essa despesa tem alternado momentos de crescimento e de queda descontada a inflação. O Tesouro atribui a volatilidade ao ritmo variável no fluxo de obras públicas.

IstoÉ Dinheiro - SP   29/11/2023

O diretor do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Christopher Waller, afirmou nesta terça-feira, 28, que se sente encorajado pelos primeiros sinais de moderação da atividade econômica nos Estados Unidos, e que a política monetária parece estar em posição para retornar a inflação à meta de 2%. Em evento do Instituto Empresarial Americano, o dirigente disse que existem bons argumentos econômicos para que, se os preços ao consumidor continuarem caindo durante mais alguns meses, o Fed poderá reduzir as taxas de juros, que não teriam razão de ficarem altas por tanto tempo. “Política monetária está claramente contribuindo para a rápida melhoria da inflação”, afirmou.

Segundo Waller, os gastos do consumidor estão desacelerando, e há um grande aumento da oferta no mercado de trabalho.

Entre os fatores contribuindo para menor aperto nos empregos estão o aumento da imigração e o retorno de mulheres ao mercado, apontou. De acordo com o dirigente, algumas coisas impulsionaram um forte crescimento no terceiro trimestre, o que não deve seguir, havendo moderação da atividade no país.

“Os dados de outubro indicaram um abrandamento da atividade e as previsões para o quarto trimestre mostram o tipo de moderação que está mais em sintonia com os progressos na redução da inflação”, apontou Waller.

Por sua vez, ele ponderou, e afirmou que a inflação ainda é elevada, e é muito cedo para dizer se a desaceleração que estamos observando será sustentado. “Esperamos que os dados que recebermos nos próximos meses ajudem a responder a essa pergunta”, indicou.

Sobre um pouso suave, Waller acredita que ainda pode haver um choque que tire a economia do curso, mas isso não pode ser previsto. Em sua visão, sobre o mercado de imóveis comerciais, haverá uma reavaliação, mas que será bem antecipada e não um “choque”. Segundo o dirigente ainda, confiar no crescimento da produtividade para política monetária parece ser prematuro.

O Estado de S.Paulo - SP   29/11/2023

A reforma tributária caminha rapidamente para aprovação final em dezembro. Em 2027, no primeiro dia do próximo governo, não haverá mais PIS, Cofins ou IPI. Alguns anos depois, o ICMS e o ISS estarão extintos. Por mais complicada que pareça a transição, essa profunda mudança no sistema tributário brasileiro está muito perto de um ponto de não-retorno, e a única alternativa para empresários e investidores será adaptar-se ao novo sistema.

A iminência dessa mudança tem provocado, nas últimas semanas, um debate sobre aumento de impostos, especialmente nos Estados que concentram a maior parte da atividade econômica do Brasil. Sete Estados, incluindo São Paulo, anunciaram a intenção de elevar suas alíquotas de referência para o ICMS, alegando estarem apenas se ajustando à versão mais recente da emenda constitucional de reforma tributária, aprovada pelo Senado. Os Estados também reclamam da queda nas receitas causada pela limitação, imposta no governo Bolsonaro, da cobrança de ICMS sobre eletricidade, telecomunicações e combustíveis.

O aumento do ICMS por esses sete Estados, porém, é apenas a continuação de uma história que começou ainda no ano passado. Estados do Norte e Nordeste já vêm elevando suas alíquotas, puxando a média nacional do ICMS, que antes oscilava entre 17% e 18%, para uma média próxima de 19%. No Maranhão, ela chegará a 22% no ano que vem.

A PEC 45 é mesmo uma parte da explicação para o aumento. Em parte porque, de fato, ela estabelece que a distribuição futura das receita será determinada, por um longo período, segundo a proporção da arrecadação entre 2024 e 2028. Estados, então, têm um incentivo para elevar suas receitas nos próximos anos. Mas há uma outra razão: depois que o ICMS acabar, ficará mais difícil para os governadores subirem impostos sem afetar diretamente seus eleitores. O futuro imposto será mais transparente que o ICMS, terá menos exceções, e incidirá diretamente sobre o consumo. A onda atual de aumento do ICMS é, portanto, uma espécie de último suspiro do atual sistema, com todas as suas distorções.

Isso não significa que, mesmo no atual sistema, os governadores desses sete Estados conseguirão aprovar os aumentos a toque de caixa. É possível que, em alguns casos, a discussão se estenda para o ano que vem. Mas, usando a PEC 45 como bode expiatório, e com uma alíquota escondida nos preços das mercadorias em geral, o mais provável é que esses aumentos acabem sendo aprovados, com poucas ou nenhuma exceção. Os Estados poderão, assim, experimentar por pelo menos alguns anos um período de aumento na arrecadação – e, em vários casos, de aumento dos gastos públicos.

Olhando em perspectiva, essa tendência reforça um dos principais riscos de curto prazo do cenário político atual: que em 2023 e nos próximos anos a carga tributária do Brasil, que já é elevada, continuará a subir, por obra dos governos federal e estaduais, da esquerda e da direita. No longo prazo, porém, os ganhos de eficiência do novo sistema tributário tendem a ganhar mais peso. Se forem combinados com medidas de controle de despesas, poderão abrir espaço para uma redução da carga tributária para níveis mais razoáveis.

MINERAÇÃO

Infomoney - SP   29/11/2023

Os contratos futuros de minério de ferro na bolsa em Dalian atingiram o menor valor em uma semana nesta terça-feira, com o governo chinês continuando a monitorar os preços e a intervir no mercado para conter a alta dos preços.

O minério de ferro mais negociado para janeiro na Bolsa de Mercadorias de Dalian na China registrou sua maior queda em mais de um mês e recuou 2,6%, para 951 iuanes (132,96 dólares) por tonelada no fechamento.

Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para dezembro caiu 3,2%, para 132,69 dólares a tonelada.

“Pegando emprestado um termo de luta livre, estamos testemunhando agora uma repressão de alta frequência por parte das autoridades chinesas, já que elas intervêm no mercado pela quarta vez nos últimos sete dias”, disse Atilla Widnell, diretor administrativo da Navigate Commodities.
“As autoridades acreditam que os preços do minério de ferro não estão alinhados com a oferta e a demanda, já que o mercado reage ao otimismo decorrente de um resgate bem-sucedido de incorporadoras imobiliárias em dificuldades.”

Máquinas e Equipamentos

Construção Latino-americana - SP   29/11/2023

Nos últimos anos, a preocupação global com o meio ambiente levou vários países a implementar regulamentações mais rigorosas em relação às emissões poluentes. A América Latina não é exceção e vários dos seus países estão a avançar na regulação das emissões provenientes de equipamentos móveis de construção.

Um dos países que mais avançou neste assunto é o Chile, que desde 21 de outubro passado implementou um novo padrão que exige tecnologia Stage IV para equipamentos importados para o país. Este regulamento, elaborado pelo Ministério do Ambiente, foi publicado em 2021, mas foi concedido um período de adaptação de 24 meses para a sua plena implementação.

“Isso significa que a partir desse dia todos os equipamentos, novos ou usados, que forem importados para o território chileno deverão cumprir esta nova regulamentação”, afirma Nancy Manríquez, chefe da seção de fontes móveis da divisão de qualidade do ar do Ministério do Meio Ambiente do Chile. Meio ambiente. Isto consolida o Chile como líder regional na regulamentação de máquinas, ao manter padrões ambientais notoriamente elevados na região.

De acordo com estimativas, este regulamento deverá ter um impacto significativo, com reduções projetadas de 51% nas emissões de partículas finas (PM2,5) e de 55% nas emissões de óxidos de azoto (NOx) para máquinas de exterior em 2030, em comparação com um cenário sem a implementação do regulamento.

Para garantir uma implementação eficaz, os regulamentos aplicam-se a máquinas equipadas com motores diesel que tenham potência líquida instalada igual ou superior a 19 kW e inferior ou igual a 560 kW, excluindo tratores, cujas exigências terão início em 21 de outubro de 2024, 36 meses após sua publicação no Diário Oficial. Todos estes veículos devem cumprir as normas Stage IV ou V, ou normas equivalentes.

É importante ressaltar que esta iniciativa não apenas atende aos compromissos nacionais, mas também desempenha um papel fundamental na meta internacional de redução do carbono negro, estabelecida na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).

Para garantir o cumprimento desta exigência, os importadores deverão apresentar ao Serviço Nacional de Alfândega recibo emitido pelo Sistema de Monitoramento Atmosférico (SISAT) da Superintendência do Meio Ambiente. Este documento confirmará a apresentação do certificado de conformidade de emissões correspondente ao tipo ou família de motores da máquina móvel importada, comprovando os limites máximos de emissões.
Colômbia: no processo de padronização

A Colômbia também implementou uma série de políticas públicas significativas. Consciente dos actuais desafios ambientais, o país adoptou normas internacionais para reduzir as emissões nocivas dos veículos e máquinas.

Desde 31 de dezembro de 2022, a Colômbia iniciou a transição para padrões mais limpos com a adoção da norma Euro 3, aplicada a motocicletas, triciclos, quadriciclos e similares. Este regulamento é um passo crucial na redução da poluição urbana, uma vez que estes veículos constituem uma parte considerável da frota de veículos e são fontes significativas de emissões nas cidades.

No início deste ano, foi dado um salto qualitativo com a implementação da norma Euro VI para veículos rodoviários diesel, uma medida que promete reduzir drasticamente as emissões de óxidos de azoto (NOx) e partículas finas, ambos ligados a problemas respiratórios e ambientais. . Da mesma forma, apenas em agosto passado, também começou a exigir que os motores a gasolina dos veículos rodoviários cumpram a norma Euro 4.

No entanto, o avanço mais significativo está previsto para 8 de agosto de 2024, quando entrarão em vigor regulamentações de alto impacto para máquinas móveis off-road, exigindo a padronização para Tier 4i ou Stage IIIb. Estas normas representam tecnologias avançadas de controlo de emissões e foram concebidas para reduzir significativamente os níveis de poluentes.

Mayra Lancheros, representante do Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, durante seu discurso

sublinhou a importância destes regulamentos, salientando que uma única máquina pode emitir 2,2 vezes mais CO2 do que um autocarro e 6,3 vezes mais do que um camião. Estes números realçam a relevância de regulamentar não só os veículos de transporte, mas também as máquinas utilizadas em sectores como a construção e a mineração.

O ministério forneceu dados que refletem a magnitude desta mudança: o parque de máquinas na Colômbia é de cerca de 96 mil unidades, sendo 63,1% destinadas ao setor da construção.
México: enfrentando o desafio
Fonte: Apresentação do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais do México no Seminário Calac+.

Alguns passos atrás, o México também se prepara para apresentar uma nova regulamentação que mudará o panorama da operação de máquinas no país. Hugo Landa, do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais, indicou que após extenso trabalho a nova norma mexicana poderá ser publicada no Diário Oficial durante este trimestre.

O processo para chegar a este ponto foi meticuloso e participativo, incorporando reuniões com diferentes setores, consultas públicas e integração de comentários para garantir que os regulamentos sejam representativos e eficazes. Este regulamento tem como objetivo atualizar e melhorar as práticas ambientais em relação às máquinas utilizadas em todo o território nacional.

Landa forneceu uma visão detalhada da situação atual das máquinas no México. Num ambicioso projeto de estimativa e atualização de emissões, foi analisada a frota de máquinas ao longo de um período de 20 anos. Foram identificados mais de 341 mil equipamentos, dos quais 80% pertencem ao setor da construção.

Os dados são reveladores e apontam para a necessidade urgente de ação: 9% da frota corresponde à categoria Tier 0 (a menos eficiente em termos de emissões), 41% é Tier 1, 36% é Tier 2 e apenas um 14% atingir os padrões Tier 3 ou superiores. Estes números indicam que a maior parte da maquinaria que opera no México não cumpre os padrões mais modernos e eficientes em termos de emissões.

Além disso, foi destacado que o setor de máquinas para construção é o principal emissor de partículas finas PM2,5, óxidos de nitrogênio (NOx) e dióxido de carbono (CO2) no México.

À medida que o Ministério do Ambiente e dos Recursos Naturais do México avança no sentido da publicação da norma, espera-se um impacto significativo na forma como as indústrias, especialmente a construção, gerem e actualizam as suas máquinas. Este é um passo em direção a um futuro mais verde e a uma economia que equilibra crescimento com responsabilidade ambiental.
Peru: trabalhando intensamente
Fonte: Inventário de emissões de máquinas móveis não rodoviárias no Peru e na região metropolitana de Lima - 2016. Seminário Calac+

O Peru está a tomar medidas importantes para a implementação de novos regulamentos que regerão as emissões de máquinas móveis não rodoviárias. Durante sua apresentação no seminário ‘Estratégias de qualidade do ar e mudanças climáticas no uso de máquinas de construção móveis’, organizado pela Calac+, Luis Alberto Guillé, diretor da Direção Geral de Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente do Peru, comentou o detalhado cronograma com o qual o país está trabalhando neste ano e no próximo.

Durante o segundo trimestre deste ano, foi realizada a revisão do estudo de sistematização da legislação sobre as normas dos limites máximos admissíveis (LMP) para máquinas móveis todo-o-terreno. Este estudo, realizado com o apoio da CALAC+, foi fundamental para estabelecer as bases sobre as quais será desenhada a estratégia para futuras regulamentações.

Posteriormente, o Peru concentrou-se no desenvolvimento de apoio com base em dados e pesquisas internacionais que ilustram o impacto das partículas poluentes na saúde, bem como na legislação relevante e na tecnologia disponível.

Um aspecto crucial desse processo tem sido a socialização dos avanços com o setor público e a academia. Estes esforços colaborativos garantem que os regulamentos sejam informados por uma ampla gama de perspectivas e respondam às necessidades e contextos específicos do Peru. A interação contínua com esses grupos garante que as regulamentações sejam recebidas com uma compreensão clara de suas bases e objetivos.

O processo de aprovação do padrão está programado para ser concluído em 2024. Isso culminará na proposta de um padrão finalizado que refletirá um consenso informado e um compromisso com a implementação eficaz de padrões de emissão para máquinas móveis fora de estrada no Peru.
Avançando todos juntos

Embora ainda haja muito trabalho a fazer, o progresso nas regulamentações de emissões de equipamentos móveis de construção na América Latina é um reflexo do compromisso da região com a proteção ambiental. Estas medidas, além de reduzirem a poluição, promovem a modernização e a eficiência do setor da construção.

Mas o que é essencial é que os governos continuem a trabalhar em conjunto com a indústria para garantir um futuro mais limpo e sustentável para todos. Embora seja prerrogativa do Governo estabelecer a norma a aplicar, é de extrema importância que os estudos sejam realizados em conjunto com o sector privado, tanto utilizadores como fabricantes de equipamentos e outras associações industriais.

Pode ser preocupante que, por exemplo, a Colômbia esteja apostando no Tier 4i/Fase IIIb se for considerado que “a maioria, se não todos, os membros da Truck & Engine Fabricantes Association (EMA) não produz mais motores não rodoviários projetados para atender a esses padrões provisórios’”, diz Steve Berry, vice-presidente de assuntos regulatórios do grupo.

“Aplaudimos a abordagem para melhorar a qualidade do ar que alguns países latino-americanos adotaram ao adotar os padrões existentes da EPA e da UE para motores não rodoviários. A EMA incentiva qualquer país que esteja a considerar ações para reduzir as emissões de gases de escape da construção e de outros equipamentos não rodoviários a contactar-nos no início do processo. “Estamos à disposição para oferecer nossa experiência técnica e regulatória global para a implementação bem-sucedida de motores limpos e eficientes”, finaliza.

FERROVIÁRIO

Valor - SP   29/11/2023

Renan Filho considera que ativos com renovação antecipada no governo Bolsonaro estão subvalorizados e pretende reaver R$ 30 bi

Renan Filho: ministro diz prezar por respeito a contratos, mas que renovação assinada no governo anterior é ‘escândalo’ — Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Depois de executivos da Vale demonstrarem falta de interesse em rever os termos da renovação antecipada das concessões de ferrovias, o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), decidiu subir o tom nas negociações com a mineradora ao admitir que está disposto a levar o caso à Justiça. Para ele, é possível que o processo resulte na responsabilização criminal de gestores públicos e executivos que assinaram os contratos supostamente em desfavor do Poder Público.

A crítica do ministro é dirigida não só à renovação antecipada de duas linhas da Vale, em especial a Estrada de Ferro Carajás, mas aos contratos assinados por Rumo e MRS Logística. Ao todo, são quatro ferrovias, todas renovadas no governo Jair Bolsonaro. Agora, o governo quer reaver R$ 30 bilhões para apoiar seu plano de investimento no setor.

Na visão do ministro, os ativos das ferrovias foram subvalorizado. “Fizemos uma avaliação do ativo e chegamos a conclusão que está subavaliado em todas as frentes”, afirmou, ao Valor.

O ministro considera que o Poder Público errou ao não fazer a própria avaliação do ativo. Na Estrada de Ferro Carajás, ele disse que a Vale investiu, ao menos, R$ 50 bilhões, mas ainda teria que considerar a rentabilidade de um empreendimento de sucesso.

“É uma ferrovia de quase de quase 1 mil quilômetros em estrada de ferro duplicada. Para construir uma ferrovia dessa hoje custa muito mais do que R$ 50 bilhões. Só que, do lado de cá, no Pará, tem a mina de minério de ferro mais produtiva da América do Sul e, do outro lado, tem o porto que é o mais preparado para exportar minério no país, que é o de Itaqui, no Maranhão”, ponderou o ministro.

Chegamos a conclusão que está subavaliado em todas as frentes”

— Renan Filho

Outro equívoco do processo de renovação, na visão do ministro, foi permitir que a mineradora abatesse os investimentos não amortizados do valor que seria cobrado na outorga da renovação. Ele destaca que a taxa de desconto em infraestrutura (Wacc, na sigla em inglês) foi definida em quase 12% em valores reais para os 30 anos de contrato.

“Isso ocorreu com taxa de juro, na época, em 2% no Brasil”, afirmou. “É privatizar o patrimônio público de graça”, acrescentou.

Renan Filho disse que preza pelo respeito aos contratos, mas que considera um “escândalo” os termos da renovação assinada no governo anterior. Isso ocorreu quando o então Ministério da Infraestrutura era comandado por Tarcísio de Freitas, atual governador do Estado de São Paulo, e, depois, pelo seu sucessor, Marcelo Sampaio, atual diretor de assuntos regulatórios da Vale. Ambos foram procurados pela reportagem, mas não responderam.

No caso da Estrada de Ferro Carajás, a atual gestão do ministério defende que a Vale precisa pagar R$ 20 bilhões, em vez dos R$ 600 milhões assumidos a título de outorga. Além disso, mais R$ 8 bilhões teriam que ser arcados pela mineradora pela renovação da ferrovia Vitória-Minas, outro R$ 1 bilhão dos contratos da Rumo, com a Malha Paulista, e mais R$ 6 bilhões da MRS Logística, com a Malha Sudeste.

“Temos demonstrado que já existe jurisprudência no governo federal. Tem um decreto do [ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo] Sachsida em que, em casos semelhantes no setor energético, não se permite abater, do valor de outorga, o ativo não amortizado”, disse Renan Filho. “Vou ao TCU [Tribunal de Contas da União] tentar fazer esse acordo. Se não conseguir, o governo vai tomar a decisão do que fazer. Pode judicializar, pode fazer várias coisas”, acrescentou.

Segundo o ministro dos Transportes, a área técnica do TCU apresentou, na época, parecer contrário às renovações e, agora, existe um diálogo com os ministros da corte de contas para rever as posições anteriores. Hoje, o plenário do tribunal vai analisar possível acerto de contas entre o governo e a Rumo relacionado à prorrogação dos contratos da Malha Paulista no âmbito da “solução consensual” de conflitos.

Para o ministro, uma decisão favorável dos ministros do TCU sobre a Malha Paulista representaria uma mudança de entendimento do órgão sobre as renovações, o que colocaria pressão sobre a posição relutante da Vale.

Uma fonte do setor, ouvida pelo Valor, pondera que o processo da Rumo é diferente, por envolver descumprimento de contrato de renovação. No mês passado, a empresa anunciou que fecharia acordo com o governo para investir mais R$ 1,5 bilhão dentro do contrato de renovação.

Renan Filho disse que atua com respaldo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Para o ministro, o acordo com o governo será um negócio vantajoso porque todo o investimento pode ser abatido no Imposto de Renda (IR), entre outros tributos. Ressalta que “isso volta” ao longo de 30 anos de contrato.

Procurada, a Vale disse que assinou os contratos de renovação antecipada das duas ferrovias, em 2020, após um longo processo de discussão. “Dezenas de audiências públicas foram realizadas para debater a renovação antecipada. Os processos também foram apreciados e aprovados por unanimidade pelo plenário do TCU.” A empresa garante que cumpre “todas as obrigações”, inclusive entregou 100% do “compromisso cruzado” relacionados a investimentos em outras ferrovias.

A MRS Logística foi questionada sobre acordo envolvendo a Malha Sudeste, mas não respondeu.

Portos e Navios - SP   29/11/2023

As ferrovias brasileiras movimentaram 49,37 milhões de toneladas de carga em setembro, uma alta de 8,25 em relação ao mesmo período do ano passado. A nova edição do Panorama Transportes da Infra S.A. mostra que esse é melhor resultado para o setor desde dezembro de 2018.

Os setores aquaviário e rodoviário também registraram alta na movimentação de cargas. Segundo o documento elaborado pelo Observatório Nacional de Transporte e Logística, os portos registraram aumento de 5,9% de carga transportada com destino ao comércio exterior, com cerca de 88 milhões de toneladas movimentadas. Já o transporte de grãos por rodovias com destino ao exterior saiu de 6,13 milhões de toneladas em setembro de 2022 para quase 10 milhões em setembro deste ano, uma alta superior a 62%. Em 2023, o crescimento para esse tipo de transporte ultrapassa 35%.

No setor aéreo, o número de passageiros em pagos chegou em índices semelhantes ao período pré-pandemia, com 9,43 milhões de pessoas. Para efeito de comparação, foram transportados 9,72 milhões de pessoas em setembro de 2019.

Empregos

Os bons resultados na movimentação de cargas refletiram no número de contratações. Em setembro, os setores acompanhados pelo Panorama Transportes registraram saldo positivo de 10533 admissões. Desde fevereiro, todos os meses de 2023 ultrapassaram a marca de 7.000 novos postos de trabalho.

Rodoviário

Agência Camara - DF   29/11/2023

O presidente da ViaBahia, José Bartolomeu, resumiu nesta terça-feira (28), em reunião na Câmara dos Deputados, os planos da concessionária para duplicação da rodovia BR-116 na Bahia. Os investimentos deverão somar R$ 11,8 bilhões.

A duplicação está prevista desde 2009, quando a União repassou a BR-116 à empresa. A relação é marcada por acusações mútuas de infração contratual e vários processos no Poder Judiciário e no Tribunal de Contas da União (TCU).

Os planos anunciados agora pelo presidente da ViaBahia resultaram de acordo neste ano com o Ministério dos Transportes. “Temos de garantir a todos que esse acordo é confiável, não podemos voltar atrás”, afirmou José Bartolomeu.

Caberá ao TCU avaliar o resultado da negociação, levando em conta os conflitos entre as partes. Já foi aberto um procedimento para admissibilidade do acordo. Não há data para a homologação, mas espera-se um desfecho ainda em 2024.

Cobranças
A audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle ocorreu a pedido do deputado Jorge Solla (PT-BA). “Sem consenso, ficaremos na situação atual, dependendo de arbitragem judicial para avançar alguma coisa”, afirmou.

“O impasse na duplicação da BR-116, com prejuízos à sociedade e à economia, aconteceram porque o Estado não cumpriu suas responsabilidades na fiscalização da concessão e nas cobranças ao concessionário”, comentou o parlamentar.

“Esse processo já se arrasta por alguns anos e, sem antecipar medidas, espero que o TCU reconheça a necessidade de uma resposta rápida”, disse Jorge Solla. O deputado anunciou novas reuniões para acompanhamento do caso.

Embora tenha defendido o acordo, o coordenador-geral da Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário do Ministério dos Transportes, Anderson Bellas, alertou que serão mantidos os estudos sobre uma eventual nova concessão da BR-116.

Detalhamento
A negociação entre o Ministério dos Transportes e a ViaBahia envolveu ainda a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e abordou a definição do cronograma para obras, os investimentos necessários e os valores de pedágio.

O acerto prevê a duplicação de 432 km – cerca de 100 km nos primeiros três anos e, depois, uma média anual em torno de 44 km. Se iniciadas em julho de 2024, as obras ao longo de 27 cidades terminarão em 2034, prazo final da concessão.

Estão previstas outras intervenções na BR-116, desde o contorno em Feira de Santana até a divisa com Minas Gerais. Os valores de pedágio serão corrigidos conforme a conclusão dos trechos duplicados e das adaptações na estrada.

NAVAL

Petro Notícias - SP   29/11/2023

O navio-plataforma (FPSO) P-32 começou no final de semana a sua viagem rumo ao estaleiro Rio Grande (RS), onde será submetida a um processo de reciclagem alinhado às práticas ASG (Ambiental, Social e Governança). A conclusão da venda da P-32 para a Gerdau, em colaboração com o estaleiro Ecovix, ocorreu em julho deste ano. Essa unidade será a pioneira em adotar o novo modelo de destinação sustentável de embarcações implementado pela Petrobrás. Nos próximos cinco anos, outras 11 unidades flutuantes seguirão a mesma diretriz.

“Com a P-32 já em trânsito para o estaleiro Rio Grande, no Rio Grande do Sul, faremos o primeiro descomissionamento verde no Brasil. E esse é o primeiro de muitos. Nosso Plano Estratégico prevê mais de 20 unidades a serem descomissionadas. Nosso país tem uma forte indústria consumidora de aço. Somos a nona indústria produtora de aço. Ou seja, temos produto disponível, uma tecnologia a ser desenvolvida ou em desenvolvimento, e o mercado consumidor é presente e seguro. Por isso, afirmo que o descomissionamento de plataformas é uma excelente oportunidade para nossa indústria local”, afirmou o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates.

O Plano de reciclagem da plataforma, desenvolvido pela Gerdau-Ecovix, foi aprovado pela Petrobrás e abrange desde os procedimentos iniciais de recebimento da unidade até as etapas de desmontagem, que ocorrerá em dique seco, e a destinação final dos resíduos resultantes do desmantelamento. A petroleira disse que acompanhará a execução do plano para assegurar o cumprimento das práticas de segurança, meio ambiente, saúde ocupacional e responsabilidade social de maneira sustentável e passível de auditoria, durante todo o processo de reciclagem.

O FPSO P-32 foi pioneiro em águas profundas, tratando e exportando através de offloading de forma integrada desde 1997. Em associação ao FPSO P-47, a unidade foi capaz de escoar grandes volumes produzidos na área norte do campo, superando as expectativas originais. Foram mais de 130 milhões de barris de óleo equivalente (boe) processados das plataformas P-18, P-19, P-20 e P-27. Alcançou as marcas de tratar, estocar e exportar cerca de 70% do óleo de Marlim e 20% do óleo de Albacora, em 2013.

A P-32 é uma das dez unidades que anteriormente operaram nos campos de Marlim e Voador, localizados na Bacia de Campos. O projeto de Revitalização de Marlim e Voador envolve a substituição de 9 unidades nos campos por Anna Nery e Anita Garibaldi, os novos FPSOs (unidade flutuante que produz, armazena e transfere petróleo). Essas novas unidades têm a capacidade de produzir, em conjunto, até 150 mil barris por dia (bpd).

Veja - SP   29/11/2023

O governador Tarcísio de Freitas enfrenta em São Paulo nesta terça, 28, novas greves políticas no Metrô, na CPTM e na Sabesp provocadas pelos sindicatos dessas categorias, que protestam contra o plano do Palácio dos Bandeirantes de privatizar a estatal de saneamento básico. Apesar da pressão, Tarcísio garante que não vai recuar daquela que é uma das principais promessas de campanha. Em sua defesa da necessidade de acelerar processos de desestatizações, no entanto, Tarcísio discretamente abandonou outro plano nessa direção, que acabou fazendo água: a tentativa de entregar à iniciativa privada o Porto de Santos, o maior da América Latina. Enquanto ministro do governo de Jair Bolsonaro, ele começou a conceber o projeto, usando argumentos como o de que o processo traria investimentos de 20 bilhões de reais ao lugar. Eleito para comandar o estado de São Paulo, deu declarações no início deste ano que lutaria até o fim pela ideia, mesmo com a oposição do governo federal.

Por ordem do presidente Lula, foi dada marcha a ré nos processos de privatização em andamento, incluindo o do Porto de Santos. O governador paulista tentou reverter a situação e chegou a tratar do assunto com os ministros Rui Costa, da Casa Civil e Márcio França (na época em que este chefiava a pasta de Portos e Aeroportos), além de conversar sobre isso com o próprio presidente. Ao perceber que não havia mais espaço para discussão, aos poucos, Tarcísio parou de falar do projeto. Quem pergunta hoje no Palácio dos Bandeirantes sobre o destino do Porto de Santos escuta que é um assunto federal. Na administração do local, por sua vez, a possibilidade de privatização é tratada como assunto encerrado e a excitação do momento se dá em torno das grandes obras que serão realizadas no local.

A joia da coroa do pacote é o túnel submarino que ligará Santos à vizinha Guarujá, facilitando tremendamente uma travessia que é realizada hoje por um conjunto de balsas do século passado. Essa ideia do túnel é discutida há quase cem anos, mas os custos e as intermináveis polêmicas sobre detalhes do projeto impediram seu avanço. Agora, a obra sairá do papel, a um custo de 6 bilhões de reais. Os trabalhos devem começar em 2025 e, segundo as estimativas, tudo estará pronto em quatro anos. Embora tenha perdido a batalha pela privatização do Porto, Tarcísio de Freitas é sócio do governo federal na empreitada, que será viabilizada via uma PPP, cujo edital será publicado em 2024.

No próximo mês, um evento será realizado no local para fazer o anúncio oficial do pacote, com a presença de Lula. O governo federal, a propósito, vem fazendo propaganda do negócio como um dos destaques do Novo PAC. Chegou-se a cogitar nos bastidores que Tarcísio poderia também comparecer à festividade, de forma a celebrar o acordo firmado entre governos estadual e federal, que, como se sabe, estão em polos políticos opostos. A ideia, no entanto, encalhou, por motivos óbvios. Na época em que chefiava a pasta dos Portos, Márcio França deu atenção especial à ordem de Lula para brecar a tentativa de privatização em Santos. Tarcísio de Freitas atribui a ele a responsabilidade por barrar o projeto.

Márcio França nomeou para a presidência da autoridade portuária um dos políticos mais próximos a ele, o advogado Anderson Pomini, que foi mantido no cargo pelo novo titular da pasta, Silvio Costa Filho. Coube a Pomini realizar a complicada costura para garantir a viabilidade da construção do túnel Santos-Guarujá. Para chegar a um modelo consensual, foram necessárias dezesseis reuniões, envolvendo prefeituras, operadores portuário, sindicatos, comunidades próximas e lideranças políticas. “A obra vai integrar uma região de 1,6 milhão de habitantes, além de facilitar as atividades e a expansão do Porto, reduzindo a emissão de CO2 e integrando, de imediato, 80 000 trabalhadores que cruzam o Canal todos os dias em barcas, balsas e catraias”, afirmou a VEJA Pomini. Em termos de tempo de travessia, o ganho será imenso. Enquanto a travessia marítima pode levar até 1 hora nos dias mais movimentados, o percurso pelo túnel será percorrido em 1 minuto.

Além da construção do túnel, outra obra que terá grande impacto na vida do Porto será o projeto de revitalização do Parque Valongo, que é um dos bairros mais antigos de Santos e fica dentro da mesma área. Ali há sete armazéns desativados há três décadas que serão restaurados e transformados em um grande complexo de lazer, com bares e restaurantes. A primeira fase do projeto está prometida para 2024. “Será um dos maiores pontos turísticos não apenas da cidade, mas também de todo o estado de São Paulo”, garante Pomini.

Portos e Navios - SP   29/11/2023

De janeiro a outubro de 2023, a Portos do Paraná registrou crescimento de 15% nas movimentações para exportação. Ao todo, foram 35.198.778 milhões de toneladas movimentadas, um aumento de 4,5 milhões de toneladas em comparação a 2022. As cargas que foram destaque são soja, açúcar e farelo; os principais destinos, China, Coreia do Sul e Japão.

Segundo o diretor-presidente da empresa, Luiz Fernando Garcia, “para atender a elevada demanda de mercado, estamos trabalhando pesado no sistema operacional e focando em estratégias para crescimento da Portos. Nos próximos meses teremos o início da construção do Moegão, sistema exclusivo de descarga ferroviária de grãos e farelos, que promete um ganho de 63% na capacidade de desembarque de carga”. Para esta obra, serão investidos R$ 592 milhões.

A movimentação total de cargas, incluindo importação e exportação, foi de 53.360.117 toneladas, 3,66 milhões de toneladas a mais no comparativo ao ano anterior (crescimento de 7,4%). O diretor de operações da Portos do Paraná, Gabriel Vieira, explica “o mercado apresentou uma grande procura ao longo de todo e nós otimizamos as nossas manobras de atracação, desatracação e planejamos uma logística de forma a atender ao máximo possível a maior quantidade de navios no período”.

A expectativa é que, até o final do ano, a Portos do Paraná alcance a marca total de 62 milhões de toneladas importadas e exportadas, representando um crescimento de aproximadamente 6,2% em relação a 2022.

Exame - SP   29/11/2023

A matriz de transportes brasileira é largamente concentrada no modal rodoviário. A baixa eficiência do modal em médias e longas distâncias tem reflexos negativos sobre os preços dos insumos e produtos, impactando toda a cadeia, como um efeito dominó, desde o produtor até o consumidor final. Vale ressaltar, porém, que o transporte por caminhão permanece essencial para complementar o serviço porta-a-porta também realizado pela cabotagem integrada. Nesse sentido, o modal marítimo substitui o deslocamento por longos períodos de tempo e distância, permitindo até que os motoristas ampliem a quantidade de viagens – mais curtas – com consequências bastante benéficas, inclusive, para a sua qualidade de vida.

E quais as vantagens do transporte por cabotagem?

A cabotagem é cerca de 15% mais econômica que o transporte rodoviário e não é à toa que a maioria dos países economicamente desenvolvidos possui uma matriz de transportes mais equilibrada. Em termos de comparação, na China, a cabotagem representa 25% de sua matriz e outros 23% são dedicados ao modal hidroviário, que considera o transporte por vias navegáveis em lagos e rios. Já a União Europeia e o Japão possuem em suas matrizes de transportes, um percentual ainda mais alto de produtos movidos via cabotagem, 32% e 44%, respectivamente. No Brasil, este modal ocupa 12%, enquanto o rodoviário transporta 61% das cargas. A diferença é gritante e se traduz em custos mais altos para todos.

Levantamento da ANTAQ realizado em 2022 aponta que existe um grande potencial hidroviário brasileiro que não está sendo utilizado. Atualmente, dos 63 mil quilômetros de rios navegáveis, apenas um terço é utilizado. Já estudo de 2018 do Instituto Ilos indica que, para cada contêiner transportado na cabotagem, existem outros 4,8 que seriam captáveis pelo modal aquaviário no país. O Ilos afirma, ainda, que 21% das grandes indústrias brasileiras, aquelas que movimentam o maior volume de carga, têm a intenção de trocar de modal: sair do rodoviário e optar pela cabotagem nos próximos anos.

Mas se engana quem pensa que somente grandes empresas, com alto volume de carga, podem utilizar este meio. O transporte de carga fracionada por cabotagem já é realizado e sua oferta tem crescido no setor. De novo, a cabotagem é um meio de transporte versátil e beneficia também quem deseja transportar cargas menores, como peças, cerâmicas, materiais de construção e autopeças – que nem sempre ocupam um contêiner inteiro.

Um meio de transporte que promove a sustentabilidade

Estudo da USP ainda aponta que a cabotagem é mais sustentável para reduzir emissões de gases de efeito estufa que outros modais. A avaliação compara as emissões de CO2 entre os dois modos de transporte intermodais mais utilizados no Brasil, para cargas com origem e destino ao município de Manaus, no Amazonas. O primeiro, denominado cabotagem porta-a-porta, tem o contêiner como unidade de transporte e é caracterizado pela utilização da navegação em rios ou oceano como modalidade principal, complementado por caminhões para os trechos rodoviários na origem e destino.

O segundo modo de transporte consiste na combinação do modo fluvial com rodoviário, conhecido no mercado brasileiro como rodo-fluvial. Nesse modal, a unidade de transporte é usualmente a carreta-baú, que percorre uma parte do trajeto sobre uma barcaça (trecho fluvial) e outra parte conectada a um cavalo-mecânico (trecho rodoviário).

Os resultados apurados apontam uma clara vantagem ambiental do modal cabotagem porta-a-porta, com emissão de CO2 até 40% menor do que o modal rodo-fluvial, no trecho entre Manaus e São Paulo. De igual forma, mostra-se também mais eficiente mesmo em trechos de menor distância, como entre Manaus e Recife, onde as emissões na cabotagem porta-a-porta são 54% inferiores ao modal rodo-fluvial. Quando comparado com rotas puramente rodoviárias, como entre Porto Alegre e Recife, a cabotagem porta-a-porta emite 63% menos CO2 que o modal alternativo.

Diante da imensa oportunidade de crescimento da cabotagem, em um país com dimensões continentais como o Brasil, é preciso que as condições e os avanços na infraestrutura e na legislação acompanhem as perspectivas positivas e alavanquem o potencial desse setor, trazendo benefícios para todos e contribuindo para o crescimento da economia nacional.

PETROLÍFERO

IstoÉ Dinheiro - SP   29/11/2023

O petróleo fechou em alta de 2%, apoiado pela perspectiva de juros menos restritivos nos Estados Unidos e pela desvalorização do dólar no exterior. A sessão desta terça-feira, 28, foi volátil em meio às especulações sobre a possibilidade de outro adiamento da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) – preocupação que exerceu pressão sobre a cotação da commodity pela manhã.

O petróleo WTI para janeiro de 2024 fechou em alta de 2,07% (US$ 1,55), a US$ 76,41 o barril. O Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), subiu 2% (US$ 1,60), a US$ 81,47 o barril.

O mercado ampliou suas apostas no cenário de manutenção de juros dos EUA até maio e de cortes de 100 pontos-base até o fim de 2024, na esteira de falas de autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

O diretor Christopher Waller chamou a atenção ao afirmar que a política monetária parece estar em posição para retornar a inflação à meta de 2%, aguçando o apetite por risco nos mercados financeiros. Em tese, a adoção de uma política expansionista seria favorável para o consumo.

Mais cedo, a Reuters reportou que as conversas na Opep estão difíceis e que pode haver mais um adiamento da reunião do grupo, citando quatro fontes anônimas. O petróleo oscilou entre território positivo e negativo na esteira da notícia, enquanto investidores ajustavam suas expectativas para o resultado do encontro.

“Entendo que a discussão a respeito dos níveis de produção da Opep+ vai continuar a gerar volatilidade enquanto não se tem um consenso sobre o que de fato for decidido”, comentou o analista Thiago Vetter, da StoneX, ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. “Por enquanto, parece mais provável que no fim da discussão o nível de produção do grupo será muito similar ao atual, e recairá sobre a Arábia Saudita e a Rússia decidir sobre a extensão de seus próprios cortes voluntários”, completou.

AGRÍCOLA

O Estado de S.Paulo - SP   29/11/2023

Máquinas que não dependem de operador e “conversam” entre si, plantadeiras que se autorregulam para aplicar as quantias certas de sementes e adubos, pulverizadores que só liberam a quantidade de defensivo que aquela planta precisa, sistema de irrigação que leva água e fertilizante diretamente à raiz da planta. Uma revolução silenciosa muda os patamares de produtividade nas fazendas brasileiras com o uso cada vez maior de tecnologia e ferramentas digitais.

Conforme a Embrapa, o País avança rumo à agricultura digital, a chamada Agro 4.0, que emprega métodos computacionais de alto desempenho, rede de sensores, comunicação máquina a máquina, conectividade entre dispositivos móveis, computação em nuvem, métodos e soluções analíticas para processar grandes volumes de dados e construir sistemas de suporte à tomada de decisões na produção e manejo da propriedade rural. Engloba a agricultura e pecuária de precisão, a automação e a robótica agrícola, além de técnicas de big data e a internet das coisas.

Impulsionada pela internet, tecnologias desenvolvidas no Brasil permitem um sincronismo em todas as atividades no campo, com o produtor gerenciando de forma remota e com o máximo de desempenho as chamadas fazendas conectadas. São máquinas e equipamentos inteligentes, operando em rede, capazes de coletar e analisar as informações, otimizando processos ou identificando falhas e as corrigindo em tempo real. Ao melhorar a produtividade e eficiência no uso dos insumos, a inovação gera economia e menos impacto ambiental.

Dados da Conectar Agro, associação que tem a CNH Industrial como uma das fundadoras, apontam que, de dezembro de 2021 a maio de 2023, a cobertura de conectividade aumentou 132%, de 6,2 milhões para 14,4 milhões de hectares. O alcance da rede (banda estreita para internet das coisas) passou de 13 milhões para 29,2 milhões de hectares, cobrindo 525 municípios em 13 Estados. As pessoas beneficiadas passaram de 600 mil para 1,1 milhão.

Com o objetivo de mostrar como a conectividade aumenta a produtividade no campo, a Case IH, marca da CNH Industrial, criou em parceria com a operadora de telefonia TIM um laboratório de agricultura digital, no município de Água Boa, em Mato Grosso. O estudo, desenvolvido pela Agricef e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), analisou os resultados com base em eficiência agrícola, viabilidade econômica e sustentabilidade.

Com a produção de quase 12,9 mil toneladas de grãos, a safra 22/23 da fazenda-modelo foi 18% mais produtiva do que a safra anterior (sem conexão) e 13,4% mais produtiva do que a média do Brasil. Em comparativo com outra fazenda sem internet da mesma região, a conectividade aumentou em 3,5% a produtividade, resultando em 2,35 sacas de soja a mais por hectare em área de 3,2 mil/ha. Considerando a região de Água Boa, a produção foi 7,4% superior.

Economia

O uso eficiente de máquinas e frota proporcionado pela conectividade reduziu em 25% o consumo de combustível por hectare, representando uma economia de mais de R$ 300 mil. Houve ainda redução de 10% na emissão de “carbono equivalente” (quilos de CO2 equivalente por tonelada de grão produzida), calculado com base em aumento de produtividade, redução no uso de combustíveis e economia de fertilizantes. A eficiência operacional otimizada pelo sistema reduziu em 5,7% de motor ocioso das colheitadeiras e aumentou em 4,2% o tempo de trabalho.

Isso resultou em redução de três dias na janela de colheita. “Os dados nos mostram como a conectividade impacta efetivamente no resultado final da safra. O monitoramento em tempo real permite que dados se tornem informações e que a tomada de decisão seja mais rápida e eficiente”, disse Christian Gonzalez, vice-presidente da Case IH para a América Latina. “A safra 22/23 da fazenda conectada foi mais eficiente, produtiva e sustentável, graças à conectividade”, completou. O retorno do investimento de R$ 1,4 milhão em antena, kit de telemetria para as máquinas e consultoria foi estimado em um ano e meio.

Máquinas inteligentes

O acesso à internet proporciona que todos os equipamentos, soluções, pessoas e resultados estejam conectados em todas as etapas do ciclo produtivo, no ecossistema da fazenda. Nesse caso, até as máquinas de construção da Case, que atuaram na abertura de valas e carregamento de insumos, estavam conectadas. O benefício se estendeu à comunidade do entorno. As duas antenas instaladas pela TIM facilitaram o dia a dia de mais de 25 mil habitantes de Água Boa, com sinal de internet para 27 escolas e universidades, além de 10 hospitais e unidades de saúde que não possuíam acesso à rede 4G.

No Brasil, muitas fazendas já adotam a conectividade na maioria dos processos produtivos. De acordo com o engenheiro agrônomo Felipe Zmijevski, responsável pela fazenda da Case IH, o sistema garante a padronização dos processos, melhor capacitação profissional e maior eficiência agrícola. “É um processo de longo prazo, que seguirá reunindo as mais avançadas tecnologias a que o produtor brasileiro pode ter acesso”, disse. A expectativa é de que até 2030, pelo menos 25 milhões de aparelhos estejam conectados à internet das coisas.

Mais tecnologia

Inovação e tecnologia são palavras de ordem dos fabricantes de máquinas agrícolas. A John Deere investiu globalmente em 2022 US$ 1,9 bilhão (por volta de R$ 9,3 bilhões) em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias que podem ser usadas desde o preparo do solo até a colheita, permitindo a análise de dados coletados em todos os ciclos das lavouras. O sistema de pulverização See Spray TM utiliza visão computacional e machine learning (conceito de inteligência artificial) para identificar e pulverizar inseticidas especificamente em ervas daninhas.

Essa solução reduz o uso de defensivos e torna a produção mais econômica e sustentável. Com tecnologias de controle, a linha de pulverizadores evita a sobreposição de áreas já pulverizadas. Em outra versão, o equipamento funciona por pulsação, uniformizando até o tamanho das gotas do insumo.

Já Massey Ferguson lançou o trator modelo MF 8S, que é equipado com o MF Conect, sistema de monitoramento de frota que, como em um carro de Fórmula 1, transmite todas as informações para uma central que ajuda o produtor a avaliar as condições do máquina. Tem ainda o MF Guide, piloto automático que trabalha em conjunto com a plantadeira para manter o paralelismo entre linhas. “Desenvolvemos uma solução de plantio inteligente, que entrega valor agregado e com menor impacto ao meio ambiente”, disse Alexandre Stucchi, diretor de vendas da Massey Ferguson.

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